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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ TERÇA-FEIRA 4 DE JUNHO DE 2013 ANO XII Nº 2864 PUB PUB VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) Ter para ler MOP$10 PUB • empreendedorismo Governo pretende incentivar jovens no primeiro negócio página 3 mTeL é a concorenTe da cTm na rede fixa página 5 TELECOMUNICAÇÕES aguaceiros ocasionais min 26 max 31 hum 75-95% euro 10.1 bahT 0.2 yuan 1.2 sacos de pLásTico Apenas 6,4% da população usa reutilizáveis página 15 Tiananmen VigíLias peLo massacre em nome da reforma poLíTica cenTrais “São como as codornizes” Fong Chi Keong arrasa Governo e sistema político Ainda não sabe se, aos 66 anos, vai recandidatar-se às elei- ções deste ano. Contudo, enquanto não decide, não perdoa a oportunidade para alfinetar o Executivo e todo o sistema político de Macau. O deputado Fong Chi Keong critica as mais de mil associações do território, os seus colegas deputados e todo o aparelho governativo, incluindo secretários e directores. Curiosa a sua comparação às pequenas aves. “Todos querem dar a sua opinião o que causa uma grande confusão.” página 2

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Edição do jornal Hoje Macau N.º 2864 de 4 de Junho de 2013

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Page 1: Hoje  Macau 4 JUN 2013  #2864

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 D irector carlos morais josé • terça-feira 4 de junho de 2013 • Ano Xi i • nº 2864

pub pub

Venham mais cinco (séculos)

Ter para lermop$10

pub

• empreendedorismo

Governo pretende incentivar jovensno primeiro negócio

página 3

mTeL é a concorenTe da cTm na rede fixa página 5telecomunicações

aguaceiros ocasionais min 26 max 31 hum 75-95% • euro 10.1 bahT 0.2 yuan 1.2

sacos de pLásTico

Apenas 6,4%da populaçãousa reutilizáveis

página 15

Tiananmen

VigíLias peLo massacre em nome

da reforma poLíTica cenTrais

“são comoas codornizes”

Fong chi Keong arrasa Governo e sistema político

Ainda não sabe se, aos 66 anos, vai recandidatar-se às elei-ções deste ano. Contudo, enquanto não decide, não perdoa a oportunidade para alfinetar o Executivo e todo o sistema

político de Macau. O deputado Fong Chi Keong critica as mais de mil associações do território, os seus colegas deputados e todo o aparelho governativo, incluindo secretários e directores. Curiosa a sua comparação às pequenas aves. “Todos querem dar a sua opinião o que causa uma

grande confusão.” página 2

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terça-feira 4.6.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Numa entrevista concedida ao jornal mensal “All About Macau” o deputado Fong Chi Keong diz tudo aquilo que pensa dos membros do Governo e defende que os secretários não têm capacidade para o desempenho das suas funções

Cecília [email protected]

“Codornizes”. É esta a expressão utilizada pelo de-putado eleito pela

via indirecta, Fong Chi Keong, para falar do Governo e do sistema político de Macau. “Actualmente Macau tem mais de mil associações e cada líder tem um discurso: es-tudantes, comerciantes, operários. Todos querem dar a sua opinião o que causa uma grande confusão. Como o Governo não diz nada, as confusões nunca ficam resolvidas. são como as codornizes.”

As opiniões podem ser lidas na edição de Junho do jornal “All About Macau”, financiado pela antiga presidente da Assembleia Legislativa (AL), susana Chou.

Fong Chi Keong defende ainda que os actos dos secretários não

o Chefe de executivo, Fernando Chui sai on,

teve, ontem, um encontro com o secretário-geral das Cáritas de Macau, Paul Pun, para trocar impressões sobre o aperfeiçoamento do actual serviço social e o desenvolvimento dos novos trabalhos, na acção governa-tiva do próximo ano.

Para além de agradecer os serviços sociais prestados pela Cáritas de Macau aos mais necessitados, o líder do executivo revelou ainda que tem apoiado as instituições sociais direccionadas a ajudar

Fong Chi Keong Jornal financiado por Susana Chou entrevistou deputado indirecto

“Na AL muitos deputados dão espectáculo”

Serviço social Governo mostra-se atento aos problemas da população

Chui sai on teve encontro com Paul Pun

correspondem à sua capacidade. “não têm preparação e são sempre questionados porque não sabem o que responder. os directores dos departamentos não têm todos a mesma capacidade, e para mim só há dois bons directores, como

Wong sio Chak (director da Polícia Judiciária) e Lei ieng Kit (director dos Serviços de Identificação).”

Crítica a relação existente en-tre deputados e governantes por intermédio das relações familiares e diz que a entrada nos cargos é

feita por causa do dinheiro. “não têm nenhuma preocupação”, aponta. o deputado diz ainda que o programa de comparticipação pecuniária deveria terminar. “os ricos não precisam do cheque do Governo, e esse dinheiro poderia

ser aplicado na habitação pública. se apenas os pobres forem ajuda-dos, acho que os ricos não vão ter problemas.”

“Sou SiNCero”na entrevista, Fong Chi Keong é ainda questionado sobre as pa-lavras proferidas na AL durante um plenário e que geraram muitos comentários nas redes sociais. “não há problema nenhum. sou sincero. desisti dos livros aos 18 anos, lutei na sociedade e sou independente financeiramente. Assim não tenho medo de nin-guém e conheço as necessidades dos mais pobres. se eu sentir que alguma coisa não é correcta eu vou dizer sem hesitar.”

“na AL muitos deputados estão a dar espectáculo, e muitos prefe-rem falar por trás e dizer que eu sou um deputado de segunda categoria, não é?” Fong Chi Keong disse que nunca lê nada antes e que diz o que pensa no momento.

Quanto às motivações que o levaram a um assento na AL, Fong Chi Keong garante que no inicio só queria ganhar dinheiro como comerciante. “Quando tive dinheiro suficiente quis mudar a sociedade, isso é normal. Muitos questões de caridade são feitas por comerciantes. Para mim, conversar com os doutorados e especialistas na AL não traz qualquer problema. Posso aprender.”

o deputado frisou que está na AL há 17 anos. Tendo começado como deputado directo, referiu que com a actual idade de 66 anos, tem “motivos para sair”. Mas que “ainda precisa de analisar”.

a camada mais desfavoreci-da, mostrando-se atento ao trabalho desenvolvido pela Cáritas e ao reforço contínuo da cooperação com o gover-no. “Gostaria de conhecer as sugestões da Cáritas, re-lativamente à melhoria dos serviços junto da população, manifestando atenção ao re-forço da organização interna desta instituição, a fim de melhorar os serviços sociais.”

Paul Pun prometeu que continuará a prestar vá-rios serviços aos mais ne-cessitados, em especial, aos sectores dedicados às

crianças, idosos, famílias, reabilitação, jovens, edu-cação e à comunidade em geral. o secretário-geral das Cáritas mostrou-se particularmente atento aos serviços comunitários, na zona das novas habitações públicas, particularmente pela elevada qualidade de gestão, propondo ainda aumentar a capacidade dos quadros dirigentes, na área de serviços prestados aos idosos e à camada menos favorável da sociedade.

Quanto ao desenvolvi-mento das Cáritas, Paul Pun,

indicou que a instituição tem intenções de aumentar as instalações na sede, no Largo de santo Agostinho,

com o objectivo adquirir mais espaço para prestar serviço de maior qualidade, além disso, face ao aumento

de solicitações, irão também reforçar a formação de quadros de gestão, a nível médio, que trabalham nos vários lares da instituição. disse ainda que tencio-nam criar um novo espaço destinado a aperfeiçoar a formação do pessoal na área do serviço social.

durante o encontro, tem-po ainda para falar sobre en-sino. As duas partes trocaram impressões sobre serviços destinados aos estudantes de Macau que frequentam estabelecimentos de ensino nas regiões vizinhas.

Fong chi Keong

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3políticaterça-feira 4.6.2013 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

O Chefe do Execu-tivo decidiu, está decidido. Foi em finais do ano pas-

sado que Chui Sai On apre-sentou, no âmbito das Linhas de Acção Governativa (LAG) a ideia de criar um plano de apoio a jovens empreende-dores.

Foi esse mesmo plano que foi ontem apresentado pelo porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, depois desta entidade ter debatido e aprovado uma nova linha de crédito sem juros para jovens dos 21 aos 44 anos, que sejam re-sidentes permanentes. “Com a entrada em vigor deste regulamento administrativo vamos iniciar os trabalhos devidos e os serviços compe-tentes já estão a preparar-se”, explicou Leong Heng Teng em conferência de imprensa.

As verbas serão conce-didas pelo Fundo de Desen-volvimento Industrial e de Comercialização (FDIC), do âmbito dos Serviços de Economia, e vão, no má-ximo, até 300 mil patacas. Um jovem empreendedor poderá fazer vários pedidos de financiamento, que no total não poderão ultra-passar as 600 mil patacas. “Podemos verificar que os jovens começaram a criar os seus próprios negócios e foi isso que nos levou a tomar esta medida. Não temos ne-nhuma limitação quanto ao sector de actividade mas é importante saber a finalidade da verba. O Governo não limita o âmbito dos negócios e podemos estimular a nossa acção governativa de diver-sificação económica”, disse Leong Heng Teng.

Quem queira iniciar o seu primeiro negócio poderá pedir ao Governo um crédito sem juros até 300 mil patacas. Jovens entre os 21 e 44 anos estão abrangidos pela medida que pretende reforçar a diversificação económica

Conselho Executivo Apresentadas medidas já anunciadas nas LAG

Jovens empresários ganham crédito

Lei de segurança alimentarcom novo regulamentoO Conselho Executivo concluiu ainda a discussão quanto ao novo regulamento administrativo adjacente à nova lei de segurança alimentar, que diz respeito ao “limite máximo de resíduos de medicamentos veterinários nos alimentos”, e que deverá entrar em vigor a 20 de Outubro. O objectivo é “salvaguardar a higiene e segurança dos alimentos”. Quanto aos resíduos de medicamentos veterinários, são “quaisquer medicamentos e substâncias inerentes, incluindo os princípios activos originais e respectivos metabolitos que subsistem nas partes comestíveis dos animais para consumo”.

O porta-voz do Conselho Executivo foi alertado para possíveis abusos, mas garan-tiu que “foram ponderadas essas situações”. “Queremos consciencializar os jovens para terem um melhor de-senvolvimento.”

ProgrAmA “flexível”Sobre a escolha das idades, Leong Heng Teng garantiu que o Governo teve como exemplo a situação de regi-ões como a própria China, Hong Kong e Taiwan. Em Hong Kong, o plano é apli-cado a jovens dos 21 aos 35 anos, na China funciona dos 18 aos 35 anos e em Taiwan dos 20 aos 45 anos. “As experiências desses países

são bastante frutíferas. De-pois de fazermos um estudo compreendemos que valia a pena alargar um pouco mais a idade”, por forma a “permitir que o plano seja mais flexível para os nossos destinatários”.

A análise dos pedidos vai ser da responsabilidade de uma comissão de apreciação, composta por um presidente e seis vogais. A escolha do nome caberá ao Chefe do Executivo, mas ainda não está feita. “A comissão tem por objectivo analisar e propor a decisão sobre os pedidos e emitir pareceres. A comissão do plano para as Pequenas e Médias Empresas (PME) já tem um grande vo-

lume de trabalho e achamos que valia a pena criar mais uma outra comissão. Será provavelmente composta por pessoas que conhecem, da área dos jovens empresá-rios”, disse o porta-voz.

Confrontado com algu-mas semelhanças entre este novo plano e as medidas de apoio às PME criadas em 2003, Leong Heng Teng negou haver igualdade. “As PME têm de ter um negó-

cio com a duração mínima de dois anos (para aceder ao plano) e os jovens não conseguem satisfazer estes requisitos, daí a necessidade deste plano.”

Sobre este plano, Le-ong Heng Teng apresentou os maiores elogios, fazen-do um balanço de mais de sete mil pedidos de finan-ciamento e 1,5 mil milhões de apoios concedidos. “Penso que o plano tem vindo a ter bons resultados. Tínhamos como exigência que as empresas tivessem no mínimo três anos de funcionamento e baixamos para dois anos. Queremos um plano que satisfaça as necessidades.”

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terça-feira 4.6.2013www.hojemacau.com.mo4 política

Cecília [email protected]

O deputado eleito pela Associação Novo Macau (ANM) foi on-

tem à Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) entregar a sua comissão de candidatu-ra para as próximas eleições legislativas, agendadas para Setembro.

O Fundo de Turismo recebeu mais de 500 milhões de

patacas como orçamento suple-mentar para este ano. De acordo com um despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO), o orçamento foi aprovado como sendo o primeiro do género.

Além do Fundo de Tu-rismo – que, no total, recebe 550,177,160 patacas -, também a Universidade de Macau foi

beneficiada com um orçamento suplementar para este ano. O valor é de 117,562,020 patacas.

O terceiro orçamento su-plementar ontem autorizado – e que preenche uma lista já longa de atribuição deste tipo de orçamento este ano – foi dirigido para o Gabinete do Procurador e fica-se por pouco mais de três milhões e meio de patacas. No total, o Governo

já atribuiu mais de mil e 200 milhões a quase duas dezenas de departamentos, só este ano.

Os orçamentos suplemen-tares servem para dotações provisionais, o que significa que podem ser utilizados, por exemplo, como verbas para novas acções de elevada prio-ridade ou urgência ou como reforço da verba de acções já iniciadas. - J.F.

