matéria-prima #13

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PáG. 12 LANçAMENTO PáG. 11 SUSTENTABILIDADE CSNapoianovo CentrodeReciclagem OrquestralançaCD emgrandeestilo Inovações no aço motivam parcerias e destacam CSN na indústria brasileira ® PáG. 4 Muito além da Nº 13 k ano 3 k dezembro | 2011 k www.csn.com.br MATéRIA-PRIMA MERCADO NOVIDADE JORNAL DA CSN

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A décima terceira edição do jornal Matéria-Prima

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Page 1: Matéria-Prima #13

pág. 12

lançamento

pág. 11

sustentabilidade

CSN apoia novo Centro de Reciclagem

Orquestra lança CD em grande estilo

jornal da csn

inovações no aço motivam parcerias e destacam Csn na indústria brasileira ® pág. 4

muito além da

Nº 13 k ano 3 k dezembro | 2011 k www.csn.com.brmatéria-prima

merCado

novidade

jornal da csn

Page 2: Matéria-Prima #13

2 matéria−prima > DezembRO > 2011

eDitORial

ExpEdiEntE

diretor-presidente: benjamin Steinbruchdiretores-Executivos: David Salama, enéas Garcia Diniz,

José taragano, Juarez Saliba e luis Fernando martinez

direção Editorial: Fabio Schivartche Editor: Helton Fraga [email protected]

Coordenação Editorial Stefan Gan Editor adjunto: alexandre agabiti Fernandez

projeto gráfico: Fabio Silveira direção de arte: Carolina Godefroid reportagem: Carlos lima, Chico Spagnolo, edma Nogueira,

Ricardo zanirato revisão: Roberto alves Conselho Editorial: alexandre Campbell, Caio Ferrari, Camila Quiles, Cristiano alves da Silva, eglantine Cavalcante Pearce, Fanny busato

baptista, Flávia Rodrigues, José luiz brandão, luciana Shoji, luiz Henrique Pimentel, marcelo behar, márcio lins, Odete Guerreiro, Priscila

boccia, Ricardo Costa, Rosana lovato, thaís amoedo e Ulysses Sousa Jornalista responsável: Stefan Gan ( mtb 35401)

preparação e impressão: ipsis tiragem desta edição: 25.000 exemplares

Nº 13 • ano 3 • Dezembro • 2011

matéria-primajornal da csn

Você já pode ler o jornal Matéria-Prima na intranet. É só clicar na capa do jornal e o texto (em versão PDF) aparecerá na tela do seu computador. No menu, é possível escolher entre o jornal Matéria-Prima e o suplemento Gente. www.csn.com.br

O jornal matéria-prima é produzido pela editora www.yupik.com.br

fale Com a redação [email protected]

online

© 3

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4

no ritmo da inovação

Capa

filantropiaempregados da Csn demonstram altruísmo e trabalho em equipe

meio ambiente

Coleta seletiva Programa de limpeza do lixo administrativo estreia em Volta Redonda ........................... 3sustentabilidade

insumo rico em 2012, São Paulo ganha centro de reciclagem de sucata de aço ................11responsabilidade social

ao vivo Shows de lançamento do CD “Novos brasis” emocionam público ....... 12opinião

ideias prósperas andré leonardi fala sobre projetos da Fundação CSN .........................................13entrevista momento de criar especialista exalta pesquisa e desenvolvimento nas empresas ............ 14momentos históricos

trilhos promissores O nascimento da mina de Casa de Pedra, em 1946 ............................... 15

sumário

7

À medida que o Brasil supera suas enormes deficiências, com a agregação de milhões de brasileiros ao mercado de consumo, já passa da hora de agirmos com mais eficiência na educação e na formação profissional dos nossos jovens.

Temos de investir pesado em instrumentos de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico em todas as áreas. Com grata surpresa, vimos há poucos dias números que mostram o aumento da procura de financiamento para inovação da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agência do BNDES. Neste ano, a demanda de crédito foi multiplicada por cinco, atingindo R$ 9 bilhões, sinal de que as empresas e a sociedade brasileira em geral passaram a olhar para o futuro com ênfase no desenvolvimento de projetos inovadores.

Ao longo da história, a inovação tem possibilitado saltos na economia mundial - é só lembrarmos da revolução ocorrida com a chegada da locomotiva, da luz elétrica, do automóvel e de muitas outras invenções. Há 20 anos, ninguém poderia prever a importância que teria a internet e o intenso uso dos engenhosos equipamentos eletrônicos móveis de hoje, como tablets e smartphones. Mas isso tudo já é uma realidade que fez nascer centenas de empresas bilionárias e criou milhões de empregos em todo o mundo.

O incentivo à inovação, portanto, deve ser uma preocupação recorrente em qualquer país, cada um com o foco em suas vocações. Aqui na CSN investimos nas iniciativas que associam inovação ao aço. O reconhecimento dos clientes é imediato. O projeto do novo Uno, em parceria com a Fiat, é um exemplo recente da nossa estratégia, que agrega valor à cadeia produtiva.

