legislação do sus e politicas publicas

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Ana Tânia Lopes Sampaio Secretária Adjunta de Saúde Pública do Estado do RN DIREITO A SAUDE : SUS POSSIBILIDADES E DESAFIOS LEGISLAÇÃO DO SUS E POLÍTICAS PÚBLICAS

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Page 1: Legislação do sus e politicas  publicas

Ana Tânia Lopes Sampaio

Secretária Adjunta de Saúde Pública do Estado do RN

DIREITO A SAUDE : SUS – POSSIBILIDADES E

DESAFIOS

LEGISLAÇÃO DO SUS E

POLÍTICAS PÚBLICAS

Page 2: Legislação do sus e politicas  publicas

De que estamos falando?

De que estamos falando?

De que estamos falando?

Page 3: Legislação do sus e politicas  publicas

ESTAMOS FALANDO... DO DIREITO á SAÚDE....

SAÚDE COMO ...........( )

ESTAMOS FALANDO... DO SUS COMO POLÍTICA

PÚBLICA DE ESTADO BRASILEIRO....

?

Page 4: Legislação do sus e politicas  publicas

QUEM EXECUTA O DIREITO... EXECUTIVO....

QUEM DEFINE O DIREITO .... O LEGISLATIVO

QUEM COBRA E JULGA O DIREITO ... O JUDICIÁRIO....

PODERES DO ESTADO REPUBLICANO BRASILEIRO

EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO

O ESTADO, entendido como a expressão maior da ORGANIZAÇÃO

POLÍTICA DE UMA SOCIEDADE, surge como um aperfeiçoamento das

relações entre os indivíduos de uma dada organização social.

A AÇÃO DO ESTADO no sentido de PROPORCIONAR QUALIDADE DE

VIDA AOS CIDADÃOS é feita por intermédio DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

e, dentre as POLÍTICAS VOLTADAS PARA A PROTEÇÃO SOCIAL, estão

as POLÍTICAS DE SAÚDE

Page 5: Legislação do sus e politicas  publicas

SEGURIDADE SOCIAL- PROTEÇÃO SOCIAL

(SAÚDE-PREVIDENCIA-ASSISTENCIA

.

A Constituição de 1988, em seus artigos 194 e

196, ao adotar a Seguridade Social como modelo

de proteção social que integra um conjunto de

ações dos poderes públicos e da sociedade

destinados a assegurar os direitos relativos à

saúde, à previdência e à assistência social,

reconhece esta integração como um desafio e

legitima os esforços para se alcançar a saúde

como direito universal, instituindo um novo

paradigma para a sua garantia, quais sejam,

a múltipla determinação dos processos de

saúde e de doença e a inter-relação da

política de saúde com as políticas de

outras áreas sociais e com as políticas

econômicas

SAÚDE PREVIDÊNCIA ASSISTÊNCIA

Page 6: Legislação do sus e politicas  publicas

OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO SOCIAL

Conjunto de POLÍTICASPÚBLICAS de natureza

Social que respondem pelas Funções:

Promover proteção para todos os membros da comunidade nacional;

Realizar objetivos não econômicos e diretamente econômicos , como

o provimento de renda mínima;

Promover políticas de sentido redistributivo dos ricos para os pobres

Page 7: Legislação do sus e politicas  publicas

Em 1988, concluiu-se o processo constituinte e foi promulgada a oitava Constituição

do Brasil. A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição

das prioridades da política do Estado na área da saúde pública.

Constituição Federal de 1988 define o

conceito de saúde, incorporando novas

dimensões. Para se ter saúde, é preciso

ter acesso a um conjunto de fatores,

como alimentação, moradia, emprego,

lazer, educação etc.

O artigo 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido

mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de

doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e

serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Com este artigo fica

definida a universalidade da cobertura do Sistema Único de Saúde.

DE QUE SAÚDE ESTAMOS FALANDO...

