matéria-prima #11

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MEIOAMBIENTE CSN investe em sustentabilidade na mineração PÁG. 4 NEGóCIO PáG. 13 PRÊMIO CSNganhaMelhorese MaioresdarevistaExame PáG. 10 RECURSOS HUMANOS Formaçãodeponta nasescolasdaFCSN JORNAL DA CSN MATéRIA-PRIMA Nº 11 k ano 2 k julho_agosto | 2011 k www.csn.com.br

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Publicação interna da Companhia Siderúrgica Nacional.

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Page 1: Matéria-Prima #11

meio ambienteCSn investe em sustentabilidade na mineração PÁG. 4

neGóCio

pág. 13

PRÊmio

CSN ganha Melhores e Maiores da revista Exame

pág. 10

ReCuRSoS humanoS

Formação de ponta nas escolas da FCSN

jornal da csnmatéRia-PRima

Nº 11 k ano 2 k julho_agosto | 2011 k www.csn.com.br

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gentea vitrine dos nossos talentos

editorial

ExpEdiEntE

diretor-presidente: Benjamin steinbruchdiretores-Executivos: alberto Monteiro, david salama,

enéas garcia diniz, josé taragano, luis Fernando Martinez e Paulo Penido.

direção Editorial: Marcelo Behar Editor: helton Fraga [email protected]

Coordenação Editorial stefan gan Editor adjunto: alexandre agabiti Fernandez projeto Gráfico: Fabio

silveira direção de arte: Fabiana rodrigues reportagem: Carlos lima, Chico spagnolo, edma Nogueira, Felipe Vilasanchez. revisão: roberto

alves Conselho Editorial: alexandre Campbell, Caio Ferrari, Camila Quiles, Cristiano alves da silva, eglantine Cavalcante Pearce, Fanny

Busato Baptista, Flávia rodrigues, josé luiz Brandão, juliana Carneiro Cota, luciana shoji, luiz henrique Pimentel, Márcio lins, odete

guerreiro, Priscila Boccia, ricardo Costa, rosana lovato, thaís amoedo e ulysses sousa.

Jornalista responsável: stefan gan ( MtB 35401) preparação e impressão: ipsis

tiragem desta edição: 20.000 exemplares

Nº 11• ano 2• jornal Bimestral • julho_agosto • 2011

matéria-primajornal da csn

Você já pode ler o jornal Matéria-Prima na intranet. É só clicar na capa do jornal e o texto (em versão PdF) aparecerá na tela do seu computador. No menu, é possível escolher entre o jornal Matéria-Prima e o suplemento Gente. www.csn.com.br

o jornal matéria-prima é produzido pela editora www.yupik.com.br

fale com a redação [email protected]

online

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4mineração sustentável

capa

conheça os empregados que praticam esporte em alto nível de competição.

nossos atletas

mercado aniversário em dez anos, CsN llC conquista o mercado norte-americano .................3comunicação vanguarda relatório anual da CsN ganha versão para iPad...................................11inovação

embalagem com vantagem Prada lança lata de aço para bebidas com um litro de capacidade............12negócio melhor e maior líder em siderurgia, CsN recebe prêmio da revista exame..................13entrevista mineracão em alta especialista fala do bom momento da atividade no país............................14momentos históricos o pioneiro o alto-forno que produziu quase 18 milhões de toneladas de gusa.......15

sumário

comunicação

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Pelo quarto ano seguido, a CSN foi escolhida a melhor empresa do Brasil no setor de siderurgia e metalurgia pela revista Exame, da Editora Abril. Além da conquista de um dos mais tradicionais prêmios do setor empresarial, o tetra obtido na Melhores e Maiores é o reconhecimento da estratégia desenhada para os próximos 70 anos da CSN: somos referência na produção de aço e nos transformamos num competidor de respeito na área de mineração, sem falar nos voos alçados em cimento, energia e logística. Tudo sob o signo da sustentabilidade.Conquista desse porte é resultado de uma ação integrada, com a contribuição importante de todos que movimentam a empresa em busca do cumprimento da nossa missão, sempre com base nos nossos valores e na nossa visão. Capítulos diários de uma história de 70 anos, modelada com trabalho, dedicação, eficiência, resultado.Nesta edição do Matéria-Prima, o leitor encontra reportagens que traduzem o nosso universo. A nova estrutura da área de meio ambiente, por exemplo, pode ser conhecida a partir da matéria publicada na página 12. O lançamento da nova embalagem para bebidas, o litrão, é outro exemplo de inovação em curso na Companhia. A versão do Relatório Anual para iPad reforça a nossa tendência ao pioneirismo.E, ilustrando a capa, uma reportagem especial sobre mineração, um dos nossos principais negócios, que reforça a nossa perspectiva de atuar sempre de forma sustentável. Ao mesmo tempo em que ampliamos a participação da venda de minério em nossos resultados, desenvolvemos ações concretas para reduzir impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida dos empregados e da população vizinha de Casa de Pedra. Seremos cada vez melhores, maiores e mais sustentáveis.

