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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO Marilza Regazzo Varella Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br

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Educação

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO

Marilza Regazzo Varella

POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO

POLÍ

TICA

S PÚB

LICA

S EM

EDUC

AÇÃO

Fundação Biblioteca NacionalISBN 978-85-387-4649-2

4055

3

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO

Marilza Regazzo Varella

IESDE BRASIL S/ACuritiba

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© 2015 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Todos os direitos reservados.

IESDE BRASIL S/A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br

Produção

Capa: IESDE BRASIL S/A.Imagem da capa: Shutterstock

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ________________________________________________________________________V351p

Varella, Marilza RegazzoPolíticas públicas em educação / Marilza Regazzo Varella. - 1. ed. - Curitiba, PR:

IESDE BRASIL S/A, 2015.110 p. : il. ; 21 cm.

ISBN 978-85-387-4649-2

1. Educação e Estado. 2. Política pública. 3. Política e educação. I. Título.15-20436 CDD: 379 CDU: 37.014.5

________________________________________________________________________ 27/02/2015 27/02/2015

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Apresentação

Este Guia de Estudos é uma ferramenta cujo principal objetivo é auxiliar do-centes e demais profissionais a entenderem as Políticas Públicas em Educação, a partir de um breve histórico da trajetória da educação no Brasil, desde o período colonial até a atualidade.

A Constituição Federal Brasileira de 1988 coloca a educação como um direi-to social, sendo competência da União, dos Estados, Municípios e do Distrito Federal garantir e proporcionar os meios de acesso à educação.

As políticas públicas são ferramentas por meio das quais o governo pode efe-tivar e garantir educação de qualidade e seu acesso a todos. Entretanto, é de extrema importância que os profissionais ligados à área conheçam e estejam atentos a essas políticas, a suas aplicações e também ao que lhes compete. Para isso, devem utilizar-se dos diversos instrumentos norteadores da educação tais como a LDB, o RCNEI e o PCN, na execução e melhoria dessa.

As maiores transformações sociais, políticas e educacionais ocorreram quan-do a sociedade, por meio de seus representantes, se fez presente “exigindo” mu-danças. Mas só é possível exigir mudanças e melhorias na educação conhecen-do, acompanhando, aplicando e avaliando as suas Políticas Públicas.

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Sobre a autora

Marilza Regazzo Varella

Mestre em Educação pela Universidad de La Empresa (Uruguai). Especialista em Clínica Psicopedagógica pelo Centro de Estudos Psicopedagógicos Jorge Visca, e em Pedagogia Terapêutica pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Graduada em Pedagogia pela UTP.

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Sumário

Aula 01 ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL 9

PARTE 01 | PERÍODO COLONIAL 11

PARTE 02 | PERÍODO DO IMPÉRIO 14

PARTE 03 | PERÍODO DA REPÚBLICA 17

Aula 02 DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO 23

PARTE 01 | DEMOCRACIA E GOVERNABILIDADE 25

PARTE 02 | CIDADANIA PLENA 28

PARTE 03 | GLOBALIZAÇÃO 32

Aula 03 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA 35

PARTE 01 | LEIS, NORMAS E REGULAMENTOS ANTES DA LDB 37

PARTE 02 | A LDB: PROJETO, FINALIDADE E EXPECTATIVAS 40

PARTE 03 | RESULTADOS E PROJETOS FUTUROS 44

Aula 04 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL 47

PARTE 01 | COMO NASCEU O RCNEI 49

PARTE 02 | DIRETRIZES DO RCNEI 51

PARTE 03 | DESDOBRAMENTO SOCIAL E EXPECTATIVAS 54

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Sumário

Aula 05 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS 57

PARTE 01 | O QUE SÃO OS PCN 59

PARTE 02 | CONTEÚDO E ENFOQUE SISTÊMICO 62

PARTE 03 | APOIO E OBJETIVOS 66

Aula 06 AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃO 69

PARTE 01 | SAEB 71

PARTE 02 | ENEM 74

PARTE 03 | SINAES 76

Aula 07 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) 79

PARTE 01 | O PNE 81

PARTE 02 | PRINCIPAIS MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO A PARTIR DO PNE 85

PARTE 03 | DEFINIÇÃO DAS METAS PARA A EDUCAÇÃO 89

Aula 08 POLÍTICAS ATUAIS DO PNE 93

PARTE 01 | EDUCAÇÃO BÁSICA COM QUALIDADE: METAS 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 11 E METAS 19 E 20 95

PARTE 02 | VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO: METAS 15, 16, 17 E 18 100

PARTE 03 | VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE E REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES: METAS 4 E 8 103

PARTE 04 | ENSINO SUPERIOR: METAS 12, 13 E 14 107

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Refletir sobre a história da educação no Brasil,

desde o período colonial até o período republicano.

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL

NO BRASIL

Aula 01

Objetivo:

Shut

ters

tock

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 11

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

01

PERÍODO COLONIALO início da educação no Brasil ocorreu em 1549 com a

chegada dos primeiros jesuítas chefiados pelo Pe. Manoel da Nóbrega, da Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loiola. A principal finalidade dos jesuítas era difundir a fé cristã. Os índios e os negros eram catequizados e alfabetizados, já os fi-lhos dos colonizadores eram instruídos na França e em Coimbra (Portugal).

De acordo com Aranha (2006), a educação organizada pe-los jesuítas durou aproximadamente 210 anos. Ergueram um colégio em Salvador, Bahia, fundando a Província Brasileira da Companhia de Jesus.

Em 1759, ocorreu a reforma pombalina, quando o Marquês de Pombal (primeiro-ministro de Portugal) expulsou a Companhia de Jesus, suprimindo as escolas jesuíticas. Criou as Aulas Régias, que consistiam no estudo das Humanidades (ci-ências naturais, filosofias). Pombal retirou o poder da Igreja e passou o comando para o Estado.

“Os métodos e o conteúdo da educação jesuítica foram ra-dicalmente reformulados. A ênfase deslocou-se para as ciências físicas e matemáticas. A nova Faculdade de Filosofia concen-trou-se nas ciências naturais – a física, a química, a zoologia, a botânica, a mineralogia.” (CARVALHO, 1978, p. 57)

De acordo com Piletti (1995), os jesuítas, mesmo expulsos, mantinham escolas de ler e escrever em quase todas as povo-ações e aldeias por onde se espalhavam suas 25 residências.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO12

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

01Mantinham também 18 estabelecimentos de ensino secundário, entre colégios e seminários, localizados nos pontos mais impor-tantes do Brasil: Bahia, São Vicente, Rio de Janeiro, Olinda, Espírito Santo, São Luís, Ilhéus, Recife, Paraíba, Santos, Pará, Colônia do Sacramento, Florianópolis, Paranaguá, Porto Seguro, Fortaleza, Alcântara e Vigia.

Extras

Recomendamos a leitura do artigo De onde vem e para onde vai a escola brasileira, de Ana Ligia Scachetti, publicado pela revista Nova Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/serie-especial-historia-educacao-bra-sil-750345.shtml>. Acesso em: 18 dez. 2014. Nesse mesmo link, é possível assistir a uma entrevista de Demerval Saviani: Por que estudar História da Educação?

Atividade

Assinale a única alternativa correta sobre o objetivo prin-cipal da educação no período colonial.

( )� Descobrir novas terras com a ajuda dos índios e negros escravos que aqui viviam.

( )� Ensinar tudo sobre a Bíblia, para assim poder “domes-ticar” os índios.

( )� Colonizar terras e catequizar índios e negros.

( )� Trazer modernidade para o país por meio de ensina-mentos religiosos.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 13

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

01

Referências ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2006.

CARVALHO, Laerte Ramos de. As Reformas Pombalinas da Instrução Pública. São Paulo: Saraiva, 1978,

PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.

SCACHETTI, Ana Ligia. Ensino com Catecismo. Publicado em Nova Escola. Edição 263 - Junho/Julho 2013. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/ensino-catecismo-historia-educacao-brasil-750366.shtml#ad-image-0>. Acesso em: 18 dez. 2014.

Resolução da atividade

Colonizar as terras e catequizar índios e negros.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO14

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

02

PERÍODO DO IMPÉRIOCom a chegada de D. João VI em 1808, o Brasil se tor-

nou sede da coroa portuguesa e algumas providências fo-ram tomadas no campo da educação, tais como a criação da Biblioteca Real, do Museu Nacional e de faculdades nas áreas de Medicina, Engenharia, Direito e Artes. Foi dada ênfase aos Ensino Superior e Secundário, menosprezando-se o Primário e o Técnico-Profissional.

Em 1822, D. Pedro I proclamou a independência e, em1824, outorgou a primeira Constituição do Brasil, estabelecendo que a Educação Primária fosse gratuita para todos os cidadãos no país. A partir do Ato Adicional de 1834, ocorreu a descentraliza-ção da Educação Básica, o que acarretou prejuízo para a edu-cação brasileira, pois o governo já não teria mais como garantir Educação Primária gratuita e de qualidade para todos.

Na tentativa de combater a falta de professores, instituiu--se o Método Lancaster, no qual um aluno treinado ensinava para outros dez, sob a supervisão de um inspetor. Durante todo o Império, pouco se fez pela formação de professores. Herdou-se do período colonial uma série de aulas avulsas com o objetivo de preparar estudantes para cursos superiores.

Em 1835, iniciou-se o desenvolvimento das Escolas Normais com a finalidade de enfrentar problemas como a falta de profes-sores qualificados e as condições precárias de ensino.

Em 1837 é criado, na cidade do Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II com a função de se tornar o modelo de ensino para o nível secundário em todo

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 15

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

02o país, no entanto, até o final do Império esta es-cola não conseguiu se organizar de forma efetiva para se tornar a referência educacional do Brasil. (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013)

Em 1854, o Ensino Primário foi dividido em Elementar e Superior. Já o Técnico-Profissional foi completamente margina- lizado.

Extra

Recomendamos a leitura do artigo Histórias e Políticas de Educação no Brasil Império, de Sérgio Almeida da Silva e Neiva Gallina Mazzuco. Esse artigo foi publicado no 2.º Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil, realizado de 13 a 15 de outubro de 2005, na Universidade estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), em Cascavel, PR. Disponível em: <http://cacphp.unioeste.br/projetos/gpps/midia/seminario2/poster/educacao/pedu15.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2014.

Atividade

Devido à dificuldade de encontrar professores, o que foi feito para solucionar o problema no período imperial?

Referências ENCICLOPÉDIA Biosfera. Goiânia: Centro Científico Conhecer. v. 7, n. 12, 2011.

KULESZA, Wojciech Ansrzej. Institucionalização da Escola Normal no Brasil (1870-1910). R. Bras. Est. Pedag., Brasília, v. 79, n. 193, p. 63-71, set./dez. 1998. Disponível em: <http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/ 196/197>. Acesso em: 22 dez. 2014.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO16

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

02PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Ática, 1995.

PORTAL EDUCAÇÃO. Período Imperial: histórico da Educação no Brasil. 22 fev. 2013. Disponível em: <www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34878/periodo-imperial-historico-da-educacao-no-brasil>. Acesso em: 22 dez. 2014.

ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da Educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1985.

Resolução da atividade

Institui-se o Método Lancaster, no qual um aluno treinado ensinava para outros dez, sob a supervisão de um inspetor.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 17

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

03

PERÍODO DA REPÚBLICARepública Velha (1889-1930): surgiu a primeira Constituição

do período republicano (1891); o governo da época era ligado ao setor agrário, período que ficou conhecido como república do café com leite. De 1889 a 1925, várias reformas educacionais ocorre-ram, objetivando melhorar o Ensino Primário (cujas principais mu-danças se deram na década de 1920) e o Secundário.

Durante o período que os historiadores denomi-nam de Primeira República (1889-1930), também conhecido como “República Velha” ou “República dos Coronéis”, o governo federal empreendeu várias reformas no campo da educação, princi-palmente, no que, hoje, chamaríamos de Ensino Médio e no Ensino Superior.

