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TEMPO POUCO NUBLADO MIN 26 MAX 33 HUMIDADE 60-90% • CÂMBIOS EURO 9.9 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUINTA-FEIRA 28 DE JUNHO DE 2012 ANO XI Nº 2640 PUB Ter para ler À trave PÁGINAS 10-11

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Edição do Hoje Macau de 27 de Junho de 2012 • Ano X • N.º 2640

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TEMPO POUCO NUBLADO MIN 26 MAX 33 HUMIDADE 60-90% • CÂMBIOS EURO 9.9 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QUINTA-FEIRA 28 DE JUNHO DE 2012 • ANO XI • Nº 2640

PUB

Ter para ler

À trave PÁGINAS 10-11

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2 política quinta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

O deputado considera que, caso o Clube Náutico mantenha a sua intenção de construir uma torre residencial, o Executivo deve recuperar o terreno por si cedido

Andreia Sofia [email protected]

Cecília Lincecí[email protected]

NÃO comenta os conflitos internos entre a direcção e a massa associativa, mas Paul Chan Wai

Chi acredita que o Executivo deve regular melhor a concessão do ter-reno ao Clube Náutico de Macau (CNM). O deputado da Associação Novo Macau (ANM) diz que “se a intenção de construir a torre resi-dencial continuar, o Governo deve recuperar a terra. “A utilização do terreno não pode ser alterada em qualquer situação. O Executivo tem a responsabilidade de supervisão e regulação no uso do terreno, e deve haver uma aplicação rigorosa. Se não, vão existir mais casos de trans-ferência de benefícios às empresas de construção civil.”

As declarações do deputado surgem dias depois da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Pú-blicas e Transportes (DSSOPT) ter

O primeiro fórum sobre o sistema político entres os

estudantes universitários foi realizado ontem, na Torre de Macau. Estudantes de Taiwan, Continente, Hong Kong e Ma-cau representaram o sistema político do seu país, com o resultado a ser um debate vivo e interessante. No entanto, as opiniões dos participantes dei-xaram claro que, em Macau, há mesmo fraca sensibilidade para a política por parte dos mais jovens. Ou seja, continuam desinteressados do assunto.

De acordo com a revista chi-

nesa de Macau Inteligência de Negócios, os jovens locais não têm interesse pela política local, o que se reflectiu por exemplo na segunda consulta pública sobre a reforma política. Ao longo das opiniões registadas nos debates, essa noção saiu reforçada, assim como outras ideias. Por exemplo, no pólo oposto estão os jovens de Taiwan, bastante entusiastas em relação à participação na política.

Já os de Hong Kong dão mais atenção ao tema no dia 4 de Junho - um dia mais sensível politicamente por marcar a data

em que se registaram os con-frontos de Tiananmen na China.

De um dos representantes do Continente veio uma observação curiosa. “Temos o partido único, por isso, embora queiramos dar a nossa opinião, é muito difícil realizar esse objectivo. No fim de contas, temos de ouvir o Governo Central. Porém, já houve estudan-tes a tentarem obter representação no Congresso Nacional do Povo, utilizando redes sociais para con-gregar apoios. Embora isso não tenha sido conseguido, mostrou que os jovens do Continente não são cegos para a política.” - C.L.

Paul Chan Wai Chi sobre a doca de Lam Mau

“Governo deve reaver o terreno”

Educação, sistema e políticaPaul Chan Wai Chi esteve presente no primeiro seminário sobre o sistema politico e não tem dúvidas sobre o desinteresse generalizado pela política. “A culpa é da educação dada na escola.” Acusa o sistema de “matar” o talento dos jovens. “Como sou professor do ensino secundário, conheço bem os problemas que existem. Os docentes só querem que os alunos captem tudo o que lhes é ensinado e os estudantes não têm tempo para pensar. E a maioria não quer. Se quiserem mais talentos para a politica, os alunos devem ter um pensamento independente e explorar mais as actividades associativas.” O deputado falou ainda de Taiwan. “Já tem uma sociedade madura para a Democracia, mas também teve o seu caminho longo, entre o caos e o método. Podemos aprender muito com Taiwan, mas como a base social é diferente, não podemos fazer igual. Os taiwaneses também não apresentam soluções para prevenir a corrupção eleitoral.”

Fórum sobre sistema político põe estudantes a debater o tema. Em Taiwan adoram, em Macau nem por isso

Paixões diferentes

admitido publicamente que não iria haver qualquer mudança na con-cessão do terreno ao CNM, doado para fins desportivos. Entretanto, a direcção do clube assinou um segundo contrato para continuar a construir as suas instalações, que prevê a construção da torre numa segunda fase do projecto.

DIRECTOS SEM PODERFoi na semana passada que os de-putados da ANM viram mais uma proposta chumbada pelos seus cole-gas da Assembleia Legislativa. Paul

Chan Wai Chi volta a usar as mes-mas palavras de desapontamento que proferiu no hemiciclo, frisando o número minoritário dos assentos directos. “A decisão só veio mostrar que o número de deputados directos não supera metade da AL e por isso é muito difícil a AL desempenhar um papel de supervisão. Isto por-que na votação pudemos ver que a maioria favorável dos votos veio dos deputados directos. Temos de continuar a lutar.”

No plenário, e para além dos seus colegas da ANM, Kwan Tsui Hang e José Pereira Coutinho mostraram-se favoráveis a uma audição a Lau Si Io, secretário para as Obras Públicas e Transportes, sobre a concessão dos terrenos do La Scala quando o processo contra Ao Man Long já estava a decorrer.

O mesmo debate ficou ainda marcado por uma troca de pala-vras entre Leonel Alves e Pereira Coutinho. Paul Chan Wai Chi não aceita as explicações que Alves deu a Chui Sai On sobre os emails no Wall Street Journal. “Há que existir uma observação mais aprofunda-da, porque não podemos acreditar na facilidade de um diálogo, isso não é justo. Os factos falam mais alto do que as palavras.”

GONÇ

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LOBO

PIN

HEIR

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3políticaquinta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

Cecília [email protected]

A deputada Kwan Tsui Hang tem sido, entre os colegas do hemiciclo, uma das vozes mais

críticas face aos atrasos ocorridos na produção as leis. Contudo, Florinda Chan, secretária para a Administração e Justiça, não con-corda com as acusações. “Estamos em consonância com o plano e não é um grande atraso, não aceitamos essa crítica”, disse ao Hoje Macau, à margem da conferência académi-ca sobre Administração Pública, na Universidade de Macau (UMAC).

“Cada fase é importante e não

NA próxima quarta--feira, dia 3 de Julho,

começa a ser analisada a proposta de lei sobre “in-vestigação de acidentes e incidentes aeronáuticos e protecção da informação de segurança aérea”. A dis-cussão será feita em sede de 3ª Comissão e é a primeira desde que o diploma foi votado na generalidade, no início deste mês.

Tal diploma pretende pôr fim a uma falha legis-lativa existente na hora de investigar acidentes ocor-ridos no ar e ir de encontro ao que está regulamentado pela Convenção sobre Aviação Civil Internacio-

Florinda Chan falou de “resultados notáveis” na função pública

“Estamos a comunicar bem com a AL”A secretária para a Administração e Justiça rejeita as críticas dos deputados quanto a atrasos na produção as leis, garantindo que o plano de concretização “está a ser seguido”

podemos apresentar projectos só para cumprir o prazo. A produção legislativa não é só apresentar o projecto de lei, há também uma fase de consulta e de redacção do projecto. Depois há ainda uma discussão interna.” Florinda Chan realçou, como exemplo, a impor-tância da proposta de lei sobre a Segurança Alimentar, que “não se apresenta de um dia para o outro”. “Há que coordenar os serviços e as novas competências, e temos de ouvir também a sociedade. O importante é que todas as fases da produção legislativa fiquem bem feitas. Queria salientar que estamos a comunicar muito bem com a Assembleia Legislativa (AL) no apoio ao trabalho na produção legislativa.”

Em entrevista recente ao Hoje Macau, Kwan Tsui Hang defen-deu que poderia ser aplicado um prazo para as leis serem alteradas pelo Executivo e voltarem a ser discutidas em Comissão, apesar de ser difícil. “O que o Governo tem de fazer é reunir com todos os departamentos responsáveis pelo assunto que a lei fala e discutir a proposta o mais rápido possível. Mas o Executivo ainda não tem uma medida útil para o problema.”

DISCUTIR A FUNÇÃO PÚBLICAAcadémicos de Hong Kong, China e Taiwan passaram ontem pela UMAC para apresentar diversas ideias sobre o sector da Adminis-tração Pública. No seu discurso, Florinda Chan salientou os “re-

sultados notáveis” que o sector tem registado nos últimos anos. “Foi estabelecida uma rede de serviços públicos com qualidade e profissionalismo, fortalecidos a coordenação de políticas e o mecanismo de funcionamento da Administração.”

Aos jornalistas, garantiu que o regime de recrutamento central na Função Pública vai ser ini-ciado na segunda metade deste ano, sendo que até Dezembro o sector ficará reforçado com mais funcionários.

Contudo, a secretária para a Administração e Justiça não conseguiu precisar o número de contratações. “É difícil en-contrar um número razoável, porque é necessário concentrar

todos os departamentos durante o recrutamento. O Governo vai considerar as experiências de outras regiões, avançando gra-dualmente com o trabalho de recrutamento central.”

Philips Siu, docente da UMAC, apontou falhas ao caso de Macau. “Depois da liberalização da indús-tria do jogo, os recursos humanos foram focalizados para esse sector e a função pública ajustou os seus recursos humanos ao rápido desen-volvimento económico. Contudo, nesse processo o desenvolvimento, planeamento e formação dos es-tratos de liderança não combinam com as necessidades do desenvol-vimento sócio-económico, o que afecta de forma adversa as políticas do Governo e os serviços.”

Lei começa ser discutida na especialidade

Acidentes aéreos sob análise

“A proposta de lei (...) tem por finalidade única prevenir acidentes e incidentes e não o apuramento de culpas ou de responsabilidades.”

A legislação surge depois do relatório da “Auditoria aos sistemas de aeronáutica da RAEM”, que expressa que as responsabilidades de investigação devem estar

nal, assinada em 1944. A RAEM é uma das regiões abrangidas pelo documen-to, que obriga a que haja investigação e prevenção nestes casos.

Lau Si Io, secretário para os Transportes e Obras Públicas, esteve presente na sessão plenária que aprovou a proposta por unanimidade.

regulamentadas sob a forma de lei. Caberá à Autoridade da Aviação Civil de Macau (AACM) a investigação dos acidentes, bem como a escolha de quem procede a tal análise.

No seu discurso, Lau Si Io garantiu ainda que, caso se justifique, as investigações de ordem criminal serão

feitas em concordância com a investigação da AACM. Estão também definidas na proposta os limites máxi-

mos e mínimos das multas, para “reforçar os efeitos dissuasores para prevenir infracções” . A.S.S.

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4 sociedade quinta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

COM o intuito de reforçar a respos-ta aos incidentes imprevistos no

Estuário do Rio das Pé-rolas e a capacidade de cooperação em busca e salvamento, das entidades de busca e salvamento no mar de Guangdong, de Hong Kong e de Macau, os três territórios realizaram ontem um simulacro conjunto de busca e salvamento no mar, onde foi revistado “eficien-temente” o mecanismo de cooperação das entidades de busca e salvamento dos três territórios na resposta aos incidentes imprevistos no mar. Nesse sentido, saiu reforçada a resposta aos incidentes imprevistos no mar da equipa de salvamento no mar dos três territórios, bem como a capacidade de cooperação em busca e salvamento.

Este simulacro, organiza-do pelo Centro de Busca e Sal-vamento no Mar da Província

Taxa de desemprego continua a cair e desempregados são menos de 7.000A taxa de desemprego em Macau no trimestre terminado em Maio caiu 0,6 pontos percentuais relativamente ao mesmo período de 2011, foi ontem anunciado. De acordo com os dados oficiais do desemprego em Macau nos três meses terminados em Maio, a população ativa estava calculada em 344.000 pessoas, sendo que 337.000 estavam empregadas e 6.900 desempregadas, das quais apenas 545 estavam à procura do primeiro emprego. A população desempregada representa 2% do total, enquanto que a taxa de actividade estava fixada em 71,9%, inalterada em relação ao período homólogo de 2011.

Simulacro no mar entre Guangdong e Hong Kong e Macau

Reforço da capacidade de respostade Guangdong, contando com a participação da Capitania dos Portos de Macau e de Hong Kong Maritime Rescue Coordination Centre,

foi realizado segundo as disposições do “Plano de contingência de busca e sal-vamento no mar da China”, “Plano de contingência de risco marítimo da Província de Guangdong” e “Acordo para a cooperação na gestão das situações de emergência Guangdong-Hong Kong e Guangdong-Macau”.

O exercício ocorreu nas águas a oeste de San Jiao Dao em Zhuhai, onde foi simulada uma colisão entre uma embarcação rápida de passageiros e uma embar-cação de obras. O cenário mostrava uma embarcação de passageiros que ficou danificada e começou a ser invadida pela água. Quatro passageiros caíram à água e 106 passageiros precisavam de ser evacuados imediata-mente para um outro barco.

Em seguida, um incêndio ocorreu na embarcação de obras e um tripulante sofreu ferimentos graves e preci-sava de ser transportado de helicóptero ao hospital.

