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Geografia

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

    CLEVERSON SOUSA ARANTE

    AVALIAO DAS CARACTERSTICAS TEXTURAIS DE UM

    LATOSSOLO BRUNO ESCURO SOB CERRADO E PASTAGEM EM

    IPOR-GO

    Ipor-GO

    2013

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

    CLEVERSON SOUSA ARANTE

    AVALIAO DAS CARACTERSTICAS TEXTURAIS DE UM

    LATOSSOLO BRUNO ESCURO SOB CERRADO E PASTAGEM EM

    IPOR-GO

    Trabalho de Concluso apresentado

    Universidade Estadual de Gois, Unidade

    Universitria de Ipor, como exigncia

    parcial para a concluso do curso de

    graduao em Geografia.

    Orientador: Prof. Dr. Flvio Alves de Sousa

    Ipor-GO

    2013

  • Dados Internacionais de Catalogao na Publicao ( CIP ) ___________________________________________________________________________

    A662a Arante, Clverson Sousa

    Avaliao das caractersticas texturais de um latossolo bruno escuro

    sob cerrado e pastagem em Ipor GO / Clverson Sousa Arante. - 2013. 21 f.: il.

    Monografia (Licenciatura em Geografia) Universidade Estadual de Gois, Unidade Universitria de Ipor. Ipor, 2013.

    Orientador: Prof. Dr. Flvio Alves de Sousa.

    1. Geografia. 2. Solos. 3. Cerrado. I. Ttulo.

    CDU: 911

    ____________________________________________________________________

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA

    FOLHA DE APROVAO

    CLEVERSON SOUSA ARANTE

    AVALIAO DAS CARACTERSTICAS TEXTURAIS DE UM

    LATOSSOLO BRUNO ESCURO SOB CERRADO E PASTAGEM

    EM IPOR - GO .

    NOTA: 8,0 ( Oitenta)

    ________________________________________________

    Flavio Alves de Sousa (Orientador)

    _____________________________________________ Valdir Specien (Avaliador)

    ________________________________________________ Washington Silva Alves (Avaliador)

    Ipor, 13 de Novembro de 2013.

  • Dedico

    A todos que acreditaram nesta conquista, em

    especial a minha esposa Dalila que esteve sempre

    presente me apoiando a cada etapa desse

    trabalho.

    Aos meus pais, por me darem fora e estarem

    sempre ao meu lado.

    Ao meu professor e orientador, Dr. Flavio que me

    orientou e acreditou no meu potencial.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente ao meu Deus que acima de tudo foi ele que me

    deu a oportunidade e a fora de vencer esta etapa to importante na minha vida,

    pois ele tudo em minha vida.

    Agradecer em especial a minha esposa Dalila Silva Alves Arantes, pelo

    apoio e dedicao e por me ajudar nas horas mais difceis que passei nesta

    caminhada.

    Aos meus pais Valdeon Nunes Alves Arantes e minha me Nilda Sousa

    Gomes Arantes por toda fora durante todo este perodo, atravs deles eu sou o que

    sou hoje, por isso devo toda gratido a eles pela; educao, honestidade por tudo.

    Tambm em especial ao meu professor e orientador Flvio Alves de

    Sousa, pela pacincia, dedicao, conselhos e todo ensinamento que ele me

    transmitiu para fazer este trabalho.

    Aos meus amigos e colegas de universidade que tambm me apoiaram e

    estiveram comigo nestes quatro anos de luta.

    OBRIGADO A TODOS!

