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Número 130 – Ano XV – novembro/dezembro 2011 Alberto de Camargo Vidigal Leia a mensagem do presidente do Sindloc SP, fazendo balanço positivo de 2011 e projetando ainda mais crescimento em 2012. Página 2 Osmar Roncolato Presidente da ABEL (Associação Brasileira de Leasing)/Bradesco responde perguntas de empresários do setor de locação sobre crédito. Página 6 Marcelo José Araújo O especialista em Direito de Trânsito contratado pelo Sindloc SP para prestar assessoria às associadas fala sobre apreensão de veículos. Página 9 José Roberto Filho Contabilista alerta sobre as dúvidas referentes às férias coletivas e as condições corretas em que podem ser concedidas. Página 10 O Sindloc SP deseja a todo o setor de locação de automóveis, em especial às locadoras do Estado de São Paulo, ótimas festas e um 2012 ainda melhor, com mais negócios, mais clientes e muito, muito sucesso!

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O Sindloc SP deseja a todo o setor de locação de automóveis, em especial às locadoras do Estado de São Paulo, ótimas festas e um 2012 ainda melhor, com mais negócios, mais clientes e muito, muito sucesso!

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Número 130 – Ano XV – novembro/dezembro 2011

Alberto de Camargo VidigalLeia a mensagem do presidente do Sindloc SP, fazendo balanço positivo de 2011 e projetando ainda mais crescimento em 2012.Página 2

Osmar RoncolatoPresidente da ABEL (Associação Brasileira de Leasing)/Bradesco

responde perguntas de empresários do setor de locação sobre crédito.

Página 6

Marcelo José AraújoO especialista em Direito de Trânsito

contratado pelo Sindloc SP para prestar assessoria às associadas fala

sobre apreensão de veículos.Página 9

José Roberto FilhoContabilista alerta sobre as dúvidas referentes às férias coletivas e as condições corretas em que podem ser concedidas.Página 10

O Sindloc SP deseja a todo o setor de locação de automóveis, em especial às

locadoras do Estado de São Paulo, ótimas festas e um 2012 ainda melhor, com mais

negócios, mais clientes e muito, muito sucesso!

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Expediente

EDITORIAL

TOME NOTA

Informe Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuído gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros, jornalistas.

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eládio Paniagua JuniorDiretor-Financeiro: Luis Carlos de Carvalho Pinto LangDiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Conselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha Junior.Edição: RAF ComunicaçãoJornalista Responsável: Olivo Pucci (MTb 22.949)Diagramação: Matiz Design ([email protected])Impressão: NeobandTiragem: 5 mil exemplaresEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23Telefone: (11) 3123 – 3131e-mail: [email protected]

É permitida a produção total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

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SP

Virada de ano!

Estamos chegando ao final de 2011, que passou vo-ando, em alta velocidade. Foi, sem dúvida, mais um óti-mo ano para o nosso setor. Daí, até, minha dificuldade em destacar um único fato. Poderíamos citar os números da locação de automóveis no Brasil e, especificamente, no Estado de São Paulo; o crescimento do mercado de terceirização de frotas; os eventos internacionais reali-zados por aqui; a eficiência do trabalho das empresas locadoras; enfim, notícias muito positivas e animadoras. Ainda tivemos mais uma edição bem-sucedida do Fórum e Salão da ABLA e os cursos e eventos de congraçamento e negócios do Sindloc SP, que realizamos com eficiência

Evento de confraternização

No dia 28 de novembro (uma segunda-feira), a partir das 20h, dirigentes das locadoras de automó-veis, parceiros, representantes de montadoras e fi-nanceiras foram recebidos pela diretoria do Sindloc SP para o grande evento de confraternização de fim de ano do Sindicato. O jantar foi oferecido no Brooklyn Restaurante, em São Paulo (Rua Baltazar Fernandes, 54). O encontro foi a oportunidade perfeita para o setor comemorar as conquistas de 2011, ano que também marcou os 20 anos de criação do Sindloc SP. A cobertura completa do evento você acompanha na próxima edição do Informe Sindloc SP. Não perca.