[...] essas reformas educacionais, realizadas nes-te período, na seguinte sequência: 1) Reforma Benjamin Constant (1890); Código Epitácio Pessoa (1901); Reforma Rivadávia Correa (1911); Reforma Carlos Maximiliano (1915); Reforma João Luiz Alves/Rocha Vaz (1925), todas elas ainda na Primeira República (1889-1930) e, de algum modo, preocupadas em organizar o ensino secundário. (PALMA FILHO, 2005, p. 1).

Era Vargas (1930-1945): criou-se o Ministério da Educação e Saúde Pública (1930). Posteriormente, aconteceu a Reforma Universitária, padronizando o sistema público federal. Criou-se também o Serviço nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Com a imposição de um sistema nacional de ensino, fecharam--se escolas primárias estrangeiras.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO18

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

03O Ministério da Educação foi criado em 1930, logo após a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Com o nome de Ministério da Educação e Saúde Pública, a instituição desenvolvia atividades pertinentes a vários ministérios, como saúde, esporte, educa-ção e meio ambiente. Até então, os assuntos liga-dos à educação eram tratados pelo Departamento Nacional do Ensino, ligado ao Ministério da Justiça.

Em 1932, um grupo de intelectuais preocupado em elaborar um programa de política educacional am-plo e integrado lança o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores, como Anísio Teixeira.

O manifesto propunha que o Estado organizasse um plano geral de educação e definisse a bandeira de uma escola única, pública, laica, obrigatória e gratuita. Nessa época, a igreja era concorrente do Estado na área da educação.

Foi em 1934, com a nova Constituição Federal, que a educação passa a ser vista como um direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes públicos.

De 1934 a 1945, o então ministro da Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema Filho, promo-ve uma gestão marcada pela reforma dos ensinos secundário e universitário. Nessa época, o Brasil já implantava as bases da educação nacional. (BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO)

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 19

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

03República Populista (1945-1964): criaram-se os poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário. Em 1950, Getúlio Vagas vol-tava ao cenário político, recebendo apoio de empresários, das Forças Armadas, de grupos políticos, da sociedade e da União Nacional dos Estudantes (UNE). Surgiu, em 1960, o Programa Nacional de Alfabetização.

Até 1953, foi Ministério da Educação e Saúde. Com a autonomia dada à área da saúde, surge o Ministério da Educação e Cultura, com a sigla MEC.

O sistema educacional brasileiro até 1960 era cen-tralizado e o modelo era seguido por todos os es-tados e municípios. Com a aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1961, os órgãos estaduais e municipais ganharam mais autonomia, diminuindo a centralização do MEC.

Foram necessários 13 anos de debate (1948 a 1961) para a aprovação da primeira LDB. O en-sino religioso facultativo nas escolas públicas foi um dos pontos de maior disputa para a aprovação da lei. O pano de fundo era a separação entre o Estado e a Igreja.

O salário-educação, criado em 1962, também é um fato marcante na história do Ministério da Educação. Até hoje, essa contribuição continua sendo fonte de recursos para a educação básica brasileira. (BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO)

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO20

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

03Ditadura Militar (1964 a 1985): a ditadura colocou fim

ao otimismo pedagógico dos brasileiros já nos primeiros dias após o golpe: extinguiu o Programa Nacional de Alfabetização, implantado no país pelo educador Paulo Freire; obrigou todas as escolas de Ensino Médio a introduzirem a formação técnica compulsória, sem nenhum preparo para isso (o resultado foi um fracasso); bem como implantou o Mobral, criado para alfabeti-zar jovens e adultos, extinto no governo Sarney.

A reforma universitária, em 1968, foi a grande LDB do ensino superior, assegurando autonomia didático-científica, disciplinar, administrativa e financeira às universidades. A reforma represen-tou um avanço na educação superior brasileira, ao instituir um modelo organizacional único para as universidades públicas e privadas.

A educação no Brasil, em 1971, se vê diante de uma nova LDB. O ensino passa a ser obrigatório dos sete aos 14 anos. O texto também prevê um currículo comum para o primeiro e segundo graus e uma parte diversificada em função das diferen-ças regionais. (BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO)

Nova República (1985-hoje): a Constituição Brasileira de 1988 estabelece que a educação é “direito de todos e dever do Estado e da família” (BRASIL, 1988). Todo brasileiro deve estar atento para a educação e a interpretação das políticas educa-cionais no Brasil.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 21

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

03

Extra

No link indicado a seguir, encontramos uma linha crono-lógica de fatos importantes para a educação desde a primeira turma de alfabetizados pelo educador Paulo Freire (1921-1997), na cidade de Angicos, RN. Disponível em: <http://angicos50a-nos.paulofreire.org/cronologia/>. Acesso em: 18 dez. 2014.

Atividade

Preencha a segunda coluna de acordo com as informações da primeira.

(1) República Velha ( ) Foram criados os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

(2) Era Vargas ( ) Criou-se o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

(3) República Populista ( ) O governo tinha como priorida-de o setor agrário.

(4) Ditadura Militar ( ) Muito já se fez, mas a educação no país continua em processo de mudanças.

(5) República Nova ( ) Encerrou-se o Programa Nacional de Alfabetização, implantado no país pelo educador Paulo Freire.

Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 22 dez. 2014.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO22

ASPECTOS HISTÓRICOS DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Pa r t e

03BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. História. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2&Itemid= 1175>. Acesso em: 22 dez. 2014.

FARIA Filho, Luciana Mendes; VEIGA, Cynthia Greive. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

PALMA FILHO, João Cardoso. A República e a Educação no Brasil: Primeira República (1889-1930). In: PALMA FILHO, J. C. Pedagogia Cidadã – Cadernos de Formação – História da Educação – 3. ed. São Paulo: PROGRAD/ UNESP/ Santa Clara Editora, 2005. p. 49-60. Disponível em: 22 dez. 2014.

PORTAL EDUCAÇÃO. Período Republicano: Histórico da Educação no Brasil. 22 fev. 2013. Disponível em: <www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34882/periodo-republicano-historico-da-educacao-no-brasil>. Acesso em: 22 dez. 2014.

TORRES, Mariana de Oliveira Fernandes. Educação Brasileira: passado, presente e futuro o conhecimento através de uma abordagem estratégica. 19 jun. 2009. Disponível em: <www.pedagogia.com.br/artigos/educacaoobrasil/>. Acesso em: 22 dez. 2014.

Resolução da atividade

�(4) Foram criados os poderes Executivo, Legislativo eJudiciário.

�(2) Criou-seoServiçoNacionalDeAprendizagemIndustrial(SENAI).

�(1) Ogovernotinhacomoprioridadeosetoragrário.

�(5) Muitojásefez,masaeducaçãonopaíscontinuaemprocessodemudanças.

�(3) Encerrou-se o Programa Nacional de Alfabetização,implantadonopaíspeloeducadorPauloFreire.

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Compreender as interfaces da democracia, da governabilidade, da cidadania e da globalização no contexto educacional.

DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E

GLOBALIZAÇÃO

Aula 02

Objetivo:

Shut

ters

tock

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 25

DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

01

DEMOCRACIA E GOVERNABILIDADEO surgimento da democracia deu-se na Antiga Grécia e foi

fortalecido nos séculos XVII e XVIII, com a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa. Hoje, é a forma de go-verno predominante no mundo.

É importante saber que na democracia as decisões são toma-das pelo povo e para o povo, enquanto na república são eleitos senadores, deputados e vereadores, para tomarem as decisões pelo povo. O Brasil é uma república com a democracia ainda em desenvolvimento. Para a socióloga Maria Vitória Benevides:

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro os termos. A República significa especificamente o bem público acima do interesse particular. Particular não só no sentido de um indivíduo ou empresa, mas também de um partido, sindicato ou associação. Outro dado importantíssimo da República é a responsabilida-de dos governantes, que devem ter transparência, prestar contas dos seus atos e serem responsabili-zados pelas autoridades competentes quando come-tem algum crime. Então já vemos que a República no Brasil é uma retórica pomposa e que ainda está em construção a duras penas, apesar de já ter mais de um século de proclamação.

A democracia é o regime da soberania popular, ou seja, em última instância o poder reside no povo e a nossa Constituição garante isso quando diz que todo o poder emana da população, que o exercerá atra-vés de representantes ou diretamente nos termos da lei. A democracia exige o respeito integral aos direi-tos humanos, das minorias. Então, quando falamos

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO26

DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

01nela, estamos unindo seus princípios e associando a democracia representativa à direta. Mas também estamos exigindo a justiça social, que é a garantia de direitos econômicos, sociais, culturais e ambien-tais para todos e todas. A partir dessas definições, vemos que não existe no Brasil nem República, nem Democracia. (BENEVIDES, 2006)

A deficiente governabilidade e a falta de democracia nos pe-ríodos colonial e imperial, contribuíram para que o sistema de en-sino estivesse muito aquém do que poderia ter sido.

Nos anos 1960, o tema “governabilidade”, passou a fazer parte dos debates no país. Para haver governabilidade é neces-sária a legitimidade do Estado e do governo junto à sociedade, contando com requisitos para a estabilidade social, financei-ra e política, permitindo ao Poder Executivo exercer a gover-nança (conjunto de normas e procedimentos adequados à vida coletiva).

Extra

A entrevista concedida pelo professor Moacir Gadotti para Eugênio Parcelle, especial para o Portal Observatório da Educação do Rio Grande do Norte, em 11 de março de 2013, nos sugere a compreensão de uma democracia menos represen-tativa e mais participativa para uma educação com qualidade social. Disponível em: <www.observatoriodaeducacaodorn.org.br/?p=ent&cod=286>. Acesso em: 30 dez. 2014.

Atividade

Conceitue democracia.

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

01

Referências BENEVIDES, Maria Victoria. O Brasil ainda não é uma república democrática. Jornal dos Trabalhadores Sem Terra. n. 266, out. 2006. Disponível em: <www.mst.org.br/jornal/266/entrevista>. Acesso em: 30 dez. 2014.

BOFF, Leonardo. Uma Democracia que se Volta Contra o Povo. 18 jun. 2014. Disponível em: <http://leonardoboff.wordpress.com/2014/06/18/uma-democracia- que-se-volta-contra-o-povo/>. Acesso em: 20 dez. 2014.

GADOTTI, Moacir. Educar para a Sustentabilidade. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2008. Disponível em: <www.acervo.paulofreire.org/xmlui/bitstream/handle/7891/3080/FPF_PTPF_12_077.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2014.

SCHWARTZMAN, Simon. Democracia e Governabilidade. In: Cardoso, Fernando Henrique; Foxley, Alejandro (editores). América Latina: desafios da democracia e do desenvolvimento. Tradução de Micheline Christophe. Rio de Janeiro: Elsevier; São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), 2009. v. 1., p. 62-92. Disponível em: <https://archive.org/stream/DemocraciaEGovernabilidade/2009democracia#page/n31/mode/2up. Acesso em: 30 dez. 2014.

SOUZA, Rainer. Democracia Direta e Indireta. Disponível em: <www.brasilescola.com/politica/democracia-representativa.htm/>. Acesso em 21 dez. 2014.

Resolução da atividade

Governoemqueopoderéexercidopelopovodeformadiretaouindireta(atravésdosseusrepresentantes).

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

02

CIDADANIA PLENATer cidadania plena significa usufruir de direitos civis, po-

líticos e sociais e compreender seus deveres, vivenciando-os e possibilitando a sustentabilidade da vida para as gerações futuras.

A cidadania é um princípio da República Federativa do Brasil (art. 1.º, II) em que os pares se reconhe-cem como iguais na busca da realização da “cida-de boa e justa”. E não há cidadania sem iguais, pontos mínimos de partida sem a construção de fins coletivos e sem a participação das pessoas, seja em organizações coletivas seja em dinâmi-cas que lhes assegurem a presença consciente nos destinos de sua comunidade.

