hoje macau 30 jun 2015 #3361

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JUSTIÇA NA BARCA DO INFERNO DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 TERÇA-FEIRA 30 DE JUNHO DE 2015 ANO XIV Nº 3361 Oficial e curandeiro SAÚDE PEDIDO INTERMEDIÁRIO ENTRE MÉDICOS E PACIENTES GRANDE PLANO PÁGINA 3 O cargo já existe em Hong Kong e noutros locais. A criação de um “oficial de comunicação” foi ontem pedida por Agnes Lam numa mesa redonda sobre questões de saúde e contou com o apoio dos vários pro- fissionais do sector presentes. A ideia é ter um alguém vindo da área da medicina que facilite a comunicação entre médicos e doentes e que possa também prestar apoio técnico aos pacientes após as consultas. PUB PUB Ter para ler AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB hojemacau h 160 mil a olhar para o mar PÁGINA 8 A cidade feliz O fracasso europeu OPINIÃO FERNANDO ELOY ARNALDO GONÇALVES BOI LUXO PÁGINAS 18-19 ALAN TURING PÁGINA 6

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Hoje Macau N.º3361 de 30 de Junho de 2015

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justiça

na barca do inferno

Director carlos morais josé www.hojemacau.com.mo Mop$10 t e r ç a - f e i r a 3 0 D e j u n h o D e 2 0 1 5 • a n o X i v • n º 3 3 6 1

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O cargo já existe em Hong Kong e noutros locais. A criação de um “oficial de comunicação” foi ontem pedida por Agnes Lam numa mesa

redonda sobre questões de saúde e contou com o apoio dos vários pro-fissionais do sector presentes. A ideia é ter um alguém vindo da área da

medicina que facilite a comunicação entre médicos e doentes e que possa também prestar apoio técnico aos pacientes após as consultas.

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l i g u e - s e • pa r t i l h e • v i c i e - s ePropriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong; Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas António Conceição Júnior; Arnaldo Gonçalves; André Ritchie; David Chan; Fernando Eloy; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Rui Flores; Tânia dos Santos Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

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boRDo

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É louvável o optimismo do novo director do hospital público de Macau, demonstrado na entrevista que ontem publicámos neste jornal. Kuok é falado como sendo um bom gestor, por isso não seria difícil acreditar que as suas expectativas fossem realmente fundamentadas. Contudo, contra ele, está essa coisa aborrecida e difícil a que damos o nome de realidade.Quanto ao estado das coisas, ele é praticamente indefensável. Os casos, documentados pela imprensa ou me-ramente passados de boca a ouvido,

são inúmeros. Ainda ontem o JTM narrava um evento, no mínimo, de assombrar, passado nas assombrosas urgências, que Kuok garantia esta-rem em condições, se não perfeitas, pelo menos aceitáveis. Para além do atendimento médico, muitos se queixam igualmente do estado de conservação do material hospitalar, incluindo lençóis, almofadas, etc.. É natural que o novo director não queira espetar a faca no passado, mas também não pode dourar a pílula do presente, sob pena de não conseguirmos acre-ditar que seja capaz das melhorias que

os cidadãos entendem como essenciais no futuro, num território cuja riqueza obriga o Governo a proporcionar aos seus cidadãos excelentes cuidados de saúde.Todos sabemos, da Praia Grande a Zhongnanhai, que a maior difi-culdade dos serviços públicos de saúde na RAEM se prende com os serviços de saúde privados da RAEM. É o não-dito da situação, tão difícil de chamar pelo nome que se assemelha ao cancro. O seu efeito no sector público não deixa de ser algo parecido à doença oncológica,

embora uma comparação com certas formas de parasitismo também não fosse de descurar. E não nos parece uma doença fácil de curar. Pelo con-trário, inventam-se paliativos que, curiosamente, ao invés de resolver a situação, fortalecem a doença e enfraquecem o paciente.Não sabemos se Kuok pode ou quer resolver o estado das coisas. Provavelmente sim, contornando como puder os ditames do Altíssimo. Inegável é que, 15 anos depois da transferência de soberania, a saúde está doente.

UM SEGURAnçA oficial paquistanês guarda o local onde um atentado suicida ocorreu, ontem, em Lahore, no Paquistão.Um homem fez-se explodir e três outros foram mortos enquanto decorria uma operação conjunta entre a polícia do paíse agências inteligentes.

A saúde está doente

“Este é um serviço de saúde, estabelecido nos anos 80, e é preciso perceber como é que pode ir ao encontro do aumento da população. Uma das soluções é abrir outro hospital, já o estamos a fazer. Mas antes disso é preciso alargar o horário do funcionamento dos serviços. Depois,comprar serviços. A questão que deve ser considerada é quanto é preciso pagar por isso”KuoK Cheong u• Director do São Januário,sobre o investimento de fundospúblicos no privado

“Macau não tem este conjunto de regras quesão capazes de encontrare definir soluções”Christophe BernasConi• Secretário-geral da Conferênciade Haia, sobre o rapto e o tráficode crianças

“As fontes de cães abandonados são principalmente [os estaleiros]. Quandonão se faz a esterilização, os cães têm crias,muitas vezes ao longode anos. Acredito que, se a esterilização desses cães for obrigatória, o número [de cães abandonados]poderá diminuirmetade, pelo menos”Josephine lau• Vice-presidente da APAAM

“Foi com aquele dinheiro que comprava comida e papel.Eu tocava à campainha e eles metiam comida por uma janela

e pediam-me dinheiro”Kim (nome fictício), sobre a sua estadia de seis meses na cadeia em prisão preventiva, antes de ser declarada inocente pelo TJB Grande Plano Página 3

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3grande planohoje macau terça-feira 30.6.2015

n um dia que parecia nor-mal, Kim Lu foi abordada pela Política Judiciária (PJ) na fronteira do Termi-

nal marítimo do Porto Exterior, vinda de Hong Kong. A razão: era suspeita num caso de fraude. A mulher acabou presa mais tempo do que o que a lei permite: primeiro pela PJ, depois na cadeia de macau.

Kim (nome fictício), de 50 anos, foi proprietária de um imóvel que foi vendido em 2012. Uma denún-cia feita por um professor amigo da suspeita, levou a que a que a PJ detivesse a mulher – residente em macau – pelo desaparecimento de um abastada quantia.

mas as informações sobre os motivos de detenção surgiram apenas três dias depois. “Quando me abordaram na fronteira disse-ram-me que eu tinha que ir com eles (PJ) e não me respondiam às perguntas, nem me deixaram ligar a ninguém. Tiraram-me a carteira e só me diziam ‘é melhor confessar o que fez’”, começou por contar ao Hm a residente de macau.

Sem perceber o que se passa-va efectivamente, Kim terá sido transportada para as instalações da PJ, onde permaneceu durante 72 horas até ser ouvida pelo mi-nistério Público (MP). Recorde-se que, segundo o Código do Processo Penal, os suspeitos só podem estar até 48 horas detidos até serem apresentados ao mP.

“Quando me abordaram na fronteira disseram-me que eu tinha que ir com eles (PJ) e não me respondiam às perguntas, nem me deixaram ligar a ninguém. Tiraram-me a carteira e só me diziam ‘é melhor confessar o que fez’”

uma residente de macau foi abordada pela PJ à entrada do território, acusada de um crime que diz não ter cometido. A mulher terá estado mais de 72 horas trancada numa sala sem comunicar com o exterior, sem saber o que se passava e a pagar a alimentação. Levada ao mP, o juiz decidiu pela prisão preventiva. Seis meses de cadeia depois, em condições “pouco humanas”, a mulher foi afinal declarada inocente pelo TJB

Mulher que se diz inocente terá sido presa seM Motivo

Seis meses de pesadelo

“Foi horrível, deixaram-me numa sala com uma campainha. Eu tocava sempre e perguntava o que se passava, pedia para chamar alguém e ninguém me dava respostas. Só me disseram que era por causa do imóvel e que estava a ser acusada de fraude, para eu dizer a verdade”, relatou.

Em sua posse tinha algum di-nheiro, que um agente da PJ lhe deu quando lhe apreenderam os bens pessoais. E esse foi necessário até enquanto detida. “Foi com aquele dinheiro que comprava comida e papel. Eu tocava à campainha e eles metiam comida por uma janela e pediam-me dinheiro”, afirmou ao Hm.

Desespero a bater à portaAo final de três “longos” dias, Kim pôde fazer o seu primeiro telefo-nema. “Liguei à minha família a contar o que estava a acontecer e a dizer que precisava de um advoga-do”, relembra. Nesse dia, a suspeita foi apresentada ao mP “bastante desesperada” mas sempre certa da sua inocência.

“Estava muito nervosa, não conseguia dizer nada, só dizia que estava inocente”, diz. O juiz de instrução criminal decidiu pela prisão preventiva até julgamento.

“Não percebo a justiça de macau, o que o [Governo] quer é mostrar que não há crime em macau

e metem culpados e inocentes na prisão, isto está errado. Há pessoas inocentes na prisão”, argumenta.

A associação que está a tratar de ajudar Kim Lu, e que à seme-lhança da mulher prefere manter o anonimato, explicou que esta é apenas “a ponta do iceberg de uma situação muito delicada”. A asso-ciação pretende que Kim Lu seja

indemnizada pelos transtornos, mas mais que isso “é preciso que Kim consiga um trabalho e volte a ter uma vida normal”.

Um cenário Do inferno Segundo o que relata Kim, foram seis meses de prisão preventiva, meio ano em situações que a mulher caracteriza como “pouco humanas”. “As coisas funcionam de forma estranha dentro da prisão, era recém presidiária e enquanto estava à espera de julgamento fiquei numa cela com pelo menos outras 18 mulheres. Nós [as novas] tínhamos que ir distribuir a comida a todos os andares da prisão, era um trabalho de força. As presidiárias que estão ali há mais tempo são amigas das guardas e têm privi-légios que nós não tínhamos”, partilha.

As visitas do advogado não eram animadoras. “A minha família contratou um advogado português que durante as visitas me disse que talvez fosse melhor eu assumir, mesmo não tendo culpa porque podia ser mais fácil para mim”, conta, frisando que nunca o aceitou fazer. “Onde estão os direitos das pessoas? Era culpada de quê? De não ter feito nada? De ter ficado calada em frente ao juiz do mP?”, relembra.

Apresentada ao Tribunal Ju-dicial de Base, o juiz não teve dúvidas: Kim Lu estava inocente. “Foi um alívio”, frisa.

Ainda que esta tenha sido uma situação que parece ter terminado bem, a mulher garante que não é a única a sofrer este tipo de injustiças.

“Esta é apenas a minha história, há muitas histórias destas, muitas. O Governo só quer enganar as pessoas, mostrar que macau não tem crime. As coisas não podem ser assim, não se pode prender as pessoas sem investigação. O meu caso só foi investigado depois de eu estar meses presa. Não é justo, não é justo”, defende.

A associação confirma ao Hm que o caso vai seguir para os tribunais e espera que este seja o primeiro de vários casos que diz encobertos a ser tornado público. “A decisão dos juízes de aplicarem a prisão preventiva por tudo e por nada não faz sentido. Existem outras medidas, fianças, apresen-tação periódica, por exemplo, em vez desta. A prisão de macau está lotada e inocentes podem estar à espera atrás das grades”, argumen-ta um dos responsáveis do grupo.

Contactada pelo HM, a PJ afir-mou que “as autoridades seguem o Código de Processo Penal e os suspeitos são apresentados ao mP em 48 horas” em todos os casos. Sobre este em especifico, as au-toridades não prestaram qualquer declaração alegando não terem dados suficientes.

filipa araújo (com flora fong)[email protected]

“O Governo só quer enganar as pessoas, mostrar que Macau não tem crime. As coisas não podem ser assim, não se pode prender as pessoas sem investigação. O meu caso só foi investigado depois de eu estar meses presa”

O s serviços de Admi-nistração e Função Pública (sAFP) con-firmaram ao HM que

actualmente só o pessoal de chefia de 50 departamentos públicos “é sujeito à apreciação do desempe-nho”, do total de todos os mais de cem departamentos existentes na Função Pública do território. A avaliação do desempenho não é obrigatória e é feita anualmente, constando no Estatuto do Pessoal de Direcção e Chefia. Só em 2013 foi publicado o modelo base de elaboração do respectivo relatório de avaliação, “através do qual é apreciada, segundo indicadores diversificados, a capacidade do pessoal de direcção”.

Contactado pelo HM, Lei Kong Wong, secretário-geral da Associa-ção dos Trabalhadores da Função Pública de Origem Chinesa, consi-dera que os números apresentados pelos sAFP “não são grandes” se for feita uma comparação com todos os serviços existentes na Função Pública.

Para Lei Kong Wong, esta é ainda uma “política piloto”, tratando-se de “uma boa medida”.

• O Chefe do Executivo, Chui Sai On, encontrou-se domingo com o grupo de Cônsules-Gerais da União Europeia que es-

tão actualmente acreditados em Hong Kong e Macau, num encontro que serviu para falar sobre temas actuais e apresentar trabalhos

a ser desenvolvidos por Macau na área económica e social. Segundo um porta-voz do Governo, em foco neste encontro – onde

estiveram 18 líderes de missão – esteve especialmente o desenvolvimento na Ilha da Montanha e a reestruturação do Jogo.

Encontro com cônsulEs-gErais

O Estatuto do Pessoal de Direcção e Chefia da Função Pública prevê uma avaliação de desempenho não obrigatória. Os sAFP confirmam que apenas 50 serviços o fazem. Dirigentes associativos pedem maior abrangência, transparência e melhorias visíveis

Função Pública só 50 serviços fazem avaliação de desempenho

Poucos e não são bons

“segundo os regulamentos e restantes leis da Função Pública, apenas com o nível médio [de ava-liação] se pode fazer a execução de medidas, sendo que a avaliação serve

unicamente para se verificar o esforço feito no trabalho, a pontualidade ou a atitude de boa educação face aos superiores. Contudo, os técnicos de primeira classe, os chefes de depar-tamento ou os directores de serviços é que apresentam trabalhos decisivos para o Governo e por isso é que existe a necessidade de apreciação do seu desempenho todos os anos”, disse o responsável ao HM.

