formação docente em georgafia um breve diagnóstico sobre o perfil dos professores de geografia da...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS.
UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR
ADILENE NOGUEIRA FRANCO MOREIRA
FORMAO DOCENTE EM GEOGRAFIA : Um breve
diagnstico sobre o perfil dos professores de geografia da rede
pblica de ensino em Ipor/Go
IPOR
2010
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ADILENE NOGUEIRA FRANCO MOREIRA
FORMAO DOCENTE EM GEOGRAFIA : Um breve
diagnstico sobre o perfil dos professores de geografia da rede
pblica de ensino em Ipor/Go
Mon ografia apresent ad a Coorden ao d e Curso d e Geografia da Uni ver sidad e Estadual de Gois UnU Ipor, como r equisi to parcial para a obt eno do t tu lo de Licenciada em Geografia.
Orientadora: Prof. Mcs. Jackeline Silva Alves
IPOR
2010
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ADILENE NOGUEIRA FRANCO MOREIRA
FORMAO DOCENTE EM GEOGRAFIA : Um breve
diagnstico sobre o perfil dos professores de geografia da rede
pblica de ensino em Ipor/Go
Mon ografia apresent ada Coord en ao de Curso d e Geografia d a Uni versidad e Estadu al de Goi s UnU Ipor, como requisi to parcial para a obten o do t tu lo de Licen ciada em Geografia.
Orientadora: Profa. Msc. Jackel ine Si l va Al ves
______________________________________________
Prof. Msc. Jackeline Silva Alves (Orientadora)
____________________________________
Prof. da banca
_____________________________
Prof. da banca
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Ao meu esposo Givaldo, a quem amo muito, aos meus
filhos que so anjos colocados em minha vida, e meus pais
pela compreenso durante meus estudos. Pelas muitas
vezes que no estive presente, e mesmo assim no
deixaram de acreditar em mim.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo ao meu Deus por ter me dado foras e perseverana em meus estudos, e pela
oportunidade de estar concluindo este curso.
A todo corpo docente, e de forma especial a professora Msc. Jackeline Silva Alves, pela
orientao deste trabalho, pois sem sua ajuda no teria condies de faz-lo sozinha. Todos
foram muito importantes em minha formao.
Aos meus amigos que constru na universidade.
Minha famlia, filhos e esposo pela pacincia e compreenso.
Todos foram de suma importncia para que hoje eu esteja aqui me licenciando em
Geografia, tudo valeu pena, sou grata para sempre.
Porm em tudo somos mais que vencedores (Rm: 8.37a).
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RESUMO
Este trabalho objetivou diagnosticar o perfil dos professores de Geografia da rede pblica de ensino em Ipor/GO, tendo em vista conhecer como os professores deste componente curricular desenvolvem os seus trabalhos, se estes participam ou no de cursos de formao continuada, a importncia dada pelos mesmos ao ensino da Geografia escolar, entre outros aspectos que foram abordados e que acreditamos refletir na prtica cotidiana destes profissionais. Para o desenvolvimento da pesquisa adotamos o seguinte encaminhamento metodolgico: Levantamos e revisamos fontes tericas que discutem a formao docente ressaltando a contribuio de Foucher (1989), Guimares (2009) Leite, Ghedin, e Almeida (2008), Oliveira (1998), Costa e Vlach (2001), entre outros autores que discutem com propriedade a formao e o perfil docente em Geografia. Junto S.M.E.(Secretaria Municipal de Educao) de Ipor e da os da Subsecretaria de Educao levantamos os nomes do professores de Geografia e as escolas em que esto lotados. Feito isto, elaboramos e aplicamos um questionrio contendo questes abertas e fechadas junto aos professores, cujos resultados nos permitiu constatar uma situao preocupante que retroalimenta o descrdito dos educandos em relao Geografia escolar, e at mesmo de professores que acreditam na importncia da mesma, pois estes so vencidos com o desnimo e desencanto daqueles que no processo ensino/aprendizagem de Geografia o que acaba importando mesmo dar as aulas, no existindo uma preocupao com que a disciplina se torne fonte de conhecimento, pois dada a formao limitada muitas so as dificuldades em relacionar teoria e prtica. Os elementos levantados nos permitiram responder vrias inquietaes que surgem quando pensamos sobre os porqus do descaso de alunos e professores para com a disciplina Geografia. Neste sentido, entendemos que a pesquisa no se encerra aqui, mas que outros trabalhos devem ser realizados no sentido, de pensar alternativas que melhorem tal situao, tendo em vista a importncia da Geografia escolar na formao do indivduo/cidado.
Palavras-chave Formao continuada. Ensino/aprendizagem. Geografia da escola.
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LISTA DE SIGLAS
PCNs - Parmetros Curricu lares Nacionais
S. M. E. - Secretaria Municipa l de Educao
U. E. G.- Universidade Estadual de Gois
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1- Professores por gnero . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
TABELA 2- Professores por idade . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
TABELA 3- Professores por inst ituio formadora na graduao . . . . . . . . . . . . . . 26
TABELA 4- Professores por habilitao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
TABELA 5- Professores por formao continuada nvel ps-graduao . . . . . 28
TABELA 6- Professores por tipo de vnculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
TABELA 7- Professor por tempo de docncia no ensino de Geografia . . . . . . . 30
TABELA 8- Professores por carga horria de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
TABELA 9- Professores por turno de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
TABELA 10- Professores por Ensino de outras d isc iplinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
TABELA 11- Professores por participao poltica e socia l em ent idades e
partidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
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SUMRIO
INTRODUO .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
1-CAPTULO-I- A FORMAO DOCENTE EM DEBATE: PENSANDO
O PAPEL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA NO ATUAL
CONTEXTO EDUCACIONAL . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1- A importncia da formao continuada para a atualizao do
professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1 .2- Despertar o educando para pensar a lm do que lhe proposto no
Currculo formal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2-CAPTULO-II CARACTERIZAES DOS SUJEITOS DA PESQUISA
E METODOLOGIA APLICADA . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3-CAPTULO-III- APRECIAES DOS RESULTADOS OBTIDOS
E ANLISE DAS QUESTES ABERTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4- CONSIDERAES FINAIS.. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5- REFERNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
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INTRODUO
Pensar o ensino de Geografia no ensino fundamental e mdio nos remete
reflet ir sobre a formao inicial e tambm sobre a formao cont inuada dos
professores em atuao tanto na rede p rivada quando na rede pblica de
ensino. Contudo, nesta pesqu isa ateremos investigao junto aos professores
de Geografia lotados na rede, tanto na rede municipal quanto estadual, tendo
em vista os dilemas do co tid iano escolar, estando o professor do componente
curricu lar de Geografia merc de todo este processo educacional.
Foucher (1989, p.13), considera que devemos conhecer as dif icu ldades
do ensino para que possamos colocar em prtica, pensamentos que vo fazer
da Geografia instrumento de ana lise capaz de desmist if icar o ensino errneo
que se arrasta ao longo de sua histria desde que foi inst ituda como
disciplina a ser ensinada.
Os conceitos norteadores da Geografia no esto prontos, acabados.
Estes devem ser ensinados contextua lizando-os as vivncias dos educandos,
sendo que para melhor sistemat izar as informaes e transform-las em
conhecimentos o professor deve buscar media-los rea lidade do educando, e
isto far com este componente curricu lar seja mais valo rizado e se torne mais
interessante na educao bsica (ensino fundamental e mdio ).
Considerando os diversos prob lemas existentes no sistema educac ional
brasileiro, Olive ira (1998, p.137) destaca alguns fatores que contribuem para
que a cada dia a educao experimente momentos ainda mais crt icos, tais
como:
Baixos sal r ios, a precria infra -est ru tura das inst i tu ie s escolar es, cargas h orri as excessi vas, a violncia nas escol as, a burocracia i mposta que l imit a por vezes que o alun o tenha a oportunidad e d e aprender , pr ior izando a quant idade de aprovaes e no a qual idade de formao dos edu candos, tudo ist o re fora as mazelas da educao, e a escol a por si s , no con segue resol ve r t odas est as questes.
Esses fato res esto presentes no cot idiano dos educadores e so
considerados com normal, ou seja, internalizou-se que todas estas questes
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so mesmo problemas da educao e no h o que fazer, faz parte da
profisso .