A educação escolar responde a um dos pilares da igualdade de oportunidades. A educação infantil, o ensino fundamental gratuito e obrigatório e o ensino médio, etapas constitutivas da educação básica em nossa organização nacional da educa-ção escolar, são determinantes na rede de rela-ções próprias de uma sociedade complexa como a nossa e que, como se viu, objetiva a cidadania de seus membros inclusive sob a forma de uma socialização plena que inclui a qualificação para uma inserção profissional, digna da pessoa huma-na como assevera o art. 3.º, III, da Constituição. (CURY, 2006, p. 671).

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

02O artigo 205 da Constituição de 1988 diz que a finalidade

da educação é “o pleno desenvolvimento da pessoa, seu prepa-ro para o exercício da cidadania e sua qualificação para o tra-balho” (BRASIL, 1988). Para o que isso ocorra, são necessárias políticas educacionais que criem escolas formadoras de edu-candos e educadores voltados ao diálogo e, com suas realidades culturais e naturais, à ação libertadora, exigindo organização e articulação política da população voltada para a superação da exclusão existente.

De acordo com o artigo “A escola no Brasil de Darcy Ribeiro”, de Helena Bomeny a educação

[...] foi publicamente defendida por Darcy Ribeiro como chave para o desenvolvimento do País. De seu ponto de vista, seria a estratégia de médio prazo mais eficaz para a redenção brasileira, [...]. A escola pública, aberta a todos, em tem-po integral, era a receita para iniciar as crianças nos códigos de sociabilidade, tratamento, rela-cionamento e preparo para a vida em sociedade. (BOMENY, 2009, p. 114)

Para Dimenstein (2001), o cidadão brasileiro desfruta de uma cidadania aparente denominada de cidadania de papel. A verdadeira democracia implica a conquista e efetivação dos direitos sociais, políticos e civis. Caso contrário, a cidadania permanece imóvel no papel. Essa cidadania aparente surge do desrespeito aos direitos fundamentais do homem, que não tem suas necessidades básicas supridas, mas sim camufladas em as-sistencialismos políticos, o que gera entre outros, a desnutri-ção, o desemprego e a pobreza.

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

02

Extra

A Fundação Educar Dpaschoal, em seu projeto Trote da Cidadania (lançado em 1999), disponibiliza diversos materiais de apoio e orientação sobre como desenvolver temas voltados ao processo de participação da sociedade no contexto da ci-dadania. Disponível em: <www.educardpaschoal.org.br/web/trote-material-apoio.asp>. Acesso em: 23 dez. 2014.

Atividade

De acordo com Perrenoud (2005) é preciso fornecer apoio integrado, trabalhando com a inclusão de alunos portadores de grandes dificuldades, prevenindo, dessa forma, a segregação social. Comente por que tal informação remete ao tema “cida-dania plena”.

Referências BOMENY, Helena. A escola no Brasil de Darcy Ribeiro. Em Aberto. Brasília, v. 22, n. 80, p. 109-120, abr. 2009. Disponível em: <http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1474/1223. Acesso em: 30 dez. 2014.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, em 5 out. 1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 22 dez. 2014.

CURY, Carlos Alberto Jamil. Educação Escolar e Educação no Lar: espaços de uma polêmica. Educ. Soc. Campinas, v. 27, n. 96, p. 667-688, out. 2006. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/es/v27n96/a03v2796.pdf>. Acesso em: 30 dez. 2004.

DIMENSTEIN, Gilberto. Cidadão de Papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. 19. ed. São Paulo: Ática, 2001.

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

02FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

PARENTE, Lygia Bandeira de Mello. Partipação Social como Instrumento para a Construção da Democracia: a intervenção social na administração pública brasileira. Curso de Especialização em Direito Público e Controle Externo. Brasília: Universidade de Brasília, 2006. Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2054994.PDF>. Acesso em: 23 dez. 2014.

PERRENOUD, Philippe. Escola e Cidadania: o papel da escola na formação para a democracia. Tradução de: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2005.

PORTAL EDUCAÇÃO. O que é a Constituição brasileira e para que serve a Carta Magna. Disponível em: <www.educacao.cc/cidada/o-que-e-a-constituicao-brasileira-e-para-que-serve-a-carta-magna/>. Acesso em: 23 dez. 2014.

Resolução da atividade

Porquesomenteatendendoatodososeducandos,semdis-tinçãoderaça,cor,status e capacidades intelectuais, se pro-move a real cidadania.

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

03

GLOBALIZAÇÃOO professor de História Ricardo Gomes, em uma entre-

vista ao G1 de Pernambuco1, explicava sobre o surgimento da Globalização:

A expressão “aldeia global” é muito usada para definir o mundo atual. “O conceito de ‘aldeia’ é um lugar relativamente pequeno, onde todas as pessoas se conhecem. Como o mundo virou uma aldeia? Pelo fato de as fronteiras terem sido que-bradas. A tecnologia e a informação permitem que as pessoas no mundo inteiro, nos vários continen-tes, possam ter contato”, explica o professor.

A globalização começou devido à busca por lucro, quando o capitalismo provocou mudanças ao redor do mundo. “A expansão marítima foi o que pos-sibilitou o desenvolvimento do capitalismo nesse primeiro momento. Os europeus, saindo da crise do feudalismo, entraram em suas embarcações movidas a vela e singraram os oceanos em busca de fontes consumidoras e fontes fornecedoras de matérias-primas”, detalha Ricardo.

No século 18, a indústria e o surgimento da tecno-logia contribuíram para o processo de globaliza-ção. De acordo com o professor, houve o desenvol-vimento do capitalismo produtivo industrial, que ganhou o mundo. “Nós temos os investimentos fei-tos pelos ingleses, por exemplo, em continentes como África e Ásia”, diz.

1 Disponível em: <http://g1.globo.com/pernambuco/educacao/noticia/2014/10/professor-de-historia-explica-o-surgimen-to-da-globalizacao.html>.

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

03No século 20, nos anos 1990, acontece o desen-volvimento do capitalismo especulativo, graças às transações permitidas pelo uso da internet. “Ele começou a entrar em países com mais força e, graças ao desenvolvimento da tecnologia, foi al-cançando cada vez mais espaço”, ressalta.

[...]

O docente também ressalta que a facilidade ao acesso à informação é um dos principais ganhos da globalização. (G1 PE, 2014)

O processo atual é rápido; abrange, além do comércio, serviços, arte, educação e integração mundial, e se baseia na liberalização econômica, fazendo com que surjam organizações e documentos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Quanto à continuidade do atual processo de desenvolvi-mento econômico e social nos pressupostos da globalização, segundo Lester Thurow:

Adaptado à nova ordem estará o país que, aberto à competitividade global, realize gigantescos in-vestimentos em educação, já que a maior riqueza nacional passou a ser a mão de obra qualificada. (THUROW, 1997 apud PORTAL ESTUDEFORA, 2008)

Extra

O artigo Globalização e educação, de Eliene Nery Santana Enes, aborda uma discussão a partir do enfoque de alguns pes-quisadores sobre a globalização e educação e nesse contexto, a

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DEMOCRACIA, GOVERNABILIDADE, CIDADANIA PLENA E GLOBALIZAÇÃO

Pa r t e

03política do Banco Mundial no Brasil. Disponível em: <www.revis-tapindorama.ifba.edu.br/files/Eliene%20Nery%20UNIVALE%20MG.pdf/>. Acesso em: 19 dez. 2014.

Atividade

“A internet é uma aliada na educação”. Explique essa afirmação.

Referências DRUCKER, F. Peter. Administrando em Tempos de Grandes Mudanças. São Paulo: Pioneira, 1995.

G1 PE. Professor de História Explica o Surgimento da Globalização. 21 out. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/pernambuco/educacao/noticia/ 2014/10/professor-de-historia-explica-o-surgimento-da-globalizacao.html>. Acesso em: 30 dez. 2014.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas estrutura e organização. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

ONU. Centro Regional de Informação das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: <www.unric.org/pt/informacao-sobre-a-onu/direitos-humanos/14>. Acesso em: 23 dez. 2014.

ESTUDEFORA. Educação e Globalização. 7 nov. 2008. Disponível em: <http://estudefora.blogspot.com.br/2008/11/educao-e-globalizao.html>. Acesso em: 30 dez. 2014.

SANTAELLA, Lucia. Globalização e Multiculturalismo. Amapá: Anais AMPAP, 1997.

Resolução da atividade

Ter acesso à rede de computadores é ter a mãos uma das maioresferramentascriadasatéentão,orápidoefácilacessoà informaçãopara aquisição e incrementoda educaçãoe doconhecimento.

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Conhecer a Lei de Diretrizes e Bases, seus projetos, finalidades, resultados e

expectativas para o futuro da educação.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO

BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Aula 03

Objetivo:

Inm

agin

e

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 37

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

01

LEIS, NORMAS E REGULAMENTOS ANTES DA LDB

Durante o Primeiro Reinado (1822-1831) foi proposta a Reforma Januário da Cunha Barbosa (leis de 11 de agosto e 15 de outubro de 1827). Posteriormente, a história fica assim registrada:

• Período Regencial (1831-1840) – é promulgado o Ato Adicional de 1834;

• Segundo Reinado (1840-1889) – ocorre a Reforma Couto Ferraz (1854) e a Reforma Leôncio de Carvalho (1879).

Até a Proclamação da Independência, em 1822, todas as orientações relativas à educação no Brasil eram oriundas de Portugal. A primeira Carta Magna brasileira (1824) trazia ape-nas dois dispositivos sobre educação: o princípio da gratuidade da “instrução primária a todos os cidadãos” e a referência ao ensino de “elementos das ciências, belas letras e artes” em “colégios e universidades”.

Conforme artigo de Nelson Valente (2012), as principais re-formas na Educação Brasileira foram:

• 1890 – Reforma Benjamim Constant;

• 1901 – Reforma Epitácio Pessoa;

• 1911 – Reforma Rivadávia Correia;

• 1915 – Reforma Carlos Maximiliano;

• 1925 – Reforma João Luiz Alves da Rocha Vaz;

• 1932 – Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova;

• 1932 – Reforma Francisco Campos;

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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

01• 1942 – Reforma Gustavo Capanema;

• 1942, 1943 e 1946 – Leis Orgânicas.

• 1961 – Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

Duas Constituições brasileiras, as de 1934 e 1937, traziam as seguintes abordagens para a educação:

Art. 149. A educação é direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e estrangeiros domiciliados no país [...]

Art. 150. [...]

Parágrafo único [...]

a) ensino primário integral gratuito e de frequên-cia obrigatória extensiva aos adultos;

b) tendência a gratuidade do ensino educativo ul-terior ao primário, a fim de o tornar mais acessí-vel. (BRASIL, 1934)

Art. 125. A educação integral da prole é o primeiro dever e o direito natural dos pais. O Estado não será estranho a esse dever, colaborando, de ma-neira principal ou subsidiária , para facilitar a sua execução de suprir as deficiências e lacunas da educação particular. (BRASIL, 1937)

Extras

Recomendamos a leitura do artigo Política Educacional: uma retrospectiva histórica, de Denise Ferrari Dutra. Nele, é possível ler sobre a retrospectiva histórica, no contexto da

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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

01política educacional. Disponível em: <http://websmed.porto-alegre.rs.gov.br/escolas/emilio/autoria/artigos2005/politica_educacional_denise.pdf>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Atividade

O princípio da gratuidade da instrução primária a todos os cidadãos e a referência ao ensino de elementos das ciências, belas letras e artes em colégios e universidades, são pertencen-tes a qual documento histórico?