Falta dE CrItérIOLei Kong Wong referiu ainda que “deveria ser criado um critério de apreciação para os responsáveis das direcções”, estabelecendo-se uma diferenciação em relação a outras categorias de trabalhadores. Para o secretário-geral da Asso-ciação, os Secretários não fizeram uma apreciação do desempenho do pessoal das direcções, “quando os seus trabalhos são os que mais coordenação têm com o Governo”.

Já o director da Associação dos Técnicos da Administração

4 hoje macau terça-feira 30.6.2015pOlítica

“Quer façam avaliação ou não, muitos dos serviços públicos pecam pela disponibilizaçãode serviços com fraca qualidade, a começar pelo respeito daslínguas oficiais”José Pereira coutinho Deputado e presidente da associação dos trabalhadoresda Função Pública

Pública de Macau, Kun Sai Hoi, considera que este mecanismo de avaliação “devia ser mais abrangente e completo”. O res-ponsável considera que a avaliação deveria estar ligada a um sistema

de prémios e às possíveis novas nomeações, por forma a coadunar a avaliação com as necessidades da Função Pública. “Espero que o nível de transparência possa ser mais elevado, para que o público também possa fazer a supervisão do pessoal”, disse ao HM.

José Pereira Coutinho, deputa-do e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública (ATFP), diz não dar atenção ao sistema de avaliações. “Quer façam avaliação ou não, muitos dos serviços públicos pecam pela disponibilização de serviços com fraca qualidade, a começar pelo respeito das línguas oficiais. Depois há falta de informação dis-ponível sobre questões pertinentes. Portanto quer a avaliação seja boa ou má, o resultado da avaliação não se vê.”

Para o deputado, a preocupa-ção deveria centrar-se no estatuto e regulamento dos titulares dos principais cargos. “se não houver cumprimento desse estatuto, para quê retirar responsabilidade dos seus inferiores? É injusto”, con-cluiu Coutinho.

andreia Sofia [email protected]

Flora [email protected]

“Espero que o nível de transparência possa ser mais elevado, paraque o público também possafazer a supervisão do pessoal”Kun sai hoi Directorda associação dos técnicos da administração Pública de Macau

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Educação e Juventude revêregime dos centros de explicaçõesEstá concluída a terceira fase de consulta pública sobre a revisão do Regime de Licenciamento e Fiscalização dos Centros Particulares de Apoio Pedagógico Complementar, sendo que o relatório final com as opiniões deverá ser publicado hoje. Sem avançar uma data, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) diz que se “encontra a organizar os respectivos documentos relativos ao diploma, que irá remeter à Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ) para auscultação de opiniões para depois remeter ao Conselho Executivo para discussão e à Assembleia Legislativa para apreciação do projecto da lei”, lê-se num comunicado. As opiniões contidas no relatório revelam uma “maior atenção da população aos requisitos das habilitações académicas do pessoal, localização e instalações dos centros, o âmbito da necessidade de emissão do alvará ou as disposições sobre os serviços de refeições e transporte e disposições transitórias”.

Au KAm SAn preocupAdo com inveStimentoS em GuAnGdonG

Défice para que não te queroD epois da Assembleia

Legislativa (AL) ter rejeitado uma propos-

ta de debate feita por Au Kam san sobre os investimentos da reserva financeira da RAeM em Guangdong, eis que o de-putado pró-democrata volta a questionar o Governo sobre o assunto. Numa interpelação escrita, Au Kam san quer saber qual o papel do exe-cutivo nesta questão e quem serão os responsáveis caso os investimentos resultem num défice financeiro.

Au Kam san lembrou que a taxa de retorno tem sido baixa, sendo que em finais de 2014 foi apenas de 2%, ainda que esta tenha subido um pouco já este ano. o deputado considera que o Governo não reviu primeiro o mecanismo de investimento,

O s deputados ella Lei e Mak soi Kun que-rem mais apoios aos deficientes mentais

e consideram que o Governo não está a oferecer apoio psicológico suficiente à comunidade. Numa interpelação escrita, os dois de-putados queixam-se ainda da falta de uma entidade específica para acompanhar os casos.

Foi o recente caso de maus tratos de uma filha à mãe idosa na zona norte que deu o mote para a interpelação. Apesar de o instituto de Acção social (iAs) já ter dito que presta todos os cuidados ne-cessários, ella Lei e Mak soi Kun consideram que os residentes que têm a seus cuidados familiares com doenças mentais – como é o caso da mulher, que terá a seu cuidado um irmão com este problema, além dos dois pais idosos – precisam de apoio mais específico.

ella Lei aponta mesmo que o pro-blema da saúde mental e a pressão dos residentes de Macau é preocupante e, mesmo que os serviços de saúde (ss) tenham aumentado o poder de prevenção e tratamento das doenças mentais, a deputada lamenta que Macau ainda não tenha criado uma unidade psiquiátrica comunitária.

“A criação de uma unidade psi-quiátrica comunitária é o meio de ajuda mais imediato para quem ne-cessitar, já que oferece tratamento o mais rápido possível. A seguir, oferecendo apoios a pacientes e os seus familiares, ajudando ou ensinando como comunicar, por exemplo, e como conviver e cuidar dos doentes, diminui-se a taxa de hospitalização e a pressão”, escreve.

deficiênciA mentAl DEPutADoS PEDEm AComPAnhAmEnto E mAiS APoioS

A mente que precisa de ajuda

ella Lei acrescentou que a entidade deve acompanhar activa-mente todos os casos psicológicos, não recorrendo apenas aos serviços do iAs.

Falta de atençãoNoutra interpelação também escri-ta, o deputado Mak soi Kun consi-dera que há falta de preocupação, de cuidado e de apoio às famílias problemáticas e aos grupos vulne-ráveis por trás de toda “a sociedade rica de Macau”. o deputado quer saber quantos casos desses foram já agarrados pelo Governo e se este já fez ou vai fazer uma avaliação do apoio actualmente dado a estes grupos, e como é feito o acompa-nhamento a longo prazo. Mak soi Kun questionou ainda se existem recursos humanos suficientes que ofereçam apoios físicos e mentais a todos os casos. “Caso [o exe-cutivo] não possa resolver com prioridade estes problemas, terá outras medidas para ajudar as fa-mílias vulneráveis e os idosos com dificuldade?”, rematou.

Flora [email protected]

Uma unidade psiquiátrica comunitária e apoios mais específicos é o que pedemMak soi Kun e ella Lei, que consideram que Macau ainda não consegue atenderàs necessidades dos que precisam mais de ajuda

5 políticahoje macau terça-feira 30.6.2015

mas ainda vai levar a cabo o investimento de milhões da reserva financeira “para outro Governo”.

Recorde-se que o Go-verno já disse que os pro-jectos que vão ser levados a cabo com o investimento da reserva da RAeM têm obrigatoriamente de servir o interesse da população, tendo

adiantado que serão mais de 20 mil milhões que vão ser investidos. Au Kam san não descansa.

Sem reSpoSta“Quais são os projectos de grande dimensão no âmbito da cooperação Guangdong--Macau nos quais o Governo vai investir? se nós apenas

entregarmos o dinheiro de investimento a outra entida-de, temos ou não o direito de decisão e participação?”, questiona.

Recorde-se que o Go-verno da RAeM assinou o acordo de cooperação nesta matéria com Guangdong na semana passada, sendo que um dos projectos no acordo é “estudar em conjunto os re-cursos financeiros de Macau na participação de grandes projectos entre Guang-dong e Macau, por forma a promover ou aumentar o valor da reserva financeira da RAeM, beneficiando a economia e a vida da po-pulação das duas regiões”. para já ainda não há mais detalhes sobre o assunto, que economistas já disseram ao HM ser normal. F.F.

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6 hoje macau terça-feira 30.6.2015sociedade

agnes Lam defende a criação de um novo cargo no sector da saúde: o de um “oficial de comunicação”

entre médicos e pacientes e é disso que o serviço de saúde local precisa.

“este funcionaria como uma espécie de psicólogo para facilitar a comunicação entre médico e pa-ciente, nomeadamente que ajudasse a esclarecer dúvidas do paciente sem precisar de passar novamente pelo médico”, explicou a académica e ex-candidata a deputada ao HM, após um debate que teve lugar no passado domingo e que foi orga-nizado pela Associação Energia Cívica, da qual faz parte Lam.

na mesa redonda, houve ainda quem sugerisse que este oficial deveria vir do ramo da Medicina, de forma a não só ajudar o paciente

“Se formos contratar um médico de uma cidade pequena dos EUA que não esteja habituado a lidar com um sistema que receba tanta gente como o nosso, talvez não saiba lidar com isso”Agnes LAm Docente da Um

Agnes Lam considera necessário ter um “oficial de comunicação” para ajudar na relação entre médicos e pacientes. A sugestão sai de uma mesa redonda focada na saúde, onde outros participantes alinharam pela mesma ideia. Presente na discussão, Chui Sai Peng disse concordar com a necessidade de que a Comissão de Perícia tenha especialistas de fora, algo que não agrada a todos

sAúDe Sugerida criação de “oficial de comunicação” entre médicoS e pacienteS

A mediar se alivia a dor

com questões frequentes, mas tam-bém técnicas, como “a quantidade de gotas para os olhos que um paciente tem que tomar ou como resolver a alergia provocada pelo medicamento receitado durante a consulta”, esclareceu.

Agnes Lam sugeriu que fossem contratados mais psicólogos ou assis-tentes desta área para criar um con-tacto mais estreito com os doentes. É que, de acordo com a académica da Universidade de Macau (UM), um dos problemas correntes nos serviços locais tem que ver com a falta de comunicação e contacto entre médicos e doentes. A nomenclatura de “oficial de comunicação” existe em Hong Kong e outros locais.

Para a mesa redonda foram ain-da convidados o médico local Chu ge Jin e a deputada e enfermeira

Wong Kit Cheng. A deputada mostrou-se mais preocupada em melhorar a qualidade e credibi-lidade do centro de mediação de conflitos actualmente existentes, fazendo com os processos judi-ciais não se arrastem por muito tempo. Já o médico refere, no entanto, que a lei “não vai poder resolver todos os problemas”, considerando importante investir na melhoria das relações entre médicos e doentes.

“Esta não é uma relação mera-mente de serviços, mas sim entre tutor e paciente”, argumentou, numa ideia que vai ao encontro daquela expressa por Agnes Lam.

Para a académica, “os médi-cos não estão a dar a informação suficiente aos doentes”, mas tam-bém é preciso “aliviar a pressão” que estes profissionais sentem, voltando a defender a criação do cargo de oficial de comunicação. Este lidaria, durante o período pós-

-consulta e em tratamento, com os pacientes, de forma a esclarecê-los de quaisquer dúvidas relacionadas com os medicamentos, os métodos de tratamento, entre outras.

O que é crime? em cima da mesa estiveram ainda questões relacionadas com a cri-minalização do erro médico, com os presentes a relembrarem casos como erros em situações de falhas técnicas ou de material.

“Discutimos o conteúdo da futura Lei do Erro Médico e as formas como esta pode ajudar à real protecção dos pacientes de Macau, assegurando também a protecção dos médicos”, começou Agnes Lam por dizer ao HM. “Uma falha destas seria muito compli-cada, se pegarmos num exemplo como o de não ter equipamentos suficientes para fazer o diagnóstico do paciente”.

Neste caso, explicou, um dos médicos presentes na iniciativa sugeriu que um eventual erro de diagnóstico por falta de equipa-mento deveria ser considerado como uma “falha técnica” e, por isso mesmo, não criminalizado. “estes casos deviam ser remetidos para a Comissão de Perícia, que resolveria a questão, mas também devia haver uma formação para que os profissionais soubessem que equipamentos precisam e para onde devem reencaminhar os pa-cientes”, esclareceu a responsável.

PrOblemas acrescidOs entre os presentes, estava o depu-tado José Chui Sai Peng, que disse concordar com a necessidade de haver especialistas de fora na Co-missão que avalia o erro médico, a ser estabelecida pelo regime actualmente em discussão e suge-rida recentemente pelos deputados. no entanto, outros intervenientes argumentaram que é “preciso ter cuidado” aquando da contratação de especialistas do exterior, correndo--se o risco destes não estarem a par da realidade de Macau.

“se formos contratar um mé-dico de uma cidade pequena dos EUA que não esteja habituado a lidar com um sistema que receba tanta gente como o nosso, talvez não saiba lidar com isso”, ilustrou a docente da UM.

De acordo com notícia pu-blicado no Jornal do Cidadão, o advogado Hong Weng Kuan mostrou-se preocupado com a in-tegração dos médicos estrangeiros na Comissão de Perícia do erro médico, receando que esta solução possa implicar um desperdício do erário público. Hong considera que esta pode ser constituída por especialistas locais e só mais tar-de, caso uma das partes suspeite do resultado do relatório final da Comissão, se deve pedir ajuda a pessoal de fora.

leonor sá machado (com Flora Fong)[email protected]

tiago alcântara

7 sociedadehoje macau terça-feira 30.6.2015

R aimundo do Rosário disse ontem reconhecer que a direc-ção dos Serviços de Protecção ambiental (dSPa) não está a

conseguir acompanhar o “crescimento constante” de consumo de recursos e produção de resíduos da RaEm. assim, o responsável considera ser urgente a implementação de novas estratégias de gestão.

o Secretário para os Transportes e obras Públicas referiu ainda que os resultados até agora alcançados “não são ainda os desejáveis”, embora a dSPa tenha já procedido à construção de uma série de infra-estruturas am-bientais, sem esquecer as campanhas de sensibilização do público.

as declarações tiveram lugar on-tem, durante o discurso de Rosário na

Tomaram ontem posse os novos responsáveis da dSPa, que têm já prioridades traçadas, como é o caso de arranjar um espaço para os resíduos de construção. Raimundo do Rosário responsável por esta pasta admitiu que macau ainda enfrenta dificuldades na protecção ambiental

DSPA Secretário reconhece dificuldadeS em proteger o ambiente

Só querer não é suficiente

Poluição DiPloma De resPonsabil ização em 2016de acordo com o novo director dos Serviços de Protecção ambiental, Vai Hoi ieong, o Governo quer criar um diploma legal que responsabilize os cidadãos pela poluição da cidade e este poderá estar pronto já para o ano. no entanto, e como a maioria da legislação, também este vai primeiro a consulta pública, tendo a dSPa já estudado casos como os de Taiwan ou Hong Kong. “Quanto à forma de cobrança de taxa aos consumidores vamos estudar e temos de ter em conta a realidade de macau. Claro que ainda temos de ouvir as opiniões do sector e da população”, adiantou Vai à Rádio macau. a auscultação pública deverá ter início em breve, de acordo com o mesmo responsável, que falou aos jornalistas depois do seu discurso de tomada de posse como director do organismo.

tomada de posse dos novos director e subdirector da dSPa, os engenheiros Vai Hoi ieong e ip Kuong Lam, res-pectivamente.