Nesse sent ido , nos inquieta pensar sobre a atuao destes p ro fessores de
to importante componente cu rricu lar que a Geografia, considerando que
esta possibilita ao docente ter uma percepo diferenciada acerca de sua
realidade, reflet indo sobre e propondo encaminhamentos. Pensamos que ser
um professor diferente consegu ir ver possibilidades, incent ivar os seus
alunos a gostarem de reflet ir, sobre como fazer da educao uma
possib ilidade de garant ir um futuro melhor, e isto, permeia a formao
individual.
Os p ro fessores de Geografia devem contribuir na perspect iva de serem
su jeitos que auxiliem o educando a produzir seu prprio conhecimento e
melhor compreendendo as transformaes do espao geogrfico , considerando
que a velocidade com que as mudanas acontecem, e a educao deve
necessar iamente consegu ir ser diferencia l na at ividade formativa.
Considerando o exposto, neste traba lho buscamos neste trabalho
diagnost icar o perfil dos professores de Geografia em atuao na rede pblica
municipal e estadual de Ipor/GO. Buscamos elaborar este diagnst ico a f im
de compreender os desdobramentos da fo rmao inic ial e tambm da formao
cont inuada na prxis do professor de Geografia, pois diversas inquietaes
su rgem quando pensamos sobre os porqus de to pouca importnc ia com a
Geografia escolar, se considerarmos a relevncia da mesma formao do
indivduo em sua integralidade.
Atravs dos resultados ob tidos em outras pesquisas j realizadas no
curso de Geografia que abordam assuntos ligados aonde esto atuando os
egressos do curso de Geografia formados pela U.E.G Unidade Univers itr ia
de Ipor/GO, e ainda pesqu isa que buscou invest igar as p rincipais lacunas no
processo de formao inic ial destes p ro fessores, nos interessou diagnost icar
quem so os professores que esto em atuao na rede munic ipal e estadual de
ensino pblico no municp io citado , a importnc ia que tm para estes serem
professor de Geografia e a importncia que do para a fo rmao continuada.
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Observamos durante as exper incias de estgio curricular
supervis ionado, a res istncia de professores em invest ir em formao
cont inuada, sobretudo , se relacionarmos os cu rsos de formao continuada
rea de atuao, ou seja, o aperfeioamento na rea no o objetivo nico,
mas aprendizado muito relacionado ascenso sa lar ial, isto refora um
desprestgio genera lizado com a profisso ser professor e suas prt icas
pedaggicas.
Buscamos no trabalho responder vrias inquietaes que fo ram surgindo
ao longo do curso, considerando que ao desenvolver o trabalho ou tras tantas
foram sendo levantadas e que posteriormente podero vir a serem tambm
objetos de pesquisa, a f im de que estes t rabalhos se desenvo lvidos de forma
associada possam melhorar a qualidade de ensino do componente cu rricu lar de
Geografia no ensino.
Junto aos questionr ios e entrevistas que foram realizados com os
docentes de Geografia lo tados na rede pblica invest igamos questes como se
os professores de Geografia esto atuando mesmo em sua respect iva rea de
formao, se part icipam e com qual freqncia dos cursos de formao
cont inuada que so oferecidos pelas inst ituies de ensino ou outras, a f im de
percebermos se estes elementos inter ferem na prtica cot idiana da sala de
aula. De acordo com Foucher, (1989, p . 16) A geografia na escola , na
maioria das vezes, uma lio a aprender.
Aplicamos os quest ionrios junto aos p ro fessores da rede pb lica
municipal e estadual de Ipor. Sendo esco las pesquisadas do municpio,
Escola Munic ipal Jorcelino Barbosa, e Esco la Municipal Vald ivino Ferreira,
com ressa lva que a professora dessa escola no quis responder ao quest ionrio
por no achar relevante, alm de ter formao em ou tra rea. Ento se percebe
uma falta de compromisso com a pesquisa e com o ensino de Geografia.
As escolas da rede estadual que foram submetidas a pesqu isa foram;
Colgio Estadual Ar iston Gomes da Silva, Colgio Estadual de Aplicao,
Colgio Estadual Odilon Jos de Olive ira, Co lgio Osrio Raimundo de Lima,
Escola Estadual Edmo Teixe ira, Escola Estadual Israel de Amorim, Escola
Estadual Vereador Antonio Laurindo, Colgio Estadual Dom Bosco. Embora
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dois dos professores da rede estadual no tenham respondido ao questionrio,
foram bem aproveitados os dados encontrados nas questes respondidas pe los
demais professores.
Ento fo i feita a pesqu isa primeiramente na (S.M.E.) Secretaria
Munic ipal de Educao Na qual fo i concedida uma relao das escolas a ser
submetida pesquisa com a secre tr ia munic ipal de educao , Rute Cabral
Marques Xavier, que nos concedeu info rmaes sobre as esco las e professores
nelas lo tados sendo 2 (dois) na rede municipa l.
E juntamente com a Subsecretaria de Educao com o Sr. Adeilton Jos
Ferreira, que nos fo rneceu a quantidade de professores que esto lotados nas
esco las estaduais no total de 18 (dezoito) da rede estadual.
Aps o levantamento das escolas e professores vinculados, fo i elaborado
o questionr io com questes objet ivas e discursivas, a f im de entender como
est sendo desenvolvida a discip lina de Geografia, e por fim foi ap licado aos
professores sujeitos da pesquisa. De posse dos questionrios respondidos, foi
feito a tabulao dos dados obtidos.
A partir dos resultados fo ram elaboradas tabelas com os dados, para
apresentar nmeros reais sobre, sexo , idade, fo rmao, entidade formadora,
hab ilitao, vncu lo empregatcio , carga horria, turno de trabalho dos
professores e logo se fez a an lise das questes abertas observando as
dificu ldades enfrentadas na docncia.
Os resultados obtidos mostram que os p ro fessores encontram
dificu ldades em estabe lecer parale lo entre teoria e prtica, principa lmente nas
questes dos conceitos/categor ias que norteiam a Geografia, dando respostas
vagas e incoerentes, e principalmente devido carga horria excessiva que os
obriga a exercer para consegu ir uma melhor remunerao. E observa-se que
em sua maioria os professores que esto atuando no possui formao
espec fica em Geografia.
Para Almeida, Le ite e Ghedin (2008, p.29) , o s profiss ionais no esto
sendo preparados e nem esto recebendo preparo su fic iente no processo
inicia l de sua formao docente para enfrentar a nova realidade da escola
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pblica e as demandas hoje existentes, assumindo as novas atr ibuies que
passam a ser cobradas dos professores.
As novas demandas educacionais impostas sugerem que o professor
esteja cada vez mais preparado para os enfrentamentos, logo a atualizao e
acompanhamento das novas tendncias para o ensino a lgo a ser
redimensionado, exigindo fo rmao com qualidade.
Em conformidade com os Parmetros Curriculares Nacionais Parmetros
Curriculares Nacionais P.C.Ns (2002), que indicam os objetivos para a Geografia
escolar, cabe mesma formar cr ianas e jovens com vistas a torn-los cidados
crticos e que possam ser agentes modificadores no meio em que esto
inser idos.
Isto nos leva a reflet ir se enquanto professores, a formao recebida e a
formao cont inuada tem atend ido estes propsitos.
A sociedade exige uma Geografia mais dinmica, que possib ilite ao
educando compreender o mundo, correlacionando-o ao seu cotidiano. No
podemos mais ensinar uma Geografia compartimentada ignorando as relaes
que se tecem entre a sociedade e natureza e os efeitos d isto na d inmica do
ambiente.
A pertinncia da realizao deste trabalho se just ifica por nos permit ir
pensar o processo de formao docente em Geografia, e as aes destes
professores nas esco las em que atuam, sabendo da importnc ia que tm como
professores atuantes e participantes no p rocesso de construo de uma melhor
qualidade do ensino pb lico, mesmo reconhecendo todos os entraves, para que
estes no se jam motivos para que o ensino se ja desmotivante.
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1 - A FORMAO DOCENTE EM DEBATE: PENSANDO O
PAPEL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA NO ATUAL
CONTEXTO EDUCACIONAL
Conhecer o papel do p ro fessor nos dias atuais nos remete a pens-lo
como agente mediador na construo do conhecimento do educando,
desenvolvendo suas atr ibu ies, habilidade e competncias a f im de que o
processo educativo acontea, enfat izando neste trabalho a educao
geogrfica.
