matéria-prima #16

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MATéRIA-PRIMA JORNAL DA CSN Nº 16 k ano 3 k maio_junho_julho | 2012 k www.csn.com.br Saiba como a CSN conquistou uma posição de destaque no mercado automotivo, um dos mais importantes para o setor ® PáG. 4 SIDERURGIA EXCELêNCIA PREMIADA RIO+20 Indústria é fundamental para a sustentabilidade PáG.10 INFRAESTRUTURA A ampliação do cais do Sepetiba Tecon PáG. 3

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Décima sexta edição do Jornal Matéria-Prima.

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matéria-primajornal da csnNº 16 k ano 3 k maio_junho_julho | 2012 k www.csn.com.br

Saiba como a CSN conquistou uma posição de destaque no mercado automotivo, um dos mais importantes para o setor ® pág. 4

Siderurgia

exCelêNCia premiada

rio+20

Indústria é fundamental para a sustentabilidadepág.10

iNfraeStrutura

A ampliação do cais do Sepetiba Teconpág. 3

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2 matéria−prima > mAIo_junho_julho > 2012

ExpEdiEntE

diretor-presidente: Benjamin Steinbruchdiretores-Executivos: David Salama, Enéas Garcia Diniz,

josé Taragano, juarez Saliba e luis Fernando martinez

direção Editorial: marcelo Behar e Fabio SchivartcheEditor: helton Fraga [email protected]

Coordenação Editorial Stefan Gan Editor adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez

projeto gráfico: Fabio Silveira direção de arte: lúcia de menezes Farias tratamento de imagem: Sonia Scavichia

reportagem: Paulo Talarico e Simone Freire revisão: Roberto Alves Conselho Editorial: Alexandre Campbell,

Caio Ferrari, Carlos lima, Cristiano Alves da Silva, Edma nogueira, Eglantine Cavalcante Pearce, Flávia Rodrigues, luciana Shoji,

luiz henrique Pimentel, márcio lins, michelle Shayer, Rafael lara, Ricardo Costa, Rosana lovato, Thaís Amoedo

Jornalista responsável: Stefan Gan ( mTB 35401) preparação e impressão: Ipsis

tiragem desta edição: 25.000 exemplares

nº 16 • Ano 3 •maio_junho_julho • 2012

matéria-primajornal da csn

Você já pode ler o jornal Matéria-Prima no computador. na intranet, é só clicar na capa do jornal (em versão PDF). E na internet, acesse www.materiaprimaonline.com.brpara ler o jornal e outras notícias referentes ao universo CSn.

o jornal matéria-prima é produzido pela editora www.yupik.com.br

fale Com a redação [email protected]

oNliNe

O setor automotivo apresenta constantes desafios para a CSN. Nos últimos anos temos trabalhado com muita determinação para aumentar nossa participação neste mercado dinâmico e competitivo, que representa 23% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 5% do PIB nacional, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. A estratégia, desde então, é investir no atendimento focado nas necessidades específicas das montadoras, numa ação coordenada entre produção, desenvolvimento de produto e a área comercial – com sinergia entre essas áreas e o cliente.

O resultado vem sendo reconhecido pelo mercado, como mostram os prêmios conquistados. No primeiro semestre deste ano, somamos quatro recompensas à nossa “sala de troféus”: três da GM e uma da Fiat. Da montadora norte-americana ganhamos o importantíssimo prêmio de fornecedora Word Class, que habilita a CSN a fornecer aço a qualquer planta da GM no mundo, além do título de melhor fornecedora de aço pelo segundo ano seguido e o de melhor parceira da montadora no Brasil em todos os segmentos. A Fiat nos agraciou com a menção honrosa do prêmio Qualitas pelo inovador projeto de reengenharia do Novo Uno.

Nossa crescente competitividade nessa área tem de servir de exemplo para toda a organização, ainda mais num momento de tantos desafios como o enfrentado pelo setor siderúrgico no Brasil. O segmento automotivo representa 30% do mercado brasileiro de aço. É estratégico. E exige excelência operacional e comercial para trazer resultados.

Com foco no cliente e atendimento customizado estamos ganhando mercado – e prêmios. Motivo de orgulho para todos nós.

Prêmios e resultados

Benjamin SteinbruchDiretor-Presidente da CSN

© fotos: 1, 2 E Capa, fElipE varnda, 3 wallaCE fEitosa

© 2

EDIToRIAl

© 3

© 2

© 1

modelo de eficiência

VeteranosCSN homenageia empregados com 30 e 35 anos de casa.

logística

mais capacidade Ampliação do cais do Sepetiba Tecon aumenta competitividade .............. 3rio+20motor da mudança o papel da indústria no desenvolvimento sustentável .................10recursos humanos

pelo mundo Conheça empregados da CSn que trabalham fora do país ...................... 12interatividade

matéria-prima online Veja as galerias de fotos e participe do quiz........ .................................13empresa

maiores e melhores CSn recebe prêmio pela quinta vez consecutiva ............................. 14fotografia

revele seu talento Veja a segunda foto vencedora do concurso “A CSn e Você” ...................... 15

sumário

7

4geNte

a VitriNe doS NoSSoS taleNtoS

Capa

Page 3: Matéria-Prima #16

32012 < mAIo_junho_julho < matéria−prima

a extensão do cais passará de 540 m para 810 m.

esse aumento permitirá a operação de dois navios simultaneamente.

Com investimentos superiores a R$ 150 milhões, o Sepetiba Tecon aumenta sua capacidade e competitividade no mercado

expansão marítima

f undamental para o desen-volvimento do país, o trans-porte marítimo não para de evoluir. E acompanhar este

crescimento é essencial para aumentar a competitividade. Com essa estratégia, o Sepetiba Tecon – terminal de contêineres da CSN, localizado no Porto de Itaguaí (RJ) – vai investir mais de R$ 150 milhões para adequar a estrutura do Berço 301, transformando-o em um cais contínuo, assim como os demais atracadouros do porto. O terminal passará a dispor de uma estru-tura contínua de 810 m de extensão, maior do que os 540 m anteriores, podendo assim receber mais de um navio de grande porte por vez. A capacidade de movimentação de contêineres pelo terminal au-mentará em 87%, saltando dos atuais 237 mil pa-ra 444 mil unidades.