COOPERAÇÃO É PARA MANTERO Centro de Busca e Sal-vamento no Mar da Cidade de Zhuhai, quando soube o incidente, accionou de ime-diato o plano contingente de resposta, classificou o incidente marítimo no nível

I (situação de risco especial-mente grande), e notificou depois o Centro de Busca e Salvamento no Mar da Província de Guangdong, que iniciou o mecanismo quadro para a colaboração de salvamento no mar de Guangdong, Hong Kong e Macau, e mandou barcos e veículos aéreos participa-rem ao salvamento. Hong Kong e Macau destacaram posteriormente equipas de busca e salvamento aéreas e marítimas para coadjuvarem

a operação de salvamento no local, em conjunto com a cooperação do Centro de Busca e Salvamento no Mar da Cidade de Zhuhai.

O simulacro demorou cerca de hora e meia a ser concluído. A Capitania dos Portos referiu que “todas as embarcações envolvidas no simulacro puderam realizar a operação de salvamento consoante o disposto no pla-no de contingência”. O Nú-cleo de Gestão de Controlo Tráfego Marítimo de Macau,

depois de ter sido notificado, mandou a embarcação de salvamento “Barra” ir ao local atempadamente para combater o incêndio ocorri-do na embarcação de obra, de acordo com os dispostos previstos no “Acordo de Cooperação de Busca e Salvamento no Mar entre Guangdong e Macau”.

Em 2010, Guangdong, Hong Kong e Macau já haviam realizado um simu-lacro conjunto de busca e salvamento no mar onde foi reforçada a capacidade de cooperação em busca e salvamento dos centros de busca e salvamento no mar dos três territórios no âmbito da resposta aos incidentes imprevistos no Estuário do Rio das Pérolas.

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5sociedadequinta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

AINDA não é um regime obrigatório, mas há no-vas regras para os fun-cionários qualificados

que queiram fixar residência em Macau, e que estejam sob regime de contratação de empresas locais. As novas regras apontam para a apresentação dos documentos ne-cessários no Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), quando até agora todas as formalidades eram trata-das com os Serviços de Migração.

Um porta-voz da Policia de Segurança Pública (PSP) garantiu à Rádio Macau que ainda não há uma decisão final, apenas uma recomendação jurídica do Gabi-nete de Segurança. Contudo, esta mudança não abrange os pedidos de residência onde existam laços familiares ou parentesco.

Contactada pelo Hoje Macau, uma fonte ligada ao departamento de cooperação externa do IPIM garantiu que essa alteração não tem nada a ver com o organismo, que sempre esteve encarregue dos pedidos de fixação de residência.

“Durante muitos anos aceitá-mos os pedidos, só que os portu-gueses nunca vinham ter connosco. As alterações foram feitas pelos Serviços de Migração e nada têm a ver com o IPIM. Os portugueses continuam a ser muito bem vindos, e o IPIM trata todos os requerentes da mesma maneira, independente-mente da sua nacionalidade.”

O Hoje Macau contactou ainda Manuel Cansado de Carva-lho, cônsul-geral de Portugal na RAEM, que se escusou a comentar a situação. “A RAEM toma as decisões que quiser e o Consulado não tem de se pronunciar sobre essa questão.”

Fernando Gomes, presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, afirmou que a enti-dade está a analisar o caso e que

MACAU ultrapassou, em Maio, a fasquia dos

100 mil trabalhadores não re-sidentes, um valor alcançado pela primeira vez em quase quatro anos, indicam dados oficiais divulgados.

De acordo com dados da PSP, citados pelo Gabinete para os Recursos Humanos, no final de Maio, o universo laboral do território absorvia 100.922 trabalhadores do

IPIM diz que espera “é semelhante” para fixação de residência

“Os portugueses nunca vinham ter connosco”As alterações à fixação de residência por parte de quadros qualificados portugueses nada têm a ver com o Instituto de Promoção e Investimento, garante fonte ligada ao organismo, sendo responsabilidade dos Serviços de Migração. “Sempre aceitámos os pedidos, mas nunca vinham ter connosco”

só depois irá assumir publicamente uma posição. “O que importa é resolver o problema”.

ESPERAS IGUAISDe acordo com a Rádio Macau, tal decisão estará a levantar desa-grado junto das empresas locais, nomeadamente da área do Direito ou Arquitectura, que costumam contratar pessoal qualificado de Portugal. Isto devido ao tempo de espera que é preciso enfrentar, o

que pode obrigar o trabalhador a exercer funções um ano depois de chegar à empresa.

Se antes um pedido de Bi-lhete de Identidade de Residente (BIR) demorava um a dois meses a chegar, há casos que mostram períodos de cinco meses para que os Serviços de Migração possam tratar dos processos.

Do IPIM garante que os pra-zos de espera são “semelhantes”. “Cada processo demora entre seis

a nove meses, porque o IPIM tem de fazer a ligação com a Migração relativamente ao passaporte, e se for com dirigentes ou quadros qualificados temos de fazer uma pesquisa antes de entregar o pro-cesso para ser aprovado”, disse a mesma fonte.

IPIM NÃO SURGE NA LEIOlhando para a legislação em vigor, nada aponta para a responsa-bilidade do IPIM em emitir o BIR.

No regulamento administrativo datado de 2003, que diz respeito à entrada, permanência e autorização de residência, é frisado que o pe-dido de autorização de residência é dirigido ao Chefe do Executivo e “entregue no Serviço de Mi-gração”. Outro ponto do mesmo diploma refere que “os cidadãos portugueses que pretendam residir na RAEM devem comparecer nos Serviços de Migração para efeitos de autorização de residência”.

Número de trabalhadores não residentes ultrapassa fasquia dos 100 mil

Aos níveis de 2008exterior, cruzando o patamar dos 100 mil, barreira psico-lógica que foi ultrapassada pela primeira vez na história da Região Administrativa Especial em Julho de 2008, com o registo de 101.195 trabalhadores importados.

O universo de traba-lhadores contratados ao exterior em Macau atingiu o máximo em Setembro de 2008 (104.281).

Na sequência da crise financeira global e de um conjunto de medidas gover-namentais para travar um aumento dos desempregados entre a população local, verificou-se uma tendência de quebra, invertida sensivel-mente nos últimos dois anos.

A construção de novos empreendimentos ligados ao jogo e ao turismo contribuiu em grande medida para a

mudança, sendo previsível que o ritmo de crescimento prossiga, já que estão deli-neados novos projectos, de-signadamente para o Cotai.

Em termos mensais, ou seja, relativamente a Abril, a mão-de-obra do exterior sofreu um aumento na ordem dos 1,4%.

A China continua a figurar como a principal fonte de trabalhadores do exterior (60.658), sobretudo para a hotelaria, restaurantes e similares e construção, enquanto as Filipinas (com 14.547 trabalhadores) e o Vietname (8.737) surgem, respectivamente, em segun-do e terceiro lugares da lista.

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6 publicidade quinta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

Request for Proposal – Airport Limousine Services at Macau International Airport

1. Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)2. Tendering method: Open tender.3. Tender objective: To seek for a limousine services provider at the Macau International Airport. 4. Location and size: a 4m2 counter at airside arrival level for ticket selling and services, and a

designated short-term parking space for loading customers at the south of landside arrival level of Macau International Airport.

5. Validity of the Bidders’ tenders: The validity period of the Bidders’ tenders shall be 180 days counting from the tender opening day.

6. Minimumqualification:• Must currently provide the limousine service for at least three entities including hotels, casinos, banks, government entities or other entities accepted by CAM for the present purpose in Macau;• Musthavemorethanthreeyears’experienceoperatinglimousineservicebusinessinMacau;• Mustcurrentlyhaveafleetwithatleast20vehicles;• MusthaveannualsalesforatleastMOP500,000.00forthelastfulloperatingyear.

7. Location and time to request tender documents:CAMOfficeBuilding,4th Floor, Av. Wai Long, Taipa, MacauMondaytoFriday9:00a.m-1:00p.mand2:30p.mto5:30p.muntilthedeadlineforsubmissionof Bidders’ tenders

8. Location and deadline for submission of Bidders’ tenders:CAMOfficeBuilding,4th Floor, Av. Wai Long, Taipa, Macau12:00 noon of 2 Aug 2012.

9. Tender opening location, date and time: CAMOfficeBuilding,4th Floor, Av. Wai Long, Taipa, Macau, at 3:00p.m.on 3 Aug 2012.

10. Tender evaluation criteria: ExperienceandQualifications 300pointsManagementandOperation 550pointsFinancial 150points--------------------------------------------------------------------------------------Total 1000 points

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7publicidadequinta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

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8 nacional quinta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

Maria João [email protected]

DOIS dias em Pe-quim dedicados a duas das maiores civilizações da

história e ao encontro cultural que daí resultou. Este fim-de--semana, a capital chinesa recebe a conferência “China e o mundo muçulmano: encon-tros culturais”, organizado conjuntamente pela Acade-mia de Ciências Sociais da China e a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI).

De 28 a 30 de Junho vão discutir-se perspectivas e identidades numa conferên-cia que junta pela primeira vez dois mundos.

Unir fontes e olhá-las desde um outro ponto de vista é uma das ideias no programa apresentado para o fim-de-semana. Pelo estudo da história da

civilização, da cultura, da ciência e do conhecimento, a China e o mundo muçul-mano cruzaram-se durante mais de dez séculos através, inevitavelmente, da rota da Seda. Desde o século VII durante a dinastia Tang e o período Omayad e Abbasid, a conferência de dois dias parte das rotas comerciais numa viagem no tempo que atravessa mais de 13 séculos.

Durante a expansão Eu-ropeia, o império Otomano e a dinastia Qing mantinham relações comerciais e cultu-rais. Mas enquanto o império Otomano se aproximava do fim, os Manchu na China ainda teriam um século mais até ao advento da república.

Os encontros entre a Chi-na e o mundo muçulmano passaram pela arquitectura, com vários exemplos ainda hoje existentes entre a Chi-

na central e Xinjiang, mas também pela arte e literatura. Encontrar pontos em comum não é difícil entre duas cultu-ras que juntas atravessavam metade do mundo. Através desta primeira conferência de dois dias, a Academia das Ciências Sociais e o Centro de Pesquisa para a História, Arte e Cultura Islâmicas, centro filiado da OCI em Is-tambul, pretendem alargar as áreas de pesquisa académica entre as duas civilizações. O encontro encerra com uma análise das relações actuais da China com os vários paí-ses muçulmanos, focando-se na vertente do intercâmbio cultural existente.

A Organização para a Co-operação Islâmica junta 57 países maioritariamente mu-çulmanos, sendo a segunda maior organização a seguir às Nações Unidas, a juntar tantos países muçulmanos.

OS utilizadores chineses da Internet e os apoiantes da

mulher que foi obrigada a abor-tar aos sete meses de gravidez reagiram ontem com indignação às punições que receberam os funcionários públicos respon-sáveis pelo escândalo.

As autoridades locais da pro-víncia de Shaanxi, no Norte da China, obrigaram Feng Jianmei a interromper a gravidez porque ela não pagou uma multa pesada por ter mais de um filho, tendo sete funcionários públicos sido obrigados a cumprir “sanções administrativas”. “Não estou sa-tisfeito. A punição é demasiado leve. Eles deveriam ter-se empe-nhado para que os funcionários tivessem sido responsabilizados criminalmente”, disse o advoga-do de Feng, Zhang Kai, citado pela agência noticiosa France Presse.

As autoridades chinesas anunciaram na terça-feira que tinham demitido dois dos fun-cionários públicos envolvidos no escândalo, incluindo o di-

China inaugura primeiro banco em TaiwanO Banco da China inaugurou ontem uma dependência em Taiwan, tornando-se assim na primeira instituição de crédito chinesa a abrir uma delegação na ilha nacionalista, quando melhoram as relações entre Pequim e em Taiwan. Li Lihui, presidente do Banco da China, a terceira maior instituição financeira chinesa em termos de activos, considerou, em comunicado, a abertura do banco “um marco no aprofundamento da cooperação económica e financeira entre Taiwan e o continente chinês”. Depois da inauguração do banco, em que estiveram presentes políticos de Taiwan e funcionários da instituição, será a vez do Banco de Comunicações da China, o quinto maior do país, segundo informações da comissão de supervisão financeira de Taiwan. Os dois bancos têm já, há mais de um ano, escritórios de representação em Taiwan. Em 2009, Taiwan e a China assinaram acordos de cooperação no sector bancário, financeiro, segurador e de valores mobiliários. Desde então, oito bancos de Taiwan já abriram dependências na China, para servir, sobretudo os empresários e as empresas taiwaneses a operar na China continental. Taiwan tem um Governo próprio desde 1949, mas Pequim considera a ilha como uma província separatista a unir com o resto da China a todo o custo, se necessário pela força. No entanto, as relações entre Pequim e Taipé têm vindo a melhorar desde que Ma Ying-jeou tomou posse como presidente de Taiwan, em 2008, e adoptou uma postura de diálogo com a China.

PM chinês chega à ilha Terceira para escala técnica de algumas horasO primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, passou ontem pela ilha Terceira, nos Açores, onde permaneceu durante algumas horas, numa breve escala técnica na viagem de regresso da América Latina para a China. O avião que transportou o chefe do executivo chinês aterrou na Base das Lajes na manhã de ontem [em Portugal], tendo Wen Jiabao sido recebido pelo secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, em representação do presidente do Governo dos Açores, e pelo Representante da República nos Açores, Pedro Catarino. Depois da cerimónia de apresentação de cumprimentos protocolares, o primeiro-ministro chinês partiu em direcção a Angra do Heroísmo, tendo visitado a pé uma parte do centro histórico da cidade, que foi classificado como Património Mundial pela UNESCO. O primeiro-ministro chinês retomou ao princípio da tarde a viagem de regresso à China.

