matéria-prima #12
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A décima segunda edição do jornal Matéria-PrimaTRANSCRIPT
1 MATÉRIA−PRIMA > SETEMBRO_OUTUBRO_NOVEMBRO > 2011
Investimentos realizados desde o início de 2010 proporcionam crescimento da capacidade de produção de cassiterita e estanho, além de redução de custos ® PÁG. 4
NEGÓCIO
ERSA EMEXPANSÃO
MEIO AMBIENTE
PÁG. 3 PÁG. 13
EMPRESA
A nova versão do Código de Ética
UPV lança programa Usina Limpa
MATÉRIA-PRIMAJORNAL DA CSNNº 12 k ano 2 k setembro_outubro_novembro | 2011 k www.csn.com.br
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EDITORIAL
EXPEDIENTE
Diretor-Presidente: Benjamin SteinbruchDiretores-Executivos: David Salama, Enéas Garcia Diniz,
José Taragano, Juarez Saliba e Luis Fernando Martinez
Direção Editorial: Marcelo BeharEditor: Helton Fraga [email protected]
Coordenação Editorial Stefan GanEditor Adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez
Projeto Gráfico: Fabio Silveira Direção de Arte: Lucia de Menezes Farias Reportagem: Carlos Lima, Chico Spagnolo, Edma Nogueira,
Marcelo La Farina. Revisão: Roberto Alves Tratamento de Imagem: Aldo Macedo Conselho Editorial: Alexandre Campbell, Caio Ferrari,
Camila Quiles, Cristiano Alves da Silva, Eglantine Cavalcante Pearce, Fanny Busato Baptista, Flávia Rodrigues, José Luiz Brandão, Luciana Shoji, Luiz Henrique Pimentel, Márcio Lins, Odete Guerreiro, Priscila
Boccia, Ricardo Costa, Rosana Lovato, Thaís Amoedo e Ulysses Sousa.Jornalista Responsável: Stefan Gan ( MT B 35401)
Preparação e Impressão: IpsisTiragem desta edição: 20.000 exemplares
Nº 12 • Ano 2 • setembro_outubro_novembro • 2011
MATÉRIA-PRIMAJORNAL DA CSN
Você já pode ler o jornal Matéria-Prima na intranet. É só clicar na capa do jornal e o texto (em versão PDF) aparecerá na tela do seu computador. No menu, é possível escolher entre o jornal Matéria-Prima e o suplemento Gente. www.csn.com.br
O jornal matéria-prima é produzido pela editora www.yupik.com.br
FALE COM A REDAÇÃO [email protected]
ONLINE
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4 Investimentos mudam a realidade da Ersa
CAPAempresa
Guia de conduta Novo Código de Ética tem edição de bolso e virtual ................................3recursos humanos
Sinergia Escola de Líderes cria cultura de gestão do conhecimento .....................11empresa Reconhecimento Empregados comemoram 30 anos de CSN e ganham homenagem .............. 12sustentabilidade
Novos hábitos Projeto Usina Limpa promove conscientização ambiental .........................13entrevista
Novas tecnologias Geógrafa fala sobre os desafios ambientais da indústria brasileira .......... 14momentos históricos
60 anos do Recreio Ginásio de esportes se destaca pela beleza arquitetônica ......................... 15
sumário
Esta edição do MATÉRIA-PRIMA, extraordinariamente trimestral, destaca, em sua principal reportagem, a nova fase da Ersa, empresa CSN desde 2005, que, a partir de uma reestruturação, concilia crescimento, rentabilidade e sustentabilidade em Rondônia. Em rápidas palavras, a produção cresceu e empregos foram gerados. Aritmética positiva. É outro exemplo da cultura CSN, que enxerga os desafios e alcança as metas previstas. Mais um motivo de orgulho neste momento que marca os 70 anos da nossa organização.Em nossa história, os desafios são constantes, desde o momento da criação da empresa. Vivemos em constante transformação. Com preceitos éticos. Por isso, atualizamos o nosso Código de Ética, conforme mostra reportagem na página 3. Um livreto de leitura fundamental para todo empregado, acionista, cliente e fornecedor da CSN. Além da versão impressa, a atualização pode ser acessada via intranet. Por falar nisso, outra ferramenta inovadora é a versão online deste jornal interno, que a partir de agora oferece atualizações constantes para a informação dos empregados. Os detalhes dessa novidade também estão na página 3. Outra novidade é o projeto Usina Limpa, lançada na Usina Presidente Vargas. Um trabalho desafiador, que carrega nas suas entrelinhas o objetivo de impulsionar a consciência ambiental e a noção de cidadania na nossa principal planta. Sempre envolvendo a família dos nossos empregados.
Exemplos éticos
Benjamin SteinbruchDiretor-Presidente da CSN
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Velho MundoGêmeos da UPV pedalam 3.500 km pela Europa.
GENTEA VITRINE DOS NOSSOS TALENTOS
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32011 < SETEMBRO_OUTUBRO_NOVEMBRO < MATÉRIA−PRIMA
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© 1 e 2 FELIPE VARANDA 3 ARQUIVO PESSOAL 4 RICARDO TOSCANI
Mais completa e atualizada, nova versão do Código de Ética também poderá ser acessada pela intranet
Ética afiadaPara Almir Xavier, gerente de Riscos Corporativos, a ética é um exercício diário na CSN.