Atualmente, este berço tem uma estrutura me-tálica em “U”, que permite apenas a atracação de navios que operam com guindaste de bordo. Ne-le, não podem ser atracados navios que necessitam operar com guindastes de terra, pois os 4 portêi-neres que operam no terminal se movimentam so-bre trilhos e não têm acesso ao referido berço, por não se tratar de uma estrutura contínua. O cais é utilizado para movimentar produtos siderúrgicos, embarcados direto nos porões dos navios ou para o desembarque de cargas de projetos.

De acordo com Cesar Maas, gerente de Desenvol-vimento e Novos Negócios, as mudanças permitirão a operação simultânea de navios de grande porte, que na última década tiveram um aumento de 50% no seu tamanho médio. “Nossa expectativa é aumentar a competitividade do Sepetiba Tecon no mercado de contêineres, atraindo novos serviços para o porto e fidelizando os clientes, além de prestar melhores ser-viços à controladora CSN no embarque e desembar-que também de produtos siderúrgicos da Usina Pre-sidente Vargas (UPV)”, explica Maas.

Do montante investido, R$ 41 milhões corres-pondem à compra de novos equipamentos e cerca de R$ 11,3 milhões se referem a outras despesas, como administração e seguros. Os novos equipa-mentos são 2 novos portêineres e 4 transtêineres (leia mais no texto acima). As obras, com duração prevista de 14 meses, estão em fase de contratação

Em um armazém de 5.000 m2, com capacidade para carregar 45 contêineres por dia, o sepetiba tecon é o responsável pela administração do complexo batizado de polo Exportador de Café desde setembro de 2011.

na referida estrutura são realizadas as operações de blendagem (mistura) computadorizada de grãos verdes com até nove origens diferentes. o espaço tem três blowers (que sopram os grãos de café para dentro de contêineres), e nove silos que comportam 3.240 sacas do produto. Com o processo informatizado e modernas instalações, é possível a realização de serviços de altíssima qualidade, sendo uma alternativa ao porto de santos. “assumimos o controle do armazém e já fizemos algumas melhorias. antes, o café a granel era estufado em outro local bem menor, que não dispunha da mesma infraestrutura e sistemas computadorizados”, explica mauricio simões lopes, coordenador comercial.

os exportadores têm agora uma opção de carregamento dentro do porto, que oferece toda a segurança e qualidade que o mercado de café exige. “além disso, as melhorias têm o objetivo de ampliar os volumes de exportação de café e, consequentemente, a receita do terminal”, afirma o coordenador. segundo lopes, ter um polo exportador de café informatizado é importante. “Esta estrutura oferece uma grande vantagem competitiva, pois não há outros terminais no Brasil com instalações semelhantes. Com este novo armazém, podemos garantir um blend perfeito das diversas origens do café, permitindo maior agilidade nas operações e ganho de produtividade”.

polo exportador de Café ofereCe qualidade e SeguraNça a exportadoreS

Saiba mais sobre o porto

ilustração: Bruno algarvE

loGíSTICA

portêiner é o equipamento utilizado na movimentação de contêineres do navio para o costado e vice-versa. em formato de pórtico,

ele possui uma lança que se prolonga até o mar, acoplada a uma garra, que se desloca sobre um trilho.

Transtêiner é o equipamento rolante em estrutura de portais sobre pneus.

São utilizados na movimentação e armazenamento de contêineres no pátio.

portêiner

transtêiner

administração

manutenção

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CAPA

na direçãocerta

CSN CoNSolida poSição No merCado automotiVo e gaNha prêmioS da gm e fiat

a crescente competitividade da CSN no setor automotivo está renden-do cada vez mais frutos. Em abril, a empresa recebeu o prêmio de for-necedora World Class da GM, uma

recompensa de extrema importância “pois cre-dencia a CSN a fornecer para qualquer plan-ta da GM no mundo”, afirma Luis Fernando Martinez, diretor executivo Comercial da CSN. “Isso mostra nossas competências ao mercado”.

A CSN recebeu mais três prêmios da indústria automobilística em abril. Dois vieram da GM – o de melhor fornecedora de aço pelo segundo ano consecutivo e o de melhor parceira da mon-tadora no Brasil em todos os segmentos – e o outro da Fiat, uma menção honrosa do prêmio Qualitas por propositividade, pelo projeto de reengenharia do Novo Uno. “O prêmio Quali-tas também tem muito peso, pois recompensa a nossa proatividade”, diz Martinez.

“São prêmios muito relevantes que aumen-tam nossa responsabilidade, pois as montado-ras exigem bastante do fornecedor”, diz Milton Picinini, gerente-geral de Operações da CSN Porto Real (RJ), que concentra a produção de aço para automóveis. “É preciso ter um nível de comprometimento muito grande de toda a equipe, do gerente da planta aos operadores”.

O segmento automotivo representa 30% do mercado brasileiro de aço e tem impor-tância estratégica para a CSN. “A indústria automobilística traz desafios para nós e ala-vanca a excelência operacional da empresa”, comenta Martinez.

Essas recompensas também significam o coroamento do processo de recuperação do mercado automotivo por parte da CSN. A mudança veio em 2007, quando a CSN diri-giu o foco para montadoras e fabricantes de autopeças adotando uma nova estratégia. Co-

mo o atendimento é o grande diferencial neste mercado, a CSN decidiu concentrar seus esfor-ços no suporte técnico e comercial às montadoras.