A China e o mundo muçulmano

Conferência junta duas civilizações

Para as sanções no caso de aborto forçado

A leve indignaçãorector do departamento de pla-neamento familiar do condado de Zhenping, onde decorreu o incidente. Outros cinco funcio-nários, no entanto, receberam apenas avisos e outras sanções administrativas leves.

Os funcionários obrigaram Feng a abortar por não ter pago a multa de quarenta mil yuan, ao abrigo da “política do filho único”, o sistema de controlo de

natalidade chinesa, numa situ-ação que os grupos de Defesa dos Direitos Humanos dizem ser comum na China.

No entanto, o caso de Zhen-ping causou reações muito fortes em todo o país, porque foram divulgadas na Internet as fotos de Feng, numa cama de hospital, ao lado do cadáver do feto, coberto de sangue.

Os utilizadores chineses da

Internet reagiram com indig-nação às penas atribuídas aos funcionários locais, sendo o assunto o segundo mais seguido na lista de microbloques do por-tal Sina.com, com mais de 1,5 milhões de comentários. “Sete pessoas receberam sanções administrativas (…) Eu acha-va que iriam condenar várias pessoas à morte, por homicídio, mas agora percebo que estava a pensar demasiado”, disse um dos cibernautas. “Como pode um país proteger o seu povo e ter a confiança desse povo, se não existe o mínimo respeito pela vida”, escreveu outro. - Lusa

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9regiãoquinta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

QUINZE anos após a transfe-rência da sobe-rania, o olhar dos analistas sobre

Hong Kong é negativo em várias frentes: a democra-cia não chegou, há maiores desigualdades sociais e até o poderio de Hong Kong como praça financeira tem sido beliscado. “Não tem havido progressos significativos rumo à democratização”, avaliou Joseph Cheng, pro-fessor catedrático de Ciência Política da City University de Hong Kong, em decla-rações à Agência Lusa, ao realçar que a administração de Donald Tsang é conheci-da por “não ter feito muito”.

A “insatisfação” que se instalou na antiga colónia britânica, sublinhou, faz ago-ra com que “se espere algo da governação do próximo Chefe do Executivo”, sendo que “o próprio explorou essa reivindicação por mudança e por reformas no decorrer da sua campanha política”.

No entanto, lembrou, “a reforma política é um as-sunto decidido por Pequim, não por CY Leung ou pelo Governo de Hong Kong” e, nesse sentido, “é óbvio que a menos que a democracia genuína se torne realidade no interior da China, é difícil esperar democracia genuína em Hong Kong”.

“Acredito que ele [CY Leung] vai trabalhar duro porque as pessoas assim o esperam e ele tem certamente uma forte inclinação para o fazer. Contudo, há duas ques-tões: ele poderá não reunir o consenso necessário em seu torno e também enfrentar alguma resistência por parte dos interesses velados dos grandes grupos empresa-riais”, disse Joseph Cheng.

UM GOVERNO CAUTELOSOPor seu lado, o analista Sonny Lo considerou que “o novo governo, sob a liderança de CY Leung, será muito caute-loso, irá observar a linha polí-tica de fundo de Pequim, que não vai permitir que o Chefe do Executivo e o Conselho Legislativo sejam eleitos por sufrágio universal”.

“Não creio que o Gover-no ou Pequim acelerem o ritmo e alarguem o âmbito da reforma política nos próximos anos”, previu o director do departamento de Ciências Sociais do Instituto de Educação de Hong Kong.

Apesar de considerada a economia mais livre do mundo, Hong Kong também tem sofrido a este nível.

A Coreia do Norte enviou tropas para regar os campos, enquanto as autoridades da Coreia do Sul se esforçam para proteger diversas espécies em vias de extinção, quando a península coreana enfrenta a pior seca num século. Diversas partes da Coreia do Norte estão a sofrer a pior seca desde que os registos começaram, há 105 anos, disseram responsáveis meteorológicos de Pyongyang, enquanto Seul estimou que esta é a pior seca em mais de um século. A seca prolongada está a aumentar as preocupações quanto à capacidade da Coreia do Norte cultivar alimentos suficientes para fornecer a população de 24 milhões de pessoas. Dois terços dos norte-coreanos enfrentam escassez crónica de alimentos, de acordo

com dados da ONU divulgados este mês. A seca na Coreia do Sul está a lançar a preocupação no sector agroalimentar do país, com o Governo preocupado com os efeitos da falta de chuva na economia, em especial na inflação. “A pior crise em 104 anos está a danificar as nossas indústrias agrícola e agropecuária, tendo como consequência aumentos de preços em certos produtos agrícolas”, disse Bahk Jae-wan, ministro das Finanças da Coreia do Sul, numa reunião de gestão de crises, ontem em Seul. A seca está também a ameaçar as espécies em vias de extinção que habitam as barragens do país, cujo nível de água está a baixar para níveis alarmantes, disseram ainda as autoridades sul-coreanas.

Hong Kong Analistas enfatizam desigualdades sociais

A democracia não chegou

Embora com “um bom de-sempenho à luz dos padrões internacionais, as pessoas estão preocupadas com um certo declínio ao nível da competitividade”, referiu Joseph Cheng.

Por isso, as pessoas de Hong Kong “vão certamente esperar mais por parte do Governo, devido ao enve-lhecimento [da população] e ao alargamento do fosso entre ricos e pobres (…), apercebendo-se de que precisam de apoio de uma rede de segurança social abrangente”, realçou.

FOSSO AUMENTANa vertente social, é des-tacado o fosso entre ricos e pobres, que atingiu em 2011 o máximo das últimas três décadas em Hong Kong, com o coeficiente de Gini - que mede a desigualdade de rendimentos - a figurar entre os mais elevados do mundo desenvolvido. “As pessoas de Hong Kong estão preo-cupadas e, ao mesmo tempo, zangadas (...) e a maioria acredita que houve uma perda do nível de qualidade de vida. Sentem que o fosso tem aumentado e veem um declínio nas oportunidades de mobilidade social. Há 20 anos muitas pessoas em Hong Kong diriam que isto é

uma terra de oportunidades, mas não creio que os jovens a vejam desta forma hoje”, lamentou o académico da City University.

O problema, observou por seu lado Sonny Lo, reside no facto de “as polí-ticas governamentais serem forçosamente influenciadas pela poderosa classe capita-lista, sobretudo pelos mag-natas do imobiliário. “Dito isto, podemos esperar que o novo Chefe do Executivo seja mais autónomo e decisi-vo ao lidar com as questões dos terrenos e habitação e que, nos próximos cinco

anos, implemente reformas mais drásticas, de forma a diminuir o fosso entre ricos e pobres e a aumentar a sua popularidade”, rematou.

PEQUIM INTERFERE O Governo Central chinês “está cada vez mais envolvido” nas questões internas de Hong Kong, sustentou a deputada democrata Emily Lau salientando não ser esse o desejo da população da antiga colónia britânica. “Penso que há sinais de que Pequim está cada vez mais e mais envolvido nos assuntos de Hong Kong, interferindo nos

assuntos internos da Região Administrativa Especial o que não é o que esperávamos sob o conceito ‘um país, dois sistemas’”, disse, em declarações à agência Lusa mostrando-se bastante crítica da influência de Pequim na Região Administrativa Especial 15 anos depois da transferência de soberania.

A deputada lembrou que há vozes que apontam “bastante interferência” de Pequim em Macau, mas em Hong Kong não é isso que se pretende que aconteça. “Não queremos que isso aconteça, mas não só está

a acontecer como temos receio que na administra-ção do senhor C Y Leung (chefe do Executivo que toma posse a 1 de Julho) tal aconteça ainda mais porque foi o Governo central que o ajudou a conseguir a eleição no seio da comissão que o escolheu e, por isso, ele está demasiado dependente deles”, considerou.

Emily Lau receia também que a “sombra de Pequim se espalhe de forma acentuada nos próximos anos” e diz-se preocupada que as liberdades de que goza a população e o Estado de Direito “sejam corroídos” e que o “objectivo de ter um Governo eleito democraticamente seja cada vez mais distante”.

A deputada lembrou ain-da que o campo democrata quis “abortar” o acto eleito-ral para a escolha do Chefe do Executivo para que outras pessoas se candidatassem, principalmente depois dos escândalos que envolveram os candidatos próximos de Pequim, respectivamente C Y Leung e Henry Tang.

Já sobre a possibilidade de eleição por sufrágio uni-versal de um chefe de Go-verno em 2017, Emily Lau não tem dúvidas e garante não estar optimista. “Não estamos optimistas. Talvez até autorizem eleições, mas os candidatos serão contro-lados por Pequim, e aqueles que Pequim não gostar não serão autorizados a concor-rer”, disse, ao salientar que a eleição livre do Governo “não deverá ser para breve”, que “haverá uma luta muito longa e que não será fácil”.

No sábado, 30 deJjunho, cumprem-se 15 anos do fim da administração britânica de Hong Kong que transferiu às 00:00 de 1 de Julho de 1997 os poderes do território para a China. - Lusa

Península coreana vive a pior seca em cem anos

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TREINADORDE BANCADA

10 quarta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

UMA MULHER CHATA

• RELVADO PRINCIPAL

Viram Espanha por aí?Marco [email protected]

É uma sociedade de su-perlativos, esta em que

vivemos. O carro mais rápido, o vinho mais encorpado, a mulher mais bela, o melhor clube. Deixámos de acreditar em deuses e divindades e amortizámos a crença numa ladainha de aumentativos que repetimos à exaustão. Alguns, de tantas vezes proferidos, alteram a realidade e tolhem--nos a percepção ao ponto

de nos lançarmos à luta já diminuídos. Os superlativos dos outros têm sobre nós – que não somos melhores, nem mais sábios e muito menos mais humanos – um certo poder de nulificação.

Nulos e impassíveis, aceitámos com abstracta naturalidade – senão com o coração, pelo menos com a parte mais ingénua da mente – uma certa superioridade de Espanha e, bem lá no fundo, até estávamos preparados para digerir um triunfo seco

dos espanhóis, talvez com a mão do árbitro à mistura para que o rombo no orgulho fosse de certa forma dirimido. Nada prepara, no entanto, um bom adepto para a morte lenta a partir da marca de onze metros.

No futebol, já se sabe, não há pinga de justiça e só o futebol tem poder para transformar um bocejo num arco-íris. Na longa madruga-da do nosso descontentamen-to, vimos Portugal desfilar vontade, olhar o touro nos

olhos e numa faena segura, banalizá-lo.

FLAUSINA E FELIZA Espanha dos superlativos, dos melhores clubes do mundo e do futebol floreado foi às mãos de Portugal uma selecção vulgar durante 90 minutos, uma equipa opor-tunista durante meia hora, flausina e feliz numa mão cheia de remates. Em termos de jogo jogado, foi pouco além do bocejo, quedou-se assim no enfado.

CARLOS MORAIS JOSÉ

• Há séculos que casámos com os espanhóis. São umas gajas giras: não se lavam mas são desavergonhadas. Ou, pelo menos, foi isso que as nossas mães nos ensinaram, na ignorância de que um dia mais tarde experimentaría-mos as doidas em questão.E foi o que ontem aconteceu. Andámos à volta das meni-nas, demos-lhes baile, che-gámos mesmo a convidá-las para dançar. Mas elas não cederam, não acreditaram no nosso superior modo de conceber o futebol.Algo é verdade: nenhuma se-lecção jogou assim contra a Espanha. Ninguém como nós manteve o bicho espanhol de encontro às tábuas. Talvez este tenha sido o jogo onde menos oportunidades de golo existiram: porque nenhuma das equipas teve realmente

hipótese de marcar um golo.Estamos a falar da campeã da Europa e do Mundo. E estamos a falar da selecção de Portugal. O jogo, em si, foi épico. Basicamente , nenhu-ma das equipas conseguiu fazer os espectadores per-ceber quem merecia ganhar. E assim foi até ao fim.Nos penáltis a Espanha ga-nhou. Foi assim. E eu fiquei triste. Mas não zangado. Estivemos bem. Mas fomos frouxos . É que não me lembro de termos tentado ganhar o jogo. O espanhóis também não mereciam a vitória. Olha: que ganhem os ítalos.Os espanhóis são aquela chata que estamos fartos de comer e nunca mais tem um orgasmo. Deve ser por isso que insistem em estar em jogo.

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11quarta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

• RELVADO PRINCIPAL

Viram Espanha por aí?Portugal não foi brilhante –

longe disso – mas autoritário. Mandou e não marcou. So-nhou, sem ser feliz. A selecção perdeu o comboio da final, mas sai de cena com a cabeça ergui-da e a dignidade intacta. Nem o desperdício de Moutinho e Bruno Alves roubam gran-deza de alma a uma odisseia de carácter épico e ao maior de todos os triunfos: terem facultado heróis a Portugal na altura em que o país mais deles precisa. Campeões, campeões. Nós somos campeões.

“España tiene estrella” TÍTULO DO JORNAL ESPANHOL LA MARCA

“Perder o acesso a uma final é sempre doloroso” CRISTIANO RONALDO

“Queríamos dar uma alegria aos portugueses” PEPE

“Estes jogadores merecem o respeito dos adeptos e de muitos agentes do futebol. Da minha parte, têm o carinho e orgulho de os ter orientado” PAULO BENTO

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12 vida quinta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

OS números de candidatos ao Prémio Hotel Verde Macau

não param de aumentar. O que sig-nifica que o empenho das unidades hoteleiras de Macau, no que toca à aplicação de medidas amigas do ambiente, tem-se solidifica-do. Os critérios de avaliação vão ficando cada vez mais rigorosos e aprimorados, abrangendo 300 indicadores a que as entidades têm de atender, garante a organização, mas os hotéis mantém-se firmes em superar a avaliação.