Em novembro, todos os fornecedores, clientes, acionistas e empregados da CSN passaram a ter acesso ao novo Código de Ética
da Compa nhia. O texto é uma versão atualizada e comple ta da primeira edição, lançada em 2006. Entre as principais mudanças está o tópico sobre negócios com ações da empresa. “Nosso antigo código era muito rígido nesse assunto. Agora, foi estipulado um período que, ao mesmo tempo, obedece aos termos da Instrução CVM 358/2002 e não im pede a negociação das ações pelos acionistas”, aponta Almir Xavier, gerente de Riscos Corpora tivos e um dos redatores do novo código.
Outra alteração é a incorporação de um subitem dispondo sobre o uso de álcool, drogas e porte de armas. Almir afirma que essa decisão veio a partir do benchmarking feito junto a outras empresas. “O mercado trata o assunto como uma questão ética e resolvemos adicionála ao nosso código, mostrando de forma clara que tal comportamento pode ser prejudicial para o empregado e os colegas com quem ele se relaciona no trabalho”, enfatiza Almir.
Há também um novo tópico sobre a conduta fora da empresa. Sobre ele, Almir comenta que, em muitas ocasiões, os empregados da CSN são
o cartão de visita da empresa. “Por isso, é preciso considerar as diretrizes apontadas no texto”, diz.
A nova versão foi elaborada pelo Comitê de Ética da CSN, formado pelas áreas de Riscos Corporativos, Auditoria Interna e Recursos Humanos. “Uma primeira versão do texto foi validada pelo Comitê e seguiu para a revisão das áreas de Comunicação, Jurídica e Institucional”, conta Almir. Depois, o arquivo final foi enviado à gráfica, para impressão de mais de 20 mil cópias. “Todos os empregados, sejam re cémcontratados ou não, receberão uma cópia do código”, diz Almir. “Aproveitamos os 70 anos da CSN para enfatizar a importância da ética e re forçar os conceitos propostos pela Companhia”.
Além da versão de bolso, o novo código pode ser acessado pela intranet. Segundo Almir, as informações são as mesmas da versão impressa, mas a edição virtual pode conter algumas alterações periódicas e, por isso, deve ser lida com frequência. “A ética é um exercício diário, ainda mais quando se trata da ética dentro de uma empresa como a CSN, onde muita coisa acontece todos os dias”. Dúvidas sobre questões éticas nos negócios podem ser submetidas ao Comitê de Ética da CSN pelo correio interno COMITE ETICA.
Mais do que no papel A CSN desenvolveu um novo canal de comunicação com os empregados, o Matéria-Prima Online, uma iniciativa da Gerência de Comunicação Corporativa. No ar desde o dia 30 de setembro, o site traz tudo o que acontece no universo CSN. Para ficar por dentro das novidades, basta o funcionário acessar o endereço http://materiaprimaonline.com.br, fazer o cadastro e navegar.
Ferramenta de comunicação moderna, o MP Online pretende aproximar ainda mais os empregados e as várias empresas da CSN. Para isso, tem atualizações constantes, desenho leve e atraente, com praticidade e agilidade na difusão das notícias.
Outra novidade do portal é a versão digital da edição impressa, reproduzida na tecnologia Issuu, que permite ao leitor “folhear” as páginas, como se estivesse lendo o exemplar em papel.
Pautamos nossas ações pela ética e
pela transparência
VALORES CSN
EMPRESA
4 MATÉRIA−PRIMA > SETEMBRO_OUTUBRO_NOVEMBRO > 2011
CAPA
52011 < SETEMBRO_OUTUBRO_NOVEMBRO < MATÉRIA−PRIMA
da cassiterita. O processo de reflorestamento é acompanhado de perto pelo Instituto Chico Men-des de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), que tem um posto avançado dentro da reserva da Ersa. “Em alguns anos a floresta é totalmente regenerada e a fauna retorna à região”, comen-ta Cassiel Valcarcel de Oliveira, gerente geral de Suporte a Projetos de Capital da CSN.
Com muito esforço de todo o seu time e o su-porte das áreas corporativas de suprimentos, pla-nejamento, financeira e jurídica, a produção de estanho em 2010 ficou 40% acima das previsões originais e a Ersa conseguiu reverter seu resulta-do negativo. O ano passado foi importante, pois marcou o início do programa de investimentos em equipamentos e processos que com o tempo trans-formarão profundamente a realidade da empresa.
Além da ampliação da produção, da busca es-truturada de redução dos custos de produção na mina e na fundição e das melhorias na qualida-de dos produtos, a empresa cumpriu a integrali-dade das suas obrigações ambientais. “A redução de custos foi obtida com a otimização de proces-sos, primarizações e a racionalização do uso da energia e dos equipamentos”, diz Cassiel. “É um processo constante de melhoria que tem ainda um longo caminho pela frente.”
Estas mudanças foram impulsionadas por um plano de investimentos agressivo, aprovado em consonância com a obtenção de incentivos fis-cais. As contrapartidas exigidas pelo governo es-tadual foram totalmente cumpridas. As principais
F o t o s • F e l i p e V a r a n d a
Com uma reestruturação em andamento e retomada de investimentos, a Ersa vive uma nova fase, conciliando crescimento, rentabilidade e sustentabilidade
FASENOVA
Empresa da CSN desde 2005, a Ersa (Estanhos de Rondônia SA) está em expansão de sua capaci-dade de produção de cassiterita e estanho. Os investimentos re-alizados desde o início de 2010 apresentam seus primeiros resul-tados, segundo o diretor da Ersa,
Flávio Mourão. A produção do metal deve cres-cer 100% neste ano em relação a 2010, enquanto os custos de produção agora estão sob controle e sendo reduzidos. “Sem falar na elevação do nível de pureza do metal, obtida mediante novos equi-pamentos e processos usados na fundição de esta-nho na unidade de Ariquemes”, explica Mourão.
