gestao da qualidade
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gestao da qualidadeTRANSCRIPT
Gestão da Qualidade
1º Semestre de 2008
GEPEQ-DEP/UFSCar 2
Sumário
1. Introdução
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
1.3 Estrutura do curso
2. O Conceito da Qualidade
2.1 História e evolução da gestão da qualidade
2.2 Gestão estratégica da qualidade
2.3 Qualidade em serviços
2.4 Sistemas de Gestão da Qualidade
2.5 Definições da qualidade
2.6 Dimensões da qualidade do produto
3. Principais autores da gestão da qualidade
3.1 Abordagem sistêmica de Feigenbaum
3.2 Deming e a qualidade dos processos
3.3 Trilogia da qualidade de Juran
3.4 Crosby: qualidade na administração
3.5 Ishikawa: sistema japonês da qualidade
3.6. Taguchi e função perda da qualidade
4. Qualidade, melhoria contínua e Inovação
4.1 O que é inovação
4.2 Tipos de inovação
4.3 Operacionalização da melhoria contínua
4.4 Motivação para a melhoria contínua
4.5 Gestão da melhoria contínua
4.6 Organização para a melhoria contínua
4.7 Motivação para a qualidade
5. Custo da qualidade
5.1 Custos de falhas internas
5.2 Custos de falhas externas
5.3 Custos de avaliação
5.4 Custos de prevenção
5.5 Apresentação dosa resultados
5.6 Modelo para o custo ótimo da qualidade
6. Planejamento e Organização para a Qualidade
6.1 Políticas e objetivos para a qualidade
6.2 Planejamento da qualidade
6.3 Organização para a qualidade
6.4 Tendências das atividades da qualidade
6.5 Sistema de controle de processo
6.6 Inspeção e teste
7. Sistemas de gestão da qualidade: ISO série 9000
7.1 As Normas ISO série 9000
7.2 Passos para a obtenção da norma ISO série 9000
7.3 Fundamentos da ISO 9000:2000
7.4 Responsabilidade da direção da empresa
7.5 Medição e melhoria
7.6 Hierarquia da documentação da qualidade
7.7 Elaboração de procedimentos internos
8. Prêmios Nacionais da Qualidade – PNQ
8.1 Modelo de Excelência
8.2 Critérios de Excelência
8.3 Prêmios Nacionais da Qualidade
Bibliografias
Anexos
GEPEQ-DEP/UFSCar 3
Planejamento das aulasTópico Assunto Duração
1 Introdução 1 hora
2 Conceitos da Qualidade 3 horas
3 Principais autores 1 horas
4 Qualidade, Melhoria Contínua e Inovação 2 horas
5 Custos da qualidade 2 horas
6 Planejamento e organização para a
qualidade
3 horas
7 Sistemas de gestão da qualidade 3 horas
GEPEQ-DEP/UFSCar 4
Estratégia de Ensino e Método de
Avaliação
Estratégia de ensino:
• aula expositiva
• participação dos alunos nos casos e exemplos
• aplicação de testes e exercícios para a revisão do conhecimento
• e pesquisas realizadas pelos alunos
Sistemática de avaliação:
• resolução de dois exercícios da apostila no último dia de aula (40%)
• participação na aula (10%)
• prova dissertativa a ser entregue 15 dias após o término da aula (50%)
GEPEQ-DEP/UFSCar 5
1. Introdução1.1 Justificativas- Qualidade como estratégia de diferenciação de produtos e serviços
- Imagem da marca influencia a percepção de valor dos compradores Reconhecimento do produto ou serviço como melhor que dos concorrentes
- Projetos de produtos mais efetivos e com menos erros :- Melhor atendimento as necessidades dos clientes;
- Menor número de mudanças de projetos- Menor os custos operacionais
- Menor custos de assistência técnica
- Estoques menores
- Menos erros de engenharia- Menos reprogramação da produção e suprimentos
- Menos retrabalhos
- Estoques menores- Melhor fluxo de caixa e rentabilidade
- Melhoria da eficiência e eficácia organizacional: - Processos melhor controlados:
- Redução de falhas internas e externas- Produtividade maior e menor custos de operação
- Melhor fluxo de caixa e rentabilidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 6
1. Introdução (continuação...)
1.2 Objetivos
– Trabalhar com as várias definições da qualidade
– Descrever a origem e evolução da gestão da qualidade
– Delinear o papel estratégico da Qualidade
– Identificar os gurus da qualidade
– Determinar e apurar os custos da qualidade
– Planejar a qualidade na produção
– Identificar e descrever os sistemas de gestão da qualidade ISO - TS 16949 e o PNQ
1.3 Estrutura do material
– Conceitos e definições da qualidade
– Os principais autores da gestão da qualidade
– Custos da qualidade
– Planejamento da qualidade na produção
– Sistemas de gestão da qualidade
– Bibliografia
– Anexos:
• Textos
• Artigos
• Exemplos e casos
• Exercícios
GEPEQ-DEP/UFSCar 7
2. Conceitos da Qualidade
2.1 História e evolução da qualidade
– Visão americana da evolução da qualidade
(Garvin)
- Quatro eras da qualidade:
- Inspeção
- Controle estatístico da Qualidade
- Garantia da Qualidade/TQM
- Gestão Estratégica da Qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 8
2.1 História e evolução da qualidade
- Era da Inspeção:
- Início do século XIX com o advento da produção em
massa
- Necessidade de peças intercambiáveis
- Foco na detecção de problemas
- Não se utilizava nenhuma procedimento estatístico
- Surge o sistema métrico
- Padronização de peças
GEPEQ-DEP/UFSCar 9
2.1 História e evolução da qualidade
- Era do controle estatístico da Qualidade:
- Surge o conceitos e a técnica do Controle Estatístico de Processo (CEP), desenvolvido por Shewhart, na Bell Telephone, em 1920
- Posteriormente, o CEP foi difundido por Deming
- Foco na prevenção de problemas
- Surge os planos de amostragem desenvolvidos por Dodge e Romi, durante a segunda guerra mundial
- MIL STD 105D, MIL STD 414, os planos CSP-1, 2 e 3, inspeção retificadora (Qualidade Média Resultante - QMR)
- Criação de sociedades americanas para o controle da qualidade (ASQC)
GEPEQ-DEP/UFSCar 10
2.1 História e evolução da qualidade
- Era da Qualidade Total (TQM):
- Custo da qualidade (Juran – Quality Control Handbook)
- Controle Total da Qualidade (Feigenbaum, 1956)
- Engenharia da Confiabilidade
- Failure Mode Effects and Analysis – FMEA
- MTBF – Mean Time Beatwen Failure
- Programa Zero Defeito – Crosby
- Crosby
- Fazer certo na primeira vez
- Programa de mobilização para a qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 11
Qualidade Total - TQM
- TQM (Total Quality Management):
- Princípios do TQM:- Total Satisfação do Cliente
- Gerência Participativa
- Desenvolvimento dos recursos humanos
- Constância de propósito
- Melhoria Contínua
- Gestão e controle de processo
- Disseminação de informação
- Delegação de responsabilidade
- Assistência técnica
- Relacionamento com os agentes externos
- Garantia da qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 12
Eras da Qualidade
Era da Inspeção
• Produtos são
verificados um a um
• Inspeção do Produto
acabado
• Filosofia de
Detecção de defeitos
Era do Controle
Estatístico
• Produtos verificados
Por amostragem
• Departamento de
Inspeção
• Localização de
defeitos
Era da Qualidade
Total (TQM)
• Controle do processo
produtivo
• Toda empresa é
responsável
• Ênfase na prevenção
GEPEQ-DEP/UFSCar 13
Síntese do Movimento da QualidadeCaracterísticas Inspeção Controle Estatístico Qualidade Total
Preocupação Básica verificação controle coordenação
Visão da Qualidade Um problema a ser
resolvido
Um problema a ser
resolvido
Proatividade na
solução de problemas
Métodos Instrumentos de
medição
Instrumentos e
técnicas estatísticas
Programas e sistemas
Ênfase Uniformidade dos
produtos
Uniformidade dos
produtos com menos
inspeção
Toda a cadeia de
produção,
especialmente dos
projetistas
Orientação e
abordagem
Inspecionar Controlar Construir
Responsável pela
Qualidade
Dpto de Inspeção Departamentos de
fabricação e
engenharia
Todos os
departamentos
GEPEQ-DEP/UFSCar 14
2.2 Gestão estratégica da qualidade
• Foco no cliente– Relação de longo prazo com os clientes
• Cliente por toda a vida
• Atender as necessidades dos clientes
• Diferenciação pela:• marca
• qualidade dos produtos
• qualidade dos serviços
• Responsabilidade da alta administração:– Responsabilidade social
– Meio ambiente
– Terceira geração do TQM
– Ampliação dos Stakeholder
GEPEQ-DEP/UFSCar 15
Nova geração da TQM
Agências
Clientes
A organização
Acionistas
FuncionáriosAmbientalistas
Fornecedores
Direitos doconsumidor
Fronteiras da organização
O foco não está somente no cliente, mas também nos diferentes
grupos sociais.