Depende de todos nós, brasileiros, a construção desse país inovador. Que este seja o nosso grande desafio em 2012.

inovar é preciso

Benjamin SteinbruchDiretor-Presidente da CSN

© foto Capa: fElipE varanda, 1 fElipE varanda, 2 divulgação, 3 riCardo tosCani

gentea vitrine dos nossos talentos

© 1

Page 3: Matéria-Prima #13

32011 < DezembRO < matéria−prima

Defendemos uma atuação

social e ambiental responsável

valores Csn

meiO ambieNte

Integrado ao Usina Limpa, programa terá impacto positivo nas áreas administrativas e de produção

limpeza organizada

Parceria entre gerências já iniciou a instalação de aproximadamente 4.300 coletores.

no dia 30 de janeiro, a CSN iniciará o pro-grama de coleta seletiva nas áreas admi-nistrativas e de produção, assim como nas praças, restaurantes, vias internas

de acesso e portarias da Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ). A ação faz parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e adere ao programa Usina Limpa, que começou em setem-bro último. Além disso, a ação complementa a reci-clagem dos resíduos industriais, que já é uma práti-ca consolidada na UPV.

“Estamos somando ao Usina Limpa o progra-ma de Coleta Seletiva para dar mais peso e efici-ência. Vamos atender 100% da UPV e tornar a coleta como parte do dia a dia de todos na usi-na”, explica Cláudio Graffunder, gerente de Meio Ambiente da UPV e responsável pelo programa.

Para maximizar o aproveitamento do lixo em curto espaço de tempo, a CSN tem investi-do na conscientização dos empregados e tercei-ros, na distribuição de folders explicativos e na instalação de cartazes em toda a usina. “Faze-mos palestras ilustrativas, nas quais abordamos a necessidade de otimizar os recursos naturais, e explicamos onde cada tipo de lixo deve ser des-cartado, além de falar sobre o que é reciclável e o que não é”, afirma Graffunder.

Outra medida do programa é o investimento em multiplicadores, que são empregados treina-dos e designados a conscientizar os demais cole-gas sobre a necessidade da reciclagem.

O processo de implantação de coleta seleti-va do lixo social é feito há um ano. “São mais de 4.000 coletores de resíduos que estão sendo ins-talados. Eles têm tamanhos e modelos diferen-tes. Então, nós tivemos que fazer um trabalho

de identificação, cadastramento desses modelos e pesquisa de mercado. Mapeamos toda a usina para saber os locais onde eles deveriam ser ins-talados”, diz o gerente.

Cláudio Graffunder também explicou que, quando o programa estiver em pleno funciona-mento, a CSN saberá qual o volume de lixo pro-duzido por departamento e qual o tipo de resíduo descartado. Para garantir que o lixo não se mistu-re, serão usados sacos de lixo das mesmas cores dos coletores. “Quando o saco for retirado e colocado no transporte, será garantida a sua seletividade até o entreposto de resíduos, de onde o material seguirá para a empresa de reciclagem”, ressalta.

“Com o programa, temos a certeza de que es-tamos fazendo uma ação sustentável, diminuindo o lixo que vai para o aterro, reciclando os resídu-os e preservando os recursos naturais”, finaliza o gerente de meio ambiente da UPV.

Page 4: Matéria-Prima #13

inovaçãoao gosto doCliente

Com foco na melhoria contínua

de sua competitividade, a CSN

aumenta o leque de projetos

inovadores e reforça parcerias

em diversos setores

Ponta de lança dessa faceta inovadora e catalisador das novas de-mandas de mercado trazidas pela área comercial, o Centro de Pesquisas, em Volta Redonda (RJ), possui divisões para o estudo dessas melhorias com base nos projetos de inovação e reengenharia da cadeia produtiva realizados periodicamente com clientes estratégicos. O Centro de Ino-vações Automotivas e de Embalagem Metálica é um desses espaços de excelência. Foi nele que nasceu e virou realidade o projeto de reenge-nharia do novo Fiat Uno. De acordo com José Luiz Brandão, gerente geral de Desenvolvimento de Produtos, trata-se de trabalho pioneiro no Brasil. “Nunca antes uma montadora enviara uma carroceria completa com o intuito de ser analisada por uma empresa siderúrgica”, afirma.

Os resultados deste trabalho foram apresentados no Fiat/CSN Technical and Innovation Day, evento da montadora italiana realizado em 25 de outu-bro no auditório vizinho das plataformas de montagem de carros na fábri-ca de Betim (MG). “Mostramos os estudos feitos com 136 peças da carroce-ria do novo Fiat Uno e conseguimos apresentar melhorias em 77% delas”, aponta Brandão. Os projetos foram desenvolvidos por uma equipe multifun-cional formada por profissionais da UPV, da CSN Porto Real, da CSN Para-ná, da Assessoria de Projetos Especiais e Custos Industriais e da Gerência de Vendas. “O conjunto dessas inovações envolve 104 projetos que, se implan-tados em sua totalidade, poderão resultar na redução do peso final da car-roceria do carro em aproximadamente 8%, além de economia anual de R$ 16 milhões”, completa Brandão.

Outra ação inovadora, desenvolvida pela CSN em conjunto com par-ceiros, é a do tanque de combustível organo-metálico, produzido com aço laminado a frio na UPV, galvanizado em Porto Real (RJ) e pré-pintado em Araucária (PR). Ela já foi implementada pela Fiat nas linhas do novo Uno, Palio e Siena. Em 2012 será estendido para outros modelos.