Colello (2001) ao abordar as mazelas da educao, faz meno sobre o
fracasso escolar e a quem possa ser atr ibudo: se ao sistema educac ional,
esco la, aos pais, ou aos educandos. Toda a responsabilidade quase sempre
reca ia sobre o professor.
Entretanto, s ituaes como o desinteresse dos educandos pela escola e
pela educao fo rmal em seus aspectos gerais, a precr ia infra-estrutu ra, o
mater ial didt ico, e mais todos os prob lemas que sempre so apontados como
responsveis pela baixa qualidade do ensino pblico, gera lmente justif icam a
culpa do professor.
A escola tem sido co locada vr ias situaes que caberiam aos pais
desempenhar na educao de seus filhos, sendo neste sent ido, a esco la e os
professores injustamente responsabilizados por todos os p roblemas do sistema
educacional.
O professor no est preparado para enfrentar tal s ituao, e nem mesmo
necessitaria estar , pois o ofcio de ensinar componentes curriculares envolve
domnio de contedo, habilidades do professor, gostar do que faz uma
consistente formao inicia l, a fo rmao cont inuada, entre outros pontos que
poderiam ser apontados, mas devemos ressaltar aqu i que determinados
aspectos que so empurrados para que o professor resolva no sendo por
vezes, parte de sua formao e no estando o mesmo preparado para lidar com
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tais s ituaes. Como no est preparado para ser psiclogo, mdico, dent ista,
entre ou tros profiss ionais que a escola precisaria ter , a responsabilidade do
fracasso do professor, que foi incapaz de resolver tudo.
Entendemos que o despreparo do professor influencia s im na produo
eficaz do conhecimento pelo educando, pois o p ro fessor media este processo
construtivo , ou se ja, o processo de ensino /aprendizagem um processo de
mo dupla, e ao professor apenas no poderia ser colocada toda a
responsab ilidade das mazelas da educao , embora reconheamos a
importncia do professor no processo.
Costa e Vlach (2001) enfati zam que a docncia por excelncia uma
atividade p ro fiss ional de alta responsabilidade, tcnica polt ico e social,
pressupondo, portanto, que a formao do educador requer compromisso e
competncia.
Apesar de a Geografia ser um componente curricular muito abrangente,
pois trata a dinmica do mundo que reflete em nosso co tid iano , a mesma tem
sido desvalo rizada, acreditamos que no por acaso, dado o poder de reflexo
que seus contedos se bem ministrados, possibilitam ao educando perceber o
mundo de modo diferenciado.
Nesse sent ido, a Geografia esco lar tem sido desvalorizada at mesmo
dentro do conjunto de propostas oficiais, e isso pode ser percebido, pelo
nmero de aulas, a importncia em ter um professor da rea ministrando a
Geografia escolar, pois de certo modo estamos falando de uma educao
geogrfica. Se conduzida neste sent ido, o aluno ter co ndies de se tornar
um aluno cidado, exercendo de fo rma plena a sua cidadania.
O professor deve buscar cont inuamente a formao cont inuada, tendo em
vista a necessidade de desenvolver uma educao modificadora da p resente
situao da educao, notadamente na rede pb lica de ensino , que esta parcela
considervel da popu lao que no tem posses para pagar por uma educao
que os prepare para a vida e para o mercado sero ingressados.
Assim, nos perguntamos, ento qual o atual papel da esco la enquanto
institu io socia l que dever ia permit ir ao indivduo preparar-se para a vida?
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Onde estaria a inverso de valo res e por que isto no revert ido . O processo
de construo do conhecimento ocorre tambm atravs de experinc ias que o
educando j trs consigo apreend idas em seu co tid iano na sua convivncia
com a famlia e com os grupos sociais de que faz parte.
Precisamos pensar com maior responsabilidade sobre a re levncia da
formao docente como est proposto nos PCNs (2002),
[ . . . ] que o novo ensino mdi o tem que preparar o aluno para a vid a, alm de qual i fi car para a cidad ania e capaci t ar para o aprendizad o permanente, em eventual prossegui ment o dos estud os ou d iretamente n o mundo d o t rabalh o.
Os professores devem ser mediadores da construo e inter-relaes
entre os contedos propostos e a realidade vivida de seus educandos,
tornando-os crticos da sociedade na qual est inserido .
No processo de ensino, a insero de novas metodologias essencia l
para que o pro fessor possa contribuir no ato de ensinar, permit indo ao
educando compreender o papel deste componente curricu lar considerando as
proposies em seu conju nto de categorias e conceitos, que abordam. Assim o
professor tenha formao especfica e que esteja constantemente buscando
ampli- lo a f im de que a educao geogrfica, ou uma possibilidade de ver e
ler o mundo acontea em co ndies mais adequadas no processo educacional.
Nessa perspectiva, premente a necessidade de implementao de novas estratgias de ensino-aprendizagem, no s no que diz respeito s diretrizes curriculares, mas na prpria escola, visando melhoria da qualidade do ensino e, conseqentemente, possibilitando ao educando oportunidade de se desenvolver integralmente. (CRUZ, 1999).
Pensar na escola como o lugar onde ocorrem conflitos, e onde
necessr io reso lv- los, a fim de minimizar as diferenas e inter-relao entre
os pares, p reciso pensar a estrutura esco la alm do professor, do quadro e
giz, pois estamos falando de uma instituio que concentra d iferenas
socioeconmicas, a fet ivas, entre outras, assim seria necessrio que mais
profiss ionais est ivessem envolvidos no construir a escola se quisermos
minimizar as diferenas.
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Da necessr io reflet irmos qual tem sido a formao destes professores
que esto no espao da sala de au la ministrando a Geografia. Foram
preparados para lidar com escolas id ias que na p rt ica no acreditamos
exist ir , po is nem sempre o que ideal esta dentro do que temos de real, ou
estar iam estes p ro fessores apenas desenvolvendo o papel de repetidores do
livro didtico usado na inst ituio qual est ve iculada. Para Gedhin et
al . (2008 , p. 98),
Para que a escol a seja capaz de encaminh ar essa reest rut urao, mui tos aspect os se col ocam como pr -requi si to: as condi es d e i nfra -est rutura, de t r abalh o, de sal r i o e carrei r a docente o n mer o de alun os por sala e de professores na escola, o apoio t cni co-pedag gi co ao ensi no, mas princi pal mente a compreenso do s professores sobre seu t r abalh o, sobre a escol a e sobre seus alunos, o que deveri a est ru turar -se por mei o d e um sl ido programa d e formao cont inu ada capaz de mobi l izar os profi ssion ais n a dir e o de constru rem outr as concep es a respei t o d o processo de en si no-aprendi zagem e das concepes sobre o papel da escola.
Conforme o que o au tor supracitado expe muitos so os dilemas
enfrentados pelo professor na escola, logo uma necessidade premente de
realizar prticas pedaggicas que atendam as expectativas dos a lunos, nas
propostas didt icas, em conformidade com as d iretr izes curricu lares.
Diante da configurao que temos da esco la contempornea, dada a
implementao das novas tecno logias, em que as informaes chegam com
tanta veloc idade, os PCNs (2002) co locam que preciso ident if icar os pontos
de partida para construir essa nova esco la, e reconhecer os obstculos que
dificu ltam sua implementao, para aprender a contorn-los ou para super-
los.
Mas se os p rprios alunos esto ind iferentes educao que esto
recebendo, se considerarmos o desinteresse pela Geografia, o que pode ser
relac ionado s prticas adotadas pelo educador que por vezes somente expe
de fo rma apressada e sem reflexo a anlise do que est posto no livro
didtico temos assim uma Geografia sem sent ido no co tidiano do aluno , pois
devemos considerar que no aprendemos bem aquilo que no nos atrai a
ateno, ou que no se torna importante para o educando. Geralmente, os
contedos propostos por programas e laborados de cima para baixo , que
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desconsideram as part icularidades regio nais e loca is, faz que o livro didtico
no atende de fo rma eficiente a realidade vivida pelo aluno . A Geografia no
estt ica, est sempre em movimento, conforme as dinmicas que regem o
mundo.
Ainda que o professor tenha essas caracterst icas ao ministrar suas au las,
ele deve estar convic to que mesmo em meio a d ificuldades o seu trabalho
pode fazer a diferena na formao do indivduo (educando) promovendo
reflexes e comparaes a partir dos contedos que tenham como suporte no
livro didtico com a realidade de seus educandos.