Fonte: Foster & Jonker, 2007)
GEPEQ-DEP/UFSCar 16
Nova geração da TQMCaracterísticas 1º Geração 2º Geração 3º Geração
Perspectiva da
qualidade
Processo Holística Relacional
Foco Medida Avaliação Compreensão
Tipo de ação Reativa Proativa Compromisso
Critério para
sucesso
Confiabilidade Eficiência e
efetividade
Responsabilidade e
transparência
Orientação Produção Processo Relações
Pressuposto básico Controle Gerenciamento Inter-conectividade
Mudanças Melhoria Mudanças Transformação e
transação
Relações com os
stakeholders
Não existente Periférico Intrínseco
Características do
compromisso
Não existente e/ou
filantrópico
Fazendo negócios e
envolvimento com a
comunidade
Complementaridade
e construindo sensos
Conceitos Ferramentas e
técnicas
Técnicas, métodos
e princípios
Ajuste ao contexto
social
GEPEQ-DEP/UFSCar 17
Síntese das Características da
AbordagemCaracterísticas Abordagem Estratégica da Qualidade
Preocupação Básica Impacto Estratégico, ampliação dos stakeholders
Visão da Qualidade Oportunidade de concorrência. É preciso de um conjunto de atributos
para proporcionar o máximo de satisfação a quem o produto atende
Métodos Planejamento Estratégico, objetivos, mobilização da organização
Ênfase As necessidades do mercado e do consumidor. A qualidade é definida em
relação aos concorrentes e não aos padrões fixos e internos
Orientação e
abordagem
Gestão da qualidade
Responsável pela
Qualidade
Liderança da alta gerência
GEPEQ-DEP/UFSCar 18
Exemplos
Empresa
Elementos das eras da Qualidade
Inspeção Controle
Estatístico da
Qualidade
Garantia da
Qualidade
Abordagem
estratégica
Cerâmica de
revestimento
Inspeções de
matéria-prima, de
processo e de
produtos acabados
Controle estatístico
de defeitos/m2
Normas e
procedimentos para
inspeção, teste,
desenho de
produtos
Estratégia de
diferenciação:
design, novas
marcas
Bens de Capital Inspeção de
recebimento
Controle dos
sistemas de
medição
Política de
suprimentos, ficha e
desenhos de
produto, rotinas de
montagem
Diferenciação de
produto: maior
confiabilidade e
durabilidade
Fabricante de
aviões
Validação de
componentes e
sistemas
Aferição e
calibração dos
instrumentos,
equipamentos e
sistemas de
registros de
parâmetros
Testes funcionais e
de confiabilidade.
Normas e
procedimentos de
validação de
produtos acabados
Diferenciação de
produtos: menor
taxa de falhas,
menor custo
operacional para o
cliente
GEPEQ-DEP/UFSCar 19
2.3 Qualidade em Serviços
• Qualidade Total em serviços está relacionada ao oferecimento de um serviço com qualidade superior.
• Em geral, a qualidade em serviços é insatisfatória, pois:
– A mão de obra não é treinada e qualificada, geralmente temporária
– Foco excessivo na redução de custos das empresas de serviços
– Difícil padronizar os processos de geração de serviços, cada pessoa, cada cliente tem características específicas;
– O serviço é consumido e produzido simultaneamente, não é possível controlar o processo como na indústria manufatureira
GEPEQ-DEP/UFSCar 20
Características da Qualidade em
ServiçosO foco da qualidade ocorre na interação com o cliente, já na
manufatura a qualidade é focada no produto
Em geral, tem baixo suporte de áreas de apoio, ao contrário do ocorre
na manufatura, que tem muito suporte de áreas de apoio
Cliente presente ao longo do processo produtivo
Produção e consumo simultâneo
Expectativas dinâmicas
Depende muito do desempenho dos recursos humanos
Difícil padronizar
Difícil ter um procedimento uniforme de execução
GEPEQ-DEP/UFSCar 21
2.4 Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ)
• Um Sistema é definido como um conjunto de partes que
se interagem e se interdependem, formando um todo,
com objetivos comum, efetuando sinergicamente
determinada função.
• A falha de uma das partes afeta o desempenho do todo.
• Um sistema pode ser aberto ou fechado. Um sistema
aberto se interage com o ambiente externo, redefinindo
seus objetivos e função das partes que o compõe. Em
um sistema fechado isso não ocorre.
• Os sistemas da qualidade devem ser abertos,
interagindo com o ambiente externo: clientes,
fornecedores, sociedade, governos etc.
GEPEQ-DEP/UFSCar 22
2.4 Sistemas de Gestão da Qualidade
Mão de Obra
Material
Capital
Informação
PROCESSO
PRODUTOS
SERVIÇOS
RETROALIMENTAÇÃO
GEPEQ-DEP/UFSCar 23
2.4 Sistemas de Gestão da Qualidade
(SGQ)
• Elementos dos SGQ:
1. Política da qualidade
2. Documentação
3. Auditorias
4. Recursos humanos
5. Suprimentos
6. Sistema de Informação
7. Processo produtivo
GEPEQ-DEP/UFSCar 24
2.5 Definições da Qualidade
• Cinco definições para a qualidade
– Transcendente
– Baseada no produto
– Baseada no usuário
– Baseada na produção
– Baseada no valor
GEPEQ-DEP/UFSCar 25
2.5 Definições da Qualidade• Transcendente
– Valor perene do objeto
– Relacionada às artes, filosofia, música, etc
– É uma idealização
– Pouco prática
• Baseada no produto– Avaliada por alguns atributos do produto
– Algumas medidas de atributos do produto são objetivas, como:
• Confiabilidade
• Durabilidade
• Manutenabilidade
• Desempenho
– Algumas, como Estética/design, são mais qualitativas.
• Baseada no valor– Relação entre custo/benefício
• Por que se paga um milhão de Reais por um carro?
• Por que alguém pagaria dez milhões de Dólares por uma viagem à lua?
• Baseada na produção– Qualidade é definida como
conformidade as especificações de desenho/projeto
– Em serviços, geralmente o conceito de qualidade está também associado aos prazos de entrega
– A qualidade de conformação impacta a qualidade do produto:
• Confiabilidade e a durabilidade
• Baseada no usuário– Definição de qualidade: conjunto de
características do produto e do serviço que atenda as necessidades explicitas e implícitas dos clientes
– Cada pessoa tem necessidades específicas!!! Como atendê-las?