Esta foi a quinta edição do prémio, que começou com oito candidatos em 2008, e agora já atraiu 23, o que se traduz numa subida de 24% do número total de unidades hoteleiras em Macau.

“Mais de dez mil quartos passaram a ser ‘Quartos Verdes’”, referiu Vong Man Hung, direc-tora substituta da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), uma das entidades orga-nizadoras do evento, na cerimónia de entrega dos prémios.

Estudo sobre área protegida do mangal à espera de decisãoA directora substituta da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental, Vong Man Hung, garante que a entidade, tal como pedido pelo Chefe do Executivo, já aconselhou uma firma independente para estudar o impacto ambiental na zona habitat das garças, na Taipa. A directora disse que, embora a DSPA proponha a entidade para o fazer, a decisão sobre o instituto escolhido cabe a uma comissão intergovernamental, que conta também com a Direccção de Serviços de Solos e Obras Públicas (DSSOPT). “Estamos com estreita cooperação com uma comissão constituída pelos vários serviços públicos para acompanhar a situação. Aguardamos por conhecer as respectivas opiniões desta comissão”, faz saber Vong Man Hung. Tal como já tinha feito saber o director da DSSOPT, Lau Si Io, o estudo será decisivo pelo que determina se será ou não construído o Centro de Informação de Segurança Rodoviária (CIRS) no mangal. Caso o resultado seja negativo, não haverá construção nestes terrenos em frente às Casas-Museu. Vong Man, Hung, por sua vez, não confirmou quando serão resultados sobre isto, apenas que “serão anunciados tão breve quanto possível”. – R.M.R.

Rita Marques [email protected]

“ACABARAM as consultas públicas”, garante a di-

rectora adjunta da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Vong Man Hung. “Entrámos no período de análise das opi-niões, que serão divulgadas posteriormente”, explica sobre o novo regulamento relativo à protecção ambien-tal de Macau, à margem da entrega do “Prémio Hotel Verde de Macau”.

Tudo indica, por isso, que o “Quadro Geral do Planeamento Conceptual da Protecção Ambiental de Macau (2010-2020)” não está parado mas leva tem-po a ser concluído porque, segundo explica, são feitos vários estudos sobre planos específicos para as matérias

As novas medidas de protecção do ambiente a 10 anos estão a ser analisadas

Não está parado, arranca a vapor

Hotéis de Macau empenham-se em medidas de protecção ambiental

Os verdes não amadurecem

O “Quadro Geral do Planeamento Conceptual da Protecção Ambiental de Macau (2010-2020)” está a ser analisado, de acordo com as opiniões recolhidas junto da população há dois anos. Alguns dos objectivos vão sendo concretizados a partir de diplomas que saem a pouco e pouco

mais completas - controlo de qualidade de ar, água, trata-mento de resíduos - depois então serão divulgados os mesmos, junto com as opi-niões recolhidas na consulta pública, que decorreu entre Abril e Maio de 2010. Não garante, no entanto, que es-teja em funcionamento este ano, tal como previamente planeado.

Entretanto, vão sendo conhecidas as matérias a que pretendem dar mais atenção a partir do “Planeamento da Protecção Ambiental de Macau (2010-2020)” lançado em Setembro de 2011. As intenções, explica a DSPA em comunicado ao Hoje Macau, já vão sendo concretizadas com novos diplomas, que restringem al-guns problemas ambientais que Macau enfrenta.

“Para melhorar a qualida-de do ar, o Governo já tem a Fixação dos Limites de Emis-

são de Gases Poluentes a que os motociclos e ciclomotores importados devem obedecer”, uma das medidas aprovadas por despacho do Executivo em Janeiro de 2012. Um mês depois, foi também aprovada a lei sobre a Alteração ao Re-gulamento do Imposto sobre Veículos Motorizados para reduzir a alíquota do motor do veículo em 50%, sendo o máximo do imposto de 30 mil patacas, indica a DSPA. Ao Hoje Macau, informou ainda

que “está agora a elaborar um regulamento administrativo sobre o Padrão com Gasoli-na sem Chumbo e Gasóleo Ligeiro”.

VENHAM MAIS DO QUE INTENÇÕESA DSPA explicou, em res-posta a questões do Hoje Macau, o que está implicado no documento abrangente que contém um conjunto de medidas, sobre diferentes matérias ecológicas, traça-das a 10 anos, até 2020.

As áreas de intervenção, tal como no documento de consulta lançado no ano passado, são divididos em três áreas: optimização do ambiente , para o tornar mais habitável e mais adequado ao turismo; promoção de uma sociedade de recicla-gem e economizadora de re-cursos e integração regional para criar um círculo mais ecológico e de qualidade.

Sobre este último ponto, o novo acordo entre Macau, Guangdong e Hong Kong, já adverte para novas medidas intergovernamentais. “Al-gumas áreas ambientais e ecológicas em Zhuhai serão o habitat de aves migrató-rias”, reitera a responsável da DSPA.

De forma a melhorar o ambiente, a DSPA prevê “melhorar as áreas verdes, tratar as encostas, ampliar o número de árvores na ruas, tratar os lados da faixa verde e a zona tampão que liga os parques, bairros verdes, jardins, viveiros e outras manchas verdes”, refere o comunicado. Não esquece, no entanto, a conservação das espécies e seu habitat, declarando reunir esforços para “construir couros de aves na primeira e segunda zona ecológica para o pú-blico e estudantes, de modo a visitarem e estudarem “a

sua reprodução, ecossiste-mas e espécies. Pretendem incluir ainda, um projecto de restauração do sistema eco-lógico, “construir a barreira costeira ecológica”, através da conservação de espécies, para manter o equilíbrio ecológico do litoral.

A conservação energética e a reciclagem, está também dentro dos planos, bem como os “bairros ecológicos” com edifícios empresariais e ha-bitacionais verdes.

“Pretendemos promover a compra de produtos com rótulo verde, conseguir que o Governo dê prioridade à compra de produtos, bem como mais produtos ecológicos no mercado, de conservação de energia, além de planejar o trata-mento de água e a redução de poluição.”

Os novos aterros e os bairros antigos não são esque-cidos. “Pretende-se melhorar a reestruturação dos distritos envelhecidos, melhorar a efi-ciência energética e aumentar as aplicações de energias renováveis através das di-rectrizes ambientais de cons-trução”, diz o comunicado. As energias renováveis vão, mais do que nunca, ser pro-movidas para que se incentive a utilização da energia solar, que “gradualmente se tornou a energia complementar con-vencional e eficaz”.

Os hotéis de “Ouro” distingui-dos ontem foram o Hard Rock, o Venetian e o Grand Towers. Por sua vez, os designados “Prata” são, na quinta edição, o Grand Hyatt, o Grand View, Beverly Plaza e Waldo. A medalha de bronze foi entregue ao Grand Emperor, ao Hotel Guia e à Pousada Marina Infante Hotel.

“Os hotéis premiados, quer das edições anteriores quer da edição

de 2011, tiveram bons resultados, nomeadamente, no cumprimento da legislação ambiental, no con-trolo do ruído e da qualidade do ar interior, na protecção ambiental na área de transportes, no controlo da poluição luminosa”, frisou Vong Man Hung. Ao nível da poluição luminosa, quando questionada pela imprensa, a directora subs-tituta da DSPA fez saber que a constituição do prémio pretende

jogar como plataforma para in-centivar os hotéis para medidas de protecção do ambiente e, nesse sentido, continua a incentivá-los também a atenuar a poluição cau-sada pelas placas luminosas, ou seja, a poluição visual que afecta os transeuntes.

A responsável acredita que esta acção permite à DSPA a implementação das políticas para a “Redução de resíduos a partir da fonte” e o “Melhoramento da qualidade do ar” e pode constituir um impulso favorável para o sector hoteleiro, de forma a proteger o ambiente em que vivemos.

A partir de 2 de Julho, estão abertas as candidaturas para o “Prémio Hotel Verde Macau 2012”. Todos os estabelecimen-tos hoteleiros estão habilitados a candidatar-se, já que, segundo a organização, contribuem assim para elevar a imagem do sector da hotelaria e consequentemente do turismo de Macau. As informações estão disponíveis em www.dspa.gov.mo/greenhotel. - R.M.R.

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13vidaquinta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

A protecção ambiental de Macau está na ordem do dia. Há leis e planos conjuntos a serem desenvolvidos com medidas de fomento ecológico. A energia solar, os carros eléctricos e a redução de consumo energético foram comentados pela arquitecta, ao Hoje Macau

Rita Marques [email protected]

O novo acordo entre Macau, Guangdong e Hong Kong prome-te o reforço da protecção ambien-tal. Como vê esta cooperação?Vai levar tempo, mas faz sentido que os Governos trabalhem em conjunto. No fim, este acordo preocupa-se sobre a poluição que os barcos possam fazer no Rio das Pérolas. Mas dentro da pró-pria cidade de Macau há muitas viaturas circulares, os motociclos que circulam bem como os veícu-los de mercadorias e os próprios autocarros dos casinos. Depois há a questão do tráfego rodoviário que é extremamente poluente. Os autocarros eléctricos já deviam ter sido implementados, porque seriam reduzidas substancialmente as emissões de carbono. E, logo aí, Macau seria capaz de melhorar a qualidade do ar em 40 ou 50% de redução de emissões de CO2.

Caminhamos para se imple-mentar uma rede de transportes híbrida ou eléctrica?A tecnologia de carros eléctricos já está muito experimentada. São

A confirmação foi dada pela directora substituta

da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) e explicada depois, em maior pormenor, pelo de-partamento responsável pela gestão do Fundo de Protec-ção Ambiental e de Protecção Energética (FPACE).

“Temos criado um Fundo de Protecção do Ambiente e Conservação Energética que dá um apoio financeiro às empresas de pequenas e médias empresas, bem como associações, para imple-

Maria José Freitas fala das medidas ecológicas do Governo

“Painéis solares rentáveis para edifícios da Administração”viaturas onde é possível fazer o carregamento das baterias e elas próprias fazem a gestão do parque que circula e dos carregamentos nas alturas indicadas. Se existir uma monitorização por parte das outras cidades, com acordos firmados - que obriguem a metas - acredito que cada cidade tem uma responsabilidade que seria controlada.

Que outras medidas estão tam-bém atrasadas no território?Se fossem implementados critérios ambientais no parque edificado - não digo destruir as casas todas - mas aplicar coberturas ‘green’ ou mais isolamentos nas paredes. Nos escritórios podiam ser implemen-tadas medidas que reduzissem as emissões de CO2. Outra medida, seria o controlo com sensores da temperatura ambiente e o uso da iluminação natural. A temperatura do ar condicionado deveria estar na ordem dos 23º ou 24º, não é necessário reduzir para os 18º, como se vê. Porque cada grau que se reduz é um maior consumo de electricidade e de emissão de CO2.

Os bairros ecológicos, previstos no novo plano da DSPA, podem ser uma realidade? Pode ser que as edificações nos novos aterros possam obedecer a parâmetros de protecção ambien-tal. São edifícios novos e aí será fácil implementar medidas a nível de isolamento e autonomia ener-

gética. No parque habitacional não será tão viável reverter os edifícios e torná-los mais ecológicos. Acho que podia haver um cadastro dos edifícios. Assim, à medida que vão sendo reabilitados, a DSSOPT e a DSPA poderiam obrigar que estes parâmetros fossem tidos em conta.

Que medidas poderiam ser im-plementadas?As grandes perdas de isolamento são feitas a partir dos equipamentos exteriores, paredes e janelas. Em Macau temos paredes estreitas, de 15 ou 20 centímetros no exterior, e por aí passa o calor porque é uma folha de papel. Vidros finos também causam grandes perdas

térmicas, que poderiam ser resol-vidas com vidros duplos.

São, no entanto, equipamentos mais caros.Sim, mas traduz-se num benefício grande, porque a factura começa a ser menor. Portanto os consumi-dores sentem um reduzido peso da energia consumida, porque aumenta o isolamento no Inverno e no Verão. E, desta forma, também haverá menor consumo de ar condicionado e, logo, menos emissões de CO2.

Como vê o financiamento para os painéis solares, no sentido de aumentar o uso desta energia renovável?

Para que seja rentável a sua uti-lização precisamos de uma vasta área. Temos edifícios muito altos, com grande extensão de fachadas, e a cobertura é o único sítio onde podem ser colocados painéis solares normais. Já os edifícios da função pública têm menos andares e por isso mais fáceis de se implementar. Usam-se muito em moradias individuais também mas há poucas. Em prédios altos a utilização dos painéis solares não é rentável porque, em última análise, o último piso pode recor-rer à energia que é produzida por esses painéis mas não vai chegar aos restantes. Numa área de 200 ou 300 m2 de cobertura é absolu-tamente impossível colocar painéis suficientes para dar uso ao prédio inteiro. Em edifícios habitacionais não é tão fácil.

Os terraços verdes não podem ser uma solução de refrigeração?Uma cobertura verde, em virtude de haver uma área de plantação, exige um substrato com uma determinada espessura, que vai melhorar o isolamento da cobertura reduzindo as trocas de calor. As plantas provocam frescura e melhoria do estado ambiental, por causa do oxigénio e da fotossíntese, portanto há uma melhoria da qualidade do ambiente. Se o prédio for muito alto, é natural que os apartamen-tos mais próximos da cobertura sintam esse efeito.