1.1- A importncia da formao continuada para a atualizao do
professor
Entendemos que para auxiliar na resoluo dos prob lemas j
mencionados em re lao atuao do professor a formao cont inuada pode
auxiliar de forma considervel para amenizar ta is ocorrncias. Contudo, ao
professor cabe decidir e inovar na sua prtica pedaggica.
Alm de uma boa formao inicial, que tambm no garante que o
professor este ja preparado , pois o prprio termo j d iz formao inicial, ento
o professor no est pronto e acabado, ele deve invest ir continuamente na sua
profiss ionalizao, melhor se preparando para os desafios co tid ianos da sala
de au la. A necessidade de atualizao tambm uma das exigncias
educacionais, mas isto no deve ser entendido apenas enquanto uma forma de
obter algumas melhor ias salaria is, mas p riorizar o aprimoramento do ato de
ensinar/aprender o componente cu rricu lar de Geografia.
Olive ira (1998 , p.143-144) argumenta que:
Nos dias d e h oj e s tem havido l ugar para duas grand es vertente s i deol gi cas no ensin o d a Geografi a. Ensi nar uma Geografia neutr a, sem cor , sem od or. Uma Geografi a que cr ia desd e o inci o t rabalhadores ainda que cr i anas, ordeiros para o capi tal . Ou
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ensinar u ma Geografi a cr t i ca, que forme cr i t icamente a cr i ana, vol tad a, portant o, para seu desen vol vi ment o e sua formao como cidad o.
Diante d isto necessrio que os professores busque adequar seu modo de
ensinar ap roveitando o conhecimento que o educando trs consigo. A partir
da desenvolver possibilidades para que o aluno possa ap render a ap render,
tendo condies para que seja ele mesmo o construtor de seus prprios
conceitos, partindo do que lhe co rriqueiro. O educando no deve ser
preparado apenas para o mundo do trabalho, mas tambm para consegu ir ler e
entender as mlt iplas relaes que esto entremeadas neste processo.
Mesmo o aluno iniciante na esco la, deve receber esse ensino, para que se
tenha contato com a Geografia, mesmo que seja feita uma leitura do espao
qual e le est vivenciando. Ento progressivamente o educando ter bagagem
para interpretar os conceitos de forma coerente.
[ . . . ] desde o i nicio do processo de escol a r izao no ensi n o fund amental at a uni versidad e, no deve ser mais a si mple s t ransmi sso de in formaes, a d i fuso de conh eci ment os dad os, a t ransmi sso de verdades acabadas, de inova es tecn ol gicas, ne m a social izao d o saber si stemat izad o. Is so tudo fei to com mai s agi l idade e eficincia pelo j ornal , pel o rdio pela televiso pel o cinema, pel o computad or e pela i nternet . [ . . . ] a escola e aos cursos de formao inici al de professores compet e formar seres humanos, cidad os pessoas que gostem de ler, de estudar , de t r abalhar com os conheci ment os. (GEDHIN et al , 2008, p. 31-32).
Portanto , preciso pensar na fo rmao do professor pela sua importncia
social, pois, segundo Kaercher (2000 , p.140) importante que o educador
sa iba ouvir, induzir as discusses, que faa provocaes, e proponha novos
temas, para que a fala dos alunos no fique s nos assuntos imed iat istas ou
apresentados pela mdia. Pensa-se ento que o professor tem o papel de
instigar seus educandos a reflet ir , e observar o objeto de forma peculiar a sua
compreenso.
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1.2 Despertar o educando para pensar alm do que lhe proposto no
currculo formal
De que forma d iscutir os conceitos propostos para serem trabalhados na
Geografia escolar estabelecendo relaes com os temas geradores atuais,
propic iando ao educando reflet ir e re lac ionar com seu cotidiano depender do
professor, de suas metodologias e da f lexib ilidade do Pro jeto Poltico
Pedaggico da esco la. Contudo, pensamos que extrapolar a ferramenta mais
comum na esco la que o livro didtico possa prop iciar ao educando uma
reflexo e compreenso por parte dos educandos dos contedos p ropostos,
tornando a Geografia escolar significat iva para o educando, despertando junto
ao mesmo o gosto pela mesma, tendo em vista que poder estabelecer
paralelos entre o proposto no currculo e seu contexto, ou seja, com o seu
cotid iano.
Embora temos visto ocorrer geralmente o ensino da Geografia esco lar de
forma desconectada, ou seja, uma Geografia neutra ao ensin- la, mas
intencional por que no leva o educando a pensar a sua realidade, acreditamos
na u rgncia e importnc ia de reverter este quadro . Cumpre Geografia
esco lar possib ilitar a educando ter condies de enxergar o ob jeto o mundo de
maneiras diferenciadas sendo atuante no processo de transfo rmao.
Provocar no aluno o desejo de conhecer, de buscar em textos
complementares assuntos relac ionados com a disciplina, e remet-los a
interpretar cada um conforme seu entendimento , uma cond io essencial
para que o educando reflita e amplie as suas possibilidades de ler o mundo.
Assim, nem sempre todos ap reendem ao mesmo tempo e da mesma forma,
sendo a compreenso ind ividual, devendo haver cooperao recproca no ato
de ensinar/aprender, o ensino no uma via de mo nica, pois ao mesmo
tempo em que o professor ensina aprende ele ap rende com seus educandos.
Para Cruz (1999) o saber fazer d idtico no processo de participao no
desenvolver do conhecimento promove mudanas na conduta ao relac ion- la
com os porqus de ensinar Geografia. Ao fazer uso das competncias estar
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promovendo ao aluno , um cresc imento inte lectual auxiliando a ter maio res
condies de contextualizar e f ixar os contedos.
Diante disso nos inst iga compreender como tem acontecido nas escolas
da rede pb lica o ensino de Geografia, no ensino fundamental e md io, a fim
de saber se os docentes esto desenvo lvendo em sala de aula competncias
reflexivas no processo de formao. Todos os anos so formados muitos
professores de rea por todo o estado no caso (Gois), mas f icamos a
questionar onde esto estes professores se sobram vagas, se nem sempre
professores formados na rea esto na sala de aula, e mais se quando ocorrem
concursos cont inuam a sobrar vagas, pois os professores no conseguem
passar nos concursos pblicos.
Diante do desafio de produzir um estudo sobre o perfil dos docentes em
Geografia que atuam junto rede pblica de ensino no municpio de
Ipor/GO, buscamos neste trabalho levantar aspectos que consideramos
essencia is na docncia s dif iculdades encontradas pelos mesmos d iante das
demandas propostas pela Secretaria Municipal e Estadual de Educao.
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2 - CARACTERIZAES DOS SUJEITOS DA PESQUISA E
METODOLOGIA APLICADA
Esta pesquisa e um trabalho qualitativo, ressaltando que no estamos
aqu i emit indo juzo de valores sobre a p rtica cotidiana do professor.
Buscamos s im, levantar dados e analis- los a f im de que de posse deste perfil
pudssemos conhecer melhor os aspectos que fazem da Geografia escolar uma
disciplina desinteressante para muitos educando, e tambm entender melhor o
porqu muitos professores que ministram a mesma j esto cansados e no
mais acreditam no poder transformador da mesma.
Os su je itos partic ipantes desta pesquisa compem-se dos p ro fessores de
Geografia que esto atuando junto rede pblica de ensino em Ipor.
Inicialmente realizamos o levantamento e reviso de referencia is tericos que
discutem a importncia da formao docente e a repercusso de sua p rt ica
cotid iana no ensino/aprendizagem da Geografia escolar.
Na reviso dos referenciais tericos que tratam sobre o tema destacamos
a relevncia dos trabalhos realizados por Foucher (1989) que trata sobre as
dif icu ldades em fazer do ensino um instrumento capaz de modificar
horizontes; Guimares (2009), Leite, Ghedin, e Almeida (2008) que discorrem
sobre o ensino de Geografia e o Estgio Supervisionado como forma de
preparar os fu tu ros professores para o exerccio docentes; Oliveira (1998) que
ana lisa as dif iculdades enfrentadas na docncia sendo a desva lorizao da
carre ira docente ponto relevante de seu trabalho ; e ainda Costa e Vlach
(2001) que abordam uma proposta de ensino que permita a formao de
cidados crt icos e reflexivos, dentre ou tras le itu ras que igualmente nos
auxiliou a pensar sobre o tema.