MONTADORAS

FiatRobusto e imponente. São os principais adjetivos do Novo Fiat Palio, que chega ao mercado com linhas atraentes, modernas e esportivas. O ha-tchback, que ao longo de sua trajetória já soma mais de 2,5 milhões de unidades vendidas no País, está disponível em três opções de motor (Fire 1.0 e 1.4 EVO; e 1.6 16V E.torQ, todas Flex) e seis versões: Attractive 1.0, Attractive 1.4 (foto), Essence 1.6 16V, Essence1.6 16V Dualogic, Sporting 1.6 16V e Sporting 1.6 16VDualogic.

VolkswagenEquipada com motores TDI diesel Turbo e Bi-turbo, que garantem alto tor-que e baixos níveis de consumo e emissão de poluentes, a Amarok 2012 chega às concessionárias nas versões Highline, Trendline, Cabine Dupla 4x2 e Cabine Dupla 4x4. A pick-up possui atributos como tela sensível ao toque e sistemas de navegação e Bluetooth, além de sensor traseiro de estacionamento, volante com comandos do sistema de som e airbag duplo para motorista e passageiro.

Fotos: Divulgação Montadorasdurante 2011 e que seguiremos fazendo também no ano que vem. O ano que vem, 2012, será um ano de eleições municipais, o que certamente trará consequências para todos os setores de atividade. Com a locação de auto-móveis, não é diferente. No entanto, o Brasil vem dando sinais de maturidade, de uma democracia cada vez mais amadurecida, o que por outro lado também nos dá uma segurança maior. Digo isso em relação à continuidade dos nossos investimentos e em relação à aplicação efeti-va dos nossos planejamentos estratégicos para o ano que vem, apesar das eleições e das naturais turbulências que elas ainda geram no mercado.

Certamente, nossos resultados poderiam ter sido ain-da melhores. Disso não temos dúvida, pois os empresá-rios da locação de automóveis do Estado de São Paulo se mostram cada vez mais preparados para o negócio. Bas-ta, agora, que em 2012 as linhas de crédito sejam facili-tadas, o que será essencial para as locadoras de automó-veis poderem ampliar ainda mais suas frotas, no sentido de atender a também crescente demanda dos clientes.

As perspectivas são as melhores possíveis e, podem ter certeza, o Sindloc SP trabalhará muito para ajudar as locadoras de automóveis a atingi-las. Podem contar co-nosco. Boas festas e um excelente Ano Novo!

*Alberto de Camargo Vidigalé presidente do Sindloc SP

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EVENTO EVENTO

Fotos: Jacinto Alvarez

Sindloc SP reúne o se

Osmar Roncolato (ABEL/Bradesco) e Alberto de Camargo Vidigal (Sindloc SP)

Alberto Vidigal Filho, Luciana Vidigal, Anna Helena Vidigal (Freecar Locadora), Alberto de Camargo Vidigal (Sindloc SP), Osmar Roncolato e Carlos Tafla (ABEL)

Diretoria do Sindloc SP recebeu os dirigentes da ABEL

Alberto de Camargo Vidigal (Sindloc SP), José Adriano Donzelli (Conselho ABLA), Roberto Bottura (Grand Brasil/Fiat) e Alberto Faria (Conselho ABLA)

Luis Carlos de Carvalho Pinto Lang, Paulo Bonilha Jr., Alberto de Camargo Vidigal, Eládio Paniagua Jr. e Paulo Miguel Jr. (todos do Sindloc SP)

Evento teve grande adesão entre os empresários do setor

Noite de congraçamento promovida pelo Sindloc SP favoreceu a união do setor no Estado de São Paulo

Roberto Bottura, diretor de vendas diretas da Grand Brasil/Fiat, patrocinadoras do encontro empresarial

No final de outubro, o Sindloc SP ofereceu um jantar para dirigentes de locadoras no moderno restaurante Vi-collo Nostro, no bairro do Brooklin, em São Paulo (SP). O convidado especial foi Osmar Roncolato, da ABEL (Asso-ciação Brasileira de Leasing)/Bradesco, que além de fazer uma ótima palestra sobre a situação econômica no Brasil e no Exterior, ainda respondeu a uma série de perguntas

sobre a questão do crédito para as locadoras de automó-veis (veja nas páginas 6 e 7).

Com tudo isso, mais uma vez o grande objetivo do Sindloc SP foi alcançado. Houve plena integração entre os empresários do setor e parceiros importantes, tais como a rede de concessionárias Grand Brasil e a Fiat Au-tomóveis, patrocinadoras do encontro.