Pressões e dePendênciaso Secretário começou por explicar que o ambiente de macau, que não “se pode dissociar” do desenvolvimento da zona circundante, tem sofrido pressões, além de estar bastante dependente de recursos naturais do continente, como acontece com a distribuição de água e de electricidade. Uma das justificações para a implementação “inadiável” de novas estratégias é a falta de revisão periódica dos sistemas de tratamento de resíduos do território.

durante a mesma cerimónia, Vai Hoi ieong sublinhou que a principal prioridade da dSPa é o transporte e tratamento de resíduos de materiais de construção, assunto que deverá merecer uma consulta pública até dezembro. À Rádio macau, o novo director garantiu que a recolha será feita junto ao aeroporto. “Este ano, esperamos, ter já uma forma de clas-sificação para diferentes resíduos de materiais de construção. E depois de termos este método para fazer a distribuição de resíduos de materiais de construção, vamos dar início aos trabalhos sobre o transporte desses resíduos. Esperamos que no próximo ano a província de Guangdong possa utilizar esses resíduos para aterros” adiantou Vai Hoi ioeng à Rádio.

Questionado sobre as cinzas volantes, Vai assegurou que o local onde actualmente estão guardados “80 sacos” deste lixo pode ser utilizado por mais 15 anos.

Défice da balança comercial a crescerdados da direcção dos Serviços de estatística e censos (dSec) revelam que o défice da balança comercial “alargou-se”, tendo atingido 31,51 mil milhões de patacas. as exportações foram de 4,53 mil milhões de patacas, um aumento de 7% face a igual período de 2014. Já as importações de mercadorias para macau foram de 36,04 mil milhões de patacas, valor semelhante ao registado o ano passado. as exportações para hong Kong e para o continente registaram uma subida nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que as exportações para os estados unidos e união europeia (ue) sofreram uma quebra.

Estatísticas e Censos Desemprego sobe ligeiramenteo segundo trimestre de 2015 não trouxe alterações notórias nos valores de emprego. a taxa de desemprego aumentou 0,1% face ao trimestre passado, fixando-se em 1,8%. no que diz respeito à taxa de sub-emprego não se registou qualquer alteração, mantendo-se esta nos 0,3%. dados dos Serviços de estatísticas e censos indicam que a taxa de actividade foi de 74%, sendo que estão empregadas 398.500 pessoas. a população desempregada era composta por 7200 indivíduos, tendo subido 500 pessoas, face ao período antecedente. o número de desempregados à procura do primeiro emprego representou 5,9% do total da população desempregada, tendo aumentado 0,2%. comparativamente ao período homólogo de 2014, as taxas de actividade e de desemprego cresceram 0,7% e 0,1%, respectivamente, no período em análise, enquanto que a taxa de subemprego caiu 0,1%.

8 publicidade hoje macau terça-feira 30.6.2015

www. iacm.gov.mo

Considerando que não se revela possível notificar directamente os interessados, por ofício ou outras formas, para efeitos de prosseguimento dos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 96° do Decreto-Lei n° 16/96/M, de 1 de Abril, conjugado com os artigos 10° e 58° do “Código do Procedimento Administrativo”, aprovado pelo Decreto-Lei n° 57/99/M, de 11 de Outubro, notifico, pela presente, nos termos do no 3 do artigo 3º do Decreto-Lei no 52/99/M, de 4 de Outubro, e dos artigos 68º e 72° do “Código do Procedimento Administrativo”, os seguintes proprietários de estabelecimentos, do conteúdo das respectivas decisões administrativas sancionatórias:

1. Por despachos do signatário, exarados em 17 e 22 de Outubro de 2014, no uso das competências conferidas pela Proposta de Deliberação do Conselho de Administração n° 01/PDCA/2014, de 9 de Maio, e de acordo com as disposições do n° 2 do artigo 96° do Decreto-Lei n° 16/96/M, foi ordenado, nos termos do nº 4 do artigo 96° do Decreto-Lei supramencionado, notificar LEONG VAI MENG (Bilhete de Identidade de Residente de Macau n°: 5058XXX(X)), proprietário do “ESTABELECIMENTO DE BEBIDAS VENG HOU”, sito na Rua de Entre-Campos, n° 20AA e Rua de João de Araújo, nº 27-A, r/c e sobreloja, de que foi multado por ter violado as disposições do nº 2 do artigo 33º e do artigo 19º do mesmo Decreto-Lei.

No presente procedimento administrativo, proveniente dos autos de notícia n° 194/DFAA/SAL/2012, de 30 de Janeiro de 2012, e nº 207/DFAA/SAL/2012, de 21 de Fevereiro de 2012, e comprovados por testemunhas, prova documental e relatório, o pessoal de fiscalização verificou a não apresentação de pedido, no prazo de 60 (sessenta) dias, contado a partir da data da alteração do direito de propriedade e a alteração ilegal dos projectos aprovados anteriormente. Em 12 de Fevereiro de 2014, o interessado foi notificado, através de ofício, sobre o conteúdo da acusação, não havendo apresentado a sua defesa por escrito no prazo legal. Assim, de acordo com os artigos 64°, 70º e 71º do Decreto-Lei supramencionado, é sancionado, para cada uma das referidas situações, com uma multa de sete mil e quinhentas patacas (MOP7.500,00).

Porém, considerando o facto de o responsável do estabelecimento ser infractor primário e a situação de infracção ter sido corrigida, é suspensa, de acordo com o artigo 65° do mesmo Decreto-Lei, a execução da sanção atrás referida por um período de um ano. Contudo, se durante o período da suspensão se vier a verificar, no mesmo estabelecimento, nova infracção, a sanção a aplicar será executada cumulativamente com a suspensa.

2. Por despachos do signatário, exarados em 20 de Janeiro de 2015, no uso das competências conferidas pela Proposta de Deliberação do Conselho de Administração n° 01/PDCA/2014, de 9 de Maio, e de acordo com as disposições do n° 2 do artigo 96° do Decreto-Lei n° 16/96/M, foi ordenado, nos termos do nº 4 do artigo 96° do Decreto-Lei supramencionado, notificar LAO KIN MENG (Bilhete de Identidade de Residente de Macau n°: 5142XXX(X)), proprietário do “ESTABELECIMENTO DE COMIDAS FIT BOY FIT GIRL”, sito na Rua de Inácio Baptista, nos 10A-10B, Edf. Chun Tak, r/c, B e C, de que foi multado por ter violado as disposições do artigo 19° do mesmo Decreto-Lei.

No presente procedimento administrativo, proveniente do auto de notícia n° 1018/DFAA/SAL/2013, de 23 de Abril de 2013, e comprovado por testemunhas, prova documental e relatório, o pessoal de fiscalização verificou a alteração ilegal dos projectos aprovados anteriormente. Em 18 de Janeiro de 2014, o interessado foi notificado, através de ofício, sobre o conteúdo da acusação, havendo apresentado a sua defesa por escrito no prazo legal, dizendo que efectuara a melhoria. Assim, de acordo com os artigos 64º e 70º do Decreto-Lei supramencionado, é sancionado com uma multa de sete mil e quinhentas patacas (MOP7.500,00).

Porém, considerando o facto de o responsável do estabelecimento ser infractor primário e a situação de infracção ter sido corrigida, é suspensa, de acordo com o artigo 65° do mesmo Decreto-Lei, a execução da sanção atrás referida por um período de um ano. Contudo, se durante o período da suspensão se vier a verificar, no mesmo estabelecimento, nova infracção, a sanção a aplicar será executada cumulativamente com a suspensa.

3. Por despacho do signatário, exarado em 13 de Fevereiro de 2015, no uso das competências conferidas pela Proposta de Deliberação do Conselho de Administração n° 01/PDCA/2014, de 9 de Maio, e de acordo com as disposições do n° 2 do artigo 96° do Decreto-Lei n° 16/96/M, foi ordenado, nos termos do nº 4 do artigo 96° do Decreto-Lei supramencionado, notificar CHAN CHIN HONG (Bilhete de Identidade de Residente de Macau n°: 5087XXX(X)), proprietário do “ESTABELECIMENTO DE COMIDAS PIU KEI”, sito na Rua de Bragança, n° 265, r/c, loja BQ, de que foi multado por ter violado as disposições do nº 3 do artigo 35° do mesmo Decreto-Lei.

No presente procedimento administrativo, proveniente do auto de notícia n° 1310/DFAA/SAL/2013, de 20 de Setembro de 2013, e comprovado por testemunhas, prova documental e relatório, o pessoal de fiscalização verificou a não comunicação da alteração das tabelas de preços. Em 30 de Janeiro de 2015, o interessado foi notificado, através de ofício, sobre o conteúdo da acusação, não havendo apresentado a sua defesa por escrito no prazo legal. Assim, de acordo com os artigos 64º e 73º do Decreto-Lei supramencionado, é sancionado com uma multa de duas mil e quinhentas patacas (MOP2.500,00).

4. Por despacho do signatário, exarado em 17 de Novembro de 2014, no uso das competências conferidas pela Proposta de Deliberação do Conselho de Administração n° 01/PDCA/2014, de 9 de Maio, e de acordo com as disposições do n° 2 do artigo 96° do Decreto-Lei n° 16/96/M, foi ordenado, nos termos do nº 4 do artigo 96° do Decreto-Lei supramencionado, notificar CHAN WING LAM (Bilhete de Identidade de Residente de Macau n°: 5025XXX(X)), proprietário do “ESTABELECIMENTO DE COMIDAS KUN NAM HIM MEI SEK”, sito na Rua do Almirante Lacerda, nos 57, 59, 61 e 63, r/c, loja A, de que foi multado por ter violado as disposições da al. i) do nº 1 do artigo 81º do mesmo Decreto-Lei.

No presente procedimento administrativo, proveniente do auto de notícia n° 571/DFAA/SAL/2012, de 4 de Maio de 2012, e comprovado por testemunhas, prova documental e relatório, o pessoal de fiscalização verificou a existência de combustíveis de tipo não aprovado e de combustíveis para além dos limites fixados no estabelecimento. Em 12 de Janeiro de 2013, o interessado foi notificado, através de ofício, sobre o conteúdo da acusação, não havendo apresentado a sua defesa por escrito no prazo legal. Assim, de acordo com o artigo 64º e o nº 2 do artigo 81º do Decreto-Lei supramencionado, é sancionado com uma multa de dezassete mil e quinhentas patacas (MOP17.500,00).

Excepto em caso de actos nulos, nos termos dos artigos 145º, 148º e 149º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, os infractores podem apresentar reclamação ao autor do acto, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação da presente notificação, e/ou, nos termos do nº 1 do artigo 151º, nº 1 do artigo 155º e do 156º do mesmo Código, podem interpor recurso hierárquico necessário para o Conselho de Administração do IACM no prazo de 30 (trinta) dias.

Quanto às sanções, os infractores podem interpor recurso contencioso, no prazo e segundo os requisitos previstos nos artigos 25º a 28º do Código de Processo Administrativo Contencioso, para o Tribunal Administrativo.

Caso os interessados não apresentem impugnação contra a decisão da presente notificação dentro do prazo supramencionado, o IACM executará, de imediato, a decisão punitiva.

Nos termos do artigo 62º do Decreto-Lei nº 16/96/M, os interessados deverão pagar as referidas multas no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, no Centro de Serviços do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, N° 804, Edifício China Plaza, 2° andar, pois, caso contrário, o Instituto procederá à sua cobrança coerciva, salvo disposição legal de efeito suspensivo em contrário.

Para consulta e mais informações sobre os processos, os interessados poderão dirigir-se à Divisão de Licenciamento Administrativo dos Serviços de Ambiente e Licenciamento, sita na Avenida da Praia Grande, nº 804, Edifício China Plaza, 3º andar.

Aos 16 de Junho de 2015.O Presidente do Conselho de Administração

Vong Iao Lek

Notificação n° 14/DLA/SAL/2015(Aviso aos proprietários dos estabelecimentos de comidas e bebidas,que infringiram a lei, sobre as respectivas decisões sancionatórias)

ANÚNCIO N.º 44 /2015

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 20) do n.º 3 do Despacho n.º 06/IH/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 7, II Série, de 18 de Fevereiro de 2015 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do Boletim de CandidaturaWONG HON KEI 81201309239KWAN YUEN CHI TANG SHAO MEI

81201313085 81201310276

Por causa dos representantes dos agregades familiares acimo mencionados não comparecerem na escoha da fracção sem motivo justificado, de acordo com os termos da alínea 4) do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e as decisões dos despacho do signatário, exarados nas Propostas n.os 0293/DHP/DHEA/2015, 0294/DHP/DHEA/2015 e 285/DHP/DHEA/2015, os respectivos adquirentes seleccionados foram excluídos do concurso.

E nos termos do n.º 4 do Despacho n.º 06/IH/2015 e no artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, cabem recurso hierárquico necessário das respectivas decisões administrativas, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública,

Chan Wa Keong26 de Junho de 2015

O s novos aterros vão poder receber mais de 160 mil pessoas, depois de um revisão

feita pelo Governo sobre o novo espaço. segundo notícia da Rádio Macau, o número de habitações vai aumentar também, num sítio que será visto como uma cidade virada para o mar.

Assim, a Zona A é onde vai estar concentrado o maior número de pessoas. O projecto do Governo para os novos aterros – que entra hoje na última fase da consulta pública – sobe para 54 mil as fracções a ser construídas, 32 mil só na Zona A, que fica no norte da cidade. segundo o plano, ontem apresentado pelo Executivo aos membros do Conselho do Pla-neamento Urbanístico, há espaço suficiente para 162 mil residentes.