Melhor, maior e mais sustentável

Benjamin SteinbruchDiretor-Presidente da CSN

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mercado

Competitiva no mercado norte-americano, a CSN LLC completa dez anos e planeja ampliação

Sucesso nos EUa

A presença da CSN nos EUA acaba de completar dez anos. Há uma década, a empresa adquiriu a Heartland Steel, usi-na instalada na cidade de Terre Haute,

no estado de Indiana, que recebeu o nome de CSN LLC. A unidade processa cerca de 28 mil tonela-das de bobinas de aço por mês através da linha de decapagem contínua, do laminador reversível de 2 cadeiras e da linha de zincagem contínua. A plan-ta conta ainda com uma slitter para reinspeção e reprocessamento, fornos em caixa e um laminador de encruamento.

“Neste período, a CSN LLC passou por trans-formações e deixou de produzir itens de baixa mar-gem de rentabilidade para se dedicar a produtos de alto valor agregado, voltados principalmente ao mercado de construção civil”, explica Jerry Richar-dson, diretor geral da CSN LLC.

A empresa passou a produzir bitolas mais fi-nas, com espessuras entre 0,25 mm e 0,6 mm, in-sumos muito utilizados para a fabricação de por-tas residenciais, portões de garagem, painéis para teto e paredes, sistema de suspensão de placas de teto, além de produtos destinados à fabricação de dutos de sistemas de ar condicionado.

Explicam o sucesso da LLC os contínuos es-forços das equipes comercial e de produção pa-ra melhorar eficiências, desenvolver novos produ-tos e otimizar o mix de produção. A capacidade de competir no mercado norte-americano contra usi-nas integradas maiores e eficientes mini-mills (si-

derúrgicas que operam aciarias elétricas e têm a sucata como principal matéria-prima) em termos de custo, levou a LLC a conquistar ótima reputa-ção por seus produtos de qualidade, pontualidade na entrega e um excelente serviço ao consumidor. “Esta confiança tem se traduzido em encomendas que nos últimos cinco anos absorveram pratica-mente toda a capacidade instalada da usina”, ob-serva Richardson.

Outro ponto positivo é a geração de empregos, num momento em que os Estados Unidos enfren-tam altas taxas de desemprego. “A usina gera em-pregos na área de Terre Haute, o que é também motivo de orgulho para nós, brasileiros. Dos 202 empregados, apenas dois são brasileiros”, diz Ro-berto Bohrer, diretor de Operações da LLC.

A expansão da unidade está em estudos, com o acréscimo de uma nova linha contínua com dois potes para produção de produtos galvanizados e Galvalume, praticamente dobrando a capacidade de fabricação de produtos acabados da planta.

Enquanto estabelece sua identidade única no mercado norte-americano a LLC tem contribuído bastante com a matriz brasileira, importando apro-ximadamente 1,2 milhões de toneladas de bobinas e placas desde 2004. “A recente valorização do re-al frente ao dólar reduziu, ao menos temporaria-mente, o fluxo de exportações de aço do Brasil para os EUA, mas a CSN LLC está sempre pronta para ajudar a matriz brasileira como ponto de revenda para material de exportação”, explica Richardson.

Rápidasa Prada distribuição fornecerá à odebrecht telhas que serão exportadas para angola. a qualidade e o prazo de envio foram determinantes para a escolha da Prada. entre os meses de março e agosto serão enviadas as primeiras remessas, somando mil toneladas de telhas, usadas na construção de 3 mil casas. o projeto prevê a construção de outras 17 mil casas e a Prada espera fornecer, até o fim de 2012, mais 5 mil toneladas.

em maio, a csN comprou a unidade de distribuição da companhia metalúrgica Prada, que fica em jaboatão dos guararapes (Pe), e incorporou a INal Nordeste. o atendimento aos clientes do Norte e do Nordeste permanecerá inalterado e a gestão dos processos administrativos será compartilhada por ambas as empresas, em total alinhamento com a estrutura da Prada distribuição.

a cBs Previdência oferece auto-atendimento pela internet. com login e senha, o participante tem acesso a serviços como simulações de aposentadorias, resgates e contratação de empréstimos eletronicamente, sem a necessidade de impressão, assinatura e entrega do contrato na cBs. o cadastramento é feito nos postos da cBs. Para mais informações, ligue 08000-268181.

TelhAs pARA AngolA

InAl noRdesTe e pRAdA dIsTRIbuIção JAboATão pAssAm A seR Csn

Cbs pRevIdênCIA lAnçA AuTo-ATendImenTo pelA InTeRneT

o diretor geral da csN llc, jerry richardson, roberto Bohrer, diretor de operações, e Pat monaghan, gerente de compras.© 4

ValorIzamos a gestão INtegrada e o traBalho em equIPe

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F o t o s • p e d r o S i l v e i r a

Com foco no meio ambiente, CSN investe em mineração sem deixar de acompanhar o desenvolvimento econômico do setor

Mineraçãosustentável

capa

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Com o intuito de aliar esse desenvol-vimento à preocupação ambiental, a CSN começou a desenvolver, nos pri-meiros meses deste ano, uma série de ações sustentáveis para reduzir im-pactos ambientais e melhorar a qua-lidade de vida dos empregados e da comunidade que reside nas proximi-

dades da planta da empresa em Casa de Pedra (MG). A visão sustentável faz sentido, pois, desde 2007,

o negócio mineração registra marcas históricas na CSN. Só no ano passado, as receitas da companhia para o setor atingiram a cifra recorde de R$ 3,6 bi-lhões, número que representa um crescimento de 84% em relação a 2009. Outro destaque de 2010 fi-ca com as vendas de minério de ferro, que alcança-ram 25,3 milhões de toneladas, 13% a mais em re-lação ao volume comercializado no ano retrasado.