Page 8: Legislação do sus e politicas  publicas

SAÚDE - “CIDADANIA”

A noção de CIDADANIA, implícita no Estado de

Bem Estar Social,reconhece a existência de uma

“igualdade humana básica” associada à

necessidade de participação integral de todos

indivíduos na comunidade nacional. Seria um pacto

social traduzido em um código de direitos e

deveres de todos. O desenvolvimento pleno desta

construção ideal criaria ou estabeleceria certos

limites à desigualdade criada pelo mercado e

inerente a este. A extensão da cidadania alteraria o

padrão social gerado pela ORDEM ECONÔMICA

DIREITOS

Civil Político Social

Page 9: Legislação do sus e politicas  publicas

A Reforma sanitária Brasileira surgiu

originalmente enquanto um ideário de um

grupo de intelectuais que somados a

segmentos de representação da

sociedade elaboraram o texto o qual foi

aprovado como marco de luta na 8ª

Conferência nacional de saúde em

1986. Estas entidades representativas

dos gestores, profissionais da saúde e

movimentos sociais se articularam

conseguindo influenciar o processo da

reforma constitucional que legalizou na

Constituição Brasileira de 1988 (CF/88)

o texto aprovado na 8ª Conferência

Nacional de Saúde que garante que

“Saúde é um Direito de Todos e um

Dever do Estado”.

8ª Conferência nacional de

saúde em 1986.

Constituição Brasileira

de 1988

Page 10: Legislação do sus e politicas  publicas

SAÚDE

Produto de formas de

organização da sociedade e de

POLÍTICAS PÚBLICAS, que priorizem o

desenvolvimento humano, a Justiça

Social, a qualidade de Vida e o

respeito à Natureza

AS AÇÕES E CUIDADOS DE SAÚDE

enquanto componente do complexo

produtivo da saúde e, portanto, seu

potencial de geração de riquezas e

contribuição para efetivação de um

modelo de atenção à saúde

adequado às necessidades

nacionais

Page 11: Legislação do sus e politicas  publicas

O mecanicismo tomou o corpo humano em analogia a uma máquina, cujas estrutura e funções

pudessem ser meticulosamente analisadas e tratadas de modo instrumental, isolando-se a parte

adoecida do resto do corpo.

A devoção à tecnologia (coisificação)

Baseado num paradigma

fundamentalmente biológico (O corpo

doente- descontextualizado);

O culto à doença e não à saúde

(Intervenção na parte (efeito) e não sobre

o todo (as causas)

Modelo clínico/biológico/cartesiano/flexineriano

ANTES DE 1988

De que estamos falando?

Page 12: Legislação do sus e politicas  publicas

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Lei nº 8.080/90 Lei nº 8.142/90

NOB 91; NOB 93; NOB 96; NOAS; PACTO DA SAÚDE

LEGISLAÇÃO ESTRUTURANTE DO SUS

REFORMA SANITÁRIAAMPARO LEGAL PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO SUS

INSTRUÇOE NORMATIVAS

(Portarias Ministeriais)

Page 13: Legislação do sus e politicas  publicas

SUS, de caráter público, formado

por uma rede regionalizada,

hierarquizada e descentralizada,

com direção única em cada

esfera de governo, e sob

controle da sociedade. Os

serviços privados, conveniados e

contratados, passam a ser

complementares e subordinados

às diretrizes do Sistema Único

de Saúde

DEPOIS DE 1988

Page 14: Legislação do sus e politicas  publicas

A Constituição Federal de 1988 estabelece os princípios, as

diretrizes e as competências do Sistema Único de Saúde, mas

não define especificamente o papel de cada esfera de governo no

SUS. Um maior detalhamento da competência e das atribuições da

direção do SUS em cada esfera – nacional, estadual e municipal – é

feito pela Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080/90) (BRASIL, 1990).

CONSTITUIÇÃO DE 1988

Page 15: Legislação do sus e politicas  publicas

Lei 8.080/90

de 19 de setembro de 1990-

Lei 8.142/1990

de 28 de dezembro de 1990

Dispõe sobre a participação da

comunidade na gestão do Sistema

Único de Saúde (SUS) e sobre as

transferências intergovernamentais de

recursos financeiros na área da saúde e

dá outras providências.

Dispõe sobre as condições para a

promoção, proteção e recuperação da

saúde, a organização e o funcionamento

dos serviços correspondentes e dá

outras providências

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser

humano, devendo o Estado prover as

condições indispensáveis ao seu pleno

exercício.

Fundos de Saúde

Conselhos de Saúde

Conferencias

Leis que regulamentaram o SUSEssas leis expressaram as conquistas contidas na Constituição, mantendo e

aprofundando as suas ambigüidades mas, também, reiterando, mais

operativamente, os princípios da reforma sanitária incorporados na Carta Magna.