Na área de construção civil, o grande destaque da CSN em 2011 foi a pro-dução do CSN GL FRAMING®, um aço galvalume full hard com resistência mecânica diferenciada, usado na edificação de casas e prédios em perfis leves. O produto é ideal para o dimensionamento de pilares, vigas e coberturas, tor-nando o sistema conhecido como Light Steel Frame (LSF) mais competitivo que os sistemas construtivos convencionais. De acordo com Eneida Jardim, geren-te comercial de Desenvolvimento de Mercado, o CSN GL FRAMING® vem avançando no mercado brasileiro. “O setor vem descobrindo as vantagens do produto no sistema LSF graças ao limite de resistência e escoamento elevados, aliados a sua leveza e durabilidade e à manutenção a custos baixos”, afirma.

No ano em que o Brasil voltou a figurar

entre os principais produtores de inova-

ções tecnológicas, segundo levantamento da Organização Mundial de Pro-

priedade Intelectual, a CSN

mais uma vez reforça o seu

perfil inovador na busca de oportunidades para desenvolver todos os cin-

co negócios em que atua. O exemplo mais recen-

te é o projeto de reengenharia do novo Fiat Uno,

destaque automobilístico que resultará na redução final do peso do carro,

garantindo um diferencial competitivo sustentável alinhado à tendência de

maior economia de combustível e menor geração de poluentes.

© fotos: 1 E 3 fElipE varanda, 2 divulgação

© 1

© 2

CaPa

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52011 < DezembRO < matéria−prima

bobinas de aço galvanizado na unidade em porto real (rJ), planta em que também são desenvolvidos projetos de inovação para o mercado.

© 3

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6 matéria−prima > DezembRO > 2011

© foto JorgE akimoto

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CaPa

Prova dessa aceitação é o fato de o sistema LSF ter sido homologado para as construções do projeto Minha Casa, Minha Vida, do Governo Fe-deral, e ser utilizado no Novo Bairro Plataforma, comunidade em Congo-nhas (MG), cidade na qual a CSN promove incentivos educativos e cultu-rais. “A rapidez na entrega, aliada à qualidade e à durabilidade da moradia, é uma solução eficaz para reduzir o déficit habitacional”, afirma Eneida.

Produzido na CSN Paraná, o CSN GLFRAMING, aliado ao sistema LSF, também representa um diferencial para o meio ambiente. Enquanto a al-venaria de bloco de concreto emite 49% de carbono, o novo sistema emite apenas 13%. “Além disso, ele não produz entulho, utiliza a água somente nas fundações, reduz em 80% a utilização de cimento e em 90% o consu-mo de matérias-primas naturais”, explica Eneida Jardim.

HistóriCo de inovaçõesOs setores automobilístico e de construção civil não foram os únicos a

receber propostas de inovações elaboradas pela CSN. De acordo com Bran-dão, os produtos para a linha branca também seguem com propostas ino-vadoras. “Destaco a parceria que mantemos há 12 anos com a Whirlpool, detentora das marcas Consul e Brastemp. Durante esse período, implan-tamos mais de 100 projetos”, afirma. Entre eles estão novos aços com es-pessura menor e os blanks (produtos de aço fornecidos em tamanhos es-peciais) em aço pré-pintado produzidos na CSN Paraná. “A redução nas espessuras médias, de 0,6 mm para 0,45 mm, representaram economias nos custos finais de refrigeradores, fogões e micro-ondas fabricados por nosso cliente”, comenta Brandão.

O trabalho desenvolvido com a Whirlpool foi um dos pioneiros do cha-mado “Modelo CSN de Inovação e Reengenharia da Cadeia Produtiva”, conceito usado por Brandão, que explica os resultados alcançados em aten-dimento às demandas dos clientes, além de antecipar e surpreendê-los com soluções criativas e inovadoras. “O caso da Whirlpool mostra que a CSN não só apresenta as modificações como também é capaz de colocá-las em prática para o cliente”, observa.

Outro exemplo que comprova a versatilidade do Centro de Pesquisas é o trabalho realizado para as embalagens da Nestlé. Desenvolvida em 2003. a lata litografada do Leite Moça chegou ao mercado no ano seguinte como a primeira no mercado brasileiro a usar a tecnologia de lata expandida em larga escala. “Foi uma iniciativa que gerou diferenciação de produto, au-mentou o apelo mercadológico e foi aplicada a outras embalagens da Nes-tlé, como a do Nescau”, explica Luciana Shoji, especialista em marketing.

A excelência nos resultados serviu para fortalecer a parceria entre as du-as empresas. Segundo Luciana, essa relação pode significar futuros projetos para a CSN. “É uma troca de benefícios: enquanto a Fiat consegue melho-rias em resistência e qualidade para seus veículos, nossa engenharia desen-volve novos produtos que aumentam nosso know-how”, afirma. A Gerên-cia de Marketing também se beneficia diretamente de processos de inovação. “Conseguimos fomentar novos mercados com o apelo da inovação e obter credibilidade em negócios que já estão consolidados”, completa a especialista.