O primeiro passo foi a realização de um estudo com a Brandt, empresa especialista em projetos na área am-biental. De acordo com Daniel dos Santos, diretor de Mineração, o resultado apontou que a maior parte dos danos causados ao meio ambiente provinha do trans-porte rodoviário. “Até o final do ano, eliminaremos todo o transporte de granulados utilizando rodovias, substituindo-o por vias ferroviárias”, afirma.

A única transferência rodoviária que Casa de Pe-dra ainda mantém é o fornecimento para a Nami-sa, empresa da CSN responsável pela produção de minério de ferro de alta qualidade. No entanto, está em andamento a construção do viaduto Pires–Enge-nho, uma via particular da CSN que passará sobre a BR-040, e será unicamente utilizada para o trans-porte de minério de ferro, sem afetar as comunida-des limítrofes.

Outra decisão foi a suspensão de extração e ven-da de hematitinha, uma espécie intermediária entre o minério fino e o granulado. “A venda mensal de he-matitinha estava na casa de 20 mil toneladas, mon-tante que era transportado por caminhões. Com a decisão de interromper a venda, tiramos 30 cami-nhões por dia das estradas MG-442 e BR-040, vias usadas para transportar a hematitinha”, diz Daniel.

Ainda relacionado aos transportes, a CSN está fa-zendo o controle de circulação de veículos pela uni-dade mineira. Uma ação simples, segundo o diretor de Mineração, que evita a circulação indevida de au-tomóveis pelas cidades, levando sujeira. “Criamos três tipos de adesivos. O vermelho indica que o au-tomóvel não pode sair da mina, o amarelo tem per-missão mediante autorização e o verde tem livre pas-sagem, desde que devidamente limpo”, conta.

Para facilitar o controle, a CSN instalou postos de lavagem de carros dentro da unidade mineira e pre-vê instalar novas máquinas para a limpeza das ro-das dos caminhões até o fim do ano. A Companhia também pretende, em parceria com a prefeitura, dis-ponibilizar temporariamente um caminhão para au-xiliar na limpeza de Congonhas (MG). “Reduzimos o fluxo e agora tentamos reduzir o estoque de poei-ra que já está acumulado na cidade”, aponta Daniel.

Na Namisa, as mudanças foram ainda mais pro-fundas. De acordo com Daniel, houve uma mudan-ça no modelo de negócio da empresa, priorizando o controle ambiental. “Antigamente a frota de cami-nhões da Namisa era terceirizada, ou seja, não tínha-mos controle dos veículos assim que eles deixavam a empresa. Agora, a empresa comprou esses cami-nhões e contratou as pessoas para o serviço”, expli-ca. “Acabamos gerando mais empregos.”

ações sustentáves melhoram a qualidade de vida dos empregados e da comunidade.

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possuímos diferenciais como a vasta concentração de ativos com depósitos minerais de alto teor e a capacidade de gerir todas as etapas da mineração, da extração ao transporte do insumo”Daniel dos Santos, diretor de mineração

Pólo siderúrgicoalém dos projetos voltados para o meio ambiente, a CSN investe no desenvolvimento da mineração com a construção de uma planta com capacidade de produção de 8 milhões de toneladas de minério de baixo teor por ano. “Queremos transformar o estado de minas Gerais em pólo siderúrgico brasileiro”, afirma Daniel. a integração de unidades e a elaboração de novos projetos também são interesses da Companhia. “além de manter bem estabelecida a logística entre Casa de pedra, Namisa e porto de itaguaí (rJ), atualmente buscamos a criação de projetos robustos capazes de sobreviver a anticiclos de preços”, diz Daniel. O primeiro deles, de acordo com o diretor de mineração, é a expansão da capacidade de produção de Casa de pedra, que atualmente é de 20 milhões de toneladas por ano e deve alcançar as 50 milhões de toneladas até 2017.

até o fim do ano a CsN eliminará o transporte rodoviário de granulados, subsituindo-o por vias ferroviárias.

Priorizamos o ComPromisso

Com os aCioNistas

valores csN

CaPa

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Suplemento do Jornal Matéria-PriMa Nº 11 | ano 2 k julho_agosto | 2011 k www.csn.com.br

gentea vitrine doS noSSoS talentoS

Escolas da FCSN formam tabalhadores e cidadãos ® pág. 10

Conheça os empregados da CSn que brilham em competições esportivas ® págs. 8 e 9

têmpera de atleta

engenheiro da Usina Presidente vargas, airton oliveira treina para campeonato mundial.

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por Oscar Konda, analista de PCP em Mogi das Cruzes, primeiro colocado nos Jois de 2010. “A pesca faz parte da minha vida, porque meu pai gostava muito. Com ele aprendi as técnicas e as manhas”, afirma. Quem não conhece o assun-to pensa que pescar é questão de sorte. “Mas quando se trata de competição, a técnica supe-ra a sorte”, observa.