Eleições 2013 Ng Kuok Cheong entregou a sua comissão de candidatura

“Há competição saudável com outras listas”

Orçamentos Governo continua a atribuir orçamentos suplementares de altos valores

Mais patacas para serviços

do dirigente da Juventude Dinâmica o seu grupo “não vai desapontar os eleitores”.

Os nove pedidos feitos até ao momento junto dos SAFP são de comissões de candidatura pela via directa. Hoje, por volta das 17 horas, a Aliança do Povo da Ins-tituição de Macau, liderada por Chan Meng Kam e Si Ka Lou, também deverá entregar a sua comissão de candidatura.

Ng Kuok Cheong já conseguiu recolher 500 assinaturas de apoiantes, e disse que está a lutar pela reeleição de uma lista que terá como lema “próspero Macau democrático”.

No total, a lista é com-posta por seis candidatos, sendo o deputado Paul Chan Wai Chi o número. Lei Kuok Keong, Cheong Wai Kit, Lei Kuok Fu e Kuong Tou Mei são os restantes

membros do projecto. Esta é a segunda vez que Paul Chan Wai Chi ocupa o se-gundo lugar ao lado de Ng Kuok Cheong, enquanto que Lei Kuok Keong e Kei Kuok Fu são estreantes nas lides eleitorais, sendo membros não só da ANM como também da Juventude Dinâmica de Macau.

Já Cheong Wai Kit é professor e o único candi-dato que não esteve presente

aquando da apresentação formal da comissão de candidatura à Assembleia Legislativa (AL), por se encontrar a dar aulas. O grupo fica completo com a própria esposa de Ng Kuok Cheong, que decidiu apoiá--lo tal como fez em 2009.

Há quatro anos, Ng Kuok Cheong conseguiu ganhar mais de 16 mil votos, ten-do sido a quarta lista mais votada de um total de 16

concorrentes. O facto da ANM concorrer este ano aos lugares de deputados com três listas só significa um am-biente saudável, e recusa a hipótese de “roubo de votos” entre os diversos grupos. “Não posso dizer aos elei-tores para votarem em cada uma das listas para equilibrar o número de votos. Acredito nas escolhas que vão fazer”, disse Ng Kuok Cheong, que frisou que com a presença

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terça-feira 4.6.2013 www.hojemacau.com.mo 5sociedade

Joana [email protected]

É oficial: a Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM) já tem concorrência no que diz

respeito à operação da rede fixa. A Companhia de Telecomunicações MTEL recebeu ontem autorização do Governo para “instalar e operar uma rede pública de rede fixa” até ao dia 31 de Dezembro de 2021.

A MTEL tem de começar a operar em Dezembro do próximo ano, período que contabiliza a instalação das infra-estruturas. “A MTEL tem de prestar os seus serviços dentro de 18 meses”, explicou ontem em conferência de imprensa Tou Veng Keong, director dos Serviços de Regulação das Telecomunicações (DSRT).

A MTEL comprometeu-se a um investimento de mil milhões de patacas, explica a DSRT, que, para Tou Veng Keong, significa bastante. “Penso que uma empresa que faz um investimento desta envergadura, não o faz à toa. Pensou e fez estudos e conhece bem a situação de Macau. O ambiente está aberto à concor-rência, logo tanto a qualidade dos serviços, como o preço das tarifas vai ser melhorado.”

A DSRT diz que ainda não se

ExiSTEM, actualmente, mais de 20 titulares que

detêm licença de internet, mas a maior parte não fornece serviços de acesso, ficando-se apenas pelo con-teúdo. A explicação foi dada pelo director dos Serviços de Regulação de Telecomuni-cações (DSRT), Tou Veng Keong, aos jornalistas, no dia em que foi anunciado que o Governo vai rever o Regulamento Administra-tivo sobre a prestação de serviços de internet.

A CTM tem, a partir de agora, uma empresa concorrente no fornecimento de serviços de rede fixa. A MTEL entrou no mercado até 2021 e promete poder vir a competir com a CTM noutros campos

Telecomunicações Executivo atribui licença de operação de rede fixa a nova empresa

Finalmente chegou a concorrênciasaber que preços vão ser praticados pela nova operadora, mas acredita que “vai notar-se logo a diferença”, uma vez que a concorrência vai levar a que ambas as empresas criem preços competitivos. Os preços dos serviços a fornecer têm de ser aprovados por despacho do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si io.

A construção de uma nova infra-estrutura de rede deixa tam-bém o director da DSRT satisfeito, já que pode eliminar as desvanta-gens da existência de apenas uma, a actual da CTM que, caso falhe, provoca os apagões a que já se assistiu em Macau.

Internet no FuturoPara já, a MTEL está apenas autorizada a operar a rede fixa,

mas, no futuro, a empresa pode conseguir fazer concorrência à CTM noutros campos, como em serviços de internet. “A MTEL pode requerer a utilização de redes de outras empresas, claro.” Actualmente, só a CTM é que tem cabos que prestam este tipo de serviço, cabos que aluga a outras empresas.

De acordo com o despacho ontem publicado em Boletim Ofi-cial – e que dá a licença à MTEL -, a empresa prevê injectar 225 milhões de patacas numa rede de fibra óptica, nos primeiros cinco anos de funcionamento. Contudo, a empresa não poderá fornecer serviços de internet para já. “Neste momento não, porque se [a MTEL] quer oferecer servi-ços de internet tem de obter outra

licença, porque não é a mesma [que terá agora]”, explicou Tou Veng Keong aos jornalistas. A prestação de serviços de internet poderá vir a ser alterado em bre-ve. (ver texto secundário)

A DSRT assegura que a entrada no mercado da MTEL é importante para o desenvolvi-mento de Macau, uma vez que “pode assegurar uma melhor estabilidade dos serviços”. No que diz respeito à fiscalização da empresa, Tou Veng Keong admite que a supervisão dos serviços “não é um trabalho fácil”, mas assegura que a operadora “tem de oferecer serviços de qualidade”.

Para a construção da nova infra--estrutura de rede, a DSRT alerta que poderão surgir complicações ao nível do trânsito, mas, para já,

Governo vai rever regulamento sobre prestação de serviços de Internet

O povo já pode escolherCom a entrada da MTEL

na corrida das telecomunica-ções (ver texto acima), hou-ve a necessidade de alterar o regulamento que regula os serviços de internet e Tou Veng Keong assegura que a revisão que vai permitir a en-trada de mais concorrentes está na agenda da DSRT. “Na

próxima fase, vamos estudar o serviço de convergência, que vai incluir o serviço de internet. Não há uma rede para um serviço só e temos de rever toda a legislação de telecomunicações em vigor para adaptar a situação de serviço de convergência”, explicou.

O director da DSRT assegura que “é difícil” a prestação de serviços de internet, quando a CTM é a única que detém cabos para este serviço. Com a MTEL as coisas podem mudar. “É difícil para outras empresas prestar serviços de acesso em situação de concorrência

com a CTM. Mas com esta nova licença e quando, no futuro, a rede fixa pública de telecomunicações estiver a oferecer serviço comercial, então já haverá a concorrên-cia suficiente para os opera-dores oferecerem serviço de acesso de internet.”

Tou Veng Keong as-

segura que qualquer ope-radora pode fornecer ser-viços de internet, desde que peça licença à DSRT. Par já não há data para a revisão dor regulamento, mas o responsável diz que esta não é uma complica-ção, visto que há já um enquadramento legal que permite o requerimento destes serviços. Certo, contudo, é que a revisão deste regulamento não vai ser feita nos próximos 18 meses. – J.F.

ainda não há data marcada para as obras começarem.

A MTEL tem a ZTE como principal investidora, sendo esta a segunda maior empresa de tele-comunicações da China.

CtM até 2021Além da nova licença emitida à MTEL, também a renovação do contrato com a CTM foi renovada por oito anos, até Dezembro de 2021.

De acordo com o que ontem vem em Boletim Oficial, a opera-dora prevê uma injecção de 67,5 milhões de patacas e até 494 mi-lhões. A CTM acrescenta ainda a contratação de mais funcionários e uma maior abrangência da fibra óptica, que, no momento, atinge os 74%.

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terça-feira 4.6.2013www.hojemacau.com.mo6 sociedade

A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Pú-blicas e Transportes (DSSOPT) não vai

admitir transgressões ao novo Regime Jurídico da Promessa de Transmissão de Edifícios em construção, que prevê multas aos promotores pela venda de apartamentos e prédios em cons-trução sem licença de utilização. “Caso se verifique infracções nos negócios jurídicos que tenham por objecto a transmissão de edifícios em construção, será então instaurado processo”,

indica o organismo, por meio de comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação So-cial (GCS). Até ao momento, porém, não houve qualquer caso de incumprimento.

Actualmente, revela a DS-SOPT, existem 21 empreendimen-tos com cerca de 3.700 fracções habitacionais que cumprem cumulativamente os três requisi-tos para emissão de autorização prévia. Pelo que, no prazo de 15 dias, o Governo pode emitir a autorização prévia. A consulta sobre as aprovações podem ser

feitas na página oficial dos ser-viços de obras públicas (www.dssopt.gov.mo).

Por outro lado, indica, exis-tem ainda 35 empreendimentos habitacionais, com cerca de 2.000 apartamentos, que já reúnem cumulativamente dois dos re-quisitos exigidos. Com a entrada em vigor da nova legislação, a 1 de Junho, a DSSOPT enviou os seus fiscais aos diversos pontos de venda dos edifícios em cons-trução (bem como a agências imobiliárias), no passado fim--de-semana, para a realização das

respectivas acções de fiscalização e distribuição de informações dando a conhecer aos promotores imobiliários e seus funcionários a legislação.

A DSSOPT relembra aos promotores que a celebração do contrato de mediação imobiliário apenas pode ser realizada após autorização prévia, sob pena de nulidade do contrato e aplicação de multa correspondente a 10% do valor do edifício em cons-trução objecto de promessa de transmissão em caso de venda antecipada. - R.M.R.

Um médico foi apanha-do a burlar receitas

médicas. Segundo o Comis-sariado contra a Corrupção (CCAC), o profissional dos Serviços de Saúde (SS) é suspeito de falsificação de documentos e abuso de poder. O caso foi enviado na segunda-feira para o ministério Público.

De acordo com a in-vestigação preliminar do CCAC, entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2012, na realização de consul-

tas externas num centro de saúde, o suspeito terá violado, constante e reite-radamente, as instruções sobre consultas externas e prescrição médica, tendo-se registado uma divergência entre o tipo e quantidade dos medicamentos realmente consumidos pelos doentes e os constantes das receitas médicas, em certos casos, superior a uma dezena. Na lista de remédios, incluem--se, por exemplo, anti-infla-matórios e antibióticos. O

mesmo indivíduo terá ainda utilizado os cartões de utente dos SS de determinadas pes-soas para prescrever receitas médicas a outras.

O CCAC irá continuar as respectivas diligências de investigação no sentido de apurar se existem ainda outros funcionários públi-cos envolvidos neste caso, tendo entretanto já comuni-cado o caso aos SS, para que garantam uma utilização legal e regular dos recursos médicos.

Operadoras de autocarros recusam críticas do Comissariado de AuditoriaDepois de um longo período de silêncio, os três representantes das operadoras de autocarros – TCM, Transmac e Reolian – negam todas as críticas expostas no mais recente relatório do Comissariado de Auditoria (CA), que fala não só em má gestão do novo modelo de serviços por parte dos Serviços de Tráfego (DSAT) como na cobrança excessiva de percursos que não foram realizadas, ou na omissão de tarifas. Segundo noticia o Macau Post Daily na sua edição de ontem, os responsáveis falaram durante o programa Fórum Macau, onde foram convidados. “Nunca enviámos nenhuns autocarros vazios em nenhuma altura”, disse Cédric Rigaud, director-geral da Reolian, frisando que o CA falhou ao não reportar os novos desafios que as operadoras têm de enfrentar, como o aumento do número de veículos. Já Chan Hio Ieong, da Transmac, disse que “actualmente não há uma diferença significativa entre as horas de ponta e as horas normais”. Chan admitiu que muitas das vezes pediu para aumentar o número das carreiras acima dos 10%, mas que o pedido nunca chegou a ser aprovado pela DSAT. Já Chen Jianhua, da TCM, disse que a empresa nunca teve os chamados “autocarros-fantasma” e que nunca deixou de entregar a totalidade do dinheiro das tarifas ao Governo.

Hidroaviões entre continente e Macau Um empresário australiano quer fazer regressar os hidroaviões a Macau. De acordo com a revista Macau Business, que cita a revista Fortune, Peter Kantzow pretende utilizar hidroaviões de passageiros de transporte do continente para Macau. O empresário quer lançar este meio de transporte no início do próximo ano, a partir de um terminal marítimo no Aeroporto Internacional de Shenzhen. Um voo para Macau vai demorar cerca de 15 minutos. O investimento inicial é de 200 milhões de patacas, refere a Macau Business. Os hidroaviões já foram utilizados em Macau.

Novo concurso público para ETAR de ColoaneA Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) vai abrir um novo concurso para a gestão da Estação de Tratamento de Águas e Resíduos (ETAR) de Coloane no segundo semestre deste ano. A garantia foi dada por Cheong Sio Kei, director do departamento, que disse que “o projecto precisa de ser coordenado com o desenvolvimento da ETAR e com a construção de uma nova infra-estrutura”, disse, citado pelo diário inglês Macau Daily Times na sua edição de ontem. Cheong Sio Kei falou à margem da apresentação das actividades da Semana Ambiental de Macau.