Construção no bairro plataforma, em Congonhas (mg), usa o gl framing.

da esq. à dir., luís fernando martinez, diretor Executivo Comercial, osias galantine, CEo do grupo purchasing da fiat para a américa latina, e paulo roberto da luz, diretor adjunto de Compras da fiat automóveis .

buscamos a satisfação e o reconhecimento dos clientes

valores Csn

fotos: divulgação Csn

Page 7: Matéria-Prima #13

72011 < DezembRO < matéria−prima

suplemento do Jornal matéria-prima Nº 13 | ano 3 k dezembro | 2011 k www.csn.com.br

gentea vitrine dos nossos talentos

obramãos à

voluntariado se espalha entre os empregados da Csn® págs. 8 e 9

neto de um dos fundadores, rodrigo mantém a história viva ® pág. 10

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8 matéria−prima > DezembRO > 2011

Quando Israel Mario Gomes (à esq.), 57 anos, che-gou a Itaguaí (RJ), em 1976, encontrou uma situa-ção muito diferente da esperada. Natural de Araca-ju (SE), ele migrou para o sudeste em busca de um emprego na área cartográfica, setor que crescia na época por conta da construção do Porto de Itaguaí. “Encontrei uma cidade pouco desenvolvida, com tudo a céu aberto”, conta Israel, que, após entrar na empresa, passou a trabalhar na parte de opera-ções de granéis de importação da CSN.

Israel decidiu ficar, apesar da pouca infraestru-tura, contrariando a opinião de outros colegas que haviam feito o mesmo trajeto e estavam em Itaguaí há tempos. “As pessoas diziam que eu estava per-dendo meu tempo em Itaguaí”, lembra. Israel logo fez amigos, conseguiu um emprego na construção do Porto e encontrou uma turma interessada em se mobilizar por melhorias na cidade.

Em 1995, ele finalmente viu seus esforços e per-sistência valerem a pena, ao conseguir incentivos e parcerias necessárias para fundar a Associação de Moradores e Amigos dos Bairros São Francis-co, Inouê e Vale do Sol, que nasceu para oferecer condições dignas de saúde e bem-estar à popula-

ção de Itaguaí. “Uma de nossas maiores conquis-tas foi a reforma do modelo de saneamento bá-sico e de fornecimento de água”, conta ele, que ganhou o apelido de Merica. “Antigamente, al-guns bairros não tinham acesso nem mesmo a es-sas funções básicas.”

Hoje, a realidade de Itaguaí é outra. E ainda as-sim Israel quer mais. Sempre em busca de novas ideias para o desenvolvimento da cidade, Israel se reúne com os 80 voluntários da associação para discutir as próximas ações. Na última conversa debateram a construção de uma quadra polies-portiva para uma comunidade carente. “Estamos negociando o terreno com a prefeitura e tentando angariar fundos para começar a obra”, adianta.

A dedicação de Israel é tamanha que ele teve seu trabalho reconhecido pela Prefeitura da cidade. No dia 5 de julho deste ano, no aniversário de Itaguaí, Israel foi homenageado com título de cidadão ita-guaiense. “O Merica ficou muito emocionado. Ele é considerado uma referência por seus companhei-ros de trabalho, porque faz com amor sua ativida-de, seja pela CSN, seja pela cidade”, aponta o co-ordenador Luiz Edgard de Andrade.

© 1© 1

Empregados da CSN

mudam histórias de famílias

brasileiras e ajudam cidades a

se desenvolver

do bemCorrente

a vitrine dos nossos talentosgente

Page 9: Matéria-Prima #13

92011 < DezembRO < matéria−prima

Há nove anos, o assistente de administração de pessoal José Carlos de oliveira tira os sábados e domingos para entrar em campo com os jovens futebolistas do projeto Cidaço. Criada pelo próprio José Carlos, a iniciativa reúne crianças do bairro retiro, em volta redonda (rJ), para treinar futebol. mas só é escalado quem tem nota boa no boletim. “a gente faz esse controle para que as crianças e os jovens nunca se esqueçam da importância do estudo”, conta José Carlos.

o projeto surgiu com o objetivo de oferecer uma opção de lazer aos pequenos, mas foi crescendo e hoje conta com 52 participantes, com idade entre 6 e 13 anos. toda a estrutura do Cidaço, desde o campo até a chuteira dos garotos, é coordenada por José Carlos. “Eu faço esse trabalho porque tenho a consciência de que sou um agente transformador. nós podemos mudar a vida das pessoas para melhor”, afirma o orgulhoso “professor”.

apesar de prestigiar a diversão dos garotos, José Carlos não nega que alguns deles podem até levar a carreira de jogador a sério. “temos um ex-aluno que já está treinando no volta redonda. mas essa ideia de se profissionalizar não é o nosso foco. se isso acontecer, é por total mérito do garoto”, diz.

driblando os problemas

9

Valorizamos a gestão integrada

e o trabalho em equipe

valores Csn

© foto Capa: riCardo tosCani ©1,3 riCardo tosCani ©2 wallaCE fEitosa

um teto para o brasil

a ambição de ana macarena ruiz tros-ter, trainee de ri da Csn, é ainda maior que a de israel: montar moradias para toda a américa latina. ela faz parte da equipe de voluntários da ong um teto para meu pa-ís (utpmp), que tem como proposta dis-seminar o voluntariado entre jovens para a construção de casas populares em comu-nidades carentes.

ana conta que descobriu a ong por indi-cação do primo e do irmão, que já participa-vam do projeto. “logo me interessei e quis participar. no ano passado fiz minha primei-ra construção, em osasco (sp), que foi incrí-vel”, diz. a experiência foi tão intensa que ana resolveu compartilhá-la com os outros trainees da empresa. “ela nos mandou um e-mail super apaixonado, apresentando a ong e nos convidando para participar da próxima construção”, afirma isabel Coelho larcher, trainee da gerência de Comunicação.