“Sempre tivemos gente muito boa nos espor-tes”, conta Antonio Carlos Pimentel, supervisor do Corpo de Bombeiros da UPV, que praticou handball durante 25 anos e organiza as equipes da CSN para os Jois. Disputados em três fases (estadual, regional e nacional), os Jois são clas-sificatórios para o mundial – para ir ao mundial, é preciso ter subido ao pódio nos Jois. “Essa foi a primeira vez que a CSN participou da fase na-cional, e já ganhamos”, diz Pimentel. “Com um pouquinho de incentivo, os esportistas da CSN vão longe, pois têm talento”, completa.

o Campeonato Mundial de Na-tação da Confederação Espor-tiva Internacional do Trabalho, realizado em Bad Radkersburg, na Áustria, em agosto, o enge-nheiro mecânico Airton Olivei-ra, da Gerência Geral de Altos

Fornos (GGAF) da Usina Presidente Vargas, con-quistou seis medalhas de ouro. Foi a primeira vez que a CSN foi representada no torneio. Airton ganhou três ouros em provas individuais – 100 metros nado livre, 100 metros borboleta e 50 me-tros borboleta – e outros três nos revezamentos 4 x 50 metros livre, 4 x 50 metros medley e 4 x 50 metros livre misto, formando equipe com outros atletas brasileiros. “Os resultados estavam den-tro das minhas expectativas, pois treinei muito nos últimos meses”, conta Airton. No ano pas-sado, o velocista venceu os 50 metros nado li-vre nos Jogos dos Industriários (Jois), campeo-nato nacional promovido desde 1947 pelo Sesi, e foi o 30º colocado no brasileiro absoluto na categoria 50 metros nado livre, competindo con-tra nomes como Cesar Cielo.

O desafio de aliar o alto rendimento espor-tivo à vida profissional encontra muitos exem-plos de sucesso na CSN, com praticantes de vá-rias modalidades. “No esporte e na vida você tem metas, um caminho a percorrer”, afirma Aysser Saliba, engenheiro de desenvolvimento em minério de ferro de Casa de Pedra e mesa-te-nista. Atleta amador, Aysser ocupa a 5ª posição da categoria sênior no ranking mineiro. “Não adianta só se preparar se você não tiver a ca-pacidade de se esforçar”, diz ele, que nos trei-nos chega a rebater mil bolas. “A perseverança tem tudo a ver com nossa vida particular, nos-so trabalho e nossa família”, filosofa.

Inúmeros estudos dão razão a Aysser. En-tre os benefícios do esporte estão o aumento da motivação no dia-a-dia de trabalho, a dimi-nuição do estresse e da ansiedade e o desenvol-vimento de habilidades sociais e colaborativas, revertido em maior produtividade para a em-presa e qualidade de vida para o empregado.

Um dos aspectos mais importantes que o es-porte ajuda a desenvolver é a atenção com os detalhes. Em qualquer modalidade, a perfeição de cada movimento pode proporcionar resul-tados muito melhores. “Os atletas do meu ní-

vel completam a prova em 22, 23 segundos, en-quanto o tempo dos profissionais tem a média de 21 segundos. Do primeiro ao último a dife-rença é de fração de segundos, e se você acertar tudo, pode ser o primeiro; se errar uma coisa só, pode ser o último”, explica Airton.

TalenTos em alTaJá no tênis de mesa, “um dos principais se-

gredos é o que se chama “olhos treinados”: vo-cê conseguir identificar para onde a bola está girando, para angular sua raquete e saber re-bater; os competidores, principalmente no sa-que, mas também durante o jogo, fazem uma finta para enganar o oponente. “É um jogo ex-tremamente estratégico e mental”, ensina Ays-ser, medalha de prata nos Jogos do Interior de Minas Gerais em 2009.

A pesca também rendeu medalha para a CSN nos Jogos dos Industriários, conquistada

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a VITRIne Dos nossos TalenTosgenTe

Empregados da CSN mostram as vantagens de conciliar vida profissional e alto rendimento esportivo

superaçãotrabalho e

airton Oliveira treinou com afinco e colheu excelentes resultados no mundial da Áustria.©1

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A perseverança e a disciplina de Aysser Saliba no esporte repercutem positivamente em sua vida profissional.

corpo, mente e eSpírito em hArmoniApiloto de kart, o coordenador do sistema de gestão de segurança e da qualidade na Gerência de distribuição de energéticos da upv, daniel mageste, põe na conta do esporte o cuidado que passou a ter com o corpo, a mente e o espírito. “quando comecei a competir profissionalmente, vi a necessidade de ter uma melhor preparação física e psicológica, dando mais atenção à alimentação e respeitando os horários das refeições, fazendo exercícios físicos, priorizando a qualidade e a quantidade do sono”, detalha daniel, tricampeão brasileiro e vice-campeão europeu na disputa com simuladores automobilísticos. “percebi que sou uma pessoa e um profissional melhor. assim como o trabalho na upv, no kart você deve ser muito disciplinado quanto à segurança, respeitar as regras, o ambiente e os outros profissionais, usando corretamente os equipamentos de proteção individual”.

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as irmãs jéssica, jessiane e jessiele (da esq. à dir.) estudaram na EtPC e hoje colhem os frutos plantados.

os festejos no “arraiá” da CsN.