Posteriormente, juntos Secretaria Munic ipal de Educao e tambm
junto a subsecretar ia estadual, levantamos os nomes dos professores lotados
para a Geografia e tambm a listagem de que esco las atuam estes professores.
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Aps o contato com as escolas para pedir autorizao para realizar a pesquisa e do
contato prvio com os professores, e com conversas informais junto a estes pudemos ento
posterior ao recolhimento dos questionrios tabular e analisar os dados. Os resultados
alcanados esto demonstrados em tabelas seguido da leitura destes resultados relacionando-
os ao que temos em teoria.
Foram sujeito da pesqu isa as escolas, Escola Munic ipal Jorcelino
Barbosa, na qual foi entrevistada uma professora que contribuiu na pesquisa.
Outra foi a Escola Munic ipal Valdivino Ferreira, porm no recolhimento do
questionr io a p ro fessora no respondeu.
As escolas da rede estadual que foram submetidas a pesquisa so ;
Colgio Estadual Ar iston Gomes da Silva, entrevistamos 3 ( trs) professores,
Colgio Estadual de Aplicao, fo ram sujeitos da pesquisa 2 (dois) docentes,
Colgio Estadual Odilon Jos de Oliveira, foi entrevistados 2 (dois)
professores, sendo que 1(um) no devo lveu o questionrio , Colgio Osrio
Raimundo de Lima, teve participao de 4 (quatro) docente, Escola Estadual
Edmo Teixeira, apenas 1 (um), Escola Estadual Israe l de Amorim, 4 (quatro )
professores, Escola Estadual Vereador Antonio Laurindo, 1 (um) professor e
Colgio Estadual Dom Bosco, 3 (trs) embora 1(um) no quis responder. Dois
dos professores da rede estadual no tenham respondido ao questionrio,
foram de grande importncia os dados encontrados.
No total aplicamos os questionr ios junto a 20(vinte) professores. Trs
professores no devo lveram os questionrios. Nem todos os professores
devolveram os questionr ios entregues. Um destes professores no se
disponib ilizou responder o questionrio , alegando que o questionrio no
tinha nexo nenhum com o processo educac ional em questo, alm de que a
mesma formada em Histria. Para e la as questes eram direcio nadas ao
professor de Geografia e assim no caberia a ela responder, mesmo sendo ela
a professora de Geografia da escola. Os demais professores 18(dezoito) esto
lotados na rede estadual de Ipor, deste total 2(dois) no responderam ao
questionr io no mostrando interesse em co laborar com a pesqu isa.
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Dois professores so da rede municipal e ministram suas aulas nas
esco las urbanas. Embora alguns no tenham respondido todas as questes, foi
de grande va lia a co ntribuio destes suje itos pesquisados para que
pudssemos ter uma viso geral de como anda o ensino da Geografia esco lar
no municpio pesquisado. A resistncia e negao por alguns em no
responder o questionr io nos permit i fazer a lgumas inferncias sobre o
interesse destes pe la Geografia nas resp ect ivas ent idades de educao, pois
negar tambm uma forma de posicionar-se.
Em outros aspectos podemos observar que aqueles que contriburam
respondendo as questes abertas e fechadas se mostraram inseguros e
conforme as questes que foram postas no questionrio, pensamos que esto
relat ivamente despreparados para o exerccio da docncia de Geografia nas
etapas do ensino fundamental e mdio, o que no quer dizer que se jam
incapazes, mas que poderiam se quisessem aperfeioar-se.
Tivemos 85% dos questionrios aplicados para se fazer a tabulao, embora 15% no
tenham respondido as questes propostas, mostrando desinteresse em colaborar com a
pesquisa. Ou seja, dos 20 questionrios tivemos de volta para analisar 17, mas que nos
permitiu tecer vrias consideraes sobre o panorama da Geografia escolar no municpio.
A fim de preservar a identidade e respeitar o direito de no quererem se mostrar, por
situaes vrias que j conhecemos em um pas democrtico de direito, mas no de fato, no
usamos os nomes reais dos sujeitos entrevistados e s vezes em que nos referirmos as suas
falas usaremos codinomes.
TABELA 1 Professores por Gnero
Sexo Quantidade % Feminino 14 82,35 Masculino 3 17,65 Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
A maioria dos sujeitos participantes da pesquisa do gnero feminino e isso refora
uma questo histrica, pois o magistrio apresenta como primeira atividade remunerada de
maior expresso posta para as mulheres, embora hoje este cenrio esteja mudando, mas no
imaginrio da sociedade a imagem do professor ainda da figura feminina. No
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necessariamente porque a docncia seja uma atividade feminina, mas devido s conquistas
garantidas pelas mulheres ao longo dos anos, na busca por igualdade temos todo esse pblico
exercendo essa funo importante na formao dos cidados.
A faixa etria dos professores de Geografia da rede pblica de Ipor esta distribuda
conforme os seguintes intervalos: no tivemos nenhum professor com at 20 anos; entre 20 e
29 anos temos 23,52%; entre 30 a 39 anos tambm outros 23,52% e entre 40 a 49 anos,
41,18% sendo esta a faixa mais expressiva. Com mais de 50 anos, 11,76%. Com base nestes
dados percebemos que um perfil de professores que j carregam consigo certa experincia
docente, ou que nos leva a pensar que poderiam ento dado o tempo que esto na docncia
serem bem preparados, mas que, nas respostas abertas verificamos o contrrio disto, em
funo de vrios elementos que sero adiante apontados. Na tabela 2 temos a distribuio
destes dados.
TABELA 2 Professores por idade
Faixa etria Quantidade % At 20 anos 0 0,0 De 20 a 29 anos 4 23,52 De 30 a 39 anos 4 23,52 De 40 a 49 anos 7 41,19 Mais de 50 anos 2 11,77
Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Os dados levantados nos mostrou que parte destes professores no so efetivos 7 dos do
total de 17, e que os desafios em sala de aula no se restringem apenas aos professores
iniciantes, pois aqueles que j esto a algum tempo na docncia tambm experimentam as
mesmas dificuldades.
Muitos dos professores j esto a um considervel tempo na docncia, e ministram a
disciplina h algum tempo, isto nos chama ateno, pois se j esto no exerccio docente
deveriam ser professores em constante aperfeioamento.
Conforme argumenta BRZEZINSKI (2008);
Que em virtude do exerccio de magistrio nos anos iniciantes do ensino fundamental requer domnio do saber multidisciplinar e uma prtica uno docente que conferem identidade ao professor, necessrio que sua formao privilegie o desenvolvimento de uma postura cientifica, tica, poltica e tcnica.
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Nesse sentido, que reforamos no s a importncia da formao inicial, mas tambm
da formao continuada para o aperfeioamento do professor e de sua prtica.
Apesar de exist ir um discurso de que as escolas esto buscando
adequarem para que ocorra uma educao de qualidade, ainda deixam muito a
desejar no s no que d iz respeito aos seus recursos mater iais como tambm
humanos, ainda mais se comparadas com as escolas particulares, nas quais o
educando visto como um mercadoria sendo preparados para ser ap rovados
nas univers idades pblicas e ocuparem as vagas mais concorridas. Portanto,
sendo assim a esco la pb lica tem que se preocupar ainda mais com a formao
de seus docentes, e permit ir que professores no formados na rea em uma
rea espec fica ministre aulas, cu ja disciplina no corresponde a sua formao
um despropsito, ass im como no cobrar e permitir condies para que este
professor este ja se atualizando de modo constante.
Zanatta e Sousa (2008) vo dizer que o professor deve fazer uma
reavaliao constante de seu ob jeto de trabalho, da escola, de seus alunos e
sobre o contexto no qual est inser ido. E pensamos que isto no aco ntece na
realidade invest igada.
Levantamos as instituies em que os professores que esto atuando foram formados,
bem como o ano de sua formao e os cursos de aperfeioamento que fizeram depois de
sarem da graduao.
Os dados levantados apresentam a seguinte realidade: 94,12 % foram formados pela
Universidade Estadual de Gois, ou ainda na antiga FECLIP. Outros 5,88% foram formados
pela Universidade Federal de Gois.
