a influência da vegetação arbórea no microclima de praças públicas estudo de caso na cidade de...

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA MAGNO MACEDO DE OLIVEIRA A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO ARBÓREA NO MICROCLIMA DE PRAÇAS PÚBLICAS: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE IPORÁ/GO IPORÁ 2013

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A Influência Da Vegetação Arbórea No Microclima de Praças Públicas Estudo de Caso Na Cidade de Iporá Go

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  • 1

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA

    MAGNO MACEDO DE OLIVEIRA

    A INFLUNCIA DA VEGETAO ARBREA NO MICROCLIMA DE

    PRAAS PBLICAS: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE IPOR/GO

    IPOR

    2013

  • 2

    MAGNO MACEDO DE OLIVEIRA

    A INFLUNCIA DA VEGETAO ARBREA NO MICROCLIMA DE

    PRAAS PBLICAS: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE IPOR/GO

    Trabalho apresentado ao curso de Geografia da

    Universidade Estadual de Gois - Unidade

    universitria de Ipor com a finalidade de

    obter o ttulo de licenciado em Geografia

    Orientador: Prof. Esp. Washington Silva Alves

    IPOR

    2013

  • 3

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao ( CIP )

    ________________________________________________________________________________

    O48i Oliveira, Magno Macedo

    A influncia da vegetao arbrea no microclima de praas publicas:

    estudo de caso na cidade de Ipor GO / Magno Macedo Oliveira. - 2013. 42 f.: il.

    Monografia (Licenciatura em Geografia) Universidade Estadual de Gois, Unidade Universitria de Ipor. Ipor, 2013.

    Orientador: Prof. Esp. Washington Silva Alves.

    1. Geografia. 2. Vegetao. 3. Clima. I. Ttulo.

    CDU: 911

    ________________________________________________________________________________

  • 4

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA

    FOLHA DE APROVAO

    MAGNO MACEDO DE OLIVEIRA

    A INFLUNCIA DA VEGETAO ARBREA NO MICROCLIMA NAS

    PRAAS PBLICAS: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE IPOR/GO

    NOTA: _______( _______________________ )

    ________________________________________________

    Washington Silva Alves (Orientador)

    ________________________________________________

    Valdir Specien

    (Avaliador)

    ________________________________________________

    Flavio Alves de Sousa

    (Avaliador)

    Ipor, _____ de Novembro de 2013.

  • 5

    Dedico

    Aos meus pais Elza e Paulo com muito amor e

    carinho, que me deram sempre a melhor

    educao possvel. minha noiva Tathiane

    Gualberto por estar sempre ao meu lado,

    dando incentivo e me encorajando para

    prosseguir rumo a essa conquista. E ao

    Ademiro e sua famlia pela confiana, pelo

    apoio que foi depositado em mim durante essa

    etapa da minha vida.

  • 6

    Agradeo

    A Deus, por iluminar todos os meus caminhos

    e pelo seu infinito amor. minha famlia pelo

    apoio e compreenso. Ao Ademiro, Ana Lucia

    e sua famlia pelo apoio e por serem

    verdadeiros anjos de Deus em minha vida. Ao

    meu orientador pela amizade e contribuies

    no desenvolvimento desta pesquisa. Aos

    professores, muito obrigado pelo carinho e

    conhecimento que nos foi destinado. Aos

    colegas e amigos, agradeo a Deus por t-los

    conhecido.

  • 7

    RESUMO

    As cidades so consideradas organizaes espaciais, so espaos diferenciados totalmente das reas

    naturais, elas apresentam particulares devido s modificaes provocadas no relevo, canalizao dos

    sistemas hdricos, a retirada da cobertura vegetal para construo de casas, fbricas, reas de lazer,

    reas densamente construdas, pavimentao do solo, fluxo de veculos e pessoas. Esses so alguns

    fatores que influenciam diretamente para alterar os padres dos elementos climticos como a

    temperatura e umidade relativa do ar. Assim este trabalho tem como principal objetivo analisar a

    diferena trmica e higromtrica entre as praas pblicas.

    Para isso foram selecionados dois ambientes que se diferenciam no tipo e densidade de vegetao, uso

    e ocupao do solo, densidade de construo no entorno, fluxo de veculos e pessoas. A proposta

    metodolgica foi baseada no sistema clima urbano de Monteiro (1976), que aborda o clima urbano

    como um sistema aberto, adaptativo, evolutivo, singular e morfognico, que ao receber energia do

    ambiente maior que esta inserido tem a capacidade de altera a dinmica climtica local. Foi coletados

    dados de temperatura e umidade relativa do ar por meio do aparelho Data Logge HT-500, no perodo

    representativo de inverno (estao seca na regio centro). A coleta foi realizada entre os dias 30/08 e

    05/09, nos seguintes horrios 09 horas, 15 horas e 21 horas, horrios que diferenciam quanto

    intensidade da radiao solar sobre a superfcie terrestre. Para analise das condies meteorolgicas

    atuantes na regio durante o perodo de coleta, foram utilizadas as imagens do satlite GOES 12 e as

    cartas sinticas da Marinha do Brasil. Os dados foram organizados em planilhas de clculo para a

    construo de grficos que demonstraram as diferenas de temperatura e umidade relativa do ar entre

    os pontos em cada horrio. Os resultados mostraram que o ponto com vegetao arbrea apresentou os

    menores valores de temperatura e os maiores de umidade. As diferenas trmicas permaneceram entre

    01C e 1,9C s 9 horas, 1,5C e 6,3C s 15 horas e entre 0,9C e 2,4C s 21 horas. As diferenas

    higromtricas permaneceram entre 1% e 8% s 9 horas, 2% e 21% s 15 horas e entre 0% e 15% s 21

    horas. No entanto o estudo concluiu que a vegetao arbrea nas praas pblicas desempenha funo

    importante, pois ameniza os efeitos do clima urbano.

    Palavras-Chaves: Praa Pblica, Vegetao, Microclima

  • 8

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1A- Imagem do ponto 1...................................................................................................... 23

    Figura1B - Foto do ponto 1............................................................................................................ 23

    Figura 2A - Imagem do ponto 2..................................................................................................... 24

    Figura 2B - Foto do ponto 2........................................................................................................... 24

    Figura 3A - Foto do termohigrmetro HT 500.......................................................................... 25

    Figura 3B - Foto do mini abrigo..................................................................................................... 25

  • 9

    LISTA DE QUADROS

    Quadro1- Diferenas de temperatura do ar s 9 horas .................................................................... 28

    Quadro 2 - Diferenas de umidade relativa do a as 9 horas............................................................ 30

    Quadro3- Diferenas de temperatura do ar s 15 horas................................................................... 31

    Quadro 4 - Diferenas de umidade relativa do a as 15 horas.......................................................... 32

    Quadro5- Diferenas de temperatura do ar s 21 horas.................................................................. 33

    Quadro 6 - Diferenas de umidade relativa do a as 21 horas.........................................................