Page 16: Legislação do sus e politicas  publicas

NOB-93

NOB-96

NOAS-2002

•Incipiente

•Parcial

•Semi-Plena

GPS

GPAB

GPSMS

GPABA

•Instrumentos de gestão- Regionalização

•Qualificação das Microrregiões

•Recursos fundo a fundo por ServiçosProduzidos

•Criação das Comissões Intergestoras- CIT e CIB

•1997- Piso da Atenção Básica (PAB)

•Programação Pactuada Integrada- PPI

INSTRUÇÕES NORMATIVAS QUE SE DESTACARAM E ANTECEDERAM

O PACTO PELA SAÚDE

PACTO DA SAÚDE

Portaria

399/06

Habilitação de

todos municípios

em Pleno

Pacto pela vida

Pacto em defesa do SUS

Pacto de gestão

Page 17: Legislação do sus e politicas  publicas

O SUS, fruto de um processo de longo debate e

de lutas por melhores condições de saúde, surge

como um novo paradigma na atenção à saúde,

cujos princípios e diretrizes rompem com o

paradigma clínico flexneriano, porém cria a

necessidade de imprimir uma nova forma de

produzir e distribuir as ações e serviços de

saúde, ou seja, de configurar e definir este novo

modelo de atenção em saúde, um novo

processo de trabalho

Político-jurídico, Político-institucional e Políticooperacional.

Segundo Mendes (1993), a mudança no modelo de atenção à saúde delimitao processo de construção do SUS em, pelo menos, três dimensões ouespaços de transformação:

As duas primeiras dimensões dizem respeito ao conjunto de regras básicas de

ordenação e funcionamento do sistema, contemplando a doutrina, os princípios e as

diretrizes do sistema, além de direitos, deveres e responsabilidades do cidadão, da

sociedade e do Estado (Castro & Westphal, 2001).

Page 18: Legislação do sus e politicas  publicas

MUDANÇA DE PARADIGMA NO CAMPO DA SAÚDE

O conceito de cidadania que a Constituição assegura deve ser

traduzido nas condições de vida da população. Ressalte-se que a

promoção e atenção à saúde são fundamentais e fazem parte do

elenco de políticas sociais necessárias para a construção de uma

sociedade justa e democrática, sendo esta a missão central do SUS

(BRASIL, 2002).

A noção do CUIDADO

pautado na

INTEGRALIDADE da

ATENÇÃO/ASSISTÊNCIA

Page 19: Legislação do sus e politicas  publicas

Gestor Federal

Gestores Municipais

Gestores Estaduais e do Distrito Federal

Ao lado do conceito ampliado de saúde, o SUS traz dois outros conceitos

importantes: o de sistema e a idéia de unicidade.

A noção de sistema

significa que não estamos

falando de um novo serviço

ou órgão público, mas de

um conjunto de várias

instituições, dos três níveis

de governo e do setor

privado contratado e

conveniado, que interagem

para um fim comum.

Na lógica do sistema

público, os serviços

contratados e

conveniados são

seguidores dos mesmos

princípios e das mesmas

normas do serviço

público.

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma

rede regionalizada e hierarquizada e constituem um Sistema

Único organizado de acordo com as seguintes diretrizes;

Descentralização, atendimento integral e participação da

comunidade.Princípios complementares; universalidade,

equidade e resolutividade.

Page 20: Legislação do sus e politicas  publicas

A partir da constituição de 1988

O SUS como POLÍTICA DE ESTADO e a

afirmação da saúde como Direito De

Seguridade Social

Mudanças nas relações entre as esferas públicas e privadas na saúde,

relacionadas com a compatibilização entre os modelos de atenção e os de

gestão e com a adoção dos compromissos com a saúde e bem-estar social

por todos os gestores, profissionais de saúde e estabelecimentos de saúde

financiados, total ou parcialmente, com recursos públicos

Adoção de preceitos e instrumentos de efetivação dos

compromissos dos gestores com o uso dos recursos e patrimônio

públicos

Page 21: Legislação do sus e politicas  publicas

Em outras palavras, a saúde passou a fazer parte dosdireitos sociais da cidadania. Mais do que um arranjoinstitucional, o processo da Reforma Sanitária brasileiraé um projeto civilizatório, ou seja, pretende produzirmudanças dos valores prevalentes na sociedadebrasileira, tendo a saúde como eixo de transformação ea solidariedade como valor estruturante.