Além da mudança na estratégia de negó-cios, a nova posição da CSN se deve à am-pliação da capacidade de produção do cen-tro de serviços de corte da CSN Porto Real, realizada no ano passado. A capacidade pu-lou de 60 mil toneladas anuais para 240 mil, permitindo atender melhor a demanda das montadoras. “A ampliação nos ajudou a fi-delizar os clientes, que recebem o produto se-mi-acabado, pronto para a estampagem”, diz Picinini. “Estamos estudando aumentar ain-da mais a capacidade da planta, pois o mer-cado está em expansão, com novas monta-doras chegando ao Brasil e outras abrindo novas fábricas”, afirma.

“A nova estratégia de atendimento é cus-tomizada, respeita as características de cada cliente”, explica o gerente comercial automo-tivo, Lúcio Mário de Aldemundo Pereira. “Es-te atendimento diferenciado, que tem muitas particularidades, se resume em atender às de-mandas específicas das montadoras, mas, com uma visão mais ampla de toda a cadeia de valor.”

A primeira medida para melhorar o atendi-mento foi a reestruturação da área comercial, que tinha apenas uma gerência para atender todo o mercado automotivo. Duas gerências foram criadas, uma dedicada às montadoras e outra às indústrias de autopeças.

Com este novo enfoque, a CSN passou a trabalhar a competitividade da cadeia de for-necedores das montadoras, uma visão pio-

a linha de Corte transversal (à esq.) garante chapas perfeitas.

Chapa de aço é inspecionada na saída da linha de Zincagem Contínua.

CAPAVAloRIzAmoS A GESTão InTEGRADA E

o TRABAlho Em EquIPE

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Chapa de aço passa por lavagem em equipamento robotizado.

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eStratégia da CSN foCada No ateNdimeNto é reCoNheCida peloS prêmioS da gm e da fiat

um dos grandes marcos da relação da CSN com a gm foi o lançamento do agile, em 2010. a gm concebeu uma carroceria com chapas de pequena espessura, mas enfrentava dificuldades, pois muitas dessas peças se rompiam no momento da estampagem. “identificamos nesse problema a oportunidade de desenvolver um novo produto, o Ctp (Coating treatment plus) – uma camada de filme lubrificante que é aplicada na bobina de aço para facilitar a estampagem –, que só a CSN oferece. além de aprimorar a qualidade da matéria-prima, a CSN ajudou a gm no que se refere a processos e ferramental para que ela pudesse trabalhar com as peças de menor espessura. tudo isso foi capitalizado em termos de fidelização do cliente”, comenta o gerente de desenvolvimento de produtos e qualidade da CSN porto real, fabiano Vallim.

em relação à fiat, merece destaque o projeto de reengenharia da carroceria do Novo uno, realizado no ano passado com o suporte da montadora, que valeu à CSN a menção honrosa de propositividade do prêmio qualitas. “o projeto é uma iniciativa do Centro de pesquisas da depro e tem dois tipos de inovação: na tecnologia e nas práticas comerciais, pois nesse mercado não é usual envolver o siderurgista na elaboração de projetos”, observa o diretor executivo Comercial luis fernando martinez.

o Centro de inovações automotivas e de embalagem metálica da CSN analisou 136 peças da carroceria e sugeriu melhorias em 77% delas, resultando em uma queda de 8% no peso do carro e custos mais baixos. “isto foi obtido pelo uso de aços mais refinados desenvolvidos pela CSN, com espessuras menores e alta capacidade de estampagem. Vamos fazer um projeto com o novo palio e, nos próximos lançamentos da fiat, a CSN estará presente na elaboração do projeto”, afirma richard Boarim, gerente-geral Comercial de indústria.

iNoVaçõeS fazema difereNça

neira neste mercado. “As montadoras perce-beram que, com o crescimento da produção automobilística, não adiantava serem com-petitivas sem uma cadeia de fornecedores igualmente competitiva. E elas precisavam de um parceiro”, comenta Pereira.

Pensando nisso, a CSN fez parcerias com a Fiat, que incluem o desenvolvimento conjun-to de produtos e negócios. “No caso do Gru-po Fiat, a relação estabelecida com a Iveco é um bom exemplo do novo modelo de negó-cios. A Mineração Casa de Pedra precisava de novos caminhões e a CSN passou a ser cliente, comprando caminhões da Iveco. Houve con-corrência e profissionalismo nesta compra, mas o que se pode dizer é que a relação entre as empresas se fortaleceu”, observa Pereira.

Outra ação estratégica foi alinhar a vigên-cia de contratos com as montadoras e com as indústrias desta cadeia produtiva, algo fo-ra do comum no mercado. “A ampliação da participação no setor de máquinas e imple-mentos agrícolas foi outra novidade, conse-quência do bom relacionamento com o Gru-po Fiat. Passamos a fornecer para a CNH, o braço agrícola do grupo, e hoje somos forne-cedores exclusivos”, diz Richard Boarin, ge-rente-geral Comercial de Indústria.

Como estratégia de atuação, após recuperar a relação com as montadoras e suas fornece-doras, a CSN avançou na cadeia produtiva por meio da Prada Distribuição, desenvolvendo negócios com empresas de pequeno porte que fornecem às indústrias de autopeças com a mesma proposta de atendimento dife-renciado, fidelizando assim clientes do varejo usualmente sem compromissos de com-pra. A CSN começou a explorar também oportunidades com a expansão do parque fabril das montadoras, oferecendo seu portfólio de produtos voltados à construção civil. “A todo momento buscamos desenvolver negócios criativos. Temos projetos empresariais com as montadoras que transcendem a mera relação cliente-forne-cedor, gerando benefícios para os dois lados: é o ganha-ganha”, afirma Pereira.

luis fernando martinez (ao centro) recebe um dos prêmios conquistados pela Csn no setor automotivo.

a verificação dos parâmetros de processo na linha de Zincagem é fundamental

para a qualidade dos produtos.