O presidente do Sindloc SP, Alberto de Camargo Vi-

digal, abriu a noite e destacou que a atual diretoria do sindicato “merece parabéns por mais esta iniciativa, bem apropriada para estimular o relacionamento e a união do setor em São Paulo”, afirmou. “Novas ideias, soluções, alternativas e sugestões para questões importantes para a realidade do setor de locação de automóveis no Estado de São Paulo sempre acabam surgindo em nossos even-tos”, lembrou Vidigal.

O presidente acrescentou e reiterou que o Sindloc SP fará novos eventos nos mesmos moldes, durante todo o ano de 2012. “O interesse que nossos eventos de confra-ternização e negócios tem gerado no setor provam que essa ideia vingou. Nossa intenção é essa mesma e, por isso, vamos em frente, fazendo ainda mais no ano que vem”, garante o presidente.

tor no Vicollo Nostro

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CRÉDITO CRÉDITO

Paulo Gaba Jr., presidente do Conselho Nacional da ABLA (Sixt): É muito bom falar com quem entende do nosso setor tanto quanto nós mesmos, ou seja, uma das “autoridades” em locação de automóveis. Sendo as-sim, seria importante perguntar o motivo desta atual res-trição de crédito às locadoras, levando em conta que não existe outro setor que gere tanto caixa e tantas garantias como o nosso. Por que isso acontece?

Osmar Roncolato: Na verdade, cada empresa tem seu perfil. Não só o perfil da locação do veículo, ou seja, o tipo de uso do veículo, o tempo de troca, mas também porque verificamos que existem empresas mais capitali-zadas e empresas menos capitalizadas. Não existe banco que deixaria de financiar qualquer locadora interessada em financiar 50% do valor do bem. O que a gente verifi-ca é que tem uma forma de geração deste financiamen-to. É comum a locadora chegar ao banco e apresentar como garantia um número “x” de carros, que pela tabela FIPE asseguraria “x” de garantia. O produto do banco não é carro, não queremos pegar carros de nenhuma lo-cadora, o que queremos é o retorno do nosso capital investido. Nosso negócio não é pegar carro de volta, é pegar o dinheiro de volta. Está havendo, também, uma espécie de mobilidade social entre as empresas, ou seja, microempresas se transformando em pequenas empre-sas, pequenas se transformando em médias, médias, em grandes. O crédito é confiança e informação. Você tendo informação consistente daquela empresa, o crédito in-variavelmente é concedido. A garantia mais líquida que existe é veículo, mas nós não queremos ter veículos, que-remos dar crédito e ter o crédito de volta. E a informação é a principal ferramenta. Tudo o que fizerem em prol da informação para os bancos, vocês estarão contribuindo para uma abertura que, com certeza, virá em benefício do crédito.

José Mário de Souza (Marina Locadora): Boa noite. Assim como o senhor explicou que o banco não deseja ter automóveis, é importante dizer que nenhuma locadora deseja devolver automóveis aos bancos. Quere-mos pagar corretamente. Todas as locadoras que tem um perfil, um histórico, dentro da ABLA, dentro do Sindloc

Osmar Roncolato, da ABEL/Bradesco, respondeu a todas as perguntas sobre crédito ao setor de locação

Debate sobre crédito com Osmar Roncolato

Osmar Roncolato, da ABEL (Associação Brasileira de Leasing)/Bradesco, responde perguntas de empresários e parceiros do setor sobre as atuais dificuldades das locadoras para a obtenção de crédito, cada vez mais necessário diante do rápido ritmo de crescimento da indústria do aluguel de automóveis no Estado de São Paulo. Confira.

SP, são empresas consolidadas e transparentes. Mesmo estas, estão com dificuldades de crédito. Vamos continu-ar vendo os bancos fecharem as torneiras para o nosso setor?

Osmar Roncolato: O banco vive da concessão de crédito e somos cobrados por isso, pois sem conceder crédito, nós não temos resultados. Eu me comprometo a pesquisar em outros bancos, mas posso falar por nós. Não alteramos uma vírgula na régua de concessão de credito. O banco adota critérios, via departamento de crédito, cuja grande ferramenta é a demonstração pa-trimonial de cada empresa, o nível de abertura de cada empresa. Nas próximas reuniões da ABEL, farei uma pes-quisa entre as associadas e me comprometo a dar um re-torno, especificamente sobre o que anda ocorrendo com o crédito para o setor de vocês.

