os desafios de ensinar geografia no ensino fundamental ii em duas escolas da rede estadual de ensino...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ LICENCIATURA EM GEOGRAFIA TATIELE BORGES TELES OS DESAFIOS DE ENSINAR GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II EM DUAS ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE IPORÁ-GO: TEORIA E PRÁTICA, SOB A ÓTICA DO DOCENTE. IPORÁ 2011

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

TATIELE BORGES TELES

OS DESAFIOS DE ENSINAR GEOGRAFIA NO ENSINO

FUNDAMENTAL II EM DUAS ESCOLAS DA REDE

ESTADUAL DE ENSINO DE IPORÁ-GO: TEORIA E

PRÁTICA, SOB A ÓTICA DO DOCENTE.

IPORÁ

2011

2

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

TATIELE BORGES TELES

OS DESAFIOS DE ENSINAR GEOGRAFIA NO ENSINO

FUNDAMENTAL II EM DUAS ESCOLAS DA REDE

ESTADUAL DE ENSINO DE IPORÁ-GO: TEORIA E

PRÁTICA, SOB A ÓTICA DO DOCENTE.

Trabalho de Conclusão apresentado á

Universidade Estadual de Goiás,

Unidade Universitária de Iporá, como

exigência parcial para a conclusão do

curso de graduação em Geografia,

modalidade Licenciatura.

Orientadora: Profª. Ivanir da Costa Alves

IPORÁ

2011

3

Dedico

Dedico este trabalho a todos que

contribuíram direta ou indiretamente para

a realização e conclusão do mesmo, aos

meus pais, meus irmãos, minhas

sobrinhas, amigos e professores e em

especial ao meu esposo pela compreensão,

paciência e dedicação de amor e carinho

em todos os momentos desse trabalho.

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço acima de tudo a Deus por me conceder a graça de fazer um curso

universitário e por ter me dado força, saúde e sobretudo perseverança para não desistir dessa

árdua jornada e para que pudesse chegar ao final de mais este desafio.

Também de um modo especial ao meu esposo Eulo, pela compreensão, amor e

carinho, Dedicado dia- a dia, noites e noites, durante todo o curso.

A minha mãezona Aparecida, minha companheira e incentivadora de todas as

horas. Ao meu papai Celso pelo companheiros e amor,aos meus irmãos Kelly e Kennedy que

longe ou perto estão sempre ao meu lado incentivando e apoiando, é também a minha sogra

Marleninha por ter me incentivado na luta pelo ideal, e pelo encorajamento nas horas de

duvidas.

Minha amiga Edilene ( Edi), Que sempre esteve ao meu lado nos momentos bons

e ruins me incentivando e apoiando para seguir em frente, Obrigada por ser essa GRANDE

amiga que posso contar em todos os momentos de minha vida.

A Professora Fatíma, pela amizade confiança e dedicação é sempre pela boa

vontade demonstrada em atender as minhas solicitações.

A minha Orientadora Profª. Ivanir da Costa Alves, pela paciência e compreensão,

por ter me incentivado e acreditado na minha capacidade para desenvolver este trabalho é

muito mais por sua valiosa orientação, carinho e amizade.

Agradeço também aos professores de Geografia das Escolas Estaduais Israel de

Amorim e Edmo Teixeira, que com boa vontade responderam os questionários aplicados, que

nos possibilitou levantar dados para as constatações feitas neste trabalho. E a todos que de

alguma forma me apoiaram para a realização deste trabalho.

5

―Gostemos ou não, saibamos ou não,

Para existir fazemos Geografia todos os dias‖

KAERCHER

6

RESUMO

A presente pesquisa buscou enfatizar as dificuldades que os professores de geografia

enfrentam no seu dia a dia escolar, ministrando aulas no ensino fundamental II. Onde faz se

um paralelo desde o surgimento da geografia e a ciência da geografia e as discussões que esta

sofreu por diversos pensadores que buscavam fundamentar-se uma geografia mais prática que

retratasse melhor o espaço geográfico e suas categorias. Buscou também entender as relações

que o professor de geografia possui com a disciplina e as metodologias para que seja

executadas de maneira prática. E as relações que os mesmos possuem no que diz respeito ao

ensino – aprendizagem envolvendo educando professor.

Palavra – chave: Geografia, professor- educando, metodologias.

7

ABSTRACT

The present research searched to emphasize the difficulties that the geography professors face

in its day the pertaining to school day, giving lessons in basic education II. Where it makes if

a parallel since the sprouting of geography and science geography and the quarrels that this

suffered for diverse thinkers whom it searched to base a more practical geography that it

better portraied the space and its categories geographic. It also searched to understand the

relations that the geography professor possesss with disciplines and the methodologies so that

he is executed in practical way. E the relations that the same ones possess in what learning

says respect to education - involving educating professor.

Word - key: Geography, professor educating, methodologies.