    34

  • 10

    LISTA DE GRFICOS

    Grfico 1- Temperatura e Umidade Relativa do ar s 09 horas.................................................... 29

    Grfico 2 -Temperatura e Umidade Relativa do ar s 15 horas..................................................... 31

    Grfico 3-Temperatura e Umidade Relativa do ar s 21 horas....................................................... 33

  • 11

    SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................. 12

    1.1 Objetivo geral .................................................................................................... 13

    1.2 Objetivos especficos ......................................................................................... 13

    2. REFERENCIAL TERICO ............................................................................ 14

    2.1 As cidades e as reas pblicas ........................................................................... 14

    2.2. O clima urbano ................................................................................................ 16

    2.3. As escalas do clima........................................................................................... 16

    2.4. A vegetao nas reas urbanas ......................................................................... 17

    2.5. O uso e a ocupao do solo .............................................................................. 19

    2.6. Estudos de casos ............................................................................................... 20

    3. MATERIAIS E METODOS ............................................................................. 22

    3.1 Caracterizaes da rea de estudo ..................................................................... 22

    3.1.1 Caracterizao dos pontos de coleta ............................................................... 23

    3.2 Metodologia para a coleta e tratamento dos dados............................................ 24

    4.RESULTADOS.....................................................................................................27

    4.1 Condies sinticas do perodo de coleta dos dados ........................................ 27

    4.2. Diferenas trmicas e higromtricas s 9 horas ............................................... 28

    4.3. Diferenas trmicas e higromtricas s 15 horas.......... ....................................30

    4.4. Diferenas trmicas e higromtricas s 21 horas.............................................. 32

    CONCLUSO ........................................................................................................ 35

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................37

  • 12

    INTRODUO

    a cidade, o local onde ocorrem as maiores transformao realizadas pelo ser

    humano no meio ambiente, pois apresentam caractersticas particulares como modificaes

    provocadas no relevo, canalizao dos sistemas hdricos, a retirada da cobertura vegetal para

    construo de casas, fbricas, reas de lazer, a maior densidade de construo, pavimentao,

    fluxo constante de veculos e pessoas, etc. provenientes da ao humana, (AMORIM, 2000)

    Em geral, as cidades abrigam a maioria da populao mundial, que contribuem para a

    alterao da paisagem natural, resultado em condies microclimticas especficas (FRANCO

    et. al, 2010).

    comum no interior dos ambientes urbanos espaos destinado para o lazer e esttica.

    Essas caractersticas so aplicadas as praas pblicas, no entanto a falta de vegetao nesses

    locais contribui para o desconforto trmico e os tornam pouco utilizveis pela populao de

    uma cidade, bairro, vila, etc. A vegetao arbrea tem a capacidade natural de regular o

    microclima desses espaos, pois ameniza o valor da temperatura e aumenta os valores de

    umidade relativa do ar, (LOBODA E ANGELIS, 2005)

    Nessa perspectiva estudos que demonstrem o perfil da temperatura e da umidade

    nesses espaos, pode demonstrar a importncia da vegetao arbrea em praas j existentes,

    ou em criar praas pblicas ocupadas com vegetao arbrea em novos loteamentos. Assim

    este estudo tem como objetivo verificar as possveis diferenas trmicas e higromtricas

    existentes entre uma praa pblica provida de vegetao arbrea e outra desprovida.

    O presente trabalho est estruturado em quatro etapas. Inicialmente se apresenta um

    referencial terico embasado em trabalhos desenvolvidos por pesquisadores que discutem

    essa temtica, os materiais e mtodos que foram utilizados na pesquisa, os resultados e a

    concluso, j para pesquisa em campo foi feito o levantamento das praas publicas com e sem

    vegetao arbrea para escolh-la duas praas que diferencia quanto vegetao e

    posteriormente analise microclimticas de cada uma, para verificar as possveis diferenas

    trmicas e higromtricas.

  • 13

    OBJETIVOS

    Objetivo Geral

    Analisar a diferena trmica e higromtrica nas praas pblicas de Ipor-GO.

    Objetivos Especficos

    Levantar dados de Temperatura e Umidade Relativa em duas praas publica que

    diferenciam quanto vegetao arbrea, por meio de termos-higrmetros instalados

    em mini-abrigos meteorolgicos.

    Comparar os dados de temperatura e umidade relativa do ar entre os pontos de coleta.

    Compreender a importncia da arborizao no ambiente urbano como reguladora

    natural do microclima urbano.

  • 14

    2 - REFERENCIAL TERICO

    2.1 - As cidades e as reas pblicas.

    As cidades so entendidas como organizaes espaciais, locais de diversas

    transformaes no espao, criao do ser humano e que se diferencia das reas naturais, seja

    pela sua fisionomia, sua funo ou pelos materiais que a compem.

    As cidades, realizao humana, artefato por excelncia e aparente negao da

    natureza, torna-se o local principal para a observao de uma nova relao do

    homem com a natureza. Natureza esta que j havia sido retificada e incorporada

    vida social, ao longo da historia do homem, que apropriada e at mesmo produzida

    (TEIXEIRA e SANTOS, 2007, p.3).

    Conforme Filho (2013) o crescimento das cidades de forma desorganizada, faz com

    que ocorra o comprometimento na qualidade do ambiente urbano e isso se torna mais evidente

    com a destruio das reas verdes, pois a vegetao serve como amenizador do efeito da

    urbanizao no clima.

    De inicio, embora em pequena escala, e com poucos impactos, a natureza foi

    destruda sistematicamente no territrio brasileiro. Sob a gide do modo de produo

    capitalista, as cidades cresceram desorganizadas e estrangularam as reas verdes e os

    rios que entremeavam os bairros das cidades. O urbanismo de inspirao europia,

    nos fins do sculo XIX, alimenta algumas medidas de mitigao do problema com a

    implantao de passeios e jardins pblicos nas principais cidades brasileiras

    (TEIXEIRA e SANTOS, 2007, p.3).

    Nessa perspectiva Loboda e Angelis (2005, p. 131) afirmam que:

    A qualidade de vida urbana est atrelada a vrios fatores que esto reunidos na

    infraestrutura, no desenvolvimento econmico-social e aqueles ligados a questo

    ambiental. No caso do ambiente, as reas verdes pblicas constituem-se elementos

    imprescindveis para o bem estar da populao, pois influencia diretamente a sade

    fsica e mental da populao.

    Ainda segundo os autores citados a preocupao com meio ambiente tem ganhado

    importncia e sendo materializados em forma de reas verdes, praas e parques pblicos nos

    centros urbanos, que visam melhoria da qualidade de vida nesses ambientes, sejam pela

    recreao para a sociedade ou pela preservao ambiental.