• Procurar satisfazer a maior quantidade de pessoas do mercado alvo
– Marketing industrial foca os prazos e a conformidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 26
Exemplos
ProdutosDefinições da qualidade
Produto -
Serviços
Produção -
Operações
Usuário Valor
BMW
Serviço de
transporte de
passageiros
aéreo(TAM)
Um caneta BIC
GEPEQ-DEP/UFSCar 27
2.6 Dimensões da Qualidade do Produto
• Oito dimensões
– Desempenho
– Características
– Confiabilidade
– Conformidade
– Durabilidade
– Atendimento
– Estética
– Qualidade Percebida
GEPEQ-DEP/UFSCar 28
2.6 Dimensões da Qualidade do Produto
• Desempenho
– Refere-se as
características funcionais
básicas de um produto
– Esta dimensão é
associada a definição
baseada no produto e no
usuário
– O desempenho desejado
depende da finalidade
• Características
– Atributos secundários do
produto que
complementam o seu
funcionamento básico
– É afetada por
preferências pessoais
GEPEQ-DEP/UFSCar 29
Exemplos
ProdutosDimensões da qualidade do produto
Desempenho Características adicionais
Fusca
Caneta Mont
Blanc
Um caneta BIC
GEPEQ-DEP/UFSCar 30
2.6 Dimensões da Qualidade do Produto
• Confiabilidade
– Produto desempenhar suas funções com baixa taxa de falhas
– Alguns produtos quando falham não é possível restaurar sua função básica (lâmpada)
– Quanto maior a confiabilidade maior é a disponibilidade do produto
• Conformidade
– Uniformidade dos produtos
• Fast food McDonnald`s
– A visão da qualidade Japonesa para a conformidade é representada pela função perda de Taguchi
– Na manufatura, usa-se o índice de capabilidade dos processos
GEPEQ-DEP/UFSCar 31
2.6 Dimensões da Qualidade do Produto
• Durabilidade
– Tempo de vida de um
produto
– O tempo de vida de um
produto está associado
aos custos de
manutenção e do
desempenho do mesmo
– Produtos mais confiáveis
podem ser mais duráveis
• Atendimento
– Rapidez, cortesia,
serviços de pós-vendas
– Dimensão associada ao
produto e produção
GEPEQ-DEP/UFSCar 32
2.6 Dimensões da Qualidade do Produto
• Estética
– Associado a aparência do
produto, ao design
– Depende muito da
percepção e julgamento
do usuário
• Qualidade Percebida
– Valor da marca ou país
ou região originária do
produto
– A reputação do
produto/marca, país ou
região afeta a decisão de
compra do consumidor
GEPEQ-DEP/UFSCar 33
3. Principais autores da gestão da
qualidade
Feigenbaum
Deming
Juran
Crosby
Ishikawa
Taguchi
GEPEQ-DEP/UFSCar 34
3.1 Abordagem Sistêmica de Feigenbaum
• Visão sistêmica da qualidade– Dá origem às normas da qualidade (ISO, QS/TS)
– Surge com isso o TQC (Total Quality Control), também conhecido como garantia da qualidade, isso por volta do inicio dos anos 60
– O TQC torna-se TQM; substitui-se o C, de Control, pelo M, de Management.
• A visão sistêmica envolve vários processos da organização– quatro atividades básicas da qualidade: controle de novos
projetos, controle do recebimento, controle do produto acabado, estudos dos processos de fabricação.
– Elaboração de manuais e procedimentos para garantir a qualidade dos produtos e serviços
GEPEQ-DEP/UFSCar 35
3.2 Deming e a qualidade dos processos
• Deming é considerado um dos principais gurus da qualidade– Teve grande importância no movimento pela qualidade
japonês, junto com Juran
• Grande defensor do uso Controle Estatístico de Processo - CEP
• Pontos relevantes apresentados por Deming: – O conceito do auto-controle
– Domínio dos processos
– Separação das responsabilidades pela qualidade entre gerência e a operação
– Incentivos ao trabalho de grupo/time
• Os 14 princípios de Deming
GEPEQ-DEP/UFSCar 36
3.3 Trilogia da Qualidade de Juran• Juran é um administrador
• Três grandes processos da qualidade:– Planejamento da Qualidade
– Controle da Qualidade
– Aprimoramento da Qualidade
• Planejamento da qualidade: – Determinar as necessidades dos clientes
– Desenvolver produtos e processos capazes para atender as necessidades dos clientes• Metas de projeto e capabilidade dos processos
– Planejamento do controle• Procedimentos, normas, planos de controle e relatórios
• Infra-estrutura para o controle
• Auditorias produtos, processos e sistemas
– Planejamento da melhoria• Objetivos e metas desdobrados para as áreas e funções
• Manuais com políticas de relacionamento com suprimentos e clientes, para equipamentos, testes, manufatura, melhorias etc..
– Transferir os resultados do planejamento para as áreas de operações/produção
GEPEQ-DEP/UFSCar 37
3.3 Trilogia da Qualidade de Juran
• Controle da Qualidade
– Inspecionar recebimento, processos e produtos
– Manter estado de controle
– Estabelecer planos de ações e responsabilidades
– Garantir a adequação e confiabilidade dos meios de controle
• Aprimoramento da Qualidade
– Identificar projetos para melhoria
– Estabelecer objetivos/metas do projeto
– Estruturar um método para a melhoria dos processos
– Avaliar os ganhos
– Estabelecer o controle dos ganhos
GEPEQ-DEP/UFSCar 38
Nova zona de
Controle
3.3 Trilogia da Qualidade de Juran
Planejamento Controle da Qualidade (durante a operação)
% d
e d
efei
tos
Pico Esporádico
Causas Crônicas
Zona Original de
Controle
Melhoria da
Qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 39
3.4 Crosby: qualidade na administração
• Focado mais em programas da qualidade
– Programa zero defeito
– Fazer certo da primeira vez
• Qualidade é definida como conformidade as
especificações
• A meta é o “Zero Defeito”
• Trabalhar com medidas de desempenho
• Orientação a prevenção de problemas
• Pouca ênfase em métodos
GEPEQ-DEP/UFSCar 40
3.5 Ishikawa: Sistema Japonês da Qualidade
• Foco nos clientes externos e internos– Incorporar o cliente dentro da empresa
• Relação cliente-fornecedor– O próximo processo é o cliente
• Atenção especial na integração entre os departamentos– Eliminar as barreiras entre os departamentos
– Gestão por funções e não por departamentos
• Visão de longo prazo– priorizar o lucro a curto compromete a competitividade no
longo prazo
• Representar os fatos com base em dados, utilizando ferramentas estatísticas
• Administração participativa
GEPEQ-DEP/UFSCar 41
3.6. Taguchi e função perda da qualidade
• Introduziu o conceito de projetos robusto
– Variáveis de controle
– Variáveis de ruído
– Qualidade fora da linha (off line), no projeto
– Qualidade on line, no processo
– Objetivo é maximizar a relação sinal/ruído
Variáveis de
Controle (tipo de
Freio)
Variáveis de Ruído
σ µRelação
S/RPiso de areia Piso molhado Grama
R1 R2 R1 R2 R1 R2
Freio Eletrônico
Freio Mecânico
η = 10 log10
µ2/σ2 Nominal é o melhor
GEPEQ-DEP/UFSCar 42
3.6. Taguchi: Função perda da qualidade
• Função perda da qualidade
– Buscar o target
– Sair do target gera perda para a sociedade, com custos de manutenção, parada de equipamentos, assistência técnica, confiabilidade, durabilidade, etc.
– Tipos de função perda:
• Nominal é melhor, maior melhor, menor melhor
Função Perda
0
5
10
15
20
25
30
20 20,01 20,02 20,03 20,04 20,05 20,06 20,07 20,08 20,09 20,1
Dimensão
$
L=K.(Y-N)2
Target
GEPEQ-DEP/UFSCar 43
4. Qualidade, Melhoria Contínua e
Inovação
4.1 O que é Inovação- Uma inovação é a implementação de um produto (bem
ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. (Manual de Oslo)
- O requisito mínimo para se definir uma inovação é que o produto, o processo, o método de marketing ou organizacional sejam novos (ou significativamente melhorados) para a empresa.