Roberto Bottura (diretor de vendas diretas da Grand Brasil/Fiat): Com relação à venda de seminovos, como o mercado financeiro olha para o futuro, em rela-ção ao financiamento do carro usado? Esse setor sofre muito com isso, pois se as locadoras não conseguirem vender os usados, não farão a “roda girar”. Não poderão renovar a frota. A pergunta é: alguém está pensando se-riamente nisso?

Osmar Roncolato: Sim. O BC divulgou recentemen-te o crédito do mês de setembro. O crédito livre, con-

cedido com a captação própria do banco, excluídos, portanto, o crédito mobiliário, as operações de BNDES e as operações de crédito rural, que são operações de captação de outras fontes, que não a direta do banco, variou 1,66%. O crédito de financiamento de veículos cresceu 2,04%. O crédito de financiamento de veículos em 12 meses, ou seja, de setembro a setembro, cresceu 33%, enquanto o crédito como um todo, no Brasil, neste mesmo período, cresceu aproximadamente 18%. Então, como falei, na cadeia de financiamento de veículos, você financia o novo e, consequentemente, você também fi-nancia o usado. Quando você está fazendo a operação para aquele comprador do usado, você está olhando o risco individual de cada pessoa. Evidentemente, os princi-pais critérios de concessão são emprego e renda, porque você não tem como conceder um crédito se a pessoa não tiver capacidade de pagamento. Banco quer o retorno de sua operação e isso vale para qualquer segmento. Os bancos têm feito seu papel. Vocês podem argumentar que ainda não temos conseguido financiar todo o mer-cado de usados, mas aí o problema é de renda. Não vejo outra explicação, porque o crédito ao financiamento de veículos é um dos que mais cresce no País.

Carlos Mendes (Meridional Locadora): Existe um produto que estamos pleiteando faz algum tempo, que é o leasing operacional. Qual a perspectiva para termos este produto disponível para as locadoras?

Osmar Roncolato: Pergunta importante. Até agra-deço. Quem acompanha a ABEL sabe que sou entu-siasta deste produto. O Brasil é um País jovem, até na modalidade de financiamento. Acho que a maioria dos senhores já estava no mercado em 1990. Nós tivemos uma mudança significativa com a entrada do Plano Real. Vocês devem se lembrar que comprar carros no Brasil, na época, até porque a indústria era pequena e a pro-dução pouco superior a um milhão/ano, seguia a lógica do ágio. A pessoa comprava, usava por seis meses, um ano, e vendia por um valor mais caro, para comprar um outro e assim por diante. Quem comprava com menos ágio, vendia o automóvel para ter lucro. Neste modelo, não dava para ter o leasing operacional. Vivíamos um regime de inflação. Desde o Plano Real passamos a cami-nhar para um regime calcado em metas de inflação, com redução das taxas de juros. O leasing operacional só se tornará competitivo e viável em patamares de juros bai-xos. Um carro hoje no Brasil se deprecia, em média, 8% ao ano, tirando alguns modelos que perdem mais, outros menos. Mas o valor econômico de um carro sofre perda de 8% em média ao ano. A hora que você coloca isso na “panela” da taxa de juros, você verifica que o leasing operacional acaba não dando esse retorno. Não fecha a composição. Mas acredito que o leasing operacional terá o seu papel. Os EUA hoje colocam 80% da sua frota em

leasing operacional. Essa realidade vai chegar ao Brasil. Mas creio que ainda é um produto para futuro.

Fábio Cazerta (Alugue Brasil): Vamos sediar a Copa do Mundo e a Olimpíada. Se o banco empresta a 6,75% ao ano para o agronegócio, porque não pode emprestar a 6,75% ao ano para o nosso setor?

Osmar Roncolato: No Brasil, teremos de passar por uma reforma do sistema financeiro. Por que a taxa é de 6,75% ao agronegócio? Porque o BNDES empresta do Tesouro Nacional e, esses juros subsidiados, quem está pagando somos todos nós, na conta do Tesouro Nacio-nal. Este é um dos entraves que há no Brasil, que difi-culta a própria redução da taxa de juros. Quando você dá subsídio para alguém, outro alguém estará pagando a conta do outro lado. O ideal seria que os juros fossem civilizados para todo mundo, para todos os segmentos.