A rádio avança ainda que o Governo promete novas zonas urbanas, tendo em consideração as necessidades de habitação e o problema dos transportes. É que para sair ou entrar daqui, os resi-dentes deverão dar primazia aos autocarros e ao metro, já que é ideia

E stá finalmente adjudicada a reconstrução do Mercado Municipal do Patane e a

empresa vencedora é a Compa-nhia de Construção e Engenharia Civil China (CCECC Macau). Esta é uma das empresas que se viu envolvida num dos casos de corrupção ligados ao ex-secretário Ao Man Long.

segundo um despacho ontem publicado em Boletim Oficial, a obra vai custar mais de 200 milhões de patacas. Os pagamentos vão ser feitos desde este ano até 2017, o que indica que as obras só deverão terminar nesse ano.

A adjudicação da reconstrução do Mercado do Patane foi feita através de concurso público, sendo que o ano passado, em Dezembro, Alex Vong, presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Muni-cipais (IACM) anunciou que as obras iriam atrasar-se. Na altura, o presidente da entidade respon-sável pela obra justificou-se com o facto de que a concessão “iria estar apenas concluída na primeira metade” deste ano. O IACM ainda

Mercado do Patane ccecc recebe Mais de 200 Milhões

Bancas novas daqui a dois anosmanifestou desejo que as obras de reconstrução iniciassem este ano, mas sem sucesso.

Antes de se saber que seria a CCECC Macau a ficar a cargo da reconstrução – e pela qual recebe 217,7 milhões de patacas -, um despacho de 2011 dava conta que seria a CAA, Planeamento e Engenharia, Consultores Limitada a responsável pela elaboração de projectos de especialidades da re-construção do mercado municipal.

Esta empresa pertence ao deputado José Chui sai Peng.

Ligações perigosasResponsáveis da CCECC Macau estiveram envolvidos no caso Ao Man Long, depois da empresa ter conseguido a adjudicação da ges-tão e manutenção e das EtAR do Parque Industrial transfronteiriço e de Coloane, num consórcio com a Waterleau e a AtAL Engineering. Dois dos responsáveis da empresa foram condenados pelo crime de corrupção activa.

Agora, como nada impede a empresa de participar em concur-sos públicos, a CCECC Macau recebe este ano 54,5 milhões pelas obras, 108,8 milhões no próximo ano e o mesmo valor que este ano em 2017.

O novo Mercado Municipal vai ser instalado num complexo de 12 andares, sendo três deles reserva-dos para o uso do mercado, cinco para estacionamento e quatro para instalações comunitárias.

Joana [email protected]

aterros Mais de ceM Mil podeM ocupar novos espaços

cidade virada para o marda Administração fazer com que as pessoas deixem o carro em casa.

Na terra reclamada ao mar – algo que acontece na Zona A, nos NAPE e na taipa -, haverá equi-pamentos sociais, espaços verdes e comércio, adianta a rádio. Não se sabe, contudo, quando vão ser aproveitados, já que a Zona A ainda está atrasada devido à falta de areia.

Este espaço vai ter, contudo, acesso à quarta ligação entre Ma-cau e taipa, algo que não se sabe ainda se será ponte ou túnel – algo que Raimundo do Rosário, secre-tário para os transportes e Obras Públicas, promete desvendar até ao fim do ano.

Com dúvidasO plano para os novos aterros – que vão oferecer mais de 300 hectares a Macau - entra hoje em consulta

pública, a terceira e última sobre o tema. Mas, à Rádio Macau, Rui Leão, arquitecto e membro do Con-selho do Planeamento Urbanístico não se mostrou satisfeito com a

Jogo Cheung Chi-tai acusadode branqueamento de capitais

MACAU está a ser acusado de três diferentes crimes

de branqueamento de capitais. De acordo com notícia avançada pela agência noticiosa Reuters, Cheung branqueou capitais através de contas de bancos na RAEHK, no valor de 1,8 mil mi-lhões de dólares de Hong Kong. Os dados surgiram em documen-tos do tribunal esta semana. A investigação que envolve Cheung teve início em Novembro do ano passado e foi feita pelas autori-dades de Hong Kong. Os bens do accionista foram congelados durante o processo. Recorde-se que Cheung já havia sido acusa-do de estar envolvido num outro caso, desta vez do outro lado do mundo, nos EUA.

O acusado foi identificado, em 1992, por uma comissão de investigação do senado, como um dos dirigentes da tríade Wo Hop. A mesma notícia refere que a mais recente acusação talhou um “caminho escuro” pelos meandros da cultura das tríades, da lavagem de dinheiro e da cor-rupção e que relaciona empresá-rios e figuras influentes de Hong

Kong, Macau e do continente. Acredita-se que o junket possa ter estado igualmente implicado no caso de branqueamento de capitais que tinha Carson Yeung, ex-presidente do clube de futebol Birmingham City, como figura principal. No entanto, o accionis-ta do Grupo Neptuno não esteve presente no julgamento.

A Reuters afirma ainda que num “relatório especial” da agência – de 2010 –, existem provas que ligam Cheung a gangues de crime organi-zado e à gigante Las Vegas sands. tal informação junta-se então à confirmação, dada pelas autori-dades norte-americanas, de que o junket tinha relações directas com estes grupos. Entre os bancos que receberam o dinheiro de Cheung estão o Banco da China e o Banco Chong Hing, com sucursais em Hong Kong. Quando questionado pela Reuters, o Grupo Neptuno negou qualquer ligação com o acusado. Neste momento, este encontra-se a aguardar julgamento, já marcado para dia 24 de setem-bro, tendo saído sob pagamento de uma fiança de 200 mil dólares de Hong Kong.

decisão do Governo em levar o projecto a consulta pública um dia depois de o apresentar a este grupo.

Leão diz que é preciso ter cui-dado em garantir que o acesso à

9 sociedadehoje macau terça-feira 30.6.2015

agua não seja vedado às pessoas, algo que parece vir a acontecer de acordo com o plano do Governo.

“Da maneira como está dese-nhado leva-me a pensar que será dificilmente praticável a utilização do perímetro verde [na Zona A], o das outras zonas parece mais sério”, começou por dizer à rádio. “Está sobrecarregado com uma estrada de circulação rápida, que põe em risco o acessos das cidades à beira água”, diz, esperando que a via rápida não vá bloquear o acesso à água.

Rui Leão pede ainda que seja feita a construção de um parque, já que há zonas “que não faz sentido serem todas da mesma magreza”, como avança a rádio. “se calhar deveria haver um [parque] que faça a ligação visual entre o re-servatório e aterro da ponte Hong Kong-Macau. Um que tenha uma dimensão de parque urbano e não apenas um passeio largo com árvores.”

Ainda assim, o arquitecto diz ser positivo que haja uma melhor ligação dos novos aterros aos meios de transporte como é o metro.

10 hoje macau terça-feira 30.6.2015eventosEm 2016 celebram-se dez anos desde a primeira realização do arraial de São João no Bairro do São Lázaro. Organizadores querem trazer novidades e criar um evento ainda maior, com mais música, participantes e barraquinhas

São João ArrAiAl com bAlAnço positivo. mAior dimensão em 2016

Vem aí “uma festa de arromba”

É certo que ainda se está na ressaca da edição deste ano do arraial de São João, que decorreu

no passado fim-de-semana no Bairro de São Lázaro, mas os seus organizadores já estão

a pensar na organização do evento em 2016. A festa será especial, uma vez que se comemoram dez anos desde a sua primeira realização. Ainda sem poderem adiantar detalhes, Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses (ADM), e Amélia António, da Casa de Portugal em Macau (CPM), garantiram ao HM que pretendem expandir o que se tem vindo a fazer.

“Seguramente vai ser uma festa bem comemorada, porque é um marco. Dez anos não é muito tempo mas é um passo significativo, por isso no próximo ano, haja sol ou chuva, vamos arranjar uma festa de arromba. Vai com certeza ter outras dimensões e tudo depende da afluência das pessoas. Estamos aposta-dos em ter um maior número de tendas e mais espaço de festa”, disse Miguel de Senna Fernandes. “A nossa intenção

é dar mais força e visibilidade, ter algo diferente e novo, mas não podemos adiantar”, frisou Amélia António.

Mais e MelhorEm jeito de balanço do evento deste ano, a presidente da CPM fala de maior partici-pação, com a meteorologia a dar uma ajuda. “Houve mais gente a querer estar presente em termos de representação de barraquinhas e os visitantes também foram mais. O que tentamos é que as pessoas tenham uma grande expec-tativa, de encontrarem bons petiscos e a parte de animação. Nota-se que de ano para ano essa procura e esse gosto de aproveitar aquele espaço e o tempo.”

“Foi uma coisa boa, o tempo ajudou imenso, aquilo é para ficar e crescer ainda mais. Vamos ver o que vamos fazer no próximo ano, por-que precisamos de apoios”, acrescentou Miguel de Senna Fernandes.

sair de são lázaro?Com uma festa ainda maior, será que o arraial de São João poderá sair do Bairro de São Lázaro? Miguel de Senna Fernandes mostra-se aberto a todas as possibilidades. “São sempre hipóteses em aberto, porque no fundo não tem de ser São Lázaro. Mas escolheu-se [o Bairro] porque nos dá aquele ambiente arqui-tectónico e ligado à cultura portuguesa. Mas pode haver outros sítios, desde que se reúnam condições. Quanto a mim estou aberto [a uma mudança].”

Já Amélia António con-sidera que o Bairro de São Lázaro é o espaço ideal para continuar a receber o arraial. “É difícil haver espaços com aquelas características. Nada daquilo terá a mesma graça noutro espaço mais largo, incaracterístico, sem identi-dade própria. Já várias vezes

Rugby Macau vence “Plate Final”

À venda na livraria Portuguesa Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

Fidel - uma vida em imagenS • Pilar huertasFidel Castro é um dos dirigentes mais importantes da segunda metade do século XX. Não podemos compreender nem a América Latina nem as lutas dos seus povos sem passarmos pela vida de Fidel de Castro e pela luta que desencadeou em todo o processo político cubano.

peRegRinoS • elizabeth gilbertOs cowboys, as strippers, os trabalhadores e os ilusionistas de Peregrinos estão todos em movimento para chegarem a algum lado ou para se tornarem alguém. Muitas vezes interpretam mal as coisas, encontram--se nos lugares errados, seguem caminhos que não deviam, mas os heróis e heroínas de Elizabeth Gilbert são calejados pelas suas experiências, lutam pelas suas epifanias. Nunca perdem de vista a esperança e, embora por vezes atuem cegamente, fazem-no sempre com coragem.

O espaço Yogaloft vai oferecer workshops de meditação gra-

tuitos em Julho. Os mini--cursos ficarão a cargo de Kim Hughes, praticante da actividade e autora do livro “The Journey Within - Ex-traordinary Conversations with Uncommon People”, focado no mesmo tema.

Os workshops aconte-cem na sexta-feira, dia 3 de Julho, pelas 19h30, havendo ainda duas sessões no sába-do, dia 4 de Julho, às 9h30 e às 19h30. Uma sessão adicional acontece ainda no dia 5 de Julho, sendo esta especialmente dedicada à Meditação em Grupo. Neste dia, marcada para as 10h00, a actividade é virada para aqueles que completem o workshop de três dias.

“Se houver interesse, levaremos a cabo meditações em grupo e sessões de purifi-cação mais regulares e gratui-tas, semanalmente, com base no que for mais conveniente

para os membros do grupo”, avança ainda a organização em comunicado.

Os interessados podem inscrever-se a partir de hoje e, ainda que o possam fazer em sessões individuais, é aconselhável a participação nos três workshops, como alerta a responsável pelos mini-cursos. “O workshop é gratuito, mas os participantes deverão participar nas três ses-sões para um maior benefício. Se não puderem participar nas três sessões, o nome ficará numa lista de espera”, pode ler-se num comunicado en-viado pela organização.

Os interessados podem enviar a inscrição para [email protected], já que as vagas são limitadas.

Contra o stressO tipo de meditação a ser ensinado vai seguir os princípios do Sahaj Marg, literalmente “O Caminho Natural”, uma forma de “raja yoga facilmente inte-

grado nos horários de uma vida ocupada, ajudando a lidar com o stress e a manter o equilíbrio”.

Kim Hughes é uma aca-démica norte-americana a residir em Macau há mais de uma década, tendo lançado recentemente o livro “The Journey Within: Extraor-dinary Conversations with Uncommon People”, uma obra que reúne 16 entrevistas com praticantes deste tipo de meditação e onde estes se debruçam sobre a sua vida antes e depois da meditação e experiências no Sahaj Marg.

Os workshops têm lugar no Yogaloft, perto do Leal Senado.

Yogaloft WorkShopS de meditação gratuitoS em Julho

Pelo caminho natural

• a equipa de macau venceu este fim-de-semana uma das últimas etapas do Torneio anual de Rugby Tens, conseguindo levar para casa o troféu do ‘plate Final’. a equipa local venceu num jogo contra o Rocky Rugby Football Club, num jogo que terminou a 17-12 para regozijo de macau. a ‘Cup Final’ foi ganha pela equipa Kowloon Specials, num jogo renhido contra os Shenzhen dragons. a equipa da RaeHK venceu por 7-0. organizado pelo macau Rugby Football Club (mRFu), o torneio teve lugar no Canídromo e recebeu equipas de Hong Kong, Shenzhen e guangzhou, além das duas equipas do território, tanto em divisões seniores como em sub-19. os mais novos competiram em seis jogos, com o Hong Kong Football Club a levar a melhor, depois de mostrar “uma forte técnica” em todos os confrontos contra a equipa da polícia e contra os discovery Bay pirates (ambas de Hong Kong).