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Formação de ponta nas escolas técnicas da FCSN

aprender sempreducação de qualidade, capaz de for-mar cidadãos e trabalhadores aptos a enfrentar os crescentes desafios do mercado e da sociedade. Esse é o ob-jetivo da Escola Técnica Pandiá Ca-lógeras (ETPC), em Volta Redonda (RJ), e do Centro de Educação Tec-

nológica Edmundo Macedo (CET), em Congonhas (MG), instituições mantidas pela Fundação CSN.

As exigências do mundo de trabalho tornaram o profissional técnico de suma importância no Brasil. “Os currículos dos cursos técnicos atendem as ino-vações tecnológicas e as expectativas da clientela”, conta Claudia Medeiros, diretora pedagógica da ETPC. Para a gestora educacional da CET, Eliane Aquino, o ensino técnico é muito importante, pois possibilita crescimento econômico e pessoal. “É pe-la educação que as pessoas conseguirão crescer”.

As duas escolas oferecem bolsas de estudos inte-grais e parciais ao público em geral e também aos empregados da CSN. Para obtê-las, os candidatos passam por duas etapas: uma prova e uma avalia-ção socioeconômica. “A ETPC acredita que a edu-cação é o principal pilar para promoção do ser hu-mano, de modo a melhorar sua qualidade de vida,

contribuindo para uma sociedade mais justa e sus-tentável”, afirma Claudia.

Ingrid Fátima Martins Vasconcelos cursa o Ensi-no Médio da CET e ressalta a importância do con-tato com outras áreas do conhecimento. “O curso técnico em administração trouxe inúmeros bene-fícios para minha vida e mesmo não seguindo na área, o que aprendi será muito útil no dia-a-dia”.

As irmãs Jéssica, Jessiane e Jessiele estudaram na ETPC. Elas tiveram bolsa integral, se desdobraram entre estudos e estágios e, hoje, colhem os frutos. “A gente sabia que quem se forma lá tem garantia de emprego”, diz Jessiane. “Nos interessamos pe-lo curso de informática, que abrange muitas áre-as”, conta Jéssica, que depois de estagiar na FCSN e concluir o técnico, está trabalhando no escritório da Associação Comercial Industrial Agropastoril de Volta Redonda e cursa Direito em Barra Mansa.

Jessiane estagiou na FCSN. Hoje trabalha no INSS e estuda Administração na Universidade Fe-deral Fluminense (UFF). Jessiele concluirá o técni-co este ano e estagia na Usina Presidente Vargas (UPV), em Segurança do Trabalho. “Dá para con-ciliar estudos e estágio, e entrar na rotina”, conta ela, que se prepara para o vestibular de arquitetura.

‘Arraiá’ da CSN: integração, alegria e solidariedadeintegrar os empregados. Com este objetivo, a CSN realizou a primeira edição da festa “julina” na empresa, no escritório em São paulo e no recreio, em Volta redonda. O primeiro evento, no dia 21 de julho, voltado para os empregados dos escritórios corporativos Faria Lima e Santo amaro, reuniu cerca de 300 pessoas. Vestidas a caráter elas desfrutaram de quitutes típicos, como paçoca, pé-de-moleque e cachorro-quente, e brincaram nas barracas de pescaria e de lançamento de argolas. Segundo Danilo Sinbo, analista de rH e um dos idealizadores do evento, um dos objetivos da festa é integrar as pessoas, a partir da criação de um comitê especial de eventos, com profissionais de diversas áreas da CSN. “Essa ideia já começou no planejamento, no qual reunimos profissionais de diversas áreas da CSN para integrar um comitê especial de produção do evento”, conta.Em Volta redonda, a festa aconteceu dois dias depois, 23, no recreio, e reuniu cerca de 15 mil pessoas, entre empregados e dependentes. O evento contou com as tradicionais barracas de comidas típicas, além de apresentação de grupos musicais. a organização da festa, a cargo da equipe da Gerência de rH Siderurgia, aproveitou para conclamar os empregados a doarem alimentos não-perecíveis para as entidades assistenciais cadastradas na Fundação CSN. No total, foram arrecadados mais de dois mil itens, entre os quais feijão, arroz, macarrão e açúcar. “a integração entre as famílias foi total e ainda trabalhamos uma ação solidária”, comemorou o gerente de rH Siderurgia, anderson Castro.

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A VITRINE DOS NOSSOS TALENTOSgENTE

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logística

Ao oferecer o Relatório Anual em versão para iPad, a CSN quer atrair investidores e acionistas

Leitura moderna Em compasso com a tendência de incorporar novas tecnologias aos

processos empresariais, a CSN decidiu lançar uma versão para iPad de seu Relatório Anual. Com isso, a CSN é uma das primeiras empre-sas brasileiras a divulgar seu relatório nessa nova plataforma. Volta-

do para analistas e investidores, o aplicativo reúne todas as informações já di-vulgadas na versão impressa do relatório e conta com dados adicionais, como mapa de atuação da CSN no mundo, imagens, informações gerais e capaci-dade de produção de suas principais unidades, cotações das ações listadas na Bovespa e na NYSE e vídeo de apresentação da companhia.O aplicativo está disponível para download na Apple Store desde o final de julho.

