matéria prima - 28ª edição

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Outubro 2012

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A Tecnomola completou 40 anos com uma posição de destaque na produção de molas no estado. O fundador José Alfredo Faverzani, o Zé das Molas, pensando no futuro da empresa, convidou quatro funcionários para serem sócios.

Tecnomola renova sua tradição e planeja o futuro

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Outubro - 2012 - Ano V - 28a EdiçãoCirculação: 5000 Exemplares

Jornalista Responsável: Roselaine Vinciprova (MTB 11043) Versão online: www.revistamateriaprima.com.br

Fontes: Fiergs, Fecomércio, Federasul, Sebrae RS, Portal da Qualidade, Setcergs, Zero Hora, Receita Federal do Brasil, Valor Econômico, Jornal do Comércio, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil, InfoMoney e Administradores.

* Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Matéria Prima e são de inteira responsabilidade dos autores.

Av. Flores da Cunha, 1050 / 604Centro - Cachoeirinha / RS51 3041.2333

Matéria Prima é uma publicação bimestral da TRCOM. Todos os direitos reservados.

EXPEDIENTE

Câmara entrega Selo de Compromisso Ambiental 2012 ... 03

Metalúrgica Kondak: qualidade e precisão em usinagem ................. 07

Facensa: 10 anos de educação de qualidade ...................................... 12

Número de trabalhadores com mais de 50 anos cresce nas empresas .... 15

Uma feira de grandes negócios .............................................................. 18

12 minitendências de consumo ................................................................ 25

Coworking: escritórios colaborativos ...................................................... 26

Poluição visual e a qualidade de vida nos centros urbanos .................... 29

Desemprego entre jovens pode aumentar ..................................... 30

Transformando pessoas em resultados .................................... 31

Contatos:Coordenação: - Roselaine Vinciprova - [email protected] Tadeu Battezini - [email protected]

Geral: 51 3041.2333 | [email protected]

Comercial: Tadeu Battezini - [email protected] Sandra Santos - [email protected] Colaboração: Kamyla Jardim - [email protected] Junges - [email protected] Delazeri - [email protected]

MATÉRIA DE CAPA

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A Câmara de Vereadores de Gra-vataí entregou no início de setembro o Selo de Compromisso Ambiental. Esta é a terceira edição da certifica-ção, que tem como objetivo incentivar e promover as ações de sustentabilida-de e preservação ambiental desenvol-vidas no município. Neste ano, foram apresentados 18 projetos, nas cinco modalidades previstas: empresa, esta-belecimentos comerciais e de serviço, instituições de ensino, órgão público e sociedade civil organizada, represen-tando um crescimento significativo de ações em comparação com o número de participantes nas edições anterio-

res. Em 2011 foram apresentados nove projetos.

A comissão julgadora contou com a participação dos representantes das bancadas dos partidos que compõem a Câmara Municipal, da Fundação Mu-nicipal do Meio Ambiente – FMMA, da Associação de Preservação da Na-tureza do Vale do Gravataí – APNVG, do Sindicato do Comércio Varejista de Gravataí - Sindilojas Gravataí, da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí – Acigra, da As-sociação Gravataiense de Engenheiros e Arquitetos – Agrega, e da Secretaria Municipal de Educação – Smed.

Conheça os projetos vencedores:Modalidade empresa: “Programa

Zero Aterro da Unidade de Gravataí GM do Brasil - Preservar é o melhor caminho!” - General Motors do Brasil.

Modalidade estabelecimento co-mercial: “Caneca reutilizável” - Hospi-tal Dom João Becker.

Modalidade instituição de ensino: “Descarte e reciclagem de resíduos só-lidos” - EMEF Alberto Pasqualini.

Modalidade sociedade civil orga-nizada: “É preciso reciclar para não terminar 2” - Associação Comunitária do Bairro Neópolis – Centro Infanto-juvenil Neópolis.

Câmara entrega Selo de Compromisso Ambiental 2012Neste ano, foram apresentados 18 projetos, nas modalidades empresa, estabelecimentos comerciais e de serviço, instituições de ensino, órgão público e sociedade civil organizada

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Envie sua sugestão ou mensagem para nós! [email protected]

É preciso ir em busca do clientePassou o tempo em que as empresas

esperavam pacientemente seu telefone tocar para fazer negócios. Hoje o em-presariado acordou para uma nova rea-lidade em que é preciso, não só correr atrás do cliente, como também saber encantá-lo. A participação em feiras tem se mostrado uma ótima ferramenta de aproximação. É quando a empresa deci-de participar de um evento que ela pen-sa sobre como está a sua imagem, por exemplo, pensa no banner, na sua iden-tidade visual e, sobretudo, pensa no que os clientes vão levar a seu respeito. Só essa discussão já é super salutar e impor-tante. Mas aí vem efetivamente os dias da feira, onde outro universo se abre. É possível avaliar o que os concorren-tes estão fazendo, é o momento onde o

contato com o cliente e os fornecedores acontece de forma direta e, além disso, é um momento de negociação.

Na Feira de Subcontratação e Ino-vação Industrial – Mercopar – outras oportunidades ainda se abrem, como rodadas de negócios e palestras. É um momento onde o empresário pode sa-ber se está antenado com o mercado e o que esperar dele. A sintonia com o mercado é essencial nestes tempos de muita velocidade. Preparamos uma re-portagem especial sobre a Mercopar, com exemplos de empresas daqui que vão estar em Caxias do Sul. Além disso, a Revista Matéria Prima estará presente no evento.

Nesta 28ª edição da revista, o lei-tor poderá acompanhar várias outras

reportagens, como a história do Zé das Molas, que está renovando sua tradição de mais de 40 anos. Pioneira na produ-ção de molas no estado, a Tecnomola conseguiu acumular uma história de credibilidade e superação. Hoje ao lado de funcionários que viraram sócios, Zé das Molas busca a evolução da marca, resguardando sua história de qualidade. Ainda tem várias outras reportagens es-peciais com tendências de consumo no mundo, como por exemplo, a moda dos aplicativos e a possibilidade de pedir um produto com apenas um toque de den-tro da nossa casa. Acompanhe também as reportagens sobre negócios, sustenta-bilidade e contabilidade, entre outras.

Boa leitura e até dezembro!

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De acordo com a pesquisa Demo-grafia das Empresas 2010, divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), quase metade dos negócios brasileiros não sobrevive após três anos da abertura.

O levantamento informa que do to-tal de 464,7 mil novos negócios iniciados em 2007, 48,2% deles fecharam as portas 36 meses depois.

As menores taxas de sobrevivência fo-ram apresentadas pelos segmentos de ar-tes, cultura, esporte e recreação (45,6%), além de outras atividades de serviços (46,5%).

Também não tiveram muito sucesso os novos negócios que eram ligados a ati-vidades financeiras, de seguros e serviços relacionados (47,4%).

Muitas empresas fecham após três anos no mercado

Entraram em vigor no dia 28 de agosto as novas regras do Cadastro Nacional da Pessoa Ju-rídica (CNPJ), que valem apenas para os novos pedidos de regis-tro de pessoa jurídica. As em-presas que já estão cadastradas na Receita Federal não sofrerão nenhum tipo de alteração.

O Ato Declaratório Execu-tivo Codac n° 1/2012 foi pu-blicado no Diário Oficial da União no dia 22 de agosto pela Receita Federal do Brasil, apro-vando a substituição do Anexo XIII pelo Anexo XIV. Ele trata a respeito da inscrição, altera-ção de dados cadastrais, baixa e certidões do CNPJ. A partir de agora, o nome empresarial a ser cadastrado deve correspon-der fielmente ao que estiver

consignado no ato constitutivo da entidade. Só serão admitidas abreviações quando ultrapassar 144 caracteres.

Além disso, a Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP), de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, deve solici-tar sua inscrição no CNPJ sem acrescentar a respectiva partí-cula (ME ou EPP, conforme o caso) ao final do seu nome em-presarial.

Todas as pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, inclu-sive as equiparadas, estão obri-gadas a inscrever no CNPJ cada um de seus estabelecimentos localizados no Brasil ou no ex-terior, antes do início de suas atividades.

Novas regras do CNPJ

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Depois de enfrentar três quedas consecutivas, a atividade da indústria gaúcha voltou a crescer na passagem de junho para julho. O Índice de De-sempenho Industrial (IDI-RS), elabora-do pela Fiergs, apresentou elevação de 3,4%, com os ajustes sazonais. De acor-do com a entidade, esse aumento pode ter sido influenciado por uma base de comparação deprimida, por conta das cinco retrações nos últimos meses. A redução dos estoques também pode ter influenciado o resultado positivo.

Na base de comparação, com exce-ção da massa salarial, que caiu 0,4%, todas as demais variáveis que compõem

o IDI-RS mostraram evolução. O fatura-mento real registrou forte crescimento, de 8,1%, com ajuste sazonal, recuperan-do parcialmente as perdas anteriores; as compras industriais aumentaram ainda mais (8,8%), enquanto o nível de em-prego ficou estável. As expansões das horas trabalhadas na produção (0,6%) e da utilização da capacidade instalada (1,7%), ainda que em menor intensida-de, também avançaram.

Em relação a julho do ano passa-do, a atividade industrial apresentou uma elevação de 2%. Nesse período, o comportamento dos componentes do índice não foi uniforme. O faturamen-

to (6,1%), as compras (5,5%) e a massa salarial (3,5%) avançaram, enquanto as horas trabalhadas na produção (-1,2%) e a utilização da capacidade (0,6%) instalada seguiram em desaceleração, embora em intensidade inferior à apre-sentada nos meses anteriores. O em-prego, por sua vez, aumentou o ritmo de queda: -2,5%. Os setores industriais que se destacaram positivamente foram Químicos e Refino de Petróleo (9,7%), Produtos de Metal (6,6%) e Móveis e Indústrias Diversas (6%). Já na direção inversa estiveram Vestuário e Acessórios (-11,3%), produtos Têxteis (-9,8%) e Me-talurgia Básica (-11,1%).

Atividade industrial gaúcha cresce

O Sistema Fiergs, por meio do Sesi-RS e Centro Internacio-nal de Negócios (CIN-RS) no âmbito do programa Al-Invest IV, em parceira com a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, pro-move nos dias 15 e 16 de outu-bro o Congresso Internacional de Responsabilidade Social Em-presarial, no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. O tema do evento será Responsabilidade Social Em-presarial como Diferencial Com-petitivo de Mercado e tem como público-alvo as micro, pequenas e médias empresas. Maiores in-formações pelo fone 3362.2323 ou pelo site www.fiergs.org.br/congressorse.

RESPONSABILIDADE SOCIAL COMO DIFERENCIAL

No dia 4 de outubro a Associação Brasileira de Recursos Humanos, sec-cional Rio Grande do Sul (ABRH-RS), realizará o Fórum de Gestão de Pessoas, em comemoração aos seus 40 anos de atividade, completados no dia 19 de se-tembro.