Referências BRASIL. Carta de Lei de 25 de Março de 1824. Constituição Política do Império do Brasil, elaborada por um Conselho de Estado e outorgada pelo Imperador D. Pedro I, em 25 mar. 1824. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao24.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de Julho de 1934). Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul. 1934. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao34.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 10 de novembro de 1937). Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 nov. 1937. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

VALENTE, Nelson. As principais reformas na educação brasileira. 3 out. 2012. Disponível em: <http://gibanet.com/2012/10/03/as-principais-reformas-na-educacao-brasileira/>. Acesso em: 27 dez. 2014.

VIEIRA, Sofia Lerche. Reformas Educativas no Brasil: uma aproximação histórica. Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, CE. abril/2009. Disponível em: <www.saece.org.ar/docs/congreso3/Lerche1.doc>. Acesso em: 27 dez. 2014.

Resolução da atividade

AprimeiraCartaMagna.

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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

02

A LDB: PROJETO, FINALIDADE E EXPECTATIVASA primeira LDB foi criada em 1961, seguida por uma versão

em 1971, que vigorou até a promulgação de uma nova LDB em 1996.

• 1961: a primeira LDB foi publicada pelo presidente João Goulart, quase 30 anos após ser prevista pela Constituição de 1934.

• 1971: nova Lei foi publicada durante o Regime Militar, pelo então presidente Emílio Garrastazu Médici, e pos-suindo 88 artigos;

• 1987: em Brasília, iniciava-se o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública (FNDEP).

Nos debates abertos e com a participação da sociedade civil, organizados pelo FNDEP, nasceram as primeiras das duas propostas para a LDB, baseadas na Constituição Federal de 1988, com o nome de Projeto Jorge Hage.

• 1996: a nova LDB foi elaborada seguindo orienta-ções da Constituição Federal de 1988, articulada com o apoio do presidente Fernando Collor de Mello, por meio do MEC, elaborada pelos senadores Darcy Ribeiro, Marco Maciel e Maurício Correa.

A seguir, se lê parte da Constituição que influenciou dire-tamente a nova LDB:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I – igualdade de condições para o acesso e perma-nência na escola; (BRASIL, 1988).

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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

02II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e di-vulgar o pensamento, a arte e o saber;III – pluralismo de ideias e de concepções peda-gógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;IV – gratuidade do ensino público em estabeleci-mentos oficiais;V– valorização dos profissionais da educação esco-lar, garantidos, na forma da lei, planos de carrei-ra, com ingresso exclusivamente por concurso pú-blico de provas e títulos, aos das redes públicas;VI – gestão democrática do ensino público, na for-ma da lei;VII – garantia de padrão de qualidade. [...] (BRASIL, 1988)

A finalidade da LDB é expressar a política e o planejamento edu-cacionais do país, embasada nos princípios dados pelo artigo 206 da Constituição Federal, sob os quais o ensino deve ser ministrado.

A expectativa para o futuro é de pessoas cada vez mais capacitadas, preparadas e atualizadas para o exercício de suas profissões. As autoras Albano, Barboza, Castro e Zero registram, em um artigo, que:

A escola está inserida na sociedade global e na chamada “sociedade do conhecimento”. [...]

Depois que o Brasil passou a ser signatário do documento chamado “Declaração Mundial sobre Educação para Todos”, houve urgência em pre-parar metas para melhoria da educação no país. (ALBANO, 2010 et al., p. 13)

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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

02Dessa forma:

A Rede Nacional de Formação Continuada de Professores foi criada em 2004 com o objetivo de contribuir para a melhoria da formação dos pro-fessores e alunos. O público-alvo prioritário da rede são professores de educação básica dos sis-temas públicos de educação. (BRASIL, MEC).

Extra

Sugere-se o link a seguir para aprofundamento de estudos, pois mostra parte da história do Brasil e da educação no Brasil: Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=eTYWvbW8XPw. Acesso em: 5 jan. 2015.

Atividade

As diretrizes da LDB tiveram como base a Constituição Federal de 1988, cujo artigo 206 define que o ensino será mi-nistrado com base em princípios. Escolha um desses princípios mencionados no material e explique-o com suas palavras.

Referências ALBANO, Adriana Almeida de Souza; BARBOZA, Patrícia Brondi; CASTRO, Patrícia Vietro de; ZERO, Maria Aparecida. A formação de professores para a educação básica na LDB e as expectativas para a educação do futuro. Diálogos Pertinentes – Revista Científica de Letras. Franca, SP. v. 6, n. 2, p. 11-30, jul. dez. 2010. Disponível em: <http://publicacoes.unifran.br/index.php/dialogospertinentes/article/viewFile/457/367>. Acesso em: 27 dez. 2014.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 43

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

02BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 abr. 2013. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Rede Nacional de Formação Continuada de Professores. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=231&Itemid=332>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12579%3Aeducacao-infantil&Itemid=1152>. Acesso em: 5 jan. 2015.

LIMA, Monique Millet de. Projeto Político Pedagógico e a LDB 9.394/96. 24 mar. de 2011. Disponível em: <www.webartigos.com/artigos/projeto-politico-pedagogigo-e-a-ldb-9394-96/62030/#ixzz3N5v7XeSG>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Resolução da atividade

Princípio IV – gratuidade do ensino público em estabe-lecimentos oficiais:OEstadoeosMunicípios,atravésdosre-presentantesescolhidospelopovo,deverãoresponsabilizar-sepelaconstruçãoemanutençãodasescolaspúblicas.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO44

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

03

RESULTADOS E PROJETOS FUTUROSA implantação da LDB proporcionou um salto qualitativo no

sistema educacional, tendo muitos resultados positivos. Pode-se destacar a possibilidade de reclassificação e de seriação, a obrigatoriedade de 4 horas mínimas diárias em sala de aula, o regime de colaboração entre União, Estados e Municípios, os processos nacionais de avaliação escolar, o conceito de Gestão Democrática e autonomia da escola, a incorporação da Educação Infantil ao sistema de ensino e a criação dos sistemas municipais de ensino.

O projeto político-pedagógico é um instrumento que refle-te a proposta educacional da escola, que tem autonomia para elaborá-lo e executá-lo em conjunto com a comunidade escolar e os profissionais da Educação, em consonância com os princí-pios democráticos de gestão.

Nos últimos anos, ocorreram várias audiências públicas, debates e jornadas de estudo, que contaram com a participa-ção dos sistemas de ensino, dos órgãos educacionais e da socie-dade, resultando na atualização da LDB pela Lei 12.796/2013. Dentre essas alterações, pode-se destacar:

• o Estado é obrigado a garantir à população educação esco-lar pública e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade;

• é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na Educação Básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade;

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 45

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

03• a inclusão de mais um princípio a ser observado no proces-

so de ensino das escolas. Trata-se da “consideração com a diversidade étnico-racial”, que tem como premissa a igual-dade de condições para o acesso e permanência na escola, pluralismo de ideias, valorização do profissional da educa-ção escolar e garantia de padrão de qualidade.

Extra

Leia a matéria Capes discute políticas de expansão da educação básica e superior, publicado no 1.º Encontro Nacional do Programa de Apoio a Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores, que aconteceu em Brasília, em novembro de 2014. Disponível em: <www.brasil.gov.br/educa-cao/2014/11/capes-discute-politicas-de-expansao-da-educa-cao-basica-e-superior>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Atividade

Qual é o tempo garantido ao estudante como direito de aces-so gratuito à escola, de acordo com a revisão da LDB em 2013?

Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 12.796, de 4 abr. 2013. Altera a Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 abr. 2013. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO46

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E SUA ABRANGÊNCIA

Pa r t e

03BRASIL. Câmara dos Deputados. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 10. edição. Centro de Documentação e Informação Brasília: Edições Câmara, 2014. Disponível em: <http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/19339#>. Acesso em: 5 jan. 2015.

OLIVEIRA, Deise. LDB: Pontos Positivos e Negativos. 20 out. 2007. Disponível em: <http://diadeaprender.blogspot.com.br/2007/10/ldb-pontos-positivos-e-negativos.html>. Acesso em: 27 dez. 2014.

OLIVEIRA, Emanuelle. Projeto Político Pedagógico. Disponível em: <www.infoescola.com/educacao/projeto-politico-pedagogico/>. Acesso em: 28 dez. 2014.

LEMGRUBER, Marcio Silveira. Educação a Distância: para além dos caixas eletrônicos. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/conferencia/documentos/marcio_lemgruber.pdf>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Resolução da atividade

EducaçãoBásicagratuitaeobrigatóriados4aos17anos.

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Identificar o trabalho norteador oferecido pelo governo em prol da Educação

Infantil.

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Aula 04

Objetivo:

Shut

ters

tock

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 49

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

01

COMO NASCEU O RCNEIO Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI)

surgiu em 1998 devido a demandas da sociedade, uma vez que as crianças brasileiras tinham direitos adquiridos pela Constituição de 1988, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei 8.069/90 e pela LDB.

A Constituição Federal de 1988 reconheceu como direito da criança pequena o acesso à Educação Infantil, em creches e pré-escolas. A LDB também proclamou que a Educação Infantil é direito das crianças e dever do Estado. Estabeleceu, pela primeira vez na história do país, que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, considerando a fase transi-tória pela qual passam creches e pré-escolas na busca por uma ação integrada que incorpore às atividades educativas os cuida-dos essenciais das crianças e suas brincadeiras.

Dessa forma, fez-se necessária a criação do RCNEI, duran-te o governo Fernando Henrique Cardoso, sendo ele produzido pelo MEC.

Os RCNEI apontam metas de qualidade que contribuem para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades e sejam capazes de crescer como cidadãos cujos direitos são reconhecidos.

Como disse Carlos Drummond de Andrade (apud Fortuna, 2000, p. 1): Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo. Se é triste ver meni-nos sem escola, mas triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios esté-reis sem valor para a formação do homem. (ZANA, 2013).

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO50

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

01

Extra

No artigo Por dentro do ECA: o que é o Estatuto da Criança e do Adolescente?, publicado em julho de 2011 pela revista Educar para Crescer, da Editora Abril, é possível ler um pouco sobre o ECA. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/politicapublica/materias_295310.shtml>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Atividade

Quem produziu o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil?

Referências BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 1. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acesso em: 4 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 2. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 3. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.

UNIP. A Educação Infantil no Brasil. Disponível em: <http://unipvirtual.com.br/material/UNIP/LICENCIATURA/TERCEIRO_SEMESTRE/grupo3_2/PDF/mod_11.pdf>. Acesso em: 6 jan. 2015.

ZANA, Augusta (coord.) O Brincar em sala de aula a partir da perspectiva do professor. Publicado em 15 jan. 2013. Disponível em: <www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0369.html>. Acesso em: 7 jan. 2015.

Resolução da atividade

OMEC.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 51

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

02

DIRETRIZES DO RCNEIPara orientar as unidades de Educação Infantil na tarefa de aperfeiçoar suas práticas pedagógicas, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI), aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação em 2009 (Parecer CNE/CEB 20/2009 e Resolução CNE/CEB 05/2009), desafiam os profes-sores que atuam junto às crianças de 0 a 5 anos a construírem propostas pedagógicas que, no cotidia-no de creches e pré-escolas, deem voz às crianças e acolham a forma de elas significarem o mundo e a si mesmas, em parceria com as famílias. (OLIVEIRA, 2012, p. 4)

O RCNEI é um documento que foi elaborado pelo MEC em 1998. Contém referências e orientações sobre como melhorar as práticas educativas. Tem como meta apontar direções aos profissionais da Educação Infantil para que possam desenvolver um trabalho eficaz em relação aos aspectos afetivos, sociais e cognitivos da criança.

Os princípios que norteiam o documento são:

• O respeito à dignidade e aos direitos das crian-ças, consideradas nas suas diferenças individu-ais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, reli-giosas etc.;

• O direito a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunica-ção infantil;

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO52

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

02• O acesso das crianças aos bens socioculturais

disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunica-ção, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética;

• A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma;

• O atendimento aos cuidados essenciais associa-dos à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. (BRASIL, 1998)

Extra

Indicamos aqui a leitura do artigo de Silvana Perottino Notas sobre o currículo na educação infantil: leitura e es-crita no primeiro segmento do Ensino Básico. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada10/_files/ltdLHwMC.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2015.