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 10

1. AS DIFERENTES CONCEPÇÕES DA GEOGRAFIA E A GEOGRAFIA

ESCOLAR ............................................................................................................................. 12

2. O CONTEXTO DE ENSINO DA GEOGRAFIA SOB ÓTICA DO

PROFESSOR: DESAFIOS E DILEMAS ............................................................................. 22

2.1.O ensino da Geografia : Teoria e Prática ......................................................................... 22

2.2 Orientações Didáticas ...................................................................................................... 26

2.3 Relações professor-educando .......................................................................................... 30

3. O ENSINO DE GEOGRAFIA EM UM CONTEXTO PRÁTICO: O DISCURSO DO

PROFESSOR ......................................................................................................................... 33

3.1. Delineamento Metodologico:Área de estudo ................................................................. 33

3.2. Metodologia da Pesquisa ................................................................................................ 34

3.3 Sujeitos e o contexto das representações da pesquisa .................................................... 34

3.3.1. O contexto das representações das escolas e professores ............................................ 35

3.3.2. Procedimentos para coleta de dados ............................................................................ 36

4 AS ESCOLAS PESQUISAS .............................................................................................. 38

4.1.1. Histórico do Colégio Edmo Teixeira de Iporá-Go ..................................................... 38

4.1.2. Concepção filosófica, pedagógica e metodológica da Escola Estadual

Edmo Teixeira. ..................................................................................................................... 39

4.1.3. Escola Estadual Edmo Teixeira na Geografia- aprendizagem .................................... 40

4.1.4. Histórico da Escola Estadual Israel Amorim Iporá – GO ........................................... 41

4.1.5. Concepção filosófica, pedagógica e metodológica da Escola Estadual Israel

Amorim. ................................................................................................................................ 41

4.1.6. Escola Estadual Israel Amorimna Geografia- aprendizagem ...................................... 42

9

5. O DISCURSO DOS PROFESSORES .............................................................................. 44

5.1 Questionário aplicado aos professores ............................................................................ 44

5.2 As perspectivas relatadas pelos professores de geografia entrevistados ......................... 53

6. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 56

7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 58

APÊNDICES (QUESTIONÁRIO) ........................................................................................ 61

10

INTRODUÇÃO

A Geografia enquanto disciplina escolar e como ciência vem sofrendo ao longo

dos anos grandes transformações sejam elas positivas ou negativas. A Ciência Geográfica

possui saberes antigos desde a antiguidade, para tal é necessário que se adeque esses saberes

da geografia atualizada paraaos dias atuais e na prática de ensino de acordo com a realidade

dos educandos.

A presente pesquisa vem discutir as diferentes concepções postas pela Geografia

Tradicional e Geografia Critica, fazendo um levantamento das discussões feitas pelos seus

idealizadores. Levantando as questões que influenciaram estas ciências e as tornaram

fundamentais para o ensino de Geografia.

Faz também uma abordagem desde o surgimento da Geografia e Historia que

surgiram ao mesmo tempo mais de maneiras diferentes.

O objetivo desta pesquisa é de salientar as diferentes concepções da geografia e

principalmente da Geografia escolar, sob ótica do professor de Geografia, que trabalha em

função desta prática a fim de levar aos educandos o conhecimento geográfico.

Diante destas considerações a presente pesquisa buscou diagnosticar as

dificuldades dos professores de Geografia da cidade de Iporá-GO ao trabalhar com esta

disciplina, quais são as perspectivas e os métodos que estes utilizam nas suas práticas

metodológicas.

A construção do referencial teórico nos permitiu estabelecer relações entre o que

esta proposto nos PCN’s ( Parâmetros Curriculares Nacionais), nos PPP’s (Plano Politico

Pedagógico), das Escolas Estaduais Israel de Amorim e Edmo Teixeira. Observando essas

matrizes pode-se constatar que o que esta implantado neste documentos é de fundamental

importância , pois possibilita aos professores se orientar ao longo de sua profissão no dia a

dia.

11

Para elaborar o referencial teórico que sustenta tal pesquisa destacamos a

contribuição dos trabalhos de Kaecher( 2004), Cavalcanti ( 2002), Nunes ( 2001), Antunes

(2004), D’avilla ( 2003), Kimura (2010) e vários outros que contribuíram para a efetivação da

pesquisa.

Buscou-se juntos aos docentes pesquisados estabelecer as relações que os mesmos

possuem com a disciplina Geografia e a maneira que estes enxergam a mesma para que sejam

transmitidas para os educandos.

Diante dos resultados pode-se constatar que cabe aos professores de Geografia das

duas Instituições de Ensino pesquisas adotarem uma metodologia voltada a formação de

cidadãos procurando trabalhar numa perspectiva de identificar as capacidades, competências e

habilidades que os mesmo trazem consigo a respeito da disciplina e do contexto atual.

Acredita-se que esta pesquisa venha colaborar para que o ensino de Geografia seja

repensado nas escolas da cidade de Iporá-Go, levando em consideração não somente as

necessidades dos educandos que são muitas e principalmente não fundamentais para a vida de

cada um. Mas também levar em consideração os objetivos, as perspectivas e sonhos dos

professores que estão a frente destas instituições ministrando a disciplina Geografia que como

pode ser constatados ao longo desta pesquisa que não é um tarefa fácil.

Segundo Kaercher (1999, p.71)‖ o movimento de renovação da Geografia

brasileira já tem mais de quinze anos, mas o seu sopro renovado ainda está distante da maioria

das salas de aula do Ensino do primeiro e Segundo graus‖,( Ensino Fundamental e Ensino

Médio, conforme a Lei de Diretrizes de Base da Educação).

De acordo com Kaercher é necessário repensar o ensino de Geografia, ou seja, um

novo modelo geográfico, voltado para atender esse novo contexto de educação. Onde os

conteúdos de ensino estejam contextualizados com o cotidiano do educando.