O evento, que terá como tema Lide-rança para superação de resultados, será realizado das 15h às 18h, na Fiergs, em Porto Alegre. As inscrições estão abertas e os interessados podem garantir a sua vaga no site da entidade.

Para a ABRH-RS, o evento será, além de uma ótima oportunidade para celebrar o aniversário da entidade, um encontro propício para o debate sobre superação e liderança nas equipes. Dois palestrantes de renome nacional irão compor a programação do Fórum. O primeiro a se apresentar será o presiden-te e fundador do Grupo Empreenda, César Souza. Com sólida experiência como executivo em uma das maiores multinacionais brasileiras, Souza é con-siderado um dos maiores experts brasi-

leiros em Estratégia, Liderança e Cultu-ra da Clientividade. Ele também é autor de diversos best-sellers, que figuram em várias listas na categoria Negócios, ten-do vendido mais de 400 mil exemplares nos últimos 5 anos, dentre eles “Você é o Líder da sua Vida” e “Você é do Tama-nho dos seus Sonhos”.

Intitulada “Limites Extremos”, a palestra de encerramento ficará a car-go de Clayton Conservani, repórter da Central Globo de Esportes desde 1996. Conservani se especializou em expedi-ções pelos cantos mais remotos do pla-neta, como as montanhas mais altas do mundo, desertos, cavernas. Atualmente ele comanda o quadro Planeta Extremo, do Fantástico. Programação:14h15min – Credenciamento14h45min – Abertura15h - Palestra com César Souza16h30min - Palestra “Limites Extre-mos”, com Clayton Conservani18h – Encerramento* Programação sujeita a alterações.

ABRH-RS comemora aniversário com Fórum Especial de Gestão de Pessoas

O faturamento real registrou forte crescimento, de 8,1%, com ajuste sazonal

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www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 77região

Ao longo de três décadas, a Metalúr-gica Kondak desenvolveu processos que permitem identificá-la pelo binômio qualidade e precisão, prestando serviços de usinagem de pequeno a médio porte, montagem e solda, partindo de barras de aço laminado e trefilado, forjados e fundidos. A experiência de vários anos fornecendo para o segmento agrícola e automotivo permitiu à Kondak desen-volver processos robustos de fabricação com baixos custos e alta qualidade, em

especial para itens como porcas e pa-rafusos especiais, flanges e conexões, pinos de fixação com mola e conjuntos soldados.

Para atender às exigências e especifi-cações técnicas dos produtos fabricados, a Metalúrgica Kondak conta com labo-ratório metrológico e com uma diversi-dade em máquinas CNC e automáticas de última geração; processos especiais como centros de torneamento e de usi-nagem de quatro eixos; alimentadores

de barras com ferramentas acionadas e retíficas.

Possui certificação ISO e profissio-nais qualificados voltados para a obten-ção de um fluxo contínuo de produção, visando identificar e eliminar todas as atividades que não agregam valor ao produto, possibilitando assim oferecer um preço competitivo que possibilite manter a empresa no mercado e reduzir os custos através da melhoria contínua dos processos.

Metalúrgica Kondak: qualidade e precisão em usinagemPara atender às exigências e especificações técnicas dos produtos fabricados, a Metalúrgica Kondak conta com laboratório metrológico e com uma diversidade em máquinas CNC

A empresária Ana Marley expan-diu os negócios para Gravataí na se-gunda quinzena de agosto, quando inaugurou um novo empreendimen-to na cidade. A Ana Marley & Rossa-na passa a oferecer aos gravataienses seus mais de 15 anos de experiência no ramo de locação de vestidos de noivas e 15 anos. Com cerca de 200 metros quadrados, o negócio foi fir-mado com a empreendedora Rossa-

na Sele e traz como novidade uma outlet com marcas consagradas como Rose Nogueira, Stúdio 21, Anselmi e Camerata, entre outras, a preços convidativos. Na parte de locações, a nova loja trabalhará apenas com noivas e debutantes. O empreendi-mento também oferece, com exclusi-vidade em Gravataí, vestidos da Via Sposa.

Em Cachoeirinha, onde a marca

Ana Marley Eventos já é referência na locação de vestidos para festas e organização de eventos há mais de 15 anos, também foi apresentado um novo investimento: o Ana Marley Es-paço de Eventos. O local conta com sistema de iluminação de última ge-ração, 500 metros quadrados e espa-ço para acomodar com conforto 300 pessoas. O projeto contempla ainda uma cozinha e uma copa.

Ana Marley inaugura dois novos negóciosAluguel de trajes e outlet em Gravataí e espaço de festas em Cachoeirinha

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Tecnomola renova sua tradição e plAnejA o fuTuro

entrevista | José alfredo Faverzani, Carmelita ritt, Fabio alves, Benhur rodrigues da silva e Lindomar Moacir Zollner

A Tecnomola completou 41 anos com uma posição de destaque na produção de molas no estado. O fundador José Alfredo Faverzani, pensando no futuro da empresa, convidou quatro funcionários para serem sócios. Confira a seguir a entrevista com Zé das Molas e os seus sócios.

Frederico Mombach

A Tecnomola completou 41 anos sendo referência na produção de molas, como é relembrar essa história?

José Alfredo Faverzani: A Tecnomo-la conquistou uma posição de destaque graças ao seu comprometimento com os clientes. Temos forte tradição na nossa qualidade e no prazo de entrega. Eu fui o pioneiro na fabricação de molas. Era

uma época muito diferente. Acho que sobrevivemos porque sempre estou dis-posto a aprender, apesar de ter estudado somente até a quarta série do ensino fun-damental. As pessoas se iludem muito com o dinheiro e não pensam em investir na própria empresa. Já vi muita empresa fechar. A Tecnomola é como se fosse mi-nha filha. Tenho que investir nela.

Resuma a Tecnomola hoje?José Alfredo Faverzani: Fabricamos

molas, anéis, presilhas e grampos. A empresa conta com equipe especializa-da. Todos os nossos colaboradores estão envolvidos na busca da maior produtivi-dade e menor custo. Somos certificados ISO 9001:2008. Estamos sempre atentos às exigências que estão surgindo e quase

Sócios: fabio, lindomar, josé, Carmelita e Benhur

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www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 99entrevistasempre as implantamos primeiro.

Essa sintonia com as exigências do mer-cado foi um dos determinantes para convidar funcionários para serem só-cios?

José Alfredo Faverzani: Como não tenho filhos, tenho que pensar no futu-ro da empresa. Convidei pessoas estra-tégicas de cada um dos setores para me ajudarem a administrar. Apesar de não pensar em parar de trabalhar, hoje eu divido as responsabilidades com os só-cios Carmelita Ritt, Fabio Alves, Benhur Rodrigues da Silva e Lindomar Moacir Zollner.

Como é para vocês estarem a frente tam-bém da Tecnomola e quais os desafios do mercado?

Carmelita Ritt: Somos hoje uma das melhores empresas de molas da região Sul. Trabalhamos constantemente para manter forte o nome da Tecnomola. Queremos continuar evoluindo com a mesma visão avançada do Sr José, que é um exemplo para todos. Acredito que este seja o nosso principal desafio.

Fabio Alves: O grande desafio é con-tinuar com a nossa fama de qualidade e entrega que conseguimos conquistar ao longo de todos esses anos. Hoje estamos trabalhando forte na redução de custos para também ser um diferencial. Quere-mos evoluir, buscando novos clientes e crescendo cada vez mais.

Benhur Rodrigues da Silva: Existe a necessidade da melhoria constante em todos os procesos, pois o nível de exi-gência é muito forte frente aos requisi-tos de Qualidade. A Tecnomola tem 41 anos e apesar de alguns produtos serem feitos há anos, o nível de exigência é mais expressivo. Destacam-se a necessi-dade do controle dos processos e docu-mentações que procuram evidenciar a qualidade do produto em prol da con-formidade 100%.

Lindomar Moacir Zollner: Essa estruturação do seu José em convidar cada pessoa de um setor estratégico da empresa foi muito inteligente, porque estamos sempre trocando ideias. Ele conseguiu engajar todos os setores com um único objetivo que é manter a em-presa enxuta e competitiva. Trocamos figurinhas sempre com o olhar voltado para o mercado.

Frederico Mombach

Algumas histórias do Zé das Molas““Eu estudei só até a quarta série. O conhecimento que tenho hoje foi a vida que me ensinou. Estou sempre aprendendo alguma coisa e tentando passar isso adiante”.

“Assinei o contrato número um com a Mercopar. Durante esses 20 anos, a Tecnomola foi uma das poucas empresas a estar presente em todas as edições. Ocupamos sempre o estande número 1. Durante uma das edições notei que o pessoal saia com muito papel, então imediatamente mandei confeccionar sacolas. Foi um desfile de Tecnomola naquela edição”.

“O então prefeito Alécio Goulart me procurou para conhecer o potencial da cidade e mostrar algumas terras. Marcamos o dia da visita e outros empresários estavam junto. Porém, um dia antes havia chovido muito e a estrada Frederico Ritter era puro barro. Ninguém queria colocar o seu carro no barro. Como eu estava de Kombi, ofereci carona. O prefeito sentou ao meu lado no banco da frente. Na volta perguntei sobre as terras onde a Tecnomola está hoje e ele respondeu que era do Irga, mas a Secretaria de Indústria e Comércio queria instalar o Distrito Industrial. Fui o primeiro a procurar a secretaria e mostrei interesse na área. Indiquei outros empresários para fazerem o mesmo. E foi assim que nasceu o Distrito Industrial da cidade.”

Zé das Molas foi um dos fundadores do Distrito Industrial de Cachoeirinha

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br10

regi

ãoProf. Saul SastreDiretor de Transportes Rodoviários - DAER/[email protected]

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DESENVOLVIMENTO

Nos próximos dias, nossos 497 mu-nicípios gaúchos e cerca de 5.400 cida-des no país, trocarão ou manterão seus prefeitos e vereadores. Trata-se de uma mudança importante e significativa na política e no poder do Estado e do País. Os partidos trabalham arduamente para adquirir poder e influência nas decisões, situação ligada intimamente na saúde fi-nanceira das empresas.

Talvez muitos empreendedores não tenham se dado conta de quanto um prefeito ou vereador tem o poder de influenciar os negócios. Se um chefe de governo é eleito com propostas para incentivar o empreendedorismo, todo o seu secretariado terá esse perfil e se-rão facilitadores para que as empresas tenham sucesso, o que quer dizer agili-dade burocrática, políticas ambientais, políticas de cobrança de tributos em atraso, políticas estruturantes, como acessos que facilitam o escoamento de produção, qualificação de mão-de-obra e, principalmente, ter a visão de deixar o empreendedor trabalhar e crescer.

Por outro lado, imagine um prefei-to sem essa visão, que grande desafio as empresas terão pela frente?

Um vereador, no mesmo diapasão, tem poder para tornar as coisas fáceis ou difíceis, pois se quiser, pode aprovar ou reprovar leis que trancam ou aceleram o desenvolvimento do município. O próprio Plano Diretor, documento que organiza o crescimento físico regional, é uma prova verdadeira do que estamos falando.