CAPACAPA

© fotos: fElipE varnda

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72012 < mAIo_junho_julho < matéria−prima

geNteSuplemento do Jornal matéria-prima Nº 16 | ano 3 k maio_junho_julho | 2012 k www.csn.com.br

a VitriNe doS NoSSoS taleNtoS

lúcio mario Cordeiro trabalha em Casa de pedra desde 1978 e se

orgulha de fazer parte da empresa.

de compromissodéCadas

CSN homenageia quem completou 30 e 35 anos

de casa ® págs. 8 e 9

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a vitrine dos nossos talentosgeNte

q uando tinha 11 anos, Wanderlei Reis co-meçou a cursar o ginásio industrial na Es-cola Técnica Pandiá Calógeras (EPTC), em Volta Redonda (RJ). Na época, o pai,

Enock, já lhe dava conselhos sobre o caminho a ser seguido: “Ele me dizia que meu futuro era na CSN”, lembra Wanderlei. Enock falava com co-nhecimento de causa, pois durante 18 anos traba-lhou na CSN como eletricista. Dito e feito.

Wanderlei seguiu os conselhos e acumula mais de 36 anos de atividades na empresa. Aos 55 anos de idade, hoje é gerente de Planejamento, Embala-gem e Logística da CSN Paraná, onde está há oito anos. Wanderlei começou sua trajetória na CSN como técnico-aluno na Usina Presidente Vargas (UPV), antes de ser efetivado em 13 de outubro de 1975 como analista de engenharia industrial. Passou ainda pelo escritório em São Paulo, antes de se transferir para a CSN Paraná.

Os laços entre a família e a CSN não se limitam às duas primeiras gerações. Agora, é a vez da terceira li-nhagem dos Reis exibir o crachá da empresa. O bió-logo Bruno Correa de Oliveira Reis, filho de Wander-lei, foi contratado pela CSN Paraná como analista de meio ambiente pleno. O gerente não tem dúvidas de que influenciou a decisão do filho. “Ele deve ter se inspirado em mim, porque eu respiro CSN o tem-po todo”, afirma. A admissão do filho Bruno aconte-ceu em outubro de 2011, exatamente no mesmo dia em que Wanderlei completou 36 anos de trabalho.

Histórias como essa são comuns entre os empre-gados que completaram 30 anos de CSN em 2012 e foram homenageados em um evento organiza-do pela Diretoria de Recursos Humanos em Vol-ta Redonda, que este ano brindou também os em-pregados com 35 anos de empresa. Tradicional, a comemoração acontece anualmente, em três da-tas diferentes, contemplando ainda os emprega-dos com 10 e 20 anos de casa.

Mesmo quem não participou da confraterniza-ção este ano, tem história para contar. E história de amor. É o caso de Gerdal de Paula Cople, de 63 anos, gerente de Transporte Internacional . Desde 1973 na empresa, foi na CSN que conheceu Re-gina Célia. Ambos foram contratados como enge-nheiros civis na época de expansão da UPV. “Na convivência em Volta Redonda, acabamos namo-rando e depois nos casamos”, relembra Gerdal.

Quase quarenta anos depois, Regina e Gerdal são pais de um casal de gêmeos, hoje com 18 anos. Os filhos nasceram na época em que Regina e Ger-dal trabalhavam no escritório da empresa no Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, Regina se apo-sentou. Atualmente, a família faz muitas ativida-des em conjunto. Gerdal estuda francês com a fi-lha Júlia, enquanto a esposa estuda italiano com o garoto Bernardo. “Nossa vida é muito ativa, pois os programas são sempre feitos para que a famí-lia esteja junta e que atendam os interesses de to-dos”, diz ele. “Gostamos muito de praia, de via-jar, de cinema e teatro.”

Gerdal trabalhou em Volta Redonda e nos escri-tórios do Rio de Janeiro e de São Paulo, nas áreas de construção e montagem e de compras e trans-porte marítimo de matérias-primas estratégicas. Em 2003, foi transferido para o Porto de Itaguaí, onde gerencia a parte operacional dos embarques marítimos de produtos siderúrgicos para os mer-cados interno e externo. Para ele, as mudanças de setor serviram para ampliar seu amor ao trabalho.

veteranosvencedores

1973 1973

Empregados com mais de 30 anos na CSN

explicam a cumplicidade com a empresa e a ligação

da companhia com suas famílias

NilSoN doS SaNtoS

gerdalCople

© 1 © 2

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92012 < mAIo_junho_julho < matéria−prima 9

“É como se fosse uma nova empresa, com novos desafios e tarefas diferenciadas”, diz.

A ligação da CSN com o sucesso em família tam-bém alcança a Mineração de Casa de Pedra, em Minas Gerais. Em 17 de junho de 1978, o então servente Lúcio Mario Cordeiro começava a escre-ver a sua história na empresa. “Foi demais quan-do entrei aqui. Se hoje sou casado e convivo muito bem com a minha família, foi por causa da CSN”, relembra. Lúcio trabalha atualmente como opera-dor de máquinas da mina e, com quase 34 anos de empresa, nem pensa em sair. “Eu adoro traba-lhar aqui”, resume.

A ascensão na profissão é explicada pela capaci-tação obtida e pela determinação de Lúcio, que foi crescendo gradativamente. “Aos poucos, fui apren-dendo a trabalhar com os equipamentos da mina. Aliás, tudo o que aprendi foi na companhia”, diz ele, que assume a preferência pela operação de es-cavadeira. “A escavadeira é o equipamento de que mais gosto”, diz ele, casado há mais de 27 anos com Fátima Aparecida de Matos Cordeiro.

Outro empregado com uma longa história na CSN é Nilson José dos Santos, de 66 anos, 39 de-les na empresa. Nilson é especialista em garantia de qualidade do Centro de Pesquisas em Volta Re-donda. Ele entrou na CSN em 1º de fevereiro de 1973. Logo percebeu que era o lugar ideal para se desenvolver na área que mais lhe interessava: a engenharia. Nilson também auxilia alunos em conclusão de curso da Universidade Federal Flu-minense (UFF). “É uma maneira de passar expe-riência para a garotada”, explica.