Edifícios em construção DSSOPT não admite impunidade em caso de infracções mas, até ao momento, não detectou nenhuma

Alerta pré-vendas sem autorização

Falsificação de documentos Médicode centro de saúde foi acusado pelo CCAC

Prescrição às escuras

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7sociedadeterça-feira 4.6.2013 www.hojemacau.com.mo

Notificação EditalChan Weng Hong, Presidente da Autoridade de Aviação Civil, faz saber que, tendo-se esgotado todas as tentativas de notificação pessoal, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n. º 57/99/M de 11 de Outubro, procede-se à notificação edital de Zhang Li, portadora do Salvo Conduto para deslocação a Hong Kong e Macau n. º W41421110, emitido na República Popular da China, residente em (中國南京抹陵路702幢) e Zou Weifu portador do Passaporte n. º G43239561, emitido na República Popular da China, residente em (中國廣東廣州市白雲區沙鳳鳳岡北街九巷4號) nos seguintes termos:

Por decisão do Presidente da Autoridade de Aviação Civil, datada de 18 de Abril de 2012, foi instaurado procedimento administrativo a Zhang Li, para averiguação dos factos ocorridos no dia 6 de Abril de 2012, a bordo da aeronave da companhia de Transportes Aéreos Air Macau SARL, com a matrícula NX127, objecto do relatório da Polícia de Segurança Pública Ref. 385/2012/DPI, datado de 16 de Abril de 2012, contendo em anexo o relatório da Polícia de Segurança Pública (Divisão do Aeroporto) Ref. 415/2012/DPA, datado de 6 de Abril de 2012, que são susceptíveis de constiuir infracção administrativa prevista e punida na alínea 2 do n.º 1 do artigo 4. º do Regulamento Administrativo n. º 31/2003.

Por decisão do Presidente da Autoridade de Aviação Civil, datada de 18 de Outubro de 2012, foi instaurado procedimento administrativo a Zou Weifu, para averiguação dos factos ocorridos no dia 12 de Outubro de 2012, a bordo da aeronave da companhia aérea Air Asia, com a matrícula FD3602, objecto do relatório da Polícia de Segurança Pública Ref. 1075/2012/DPA, datado de 15 de Outubro de 2012, contendo em anexo o relatório da Polícia de Segurança Pública (Divisão do Aeroporto) Ref. 1321/2012/DPA, datado de 12 de Outubro de 2012, que são susceptíveis de constiuir infracção administrativa prevista e punida na alínea 2 do n.º 1 do artigo 4. º do Regulamento Administrativo n. º 31/2003.

Mais se notifica que os processos podem ser consultados nas instalações da Autoridade de Aviação civil, sitas na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, 336-342, Centro Comercial Cheng Feng, 18º andar, em Macau, durante as horas normais de expediente.

Notifica-se ainda, que nos termos do n.º 2 do artigo 87.º e do n.º 1 do artigo 93.º do CPA, os interessados dispõem de 25 dias a contar do dia seguinte ao dia da fixação do presente edital, para juntar documentos e pareceres ou requerer diligências de prova úteis para o esclarecimento dos factos com interesse para a decisão e para se pronunciarem sobre o conteúdo dos respectivos processos em audiência de interessados.

E para constar, se lavrou o presente edital que vai se fixado nos lugares de estilo e publicado em dois jornais mais lidos da Região Administrativa Especial de Macau, um em língua chinesa, outro em língua portuguesa.

Autoridade de Aviação Civil de Macau, aos 4 de Junho de 2013O Presidente,(Chan Weng Hong)

A intenção do Governo é acelerar o sistema de

drenagem que se encontra a ser construído na Estrada Governador Albano de Oli-veira da Taipa, de modo a resolver as inundações nas imediações. Por essa razão, irá construir um acesso provisório, numa parcela do Jockey Club, com vista a atenuar o trânsito para a ponte Sai Van. A via, espera

a Administração, deverá estar concluída no prazo de um mês, sendo que já iniciaram as obras a 1 de Junho.

O acesso é de sentido único mas será mantido o normal funcionamento da via actualmente existente durante a execução da obra.

Tal como já tinha sido indicado pelo Governo, a obra de extensão do siste-

ma de drenagem será da responsabilidade de dois departamentos. Na área do modal de transportes da Estrada Governador Albano de Oliveira, o Ga-binete de Infra-estruturas e Transportes (GIT) fica responsável pela obra e na zona da Avenida dos Jogos da Ásia Oriental ficará encarregue a Direcção dos Serviços de Solos, Obras

Públicas e Transportes (DSSOPT). Mais uma vez para acelerar a obra, os dois serviços competentes já exigiram aos emprei-teiros o aumento de mão de obra.

As redes de drenagem destes dois troços serão futuramente interligadas, a fim de melhor permitir o aumento da capacidade de escoamento da água

pluvial, minimizando as-sim o impacto de chuvas intensas nesta zona. Além disso, a DSSOPT já exigiu ao empreiteiro a adopção de medidas preventivas de poluição, incluindo o reforço da pulverização de água no local da obra no sentido de minimizar a poeira e atenuar na medida dos possíveis a produção de ruído.

Casinos de Macau fizeram 29,6 milhões de patacas em MaioOs casinos de Macau fecharam o mês de Maio com receitas brutas de 29.589 milhões de patacas, o segundo melhor mês de sempre, com mais 13,5% do que no mesmo período de 2012. Dados oficias disponíveis na página electrónica dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (SICJ) indicam que nos primeiros cinco meses do ano, os casinos de Macau já arrecadaram 143.178 milhões de patacas, mais 14,2% do que entre Janeiro e Maio de 2012. O mês de Maio foi o segundo melhor da história dos casinos de Macau e só foi ultrapassado pelo recorde do mês de Março, quando as receitas brutas atingiram 31.336 milhões de patacas. As receitas brutas dos casinos de Macau, sobre as quais incidem impostos directos de 35% e indirectos de cerca de 4%, são a principal fonte de receita da administração de Macau.

Inundações Acesso provisório no Jockey Club está pronto no início de Julho

Circulação mais fluida nas obras da Taipa

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terça-feira 4.6.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

O líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, en-frenta novas incertezas sobre o apoio político

que recebe da China, depois do chefe da sua campanha e aliado próximo se ter demitido do go-verno no mês passado por causa de uma investigação policial re-lacionada com os seus negócios com matérias-primas.

Este é o último de uma série de escândalos que atingiram Leung desde que assumiu o poder em Julho passado, num movimento orquestrado por Pequim. Depois de ter de enfrentar a prisão do seu ministro do desenvolvimen-to, Leung passou a ser alvo de protestos e de várias tentativas de destituição.

Um incêndio num ma-tadouro na província

chinesa de Jilin causou on-tem, pelo menos, 61 mortos, revela a imprensa oficial.

mais de 300 traba-lhadores encontravam-se

O presidente da China, Xi Jinping, chegou no

domingo à Costa Rica para uma visita oficial na qual se reuniu na segunda-feira com a sua colega costa--riquenha, Laura Chinchilla, para assinar vários acordos de cooperação. O líder asiático, a sua mulher, Peng Liyuan, e a numerosa delegação che-garam à base do ministério de Segurança, no aeroporto Juan Santamaría, por volta das 20h20, horário local.

Xi foi recebido pelo chan-celer costa-riquenho, Enri-que Castillo, o embaixador da Costa Rica em Pequim, marco Vinicio Ruiz, o em-baixador chinês em San José,

Enviado chinês reúne-se com assessor de chanceler egípcio O enviado especial da China para os assuntos do Médio Oriente, Wu Sike, reuniu-se no domingo, no Cairo, com o assessor do chanceler egípcio, Ahmad Fawzi. Wu Sike falou sobre a visita à China dos líderes da Palestina e de Israel bem como sobre as quatro sugestões chinesas para resolver a crise na Palestina. Wu destacou que a crise tem um efeito geral na situação regional e que o governo chinês quer continuar a apoiar a causa justa do povo palestino. Wu Sike elogiou ainda o papel do Egipto na promoção do processo de paz no Médio Oriente e na reconciliação interna da Palestina. Ahmad Fawzi manifestou vontade de trabalhar em conjunto com a China para impulsionar a retoma das negociações entre a Palestina e Israel.

Hong Kong China mantém líder no poder depois de mais um escândalo

Chefe de campanha sob investigação

Incêndio Pelo menos 61 mortos em matadouro

Investigação em cursoDiplomacia Xi Jinping na Costa Rica em visita oficial

Aprofundar cooperação

A imprensa local afirmou que Leung, depois do mais recente escândalo relacionado com Barry Cheung, pode ter chegado ao limi-te. No entanto, as autoridades na China responsáveis pelos assuntos de Hong Kong tomou a iniciativa pouco comum na semana passada de negar relatos de que Pequim se preparava para substituir Leung.

A reacção da China ao escân-dalo vai reflectir até que ponto os chineses estão dispostos a manter a fórmula “um país, dois sistemas”, que tem marcado a relação de Hong Kong com o Partido Comunista.

Alguns analistas afirmam que com o enfraquecimento de Leung e com Hong Kong a preparar-se para as manifestações anuais anti-

-China, que marcam a repressão aos protestos de 1989, Pequim pode tentar exercer maior autori-dade sobre Hong Kong, que tem autonomia limitada até 2047.

Barry Cheung, amigo e aliado de Leung, pediu a demissão há dez dias. Agora ajuda a polícia nos inquéritos sobre a Hong Kong mercantile Exchange (HKmEx), que fundou e presidiu até ao seu encerramento no mês passado.

O organismo regulador dos mercados alertou sobre “irregu-laridades graves” em operações de câmbio no mês passado, dando origem às investigações policiais que já levaram à prisão de seis pessoas. Cheung negou irregula-ridades e prometeu cooperar com as autoridades.

Song Yanbin, e funcionários de protocolo.

O líder chinês, que se re-tirou para o hotel sem prestar declarações, realizou ontem todas as actividades oficiais assinalando assim o sexto aniversário das relações

bilaterais com a Costa Rica, estabelecidas em 1 de Junho de 2007.

Os presidentes de ambos os países devem assinar acor-dos nas áreas de comércio, energia, cultura, tecnologia e infra-estruturas, entre outras.

no matadouro de aves da localidade de Dehui, na província de Jilin, quan-do ocorreu o incêndio e as equipas de resgate encontravam-se ontem no local em busca de

sobreviventes, segundo a agência oficial chinesa Xinhua. “Pelo menos 61 pessoas morreram”, in-dicou a Xinhua, citando fontes das equipas de resgate, segundo as quais 100 trabalhadores terão fugido quando o incêndio deflagrou, não sabendo ainda quantas pessoas poderão estar ainda no matadouro. A estrutura do edifício e as saídas estreitas prejudicaram o resgate, acrescentou a Xinhua, citando fontes do serviço de emergência.

As causas do incêndio ainda não foram apuradas, estando a ser investiga-das, mas aparentemente o fogo teve início após três explosões no sistema eléctrico, segundo a Xi-nhua. Já a emissora CCTV citou funcionários, sem os identificar, que afirmaram que o fogo começou du-rante uma troca de turnos, e que poderia ter tido origem num armário. A empresa proprietária do matadouro, operacional desde 2009, emprega 3.000 pessoas e produz 67 mil toneladas de carne por ano que é vendida em toda a China, segundo o ministério da Agricultura chinês.

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terça-feira 4.6.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

A China, a Índia e o Paquistão au-mentaram o seu potencial nuclear,

enquanto as outras cinco potências atómicas --Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e Israel-- redu-ziram ou estabilizaram o seu arsenal, informa o Instituto Internacional de Estocolmo para a Pesquisa da Paz (Si-pri, na sigla em inglês) num relatório.

Os chineses têm actualmente 250 ogivas nucleares, contra 240 em 2012, o Paquistão possui entre 100 e 120, contra 90 a 110, e a Índia, entre 90 e 110, contra 80 a 100, assinala o relatório.

O Sipri destaca que, a corrida ao armamento, é ainda mais preocupante face à “frágil” paz na Ásia, onde as “tensões são crescentes desde 2008”, nomeadamente entre a Índia e o Pa-quistão, entre a Coreia do Sul e do Norte e entre a China e o Japão.

Os EUA e a Rússia, signatários do tratado de desarmamento nuclear

Start, reduziram suas ogivas para 7.700 e 8.500, respectivamente. A França, com 300 ogivas, o Reino Unido, 225, e Israel, 80, mantiveram inalterados seus arsenais atómicos.

No mesmo relatório, o Sipri avalia que Coreia do Norte e o Irão ainda não conseguiram desenvolver armas nucleares.

Para o instituto, a redução quanti-tativa do armamento não é sinónimo de redução da ameaça nuclear. “Mais uma vez, há muitos poucos indícios que possam dar um novo impulso à nossa esperança de que os países com armas nucleares tenham a vontade genuína de abandonar os seus arse-nais. Os programas de modernização a longo prazo nestes Estados mostram que as armas nucleares ainda são um símbolo de status internacional e poder”, afirmou o coordenador de investigação do Sipri para o área nuclear, Shannon Kile.