Ainda de acordo com o mesmo autor (p.52) acrescenta que ―o professor precisa

esta sempre em formação continuada para atender as novas exigências da educação atual, com

o intuito de aproximar o educando do conhecimento‖ Sendo essencial uma boa

fundamentação teórica, conhecimento dos Documentos oficiais como: Parâmetros

Curriculares, Reorientação Curricular do 6ºao 9º, projetos de ensino que são executados na

escola inseridos nos planejamentos de ensino dos professores, para ampliar o conhecimento

do educando.

12

1. AS DIFERENTES CONCEPÇÕES DA GEOGRAFIA E A GEOGRAFIA ESCOLAR

De acordo com as fontes pesquisadas, dentre estas os Parâmetros Curriculares

Nacionais a Geografia enquanto ciência possui saberes antigos e seus primeiros registros se

deram na Antiguidade, mais precisamente na Grécia.

Em seu aspecto original, o campo geográfico estava relacionado à Filosofia e a

partir de então se expandiu como fonte de pesquisa em vários países e abriu caminhos para

que a ciência geográfica pudesse interagir com outros campos científicos. Pode-se dizer que a

Geografia surgiu a partir do momento em que o homem manifestou interesse em estudar o

contexto no qual estão inseridas as interações do meio com a sociedade ou como este interfere

na vida dos indivíduos, seja nos campos políticos, econômicos ou sociais.

A partir do surgimento da Geografia o homem buscou as formas do espaço e os

fenômenos que nele existia para que pudesse se beneficiar, ou seja, buscar métodos para se

expandir, houve então diversas descobertas que suscitaram invenções, uma das quais, o

calendário que permitiu o melhor desenvolvimento da agricultura e criarem técnicas que

foram aprimoradas, mas que ainda resistem na contemporaneidade.

Outro grande marco da Geografia é percebido na evolução do comércio. Com a

expansão do mesmo, observaram-se neste contexto os primeiros surgimentos da cartografia,

uma vez que as grandes navegações necessitavam de localização. Para isso criaram as cartas

de navegação e Atlas geográfico. Assim sendo, a Geografia teve sua origem há muitos anos e

ganhou força se desenvolvendo no espaço de interesse configurado principalmente pela

expansão capitalista.

Como campo de estudo, a Geografia não possuía escolas para que se pudesse

aprofundar e desenvolver pesquisas. As primeiras escolas que surgiram foram às alemãs e a

Geografia passou a ser uma disciplina acadêmica, sendo estudada e desenvolvida também na

Alemanha, ainda que de forma lenta. De acordo com as fontes históricas, tanto a Geografia

quanto a História nascem da mesma maneira, sendo criadas separadas. Segundo PCN (2001):

13

Essa Geografia era marcada pela explicação objetiva e quantitativa da realidade que

fundamentava a escola francesa. E foi essa escola que imprimiu ao pensamento

geográfico o mito da ciência asséptica, não politizada, com o argumento na

neutralidade do discurso cientifico. Tinha como meta abordar as relações do

homem com a natureza e forma objetiva, buscando a formulação de leis gerais de

interpretação. (p.103)

Desde que surgiu, a Geografia vem suscitando várias opiniões, de geógrafos,

autores que visam buscar melhor entendimento e execução para esta ciência, sendo discutidas

às formas de como seria posta nas séries iniciais, pois é nas fases iniciais que se pode ter

maior desempenho, pois irá se trabalhar com educandos que estão começando a vivenciar a

Geografia, objetivando assim, a inserção da disciplina nas escolas com o objetivo de

proporcionar estímulos aos educandos sendo necessário levar novas formas de se ensinar

Geografia, ou seja, através desta poderiam se discutir conceitos e conteúdos de forma a

facilitar o aprendizado do educando. Diante desse contexto, o conhecimento é levado aos

educandos de uma forma real e não apenas empírica, uma vez que não se pode estudar o

espaço e o meio sem que se tenha a realidade como fundamentação. Dessa forma, desde então

a Geografia veio ganhando espaço tanto como disciplina escolar, quanto ciência.

De acordo com os PCN’s (2001) a Geografia é considerada uma ciência que

pressupõe atividades pedagógicas, que busca incentivar a capacidade do educando. Desde seu

surgimento na Antiguidade Clássica, ligada no pensamento Grego, a Geografia passou por

várias discussões. No século XIX ela começa a ser discutido pelos alemães, o que colaborou

para reforçar o conflito com os franceses, a respeito da Geografia moderna. Esse conflito

surgiu principalmente porque, tanto alemães quanto franceses mantinham opiniões diferentes

de como a Geografia agia entre o homem e o meio.

Diante dessas divergências surgiram duas junções: os ―possibilistas‖ da escola

francesa que se referem aos efeitos do homem sobre o meio e os ―deterministas‖ da escola

alemã, que se baseia no ambiente com influências nas características do homem.

De acordo com os PCN’s (2001) durante o século XIX, a Geografia passou a ser

uma disciplina inteiramente ligada ao Estado, foram criadas leis e normas nas quais se

estabelecia que através das escolas é que o conhecimento poderia ser transmitido. Diante

disso, a mesma se torna uma ciência que possui várias determinações através do estudo do

14

espaço geográfico no qual se podem absorver várias realidades, dessa forma cria-se abertura

para que a Geografia interaja com outras ciências.

A Geografia Tradicional surge para dar abertura para se estudar os conteúdos da

Geografia crítica, ou seja, deixando de ser pronta e acabada para dar, inicio a novas leis,

dando seguimento aos conteúdos que integram a mesma. De acordo com PCN’s(2001p.105):

Essa nova perspectiva considera que não basta explicar o mundo, é preciso

transformá-lo. Assim a Geografia ganha conteúdos políticos que são significativos

na formação do cidadão. As transformações teóricas e metodológicas dessa

Geografia tiveram grande influência na produção científica das últimas décadas.