    Moreno et. al. (2007) as reas verdes pblicas englobam vrios locais, entre eles

    reas de vegetao arbrea, as praas, jardins, etc. e so distribudos no espao urbano para

  • 15

    servir populao em geral, independente de classe social e econmica, essas reas devem

    atingir as necessidades da populao, de lazer e descanso.

    Gonalves et. al. (2003) em seu trabalho intitulado "As praas que a gente viu! As

    praas que a gente quer!" destaca a importncia das praas pblicas como sendo a expresso

    da vida coletiva de uma cidade. Nesse sentido as praas pblicas devem oferecer

    acessibilidade a todos os cidados, pois as mesmas oferecem a possibilidade de sociabilidade

    mutua entre os diversos habitantes.

    Conforme Scalize (2001) apud Teixeira e Santos (2007, p. 5) Os espaos livres

    pblicos representam uma dimenso essencial para a sociedade, devendo estar disponvel

    como fator fundamental de experincia perceptiva e da palavra pratica do cotidiano, ou seja,

    local onde as pessoas realizam reunio, ou fazem rodas de conversas.

    inegvel a importncia e a funo das reas pblicas no meio urbano, seja como

    ponto de lazer, reunio ou de passagem para a populao, assim se torna fundamental que

    essas reas pblicas estejam em condies de acolher a populao em geral que ali freqenta

    ou passam, independente da funo e do uso dessas reas.

    O uso ou no dos espaos pblicos esta condicionada as suas funes, sejam as

    proposta nos projetos originais ou aquelas vinculadas s reais ou as novas

    necessidades dos cidados. As praas e reas livres de lazer possuem funes, em

    principio, atreladas ao conceito de lazer, mas por se inserirem no contexto urbano

    como ambiente construdo, passam a incorporar outros significados como elementos

    de ligao entre setores da cidade, referenciais de localizao ou histrico-culturais,

    impacto visual, saneamento e conforto ambiental, etc. Como ambientes construdos

    que so os espaos pblicos de lazer devem ser avaliados quanto ao uso,

    considerando-se a sua adequao funcional (relativa morfologia, e dimenso que

    permitem a utilizao do espao e ou equipamentos), adequao ambiental (ligada s

    condies de salubridade e conforto) e adequao esttico-simblico (referente a

    padres, estilos e expectativas sociais) (ORTH e CUNHA, 2000, p. 2).

    Dessa forma Gonalves et. al. (2003) afirma que as praas podem ter diversos

    modelos, demonstrando configuraes diferentes tanto na sua disposio, nas variedades de

    equipamentos e vegetao, que podem influenciar de maneira significativa no uso e na

    apropriao, pois dependendo dos equipamentos, das formas e da vegetao que so

    oferecidos comunidade dar significncia a esse espao.

    Conforme Orth e Cunha (2000) so diversas as finalidades das praas pblicas,

    podendo ser de circulao, quando serve de trajeto, amenizao, quando serve como

    amenizadora do microclima, recreao, quando oferece equipamentos, quadras de esporte e

    parques infantis e de embelezamento quando apresenta determinando valor esttico, entre

    outros.

  • 16

    2.2 - O Clima Urbano

    De acordo com Lombardo (1985, p.22) o clima urbano um sistema que abrange o

    clima de um dado espao terrestre e sua urbanizao. um mesoclima que esta includa no

    macroclima e que sofre na proximidade do solo influencias microclimticas derivadas dos

    espaos urbanos.

    Afirma que as atividades socioeconmicas urbanas, de maneira geral,

    so fatores da formao do clima urbano, sendo que a intensidade do

    adensamento humano e urbano e a localizao geogrfica da cidade

    desempenham forte influncia em tal formao. (Mendona. 2003

    p.94)

    Para Viana e Amorim (2009) o clima urbano consiste na modificao dos elementos

    climticos, temperatura e umidade relativa do ar, vento, devido ao processo de urbanizao,

    sendo o clima urbano especifico para cada rea urbana.

    Lima (2011) coloca os aspectos da cidade, como a rugosidade, sua estrutura, as

    construes, juntamente com as funes que a cidade desenvolve, sendo ela cidade

    econmica, administrativa, etc. como fatores responsveis pelo processo de urbanizao, que

    influencia na alterao do clima em escala local, nesse sentindo a cidades tem a capacidade de

    alterar os elementos climticos, temperatura, umidade e ventos, que implicaria na existncia

    de um clima urbano.

    2.3 - As Escalas do Clima

    Para Oliveira (2011) o clima interfere diretamente na vida do ser humano, assim se

    torna fundamental o estudo que possibilite o conhecimento dos dados climtico de

    determinada regio, principalmente da regio que se pretende desenvolver alguma pesquisa

    direcionada ao clima.

    Os fenmenos relacionados ao comportamento da atmosfera so compreendidos em

    funo da sua extenso, de sua durao, de sua intensidade e de sua frequncia.

    Dessa forma, as abordagens climticas vo depender da escala em que se vai

    estudar, estando esta intimamente ligada definio espacial-temporal e as tcnicas

    utilizadas na pesquisa (ROSSATO, 2010, p. 38).

    Conforme Mendona e Danni-Oliveira (2007) a escala de estudo permite que se

    delimite a dimenso de qualquer objeto de estudo a ser investigado, principalmente do clima,

  • 17

    componente terrestre que se manifesta em todos os locais e varia de acordo com o espao e o

    tempo.

    Assim a escala climtica diz respeito conforme os autores citados dimenso ou

    ordem de grandeza, espacial (extenso) e temporal (durao), segundo a qual os fenmenos

    climticos so estudados.

    Conforme Andrade (2005) os fenmenos atmosfricos so contnuos por natureza, e

    devido extenso da superfcie terrestre levou a necessidade de buscar conceitos e

    terminologia simples que possibilite a distino das categorias de analise espacial do clima.

    Ayoade (2010, p. 04) classificou as escalas climticas da seguinte forma:

    Macroclima ou clima zonal: Escala que est relacionada com os aspectos dos

    climas de amplas reas da terra e com movimentos atmosfricos em larga escala que

    afetam o clima. Mesoclima ou clima regional: Essa escala preocupa com o estudo

    do clima em reas relativamente pequenas, entre 10 e 100 quilmetros de largura

    (por exemplo, o estudo do clima urbano e dos sistemas climticos locais severos tais

    como os tornados e os temporais). Microclima ou clima local: est preocupada com

    o estudo do clima prximo superfcie ou de reas muito pequenas, com menos de

    100 metros de extenso (AYOADE, 2010, p.4, grifo nosso).

    O microclima, conforme Rossato (2010) uma escala climtica que est prxima aos

    indivduos, sendo que sua extenso e durao variam de acordo com a funo da superfcie a

    ser estudada, ela o resultado de trocas gasosas e energticas entre as feies ou estruturas e o

    ar que as envolve. Para Oliveira (2011) o microclima pode ser influenciado pelos os

    elementos urbanos e os arranjos espaciais que compem determinado lugar, exemplo, praas,

    ruas, uma sala de aula.