Painéis fotovoltaicos vão ser subsidiados através do FPAPE

Apoio até 500 mil patacas por empresamentar este tipo de acções, incluindo a instalação de painéis solares”, confirma a directora substituta da DSPA, Vong Man Hung.

Depois de ter sido anun-ciado há duas semanas pelo Gabinete para o Desenvolvi-mento do Sector Energético (GDSE) que o regulamento sobre a implementação da energia solar no território deverá estar concluído no próximo ano, é uma certeza que o FPACE - suportado em 200 milhões de patacas - será canalizado para equi-

pamentos, e não instalação, de painéis solares.

“O apoio financeiro para equipamentos fotovoltaicos é dado em 80% do montante to-tal dos aparelhos adquiridos por empresas, não excedendo o limite máximo de 500 mil patacas”, diz fonte ligada ao FPACE, da DSPA. Apenas as empresas, e não particula-res, se podem candidatar ao subsídio, sendo depois a sua candidatura avaliada, pelo que se comprarem os equi-pamentos antes da aprovação podem estar correr o risco de

não serem ressarcidos, ad-vertem. “Não podemos criar financiamentos para donos de prédios habitacionais, têm de ser empresas registadas no Governo.”

Antes mesmo do regu-lamento ser aprovado, as candidaturas para suporte destes equipamentos já podem começar a ser feitas junto da DSPA.

Tal como explanado an-teriormente pelo GDSE, em conferência, os sistemas fotovoltaicos não são um in-vestimento sustentável se não

houver apoio de subsídios. “O investimento para o sistema fotovoltaico, de acordo com o mercado, só terá retorno num período de tempo alargado, possivelmente 20 anos ou até 25 anos, este último é o tempo máximo de vida dos painéis solares”, explicava na altura Andy Lei Chu San, técnico superior do GDSE.

Não se consegue garantir assim em quanto tempo é pago o investimento não ressarcido (os 20% de custos do equipamento) mas deverá ser rapidamente compensa-do, sobretudo nas reduções das facturas da luz e, possi-velmente, do gás, segundo as duas principais fontes do sistema, aquecimento de água e produção solar. – R.M.R.

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14 cultura quinta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

DURANTE 12 ou 13 anos os corpos escul-turais de modelos pas-saram pela sua lente,

com roupas e jóias de assinatura. Mas embora o fotógrafo Nuno Veloso tenha deixado de trabalhar na área de moda, o pretexto para uma exposição manteve-se. A Fundação Rui Cunha convidou o autor a expor 17 fotografias do seu portefólio na galeria destinada a revelar artistas locais, situada na avenida da Praia Grande. Até ao dia 31 de Julho o público poderá ver aquela que é a primeira exposi-ção de imagens de moda captadas por Nuno Veloso.

Ao Hoje Macau, o fotógrafo revelou que “as imagens não têm por si uma ligação entre elas, foi quase abrir um baú e ver as recordações”.

“São fotografias com as quais me identifico a 100%”, tendo sido captadas em lugares tão diversos como Portugal, Londres ou Hong Kong. Além disso, as imagens são elas próprias sinónimo de diversidade. “Há fotografias onde aparecem jóias no valor de quarenta milhões de patacas e outras sem valor nenhum. Há umas com modelos conhecidas, outras menos.”

IMAGEM DA LIBERDADEPara Nuno Veloso, a escolha das imagens em exposição es-

Rita Marques [email protected]

O “Mestre das Três Ar-tes”, como ficou conhe-

cido Qi Gong ou Qi Yuanbai, por dominar três artes - a poesia, a caligrafia e a pin-tura -, é trazido a Macau a partir do seu espólio de mais de cinquenta trabalhos. Cali-grafia, pintura mas também publicações enviadas por Qi Gong aos seus amigos de Macau.

As obras presentes no quarto andar do Museu de Arte de Macau (MAM) são dedicadas aos seus amigos de Macau do círculo das artes, cultura e ensino por meio de cartas, inscrições e

Macau vai receber Semana da Cultura BrasileiraO Consulado do Brasil em Hong Kong e Macau vai promover a cultura do país do samba na RAEM através de diversas actividades, que vão decorrer na Universidade de Macau (UMAC). A principal iniciativa diz respeito à realização da I Semana da Cultura Brasileira na UMAC, em Novembro deste ano, que conta com total suporte financeiro do Consulado. Prevê-se ainda uma doação de livros brasileiros e a cooperação com o Mestrado em Estudos da Tradução do Departamento de Português na UMAC, para a tradução de obras da literatura brasileira. O conto escrito por Lima Barreto será o primeiro fruto da parceria. Será também criado um posto de leitor brasileiro nas instalações da universidade. Tais iniciativas vão de encontro ao Plano de Acção Conjunta entre o Brasil e a China, que se estende até 2014.

“It’s all about you” patente na Fundação Rui Cunha até Julho

A moda retirada do baúNuno Veloso já não trabalha como fotógrafo de moda, mas foi buscar à mais de uma década de trabalho na área 17 fotografias “bonitas”, que pretendem chamar a atenção para uma área “escassa” em Macau. Para ver até ao dia 30 de Julho

criativos”. Contudo, Nuno Ve-loso considera que fotografar é sempre um trabalho de equipa. “Se formos sérios no que fazemos nunca temos uma total liberdade, porque a fotografia de moda é sempre um trabalho de equipa. Tenho de respeitar o meu colega do cabelo ou da maquilhagem, porque será ele o criador da imagem.”

Apesar da ligação à fotografia, foi com a pintura que fez a primeira exposição, na Livraria Portuguesa. “É curioso porque quando eu era mais novo ficava acordado durante a noite, pegava nos meus pincéis e telas e punha-me a pintar. Depois juntei-me com duas colegas mi-nhas e fizemos a exposição. Com o dinheiro da venda dos quadros comprei a minha primeira máquina fotográfica.”

Nuno Veloso, que pela segunda vez está em Macau, espera que o público aprecie as fotografias que considera “bonitas”. Mas há um objectivo. “São imagens que nos deixam um bocadinho a vontade para fazer mais, porque a moda em Macau é escassa.”

O Centenário de Qi Gong é celebrado no Museu de Arte de Macau

Um Mestre com afinidade a Macaupoemas originais, bem como pinturas de flores.

Um destes companhei-ros de escrita, o actual di-rector do jornal Ou Mun, Lei Pang Chu, recebeu longas cartas de Qi Gong, a partir de Pequim. Na exposição estão patentes algumas es-crituras trocadas nos anos 80 e também alguns cartões postais trocados em épocas festivas.

“No último século, nos anos 70, Qi Gong começou

a contactar com as celebri-dades culturais de Macau de modo a expandir o intercâm-bio académico”, explica o vice-presidente do Conselho de Administração do Institu-to para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Lo Veng Tak.

“Profundidade - Ex-posição de Caligrafia e Pintura Comemorativa do Centésimo Aniversá-rio do Nascimento de Qi Yuanbai” é uma mostra

elevado como a montanha e profundo como o rio, é assim que a organização se refere a Qi Gong, comparando o estilo artístico à celestial e eterna veneração pelas elevadíssimas montanhas e profundos rios.

Na exposição vêem-se também alguns dos seus es-tudos e publicações sobre a Literatura Clássica Chinesa.

O espólio ficará na Ga-leria da Pintura e Caligrafia Chinesa, no 4º andar do MAM, até 19 de Agosto, entre as 10h e as 19h, ape-nas encerrada às segundas--feiras. A bilhete tem o custo de cinco patacas, com excepção dos domingos cuja entrada é livre.

que serve sobretudo para homenagear a carreira artística, académica e de investigação do criador enquanto avaliador de caligrafia antiga, pintura e impressões obtidas a partir de matrizes de pedra.

“Qi Gong é um educa-dor bastante conhecido na contemporaneidade, bem como um pintor, poeta e grande mestre de sinologia. Foi um educador por mais de 60 anos, obtém uma

grande trajectória na edu-cação e estudo da Literatura clássica chinesa”, conta Lo Veng Tak.

Em chinês o nome da exposição é “Xian Shen Zhi Feng”, que significa o homem virtuoso é eleva-do como uma montanha e profundo como um rio, retirado do “Registo Antigo dos Mestres Yan”, redigido pelo escritor Fan Zhongyan da Dinastia Song.

O estilo do “Mestre” é

tão ligadas a uma certa dose de liberdade na hora de criar. “Foi o reconhecer de fotografias onde

me deram mais prazer e liberdade para as fazer. Porque muitas vezes temos de responder a directores

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15desportoquinta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

Marco [email protected]

A festa foi total, nas instalações da Es-cola Internacional da Taipa. A com-

petir em casa, a formação dos Macau Reds não deixou créditos por mãos alheias e sagrou-se a grande vence-dora da edição de 2012 do Festival de Críquete do ter-ritório, disputado no último fim-de-semana.

No encontro decisivo da competição, o conjunto encarnado – um dos três que representaram a Associação de Críquete de Macau no certame – derrotou a for-mação dos Green Eagles de Hong Kong, tida de modo unânime como a grande can-didata ao triunfo no evento.

O emblema da vizinha RAEHK apresentou-se na Taipa com um grupo de trabalho onde pontificavam várias boas promessas do críquete da antiga colónia britânica, mas a aposta na juventude por parte dos responsáveis da Green Eagles acabou por abrir caminho para a vitória da mais cotada das formações do território.

Carlos Martins espera voltar ao BenficaCarlos Martins não esconde que a sua ambição passa por voltar a representar o Benfica na próxima temporada. O internacional português, que na última época esteve cedido ao Granada, de Espanha, vai mais longe e demonstra as suas ambições: “Neste momento a minha prioridade é o futuro e a saúde do meu filho. Essa é a minha verdadeira batalha mas não escondo que espero voltar ao Benfica. Sou jogador do Benfica, é onde quero jogar porque gosto de jogar para ganhar e para ser campeão.” Depois do empréstimo ao Granada, o médio português aguarda agora indicações do clube encarnado para se apresentar no regresso ao trabalho. Recorde-se que Carlos Martins tem contrato com o Benfica até Julho de 2013.

Jackson é a maior transação de sempre no MéxicoO Jaguares de Chiapas prepara-se para garantir o maior encaixe financeiro de sempre na transferência de um jogador a actuar no campeonato mexicano se o acordo final com o FC Porto contemplar as verbas que a imprensa local anuncia (850 milhões de patacas). A maior transacção na história do futebol mexicano aconteceu em Abril de 2010, quando o Manchester United contratou Javier Hernández ao Deportivo Guadalajara por 80 milhões de patacas. Bater essa marca era condição essencial dos dirigentes do clube mexicano no processo negocial com o FC Porto. A diferença entre a venda de Jackson e Hernández será apenas de 5 milhões de patacas mas o negócio com os dragões ficará sempre na história do futebol local. A chegada do avançado colombiano a Portugal está iminente e Jackson Martínez foi dispensado pelo Jaguares da digressão que a equipa realiza nos Estados Unidos, um inequívoco sinal de que estão bem encaminhadas as negociações entre os dois clubes.

Kaká tem proposta milionária da China O médio brasileiro Kaká, do Real Madrid, tem em mãos uma proposta astronómica oriunda do futebol chinês. Segundo o “Corriere dello Sport”, o Guangzhou Evergrande, presidido por Xu Jia Ying, está disposto a oferecer ao internacional brasileiro um contrato de 180 milhões de patacas, dividido por três épocas. Além desse valor, o emblema chinês pretende agora baixar o valor exigido pelo Real Madrid para libertar Kaká, que se situa nos 250 milhões de patacas. Recorde-se que o Guangzhou Evergrande já garantiu o italiano Marcello Lippi como treinador para a próxima época.

Macau Reds vencem Festival de Críquete

Santos da casa fazem milagres

Impelidos por uma exibição irrepreensível de Haider Shan no bastão e de Shahid Amad no resgate da bola, os Macau Reds entraram melhor no desafio e acabaram por alcançar uma vantagem confortável

tedor acabou por cumprir com o que lhe era exigido de forma irrepreensível e catapultou os Macau Reds para a vitória na antepe-núltima bola da tarde. Sem surpresas, Haider Shan acabou por ser dis-tinguido com o estatuto de melhor jogador da edição de 2012 do Festival de Críquete de Macau, uma prova que voltou a ser este ano disputada por oito formações.

UM GRANDE SUCESSONa hora do balanço aquela que é a principal concreti-zação anual da Associação de Críquete de Macau, os responsáveis pelo organis-mo que chama a si a tutela da modalidade no território dificilmente poderiam estar mais satisfeitos. Ao triunfo dos Macau Reds, juntam-se boas exibições por parte das restantes sete forma-

ções locais que disputaram a prova: “As formações da Air Macau, dos Sands China Chargers, dos Macau Muppets e das restantes equipas da RAEM prati-caram um críquete muito competitivo e provaram que em Macau há não só talento, como também um futuro para a modalidade”, sustenta Adnan Nasim, pre-sidente da Macao Cricket Association.