No Brasil, a Constituição promulgada em 1988 é odocumento legal que define os deveres e as funções doEstado, compreendido como o conjunto dos poderespolíticos de uma nação (Governo + Sociedade).

Da mesma forma, o projeto do SUS é uma política de construçãoda democracia que visa à ampliação da esfera pública, à inclusãosocial e à redução das desigualdades. Se a Reforma Sanitária é aexpressão do nosso desejo de transformação social, suamaterialização institucional no SUS é a resultante doenfrentamento desta proposta com as contingências que seapresentaram nessa trajetória.

Page 22: Legislação do sus e politicas  publicas

CONSTITUIÇÃO 1988Art. 196- A SAÚDE

Direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas

que visem a redução de riscos de doença e de outros agravos e ao acesso universal e

igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação

Art. 198- AÇÕES E SERVIÇOS

As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e

constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos

serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do

orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de

outras fontes. (*) Emenda Constitucional Nº 29, de 2000 e Emenda Constitucional Nº 51,de 2006)

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos

termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita

diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado

Page 23: Legislação do sus e politicas  publicas

DESENHO ORGANIZATIVO DO - SUS

Promoção Proteção Recuperação

NÍVEIS DE ATENÇÃO Á SAÚDE

NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DA ASSISTÊNCIA

Atenção Básica Média cmplexidade Alta complexidade

Relaciona-se às ações

Relaciona-se às estruturas e procedimentos

Page 24: Legislação do sus e politicas  publicas

ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA

POR NÍVEL DE COMPLEXIDADE

(Tecnológica)

ALTA

MÉDIA

ATENÇÃO BÁSICA

E

D C

B

A

ABS

ORGANIZAÇÃO POLIÁRQUICA

EM REDES COOPERATIVAS

Page 25: Legislação do sus e politicas  publicas

CUIDADO HUMANESCENTE- PNH

DESCENTRALIZAÇÃO CONTROLE

SOCIAL HIERARQUIZAÇÃO

UNIVERSALIDADE, INTEGRALIDADE E EQUIDADE

Page 26: Legislação do sus e politicas  publicas

RELARE

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1.º As instituições privadas poderão participar de forma complementar dosistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato dedireito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e assem fins lucrativos.

§ 2.º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ousubvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3.º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitaisestrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

§ 4.º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoçãode órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisae tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue eseus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

RELAÇÃO PUBLICO E PRIVADO

Page 27: Legislação do sus e politicas  publicas

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termosda lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e

participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e

outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do

trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como

bebidas e águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de

substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Page 28: Legislação do sus e politicas  publicas

Lei Orgânica da Saúde

Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e

recuperação da saúde, a organização e o funcionamento

dos serviços correspondentes e dá outras providências

Page 29: Legislação do sus e politicas  publicas

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as

condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de

políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e

no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e

aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da

sociedade.

Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a

alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o

transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população

expressam a organização social e econômica do País.

Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo

anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico,

mental e social.

DIREITOS E DEVERES

Page 30: Legislação do sus e politicas  publicas

Capítulo II - Dos Princípios e Diretrizes

Art. 7o - As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que

integram o Sistema Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no

artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços

preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de

complexidade do sistema;

III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;

VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a

orientação programática;

VIII - participação da comunidade;

IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:

a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;

b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde.

X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e

XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

Page 31: Legislação do sus e politicas  publicas

PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Universalidade

Equidade

Integralidade

Participação

popular

Regionalização e

hierarquização

Descentralização

com comando

único

Page 32: Legislação do sus e politicas  publicas

DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO

• Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde(SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativaprivada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis decomplexidade crescente.

• Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o incisoI do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governopelos seguintes órgãos:

I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;

II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúdeou órgão equivalente; e

III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgãoequivalente.

• Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver emconjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.

CAPÍTULO III - RESPONSABILIDADES

Page 33: Legislação do sus e politicas  publicas

• Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, DistritoFederal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundoanálise técnica de programas e projetos:

I - perfil demográfico da região;

II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;

III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;

IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;

V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;

VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;

VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas degoverno.

• § 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuídasegundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, independentementede qualquer procedimento prévio.