    O microclima a menor e a mais imprecisa unidade escalar climtica; sua extenso

    pode ir de alguns centmetros a algumas dezenas de m, e h autores que consideram

    at centenas de m. Os fatores que definem essa unidade dizem respeita ao

    movimento turbulento do ar na superfcie (circulao terciaria) a determinados

    obstculos a circulao do ar, a detalhes do uso e da ocupao do solo, entre outros.

    Quando se fala em microclima, geralmente se alude a reas com extenso espacial

    muito pequena, como o clima de construes (uma sala de aula, uma apartamento), o

    clima de uma rua, a beira de uma lago etc. (MENDONA e DANNI-OLIVEIRA,

    2007, p. 24).

    2.4 - A vegetao nas reas urbanas

    Para Gomes e Soares (2003) devido expanso urbana e os problema advindos de tal

    expanso, a vegetao conquistou seu espao dentro dos ambientes urbanos com uma funo

    alem de esttica. Assim a vegetao contribui de forma significativa para amenizar as

    anomalias produzidas nas reas urbanas.

    [...] a vegetao age purificando o ar por fixao de poeiras e materiais residuais e

    pela reciclagem de gases atravs da fotossntese; regula a umidade e temperatura do

  • 18

    ar; mantm a permeabilidade, fertilidade e umidade do solo e protege-o contra a

    eroso e reduz os nveis de rudo servindo como amortecedor do barulho das

    cidades. Ao mesmo tempo, do ponto de vista psicolgico e social, influenciam sobre

    o estado de animo dos indivduos massificados com o transtorno das grandes

    cidades, alem de propiciarem ambientes agradveis para a prtica de esporte,

    exerccios fsicos e recreao em geral (GOMES E SOARES, 2003, p. 21).

    Conforme Costa (2009) a vegetao presente nas cidades, serve como indicador de

    qualidade de vida dentro do ambiente urbano e de regulador natural do clima urbano, ou seja,

    a vegetao arbrea existente nas cidades desempenha um importante papel, um exemplo

    simples a sensao de conforto que uma rvore proporciona atravs de sua sobra em um dia

    ensolarado, com elevadas temperaturas.

    (Costa 2009, p. 39) A analise do perfil trmico das reas estudadas evidencia o

    efeito amenizador, do ponto de vista trmico, que proporcionado pela presena da vegetao

    nos diversos recintos urbanos, reduzindo o valor da temperatura do ar.

    Nessa perspectiva Kramer e Oliveira (2010) afirmam que as rvores tambm podem

    trazer benefcios em suas reas vizinhas, ou seja, a vegetao contribui para a melhoria nas

    condies ambientais nos locais prximas a elas, alem de abrigar a fauna e a flora.

    A vegetao arbrea que proporciona sombra ajuda a manter a temperatura do ar

    interno nas edificaes, diminuindo o seu aquecimento, alem de resfriar a

    temperatura externa. Alem de mitigar as ilhas de calor, a presena de vegetao

    tambm contribui para o escoamento superficial, diminuindo as enchentes, porque

    capturam a gua da chuva em suas folhas, galhos e troncos e reduzem e retardam a

    quantidade de gua que atinge o solo. Amorim (2010, p. 89).

    Para Gomes e Amorim (2003) locais bem arborizados, com caracterstica prxima da

    natural, apresentam condies mais amenas e mais confortveis, em relao a locais

    densamente construdos, principalmente nos grande centro urbanos.

    Segundo Heisler (1986) apud Oliveira (2011), as rvores influenciam diretamente o

    fluxo de calor da radiao trmica ao bloquear a radiao solar, evitando o aumento da

    temperatura da superfcie. Em seus estudos, verificou que a posio das rvores um fator

    determinante para oferecer um sombreamento adequado, e reduzir a radiao direta

    superfcie.

    Llardent (1982) apud Barbosa (2005) aborda que, a falta da vegetao no meio urbano

    pode apresentar graves consequncias para o indivduo, como aumento de doenas,

    principalmente as de carter respiratrios. Esses tipos de problemas so decorrentes de uma

    ocupao sem planejamento e falta de vegetao, deixando impossibilitada a renovao de ar

    nas camadas mais prximas ao solo e torna esse ar insalubre em sua composio.

  • 19

    2.5 - O uso e a ocupao do solo

    Para Gomes e Amorim (2003) dependendo da forma que ocorre a ocupao e o uso

    do solo urbano, relacionado ao relevo, podem promover alteraes no campo trmico urbano.

    Deste modo, o descontrole processual em que d o uso desse solo dificulta

    tecnicamente a implantao de infraestrutura, produz altos custos de urbanizao e gera

    desconforto ambiental, tanto em nvel trmico, acstico, visual ou de circulao (SANTOS e

    AMORIM, 2003, p.94).

    O crescimento desordenado que a maioria das cidades brasileiras tem apresentado

    nas ultima dcadas e as ocupaes irregulares do solo tem dificultado a execuo de

    planejamentos adequados que viabilizem um integrao da rea construda com a

    vegetao, sejam estas naturais ou mesmo artificiais, provocando diminuio da

    qualidade de vida nas cidades e fazendo com que a populao da renda econmica

    mais altas disponha de grandes reas que lhes permitem manter a vegetao e

    preservar o solo em condomnios fechados, enquanto a classe desfavorecida

    economicamente se aglomera em conjuntos residenciais do governo e ao aumentar a

    densidade populacional, altera a capacidade de suporte do solo (SANTOS, 2012,

    p.2).

    Para Nogueira (2011) as alteraes climticas em escala local podem variar de uma

    cidade para outra, devido o processo de urbanizao, da intensidade e o uso do solo e tambm

    da morfologia do ambiente.

    Os elementos climticos se apresentam de forma bastante variada dentro da prpria

    malha urbana, de acordo com as diversas formas de uso e ocupao do solo, ou

    melhor, de acordo com os atributos da morfologia urbana. Estes atributos

    correspondem tanto a forma urbana como um todo, quanto aos arranjos

    morfolgicos (NOGUEIRA, 2011, p. 39).

    Conforme Mendona (1995) a partir da analise cartogrfica do uso do solo possvel

    identificar os elementos que compem o espao urbano e assim verificar a influencia desses

    elementos urbanos na formao do clima urbano, portanto a representao do uso do solo

    contribui como uma proposio metodolgica.

    Uma carta de uso do solo urbano como subsidio ao estudo do clima da cidade devera

    destacar atributos formadores da cidade e seu entorno tais como: estruturao

    urbana, disposio vertical (altura de construes) e horizontal (adensamento) das

    edificaes, distribuio de reas verdes, asfaltamento, superfcies liquidas, fronteira

    urbano-rural e desde que possveis tambm aspectos da funcionalidade urbana e

    colorao das edificaes (MONTEIRO, 1995, p. 53).