Casado há 38 anos, Nilson tem três filhos que tam-bém gostam da área escolhida pelo pai. “Minha filha fez engenharia de alimentos, o segundo cursou enge-nharia ambiental e segurança do trabalho e o caçula estudou engenharia elétrica”. Mas foi a filha, Lilian, quem seguiu os passos do pai na CSN: ela é gerente de Vendas, na sede da empresa, em São Paulo.

no dia 17 de maio, a diretoria de recursos Humanos da Csn promoveu a homenagem anual aos empregados que completaram três décadas de trabalho na empresa, numa solenidade no recreio, em volta redonda, que reuniu 62 empregados com 30 anos de casa. a novidade este ano foi a homenagem aos 39 empregados que fizeram 35 anos de empresa.

“sentimos a necessidade de chamar quem fez 35 anos para valorizar ainda mais esse pessoal que está conosco há tanto tempo”, explica o gerente de rH siderurgia, anderson Castro. “são aquelas pessoas que acreditam na empresa, e que vão além do gostar, porque ficaram uma vida aqui”, ressalta a diretora de recursos Humanos, antídia Juncal.

os empregados foram presenteados com um broche de ouro 18 quilates e um diploma de aço escovado, além de uma viagem para Búzios (rJ). Quem completou 35 anos também recebeu um relógio de pulso. “Quando a gente tem muito tempo de empresa, a relação é muito forte, como uma paixão”, afirma selma Evangelista nicolau, de 55 anos, analista de recursos Humanos. Ela completou 30 anos e se emocionou ao discursar para os colegas. “é muito prazeroso fazer parte da Csn.”

o gerente de aciaria, lourival Coutinho neto, de 57 anos, representou os empregados com 35 anos de Csn e destacou o aprendizado conquistado na empresa, que serve de inspiração. “Quando chega um novato, a gente avisa: a Csn é uma escola. nós aprendemos muito e crescemos com a empresa”, diz.

a família dos empregados muitas vezes está presente e quer conhecer a fundo o trabalho dos veteranos. “o meu filho, que está aqui hoje, está vibrando”, disse o analista de garantia da qualidade sênior, Humberto alves vieira, de 51 anos, há 30 anos na Casa de pedra (mg). “ser homenageado por participar durante tanto tempo de uma empresa é gratificante, pois hoje, com toda essa competitividade, é muito difícil ver alguém ficar na mesma empresa por tanto tempo.” outro homenageado, o técnico de manutenção em linha de montagem Carlos ferreira de almeida, de 45 anos, trabalha desde a adolescência na prada Embalagens. Ele estava ansioso por participar da solenidade. “de uns anos para cá, vi colegas meus vindo, e eu fiquei pensando: ‘será que vai chegar o meu dia?’, E hoje é o meu dia”, comemorou ele, que espera atingir 35 anos de empresa. Carlos ressalta o orgulho de trabalhar na prada. “é um prazer muito grande ver nosso trabalho nas prateleiras de lojas e supermercados, e também nas nossas casas.”

1975

2012

Solenidade realizada em Volta redonda homenageia empregados que completaram 30 anos de CSN

reCoNheCimeNto mereCido

waNderley reiS

grupo de empregados com 30 anos de trabalho na CSN antes da solenidade realizada no ginásio do recreio.

© fotos: 1, 2, 4 wallaCE fEitosa, 3 maria mion

© 3

© 4

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10 matéria−prima > mAIo_junho_julho > 2012

humAnIDADE 2012

IndúsTrIa, moToR DA

SuSTEnTABIlIDADEo

setor industrial é fundamental para a sus-tentabilidade e tem grande capacida-de de influenciar políticas públicas em prol do meio ambiente. Esta foi uma das principais ideias debatidas no seminá-

rio “Infraestrutura e Sustentabilidade”, evento pa-ralelo à Rio+20 realizado no dia 16 de junho no es-paço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da Com-panhia Siderúrgica Nacional (CSN) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foi um dos coordenadores do deba-te, que reuniu especialistas em questões ambientais, re-presentantes governamentais, empresários e os mem-bros do Conselho de Sustentabilidade da CSN. Para ele, houve uma mutação muito rápida na maneira de pensar sobre o meio ambiente. “Há 30 anos, a susten-tabilidade era algo distante. Hoje, há um consenso de que precisamos fazer mais, e mais rápido.”

Na mesma linha, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Edu-ardo Eugenio Gouvêa Vieira, enfatizou que a indús-

tria “deve ter a coragem e a sensibilidade de mudar”. Já Pau-lo Skaf, presidente da Fiesp, destacou a importância da união entre governo, sociedade e indústria para alcançar o desen-volvimento sustentável. A aliança entre a sociedade civil e as empresas se tornou estratégica para a superação dos impas-ses ambientais, na visão de Ana Toni, presidente do Conselho do Greenpeace. “Os governos têm o papel de fiscalizar e as-segurar a regulamentação na área ambiental, mas nós perce-bemos que precisamos ir às empresas para que elas entendam a urgência do problema”, afirmou a ambientalista, que con-cordou com sugestão de Steinbruch para que, juntos, discu-tam estratégias para que o setor empresarial exerça influência “verde” sobre as demandas de mercado.

Para a geógrafa Bertha Becker, integrante do Conselho de Sustentabilidade da CSN e professora da Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ), a humanidade só alcançará a sustentabilidade global com o reconhecimento da diferença. “Há diferentes caminhos de transformação, diferentes econo-mias verdes adequadas à diversidade de culturas, condições ge-ográficas, níveis de desenvolvimento. Precisamos pensar mui-to bem o contexto do Brasil, que é complexo, para definirmos que tipos de infraestruturas ele precisa para termos um desen-volvimento sustentável”.