• § 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, oscritérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outrosindicadores de crescimento populacional, em especial o número de eleitoresregistrados.

FINANCIAMENTO

Page 34: Legislação do sus e politicas  publicas

Em geral, cabem ao Ministério da Saúde atividades estratégicas no âmbito

nacional, seja no campo do planejamento, controle, avaliação e auditoria,

como na promoção da descentralização. No que diz respeito às redes

assistenciais, há um destaque no papel do MS em relação à definição e

coordenação nacional de três sistemas: de alta complexidade, de

laboratórios de saúde pública, e de sangue e hemoderivados.

Outro destaque é dado ao papel do MS na regulação do setor privado,

abrangendo a elaboração de normas para regular as relações entre o SUS e os

serviços privados de assistência e também o estabelecimento de critérios e

valores para remuneração de serviços e de parâmetros assistenciais de

cobertura, sujeitos à aprovação do Conselho Nacional de Saúde. É também

apontada como de competência da direção nacional do SUS a identificação de

serviços estaduais e municipais de referência nacional para o

estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde.

Ministério da Saúde;

ATRIBUIÇÕES DAS ESFERAS DE GOVERNO

Page 35: Legislação do sus e politicas  publicas

No que concerne à função de planejamento, há uma referência indireta ao papel da direção

estadual do SUS de planejar, programar e organizar a rede regionalizada e hierarquizada

do SUS, quando se fala que cabe aos municípios “participar” desse processo, “em articulação

com sua direção estadual”. Quanto ao controle e avaliação, há um destaque mais explícito para

o papel do estado de acompanhamento, controle e avaliação das redes hierarquizadas do

SUS. Em relação às redes assistenciais específicas, destaca-se o papel do gestor estadual na

coordenação de três sistemas: de alta complexidade, de laboratórios de saúde pública e

de hemocentros (somente nesses últimos dois casos, incluindo “gerir unidades que

permaneçam em sua organização administrativa”).

Secretarias de Estado de Saúde

Não há referência a competências específicas do gestor estadual no que diz respeito

ao planejamento, controle, avaliação, gestão e execução geral de ações e

serviços, a não ser em caráter suplementar. Também em relação aos serviços

privados contratados pelo SUS, não há menção de nenhuma competência

específica do gestor estadual, seja na normatização, na contratação, no

controle e avaliação.

Page 36: Legislação do sus e politicas  publicas

No modelo do SUS é dado forte destaque ao papel da direção

municipal do SUS de planejar, organizar, controlar, avaliar as

ações e serviços de saúde, gerir e executar os serviços públicos

de saúde. Também em relação aos serviços privados, enfatiza-se o

papel do gestor municipal na celebração de contratos e convênios

(respeitado o art. 26º, que trata do estabelecimento de critérios,

valores e parâmetros assistenciais pelo gestor nacional), controle,

avaliação e fiscalização de prestadores privados. Portanto, as

diversas competências de relação direta com prestadores

públicos e privados são atribuídas aos gestores municipais do

SUS. Em relação a redes assistenciais específicas, menciona-se o

papel do gestor municipal de “gerir laboratórios públicos de

saúde” e de “gerir hemocentros”.

Secretarias Municipais de Saúde:

Page 37: Legislação do sus e politicas  publicas

Lei 8.142

de 28 de dezembro de 1990

Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do

Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências

intergovernamentais de recursos financeiros na área da

saúde e dá outras providências.

Fundos de Saúde Conselhos de Saúde Conferencias

Page 38: Legislação do sus e politicas  publicas

PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NO SUS

A partir das novas diretrizes políticas consolidadas pela Constituição de 1988,

o Sistema Único de Saúde (SUS) é a proposta instituída para a melhoria da

saúde no Brasil e resultou de movimentos populares que se organizaram e

reivindicaram igualdade para todos no atendimento à saúde. A Constituição

prevê o exercício do controle social sobre o SUS, pela participação das

pessoas ou de seus representantes nos Conselhos Municipais, Estaduais

e Federal de saúde, bem como nas conferências de saúde. Para bem

exercer esse controle, o cidadão necessita dispor de informações.