Marcos Guedes (Brisa Locadora): Você falou sobre qualidade da informação. Qual o prêmio que as compa-nhias têm em função da maior transparência dos seus números e como elas conseguem ganhar com isso, na

prática, do ponto de vista financeiro? E depois, qual a porcentagem de equity que o banco busca num finan-ciamento ideal? Por último, como você vê o mercado e o próprio banco, no financiamento ao nosso setor? Vocês irão incrementar investimentos no nosso setor ou irão reduzi-los?

Osmar Roncolato: O banco busca, essencialmente, transparência nas informações. Vejo isso até pelo que ocorre dentro do próprio Bradesco. Hoje, o nível de in-formação que damos no balanço do Bradesco é incrível. Abrimos todas as contas, explicando o que há dentro de cada uma. Nosso acionista, nosso investidor, quer saber de tudo, até para comprar a nossa ação. Caso contrá-rio, não compra. O mesmo conceito vale para o banco. No momento de conceder o crédito, o banco vai desejar entender o que há em cada linha de informação da em-presa. A veracidade, a confirmação dos dados. Na prá-tica, quem tem disclosure tem uma análise diferente de quem não tem. E a continuidade do disclosure também é fundamental. Não adianta fazer uma demonstração de informações, dados e resultados e, depois, na seguinte,

Mas sou sim um entusiasta deste setor, que tem um potencial enorme. Copa, Olimpíada, o Brasil é hoje um canteiro de obras. Eu acho que o segmento de locação tem muito a ganhar com isso. Acho que é um segmento respeitável

da economia e assim deve ser tratado.

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CRÉDITO TRâNSITO

O presidente da Comissão de Direito de Trânsito da OAB/PR, Marcelo José Araújo, consultor contratado pelo Sindloc SP para esclarecer dúvidas das locadoras associadas, fala nesta edição sobre os procedimentos em relação à apreensão de veículos. Veja.

Informe Sindloc SP: ‘Apreensão’ e ‘Retenção’ signifi-cam a mesma coisa?Marcelo José Araújo: Não. É comum ouvir que um ve-ículo apreendido pode ser liberado rapidamente após a resolução da irregularidade. Entretanto, há diferenças claras entre a penalidade da ‘Apreensão’ e as medidas administrativas de ‘Retenção’ e ‘Remoção’ do veículo. É importante que os empresários e profissionais do setor de locação de automóveis também saibam diferenciá-las. Ou seja, ‘Apreensão’ implica em penalidade, enquanto ‘Retenção’ e ‘Remoção’ se referem a medidas adminis-trativas.

Informe Sindloc SP: A apreensão de um veículo implica em qual penalidade ao infrator?Marcelo José Araújo: A penalidade de ‘Apreensão’ tem o real objetivo de privar, forçosamente, o infrator da posse do veículo com o qual ele cometeu a infração. Seria como tirar a bola do menino que quebrou a vidraça. Essa penalidade está prevista no Artigo 262 do Código de Trânsito, mas não está sendo aplicada na prática. O Artigo 173, que prevê apreensão de veículo que esteja envolvido em disputa de rachas, é um bom exemplo. A ‘apreensão’, mesmo com automóvel e motorista em situ-ação absolutamente regular, deve ser executada.

Informe Sindloc SP: E isso não ocorre?Marcelo José Araújo: Nem sempre. O que mais se vê é a aplicação de medidas administrativas em situações que mereceriam a aplicação da penalidade. A medida admi-

Especialista faz alerta sobre apreensão de veículos

nistrativa tem apenas o objetivo de impedir a circulação de um veículo irregular ou retirá-lo de um local onde a sua permanência seja irregular.

Informe Sindloc SP: Que trâmites têm de ser seguidos antes de se efetuar a apreensão do veículo?Marcelo José Araújo: A penalidade só pode ser aplica-da depois da conclusão de todos os trâmites do Proces-so Administrativo, tais como a Defesa Prévia, Recursos à J.A.R.I. e CETRAN. O resultado é o bloqueio do licencia-mento do veículo, para forçar sua apresentação ao órgão de trânsito. A punição é semelhante à ‘Suspensão do Di-reito de Dirigir’. De acordo com os critérios da Resolução 53/98 do Conselho Nacional de Trânsito, o proprietário pode ficar privado da posse do automóvel por até 30 dias.