  • RESUMO

    O presente trabalho resulta da verificao de uma mesma classe de solo, definido

    como Latossolo Bruno-Escuro situado prximo ao aeroporto do municpio de Ipor-

    GO 10 Km do centro da cidade. O objetivo principal do estudo foi avaliar se dois

    tipos de cobertura vegetal (Cerrado e pastagem cultivada) exercem influncias sobre

    a textura dos solos, principalmente se h ou no incremento na textura argilosa do

    solo sob cerrado em funo de adio de partculas coloidais resultantes da matria

    orgnica decomposta. O trabalho contou com coletas de amostras de solos no

    campo e tratamento e anlise das mesmas em laboratrio para a determinao da

    sua composio textural, para a qual se utilizou da metodologia do densmetro de

    Bouyoucos. Os resultados sofreram anlises estatsticas para definio final sobre

    diferenas nas suas mdias texturais, onde foi utilizado o teste t de student. O solo

    sob o domnio por cerrado apresentou maior teor de argila que o solo sob o domnio

    por pastagem.

    Palavra Chave: Latossolo; textura; cobertura vegetal.

  • ABSTRACT

    This paper results from the verification of the same soil class , defined as Oxisol - Dark situated near the airport in the city of Ipor -GO to 10 km from the city center . The main objective of the study was to evaluate two types of vegetation ( Cerrado and pasture ) exert influence on the texture of the soil , especially if there is or not an increase in the clayey soil under cerrado due to addition of colloidal particles resulting from matter decomposed organic . The work included collection of soil samples in the field and processing and analyzing them in the laboratory to determine their textural composition , for which we used the methodology of the densimeter Bouyoucos . The results underwent statistical analysis to final definition of textural differences in their averages , where we used the Student t test . The soil under the domination by cerrado showed higher clay content than the soil under the domain for grazing. Keywords: Dystrophic ; texture ; vegetation

  • SUMRIO

    INTRODUO ................................................................................................... 09

    CAPITULO I - REFERENCIAL TERICO ............................................................ 11

    CAPITULO II - PROCEDIMENTOS METODOLGICOS .....................................13

    CAPITULO III - RESULTADOS PRELIMINARES ................................................16

    CONCLUSES ................................................................................................... 19

    REFERNCIAS .................................................................................................... 20

  • LISTA FIGURAS

    Figura 1 Localizao da rea de estudo ......................................................... 10

    Figura 2 Coleta de solo ..................................................................................... 13

    Figura 3 Analises laboratrio de solos 2013 .................................................... 14

    Figura 4 Pirmide textural do Latossolo Bruno. ............................................... 17

  • 9

    INTRODUO

    O solo um dos principais recursos naturais, uma vez que o mesmo

    fundamental para o desenvolvimento das plantas e tambm para a produo de

    alimentos dos animais e dos seres humanos.

    Quando o assunto a criao de gado, a preocupao maior sempre

    com os tratos dos animais, com menor importncia manuteno e conservao

    dos solos, que por sua vez, repercute tambm na qualidade da gua e na sua

    manuteno.

    A cobertura vegetal tem sempre papel importante na manuteno

    equilibrada da gua no solo, (SILVA, 2006,p.38) diz que Cobertura vegetal pode

    reduzir a ao erosiva, evitando assim o selamento do solo, e facilitando o processo

    de infiltrao ao invs do escoamento superficial. favorecendo a infiltrao da gua

    no solo, que por sua vez, favorece a recarga do lenol fretico, e a alimentao das

    plantas.

    O tipo de cobertura vegetal influencia ainda na capacidade do solo de

    armazenar matria orgnica, na nitrificao do hmus, na porosidade do solo e na

    sua textura, conforme destaca SOUSA(2006).

    Um dos principais atributos fsicos dos solos a sua condio textural,

    que favorece maior ou menor capacidade de infiltrao da gua e indica sua

    suscetibilidade eroso. (LEPSCH, 2011) diz que a textura um dos atributos

    fisicos, ou fator relacionado a reteno de gua, e proporcionam a manuteno de

    gua no solo em perodos mais longos.

    Considerando as alteraes fsicas que o tipo de cobertura vegetal dos

    solos pode desencadear, o presente estudo avaliou como so as condies texturais

    numa mesma classe de solo. A rea escolhida para este estudo est situada no

    municpio de Ipor-GO, prximo ao aeroporto, cuja localizao 16 23 59 S e 51

    05 49 W.