Sem dúvida, a política tem o poder de influenciar enormemente os negó-cios e existem empreendedores que que-rem participar dessas decisões, apoiando candidatos, se informando e influen-ciando os acontecimentos, e outros que preferem não se envolver, delegando o poder de decidir, mas é importante a consciência de que as coisas acontecem ou não acontecem por causa da política.

A política e os negócios

Nos dias 22 e 23 de outubro o Centro das Indústrias de Cachoei-rinha (CIC) promove o seminário “Faça do seu Cliente um Fã!”. O evento acontece das 18h às 22h e tratará de diversos assuntos, como o perfil do vendedor-consultor; a importância do atendimento como

diferencial competitivo e estratégi-co; como estabelecer diferenciais e agregar valor aos serviços e produtos comercializados; marketing pessoal x estratégia de vendas e outros. O seminário acontece no auditório do CIC. Maiores informações e inscri-ções pelo fone 3471.3388.

Faça do seu cliente um fã

No dia 19 de setembro, Gra-vataí anunciou oficialmente o serviço de Alvará 24h. De acor-do com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômi-co e Turismo (SMDET), com a chegada de diversos empre-endimentos à cidade e investi-mentos de cerca de R$ 1 bilhão, era necessário resolver um dos gargalos existentes, que era o da obtenção dos alvarás de funcio-namento.

A partir de agora, qualquer empresa que quiser se instalar no município poderá obter o Alvará de Funcionamento em até 24 horas. O presidente do Sindilojas Gravataí, José Rosa, recorda que a agilização da do-cumentação necessária para

instalação de novos empreen-dimentos é uma reivindicação antiga de sua entidade.

Para a Associação Comer-cial, Industrial e de Serviços de Gravataí (Acigra), uma cida-de em pleno desenvolvimento como Gravataí, que tem por mês 350 novos investidores chegando, necessitava agilizar este serviço. A Associação dos Contabilistas de Gravataí e Glo-rinha também lembrou que esta era uma luta antiga dos profis-sionais da área.

Os interessados em utilizar o serviço de Alvará 24 horas devem procurar a sede da SME-DT, localizada na Avenida Ely Corrêa, nº 675, no Parque dos Anjos, 5º andar.

Gravataí também tem Alvará 24h

A Secretaria Municipal de Go-verno de Gravataí (SMG) anunciou a construção de galpões para logís-tica, pela empresa Centro Logístico Brasil. Serão 12,3 hectares de área construída e o investimento é de R$ 200 milhões.

O empreendimento está sendo chamado de CLB Gravataí e ficará localizado na RS–118, no quilômetro

11. As obras devem iniciar este mês, pois já há a liberação da Fepam.

A obra constará de galpões de alto padrão para que possam ser usa-dos pelas mais diversas empresas que transportam suas mercadorias pelos países do Cone Sul. O empreendi-mento é uma parceria da Prosperitas Investimentos e da Salvadori Incor-porações e Participações.

Município ganha Centro Logístico

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Segundo estudo divulgado pela Orga-nização para a Cooperação e Desenvolvi-mento Econômico (OCDE), entre 2000 e 2009, o Brasil foi o segundo país, entre 35 nações, que mais aumentou a parcela do PIB investida em educação. A cifra passou de 3,5% para 5,5%, aumento de 57%, inferior apenas ao registrado pela Rússia, com 90%.

Agora, portanto, a relação entre inves-timento (público e privado) em educação e PIB se aproxima no Brasil daquele rea-lizado pelas nações desenvolvidas: 6,2%, em média. Mais dinheiro, contudo, não foi suficiente para evitar que o país termi-nasse o período muito mal colocado no Pisa, avaliação internacional organizada pela própria OCDE, desta vez com 65 nações.

Embora a média brasileira na avalia-

ção tenha subido quase 9% entre 2000 e 2009, terminamos na 53ª posição. Se fossem analisadas separadamente, as esco-las públicas brasileiras, justamente as que educam três em cada quatro alunos do país, ficariam na 60ª posição do ranking, logo atrás do Cazaquistão.

Os especialistas afirmam que a qua-lidade não avança na mesma velocidade dos gastos, porque há dificuldade de os governos gerirem bem o dinheiro extra que têm em mãos. Gasta-se demais onde não é preciso e, é claro, falta dinheiro onde é mais necessário. Outro fator ci-tado que prejudica os investimentos na área é a reprovação escolar de estudantes. Todos os anos, 20% dos alunos repetem a série. Isso significa que o Estado tem, anualmente, de gastar 20% a mais do que deveria.

De acordo com o relatório da OCDE, o investimento per capita (ou melhor, por aluno) ainda é muito inferior ao pratica-do, em média, pelas nações desenvolvidas. Entre os 35 países analisados, o Brasil ocupa a 31ª posição, com 2.405 dólares por aluno do ensino fundamental. Na OCDE, o valor é de 7.719 dólares. No ensino médio, a comparação é ainda mais chocante: 2.235 dólares ante 9.312 dóla-res, respectivamente.

No ensino superior, o Brasil se aproxi-ma da cifra dos países de ponta, aplicando 11.741 dólares por estudante, frente aos 13.728 dólares da OCDE. Os dados mos-tram a tendência brasileira de investir no nível universitário em detrimento da edu-cação básica: gasta-se sete vezes mais com um aluno do nível superior do que com o estudante do fundamental.

Estudo da OCDE exibe números decepcionantes da educação brasileiraOs especialistas afirmam que a qualidade não avança na mesma velocidade dos gastos

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O ensino superior no Brasil vem passando por profundas mudanças quanto a sua organização didática, seu comprometimento com a comunidade e, sobretudo, com a qualidade de seus projetos e propostas educativas. A Rede CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade), mantenedora da Fa-censa, procura enaltecer os propósitos objetivamente educativos, até porque é signatária de uma história de mais de 60 anos contribuindo com a educação dos brasileiros.

O que ela quer expressar quando firma em sua missão: oferecer educação com qualidade? Certamente que seu compromisso é com projetos que agre-guem valores às comunidades em que tem unidades operando educação. Com 68 anos de existência, a CNEC atua em todos os níveis educacionais, em 20 es-

tados da federação. Possui 183 unidades de educação básica, 20 unidades de en-sino superior, mais de 100 mil alunos e mais de 10 mil colaboradores. A Fa-censa, como uma unidade dessa grande rede, integra em seu projeto os mesmos valores da rede.

A convicção da qualidade, que im-primimos em nossos projetos educa-tivos, advém quando as unidades da CNEC são avaliadas pelo Ministério da Educação. De modo geral e amplo, estas avaliações obrigatórias de Renovação de Reconhecimento do MEC apontam as-pectos de excelência em cada unidade e em cada projeto avaliado.

Se a qualidade é um ponto alto, ex-presso na missão da Instituição, a Res-ponsabilidade Social é o outro polo de destaque, que brota no fazer cotidiano das unidades da CNEC, desde o ideário de seu fundador. Em 2010, a rede con-cedeu 12 mil bolsas integrais a alunos com comprovada necessidade. Adicio-nando-se às bolsas parciais, o montante global de alunos beneficiados ultrapas-

sou a marca de 27 mil, totalizando um investimento anual de R$ 61 milhões. Além das bolsas, outras ações são efetu-adas pelas unidades.

É nesse ambiente, pertencente a essa grande rede, que a Facensa, como uma unidade da CNEC na cidade de Grava-taí, orgulha-se de comemorar 10 anos de serviços educacionais dedicados à comunidade. Antes da faculdade, esteve e está aqui o Gensa, hoje perto dos 60 anos, dedicados à educação básica.

A Facensa cumpre seus propósitos oferecendo cursos de graduação e pós-graduação sedimentados nas necessi-dades da comunidade, respondendo, assim, o anseio do público que nos pro-cura para sua qualificação profissional.

É por isso que nossa rede educacio-nal continua firme, como uma institui-ção sem fins lucrativos, sem motivações secundárias, mas com foco no seu ne-gócio, cumprindo seu papel social como agente educativo, oferecendo serviços educacionais com qualidade e compro-misso social.

Prof. Dr. Júlio César Machado Professor e Coordenador de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Faculdade Cenecis-ta N. Sra. dos Anjos (Facensa)

Facensa: 10 anos de educação de qualidade com compromisso social

A Parks firmou uma parceria com a empresa japonesa Furukawa que já este ano deverá responder por 25% de seu faturamento, projetado para chegar a R$ 50 milhões, alta em tor-no de 16,2% sobre 2011. A companhia japonesa mantém uma fábrica em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, o que facilita o contato com a nova par-ceira gaúcha.

Para 2013, a meta é ampliar a parti-cipação das ferramentas Furukawa para 40% a 50% do faturamento da Parks, que com a parceria reforça a entrada

no nicho de soluções para redes ópti-cas, o qual já vinha sondando há algum tempo.

Tradicionalmente, a oferta da em-presa gaúcha se baseia em soluções para redes de acesso. A aliada japonesa incrementa a linha Fiberlink com inte-gração ao portfólio FBS-Furukawa Bro-adband System, focando os mercados de Telecom e ISPs.

De acordo com a presidente da Parks, Regina Souza, a união propor-cionará que ambas as empresas ofere-çam uma solução completa e compar-

tilhem esforços comerciais e técnicos. Além disso, Regina complementa que a maior vantagem desse acordo é o mérito da parceria entre duas em-presas com vasto reconhecimento no mercado.

Para o cliente, a parceria agrega a possibilidade de suporte por profissio-nais que conhecem as peculiaridades do mercado local. Segundo o presiden-te da Furukawa, Foad Shaikhzadeh, o acordo com a Parks se motivou no catálogo abrangente de produtos com-plementares à solução FBS.

Parks e Furukawa divulgam parceria e aumentam catálogo de serviçosA aliada japonesa incrementa a linha Fiberlink com integração ao portfólio FBS-Furukawa Broadband System, focando os mercados de Telecom e ISPs

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www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 1313recursos humanos

Projeto de lei aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado prevê que o trabalha-dor dependente de álcool só po-derá ser demitido por justa cau-sa quando recusar tratamento médico, inclusive os oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto será votado na Comissão de Constituição e Justiça antes de ser remetido à Câmara dos Deputados.

Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pre-vê a embriaguez habitual ou em serviço como uma das hipóteses passí-veis de demissão por justa causa. Pela proposta, os casos de alcoolismo passam a ser tratados como doença.

A Organização Mundial da Saúde

(OMS) e a Justiça brasileira, quando acionada, reconhecem que ao trabalha-dor dependente de álcool não se aplica a demissão por justa causa, pois, segun-do eles, essa demissão agrava ainda mais

a baixa estima do dependente.Também foi aprovado pela

Comissão de Assuntos Sociais projeto de lei que estabelece que pacientes portadores de câncer maligno terão priori-dade no tratamento do SUS especialmente em casos de ne-cessidade de controle da dor. A matéria estabelece que o paciente, para usufruir dessa prioridade, deve estar cadas-trado em programa especial de controle da dor oncológica.