China Southern é a primeira companhia aérea chinesa a receber um Boeing 787A China Southern, a segunda maior companhia aérea da China, foi a primeira do país a receber uma aeronave do modelo Boeing 787 “Dreamliner”, que voltou a ser distribuído depois dos problemas técnicos registados em Janeiro. De acordo com o jornal oficial “Shanghai Daily”, a companhia vai começar a utilizar o “super jumbo” esta semana nas ligações entre Cantão e Pequim e futuramente utilizará o mesmo nas suas rotas internacionais. Este foi o primeiro Boeing 787 que a China Southern recebeu entre os 10 que encomendou, tendo chegado no domingo ao aeroporto internacional de Baiyun, em Cantão, onde a companhia tem a sua base, depois de ter realizado um voo de 12 horas desde as instalações da Boeing em Seattle, nos Estados Unidos. O avião conta com 228 lugares, incluindo quatro de primeira classe e 24 de ‘business’.

O Governo japonês e 39 chefes de Estado e de

Governo africanos sublinha-ram, no final de uma cimeira no Japão, a determinação em cooperar para acelerar o crescimento económico e reduzir a pobreza em África. “Estamos determinados em trabalhar em conjunto para acelerar o crescimento, o desenvolvimento durável e a redução da pobreza”, refere a Declaração de Yokohama, cidade japonesa onde teve lugar a 5.ª Conferência In-

ternacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África, lançada pelo Japão em 1993.

Esta conferência “tornou--se mais orientada para a acção e os resultados”, indicaram os responsáveis japoneses e africanos, que juntaram à sua declaração um plano de acção detalhado para o período 2013-2017.

De acordo com os dados do Banco Africano de Desen-volvimento, o PIB africano duplicou em dez anos com um crescimento médio anual de

5% e os africanos serão cerca de 2,2 mil milhões em 2050.

Para manter esta tendência, indica a Declaração de Yoko-hama, é necessário “reforçar as bases do desenvolvimento através das infra-estruturas e do desenvolvimento dos recursos humanos e o desen-volvimento económico”. “Isso contribuirá para reduzir de forma significativa a pobreza e favorecerá a emergência de uma classe média que transformará o continente”, acrescentaram os signatários.

A Presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, apelou hoje à Coreia do Norte para garantir a segurança dos nove requerentes de asilo que foram deportados pelo Laos. “O que é mais importante é garantir a [sua] vida e segurança e que não venham a receber um castigo injusto, pois, caso contrário, a Coreia do Norte não conseguirá evitar as críticas da comunidade internacional”, disse Park numa reunião com assessores. O Ministério dos

Negócios Estrangeiros do Laos confirmou ontem a deportação, ocorrida a 27 de Maio, de nove norte-coreanos com idades entre os 14 e os 18 anos que foram capturados a 10 de Maio por entrada ilegal no país. Dois sul-coreanos foram detidos na mesma altura por alegado tráfico humano e entregues à embaixada da Coreia do Sul. O Laos era considerado como um local de trânsito relativamente seguro para os norte-coreanos chegarem à Coreia do Sul.

Defesa China, Índia e Paquistão aumentam arsenais nucleares

Ásia preocupa

Japão Nipónicos e governos africanos empenhados em cooperar para o desenvolvimento de África

Combate à pobreza

Seul apela a Pyongyang para garantir segurança de refugiados

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terça-feira 4.6.201310 www.hojemacau.com.motiananmen

Cecilia [email protected]

Joana [email protected]

É já algo habitual num território como Macau e, todos os anos, os cartazes que relembram o que ficou conhecido como

“Massacre de Tiananmen” voltam ao Largo de São Domingos. Este ano, não vai ser excepção, não porque seja obrigatório recordar o 4 de Junho, mas porque “cada pequena força ainda pode fazer algum efeito”, assegura Ng Kuok Cheong, deputado democrata, ao Hoje Macau. “As acções em Macau não vão conseguir influenciar todo o país, mas, pelo menos, uma pequena força pode fazer algum efeito.”

O efeito que Ng Kuok Cheong pretende é o que tantos outros acti-vistas do País do Meio pedem: uma reforma da política da China. Mais do que recordar os que morreram na Praça Celestial, o objectivo das vigílias que se fazem nesta data – e que Macau vai também fazer hoje - é, para Ng Kuok Cheong, bem claro: “A actividade já mudou o seu objec-tivo original, já não é uma vingança pelas vítimas. Depois de 1989 (o ano em que aconteceu), o sistema comunista foi como que destruído e punido pelo que fez. Agora, uma forma de compensar as vítimas do 4 de Junho e de eliminar os apertos que ainda temos nos nossos corações, é enveredar pelo caminho da demo-cracia, juntamente com o combate à corrupção.”

O deputado admite que não confia que isto vá acontecer em breve. “Reparei que os novos lí-deres do Governo Central querem usar a força do país para desen-volver a economia, apesar de não mencionarem ainda o assunto da democracia. Isso é por causa dos interesses, ninguém quer perder os seus benefícios com o desen-

Objectivo das vigílias pelo massacre em Pequim passa por incitar à reforma política

Memória já não é a mesmaHoje, pelas 20h30, há uma vigília pelo incidente que ficou conhecido como Massacre de Tiananmen, no Largo de São Domingos. Os eventos vão multiplicar-se em territórios chineses, ser proibidos noutros, mas trazem algo de novo - 24 anos depois, o objectivo não é só relembrar as vítimas, mas mostrar que a China precisa de mudar a forma como lidera o seu povo

Universidade de Shenzhenproíbe estudantes de “estarem de luto”As autoridades da província de Guangdong proíbiram os alunos das universidades de utilizarem t-shirts pretas como forma de luto pelas vítimas do 4 de Junho. De acordo com o diário South China Morning Post, de Hong Kong, a Universidade de Shenzhen emitiu uma nota onde assumia que iria reprimir qualquer sinal de protesto, tanto nas instalações da universidade, como nos dormitórios ou refeitórios e até mesmo fora do campus.

volvimento da democracia. A democracia há-de chegar à China, mas atrasada.”

FatídiCo diaNg Kuok Cheong é um dos que, anualmente, participa nas vigílias do 4 de Junho que se fazem no território. É também membro da Associação Novo Macau (ANM), cujos membros realizam hoje mais um destes encontros no Largo de São Domingos, das 20h30 às 22h30. A vigília vai ser feita à luz das velas e são Lei Kuok Keong e Ieong Man Teng quem está por trás da sua or-ganização.

Sobre quantos residentes de Macau conhecem o que aconteceu

a 4 de Junho, Ng Kuok Cheong não sabe responder. O deputado garante, contudo, que o seu grupo de democratas (Au Kam San e Paul Chan Wai Chi incluídos) “já fizeram o que puderam para apresentar o evento ao povo de Macau”. Os car-tazes nas ruas, que provavelmente já viu, foram colocados pela ANM, da qual fazem parte o trio de deputados democratas.

A história não é, no geral, desco-nhecida. Praça de Tiananmen, 15 de Abril de 1989. Cerca de cem mil es-tudantes da China lideram uma série de manifestações pacíficas contra a forma como o comunismo liderava. Os manifestantes eram oriundos de diferentes partes do país, mas

lutavam contra o que consideravam um sistema opressor. A morte de um dos líderes chineses – Hu Yaobang – foi um dos motivos que levou às manifestações.

Apesar de pacíficos, os mani-festantes não acataram as ordens de retirada do Governo chinês.

A ordem foi então dada: a 4 de Junho, o exército chegaria à Praça Tiananmen para acabar com os protestos. À força e com tanques. Nunca se soube ao certo quantas pessoas morreram ou quantas foram presas. O acontecimento, contudo, foi condenado pela co-

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11terça-feira 4.6.2013 tiananmenwww.hojemacau.com.mo

Objectivo das vigílias pelo massacre em Pequim passa por incitar à reforma política

Memória já não é a mesma

munidade internacional. E, ainda hoje, é repudiado.

O testeMunhO de uM OficialBao Tong é um dos chineses que assume este repúdio. Em entrevista ao jornal de Hong Kong South China Morning Post, o mais antigo dos oficiais do partido preso após os protestos pró-democráticos de Tiananmen assegura que, se a China quer andar para a frente, o massacre estudantil deve ser “completamente repudiado” pelo próprio país. “Tal como a Revolução Cultural deve ser totalmente repudiada, também o 4 de Junho o deve ser”, atira Bao Tong, citado pelo jornal.

O ex-assessor do líder reformista

Zhao Ziyang acredita que toda a população chinesa – incluindo os líderes – devem parar de proteger o legado de Deng Xiaoping e de Mao Zedong e reflectir se os acontecimen-tos valeram a pena. “Tal como Mao foi o símbolo da revolução cultural, também Deng foi o símbolo do 4 de Junho. Eu penso que todos os chi-neses – oficiais ou pessoas normais, tanto os que foram perseguidos, como os que foram beneficiados com o 4 de Junho – deveriam reflectir sobre isto.”

Bao Tong, hoje com 81 anos, foi o director do gabinete de reforma política do partido chinês e membro Comité Central, na altura em que o governo decidiu avançar com os tanques na Praça de Tiananmen, esmagando – quase literalmente – todos os que aí se manifestavam.

Bao Tong foi preso por sete anos. Detido por mais um, após sair da cadeia. E permanece hoje em prisão domiciliária, desde 1997. Bao foi considerado culpado pelo tribunal por “fornecer informação de segredo de estado” e “incitar propaganda contra-revolucionária”. Ele nega tudo.

Sobre os dissidentes da China há muito que se sabe que são perse-guidos por dizerem o que o governo considera que não deve ser dito. Sobre isso, também este ex-oficial tem algo a dizer. “ Se cobrirem as bocas de centenas de pessoas, pode ainda haver centenas, milhares, mi-lhões de outras bocas a falar. Mas, se ‘eles’ silenciarem 1,3 mil milhões de

pessoas... isso é assustador. Se todas estas bocas continuassem a falar, eu acho que a nossa sociedade não seria tão depravada como é agora”, diz, citado pelo jornal. “Corrupção. Ex-ploração. A falta de respeito pelo lei. Tudo isto foi apoiado pelos tanques e as metralhadoras.”

PrObleMas históricOs A tese pode parecer diferente, mas também Ng Kuok Cheong assume ao Hoje Macau que o maior problema da China é precisamente a corrupção.

Sem ligação, Bao Tong e o de-putado do território falam ambos da

mesma situação. “Não estou contra o comunismo, mas também não o estou a defender. Contudo, acho que os chineses não são fracos mas têm capa-cidades. Só que não há esperança para a reforma política. A riqueza reúne-se nas mãos dos altos cargos do governo e dos seus filhos, que os transferem para os países estrangeiros. Para mim, a situação da China actual é igual à do fim da Dinastia Qing. A dinastia é rica e forte, mas a riqueza não fica nos cofres do governo. O problema da China é a corrupção e falta de democracia.”

Ainda hoje, a versão dos factos

muda de pessoa para pessoa. Se, para residentes de Hong Kong – que falam à imprensa do território -, o incidente do 4 de Junho é uma lição para avançarem para a democracia, há quem ainda defenda que as casu-alidades foram necessárias.

O assunto ainda permanece um tabu na China, assume a maior parte dos defensores das vigílias. Hong Kong, Macau e Taiwan, contudo, já asseguraram que vão fazer de tudo para relembrar o massacre. Os símbolos, habitualmente, passam pelo luto – fitas e t-shirts pretas -, velas acesas e até o jejum.

Bao Tong

“O reBelde descOnhecidO” Um dos manifestantes do 4 de Junho. não se conhece o seu paradeiro

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terça-feira 4.6.2013entrevista12 www.hojemacau.com.mo

Helder [email protected]

Estudioso do fe-nómeno desporti-vo em todas as suas abrangências, ex-

-dirigente oficial do despor-to em Macau, autor de vários projectos de aproveitamento desportivo em termos de circuitos e instalações, Fer-nando Vinhais Guedes vem participar no lançamento do livro “Manuel Teixeira, de Menino a Monsenhor” (dia 7, no Instituto Internacional) e para uma palestra “Doping no desporto” (dia 6, 18:30h, no Clube C&C). E ainda para, como sempre, um olhar para o fenómeno desportivo macaense e a prática da sua política.

Tem sido autor de livros e palestras sobre desporto, em várias das suas verten-tes. Desta vez uma palestra em Macau “Doping no Desporto”. Já se sabe é a utilização de substâncias ilegais que podem alterar os resultados dos atletas nas competições desportivas. São estas as linhas de força?Naturalmente que sim. Fala-rei da história da utilização do doping, afinal desde o tempo da dieta de cogumelos até ao doping genético...

O que é o doping genético?É o que resulta da desco-dificação do genoma hu-mano e daquilo que é hoje considerado a engenharia genética a interferir com os genes, assim como a espécie de criação de um homem superdotado, ma-nuseando, manipulando os genes de um homem normal. Neste contexto, apresentarei alguns dados estatísticos, pormenoriza-rei sobre alguns casos de doping, especialmente a partir de 1988, vários deles famosos, como por exemplo o atleta de alta velocidade Ben Johnson, até ao muito mediático caso do ciclista Lance Armstrong.

Esses e outros casos foram e são bastante divulga-dos, mas não continua a esconder-se muita coisa no mundo do desporto, principalmente de altíssi-ma competição?

Fernando Vinhais Guedes, professor e ex-dirigente do desporto em Macau

“No desporto há as instalações da política e a política de instalações”

É evidente que sim. Como se trata de uma prática ilícita envolvendo várias pessoas e até instituições, algumas coisas ficam por revelar. No caso do Lance Armstrong, por exemplo, e a sua própria revelação pública de que se

dopava, estou convencido de que ele apenas falou de uma pequena parte de toda a imensa teia que envolve estas circunstâncias. Este ciclista falou a troco de recuperar uma imagem que ficara destruída, facto muito

importante nos Estados uni-dos, mas insuficiente para percebermos a verdadeira dimensão da utilização do doping no desporto, neste caso no ciclismo. Toda esta teia atinge dimensões real-mente repugnantes.