11 eventoshoje macau terça-feira 30.6.2015

USJ Cursos intensivos de Português em Julho e Setembro A Universidade de São José (USJ) abre em Setembro um curso intensivo de Português, para pessoas cuja língua materna não seja a portuguesa. A universidade abre ainda um outro curso de Verão, que decorre entre 13 a 24 de Julho. O primeiro está vocacionado para pessoas que pretendam obter o nível de proficiência necessário para se candidatarem a licenciaturas em universidades de Macau ou portuguesas, assegura a organização, sendo que este vai ainda “ajudar a preparar talentos bilingues com a fluência necessária para a Administração”. Já o curso intensivo de Verão, aberto a maiores de 16 anos, permite o contacto com a língua durante 45 horas. Em nenhum dos cursos é necessário conhecimento prévio de Português. Em Setembro abre ainda um mestrado em Literatura Lusófona.

São João ArrAiAL cOM bALAnçO POSitiVO. MAiOr diMEnSãO EM 2016

Vem aí “uma festa de arromba”

foi abordado, mas penso que descaracteriza a festa.”

Olhando para os últimos dez anos, ambos os dirigentes associativos falam de uma festa que nem sempre foi compreendida e que ainda não chamou toda a atenção da comunidade chinesa.

“Nos primeiros tempos, se calhar o Governo não sabia o que isto era, as pessoas não estavam sensibilizadas, ainda olhavam com alguma descon-fiança. Oxalá que dentro de pouco tempo consigamos que os moradores compreendam a festa. Este é um arraial de Macau e não é de portugueses em Macau”, disse Miguel de Senna Fernandes.

Em termos de apoios ins-titucionais, Amélia António apenas se queixa da falta de colaboração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Munici-pais (IACM). “Sempre houve uma falta de colaboração total do IACM, em termos do for-necimento de equipamentos. Mas das outras entidades oficiais temos tido todo o apoio. Não temos do que nos queixar”, rematou.

Andreia Sofia [email protected]

O Farol da Guia faz no próximo mês 150 anos e o Instituto Cultural (IC) festeja a data com a abertura do

local, até ao topo, todos os sábados e domin-gos, até final de Julho. Durante a sessão de apresentação da iniciativa, o IC descreveu o Farol enquanto “testemunha silenciosa” da evolução desta cidade. Os visitantes vão assim ter a oportunidade de experienciar um das vistas mais únicas de Macau, tanto em termos de perspectivas paisagística, como de oportunidade, já que o edifício do Farol está normalmente vedado ao acesso público.

A abertura acontece das 10h00 às 17h30, entre 4 e 26 de Julho deste mês, sendo a entrada gratuita. “Durante o período de aber-tura ao público, os cidadãos poderão visitar o interior do Farol, normalmente não aberto aos visitantes, podendo inclusivamente subir ao topo do mesmo e apreciar a paisagem de Macau”, referiu o IC.

MAiS iniciAtivAS O Farol terá ainda em exposição antigos sistemas de luzes, “dando oportunidade aos cidadãos para compreenderem a história e o desenvolvimento” da utilização daquele local, tão emblemático no desenho urbano da cidade. Nos dias 18 e 19 de Julho vai realizar-se um workshop de construção de um modelo mais pequeno do farol em barro e um jogo de manipulação de embarcações

na água, no Museu Marítimo. Além disso, vai ainda ser lançada, em conjunto com os Correios, uma emissão filatélica de selos, no próximo dia 8. Foi Wong Ho Sang, fotó-grafo contemporâneo de Macau, que ficou encarregue pela ilustração. “Esta emissão é composta por um conjunto de dois selos e um bloco filatélico, cujo design ilustra, de vários ângulos, o Farol da Guia, o ponto mais elevado da península de Macau, dentro da Fortaleza da Guia e ao lado da Capela de Nossa Senhora da Guia.

A iniciativa compreende também a entrada gratuita noutros locais, como são o Quartel dos Mouros, as Oficinas Navais, o Museu Marítimo e a Doca da Ilha Verde. L.S.M.

Farol da Guia aberto noS FinS-de-Semana de Julho

Ver a cidade em miniatura“Seguramente vai ser uma festa bem comemorada, porque é um marco. Dez anos não é muito tempo mas é um passo significativo, por isso no próximo ano, haja sol ou chuva, vamos arranjar uma festa de arromba”miGuel de Senna FernandeS Presidente da associaçãodos macaenses

pub

adm

IC

12 publicidade hoje macau terça-feira 30.6.2015

Fracção Andar CRP Obra Infracção ao RSCI e motivo da demolição

1.1 A 4 IIA4 Instalação de gradeamento metálico na varanda da fracção. Obs.1

1.2 A 5 IIA5

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.3 E 5 IIE5

1.4 A 6 IIA6

1.5 B 6 IIB6

1.6 D 6 IID6

1.7 E 6 IIE6

1.8 A 7 IIA7

1.9 B 7 IIB7

1.10 D 7 IID7

1.11 E 7 IIE7

1.12 A 8 IIA8

1.13 C 8 IIC8 Fechamento da varanda da fracção com suporte metálico e janela de vidro. Obs.1

1.14 D 8 IID8

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.15 E 8 IIE8

1.16 A 9 IIA9

1.17 B 9 IIB9

1.18 E 9 IIE9

1.19 B 10 IIB10

1.20 C 10 IIC10

1.21 D 10 IID10

1.22 E 10 IIE10

1.23 C 11 IIC11

1.24 D 11 IID11 Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.25 E 11 IIE11 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício junto à varanda da fracção. Obs.11.26 A 13 IIA13

1.27 B 13 IIB13

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.28 A 14 IIA14

1.29 B 14 IIB14

1.30 C 14 IIC14

1.31 D 14 IID14

1.32 E 14 IIE14

1.33 B 15 IIB15

1.34 C 15 IIC15

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

Instalação de portão metálico no corredor comum em frente da fracção. Obs.2

EDITAL

1.35 D 15 IID15 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.36 E 15 IIE15

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

Instalação de portão metálico no corredor comum em frente da fracção. Obs.2

1.37 C 16 IIC16 Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.38 D 16 IID16 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.39 E 16 IIE16 Instalação de gaiola metálica e chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.40 A 17 IIA17

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.41 B 17 IIB17

1.42 C 17 IIC17

1.43 D 17 IID17

1.44 E 17 IIE17

1.45 A 18 IIA18

1.46 B 18 IIB18

1.47 C 18 IIC18

Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

Instalação de portão metálico no corredor comum em frente da fracção. Obs.2

1.48 D 18 IID18

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.11.49 A 19 IIA19

1.50 B 19 IIB19

1.51 C 19 IIC19 Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.52 D 19 IID19 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício junto à varanda da fracção. Obs.11.53 E 19 IIE19

1.54 B 20 IIB20 Instalação de gradeamento metálico na varanda da fracção. Obs.1

1.55 C 20 IIC20 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.56 D 20 IID20 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.57 E 20 IIE20 Instalação de gaiola metálica e chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.58 B 21 IIB21

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.59 D 21 IID21

1.60 E 21 IIE21

1.61 A 22 IIA22

1.62 B 22 IIB22

1.63 D 22 IID22

1.64 A 23 IIA23

1.65 B 23 IIB23

1.66 D 23 IID23

1.67 A 24 IIA24

1.68 D 24 IID24

1.69 E 24 IIE24

1.70 D 25 IID25

1.71 E 25 IIE25

1.72 A 26 IIA26

Edital n.º : 14/E-BC/2015Processo n.º : 502/BC/2015/FAssunto : Início do procedimento de audiência pela infracção às respectivas disposições do Regulamento de

Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local : Rua Central da Areia Preta n.º 602, Edf. LA CITÉ, Bloco 2,Macau.

Cheong Ion Man, subdirector substituto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), faz saber por este meio aos donos da obra e proprietários das fracções abaixo indicadas, o seguinte:

1. OagentedefiscalizaçãodestaDSSOPTdeslocou-seaolocalacimaindicadoeverificouarealizaçãodeobrasemlicençacuja descrição e situação é a seguinte:

13 publicidadehoje macau terça-feira 30.6.2015

1.73 C 26 IIC26

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

Instalação de portão metálico no corredor comum em frente da fracção. Obs.2

1.74 D 26 IID26

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.75 A 27 IIA27

1.76 B 27 IIB27

1.77 D 27 IID27

1.78 E 27 IIE27

1.79 C 29 IIC29 Instalação de cobertura metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.80 D 29 IID29

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício em frente da varanda da fracção. Obs.11.81 E 29 IIE29

1.82 A 30 IIA30

1.83 C 30 IIC30 Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.84 D 30 IID30 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício junto à varanda da fracção. Obs.11.85 A 31 IIA31

1.86 C 31 IIC31 Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.87 D 31 IID31 Instalação de gaiola metálica e janela de vidro na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.88 E 31 IIE31 Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.89 A 32 IIA32 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício junto à varanda da fracção. Obs.11.90 B 32 IIB32

1.91 C 32 IIC32 Instalação de gaiola metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.92 D 32 IID32

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.93 E 32 IIE32

1.94 A 33 IIA33

1.95 B 33 IIB33

1.96 E 33 IIE33

1.97 A 34 IIA34

1.98 C 34 IIC34

1.99 E 34 IIE34

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.100 A 35 IIA35

1.101 B 35 IIB35

1.102 E 35 IIE35

1.103 A 36 IIA36

1.104 B 36 IIB36

1.105 C 36 IIC36 Instalação de gaiola metálica e chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.106 E 36 IIE36

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.107 A 37 IIA37

1.108 B 37 IIB37

1.109 E 37 IIE37

1.110 B 38 IIB38

1.111 D 38 IID38

1.112 E 38 IIE38 Instalação de cobertura metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.113 A 39 IIA39 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do

edifício junto à varanda da fracção.Obs.1

1.114 B 39 IIB39

1.115 C 39 IIC39 Instalação de cobertura metálica, gaiola metálica,

janela de vidro e chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.116 D 39 IID39 Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.117 E 39 IIE39 Instalação de cobertura metálica, janela de vidro e

chapa metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.118 A 40 IIA40 Instalação de gradeamento metálico na varanda da fracção. Obs.1

1.119 B 40 IIB40

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.120 D 40 IID40

1.121 E 40 IIE40

1.122 D 41 IID41

1.123 E 41 IIE41

1.124 A 42 IIA42

1.125 C 42 IIC42

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.126 E 42 IIE42

1.127 A 43 IIA43

1.128 B 43 IIB43

1.129 C 43 IIC43

1.130 D 43 IID43

1.131 E 43 IIE43

1.132 A 44 IIA44 Instalação de gradeamento metálico e janela de vidro junto à varanda da fracção. Obs.1

1.133 C 44 IIC44

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

1.134 D 44 IID44

1.135 E 44 IIE44

1.136 A 45 IIA45

1.137 B 45 IIB45

1.138 D 45 IID45

1.139 A 46 IIA46

Instalação de cobertura metálica junto à varanda da fracção. Obs.1

Instalação de gaiola metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção. Obs.1

Instalação de gradeamento metálico e pala metálica na parede exterior do edifício junto à varanda da fracção.

Obs.1

1.140 B 46 IIB46

Fechamento da varanda da fracção com janela de vidro. Obs.1

Instalação de cobertura metálica e janela de vidro na parede exterior do edifício junto à janela da fracção.

Obs.1

Obs.1: Infracção ao n.º 12 do artigo 8.º, obstrução do acesso aos pontos de penetração no edifício.

Obs.2: Infracção ao n.º 4 do artigo 10.º, obstrução do caminho de evacuação.

2. Sendo os corredores comuns do edifício considerados caminhos de evacuação, devem os mesmos conservar-se permanentemente desobstruídos e desimpedidos, de acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 10.º do RSCI, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/95/M, de 9 de Junho. Além disso as janelas e as varandas acima referidas são consideradas como pontos de penetração para realização de operações de salvamento de pessoas e de combate a incêndios, não podendo ser obstruídos com elementos fixos (gaiolas, gradeamentos, etc.) de acordo com o disposto no n.º 12 do artigo 8.º. As alterações introduzidas pelos infractores nos referidos espaços, descritas no ponto 1 do presente edital, contrariam a função desses espaços enquanto caminhos de evacuação e pontos de penetração no edifício e comprometem a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. Assim, as obras executadas não são susceptíveis de legalização pelo que terá necessariamente de ser determinada pela DSSOPT a sua demolição a fim de ser reintegrada a legalidade urbanística violada.

3. Nos termos do no 3 do artigo 87.º do RSCI, a infracção ao disposto no n.º 4 do artigo 10.º é sancionável com multa de $4 000,00 a $40 000,00 patacas, e nos termos do n.º 7 do mesmo artigo, a infracção ao disposto no n.º 12 do artigo 8.º, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000,00 patacas. Além disso, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo, em caso de pejamento dos caminhos de evacuação, será solidariamente responsável a entidade que presta os serviços de administração ou segurança do edifício.

4. Considerando a matéria referida nos pontos 2 e 3 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 95.º do RSCI.

5. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau (telefones nos 85977154 e 85977227).

Aos 01 de Junho de 2015

Pelo Director dos ServiçosO Subdirector, Subst.º

Eng.º Cheong Ion Man

14 hoje macau terça-feira 30.6.2015

harte

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U m longo artigo de Christian Caryl* vem generosamente juntar-se ao muito que se tem escrito ultimamente so-

bre Alan Turing. Reabilitado com alguma fanfarra pela rainha em 2013, a sua histó-ria vem lembrar quanto as transformações de mentalidade por vezes se desenvol-vem num período curto, isto numa altura em que, na semana passada, se estende a todos os Estados Unidos da América o direito ao casamento entre parceiros do mesmo sexo.

O artigo de Caryl parte da aprecia-ção de um filme recente, The Imitation Game, de morten Tyldum, e de dois livros sobre o cientista inglês, Alan Tu-ring: The Enigma, de Andrew Hodges, e Alan Turing: Pioneer of the Information Age, de B. Jack Copeland.

Tanto os livros como o filme subli-nham com intensidade a importância de Turing como descodificador do sis-tema de códigos usado pelos alemães durante a segunda guerra mundial (Enigma) mas também como impor-tante cientista nas áreas da ciência de computadores e inteligência artificial e como impulsionador da ideia das bases matemáticas da vida.