    O objetivo desta pesquisa, esta em verificar em uma mesma classe de

    solo sobre coberturas vegetais diferentes (cerrado e pastagem), se h alteraes

    nos componentes

  • 10

    texturais dos mesmo. E como objetivos especficos avaliar cada cobertura vegetal

    na influencia de umidade neste solo e avaliar e comparar o processo de densidade

    do solo em cada cobertura vegetal.

    Por isso Justifica-se em buscar mais informaes sobre a relao

    sobresolo/cobertura vegetal no domnio morfoclimtico do Cerrado e por entender

    melhor a relao destas coberturas vegetais na proteo deste latossolo e tambm

    na manuteno de suas caractersticas fsicas como, textura, umidade, porosidade e

    desindade; conforme a figura 1 esta demonstrando a localizao do ponto de

    coletas.

    Figura 1. Localizao da rea de estudo

  • 11

    CAPITULO I - REFERENCIAL TERICO

    O solo um importante sub-sistema da natureza, formado pela

    decomposio fsico-qumica e biolgica da rocha matriz ou material de origem.

    De acordo com Bertoni e Lombardi Neto (1990) os solos podem ser

    classificados em um sistema de classe ou grupo, de tal maneira que os tipos

    individuais so includos em grupos bem relacionados e caracterizados, como

    exemplo, pode ser citado os Latossolos, que fazem parte do grupo de solos

    minerais, conforme Embrapa (1999).

    Existem diversos tipos de solos, porem cada um com suas caractersticas

    prprias como; cor, textura, estrutura, porosidade, densidade, matria orgnica e

    fertilidade natural.

    As caractersticas fsico/qumicas dos solos esto diretamente

    relacionadas com o material de origem, com as condies topogrficas, climticas e

    com a cobertura vegetal, conforme destacam Bertoni e Lombardi Neto, (1990).

    A cobertura vegetal um elemento que serve para cobrir e controlar o

    solo na diminuio de processos erosivos em ocorrncia de precipitaes

    pluviomtricas. tambm fundamental para adicionar matria orgnica, pois

    conforme Bertoni e Lombardi Neto, (1990). A vegetao, ao se decompor aumenta

    o contedo de materia orgnica e de hmus do solo, melhorando a porosidade e a

    capacidade de reteno de gua, assim auxilia as caractersticas fsicas do solo

    como umidade, reteno de gua e fertilidade, tambm nas caractersticas qumicas

    como nutrientes que absorvidos pelas plantas.

    De acordo com Silva (2006), a cobertura vegetal exerce um papel

    importante na diminuio de efeitos da gota da chuva, diminuindo a sua energia, e

    por conseqncia, a sua ao erosiva.

    Em relao textura dos solos, a mesma tem uma relao direta com o

    material de origem, ou seja, solos formados sobre rochas sedimentares tm uma

    maior proporo de areia na sua composio textural.

    De acordo com estudo sobre o domnio morfoclimtico do Cerrado brasileiro,

    aproximadamente 20% de sua rea ocupada por Neossolos Quartzarnicos, que

    apresentam

  • 12

    em sua composio textural, teores de argila inferiores a 15%, conforme destacam

    Santos e Filho (S/D).

    Santos e Filho (S/D) destacam ainda que:

    Os solos arenosos apresentam limitaes para o cultivo de plantas, pois, em geral, apresentam baixa fertilidade natural, presena de Al em forma txica e baixo teor de matria orgnica, responsvel pela maior parte da capacidade de troca de ctions (CTC) e cargas negativas existentes no solo provenientes da matria orgnica e minerais de argila nesses solos. Alm disso, os baixos teores de matria orgnica aliados aos baixos teores de argila e estrutura desses solos, com grande volume de macroporos, determinam sua baixa reteno de gua.

    Para que estejam em equilbrio, os solos arenosos devem tem uma

    cobertura vegetal que possa proteg-los da temperatura elevada, e fornecer

    cobertura morta capaz de produzir a necessria matria orgnica para o equilbrio

    de sua fertilidade, favorecendo a presena de argilas que tambm auxiliam na

    reteno de gua.