Muitas vezes há muito dinheiro em jogo...Quem ganha é recom-pensado. A diferença de uma pequena parte de um segundo pode significar milhões de dólares ou de euros.

Tecnicamente é possível durante tantos anos, como foi o caso do Lance, um atleta continuar a dopar--se sem ser detectado e, na sequência, exemplarmente punido?O que se pode concluir é que existiu conivência de entidades, daí a autêntica camuflagem, não só no caso deste ciclista, mas de muitos outros atletas. A história do doping no desporto está muito recheada de exemplos semelhantes.

Exemplos de encobri-mento?Sim, de entidades que en-cobriram deliberadamente esses casos, permitindo que a mentira no desporto con-tinuasse a existir. Não fora a circunstância de antigos colegas de Lance Armstrong o acusarem, provavelmente ele nunca teria confessado que se dopava mesmo antes de ter feito carreira no tour de França.

Se me é permitido, na minha observação constante sobre o fenómeno desportivo em Macau, existem muitas equipas. clubes, com vida associativa, com formação, tanto de praticantes como de técnicos, é sabido que não

Ao longo dos anos, o qua-dro da utilização do doping nas modalidades desporti-vas tem sido alterado?sim, e já agora sobre o tipo de substâncias, que também é diferenciado. Utilizando linguagem simples há dois tipos de esforço que nós te-mos: o de resistência, como é a maratona, e o esforço de potência, por exemplo a corri-das dos 100 metros. Cada tipo de desporto tem as suas subs-tâncias específicas. E também existem modalidades, cujos atletas têm de possuir potência e resistência, que necessitam da combinação de várias

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terça-feira 4.6.2013 13entrevistawww.hojemacau.com.mo

Fernando Vinhais Guedes, professor e ex-dirigente do desporto em Macau

“No desporto há as instalações da política e a política de instalações” substâncias: o basquetebol, o futebol. A potência e a re-sistência.

Macau é palco Mas Não é actor desportivo

Desempenhou em Macau altas funções na estrutura oficial ligada ao desporto, tem regressado a Macau como observador e através de várias iniciativas rela-cionadas com a cultura do desporto. A região tem mui-tos clubes, como reflecte, de fora, esta realidade local?Não sei se na realidade to-dos, para não dizer a maior parte, são mesmo clubes, para além do acto formal da constituição dos mesmos. Se me é permitido, na minha observação constante sobre o fenómeno desportivo em Macau, existem muitas equipas. Clubes, com vida associativa, com formação, tanto de praticantes como de técnicos, é sabido que não.

Vê necessidade de alterar essa realidade conhecida?Penso que essa questão está relacionada com questões mais profundas. Nós, por-tugueses, no longo período em que administrámos este território, não deixámos em Macau muitos aspectos da nossa cultura, da nossa língua e dos nossos hábitos. Também não deixámos o nosso modelo de organiza-ção desportiva caracterizado pela existência de vida asso-ciativa nos clubes, com equi-pas de praticantes de várias idades, juvenis, juniores, etc., com instalações apro-priadas. Contrariamente ao que aconteceu, por exemplo, em Angola, em Moçambi-que e em outras ex-colónias portuguesas. Em Macau não fomos colonizadores nesse aspecto, como não fomos evangelizadores. Portanto, seria paradoxal, deixarmos o nosso modelo de orga-nização desportiva do tipo europeu.

E entende que assim con-tinuará?Sim, não se fez, não se faz e não se fará. A comunidade chinesa, esmagadoramente maioritária, não tem essa cultura desportiva, tem outra. Quanto a organiza-

ção desportiva,, tudo anda à volta dos patrocínios, dos apoios financeiros, de alguém com dinheiro que junta umas pessoas, manda fazer uns equipamentos, pode registar o clube, jogam naquele ano e talvez no ou-tro, e a qualquer momento essa equipa desaparece. Casos desses são mais do que frequentes em Macau desde há muito. Não há relação particularmente afectiva entre a população e os clubes. Noutras par-tes do mundo, na Europa, mesmo no Oriente, há laços afectivos das pessoas com os clubes, há dinâmica e interactividade que fazem alterar muita coisa.

No entanto Macau tem vindo a ser palco de com-petições desportivas com alguma dimensão, incluin-do internacional.Isso é muito bonito, nas não basta. Fazer de palco sem ser actor não tem interesse. O resultado está à vista.

Talvez interesse turístico, nomeadamente interno.O interesse turístico de Macau é o jogo, mesmo para quem vem visitar e não dinheiro para jogar, nas quer entrar, como entra aos milhares, pelo interior dos casinos-hotéis só para ver. Lá fora, Macau é conhecida porque tem muitos casinos, americanos e não só.

iNstalar caMpos eM propriedade horizoNtal

Quanto às instalações des-portivas que foram ergui-das, há exemplos de atletas estrangeiros que se mos-tram agradados com elas.Sobre as grandes instalações desportivas em Macau, haverá várias aspectos a comentar, nas prefiro deixar essa missão, para já, aos pensadores locais sobre organização política.

Mas enquanto antigo di-rigente oficial do desporto em Macau, enquanto do-cente e enquanto obser-vador de todo o fenómeno desportivo, não se interes-sa por instalações?Não estou muito preocu-pado com as instalações da

política, o que me interessa é a política de instalações. Estas, são as que permitem a prática regular, sistemá-tica, das camadas jovens que são o futuro da prática desportiva de competições. A prova disso é que Macau tem instalações como disse, algumas elogiadas por atle-tas estrangeiros, palco de eventos grandes, mas que no quotidiano estão vazias. Já lhes ouvi chamar ele-fantes brancos. Parece-me que Macau não tem mais desporto nem melhor des-porto. Muito embora tenha estruturas desportivas que impressiona quem venha de fora, localmente isso pouco beneficiou o desporto local. Leio e escuto praticantes de diferentes modalidades a queixarem-se publicamente de quererem praticar e não terem espaços, campos, pisos apropriados.

Como desporto de massas, o futebol em Macau classi-fica-se no fundo de todas as tabelas, apesar da carolice, entusiasmo, esforço e até sacrifício de alguns dirigen-tes, técnicos e praticantes. Como observa?Bom, essa pergunta sobre o futebol em Macau pode ter resposta minha ainda relacionada com as instala-

ções. Já no meu tempo era assim. Não é suposto algum dia um qualquer governo de Macau resolver o problema das instalações para praticar futebol de 11. Impossível. Ocupam muito espaço.

Assunto arrumado, não é possível?Existe uma maneira de minimizar este problema. Sugiro três respostas no sentido de anular algumas dificuldades em Macau quanto a prática de modali-dades desportivas. Colocar tapetes de relva artificial, ultima geração, nos espaços para a pratica de futebol de 11, incluindo o estádio na Taipa.

Isso aumenta o número de espaços?Não aumenta o numero de espaços mas aumenta a capacidade de resposta, abandonando a ideia da relva natural. Segunda res-posta: construir um edifício e instalar em andares, tipo propriedade horizontal, espaços, 20 metros por 40, para a prática do voleibol, do basquetebol, patinagem, badmington, ténis, etc. Estou a lembrar-me dos pa-vilhões em Mong-Ha, onde se podia ter tirado o telhado e colocado alguns andares

com as características que avancei. Depois, em três pontos da região, existirem um total de 10 espaços que permitam, para além das que mencionei, a prática do futebol de cinco. Terceira questão, e esta tem a ver com a Associação de Futebol. Como se sabe, não é possível ter dezenas de equipas de futebol de 11, porque não há espaço, é uma sobrecarga enorme dos recintos. Penso que com estas medidas as-sim resumidas, podiam ser bastante aliviadas algumas instalações desportivas, dando mais condições aos desportistas. Naturalmente, estas iniciativas têm a ver com uma atitude política de quem possui a responsabili-dade de orientar o desporto local. Sem esquecer que também passa por uma consciencialização da Asso-ciação de Futebol no sentido de perceber que nunca será possível resolver os proble-mas da falta de espaços para se treinar e jogar futebol de 11, com as coisas como estão actualmente. Antes de se falar em profissionalização do desporto em Macau, mui-tos problemas terão de ser bem resolvidos, muito terá de ser estudado. O assunto profissionalização desporti-va não á apenas pagar não sei quanto a uns atletas. Há muito mais para saber e para organizar.

Quer significar que o mo-delo local em matéria des-portiva deve ser alterado. Em síntese que modelos base existem de organiza-ção desportiva?Em termos base, existe o modelo americano que as-senta na escola, desde a pri-mária até à universidade. O modelo europeu, apoiado em clubes, associações,

federações. O governo só entra como elemento de apoio, quando se coloca a representação do pais, de modo a que esta se revista da natural dignidade. E existe o modelo dos países de partido único onde é o partido que, superinten-dendo a vida de todos, superintende a actividade desportiva.

Para Macau qual seria a melhor matriz?Defendo uma grande aposta no desporto escolar, porque nos oferece garantias de fu-turo, quer através das esco-las, quer através do próprio organismo público, como aconteceu durante a primeira metade dos anos 80, onde teve de ser o organismo de então em Macau a assumir a dinamização quanto à iniciação e formação despor-tiva. Actualmente, das duas, uma: ou as escolas estão receptivas a desenvolverem esse trabalho ou o próprio organismo governamental terá de o fazer. Trata-se de desporto infanto-juvenil que contribui para a formação e educação dos jovens.

E o desporto adulto?Começa por ser feita uma abordagem à iniciação, depois todo o caminho até à especialização. Tem de se investir, o que não me parece difícil actualmente. Também há uma questão relacionada com o desporto para todos: É obrigação de qualquer governo, de um país ou de uma região, pro-porcionar a prática despor-tiva. Esse é um direito das pessoas em todas as idades. Com propostas devidamen-te pensadas, fundamentadas e dimensionadas em função da idade.

Fora do assunto desporto, vem participar no lança-mento do livro “Manuel Teixeira de Menino a Mon-senhor”, de José Mário Tei-xeira, iniciativa do Instituto Internacional de Macau.Faço-o com muito gosto. Conheci, como toda a gente, o Monsenhor Manuel Teixei-ra, figura que muito respeito e admiro. Circunstâncias da vida proporcionaram-me acompanhar voluntariamen-te os últimos cerca de dois anos da vida do Monsenhor. É fundamentalmente dessa experiência inesquecível que falarei no auditório do Instituto Internacional de Macau, por honroso convite do seu presidente, o Dr. Jorge Rangel.

Nós, portugueses, no longo período em que administrámos este território, não deixámos em Macau muitos aspectos da nossa cultura, da nossa língua e dos nossos hábitos

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terça-feira 4.6.2013publicidade14 www.hojemacau.com.mo

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Manifestante da Minissaia fez vídeo sobre Coloane

15terça-feira 4.6.2013 www.hojemacau.com.mo vida

Rita Marques [email protected]

A população está cons-ciente dos danos ao ambiente provocados pelo uso de sacos de

plástico, no entanto, teima em não mudar os seus hábitos. Um estudo sobre o “Comportamento do uso dos sacos plástico” indica que 78% dos residentes usam sacos de plástico, contra apenas 6,4% que usam bolsas de compras reutilizá-veis quando vão às compras. Por sua vez, o estudo sobre a “Atitude de redução os sacos de plástico” revela que 85% das pessoas com-preendem o impacto negativo para o ambiente e entendem até que o Governo deveria lançar uma polí-tica para combater este problema.

Os dois inquéritos foram leva-dos a cabo pela associação “Ma-cau Green Student Union” e pela “Green Future”, que contaram com cerca de 3400 e 1000 inquiridos, respectivamente, apuraram ainda um desconhecimento da população sobre o “Dia Sem Saco de plástico”, que tem lugar a 18 e 28 de cada mês. “A promoção é insuficiente”, revela Joe Chan, presidente da “União de Estudantes Ambientalistas de Ma-cau”. “Esse tipo de política tem de ser reavaliada”, acrescenta.

E a solução pode passar por uma taxa a cobrar pelo uso de sacos de plásticos nos supermer-cados e outras lojas. Por essa razão, os residentes também foram inquiridos sobre a medida, que o Governo já se mostrou disposto a aplicar. “66% das pessoas con-cordam que se devia pagar para usar sacos de plástico mas este valor [de 0,5 patacas por cada] é demasiado alto”, explica o am-bientalista.

No domingo, o director da Di-

sacos de plástico Apenas 6,4%da população usa saco de compras reutilizável

Consciência ambientalou dinheiro no bolso?

Ká-Hó Projecto “ultra-secreto”Joe Chan diz já ter tentado perceber qual o verdadeiro intuito por trás da construção do túnel que vai ligar Ká-Hó ao Cotai. A população queixa-se desde que o projecto foi anunciado em meados de 2011 mas, para já, o Governo não tem intenção de explicar o projecto aos residentes e apenas promete “mais prevenção sobre a poluição e reduzir o barulho e tráfego”, resultante das obras na Estrada de Nossa Senhora de Ká-Hó, com uma área de seis mil metros quadrados. “Eles não podem dar-nos mais informações do projecto porque dizem que é ‘ultra-secreto’. Como pode ser? Como é que uma informação tão sensível não pode ser revelado? Acho estranho, não faz sentido”, explica. “Tentámos ainda compreender para que nos dêem mais informação sobre a escala do projecto mas não nos dão um plano de construção e também não nos deram quaisquer resultados sobre uma possível avaliação de impacto ambiental”, acrescenta. O Governo, na altura, escudou-se com o “elevado interesse público” do projecto de modo a melhorar a situação de trânsito entre Ká-Hó, Taipa e Macau.