A edição de 2012 do Festival de Críquete de Macau foi este ano e pela primeira vez disputada num campo portátil de betão, importado da vizi-nha Região Administrativa Especial de Hong Kong. O certame atraiu no último domingo mais de duas centenas de adeptos e entusiastas da “mais cava-lheiresca” das modalidades ao relvado da Escola Inter-nacional da Taipa.

durante o primeiro inning. Experiente, a formação da antiga colónia britânica respondeu à medida e não tardou a assumir as rédeas do desafio e a saltar para a frente do placard. Os atletas do território entraram no

derradeiro período da partida em desvantagem e quando Haider Shan voltou a herdar o bastão, herdou também a árdua tarefa de impelir a equi-pa para a obtenção de quinze runs (pontos) na última série de doze lançamentos. O ba-

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ANÚNCIO N.º 185/2012

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar o representante do agregado familiar da lista de candidatos a habitação social abaixo indicado, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do Boletim de candidatura LOI KUOK PENG 5006136 Após as verificações deste Instituto, notamos que o representante e o elemento do agregado familiar de candidatos a habitação social acima mencionado prestaram declarações inexactas para arrendarem habitação, até à data do recebimento da chave. Neste acto recorrereu uma infracção, nos termos do n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, este Instituto informou-o por meio de ofício, com o n.º 1109010051/DAH, datada de 5 de Setembro de 2011, a solicitar ao interessado acima mencionado para apresentar por escrito a sua contestação pelo facto acima referido no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de recepção do referido ofício, mas não fez a entrega da sua contestação dentro do prazo indicado. Nos termos dos n.º 1 do artigo 46.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009 (Atribuição, Arrendamento e Administração de Habitação Social), n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, assim como da decisão do despacho do Presidente do Instituto, exarado na Informação n.º

1551/DAHP/DAH/2011, a respectiva candidatura foi excluída da lista geral de espera.E nos termos dos artigos 148.º e 149.º e n.º 2) do artigo 150.º do Código do Procedimento

Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, pode reclamar da respectiva decisão administrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 15 (quinze) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, a reclamação não tem efeito suspensivo; ou pode apresentar directamente recurso judicial ao Tribunal Administrativo, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, nos termos do artigo 25.º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro.

A Presidente, substª.

Kuoc Vai Han 26 de Junho de 2012

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16 publicidade quinta-feira 28.6.2012www.hojemacau.com.mo

ANÚNCIO [N.º 200/2012]

Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares seleccionados da lista de espera de habitação económica abaixos mencionados:

N.º do boletim de candidatura Nome N.º do boletim de

candidatura Nome

74936 LEONG WENG I 86578 IP SIO KUONG ALIAS PEDRO IP

110845 KUAN HOU SAM 117514ANITA DA

CONCEICAO FERREIRA

85751 WONG CHAU WA SHARON 90852 LOK SIO SAN

70073 TANG PUI I 84091WONG HUNG KIT

ALIAS DANIEL WONG

95151 CHEANG CECILIA CHENG TENG 92075 CHAN CHONG HOU

94132 VONG HOK CHI 102041 LEI CHEONG KUAN

78322 CHAN WUN FONG 89366 CHAO TENG MAN

109974 TAM KENG FONG *91454 *WONG UT FONG

97065 LEI WAI KIN 102606 CHAN PENG KAI

85759 SENG FU WO 127671 FOK CHI MAN

80474 LEI CHI CHONG 94511 CHAO KUN TONG

113273 CHOI KA CHONG 90841 IONG LAI MUI

105993 IU CHON MENG 53749 FONG SOI HENG

90463 TAM SI MAN 61805 HO SIU MUI

126563 HO TEK MAN *80253 *LAO KA IAN

80699 KUAN CHEOK IN

Em virtude de não existirem fracções disponíveis da tipologia no local a que se candidataram, mas há outras fracções da mesma tipologia disponível em Coloane, de acordo com os termos do n.º 8 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, o Instituto de Habitação (IH) informa os representantes dos agregados familiares acima referidos, através de ofícios, para se dirigirem pessoalmente ao IH, sita na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau (perto da Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte), no dia 17 de Julho de 2012, às horas fixadas nos respectivos ofícios, para escolha das fracções de habitação económica disponíveis de T2 na zona de Coloane.

Nessa altura, os agregados familiares da lista de espera acima referidos devem apresentar os documentos comprovativos (originais e cópias) abaixo mencionados, para efectuar a nova verificação dos requisitos da candidatura da aquisição de habitação económica. Caso as respectivas informações afectem os actuais requisitos da aquisição de fracção ou existirem mudança da composição dos agregados familiares acima referidos, este Instituto irá suspender, imediatamente, o procedimento da escolha de habitação económica:

1. Documentos de identificação de todos os elementos do agregado familiar e os seus cônjuges (caso houver) registados no boletim de candidatura de habitação económica.

2. Prova de casamento (aplicável aos indivíduos casados. Caso tenha entregue ao IH, nos últimos três meses, não é necessário a entregar de novo).

3. Boletim de candidatura dos dados dos agregados familiares de habitação económica devidamente preenchidos e assinados.

De acordo com os termos do n.º 2 do artigo 13.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, caso os agregados familiares da lista de espera acima referidos não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, por motivo não justificado, implica a perda do direito de escolha e passagem automática para o último lugar da lista geral; ou após a apreciação dos dados apresentados, verifique que não reunirem com os requisitos da candidatura, os agregados familiares seleccionados serão excluídos na lista geral.

* Em caso da 2.ª convocação, os agregados familiares seleccionados que não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, serão excluídos na lista geral, de acordo com os termos das alínea a) do artigo 14.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002 e alínea 2 do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011.

No intuito de proporcionar os agregados familiares seleccionados para terem mais conhecimentos sobre as informações das fracções de habitação económica disponíveis, o IH juntamente os ofícios enviará em anexo o catálogo com descrições das fracções para venda, tabela dos preços, rácio bonificado, pontos de observação, informações sobre a fracção de modelo. Caso os agregados familiares seleccionados não tenham recebidos os ofícios remetidos pelo IH, até sete dias antes da data fixada, poderão dirigir-se ao IH sito na Travessa Norte do Patane n.º 102, Ilha Verde, Macau) ou consultar através do telefone n.º 2859 4875, durante o horário de expediente.

A Presidente Subst.a,

Kuoc Vai Han27 de Junho de 2012

ANÚNCIO [N.º 201/2012]

Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares seleccionados da lista de espera de habitação económica abaixos mencionados:

N.º do boletimde candidatura Nome N.º do boletim

de candidatura Nome

117490 UN MIO CHENG 82392 LEUNG TEK KA

84881 WONG TIN WAI 85743 CHANG WENG CHIO

75721 LIO UN CHAO 79729 WONG IOK KAM

111915 LAM SI KENG 107241 WONG SOK FAN

*91761 *CHAN KA HONG 71671 AYE KO KO

78906 WAN CHON 97525 LIO WENG PAN

115485 LEONG CHI KUN *74159 *PUN SIO KENG

105372 CHOI NOI PIN 103253 LAM IEK HONG

127498 UN NGAN IENG 52215 LAM FONG IENG

95484 LAO SIO FAN 108253 AO IEONG NGAN SAM

54933 WONG SI CHU 119427 LAI CHOI FUNG

105526 NG KAM MUI 81386 KAM SUT IONG

Em virtude de não existirem fracções disponíveis da tipologia no local a que se candidataram, mas há outras fracções da mesma tipologia disponível em Coloane, de acordo com os termos do n.º 8 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, o Instituto de Habitação (IH) informa os representantes dos agregados familiares acima referidos, através de ofícios, para se dirigirem pessoalmente ao IH, sita na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau (perto da Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte), no dia 17 de Julho de 2012, às horas fixadas nos respectivos ofícios, para escolha das fracções de habitação económica disponíveis de T1 na zona de Coloane.

Nessa altura, os agregados familiares da lista de espera acima referidos devem apresentar os documentos comprovativos (originais e cópias) abaixo mencionados, para efectuar a nova verificação dos requisitos da candidatura da aquisição de habitação económica. Caso as respectivas informações afectem os actuais requisitos da aquisição de fracção ou existirem mudança da composição dos agregados familiares acima referidos, este Instituto irá suspender, imediatamente, o procedimento da escolha de habitação económica:

1. Documentos de identificação de todos os elementos do agregado familiar e os seus cônjuges (caso houver) registados no boletim de candidatura de habitação económica.

2. Prova de casamento (aplicável aos indivíduos casados. Caso tenha entregue ao IH, nos últimos três meses, não é necessário a entregar de novo).

3. Boletim de candidatura dos dados dos agregados familiares de habitação económica devidamente preenchidos e assinados.

De acordo com os termos do n.º 2 do artigo 13.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, caso os agregados familiares da lista de espera acima referidos não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, por motivo não justificado, implica a perda do direito de escolha e passagem automática para o último lugar da lista geral; ou após a apreciação dos dados apresentados, verifique que não reunirem com os requisitos da candidatura, os agregados familiares seleccionados serão excluídos na lista geral.

* Em caso da 2.ª convocação, os agregados familiares seleccionados que não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, serão excluídos na lista geral, de acordo com os termos das alínea a) do artigo 14.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002 e alínea 2 do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011.

No intuito de proporcionar os agregados familiares seleccionados para terem mais conhecimentos sobre as informações das fracções de habitação económica disponíveis, o IH juntamente os ofícios enviará em anexo o catálogo com descrições das fracções para venda, tabela dos preços, rácio bonificado, pontos de observação, informações sobre a fracção de modelo. Caso os agregados familiares seleccionados não tenham recebidos os ofícios remetidos pelo IH, até sete dias antes da data fixada, poderão dirigir-se ao IH sito na Travessa Norte do Patane n.º 102, Ilha Verde, Macau) ou consultar através do telefone n.º 2859 4875, durante o horário de expediente.

A Presidente Subst.a,

Kuoc Vai Han27 de Junho de 2012

Page 17: Hoje Macau 28 JUN 2012 #2640

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h14:30 RTPi DIRECTO18:30 Montra do Lilau (Repetição)19:00 Euro 2012: Portugal - Espanha (Repetição)20:30 Telejornal21:00 TDM Talk Show21:30 Castle22:15 Aquarela do Brasil23:00 TDM News23:35 Herman 201200:30 Reportagem Sic01:15 Além de Nós02:10 Telejornal (Repetição)02:45 Euro 2012: Alemanha - Itália (Directo)04:45 RTPi DIRECTO

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:30 Sal na Língua: Santiago - Cabo Verde15:00 Poplusa16:00 Bom Dia Portugal17:00 O Elo Mais Fraco18:00 Vingança18:30 Tempos Modernos RTPi19:20 Liberdade 21 20:00 Jornal Da Tarde 21:15 O Preço Certo22:15 Com Ciência22:45 Portugal no Coração

ESPN12:30 US Open Championships 2012 Day 1 Highlights13:30 X Games La Classix15:00 The Football Review15:30 MLB Regular Season 2012 Cleveland Indians vs. New York Yankees18:30 (Delay) Baseball Tonight International 201219:30 (LIVE) Sportscenter Asia 201220:00 ABL 2012 Weekly H/L20:30 Spirit Of London21:00 X Games All Access Preview

22:00 Sportscenter Asia 201222:30 ABL 2012 Weekly H/L23:00 X Games La Classix23:30 X Games All Access Preview

STAR Sports11:00 The Championships, Wimbledon 2012 2nd Round16:00 FA Classics 1994/95 FA Cup Southampton vs. Tottenham Hotspur17:00 Total Rugby17:30 2 Wheels18:00 The Championships, Wimbledon 2012 Daily Highlights Day #319:00 (LIVE) The Championships, Wimbledon 2012 2nd Round

FOX Movies12:30 Once Upon A Time13:20 The Expendables15:10 Tucker & Dale Vs Evil16:40 The Beaver18:15 Homeland20:15 Once Upon A Time21:00 Something Borrowed22:55 Made Of Honor00:40 Once Upon A Time

HBO11:45 The Mummy13:50 The Mummy Returns16:10 Two Brothers17:55 Hbo Central18:25 Ace Ventura20:05 Thor22:00 The Lord Of The Rings

Cinemax12:30 Murder At 160014:15 The Wolfman16:00 To Catch A Thief17:50 Twins19:35 Hollywood Buzz20:00 Two-Minute Warning22:00 Shutter Island00:15 Spartacus: Vengeance

17publicidadequinta-feira 28.6.2012 www.hojemacau.com.mo

[Tele]visão

Aqui há gato

Sudoku [ ] Cruzadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Escândio (s.q.). Criadas de servir, sopeiras (Pop.). Gálio (s.q.). 2-Departamento de França. Ementa, lista. Progenitor. 3-Conceder. Matemática (abrev.). 4-Que pode ser movido. Coragem!. 5-Povoação da Beira Litoral. Referente à velhice. Nela. 6-Pertencente ou relativo a determinado lugar. Beneficiai (Fig.). 7-Actínio (s.q.). Revesti de laca. Deus-Sol, no antigo Egipto. 8-Vossa. Caira, desabara. 9-Irmã dos pais. Rio da Rússia. 10-Antiga possessão portuguesa na India. Pano de Arrás. Rio da Suiça. 11-Também (Arc.). Escárnios, zombarias. Voz do carneiro ou do cordeiro.

VERTICAIS: 1-Sociedade Anónima (abrev.). Molusco (pl.). Nome de letra. 2-Guerreiro valente. Profissional de telecomunicação que transmite programas de rádio ou de televisão. 3-Também não. Criada de companhia. 4-Canteiro de rosas. 5-Profissão (Suf.). Interessar-se com vigiante zelo. Troça. 6-Pó fecundante vegetal. Balseiros, dornas. 7-O mais (Ant.). Trabalhai com afã. Desirmanado. 8-Que é da cor do ouro. 9-Utensílio com uma parte larga e achatada e um cabo (pl.). Cada uma das duas partes que pendem da cintura da sobresaca, fraque, etc.. 10-Larapiar. Figuravam. 11-Queixume. Tirem-se donde estavam. Traseira.

HORIZONTAIS: 1-SC. SOPAS. GA. 2-AIN. ROL PAI. 3-DER. L. MAT. 4-L. MOVEL. SUS. 5-UL.SENIL. NA. 6-LOCAL. DOTAI. 7-AC. LACAI. RA. 8-SUA. RUIRA. M. 9-TIA. B. OBI. 10-GOA. RAS. AAR. 11-ER. RISOS. ME.