Debate com empresários,

ambientalistas e representantes governamentais

na Rio+20 destacou a

importância do setor

industrial para o desenvolvimento

sustentável

DEFEnDEmoS umA ATuAção SoCIAl E AmBIEnTAl RESPonSáVEl

Page 11: Matéria-Prima #16

112012 < mAIo_junho_julho < matéria−prima

SaiBa maiS SoBre a rio+20entre os dias 13 e 22 de junho o rio de Janeiro sediou a Conferência das Nações unidas sobre desenvolvimento Sustentável, conhecida como rio+20 (o nome é uma referência à primeira conferência ambiental realizada na mesma cidade há 20 anos). o encontro reuniu mais de 130 chefes de estado, ambientalistas, pesquisadores, empresários e representantes da sociedade civil. o principal objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político com a sustentabilidade, conceito que alia o desenvolvimento econômico com a proteção ao meio ambiente e inclusão social. foram discutidos temas como a importância e os processos da economia verde, ações para garantir o futuro sustentável do planeta, formas de eliminar a pobreza e propostas de governança internacional que levem em conta a preservação ambiental.

o deSafio da iNoVaçãoa defesa da inovação tecnológica como fator de promoção da sustentabilidade foi a tônica da participação de ricardo abramovay, professor da universidade de são paulo (usp) e membro do Conselho de sustentabilidade da Csn. segundo ele, o setor produtivo precisa se engajar com inovações que melhorem o rendimento do uso dos materiais, da energia e dos recursos bióticos, criando novas cadeias de valor voltadas a finalidades diferentes das que hoje existem. depois do debate, ricardo abramovay conversou com o matéria-prima.

Como a iNdúStria pode aJudar a deSeNVolVer a SuSteNtaBilidade?Desde a Revolução Industrial, o desenvolvimento se apoia em algum tipo de inovação. Estamos em um momento em que a inovação adquire uma conotação diferente da que teve nos últimos 50 anos. hoje, precisamos constituir sistemas de inovação não mais voltados ao aumento da produtividade do capital e do trabalho, mas voltados a melhorar o rendimento no uso dos materiais, da energia e dos recursos bióticos, porque estes recursos são escassos. Alguns países avançaram nessa direção, como japão e Coreia do Sul.

e Como eStá o BraSil deNtro deSSe moVimeNto?Em termos globais, ainda estamos distantes desse sistema. o Brasil está atrasado. um exemplo disso é a escassez de pesquisas voltadas para ampliar nosso conhecimento sobre os biomas brasileiros. o que temos hoje, como disse a professora Berta Becker, é uma economia da destruição da natureza e não do conhecimento da natureza. mas também estamos atrasados em relação ao uso dos materiais e da energia. Precisamos de inovações que nos permitam melhorar os equipamentos coletivos dos quais depende a vida social, inovações de infraestrutura para cidades sustentáveis.

Marilene Ramos, presidente do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), insistiu na função das políticas públicas como indutoras da economia verde. “O Estado tem o poder de in-centivar e financiar o desenvolvimento sustentável. Subsídios e in-centivos fiscais são muito importantes, mas a economia real pres-siona o Estado em momentos de crise econômica e, muitas vezes, o governo toma medidas que incentivam, por exemplo, a produ-ção de automóveis. Muito mais eficaz seria incentivar o transpor-te público. Certos incentivos precisam ser revistos”.

Para o vice-presidente do Deutsche Bank e membro do Gru-po do Clima da ONU, Caio Koch-Weser, a atual crise econômica afasta as atenções da questão ambiental. Ele destacou o papel de-cisivo da inovação na indústria sustentável. “Precisamos de uma terceira revolução industrial. Para isto, é vital que o investimen-to privado cresça. Para alavancar o investimento privado na eco-nomia verde, instituições como o Banco Mundial e os bancos de desenvolvimento desempenham uma função muito importante.”

As diferenças entre os países desenvolvidos e em desenvolvimen-to não são decisivas para essa mudança, segundo Robert Socolow, professor da Universidade de Princeton (EUA). “Tanto que o Brasil é um líder nas questões que estão sendo discutidas na Rio+20. Nas questões ambientais, estamos todos no mesmo barco”, observou.

Já o pesquisador suíço Mathis Wackernagel, presidente da Glo-bal Footprint Network – saudado por Benjamin Steinbruch como uma das pessoas mais empreendedoras do mundo –, defendeu a conscientização das pessoas sobre o fato de os países consumirem mais do que têm, o que leva ao esgotamento dos recursos natu-rais. “Sem refletir sobre isto, não resolveremos o problema. Não é mais possível sustentar a defasagem crescente entre o que a na-tureza é capaz de fornecer e o quanto nossa infraestrutura e esti-lo de vida exigem”. Criador do conceito de “pegada ecológica” – ferramenta usada como indicador de sustentabilidade, que calcula a quantidade de recursos naturais que uma população consome

e compara esse número com os recursos disponíveis –, Wacker-nagel justificou sua posição com uma informação preocupante: o planeta demora um ano e meio para repor os recursos naturais que o homem consome em 12 meses.

A defasagem constatada por Wackernagel foi levada em conta por Scott Chubbs, diretor mundial de sustentabilidade da Associação Mundial do Aço (WSA, na sigla em inglês), quando definiu o con-ceito de sustentabilidade: “Atender as necessidades do presente sem comprometer as necessidades futuras”. Chubbs explicou que o aço está no centro da economia verde, pois é facilmente reciclável, e falou dos desafios da indústria: “O consumo de aço está crescendo e preci-samos usá-lo com mais eficiência. Estamos investindo em inovação e com isso já somos capazes de produzir o mesmo bem com meno-res quantidades de aço. Além disso, as siderúrgicas investem em tec-nologia para diminuir as emissões de gás carbônico na atmosfera”.

paulo Skaf, Benjamin Steinbruch e o ambientalista fábio feldmann

(da esq. à dir.) durante o debate.

para ricardo abramovay, a inovação melhora o rendimento do uso dos materiais, da energia e dos recursos bióticos.