Dois estudos concluíram que as pessoas estão consciencializadas sobre o impacto ambiental causado pelo uso abundante de sacos de plástico nas superfícies comerciais, no entanto, muito poucas usam sacos de compras reutilizáveis. Sobre a taxação dos sacos de plástico, o ambientalista Joe Chan diz que as pessoas estão receptivas à medida, no entanto, acham o valor indicado de 0,5 patacas por saco “demasiado elevado”

Kam Sut Leng, a rapariga que causou polémica por participar nas manifestações do 1.º de Maio de minissaia, realizou um vídeo em conjunto com dois membros da Associação Novo Macau (ANM) para apelar à protecção de Coloane e chamar a atenção do público para “proteger o último pulmão de Macau”. O vídeo tem como nome “professora Kam quer que você saiba” e mostra a área verde de Coloane, explicando que quatro terrenos foram cedidos a empresários para o desenvolvimento de projectos futuros. - C.L.

recção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Cheong Sio Kei, falava aos jornalistas sobre a medida, ainda sem prazo para ser implementada até porque, primeiro, a população precisa de ser ouvida. “Estamos a planear lançar nos próximos anos alguma medida nesta área e a cobrança de algum dinheiro é uma possibili-dade porque é preciso um saco de plástico substituto, os sacos plástico não vão simplesmente desaparecer”, garantiu, avançan-do o impacto negativo do uso diário deste material. “Em 2012, os sacos de plástico molhados re-presentavam cerca de 4% do peso total dos resíduos que tínhamos de

processar e os sacos de plástico secos representavam 1%.”

InCongRuênCIa de valoResSegundo indicou, houve também estudos que a DSPA levou a cabo cujos resultados indicavam algu-ma receptividade a medidas do género. “Quase 40% das lojas não dão sacos de plástico de graça. E também 40% dos residentes esta-riam preparados para ter os seus próprios sacos de compras.” Joe Chan diz que os dados avançados pelo Governo “não fazem sentido”, levando-os a duvidar das suas estatísticas já que é “impossível que 40% usem sacos de plástico”.

Segundo Joe Chan, o Governo

precisa de considerar diferentes questões porque “é complicado implementar um imposto” por isso, limitam-se a fazer “um programa mais educacional nos próximos anos”.

“loja seM plástICo”eM seteMbRoSó precisam de cumprir um requi-sito para terem o logo “Loja sem plástico”. “Precisa mesmo do saco de plástico?”, esta é a pergunta que os retalhistas devem fazer aos seus clientes. A partir de Setembro e até ao final do ano, entre 20 a 30 retalhistas, dos distritos comerciais de Macau - tais como Horta e Costa e Tap Seac - deverão participar da campanha.

Coloane Aguentar os monstros de betãoA notícia de que a DSPA vê no estudo do promotor imobiliário do terreno localizado na Rua de Entre-Campos, em Coloane, onde se encontra a casamata portuguesa, pouca área incluída é vista com bons olhos por Joe Chan. “É bom ouvir que querem uma maior área coberta pela avaliação ambiental. Significa que a empresa deve despender mais tempo para perceber o impacto ambiental, talvez estejam a aguentar até que a lei de protecção [depois do debate legislativo sobre a lei de protecção de Coloane, ainda sem data marcada] esteja definida”. E, por isso, analisa, parecem querer travar os empreendimentos urbanísticos para já. “Estou positivo porque é claro que a população entende que é o último ‘pulmão verde’ de Macau e também uma ‘máquina de ar puro’.”

“Queremos pelo menos uma redução do uso de sacos de plástico de 10 a 20%, ou seja, reduziríamos para 58 a 68% o número de pessoas a usarem o material e limitaríamos a distribuição de sacos plástico”, prevê Joe Chan, indicando no entanto que “a taxa ainda é muito baixa comparado com outras cidades”.

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terça-feira 4.6.2013cultura16 www.hojemacau.com.mo

Tiago [email protected]

Considerado um dos maiores desafios arquitectónicos, a concepção de um

museu pode invocar o espaço envolvente, estar condicionada a um edifício preexistente ou constituir oportunidade para a criação de espaços alternativos e surpreendentes, merecedores de maior atenção por parte dos públicos do que o próprio con-teúdo acolhido. Pode o conceito arquitectónico sobrepor-se à funcionalidade do museu? Qual a função dos museus na China? Como olham os chineses para eles? Como os utilizam?

a cidade de Xangai inau-gurou, no mesmo dia, dois grandes museus de arte, um frente ao outro, nas duas margens do rio Huangpu. estas duas inaugurações são bem elucidativas acerca da quantidade massiva de mu-seus que têm sido construídos na China. nos últimos anos, cerca de 100 museus têm sido inaugurados todos os anos, sendo que em 2011 foram batidos todos os recordes com a abertura ao público de 400 museus. se por um lado, nova iorque e Paris são centros financeiros, são também, indiscutivelmente,

Espectáculo Rihanna inclui Macau em digressão mundialEla diz que “brilha como um diamante” e Macau vai poder comprovar isso. Rihanna actua na Arena do Venetian, a 13 de Setembro. ‘Diamonds World Tour’ é o nome da digressão mais recente da cantora, que incluiu Macau como um dos palcos obrigatórios. O anúncio foi ontem feito pelo Venetian, apesar de, no site oficial, o território não constar da lista de locais onde a cantora dos Barbados vai estar. Os bilhetes para o concerto estão à venda a partir da próxima sexta-feira e os preços vão desde as 280 patacas às 1780 patacas. Rihanna acumula já seis grammy e vendeu mais de 41 milhões de álbuns em todo o mundo. A música “Diamonds” é o seu mais recente single e também o que mais rapidamente atingiu o top. - J.F.

Cultura Semana coreana no Museu do OrienteO Museu do Oriente abre as suas portas, de 2 a 7 de Junho, para a celebração da música, cinema, arte, desporto, gastronomia e artesanato coreanos. A identidade cultural, absolutamente única e distinta, da Coreia estará em foco com o apoio da embaixada da República da Coreia. Entre as actividades programadas contam-se demonstrações de artes marciais por parte de academias e escolas portuguesas (2 de Junho); projecção de cinema coreano (3 de Junho); bem como a realização de workshops de kimchi, caligrafia e hangeul (5, 6 e 7 de Junho). A semana dedicada à Coreia concluir-se-á com uma conferência sobre a Cultura Coreana, no dia 7 de Junho, pelas 16:00.

Fotografia Rui Calçada Bastos em exposição colectiva no BES Arte & FinançaRui Calçada Bastos, artista com ligação afectiva e trabalho produzido em Macau, participará, a partir do dia 6 de Junho, numa exposição colectiva a decorrer no espaço BES Arte & Finança. Cindy Sherman, Helena Almeida, Daniel Blaufuks e Jorge Molder são alguns dos artistas cujos trabalhos integram a exposição sob o título ‘Territórios de Transição #11. A Experiência do Silêncio’. A exposição, que reúne obras de alguns dos maiores nomes da fotografia contemporânea, estará patente ao público de Segunda a Sexta, das 9h às 19h. Para além dos nomes já mencionados, também estarão representados Helena Almeida, Dieter Appelt, Christian Boltanski, Luís Campos, Hannah Collins, Tacita Dean, Hamish Fulton, Rodney Graham, Thomas Joshua Cooper, Sherrie Levine, Craigie Horsveld , Eurico Lino do Vale, João Louro, Vera Lutter, Jorge Molder, Abelardo Morell, Thomas Struth e Júlia Ventura. A exposição está patente ao público até ao dia 19 de Setembro.

Música Velvet Underground processam a Andy Warhol Foundation for the Visual ArtsOs Velvet Underground apresentaram uma acção judicial contra a Andy Warhol Foundation for the Visual Arts. Em causa estão os direitos sobre o desenho de Andy Warhol que fez a capa do álbum mais popular da banda. O grupo da década de 60, fundado por John Cale e Lou Reed, avançou com o processo depois de surgirem rumores de que a Andy Warhol Foundation for the Visual Arts, criada pelo artista nova-iorquino para o desenvolvimento das artes visuais, planeava registar a icónica imagem da banana a ser aplicada em malas, luvas e sacos para produtos da Apple. O desenho foi criado por Andy Warhol e usado como capa do primeiro álbum dos The Velvet Underground & Nico, lançado em 1967. O processo foi apresentado no tribunal federal de Nova Iorque.

Xangai China art Palace e Power station of art

Museus, museus e mais museus

centros mundiais. e é nesse processo que Xangai está: ainda longe de se tornar um centro mundial mas, ao mesmo tempo, cada vez mais perto de o conseguir.

Com 600,000 pés quadra-dos de espaço expositivo, o China art Palace, museu a funcionar nas instalações do Pavilhão da China na ex-posição Universal de 2010, tem o mesmo espaço útil que o Museum of Modern arte de nova iorque. a estrutura principal do China art Pa-lace tem uma cobertura em dougong, elemento tradicio-nal que permite o encaixe e travamento dos cachorros em madeira, sem que seja necessária a utilização de colas ou parafusos. Trata-se de um processo construtivo com mais de 2000 anos de história e por isso recorrente na arquitectura tradicional chinesa, sobretudo em estru-turas palacianas e edifícios religiosos, como disso são exemplo a Cidade Proibida ou o Palácio de Verão em Pequim. Toda a parte supe-rior da cobertura apresenta uma estrutura em sudoku, elemento fundamental no pla-neamento urbano tradicional em antigas cidades chinesas como Xian ou Pequim. Con-tudo, o elemento que melhor

identifica o China Art Palace, para além da sua envergadura, é a sua cor. o vermelho da Cidade Proibida remete para a ideia de prosperidade, sorte e alegria, ajudando também por esse motivo a consubstanciar o espírito da cultura chinesa. Monumental e imponente, o objecto desenhado por He Jingtang revela uma lingua-gem contemporânea, funda-da em citações – elementos tradicionais chineses como a arquitectura, a caligrafia e o urbanismo, e nesse sentido, é agora utilizado como prin-cipal motor para o desenvol-vimento do hub cultural de Xangai.

MosTrar o ocidenTeo China art Palace, com acesso livre ao público, tem nos seus primeiros meses de vida propiciado acesso à arte ocidental, apresentando obras que, de outro modo, grande parte do público não poderia ver. É disso exemplo a expo-sição de mestres franceses do século XiX realizada a partir de um convénio com o Musée d’orsay de Paris. a iniciativa faz parte de um plano que o go-verno de Xangai implementou com o objectivo de transformar a enorme cidade numa capital cultural de âmbito mundial. apesar de nos últimos anos a

cidade ter desenvolvido dinâ-micas, sobretudo nas áreas da restauração e diversão noctur-na, Xangai é ainda conhecida como cidade dos negócios e consumo exacerbado.

do outro lado do rio Huangpu, está implantado o Power station of art, instalado numa antiga central eléctrica, este mais vocacionado para a arte contemporânea. a sua proximidade à água, remete para a relação que a Tate Mo-dern estabelece com o Tamisa. no mês passado, inaugurou no Power station of art a exposi-ção de andy Warhol que tem itinerado um pouco por toda a Ásia (recorde-se que esteve em exibição entre Fevereiro e Março em Hong Kong). na primeira semana de exibição em Xangai, foram vendidos cerca de 6,000 bilhetes o que numa cidade de 23 milhões é manifestamente pouco. ape-sar da localização e difíceis acessos serem apresentados como as principais razões para a fraca afluência registada nos primeiros meses de vida do Power station of art, a ilite-racia do povo chinês, no que diz respeito à arte ocidental, pode ser também apresentada como um dos factores fulcrais.

Jeffrey Johnson, arquitecto que coordena o China Me-gacities Lab na Universidade de Columbia, está entre os investigadores que têm lan-çado questões a propósito da rápida urbanização que tem atravessado a China. Johnson refere que os governos locais estão a construir museus para potenciarem a vida cultural das cidades e a sua identidade enquanto pólos de criação artística. Contudo, a China perdeu uma parte muito signi-ficativa da sua arte no decurso da Guerra civil na década de 40, bem como durante a re-volução Cultural. e esse é um capítulo da história demasiado importante para não ser tido em conta quando analisamos o processo em curso. serão os museus que formam os públicos ou os públicos que fazem os museus? na China, este diálogo está a fazer-se.

É evidente que o edifício museu enquanto “catedral dos nossos dias” e o museu enquanto instituição dedica-da à arte representam dois universos distintos. Também neste caso funcionam os mecanismos da oferta e da procura. Como é que será que a China vai gerir este ‘boom’ de museus? no mínimo é questionável se a proliferação de museus se justifica de facto – ou exclusivamente – pela sua importância na definição de mega-cidades.

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17terça-feira 4.6.2013 www.hojemacau.com.mo desporto

Marco [email protected]

O póquer tem vindo nos últimos anos a ganhar proeminência nas mesas de jogo

do território e já bate o bacará e outros jogos nas preferências de muitos apostadores, mas o torneio que hoje tem início no City of Dreams está longe de ser um certame para todos os bolsos. Organizada pela PokerStars e pelo Guangdong Group Ltd, a edição inaugural do Guangdong Asia Millions é previsivelmente a maior competição organizada à margem do circuito internacio-nal da modalidade, não só no que diz respeito ao total dos activos monetários distribuídos, mas também ao número de jogadores que se prontificaram pagar a exuberante quantia exigida pela organização para tomar parte no torneio.