VERTICAIS: 1-SA. LULAS. GE. 2-CID. LOCUTOR. 3-NEM. CA. AIA. 4-S. ROSAL. A. R. 5-OR. VELAR. RI. 6-POLEN. CUBAS. 7-AL. LIDAI. SO. 8-S. M. LOIRO. S. 9-PAS. T. ABA. 10-GATUNAR. IAM. 11-AI. SAIAM. RE.

O DIREITO (A NÃO SABER)Tenho em mim a frustração (muito pequena, quase ao de leve) de nada perceber de Direito. Assumo a minha total incapacidade para ter estudado tal coisa na Universidade dos Gatos ou sequer de ter concluído uma simples disciplina com distinção. Vou escrevendo uns textos e, quando o tempo me permite, vou lendo uns livros. E a frustração que existe em mim é porque compreendo que o Direito, afinal, não passa de um manual de regras para os mais pequenos pormenores da sociedade. Quer isto dizer que quando pousamos os olhos num qualquer dito “calhamaço”, o que lá está não é mais do que interpretar coisas que acontecem no dia-a-dia. Só que com regulamentos e pareceres a mais. Se eu dominasse algumas áreas do Direito, decerto teria mais noção de como funciona a sociedade. Como não tenho, vou tomando o máximo de atenção ao que os especialistas dizem e nem sequer me atrevo a fazer assim qualquer coisa que pareça que entendo alguma coisa do assunto. Como tal, jamais me veria capaz de assumir um cargo governamental, porque entendo que as noções básicas têm de existir. Quem não tiver uma licenciatura, tem de ler mais ou ter a ajuda permanente de um assessor jurídico. Tudo isto para dizer que o último plenário da Assembleia Legislativa, exactamente aquele onde se discutiu o Código do Processo Penal (CPP), ficou dominado por declarações de deputados que ousaram dizer que não dominavam a matéria. Tendo em conta que é do conhecimento público, desde 2011, que o CPP vai ser revisto, como é que na hora de votar um diploma ainda há quem assuma a sua ignorância jurídica? Não é obrigatório que um deputado tenha de ser jurista, mas é quase obrigatório que procure ajude na hora de discutir, e sobretudo votar, tais assunto. Tal desconhecimento deveria ser o segredo mais bem guardado de todos, em que cada deputado com essa dificuldade deveria trabalhar mais com o apoio da assessoria jurídica, à disposição de todos na Assembleia.

Pu Yi

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OS MALAQUIAS • Andréa del Fuego(Vencedor do Prémio Literário José Saramago 2011)Serra Morena. Um raio esturrica o casal, em luz e carne. Os filhos ficam órfãos, com destinos diferentes. Antônio, o menino que não cresce. Nico, o patriarca engolido por um bule de café. Júlia, a menina em fuga permanente. Um lugar onde as sombras da terra e da água convivem. Onde a morte e a vida são o mesmo mundo. Um poema seco à humanidade de cada um de nós. Uma escrita áspera mas poética, desenhada com a vertigem das memórias da família Malaquias, e que evolui como tributo pessoal da autora aos seus antepassados. Transcendental e mágico, este romance do insólito revela-se uma leitura para o coração. Um livro forte, aclamado, invulgar.

UMA CASA PARA MR. BISWAS • V. S. Naipul“Uma Casa para Mr. Biswas” é um dos primeiros e mais importantes trabalhos de ficção de V.S. Naipaul e o romance que mais fez pelo conhecimento geral da sua obra. Nascido no lado errado da vida e atirado para o mundo que o acolheu com pouco mais do que um mau presságio, Mohum Biswas passou 46 anos da sua vida a lutar por ser independente. Mas a determinação e o esforço apenas levaram à calamidade. Comovente e cómico, “Uma Casa para Mr. Biswas” tem sido aclamado um dos melhores romances do século XX - em que, através da demanda de um homem, se evoca maravilhosamente o triunfo da resistência, persistência e dignidade num mundo pós-colonial.

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SALA 1DIN TAO: LEADEROF THE PARADE [B]FALADO EM MANDARIM LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊSUm filme de: Kai FengCom: Alan Kuo, Hung-Sheng, Crystal Lin14.30, 16.45, 19.15

SNOW WHITEAND THE HUNTSMAN [C]Um filme de: Rupert SandersCom: Kristen Stewart, Charlize Theron, Chris Hemsworth21.30

SALA 2SADAKO [3D] [C]FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊSUm filme de: James WatkinsCom: Daniel Radcliffe, Ciarán Hinds, Janet McTeer14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 3PROMETHEUS [3D] [C]Um filme de: Ridley ScottCom: Naoomi Rapace, Michael Fassbender14.30, 16.45, 19.15, 21.30

DIN TAO: LEADER OF THE PARADE

Page 18: Hoje Macau 28 JUN 2012 #2640

Exmo Senhor Director do Jornal Hoje Macau. Agradecia a publicação do que segue:

RÊS foram os processos nos quais os Meretíssimos Juizes dos Tribunais da RAEM negaram, respectiva e sucessivamente, dar provimento à minha impugnação, decidindo assim absolver a Ré (en-

tidade recorrida), que eram os Serviços de Saúde do Governo da RAEM e condenar--me nas custas.

O meu contencioso inicia-se com os argumentos expendidos no âmbito do Proc. 392/07/ADM, cuja finalidade era obter o reembolso das despesas médicas por mim efectuadas em Hong Kong, tendo para o efeito atacado o vício da violação da norma, prevista no no.3) do art. 153 do EATPM1, em que incorreu o despacho do Director dos Serviços de Saúde (SS), ao homologar a deliberação da Junta para os Serviços Médicos no Exterior, que havia indeferido a minha pretensão.

Corrido o visto, o MP foi de “parecer da improcedência do recurso” e o dr. Juiz viria a negar o provimento à minha petição, com a fundamentação de que “no caso em apreço, não resulta dos relatórios médicos apresentados pelo recorrente que quando fez a consulta médica e a posterior operação em Hong Kong, se encontrava numa situação de emergência”. Era essa, portanto, a peça instrutória cuja apresentação o dr. Juiz considerava necessária e imprescindível para satisfazer aos requisitos da lei. Só que não correspondia à verdade o que alegava. Deixou passar em claro o que já vinha expendido nesse doc. 1, que se encontrava apenso aos autos. No documento, descrevia o cirurgião de Hong Kong uma histologia da minha próstata, a ponto de esclarecer que quando me consultou, a minha bexiga mal podia esvaziar, e quando me fez o toque rectal, verificou que o meu órgão prostático estava volumoso, comprimindo, ipso facto, a bexiga2. Não faltou o cirurgião à verdade, quando o hospital Sanatorium de Hong Kong, onde tinha sido submetido à interven-ção cirúrgica, viria a informar que através da biópsia se verificou terem-me excisado ao órgão 60grms de tecido. Mas o que a lei não deixa de exigir é que se demonstre a existência dos motivos que devem justificar que o doente se encontrava numa situação de emergência, na altura em que recorreu a essa assistência hospitalar no estrangeiro. E emergência deve ser entendida por um estado de extrema necessidade de alguém vir a ser socorrido de um mal, tal como acontecia no meu caso.

Todos estes dados de informação, re-pito, já constavam da minha impugnação contenciosa! Mais acrescentaria o cirur-gião num dos seus relatórios, que a minha situação seria não recidiva. Não tinha sido

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Registos clínicos perdem o seu valor probatório

T

precipitado nessa afirmação, até porque dos registos clínicos feitos, anualmente e até a data, bem ficou provado que o meu estado prostático continua a situar-se nos limites da normalidade. Devo dizer, em abono da verdade, que esse mesmo Juiz a que atrás me referi e que não havia dado provimento à minha primeira impugnação, acabaria por ser relator do terceiro processo, que se encontrava em apreciação do Tribunal de Segunda Instância. Nessa qualidade, bem pode determinar que fossem desentranhados dos autos os mais recentes documentos (que eram os comprovativos da situação do meu bom estado de saúde prostática), que o meu advogado tinha requerido para serem juntos ao processo. Portanto, não se aceita o que, por um excesso de (in)competência, as dignas Juizas do colectivo do Tribunal Adminis-trativo no âmbito do 2º. Proc. no.117/09-A viriam a concluir, isto é, que não me en-contrava definitivamente curado, agora que estávamos a caminho de sete anos volvidos sobre a data da 3ª. operação, efectuada em Hong Kong, sem que jamais me tivesse queixado do mal da próstata. E mais diziam que a minha doença não justificava que fosse tratado na clínica especializa de Hong Kong, apesar de os registos clínicos afirmarem num sentido contrátrio, e através deles fica-se provado que dez foram os longos anos do meu longo tratamento no CHCSJ, mas sem qualquer resultado, que seria de esperar e desejar!! Mas tudo isso ficaria assim sem que o Hospital apresentasse melhor solução para o tratamento da minha doença?! E digo tudo isso porque nem sequer ouviram o parecer de urologistas qualificados sobre este assunto, exclusivamente, de campo médico-científico, como lhes era devido! Não restam dúvidas de que as dignas Juizas teriam querido concluír ser inútil qualquer tratamento embora venha a ser realizado no melhor centro hospitalar especializado. Mas se assim concluiam, então não teria o

meu médico assistente culpa devido ao mau tratamento, que me ministrou? Mais me pareceu que tivessem querido inculpar-me do que acontecera pelo simples facto de não ter pedido nem instado que o meu médico me propusesse à dita Junta para os efeitos do posterior tratamento na clínica especializada de Hong Kong! Logo, seria meu o dever de fazer lembrar o médico dessa necessidade!! Só que, o que lamento é que as dignas Jui-zas pudessem ignorar que estavam como estão em plena vigência, os Decretos-Leis n.s 24/86/M, e 34/90, respectivamente de 15.03.86 e 16.06.90, prescrevendo o artigo 22 do primeiro diploma que ”o acesso aos cuidados a que se refere o número anterior, processar-se-á mediante atestado médico ou proposta apresentada pelo médico assistente, dirigidos à Junta para Serviços Médicos no Exterior”. A leitura dessa disposição legal deve ser conjugada com as condições do n. 3 do art.153 do citado EATPM, cuja redacção é idêntica ao número 1) do citado artigo 22º. Nisto, tinha o clínico o dever jurídico de dar cumprimento ao que vem prescrito nos citados dispositivos legais, já que estavam perdidas todas as esperanças de merecer bom tratamento no CHCSJ. Logo, o Juiz-relator do Tribunal de Segunda Instância teria de estudar, mas seriamente, o caso, e não como fez, concordando com os pontos de vista defendidos pelas dignas Juizas, absolvendo a Ré da acção mas condenando-me outra vez nas custas! Exposto o assunto, para melhor finalizar a questão, perguntaria uma vez mais se a minha situação, expendida desde logo na minha impugnação contenciosa no âmbito do primeiro processo, incidia ou não perfeitamente nos requisitos do número 3) do artigo 153 do supracitado diploma? Não é verdade, que o CHCSJ não dispunha, nos seus serviços urológicos, de meios hu-manos, até porque a entidade recorrida no artigo 355º. da sua contestação admitiu-o, tacitamente?! Seria ou não necessário que o meu tratamento tivesse de ser continuado na clínica especializada de Hong Kong, já que os dez longos anos de tratamento no CHCSJ foram-me mesmo inúteis?! Eram essas as condições, que impunham que a Ré não pudesse negar o reembolso por mim solici-tado, nem o Juiz do Tribunal Administrativo (que viria a ser Juiz-Relator do processo que correu seus trâmites no Tribunal de Segunda Instância) tinha podido negar o provimento à minha referida impugnação contenciosa.

Mas, na sequência do não provimento à minha impugnação e mais tarde no desen-volvimento do 2º. Processo n. 117/09-AO, toda a questão acabaria por complicar-se ainda mais! O colectivo de Juizas, não obstante ter declarado que havia tomado conhecimento dos meus registos clíni-cos, que fiz juntar ao Proc. mesmo assim rejeita toda a verdade neles contida. Não dá relevância a esse meio de informação histológica, e assim não admite que o meu

estado de saúde se deteriorava, razão pela qual afirmava, como acima havia eu dito, não justificar que o meu tratamento viesse a ser continuado na clínica especializada de Hong Kong! Mas se o que alegava constituía uma verdade, qual a razão pela qual a minha saúde vinha piorando de dia para dia, até que em desespero da causa vi-me obrigado a submeter à consulta do médico especializado de Hong Kong, quem me operou, atendendo às circunstâncias da doença! Na última análise de sangue, efectuada no CHCSJ, registou-se que a minha próstata apresentava um PSA, de índice elevadíssimo de cerca de 37.36 mg/nl e (o normal vai de 0-4mg/nl), tendo-se verificado através da urofloxometria que o meu jacto urinário era fraquíssimo, o que denunciava um péssimo estado da minha saúde prostática. Estávamos no mês de Maio mas o meu médico remete-me para uma nova consulta, que só teria lugar, apenas, em Setembro do mesmo ano!! Portanto, quer-me parecer que a questão não podia ficar assim resolvida, uma vez que as dignas Juizas se esqueceram de que existiam como existem instrumentos legais, que acima mencionei, e que, nitidamente, regulam este problema. Finalmente, perguntaria se os doutores Juizes fizeram ou não uma interpretação correcta do que deve ser ilicitude, definida pelo artigo 7º. do Dec.Lei no. 28/91/M, que prevê: é ilícito o acto que viole normas legais e regulamentares ou princípios gerais aplicáveis, bem como aquele que viole as regras de ordem técnica e de prudência comum. E a culpa, nas palavras do Prof. Antunes Varela (Das Obrigações em Geral, Vol I, 7ª. edição, Editora Alme-dina Coimbra, pág. 559) “exprime um juízo de reprovabilidade pessoal da conduta do agente: o lesante, [o meu médico assisten-te] em face das circunstâncias específicas do caso, devia e podia ter agido de outro modo”, e não, tomar uma atitude indefe-rente perante o estado precário e doentio do seu paciente, tal como foi a conduta do clínico, em relação à minha doença! Não me convenceu que os Meretíssimos Juízes conduziram devidamente a questão! Mas, bem ou mal, lá se fez justiça na RAEM.