Mas as mudanças – resultado do trabalho con-junto entre a Ersa e a área de Projetos (DEPJ) da CSN – não param por aí. Novos investimentos são atualmente analisados para aumentar ainda mais a produção na mineração de cassiterita e na fundição de estanho com respeito à segurança do trabalho, ao meio ambiente e em conformidade com os melhores padrões de operação.
A Ersa tem duas unidades principais operan-do em Rondônia: a Mineração Santa Bárbara, em Itapuã do Oeste, e uma fundição de estanho, em Ariquemes. A cassiterita extraída na mina é transformada, no final do seu processo de fun-dição, em anodos de estanho usados em outros processos de produção, na própria CSN.
A mina é explorada de maneira sustentável, ou seja, a área é reflorestada depois da retirada
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Flavio Mourão : “a produção de estanho deve seguir crescendo”.
exigências foram aprimoramentos nas condições ambientais na fundição, investimentos no aumen-to de produção e a criação de mais empregos. Boa parte dos novos empregados atendeu à demanda criada por conta da primarização da logística in-terna da mina e do serviço de controle ambiental. A Ersa conta hoje com mais de 300 empregados.
Outro fator que contribuiu para a aprovação de alguns dos investimentos foi a alta do pre-ço do estanho no mercado internacional duran-te cerca de um ano, a partir de agosto de 2010. O preço está em torno de US$ 21 mil a tonelada e é balizado globalmente pela Bolsa de Metais de Londres (LME-London Market Exchange).
As perspectivas apontam para a continuida-de do crescimento. “A produção de estanho de-ve seguir crescendo, impulsionada pela busca e ampliação da nossa capacidade de produção na mineração”, afirma Mourão.
Toda a produção de estanho da empresa é absor-vida pela Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta
Redonda (RJ), que utiliza 200 toneladas mensais do metal. “Quando a produção da Ersa eventualmente ultrapassar esta marca, o excedente deverá ser en-tão vendido no mercado”, diz Mourão.
Em relação à cassiterita produzida nas mi-nas da Ersa, a meta pretendida para os próxi-mos anos é alcançar a produção de 300 tonela-das mensais, mais de seis vezes superior à média mensal de 2010. “Para atingir o objetivo, a Ersa continuará realizando sondagens para detectar novas reservas na mina, além de continuar im-plementando contínuas melhorias operacionais com investimentos programados para os próxi-mos anos”, diz Cassiel.
A exploração de novos metais na região tam-bém faz parte dos planos. “Vamos examinar os rejeitos da nossa mina para verificar se encontra-mos quantidades de minerais que viabilizem a sua exploração”, diz Mourão. “Se a conclusão for po-sitiva, vamos buscar investir proativamente em plantas para o beneficiamento deles.”
MIL E UMA UTILIDADESResultante do processo de fundição e refino da cassiterita, o estanho tem vários usos. Para a CSN, ele é insumo fundamental na produção de folha-de-flandres. Graças às qualidades anticorrosivas, é usado como revestimento da chapa de aço na produção de latas para alimentos em conserva. O estanho também é empregado em ligas metálicas. Associado ao chumbo, tem utilização em soldas para a indústria eletroeletrônica. Adicionado ao cobre, dá origem ao bronze, muito usado nas indústrias naval e química. As ligas de estanho-zinco são usadas no revestimento de peças e ferramentas, por oferecerem resistência à corrosão. As ligas de estanho-níquel têm aplicação no revestimento de peças de relógios e instrumentos científicos. O metal também é usado como aditivo no ferro fundido (em peças para a indústria automobilística). Sob a forma de compostos químicos, óxidos e aditivos, seus subprodutos são amplamente empregados em vários ramos industriais.
PRODUÇÃO DE ESTANHO EM ALTA
530TONELADAS 2010
1000TONELADAS 2011
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© 1 PEDRO SILVEIRA
CAPA
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Suplemento do Jornal MATÉRIA-PRIMA Nº 12 | Ano 2 k setembro_outubro_novembro | 2011 k www.csn.com.br
GENTEA VITRINE DOS NOSSOS TALENTOS
Recreio completa 60 anos com festas e homenagens ®PÁG. 10
Irmãos gêmeos pedalam 3.500 km pelo velho continente® PÁGs. 8 e 9
europaDE BICICLETA PELA
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A VITRINE DOS NOSSOS TALENTOSGENTE
Para os gêmeos Robson e Rogério Machado, de 43 anos, cruzar a Europa ocidental de bicicleta é a reali-zação de um sonho. Respectivamente líder de equipe e técnico de programação na Usina Presidente Var-gas (UPV), em Volta Redonda (RJ), os irmãos de-
sembarcaram em Roma, Itália, na primeira quinzena de agos-to e percorreram 3.500 km até Lisboa, aonde chegaram ao fim de setembro, recepcionados com festa pela equipe da Lusosi-der, empresa da CSN em Portugal.
Apoiados pela CSN, Fundação CSN e pela Prefeitura de Volta Redonda, entre outros patrocinadores, a dupla pedalou da Itália até a França. Os gêmeos subiram até o centro do país, desceram novamente até a costa francesa, de onde rumaram ao norte da Espanha. De lá, seguiram para Portugal. E tudo isso carregando 32,4 kg cada um, entre a bike (que pesava 16 kg) e as bagagens (roupas, ferramentas e itens de higiene pessoal).
O planejamento foi seguido à risca: “Pedalávamos das 7h30 às 17h, almoçando às 13h e fazendo paradas estratégicas de 10 a 20 minutos para descanso”, conta Robson. A meta era per-correr de 100 a 140 km por dia. “Só não fizemos isto duran-te o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, pois o terreno era muito acidentado. Durante os dez dias em que fi-camos nessa estrada, reduzimos a meta para 80 km diários”, completa Rogério.