a iniciativa deu certo e ana não só conse-guiu 22 voluntários para ajudá-la como tam-bém arrecadou o dinheiro necessário para a construção de uma casa. “uma casa cus-ta em média r$ 3,5 mil e nós conseguimos mais de r$ 5 mil”, revela. nos dias 10 e 11 de dezembro, o grupo saiu do escritório da Csn em são paulo e seguiu para a Zona nor-te da cidade. divididos em duas turmas, eles se revezaram para conseguir entregar a ca-sa a tempo. “passamos 26 horas trabalhan-do em ritmo intenso, durante dois dias, mas valeu a pena. é muito gratificante ver a re-ação da família depois que tudo está pron-to”, conta isabel. “entramos numa reali-dade totalmente diferente. a gente muda, eles mudam, é uma troca enriquecedora.”

o trabalho do grupo da Csn serviu para colaborar com a meta do utpmp de alcan-çar, em 2011, a marca de mil casas constru-ídas. desde quando chegou ao brasil, em 2006, a ong já foi responsável pela obra de 854 moradias de emergência, mobili-zando mais de 4 mil voluntários.

daniel paulino (à esq.), advogado

pleno na Csn, e gabriella botelho, trainee da gerência

de fusões e aquisições (ao lado)

erguem uma casa de emergência

na comunidade souza ramos, em

são paulo. eles fazem parte

do grupo de voluntários

da Csn que ajuda a ong um teto

para o meu país.

Page 10: Matéria-Prima #13

10 matéria−prima > DezembRO > 2011

Consideramos a cultura CSN o alicerce

da nossa atuação

valores Csn

© fotos: riCardo tosCani

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Neto mantém a ligação de Edmundo de Macedo Soares e Silva com a empresa

Herdeiro da história

Rodrigo segue os passos do avô, que foi decisivo na construção da Usina Presidente Vargas.

edmundo decidiu-se por Volta Redonda por razões de custos e logística, como registrou em seu livro.

Considerado o pai da siderurgia no Bra-sil, o general Edmundo de Macedo So-ares e Silva (1901-1989) trabalhou ati-vamente na criação da CSN e presidiu a

empresa entre 1954 e 1959. A relação da famí-lia com a CSN continua com o neto do general, o advogado Rodrigo de Macedo Soares e Silva, de 35 anos, da Diretoria Jurídica, em São Paulo.

Essa continuidade soa natural, pois Rodrigo cresceu ouvindo histórias sobre a empresa à qual o avô dedicou boa parte de sua vida. “Por isso, trabalhar aqui é motivo de grande felicidade pa-ra mim”, diz ele, que está na CSN desde setembro do ano passado. “Quando um amigo entrou na CSN, fiquei sabendo que a empresa tinha trans-ferido o escritório central para São Paulo. A par-tir daí, o sonho de trabalhar aqui se tornou mais próximo”, afirma o advogado.

Apesar do orgulho que tem do avô, Rodrigo não comentou sobre o parentesco com os cole-gas, depois que entrou na empresa. A discrição só resistiu até o lançamento do calendário come-morativo dos 70 anos da CSN, que, por razões óbvias, faz menção à Fundação General Edmun-

nome edmundo, sobrenome CsnDurante a década de 1930, o general edmundo de macedo Soares e Silva participou de comissões e conselhos sobre siderurgia que culminaram na criação da CSN. ele elaborou o projeto da UPV e foi diretor técnico na época de sua fundação, em 1941. Depois, presidiu a CSN de 1954 a 1959.

bem antes disso, deu os primeiros passos para entrar para a História, ao participar da Revolta do Forte de Copacabana, em 1922, episódio que deu início ao movimento tenentista. isto lhe rendeu alguns anos de reclusão no presídio de ilha Grande. “a minha história preferida dele é sobre a fuga de ilha Grande”, diz o neto. “Depois de ficarem alguns dias escondidos na floresta, meu avô e seus companheiros de fuga tomaram um trem vestidos de mulher”, diz. Naquela época, homens e mulheres viajavam em vagões separados. “a fuga deu certo porque eles se esconderam no vagão feminino”, conta. ao chegar ao Rio, edmundo pediu asilo na embaixada do Peru e daí foi para o exílio, na França.

edmundo aproveitou o exílio francês para estudar metalurgia. Quando voltou ao brasil, em 1930, dedicou-se a trabalhar pela implantação de uma grande usina siderúrgica. Nacionalista como todo militar, edmundo queria transformar o brasil em um país industrial, condição fundamental para manter a independência e a soberania em um mundo abalado pela Segunda Guerra mundial.

além do projeto da UPV, edmundo fez estudos de localização da usina; integrou o comitê negociador do empréstimo junto ao eximbank que viabilizou a construção da UPV; elaborou o programa da usina; participou até da contratação de técnicos e engenheiros. Supervisionou a construção da UPV, período em que residiu na Fazenda Santa Cecília. “ele gostava de contar histórias dessa época, sobre a vida na fazenda e a construção”, relembra Rodrigo.

do de Macedo Soares e Silva, antigo nome da Fundação CSN. “Um colega perguntou, meio de brincadeira, se era meu parente, e não pude ne-gar”, conta Rodrigo.