Projeto da Gerência de Comunicação Corporativa em parceria com a Gerência de Relações com Investidores, o aplicativo foi desenvolvido pa-

ra apresentar o relatório em uma ferramenta inovadora. “A versão impres-sa contém dados já conhecidos pelos analistas, que são o público-alvo da publicação”, conta Priscila Boccia, especialista de comunicação, que coor-denou a iniciativa. “A interatividade do iPad permite uma dinâmica que aumenta o interesse pelo conteúdo e facilita a apresentação de todos os ne-gócios da companhia.”

A versão para iPad reproduz todo o conteúdo da versão online do rela-tório – anualmente publicada no portal da CSN para navegação e down-load – e ainda agrega funcionalidades pensadas exclusivamente para o ta-blet. Depois de baixar o aplicativo na Apple Store, o software fica salvo no iPad. A cada três meses, na época da divulgação dos resultados da CSN, o aplicativo receberá atualização.

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A Prada Distribuição, em Mogi das Cruzes (SP), comemorou, nos dias 29 e 30 de junho, o Dia do Caminhoneiro. A primeira edição do evento, idea-lizada em parceria pela Gerência Geral de Logística e pela Gerência de Marketing e Preços, contou com presença de mais de 300 carreteiros, recebidos com diversas atividades ligadas ao lazer e ao bem-estar.

Com exceção do estande de corte de cabelo,

Pela primeira vez, Prada Distribuição realiza evento em homenagem aos caminhoneiros

festa na carreta

montado apenas no primeiro dia, os presentes pu-deram realizar, durante os dois dias de evento, tes-tes gratuitos de pressão arterial e diabetes. Ainda no campo da saúde, estavam disponíveis exames odontológicos, consultas oftalmológicas e conver-sas com a equipe dos Narcóticos Anônimos. Tam-bém foi possível financiar carros e caminhões e até mesmo levar as crianças para se divertirem com as esculturas de bexigas e a tenda de pesca.

De acordo com Flávia Rodrigues, analista de marketing, outro destaque das comemorações foi o lançamento do Manual de Saúde, Segurança e Meio Ambiente que reúne informações sobre cons-cientização ambiental, segurança no trânsito e qua-lidade de vida. “Esse material é importante porque, além de dicas úteis, esclarece algumas das políticas da empresa. O material, além de ser entregue aos ca-minhoneiros que nos representam no contato com o cliente, também será utilizado para a orientação de

terceiros que venham a realizar algum trabalho den-tro das unidades da Prada Distribuição.”, afirma.

Para atrair o público para o evento, uma faixa foi colocada na entrada da Prada desde o dia 20 de junho. Segundo Marcelo Alexandre Crema Pel-legrino, coordenador de Logística, outro fator que garantiu quorum foi a data. “Queríamos fazer o evento no final do mês, porque nessa época o mo-vimento por aqui é maior. Como o Dia do Cami-nhoneiro é comemorado em 30 de junho, acabou dando certo”, diz Marcelo.

Para encerrar as festividades, o gerente geral de Operações da Prada Distribuição, Fúlvio Tomaselli, agradeceu à presença de todos que passaram pelo evento e reafirmou a importância dos caminhonei-ros para a Prada: “Gostaria de parabenizar a todos os caminhoneiros, porque vocês são os nossos car-tões de visita nas empresas, vocês nos representam no contato direto com os clientes.”

consideramos a cultura csn o alicerce

da nossa atuação

vaLorEs CsN

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o litrão foi apresentado na Fispal tecnologia, onde foi bem recebido pelo público.

Nova lata de aço desenvolvida pela Prada traz grandes vantagens em relação às tradicionais garrafas de vidro, proporcionando facilidade de transporte e armazenamento, além de mais resistência

Bom para mais de litro

U m novo conceito de embalagem para bebidas está sendo lançado no Brasil pela Prada: o litrão, uma lata feita de folha de flandres com capacidade de um

litro. Apresentado na Fispal Tecnologia (Feira In-ternacional de Embalagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas), realiza-da entre 7 a 10 de junho, o protótipo, atualmente em fase de homologação, é resultado de um estu-do que, durante dez meses, mapeou e analisou as oportunidades e vantagens desse tipo de embala-gem. “Descobrimos que nesse segmento a procu-ra por inovação em embalagens é muito grande. Constatamos também que a demanda pelo forma-to litrão está crescendo e tendo boa aceitação no mercado”, conta Camila Quiles, analista de ma-rketing da Prada.

“Como já temos um grande conhecimento acu-mulado nessa área, decidimos explorar a oportu-nidade”, explica Camila. Voltado inicialmente ao mercado de cervejas, a proposta do litrão é ser uma alternativa às tradicionais garrafas de vidro, ofere-cendo a praticidade e a versatilidade do aço tanto para os produtores e transportadores quanto para os vendedores e consumidores. Mais resistente do que a garrafa de vidro, a lata de aço diminui as in-terrupções do processo de produção. No processo

de transporte, os carregamentos são otimizados, pois, enquanto as garrafas de vidro ocupam cerca de dois terços da capacidade de um caminhão, dei-xando só um terço disponível para a bebida, com o litrão as proporções se invertem.

O varejo tem à disposição uma embalagem in-violável, muito mais leve do que a garrafa, fácil de ser armazenada e resistente a quedas. E os consumi-dores saem ganhando com uma embalagem mais segura de ser transportada e manuseada, e que po-de ser levada à praia.