A propósito de AlAn turing

O artigo constante da NYRB de Fe-vereiro acrescenta que os smartphones, tablets, ou laptops de hoje devem muito ao trabalho de Turing como investiga-dor na área dos computadores. Como se tudo isso não bastasse, Caryl infor-ma, com um entusiasmo que vem dos anos 80, altura em que foi publicado o livro de Hodges, que o cientista britâ-nico foi um corredor de longa distância de competência olímpica.

Ironicamente, o facto de ser homos-sexual, e a pena a que se viu condena-do por isso, pode ser o que contribuiu para a sua fama recente. Não tivesse sido sujeito a um tratamento que a nos-sa sensibilidade contemporânea tem até dificuldade em compreender, e não tivesse terminado a sua vida (aos 41 anos) aparentemente como resultado desse tratamento, a sua biografia não teria o elemento dramático que o tor-nou numa figura que suscita uma curio-sidade cada vez mais alargada.

Caryl não é amável para com o fil-me, onde detecta muitas falhas. A maior será a de que o filme de Tyldum reduz a figura do retratado à caricatura de um génio torturado, um excêntrico coita-dinho pouco à-vontade no seu mundo.

Esta é, segundo o autor do artigo, ape-nas a história de uma vitimização.

Há muitas outras críticas. A de que o filme apresenta um Turing lavadinho e bem vestido (saído de um catálogo da Burberry, diz o autor do artigo), interpre-tado por um actor que parece que é fa-moso no mundo limpinho e aborrecido de grande parte do cinema de hoje (esta parte é minha), quando o descuido de Tu-ring com a sua aparência física, vestuário e higiene pessoal é bem conhecida. É um tipo de lavagem que vende bilhetes.

Junta-se o aviso de muitas outras fa-lhas a nível histórico, sobre a história pessoal de Turing (nomeadamente no

que pertence às circunstâncias que ro-dearam a sua morte, que Copeland, no seu livro, explica que pode não ter sido um suicídio) e sobre a história da sua actividade profissional e vastos interes-ses científicos e filosóficos.

O autor do artigo parece espe-cialmente indignado pelo retrato que o filme faz do último ano de vida do matemático (monstrous hogwash nas suas palavras) em que este, completamen-te contrário ao que o filme relata, terá mantido a total posse das suas capaci-dades mentais e continuação entusiás-tica de vários projectos pessoais.

Do que ninguém se parece lembrar, e esta longa introdução parece adiar, é que existe um outro filme para televi-são, não muito antigo, sobre o agora famoso matemático. Breaking the Code é um filme de 1996 de Herbert Wise, um realizador nascido na Áustria mas de obra desenvolvida no Reino Unido, com uma longa carreira no filme para televisão – é o realizador, por exemplo, da série I, Claudius, de 1976.

Importante será notar que há 19 anos alguém se interessou o suficiente por Turing para fazer um retrato fílmi-co da sua vida.

Caryl não é amável para Com o filme, onde deteCta muitas falhas. a maior será a de que o filme de tyldum reduz a figura do retratado à CariCatura de um génio torturado, um exCêntriCo Coitadinho pouCo à-vontadeno seu mundo

15 artes, letras e ideiashoje macau terça-feira 30.6.2015

luz de inverno Boi Luxo

Seria fácil partir da vontade de con-trastar um filme recente e bem arranja-dinho, menos honesto na sua intenção, com uma visão autorizada por um rea-lizador há 19 anos e valorizar esta pelo pioneirismo e pela patine acrescentada. Este pequeno artigo não é uma com-paração porque nem sequer conheço o filme recente.

Pensar em Turing e ver um filme de televisão dos anos 90 cria uma aproxi-mação mais honesta. Este tem o tom de um filme que se vê em casa durante a tarde de um domingo de chuva quando ainda se fumava em frente das crianças.

Grande parte dele concentra-se, de um modo afável mas não paternalista, na sua condição de homossexual e na importância da matemática, as cenas referentes à sua adolescência sendo bastante poéticas e inocentes e as cenas que ilustram o seu recrutamento cheias de uma conversa matemática e filosófica felizmente exagerada para as exigências de um filme de televisão. É de louvar.

Paralelamente – e é por aí que o fil-me começa – a componente policial da história, em torno do roubo que levou ao conhecimento público da sua orien-tação sexual, tem um peso compreensí-vel num filme para televisão.

Menos habitual é que nele se in-cluam 2 ou 3 cenas com longos monó-logos (menos possível no cinema para

crianças ou no Cinema Burberry que hoje se pratica em larga escala) em que se afirma sobretudo a determinação de Turing, o seu amor pela matemática, a necessidade imperiosa da criação de uma máquina que lidasse de modo rápi-do com os dados necessários à decifra-ção e a sua implacável devoção ao país que depois o castigará por um porme-nor da sua vida privada.

Moderno no filme de Wise é a de-dicação à exposição da sedução dos estudos de matemática, uma que tem conhecido, no século XXI, um incre-mento quase pop no culto a Turing e, por exemplo, Kurt Gödel, e na ideia de que não há maneira de dizer, à partida, que problemas são passíveis de serem ou não provados.**

Turing não é apresentado como um grande excêntrico mas como um ho-

mem de idade (a trama parte dos anos 50, muito depois da sua contribuição para o esforço de guerra) e usa várias analepses. Este homem de idade não é, como parece ser em The Imitation Game, um homem com extraordinárias desa-dequações sociais, e o desmazelo – que lhe vinha da adolescência – é parte considerável da sua descrição, que é intensa. Praticamente não há cenas em que Turing não apareça – a roer as unhas e mal vestido.

O filme de Herbert Wise é profun-damente simpático para com a figura de Turing e muito íntimo na sua apre-sentação, quase sem cenas de exterio-res, com poucos actores e com uma tonalidade próxima do teatro (Derek Jacobi participou numa produção tea-tral sobre a vida de Turing onde tam-bém o interpretou - a história não é tão desconhecida na Grã-Bretanha quanto o era no resto do mundo até há pouco tempo). Insiste-se, num outro longo e apaixonado monólogo, na extrema necessidade de criar uma máquina (o computador de hoje) que permita lidar rápida e eficientemente com problemas de decifração que poderiam mudar o rumo da guerra.***

Finalmente, a hipótese da sua mor-te não ter sido causada por suicídio é mais do que aflorada. A figura da mãe tem, para o fim da história, uma impor-

tância cada vez mais explícita e é esta que se insurge contra esta improvável hipótese.

Pode ser que o futuro nos reserve a revelação de novos dados sobre a sua morte.

*NYRB, February 5-18, 2015, Vol. LXII, Number 2.

** aconselha-se o seguinte aliciante e longo livro de banda desenhada que usa a vida de Bertrand Russell para nos mostrar uma história da matemática dos séculos XIX e XX: Logicomix, An Epic Search for Truth, de Apostolos Doxiadis e Chris-tos Papadimitriou (onde se fala e desenha longamente sobre Gödel e Wittgenstein, também objectos de discussão e admiração em Breaking the Code).

*** uma interessante discussão que se não aflora no filme (e que, concedamos, seria excessiva à matéria primária em questão) é a da lenta destruição da importância do pensamento matemático alemão e austría-co por parte do opressivo regime anti-judeu nazi que obrigou à fuga, para os Estados Unidos, dos seus nomes mais ilustres e à transferência para este país deste complexo de pensamento.

Pensar em Turing e ver um filme de Televisão dos anos 90 cria uma aProximação mais honesTa. esTe Tem o Tom de um filme que se vê em casa duranTe a Tarde de um domingo de chuva quando ainda se fumava em frenTe das crianças

16 china hoje macau terça-feira 30.6.2015

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Grécia China confiana “capacidade e sabedoria” da UE A China manifestou ontem confiança na “capacidade e sabedoria” da União Europeia para resolver a crise da dívida grega e reafirmou que a Grécia deve continuar na zona euro. “A China apoia a integração europeia e uma estável, unida e próspera União Europeia. Acreditamos que a zona euro tem capacidade e sabedoria para resolver a crise da divida. Desejamos que a Grécia continue na zona euro”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying. Foi a segunda vez no espaço de três dias que a China defendeu publicamente a continuação da Grécia na zona euro. A China “quer ver a Grécia permanecer na União Europeia e na zona euro”, afirmou na sexta-feira o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês com o pelouro das relações com a União Europeia, Wang Chao. Ontem, a porta-voz do MNE chinês considerou que a crise da divida grega está “numa fase critica”, mas disse que a China “acredita que as negociações em curso (entre o governo grego e os credores internacionais) serão bem sucedidas”.

HK Cinco detidos em confrontos violentos

R epresentantes de 50 países, entre os quais portugal e Brasil, assinaram

ontem o acordo constitutivo do Banco asiático de Inves-timento em Infra-estruturas (BaII), a primeira instituição financeira internacional pro-posta pela China.

a assinatura, que demo-rou cerca de 40 minutos, decorreu num dos salões do Grande palácio do povo, no centro de pequim.

Um a um, por ordem alfa-bética dos respectivos nomes em inglês, os representantes de

a polícia deteve cinco pessoas e usou gás

pimenta para dispersar confrontos violentos em Hong Kong, na noite de domingo, quando um grupo de locais protestou contra outro que cantava em mandarim.

Quatro homens e uma mulher, com idades entre os 23 e os 55, foram deti-dos e um agente policial ficou ferido, de acordo com o jornal south China Morning post.

Dezenas de manifestan-tes anti-China protestaram contra os músicos, que

habitualmente se reúnem na zona de sai Yeung Choi street south e acusaram--nos de causar incómodo na zona.

À medida que a notícia do protesto se espalhou, grupos rivais patrióticos chegaram ao local, ge-rando rapidamente um confronto aceso, primeiro com troca de palavras e depois escalando para agressões.

a polícia recorreu a barricadas metálicas para tentar separar os dois gru-pos. a situação tornou-se particularmente violenta

quando as autoridades tira-ram um homem do local e o levaram para um veículo policial.

Os chamados ‘localists’ – que o jornal descreve como um grupo radical marcado pelo sentimento anti-China e pelo desejo de resistir a qualquer influên-cia de pequim – rodearam o carro e a polícia lançou, em resposta, gás pimenta, atingindo várias pessoas.

Os confrontos estende-ram-se, mais tarde, para a Mong Kok road, onde a polícia voltou a usar gás pimenta.

Pequim BANCO AsiátiCO DE iNvEstiMENtO CONstitUíDO

Grandes aplicações

cada país assinaram o acordo constitutivo (“articles of agreement”) do novo banco: a austrália foi o primeiro e o Vietname o último.

Cinquenta países de cinco continentes estão aprovados como membros fundadores do BaII, mas sete aguardam ainda a respectiva “autoriza-

ção interna”, disse a imprensa oficial chinesa.

portugal estava repre-sentado pelo secretário de estado das Finanças, Ma-nuel rodrigues. O Brasil fez-se representar pelo seu embaixador na China, Val-demar Carneiro Leão.

O acordo terá ainda de ser ratificado pelos parlamentos dos países fundadores, mas até ao final do ano, o banco deverá estar formalmente instituído, anunciou o ministro chinês das Finanças, Lou Jiwei.

Depois da cerimónia, os chefes das delegações encontraram-se com o pre-sidente chinês, Xi Jinping,

Prezados Amigos e Clientes,Informa-se que, em 1 de Julho de 2015, entrará em funcionamento o escritório de advocacia “VONG HIN FAI ADVOGADOS & NOTÁRIO PRIVADO” (em chinês, “黃顯輝律師事務所暨私人公證員”) com o seguinte logotipo e domicílio profissional, data que coincide com a minha desligação da sociedade de advogados “Rato, Ling, Vong, Lei & Cortés- Advogados” ou “Lektou Law firm”, de qual participei por mais de 18 anos.

Endereço: Alameda Dr. Carlos D’Assumpção N° 258, Praça Kin Heng Long 8° A, R , S, T, Macau (澳門宋玉生廣場258號建興龍廣場8樓A、R、S、T座)

Tel: (853) 28508068Fax: (853) 28508033Site: http://www.vonghf.comEmail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Cordialmente,Vong Hin Fai

Macau, aos 30 de Junho de 2015

Li Keqiang já está em Bruxelas

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang,

chegou ontem a Bruxelas para o primeiro encontro com os novos líderes europeus, numa reunião vista em pequim como uma oportunidade para “injectar novo dinamis-mo” nas relações políticas e económicas bilaterais.

É a primeira cimeira União europeia/China desde que Jean-Claude Juncker assumiu a pre-sidência da Comissão europeia, sucedendo ao português José Manuel Durão Barroso, e o ex--primeiro-ministro pola-co Donald tusk sucedeu a Herman van rompuy no cargo de presidente do Conselho europeu, no final do ano passado.

“O objectivo é am-pliar a confiança política mútua e elevar a coope-ração pratica”, disse o vice-ministro chinês dos negócios estrangeiros com o pelouro das re-lações com a europa, Wang Chao, a propósito da 17.ª cimeira anual Ue/China, que decorre hoje, em Bruxelas.

em 2014, pelo 11.º ano consecutivo, a União europeia foi o maior parceiro comercial da China, com um volume médio de transacções superior a mais de 1.000 milhões de euros por dia.

pelas contas da União europeia, as exportações de mercadorias dos 28 para a China somaram 164.700 milhões de euros, menos 137.800 milhões de euros do que a China exportou para os países da União europeia.

além de participar na cimeira, o primeiro--ministro chinês visitará oficialmente a Bélgica e a França, e a sede da Orga-nização para a Cooperação económica e Desenvolvi-mento (OCDe) em paris, regressando a pequim no dia 3 de Julho.

num outro salão do Grande palácio do povo.

Da concorrênciaVisto inicialmente em Wa-shington como um concor-rente ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Interna-cional, duas instituições se-deadas nos estados Unidos e habitualmente lideradas por norte-americanos e eu-ropeus, o BaaI acabou por suscitar a adesão de mais de vinte países fora da Ásia, da austrália à alemanha.

Das grandes economias mundiais, apenas os estados Unidos e o Japão ficaram de fora.