GEPEQ-DEP/UFSCar 44
4. Qualidade, Inovação e
Competitividade
4.2 Tipos de Inovação
- Tipos de inovação:
- Inovação de Produtos
- Inovação de Processos
- Inovação Organizacional
- Inovação de Marketing.
- Inovação Tecnológica:- “Inovações tecnológicas de produto e de processo
compreendem a implementação de produtos e de processos tecnologicamente novos e a realização de melhoramentos tecnológicos significativos em produtos e processos. Uma inovação foi implementada se ela foi introduzida no mercado (inovação de produto) ou usada em um processo de produção (inovação de processo)” (OCDE/Eurostat, 1997, §130).
GEPEQ-DEP/UFSCar 45
4. Qualidade, Melhoria Contínua e
Inovação
4.3 Operacionalização da melhoria contínua- Atividades da melhoria contínua
- Mecanismos para absorver o aprendizado
- Alinhamento aos objetivos estratégicos
- Aprender pela experiência
- Medir os resultados da melhoria
- Deve ser parte das atividades da empresa
- Orientadas aos clientes externos e internos
- Uso de métodos formais
- Apoio e ferramentas para a melhoria contínua
- Tipos de apoio utilizado para as atividades de melhoria
- Incentivos
- Ferramentas para identificação de problemas
- Inovação de Marketing
- Medir os resultados das melhorias
GEPEQ-DEP/UFSCar 46
4. Qualidade, Inovação e
Competitividade
4.4 Motivações para a Melhoria Contínua
Motivações:– Mudar rapidamente o seu desempenho e responder
rapidamente as mudanças em seu mercado
Tipos mudanças:– Incremental
– Radical
Autores:– Imai, 1986
– Bessan e Caffyn, 1997
GEPEQ-DEP/UFSCar 47
4. Qualidade, Melhoria Contínua e
Inovação
4.5 Gestão da melhoria contínua
• É o planejado, organizado e sistematizado
processo de continuamente melhorar as
práticas da organização como um todo,
para melhorar a sua performance.
• O propósito é desenvolver uma cultura
para a inovação e melhoria.
GEPEQ-DEP/UFSCar 48
4. Qualidade, Melhoria Contínua e
Inovação
4.5 Gestão da melhoria contínua
É necessário ter habilidade para:– Gerar o envolvimento para a melhoria contínua;
– Amarrar a melhoria contínua com os objetivos estratégicos da organização;
– Levar a melhoria contínua integrando todos os setores/processos da empresa;
– Gerenciar estrategicamente a melhoria contínua;
– Articular e demonstrar a melhoria contínua com resultados;
– Aprender com a melhoria contínua
GEPEQ-DEP/UFSCar 49
4 4. Qualidade, Melhoria Contínua e
Inovação4.6 Organização para a Melhoria Contínua
Implementação de FerramentasUso de slogans
Treinamento em ferramentas de solução de problemas
Monitoramento das atividades de melhoria
Suporte do staff gerencial
Incentivos
Suporte do líder
Times de trabalho
Formato (sistemática) de solução de problemas (MASP)
Uso da ISO 9000 ou outros sistemas
Uso do TPM
PNQ (é o que mais usam)
GEPEQ-DEP/UFSCar 50
4. 4. Qualidade, Melhoria Contínua e
Inovação4.7 Motivação para a qualidade
• Enfoque tradicional:
– Focado na autoridade e benefícios econômicos
– Consiste em obrigar os funcionários a trabalhar
senão receberá punição
– Pressuposto: o trabalhador não gosta de trabalhar,
é preguiçoso e por isso precisa de vigilância. Se
contrata o operário para trabalhar não para pensar.
– A motivação pela força e remuneração.
– Resultados satisfatório no início da revolução
industrial.
GEPEQ-DEP/UFSCar 51
4.7 Motivação para a Qualidade
• Enfoque tradicional:
– Por que não funciona nos dias atuais:
• Temos buscados outros níveis de satisfação: as sociais e as
egocêntricas.
• Nos últimos sessenta anos houve mudança na criação dos
filhos: liberdade e auto expressão, incentivo a discussão e a
expressão individual.
• Organização da sociedade em sindicatos, ONGs etc.
• Não leva em conta que as pessoas não são máquinas
passivas, inertes.
– Reação dos trabalhadores: formação de grupos
informais para se auto-proteger.
GEPEQ-DEP/UFSCar 52
4.7 Motivação para a Qualidade
• Enfoque das relações humanas no trabalho:– Surgiu com os experimentos de Hawthorne, 1930:
• Motivação do trabalhador pelas relações humanas no trabalho: tratar os trabalhadores com equidade, mostrar interesse pelos problemas dos empregados, apoio no trabalho, atividades de recreação e formação de grupos coesos.
– Gerência higiênica: esforço do trabalhador pela gratidão.
– Paternalismo (típico de empresas pequenas): pela lealdade.
– Questionável o pressuposto da relação entre lealdade, gratidão e produtividade.
GEPEQ-DEP/UFSCar 53
4.7 Motivação para a Qualidade
• Enfoque das relações humanas no trabalho:– Constatação das experimentações sociais nas
empresas:• Pesquisa com contadores e engenheiros: perguntaram que
fatores levaram em algum momento a motivação e fatores que em algum momento levaram a desmotivação.
• Identificaram dois tipos de fatores: os que motivam e os que desmotivam.
• A inexistência de fatores motivacionais levam a pessoa a apatia, não há desmotivação. A desmotivação ocorre quando da existência de fatores chamados desmotivacionais.
• Fatores que desmotivam: salário, segurança no emprego, segurança no trabalho, relações com a chefia e colegas (ambiente de trabalho tolerável).
GEPEQ-DEP/UFSCar 54
4.7 Motivação para qualidade
• Enfoque das relações humanas no
trabalho:
– Constatação das experimentações sociais
nas empresas:
• Fatores motivacionais: auto-realização no
trabalho, reconhecimento, auto- estima.
• Os fatores higiênicos são especialmente
importantes para o trabalhador de orientação
instrumental.
GEPEQ-DEP/UFSCar 55
4.7 Motivação para a qualidade
• Enfoque da negociação implicita
– Muito utilizado pelas gerências:
• Não aplicar todas as pressões ao funcionário.
• Por sua vez, o funcionário recompensa com algum
esforço no trabalho.
• O gerente permite a violação de algumas regras.
• Gera-se um crédito quando se faz algum favor.
• Oferece muito pouca satisfação egocêntrica.
GEPEQ-DEP/UFSCar 56
4.7 Motivação para a Qualidade
• Enfoque da competição
– Fomentar a competição interna:• Expectativa de promoção ou aumento de salário.
• Desfrutar da recompensa econômica do ganho e também um sentido de realização.
• Não é eficiente para pessoas com atividades instrumental.
• Aplicadas nas áreas de vendas.
• Interessante entre grupos.
• Causa frustração ao perdedor. Poucos ganhadores e muitos perdedores.
GEPEQ-DEP/UFSCar 57
4.7 Motivação para a Qualidade
• Enfoque na motivação interiorizada
– Fomentar a motivação pelo próprio trabalho:
• Os funcionários trabalharem pelos objetivos
organizacionais.
• Gosta-se do trabalho mesmo, não só do local.
• Dá-se menos ênfase a motivação econômica e
mais as egocêntricas.
• Especialmente importante para pessoas com
atividades mais transacional e técnica que as
instrumentais.
GEPEQ-DEP/UFSCar 58
4.7 Motivação para a Qualidade
• Enfoque na motivação interiorizada
– Como implementar a motivação interiorizada:
• Redesenho do trabalho: enriquecimento da tarefa.
• Participação em grupos de solução de problemas no
trabalho.
• Auto-gestão no trabalho.
• Dedicação a metas superiores (estratégicas).
• Liberdade para escolher o tipo de treinamento e carreira.
– Pressuposto da gerência: que as pessoas querem
realizar um trabalho significativo e são capazes de se
auto gerenciar.