Esses pacientes terão acesso a medicamentos fornecidos pela saúde pública. De acordo com o projeto, após a aprovação pelo Congresso, o governo federal terá um prazo de 90 dias para re-gulamentar a matéria.

projeto proíbe demissão por alcoolismoAtualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê a embriaguez habitual ou em serviço como uma das hipóteses passíveis de demissão por justa causa

Divulgação

Segundo especialistas, a demissão agrava ainda mais a baixa estima do dependente

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br14

SoluçõeS para o Mercado petCriada em 1996, a Clipper-

tec atua no ramo de indústria, comércio, importação e expor-tação de equipamentos para pequenos e grandes animais, desenvolvendo soluções para o Mercado Pet.

A Clippertec é reconheci-da pela construção de apare-lhos com tecnologia exclusiva, sendo pioneira na fabricação de equipamentos mais eficien-tes que emitem menos ruídos, consomem menos energia, com tecnologia diferenciada, recicláveis, de alto rendimento e fácil manutenção.

A linha Kyklon, lançada em 2001, ganhou força no mercado. Máquina de secar animais, secador, atomizador, soprador-secador, banho-fácil

e a máquina de secar animais Pink, cor customizada para ambientes diferenciados fo-ram projetos reconhecidos como sinônimo de tecnologia, confiabilidade e economia. É por isso que hoje a Clipper-tec e sua linha de produtos Kyklon são marcas associadas a um trabalho que busca mui-to mais que apenas fabricar produtos e sim soluções para o dia-a-dia dos profissionais que lidam com a estética e saúde dos animais.

A Poly-Jep, que está lo-calizada em Cachoeirinha, é uma empresa familiar que atua no ramo da distribuição de não-tecidos (TNT) há 18 anos, atendendo clientes em todas as regiões do Brasil.

Sua fundação foi em 1987, com a razão social Jep Embalagens, atuando na fabricação de sacolas e sacos promocionais de ráfia de polipropileno. A partir de 1998, a razão social da empresa passa a ser Poly-Jep Têxteis, neste momento dei-xa-se de fabricar sacos e saco-las, travesseiros, almofadas e capas de colchão para atuar no ramo de distribuição de não-tecidos.

O TNT é usado no seg-mento de descartáveis higi-ênicos principalmente para a fabricação de fraldas, ab-sorventes higiênicos, lenços úmidos, roupas de proteção e acessórios médico-hospitala-res. No segmento de duráveis, existem inúmeras aplicações na indústria de colchões, móveis, produtos de cama e mesa, embalagens, na indús-tria automobilística, agricul-tura e construção civil.

A Poly-Jep ainda conta com estamparia própria para confecção de capas de tra-vesseiro, capas de almofada, capas para colchão e sofá, bandeiras, sacolas e variados brindes.

poly-Jep: 18 anoS diStribuindo tnt coM qualidade

A Fallgatter Metalmecâni-ca conta com uma nova área de 10 mil metros quadrados dedicada exclusivamente à estocagem e preparo de aços planos. A unidade conta com uma estrutura completa para o corte, dobra e preparo de peças, com capacidade insta-lada para processar 3,5 mil toneladas de aço por mês. A unidade conta com quatro máquinas de corte laser, in-cluindo a única máquina com capacidade de corte de peças de até seis metros da região sul, três máquinas de plasma, duas máquinas de oxicorte e duas viradeiras com capacida-de de 1,3 mil toneladas por seis metros de comprimento. “Este investimento corrobo-ra nosso comprometimento

com a indústria metalmecâni-ca, nossos clientes e colabora-dores. Acreditamos no nosso negócio, no talento de nossos colaboradores e no potencial da nossa operação em Ca-choeirinha”, salientou Sérgio Neumann, presidente da em-presa, no início das atividades da nova área.

A empresa segue reno-vando seu parque industrial e buscando as mais novas tecnologias de fabricação e desenvolvimento de novos materiais.

Fallgatter inaugura unidade de priMárioS eM cachoeirinha

Divulgação

Sede da empresa em Cachoeirinha

Divulgação

Nova área da empresa

JM log-logÍStica integrada

A Empresa JM Logística e Paletização Ltda. foi a pioneira no Distrito Industrial de Cacho-eirinha, atuando no segmento de logística de Paletização, arma-zenagem, distribuição, broker e crossdocking, direcionada ao abastecimento das grandes redes supermercadistas.

Instalada no município há mais de 10 anos com uma traje-tória de crescimento contínuo, mesmo durante o período da crise de 2008, continuou foca-

do no desenvolvimento e cres-cimento. Fundada e dirigida por Juvenal Monteiro e Mar-celo Monteiro, a JM Logística sempre primou pela excelência no nível de serviço prestado aos seus clientes investindo nas áreas de Segurança, Rastreabili-dade de Frota, Tecnologias de Informação e principalmente por sempre estar buscando e mantendo em seu quadro fun-cional profissionais capacitados na área de logística. “Agradece-mos primeiramente a Deus, em seguida aos parceiros e colabo-radores por este sucesso”, reve-lam os diretores. Mais informa-ções sobre a JM Logística pelo site www.jmlogisticars.com.br ou pelos fones 3438-6499 e 3470-5790.

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pessoaswww.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 15

A transformação do perfil etário do país nos últimos 10 anos mudou o re-trato do mercado de trabalho. De for-ma acelerada, o Brasil faz a transição de uma nação jovem para uma população cada vez mais madura e o ritmo de enve-lhecimento traz desafios ainda maiores à nação no futuro. Para o governo, a grande tarefa será o estímulo a aposen-tadorias mais tardias. Às empresas, ca-berá um investimento maior em treina-mento para prolongar a produtividade dos colaboradores.

Em apenas uma década, jovens e pessoas com idade a partir de 50 anos inverteram os lugares na composição da força de trabalho. Em maio de 2002, os indivíduos de 18 anos a 24 anos eram 19,9% da população economicamen-

te ativa nas seis principais regiões me-tropolitanas, entre as quais a de Porto Alegre. No mesmo mês deste ano, esse percentual caiu para 14,7%.

No sentido inverso, a participação das pessoas com 50 anos ou mais saltou de 14,2% para 21,4%. Apesar da percep-ção de maior dificuldade de recoloca-ção, a faixa de trabalhadores que ultra-passou meio século de vida também é a que, nestes 10 anos, apresentou a mais significativa queda no desemprego e o maior avanço no número de ocupados.

Os números que mostram a mar-cha dos trabalhadores mais maduros impressionam. Em maio de 2002, o contingente de ocupados com 50 anos ou mais nas regiões metropolitanas que integram a pesquisa mensal de emprego

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 2,68 milhões, número inferior aos 3,10 milhões de pessoas com idade de 18 anos a 24 anos.

Dez anos depois, verifica-se uma ultrapassagem com folga. Enquanto o extrato jovem de ocupados cresceu apenas 1%, a faixa de maior idade dis-parou 91% e chegou a 5,12 milhões de pessoas.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as empre-sas absorverão cada vez mais pessoas maduras, pela diminuição da entrada de jovens no mercado devido à menor taxa de fecundidade e ao fato de ficarem mais tempo na escola. As empresas te-rão de rever preconceitos e investir mais em capacitação.

número de trabalhadores com mais de 50 anos cresce nas empresasem uma década, jovens e pessoas com mais de 50 anos inverteram os lugares na força de trabalho

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16 Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br

A história da Associação Comercial de Ca-choeirinha poderia ser definida em três palavras: união, trabalho e luta. Em setembro, a entidade completou 30 anos, relembrando grandes mo-mentos que marcaram a sua história e a da pró-pria região. A Associação Comercial de Cacho-eirinha planeja o futuro integrado com as novas tecnologias, buscando oferecer sempre o melhor aos seus associados sem perder sua história e tra-dição. No dia 18 de setembro aconteceu um jan-tar festivo na Churrascaria Ponto da Carne para comemorar a passagem desta importante data.

30 anos de história, lutas e conquistas

Ex-prEsidEntEs da aCC

1ª Gestão - 1982 a 1984Presidente: Osmar G. da silva

2ª Gestão - 1984 a 1986Presidente: Osmar G. da silva

3ª Gestão - 1986 a 1988Presidente: Vilmar riva

4ª Gestão - 1988 a 1990Presidente: Vitor rahde

5ª Gestão - 1990 a 1992Presidente: Enaldo Fofonka

6ª Gestão - 1992 a 1994Presidente: Osmar G. da silva

7ª Gestão - 1994 a 1996Presidente: Vilmar riva

8ª Gestão - 1996 a 1998Presidente: Vilmar riva

9ª Gestão - 1998 a 2000Presidente: Beno a. Herbert

10ª Gestão - 2000 a 2002Presidente: Ester ramos

11ª Gestão - 2002 a 2004Presidente: Ester ramos

12ª Gestão - 2004 a 2006Presidente: Vítor rahde

13ª Gestão - 2006 a 2008Presidente: augusto José roxo

14ª Gestão - 2008 a 2010Presidente: paulo Gafforelli

15ª Gestão - 2010 a 2012Presidente: paulo Gafforelli

16ª Gestão - 2012 a 2014Presidente: darcy Zottis Filho

A ACC completou mais um aniversário em 1º de setembro. São 30 anos mantendo vivos os ideais de nossos fundadores; representar, defender, apoiar, mobilizar, inte-grar e organizar os empresários do Comércio, Indústria e Serviços de Cachoeirinha.

Nossa entidade oferece solu-ções para apoio e análise de crédito, oferece convênios médicos e odon-tológicos, promove campanhas de vendas, eventos como a ExpoCa-choeirinha e o Natal Luz Vida e Paz, está desenvolvendo uma rede de descontos e benefícios com nos-so Cartão Fidelidade, capacita o as-

sociado e seus colaboradores, entre outros serviços.

Além disso, a ACC representa o associado junto aos órgãos públicos, Conselhos Municipais, entidades privadas e outros parceiros, apoia toda iniciativa voltada ao bem-estar da comunidade, promove o empre-endedorismo, defende a livre inicia-tiva e a economia de mercado.

Dar continuidade a este gran-dioso projeto é um enorme desafio, mas contamos com uma motivada equipe de colaboradores e prin-cipalmente com você associado. Obrigado e parabéns a todos nós!

Darcy Zottis

Palavra do atual presidenteP

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contabilidadewww.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 17

Com a alta do empreendedorismo e incentivos como o Microempreende-dor Individual, muitos novos negócios e empresários aparecem a cada dia. No entanto, também é grande o número de empresas que não dão certo e permane-cem inativas. Dados de 2011 apontam que o Brasil possui mais de três milhões de empresas nessa situação. Contudo, um contribuinte que mantém sua em-presa inativa está exposto a uma série de riscos, principalmente por não cumprir obrigações acessórias.