    Santos (2012) destaca que os estudos sobre o clima urbano pode contribuir para a

    elaborao das leis de parcelamento, uso e ocupao do solo e tambm auxiliar no cdigo de

    obras das cidades.

  • 20

    Segundo Nogueira (2011) a densidade de construo em uma determina cidade, afeta

    o microclima urbano modificando a dinmica dos elementos climticos, velocidade e direo

    do vento, balano de radiao, temperatura do ar e umidade do ar.

    O crescimento da populao resulta em ambientes com elevado ndice de densidade

    de construo. Conforme Albuquerque (2012, p. 19) [...] com o crescimento da populao

    urbana, cresce na mesma proporo a necessidade de mais reas construdas para suprir as

    necessidades da sociedade, ocasionando, dessa forma modificao no ambiente.

    2.6 - Estudos de casos

    O estudo realizado por Modna e Vecchia (2003) analisou as diferenas de

    temperatura e umidade relativa do ar em dois locais da regio central de So Carlos-SP, com

    caractersticas distintas, se destacando a vegetao arbrea. Os resultados demonstraram que a

    rea com vegetao arbrea apresentou menores ndices de temperatura e maiores ndice de

    umidade em relao rea sem vegetao.

    Barbosa (2005) afirma que a vegetao influencia essencialmente em quatro fatores

    climticos: temperatura do ar, umidade do ar, radiao solar e velocidade do ar, assim a

    vegetao condiciona a criao de ambientes termicamente favorveis sade, habitabilidade

    e uso dos espaos urbanos.

    Gomes e Amorim (2003) estudaram o papel da arborizao no conforto trmico das

    praas pblicas de Presidente Prudente, foram analisadas trs praas pblicas que se

    diferenciavam quanto densidade de vegetao arbrea. Os resultados demonstraram a

    importncia da vegetao como regulador trmico, pois proporcionou menores valores de

    temperatura criando melhores condies de conforto a populao que desfruta desses espaos.

    Oliveira (2011) em sua tese de doutorado realizou uma pesquisa em torno das

    variveis que influenciam no microclima das praas pblicas de Cuiab/MT, buscando

    analisar a influencia da vegetao como fator de qualidade nas praas pblica, para isso

    coletou dados de temperatura durante 15 dias em intervalos de 15 minutos. Oliveira concluiu

    que a vegetao contribuiu tanto no uso quanto na permanncia das pessoas nas praas alm

    de minimizar os valores de temperatura e elevar os de umidade relativa do ar.

    Leal (2012) em sua pesquisa "A influencia da vegetao no clima urbano de

    Cuiab/MT" comprovou que as regies com maior quantidade de reas verdes na cidade,

    apresentaram as menores temperaturas e maior umidade relativa do ar.

  • 21

    Siqueira (2012) mensurou as diferenas trmicas entre dois ambientes da cidade de

    Ipor-GO e Diorama-GO que se diferenciam quanto a densidade de vegetao e constatou que

    a rea sem arborizao apresentou os maiores valores de temperatura e os menores de

    umidade relativa do ar. As diferenas trmicas chegaram a 6C e as higromtricas a at 26%.

    Specian et. al, (2013) analisaram o padro da temperatura e da umidade relativa do ar

    comparando dois ambientes (rea urbanizada e um remanescente de cerrado) ambos

    localizados na cidade de Ipor-GO. Os resultados demonstraram diferenas de at 4C e 19%

    entre os dois ambientes analisados.

  • 22

    3 - MATERIAL E MTODOS

    Para o desenvolvimento dessa pesquisa, primeiramente foi realizado um

    embasamento terico, sobre o clima urbano. Isso s foi possvel atravs de leitura das obras

    de alguns autores que j escreveram sobre o tema como Amorim (2000), Monteiro e

    Mendona (2003), Gomes e Soares (2003), Consta (2009), Gartland (2010), Costa e Colesanti

    (2010), Lima (2011), Ortiz (2012), etc.

    Outra questo fundamental para a pesquisa foi escolha da cidade (Ipor-GO), tal

    escolha ocorreu devido as varias praas publicas que a cidade tem, alguns apresenta esta

    abandonadas e sem vegetao, nesse sento optou para analisar e importncia da vegetao

    arbrea nessas praas, tambm a metodologia baseou na escolha dos pontos para a coleta de

    dados, pontos que se diferenciam quanto densidade de vegetao, densidade de construo,

    fluxo de veculos e de pessoas.

    3.1 Caracterizaes da rea de estudo

    A cidade de Ipor est localizada no oeste do estado de Gois, entre as coordenadas

    16 24' 00'' e 16 28' 00'' S, 51 04' 00' e 51 09' 00''. Segundo IBGE 2011, Ipor possui uma

    populao de 31.274 habitantes, sua rea de abrangncia de 1.026 km e seu bioma

    caracterizado como Cerrado. A cidade foi emancipada em 1949 e est aproximadamente 220

    km de Goinia a capital do estado de Gois.

    De acordo com o numero populacional citado anteriormente, Ipor classificada

    como sendo uma cidade de pequeno porte. Conforme dados de Santos e videiro (2010) em sua

    pesquisa, A Reproduo do Solo Urbano: Um Estudo sobre a Verticalizao de Cascavel/PR

    onde eles embasaram no IBGE para classificar uma cidade pequena, mdia e grande conforme

    o numero da populao residente em tal cidade.

    Para classificar uma cidade utiliza-se o numero da populao. Segundo o IBGE uma

    cidade pequena possui entre 500 a 100 000 habitantes, uma cidade mdia possui

    entre 100 001 a 500 000 habitantes, uma cidade grande possui populao superior a

    500 000 habitantes e acima de 1000 000 de habitantes esto s metrpoles e acima

    de 10 000 000 habitantes esto as megacidades. Santos e Videiro (2010, p.3).

    A cidade possui ruas pavimentadas no centro e em alguns bairros localizados em sua

    borda. Apresenta vegetao arbrea em praticamente todas as avenidas e em algumas praas.

  • 23

    Na rea central h uma concentrao de lojas varejista, hospitais, escolas, colgio,

    bancos, prdios comerciais, residenciais e praas pblicas. J nos bairros prximos e mais

    afastados do centro predominam residncias, supermercados, postos de sade, algumas

    escolas e poucas reas de lazer.

    3.1.1 Caracterizao dos pontos de coleta

    O ponto 1, localizado no setor central da cidade entre as coordenadas 16 26' 22''S e

    51 07' 17''O a uma altitude de 574m, conhecido como praa da Liberdade apresenta uma

    concentrao de vegetao arbrea com altura mdia de 8m, em seu entorno predomina reas

    residenciais e comerciais densamente construdas e pavimentadas (Figura 2A e 2B).

    A

    B

    Figura 1A - Imagem do ponto 1 e 1B - Foto do ponto 1

    A Praa da Liberdade est entre a Avenida 15 de Novembro e a Rua Goinia, vias

    importantes da cidade de Ipor, que apresenta em relao outra praa elevado fluxo de

    veculos e pessoas, que transitam diariamente por elas. A praa utilizada como rea de lazer

    pela comunidade que reside em sua proximidade.