Mas a lista de vantagens não acaba por aí: a exposição da marca nos pontos de venda e con-sumo ganha maior visibilidade; a temperatura da bebida é conservada por mais tempo; os cus-tos com a higienização das garrafas são elimi-nados, o aço do litrão é 100% reciclável e de-gradável; a embalagem é inviolável e pode ser acompanhada por uma sobretampa plástica; e a bebida gela com mais rapidez em maiores tem-peraturas, proporcionando economia de energia elétrica ao varejista. Camila conta que a novi-dade fez sucesso na Fispal. “A maior parte do público presente à feira era masculino, os ho-mens ficaram encantandos com a embalagem, nos dando um feedback muito bom”, completa a analista de marketing da Prada.

Mudança de impactopara melhorar a eficácia de todos os aspectos ligados a meio ambiente, a CSN está reestruturando a Gerência de meio ambiente, até então focada nas necessidades do dia-a-dia operacional. Com a reestruturação, iniciada há três meses e prevista para ser concluída em outubro, a área passou a contar com três gerências gerais. O número de empregados pulará de 56 para 108 profissionais. “a gestão do dia-a-dia impedia que se tratassem adequadamente as projeções futuras de problemas da companhia, os licenciamentos para novas operações”, diz marcelo Behar, diretor corporativo institucional. Na nova estrutura, a Gerência Geral institucional ambiental, comandada por pedro Baracuí, cuida do passado. tem três atribuições básicas: a remediação dos passivos, o acompanhamento das políticas e legislações ambientais, e o contencioso diário com as autoridades ambientais. Comandada pelo americano timothy Sturdavant, a Gerência Geral Operacional ambiental cuida do presente, da operação de siderurgia, minas, porto, ferrovias e cimento. O grande desafio desta gerência é adequar a Usina presidente Vargas (UpV), em Volta redonda (rJ), uma planta antiga que começou a operar muito antes da existência da legislação ambiental. a Gerência Geral de Estudos e projetos contempla o futuro, sob a batuta de Juliana Cota. Ocupa-se dos licenciamentos ambientais – elaborando a documentação exigida pelas autoridades para o licenciamento, como estudos de impacto ambiental e o relatório ambiental simplificado – e supervisiona o andamento dos processos de licenciamento. além disso, faz estudos de viabilidade ambiental de projetos e cuida da questão da sustentabilidade, vinculada ao Conselho de Sustentabilidade.

DeFenDemos uma atuação social e

ambiental responsável

valores CsN

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inovação

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Premiada pela revista Exame, CSN é líder em siderurgia e mineração

melhor e maior N o dia 6 de julho, a 38ª edição do prê-

mio Melhores e Maiores, promovi-do anualmente pela revista Exame, da Editora Abril, considerou a CSN

a melhor empresa brasileira no setor de side-rurgia e metalurgia. Indicada à premiação pe-lo quarto ano consecutivo, a companhia foi representada por seu diretor-presidente Ben-jamin Steinbruch, que ofereceu o prêmio aos executivos da CSN presentes no Clube Atléti-co Monte Líbano, em São Paulo, onde o even-to foi realizado.

Além de ter se destacado no setor, a com-panhia foi considerada a 28ª maior empresa do país, sendo a siderúrgica mais lucrativa do Brasil. Entre os diferenciais que garantiram a vitória estão a postura resistente em 2010, pe-ríodo em que as siderúrgicas estrangeiras des-

pejaram os excessos de produção no país, e o bem-sucedido enfrentamento da concorrência do aço importado da China.

Em reportagem especial sobre o prêmio, a revista Exame destacou o crescimento da par-ticipação da CSN no capital da Usiminas. Ao todo, a companhia já tem mais de 10% das ações ordinárias e 5,25% das preferenciais da empresa mineira, números que a aproximam do bloco de controle da concorrente.

destaquesNo mercado interno, outros destaques fi-

cam com a ampliação da capacidade de pro-dução de minério de ferro, prestes a se tornar viável para a exportação, e os investimentos em aços longos e cimento, com a entrada em operação de uma fábrica de cimento em Volta

Redonda (RJ) e a implantação de uma unida-de de produção de aços longos na Usina Presi-dente Vargas (UPV).

Na primeira semana de agosto a companhia divulgou o lucro líquido referente ao segundo trimestre deste ano, cifra que atingiu R$ 1,137 bilhão, representando um aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2010. As razões do crescimento são o aumento dos preços e dos volumes de minério de ferro comerciali-zados entre abril e junho, além do crescimen-to da quantidade de aço vendido no período.

A siderurgia e a mineração foram os princi-pais responsáveis pela receita líquida dos três primeiros meses do ano, alcançando R$ 4,32 bilhões. Enquanto a siderurgia contribuiu com R$ 2,513 bilhões, a mineração somou R$ 1,524 bilhão ao valor final da receita.

o diretor-presidente da CsN, Benjamin steinbruch (centro), recebe o prêmio melhores e maiores da revista exame.