As empresas inativas estão dispen-sadas da entrega mensal da Declaração de Créditos e Débitos de Tributos Fe-derais (DCTF), do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Pis/Cofins (Dacon) e da Guia de Recolhi-mento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), desde que se mantenham nessa situação (inativa) durante todo o

ano-calendário. Por outro lado, não está dispensada da entrega da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pes-soa Jurídica (DIPJ) Inativa. Considera-se que a pessoa jurídica está inativa a par-tir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais. O pagamento de tributo relativo aos anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracterizam a pessoa jurídica como inativa no ano-calendário.

Por ter de seguir essas regras, é gran-de a procura de pessoas por consulto-rias. Para se ter uma ideia, são muitas as multas que uma empresa de presta-ção de serviços está sujeita, caso deixe de apresentar suas obrigações fiscais. Por exemplo, caso não seja entregue a DCTF mensal, a multa é 2% ao mês

ou fração de mês, sobre o total dos im-postos e contribuições informados na DCTF, ainda que integralmente pagos, limitada a 20%; tratando-se de pessoa jurídica inativa, a multa mínima é de R$ 200. O mesmo vale para o Dacon.

Já a Declaração de Informações Eco-nômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) anual “inativa” tem prazo de entrega até 31 de março do ano seguinte e as mul-tas seguem os parâmetros acima. Bem como a Guia de Recolhimento do Fun-do de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) mensal, que tem prazo de entrega até o dia 7 do mês seguinte. As empresas do Simples Nacional estão dispensadas da entrega mensal da DCTF e do Dacon.

A recomendação é que o empresário analise se realmente é relevante manter a empresa inativa. Caso contrário, é me-lhor encerrar o negócio e pagar as taxas devidas apenas uma vez.

Os custos de manter uma empresa inativaa recomendação é que o empresário analise se realmente é relevante manter a empresa inativa

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br18181818

Uma feira de graNdeS NegóCiOSCerca de 20 mil metros quadrados se-rão o palco da mais importante Feira de Subcontratação e Inovação Industrial da América Latina. A Mercopar, que esse ano chega à sua 21ª edição, acon-tece entre os dias 2 e 5 de outubro, no já conhecido Centro de Feiras e Even-

tos da Festa da Uva, em Caxias do Sul. Em 2012 serão quase 600 expositores e a expectativa é de aumento no volume de negócios. Diversas empresas de Ca-choeirinha e Gravataí estarão presentes na feira e o destaque fica por conta dos estandes de entidades como do Centro

das Indústrias de Cachoeirinha (CIC) e do Setorial Metalmecânico do Vale do Gravataí (Semmegra).

A Mercopar envolve empresas de vá-rios setores, entre eles os de Automação Industrial, Borracha, Eletroeletrônico, Energia e Meio Ambiente, Metalmecâ-

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Divulgação

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www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 191919reportagem especial

nico, Movimentação e Armazenagem de Materiais, Plástico e Serviços Industriais. O evento é realiza-do pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) e pela Hannover Fairs Sulamerica, empresa do Grupo Deutsche Messe AG.

Em 2011, o volume de negócios na feira che-gou a R$ 124 milhões, número que deverá crescer cerca de 9% este ano. Para o superintendente do Sebrae/RS, Léo Hainzenreder, a Mercopar é um evento consolidado e, a cada ano que passa, cresce em volume de negócios e no interesse dos exposito-res em fazer parte dela. “Com este cenário positivo, as projeções em volume de transações comerciais e de público são as melhores possíveis para 2012. Continuaremos, Sebrae/RS e Hannover Fairs Su-lamérica, trabalhando para melhorar ainda mais a Mercopar, permitindo que essa vitrine de negócios permaneça contribuindo para a geração de renda e emprego no Rio Grande do Sul”, disse.

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch, salienta que ano após ano, a Mercopar se transforma no palco adequado para que as empresas apresentem suas novidades, dando um salto em matéria de compe-titividade, com expressivo aumento no volume de vendas. Para o dirigente, a Mercopar tem cumprido plenamente o objetivo de ser um dos mais impor-tantes polos de negócios da América Latina, com um perfil absolutamente dinâmico e atualizado.

Além dos espaços tradicionais, a feira contará com um estande direcionado aos setores de petró-leo, gás e energia. A exemplo de anos anteriores, a parceria entre Sebrae/RS e a Rede Petro possi-bilitará a participação de pequenas empresas gaú-chas. O estande da Rede Petro contará com toda a estrutura necessária para que as empresas possam apresentar seu trabalho, prospectando oportunida-des e também participando das rodadas de negó-cios. “Neste ano levaremos um número maior de expositores que estarão pela primeira vez na Mer-

a Mercopar tem um caráter diferenciado. ela não é apenas uma exposição, mas sim um local onde são feitos contatos, oferecendo visibilidade e oportunidades concretas para o fechamento de negóciosSuzana Sperrycoordenadora executiva da rede petroo cultural

“Divulgação

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br202020

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copar. Integrar um estande coletivo como o nosso, em parceria com o Governo do Estado e com o Sebrae, certamente confere às empresas um maior respaldo e visibilidade”, des-taca a coordenadora executiva da Rede Petro, Suzana Sperry. A ex-pectativa com relação aos resultados que a feira pode proporcionar é a melhor possível, já que o cenário é positivo em função dos investimen-tos em torno do polo de Rio Gran-de e mais recentemente do polo do Jacuí. “O Governo está mobilizado para a atração de investimentos e prospecção de negócios”, ressalta Suzana.

A participação na Mercopar por parte das empresas que atuam na área de petróleo, gás e energia pode representar um impulso importante

na busca por uma maior fatia deste mercado. A coordenadora executi-va da Rede Petro lembra o caso de vários expositores que já passaram pelo espaço coletivo, em edições an-teriores da feira, e que hoje estão em estandes próprios. “A Mercopar tem um caráter diferenciado. Ela não é apenas uma exposição, mas sim um local onde são feitos contatos, ofere-cendo visibilidade e oportunidades concretas para o fechamento de ne-gócios”, afirma Suzana Sperry.

De acordo com o gestor do Pro-grama Petróleo, Gás e Energia no Rio Grande do Sul pelo Sebrae/RS, Guilherme Menezes, o cenário nacional oferece inúmeras opor-tunidades e as micro e pequenas empresas precisam estar atentas. “A presença na Mercopar também

representa a possibilidade de ter um maior conhecimento sobre o que está acontecendo nestas áreas. O certo é que existe uma demanda acentuada de fornecedores”, lembra Menezes.

A edição de 2011 registrou um crescimento de 24% nas transações comerciais, totalizando mais de R$ 124 milhões. Foram 539 expositores e uma média de contatos realizados por cada expositor, em negócios fe-chados ou encaminhados, de 83. De acordo com a pesquisa de satisfação, 97% dos expositores do ano passa-do pretendem participar da Merco-par este ano, e 83% deles também tiveram suas expectativas superadas em relação aos negócios firmados na feira. A visitação da 20ª edição fechou em mais de 33 mil pessoas.

Neco Varella

Presidente do Conselho deliberativo do Sebrae/rS, Vitor augusto Koch e Superintendente do Sebrae/rS, Léo Hainzenreder

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www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 21212121reportagem especial

Mercopar 2011539 Expositores 33.230 Visitantes/ProfissionaisR$ 124,7 milhões em negócios

Mercopar 2010558 Expositores 32.000 Visitantes/ProfissionaisR$ 80 milhões em negócios

Mercopar 2009573 Expositores 31.068 Visitantes/ProfissionaisR$ 64 milhões em negócios

Mercopar 2008453 Expositores 32.128 Visitantes/ProfissionaisR$ 50 milhões em negócios

Mercopar 2007 443 Expositores 24.706 Visitantes/ProfissionaisR$ 60 milhões em negócios

Mercopar 2006 330 Expositores 24.715 Visitantes/ProfissionaisR$ 66,3 milhões em negócios

Mercopar 2005 368 Expositores 23.759 Visitantes/ProfissionaisR$ 57,5 milhões em negócios

Mercopar 2004 352 Expositores 23.585 Visitantes/ProfissionaisR$ 65,5 milhões em negócios

eStatÍSticaS

A 21ª edição da Mercopar contará com uma importante palestra na área da inovação. O cientista-chefe da IBM Bra-sil e coordenador da área de pesquisa na filial brasileira da companhia, Fábio Gandour, abordará o tema “Inovação, competição e lucratividade: o que uma coisa tem a ver com a outra?”. O evento acontece no dia 3 de outubro às 18h.

De acordo com Gandour, funcio-nário da IBM há cerca de 20 anos, a inovação é, hoje, uma palavra popular e, por isto mesmo, está na agenda de todas as empresas que buscam formas de inovar para aumentar a competiti-vidade e a lucratividade. “Mas será que todas estas empresas já encontraram o melhor caminho para inovar, serem

mais competitivas e capitalizar sobre os investimentos em inovação?”, questio-na o cientista-chefe da IBM. O objetivo da palestra é justamente esclarecer a re-lação entre inovação, competitividade e lucratividade de forma simples e útil, a partir do conhecimento de um brasi-leiro com experiência internacional no assunto.

projeto compradorNeste ano, os Projetos Comprador

Nacional e Internacional acontecerão nos dois primeiros dias da feira. Já estão con-firmados 45 compradores do Brasil e de outros países, com cerca de 200 empresas vendedoras inscritas.

No ano passado, o projeto propor-cionou uma expectativa de negócios de

mais de R$ 13 milhões. A intensa movi-mentação de empresários interessados em comprar e oferecer produtos e serviços representou um acréscimo de aproxima-damente 8,3% com relação ao valor re-gistrado em 2010. A cada edição a feira recebe mais visitantes, mais expositores e a projeção de negócios também aumenta.

rodadas de negóciosNo dia 4 serão promovidas as Ro-

dadas de Negócios das áreas de Tecno-logia da Informação (TI) e de Petróleo, Gás e Energia. “Para o setor de Petró-leo, Gás e Energia deveremos contar com cerca de 15 compradores para atender aproximadamente 100 empre-sas vendedoras inscritas”, informa o técnico do Sebrae/RS Jakson da Luz, coordenador destas atividades.

No ano passado, a Rodada de Ne-gócios do Petróleo, Gás e Energia su-perou a expectativa. Nos dois dias de reuniões, a perspectiva de negócios gerados chegou a quase R$ 9 milhões, representando aumento de 11% na comparação com 2010.

O Programa do Petróleo, Gás e Energia foi criado há nove anos no Sebrae-RS para fomentar as empresas que atuam como fornecedoras para as grandes empresas do setor, mostrando

que o Rio Grande do Sul tem poten-cial para tanto. “No início deste proje-to, era difícil encontrar empresas dis-postas a se capacitar neste segmento, porque existia a visão de que esta era uma área restrita ao Rio de Janeiro”, lembrou Guilherme Menezes, gestor do programa no Estado. Mas o cenário econômico mudou. “O Rio Grande do Sul tornou-se um mercado promissor. Basta ver os números registrados em 2011”, observou.