A bagagem mais preciosa que trouxeram de volta ao Brasil não veio em uma mala extra recheada de lembrancinhas. “Ti-vemos a oportunidade de trabalhar a fundo as relações huma-nas derrubando as barreiras culturais e de idioma. E o que fica é a essência de querer bem ao outro”, diz Rogério.
Um bom exemplo é o episódio com o casal francês Pame-la e Jean. “Em Le Blanc [cidade da região central da França] perguntamos a uma senhora na rua onde havia uma lata de lixo. Ela se empolgou por sermos estrangeiros e se divertiu à beça tentando nos ensinar como pronunciar corretamente as palavras em francês. Então nos despedimos e continuamos a pedalar pela cidade, quando veio a surpresa: paramos para comprar água em uma lanchonete e por um acaso do desti-no estacionamos as bikes bem na frente da porta da casa des-sa mesma senhora, que ao nos ver de novo praticamente nos obrigou a entrar. Ela disse: ‘tomem um café pelo menos’. Mas
FÔLEGO DE AÇO
Gêmeos pedalam 3.500 km pela Europa e encerram tour com palestra
na Lusosider, em Lisboa FOTO
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o ‘café’ foi um banquete! Ficamos lá cerca de duas horas. Ao nos despedirmos, o casal ficou muito emocionado, e nós tam-bém. As lágrimas escorreram. Poucas vezes vimos tanta gene-rosidade”, relembram.
Outro ponto importante foi ver como é forte o hábito do uso da bicicleta na Europa. “Tivemos a grata satisfação de pe-dalar em ciclovias excelentes, passar por cidades onde o pla-nejamento de mobilidade urbana inseriu a bicicleta. Consta-tamos que é possível carros, bicicletas e pedestres conviverem pacificamente e com segurança. Basta saber respeitar o ou-tro”, explicam.
As condições de viagem foram espartanas, sem muito con-forto, mas isto não desanimou os irmãos. “Estamos acostu-mados, pois já fizemos outras viagens de bicicleta pelo Brasil”, diz Rogério. Lavar a roupa, por exemplo, era uma operação um pouco diferente da habitual: “Poucas vezes usamos máqui-nas de lavar e secadoras nos albergues onde dormíamos”, lem-bra Robson. “O melhor era lavar a roupa durante o banho”.
Além das belíssimas paisagens que descobriram, do inten-so esforço físico, das rudezas do clima, do mergulho em ou-tras culturas, o que mais sensibilizou a dupla foi a troca de experiências com os ciclistas que encontravam pelas estradas e com as pessoas nas cidades. “Foi um período de enriqueci-mento diário, constante. Marcou nossas vidas”.
PALESTRAS E PEDAISAlém de pedalar, a dupla é conhecida na CSN pelas palestras. Em 2010, depois de 1400 km de pedal entre Joinville (SC) e Rocha, no Uruguai, os irmãos foram convidados pelo gerente geral José Mário Cury Vilella, da Gerência Geral de Galvanizados e Laminados (GGGL), para fazer uma palestra sobre segurança em uma das Reuniões Mensais de Prevenção de Acidentes (Rempa). “Associamos metodologias de trabalho da CSN à nossa atividade. Repetimos a apresentação aos diretores da Diretoria Executiva de Produção”, recordam. Logo a palestra foi levada a todas as gerências da UPV e a outras unidades, como a CSN Porto Real (RJ), CSN Paraná, Prada (SP) e Metalic (CE). “Terminávamos as palestras com um apelo motivacional, dizendo que iríamos rodar a Europa de bicicleta. Depois dessa jornada de palestras, fizemos tentativas na Companhia para realizar esse sonho, até chegarmos ao diretor executivo de Produção, Enéas Garcia Diniz, que resolveu nos patrocinar”, contam. A mesma palestra, enriquecida com os ensinamentos da viagem, foi apresentada na Lusosider.
Durante a viagem, Robson e Rogério mantiveram um blog relatando o cotidiano das pedaladas, com muitas fotos. Na rede interna da empresa, a Intranet, a Gerência de Comunicação Corporativa também criou um hotsite com as aventuras da dupla. “Fomos virando atração turística por onde passávamos. As pessoas sempre perguntavam o que significava a sigla CSN estampada em nossas roupas. Quando respondíamos, ouvíamos um ‘puxa, quero trabalhar lá também!’”. Para ler o diário de bordo dos ciclistas é só acessar http://irmaosgemeosbike.blogspot.com
Dia-a-dia online
Para aguentar a maratona ciclística é preciso estar com as baterias carregadas. A solução mais prática é o carboidrato. “No início, a questão da alimentação foi bem difícil. Começamos em Roma, uma cidade turística, onde o preço da comida nos assustou. O jeito foi investir em pizza e macarrão, que fornecem energia e são baratos. Na França, a dieta de pizza deu lugar à baguete. Era baguete no café da manhã, almoço e jantar. Para
espantar a monotonia, mudávamos o recheio, com diferentes tipos de queijo, por exemplo. Na Espanha conhecemos um ciclista que acabou pedalando conosco por oito dias e conseguimos variar o cardápio. Ele nos mostrou o que a culinária espanhola tinha a oferecer, e com preços acessíveis. Abusamos das massas com azeite e pimentão, além de muito peixe, principalmente em pratos ricos em carboidratos e proteínas. Acabamos recuperando um pouco do peso que havíamos perdido na Itália e na França”, contam.