TABELA 3 Professores por Instituio Formadora na Graduao IES Quantidade % UEG 16 94,12 UFG 1 5,88 Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
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Em sua maioria as licenciados em Geografia Embora 94,12% tenham sido formados
pela UEG, nos respectivos anos de 1992, 1998, 1997, 2001, 2002, 2003, 2006, 2008, e 2010,
temos um formando em Biologia, lembrando que temos um professor que foi formado pela
UFG no ano de 1992.
Questionados sobre a ltima participao destes em cursos de formao continuada,
observa-se que h pouca participao em cursos de formao continuada, sendo os mais
recentes apontados a participao em ps-graduao (nvel especializao) em
psicopedagogia e aperfeioamento em educao integral. Um dos professores est concluindo
a graduao agora no termino de 2010, e o mesmo no tem formao especfica em
Geografia.
Alguns dos entrevistados participaram da elaborao da Reorientao Curricular
proposta pela Secretaria Estadual de Educao, e ou so apenas licenciados em outros cursos
que no Geografia, isto nos permite dizer que presenciamos um retrocesso neste processo,
pois a no formao da rea e a participao em algo novo, mas sem que o professore esteja
em constante aperfeioamento compromete os resultados do ensino, correndo o risco de que
este componente curricular se torne pouco significativo ou de fato sem significado, se os
professores no tiverem domnio daquilo que fazem, e das categorias e conceitos que
fundamentam a Geografia escolar.
TABELA 4 Professores por Habilitao
Habilitao Quantidade % Licenciatura em Geografia
12 70,6
Histria 3 17,64 Pedagogia 1 5,88 Biologia 1 5,88 Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Temos, portanto uma porcentagem grande de docentes formados em Geografia e esto
atuando, ou seja, 70,6%, contudo, a pouca importncia dada para a formao continuada na
rea compromete a sua prtica cotidiana, pois as mudanas constantes no processo de
educao Geogrfica acabam por comprometer a qualidade das aulas ministradas. A formao
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em outras reas tambm compromete resultados, pois nem sempre temos habilidades e
desprendimentos para ensinar melhor aquilo que no seja de nossa formao especfica.
Associados, a questo do tempo de formao, a pouca participao em cursos de
formao continuada, e tambm a no formao na rea somam para o cenrio que se desenha
para o componente curricular de Geografia.
Quanto ao nvel de especializao dos 17 entrevistados 12 possuem especializao
mesmo que no especfica na docncia em ensino de Geografia o que representa 64,7% do
universo amostrado, 6 professores s tm graduao representando 35,29% do pblico
amostrado, ver tabela abaixo.
TABELA 5
Professores: formao continuada nvel ps-graduao Nvel de Formao
Quantidade %
Especializao 11 64,7 Graduados 6 35,30 Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Sobre vnculo de trabalho percebe-se que parte dos entrevistados so concursados, ou
seja, 58,8% dos professores que responderam o questionrio, outros 41,2% so contratos
temporrio, regime pr-labore, e isto evidencia que existe de tempo em tempo uma
rotatividade do corpo docente, o que no bom para o alunado pois no h um contnuo neste
componente curricular. Estes dados esto representados na tabela 6.
TABELA 6 Professores por tipo de vnculo
Tipo de vnculo Quantidade % Concursado 10 58,8 Contratado 7 41,2 Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Constatamos que maioria dos professores so concursados, mas ainda assim existe um
comprometimento na eficincia e eficcia do cumprimento dos objetivos propostos para a
Geografia enquanto componente curricular, pois tendo em vista o tempo em que estes j
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atuam na educao bsica e no ensino de Geografia, nos mostra que tempo e estabilidade
comprometem a qualidade do ensino se os professores no buscam atualizarem-se.
O mesmo comprometimento para a importncia dada Geografia escolar, pois estando
na condio de contratos conforme o compromisso do professor para a Geografia e para a
importncia com a educao em si reflete de modo significativo nos resultados que poderiam
ser alcanados com uma Geografia comprometida de fato com a formao do educando
cidado. Esta leitura faz-se tanto para o professor que j est a tempos na educao, mas que
no gosta daquilo que faz ou que no reflete sobre os resultados da sua prtica, bem com para
aqueles que esto de passagem no ensino de Geografia, e que recaem sobre aquilo que temos
visto acontecer no curso de Geografia em fase de formao inicial, ou seja, temos no espao
da sala de aula professores que no fazem o que gostam e que acaba indo para a sala de aula
como ltima opo, deturpando na educao bsica as possibilidades de nossos jovens
educandos lerem e ver o mundo de modo diferenciando. Temos aqui uma educao
geogrfica disforme e sem sentido para o educando, assim este educando no se sendo parte
que influenciam e so diretamente influenciados pelo sistema.
Esses dados refletem a necessidade de polticas pblicas que promova concursos para
suprir o dficit de professores por rea na rede pblica e a necessidade de selecionar melhor
aqueles que de fato querem ser professores de Geografia.
Sobre tempo de docncia obtivemos os seguintes resultados: 41,17% tem menos de 1
ano de docncia temos; entre 2 a 5 anos 5,89% dos professores; 6 a 10 anos representa
17,69% do universo pesquisado, e entre 11 a 15 anos 11,77% do pblico pesquisado. Entre 16
a 20 anos temos 17,65% dos professores. Entre de 21 a 25 anos no obtivemos nenhuma
resposta. Com mais de 25 anos temos 5,88% de todo universo pesquisado.
Assim, fica difcil afirmar que um maior tempo de docncia permita que tenhamos um
professor mais preparado, e o contrrio tambm acontece, nem sempre professores mais
jovens e com menos tempo esto preparados para os enfrentamentos. H questo acreditamos,
pesar sobre este aspecto gostar do que faz, e buscar constante aperfeioamento. Na tabela 7
apresentada abaixo tem a distribuio do tempo de docncia destes professores.
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TABELA 7
Professores por tempo de docncia na disciplina de Geografia Tempo de docncia
Quantidade %
Menos de 1 ano 7 41,17 De 2 a 5 anos 1 5,88 De 6 a 10 anos 3 17,65 De 11 a 15 anos 2 11,77 De 16 a 20 anos 3 17,65 De 21 a 25 anos 0 0,0 Mais de 25 anos 1 5,88 Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Quanto carga horria que trabalham verificamos que so excessivas as cargas horrias
do professore da rede pblica de ensino de Ipor- GO entendemos que as cargas horrias que
mostram sobrecarga, sejam para aumentar o rendimento, pois os salrios pagos so precrios.
Dos professores que nos devolveu os questionrios tivemos 47,05% trabalhando com carga
horria de 40 a 60 horas, com estas cargas horrias ficamos pensando como preparar boas
aulas; como aperfeioar-se; outros 29,41% trabalham de 30 a 40 horas. Apenas 5,88%
trabalham de 10 a 20 horas, entre 20 a 30 horas temos um total de 17,64% dos professores
pesquisados. Estes resultados esto apresentados na tabela 8.
TABELA 8
Professores por carga horria de trabalho Carga horria Quantidade %
De 10 a 20 horas 1 5,88 De 20 a 30 horas 3 17,64 De 30 a 40 horas 5 29,41 De 40 a 60 horas 8 47,06
Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Em relao carga horria (tabela a cima) e turno de trabalho (tabela abaixo) dos
professores podemos inferir que se submetem a excessivos turnos de trabalho, abrindo mos
at mesmo da convivncia familiar, pois todo o tempo consumido na escola. Sem dvida
isto interfere na qualidade do trabalho e no nvel de stress do indivduo.
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TABELA 9 Professores por turno de trabalho
Turno Quantidade % Matutino, vespertino e noturno
7 41,17
Matutino 4 23,53 Vespertino 1 5,88 Matutino e vespertino
5 29,42
Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Uma outra questo que nos chamou especial ateno foi que o professor de Geografia
nem sempre ministra apenas este componente curricular, tendo ainda a responsabilidade ainda
outras disciplinas nesta situao tivemos 70,58%, professores que ministram outras
disciplinas alm de Geografia: Artes, Geografia e Cincias, sendo este professor formado em
Pedagogia. E ainda aqueles formados em Geografia ministram aulas de Educao Religiosa,
Matemtica, Sociologia, Histria. Outros 29,42% responderam que no ministram outras
disciplinas. Portanto, podemos perceber que ministrar outras disciplinas est relacionado
necessidade de aumentar a renda, para suprir as suas necessidades. dentre outras, o que vem
reforar a necessidade de se ter uma formao especfica para cada rea de atuao.