O neto do general Edmundo de Macedo Soa-res e Silva lembra com carinho do avô. E não se esquece da primeira vez que visitou a Usina Presi-dente Vargas (UPV), em Volta Redonda, no fim dos anos 80, em companhia daquele que fora um dos criadores da empresa. “Um momento que me marcou profun-damente”, diz Rodri-go, cheio de orgulho. “Ao examinar antigas atas do Conselho de Administração, cons-tatei que meu avô foi ligado à empresa a vi-da toda”, diz. “A CSN é seu maior legado.”

a vitrine dos nossos talentosgente

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112011 < DezembRO < matéria−prima

Em parceria com o SESI, CSN inaugura biblioteca

Com o objetivo de estimular o gosto pela leitura entre os empregados, a Csn, em parceria com o sEsi-mg, inaugurou em novembro duas bibliotecas em sua unidade de mineração, em Congonhas. uma, com 200 livros, no escritório da mina Casa de pedra e outra, com 160 títulos, na mina propriamente dita. a biblioteca conta com livros de ficção e literatura em geral. livros técnicos não fazem parte do projeto. para se cadastrar e ter acesso ao acervo, o empregado deve procurar os responsáveis pela biblioteca em sua área e preencher uma ficha com seus dados. nessa ficha, constará o livro emprestado e data para devolução. os livros podem ficar com os empregados por 15 dias, caso ele seja da mina, e 7 dias, se for empregado do administrativo.

“tenho ido uma vez por semana na biblioteca. na primeira semana, peguei um livro, já li e agora estou com o segundo. adorei a iniciativa, que vai me ajudar a escrever melhor e também pelo prazer da leitura”, afirmou o aprendiz Caio vidal, de 22 anos, que até meados de 2012 deve se tornar um operador de máquina em Casa de pedra.

para celebrar a nova biblioteca e explicar o funcionamento, o sEsi levou o grupo teatral trampulim para explicar aos empregados a responsabilidade do prazo de empréstimo, uma vez que não há multa por atraso, e sobre a conservação do acervo, além de estimular e incentivar à leitura.

além de Casa de pedra, a biblioteca está na unidade de arcos (mg) e em 2012 será levada à namisa, também em Congonhas. o acervo da biblioteca é renovado a cada três meses. “é uma forma de manter o interesse pela leitura sempre vivo. para nortear essa renovação, nós fazemos pesquisas para saber o que os leitores estão buscando, se é mais literatura brasileira, russa ou autoajuda”, afirma raquel moraes, bibliotecária do sEsi e responsável pela parceria.

a biblioteca não promoverá apenas o acesso à cultura, mas também ajudará a aliviar o orçamento do empregado leitor. “Com a iniciativa, não vou precisar mais comprar livro. posso pegar daqui, que é de graça e ainda tem bastante”, disse o empregado Caio. “para escolher, eu leio a sinopse, se eu gostar, já é um ponto positivo. para definir se o livro vai para casa ou não eu olho a ficha de saída. se muita gente já leu, isso quer dizer que é bom, ai eu levo”, explica.

Casa de pedra e de livros

Capital paulista receberá centro de reciclagem especializado em latas de aço

sucata fina

acidade de São Paulo vai ganhar, no primeiro trimestre de 2012, seu primeiro centro de reciclagem especializado em sucata de latas de aço. Idealizado pela Associação Brasileira de Embalagens de Aço (Abeaço)

e com apoio da CSN e do Sindicato Nacional de Estamparia de Metais (Si-niem), o centro receberá latas e tampas de aço de cooperativas de reciclagem e catadores de sucata, facilitando a logística reversa de embalagens de aço. Entre os patrocinadores da iniciativa estão grandes fabricantes de latas de aço como Prada Embalagens, Rimet, Aro, Brasilata, Cerviflan, CMP, Igua-çu, JBS, Mococa, Módulo, Novalata, Renner, Silgan White Cap e Valença.

De acordo com Thaís Fagury, gerente executiva da Abeaço, a iniciativa pretende manter um canal simples e direto entre produtores e consumidores de latas de aço. “No centro, poderão ser recicladas todas as embalagens de aço, seja qual for o segmento”, diz. Como as embalagens não geram resí-duos, mas insumos, o material pode ser inteiramente reciclado e continuar com alto valor comercial e com custo ambiental reduzido para a indústria. Isso representa grande vantagem para a CSN, que usa o aço pós-consumo como matéria-prima para os processos siderúrgicos.

A iniciativa contará com um espaço físico de cerca de 1.000m2 que será construído na Grande São Paulo, região onde se encontra o maior núme-ro de cooperativas de reciclagem e de catadores de sucata. Segundo a exe-cutiva, o centro de reciclagem chega para formalizar o apoio da CSN em relação à reciclagem de metais. “O objetivo é que tenhamos um incremen-to no índice de reciclagem das latas de aço e retorno econômico mais justo para cooperativas e catadores, bem como oferecer opção de descarte ade-quado a consumidores e outros membros das comunidades locais”, afirma.

Sem fins lucrativos, o centro será mantido com parte da verba arrecadada pelas vendas de sucata de embalagens de aço pós-consumo. “Toda a quantia arrecada-da será revertida em benesses para o próprio centro, ampliação do escopo, auxí-lio ao fomento de cooperativas e criação de novos centros”, afirma Thaís Fagury.

Defendemos uma atuação

social e ambiental responsável

valores Csn

SUSteNtabiliDaDe

Page 12: Matéria-Prima #13

12 matéria−prima > DezembRO > 2011

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Lançado em novembro, o CD “Novos Brasis” foi uma experiência inesquecível para os 75 bolsistas da

Orquestra Sinfônica Jovem da FCSN

a Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação CSN lançou seu primei-ro CD, “Novos Brasis”, em quatro concertos realizados em no-vembro. O primeiro aconteceu no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP), seguido de uma apresentação em Congonhas (MG) e

duas em Volta Redonda (RJ). O disco que foi distribuído como presente a todos os empregados da CSN neste Natal.