Energia de sobra
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Programa de saúde criado em Casa de Pedra motiva empregado a fazer exercícios e trocar hábitos alimentares em busca do bemestar
Conquistas palpáveis
Rodrigo Lopes Pires perdeu 25 kg em um ano mudando a dieta e praticando esportes.
Em setembro de 2010, o técnico de Desenvolvimento II Rodrigo Lopes Pires, de 32 anos, foi à Medicina do Trabalho
da Mineração, em Casa de Pedra (MG), para realizar os exames periódicos. Os resultados refletiram o sedentarismo e a má alimentação de Rodrigo. “Embora os indicadores sanguíneos não sinalizassem nenhuma anormalidade, eu estava pesando 130,6 kg, valor que, por minha altura, foi considerado como obesidade mórbida”, relembra Rodrigo.
Um ano depois, ele não somente perdeu 25 kg como conseguiu ter uma rotina saudável. O primeiro passo foi a reeducação alimentar, aliada à prática de exercícios. “Comecei a fazer musculação e voltei a jogar futebol. Algum tempo depois, me matriculei em uma academia de jiujitsu e caratê, onde treino três vezes por semana”, conta.
Assim como Rodrigo, todos os empregados da CSN também devem manter uma boa periodicidade de consultas. Além de exames de rotina, a empresa promove programas específicos de promoção da saúde. Um deles é o “Quem vê cara não vê coração”, criado em 2004 pela médica Letícia Batista de Oliveira com o objetivo de prevenir doenças cardiovasculares.
“O programa contempla análises de colesterol, triglicérides e glicose, bem como a realização da biometria, que são a pesagem e o Índice de Massa Corpórea [relação entre peso e altura de uma pessoa]”, aponta o médico Marcos Paulo Abrantes de Freitas. Foi após es
se exame que Rodrigo descobriu os problemas de obesidade. “Nós conversamos e eu fui explicando as consequências e os malefícios que poderiam ocorrer para seu organismo e qualidade de vida. Ele se conscientizou e apresentou mudanças expressivas”, afirma Marcos Paulo.
Os resultados foram acima do esperado. Além de trocar o número do manequim, que caiu de 56 para 48, Rodrigo conseguiu influenciar a rotina da família. “Eles me apoiaram e agora também se alimentam melhor. Uma mudança desse tipo não contribui apenas para a pessoa que está fazendo dieta, ela ajuda a todos que, de alguma forma, se relacionam com quem entra nessa luta”, afirma Rodrigo.
Pensando nisso, Rodrigo deseja dar palestras sobre sua conquista para os empregados da CSN. “Muitas pessoas já pensam em fazer cirurgias ou recorrem a remédios para conseguir emagrecer, mas se esquecem de que a principal mudança deve ser na mente. Só assim o corpo consegue colher os frutos”, diz.
Enquanto a palestra não chega, Rodrigo dá uma dica aos colegas da CSN. “A empresa tem uma opção nos restaurantes chamada ‘Verde Aroma’, que conta com saladas, legumes, frutas e carnes mais saudáveis. Isso pode ser um grande aliado na busca por uma rotina mais saudável”, afirma. Mantendo esse ritmo, Rodrigo conseguirá alcançar sua nova meta: perder mais 15 kg até fevereiro de 2012. “Temos as festas de fim de ano, quando a mesa fica cheia de tentações, mas estou firme”, brinca.
Recreio festeja 60 anos Personagem fundamental no esporte em Volta Redonda (RJ), o Recreio comemorou 60 anos investindo na melhoria das suas dependências e homenageando ex-atletas cuja história se confunde com a do clube erguido pela CSN em 1951 para ser o espaço de lazer dos empregados e suas famílias.
Administrado desde 1990 pela Fundação CSN, o Recreio é aberto à comunidade e possui ginásio poliesportivo, três campos de futebol society – com piso sintético e de grama natural –, quadra de tênis, quadra poliesportiva, pista de atletismo, três piscinas (olímpica, semi-olímpica e infantil), academia, playground e áreas de convivência.
A festa começou aos poucos, com os jogos da Liga Nacional de Vôlei Masculino - competição na qual a equipe de Volta Redonda terminou na 11ª colocação - e se entendeu até o fim de setembro com torneios esportivos de diversas modalidades.
Um dos momentos mais marcantes aconteceu no dia 5 de setembro, quando Libiano Abbiati, de 82 anos, ex-empregado da CSN e ex-atleta de basquete do clube, recebeu uma placa em sua homenagem. “Nem preciso dizer que fiquei extremamente lisonjeado. Foi uma demonstração de carinho e reconhecimento por eu ter feito o que mais gostava e ainda gosto. Fico ainda mais contente por isso ter acontecido enquanto ainda estou vivo”, brincou Libiano.
Ele é lembrado até hoje como o primeiro arremessador a atuar no Brasil capaz de fazer cestas de longa distância. Nascido na Itália e formado em Química pela Universidade Mackenzie (SP), berço da modalidade no país, Libiano chegou a Volta Redonda em 1951, com 22 anos. “Joguei até os 67 anos e foi no Recreio que me realizei como jogador e também como técnico”, recorda.
Para Christian Junqueira, supervisora do clube, o Recreio fez e faz parte da vida de muitas pessoas. O espaço permanece de suma importância, com o atendimento à comunidade, além dos empregados. “O Programa Esportivo Social, por exemplo, atende gratuitamente 320 crianças da rede pública de ensino, em situação de vulnerabilidade social”, ressalta Christian. “Elas vêm ao clube para praticar vôlei, tênis, futebol, basquete e judô”, completa. As crianças são selecionadas por meio de convênio com os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) das prefeituras de Volta Redonda, Barra Mansa e Barra do Piraí.