1 São ainda comparticipados a 100% os cuidados de saúde que, em situação de emergência e por inexistência de meios no Território ou impossibilidade de imediato recurso aos trâmites previstos na lei, não possam ser prestados em Macau, desde que confirmado posteriormente por decisão da mesma Junta. Tem idêntica redacção do número 1) do artigo 22 do Dec.Lei no. 24/86/M.

2 Isto constava do relatório que até então existia no meu processo clínico individual. Só que viria a ser ocultado... Mas, graças ao Laboratório do Hospital quem viria a fornecer-me as respectivas chapas radiográficas, que seriam lidas pelos Serviços Radiográficos de Macau X-Ray

Atenciosamente,Manuel de Senna Fernandes

carta ao director

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S ilhas de Cabo Verde foram descobertas pelos portugueses em 1460 e logo começaram a ser povoadas, tomando a primazia Santiago e Fogo. Cabo Verde tornou-se um país independente

mas nunca deixou de possuir um ímpeto natural para a emigração. Teremos milhares de cabo-verdianos espalhados por todo o mundo.

Em Ribeira Grande – ilha de Santiago - estabeleceu-se a primeira feitoria, que serviu ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comércio de escravos que começava a crescer por essa época. Talvez, por isso, é de Santiago que ainda hoje é oriunda a maior comunidade residente em Portugal.

Maria do Rosário era uma jovem de 17 anos que ao ver na televisão o que acontecia por Portugal sempre sonhou em rumar um dia até Lisboa. Na Ribeira Grande a sua casa não era casa. Umas tábuas entrelaçadas umas nas outras com umas chapas de zinco a fazer de tecto protector de um sol escaldante constituía o seu abrigo na companhia de mais cinco irmãos. Rosário sonhou com a escola e frequentou a primária. Rosário idealizou um casamento com um ramos de flores na mão, um vestido branco e uma dezena de convidados na companhia de um marido cheio de amor que já vinha da infância e da vizinhança. Rosário casou. O sacerdote foi um português radicado em Cabo Verde há duas dezenas de anos e que aconselhou os noivos a procurarem a felicidade na sua terra ou longe dela, mas sempre debaixo de uma compreensão mútua. O marido com-preendeu perfeitamente o que Rosário um dia lhe disse. Queria sair de Ribeira Grande e emigrar para Portugal onde já tinha duas primas e um tio. Com dois filhos nos braços Rosário avançou para a complexidade da papelada inerente a uma saída de Cabo Verde e entrada em Portugal. Complexos documentos que mais não representam do que o sugar de quase todas as poupanças dos ávidos futuros emigrantes. Para uma vida melhor? Nem sempre.

Quando Rosário chegou a Lisboa com a sua família tudo se tornou deslumbrante até ao momento em que chegou a um bairro tipicamente problemático perto da Amadora, onde se avistavam mais cidadãos a arrastar a

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Nuno G. Pereira; Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia; Peng Zhonglian; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

A bolsa ou a vida

A

da estre laCarlos M. Cordeiro

porque uma vizinha tinha-o deixado em sua casa antes de ter partido em direcção à Irlanda. Rosário trabalhou sempre de noite a noite. Saía de casa às cinco horas e só regressava às vinte. Na sua casa modesta, um dia, tocou a recolher para uma reunião de família. Dois filhos tinham de deixar de estudar para irem trabalhar para o sustento da família. Chegara a crise e o pai ficou desempregado com apenas 48 anos. Rosário transmitiu aos presentes que dos três empre-gos que tinha restava-lhe apenas um. Uma senhora de idade, muito amável, prestável e que ainda lhe dava comida para ela trazer para casa. Há dias, Rosário ficou radiante e feliz quando a sua patroa a chamou para lhe entregar o salário do mês e mais um chamado subsídio de férias. O tal que o governo teve a “gentileza” de retirar a milhares de funcio-nários e aposentados. Rosário apeteceu-lhe beijar a patroa e fê-lo. Sentindo-se naquele momento a mulher mais feliz do mundo foi para a cozinha da casa da patroa dar saltos de contente e guardar o dinheirinho na mala preta de cabedal artificial que comprara na feira dos ciganos - toda a sua fortuna para dois ou três meses de sustento da família.

A felicidade de Rosário era infinita. Mal saiu à rua telefonou ao marido a dar-lhe a boa nova. Rosário apanhou o comboio metropo-litano que a levaria à sua zona residencial, mas uma avaria no sistema eléctrico fez com que as carruagens ficassem vazias e os passageiros fossem à sua vida da forma que entendessem. Rosário subiu a escada de uma estação que não conhecia e muito menos o bairro onde foi parar. Junto de um transeunte recolheu a informação de que determinada paragem de autocarro servir-lhe-ia para ir para casa. E assim o fez. Chegou à paragem, sentou-se a fim de aguardar o transporte. A noite chegou e o autocarro demorou-se. Num ápice, a verdadeira realidade do que se passa em Portugal - no que respeita a segurança de pessoas e bens - estava ali patente à frente dos seus olhos. Cinco meliantes, três africanos e dois brancos, roubavam a mala da Rosário onde estava todo o dinheiro, telemóvel, bilhete de identidade, medicamentos, passe social de transporte e outros valores. Rosário ainda foi agredida por dois deles e caiu em lágrimas no chão. Quem é que mais há-de querer este Portugal?

(Baseado em facto verídico)

venda de droga do que a trabalhar. Os prédios assustavam pela quantidade de ‘grafitis’ que foram pintados pelas paredes, escadarias, portas e carrinhas abandonadas após o roubo. Rosário sentiu que o sonho pode comandar a vida mas não resolve nada. Rosário rapi-damente concluiu que a solução estava nos seus braços e nos do seu marido. Ele tinha a prática de pedreiro e a opção pela construção civil foi óbvia. Rosário preocupou-se onde deixar os filhos com idade pré-escolar. O seu marido trabalhou com afinco e com grande sacrifício durante muitos invernos e verões. Rosário conheceu as mais diversas residências de famílias abastadas. Gostavam tanto dela e adquiriu uma fama de tal forma profissional e séria que as patroas roubavam--na umas às outras. Quando se deu conta, Rosário estava diariamente a cozinhar para oito pessoas após a chegada do trabalho. Já tinha cinco filhos e ainda outro “adoptado”

Num ápice, a verdadeira realidade do que se passa em Portugal, no que respeita a segurança de pessoas e bens, estava ali patente à frente dos seus olhos. Cinco meliantes, três africanos e dois brancos, roubavam a mala da Rosário onde estava todo o dinheiro, telemóvel, bilhete de identidade, medicamentos, passe social de transporte e outros valores. Rosário ainda foi agredida por dois deles e caiu em lágrimas no chão. Quem é que mais há-de querer este Portugal?

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car toonpor Steff

FORÇA AÉREA UTAPAO

CicloneCom jornalistas não se fala ao telefone.POR FERNANDO

Descobertos restos mortais de 52 pessoasO comandante-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste, comissário Longuinhos Monteiro, disse à agência Lusa que foram encontradas 52 ossadas humanas no jardim do Palácio do Governo, em Díli. “Foram levantadas 52, mas ainda existem mais”, afirmou. Os restos mortais foram descobertos na semana passada pelos funcionários de uma empresa que está a realizar uma obra no jardim do Palácio do Governo em Díli. Segundo o comissário timorense, foi chamado um perito antropólogo forense australiano, que deve chegar em Julho, para identificar a origem dos restos mortais. “Podem ser da ocupação japonesa, mas não sabemos, temos de esperar pela informação dos peritos”, acrescentou Longuinhos Monteiro. O comandante do Serviço de Investigação Criminal (SIC) timorense, Calisto Gonzaga, disse, citado pela agência noticiosa AFP, que análises preliminares aos restos mortais sugerem ser anteriores a 1975 e demasiado grandes para serem timorenses. “As cabeças são grandes e os ossos muito longos. Penso que não devem ser timorenses”, afirmou, salientando que dos 52 corpos apenas 11 estão completos.

Chávez finaliza tratamento O presidente Venezuela, Hugo Chávez, afirmou esta terça-feira que já não tem previsto mais tratamentos contra o cancro de que padece há um ano. Após receber os resultados da última sessão de radioterapia, Chávez falou à agência Reuters: “Já fiz o que tinha que fazer. Neste momento, no horizonte não tenho previsto nenhum exame ou tratamento.” Hugo Chávez, que concorre dentro de três meses a uma reeleição como chefe de Estado, foi operado três vezes a um tumor do tamanho de uma bola de beisebol, além de se submeter a tratamentos de quimioterapia e radioterapia. O presidente disse ter vencido a doença em último Outubro, mas no início deste ano foi novamente internado em Cuba, alegadamente devido a uma recaída.

“Entrar no cérebro” de Stephen HawkingCientistas norte-americanos estão a desenvolver um aparelho chamado iBrain, em colaboração com Stephen Hawking, um dos cérebros mais brilhantes da actualidade, para captar as suas ondas cerebrais e permitir a comunicação com os outros via computador. Hawking, de 70 anos, sofre de uma doença motora e perdeu a capacidade de falar há 30 anos usando já um sistema computorizado para comunicar, mas o físico está a perder essa capacidade à medida que a sua condição física se deteriora. Como tal o físico britânico está a colaborar no aperfeiçoamento de um dispositivo chamado iBrain, que se pode descrever como a uma máquina que pretende fazer hacking ao cérebro de Hawking, funcionando como um scanner cerebral que mede a atividade eléctrica, explica o jornal The Telegraph. “Nós gostaríamos de encontrar uma maneira de podermos contornar o corpo dele e entrar directamente no cérebro”, disse Philip Low, criador do iBrain. “Isto é muito entusiasmante para nós porque nos permite ter uma janela para o cérebro. Estamos a criar tecnologia que irá permitir à Humanidade aceder ao cérebro pela primeira vez”, acrescentou Philip Low que irá apresentar os resultados desta experiência numa conferência, em Cambridge, no próximo mês de Julho. O objectivo dos cientistas passa por tornar o dispositivo cada vez melhor a aferir o grau de actividade cerebral de uma pessoa, de modo a que no futuro possa, por exemplo, ajudar os médicos a receitarem medicamentos a pessoas em coma, dependendo das suas respostas neuronais.

Marijuana é na OceâniaUm relatório da Agência das Nações Unidas contra a Droga e o Delito revela que os australianos e os neozelandeses são os maiores consumidores de marijuana do mundo. O relatório, divulgado esta quarta-feira, indica que em 2010, entre 9,1 e 14,6 por cento dos habitantes da Oceânia consumiram marijuana. O documento faz ainda alusão ao aumento do consumo de fármacos e cocaína nos dois países oceânicos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas,

deverá encontrar-se na próxima semana em Pequim com três governantes da China, entre os quais o “número dois” do executivo, Li Keqiang, disse ontem fonte diplomática à agência Lusa.

O vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang é con-siderado o mais provável su-cessor de Wen Jiabao na chefia do Governo, quando o actual primeiro-ministro terminar o segundo e último mandato, em Março do próximo ano.

Li Keqiang, de 57 anos, for-mado em economia, é também membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comu-nista Chinês (PCC), a cúpula do poder na China.

Paulo Portas inicia no sábado em Xangai uma visita oficial de oito dias à China, acompa-nhado por mais de cinquenta empresários.

É a primeira visita à China de um ministro do actual Go-verno português e coincide com um acentuado crescimento das relações económicas bilaterais.

Na segunda-feira, em Xan-gai, o ministro português par-ticipa no fórum “Caminho das

Paulo Portas terá encontros com o “número dois” do Executivo

Quase ao mais alto nível

Exportações”, organizado pelo semanário Expresso, e no dia seguinte reúne-se em Pequim com o homólogo chinês, Yang Jiechi.

A agenda de Paulo Portas na capital chinesa inclui tam-bém encontros com o ministro do Comércio, Chen Deming, e com o director do Departamento Internacional do Comité Central do PCC, Wang Jiarui. O encontro com Li Keqiang está marcado para a próxima quarta-feira.

A última grande missão em-presarial enviada por Portugal à China, com cerca de 70 exe-cutivos, ocorreu em Janeiro de 2007, durante a visita do então primeiro-ministro, José Sócra-

tes. Entretanto, as exportações portuguesas para a China mais do que duplicaram. Pelas contas chinesas, em 2011, as expor-tações portuguesas cresceram 54,11 por cento em relação ao ano anterior, para 1,16 mil mi-lhões de dólares. O investimento chinês em Portugal também cresceu muito.

A China Three Gorges pagou ao Estado português 270 mil milhões de patacas por 21,35% do capital da EDP, tornando-se o maior accionista da eléctrica portuguesa, e outra grande em-presa estatal chinesa, a State Grid, comprou 25% da REN (Redes Energéticas Nacionais) por 3,8 mil milhões de patacas.