Gravado em abril, o CD tem um repertório 100% brasileiro, mesclando música erudita e popular, com composições de Heitor Villa-Lobos (“Con-dessa” e “O trenzinho do caipira”), Antonio Carlos Jobim (“Tema do amor de Gabriela”), Dorival Caymmi (“Canoeiro”), Zequinha de Abreu (“Tico-tico no fubá”), Vinicius de Moraes (“Valsa de Eurídice”), Alberto Nepo-muceno (“Batuque”) e dos próprios Dori Caymmi (“O cantador”, parce-ria com Nelson Motta) e Nelson Ayres (“Mantiqueira”).

Produzido por Rodolfo Stroeter, músico de grande experiência no cená-rio nacional e internacional, teve a participação de outros nomes de pon-ta, como o pianista e arranjador Nelson Ayres, o violonista, arranjador e

ReSPONSabiliDaDe SOCial

sonho

fotos: lEandro Joras

realizado

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fCsn, formação profissional de qualidade

Ao oferecer oportunidades para jovens se qualificarem com excelência para o mercado de trabalho, a Fundação CSN desempenha uma relevante função social. Educação profissionalizante faz parte da nossa história há mais de 50 anos.

Com 1.838 alunos, nossas duas escolas técnicas – o CET, em Congonhas, e a ETPC, em Volta Redonda – são referências na formação profissional em suas regiões e preparam mão de obra qualificada para a CSN e a Namisa. Formamos técnicos em metalurgia, mecânica, eletromecânica, mineração, segurança do trabalho, informática e administração.

Para democratizar o acesso, desenvolvemos uma política de bolsas de estudo que prioriza alunos da rede pública. Além disso, por meio de parcerias com empresas e com o poder público são realizados diversos cursos profissionalizantes gratuitos.

Outras iniciativas com foco na capacitação profissional para comunidades em que atuamos são o Hotel-Escola Bela Vista, que oferece 176 vagas por ano para capacitação na área de serviços, e a Orquestra Sinfônica Jovem, referência na formação musical, ao atender a 75 bolsistas, sendo que 46 deles já estão seguindo carreira como músicos. Por sinal, o resultado deste trabalho pode ser constatado no CD distribuído com a cesta de natal.

Com todos esses projetos, formamos este ano 1.082 jovens. Passando por cursos de eletromecânica à música; de operador de equipamento de mina à hotelaria, todos com uma característica em comum: excelência profissional.Todo esse resultado é traduzido em feitos, como a nota obtida pelo CET no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). A escola alcançou a nota 660,15, a maior entre todas as instituições de ensino da Região do Alto Paraopeba (Congonhas, Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco).

compositor Dori Caymmi, o cantor Renato Braz e o arranjador Ruriá Du-prat. O maestro Marcelo Vizani é o regente da Orquestra Sinfônica Jovem.

O projeto encheu de orgulho os jovens instrumentistas. “Foi um trabalho construído em equipe, no qual colocamos todo o nosso talento. Exigiu muito esforço, horas de ensaios individuais e em grupo”, afirma a violista Liliane Fer-nandes, 22 anos. “Foi muito legal. Tínhamos uma expectativa muito grande em mostrar nosso trabalho. O CD vai dar mais visibilidade à Orquestra”, comemo-ra Vanessa Paim, flautista de 23 anos. “Foi a realização de um sonho, ganhamos muita bagagem”, constata o trompetista Neivison Machado da Silva, de 19 anos.

A receptividade do público nos quatro concertos ficará para sempre na memória dos bolsistas. “O clima foi maravilhoso, a emoção do público mexeu com a gente”, recorda Thalles de Souza Silva, percussionista de 20 anos. “Nunca tinha tocado em um teatro tão grande e tão bonito como o Auditório Ibirapuera. Chorei de emoção no final”, confessa Liliane. “O público de São Paulo gosta mesmo de música e é muito exigente, por isso foi incrível tocar para uma plateia assim”, afirma Vanessa.

Outro aspecto que agradou aos jovens foi a convivência com os convi-dados especiais Nelson Ayres, Dori Caymmi, Renato Braz e Rodolfo Stro-eter. Sem estrelismos, eles cativaram os músicos. “O clima durante as gra-vações foi ótimo. Eles nos ajudaram muito”, comenta Neivison. Vanessa destaca o tratamento de igual para igual e as brincadeiras que faziam com os membros da orquestra. “A convivência foi ótima, eles nos deixaram bem à vontade, relaxados. Passaram humildade para a gente, calor huma-no. Nos divertimos com eles, são pessoas maravilhosas”, aponta Thalles.

Um bom exemplo do astral que reinou entre os convidados e a orques-tra é esta anedota contada por Thalles, brincalhão nato, que gostava de imitar Renato Braz nos bastidores. “Depois da apresentação em Congo-nhas, fomos a um restaurante e a Maria Cristina Gribel, coordenadora da orquestra, pediu para eu imitar o Renato na frente dele. O Renato morreu de rir, o Dori e o Rodolfo também. Foi ótimo”.