O BaII terá a sede em pequim e deverá começar a funcionar ainda este ano com um capital de 100.000 milhões de dólares, cerca de 30% dos quais assegurados pela China.

proposto em Outubro de 2013 pela China, o projecto de criação do BaII foi formal-mente apresentado há nove meses em pequim com o apoio de 22 países asiáticos, entre os quais a Índia, que é o segundo maior investidor.

num artigo publicado a se-mana passada no China Daily, o ministro chinês das Finanças garantiu que o novo banco “adoptará as boas práticas in-ternacionais” e irá “operar de forma profissional, eficiente, transparente e limpa”.

segundo estimativas citadas na imprensa chine-sa, as necessidades da Ásia pacífico no domínio das infra-estruturas ao longo da próxima década rondarão os 8 biliões de dólares.

apesar da não inclusão dos eUa e do Japão, o novo banco conta com a grande maioria das economias mundiais

tempo pouco nublado min 28 max 33 hum 60-90% • euro 8.91 baht 0.23 yuan 1.28

João Corvofonte da inveja

Aconteceu Hoje 30 de JUNHO

Independência do congo• O país africano Congo Belga declara a sua indepen-dência no dia 30 de Junho de 1960. Depois de centenas de anos sob o domínio da Bélgica, o nome da nação é modificado em 1971 para Zaire e em 1997 para República Democrática do Congo. Estávamos em 1885 quando, na Conferência de Berlim, se decide que o Congo, na altura Estado Livre do Congo, passa a ser um território sob possessão pessoal de Leo-poldo II da Bélgica. Depois, em 1908, o local é anexado como colónia da Bélgica, passando a ser conhecido como Congo Belga. Durante o período em que foi administrado por Leopoldo II, o território foi sujeito à exploração sistemática e indiscriminada dos recursos naturais (especialmente de marfim e borracha), no qual os naturais eram ex-clusivamente utilizados como escravos. Para manter o controlo sobre a população nativa, a administração colonial instituiu um reinado de terror, em que as pessoas foram assassinadas em massa e alvo de mutilações frequentes. Os abusos mais comuns eram os de cortes das mãos até aos pulsos. A partir de 1900, os meios de comunicação europeus e norte-americanos começaram a relatar as condições dramáticas em que a população nativa do país viveu. A pressão da opinião pública obriga o rei belga a renunciar ao seu domínio pessoal no Congo, que passou a ser uma colónia da Bélgica, sob o nome de Congo Belga. A independência do Congo foi seguida de violência e banhos de sangue na fronteira com a Angola, tendo sido denominada a Crise do Congo.Neste dia, mas em 1860, ocorre o mais famoso debate sobre a Teoria da Evolução na Universidade de Oxford, entre Thomas Henry Huxley, o “buldogue de Darwin”, e o bispo Samuel Wilberforce.

Um filme onde Benedict Cumberbatch desempenha o papel de Alan Tu-ring, pioneiro na computação, de forma soberba. Um suspense histórico que até podia ser aborrecido, mas não é, tal a maneira como está feito. Um grupo de matemáticos é escolhido por Turing para integrar o projecto Ultra, cujo objectivo é descodificar os códigos de guerra da Alemanha Nazi, para ajudar a vencer a guerra e salvar milhões de vidas. O sucesso pode ou não estar iminente, mas uma as escolhas pessoais de Turing levam o filme a uma reviravolta... joana Freitas

“tHe ImItAtIon GAme”(morten tyldum, 2014)

O que fazer esta semana?HojeAPRESENTAçãO DO LIvRO“MOvE__________” DE KATE AO NgAN WAFundação Rui Cunha, 18h30entrada livre

INAUgURAçãO DA ExPOSIçãO “ALMAS vIvAS”DE KATE AO NgAN WAFundação Rui Cunha, 18h30 (até dia 4/07)entrada livre

AmanhãCICLO DE CINEMA COM “TOUCH OF SIN”DE JIA ZHANgCasa garden, 19h00entrada livre

Diariamente ExPOSIçãO “UM NOvO SéCULO JUNTOS CONSIgO” (BNU) Consulado de Portugal em Macau entrada livre

ExPOSIçãO “SAUDADE” (ATé 30/9)MgM Macau entrada livre

“A ARTE DE IMPRIMIR” (ATé DEZEMBRO)Centro de Ciência de Macauentrada livre

ExPOSIçãO “AO RISCO DA COR - CLAUDE vIALLATE FRANCK CHALENDARD”galeria do Tap Seac (até 9/08)entrada livre

ExPOSIçãO “WHO CARES” (ATé 28/07)Armazém do Boi, 16h00entrada livre

ExPOSIçãO “DE LORIENT AO ORIENTE - CIDADES PORTUáRIAS DA CHINA E FRANçA NA ROTAMARíTIMA DA SEDA” Museu de Macau (até 30/08) entrada livre

ExPOSIçãO DE ARTES vISUAIS DE MACAU (ATé 2/8)Pintura e Caligrafia ChinesasEdifício do antigo tribunal, 10h00 às 20h00entrada livre

MUSICAL “A BELA E O MONSTRO”(ATé 26/6, DE qUINTA A DOMINgO)venetian Macau Bilhetes entre as 280 a 680 patacas

ExPOSIçãO “MURMúRIO DA IMPERMANêNCIA”,PINTURAS A óLEO DE ANDRé LUI CHAK KEONg (ATé 27/06)Fundação Rui Cunhaentrada livre

ExPOSIçãO “vALqUíRIA”, DE JOANA vASCONCELOS(ATé 31 DE OUTUBRO)MgM Macau, grande Praça entrada livre

C i N e m ACineteatro

Sala 1ted 2 [c]Filme de: Seth MacFarlaneCom: Mark Wahlberg, Amanda Seyfried, Morgan Freeman14.30, 16.30, 19.30 21.30

Sala 2Spl 2: a timeS for conSequenceS [c]FALADO EM CANTONêS/MANDARIM LEgENDADO EM CHINêS E INgLêSFilme de: Cheang Pou-soiCom: Tony Jaa, Louis Koo, Simon Yam Wu Jing, Zhang Jin14.30, 16.45, 19.15

juraSSic world [b]Filme de: Colin TrevorrowCom: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Irrfan Khan21.30

Sala 3

far from the madding crowd [b]Filme de: Thomas vinterbergCom: Carey Mulligan, Matthias Schoenaerts, Tom Sturridge14.30, 16.45, 19.15, 21.30

TED 2

h O j e h á f i l m e

As questões gregas dividem as águas há 2500 anos.

17hoje macau terça-feira 30.6.2015 (F)utilidades

18 opinião hoje macau terça-feira 30.6.2015

chá (muito) verdeFernando eloy | 义來

Q uando deng Xiao Ping elaborou o princípio de “um país, dois sistemas,” prova-velmente uma das criações políticas mais brilhantes do séc. XX, estaria, com certeza, longe de imaginar que Macau conseguiria ir mais à frente e inventar um terceiro sistema: um sistema caracterizado

pela ignorância, pela falta de visão e pela cupidez. um sistema cujo único objectivo, contrariamente ao de progresso preconizado pelo velho estadista, tem sido o da destruição sistemática de uma cidade, de uma forma de vida ou, como Esopo escrevia, desenhado para matar a galinha dos ovos de ouro. um sistema responsável pela dissolução de uma cidade histórica num pastiche cada vez mais incaracterístico e, de arrasto, por compro-meter seriamente o seu próprio futuro como entidade cultural e pela ruína da qualidade de vida dos seus cidadãos, porque o dinheiro, como é de ver, não é sinonimo de qualidade.

antes Macau queixava-se que ninguém queria saber da terra e que a imprensa inter-nacional não se interessava por nada que aqui se passasse. Mas o terceiro sistema conseguiu resolver o problema. a questão agora é que quando Macau é referenciado na imprensa internacional muitas das vezes não é pelas melhores razões: ou é pela falha no sistema de protecção às crianças, pela incrível incapa-cidade de regular a violência doméstica, pela incapacidade de gerir e conservar património cultural ou mesmo para ser ridicularizado pelas suas opções estratégicas de turismo como acontece neste artigo da Cnn sob o título “Macau 2.0: Gambling mecca’s shiny, crazy, new attractions”e do qual extraí o texto de abertura. um artigo que termina de forma algo irónica com uma citação do Secretário alexis Tam que terá dito: “Vamos transformar Macau numa cidade feliz.” Caro secretário, custa-me dizer isto porque estava quase convencido que finalmente tínhamos um governante capaz de arrumar a casa, mas a única felicidade que essa declaração me provoca é uma vontade enorme de rir. Mas um rir triste, um rir de quem não quer chorar pois Macau era uma cidade feliz antes do terceiro sistema ter sido implementado. Macau tinha espírito, as pessoas gostavam de cá viver, de cá voltar e existia sempre na ideia do mundo a imagem de uma cidade sem igual, meio mediterrânica, meio chinesa. agora é um estaleiro permanente sem um qualquer sentido que se vislumbre. a cidade feliz que agora se anuncia não é uma cidade, é um parque de diversões, caro secretário.

Conforme é enunciado no artigo da CNN não há qualquer interesse específico em visitar Macau nos dias que corre. Hotéis faiscantes, Torres Eiffeis de pacotilha e quejandos há (ou pode haver) em qualquer lado. o que não há é uma terra como Macau

A cidade feliz“É conhecida como a Las Vegas da Ásia mas, para os visitantes não-jogadores, Macau é tudo menos isso. Apesar de fazer mais dinheiro do que a cidade-pecado do Nevada, Macau não tem nem a vibração electrizante das festas da Meca do jogo do deserto nem o glamour dos tempos passados que os Casinos à beira mar, estilo Mónaco, exibiam.”

Tiffany Ap CNN. 26 Jun 2015 já foi. Macau vai perdendo a sua autentici-dade a um ritmo diário. ao ritmo de mais uma construção sem sentido, ao ritmo do abandono da cidade pelos próprios locais pois é cada vez mais frequente ouvir os naturais da terra, chineses ou macaenses, ou outros, dizerem que já não aguentam mais, que mais vale irem passar o resto dos seus dias para Phuket, regressarem a Portugal ou irem para qualquer outro lado. E isso não faz uma cidade feliz. Isso não faz sequer uma cidade. E se não se pretender debandar para muito longe, Zhuhai é cada vez mais uma opção. uma cidade bem planeada, com obras de vulto assinadas por arquitectos de renome internacional e que aos poucos vai envergonhando a outrora orgulhosa cidade de Macau.

Senão analisemos sucintamente a “ci-dade feliz” em meia dúzia de áreas vitais:

PATrimóNio CulTurAl e AfiNsComo dizia o arquitecto Vizeu Pinheiro há dias, “qualquer dia só restam as igrejas” ou parafraseando o também arquitecto andré Ritchie vivemos de fachada. o largo do Leal Senado parece uma feira cheia de reclamos, em qualquer lugar do mundo (até na China) um lugar classificado não se compadece com isso. Que faz Macau? Empurra com a barriga. depois entramos no património. Que há lá dentro? nada. a Casa do Mandarim ou a mansão Lou Lim Ioc, por exemplo, são apenas conchas vazias. Todavia, se tivermos a ousadia de propor filmar lá dentro ou orga-nizar um evento não nos autorizam a tocar em nenhuma das relíquias (leia-se flores de plástico e prateleiras de alumínio). Em Portugal, que neste caso podia muito bem servir de exemplo, no auge do movimento rave, as maiores, com milhares de pessoas a dançarem, foram organizadas dentro de castelos (património mundial) como o Castelo de Santa Maria da Feira ou o de Montemor-o-Velho por entidades privadas. Em Macau, perdoem-me a expressão, nem um peido se pode dar junto do património. as Casas do Lilau são outro exemplo de inépcia. É só fachada. Mesmo.

sAúde É preciso dizer alguma coisa sobre isto?

TrâNsiToQuando é que há tomates, repito, tomates para se fechar a almeida Ribeiro ao trânsito, a Rua da Felicidade ou a rua do Campo? Macau é assim tão grande que não se possa andar a pé? alguém já reparou como a presença massiva dos carros e seus ares condiciona-dos contribuem, em muito, para o aumento de temperatura da cidade, já para não falar da poluição? Porque não se criam circuitos pedonais? E se a preocupação é mesmo a saúde a julgar pela draconiana lei do fumo, porque ninguém se preocupa em tirar car-ros da rua?! Porque é que os ciclomotores de 50cc (altamente poluentes) ainda são permitidos?! Porque não se abrem as ruas

à bicicletas? Porque não existem autocarros amigos do ambiente? Porquê, porquê?...

diversifiCAção eCoNómiCAdesenhada para os mesmos fazerem mais do mesmo.

iNdúsTriAs CulTurAisGadgets, lembranças e sucedâneos e nenhu-ma visão politica sobre o assunto. Concursos de filmes disparatados lançados pelo IC e pouco mais.

ArquiTeCTurAPara além das obras públicas, Macau podia preocupar-se com a arquitectura dos prédios de habitação que vão surgindo. Mas não, apenas saem caixotes atrás de caixotes ao nível do pior que se faz na China. Já alguém se deu ao trabalho de olhar para as novas urbanizações em Zhuhai? não deixam de ser prédios com muitos andares mas nas zonas nobres, como Gongbei não são propriamente caixotes...

ordeNAmeNTo urbANoTapumes de zinco ferrugentos e mal ama-nhados, autocarros amontoados em zonas nobres (quando podia, por exemplo ter sido planeado um espaço na Ilha da Montanha). obras por todo o lado... Já alguém reparou como se delimitam as zonas de obras em HK? Porque é que Macau continua a ser terceiro mundista até nisto? Porque não se aproveitam os painéis para propor aos artistas da cidade que os decorem? Porque não se arranja uma solução para os pinos de trânsito na av. da amizade? Porque é que é tudo sempre uma grande salganhada? dá algum prazer andar pela cidade?...

fumo e drogAs levesFaz algum sentido o finca-pé do governo? Faz algum sentido chamar a Macau a cidade do lazer e uma pessoa ser multada à chegada ao aeroporto (por causa da pala)? Faz algum sentido vir a uma terra para descontrair e não poder fumar numa discoteca ou num bar? Fa-lam do Japão?... alguém tem a lata de falar no Japão quando por lá quase todos os restaurantes têm zonas de fumo, quando se pode fumar nos bares e discotecas, quando todas as estações de comboios e outros locais públicos têm salas de fumo? Casinos onde se joga e não se pode fumar sem ter de se parar de jogar? Mas isto cabe na cabeça de alguém? não cabe porque não pode caber. É mais um tiro no pé a grande especialidade do governo de Macau. Fala-se até que vão aumentar os impostos (outra vez) sobre o tabaco. Para quê?! acham mesmo que as pessoas vão deixar de fumar? ou vão começar a contrabandear tabaco e a comprá--lo em Zhuhai? Se se preocupam tanto com a saúde, sabendo como o tabaco é feito na China, isso não preocupa? aumentar taxas é sempre a solução mais fácil, é sempre a solução utilizada quando não se sabe o que fazer.