O buy-in – a quantia mínima de dinheiro necessária para que um jogador se possa sentar à mesa e competir – do Guang-

Chelsea confirma MourinhoAgora é oficial. O Chelsea confirmou, através de comunicado, o regresso de José Mourinho ao clube. O treinador português assinou contrato válido por quatro épocas com os “blues”. A acompanhar José Mourinho vão estar também Rui Faria, Silvino Louro e José Morais, com quem o treinador português trabalhava no Real Madrid, sendo que a equipa técnica ficará completa com Steve Holland, Christophe Lollichon e Chris Jones, que já estavam no Chelsea. Fica assim consumado o regresso do treinador ao clube de Stamford Bridge, onde trabalhou entre Junho de 2004 e Setembro de 2007, tendo conquistado dois títulos de campeão inglês, uma Taça de Inglaterra e duas Taças da Liga. A apresentação oficial está marcada para 10 de Junho.

Juventus volta a olhar para CardozoA actual situação de Cardozo no Benfica voltou a despertar a atenção da Juventus, que há muito colocou o avançado paraguaio na lista de potenciais reforços. É certo que o actual bicampeão italiano procura reforçar o sector ofensivo neste verão, estando a desenvolver negociações com o Real Madrid para a contratação do argentino Gonzalo Higuaín. Porém, segundo noticia esta segunda-feira o jornal La Gazzetta dello Sport, Cardozo poderá ser uma ocasião de último minuto, depois do episódio protagonizado pelo avançado com Jorge Jesus na final da Taça de Portugal.

Mónaco chega aos 20 milhões de euros por FernandoO médio brasileiro, cuja ligação ao FC Porto termina no final da próxima temporada, está na mira do Mónaco, clube que já contratou aos dragões João Moutinho e James Rodríguez, que custaram a módica quantia de 70 milhões de euros. Refere esta segunda-feira o L’Équipe que o empresário do Polvo, António Araújo, esteve no último fim de semana no principado a negociar com os dirigentes do Mónaco a transferência do trinco. A mesma fonte assegura que o negócio poderá concretizar-se por uma verba a rondar os 20 milhões de euros. Além do Mónaco, Fernando, 25 anos, é seguido por PSG e Inter. Para o centro do terreno, e caso o negócio com os tricampeões nacionais não se concretize, o conjunto monegasco tem outros nomes debaixo de olho: Claudio Marchisio (Juventus), Geoffrey Kondogbia (Sevilha), Giannelli Imbula (Guingamp) e Yohan Cabaye (Newcastle).

Póquer Torneio distribui milhões no City of Dreams

Mãos milionáriasdong Asia Millions foi fixado em um milhão de dólares de Hong Kong. A organização da prova contempla ainda a possibilidade de atletas eliminados poderem voltar à competição por duas ocasiões, mediante o pagamento de mais um milhão por cada “rebuy” efectuado. Apesar do custo da inscrição na competição não estar ao alcance de todos, não terá faltado interesse no evento. A partir desta tarde e até à próxima sexta-feira mais de uma centena de jogadores profissionais vão lutar entre si para chegar ao triunfo numa prova que deverá distribuir mais de 200 milhões de dólares de Hong Kong em prémios monetários: “ Este será um dos mais espectaculares torneios de póquer de todos os tempos. Vai

ser um evento em grande. Es-perámos mais de cem jogadores em prova e o prize pool será um dos maiores de sempre em competições realizadas à mar-gem das World Series of Poker”, garantiu Danny McDonaugh, responsável da PokerStars para a Ásia-Pacífico, em declarações ao portal Poker Asia Pacific.

Em Agosto do ano passado, o Guangdong Group, então sob a designação de Neptune Group, organizou um primeiro torneio multi-milionário no território (o “buy in” foi na altura de 2 milhões de dólares de Hong Kong), tendo atraído um total de 73 jogadores. A competição distribuiu mais de 182 milhões de Hong Kong dólares em pré-mios e foi disputada por Phil Ivey, Tom Dwan, Patrik An-

tonius e outros grandes nomes do póquer mundial. A vitória e o mais apetecido dos prémios acabaram por sorrir a Stanley Choi, que levou para casa mais de 50 milhões de dólares de Hong Kong, o equivalente a quase seis milhões e meio de dólares norte-americanos.

O póquer milionário não se esgota, no entanto, na edição inaugural do Guangdong Asia Millions. No dia em que termina a competição, o City of Dreams acolhe o pontapé de saída na terceira ronda da edição de 2013 do Asia Pacific Poker Tour, uma competição que propõe um “buy in” ligeiramente mais acessível – na ordem dos 25 mil dólares de Hong Kong – e que deverá ser disputada por mais de meio milhar de jogadores.

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Devendo o sistema do teleférico da Colina da Guia ser submetido, de 10 a 24 de Junho de 2013, à obra de substituição do cabo de tracção, o mesmo se encontrará encerrado ao público. Pelo incómodo causado, pedimos sinceras desculpas.

Macau, 23 de Maio de 2013.

O Vice-Presidente do Conselho de AdministraçãoLo Vens Tak

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terça-feira 4.6.2013futilidades18 www.hojemacau.com.mo

Sudoku [ ] Cruzadas

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Aqui há gato

[Tele]visão

Pu Yi

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS: 1-ANO. SACO. IA. 2-SO. SECURA. 3-FILTRO. PE. 4-AME. AOS. SEM. 5-LULA. SABUGO. 6-TI. MU. RAMAL. 7-CUIA. RODA. 8-FIO. MAR. 9-EIS. DANOS. 10-LEMA. RA. OVO. 11-OLAIA. OASIS.VERTICAIS: 1-ASFALTO. ELO. 2-NO. MUI. FIEL. 3-FEL. CISMA. 4-SI. AMUO. AI. 5-SELA. UI. 6-ACTOS. AMAR. 7-CURSAR. ANÃO. 8-ORO. BARRO. 9-SUMO. SOS. 10-PEGADA. VI. 11-AZEMOLA. NOS.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUçÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1 – Espaço de tempo que a Terra gasta numa translação completa em volta do Sol; receptáculo ou bolsa de tecido, couro, plástico, etc., aberto em cima e fechado no fundo e dos lados; caminhava. 2 – Sem companhia; qualidade ou estado de seco. 3 – Matéria porosa que serva para purificar e clarificar um líquido; parte inferior ou terminal dos membros inferiores. 4 – Deseje; contr. da prep. designativa de falta, exclusão, ausência, condição, excepção. 5 – Molusco marítimo cefalópode, de tentáculos retrácteis; parte do dedo no qual a unha se encaixa. 6 – Planta lilácea da China; mulo; lanço secundário de estrada ou caminho-de-ferro, para pôr em comunicação certas localidades com a via principal. 7 – Concha ou prato da balança; peça ou máquina simples de forma circular e própria para mover-se em torno de um eixo e que, geralmente, serve para imprimir movimento. 8 – Cordel delgado; grande massa e extensão de água salgada. 9 – Aqui está; prejuízos. 10 – Divisa; batráquio anfíbio aquático, anuro, da família dos ranídeos; germe (fig.). 11 – Árvore leguminosa cesalpinácea; espaço coberto de vegetação no meio de um deserto.

VERTICAIS: 1 – Betume espesso, escuro e luzidio, que contém hidrocarbonetos e substâncias minerais, resíduo da destilação do petróleo bruto; cada um dos anéis que faz parte de uma cadeia. 2 – Laçada; forma apocopada de muito; leal. 3 – Bílis; cisão religiosa, política ou literária. 4 – Sétima nora da escala musical; mau humor; grito aflitivo. 5 – Coloca selo em; designa dor; admiração, repugnância (interj.). 6 – Cerimónia pública e solene (pl); desejar. 7 – Frequentar; o homem de estatura muito mais baixa do que a normal. 8 – Declamo; terra amassável, própria para trabalhos de olaria. 9 – Que está no lugar mais elevado; sinal radiotelegráfico internacional para pedir socorro. 10 – Rasto; observei. 11 – Besta de carga; as nossas pessoas.

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RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:35 Portugal Low Cost15:05 Geografia das Amizades15:30 Best of Portugal16:00 Bom Dia Portugal17:00 AntiCrise17:35 Portugal Aqui Tão Perto18:30 O Teu Olhar (Telenovela)19:15 Nada a Esconder20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo22:10 Santos de Portugal22:40 ler+, ler melhor22:50 Portugal no Coração

30 - FOX Sports13:00 NASCAR Nationwide Series 2013 - Highlights14:00 2013 FIFA Beach Soccer World Cup Qualification Ecuador vs. Brazil15:00 Archery World Cup 2013 - Shanghai15:30 MLB Regular Season 2013 Cleveland Indians vs. New York Yankees18:30 (Delay) Baseball Tonight International 201319:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 (LIVE) Asean Basketball League 2013 (if nec.) Indonesia Warriors vs. Westports Malaysia Dragons22:00 FOX SPORTS Central22:30 Spirit Of The U.S. Open - America Tunes In

23:00 The Football Review 2012-201323:30 2013 FIFA Beach Soccer World Cup Qualification Ecuador vs. Brazil00:10 (LIVE) 2014 FIFA World Cup Brazil Asian Qualifiers Qatar vs. IR Iran

31 - STAR Sports12:00 2014 FIFA World Cup Brazil Asian Qualifiers Korea Republic vs. Qatar14:00 Melbourne World Challenge15:00 Australian Athletics Championships16:00 International Motorsport News 201317:00 Turkish Airlines Ladies Open H/ls 2013 Highlights18:00 Golf Focus 201318:30 (LIVE) 2014 FIFA World Cup Brazil Asian Qualifiers Japan vs. Australia20:30 SBK Superbike World Championship 2013 - Highlights20:55 (LIVE) 2014 FIFA World Cup Brazil Asian Qualifiers Oman vs. Iraq23:00 (Delay) Score Tonight 201323:30 Turkish Airlines Ladies Open H/ls 2013 Highlights00:30 Golf Focus 201301:00 Score Tonight 201301:25 (LIVE) 2014 FIFA World Cup Brazil Asian Qualifiers Lebanon vs. Korea Republic

40 - FOX Movies11:55 13 Going On 3013:35 John Carter15:50 Safe17:25 This Means War19:05 The Magic Of Belle Isle21:00 White Chicks22:50 Once Upon A Time23:40 Da Vinci’S Demons00:40 One For The Money

41 - HBO13:00 Doom15:00 Moneyball17:15 A Perfect Day18:45 National Security20:15 Larry Crowne22:00 Saving Private Ryan00:45 Ocean’S Eleven

AS verdAdeS e AS CenSurAS no jornAliSmo?Chegámos ao dia 4 de junho. Parece um dia normal para os portugueses mas, na verdade, é um dia que não deve ser esquecido. Há 24 anos, em Tiananmen, morreram muitos estudantes chineses pelas mãos do Governo Central. embora, esta história - verídica para o resto do mundo - nunca tenha sido confirmada e oficializada por Pequim. Passadas mais de duas décadas, podemos apenas conhecer melhor esta história por meio dos cartazes distribuídos nas ruas de macau e Hong Kong, já que o assunto ainda é tabu na China Continental. Infelizmente, a profissão de jornalista não tem permissividade em toda a China para contar a história real, tal como, por exemplo, o Governo japonês nunca vai admitir os danos causados ao povo chinês. Tudo depende também da posição geográfica do jornalista e, claro, da realidade política que o circunda bem como do meio de comunicação em que se encontra. Sempre ouvi dizer que os média chineses não tem liberdade suficiente para reportar as verdades que acontecem na China Continental ou mesmo em macau. Felizmente, os média portugueses e inglesas não têm a mesma preocupação. Por isso, podemos dar mais ênfase a assuntos intrigantes que são sensíveis para algumas personalidades da sociedade. mas eis que surge uma questão. A maioria dos jornalistas dos média de língua não chinesa são estrangeiros, logo, é mais difícil apanharem todas as verdades nesta cidade chinesa. Por essa razão, creio, perdemos sempre algumas notícias. de qualquer maneira, informamos com base nas informações que nos chegam, de forma a que o público de macau possa saber o que realmente aconteceu na sociedade. Por exemplo, não gostaria que, passado o dia mundial da Criança, as pessoas ficassem indiferentes ao abuso de que são alvo as crianças. Também preferia que os cidadãos dessem mais atenção à política local. É para os informar sobre o sistema político que cá estamos, de outro modo, o nosso trabalho seria inútil. ou seja, talvez num mundo perfeito isto aconteça, mas o que gostaria é que quando os jornais estão a tentar contar as verdades, os cidadãos estivessem, por sua vez, também interessados em procurar as histórias por detrás. Só correspondendo a esta premissa, faz sentido que exista o jornalismo. vou acreditando que a nossa missão, em parte, seja cumprida.