Atividade

A criança da Educação Infantil é ávida por conhecimentos, brincadeiras, gosta de conviver em grupo, fazendo trocas de experiências, articulando e aprendendo. A partir dessa informa-ção, cite dois princípios do RCNEI em que o professor poderá se basear para desenvolver o pensamento citado.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 53

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

02

Referências BRASIL. MEC. CNE. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer CEB n. 22, de 7 dez. 1998. Brasília: MEC, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb022_98.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 13 jan. 2015.

BRASIL. Resolução n. 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica. Brasília: CNE/CEB, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13684%3Aresolucoes-ceb-2009&catid=323%3Aorgaos-vinculados&Itemid=866>. Acesso em: 13 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 1. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 2. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 3. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.

OLIVEIRA, Zilma (org.). O Trabalho do Professor na Educação Infantil. 1. ed. São Paulo: Biruta, 2012.

PLATAFORMA DO LETRAMENTO. Acesse as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Disponível em: <www.plataformadoletramento.org.br/em-revista/525/acesse-as-diretrizes-curriculares-nacionais-para-a-educacao-infantil-mec.html>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Resolução da atividade

• O acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis.

• A socialização das crianças.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO54

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

03

DESDOBRAMENTO SOCIAL E EXPECTATIVASO RCNEI é composto por três volumes, enviados para as

escolas, para que os profissionais da Educação Infantil o pudes-sem ter como ferramenta de pesquisa no seu dia a dia.

O primeiro volume, Introdução, apresenta uma reflexão sobre creches e pré-escolas no Brasil, além de situar e funda-mentar concepções de criança, de educação, de instituição e de educador infantil, de modo a definir os objetivos gerais da Educação Infantil, além de auxiliar na orientação da organiza-ção dos outros dois volumes.

O volume 2, FormaçãoPessoaleSocial, contém o eixo de trabalho que favorece, prioritariamente, os processos de cons-trução da identidade e da autonomia das crianças.

O volume 3, Conhecimento de Mundo, apresenta seis desdobramentos:

referentes aos eixos de trabalho orientados para a construção das diferentes linguagens pelas crian-ças e para as relações que estabelecem com os ob-jetos de conhecimento, sendo estes: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. (BRASIL, 1998, v. 1, p. 7)

O filósofo francês Henri Wallon (1879-1962), em seus es-tudos registra que “antes mesmo da aquisição da linguagem, a emoção se configura como o meio utilizado pelos bebês para estabelecer uma relação com o mundo” (Nova Escola, 2015) e

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 55

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

03“fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteli-gência e a formação do eu como pessoa”. (Santos, 2011)

As expectativas quanto ao RCNEI é que possa contribuir para o planejamento, para o desenvolvimento e avaliação das praticas educativas, considerando a pluralidade e diversidade étnica, religiosa de gênero, social e cultural das crianças bra-sileira, favorecendo a construção de propostas educativas que respondam às demandas das crianças e seus familiares nas dife-rentes regiões do país.

Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade. (FREIRE, apud FETEERJ)

Extra

No artigo, Sonia Kramer relata sobre O papel social da Educação Infantil. Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista7-mat8.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.

Atividade

Que assunto é tratado no volume 2 do RCNEI?

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO56

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEU DESDOBRAMENTO SOCIAL

Pa r t e

03

Referências BRASIL. MEC. Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à educação. Brasília: MEC, SEB, 2006. Disponível em: <http://revistaei.com.br/Adm/Upload/Arquivos/Arquivo_7104535.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 3. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.

CORREIO BRASILIENSE. Sistema de Ensino é Reprovado pela ONU. 29 jan. 2014. Disponível em: <www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/29427/sistema-de-ensino-e-reprovado-pela-onu/>. Acesso em: 4 jan. 2015.

FETEERJ – Fundação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro. Dia do professor. Disponível em: <www.feteerj.org.br/?p=1551>. Acesso em: 6 mar. 2015.

NOVA ESCOLA. Por que Trabalhar Identidade e Autonomia. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/roteiro-didatico-identidade-autonomia-creche-634707.shtml?page=2>. Acesso em: 15 jan. 2015.

SANTOS, Fernando Tadeu. Henri Wallon. 1 jul. 2011. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/henri-wallon-307886.shtml>. Acesso em: 15 jan. 2015.

Resolução da atividade

Tratasobreaformaçãopessoalesocialecontémoeixodetrabalhoquefavorece,prioritariamente,osprocessosdecons-truçãodaidentidadeedaautonomia dascrianças.

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Conhecer os Parâmetros Curriculares Nacionais, seu conteúdo e objetivos.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

Aula 05

Objetivo:

Shut

ters

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 59

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

01

O QUE SÃO OS PCNA LDB promove a organização curricular para dar maior fle-

xibilidade no trato dos componentes curriculares, reafirmando o princípio da base nacional comum. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são referenciais de qualidade para a educação, servindo como apoio e orientação na elaboração dos projetos educativos das escolas. Eles não são obrigatórios, portanto não normatizam.

Em 1995, iniciou-se o processo de elaboração dos PCN. As delegacias do MEC promoveram reuniões com suas equipes téc-nicas, o Conselho Federal de Educação organizou debates re-gionais e algumas universidades se mobilizaram para participar desse momento. A versão final da primeira etapa (1.ª a 4.ª sé-ries) foi aprovada pelo Conselho Federal de Educação em 1997. Posteriormente vieram as versões de 5.º a 8.º séries e para o Ensino Médio.

Os PCN tem como funções socializar temas sobre currículo e programas educacionais e orientar e garantir que os inves-timentos realizados no sistema educacional sejam coerentes. Devem ser utilizados como apoio para discussões, ponderações e reflexões, respeitando-se a diversidade religiosa, cultural, étnicas, regional e política existente no país. Tem como prin-cípios norteadores:

• autonomia;

• diversidade;

• interação e cooperação;

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO60

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

01• disponibilidade para a aprendizagem;

• organização do tempo e do espaço;

• seleção de material.

Extra

Com o link a seguir, é possível verificar a relação en-tre os PCN e as DCN no texto da Universidade Federal de Pernambco (UFPE). O texto foi elaborado por Leda Scheibe e Ticiane Bombassaro. Disponível em: <http://coordenacaoes-colagestores.mec.gov.br/ufc/file.php/1/coord_ped/sala_5/mod05_2unid_2.html>. Acesso em: 19 jan. 2015.

Atividade

Explique o que significa a autonomia, no contexto dos PCN.

Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2015.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1.ª a 4.ª séries. Ministério da Educação. Brasília, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=859&catid=195%3Aseb-educacao-basica&id=12640%3Aparametros-curriculares-nacionais1o-a-4o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 19 jan. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 61

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

01BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: 5.ª a 8.ª séries. Brasília, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid =859&catid=195:seb-educacao-basica&id=12657:parametros-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 19 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12598%3Apublicacoes&Itemid=859>. Acesso em: 19 jan. 2015.

Resolução da atividade

Cada município tem ou terá autonomia para criar o seu ProjetoPolítico-Pedagógico(PPP)atendendoàsaspiraçõesdacomunidade.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO62

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

02

CONTEÚDO E ENFOQUE SISTÊMICOOs conteúdos dão ênfase à apropriação de conhecimentos so-

cialmente elaborados como base para a construção da cidadania, da identidade e da clareza quanto ao projeto educativo, ampliando as-sim a visão de conhecimento. São abordados em três categorias:

• Conteúdos conceituais: envolvem a construção das capacidades intelectuais para operar com símbolos, ideias, imagens e representações, permitindo assim a organização da realidade. Aprendendo conceitos, é possível atribuir significado aos conteúdos aprendidos e relacioná-los a outros;

• Conteúdos procedimentais: permitem tomar deci-sões e realizar uma série de ações de forma ordenada, não aleatoriamente, a fim de para atingir uma meta;

• Conteúdos atitudinais: que fazem parte de qualquer grupo social e são compreendidos como conteúdos escolares indispensáveis à formação do cidadão cons-ciente de sua responsabilidade social.

O PCN são apresentados em formato de livros de 1.ª a 4.ª séries, de 5.º a 8.º, e de Ensino Médio – cada nível com seu próprio volume. Atualmente, os documentos que norteiam a Educação Básica são a Lei 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCN) e o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pelo Congresso Nacional em 26 de junho de 2014. Os documentos mais recentes estabelecem o Ensino Fundamental em 9 anos, entretanto, os PCN ainda po-dem ser utilizados como referência.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 63

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

02Para o Ensino Médio, os PCN têm por objetivos auxiliar os

educadores na reflexão sobre a prática diária em sala de aula e servir de apoio ao planejamento de aulas e ao desenvolvi-mento do currículo da escola. Os documentos são apresenta-dos em: Bases Legais, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Como enfoque sistêmico, verifica-se o envolvimento de governos, secretários, pedagogos, professores, técnicos, cola-boradores etc., trabalhando, produzindo e interagindo com um objetivo comum: as proposições dos PCN, em prol de uma esco-la voltada ao cidadão com seus direitos e deveres.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem uma mudança de enfoque em relação aos conteúdos cur-riculares: ao invés de um ensino em que o conteúdo seja visto como fim em si mesmo, o que se propõe é um ensino em que o conteúdo seja visto como meio para que os alunos desenvolvam as capacida-des que lhes permitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos. (MEC, 1997, p. 51)

Extras

A partir dos links indicados a seguir, é possível acessar to-dos os documentos referentes aos PCN:

• Parâmetros Curriculares Nacionais de 1.ª a 4.ª séries. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php? Itemid=859&catid=195%3Aseb-educacao-basica&id= 12640%3Aparametros-curriculares-nacionais1o-a-4o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 16 jan. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO64

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

02• Parâmetros Curriculares Nacionais de 5.ª a 8.ª séries. Dispo-

nível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=859 &catid=195:seb-educacao-basica&id=12657:parametros curriculares-nacionais-5o-a-8o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 16 jan. 2015.

• Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option =com_content&id=12598%25>. Acesso em: 16 jan. 2015.

Atividade

Quais são os objetivos do PCN para o Ensino Médio?

Referências BRASIL. Diretrizes para Educação Básica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12992>. Acesso em: 19 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 05 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais 1.ª a 4.ª séries. Brasília, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=859&catid= 195%3Aseb-educacao-basica&id=12640%3Aparametros-curriculares-nacionais1o-a-4o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 19 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais 5.ª a 8.ª séries. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=859&catid =195:seb-educacao-basica&id=12657:parametros-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 19 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12598%3Apublicacoes&Itemid=859>. Acesso em: 19 jan. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 65

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

02BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2015.

BRASIL. Plano Nacional de Educação. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/>. Acesso em: 19 jan. 2015.

NOGUEIRA, Romildo. et al. Ensinando por Projetos Transdisciplinares. Disponível em: <http://cetrans.com.br/artigos/Romildo_Nogueira_et_al.pdf>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Resolução da atividade

Auxiliaroseducadoresnareflexãosobreapráticadiáriaemsaladeaulaeservirdeapoioaoplanejamentodeaulaseao desenvolvimento do currículo da escola.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO66

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

03

APOIO E OBJETIVOSOs PCN são referências para os Ensinos Fundamental e

Médio de todo o país, servindo de apoio e direcionamento. É um caminho para a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino, para o apoio às discussões pedagógicas na escola, para a elaboração de projetos educativos, planejamen-to das aulas, para reflexões sobre a prática educativa e análise do material didático. Praticamente, todos os parâmetros foram construídos para apoiar o sistema de ensino.

Muitas abordagens educativas são esclarecidas pelos PCN, tais como a importância da autonomia do aluno, a interação, a cooperação e as decisões sobre avaliação e uso de tecnologias de comunicação e expressão, como processo de construção de no-vos conhecimentos. Os PCN são apresentados como subsídio para apoiar o projeto das escolas e das disciplinas que formam a base nacional.