    O ponto 2, est situado entre as Ruas Zircone, Rua Alumnio e a Avenida Titnio, no

    Setor Jardim Urnio. A praa conta com pouca vegetao arbrea com altura mdia de 2m,

    localizadas nas bordas (Figura 3A e 3B).

    A sudoeste da praa se encontra uma rea que foi destinada a instalao de uma torre

    telefnica, porm em toda sua circunvizinhana predomina reas densamente construdas

  • 24

    ocupadas por residncias. Na praa existe uma sanduicheira e uma quadra esportiva de areia e

    a cobertura predominante do solo gramnea. O fluxo de pessoas e veculos baixo, porm as

    pessoas utilizam a praa como rea de lazer.

    A

    B

    Figura 2A - Imagem do ponto 2 e 2B - Foto do ponto 2

    3.2 Metodologia para a coleta e tratamento dos dados

    A metodologia utilizada nessa pesquisa se baseia no sistema clima urbano (S.C.U.),

    formaliza uma estrutura terica e metodolgica para a compreenso do fato urbano e sua

    dinmica climtica, o S.C.U foi criado por Monteiro (1976), o autor aborda o clima sendo um

    sistema singular, aberto, evolutivo, adaptativo e morfognico , composto pelo clima local e

    pela cidade, sua proposta enfatizando o subsistema termodinmico atravs da percepo

    humana. Essa metodologia foi e ainda amplamente utilizada por vrios pesquisadores como:

    Lombardo (1985), Amorim (2000), Mendona (2003), Ortiz e Amorim (2012), entre outros.

    Para a coleta dos dados de temperatura e umidade relativa do ar foram utilizados

    mini abrigos meteorolgicos feito de madeira, conforme a metodologia utilizada por

    (SEZERINO E MONTEIRO 1990), equipado com um termohigrmetro data logger HT - 500

    (Figura 3A e 3B).

  • 25

    A

    B

    Figura 3A - Foto do termohigrmetro HT - 500 e 3B - Foto do mini abrigo

    Os dados foram coletados durante sete dias, entre os dias 30/08 e 05/09 do ano de

    2013 (estao do inverno) em trs horrios diferentes 9h, 15h e 21h, como sugerido pela

    OMM (Organizao Mundial de Meteorologia).

    A coleta de dados no foi realizada em outros perodos devido o pouco tempo

    disponvel para realizar o trabalho, no entanto optou-se por levantar dados somente do

    perodo anteriormente citado.

    Aps coletados os dados foram organizados em planilhas de clculos onde foi

    possvel elaborar grficos que auxiliaram a representar o padro do rtmico climtico dos dois

    microclimas analisados.

    Tambm foram utilizadas imagens do satlite Goes 12 e das Cartas Sinticas da

    Marinha do Brasil, disponibilizadas no sitio do CPTEC1 (Centro de Previso de Tempo e

    Estudos Climticos) e da Marinha do Brasil2, para compreender a influncia promovida pelos

    mecanismos atmosfricos atuantes na regio, na variao dos elementos analisados durante o

    perodo de coleta.

    Tambm considerou a analise do ritmo do tempo atmosfrico durante o perodo de

    coleta dos dados, conforme Monteiro (1971) ritmo a expresso da sucesso de tempos

    atmosfricos em um determinado tempo e espao, podendo sofre variaes e desvios

    1 Disponvel em: http://www.cptec.inpe.br/

    2 Disponvel em: https://www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/cartas/cartas.htm

  • 26

    climticos em escalas de grandezas maiores que poder modificar o resultado climtico de um

    local.

  • 27

    4.RESULTADOS

    4.1 Condies sinticas do perodo de coleta dos dados

    De acordo com a anlise das condies sinticas atravs das imagens de

    satlite Goes 12 disponibilizadas pelo CPTEC (Centro de Previso de Tempo e Estudos

    Climticos) e das cartas sinticas disponibilizadas pela marinha do Brasil. Anexo1.

    30/08/2013 31/08/2013 01/09/2013

    02/09/2013 03/09/2013 04/09/2013

    05/09/2013

  • 28

    Durante o perodo de coleta, verificou-se que entre os dias 30/08 e 02/09 o tempo

    atmosfrico apresentou estvel, ou seja, o ritmo do tempo atmosfrico apresentou-se em

    condies de estabilidade atmosfrica de cu limpo, sem nuvens.

    Porm nos dias 03/09 e 04/09 ocorreram a entrada uma massa de ar frio na regio

    centro-oeste que contribuiu para o declnio da temperatura e o aumento da umidade relativa

    do ar durante os dois dias em que a massa de ar atuou na regio, tambm por meio da

    observao sensvel realizada durante o perodo de coleta o tempo atmosfrico apresentou cu

    nublado, como ventos moderados.

    No dia 05/09 a massa de ar fria j se encontrava fora da regio centro-oeste do Brasil,

    indo em direo ao Oceano Atlntico, contribudo para que o tempo atmosfrico voltasse a

    apresentar condies de estabilidade, com cu limpo, aumento na temperatura do ar.

    4.2. Diferenas trmicas e higromtricas s 9 horas.

    Durante o perodo de coleta no horrio das 9 horas o P1 apresentou uma variao de

    temperatura entre 22C e 26,2C, j no P2 a variao foi entre 22,3C e 27,8C. Os valores de

    umidade relativa do ar variaram entre 41% e 66% no P1 e entre 33% e 66% no P2.

    Nos dias 31/08, 03/09 e 04/09 foram registrados as menores diferenas trmicas

    (0,1C, 0,3C e 0,3C) em razo da atuao de uma frente fria na regio Centro-Oeste que

    provocou uma queda repentina nos valores de temperatura e a elevao dos valores de

    umidade relativa do ar em ambos os pontos.

    Porm nos dias que antecederam a entrada da frente fria 30/08, 01/09 e 02/09 as

    diferenas trmicas (1,6C, 1,1C e 1,2C) foram acima de 1C. A maior diferena foi

    registrada no dia 05/09 (1,9C) aps a passagem da frente fria (Quadro 1).

    Dia Temp. (C) Ponto 1 Temp. (C) Ponto 2 D. T. (C)

    30/ago 26,2 27,8 1,6

    31/ago 23,3 23,4 0,1

    01/set 24 25,1 1,1

    02/set 25,4 26,6 1,2

    03/set 22 22,3 0,3

    04/set 22,9 22,6 0,3

    05/set 22,7 24,6 1,9

    Quadro1- Diferenas de temperatura do ar s 9 horas.

  • 29

    Para Alves e Specian (2008) o perodo que antecede a entrada de uma frente fria no

    Centro-Oeste, provoca na maioria das vezes, elevao nas temperaturas e queda na umidade,

    contrapondo o que se verifica na regio Sudeste. Nessas regies as frentes frias provocam

    quedas na temperatura e acrscimo nos ndices de umidade relativa do ar.