    Nas reas onde os solos esto cobertos por mata, h a queda de folhas e

    galhos (serrapinlheira), que os protege, aumentando o teor de matria orgnica,

    implicando em maior proteo contra a eroso, maior reteno de gua (aumento da

    umidade do solo) e reteno de nutrientes.

    De acordo com (SILVA, 2006), em reas de florestas a ao da cobertura

    vegetal no exerccio de amortecimento da energia das gotas de chuva muito

    importante, principalmente, se existir, cobrindo o solo, uma camada de serrapilheira.

    Dados apresentados por Brito et al. (1998) mostram que cerrado e

    pastagem apresentam ndices protetivos de 0,01 para pastagem e 0,02 para o

    cerrado, ou seja, o cerrado apresenta uma capacidade protetora para o solo da

    ordem de 20% superior cobertura por pastagem. Atravs destes conceitos o

    cerrado encontrado em maior parte da regio centro oeste aonde situa se o ponto de

    coletas, e determinante o cerrado definido como cerrado por obter grandes

    quantidades portes arbreas em sua vegetao, com isso defini se que h uma

    grande quantidade de produo de matria orgnica para o solo.e tambm por

    conter caractersticas subcaduciflia em todo seu espao encontrado em determinas

    regies.

  • 13

    CAPITULO II -PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    O desenvolvimento do trabalho contou primeiramente com a escolha do local

    de pesquisa, que uma rea rural a 10 km do centro de Ipor. Nessa rea foram

    separadas duas parcelas de terra, uma contendo pastagem e outra com a cerrado.

    Em cada parcela, foram adotados dois pontos de coleta. Em cada ponto

    foram coletadas amostras de solos nas profundidades de 20 cm, 60 cm e 100 cm.

    As amostras coletadas com um trado coletos e acondicionadas em sacos plsticos

    com informaes sobre tipo de uso e profundidade da coleta. A figura 2 mostra o

    procedimento de coleta.

    Figura 2. coleta de solo. Fonte: Cleverson Arante (2013).

    Numa caderneta de campo, foram descritas informaes como altitude de

    cada ponto, caractersticas da vegetao e sua conservao, caractersticas do

    terreno, cor dos solos (mido), definida pela tabela de cores de Munsell (1994).

    Aps coletadas, as amostras foram trazidas para o laboratrio, onde

    permaneceram secando ao ar por 2 semanas, e aps isso, foram realizadas anlises

    texturais, que no presente caso consistiu no mtodo do densmetro, de Bouyoucos

    (1927) descrito por Khiel (1994). Esse mtodo baseia-se no principio de que a

    matria em suspenso (silte e argila) confere determinada densidade ao liquido.

    Com a ajuda de um densmetro, Bouyoucos relacionou as densidades com o tempo

    de leitura e com a temperatura, calculando com esses dados, a porcentagem das

  • 14

    partculas. O mtodo mais rpido, porm menos preciso, mas atende a

    necessidades deste estudo.

    Tambm foram avaliadas as porcentagens de areia presentes no solo

    atravs do sistema de peneiramento, utilizando amostras retidas na peneira n 0,053

    e secas em estufa a 105C por 24 horas. As amostras passaram por um conjunto de

    peneiras de 1mm; 0,5mm; 0,25mm e 0,063mm agitadas em aparelho

    eletromagntico por 10 minutos. Os volumes retidos em cada peneira foram

    representados em porcentagem de areia

    A figura 3 mostra os ensaios de determinao das fraes silte e argila

    pelo mtodo de Boyoucos.

    Figura 3: Analises laboratrio de solos 2013. Fonte: Cleverson Arante (2013).

    Os resultados das anlises texturais compuseram uma anlise geral

    sobre a influncia do tipo de cobertura vegetal na caracterizao textural dos solos.