O objetivo do PCN é dar oportunidade a todas as crianças e jovens brasileiros de usufruírem do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Os PCN pretendem orientar as ações educativas no ensino obri-gatório e, assim, melhorar a qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Conteúdos tradicionais continuam sendo os refe-renciais do sistema educacional, como Matemática, História, Química, Física, Biologia, Línguas etc. Transversalmente, sur-gem os temas mais vinculados ao cotidiano: ética, meio am-biente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho, con-sumo e saúde.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 67

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

03No tema “Ética”, devem ser abordados assuntos da atualida-

de que possam ser estudados e analisados tendo como referên-cia o contexto da proposta pedagógica da escola. Essa abordagem conduz a instituição a estimular a autonomia na composição de valores dos educandos, auxiliando-os a se situarem nas interações sociais dentro da escola e da comunidade como um todo, abran-gendo os principais grupos temáticos: respeito mútuo, justiça, diá- logo e solidariedade.

Extras

O objetivo dos PCN é dar oportunidade a todas as crianças e jovens brasileiros de usufruírem do conjunto de conhecimen-tos reconhecidos como necessários para o exercício da cidada-nia. Diante dessa instância, o MEC disponibilizou uma série de publicações que objetivam oferecer informações e indicações para a concepção de currículos nas diversas áreas profissio-nais distinguidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/introduc.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2015.

Atividade

Cite duas formas de apoio para os professores ao consulta-rem os PCN .

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO68

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAISPa r t e

03

Referências BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1.ª a 4.ª séries. Brasília, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=859&catid=195%3Aseb-educacao-basica&id=12640%3Aparametros-curriculares-nacionais1o-a-4o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 19 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: 5.ª a 8.ª séries. Brasília, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=859&catid =195:seb-educacao-basica&id=12657:parametros-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series&option=com_content&view=article>. Acesso em: 19 jan. 2015.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12598%3Apublicacoes&Itemid=859>. Acesso em: 19 jan. 2015.

CUNHA, Luiz Antônio. Os Parâmetros Curriculares para o Ensino Fundamental: convívio social e ética. Cadernos de Pesquisa, n. 99, São Paulo, 1996. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1996. Disponível em: <http://educa.fcc.org.br/scielo.php?pid=S0100-15741996000400007&script=sci_arttext>. Acesso em: 9 jan. 2015.

PORTAL EDUCACIONAL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em: http://www.educacional.com.br/legislacao/leg_vi.asp. Acesso em: 6 jan. 2015.

SCHWINN, Marilene. Introdução aos PCN’s. 7 jul. 2009. Disponível em: <www.webartigos.com/artigos/introducao-aos-pcns/21048/#ixzz3O0Q9eyCD>. Acesso em: 5 jan. 2015.

Resolução da atividade

Apoioàsdiscussõespedagógicasnaescolaeàelaboraçãodeprojetoseducativos.

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Compreender como os sistemas de avaliação da educação auxiliam

as políticas públicas na melhoria da educação brasileira.

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃO

Aula 06

Objetivo:

Jupi

ter

Imag

es/D

PI Im

agen

s

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 71

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

01

SAEB• 1980 – Estava em curso o projeto Edurural, programa para

escolas rurais que recebia verbas do Banco Mundial. Nesse período iniciavam-se as discussões sobre a importância de se implantar um sistema de avaliação em larga escala. Com o objetivo de se ter um instrumento que pudesse medir a eficácia das medidas adotadas durante a execução do Edurural, estudou-se a elaboração de uma pesquisa que avaliasse o desempenho dos alunos que estavam frequen-tando as escolas beneficiadas pelo projeto e compará-lo com o dos alunos não beneficiados.

• 1988 – Surgiu, por intermédio do MEC e da Secretaria Nacional de Educação Básica (SENEB), o Sistema de Avaliação do Ensino Público de 1.º Grau (SAEP).

• 1990 – Ocorreu a primeira avaliação a nível nacional, com a participação de uma amostra de escolas que ofertavam as 1.ª, 3.ª, 5.ª e 7.ª séries do Ensino Fundamental das esco-las públicas da rede urbana. Os estudantes foram avaliados em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências. As 5.ª e 7.ª séries também foram avaliadas em Redação.

• 1991 – Como adequação à nomenclatura dada pela Constituição Federal de 1988, a avaliação passou a se cha-mar Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Seu objetivo era oferecer subsídios para formulação, reformu-lação e monitoramento de políticas públicas, contribuin-do, dessa maneira, para a melhoria da qualidade do ensino brasileiro.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO72

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

01• 1992 – O SAEB passou a ser controlado pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

• 1993 – Ocorreu o 2.º Ciclo de Avaliação, marcado pelo apri-moramento dos seus instrumentos.

• 1995 e 1997 – Foi incorporada uma nova metodologia es-tatística conhecida como Teoria de Resposta ao Item (TRI), que permite, entre outras coisas, a comparação dos diver-sos ciclos de avaliação. Foram introduzidas as Matrizes de Referência, para verificar as competências e habilidades que os alunos deveriam dominar em cada série.

• 1995 e 2001 – Surgiram novas discussões, e as avaliações passaram por aprimoramentos.

• 2005 – Aconteceu uma reestruturação do SAEB, passando a ser composto por duas avaliações: a Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc/Prova Brasil).

• 2013 – A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) foi também incorporada ao SAEB.

Extra

Indicamos a leitura do texto de João Luis Horta Neto Um olhar retrospectivo sobre a avaliação externa no Brasil: das primeiras medições em educação até o SAEB de 2005. Disponível em: <www.rieoei.org/deloslectores/1533Horta.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 73

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

01

Atividade

O que significa SAEB e quais são os seus objetivos?

Referências BRASIL. PRADIME: Caderno de apoio aos dirigentes municipais de educação. Brasília: MEC; SEB, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Pradime/cader_tex_3.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2015.

INEP. Histórico do SAEB. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/saeb/historico>. Acesso em: 21 jan. 2015.

INEP. Provinha Brasil. Disponível em: <http://provinhabrasil.inep.gov.br/>. Acesso em: 21 jan. 2015.

Resolução da atividade

SistemadeAvaliaçãodaEducaçãoBásica.Visaaoferecersubsídiosparaformulação,reformulaçãoemonitoramentodepolíticaspúblicas,contribuindo,dessamaneira,paraamelho-ria da qualidade do ensino brasileiro.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO74

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

02

ENEM O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em

1998. Dele podem participar estudantes que estejam concluin-do ou seja concluíram o Ensino Médio.

O primeiro modelo de prova do Enem, utilizado de 1998 a 2008, tinha 63 questões aplicadas em apenas um dia de prova. Seu objetivo inicial era avaliar o desempenho do estudante ao fi-nal da Educação Básica. Não servia para ingresso em cursos supe-riores, exceto no caso de candidatos que, com a nota do exame, se inscrevessem para conseguir bolsa de estudo em faculdades particulares pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).

Em 2009, foi introduzido um novo modelo de prova para o Enem, com a proposta de unificar os vestibulares das universi-dades federais brasileiras.

Atualmente é um dos exames com prova mais longa, mais elaborada e mais contextualizada, o que torna a principal porta de acesso para as universidades do Brasil. É realizado anual-mente e tem duração de dois dias; contém 180 questões obje-tivas (divididas em quatro grandes áreas) e uma questão de re-dação. O conteúdo é definido a partir de matrizes de referência divididas em quatro áreas do conhecimento:

• Matemática e suas tecnologias;

• Ciências da Natureza e suas tecnologias;

• Ciências Humanas e suas tecnologias;

• Linguagens, códigos e suas tecnologias.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 75

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

02O Enem possibilita o acesso à Educação Superior pública

por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e à particular pelo ProUni, e também à Educação Profissional e Tecnológica pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Também dá autonomia para as institui-ções públicas e privadas de Ensino Superior utilizarem ou não, a nota do Enem como parte do processo seletivo.

Extra

Para aprender um pouco mais sobre o Enem, leia o artigo ENEM: avaliação, seleção e orientação para o ensino médio, que nos mostra a opinião de um especialista em avaliação: Cipriano Luckesi. <http://luckesi.blogspot.com.br/2014/09/enem-ava-liacao-selecao-e-orientacao.html>. Acesso em: 17. jan. 2015.

Atividade

Quem pode participar do ENEM?

Referências INEP. Sobre o ENEM. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/enem/sobre-o-enem>. Acesso em: 17 jan. 2015.

INEP. ENEM. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/enem>. Acesso em: 17 jan. 2015.

Resolução da atividade

EstudantesqueestejamconcluindoouquejáconcluíramoEnsinoMédio.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO76

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

03

SINAESDe acordo com o MEC, o Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Superior (Sinaes) analisa as instituições, os cursos e o desempenho dos estudantes. Foi instituído pela Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004.

Na avaliação, são observados os seguintes aspectos:

• o ensino ofertado pelas instituições;

• a pesquisa;

• a extensão

• a responsabilidade social;

• a gestão;

• o corpo docente;

• as instalações;

• o desempenho dos alunos (que são avaliados pelo Enade).

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é um dos procedimentos de avaliação do Sinaes. A avaliação é coordenada pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), e a cada quesito avaliado é lançado um con-ceito de 1 a 5.

A operacionalização do Sinaes é feita pelo Inep.

O Sinaes, segundo consta no site da Comissão de Avaliação Própria da Universidade Estadual de Maringá, está apoiado em alguns princípios com o objetivo de promover a qualidade da Educação Superior, a orientação da expansão da sua oferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional, da sua

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 77

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

03efetividade acadêmica e social e, especialmente, o aprofunda-mento dos compromissos e responsabilidades sociais. São eles:

• responsabilidade social com a qualidade da Educação Superior;

• reconhecimento da diversidade do sistema;

• respeito à identidade, à missão e à história das instituições;

• globalidade, isto é, compreensão de que a instituição deve ser avaliada a partir de um conjunto significati-vo de indicadores de qualidade, vistos em sua relação orgânica e não de forma isolada;

• continuidade do processo avaliativo.

Extra

Recomendamos o artigo Expansão da Educação Superior no Brasil e avaliação institucional: um estudo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), publi-cado pela Revista Avaliação, de José Carlos Rothen e Gladys Beatriz Barreyro. Disponível em: <http://each.uspnet.usp.br/gladysb/expansao.pdf>. Acesso em: 17 jan. 2015.

Atividade

Escolha um dos princípios dos Sinaes e discorra sobre ele.

Referências BRASIL. Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, em 15 abr. 2004. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.861.htm>. Acesso em: 21 jan. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO78

AVALIAÇÃO PÚBLICA NA EDUCAÇÃOPa r t e

03BRASIL. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php/?id=12303&option=com_content>. Acesso em: 15 jan. 2015.

INEP. Sinaes. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/superior-sinaes>. Acesso em: 17 jan. 2015.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ. Princípios e Dimensões do SINAES. Disponível em: <http://sites.uem.br/CPA/sistema-nacional-de-avaliacao-da-educacao-superior/principios-e-dimensoes-do-sinaes>. Acesso em: 22 jan. 2015.

Resolução da atividade

Quandoainstituiçãopassaporumaavaliação,serárespei-tadatodaasuahistória,suaidentidade,aquesedestina,seuespaçoetc.

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Conhecer o PNE, seus objetivos e diretrizes para a educação nacional.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE)

Aula 07

Objetivo:

Jupi

ter

Imag

es/D

PI Im

agen

s

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 81

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) Pa r t e

01

O PNEFoi no período de 1920 a 1930 que surgiu pela primeira vez

a ideia de um plano para a educação.