Com um volume de negócios 362% maior em relação a 2010, a Rodada de Negócios de Software e Serviços de 2011 teve a participação de 43 empre-sas. Os negócios encaminhados atin-giram o valor de R$ 897.321,43. Uma das novidades da Rodada de Software e Serviços do ano passado foi a presença de três reconhecidas empresas do setor: Google, Microsoft e Locaweb.

palestra sobre inovação

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br2222

02/10 - tErça-FEira14h às 21h - ExposiçãoSalão de Inovação - Pavilhão 114h às 19h - Projeto Comprador Nacional e Internacio-nal Mercopar 2012

03/10 - quarta-FEira14h às 21h - ExposiçãoSalão de Inovação - Pavilhão 114h às 19h - Projeto Comprador Nacional e Internacio-nal Mercopar 201218h - Palestra ‘’Inovação, competição e lucratividade: o que uma coisa tem a ver com a outra?’’, com Fábio Gan-dour, Cientista-chefe da IBM Brasil.

prograMação da 21ª Mercopar

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reportagem especial

www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 23

04/10 - quinta-FEira14h às 21h - ExposiçãoSalão de Inovação - Pavilhão 114h às 19h - Rodada de Negócios de Software e Serviços14h às 20h - Rodada de Negócios do Petróleo, Gás e Energia17h30 - Mesa-redonda - parceria PROAMBProdução Mais Limpa no Contexto da SustentabilidadePalestrante: Fernando Almeida

Muito Além de Economia VerdePalestrante: Ricardo AbramovayModerador: Jornalista Afonso Ritter

05/10 - sExta-FEira14h às 21h - ExposiçãoSalão de Inovação - Pavilhão 1

prograMação da 21ª Mercopar

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br24

A IV Feira para automóveis Elétricos e Híbridos, que acontece em Munique/Alemanha nos dias 22 e 23 de outubro, apresentará todas as tendências tecnoló-gicas, de design e de consumo de energia alternativa. Esperam-se mais de 15 mil visi-tantes do mundo inteiro em 33 mil metros quadrados, em apenas dois dias de feira. O responsável pela organização da feira, Ro-bert Metzger, diz que “os carros esportivos e conceito em design são o ponto de maior atração para os visitantes internacionais”. Se pode confirmar isso visitando o espaço que se chama “eCarLiveDrive”, que opor-tuniza a todos experimentar um automóvel elétrico e, assim, comprovar a sua eficácia. Renault, Opel e Peugeot são marcas que es-tarão disponíveis para os interessados.

As motos, em suas diferentes catego-rias, são o produto estrela para o consumi-dor final. Elétricas ou híbridas, já contabi-

lizam mais de 50 modelos.A previsão é que em 2030 todos os car-

ros que rodarem nas estradas europeias, principalmente na França, Alemanha e Itália, sejam em sua maioria elétricos. Este produto oferecido pelo setor automotivo está crescendo não só por uma questão ecológica, mas também porque ter um automóvel destes dá status. O design mo-derno e a qualidade dos acabamentos é al-tíssima. Cada marca procura desenvolver e oferecer o que tem de melhor e mais bo-nito no mercado. Sem maiores preocupa-ções com investimentos, pois sabem que haverá retorno. Tudo é pós-moderno no design dos automóveis.

No momento, o carro elétrico mais vendido não é da Renault, nem da Peuge-ot e tão pouco Citröen, mas sim da mon-tadora francesa Bollore. O modelo Blue-car atingiu a venda direta ao consumidor de 700 exemplares. Desde junho de 2012, os franceses adquirem seu carro com lea-sing de 330 euros ao mês e um gasto de 1,50 euro por 100 quilômetros rodados. No Japão, a Nissan produziu em 2011

apenas 20 mil modelos em função do ter-remoto, mas neste ano chegará aos 40 mil. Na Alemanha, o mais vendido é o Kan-goo, da Renault, que sai por 20 mil euros e um gasto de bateria mensal de 72 euros. O segundo lugar fica com a Opel, modelo Ampera. Na Itália, o alto do pódium fica para o Citröen C-Zero e na Dinamarca o Peugeot iOn.

O crescimento deste mercado é com-parado à matemática com uma progres-são geométrica, cada vez tem mais. Sem contar nas produções direcionadas para os ônibus, que virão a tranformar comple-tamente a oferta atual deste mercado. O transporte público será abastecido por car-ros elétricos. O segmento automobilístico é o que menos sofre com as oscilações do mercado e por isso se pode dar ao luxo de inovar, recriar e utilizar as oportunidades com tranquilidade. Os projetos se tornam realidade, a logística funciona e o retorno dos investimentos é uma realidade. Nesta engrenagem, aumentam os empregos di-retos e indiretos e a indústria se beneficia. Mais uma vez, vida longa à bateria.

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Rosani Erhart Schlabitz JornalistaCorrespondente Revista Matéria PrimaMunique - Alemanha

eCarTec 2012

MunichExpo GmbH

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Recentemente, a Trend-watching, empresa de análise de tendências, divulgou 12 minitendências de consumo identi-ficadas no mundo todo. Os responsáveis explicam que, de-pendendo do local, sua manifestação ocorre ou vai ocorrer de forma diferente. Por exemplo, no Japão, Estados Unidos e América Latina. Nem todas essas tendências podem ser iden-tificadas no Brasil, onde a desigualdade social ainda é muito grande. No entanto, conhecê-las pode ajudar muitos empresá-rios e especialistas em marketing a identificarem boas oportu-nidades a explorar.

1. tecnologia doméstica: aplicativos que cruzam informa-ções e entregam conteúdo personalizado para facilitar a vida do usuário.

2. Custowners (consumidores e donos): são os consumi-dores que também se comportam como investidores das mar-cas, seja por interesse financeiro ou por uma ligação emocio-nal com a marca.

3. um toque mágico: os cidadãos de Paris já podem en-comendar água mineral apertando um ímã de geladeira. A tecnologia do toque mágico pegou carona na simplicidade dos smartphones para resolver problemas de forma rápida e intuitiva.

4. Empreendedores adolescentes (teenpreneur): os ado-lescentes descobriram que a tecnologia pode ser um ótimo negócio e estão investindo em aplicativos, sites ou outros ne-gócios, com profissionalismo de gente grande.

5. Marcas que governam: empresas que oferecem mais do que a simples venda dos seus produtos ou serviços. Elas reali-zam ações para preencher lacunas que o poder público deixou para trás.

6. aplicativos Babá e 24/7 feedback: há um aplicativo para tudo, principalmente para monitorar cada aspecto da sua vida, seja a rotina de exercícios, o saldo no banco e outros.

7. Viciados em watts: seja por excesso de sofisticação tecnológica ou por puro improviso, surgem alternativas para recarregar a energia daquele eletrônico que deixou você no escuro.

8. rede de segurança: aplicativos e sites com o objetivo de garantir maior segurança.

9. Consumidores atarefados (tasksumers): tendência que tem como princípio a realização de pequenas tarefas em troca de dinheiro. O PleaseBringMe é um site da Turquia pelo qual os usuários podem pedir que os turistas tragam itens difíceis de serem encontrados dentro do seu país em troca de uma recompensa.

10. super-Eco: a moda agora não é só reciclar ou usar materiais biodegradáveis, mas estender práticas sustentáveis a todas as etapas do negócio.

11. Curtindo na vida real: a tendência agora é fazer uma ponte entre a loja física e a página na rede social. No Brasil, a C&A implementou cabides com um contador eletrônico de curtidas.

12. Escassez artificial: quanto mais exclusivo, melhor. Imagine uma música que só pode ser ouvida por uma pessoa de cada vez ou um jogo em que a morte virtual é definitiva e não permite tentar novamente.

www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 25marketing

12 minitendências de consumoNem todas essas tendências podem ser identificadas no Brasil. No entanto, conhecê-las pode ajudar muitos empresários e especialistas em marketing a identificarem boas oportunidades

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br26

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cios COwOrKiNg:

os locais de coworking surgiram nos estados unidos em 2005, a partir da ideia de um analista de sistemas que buscava uma alternativa para fugir do trabalho em casa.

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negócioswww.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 27

escritórios colaborativosO colaborativismo está em pauta no

mundo e principalmente no Brasil. Di-versas ações estão sendo realizadas com o mesmo propósito: unir-se em prol de fa-cilidades e melhorias. Junto com a onda colaborativa, termos, um tanto desconhe-cidos, surgiram para denominar as ações e as áreas em que cada uma atua. Você sabe, por exemplo, o que significa coworking?

Os locais de coworking surgiram nos Estados Unidos em 2005, a partir da ideia de um analista de sistemas que buscava uma alternativa para fugir do trabalho em casa. Este modelo de negócio consiste em um lugar no qual vários profissionais, de diversas áreas, alugam espaços para desen-volverem os seus trabalhos.

O coworking está crescendo no Brasil e mostra-se como uma opção prática de um escritório formal, sem oferecer os riscos da liberdade do home office. Há cerca de 2 anos eram menos de 10 e, hoje, mais de 50 uni-dades estão ativas no país. Este aumento explica-se pela supervalorização dos imó-veis comerciais. Além disso, para ter um escritório próprio, o profissional precisa pagar aluguel, mobiliar e ter o nome regula-rizado, enquanto num espaço colaborativo, as facilidades são maiores. O baixo custo e a ausência de burocracias são os principais motivadores para que o profissional bus-que os ambientes de coworking.

O conceito é bem diferente dos escri-tórios formais, com mais conforto e espa-ço amplo nas salas, o profissional pode realizar reuniões e não precisa se preocu-par com café, água e limpeza, pois toda a estrutura é oferecida pelo ambiente.

Pessoas que atuam nos segmentos de

Serviços, Tecnologia da Informação, Di-reito, consultores e assessores são os que acabam procurando mais estes locais cola-borativos. Recém-formados também com-pletam o grupo do coworking, já que ainda não possuem uma carteira de clientes muito grande e o local possibilita trocas de experiências e contatos profissionais intensos.

Muito profissionais que atuam em home office trocam os lares por escritórios colaborativos para socializar, praticar ne-tworking e fugir das distrações que aconte-cem quando se trabalha em casa. O espaço de coworking traz um lado bastante positivo do meio corporativo que é a relação com outros profissionais. O modelo empresarial colaborativista pressupõe o trabalho em equipe, então em ambientes de coworking, um dos principais objetivos é a troca de ex-periência e auxílio, mesmo que cada profis-sional esteja trabalhando individualmente.

Outras práticas colaborativas:Base da chamada web 2.0, a criação

colaborativa encontrou na internet ferra-mentas propícias para sua expansão. Sem se deter a limitações temporais, geográfi-cas ou de matéria-prima, o meio digital permite diferentes formas de interação e de produção intelectual de forma coletiva. Iniciativas como Wikipedia, blogs coleti-vos, softwares (e até mesmo hardwares) de código livre são resultados de ações execu-tadas a partir da interação entre diversas pessoas na internet.