GEPEQ-DEP/UFSCar 59
4.7 Motivação para a Qualidade
• Redesenho de ofícios:– Rotação de trabalho.
– Ampliação do trabalho: aumento do ciclo.
– Unidades naturais de trabalho: um lote, por exemplo (sentido de realização).
– Retro-alimentação: saber como estão indo no trabalho.
– Enriquecimento o trabalho: enfoque “vertical”. Por exemplo, aumento de responsabilidade
– Grupos autônomos (forma mais avançada de enriquecimento do trabalho).
GEPEQ-DEP/UFSCar 60
5. Custo da não Qualidade• De um modo geral, o custo da qualidade é entendido como o custo da falta de
qualidade (cost of poor quality)– Há outras interpretações, como custo do departamento da qualidade
• Quando os custos decorrentes da falta de qualidade não é apurado, não é clara a responsabilidade por reduzi-lo– Custos das revisões de engenharia e as conseqüência para a produção,
– Erros de estrutura do produto, implicando em trabalho adicional para desenvolver peças ao almoxarifado
– Retrabalhos na montagem por erros de projeto
– Reclamações do cliente por mau funcionamento do produto e custo de substituição de peças em garantia
• Dois usos da apuração dos custos da qualidade:– Um estudo pontual para a redução de custos pontualizado
• Exemplo: custos de devolução de peças ao almoxarifado de peças que constavam da estrutura do produto mas não foram utilizadas
• Horas de retrabalho da montagem por erros de projeto
– Expandir o sistema de custeio da não qualidade, gerando relatórios periódicos
GEPEQ-DEP/UFSCar 61
5.1 Custos de Falhas Internas
– Sucata,
– Retrabalho
– Análise de falhas
– Sucata ou retrabalho devido a má qualidade dos
fornecedores
– Custos de inspeção 100% devido a lotes de produtos de má
qualidade
– Custos de transações decorrentes da falta de qualidade
• Custo de preparação de pedidos, de estocagem, emissão de notas
etc
– Classificação de produtos (Downgrading)
• Produtos de menor qualidade é vendido a um preço menor
GEPEQ-DEP/UFSCar 62
5.2 Custos de Falhas Externas
• São custos da má qualidade após o embarque ao cliente
– Custos de substituição ou de reparos no campo de produtos em garantia
– Custos de análise e assistência técnica de reclamações de clientes
– Custo de material substituído no campo em prazo de garantia
– Custo de concessões ao cliente por produtos de má qualidade
• Ceder ao cliente peças adicionais do produto (spare part)
– Custos adicionais de instalações de equipamentos por problemas de qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 63
5.3 Custos de Avaliação
• São custos incorridos na avaliação do grau de
conformidade aos requisitos da qualidade
– Custos de inspeção e testes de materiais recebidos
– Custos de inspeção e testes de materiais em processo
– Custo de inspeção e teste de produto acabado
– Custos de auditoria do produto
– Custos para manter a exatidão e precisão de equipamentos
e sistemas de medição (metrologia, repetibilidade,
reprodutibilidade, tendência, linearidade, estabilidade)
– Inspeção e testes de materiais e serviços de terceiros
– Avaliação da qualidade dos estoques
GEPEQ-DEP/UFSCar 64
5.4 Custos de Prevenção• São custos para prevenir falhas e diminuir os custos de avaliação
• Planejamento da qualidade– Criar os planos da qualidade e os procedimentos necessários para comunicar e difundir esses
planos
• Revisão de novos produtos– Custos associados a engenharia da qualidade e todas as atividades relacionadas ao
desenvolvimento de um novo produto
• Planejamento do processo– Custos de estudos de capacidade de processo, do planejamento das inspeções , e outras
atividades associadas ao planejamento da qualidade na produção
• Controle de processo– Custos de inspeção e testes para avaliar o status do processo (CEP)
• Auditoria da qualidade– Atividades que envolve a avaliação da execução de todas as atividades de todo plano da
qualidade
• Avaliação de fornecedores– Custos da avaliação da qualidade do fornecedor antes do contrato, durante o controle e dos
esforços de melhoria de produtos e processos
• Treinamento– Custo do treinamento de pessoas relacionados aos assuntos da qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 65
ExemploCusto anual da Qualidade
1. Custo de falhas- perdas $ Porcentagem
a) Defeituosas em Estoque 3.276 0,37
b) Reparos de produtos 73.229 8,31
c) Coleta de sucata 2.288 0,26
d) Perda por refugo 187.428 21,26
e) Assistência técnica ao cliente 408.200 46,31
f) Perda por reclassificação de produtos 22.838 2,59
g) Spare Part Não computado
Total 697.259 79,10%
2. Custo de avaliação
a) Inspeção de recebimento 32.655 2,68
b) Inspeção em processo 1 32.582 3,70
c) Inspeção em processo 2 25.200 2,86
d) Inspeção final 65.910 7,37
Total 147.347 16,61%
3. Custo de prevenção
a) Engenharia da qualidade na planta 7.848 0,89
b) Qualidade corporativa 30.000 3,40
Total 37848 4,29%
Soma Total 882.454 100%
GEPEQ-DEP/UFSCar 66
Análise do Exemplo• 79, 10% dos custos é de falhas
• Somente 4,29% de prevenção
• 16,61% de avaliação
• Como resultado do estudo, o gerente deverá aumento o orçamento para a prevenção de problemas
• Não deverá ser incluído nos custos da qualidade os excessos de materiais, consumo de óleo, enfim, tudo que é parte normal das operações.
• Outros elementos que não devem ser computados:– Custos associados a responsabilidade civil pelo fato do produto (liability)
– Depreciação dos equipamentos de medição
– Consumo de ferramentas
– Manutenção preventiva
– Atrasos de entrega por problemas de qualidade
– Perda de moral
– Perda de clientes e vendas
GEPEQ-DEP/UFSCar 67
5.5 Apresentação dos Resultados
• Para o exemplo,
apresentação dos
resultados em
gráfico de pizza
Porcentagem
Falhas; 79,10%
Avaliação;
16,61%
Prevençao;
4,29%
GEPEQ-DEP/UFSCar 68
Avaliação da Evolução dos Custos da
Qualidade
• Utilizar pelos menos duas bases de Referência
• Algumas bases de referência:
– Vendas
– Lucro Bruto
– Margem
– Horas-homem trabalhadas
– produção
GEPEQ-DEP/UFSCar 69
Avaliação da Evolução dos Custos da Qualidade
Custo 1º Trimestre 2ºTrimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
Falhas R$ 174.314,75 R$ 139.451,80 R$ 174.314,75 R$ 209.177,70 697.259,00
Avaliação R$ 29.469,40 R$ 36.836,75 R$ 29.469,40 R$ 51.571,45 147.347,00
Prevenção R$ 11.354,40 R$ 7.569,60 R$ 5.677,20 R$ 13.246,80 37.848,00
R$ 215.138,55 R$ 183.858,15 R$ 209.461,35 R$ 273.995,95 882.454,00