© fotos: wallaCE fEitosa

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longe de casa, perto da Csn Empregados da CSN contam sobre a experiência de contribuir com a empresa fora do país

o engenheiro Roberto Bergallo Bohrer, 51 anos, e o administrador Pau-lo Schottz, 37 anos, não se conhecem pessoalmente, mas fazem par-te de um grupo de brasileiros que representam a CSN fora do Bra-sil. Bohrer é diretor de Operações da CSN LLC, instalada na cidade

de Terre Haute, em Indiana, nos EUA. São mais de doze anos na CSN, cinco deles na LLC. Do outro lado do globo, Schottz acaba de chegar a Hong Kong, na costa sul da China, para trabalhar como diretor comercial no escritório da CSN Ásia. Desde 2009 na empresa, ele é o novo diretor Comercial Ásia, res-ponsável pela venda de minério de ferro no continente asiático.

“Temos uma Política Global de Mobilidade Internacional alinhada com as melhores práticas de mercado globalizado e pronta para suportar o crescimen-to da empresa fora do Brasil”, diz a diretora de Recursos Humanos, Antídia Juncal. Com a crescente internacionalização da CSN, cada vez mais os expa-triados exercem constantemente atividades estratégicas para a empresa. Essa expansão chegou à Alemanha em janeiro deste ano, com a aquisição da fábri-ca de aços longos Stahlwerk Thüringen, em Unterwellenborn.

Nascido no Rio Grande do Sul, Roberto Bohrer só decidiu o que queria fa-zer na faculdade depois de um teste vocacional: optou pela engenharia, a mesma profissão do pai. Formou-se em engenharia mecânica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e fez pós-graduação em Administração na Fundação Dom Cabral. No ano 2000, saiu de Porto Alegre para trabalhar na CSN como ge-rente de Decapagem na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ).

Já o carioca Paulo Schottz sempre soube com o que queria trabalhar. Cursou Administração de Empresas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e logo concluiu a pós-graduação em Marketing, no IBMEC. Entrou na CSN para trabalhar como gerente-geral de Vendas. O contato com os escritórios da CSN pelo mundo sempre fez parte de sua rotina.

Os dois conquistaram cargos no exterior aproveitando as oportunidades que surgiram. Em 2006, um ano antes de ser escalado para exercer uma função na

LCC, Bohrer já havia visitado a unidade. “Queriam melhorar a perfomance da área de produção. Selecionaram uma equipe de consultoria no Brasil, da qual eu fazia parte. Ficamos 40 dias e deu tão certo que queriam uma pessoa para permanecer nos EUA. Então me candidatei.”

Sair do Brasil foi uma grande mudança na vida de toda a família, pois a mu-lher e os dois filhos também se mudaram. “Veio até o cachorro”, brinca. Bohrer conta que passou por algumas dificuldades no começo. “Tive que aprender tu-do de novo: a cultura, os costumes, a língua, enfim, a trabalhar e pensar em in-glês”. A família tambem teve um dificil período de adaptação, superado ao lon-go do tempo. “Esta é uma questão sensível, pois sem o apoio da família não há como seguir em frente”, diz. A receptividade dos colegas da LLC foi muito boa, pois eles estavam habituados a ter contato com brasileiros.

A Política Global de Mobilidade Internacional da CSN também proporciona aos empregados expatriados o contato constante com o Brasil. “A empresa pro-cura estar próxima, acompanhando suas integrações e adaptações ao novo desti-no. Temos mecanismos que garantem contato com a Diretoria de Recursos Hu-manos e sua respectiva Diretoria de ligação no Brasil”, explica Antídia. “A área de Mobilidade Internacional, juntamente com o Recursos Humanos do Host Country, também está sempre em contato e garantindo esse acompanhamento.”

Neste sentido, Bohrer faz questão de destacar a relação com a CSN. “A em-presa me apoia bastante. Nunca perdemos o contato. A própria CSN me pro-porciona uma viagem de férias para o Brasil com a minha família, o que é mui-to importante porque supre a falta que sentimos dos familiares e dos amigos que deixamos no Brasil”, diz. A cada vinda ao Brasil, aproveita também para manter contato com o time da UPV.

Com uma extensa carreira, ele adora desafios e, se alguns projetos de expan-são da CSN LLC ocorrerem, projeta ficar mais tempo trabalhando no exterior. “Aqui nos EUA eu tenho que pensar mais em como fazer a empresa crescer, em como ser mais competitivo. Tenho mais desafios relacionados ao negócio.”

o carioca paulo schottz está há

poucos meses em Hong Kong, onde

trabalha na venda de minério de ferro.

o gaúcho roberto Bohrer (centro) vive nos Eua desde 2007, onde é diretor de operações da Csn llC.

InCEnTIVAmoS o RESPEITo àS PESSoAS E A ConFIAnçA múTuA

© fotos: arQuivo pEssoal

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VoCê SaBia?o projeto garoto Cidadão, da fundação Csn, atende mais de 2 mil crianças e adolescentes, em cidades dos estados de rio de Janeiro, minas gerais, são paulo e paraná, onde realiza ações sócio-educacionais e artísticas. Em maio, o mp online destacou a semana de dança e outras atividades musicais do projeto. Confira mais no mponline: http://migre.me/9g2Lg

a uSiNa preSideNte VargaS (upV) foi iNaugurada em 1946, duraNte o goVerNo de qual preSideNte?

a) getúlio vargasB) washington luis C) Eurico gaspar dutrad) Juscelino Kubitschek

para auxiliar No aBaSteCimeNto de eNergia, a CSN poSSui partiCipação em duaS uSiNaS hidrelétriCaS. oNde elaS eStão loCalizadaS?

a) itá (sC) e igarapava (mg)B) araucária (pr) e itá (sC)C) igarapava (mg) e araucária (pr)d) mogi das Cruzes (sp) e itaguaí (rJ)

em qual uNidade eSte equipameNto é utilizado?a) porto de itaguaíB) Casa de pedra C) usina presidente vargasd) Csn paraná