Em relação às drogas leves, quando o mundo inteiro despenaliza Macau agrava as

sentenças? nem no mundo das leis segue o seu legado? Que diabo...

esPAço PúbliCoa vaca sagrada. ou o governo faz ou ninguém faz. Em qualquer outro país, especialmente naqueles mais virados para o turismo, orga-nizações privadas podem utilizar o espaço público (mediante regras, naturalmente) para organizar eventos e intervenções como, por exemplo ainda agora o escorrega de água em Vila nova de Gaia, concertos.. o que for. Em Macau não. Em Macau não vale a pena ter ideias. Em Macau não vale a pena propor. Em Macau é governo, governo, governo e nada mais do que governo. Cansa.

orgANizAção AdmiNisTrATivAToda a gente sabe que um dos problemas graves de funcionamento do governo é a rivalidade entre departamentos. Falta de co-municação, bloqueios, “o meu departamento é melhor que o teu” o que piora quando se tratam de departamentos de secretários deferentes. Pergunta: de que está o governo às espera para construir um espaço onde consiga albergar o governo todo? Porque diabo ainda temos serviços aqui e servici-nhos ali? não seria melhor? não facilitaria a comunicação? não aproximaria os sectores? não libertaria imóveis, que poderiam ser úteis para outras coisas? não contribuiria para aliviar a pressão no imobiliário?

Com todas estas tromboses, como é possível Macau imaginar sequer poder atrair

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19 opiniãohoje macau terça-feira 30.6.2015

crepúsculo dos ídolosArnAldo GonçAlves

D epois de semanas de intensas negociações o diálogo Grécia-eurogru-po à volta da dívida gre-ga fracassou. De várias proveniências choveram acusações de responsa-bilidade pelo insucesso. Formaram-se, entretanto, dois blocos distintos que

cavaram trincheiras e preparam-se paras novas ondas de assalto como se a discussão à volta do incumprimento de uma dívida de um estado soberano fosse uma guerra, com munições, salvas de artilharia, ataques aéreos e congeminações com aliados de ocasião. Quer uns quer outros estão errados pois a crise grega não está delimitada. sobre ela assenta a saúde do sistema financeiro europeu, a credibilidade da europa como identidade, a sorte do eurogrupo e a possibilidade, nas pró-ximas décadas, de um alargamento a sudeste ao espaço da antiga Jugoslávia e à Turquia. É isto que os governos do centro-direita e os seus aliados socialistas não compreenderam.

Vamos por partes. Comecemos pelo blo-co anti-syrisa que condena, em uníssono, a posição da Grécia e a decisão aprovada pelo parlamento de convocação do referendo para dia 5 de Julho. Cruzam-se no arsenal de críticas a Atenas argumentos económicos, políticos e tiros no escuro. Comecemos pelos primeiros. A dívida foi contraída por vários governos gregos e tem de ser liquidada, pois a Grécia assumiu por escrito a responsabilidade de a liquidar, em determinadas tranches e datas. O país depende do financiamento do sistema bancário e este alimenta-se do refinanciamento da banca internacional e em certas condições do Banco Central europeu. A Grécia - se quiser sobreviver - tem de aceitar a oferta dos credo-res: o problema grego é económico e nada tem de político. Depois os argumentos políticos. A negociação do syrisa foi irresponsável, Tsipras é um socialista radical que quer o fim do eurogrupo e, a prazo, da União europeia. o referendo grego é inútil. Finalmente, os argumentos de ‘wishful thinking’: a Grécia vai ser forçada a sair do eurogrupo. A Grécia não tem mais trunfos, vai ajoelhar.

passemos ao bloco pró-syrisa que apoia, com algumas nuances, a posição e estratégia de Tsipras. os argumentos económicos, a começar: a proposta grega foi legítima e razoável; representa uma evolução séria desde o começo das negociações. Não é sustentável uma política de austeridade que penalize os estratos mais débeis da população como a evolução do caso grego demonstra. Depois os políticos: um país não pode ser obrigado a pagar uma dívida em condições que não pode suportar. A negociação foi conduzida de forma construtiva e Tsipras negociou com pragmatismo. A europa é que perde com a saída da Grécia do eurogrupo. Finalmente os argumentos de ‘wishful thinking’: a Grécia não está nas mãos dos credores e há fontes de financiamento alternativas (China, Rússia, no limite os estados Unidos, parceiro na NATo).

Grécia: o fracasso europeuA Grécia pode encarar a saída do eurogrupo sem problemas de maior desde que tenha a confiança do povo grego. O referendo de domingo irá reforçar a legitimidade do syrisa.

A política europeia, como a politica internacional, não é um jogo de soma nula, em que uns ganham e outros perdem. É nor-malmente um jogo em que alguns perdem alguma coisa e outros ganham alguma coisa. Tem sido, assim, desde a criação das Comu-nidades europeias, passando pela fundação da União, os sucessivos alargamentos e a Convenção sobre o Futuro da europa. por uma razão intuitiva, embora esquecida muitas vezes: a União europeia é uma construção de interesses contraditórios mas não é uma inevitabilidade, uma realidade sine qua non. Quer dizer, no momento em que os países que formaram a União não a quiserem, os estados-membros regressam ao estado ante-rior à confederação. Com custos significativos mas não constituindo uma impossibilidade. Apenas não aconteceu até agora.

A dívida grega é de 315 mil milhões de euros, o que corresponde a 176% do piB, o que quer dizer que a dívida é uma vez e meia o que o país produz num ano e esse valor tende a agravar-se com os encargos da dívida (4.3% do PIB). A situação é insustentável no médio prazo – nenhum país conseguiu estar muito tempo numa situação de endividamento crónico, porque o funcionamento da econo-mia exige financiamento e este advém dos bancos, refinanciados pelo sistema bancário internacional. Ninguém empresta dinheiro se não tiver uma probabilidade razoável de o reaver, num curto espaço de tempo. A Grécia não é contudo o único país devedor da coali-zão Comissão europeia-FMi- Banco Central europeu. portugal tem uma dívida de 215 mil milhões de euros, o que equivale a 131.4% do piB. A itália tem uma dívida correspondente a 132%. Também a França com 93.6% e a Alemanha com 74% dos respectivos PIB têm dívidas nacionais significativas.

Dia 30 de Junho venceu-se o programa de assistência de emergência já que a Grécia deveria ter entregue 1600 milhões de euros ao FMi, entrando, assim, em ‘default’, isto é, em mora de cumprimento. Nessa data venceu-se,

também, o resgate da União europeia quanto ao empréstimo concedido. A única possibili-dade de ser desbloqueada uma nova injecção de 7200 milhões de euros, indispensável à economia grega, era ter sido aceite a proposta final do Eurogrupo que exige compromissos no corte das pensões, o congelamento do sa-lário mínimo, a subida do iVA, a eliminação da sobretaxa sobre as empresas (e grandes fortunas) proposta pelo governo grego, o corte das despesas militares. Com a suspen-são das negociações com o eurogrupo e os países (credores individuais) a situação ficou num ‘stand still’, num impasse. Na verdade, o sistema financeiro não tem mecanismo para executar um país por dívidas acumu-ladas – não existe a hipoteca de países. Mas tem uma arma letal importante: o torniquete do financiamento. Naturalmente, num dado tempo os países nessa situação podem emitir moeda para financiar a sua economia. Mas no sistema monetário europeu esse poder está atribuído, em exclusividade ao Banco Central europeu, que já disse que não coopera.

o que coloca a Grécia numa encruzilha de três caminhos. primeiro caminho: regressar à mesa de negociações se o povo grego por exemplo disser ‘não’ à posição do governo do syrisa de recusar o acordo proposto pelo Eurogrupo. Segundo caminho: obter financia-mento de urgência por parte de terceiros, se o referendo lhe for favorável. É o caso da China que já se ofereceu para ajudar o país mas não disse ‘quanto’ e em que condições. ocupan-do já uma posição proeminente no porto do pireu por via da CosCo, a empresa estatal, a China pode subir a parada, disponibilizando o referido valor de 7200 milhões de euros em troca do reforço da posição accionista no porto. o porto dar-lhe-ia o acesso ao norte do Mediterrâneo e ao estratégico canal do suez; a partir daí ‘atacaria’ o mercado europeu. Terceiro caminho: sair do eurogrupo, voltar a cunhar dracmas e condicionar todas as decisões europeias que a nível do Conselho europeu exijam a unanimidade dos 28 estados--membros (e que são o essencial de política externa e da governabilidade económica da União). esta é uma verdadeira bomba atómica, pois paralisaria o funcionamento da União europeia e empurraria a Grécia para fora da NATo. Mas essa saída nunca será permitida pelos estados Unidos para quem a Grécia é indispensável na insegura fronteira do sudeste da Aliança Atlântica perante a ameaça da Rússia e a irresolução estratégica da Turquia. Ficam assim as duas primeiras opções.

Quer dizer de repente uma questão econó-mica transformou-se num resfriado estratégico para o ocidente e a aliança estados Unidos--europa. As próximas semanas serão decisivas para a Grécia mas também para a União eco-nómica e Monetária. A europa não precisa de arautos da desgraça. precisa de líderes realistas que ajudem a construir uma solução plausível que compatibilize as obrigações financeiras tomadas pelos estados e a salvaguarda da sua dignidade e condições de sobrevivência. Talvez seja esse o papel reservado à Alemanha.

turistas que não os campónios da China? Porque os turistas de elite (o jargão do mo-mento) nem da China nem de lado nenhuma para aqui vêm. Alguém com o mínimo de gosto quererá vir passar o seu precioso tempo de férias a um lugar que não é nem carne nem peixe e em permanente estado de sítio? Não será melhor ir para singapu-ra, por exemplo? o terceiro sistema, este sistema macaíno da imbecilidade por mais que batam no peito e façam, juras de amor à pátria, em tudo contraria o velho Deng ao mandar para fora da China os visitantes que aqui poderiam deixar as suas divisas e mesmo ao dinamitar a política de hoje do governo Chinês que pretende Macau como a plataforma de contacto para os países de língua portuguesa. Ao matarem o espírito da cidade também isso matam. Com todo o dinheiro que Macau fez nestes últimos anos tinha a obrigação de ter sido capaz de criar uma cidade sem paralelo, uma verdadeira cidade feliz. Mas não. Agora os poderes entreolham-se e pensam como sair do buraco que cavaram. Não ajudam nem a pátria nem os que cá estão.

Fiquei cansado. Não me apetece dizer mais nada. são muitas as perguntas sem resposta. A estupidez cansa.

MÚSICA DA SEMANA“Requiem for a Dream” de Clint Mansell interpretado pelo Kronos Quartet.Tenha uma boa semana caro leitor. Se for possível.

A Europa não precisa de arautos da desgraça. Precisa de líderes realistas que ajudem a construir uma solução plausível que compatibilize as obrigações financeiras tomadas pelos Estados e a salvaguarda da sua dignidade e condições de sobrevivência

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hoje macau terça-feira 30.6.2015

pub

O líder estudantil de Hong Kong Joshua Wong foi agredido esta madru-

gada, agarrado pelo pescoço e esmurrado no rosto, enquanto a sua namorada sofreu ferimentos leves ao tentar ajudá-lo, noticia o jornal South China Morning Post.

O rosto de movimento Scho-larism contou que foi atacado, quando estava com a sua namo-rada, numa passagem aérea em Tai Kok Tsui, pouco depois da meia-noite, quando se deslocava até à estação de metro, após o casal ter ido ao cinema.

“Um homem aproximou-se subitamente de mim. Agarrou o meu pescoço e deu um mur-ro no meu olho esquerdo. Os meus óculos voaram”, escre-veu Wong no Facebook, onde publicou também uma foto que permite ver ferimentos na face, incluindo no nariz e na zona da sobrancelha.

Após o homem, que estava acompanhado por uma mulher, ter fugido, Wong e a namorada receberam assistência médica no Hospital Kwong Wah.

Taiwan Faleceu ferido do incêndio de sábado Uma das cerca de 500 pessoas que ficaram feridas num incêndio num parque aquático de Taiwan, na noite de sábado, morreu ontem no hospital, informaram as autoridades. A vítima mortal, uma mulher de 20 anos, de apelido Lee, morreu no Hospital Universitário Chung Shan de Taipé, devido a queimaduras de segundo grau em 90% do corpo. No total, 498 pessoas sofreram queimaduras de diferentes graus, das quais 201 permanecem internadas em situação crítica. Uma explosão num parque aquático foi registada depois de pó colorido lançado sobre a multidão se ter incendiado. Mil pessoas participariam no festival “Color Play Asia” que tinha lugar no parque aquático Formosa Fun Coast, localizado nos arredores de Taipé.

Hong Kong JosHua Wong agredido na rua

Ataque ao líderO activista descreveu o

ataque como “vergonhoso”, enquanto o movimento Schola-rism condenou o acto e afirmou ter ficado a dever-se às posições políticas de Wong.

“O motivo do incidente pode ser por o atacante ter ideias políticas diferentes, recorrendo a meios violentos para intimidar membros do Scholarism”, afirmou o grupo estudantil.

“O grupo insta o público a mostrar preocupação com este ataque e a pedir à polícia que o investigue. Não podemos pre-ver se outros ataques semelhan-tes vão acontecer, esperamos que não”, acrescentou.

Até agora as autoridades ainda não efectuaram qualquer detenção.

Joshua Wong é um estudante activista que ficou conhecido pelo seu papel nos protestos pró-democracia que ocuparam a cidade por 79 dias no ano passa-do, e também nas manifestações contra o programa de educação patriótica.