    Assim como ocorreu com os valores de temperatura, a variao temporal dos valores

    de umidade foi influenciada pela atuao da frente fria na regio. Notou-se que no dia 31/08 o

    valor de umidade permaneceu em 66% no P1 e em 62% no P2. Porm a partir do dia 31/08

    at 02/09 ocorreu o declnio dos valores de umidade e uma elevao contnua dos valores de

    temperatura em ambos os pontos, por se tratar do perodo que antecedeu a entrada da massa

    de ar polar na regio (Grfico 1).

    Grfico 1 - Temperatura e Umidade relativa do ar s 9 horas

    No horrio das 9 horas, o P1 apresentou os maiores valores de umidade, 66% nos

    dias 31/08 e 05/09. A menor diferena higromtrica entre o P1 e o P2 foi de 1% registrado no

    dia 04/09 e a maior foi de 8% nos dias 01/09 e 02/09 (Quadro 2).

  • 30

    Dia Umid. (%) Ponto 1 Umid. (%) Ponto 2 D. U. (%)

    30/ago 44 41 3

    31/ago 66 62 4

    01/set 50 42 8

    02/set 41 33 8

    03/set 62 57 5

    04/set 64 63 1

    05/set 66 60 6

    Quadro 2 - Diferenas de umidade relativa do a as 9 horas

    Nesse sentido percebe-se que s 9 horas existiram diferenas trmicas e

    higromtricas entre os dois pontos durante todo o perodo de coleta, porm nos dias que

    antecederam a atuao da massa de ar polar na regio as diferenas foram mais expressivas e

    sob a atuao da massa de ar polar as diferenas foram menores.

    Esse fato demonstra que sob as condies de tempo estvel a vegetao arbrea

    contribuiu para os menores valores de temperatura e os maiores de umidade relativa do ar no

    P1, assim como afirma Gomes e Amorim (2003) em seu estudo sobre a arborizao e conforto

    trmico: estudos de caso nas praas pblicas de Presidente Prudente (SP) e Oliveira (2011) no

    trabalho sobre a influncia da vegetao arbrea no microclima e uso das praas pblicas em

    Cuiab.

    4.3. Diferenas trmicas e higromtricas s 15 horas

    Conforme Mendona e Danni-Oliveira (2007), o horrio das 15 horas apresenta os

    maiores valores de temperatura e os menores valores de umidade relativa do ar devido

    radiao solar ser mais intensa que nos outros horrios, portanto nesse horrio foram

    registrados os maiores valores de temperatura e os menores de umidade relativa do ar nos dois

    pontos.

    No P1 o maior valor de temperatura foi 33,7C registrado no dia 02/09, nesse mesmo

    dia o P2 registrou 36,2C. J o menor valor foi registrado no dia 04/09, onde o P1 apresentou

    26C e o P2 30C. A maior diferena trmica foi registrada no dia 30/08 (6,3C), dia que

    antecedeu a entrada da primeira frente fria, e a menor no dia 31/08 (1,5C), dia em que atuou

    a primeira frente fria na regio (Quadro 3).

  • 31

    Dia Temp. (C) Ponto 1 Temp. (C) Ponto 2 D. T. (C)

    30/ago 28,6 34,9 6,3

    31/ago 30,5 31,8 1,5

    01/set 32,5 34,5 2

    02/set 33,7 36,2 2,5

    03/set 30,1 32,1 2

    04/set 26 30 4

    05/set 31,6 33,2 1,6

    Quadro3- Dados de Temperatura do Ar s 15 horas.

    Nos dias 03/09 e 04/09 que foram marcados pela atuao da frente fria ocorreram o

    decrscimo dos valores de temperatura e o aumento dos valores de umidade relativa do ar nos

    dois pontos, porm no dia 05/09 os valores de temperatura voltaram a se elevar nos dois

    pontos e a umidade relativa a diminuir (Grfico 2).

    Durante todo o perodo de coleta ficou evidenciado diferenas entre os valores de

    temperatura e umidade relativa do ar registrados no P1 e no P2, sendo que o P1 apresentou os

    menores valores de temperatura e os maiores valores de umidade em relao ao P2 (Grfico

    2).

    Grfico 2 - Temperatura e Umidade relativa do ar s 15 horas

    Os valores de umidade relativa do ar no P1 variaram entre 24% e 55%, j no P2 a

    variao foi entre 22% e 34%, a menor diferena higromtrica entre o P1 e o P2 foi de 2% no

    dia 02/09 e a maior diferena foi 21% no dia 04/09 (Quadro4).

  • 32

    Dia Umid. (%) Ponto 1 Umid. (%) Ponto 2 D. U. (%)

    30/ago 47 30 17

    31/ago 38 31 7

    01/set 26 22 4

    02/set 24 22 2

    03/set 38 33 5

    04/set 55 34 21

    05/set 40 32 8

    Quadro4- Dados de Umidade Relativa do Ar s 15 horas.

    Assim como a temperatura os menores valores de umidade foram registrados no dia

    02/09, onde o P1 apresentou 24% e o P2 22%, uma amplitude de 2%. Os maiores valores

    foram registrados no dia 04/09, onde o P1 apresentou 55% e o P2 34%, uma amplitude de

    21%.

    Nesse sentido nota-se que a umidade relativa do ar em praas com vegetao

    arbrea, como no P1, apresenta menores valores em relao aos valores apresentados na praa

    sem vegetao arbrea P2, isso fica evidente durante o horrio das 15 horas onde a radiao

    solar mais intensa sobre a superfcie terrestre.

    Tambm durante o horrio das 15 horas a vegetao arbrea no P1 contribui para

    amenizar os valores de temperatura em relao ao P2, que registrou em todo perodo de coleta

    os maiores valores de temperatura.

    4.4. Diferena trmica e higromtrica s 21 horas

    Durante o perodo de coleta das 21 horas ocorreu s menores amplitudes trmicas em

    relao aos outros horrios em ambos os pontos. A variao da temperatura no P1 foi de

    2,9C e no P2 de 2,6C, fato que pode ser explicado pela ausncia da radiao solar.

    No P1 o maior valor de temperatura foi de 26,7C no dia 05/09 e no P2 o valor foi de

    27C no dia 02/09. J o menor valor foi de 23,8C registrado no P1 nos dias 31/08 e 01/09 e

    no P2 24,4C no dia 03/09. A maior diferena trmica foi registrada no dia 02/09 (2,4C), dia

    que antecedeu a entrada da segunda frente fria, e a menor foi de (0,9C) no dia 05/09 que foi

    marcado pela sada da segunda frente fria (Quadro 5).