Informe Sindloc SP: Qual o alerta que o senhor dá a respeito do assunto para os empresários do setor de lo-cação? Marcelo José Araújo: Em caso de infração cometida pelo condutor do veículo, seu proprietário (locadora) é quem sofrerá as implicações da lei. O pior é que, diferen-temente da Carteira de Habilitação, cujo registro nacio-nal (RENACH) fica definitivamente com a mesma pessoa, a propriedade do veículo pode ser transferida a qual-quer momento. Assim sendo, o proprietário fica sujeito, eventualmente, a responder por uma infração cometida quando o veículo já nem lhe pertence mais.

não haver consistência. Quando avaliamos uma informa-ção, no presente, é importante que ela possa ser con-firmada no balanço seguinte. No papel, tudo é bonito. Porém, muitas vezes, quando colocamos as informações nos bancos de dados e fazemos os cruzamentos neces-sários, nos deparamos com volumes de informações que efetivamente não estão acontecendo. Sobre o equity, não existe um equity ideal. Vou chutar um número aqui: 90% das operações de financiamento de caminhões se fazem com 90% de finame e 10% de equity. Tem diferença em relação a vocês? Eu diria que não tem. Vai muito mesmo da análise de concessão de crédito. Quando expliquei ao Paulo Gaba, não disse que exigimos 50% de equity, mas sim que, se você vir um crédito de 50%, com o empresá-rio disposto a dar 50%, cairá em aproximadamente 30% o nível de exigências do banco, se comparadas às exigên-cias de quem deseja 100% de financiamento. É mais ou menos essa a ideia. Mas, em tese, não se tem um equity ideal.

José Adriano Donzelli (Conselho ABLA): Gostaria de agradecer sua presença e, mais do que isso, a hones-tidade das respostas. Isso é importante. Estarmos próxi-mos de profissionais que entendem do nosso negócio e o tratam com a máxima honestidade. Mais do que uma pergunta, gostaria de fazer uma sugestão, um pedido. Somos um setor que alavanca o setor automobilístico. Somos responsáveis por comprar aproximadamente 10% de tudo o que as montadoras e importadoras produzem e importam. Nosso setor compra um carro a cada dois minutos. E somos sobreviventes. Pois, apesar de todas as dificuldades, sejam elas governamentais, tributárias, inflacionárias e creditícias, nós estamos aqui presentes, e respondendo por grande parcela do PIB Brasileiro. Um setor que faturou R$ 5,11 bilhões no último ano. Você falou algo que me chamou muito a atenção: não po-demos tratar igualmente os diferentes. Minha sugestão, meu pedido, é que dentro da ABEL, vocês plantem lá uma “semente”, junto aos analistas de crédito, para que o nosso setor não seja tratado de maneira igual aos de-mais. Quando compramos um carro, recebemos junto um carnê para pagarmos a conta. Ou seja, cada vez que coloco um ativo dentro da locadora, estou ‘piorando’ o balanço, porque estou trazendo junto com tal ativo um débito fantástico, de longo prazo, de 24 meses, de 12 meses. E, quando o banco vai analisar o meu balanço, fala, “poxa, esse cara só deve...”. Cada vez que eu anali-so nosso negócio, que vivencio o nosso negócio, eu vejo que uma locadora de automóveis é uma empresa muito mais financeira do que prestadora de serviço. Levando em conta somente que vai sobrar um carro no final da operação, nosso negócio não vira. Mas, se avaliarmos o negócio financeiramente, ou seja, coloquei ‘X’ reais neste negócio e daqui a tanto tempo vou vender este

carro, juntando com o faturamento da locação, menos o que eu dispus, e aí checar a viabilidade do negócio, então estamos falando de um negócio financeiro. É esta a análise correta. Precisamos de pessoas que tenham este entendimento claro dentro dos departamentos de crédi-to, para que possam fazer as análises corretas de nossos balanços. Temos uma gama de garantias que é incomum dentro do mercado. Talvez fazendo suas, minhas pala-vras, o ideal seria não tratar os diferentes igualmente. É este o pedido que tenho para fazer.