    O comportamento textural foi avaliado estatisticamente utilizando-se o teste t de

    student para comparao entre duas mdias, ou seja, entre as mdias obtidas para

    pastagem e para cerrado, o objetivo foi verificar o grau de significncia dos

    resultados a um nvel de confiana de 95%, j que numericamente os mesmos

    podem ser diferentes, mas estatisticamente podem ser iguais.

    O teste consistiu no clculo da varincia de cada conjunto de amostras

    (para pastagem e para cerrado), no clculo da varincia ponderada entre as mdias

    e no clculo do t e sua posterior comparao com o t absoluto, conforme atravs

    Freund & Simon (2000).

  • 15

    CAPITULO III-RESULTADOS PRELIMINARES

    A rea estudada apresenta relevo plano com declividades entre 0-3%, o

    que favoreceu o desenvolvimento de um solo profundo, que no presente caso um

    Latossolo.

    A litologia predominante de idade Cenozica ( 80 m.a) resultante de

    intruses de lavas alcalinas, e constituda por piroxenitos alcalinos, conforme

    descrio de Sousa (2013). Esta litologia rica em xido de ferro favoreceu a

    formao de solos avermelhados, que conforme a carta de cores de Munsell (1994)

    apresenta cor Bruna escura 7YR 3/3.

    Quanto vegetao de cerrado, a mesma apresenta caracterstica

    subcaduciflia, conforme descrito pela Embrapa (1999), ou seja, apenas parte das

    folhas cae durante o perodo de inverno.

    A pastagem constituda por braquiria (Brachiria decumbens) A rea

    apresenta-se at o momento da pesquisa sem uso pelo gado, o que lhe confere uma

    boa cobertura para o solo.

    O solo avaliado apresenta textura argilosa, com 45% de argila, ou 450

    g.kg-1 e frao mdia de areia da ordem 428 g.kg-1 o que lhe confere uma boa

    permeabilidade. A figura 5 apresenta a pirmide textural do solo avaliado.

  • 16

    Figura 4. Pirmide textural do Latossolo Bruno.

    Os quadro 1 e 2 mostram os valores mdios das fraes texturais do solo

    nos ambientes de pastagem e cerrado.

    Quadro 1 Fraes texturais sob o domnio da pastagem.

    Anlise textural mdia e Fracionamento de areia conforme classe de solo e

    profundidade (g.kg-1)

    Classe de

    Solo

    Intervalos

    de

    profund.

    (cm)

    Argila Silte Areia Total

    Latossolo

    Bruno-

    Escuro

    Pastagem

    0-20 420 120 460 1000

    20-60 450 120 430 1000

    60-100 460 100 440 1000

    Fracionamento mdio da areia (g.kg-1)

    M F Fina Mdia Grossa M G Total

    44,7 51,8 106,44 199,45 40,94 443,33

    Fonte: Arantes (2013)

  • 17

    Quadro 2 Fraes texturais sob o domnio do cerrdo.

    Anlise textural e Fracionamento de areia conforme classe de solo e

    profundidade (g.kg-1)

    Classe de

    Solo

    Intervalos

    de

    profund.

    (cm)

    Argila Silte Areia Total

    Latossolo

    Bruno-

    Escuro

    Cerrado

    0-20 460 120 420 1000

    20-60 470 130 400 1000

    60-100 460 120 420 1000

    Fracionamento mdio da areia (g.kg-1)

    MF Fina Mdia Grossa M G Total

    56,7 52,9 101,7 186,7 15,33 413,33

    Fonte: Arantes (2013)

    Observando os quadros 1 e 2 h numericamente valores mdios de argila

    superiores no ambiente de cerrado, ficando tambm comprovado estatisticamente

    este acrscimo em relao ao solo por pastagem.

    Conforme Lepsch (2011) o hmus dos solos se comportam como

    colides, com tamanhos de partculas semelhantes as da argila. Embora os colides

    argila e hmus no apresentem caractersticas fsicas e origem iguais, numa anlise

    granulomtrica a frao hmica do solo tem comportamento de sedimentao

    semelhante ao da argila, confundindo-se coma mesma e aumentando o seu volume

    total.