As possibilidades de produção de con-teúdo de forma colaborativa através da in-ternet dividem-se pelas mais diversas áreas,

das pesquisas científicas ao entretenimen-to, porém pertencem ao mesmo elemento, crucial para a existência de qualquer ação colaborativa no ambiente digital: a utiliza-ção de ferramentas de produção e compar-tilhamento de conteúdo na web.

Essas ferramentas se dividem em grupos de acordo com suas funções pri-mordiais, como publicação de blogs, armazenamento de arquivos, trocas de mensagens instantâneas, transmissão de vídeos, publicação de fotos e vídeos, tendo em comum o fato de permitirem a intera-ção de grupos geograficamente dispersos de forma não-linear e atemporal.

Utilizando a internet como meio para suas ações, o crowdfunding, termo desig-nado para o financiamento colaborativo, auxilia principalmente no fortalecimento da indústria cultural. Diversos sites foram desenvolvidos para abrigar esta espécie de “vaquinha” do crowdfunding. As iniciativas de interesse coletivo como fóruns, shows, peças de teatro, entre outros, que por al-gum motivo não possuem demais auxilio financeiro para sua realização, são expos-tas nos sites colaborativos e é proposto um valor de arrecadação. Normalmente, cada valor dado corresponde a uma premiação, como ingresso para o evento, camiseta, autógrafo. Deste modo, muitos artistas conseguem exibir seu trabalho pelo país, sem tanta burocracia.

Conforme podemos observar, a onda colaborativa veio para ficar e as empresas precisam estar atentas a estas práticas, pois a inserção do colaborativismo no ge-renciamento empresarial está se tornando fundamental.

COwOrKiNg:

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sust

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Novas regras para o descarte de pilhas e baterias

A onda de sustentabilidade está ga-nhando espaço entre as empresas bra-sileiras. Associar o negócio a uma ima-gem sustentável é um meio considerado eficaz para ganhar competitividade e conquistar consumidores. Mas o públi-co não aceita apenas discurso. Quer a comprovação das medidas adotadas na prática.

Em função disso, é cada vez mais comum as companhias traduzirem as ações em números que possam ser de-monstrados no balanço da instituição. Nos últimos anos, a virtualização dos processos contábeis tem colaborado consideravelmente para a redução de emissão de papéis nos âmbitos federal, estadual e municipal. Sistemas como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) contábil e fiscal e a Nota Fiscal

Eletrônica (NF-e) trouxeram grandes avanços nesse sentido. A tecnologia se tornou grande aliada na luta pela pre-servação do planeta. No entanto, em ní-vel federal as obrigações fiscais já estão quase que totalmente informatizadas, mas é necessário que os estados e os mu-nicípios se modernizem mais.

As empresas do lucro real não ne-cessitam gerar papel, elas transmitem os documentos via Sped, gerando uma economia de aproximadamente um trilhão de documentos ao ano. Porém, ainda existem mais de um milhão de empresas no lucro presumido e cerca de cinco milhões no Simples Nacional que não estão totalmente dentro do proces-so virtual. Para algumas entidades em-presariais, não é possível ter os mesmos parâmetros de tecnologia de obrigação

para cada uma delas, mas, se tudo fosse mais simplificado, com menos burocra-cia, a geração de papel seria ainda muito menor.

Balanço demonstra as ações das insti-tuições

O papel da contabilidade dentro do processo de sustentabilidade é o de evi-denciar as ações das empresas, deixando clara a sua interação com o meio am-biente. Todas as contas precisam estar no balanço da empresa. Porém, algumas instituições realizam essas demonstra-ções separadamente. As demonstrações no balanço ainda não são uma prática comum, pois não chegam a 1% das em-presas brasileiras, o que não significa que elas não tenham uma prática sus-tentável.

Contabilidade ambiental: empresas demonstram suas ações ambientais nos balanços

Já estão em vigor as novas regras para o uso, descarte, transporte e reci-clagem de pilhas e baterias. A decisão foi publicada no dia 4 de setembro, no Diário Oficial da União, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis (Ibama).

Nas embalagens e manuais das pi-lhas e baterias, os fabricantes terão que informar sobre a adaptação às novas re-gras contidas na norma para o descarte e a reciclagem. O material deve ser des-cartado em coletas seletivas próprias, que podem ser encontradas em postos de vendas e em fábricas, mas jamais em

lixos comuns.Também haverá um lugar específico

para o descarte destes materiais. Portan-to, os demais recipientes de lixo devem, necessariamente, apresentar um sím-bolo como “X” para facilitar a coleta e evitar a mistura de pilhas e baterias com outros resíduos.

Os nomes das empresas fornecedoras e responsáveis pela reciclagem, a destina-ção, o aterro utilizado pelas companhias e os procedimentos adotados no proces-so também deverão ser informados.

O rigor também existe para o trans-porte do material, informando sobre os

envolvidos no processo e os locais de origem e destino.

As pilhas e baterias preocupam as autoridades porque possuem substân-cias como mercúrio, cádmio, chumbo, zinco-manganês e alcalino-manganês, que podem ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Há estudos que mostram que algu-mas substâncias podem levar à anemia, problemas neurológicos e ao desenvol-vimento de câncer. No meio ambiente, o descarte das pilhas e baterias pode atingir os lençóis freáticos, o solo e a alimentação.

Esses materiais preocupam as autoridades porque podem ser prejudiciais à saúde e ao ambiente

O papel da contabilidade dentro do processo de sustentabilidade é o de evidenciar as ações das empresas, deixando clara a sua interação com o meio ambiente

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Em ano de eleições municipais, mui-tos temas que dizem respeito à qualidade de vida dos cidadãos são repetidos. A tri-logia já consagrada saúde/educação/se-gurança é pauta sempre presente. Outras surgiram, como a Copa 2014. Qualquer gasto público justificado para a Copa é acolhido e perdoado, a despeito de serem destinados quase que exclusivamente para obras, obras e obras (faltam investimentos em serviços. Reportagem recente mostrou taxista expulsando do veículo um repórter que se passara por turista que não falava português). Entretanto, um tema que na eleição municipal de 2008 foi pautado (não no RS, é verdade) é a poluição visual dos centros urbanos.

São Paulo reelegeu em 2008 Gilberto Kassab em função de ter tido a coragem que nenhum outro prefeito teve: o enfren-tamento da poluição visual. Com o “Cida-

de Limpa”, Kassab, que não era nenhuma unanimidade na maior cidade do país, credenciou-se para uma reeleição tranqui-la. Afirmara após a vitória: “melhor língua presa do que suja” em alusão à falha na dicção e à limpeza que fez na cidade.

A iniciativa recebeu voluntariosos elo-gios de Fernando Meirelles, cineasta brasi-leiro de renome internacional, em artigo na Folha de São Paulo (2007):

(...)E como é bonita São Paulo. E está cada vez mais

limpa, mais verde (as paineiras rosa estão prometendo um

novo show este ano) e agora também desobstruída das pala-

vras escritas. Nós não o elegemos, mas sejamos justos, o pre-

feito Gilberto Kassab, como um oftalmologista competente,

nos devolveu a visão ou ao menos a paisagem urbana (para

que eu não pareça exagerado). Se eu o visse cruzando algu-

ma daquelas ruas naquele momento, certamente desceria

do carro para beijá-lo e agradecer: - Valeu, doutor.

Já no Rio de Janeiro, o Prefeito Eduar-do Paes fez igual. Ou quase. Ao sancionar o Decreto nº 35.507/2012, criou a Zona de Preservação Paisagística e Ambiental. Esqueceram-lhe de avisar que estamos em uma democracia e a ausência de uma Lei

(em sentido estrito, com votação pelo Le-gislativo) fez com que em 11/09/2012 o programa fosse declarado ilegal pelo judi-ciário por vício legal. Fica o aprendizado.

Aqui no RS, nada. Nossos “politiza-dos” candidatos gaúchos ainda não se deram conta de que a qualidade de vida nos centros urbanos (onde vivem 85% da população Brasileira, e 99% da população da região metropolitana de Porto Alegre) passa invariavelmente pela libertação dos logradouros da poluição visual. Silen-ciosa, mas eficaz, não dá alternativa ao destinatário da informação e lentamente toma conta da paisagem pública como se privada fosse.

Ao ser retirado o excesso de propa-ganda, o cidadão percebe quão bela é sua cidade. Ao valorizar seu ambiente, ajuda a cuidá-lo, trazendo mais cidadania, espírito comunitário e o zelo adquirido perpassa para todo seu cotidiano, em casa, na rua, no trabalho. Autoestima elevada qualifica a família, que qualifica o ambiente de tra-balho, que qualifica e humaniza a cidade.

sustentabilidade29

Maurício Fernandes da Silva Advogado OAB/RS 53419 Consultoria Ambiental

Poluição visual e a qualidade de vida nos centros urbanos

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Outubro de 2012 | www.revistamateriaprima.com.br3030

Não é mais possível simplesmente re-petir boas práticas na resolução dos pro-blemas organizacionais, pois o mundo está cada dia mais complexo. O dinamismo e a velocidade com que a informação e o co-nhecimento circulam fizeram com que o ambiente corporativo se tornasse instável.

A chave para o sucesso está na forma como o mercado lida com essa situação. A maioria das empresas tem aplicado solu-ções inapropriadas que tentam simplificar os processos organizacionais. Em ambien-tes desse tipo, é preciso buscar soluções específicas para cada tipo de problema. Assim, as equipes de trabalho e seus lí-deres têm que estar preparados para um processo de adaptação contínua, que res-

ponda rapidamente aos acontecimentos imprevisíveis do mercado.

Para tanto, é necessário reinventar o tradicional modelo de gestão baseado no conceito comando-controle, segundo o qual o bom gestor precisa saber cobrar bem e a palavra de ordem é a produtivida-de. A gestão 3.0 vem justamente transfor-mar o papel do gestor, que deve trabalhar como uma espécie de guia de um time auto-organizado e capaz de tomar algumas decisões por conta própria.

O modelo foi apresentado por Jurgen Appelo em seu livro, Management 3.0, e valoriza o fator humano, as pessoas e o pro-cesso de interação entre elas. Os principais conceitos são a motivação do time e o de-

senvolvimento de competências. O poder precisa ser descentralizado nas empresas, mas o gestor precisa estar preparado para “empoderar” as pessoas certas, mantendo a harmonia da equipe e criando as condições ideais para que os profissionais conquistem os melhores resultados.

A gestão dos profissionais é considera-da um dos maiores entraves da transição para a metodologia ágil. Ainda que mais empresas tenham investido na implanta-ção de métodos ágeis de gestão de proje-tos, existe uma grande carência no setor de especialização para os líderes de time e gerentes de desenvolvimento no coman-do de equipes que trabalham segundo o conceito.

Gestão 3.0: a reinvenção do papel do gestor

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) está preocupada com o aumento do desemprego en-tre os jovens no mundo. Estima-se que a taxa global de desemprego juvenil irá de 12,7%, este ano, para 12,9%, em 2017.