Vendas R$ 10.250.000,00 R$ 9.890.200,00 R$ 10.100.000,00 R$ 15.450.000,00 45.690.200,00
Horas-Homem 71280 72180 71280 73000 287.740
CQ/Vendas 2,10% 1,86% 2,07% 1,77% 1,93%
CQ/Hh R$ 143,80 R$ 137,02 R$ 141,69 R$ 211,64 R$ 158,79
Tabela: Evolução dos custos da qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 70
Avaliação da Evolução dos Custos da
QualidadeCusto da Qualidade/Vendas
1,48%1,64%
2,07%2,22%
1,83%
0,00%
0,50%
1,00%
1,50%
2,00%
2,50%
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
Custo da Qualidade/Horas-homem
R$ 160,00
R$ 164,00
R$ 168,00
R$ 172,00
R$ 176,00
R$ 180,00
R$ 184,00
1º
Trimestre
2º
Trimestre
3º
Trimestre
4º
Trimestre
Total
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Total
Prevençao
Avaliação
Falhas
GEPEQ-DEP/UFSCar 71
5.6 Modelo para Custo Ótimo da Qualidade
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1% 29% 57% 85%
Conformidade
Cu
sto
Un
itár
io d
o P
rod
uto
Custo de Avaliação e
Prevenção
Custo de Falhas
Custo Total
GEPEQ-DEP/UFSCar 72
5.6 Modelo para custo ótimo da qualidade
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Curva do
Custo
Total
Zona de Projeto de Melhoria
Custo de Falha >70%
Prevenção < 10%
Buscar um projeto de melhoria
Zona de Indiferença
Custo de Falhas ~50%
Custo de prevenção ~10%
Buscar melhoria e Manter o
controle
Zona aperfeiçoamento
Custo de falha <40%
Custo de avaliação>50%
Reduza a inspeção, verifique
os custos de detecção
GEPEQ-DEP/UFSCar 73
6. Planejamento e Organização da
Qualidade
• Políticas da qualidade
– Valores, crenças e
princípios que orientam
as decisões e expressadas
por uma narração
• Objetivos ou metas
– Valores numéricos e
mensuráveis,
comparáveis no tempo,
que estimulam a ação
Políticas
e
Objetivos
da Qualidade
Planejamento da
Qualidade
Controle e Melhoria da Qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 74
6.1 Políticas e Objetivos da Qualidade
• Políticas da Qualidade
– Declaração da política da qualidade
– Definições da qualidade (confiabilidade, desempenho,
segurança, economia etc)
– Importância da qualidade
– Relação com o cliente
– Relação com os fornecedores
– Relação com os clientes internos
– Envolvimento das pessoas com a qualidade, grupos e times
– Melhoria contínua da qualidade
– Planejamento e organização para a qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 75
Objetivos
• Objetivo deverá ser
– Mensurável
– Desdobrados em sub-
atividade (Deployment)
– Deve ser legítimo
– Amplamente entendido
– Deve ter bases históricas
ou de engenharia ou de
mercado
• Os objetivos podem estar
relacionados:
– Para os saltos de melhoria
• Breakthrougt
– Para o controle
• Manter o presente nível
– Status quo
GEPEQ-DEP/UFSCar 76
Diferença entre Políticas e Objetivos
Características Objetivos Políticas
Natureza do Assunto Amplo conjunto de
atividade
Amplo, gerencial
Formulado por Muitos níveis da
organização
Média gerencia e
especialistas
Aprovado por Muitos níveis Alta Administração
Duração Limitado, revisado
anualmente
Longo, estendido por
muitos anos
GEPEQ-DEP/UFSCar 77
6.2 Planejamento da Qualidade
Levantamento de Idéias, conceitos
de diferentes fontes
Viabilidade técnica de
levar às idéias a frente
Requisitos ganhadores de
pedido
Especificações funcionais
do produto
Especificações técnica do
produto para a produção
Teste de mercado
Introdução no mercado
Avaliação (sucesso?)
Escopo do time de
desenvolvimento de
produto
Revisão de projeto
Escopo dos times de
projeto e engenharia
GEPEQ-DEP/UFSCar 78
6.2 Planejamento da Qualidade
Fase de conceitos e
Idéias, diferenciais
competitivos
Viabilidade das Idéias
Especificações técnicas
Do Produto
Desenvolve o Produto e
O Processo
Inspeção e teste
Benchmarking
QFD
Glossários
Padrões
FMEA
DOE
Capacidade do
processo
Validação do
produto e
processo
Atende as
Especificações
projetadas?
Plano de controle
da produção
Auditorias e
melhorias
Rotinas de trabalho,
Procedimentos,
Fichas de operação
(SGQ)
Ensaios,
Metrologia,
Aferições e
calibrações
(MSA)
CEP, PDCA,
Kaizen, 7
ferramentas da
qualidade,
Seis Sigma,
Lean, TPM
GEPEQ-DEP/UFSCar 79
6.2 Planejamento da Qualidade• O plano da qualidade é traduzido em procedimentos
• Estes procedimentos são aprovados, distribuídos e revisados
• Os procedimentos tratam de um amplo conjunto de processos relacionados ao desenvolvimento, produção e assistência técnica ao produto
• Nas grandes empresas, estes procedimentos são publicados em um único documento denominados de Manual da Qualidade
• Algumas empresas separam o manual da qualidade em dois:– Manual de políticas
– Manual de procedimentos
GEPEQ-DEP/UFSCar 80
6.2 Planejamento da Qualidade
• O manual de Políticas da Qualidade é em geral organizado em módulos
– Uma Seção geral
• Comunicação da alta administração
• Responsabilidades e assinatura
• Autorização para distribuição
• Índice
– Seções Administrativas ou Subsistemas
• O manual de Procedimentos pode ser distribuído para as áreas
GEPEQ-DEP/UFSCar 81
6.2 Planejamento da Qualidade• Para a manufatura, nem todas as características dos
produtos são igualmente importantes para funcionabilidade e segurança– Estes são denominados de itens críticos funcionais e de
segurança que recebem controles especiais, como o CEP, e são identificados no desenho
• Principais elementos do planejamento da qualidade– Avaliar se os processos atendem as especificações
ou expectativas do cliente
– Rastreabilidade dos materiais e informações
– Planos de controle durante o processo de realização do produto ou serviço
GEPEQ-DEP/UFSCar 82
6.3 Organização para a Qualidade
• As atividades da qualidade tem sido designada
para um departamento com as seguintes
denominações:
– Garantia da Qualidade
– Gestão da Qualidade
– Controle da Qualidade
GEPEQ-DEP/UFSCar 83
6.3 Organização para a Qualidade
• Administração da função qualidade
• Lançamento de novos produtos
• Relação com o fornecedor
• Produção:– Estudo de capabilidade, plano de controle de processo (pontos de inspeção,
atividades de controle, etc), melhoria de processos etc.
• Metrologia– Compra de equipamentos, MSA, administração da manutenção e calibração
• Inspeção e teste
• Relação com o cliente– Assistência técnica, análise de peças em garantia, teste de produto final,
análise dos competidores, análise das necessidades dos clientes, treinamento.