Para o ensino, essa perspectiva trouxe uma nova forma de se interpretar as

categorias de espaço geográfico, território e paisagem, e influenciou, a partir dos

anos 80, uma série de propostas curriculares voltadas para o segmento de quinta a

oitava séries. Essas propostas, no entanto, foram centradas em questões referentes a

explicações econômicas e a relações de trabalho que se mostraram, no geral,

inadequadas para os alunos dessa etapa da escolaridade, devido a sua

complexidade. Além disso, a prática da maioria dos professores e de muitos livros

didáticos conservou a linha tradicional, descritiva e descontextualizada herdada da

Geografia Tradicional, mesmo quando o enfoque dos assuntos estudados era

marcado pela Geografia Marxista.

O método tradicional auxiliou a Geografia para sua evolução, mas percebe-se que

para o século XXI esses métodos pouco funcionam, pois a busca pela renovação de uma nova

Geografia é constante. Leis e teorias criadas pelos pensadores geográficos tradicionais nem

sempre serão úteis ao se tratar de uma Geografia renovada.

A Geografia Tradicional se baseia no positivismo, sendo um instrumento

metodológico que sustenta todo o ideal do tradicional, observando apenas os fenômenos do

espaço. Assim sendo a Geografia Tradicional, busca trabalhar com a descrição, classificação e

vários outros aspectos que somente esta ciência estabelece.

A Geografia Tradicional foi também marcada pela existência de divisões, tais

como a Geografia Física e Geografia Humana, Geografia Geral e Geografia Regional. Dessa

forma a Geografia Física preocupa-se com o natural enquanto a Geografia Humana baseia-se

nas distribuições dos aspectos humanos e a Física ganhou mais destaque por se tratar de

ciências naturais. Se tratando da Geografia Geral esta busca nos fenômenos da superfície,

desvendar os vários campos de pesquisa que a Geografia proporciona, sendo campo para a

Geologia, Climatologia e vários outras. A Geografia Regional busca desvendar as

características da região através de estudos no seu entorno.

15

A Geografia enquanto ciência e disciplina escolar devem ser entendidas por

aqueles que necessitam de conhecer o espaço para que se possa interagir com ele de maneira

apropriada. A Geografia Crítica veio para auxiliar, a fim de permitir o ser humano a interagir

com o meio em que vive, para que assim possa trabalhar por uma sociedade mais justa. Diante

das tantas pesquisas relacionadas à Geografia, necessita-se que a mesma seja trabalhada de

forma mais detalhada e que seja refletida pelos educandos, como uma disciplina onde através

dela irão descobrir e perceber a realidade do mundo onde estão inseridos.

O ensino de Geografia é marcado por várias fases que vem deste do tradicional até

a uma geografia moderna e fatores que se fundamentam entre si e transcendem na sociedade.

Os discursos criados em torno da Geografia por pensadores geográficos fazem desta

disciplina uma ciência para se pensar e descobrir a realidade do espaço em que o indivíduo

vive além de entender as paisagens e conceitos criados por eles. Essa forma de pensar o

espaço geográfico tem como objetivo construir um pensamento que seja crítico e que dê

abertura para contestar o meio no qual se vive.

A Geografia Tradicional valoriza o papel do homem como sujeito histórico, ou

seja, sua vivência desde a natureza até a sociedade. Baseando-se dessa forma no estudo

descritivo do meio, ou sendo, das paisagens naturais e humanizadas, contestado com o espaço

real.

A Geografia passa a ser uma disciplina transmitida e estudada de maneira a

abordar as relações do homem com a natureza de forma objetiva, buscando a interpretação do

meio .De acordo com o PCN’s (2001 p.104):

Os métodos e as teorias da Geografia Tradicional tornaram-se insuficientes para

aprender essa complexidade e, principalmente para explicá-la. O levantamento feito

por meio de estudos apenas empíricos tornou-se insuficiente. Era preciso realizar

estudos voltados para a análise das relações mundiais, análises essas também de

ordem econômica, social, política, e ideológica. Por outro lado, o meio técnico e

científico passou a exercer forte influência nas pesquisas realizadas no campo da

Geografia. Para estudar o espaço geográfico globalizado, começou-se a recorrer às

tecnologias aeroespaciais, tais como o sensoriamento remoto, as fotos de satélite e

o computador como articulador de massa de dados: surgem o SIG (Sistemas

Geográficos de Informação) .

Como pode ser visto os métodos e teorias foi se criando dentro desta ciência,

novos rumos, onde todos os discursos se sobrepunham ao outro, gerando certo desconforto

entre seus seguidores. De acordo com o PCN’s, partir dos anos 60, a Geografia Critica

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surgiu para contrapor a Geografia Tradicional. A Geografia Critica vêm então com o

objetivo de estudar as relações existentes sobre o meio. Os PCN’s, (2001, p.105) ressaltam

que:

Os Geógrafos procuraram estudar a sociedade por meio das relações de trabalho e

da apropriação humana da natureza para produzir e distribuir os bens necessários às

condições materiais que a garantem. Critica-se a Geografia Tradicional, do Estado e

das classes sociais dominantes, propondo-se uma Geografia das lutas sociais. Num

processo quase militante de importantes geógrafos brasileiros, difunde-se a

Geografia marxista. [...] Tanto a Geografia Tradicional quanto a geografia Marxista

ortodoxa negligenciaram a relação do homem e da sociedade com a natureza em

sua dimensão sensível de percepção do mundo: o cientificismo positivista da

Geografia Tradicional, por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento

que passasse pela subjetividade do imaginário: o marxismo ortodoxo, por tachar de

idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade

com a natureza.