De acordo com o documento Panorama Mundial do Emprego: Perspectivas Pouco Animadoras para os Jovens no Mercado Laboral, a crise na zona do Euro contribuiu para o crescimento das taxas de de-semprego na faixa etária entre 15 e 24 anos, principalmente em países emergentes, como o Brasil. Para en-frentar a situação, a OIT enfatizou a necessidade da atuação dos go-vernos com políticas de incentivo e apoio.

A propagação do desemprego juvenil, segundo a organização, terá reflexo nas economias da América Latina e do Sudeste Asiático com a diminuição das exportações. A perspectiva é que a taxa fique está-vel no médio prazo, por volta dos

14,6%, nas regiões. No Norte da África e no Oriente Médio, o de-semprego deve ficar acima dos 26% nos próximos anos, o que é bem acima da média mundial.

De acordo com o relatório, o desemprego juvenil tende a dimi-nuir nas economias desenvolvi-das nos próximos cinco anos, de 17,5%, em 2012, para 15,6%, em 2017. Antes do início da crise eco-nômica mundial, em 2009, a taxa era 12,5%. A queda nesses países, no entanto, não significa a criação de empregos, mas a desistência de grande parte dos jovens, economi-camente ativos, em procurar traba-lho. Por não estarem buscando em-prego, deixam de ser contabilizados como desempregados.

A organização alerta que é im-portante o apoio do governo aos jovens por meio da criação de em-pregos com políticas macroeconô-micas, políticas no mercado labo-ral, capacitação, incentivos fiscais e adoção de políticas anticíclicas.

Desemprego entre os jovens pode aumentarDivulgação

No Norte da África e no Oriente Médio, o desemprego deve ficar acima dos 26% nos próximos anos

De acordo com o relatório, o desemprego juvenil tende a diminuir nas economias desenvolvidas nos próximos cinco anos

O modelo foi apresentado por Jurgen Appelo em seu livro, Management 3.0

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www.revistamateriaprima.com.br | Outubro de 2012 31recursos humanos

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Com a taxa de contratação de mão-de-obra batendo recordes, o setor de recursos humanos ganha força ao mes-mo tempo em que se reinventa para oferecer novas ferramentas e estratégias para satisfação do profissional e da em-presa que está contratando. A função da empresa de recursos humanos hoje vai muito além do que a captação de cur-rículos. Um exemplo disso é o trabalho desenvolvido pela RH Sul, empresa com 16 anos de experiência, localizada em Gravataí. “O objetivo é orientar e moni-torar o processo seletivo desde a abertu-ra da seleção até o período de adaptação do profissional em sua equipe”, afirma a sócia-gerente Rosane Medeiros.

Devido a sua grande experiência de mercado, a RH Sul vem criando ferra-mentas para qualificar ainda mais o tra-balho de recrutamento e seleção, além de um cadastro informatizado, conta com uma equipe especializada nas áreas de RH e psicologia. Dispõe de um espa-ço amplo e aconchegante para processos de seleção, onde o cliente também po-derá usufruir, por comodidade ou vagas sigilosas. A empresa atende demanda de várias empresas localizadas em regi-ões fora do estado (São Paulo, Minas Gerais, Curitiba e outras). “A RH Sul fortalece o seu diferencial no atendi-mento, tendo como foco principal o ser humano, que na busca de atingir seus objetivos, vem de encontro com as ex-

Transformando pessoas em resultadosDevido a sua grande experiência de mercado, a RH Sul criou ferramentas para qualificar ainda mais o trabalho de recrutamento e seleção

pectativas do mercado de trabalho. As-sim, acreditamos que profissionais satis-feitos (empregador/empregado) é o que nos faz referência no nosso segmento”, revela a sócia-gerente Marlene Urnau.

Marlene Urnau e Rosane Medeiros estão à frente da RH Sul

A RH Sul fortalece o seu diferencial no atendimento, tendo como foco principal o ser humano.“

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Muitas empresas não se atentam às regras do processo de recebimento e armazenamento de documentos eletrô-nicos, seja por falta de entendimento, resistência a mudanças ou até mesmo por preferir deixar para depois. Porém, receber, validar e armazenar os docu-mentos fiscais eletrônicos recebidos é obrigatório.

A legislação diz que o emitente e o destinatário deverão manter a Nota Fis-cal Eletrônica (NF-e) em arquivo digital, sob sua guarda e responsabilidade, pelo prazo estabelecido na legislação tribu-tária, mesmo que fora da empresa, de-vendo ser disponibilizado para a Admi-nistração Tributária quando solicitado. Também é responsabilidade do destina-tário verificar a validade e autenticidade da NF-e e a existência de Autorização de Uso da NF-e.

É aconselhado ainda o armazenamen-to dos documentos fiscais eletrônicos de forma organizada para melhorar os processos dentro da empresa e permitir que as informações estejam sempre dis-poníveis. A organização é fundamental

para a gestão dos documentos. Existem softwares que possuem exclusivamente esta finalidade e, muitas vezes, também contemplam a recepção e validação de forma automática.

O documento com validade jurídi-ca a ser armazenado por cinco anos é o arquivo XML e não o DANFE. Caso a empresa não possua o documento de for-ma acessível, em uma auditoria do fisco, as consequências podem ir além da apli-cação de uma multa. A penalidade pode variar de um caso para outro, dependen-do do entendimento do fiscal. A autua-ção pode ser feita por diferentes órgãos como a Receita Federal ou Secretaria da Fazenda Estadual e como cada estado possui legislações diferentes, autuações em estados diferentes sofrerão penalida-des diferentes. Vale lembrar que, além da aplicação de multa, se o fiscal julgar que há um Crime Contra a Ordem Tributá-ria, as consequências podem ser ainda piores, chegando a pena de dois a cinco anos de reclusão.

Para o armazenamento seguro dos documentos fiscais eletrônicos, as empre-

sas precisam realizar as mudanças neces-sárias, investir em ferramentas adequadas e manter os procedimentos. Primeira-mente, é fundamental adotar um banco de dados comercial. Não utilize pastas, diretórios, pen drives, CDs ou algo nesse sentido. Também não é seguro deixar ar-quivos armazenados em uma conta de e-mail. Com um banco de dados é possível programar a execução de backups auto-máticos, garantindo a replicação das in-formações e possibilitando a recuperação em caso de sinistros. O gestor deve sem-pre pensar em segurança e organização. Uma boa dica é implantar um software que garanta a segurança dos dados e faci-lidade no acesso às informações. Não há como utilizar um banco de dados seguro se não possuir um sistema que converse com ele. Além disso, o software também auxiliará na recepção e validação dos do-cumentos recebidos.

Seguindo essas recomendações, as empresas estarão caminhando para a ver-dadeira gestão de documentos fiscais ele-trônicos, além de manter os dados mais seguros, disponíveis e organizados.

Sua empresa guarda corretamente os documentos fiscais eletrônicos recebidos?

shutterstock

É aconselhado ainda o armazenamento dos documentos fiscais eletrônicos de forma organizada

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De acordo com uma pesquisa reali-zada pela Fundação Dom Cabral, esco-la para executivos em Belo Horizonte, muitos profissionais do alto escalão não conseguem ficar longe do trabalho. De mil executivos entrevistados no Brasil, 30% declararam não tirar férias há três anos ou mais. Entre aqueles que param para descansar, 50% tiram, em média, apenas dez dias de férias por ano.

Nos Estados Unidos não é diferente. Em um levantamento realizado com 2 mil executivos americanos pela Hudson, multinacional do ramo de recrutamen-to, 24% afirmaram não ter saído de fé-rias em 2006. O estudo revela também que 37% não costumam tirar os 20 dias de férias, que têm direito. E, 14% cos-

tumam tirar menos de uma semana de férias por ano. Mesmo quem consegue sair do escritório não consegue, muitas vezes, se desligar. Durante as férias, usam seus laptops e telefones celulares para se comunicarem com clientes ou cobrarem tarefas e relatórios dos subordinados. Se-gundo a pesquisa da Hudson, 39% dos entrevistados checam e-mails de trabalho quase todos os dias das férias.

Com o intuito de auxiliar os workaholics a largarem esse vício, alguns hotéis no Caribe e nos Estados Unidos, estão impedindo que seus hóspedes usem aparelhos eletrônicos na estada. Na unidade de Chicago da rede Shera-ton, os hóspedes são obrigados a deixar laptops e smartphones trancados num

cofre. No resort Caneel Bay, nas Ilhas Virgens Americanas, há um sistema que bloqueia o sinal dos celulares. A regra é clara: quem burlá-la é transferido imedia-tamente para outro hotel do complexo.

Diversos executivos afirmam que não conseguem tirar férias ou que preci-sam trabalhar durante o período de des-canso, por causa do excesso de trabalho. Entretanto, especialistas afirmam que isso tem muito mais a ver com o ego e as frustrações pessoais de cada indivíduo do que com a quantidade de obrigações reais. Os executivos creem que são in-substituíveis e que a companhia entrará em crise caso eles estejam ausentes. O que, na maioria dos casos, não é verda-de.

Pesquisa revela que 30% dos executivos não tira férias há 3 anosOs executivos creem que são insubstituíveis e que a companhia entrará em crise caso se ausentem

Divulgação

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Espaçode lazer

W Chan Kim e Renée Mauborgne, autores de A Estratégia do Oceano Azul, estudaram 30 indús-trias diferentes. O que eles descobriram? Que as empresas criam nichos, fazem da concorrência algo irrelevante e encontram caminhos para crescer.

LIVROS

A Estratégia do Oceano Azul

James C Hunter, escreveu o famoso livro O Monge e o Executivo (entre os mais lidos na admi-nistração). Em Como se tornar um líder servidor o autor ensina como aplicar na vida e no trabalho os princípios ensinados pelo monge.

Como se tornar um líder servidor

Casais Inteligentes Enriquecem Juntos

A falta de diálogo sobre dinheiro é a princi-pal causa de brigas e até separações entre casais. Agora você entende porque Casais Inteligen-tes Enriquecem Juntos, do consultor Gustavo Cerbasi, faz tanto sucesso? O livro oferece dicas para a administração do dinheiro a dois.

FILMES

Cidadão Kane (1941)

O filme Cidadão Kane (Citi-zen Kane), drama de 1941, conta a história de um menino de família pobre, Charles Foster Kane, que herda uma fortuna e deixa de vi-ver com os pais para ser criado por um banqueiro, Walter Parks Tha-tcher. Dentre todos os negócios que passam às suas mãos na maio-ridade, resolve se dedicar a um dos menos rentáveis: um jornal convencional e pouco influente.

Após tomar posse desse jornal, Kane passa a dedicar boa parte da vida à ele, tornando-o um jornal lido por milhares de americanos.

O personagem central vai, aos poucos, perdendo suas virtudes e aumentando seus defeitos. Sua trajetória, no entanto, encerra muito do sonho americano: idea-lismo, espírito de iniciativa, fama, dinheiro, poder, mulheres e imor-talidade.

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