TABELA 10
Ensino de outras disciplinas Turno Quantidade %
Artes 2 11,78 Histria 3 17,64 Cincias 3 17,64 Sociologia 1 5,88 Matemtica 1 5,88 Apoio Filosofia 1 5,88 Educao Religiosa
1 5,88
No ministra outra disciplina
5 29,42
Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
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Toda essa diversidade de disciplinas que so lecionadas pelos professores evidencia a
precariedade do ensino e, a necessidade de se investir em polticas pblicas para o
aperfeioamento e qualificao dos docentes da rede de ensino pblico.
Sobre a participao dos mesmos em alguma entidade sindical ou partido poltico, tem-
se 11,77% sindicalizados; fazem parte de alguma entidade representativa 17,64%, participa de
movimentos sociais, apenas 5,88%, so sindicalizados e filiados a algum partido poltico. No
responderam a questo 52,94% dos professores. Este dado nos chamou ateno, pois no
responder, uma forma de no expor, e a no exposio nos sugere pensar ou existe uma falsa
neutralidade que, por conseguinte reflete na sua prtica docente, ou ento um perfil de
professor despolitizado, logo com um poder de criticidade e interveno limitada. Assim,
como no h coeso poltica da classe fica mais difcil lutar por melhorias nas suas condies
de trabalho, remunerao, etc. funo da pouca expressividade enquanto classe. Os dados
esto amostrados na Tabela 11, abaixo.
TABELA 11 Professores por participao Poltico e Social em Entidades e Partido Forma de participao
Quantidade %
Sindicalizado 2 11,77 Faz parte de alguma entidade representativa
3 17,64
Participa de Movimento Social
1 5,88
filiado em algum partido poltico
2 11,77
No participa de nenhuma entidade
9 52,94
Total 17 100,00 Fonte: Pesquisa Direta com professores da rede de ensino, 2010.
Os dados evidenciam pouca politizao e envolvimento com movimentos classistas e de
modo especfico despolitizao, o que no comum para o professor de Geografia, pois ele
deveria ser exemplo de formao crtica de opinies.
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3 APRECIAES DOS RESULTADOS OBTIDOS E ANLISE DAS
QUESTES ABERTAS
Relacionando as questes que foram obtidas nas questes abertas feitas aos professores,
e correlacionando-as as questes que foram apresentadas nas tabelas e tambm ao referencial
terico elaborado para sustentar a pesquisa emprica, observamos que embora o componente
curricular seja de importncia inquestionvel para a formao do educando/cidado, o
professor em atuao junto a rede pblica tanto estadual quanto municipal no municpio
investigado, ainda tem uma concepo equivocada da importncia desta disciplina na
formao para a cidadania.
Questionados quanto aos principais desafios para ensinar Geografia, e se estes se vem
preparados para este enfrentamento, faremos a transcrio das falas de alguns professores
tendo em vista a necessidade de ilustrarmos a realidade com que nos deparamos.
A professora Anabela1 disse que Falta de interesse dos alunos. Este desinteresse seria
inerente falta de uma estrutura que atraia o aluno. Ou seja, est relacionado s mazelas do
sistema educacional brasileiro. Os professores reclamaram muito da falta de tempo para se
manterem mais informados, e neste sentido a preparao secundria ao ensino. Para Ghedin,
Leite e Almeida (2008 p. 48-49);
Faz-se necessrio repensar a formao do professor de acordo com a necessidade social da escola pblica, aberta ao novo, capaz de oferecer ao aluno caminhos para a busca de respostas aos problemas que enfrenta no cotidiano. necessrio possibilitar, ao futuro professor, a construo de uma identidade profissional com os saberes docentes necessrios s exigncias da populao envolvida e as demandas atuais.
A necessidade de construo de uma identidade profissional deve existir desde a
formao inicial, ou seja, desde a universidade, pois na formao inicial a base onde
ocorrer uma educao com propsitos de mudanas no ensino, e o professor deve acreditar
que os resultados de seu trabalho sero percebidos no modo como os alunos se interessam ou
no pelo que proposto, logo as metodologias utilizadas, constituem-se de importncia
fundamental, para atrair o interesse e gosto do educando pela Geografia.
1 Nomes fictcios para preservar a identidade dos professores e as escolas as quais esto vinculados.
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O ensino na educao bsica no deveria acontecer de forma seccionada, como
historicamente temos visto acontecer. Isto apenas serve para reforar a importncia de um
componente curricular em relao a outros, dificultando ao educando tecer correlaes, entre
estes.
Para aprender o educando deve ter possibilidades de correlacionar diferentes tipos de
conhecimento, aprendendo atravs da mediao do trabalho do professor a construir o seu
conhecimento.
A seguir temos uma afirmativa que mostra o quanto ainda estamos distantes dessa
produo do conhecimento que pretendemos e que seja atraente aos educando. Falta ligao
entre teoria e prtica que resultar em aprendizagem e interesse pelos temas geradores da
disciplina, como pode ser observado so idias vagas, desconexas e que se no so bem
compreendidas nem por adultos, quanto mais ser para crianas e jovens aliar os contedos
ao cotidiano dos alunos, a conquista ser possvel atravs da prtica.
Perguntamos sobre os conceitos norteadores da Geografia e obtivemos respostas vagas
que no dizem sobre o que realmente foi indagado Como exemplo porque tudo isso faz parte
de um todo. A nossa realidade engloba tudo, professora Clara acredito que sim, so um
pouco complexas mais importantes; Florisbela. sim so importantes, mas no podemos
presos a conceitos e sim saber formul-los e entende-los; Margarida. com certeza todos so
de grande enriquecimento.
Como podemos perceber um conjunto de frases soltas e vagas que no sugerem nem
mesmo a indicao de que conceitos so estes dos quais estamos falando, que so aqueles
postos no PCN para a educao bsica e que todo professor de Geografia deveria conhecer e
dominar.
Para quem mesmo so importantes esses conceitos? Fica aqui uma reflexo de como
anda o ensino de Geografia na rede pblica de ensino de Ipor, essas respostas refora a pouca
preparao dos docentes que esto atuando na (de) formao de educandos cidados que
precisam pensar sobre sua realidade, sobre sua sociedade e o contexto do qual fazem parte.
De tal modo no entendemos que de fato esteja sendo formado um educando/cidado.
Embora alguns no responderam a questo fica ento uma duvida ser que esto mesmo
formando o aluno/cidado? As respostas dadas sobre a questo esto transcritas a seguir, os
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conceitos trabalhados na Geografia possibilitam uma melhor compreenso do espao onde
esto inseridos, professor Durval, um a disciplina, que quando bem explorada pode e deve
ser correlacionada com vrias reas do conhecimento, professora Las, A Geografia est em
constante mudana pois o mundo tambm vem transformando e com essa disciplina que o
aluno consegue relacionar e entender as mudanas climticas, a globalizao a extrutura
fundiria, o trabalho e a importncia de set algum preparado e mais conscientes dessas
mudanas e at que ponto esta contribuindo conseguir ensina dentro do seu conceito e a
Geografia passa a ser algo desconhecido e sem alcance. Professora Trcia.
Levantamos a questo sobre quais so as principais dificuldades terico-metodolgicas
para ministrar o componente curricular de Geografia. Parece-nos tambm no haver clareza
entre o que terico-metodolgico pelas respostas que foram dadas.
Segue algumas transcries do que foi respondido no do o devido valor a esta
disciplina que bem interessante. Muitos alunos no gostam de ler, professor Ubaldo.
pouca fonte de pesquisa, Cristiana. utilizar recursos pedaggicos adequados aos assuntos
abordados no dia a dia professora Maria. no achei ainda professora Marilu. aliar a
prtica ao contedo professor Pedro. acompanhar as novas tecnologias, Clia. baseamos
nos assuntos abordados conforme a matriz curricular e no somente em um livro Petra. no
vejo professora Carlaine.
Novamente nos defrontamos com uma vagueza nas respostas que fica difcil at mesmo
tecer comentrios sobre a compreenso dos mesmos pela Geografia escolar, por vezes, temos
a impresso de que eles no sabem do que esto falando.
Temos vrias respostas, embora poucas respondam ao menos parcialmente o que foi
questionado. Isto nos coloca diante de uma grande dificuldade em argumentar, pois o que
temos so respostas desconexas, vagas e sem reflexo.