    Tendo o solo sob domnio de cerrado maior concentrao de matria

    orgnica o teor de argila aumenta em conseqncia. A matria orgnica influencia

    tambm no incremento do teor de carbono no solo como destaca Faria et all (2008).

    Os valores mdios de areia total so tambm estatisticamente diferentes, ou seja,

    sob pastagem, a areia total maior que no solo sob cerrado, pelos motivos descritos

    acima.

  • 18

    CONCLUSO

    A hiptese inicial de que o solo sob o domnio de cerrado poderia

    apresentar textura argilosa superior ao solo sob domnio de pastagem se confirmou.

    A natureza argilosa do solo analisado funo direta da composio mineral da

    rocha matriz, entretanto, quando houve o acrscimo de material orgnico, o solo sob

    cerrado teve um aumento na sua frao argila, indicando a importncia da

    vegetao nativa na conservao fsica e qumica dos solos.

    Novos trabalhos podero ser realizados na mesma direo, utilizando-se

    novas anlises no utilizadas aqui, como medio do teor de carbono e fertilidade do

    solo. Nesse sentido, este trabalho se coloca ento, na condio de provocador de

    novos estudos.

  • 19

    REFERNCIAS

    BERTONI, J. & LOMBARDI NETO, F. Conservao do Solo. So Paulo: cone, 1990. 355p. BRITO, J. L. S. et al. Uso do geoprocessamento na estimativa da perda de solos por eroso laminar em Ira de Minas MG. Anais IX Simpsio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Santos: 11-18 setembro 1998, INPE, p. 501-51 EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de solos. Sistema brasileiro de classificao de solos. Braslia: Embrapa produo de informao, 1999. 412 p. FARIA, Geraldo Erli de, et all. Carbono orgnico total e fraes da matria orgnica do solo em diferentes distncias do tronco de eucalipto Organic carbon and fractions of soil organic matter at different distances from eucalyptus stem. Sci. For., Piracicaba, v. 36, n. 80, p. 265-277, dez. 2008 265- 279p. FREUND, J. E & SIMON, N.G. A. Estatstica aplicada: economia, administrao e contabilidade. Traduo de Alfredo Alves de Farias. 9 ed. Porto Alegre: Bookman, 2000. 358p. KIEHL, E.J. Manual de edafologia: relaes solo planta. So Paulo: Agronmica Ceres, 1979. 262p. LEPSCH, I. F. 19 Lies de Pedologia. So Paulo: Oficina de textos, 2011. 209 p. MUNSELL SOIL COLOR CHARTS, Revised edition, 1994. SANTOS, Flvia C. dos.; ALBUQUERQUE FILHO, M. R. - Importncia da matria orgnica e cobertura vegetal para os solos arenosos do Cerrado. EMBRAPA: Artigos tcnicos. Disponvel em: http://www.grupocultivar.com.br/site/content/artigos/artigos.php?id=280 SILVA, J. B. Avaliao das perdas de solos por fluxo superficial utilizando parcelas experimentais: estudo de caso na bacia hidrogrfica do crrego do glria em Uberlandia-MG. (Dissertao de Mestrado). Uberlndia-MG:UFU, 2006. 147p. Disponvel em: http://www.ig.ufu.br/sites/ig.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Anexos_JosenilsonBernardo.pdf SOUSA, F. A. de. Uso e ocupao na bacia hidrogrfica do ribeiro Santo Antnio em Ipor-Go, como subsdio ao planejamento (Dissertao de Mestrado). Goinia: IESA/UFG, 2006. 149 p.

    http://www.grupocultivar.com.br/site/content/artigos/artigos.php?id=280http://www.ig.ufu.br/sites/ig.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Anexos_JosenilsonBernardo.pdfhttp://www.ig.ufu.br/sites/ig.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Anexos_JosenilsonBernardo.pdf