TAMBéM Há FINAIS FELIZES • Fernanda Serranono dia do nascimento da sua segunda criança, por mero acaso, Fernanda Serrano tocou no peito e sentiu um caroço. o obstetra garantiu que não era nada. mas era um cancro, como mais tarde se concluiu – e muito agressivo. Quando soube da notícia, o sorriso mais bonito de Portugal desvaneceu-se. Mas nem o medo da morte o fizeram desaparecer. depois de muita luta, a actriz conseguiu ultrapassar a doença, voltar à normalidade e preparar o regresso aos palcos e à televisão. Sentia-se a renascer. Só que, três meses depois, tudo desabou outra vez. A única coisa que os médicos lhe tinham proibido aconteceu: na sequência de um conjunto de circunstâncias insólitas, Fernanda engravidou e voltou, assim, a ficar numa situação dramática. A gravidez podia custar-lhe a vida e teria de ser interrompida, disseram-lhe os oncologistas – era ela ou a filha. O sofrimento da actriz tornou-se, então, dilacerante. Mas a filha veio ao mundo, forte e saudável, e Fernanda sobreviveu, mais lutadora do que nunca – e ainda mais grata por estar viva. Contada pela primeira vez, esta é a história da fase mais tenebrosa na vida da actriz portuguesa. uma história de dor e angústia, coragem e resiliência – com um final feliz.

TudO é E NãO é • Manuel Alegre«estarei acordado, estarei a sonhar? nunca mais conseguirei saber. Shakespeare sabia: “Somos feitos da mesma matéria de que são feitos os sonhos.”» António valadares, escritor, vive submerso num sonho obsessivo e recorrente, de onde não há fuga possível. numa derradeira tentativa de encontrar um sentido naquilo que não o tem, aventura-se a escrever sobre a sua vida onírica. Tem assim início uma viagem a um mundo repleto de situações ilógicas e incontroláveis, de intrigas e contradições; um mundo onde personagens reais e fictícias convivem e se fundem. o que ele não prevê é que o seu empenho em narrar o inenarrável o aprisionará num caleidoscópio de sonhos e obsessões onde realidade e sonho, sonho e ficção já não se distinguem e o próprio espaço e tempo são subvertidos, desde a discussão com lenine e Trotsky em plena revolução russa até às manifestações em lisboa e à mão invisível que invade a vida e o sonho.

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Foi há 24 anos. A China não mudou naquele dia nem da maneira como os revoltosos provavelmente desejariam, se é que tinham alguma ideia concreta do que desejavam. A China foi mudando, vai continuando a alterar-se, com o seu tempo e nos sectores que entende ou que é possível mudar. Lamentemos as vítimas

Apesar de Junho, a China mudouà f lor da peleHelder Fernando

terça-feira 4.6.2013 www.hojemacau.com.mo 19opinião

IQuando o então líder chinês Hu Yaobang, ex-chefe da Juventude Comunista, ex-oficial apoiante de Deng Xiaoping, morre a 15 de Abril de 1989, sucederam-se um sem número de manifestações pacíficas, algumas delas pequenas, em vários locais nomeadamente Xangai, sob pretexto de celebrar a imagem e intenções do que até essa data tinha sido por muitos considerado o maior reformista pós-Mao. Germinava o chamamento às greves nas Universidades, greves de fome, caminhadas em Pequim, no princípio de Maio, de pelo menos 100 mil pessoas grande parte delas estudantes, exigindo reformas de conteúdo democrático.

Logo a seguir, a multidão aumentou 15 ou 20 vezes mais, foram sete semanas históricas na História da China e na História do Mundo, vividas na Praça de Tiananmen. Grande fatia do planeta, incluindo Macau, entusiasmou-se sem saber bem o que estava a acontecer e o seu alcance, e sem realmente entender porque estava a entusiasmar-se. Em Macau, onde várias manifestações de apoio aos estudantes em Pequim aconteceram, filmadas e fotografadas pelas televisões e jornais, conceituados membros das elites tradicionais da comunidade chinesa, muda-ram logo de casaca passando de tradicionais comunistas a modernos democráticos sem terem qualquer ideia o que na prática isso significava, mas lá estava o velho, sábio e tantas vezes oportunista esquema do bambu.

Os manifestantes na Praça Celestial exi-giam liberdade de opinião, eleições, regime democrático, prisão dos corruptos, não à repressão. Ao mesmo tempo que cantavam “A Internacional” e afirmavam apoiar o so-cialismo chinês. Os meios de comunicação social contaram na época aquele episódio de os próprios estudantes terem auxiliado a polícia a prender uns três ou quatro homens que sujavam com tinta o célebre grande retrato de Mao ostentado naquela praça.

Nem a visita oficial, anteriormente agen-dada, de Mikhail Gorbachev, o último líder da então União Soviética, alterou o rumo dos acontecimentos cada vez mais tempestuosos, face à proibição oficial, à lei marcial e ao posicionamento das forças militares que a 4 de Junho e depois de muitos avisos, perante a cobertura de centenas de órgãos de comunicação social de muitas partes do mundo, abriram fogo sobre os manifestantes esmagando com sangue a rebelião.

Foi há 24 anos. A China não mudou na-quele dia nem da maneira como os revoltosos provavelmente desejariam, se é que tinham alguma ideia concreta do que desejavam. A China foi mudando, vai continuando a

A famigerada zona euro, vai a caminho acelerado dos 13% de desempregados. Entre os 13 países por onde circula o euro como moeda oficial, três deles registam trágicas taxas de desemprego: Grécia 27%, Espanha 26,8%, Portugal 17,8%, mas que vai aumen-tar como já friamente anunciou o primeiro ministro, já no próximo ano. Números abso-lutos, a chamada União Europeia tem quase 27 milhões de pessoas sem emprego. Hoje.

Mais um exemplo miserável: o chefe do governo italiano pede desculpas à popula-ção pelas políticas que levaram milhões de jovens, 42% deles sem emprego, a aban-donar o país. Apenas a Áustria, Alemanha e Luxemburgo ainda vão conseguindo travar o desemprego, mantendo-se pouco acima dos 5%.

Pela Ásia, faltarão escassos anos para vermos e ouvirmos o chiar da ultrapassagem da China aos Estados Unidos, preparando--se para ser a maior economia do planeta. A Índia, também calcando em tantas pegadas de exploração, sendo a terceira economia mundial, é provável, dizem várias análises, ser brevemente ultrapassada pelo Japão. Da-dos constantes no estudo Economic Outlook da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).

E podem observar-se o poderio e influ-ência de outros destinos como o Brasil ou Angola que vão, já estão, modificando boa parte do mundo.

alterar-se, com o seu tempo e nos sectores que entende ou que é possível mudar. La-mentemos as vítimas.

IIO que se conhece do pensamento político dos governos ou dos governantes? O que eles dizem? E quando eles nada nos dizem?

O que se conhece dos valores defendidos a todo o custo pelos governos e governantes? O que eles dizem? E será que nos dizem?

Em cada governante há, aparentemente, um indivíduo que, por entre muitos outros desinteresses, pode não ter interesse algum em conhecer a pluralidade de como os gover-nados são. Por exemplo, se os governados estão realmente todos participando na inclu-são, se realmente há harmonia, equilíbrio, se todas as influências são benéficas, se as decisões governamentais são atempadas e úteis. Se as opiniões do sujeito influente porque é rico são mais consideradas e obe-decidas do que as opiniões do que não tem influência porque é pobre.

Assiste-se todos os dias ao crescente desprezo e revolta, abafada ou explícita, contra os governos ricos, compostos por ricos a governar para ricos, serviçalmente apoiados nos habituais esponjosos que se imaginam ricos e influentes só por terem a vocação de servir cegamente tudo e todos que lhes cheire a um pedacito de importância. Pobres de espírito, vivem disso e para isso,

incapazes, eles bem sabem, de sobreviverem de outra maneira.

IIIOs povos estão em luta, todos os povos, com todo o género de lutas, as que podem, os que podem lutar. A Europa, a parte dela mais arejada, mais aberta ao desenvolvimento da pessoa, mais inclusiva, aquela Europa que já foi tudo o que todos desejariam ser, ensandeceu, inventou políticos desprezíveis, investidores reles, deixou multiplicar-se a ralé do pensamento político, da finança, da criadagem pelos corredorzinhos do poder. Essa Europa da Solidariedade perde todos os dias os méritos passados.

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terça-feira 4.6.2013www.hojemacau.com.mo

pub

car toonpor Steff Mais de 750 pessoas

detidas na TurquiaA polícia turca deteve mais de 750 pessoas na sequência dos protestos contra o Governo ocorridos na capital Ancara e na cidade de Esmirna, segundo os média locais. A televisão «NTV» e o jornal «Hurriyet» indicam que as manifestações que começaram em Istambul estenderam-se a outras cidades do país e que as autoridades detiveram 750 pessoas em Ancara e Esmirna. Dão também conta de ferimentos graves num jovem. “Ethem Sarisuluk, um jovem, foi atingido na cabeça por um disparo da polícia em Ancara, está hospitalizado e os médicos já determinaram morte cerebral”, afirmou Metin Bakkalci, secretário da Fundação Turca dos Direitos Humanos.

Irão Detidos 12 alegados espiõesOs serviços de segurança iranianos detiveram 12 alegados membros de uma rede de espionagem, supostamente treinada pela Mossad israelita. “O chefe do grupo foi recrutado pelo serviço de espionagem de um dos mais reaccionários países árabes da região”, informa um comunicado revelado no site do departamento. “O principal suspeito tinha por tarefa a preparação de um grupo de operações para realizar actos de terrorismo no país [Irão] no dia das eleições [14 de Junho] e formou um grupo de 12 pessoas com a finalidade de realizar sabotagem”, indica a mesma nota, que revela que também era intenção dos espiões provocar “divisões sectárias” entre as variantes do Islão no Irão.

Descoberto planeta mais leve forado sistema solarPoderá ter sido encontrado o planeta mais leve fora do sistema solar, de acordo com o Observatório Europeu do Sul. Um grupo de astrónomos obteve a imagem desse exoplaneta, planeta que orbita outra estrela sem ser o Sol. A descoberta poderá representar um contributo importante para o estudo da formação e da evolução dos sistemas planetários. O planeta foi detectado através do telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul. Embora tenha uma massa quatro a cinco vezes maior do que a de Júpiter, o OES indica que “pode ser o planeta com menos massa a ser observado fora do Sistema Solar de forma directa”. Visivelmente, o planeta parece um ponto ténue, mas bem definido, próximo de uma estrela brilhante, a HD 95086.

MaiS de 800 milhões de euros de fundos públicos, destinados aos so-breviventes do sismo e do tsunami de Março de 2011 no Japão, foram

gastos fora das zonas atingidas, reconheceu ontem o Governo nipónico.

De acordo com um artigo publicado no jornal asahi, estes fundos serviram actividades sem qual-quer relação com a catástrofe, desde a contagem das tartarugas marinhas em praias semi-tropicais à promoção de vinho e queijo a centenas de qui-lómetros de distância das zonas destruídas.

Japão Fundos de Fukushima foram para outras zonas

Animais, vinho e queijo

proteStoSna turquia

apesar de ainda não existir qualquer suspeita de corrupção, a publicação destas informações embara-çou as autoridades nipónicas, que reconheceram ter financiado um controverso programa baleeiro com fundos previstos para os esforços de reconstrução.

o diário asahi realizou um inquérito junto das autoridades locais japonesas para determinar o que tinha acontecido a uma soma total de 15 mil milhões de patacas, prevista no orçamento de 2011 para a criação de empregos após o desastre.

os resultados indicaram que 8,4 mil milhões de patacas foram gastos em zonas poupadas pelo desastre, que destruiu a costa nordeste do arquipé-lago e originou a catástrofe nuclear de Fukushima.

nestas zonas não atingidas, apenas 3% dos be-neficiários das ajudas eram refugiados das regiões destruídas, os restantes 97% eram residentes de outras partes do Japão.

entre os projectos em nada relacionados com a catástrofe, o asahi noticiou que 230 mil patacas foram usados, entre outros, para empregar dez pessoas que faziam a contagem das tartarugas marinhas nas praias de prefeitura de Kagoshima (sul), a 1.300 quilómetros do nordeste destruído.

uma campanha de promoção do vinho e do queijo da ilha de Hokkaido, a norte das zonas destruídas pelo tsunami, também beneficiou destes fundos de crise.

um responsável do Ministério da protecção So-cial, questionado pela agência noticiosa francesa aFp, explicou que a situação era muito complicada nos meses que se seguiram à catástrofe. “os refu-giados do desastre estavam espalhados por todo o país e as cadeias de abastecimento (fábricas) viram o seu normal funcionamento alterar-se”, sublinhou este responsável.

acrescentou que todas as atribuições de dinhei-ros públicos para a reconstrução estavam, desde abril último, rigorosamente limitadas às pessoas que viviam nas áreas destruídas no momento da catástrofe, a 11 de Março de 2011. - Lusa

Desemprego global atingirá 208 milhõesde pessoas em 2015O desemprego global deverá atingir 208 milhões de pessoas em 2015 e o emprego em países avançados só voltará ao nível pré-crise em 2018. As previsões constam de um relatório revelado pela Organização Internacional do Trabalho. Segundo a organização, cinco anos após ter rebentado a crise económica, o emprego no mundo é desigual, prevendo-se que nos países emergentes o emprego retome os níveis que tinha antes da crise em 2015, enquanto as economias desenvolvidas têm de esperar até 2017. “Entretanto, considerando o crescimento da população economicamente activa, o nível de emprego não vai recuperar até 2018”, estima a Organização, segundo a qual 30 por cento dos países analisados já têm níveis de emprego superiores aos registados em 2007, 37 por cento apresentou melhorias insuficientes e 33 por mantém-se em queda. “No nível global, o número de desempregados continuará a crescer a menos que haja uma mudança de curso política. O desemprego global deve chegar a 208 milhões de pessoas em 2015, comparado aos pouco mais de 200 milhões no momento da publicação” do relatório, acrescenta a organização, citada pela imprensa brasileira.