A Geografia ganha espaço onde o lema ―não basta explicar o mundo, é preciso

transformá-lo‖ surge com novas perspectivas para o contexto geográfico, onde a geografia

passa a ser trabalhada de forma a explorar os contextos essenciais desta ciência. Contudo

aGeografia obtém novas aberturas políticas, econômicas, sociais e culturais que são

importantes na formação do cidadão. As discursões realizadas por autores como: PCN’s (

2001); Lana Cavalcante (1998). Antunes (2001) entre outros, são constantes, onde tanto a

Geografia Tradicional quanto a Marxista não se fundamentam, não chegando a uma ciência

que possibilita a conhecer e chegar a uma conclusão coerente, surgindo diversas ideias e

opiniões que fazem desses pensamentos geográficos empíricos. Nesses dois momentos

Marxista e Tradicional a Geografia veio crescendo levando a sociedade seguimentos

diferentes, dividindo o pensamento do cidadão e daqueles que se dedicam a estudar a

Geografia de forma mais aprofundada. Onde cada um segue a ciência que considera adequada

A Geografia e História surgem na busca de unifica-las, ou seja, surgiu desde então

a disciplina Estudos Sociais com enfoque sociológico. Objetivava adaptar a sociedade após a

crise 1929, apesar da resistência de alguns para que se permanecesse a disciplina Estudos

Sociais. Pois não havia uma produção que se pudesse chamar de ciência surge no Brasil na

década de 30.

A disciplina Estudos Sociais não possuía uma metodologia própria por isso havia

grande dificuldade de mantê-la. Segundo Quintão e Albuquerque (2009, p.06) ressalta que:

Mesmo com esforço para permanecer, era uma disciplina nova, sem uma

metodologia própria. Na década de 1970 havia um guia para orientar o ensino dos

17

Estudos Sociais. Essa disciplina não perdurou, e continuamos com a Geografia e a

História sendo ensinadas nas escolas.

No Brasil os grandes pensadores geográficos perceberam as grandes crises que

esta ciência se encontrava a partir da observação de que a Geografia Tradicional se baseava

muito em questões empíricas, quando na realidade era necessário estudar as questões teóricas

que já estavam postas e não criar teorias infundadas. A partir de então pôde se observar quea

Geografia vem passando por momentos de descoberta, ou seja, diariamente se descobre algo

novo nesta ciência. A Geografia no Brasil passa a ser ensinada por professores licenciados

que durante a graduação buscou estudar metodologias, conteúdos, para que durante seu

trabalho pudessem trabalhar com os educandos novas formas de ensino. De acordo com os

PCN’s (2001 p. 103):

As primeiras tendências da Geografia no Brasil nasceram com a fundação da

Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e do Departamento de

geografia, quando a partir da década de 40, a disciplina Geografia passou a ser

ensinada por professores licenciados, com forte influencia da escola francesa de

Vidal de La Blanche.

As discussões em torno da Geografia baseiam-se na forma de como esta será

transmitida aos educandos das séries iniciais, pois é a partir deste momento que os educandos

descobrirão a realidade em que estão inseridos. Conhecendo as características do espaço e

suas categorias, a Geografia possui uma riqueza vasta em conteúdos, dessa forma necessita-se

que seja transmitido de maneira que vá despertar nos educandos o interesse de vivenciar na

prática os conteúdos da disciplina. Como mostra nos PCN’s (2001 p.110):

No que se refere ao ensino fundamental, é importante considerar quais as categorias

da Geografia mais adequadas para os alunos em relação a sua faixa etária, ao

momento da escolaridade em que se encontram e às capacidades que se espera que

eles desenvolvam. Embora o espaço geográfico deva ser o objeto central de estudo,

as categorias, paisagem, território e lugar devem também ser abordadas,

principalmente nos ciclos iniciais, quando são mais acessíveis aos alunos, tendo em

vista suas características cognitivas e afetivas.

É nas séries iniciais que se pode perceber que os educandos estão na busca de

conhecer algo diferenciado, e a geografia possibilita isso a eles, pois a geografia leva-os a

18

compreensão de conceitos, categorias e outros meios possibilitando aos educandos forma

mais branda, compreendendo assim os avanços tecnológicos que também se fundamentam

junto a esta ciência.

Tanto a Geografia quanto a História necessitam se renovar, não podendo ser

trabalhadas com conteúdos empíricos. De acordo com Antunes (2001 p. 14):

A aula de Geografia ou de História, para qualquer série ou ciclo, jamais pode se

sustentar apoiada em uma discrição empírica do espaço ou de outros tempos, nem

pode se revelar obcecada por um papel condenatório de uma ideologia política ou

econômica nacional e internacional. Ao contrario deve percorrer diferentes temas,

encadeado-os sempre, contextualizando-os com o ―aqui‖ e o ―agora‖ do corpo e do

entorno do aluno, com as relações socioculturais do espaço neste e em outros

tempos e com os elementos físicos e biológicos que deles fazem parte, investigando

suas múltiplas interdependências. A concepção construtiva de aprendizagem

representaria, dessa maneira, a teoria que acreditamos ser essencial e mais adaptada

ao trato dessa disciplina.