Historicamente, foi com o chamado movimento renovador, nos anos 1920-1930, que concebeu, pela primeira vez no Brasil, a ideia de um Plano Nacional de Educação. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, assinado por um sele-to grupo de educadores, foi o documento que sin-tetizou as ideias desse movimento e estabeleceu a necessidade de um plano nesses moldes. (BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS)

Na Constituição Federal de 1934, apareceu a primeira refe-rência legal a um plano nacional de educação. O seu artigo 150 declarava ser competência da União

[...] fixar o plano nacional de educação, compreen-sivo do ensino de todos os graus e ramos, comuns e especializados; e coordenar e fiscalizar a sua exe-cução, em todo o território do País. (BRASIL, 1934)

Foi durante o governo de João Goulart (1961 a 1964) que surgiu o primeiro Plano Nacional de Educação (PNE), a partir da publicação da Lei 4.024/61, que fixava as diretrizes e bases da educação nacional.

O segundo Plano Nacional de Educação foi elabo-rado em conformidade com a Constituição Federal de 1988, que determina, no artigo 214, que deverá ser estabelecido o “plano nacional de educação, com duração plurianual, visando à articulação e ao

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO82

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) Pa r t e

01desenvolvimento do ensino em diversos níveis e à integração das ações do Poder Público”. (BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS)

A Lei 13.005/2014, que estabelece o Plano Nacional da Educação para o decênio 2014–2024, determina que União, Estados, Municípios e Distrito Federal atuem em regime de colabo-ração para que as metas sejam alcançadas e todas as estratégias do plano sejam implementadas. Essa colaboração entre as esferas da federação é fundamental para que haja ações integradas, con-forme o artigo 214 da Constituição de 1988, visando a:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológi-ca do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de re-cursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (BRASIL, 1988)

Em estreita consonância com o artigo 214 da Constituição Federal, as Diretrizes do PNE 2014/2024 são apresentadas no artigo 2.º da Lei 13.005/2014:

Art. 2.º São diretrizes do PNE:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradi-cação de todas as formas de discriminação;

IV - melhoria da qualidade da educação;

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 83

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) Pa r t e

01V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de re-cursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que assegure atendi-mento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX - valorização dos (as) profissionais da educação;

X - promoção dos princípios do respeito aos direi-tos humanos, à diversidade e à sustentabilidade. (BRASIL, 2014)

Extra

Para saber um pouco mais sobre o surgimento do PNE, indi-camos o acesso ao link: <www2.camara.leg.br/atividade-legis-lativa/comissoes/comissoes-permanentes/ce/plano-nacional- de-educacao/historico>. Acesso em: 21 jan. 2015.

Atividade

Com os objetivos e diretrizes do PNE é possível perceber direcionamentos para a educação brasileira. Quais são eles?

Referências BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934). Pulicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, de 16 jul. 1934. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao34.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO84

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) Pa r t e

01BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10172.htm. Acesso em: 29 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2014. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.

BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Plano Nacional de Educação. Histórico. Disponível em: <www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes -permanentes/ce/plano-nacional-de-educacao/historico>. Acesso em: 3 fev. 2015.

Resolução da atividade

OPNEtrazumviésfortequantoàformaçãohumanaeci-dadãdoindivíduo.Esseviéspodeserpercebidoprincipalmentenas diretrizes:

III -superaçãodasdesigualdadeseducacionais,comênfasenapromoçãodacidadaniaenaerradicaçãodetodasasformasdediscriminação;

V - formação para o trabalho e para a cidadania, comênfase nos valoresmorais e éticos emque se fundamenta asociedade;

VII-promoçãohumanística,científica,culturaletecnoló-gicadoPaís;

X-promoçãodosprincípiosdorespeitoaosdireitoshuma-nos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 85

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Pa r t e

02

PRINCIPAIS MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO A PARTIR DO PNE

A promulgação do PNE representou um ciclo de profundas mudanças na política educacional do país – especialmente o PNE sancionado em 2001, que trouxe mudanças significativas no contexto educacional brasileiro, visando a responder demandas advindas de organismos internacionais.

Foi necessária uma nova organização sistêmica, descentra-lizando a execução das políticas sociais e de parte dos recursos financeiros. Os planos de educação estaduais, distritais e munici-pais passaram a ser decenais e articuladores dos sistemas de edu-cação, devendo ser elaborados em conformidade com o PNE.

A avaliação do PNE 2001-2010 (DOURADO, 2011) indica que alguns pontos merecem atenção especial, como a necessida-de de se evitar superposição de políticas, programas e ações. Nesse sentido, o alinhamento dos planos de educação em um mesmo território (estado, microrregião e município) é impres-cindível para que se atinjam metas nacionais de melhoria da qualidade da educação.

Dois anos depois da aprovação do PNE, o país passou a ter avanços nos marcos regulatórios para Educação Básica e Ensino Superior, almejando uma escola pública de qualidade (BRASIL; MEC, 2009).

A Emenda Constitucional 59/2009 (EC 59/2009) mudou a condição do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou de uma disposição transitória

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO86

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃOPa r t e

02da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) para uma exigência constitucional com periodicidade decenal, o que significa que planos plurianuais devem tomá-lo como referên-cia. O plano também passou a ser considerado o articulador do Sistema Nacional de Educação, com previsão do percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para o seu financiamento. Portanto, o PNE deve ser a base para a elaboração dos planos estaduais, distrital e municipais, que, ao serem aprovados em lei, devem prever recursos orçamentários para a sua execução. Diante des-se contexto, não há como trabalhar de forma desarticulada, porque o foco central deve ser a construção de metas alinhadas ao PNE. Apoiar os diferentes entes federativos nesse trabalho é uma tarefa que o Ministério da Educação (MEC) rea-liza por intermédio da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE). O alinhamento dos planos de educação nos estados, no Distrito Federal e nos municípios constitui-se em um passo importante para a construção do Sistema Nacional de Educação (SNE), pois esse esforço pode ajudar a firmar acordos nacionais que diminuirão as lacu-nas de articulação federativa no campo da políti-ca pública educacional. (BRASIL; MEC. 2014, p. 5)

Extra

Recomendamos o artigo de Anderson Moço, publicado em mar-ço de 2010 naRevistaEscola, da editora Abril: Balanço do Plano

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 87

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Pa r t e

02Nacional de Educação (PNE) 2001-2010. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/legislacao/pne-plano-nacional-de-educacao-537431.shtml>. Acesso em: 6 fev. 2015.

Atividade

“O alinhamento dos planos de educação em um mesmo ter-ritório (estado, microrregião e município) é imprescindível para que se atinjam metas nacionais de melhoria da qualidade da educação brasileira”. Essa premissa faz parte:

( ) dos PCN.

( ) das DCN.

( ) do PNE.

( ) da LDB.

Referências AGLIARDI, Delcio Antonio; WELTER, Cristiane Backes; PIEROSAN, Maristela Rates. O Novo Plano Nacional Decenal de Educação e as Políticas Educacionais de Estado: Velhas Metas, Novos Desafios. Publicado no IX ANPED SUL, 2012. Disponível em: <www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/3210/178>. Acesso em: 26 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Planejando a Próxima Década: alinhando os Planos de Educação. MEC/ SASE, 2014. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_alinhando_planos_educacao.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Plano Nacional de Educação. Histórico. Disponível em: <www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes -permanentes/ce/plano-nacional-de-educacao/historico>. Acesso em: 6 fev. 2015.

BRASIL. MEC. Avaliação do Plano Nacional de Educação 2001-2008. Brasília: INEP, 2009. Disponível em: <http://fne.mec.gov.br/images/pdf/volume1.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO88

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃOPa r t e

02CASTRO, Marcelo Lúcio Ottoni de. A Constituição de 1988 e a Educação Brasileira Após 20 anos. Disponível em: <www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-v-constituicao-de-1988-o-brasil-20-anos-depois.-os-cidadaos-na-carta-cidada/educacao-e-cultura-a-constituicao-de-1988-e-a-educacao-brasileira-apos-vinte-anos>. Acesso em: 22 jan. 2015.

DOURADO, Luis Fernandes. Plano Nacional de Educação (2011-2020) – Avaliação e perspectivas. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

GARCIA, Rosalba Maria Cardoso. Política de educação especial na perspectiva inclusiva e a formação docente no Brasil. Revista Brasileira de Educação. v. 18 n. 52 jan. mar. 2013. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/rbedu/v18n52/07.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2015.

MENDES JR., Edson; TOSTA, Estela Inês Leite. 50 Anos de Políticas de Educação Especial no Brasil: Movimentos, Avanços e Retrocessos. Publicado no IX ANPED SUL, 2012. Disponível em: <www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1464/670>. Acesso em: 23 jan. 2015.

Resolução da atividade

DoPNE.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 89

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃOPa r t e

03

DEFINIÇÃO DAS METAS PARA A EDUCAÇÃO[...] falar do Plano Nacional de Educação é falar da luta pela redução das injustiças, é falar da luta pela organização política da sociedade, é optar pela afirmação dos interesses historicamente enfraque-cidos. É, sobretudo, ter esse olhar para as classes populares, para a educação que lhe foi negada. É pensar em um plano de educação para todos, mas, sobretudo, para aqueles que foram e que ainda con-tinuam excluídos da distribuição de riquezas econô-micas, dos avanços culturais, do direito à educação com qualidade social e, da sua plena participação política e cidadã. (QUEIROZ, 2014)

O PNE 2014-2024, aprovado pela Lei 13.005/2014, traz um conjunto de 20 metas que devem ser alcançadas até o final de sua vigência, definidas em consonância com as diretrizes do próprio plano e trazendo consigo um conjunto de estratégias para que as metas sejam efetivamente alcançadas. Pode-se ci-tar como exemplo de metas: universalizar o ensino básico, aca-bar com o analfabetismo (lembrando que algumas dessas metas já constavam no PNE 2001-2010 e não obtiveram o sucesso, es-perado), oferecer escolas em período integral, aumentar o nú-mero de vagas no Ensino Superior e pós-graduações e aumentar o salário dos professores.

O PNE – de duração decenal, ao definir diretri-zes, objetivos, metas e estratégias para assegu-rar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades e

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO90

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Pa r t e

03propor meios de ações integradas dos poderes pú-blicos das diferentes esferas federativas – requer um amplo e articulado planejamento, incluindo a construção e efetivação de planos estaduais, dis-trital e municipais de educação. O pacto federati-vo deve envolver União, estados, Distrito Federal e municípios em uma ação que seja o resultado da colaboração e coordenação entre os entes fe-derados e diferentes esferas administrativas, em prol da garantia do direito à educação de quali-dade para todos(as). Esses processos requerem a participação da sociedade brasileira, incluindo a participação nas conferências de educação. (FNE, 2013, p. 13)

Extras

Para saber um pouco mais, recomendamos a leitura dos documentos disponibilizados pelo MEC:

• Planejando a Próxima Década: Alinhando os Planos de Educação. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_alinhando_planos_educacao.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

• Planejando a Próxima Década: Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

Atividade

Qual é a importância de um plano nacional para a educação?

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 91

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃOPa r t e

03

Referências BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.

BRASIL. MEC. Planejando a Próxima Década: conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC/SASE, 2014. Disponível em: http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf. Acesso em: 6 fev. 2015.

BRASIL; MEC. Planejando a Próxima Década: alinhando os planos de educação. Brasília: MEC/SASE, 2014. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_alinhando_planos_educacao.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

FNE. Educação Brasileira: indicadores e desafios documento de consulta. Brasília: FNE, maio/2013. Disponível em: <http://conae2014.mec.gov.br/images/pdf/educacaobrasileiraindicadoresedesafios.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

QUEIROZ, Arlindo Cavalcanti de. Planos Decenais de Educação: o regime de colaboração como meio de efetivar o Sistema Nacional de Educação. CONAE: 2014. Disponível em: <http://conae2014.mec.gov.br/images/doc/ArlindoQueirozPalestra.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

Resolução da atividade

UmplanonacionalparaaeducaçãoéimportanteparaqueosobjetivosestabelecidospeloSistemaNacionaldeEducaçãosetransformememrealidade,paraqueosistemasetorneope-rativo,ouseja,paraqueaeducaçãoaconteçadeformacoeren-tecomasfinalidadesdosistema,fazendocomqueosprincípiosrelacionadosaorespeitoaosdireitoshumanos,àsustentabili-dade, valorização da diversidade, inclusão e valorização dosprofissionaisdaeducaçãosejamefetivamenteaplicados.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO92

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Pa r t e

03

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Conhecer e compreender as metas estabelecidas pelo Plano

Nacional de Educação.