Ao abordarmos a importncia da formao continuada foram quase unnimes em suas
respostas, disseram que sim que importante sim a formao continuada, 76,47% respondeu
participar de cursos de formao continuada, mas quando perguntamos quais cursos so estes,
pouco ou nada haver em relao Geografia tem estes cursos que frequentam os professores.
Apenas um professor disse que no acha ser importante investir em formao continuada.
Outros 5,88 disseram que acha importante, mas que no participam, e outros 5,88% s vezes
participam 11,77% dos entrevistados no responderam a questo.
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Quanto valorizao da disciplina Geografia o que aparece de forma significativa foi a
desvalorizao profissional, embora 6 dos 17 professores no respondesse a questo no
contribuindo com a pesquisa.
Questionados se acreditam que o ensino de Geografia pode contribuir para formao do
individuo. Todos disseram que sim. O porqu? Trs dos professores no responderam,
ficando para ns a dvida ser que eles no sabem, ou que acharam a pergunta irrelevante e
no quiseram responder. Os demais que responderam no conseguiram formular uma resposta
clara, que expressa de forma objetiva o que foi colocado, conforme pode ser visto nas
respostas transcritas abaixo.
Contribuir nos aspectos fsicos, humanos e econmicos professora Lia, para a
formao intelectual do individuo e compreenso de espao/preservao/movimentos,
Professora Anair. o coloca informado e a servio de seu bem estar, pois existem Geografia
Fsica, econmica e humana. O ser humano necessita dos aspectos fsicos da natureza para
obter economias e satisfazer-se como pessoa professor Ailton.
Analisando as repostas percebemos dificuldade em formular um conceito sobre qual a
contribuio da Geografia para o ensino e a formao do cidado. Apenas uma resposta se
aproxima do que se prope, o ensino de Geografia est muito ligado a vida das pessoas, trs
conhecimento, informaes, ajuda na compreenso do mundo, tornando ser humano mais
critico e preparado para a vida professor Barbosa.
Considerando as referncias socioculturais dos educandos todos os professores
acreditam que deve ser levado em conta, pois se trata do vivido de cada um, o saber informal.
Para Cruz (1999, p. 63),
Entende-se, portanto, que a Prtica de Ensino se caracteriza pela experincia, fundamental que o aluno inicie esta (experincia), logo no incio do curso, para poder fazer e refazer seus prprios caminhos no decorrer do processo ensino aprendizagem.
Ao serem questionados se utilizam metodologias diversificada em suas prticas
pedaggicas, 10 professores responderam que sim, e 1 disse no, 3 no responderam e outros
3 disseram no usar. Segue as respostas, aulas expositivas, prticas, passeios e pesquisas na
internet e em campo Estrela, observao do espao escolar, recortes de jornais, TV,
noticirios professora Aliana, laboratrio de informtica, retroprojetor, vdeo, apostilas,
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reportagens, dentre outro. todos os mecanismos pedaggicos didticos e metodolgicos,
podem auxiliar o processo de ensino/aprendizagem professor Pietro.
As demais respostas seguem a mesma linha de pensamento, praticamente os mesmos
recursos didticos pedaggicos, mas nenhuma com propostas diferenciadas que promovam
maior compreenso ou diferenciao no modo de ensinar.
Nas respostas sobre o descaso de professores e alunos como ensino de Geografia, 6
professores responderam que sim h o descaso, e 8 disseram no haver descaso, 1 professor
disse que as vezes ocorre descaso, e outros 2 no responderam a questo.
Para eles a raiz do problema esta relacionado a: pois acredito que se o professor ou
aluno tem descaso com o ensino de Geografia, eles tero com qualquer outra disciplina , a
formao do professor, professores graduados na rea que atua e mais fontes de pesquisa ao
alcanse dos alunos Estrela, talvez a falta de preparo de nossos professores e a falta de tempo
dos prprios ou seja dos mesmos Pietro, a falta de interesse dos alunos, muitas vezes
desmotiva os professores professora Aliana, no acredito que o ensino de Geografia seja
desvalorizado, mas as dificuldade presentes na prtica pedaggica fruto da formao
acadmica dos professores professor Barbosa.
As respostas obtidas revelam um despreparo na concepo dos conceitos de Geografia,
e das competncias a serem desenvolvidas em sala de aula, e grande parte dos professores est
alheio as propostas para que se tenha um ensino de Geografia que permita que o educando
possam assimilar mais essa disciplina.
A discusso levantada neste trabalho sobre formao de professores importante pelo
fato que estes docentes que esto atuando so os responsveis pela transmisso do
conhecimento, e que pode matar a capacidade de assimilao, se no dominarem a disciplina
com especificidade, ou fazer com que a disciplina seja mais valorizada em sua essncia se
buscarem se qualificar.
Portanto, possvel ter uma educao que nos d perspectiva de produzir
conhecimentos, pois tomando o processo de ensino como chegada e partida, o qual permite
que o professor possa em suas atribuies contribuir para que seus educandos possam exercer
um saber articulado e que promova uma prtica social concisa.
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CONSIDERAES FINAIS
Esta pesquisa foi pautada em um levantamento bibliogrfico, ass im como
a ap licao de questionr io, no qual se b uscou um conhecimento do processo
de ensino /aprendizagem, e quais os princ ipais desafios enfrentados na
docncia. No decorrer da aplicao dos questionrios junto aos professores, o
que conclumos, que alguns pro fessores que esto atuando como professor
da d isc iplina, no tem formao espec fica em Geografia, a partir dessa
constatao pode-se entender o porqu da disc iplina no ser atrat iva, pois
falta a correlao dos fatos e fenmenos que norteiam a Geografia. Tendo em
vista que o p ro fessor no t iver uma formao especfica possive lmente no
conseguir relacionar teoria e prtica.
Ao fazer o levantamento bibliogrfico pudemos fazer uma discusso
como est sendo feita essa preparao para a docncia e quais os desafios a
serem vencidos para que o ensino se ja mais valorizado, tanto por parte dos
discentes e docentes, quanto do sistema que rege a educao .
Ao final do trabalho pode-se chegar a um diagnst ico sobre o ensino
pb lico de Ipor, a partir das referncias bib liogrficas e da pesquisa
realizada com os professores lo tados nas escolas municipa is e estaduais,
atravs dos questionr ios aplicados.
Evidencia-se ass im a realidade, a formao inicia l deixa a desejar, mas
no seja isso a v lvu la de escape para se just if icar o fracasso do ensino de
Geografia.
O que nos chama a ateno o ensino de Geografia sendo realizado por
professores que no possuem fo rmao especfica, onde esto os egressos que
soa licenciados em Geografia, e que no esto na docncia.
Dos que se formou na Institu io (Feclipe /UEG), que possuem um tempo
de formao considervel, no que foi respondido pelos professores, em sua
maioria as espec ializaes geralmente no est ligada ao ensino de Geografia.
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Nem sempre participa de formao continuada, o que contribui para que a
disciplina se ja mais desvalorizada e enfadonha.
O que se percebe tambm a carga horria extenuante, com jornada de
trabalho estressante e que refora a desvalorizao da d isc iplina, e devido
conjuntura poltica que no leva em considerao essa categoria de
servidores, a fa lta de tempo para se preparar.
Nas questes especficas da Geografia (categor ias, conce itos) , as
respostas so incoerentes e vagas isso s vai just if icar o fracasso da
geografia. Por serem enquanto professor formador de opinio /cidados e
quando pergunta sobre participao em alguma ent idade representat iva ou
sindicatos, no fazem parte ento como ensinar algo se no faz parte, ou seja,
viver o que ensina.
Portanto , todos esses fato res comprometem o ensino, e re fo ram as
mazelas da educao, evidenciando a falta de polticas pb licas que valo rize a
docncia. Esta pesquisa possa ser uma forma de entender como est a
educao atual no municpio de Ipor-Go. E a partir da mesma fazer uma
reflexo de como enquanto professores podem contribuir para uma educao
melhor e de qualidade.
Que esta pesquisa possa servir para posteriores trabalhos que venham a
desenvolver este t ipo de discusso, e aqueles que tiverem acesso a ela possam
reflet ir sobre o papel da docncia na formao do cidado reflexivo. E haja
uma va lo rizao do docente que se ja capaz de intervir nas mazelas que
permeiam a educao.
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REFERNCIAS
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