Constata-se que tanto na Geografia e História é necessário se colocar em prática

todas as propostas curriculares que estão referenciadas nos PCN’s sempre objetivando o bem

estar dos educandos em sala de aula. O que se percebe na obra de Antunes (2001), que retrata

o ensino de Geografia, desde o surgimento de ambas estas já possuía em seu contexto a

memorização e repetição dos conteúdos. Nesse sentido, não se tinha a preocupação se os

educandos estavam aprendendo de forma mecânica sem desenvolver o ensino crítico.

Contudo, o educando deve ser sempre o centro da produção de conhecimento, abrindo

caminhos para que estas duas ciências não se tornem monótonas como nos dias atuais.

Antunes (2001 p.16) em sua obra traz opiniões de grandes pensadores teóricos

que trabalharam em busca de um planejamento adequado para o bom desempenho destas

disciplinas em sala de aula, sempre baseando na forma que estão sendo transmitidos os

conteúdos de Geografia para os educandos que são os grandes responsáveis em adquirirem o

saber. Estas duas ciências encontraram grande resistência em ser implantadas nas escolas, por

se tratarem de questões que até então era empírica.

De acordo com os PCN’s, a partir da segunda Guerra Mundial no final da década

70 tanto a Geografia quanto a História foi colocada nas séries iniciais como Estudos Sociais

onde estes estudavam o meio de forma que não se exigia muito do aluno a aprendizagem,

eram aplicada visando somente à memorização, os alunos não tinham muito cobrança por

19

parte dos professores em aprender, pois se repetia muito os conteúdos, e os alunos já

memorizavam simultaneamente.

Neste período os conteúdos de geografia e história não faziam parte da vivência

dos educandos, os métodos de ensino utilizados pelos professores nas salas de aula eram

baseados na memorização e na repetição oral dos textos escritos, os materiais didáticos

restringiam apenas nos livros didáticos sem contextualização e nas aulas expositivasdos

professores, pois os mesmo eram voltados para os ensinamentos da igreja católica.

É função do professor trazer para sala de aula conteúdos de Geografia e História

que fazem parte da vivência dos educandos de forma significativa possibilitando um

conhecimento mais sólido onde vão criar significações positivas aos educandos. Segundo

Celso Antunes (2001p. 33):

Quando um professor traz um tema de geografia ou de história para o contexto do

alunos, fazendo-o sentir-se no espaço e no contexto que analisa, promove

significações que permitem uma construção mais sólida do conhecimento.[...] é por

esse motivo que a primeira fonte de pesquisa dos temas que se trabalhará em

geografia e em historia deve situar-se nas revistas da atualidade, nos temas tratados

na televisão, nos assuntos discutidos em praça pública, ainda que como ―ganchos‖

dos conteúdos cognitivos que a eles se anexarão.

A escola tem papel fundamental na construção dos conhecimentos acadêmicos,

sendo necessário o professor de geografia contextualizar os conteúdos de forma significativa,

ou seja, aproximando o conteúdo da realidade social do educando.

A educação, no ambiente escolar deve estar voltada para levar oportunidades de

democratização e transformação do próprio aluno, proporcionando acesso às novas

tecnologias e aprimoração do conhecimento. A escola deve estar inserida numa educação

onde forneça aos seus educandos possibilidades de interpretar a realidade e interagir com ela

de forma consciente.

Como ressalta Cavalcanti (1998) a educação e o ensino de geografia em si,

passam por grandes desafios, é a grande questão é como saber ensinar e o que ensinar. Sendo

que a geografia enquanto disciplina escolar vem sofrendo grandes desafios nos últimos

tempos, sejam nas estruturas das instituições escolares, quanto na forma de como é

desenvolvida em sala de aula. Cabe ao educador desenvolver competências dentro de sala de

aula, ou seja, estimular o educando a criar suas habilidades desvinculadas da teoria e dos

conteúdos e indo além, vivenciando e conhecendo a prática. Pois assim o educando passa a

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conhecer, a acertar e a errar, e diante disso ele consegue criar uma interação com o professor,

abrindo caminhos para participar durante as aulas.

Com a participação do educando, o professor pode perceber as dificuldades dos

mesmos, e podem trabalhar essas dificuldades em sala de aula. Passando a entender o

educando sem julgá-lo e sem cobrar dele respostas de conteúdos que eles não assimilaram. Há

que se envolver o educando junto às atividades dentre e fora da sala de aula, para que os

mesmos aprendam a buscar e produzir seu próprio conhecimento de forma autônoma através

de pesquisas e diversas metodologias de ensino que o docente pode estar utilizando para que,

o educando, ultrapasse a teoria e vivencie na prática o que esta estudando, para que assim

possa ter uma compreensão maior da sociedade.

O professor mesmo que preparado para exercer sua função de educador no Brasil

enfrenta grandes dificuldades, pois não é só sua preparação que fará a diferença em sala de

aula, são vários os fatores, como a falta de materiais didáticos, péssima estrutura no âmbito

escolar que também influencia, a falta de interesse dos educandos contribuem para que esses

educadores não tenham êxito na sua profissão. Muitos não possuem autonomia para com seus

educandos sendo obrigados a obedecer às normas da escola, já outros comprometem a

qualidade do ensino. Segundo Moysés (1994, p.17):

Mas apesar desses fatores adversos, há que alguns estudos ou depoimentos que

atestam que ainda há professores que conseguem fazer bem-feita a sua tarefa básica

que é a de ensinar. Porque aliam competência técnico-pedagógica a um grande

empenho em dar o melhor de si, conseguem fazer com que seus alunos aprendam

de uma forma rica e significativa. Sentem-se desafiados, sobretudo quando têm de

ensinar àqueles rotulados como ―os que não têm mais jeito‖.