POLÍTICAS ATUAIS DO PNE

Aula 08

Objetivos:

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es/D

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 95

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

01

EDUCAÇÃO BÁSICA COM QUALIDADE: METAS 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 11 E METAS 19 E 20

Em 2014, foi aprovado pela Lei 13.005 o novo PNE, com um conjunto de 20 metas que deverão ser alcançadas no prazo de 10 anos. Entre as metas, pode-se destacar as de número 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10 e 11, que têm como direcionamento estruturar uma educação básica de qualidade. Em resumo, esse objetivo seria alcançado por meio do acesso e da universalização da al-fabetização, da ampliação da escolaridade e das oportunida-des educacionais, conforme aponta o documento “Planejando a Próxima Década: Conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação”, elaborado pelo MEC em 2014. São elas:

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infan-til na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educa-ção infantil em creches de forma a atender, no mí-nimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

[...]

Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

[...]

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO96

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

01Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento es-colar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrícu-las no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

[...]

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máxi-mo, até o final do 3.o (terceiro) ano do ensino fundamental.

[...]

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das esco-las públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

[...]

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melho-ria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 97

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

01

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do Ensino Fundamental

5,2 5,5 5,7 6,0

Anos finais do Ensino Fundamental

4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2

[...]

Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da popu-lação com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cen-to) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetis-mo funcional.

[...]

Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

[...]

Meta 11: triplicar as matrículas da educação pro-fissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquen-ta por cento) da expansão no segmento público. (BRASIL, 2014)

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO98

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

01Toda política pública, programa ou ação governamental

para funcionar necessita de financiamento e a adoção de uma gestão democrática. Esses temas são abordados nas metas 19 e 20 do PNE:

Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

[...]

Meta 20: ampliar o investimento público em edu-cação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5.º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. (BRASIL, 2014)

Extras

Recomendamos a leitura do artigo Desvendando o PNE: meta 2 traz desafios históricos ao Brasil, de Juliana Sada, publicado em agosto de 2014 pelo Centro de Referências em Educação Integral. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendendo-pne-meta-2-traz-desafios-histo-ricos-ao-brasil/>. Acesso em: 9 fev. 2014.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 99

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

01Outro artigo muito interessante é Desvendando o PNE:

mais recursos na educação implica em regime de colabora-ção, de Ana Luiza Basílio, publicado em novembro de 2014 pelo Centro de Referências em Educação Integral. Disponível em: http://educacaointegral.org.br/noticias/mais-recursos-na- educacao-implica-em-colaboracao/>. Acesso em: 9. fev. 2014.

Atividade

A alfabetização é uma das metas do PNE. De acordo com as metas, qual é o tempo máximo estipulado para que a alfabeti-zação ocorra?

Referências BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2015. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014 – Edição extra. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. MEC. Planejando a Próxima Década: Conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Resolução da atividade

Atéofinaldo3.ºanodoEnsinoFundamental.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO100

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

02

VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO: METAS 15, 16, 17 E 18

Para se estabelecer uma educação de qualidade, é impres-cindível a existência de profissionais capacitados e motivados. De acordo com pesquisas governamentais, que existem ainda muitos professores sem a formação adequada. Cerca de 25% dos que atuam na Educação Básica não têm curso superior, outros 67% que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental não pos-suem licenciatura na área em que atuam e, no Ensino Médio, são cerca de 51%. (Basílio, 2014)

As metas 15, 16, 17 e 18 do PNE abordam a valorização dos profissionais da educação, como estratégia para que as demais metas do plano possam ser alcançadas.

A seguir, o que essas metas estabelecem:

Meta 15: garantir, em regime de colaboração en-tre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos pro-fissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhe-cimento em que atuam.

[...]

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 101

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

02Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da edu-cação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino

[...]

Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magisté-rio das redes públicas de educação básica de for-ma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalen-te, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

[...]

Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) pro-fissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação bási-ca pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. (BRASIL, 2014)

Extras

Assista à matéria do Bom Dia Brasil, da Rede Globo: Valorização do professor é essencial para melhorar a educação no Brasil. Disponível em: <http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-brasil/v/valorizacao-do-professor-e-essencial-para-me-lhorar-educacao-no-brasil/3871476/>. Acesso em: 9 fev. 2015.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO102

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

02Leia também o artigo Desvendando o PNE: professores

necessitam de plano de carreira, formação e boas condições de trabalho, de Ana Luiza Basílio, publicado em outubro de 2014 pelo Centro de Referências em Educação Integral. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendando- pne-professores-necessitam-de-plano-de-carreira-formacao- boas-condicoes-trabalho/>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Atividade

Qual é a importância da valorização e da formação univer-sitária para os professores?

Referências BASÍLIO, Ana Luiza. Desvendando o PNE: professores necessitam de plano de carreira, formação e boas condições de trabalho. Centro de Referências em Educação Integral, 14 out. 2014. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendando-pne-professores-necessitam-de-plano-de-carreira-formacao-boas-condicoes-trabalho/>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2015. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União em 26 jun. 2014 – Edição extra. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. MEC. Planejando a Próxima Década: Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Resolução da atividade

Oprofessor,quandovalorizado,apresentamelhordesem-penho.Aformaçãoemnívelsuperioréimportanteporqueso-mentepormeiodaeducaçãoedacapacitaçãoépossívelreali-zarmudançaseavançoseducacionais.

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POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO 103

POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

03

VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE E REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES: METAS 4 E 8

O desafio do Brasil para acabar com as desigualdades na educação, sempre foi intenso e tentado durante tempos atrás. De acordo com Jaqueline Moll,

[...] as políticas educacionais devem ter como elemento estruturador o direito que crianças e jo-vens têm a um processo formativo, continuado e que dê fundamentos para uma vida em sociedade a partir de aspectos morais, políticos, éticos, so-

ciais. (MOLL, apud BASÍLIO, 2014)

Diante deste desafio, o PNE 2014-2024 traz em suas metas 4 e 8 a busca pela redução das desigualdades e a valorização da diversidade.

Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializa-do, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, es-colas ou serviços especializados, públicos ou con-veniados. (BRASIL, 2014)

Inclusão escolar é muito mais que matricular o aluno no en-sino regular. É necessária toda uma organização, como a adap-tação do espaço físico e a capacitação dos profissionais que irão

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03receber os alunos, para que o processo de ensino e aprendiza-gem realmente ocorra. A professora da Unicamp Maria Tereza Mantoan afirma:

É evidente que em educação sempre temos mui-tos desafios porque é um trabalho que nós vamos construindo sempre, atualizando e aperfeiçoando. Entendo que a inclusão venceu muitos desafios considerados intransponíveis, até porque a nossa escola ainda é muito conservadora, que selecio-na os alunos, trabalha com apenas aqueles que atendem as suas expectativas. (MANTOAN apud MOREIRA, 2014)

A meta 8, em consonância com a diretriz de universaliza-ção da Educação Básica, traz o desafio de fortalecer as políticas públicas a fim de garantir o acesso pleno à educação e reduzir a diferença média dos anos de estudo entre os diversos recortes populacionais:

Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor esco-laridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cen-to) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (BRASIL, 2014).

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POLÍTICAS ATUAIS DO PNEPa r t e

03

Extras

Indicamos a leitura de dois artigos de Juliana Sada, publi-cados pelo Centro de Referências em Educação Integral, que tratam diretamente sobre as metas 4 e 8:

• Desvendando o PNE: superação de desigualdades histó-ricas é alvo do Plano. Publicado em set. 2014. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendan-do-pne-superacao-de-desigualdades-historicas-e-alvo-pla-no/>. Acesso em 9 fev. 2015.

• Desvendando o PNE: inclusão pode ajudar na cons-trução de uma sociedade mais tolerante. Publicado em ago. 2014. Disponível em: <http://educacaointe-gral.org.br/noticias/desvendando-pne-inclusao-pode--ajudar-na-construcao-de-uma-sociedade-mais-tole-rante/>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Atividade

De acordo com a sua percepção da realidade educacional brasileira, quais seriam as principais dificuldades na efetivação das metas 4 e 8?

Referências BASÍLIO, Ana Luiza. Desvendando o PNE: a aprovação e os próximos dez anos. Publicado em: 18 jul. 2014. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendando-pne-aprovacao-os-proximos-dez-anos/>. Acesso em: 10 fev. 2015.

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03BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2015. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014 – Edição extra. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. MEC. Planejando a Próxima Década: Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2015.

MOREIRA, Jéssica. Em debate: os desafios da inclusão escolar. 15 abr. 2014. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/em-debate-os-desafios-da-inclusao-escolar/>. Acesso em: 10 fev. 2015.

SADA, Juliana. Desvendando o PNE: superação de desigualdades históricas é alvo do plano. Publicado em: 12 set. 2014. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendando-pne-superacao-de-desigualdades-historicas-e-alvo-plano/>. Acesso em: 10 fev. 2015.

Resolução da atividade

Asprincipaisdificuldadesenfrentadasnauniversalizaçãoeequalizaçãodaeducaçãonacionalreferem-seprincipalmenteàsbarreirasestruturais,economicaseculturaisqueseimpõemnoacessoàeducação.

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ENSINO SUPERIOR: METAS 12, 13 E 14O PNE 2014-2024 também contempla o Ensino Superior

com três metas:

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na edu-cação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expan-são para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

[...]

Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (seten-ta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

[...]

Meta 14: elevar gradualmente o número de matrí-culas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 000 (sessenta mil) mestres e 25 000 (vinte e cinco mil) doutores. (BRASIL, 2014).

Estabelecer metas para o Ensino Superior fez-se necessá-rio porque professores capacitados e com formação adequada exercerão suas funções com mais competência frente à deman-da escolar do século XXI. Sobre esse tema, Paulo Corbucci (pes-quisador do IPEA) afirma:

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04A Universidade tem um papel fundamental na pro-dução do conhecimento e é importante que ele possa ser transformado em bens e serviços a favor da população e que possa, por exemplo, subsidiar a solução dos problemas sociais, e não que seja uma produção de conhecimento que fica engave-tada. (CORBUCCI apud SADA, 2014)

Extra

Recomendamos a leitura do artigo de Juliana Sada, Desvendando o PNE: ensino superior deve abrir horizontes. Publicado em 2 out. 2014, pelo Centro de Referências em Educação Integral. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendando-pne-ensino-superior-deve-abrir- horizontes/>. Acesso em: 10 fev. 2015.

Atividade

Com a Meta 14, pretende-se elevar gradualmente o núme-ro de matrículas na pós-graduação stricto sensu. Reflita e es-creva se a Educação Básica será beneficiada tendo um número maior de mestres e doutores.

Referências BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2015. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014 – Edição extra. Disponível em: <//www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. MEC. Planejando a Próxima Década: conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2015.

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04SADA, Juliana. Desvendando o PNE: Ensino Superior deve abrir horizontes. 02 out. 2014. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendando-pne-ensino-superior-deve-abrir-horizontes/. Acesso em: 10 fev. 2015.

Resolução da atividade

AEducaçãoBásicasemdúvidasserábeneficiadapoisseusprofissionais,estandomaiscapacitados,poderãoprepararme-lhor os futuros professores da Educação Básica e/ou ser osprópriosprofessoresdassériesiniciais.

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Marilza Regazzo Varella

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POLÍ

TICA

S PÚB

LICA

S EM

EDUC

AÇÃO

Fundação Biblioteca NacionalISBN 978-85-387-4649-2

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