Fundo de Saúde

Conselho de Saúde

Plano de Saúde

Relatório de Gestão

Contrapartida de recursos

Comissão de PCCS

CONDICIONA O RECEBIMENTO

DE RECURSOS FINANCEIROS

Lei 8.142

Page 39: Legislação do sus e politicas  publicas

Esta lei institui as instâncias colegiadas e os instrumentos de participação

social em cada esfera de governo. Condicionou o recebimento de recursos

financeiros à existência de Conselho Municipal de Saúde, funcionando de

acordo com a legislação. Em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções

do Poder Legislativo, existem as seguintes instâncias colegiadas:

Conferência de Saúde Conselho de saúde.

O Conselho de Saúde, em caráter permanente e

deliberativo, órgão colegiado composto por representantes

do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde

e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle

da execução da política de saúde na instância

correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e

financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe

do poder legalmente constituído em cada esfera do

governo.

A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro

anos com a representação dos vários segmentos

sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as

diretrizes para a formulação da política de saúde

nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder

Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo

Conselho de Saúde.

Page 40: Legislação do sus e politicas  publicas

Prioridades

Marco jurídico-constitucional do SUS

Pacto pela Saúde

Pacto em Defesa do SUS:

Pacto de Gestão do SUS:

Pacto pela Vida:

ATUAL INSTRUÇÃO NORMATIVA DO SUS

PACTO PELA SAÚDE

Portaria 399 de 22 de fevereiro de 2006

Page 41: Legislação do sus e politicas  publicas

• Reconhecimento da autonomia dos entes

federados.

• Tentativa de superar a fragmentação das

políticas e programas de saúde

Organização de uma rede regionalizada e

hierarquizada de ações e serviços de saúde.

Qualificação da gestão.

PORQUÊ O

PACTO PELA SAÚDE?

Page 42: Legislação do sus e politicas  publicas

• Reafirmação da fidelidade de todos com o sistema público que garanta a equidade e o acesso

universal e a demonstração de que os recursos financeiros existentes são insuficientes para a materialização dos princípios constitucionais.

PACTO

EM DEFESA DO SUS

PACTO

PELA VIDA

Deverá estabelecer AS RESPONSABILIDADES

CLARAS DE CADA ENTE FEDERATIVO de

forma a diminuir as competências concorrentes

e a tornar mais evidente quem deve fazer o quê,

contribuindo com o fortalecimento da gestão

compartilhada e solidária no SUS.

PACTO DE GESTÃO

Deve ser constituído por um conjunto de

COMPROMISSOS SANITÁRIOS, que deverão

expressar uma prioridade inequívoca dos três

entes federativos, com definição das

responsabilidades de cada um.

Entre as questões-chave do pacto de gestão temos: a definição dos papeis e responsabilidades das 3 esferas

de gestão; a regionalização com ênfase no PDR/PDI e na definição de redes de atenção á saúde; o

financiamento; a PPI; a regulação assistencial e o papel das SES na coordenação das referências

intermunicipais; e a gestão dos prestadores de serviços.

Page 43: Legislação do sus e politicas  publicas

PORTARIA Nº. 325/GM, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2008*

Estabelece prioridades, objetivos e metas do

Pacto pela Vida para 2008

Portaria GM Nº 48, de12 de janeiro de 2009,ficam mantidas, asprioridades para o anode 2009

1- Atenção à saúde do idoso;2 - Controle do câncer de colo de útero e de

mama;3- Redução da mortalidade infantil e materna;4- Fortalecimento da capacidade de respostas às

doenças emergentes e endemias, com ênfasena dengue,hanseníase, tuberculose, malária,influenza, hepatite, aids;

5 - Promoção da saúde;6- Fortalecimento da atenção básica;7 - Saúde do trabalhador;8 - Saúde mental;9 - Fortalecimento da capacidade de resposta do

sistema de saúde às pessoas com deficiência;10 - Atenção integral às pessoas em situação ou

risco de violência; e11 - Saúde do homem.