Valorizamos a gestão iNtegrada e o traBalho em equipe

valores CsN

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entrevista

segundo Marcelo tunes, a mineracão continuará crescendo no Brasil nos próximos anos. © f

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Marcelo Tunes, diretor do Ibram, fala da expansão da atividade mineradora no Brasil, das perspectivas e das dificuldades do setor

“mineração é mais lucrativa que siderurgia”

A mineração vive um grande momen-to no Brasil. O faturamento do se-tor cresceu de US$ 8 bilhões para US$ 40 bilhões no período entre o

ano 2000 e 2010, uma cifra recorde. O ciclo expansivo deve durar alguns anos. “Estimo um crescimento de aproximadamente 10% ao ano durante os próximos três anos”, afirma Marce-lo Tunes, diretor de assuntos minerários do Ins-tituto Brasileiro de Mineração (Ibram). A pro-dução de minério de ferro – o carro-chefe do setor – deve dobrar até 2015, superando 700 milhões de toneladas.

“Este crescimento se deve ao aumento da demanda – puxada pelo minério de ferro e pe-los agregados para a construção civil, como areia e brita – e à expansão do portfólio mine-ral brasileiro, pois o país tem alta geodiversi-dade e estamos explorando novas substâncias”, explica Marcelo.

Fundamental para a produção de insumos para diversos ramos de atividade, como cons-

trução civil e vários segmentos industriais (quí-mico, eletroeletrônico e automobilístico), a mineração é imprescindível para o desenvol-vimento. Além dos insumos, a mineração gera cerca de 2 milhões de empregos diretos no país, sendo 160 mil na indústria de extração mineral.

Nesta entrevista exclusiva, Marcelo Tunes fala da atual situação do setor, das perspecti-vas e dos desafios que enfrenta.

A mineração brasileira superou completa-mente a crise econômica mundial?

Quase todos os bens minerais brasileiros – são perto de cem – vinham tendo um cresci-mento gradual de produção e foram afetados pela crise, que prejudicou sobretudo os inves-timentos previstos no setor. Mas a recuperação foi surpreendentemente rápida. Nossa expec-tativa era que atingiríamos os níveis de pro-dução anteriores à crise no segundo semestre de 2010, mas isto aconteceu antes, durante o ano passado.

Por que a recuperação foi tão rápida?Dois fatores explicam o fenômeno. Um é a

exportação, especialmente para a China. Aliás, as vendas de minério para a China contribu-íram bastante para que o país asiático se tor-nasse o principal parceiro comercial do Brasil, superando os EUA. A China está se urbanizan-do rapidamente, aquecendo a demanda por in-fraestrutura, setor em que o componente mine-ral é importante. É oportuno lembrar que em 2010 a mineração contribuiu com US$ 27,6 bi-lhões para o saldo positivo da balança comer-cial brasileira. Para 2011, devem ser US$ 33 bi-lhões. Outro fator é o crescimento econômico brasileiro, que não foi muito afetado pela cri-se internacional.

Como o senhor vê o fato de que quase todas as grandes siderúrgicas brasileiras terem se tornado mineradoras, dos anos 1990 para cá?

A CSN era a única exceção neste quadro, com Casa de Pedra, mas as outras começaram a entrar na lavra, tornando-se exportadoras de minério de ferro. Isso mostra que a mineração é uma atividade lucrativa, com maiores mar-gens do que a siderurgia.

Quais são os gargalos que penalizam a ativi-dade mineradora no Brasil?

A infraestrutura é um deles. A falta de infra-estrutura adequada levou as mineradoras a in-vestir em estradas de ferro e portos, como faz a CSN. Outro aspecto é o preço da energia elétri-ca, que está entre os mais elevados do mundo, afetando a produção. A mão de obra é mais um problema, grande, e que não é exclusividade do setor minerador. Há carência de profissionais qualificados em todo o espectro produtivo, de engenheiros até pessoal operacional. Isto faz com que as empresas criem programas de for-mação e aperfeiçoamento de pessoal.

E como está a questão ambiental, outro as-pecto importante da atividade mineradora?

O problema está no sistema de licenciamen-tos. Precisamos criar um sistema condizente com a realidade dessa atividade. Se a jazida está em área de proteção ambiental, é preciso levar isto em consideração e não simplesmente vetar a exploração. A Constituição Brasileira obriga as mineradoras a recuperar o meio am-biente. Por isso não faz sentido vetar. Há mui-ta incompreensão, mas estamos evoluindo: de dez anos para cá, a questão ambiental está sen-do discutida juntamente com a questão social, o que é positivo.

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Construção do alto-forno 1, em 1944, o primeiro alto-forno a coque do Brasil, projetado para produzir 1200 toneladas diárias de ferro-gusa. Desativado em janeiro de 1992, o equipamento produziu cerca de 17 milhões de toneladas de ferro-gusa.

forno pioneiro

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O DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE CHEGA PELOS TRILHOS DA TRANSNORDESTINA

A ferrovia Transnordestina nasceu com uma missão tão importante quanto

seus 1.728 quilômetros de extensão: desenvolver o Nordeste.

Com capacidade para transportar 30 milhões de toneladas de carga ao ano, estimula

o grande potencial agrícola e mineral da região ao ligar o cerrado do Piauí aos portos

de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco.

Em 2010, a Transnordestina recebeu um dos maiores investimentos de toda

a CSN para a construção da nova malha, com conclusão prevista para o fim de 2013.

Com a Transnordestina, o futuro do Nordeste vai entrar nos trilhos.