Osmar Roncolato: Entendo perfeitamente. E reitero que o Bradesco não muda uma vírgula na régua de credi-to de nenhum segmento da economia. Temos os relató-rios setoriais, a nossa área econômica prepara o relatório setorial de todos os segmentos e, a partir deles, temos

Osmar Roncolato, da ABEL/Bradesco, reiterou sua confiança no setor de locação

percepção do nível, do grau de dificuldade de cada setor da economia. Como falei, damos crédito a partir das in-formações das empresas. Quando eu falei em tratar dife-rentemente cada companhia, quis dizer que há nível de capitalização diferenciado em cada empresa, e temos de respeitar essa diversidade. Imagine, num dado momen-to, concedermos o mesmo crédito para quem tem perfis diferentes? Minha colocação foi nesse sentido. Mas sou, sim, um entusiasta deste setor, que tem um potencial enorme. Copa, Olimpíada, o Brasil é hoje um canteiro de obras. Eu acho que o segmento de locação tem muito a ganhar com isso. Acho que é um segmento respeitável da economia e assim deve ser tratado. Vou levar isso para a ABEL, com toda a certeza.

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TRABALHISTA

PELO INTERIOR PELO INTERIOR

TRABALHISTA

Lei do Aviso-prévio

Informe Sindloc SP: Qual o período máximo para a concessão de férias coletivas?

José Roberto Filho: A empresa pode conceder fé-rias coletivas pelo período máximo de 30 dias. Caso o descanso comum seja concedido por um período menor, o restante das férias pode ser completado por períodos individuais, de acordo com o direito de cada trabalhador.

Informe Sindloc SP: O benefício deve atingir todos os empregados?

José Roberto Filho: Não. Existe a possibilidade de que o benefício atinja todos os empregados da empre-sa ou alcance apenas determinados setores e estabele-cimentos.

Informe Sindloc SP: É permitido conceder férias co-letivas mais de uma vez ao ano?

José Roberto Filho: Sem dúvida. A lei permite que a empresa conceda férias coletivas até duas vezes ao ano.

Sempre que o fim do ano se aproxima, surgem dúvidas sobre a possibilidade de concessão de férias coletivas e as condições corretas em que estas podem ser executadas pelas empresas. Para esclarecê-las, José Roberto Filho, sócio diretor da JR&M Assessoria Contábil, comenta as principais normas presentes na CLT.

Dúvidas sobre férias coletivas

Porém, nenhum desses períodos deve ser inferior a dez dias. A empresa pode decretar férias de 10 dias em de-zembro e de 20 dias em outro mês do ano, por exemplo.

Informe Sindloc SP: Qual o artigo da CLT que trata do tema?

José Roberto Filho: É o artigo 139. Nele, inclusive, constam os três requisitos básicos para a concessão de férias coletivas. É importante saber que esses três requi-sitos precisam ser observados, ou seja, precisam ser cum-pridos em até 15 dias antes do início do recesso.

Informe Sindloc SP: Quais são esses requisitos?José Roberto Filho: São a comunicação ao Ministé-

rio do Trabalho, a comunicação ao Sindicato da categoria e a afixação de aviso nos locais de trabalho.

Informe Sindloc SP: O que é preciso comunicar ao Ministério?

José Roberto Filho: Quanto ao Ministério, a em-presa deverá comunicar, por escrito, as datas de início e término das férias coletivas e quais os setores que serão abrangidos pelo descanso. Para o Sindicato da categoria, valem exatamente as mesmas regras.

Informe Sindloc SP: E quanto aos avisos?José Roberto Filho: Os avisos devem conter a data

das férias e serem afixados nos setores da empresa que serão abrangidos pelo recesso. Tomando todos esses cui-dados, não há com o que se preocupar em relação ao tema férias coletivas.

Confira e guarde as tabelas enviadas por Paulo Vicente Pirolla, advogado especializado em Direito Trabalhista e Previdenciário, e redator do Departamento Editorial da IOB – Informações Objetivas.