Confira as rEspostas no portal

quIz

ACESSE o SITE Do matéria-prima oNliNePARA FICAR PoR DEnTRo DE TuDo o quE AConTECE no DIA A DIA DA CSn. www.materiaprimaonline.com.br

veja também as fotos da Expoembala 2012, que teve a participação da Csn e da prada Embalagens. http://migre.me/9hiXi

galeriaS de fotoSacesse as imagens dos principais eventos recentes da Csn. no ar, a homenagem aos empregados que completaram 10, 20 e 30 anos de casa. http://migre.me/9hiZG

onlInE

“quem sabe, futuramente, não façamos uma comemoração

para quem faz 40 e, também, para quem completa 5, 15 e 25 anos,

porque são pessoas que gostam da empresa, com quem queremos

estar juntos comemorando”

antídia Juncal, diretora de rH. no mp online, veja a galeria de fotos da comemoração.

http://migre.me/9g39o

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fotos: 1, 4 wallaCE fEitosa, 2 riCardo tosCani, 3 fElipE varanda

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EmPRESA

© fotos: riCardo tosCani

lideraNça Sólida a

CSN conquistou pela quinta vez consecutiva o prêmio Melhores e Maiores concedido pela revista Exame, da Editora Abril. A empresa foi apontada como a vencedo-ra no setor de siderurgia e metalurgia no ano de 2011 na

cerimônia de entrega da 39ª edição do prêmio, que aconteceu na noite do dia 4 de julho no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo. A CSN foi representada por Luis Fernando Martinez, dire-tor-executivo Comercial. Na ocasião, foi lançada a edição especial da revista Exame com o ranking das mil maiores empresas bra-sileiras, publicação muito esperada pelo mercado, pois apresen-ta a mais completa radiografia das principais empresas do país.

“O Melhores e Maiores é um prêmio que tem muita credibili-dade, é baseado em números, em indicadores muito claros”, ob-serva Luis Fernando Martinez. “Estes indicadores refletem a es-tratégia da CSN, que foca o mercado interno, a diversificação de produtos e a competitividade”, comenta.

A jornalista Mônica Waldvogel foi a mestre de cerimônias da solenidade, aberta por um discurso de Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração e diretor editorial do Grupo Abril. Ele falou dos méritos das empresas premiadas, “que conseguiram se sair muito bem em um cenário de desaceleração econômica”.

No encerramento da cerimônia, o Ministro da Fazenda, Gui-do Mantega, saudou “a competência, a criatividade e a solidez

do setor privado brasileiro, como demonstram os grandes resul-tados obtidos pelas empresas em um ano difícil”. Ao destacar a importância das medidas de incentivo à atividade econômica to-madas pelo governo, o ministro ressaltou que o impacto de al-gumas delas, como a redução da taxa de juros e a valorização do real, ainda não foi sentido em sua plenitude.

Com um lucro de US$ 1,32 bilhão em 2011, o maior do setor siderúrgico, a CSN é a sétima entre as empresas brasileiras nes-te quesito. A receita neste segmento foi de R$ 9,5 bilhões no ano passado – 55% do total do grupo no período. O volume conso-lidado de produtos siderúrgicos comercializados em 2011 totali-zou 4,9 milhões de toneladas – um crescimento de 2% em relação a 2010. A Usina Presidente Vargas, principal unidade siderúrgi-ca da CSN, produz 13,5 mil toneladas de ferro-gusa por dia em seus dois altos-fornos.

Outra característica enfatizada pela Exame é a margem de ven-das da CSN, que atingiu 22%, a mais alta do setor. Ela é resulta-do de fatores como logística própria, autossuficiência em energia e matéria-prima e a menor estrutura de custo do setor.

A estagnação do mercado de aço no Brasil em 2011 levou a CSN a mudar sua estratégia, concentrando esforços na conquis-ta de clientes pequenos em áreas como a construção civil, ofere-cendo serviços diferenciados às construtoras.

Líder em siderurgia, a CSN fatura pela quinta vez seguida

o prêmio Melhores e

Maiores, da revista Exame

a CSN ampliou sua estratégia no

mercado de aço, obtendo ótimos

resultados.

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152012 < mAIo_junho_julho < matéria−prima

Espaço aBErto

nome: pablo Necéssio de oliveira SuarezIdade: 24 anosCargo: técnico de qualidade Hobby: a fotografiana Csn desde: 2008O que mais gosta no trabalho? a dinâmica, pois como trabalho com resultados, há muitas mudanças. é um trabalho de detalhes, não há rotina. sobre a foto, o que quis retratar? quis fotografar a maior imagem de Congonhas, que são os profetas. Qual o significado ela tem para você? minha paixão pela fotografia.

pablo Necéssio VeNCe a SeguNda etapa do CoNCurSo “a CSN e VoCê”

“minha inspiração foi o contraste que você tem de um patrimônio histórico tão forte, tão antigo quanto a própria mineração de Casa de Pedra,

que é tão presente no cotidiano de Congonhas”, declarou Pablo.

Com a foto de um dos profetas esculpidos em pedra-sabão por

aleijadinho (1730-1814), pablo necéssio é o segundo vencedor

do concurso “a Csn e você”. assim como pablo, a Csn valoriza

o nosso patrimônico cultural apoiando o memorial Congonhas -

Centro de referência do Barroco e Estudos da pedra -, em construção

ao lado da Basílica do Bom Jesus de matosinhos. o espaço,

quando concluído, terá exposição permanente criada pela unEsCo.

faça como o pablo necéssio e deixe a criatividade fluir. Escolha

uma bela foto e participe da próxima fase do concurso, que escolherá uma

imagem para publicação na edição do matéria-prima de julho_agosto.

E ganhe um ipad.

o rEgulamEnto do ConCurso podE sEr Consultado no sitE www.materiaprimaonline.com.br

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