O investimento mais recente do Recreio se deu na remodelação da academia de musculação. “A sala está mais arejada, mais ampla e os equipamentos são novos. Tudo para o conforto do associado. O clube tem grande relevância na vida esportiva e social de Volta Redonda e trabalhamos para que isto cresça cada vez mais”, orgulha-se a supervisora.
A VITRINE DOS NOSSOS TALENTOSGENTE
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© 1 PEDRO SILVEIRA 2 THEO RIBEIRO
112011 < SETEMBRO_OUTUBRO_NOVEMBRO < MATÉRIA−PRIMA
Consideramos a cultura CSN o alicerce
da nossa atuação
VALORES CSN
Nos dias 15 e 16 de setembro, o Conselho de Sustentabilidade da CSN visitou a Mi neração de Casa de Pedra, em Congonhas
(MG), com o intuito de conhe cer a operação para colher insumos que ajudarão na construção da política de sus tentabilidade da companhia. A iniciativa, criada pelo próprio conselho, pretende analisar de perto as diferentes operações da empresa para sugerir linhas de ação vi sando diminuir impactos sociais, econô micos e ambientais provocados pela CSN.
Além de Congonhas, o conselho já passou, no começo do segundo semestre, pela Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ). De acordo com Michelle Shayer, gerente de Sustentabilidade, ambas as visitas foram bemsucedidas. “O conselho
consegue ter uma ideia de como funciona o processo de produção atual e como funcionará após possíveis expansões. Com isso, fica mais fácil estipular diretrizes sustentáveis com lastro na realidade”, afirma.
Na visita a Congonhas, os conselheiros se reuniram com o prefeito da cidade, Ander son Cabido, e trocaram impressões sobre o desenvolvimento local, os impactos nega tivos e positivos da mineração e os desa fios futuros para a região.
“Essa aproxi mação com o poder público só contribui para que as mudanças acon teçam mais rapidamente”, aponta Michel le. Em um primeiro momento, o conselho definiu algumas diretrizes a serem seguidas pela Companhia no que se refere ao esta belecimento de diálogo e engajamento da comunidade.
Cerca de 1.100 lideranças receberão a formação.
ADiretoria de Recursos Humanos (DIRH) lançou, em setembro, o pro grama Escola de Líderes, que tem co mo objetivo fortalecer a cultura CSN, ao alinhar conhe
cimentos e criar sinergia en tre as lideranças da CSN, além de disseminar o modelo de gestão por competências, com vistas a formar uma liderança sustentável, baseada na missão, visão e valores da organização.
A Escola de Líderes foi criada com o intuito de estabelecer uma cultura de gestão do conhecimento para transmitir conceitos de performance e liderança.
“Os módulos foram defi nidos com base nos resultados globais do Ru mo Certo, de avaliação de competências”, diz Rosana Lovato, gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos e responsável pelo programa. “Mas não podemos desenvolver as competências sem an tes fortalecemos a cultura CSN .”
A Escola de Líderes contemplará cerca de 1.100 lideranças, sendo 300 executivos e 800 co ordenadores e supervisores de todas as unidades de negócios da CSN.
Os módulos foram de senvolvidos e conduzidos em parcerias mantidas com a Fun dação Dom Cabral e o Hay Group, es colas de negócios de grabde prestígio no país.
O primeiro módulo, que trata de Cultura Organiza cional, começou em setembro e terá turmas até dezembro. O segundo módulo – sobre Liderança Transformadora – terá início em feve reiro do próximo ano.
“É fundamental que nossas lideranças participem integralmente dos módulos, a fim de criar um ambiente corporativo de disseminação da cultura , fortalecendo a estratégica de crescimento orgânico nos cinco pilares dos negócios, porque só assim será possível alcançar os objetivos da Escola de Líderes” , afirma Rosana.
Iniciativa desenvolve a liderança e dissemina a cultura CSN entre executivos
Escola de LíderesRECURSOS HUMANOS
Conselho de Sustentabilidade visita unidades da CSN para propor linhas de ação que diminuam impactos
Na rota sustentável
O conselho O Conselho de Sustentabilidade foi criado em 2010 para propor diretrizes e contribuir para a política de sustentabilidade da companhia, formas de incorporação da política na gestão da empresa e em seus processos decisórios, eixos estratégicos de atuação da companhia em setores de negócios sustentáveis e a criação de indicadores de resultado para a companhia atrelados a metas de sustentabilidade. Além de visitar as unidades, o Conselho se reúne com a Diretoria Institucional e com o presidente do Conselho de Administração da CSN.Fazem parte do grupo a geógrafa Bertha Becker (leia entrevista na pág.14), Ricardo Abramovay, professor de Economia da USP, Fábio Feldmann, ex-deputado federal e co-autor do marco regulatório ambiental brasileiro; Tasso de Azevedo, consultor na área de florestas e mudanças climáticas, e Adalberto Veríssimo, co-fundador e pesquisador sênior do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
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12 MATÉRIA−PRIMA > SETEMBRO_OUTUBRO_NOVEMBRO > 2011
Evento realizado no Recreio reuniu empregados de quatro unidades da empresa que completaram 30 anos de casa
Homenagem aos veteranos
O reconhecimento aos empregados é parte importante da cultura da CSN.
Trabalho em equipe A Gerência Geral de Laminados a Quente (GGLQ) conquistou mais uma marca importante para a Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ). Em agosto, o Laminador de Tiras a Quente II (LTQ II) foi responsável pela produção de exatas 485,6 mil toneladas, número que superou em mais de 5 mil toneladas o recorde anterior, alcançado em maio do ano passado.