Page 44: Legislação do sus e politicas  publicas

A política de recursos humanos para o SUS é um eixo estruturante e deve buscar a

valorização do trabalho e dos trabalhadores de saúde, o tratamento dos conflitos, a

humanização das relações de trabalho;

Estados, Municípios e União são entes autônomos para suprir suas necessidades de

manutenção e expansão dos seus próprios quadros de trabalhadores de saúde;

O Ministério da Saúde deve formular diretrizes de cooperação técnica para a

gestão do trabalho no SUS;

Desenvolver, pelas três esferas de gestão, estudos quanto às estratégias e

financiamento tripartite de política de reposição da força de trabalho

descentralizada;

As Diretrizes para Planos de Cargos e Carreira do SUS devem ser um instrumento

que visa regular as relações de trabalho e o desenvolvimento do trabalhador, bem

como a consolidação da carreira como instrumento estratégico para a política de

recursos humanos no Sistema;

As diretrizes para a Gestão do Trabalho no SUS :

Page 45: Legislação do sus e politicas  publicas

Pacto de Gestão

Propõe a descentralização de atribuições do Ministério da Saúde para

os estados, e para os municípios, acompanhado da desburocratização

dos processos normativos. Reforça a territorialização da saúde como

base para organização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias

e instituindo Colegiados de Gestão Regional-CGR.

• Termo de Compromisso de Gestão-TCGassinado de forma tripartite contendoresponsabilidades e compromissossanitários e de gestão, com prazos,vigências e metas

TODOS PASSAM A SER PLENOS

Page 46: Legislação do sus e politicas  publicas

1.Atenção Básica

2. Media e Alta Complexidade

3. Assistência Farmacêutica

4. Vigilância em Saúde

5. Gestão

6. Investimento

PACTO DA GESTÃO

Para cinco blocos

O Pacto pela Saúde 2006 está alterando a forma de financiamento do SUS aoeliminar mais de 100 modalidades de transferências de recursos e reduzi-las aapenas cinco blocos. Essa é a principal mudança no Financiamento, relativo aocusteio das ações e serviços de saúde, a alocação dos recursos federais emcinco blocos.

Page 47: Legislação do sus e politicas  publicas

Instrumento de ordenamento do processo de regionalização da assistência em cada estado e no Distrito Federal, baseado nos

objetivos de definição de prioridades de intervenção

coerentes com as necessidades de saúde da população e garantia de acesso dos cidadãos a todos

os níveis de atenção.

PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO – PDR

INSTRUMENTOS DE GESTÃO REFORÇADOS PELO PACTO

PLANO DIRETOR DE INVESTIMENTO –PDI

É parte integrante do PDR evisa identificar prioridades edesenvolver estratégias deinvestimento de forma apromover a equalização daoferta de recursosassistenciais, em todos osníveis de complexidade.

Page 48: Legislação do sus e politicas  publicas

Programação Pactuada e Integrada (PPI)

A PPI envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância

sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento

essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação

dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo.

Essa Programação traduz as responsabilidades de cada município com a

garantia de acesso da população aos serviços de saúde, quer pela oferta existente

no próprio município, quer pelo encaminhamento a outros municípios, sempre por

intermédio de relações entre gestores municipais, mediadas pelo gestor estadual.

Page 49: Legislação do sus e politicas  publicas

MECANISMOS DE ORGANIZAÇÃO REGIONAL(Regionalização Solidária)

Colegiado de Gestão Regional –

Espaços de decisão política e de definição das prioridades de ação regional formado

pelos gestores municipais de saúde do conjunto de municípios e por representantes

do gestor estadual

Câmaras Técnicas Provisórias ou Permanentes –

Apoio técnico necessário ao Colegiado de Gestão

Plano Regional de Saúde -

Elaborado pelo Colegiado Regional de Gestão

Programação Assistencial e Orçamentação - PPI

Plano Regional de Investimentos - PRI

Termo de Compromisso assinado de forma tripartite contendo responsabilidades e compromissos

sanitários e de gestão, com prazos, vigências e metas

A redução das desigualdades em saúde

Ampliação do acesso com qualificação e humanização da atenção

Redução dos riscos e agravos

Aprimoramento dos mecanismos de gestão, financiamento e controle social

Page 50: Legislação do sus e politicas  publicas

PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO 2009- PDR

MOSSORÓ

PAU DOS

FERROS CAICÓ

NATAL

SÃO JOSÉ DE

MIPIBÚASSÚ

SANTA CRUZ

JOÃO CÀMARA

Page 51: Legislação do sus e politicas  publicas

Somos sujeitos que se

constroem a partir das relações

que se estabelecem, o

DIREITO é condição primeira

para essa construção. O

CUIDADO pressupõe uma

atitude amorosa de abertura,

de compartilhamento, de troca

de experiências, vivências,

sentimentos e pensamentos

(SAMPAIO, 2010)

Muito Obrigada!