Convém lembrar que a função do professor de Geografia em sala de aula é de

extrema importância, pois é através dele que o educando conhecerá os conteúdos geográficos,

categorias, conceitos, território, paisagens entre outros tudo dependerão da forma como o

professor trabalhará tais questões. Assim o educando criará novas referências e não se

prenderá somente nas aulas em sala de aula de forma mecânica. Ao mesmo tempo em que o

professor ensina seus educandos ele passa também aprender com os mesmos através da

interação professor versus educando, pois haverá diversas dúvidas que surgiram no decorrer

das aulas, onde o professor terá oportunidade de esclarecer tais dúvidas.

21

São necessários que sejam trabalhados conteúdos e metodologias voltados para a

Geografia que busca uma compreensão maior por parte dos educandos. Cabe à escola junto

aos educadores estabelecerem materiais e conteúdos metodológicos que desperte competência

e principalmente habilidades aos educandos do ensino fundamental.

Entretanto, cabe a cada profissional que atua como verdadeiro geógrafo/

educador, aceitar e utilizar, ou aperfeiçoar ou criticar a vertente do pensamento geográfico,

que melhor atende á sua linha de trabalho de acordo com realidade do educando,

considerando o mesmo como centro de todo processo ensino - aprendizagem.

22

2. O CONTEXTO DE ENSINO DA GEOGRAFIA SOB ÓTICA DO PROFESSOR:

DESAFIOS E DILEMAS

Muitas discussões vêm surgindo a respeito do ensino da geografia nas escolas nos

dias de hoje com intuito de valorizar essa ciência que possibilita conhecer a forma como o ser

humano se organiza no espaço, o produz e o incorpora na sua vida, no seu dia-a-dia e na

sociedade. E dos vários desafios que a educação vem enfrentando hoje no Brasil.

É fundamental rever o ensino da geografia para a tendência atual para que a

espaço sejam compreendidos normalmente.

2.1. O Ensino da Geografia : Teoria e Prática

Um dos grandes desafios do docente em geografia, na sua profissão é escolher e

trabalhar os conteúdos desta ciência. De como o mesmo irá levar o conhecimento e

sucessivamente estimular o aprendizado dos educandos.

Saber o que trabalhar que conteúdos colocar em práticas faz com que o docente

trabalhe em busca de materiais que vá fazer com que suas aulas se tornem produtivas,

atrativas no conceito do educando. Pois o professor busca, ideias, teorias embasadas na

vivencia do educando no meio onde a mesmo esta, interagido para que assim facilite o seu

entender.

A geografia atualmente conta com diversas fontes de pesquisas para que o docente

possa interpretar e trazer esses conteúdos para sala de aula, contudoa geografia por se tratar de

uma ciência que esta em constante mudança, que se renova todos os dias faz com que todos

interajam com ela.

23

Os conteúdos que são integrados à geografia são de fundamental importância para

que os educandos construam o conhecimento critico. Para que esses dilemas encontrados na

geografia sejam aos mesmos amenizados a necessidade de haver mais aulas práticas para que

os educandos do ensino fundamental possam tomar conhecimento da realidade e saber

assimilar na prática os conteúdos que estão sendo estudados dentro da sala de aula. Que ele

possa enxergar além. Lana Cavalcanti (2003) ressalta que:

A geografia ocupa, no currículo escolar, um lugar privilegiado na formação da

cidadania participativa e critica. Ela ajuda os alunos a pensar a realidade e atuar

nela do ponto de vista da espacialidade, dimensão cada vez mais valorizada pela

ciência geográfica dada a complexibilidade do mundo.

Nesta constante busca o docente durante sua prática pedagógica deve estar sempre

buscando conteúdos novos, onde ira se reafirmar outros conteúdos, ou seja, trabalhar

conteúdos ultrapassados que ainda não foram atualizados nos livros didáticos, que são

importantes traze-los para a realidade do educando, utilizando-se de novos conceitos.

Questionar técnicas, teorias que estão posta nesta ciência e que necessita ser repensada. A

geografia possibilita ao docente, várias fontes de trabalho, pois a geografia possui diversas

áreas para que sejam trabalhadas em sala de aula.

Contudo é necessário que o docente enquanto educador tenha habilidades e

competências em sala de aula para saber usar esses conteúdos com qualidades onde garantam

aos educandos aulas que serão primordiais para sua vivencia. Outra questão importante que o

docente deve desenvolver e àautonomia para se trabalhar dentro de sala de aula, pois muitas

vezes as instituições escolares não permitem que os educadores possam ter liberdade para

desenvolver seu trabalho.

Assim o educador se sente retraído, pois não possui liberdade para expressar seus

conhecimentos, sendo obrigados a cumprir as normas do conteúdo programáticos da escola. É

necessário que o mesmo enquanto educador seja respeitado, e que principalmente seu trabalho

seja valorizado.