Para se alcançar esta marca, foram laminadas 22.841 placas, com uma produtividade média de 760 toneladas por hora. “Para se entender a magnitude desta produção, basta imaginar que, se uníssemos todas as bobinas produzidas em agosto, obteríamos uma tira com o comprimento suficiente para unir São Paulo a Pequim”, aponta Walter Luiz da Costa Reis, gerente geral de Laminados a Quente da CSN.
Para Danilo Guelli Gonçalves de Oliveira e Augusto Pacca Condino, respectivamente gerentes de Operação e de Manutenção do Laminador, os grandes diferenciais para a obtenção deste recorde foram as pessoas e o equipamento utilizado pela CSN. “O LTQ II, instalado em 1981 e atualizado tecnologicamente em 2001, é completamente automatizado. Nossos operadores agem nas situações em que as variáveis de processo se desviam dos valores pré-estabelecidos”, comentam.
Augusto ressalta ainda o desafio pelo qual a manutenção passou antes do recorde. “O laminador é um equipamento que tem de ser acompanhado de perto, com manutenções preventivas e preditivas. Nós fizemos o reparo geral no fim de junho, início de julho”, conta. Este evento contou com mais de 3,5 mil profissionais, próprios e contratados, para a realização de cerca de 10 mil atividades de manutenção. “Com o laminador revisado, conseguimos um mês de agosto brilhante”, aponta.
Segundo Walter, a conquista deve ser creditada não apenas à competência e à garra da equipe de engenheiros, supervisores, técnicos, inspetores, operadores, mecânicos e eletricistas da GGLQ. O processo de produção de bobinas a quente (BQ’s) é complexo e dependente de diversos setores. “Contamos com o apoio de toda a Companhia”, diz Walter. “Das áreas de manutenção, oficinas, utilidades, logística, suprimentos, planejamento e programação da produção, segurança e meio ambiente, enfim de todas as áreas de apoio, pois sem o comprometimento deste time não conseguiríamos alcançar esse recorde.”
O Recreio, em Volta Redonda (RJ), sediou, em 19 de outubro, o evento
de homenagem aos empregados que, em 2011, completaram 30 anos na CSN. Além dos profissionais que trabalham na Usina Presidente Vargas (UPV), a comemoração reuniu representantes das unidades de Casa de Pedra, Porto de Itaguaí, Porto Real e Prada. Ao todo, 188 pessoas receberam placas de congratulação e broches de ouro branco.
Marta Faria Meira de Gutierrez, analista sênior de Consolidação no Meio Ambiente, foi uma das 11 mulheres homenageadas no evento. “Eu entrei na CSN como auxiliar de in
formações técnicas e passei por muitas áreas até chegar à atual função. Penso que o departamento que mais me deu visão de empresa foi a área de Controladoria”, afirmou. Apesar da longa trajetória na empresa, Marta disse que os desafios são constantes. “Trabalhamos para manter a qualidade ambiental na CSN. É um dos maiores desafios da empresa hoje”.
O evento contou com os discursos dos empregados Adnilson Luis Andrade, técnico de Manutenção na UPV, e Sérgio Luís Moreira, engenheiro de Desenvolvimento na Mineração de Casa de Pedra, que ressaltaram a emoção de fazer parte da trajetória da empresa.
A diretora de Recursos Humanos, Antídia Juncal, e o diretor executivo de Produção, Enéas Garcia Diniz, relembraram momentos importantes das últimas três décadas e ressaltaram o comprometimento dos empregados. “A CSN é uma empresa com orgulho do passado, certeza no presente e confiança no futuro”.
EMPRESA
Incentivamos o respeito às pessoas e a confiança mútua
VALORES CSN
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SUSTENTABILIDADE
Com objetivo de impulsionar a cultura da consciência ambiental e a noção de cidadania na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ), a CSN lançou,
no dia 19 de setembro, o projeto Usina Limpa. Idealizado pela Gerência de Desenvolvimento Industrial (GDI) e patrocinado pela Diretoria Executiva de Produção (DEPRO), o projeto pretende mobilizar os empregados para refletir sobre as consequências de alguns hábitos nocivos à limpeza e à organização da UPV.
Entre as atividades propostas pelo Usina Limpa estão ações pontuais, como adesivos indicando lixeiras, banners nos restaurantes, mensagens nos meios eletrônicos com dicas sobre como manter o ambiente limpo, publicação de Cha
ma exclusivo da campanha, brindes ecológicos, apresentações conceituais em todas as reuniões mensais de prevenção de acidentes.
“No dia do lançamento da campanha, publicamos um comunicado no Chama, disponibilizamos um descanso de tela alusivo ao projeto e a Fundação CSN produziu e apresentou números musicais sobre o Usina Limpa nos refeitórios da UPV”, conta Caio Ferrari, gerente de Desenvolvimento Industrial e um dos criadores do projeto. Para ele, a participação dos empregados é muito importante para que o Usina Limpa seja bem sucedido. “É o primeiro programa sobre este tema que será capaz de abranger toda a UPV. Com ele, pretendemos tornar nosso ambiente de trabalho mais limpo, agradável e com muito mais qualidade de vida”, afirma.