Com exibições de gala em quatro concertos, a Orquestra Sinfônica Jovem da FCSN lança seu primeiro disco recheado de participações especiais.

andré leonardiGerente de Projetos da Fundação Csn

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eNtReViSta

© foto: riCardo tosCani

Especialista no setor automotivo, Ronaldo Salvagni destaca a importância do investimento das empresas em pesquisa

inovar é uma necessidade”

“De acordo com Ronaldo Salvagni, as empresas precisam investir em inovação ou deixarão de existir.

O Brasil precisa se desenvolver no setor de ino-vação para conseguir competir no mercado internacional e isso pode ser alcançado por

meio de parcerias entre universidades e empresas. A opinião é de Ronaldo Salvagni, uma autoridade no assunto. Professor de Engenharia Mecânica da Es-cola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e membro da diretoria da Associação Brasileira de Engenheiros Automotivos (AEA), Salvagni tam-bém defende a mudança do sistema de substituição de importações por um modelo que tenha como fo-co a exportação. “A inovação é uma necessidade da empresa, que precisa investir para ser competitiva”.

quais as vantagens de se investir em inovação?A inovação é um sintoma de desenvolvimento

do país, de independência e autossuficiência tecno-lógica. Isso indica que a nação tem a capacidade de desenvolver novas tecnologias, novos produtos, mas a grande vantagem da inovação é permitir que um país seja competitivo mundialmente no cam-po econômico. O Brasil deveria aproveitar o mo-mento da crise européia para investir em pesquisa e desenvolvimento, mas as ações ainda são tími-

das. A política do governo para inovação é mais voltada ao mercado interno, e isso dificulta a no-ção de competitividade. Aliás, o Brasil investe mais em novidade do que inovação.

quais as diferenças entre inovação e novidade?Quando se fala no mercado interno brasileiro, é

preciso diferenciar inovação de novidade. A inova-ção é uma necessidade, a empresa não a desenvol-ve porque quer, ela a desenvolve para competir. E a competição tem que ser no cenário aberto, não só no mercado interno. Se ela é só desenvolvida aqui dentro, não é inovação, é novidade. Por exemplo, se uma empresa desenvolve o projeto de um car-ro elétrico aqui no Brasil, com tecnologia e auto-nomia própria, e começar a exportar o protótipo para o mundo, temos uma inovação. Agora, se ela traz um novo modelo de carro elétrico importado para vender no Brasil, então falamos de novidade.

faltam incentivos para desenvolver inovações?

O governo destina cerca de 1,2% do PIB brasi-leiro para pesquisa e desenvolvimento, mas eu não acho que a questão seja a quantidade de investi-

mento. A inovação não surge pelo investimento do governo. Como eu disse, inovação é uma ne-cessidade da empresa. Ela precisa investir nisso ou deixa de existir. O caminho correto seria a propos-ta de inovação partir da empresa e só depois sur-giria a ajuda do governo. No caso do setor auto-motivo, temos um Brasil que figura entre os dez maiores produtores de veículos mundiais, mas que é o único do ranking que não tem uma mon-tadora nacional própria. Geralmente, a montado-ra investe em inovação no seu país de origem, por ser um investimento caro ou arriscado. Se a gen-te não tem empresas brasileiras com esse foco, fi-ca complicado. O Brasil precisa inaugurar centros de pesquisas nacionais, com foco na exportação.

tanto as fornecedoras quanto as montadoras devem trabalhar em inovação?

Eu acho que as duas coisas devem acontecer: no caso da CSN, é importante investir em estudos sobre aços especiais para acompanhar e até mes-mo competir com produtores globais. Mas não há problema em começar a desenvolver inovações para atender as demandas das montadoras. Outro nicho é quando uma empresa que produz carros aqui está gastando muito com importação de aço. Se o aço da CSN, que é produzido aqui, representa essa inovação, as montadoras podem iniciar par-cerias com esse diferencial econômico.

parcerias com universidades podem ter efeitos positivos nesse processo?

Sem dúvida. Aliás, é o que acontece nos países onde estão as matrizes das grandes multinacionais. Todas as matrizes fazem pesquisa de inovação com forte participação da universidade. No Brasil, es-sa interação ainda é tímida. Mas se você analisar países como Estados Unidos, Japão, Coreia, Euro-pa, há uma interação bastante forte. Isso também tem a ver com o fato dessas nações terem escolhi-do privilegiar a exportação. No Brasil, temos um sistema de substituição da importação. E isso traz mais fábricas, mais mão de obra, do que investi-mentos em inovação. A parceria da CSN com a Universidade Federal Fluminense (UFF) em Volta Redonda é excelente e foi estabelecida pela proxi-midade entre as instituições, mas seria interessante manter vínculo com outras universidades para au-mentar o número de estudos em relação à inova-ção. A CSN tem espaço para crescer nesse sentido.

incentivamos o respeito

às pessoas e a confiança mútua

valores Csn

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© foto: arquivo Csn

a mina de Casa de pedra nasceu em 1946, após o decreto-lei 9.002 do governo federal que possibilitou a utilização das jazidas de minério de ferro em Congonhas,resolvendo uma questão crucial para o início da produção de aço na usina presidente vargas. Hoje, a mina de Casa de pedra é o pilar de um dos principais negócios da Csn.

VaNGUaRDa DO açO

momEntos HistóriCos

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UM FUTURO MAIS LEVE E INOVADOR

2012

FELIZ ANO NOVO!

Invista em novas ideias e faça a diferença!

A CSN comemora o ano novo com soluções que revolucionam o mercado e respeitam a natureza.