  • 33

    Dia Temp. (C) Ponto 1 Temp. (C) Ponto 2 D. T. (C)

    30/ago 24,4 25,9 1,5

    31/ago 23,8 25,1 1,3

    01/set 23,8 26 2,2

    02/set 24,6 27 2,4

    03/set 25,6 24,4 1,2

    04/set 24,1 25,3 1,2

    05/set 26,7 25,8 0,9

    Quadro5- Dados de Temperatura do Ar s 21 horas.

    Entre os dias 30/08 e 02/09 o P1 registrou os menores valores de temperatura em

    relao P2, porm nos dias 03/09 e 05/09 o P2 apresentou valores inferiores ao do P1. No

    entanto, devido o P1 se localizar na rea central da cidade, apresenta maior fluxo de pessoas e

    veculos, maior densidade de construo e pavimentao em seus arredores, a maioria do solo

    pavimentado e impermeabilizado. No P2 a maioria da cobertura do solo de graminha, o

    fluxo de pessoas e veculos no intenso e a densidade de construo menor que no P1.

    Portanto o uso e a ocupao do solo, os materiais que compem o P1 tm maior

    capacidade de absorver energia durante o dia e de liberar essa energia noite em forma de

    calor, que possivelmente resultara no aquecimento do ar atmosfrico no local, conforme

    Amorim (2000). Ao contrario da temperatura que obteve uma pequena amplitude trmica em

    todo o perodo a umidade relativa do ar apresentou maior oscilao devido atuao das

    frentes frias (Grfico 3).

    Grfico 3 - Temperatura e Umidade relativa do ar s 21 horas

  • 34

    O maior valor higromtrico foi de 62% no P1 e de 53% no P2 no dia 30/08 e o menor

    valor no P1 foi de 42% no dia 02/09 e de 32% no P2 nos dias 01/09 e 02/09.

    Os valores de umidade variaram entre 42% a 62% no P1 e no P2 de 32% a 53%. A

    menor diferena higromtrica entre o P1 e o P2 foi 5% registrado no dia 05/09 e a maior 15%

    no dia 01/09 (Quadro 6).

    Dia Umid. (%) Ponto 1 Umid. (%) Ponto 2 D. U. (%)

    30/ago 62 53 9

    31/ago 56 47 9

    01/set 47 32 15

    02/set 42 32 10

    03/set 49 49 0

    04/set 57 50 7

    05/set 51 46 5

    Quadro 6 Dados de Umidade Relativa do ar s 21 horas.

    No foi registrada diferena higromtrica no dia 03/09 (dia de atuao da segunda

    frente fria), j no dia 04/09 a diferena entre os pontos foi de 7% e no dia 05/09 foi de 5%,

    esse dia ficou marcado pela sada da segunda frente fria em direo ao Oceano. As maiores

    diferenas higromtricas ocorreram nos dias 01/09 e 02/09 que antecedeu a entrada da

    segunda frente fria, foi registrado valores de 15% e 10% entre os dois pontos.

    Durante a maioria do perodo de coleta no horrio das 21 horas, o P1 (ambiente

    arborizado) apresentou valores higromtricos melhores daqueles apresentados pelo P2

    (ambiente sem arborizao), somente no dia 03/09 que os valores se igualaram. J os valores

    trmicos durante os dias 03/09 e 05/09 no P2 apresentou os melhores valores de temperatura

    em relao ao P1, porm nos outros dias o P1 obteve os melhores valores trmicos daqueles

    registrados no P2. Portanto do P1 apresentou os melhores valores trmicos e higromtricos

    em relao ao P2 durante a maioria quase todo o perodo de coleta.

  • 35

    CONCLUSO

    Ao analisar os dados obtidos nos dois pontos, durante o perodo de coleta nos trs

    horrios possvel verificar a influencia da vegetao arbrea no microclima das praas

    pblicas, pois a vegetao foi fundamental para manter os valores de temperatura e umidade

    relativa do ar melhor em relao ao espao desprovido de vegetao arbrea, atravs da

    maioria dos dados registrados o P1 (praa com vegetao arbrea) apresentou os melhores

    valores termo-higromtricos em relao ao P2 (praa sem vegetao arbrea), tanto em

    condies atmosfrica estvel ou sobre influencia das frentes frias.

    Nesse sentido fica evidente a importncia da vegetao arbrea no espao urbano

    como reguladora natural da temperatura e umidade relativa do ar, principalmente no horrio

    das 15 horas que marcado por altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, devido

    radiao solar nesse horrio ser mais intensa sobre a superfcie terrestre.

    Percebe-se tambm que em condio atmosfrica estvel a vegetao arbrea tem a

    maior influencia sobre o microclima, conforme Gomes e Amorim (2003) so sobre as altas

    temperaturas e baixa umidade que a vegetao arbrea age com mais eficincia.

    Fato que pode comprovar a teoria de Gomes e Amorim (2003) que durante o

    perodo de coleta nas praas pblicas na cidade de Ipor, o dia 30/08 apresentou a maior

    diferena trmica entre os dois pontos foi de 6,3C registrada exatamente s 15 horas (Quadro

    3) e a maior diferena higromtrica foi de 21% registrada no dia 04/09 no mesmo horrio

    (Quadro 4).

    J no horrio das 9 horas a maior diferena trmica entre os dois pontos, foi de 1,9C

    no dia 05/09 e a maior diferena higromtrica nesse mesmo horrio foi de 8% nos dias 01/09

    e 02/09, no horrio das 21 horas a maior diferena trmica foi de 2,4C no dia 02/09 e a maior

    diferena higromtrica foi de 15% no dia 01/09.

    Percebe-se que as diferenas trmicas e higromtricas entre os dois pontos

    aumentaram entre os horrios das 9 horas s 15 horas e posteriormente essa diferena diminui

    no horrio das 21 horas, esse fato est ligado radiao solar sobre a superfcie terrestre

    durante o dia, que recebe com maior intensidade dos raios solares s 12 horas, porm as 15

    horas que a superfcie terrestre encontra-se mais aquecida, registrado os maiores valores de

    temperatura e os menores valores de umidade do ar em condies atmosfricas estveis.

  • 36

    Atravs dessa pesquisa pode ser comprovado a hipteses de que ambiente com

    vegetao arbrea apresenta os melhores valores de temperatura e umidade relativa do ar em

    relao ao ambiente sem vegetao arbrea.

    Com isso fundamental estudos que comprovam a influencia da vegetao arbrea

    no microclima urbano, pois sendo as cidades onde a maioria da populao vive importante

    que elas apresentem boas condies climtica para seus habitantes. Assim esses estudos

    podem contribuir com futuros planejamentos urbanos e servir como fonte para futuras

    pesquisas relacionadas com o tema.

  • 37

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  • 41

    7 - Anexos

    7.1 - Anexo 1: Imagens das cartas sinticas da marinha do Brasil

    30/08/2013 31/08/2013 01/09/2013

    02/09/2013 03/09/2013 04/09/2013

    05/09/2013

  • 42