CSN lança o programa Usina Limpa e promove integração de empregados por meio de hábitos de cidadania e conscientização ambiental
UPV consciente
Propostas que rimamEnquanto o projeto vai ganhando forma e se expandindo pela UPV, alguns empregados da CSN resolveram preparar duas músicas para ajudar na divulgação das ações. Uma delas é em ritmo de repente e outra em rap. Com rimas que descrevem as propostas do Usina Limpa e pedem a contribuição de todos para o projeto, as composições foram criadas por Léo José, Eduardo Arbex, Fábio Lacerda, Kaline Leigue, Tâmara Coutinho, Felippe Terra e Vinício Barreto.Um dos participantes, Eduardo Arbex, conta que essa mesma turma sempre esteve envolvida com eventos culturais da CSN. “Nós fazemos parte do Um caminhão para Jorge Amado [projeto da Fundação CSN que percorre o Brasil realizando espetáculos teatrais gratuitos], então foi fácil compor as canções para a campanha do Usina Limpa. Tudo foi feito em grupo, com muita agilidade”, conta Eduardo. Durante uma semana, os autores somaram 30 apresentações na UPV, cantando nos 16 restaurantes da Usina e também nos escritórios administrativos.
“Projeto Usina LimpaÉ o que veio pra ficarPra melhorar a sua vidaE deixar limpo o seu lugar”(Trecho do repente)
“Você que é da UsinaVocê que é sangue bomO barato é o seguinteNada de lixo no chãoO ambiente tá limpinhoTem lixeira de montão” (Trecho do rap)
Zelamos por um ambiente seguro
e saudável
VALORES CSN
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Estamos diante de uma oportunidade histórica”
“A geógrafa Bertha Becker defende o desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental.
Professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e considerada uma das mais importantes autoridades
brasileiras em temas relativos à sustentabilidade e ao meio ambiente, a geógrafa Bertha Becker, que faz parte do Conselho de Sustentabilidade da CSN, defende uma economia em que a natureza seja utilizada sem destruir suas potencialidades, aliando desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Segundo ela, isto pode ser alcançado por meio do desenvolvimento de novas tecnologias. “O Brasil está diante de uma oportunidade histórica”, diz ela, nesta entrevista. “Precisamos aumentar o conhecimento sobre a natureza, criar métodos modernos e inovadores para extrair os recursos naturais, desenvolver novas fontes ener
géticas. E a nossa indústria tem um grande papel a desempenhar nesse processo”
Como estão as grandes empresas brasileiras em relação ao meio ambiente?
O Brasil tem uma tradição de desperdício. Historicamente, ele usa mal seus recursos. Mas hoje sinto que há uma tendência em certo número de empresas para tentar melhorar isso. Está havendo uma grande mudança nas empresas. A sustentabilidade virou uma palavra de ordem, e agora surgiu outra na mesma linha, a economia verde, que preconiza a redução do uso de energia e de recursos naturais por unidade de produto, além da descarbonização da economia, que pressupõe uma verdadeira revolução tecnológica. A ONU difunde relatórios e documentos sobre a economia verde, que estará no centro dos debates da conferência Rio +20, que acontece no ano que vem.
O que a senhora pensa sobre a economia verde?Ela não pode ser um modelo generalizado para
o mundo. Os países são muito diferentes entre si,
têm histórias e geografias diferentes, recursos diversos, necessidades e sociedades específicas. Por isso, cada um deve encontrar seu próprio caminho de desenvolvimento. Não podemos engolir esse conceito sem fazer uma reflexão crítica. A Índia, por exemplo, disse que sua prioridade atual não é o meio ambiente, mas a erradicação da pobreza. No caso do Brasil, que não é igual à Índia, devemos aproveitar que está acontecendo uma mudança no mundo, que os países desenvolvidos estão preocupados com a escassez de recursos naturais, para acabarmos com nossa tradição de desperdício. É crucial usar racionalmente nossos recursos, sem depredação ou desperdício. Além disso, o Brasil não deve embarcar na onda de que as mudanças só se farão com nova tecnologia importada. O país está diante de uma oportunidade incrível: desenvolver tecnologia própria, inovadora, para diminuir os desperdícios e “limpar” seus recursos naturais, extraindoos e usandoos de forma mais respeitosa com o meio ambiente.
A senhora pode dar um exemplo?O petróleo. Não podemos desprezar o petró
leo do présal, não podemos fazer dele o vilão. Temos enormes reservas de petróleo, que continua sendo um insumo muito usado pelas grandes potências mundiais. A maioria, aliás, está fazendo muito pouco pelo meio ambiente. Precisamos criar tecnologias para “limpar” o petróleo, mas também desenvolver combustíveis menos poluentes. O planejamento é importante para a economia, mas, em relação à questão ambiental, ele é fundamental para saber onde e como investir. Se não criarmos nossa própria tecnologia verde, ficaremos para trás, dependentes das tecnologias desenvolvidas por europeus e americanos, sem falar da dependência financeira em relação a eles.
Qual o papel da indústria brasileira no desen-volvimento dessas novas tecnologias?
É um papel crucial, ela não pode esperar que o governo, as universidades, façam isso sozinhos.
Quais são os grandes desafios da CSN em rela-ção ao meio ambiente?
A Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, é antiga e pode ser atualizada se forem aplicadas novas tecnologias para poluir menos. Outro desafio é Casa de Pedra, que também poderia receber inovações para diminuir a poeira. A construção de uma siderúrgica moderna perto da mina ajudaria também.
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A geógrafa Bertha Becker, do Conselho de Sustentabilidade da CSN, fala sobre os desafios do Brasil e das indústrias brasileiras em relação à questão ambiental
ENTREVISTA
Defendemos uma atuação social e
ambiental responsável
VALORES CSN
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© FOTO: ARQUIVO CSN
Marco na história do esporte em Volta Redonda, o ginásio do Recreio ainda impressiona pela modernidade de suas linhas arquitetônicas.
SEIS DÉCADAS BEM VIVIDAS
MOMENTOS HISTÓRICOS