• Treinamento e facilitador
GEPEQ-DEP/UFSCar 84
6.3 Organização para a Qualidade
• Tendência e delegar a responsabilidade pela qualidade aos departamentos funcionais– Inspeção para a produção
– Confiabilidade para a Engenharia
– Projetos de experimentos para a engenharia etc
• Um projeto do produto tem que ter em foco as necessidades dos clientes externos e internos– Responsabilidade pela captação das necessidades
dos clientes externos é de vendas que passa a engenharia
GEPEQ-DEP/UFSCar 85
6.4 Tendências das atividades da Qualidade
Orientação Antiga Nova Orientação
Inspeção; detecção Planejamento; prevenção
Conformidade as especificações Adequação ao uso do cliente
Empirismo Metodologias estatísticas
Foco no processo da fábrica Todos os processos
Separação do planejamento da excecucao Participação de todos
Relação de curto prazo com os
fornecedores
Parceria com os fornecedores
Treinamento para a qualidade só para
especialistas
Todos são treinados
Clientes Todos os clientes: interno e externos
GEPEQ-DEP/UFSCar 86
6.5 Sistema de Controle do Processo
Conceito de Dominância de processo
– Usa o princípio de Pareto
• Há um ou dois fatores que produz grande impacto na
qualidade de conformação
• Cada processo tem seu fator dominante
– A estratégia é controlar o fator dominante para
garantir a qualidade de conformação
GEPEQ-DEP/UFSCar 87
Formas de controle para Dominâncias
de Processo
Ferramentas de Controle para formas de dominância de
processos
Dominância
de Setup
Dominância de
máquina
Dominância de
Matéria Prima
Dominância do
Homem
Dominância da
Informação
Inspeção
Contínua de
processo
(CSP)
Inspeção da
1º peça
Pré-controle
Inspeção
Contínua (CSP)
CEP variável
CEP atributo
Automação do
controle
Inspeção 100%
Auditoria de
processo
Seleção de
fornecedor
Inspeção de
aceitação
Planos de
amostragem
por atributo
Inspeção de
aceitação
Carta p
Carta c
Certificação do
operador
Checagem de
documentação
Códigos de
barra
Auditoria de
processo
GEPEQ-DEP/UFSCar 88
6.5 Sistema de Controle do Processo
• Principais decisões
– Aprovação de troca de produção
• Geralmente feito por um especialista
• Tendência passar para os próprios operadores
– Aprovação do processo
• Durante a produção
• Feito geralmente pelo próprio operador
– Aprovação do produto
• Geralmente por uma área de inspeção
– Decisão sobre a adequação ao uso
• Produtos não conformes é avaliado se adequado ao uso
• Feito por uma equipe constituída pela Qualidade, Engenharia e Vendas
GEPEQ-DEP/UFSCar 89
6.5 Sistema de Controle do Processo
• Para o auto-controle é necessário:
- que os operadores conhecem o trabalho que fazem
- Conheçam o que estão fazendo
- Saibam regular os processos
- Estão sendo introduzidas novas
responsabilidades aos operadores
- Manutenção dos equipamentos
- Participação no planejamento do trabalho
- Medir o resultado do trabalho
GEPEQ-DEP/UFSCar 90
Distinção entre Tolerância de Processo e de Produto
Controle de
Processo
Controle de
Produto
Propósito da tolerância Dá base para tomar as
decisões sobre o processo
Dá base para tomar
decisões sobre o produto
Tolerância publicada em: Especificações de processo Em especificações de
produto
Instrumentação É parte integral do processo Não é parte integral do
processo
A tolerância refere-se As condições do processo As especificações do
produto
Desvios da especificação é
autorizado por:
Engenharia de processo Engenharia de produto
GEPEQ-DEP/UFSCar 91
6.6 Inspeção, Teste e Ensaios
• Inspeção significa avaliar se produtos e
processos estão dentro as especificações de
engenharia
• Em geral, denomina-se teste quando a
inspeção é realizada com o auxílio de
instrumentos eletrônicos
• Quando são feitas medidas químicas ou físicas,
é denominado de ensaio
GEPEQ-DEP/UFSCar 92
6.6 Inspeção, Teste e Ensaios
Propósitos da Inspeção:
• Distinguir lotes bons de ruins
• Distinguir peças boas de ruins
• Determinar se o processo está mudando
• Classificar a qualidade do produto
• Medir a capacidade do processo
• Validar produtos e processos
GEPEQ-DEP/UFSCar 93
6.6 Inspeção e TesteTipos de Inspeção:
• Inspeção de recebimento– Decidir se aceita ou rejeita um lote
• Inspeção de Processo– Verifica de o processo está mudando ou não (Se está sob
controle)
• Inspeção de preparação– Quando a preparação é determinante para a produção de
peças boas
• Inspeção volante– Geralmente para liberar um lote de produção ou de
produtos acabados
• Inspeção de produtos acabados
GEPEQ-DEP/UFSCar 94
6.6 Inspeção e Teste
• Julgamento da não conformidade
– Se o produto ou processo não atende as especificações de
engenharia
– Produtos não conformes pode ser aprovados em condicional,
retrabalhados ou sucateados
• Julgamento de adequação ao uso
– Um itens não conforme pode ser adequado ao uso
– Um produto pode ser reclassificados como de qualidade
inferior
– É realizado por um grupo (Material Review Board – MRB)
• Constituído pela Engenharia, Qualidade e Vendas
GEPEQ-DEP/UFSCar 95
Indústria Cerâmica de Revestimento: Via seca - mono queimaRecebimento
De matéria-prima
Pontos de Inspeção
ARMAZENAMENTO MISTURA ALIMENTADORSECADOR
ROTATIVO
SILO
ABASTECIM.MOINHO
UMIDIFICADOR DESCANSO PENEIRAALIMENTADOR
PRENSAPRENSA SECADOR ESMALTAÇÃO
FORNO
QUEIMACLASSIFICAÇÃO EMBALAGEM
ESTOQUE
1 2
3 4 5 6
7 8 910
GEPEQ-DEP/UFSCar 96
Descrição dos pontos de controle
1. Análise química: dilatação, retração, perda ao fogo, composição química
2. Controle de umidade
3. Controle de granulometria e umidade
4. Controle de granulometria
5. Resistência mecânica, densidade aparente e umidade
6. Resistência mecânica e controle de temperatura
7. Controle de camada, controle de viscosidade
8. Controle de absorção, de retração, dimensional e teste de lascamento
9. Controle de tonalidade e classificação das peças (A, B e C)
10. Teste de absorção, ataque químico, teste de mancha, de ortogonalidade e de resistência a abrasão (EPU)
GEPEQ-DEP/UFSCar 97
Detalhamento dos pontos de controlePonto de
Inspeção
Especificação Freqüência Respons. Ação Corretiva
1. Análise
Química
1/mês Labor. Mudar a composição da
massa
2. Controle
de Umidade
4 a 5% A cada hora Produção Ajustar a temperatura do
secador
3.
Granolometr
ia
A cada hora Produção Checar moinho
7.
Viscosidade
A cada
reposição da
vasca
Labor. Usar defloculante ou
floculante
8. Absorção 1/turno Labor. Regular a temperatura do
forno
GEPEQ-DEP/UFSCar 98
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
• 7.1 As Normas ISO Série 9000
• Surgiram como instrumento de referência para um
modelo de sistema de gestão da qualidade
• Permite regular as transações de mercadorias em países
ou entre blocos para garantir a qualidade de produtos e
serviços
• A normalização é a atividade que estabelece, em
relação a problemas existentes ou potenciais,
prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva
com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em
determinado contexto.
GEPEQ-DEP/UFSCar 99
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
• 7.1 As Normas ISO série 9000
• Benefícios da Normalização:
– Uniformizar a produção
– Facilitar o treinamento
– Registrar o conhecimento da organização
– Melhorar a qualidade
– Reduzir desperdícios
– Padronizar processos
GEPEQ-DEP/UFSCar 100
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
• 7.1 As Normas ISO Série 9000
• A International Organazation for Standardization é uma entidade criada em 1947, com sede em Genebra, Suíça.
• É composta por representantes das entidades máximas de normalização dos países associados (ANSI – EUA, BSI – Inglaterra, DIN - Holanda, INMETRO – Brasil)
• A ISO 9000:2000 é geral para todas as organizações; a TS incorpora à ISO elementos adicionais exigidos pelo setor automotivo
– A ISO/TS substitui a QS 9000
– Há a integração da QS com a ISO (uma única certificação)
GEPEQ-DEP/UFSCar 101
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
7.2 Passos para a obtenção da Norma ISO série 9000
1. Definição da política de qualidade
2. Análise do sistema da qualidade atual e as mudanças
necessárias
3. Treinamento e conscientização
4. Desenvolver e implementar os procedimentos necessários
5. Pré-auditoria do sistema
6. Eliminação das não-conformidades
7. Seleção de um organismo certificador (Exemplos: BVQI,
FCAV)
8. Auditoria final e certificação
GEPEQ-DEP/UFSCar 102
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
• 7.3 Fundamentos da ISO 9000:2000
• Elementos da norma
0. Introdução
1. Escopo
2. Referência Normativa
3. Termos e Definições
4. Sistema de gestão da Qualidade
5. Responsabilidade da Direção
6. Gestão de Recursos
7. Realização do Produto
8. Medição, Análise e Melhoria
GEPEQ-DEP/UFSCar 103
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
• 7.3 Fundamentos da ISO 9000:2000
• Normas da família NBR ISO 9000:
– ISO 9000 (Sistema de gestão da qualidade:
fundamentos e vocabulário)
– ISO 9001 (Sistema de gestão da qualidade:
requisitos)
– ISO 9004 (Sistema de gestão da qualidade:
diretrizes para a melhoria de desempenho)
GEPEQ-DEP/UFSCar 104
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
• 7.3 Fundamentos da ISO 9000:2000
• A nova ISO 9001:2000 é mais leve e exige, obrigatoriamente, procedimentos documentados para as seguintes áreas:
– 4.2.3 Controle de documentos
– 4.2.4 Controle de registros da qualidade
– 8.2.2 Auditoria da qualidade
– 8.3 Controle de produtos não conformes
– 8.5.2 Ação corretiva
– 8.5.3 Ação preventiva
GEPEQ-DEP/UFSCar 105
ISO 9001:2000 e ISO/TS 16949
GEPEQ-DEP/UFSCar 106
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
7.4 Responsabilidade da direção da empresa
• Entradas para análise crítica
– As entradas para a análise crítica pela direção devem incluir informações sobre:
a) resultados de auditorias;
b) realimentação de cliente;
c) desempenho de processo e conformidade de produto;
d) situação das ações preventivas e corretivas;
e) acompanhamento das ações oriundas de análises críticas anteriores pela direção;
f) mudanças que possam afetar o sistema de gestão da qualidade, e;
g) recomendações para melhoria.