TABELA DE AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO (LEI Nº 12.506/2011)

Item Tempo de Serviço na Mesma Empresa

Período Total de Direito ao Aviso-Prévio

Redução Proporcional do Aviso-Prévio Trabalhado em Nº de Dias na Dispensa sem Justa Causa

1 < 1 ano 30 dias 7 dias

2 > 1 ano e < 2 anos 30 dias 7 dias

3 > 2 anos e < 3 anos 33 dias 7,7 dias

4 > 3 anos e < 4 anos 36 dias 8,4 dias

5 > 4 anos e < 5 anos 39 dias 9,1 dias

6 > 5 anos e < 6 anos 42 dias 9,8 dias

7 > 6 anos e < 7 anos 45 dias 10,5 dias

8 > 7 anos e < 8 anos 48 dias 11,2 dias

9 > 8 anos e < 9 anos 51 dias 11,9 dias

10 > 9 anos e < 10 anos 54 dias 12,6 dias

11 > 10 anos e < 11 anos 57 dias 13,3 dias

12 > 11 anos e < 12 anos 60 dias 14 dias

13 > 12 anos e < 13 anos 63 dias 14,7 dias

14 > 13 anos e < 14 anos 66 dias 15,4 dias

15 > 14 anos e < 15 anos 69 dias 16,1 dias

16 > 15 anos e < 16 anos 72 dias 16,8 dias

17 > 16 anos e < 17 anos 75 dias 17,5 dias

18 > 17 anos e < 18 anos 78 dias 18,2 dias

19 > 18 anos e < 19 anos 81 dias 18,9 dias

20 > 19 anos e < 20 anos 84 dias 19,6 dias

21 > 20 anos e < 21 anos 87 dias 20,3 dias

22 > 21 anos 90 dias 21 dias

Paulo Vicente Pirolla – IOB – 13.10.2011

Campinas SaltoItu SorocabaA cidade, que está na disputa para ser uma das subse-

des da Copa do Mundo de 2014, vai aumentar sua rede hoteleira, que atualmente conta com 130 hotéis e 12 mil quartos. Outro objetivo desse projeto é melhorar a infra-estrutura para eventos regionais de grande porte, como o SWU, o JUBs (jogos universitários) e o Vestibular da Unicamp. O desenvolvimento da rede hoteleira na cidade colabora com o aumento de turistas que circulam pela re-gião e, assim, também tendem a favorecer o crescimento da demanda pela locação de automóveis na cidade.

Próximo de ser um novo polo tecnológico no país, a cidade do interior paulista já conta com grandes atrativos logísticos. Grandes empresas já estão instaladas, como a Dell, a IBM e a Foxconn, localizadas ao redor da região, o que também favorece a chegada de novos fornecedores e parceiros. A proximidade do Aeroporto de Viracorpos, além das grandes rodovias, faz da cidade uma referência empresarial. Vale lembrar que o rápido desenvolvimen-to de empresas na região deverá impulsionar também o mercado de locação, por meio da terceirização de mais frotas.

A SP - 075 - Rodovia Santos Dumont, no trecho que liga Itu e Campinas, vai receber a instalação de um novo modelo de cobrança de pedágio. O projeto piloto, que tem como meta oferecer uma tarifa mais justa, faz com que o motorista pague somente pelo trecho em que an-dar na rodovia. E, quanto mais justa a tarifa do pedágio, mais estímulo para as viagens de automóveis. Essa é uma tecnologia já utilizada e bem sucedida nos Estados Unidos e em alguns outros países de primeiro mundo. O sistema de pagamento será na modalidade pré-pago, tendo pos-sibilidade de recargas de créditos com cartões de crédito e débitos, em postos específicos, ou mesmo em dinheiro.

Alugar um automóvel para circular pela região de So-rocaba vai ficar ainda mais prazeroso, fácil e seguro. Os projetos executivos, que incluem a duplicação do trecho 22,4 km da Sorocaba – Itu (no trecho entre os km 48,2 e 70,7) e o recapeamento de 6,4 km da pista Salto - Itu (entre os km 70,7 e o 77,1) já estão concluídos. O cus-to dessa intervenção está estimado em R$ 23 milhões e tudo será realizado com recursos do BIRD (Banco In-ternacional para Reconstrução e Desenvolvimento). Já o projeto de revitalização dos 17,5 km que ligam Sorocaba a Salto de Pirapora está em fase de contratação.

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