• As saídas da análise crítica pela direção devem incluir quaisquer decisões e ações relacionadas a:
a) melhoria da eficácia do sistema de gestão da qualidade e de seus processos;
b) melhoria do produto em relação aos requisitos do cliente, e;
c) necessidades de recursos
GEPEQ-DEP/UFSCar 107
7. Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO série 9000
7.5 Medição e Melhoria
• A organização deve planejar e implementar processos demonitoramento, medição, análise e melhoria para:
• melhorar continuamente a eficácia do sistema de gestão da qualidade, e Isso deve incluir a determinação dos métodos aplicáveis, incluindo técnicas estatísticas, e a extensão de seu uso.
• A organização deve monitorar informações relativas à percepção dos clientes sobre se a organização atendeu aos requisitos de clientes
• A organização deve executar auditorias internas a intervalos planejados
• Medição e monitoramento de processos
• Medição e monitoramento de produto
• Controle de produto não-conforme
• Melhoria contínua
• Ações corretivas
• Ações preventivas
GEPEQ-DEP/UFSCar 108
7.6 Hierarquia da Documentação da
Qualidade
Conteúdo dos documentos
Descreve o sistema da qualidade de acordo com a
política e objetivos da qualidade declarados e a
norma aplicável
Descrevem as atividades das unidades funcionais
individuais, necessárias para implementar os
elementos do sistema da qualidade
Consistem em documentos de trabalho
detalhados
Manual da
qualidade
(Nível A)
Procedimentos
documentados do
sistema da Qualidade
(Nível B)
Outros documentos da qualidade (instruções de
trabalho, formulários, relatórios, etc.)
(Nível C)
GEPEQ-DEP/UFSCar 109
7.7 Elaboração de Procedimentos Internos
• FINALIDADE DO PROCEDIMENTO
– Deve haver um documento fixa condições, padroniza
e estabelece regras e recomendações que devem ser
aplicadas para a elaboração de Procedimentos
Internos.
• QUANDO EXECUTAR
– Quando houver a necessidade de elaboração de
Procedimentos, principalmente em processos
repetitivos, técnicos ou administrativos, onde a falta
do procedimento possa gerar uma não conformidade.
GEPEQ-DEP/UFSCar 110
7.7 Elaboração de Procedimentos Internos
PROCEDIMENTO
• Identificação – a) titulo do Procedimento: o titulo do procedimento deve ser claro, conciso e
inconfundível com o de outros procedimentos existentes.
– b) numeração: cada procedimento deve ser numerado de modo a facilitar sua localização. Exemplo:
M-X - YYY
| | |
| | Numero seqüencial
| |
| Numero da seção do Manual
|
1a. Letra da Empresa
– EX. : M - 8 - 001
GEPEQ-DEP/UFSCar 111
7.7 Elaboração de Procedimentos Internos
• Formato e apresentação– O formato dos procedimentos, incluindo anexos, devem estar de acordo com o
formato e apresentações padronizadas.
• Estrutura do texto– a) As tarefas devem ser descritas de forma clara e objetiva e de acordo com a
seqüência de acontecimentos, incluindo figuras, tabelas e anexos.
– b) A descrição das tarefas deve ser feita por área de atuação.• Ex.:
– RECEBIMENTO
» Cabe ao Recebedor:Receber materiais, conferi-los e identificá-los com cartão apropriado.
– c) Utilização obrigatória do verbo no infinitivo (fazer, inspecionar, identificar, etc.), ou utilização do verbo DEVER no sentido de obrigação (deve, devem, etc.
– d) A utilização de fluxos operacionais é opcional.
– f) Não usar referências, tais como: "conforme descrito anteriormente", "conforme linha anterior", etc.
• Alterações de procedimentos– As alterações devem ser identificadas no texto do procedimento com uma barra
vertical na lateral esquerda do(s) parágrafo(s) correspondente(s) (exemplo neste parágrafo).
• Documentação Técnica
• Anexos
GEPEQ-DEP/UFSCar 112
Referências Bibliográficas
Tópico Conteúdo Referências
2.1História e evolução da gestão da
qualidade
Garvin, D. A. Gerenciando a qualidade - a visão estratégica e competitiva. Harvard Business School.
Qualitymark, 1992.
Shiba et all. TQM: quatro revoluções na gestão da qualidade. Porto Alegre: Bookman, 1997.
2.2 Gestão estratégica da qualidadeGarvin, D. A. Gerenciando a qualidade - a visão estratégica e competitiva. Harvard Business School.
Qualitymark, 1992
2.3 e 2.4
Qualidade em Serviços e
Sistema de Gestão da
Qualidade
Oliveira, J. O Gestão da Qualidade – tópicos avançados. Thomson, São Paulo, 2006.
2.5 Conceitos e definições
Garvin, D. A. Gerenciando a qualidade - a visão estratégica e competitiva. Harvard Business School.
Qualitymark, 1992
Apostila – Conceitos básicos da qualidade do produto. Pof. José Carlos de Toledo, GEPEQ/DEP-UFSCar.
2.6Dimensões da qualidade do
produto
Garvin, D. A. Gerenciando a qualidade - a visão estratégica e competitiva. Harvard Business School,
Qualitymark, 1992.
Apostila – Conceitos básicos da qualidade do produto. Pof. José Carlos de Toledo, GEPEQ/DEP-UFSCar.
3Principais autores da gestão da
qualidade
Apostila - Enfoques dos principais autores da gestão da qualidade. Pof. José Carlos de Toledo,
GEPEQ/DEP-UFSCar.
4Qualidade, melhoria contínua
e inovação
Manual de Oslo - 3ª edição 2005. Acessado em
http://www.finep.gov.br/imprensa/sala_imprensa/manual_de_oslo.pdf
5 Custo da QualidadeApostila – Conceitos sobre custos da qualidade. Pof. José Carlos de Toledo, GEPEQ/DEP-UFSCar.
Juran, J. M.; Gryna, F. M. Quality Control Handbook, McGraw –Hill, Fourth Edition, 1986.
6Planejamento e Organização da
Qualidade
JURAN, J. M. Juran’s Quality Control Handbook. MacGraw-Hill Book Company, NewYork, 1988.
JURAN J.M; GRYNA, FRANK M. Ciclo dos produtos: Inspeção e testes, Handbook, v. 4. ed. Makon
Books, 1990.
Apostila – Inspeção da qualidade. Pof. José Carlos de Toledo, GEPEQ/DEP-UFSCar.
7Sistema de Gestão da Qualidade:
ISO série 9000
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION. Especificação Técnica ISO/TS
16949. Primeira Edição. Tradução: Lino Bernardilli – LB Consult.,1999
8Prêmio Nacional da
Qualidade
http://www.fnq.org.br/download/criterios_da_excelencia/2008/CriteriosExcelencia.