Os professores para garantir bom desempenho em suas aulas devem estar sempre

com um bom planejamento. Segundo Vieira (2009, p. 02), ressalta que:

24

O professor deve estar consciente da necessidade de estar com suas aulas sempre

bem planejadas. Este planejamento irá deixá-lo com segurança e em condições de

debater com seus alunos sobre o conteúdo desenvolvido buscando um engajamento

de todos na busca do conhecimento. Este entrosamento de ideias irá formar

conceitos, os quais sendo construídos em conjunto serão fixados e entendidos de

forma mais simples, não necessitando de decorebas e de infindáveis questionários

tão solicitados pelos alunos.

O ensino de geografia possibilita ao docente transformar conteúdos científicos,

teóricos de modo que venha a facilitar a aprendizado dos educandos. O que se tem visto é que

muitas aulas de geografia na atualidade, deixam de se trabalhar com conteúdos que fazem

parte da disciplina, ou seja, conteúdos que propriamente dito são fundamentais e

indispensáveis que representa a disciplina geografia e que não podem deixar de ser

trabalhados.

Muitos docentes hoje não fazem uso de mapas, que são fundamentais para que os

discentes conheçam o lugar onde vivem e possam enxergar sua realidade, mesmo que forma

teórica onde os mesmos vivem. Nos PCN’s ressalta-se a importância que os docentes façam

usos dos conceitos, categorias, paisagens, relevo, lugar, território, espacialidades, regiões

entre outros. para que estes conteúdos não se percam no tempo e os educandos deixam de

vivenciar essa importância que é conhecer os aspectos físicos do lugar ou região onde estão

inseridos. Sendo necessário que, se reveja as grades curriculares da geografia nas escolas.

Os docentes que exerce a profissão hoje no século XXI ainda encontram

dificuldades para se trabalhar em sala de aula, pois mesmo podendo trabalhar com conteúdos

riquíssimos, não tem recursos para tornar suas aulas mais dinâmicas e expositivas.

Trabalhando somente com teorias, quando se trabalhados na prática obteriam muito mais

resultados. De acordo com os PCN’s ( 2001, p. 123) afirma que:

Os conteúdos selecionados devem permitir o pleno desenvolvimento do papel de

cada uma na construção de uma identidade como o lugar onde vive e, em sentido

mais abrangente, com a nação brasileira, valorizando os aspectos socioambientais

que caracterizam seu patrimônio cultural e ambiental. Devem permitir também o

desenvolvimento da consciência de que o território nacional é constituído por

múltiplas e variadas culturas, que definem grupos sociais, povos e etnias distintos

em sua percepção e relações com o espaço, e de atitudes de respeito às diferenças

socioculturais que marcam a sociedade brasileira.

25

Contudo é de práxis do educando desenvolver competências dentro da sala de

aula. Ou seja, estimulando o educando a criar suas habilidades, desvinculadas da teoria e dos

conteúdos e indo além, vivenciando e conhecendo a prática. Somente assim o educando

passará a conhecer, a acertar e a errar, criará uma interação do educando com o professor,

abrindo caminhos para interagir com a aula. E com essa participação do educando o professor

perceberá onde os mesmos sentem mais dificuldades, e poderão trabalhar essas dificuldades

em sala de aula. Passando a entender o aluno sem julgá-lo e cobrar dele respostas de

conteúdos que eles não aprenderam.

É necessário que o educando, esteja interagindo com às atividades dentre e fora

da sala de aula, para que o mesmo aprenda a buscar e produzir seu próprio conhecimento

através de pesquisas e tantas alternativas e através dessa busca ele irá além da teoria e

vivenciará na prática e terá uma compreensão maior da sociedade.

O professor deve colocar em práticas suas habilidades em sala de aula. Pois

somente assim o educador irá criar a sua forma de trabalhar de envolver os educandos em sala

de aula usar de técnicas, conceitos e práticas que irá somente acrescentar para bom

desempenho em sala de aula. Ou seja, conhecendo os educandos o professor terá maior

liberdade em trabalhar, conteúdos geográficos e assimila-los de forma que se interaja com as

metodologias para que facilite o entender dos educandos.

Segundo D’AVILA (2003, p10) ―o conteúdo escolar tem passado por

significativas transformações, no intuito de dar conta dos avanços epistemológicos da ciência

e de responder as necessidades da escola no processo de formação de sujeito”. Percebe-se

então que autora trabalha essa questão de forma que através desta teoria possa ser transmitir

conhecimento aos sujeitos de forma que os mesmos possam exercer sua cidadania no mundo

onde estão inseridos, e o papel da escola é justamente para possibilitar e encaminhar os

indivíduos envolvidos a aprender a conviver em sociedade.

De acordo com D’AVILA (2003, p 10) também enfatiza que, os conteúdos são

passados de forma mecânica, onde professores se apoiam muito nos livros didáticos, não

dando apoio necessário aos educando, apoio na forma de levar conteúdos claros aos

educandos fazer uso do livro didático, mais trazendo tais conteúdos para a realidade dos

mesmos e também para a própria realidade escolar.

Contudo a geografia se torna monótona para os educandos que não sentem

confortáveis em aprender, mais são de certa forma obrigados a participar das aulas pois não

tem ainda autonomia para decidir questões que envolvem seus educandos em sala de aula. Os

conteúdos, as aulas de geografia e o professor da disciplina ficam de certa forma

26

desfavorecida, pois não há como haver certa interação, pois os educandos não são ouvidos,

suas vontades muitas vezes não são aceitas pelos professores.

Segundo D’AVILA (2003, p. 11) enfatiza que ―o papel do professor é

apresentado como mediador nesse processo, buscando novas formas de aproximar o aluno

do conhecimento”. Ou seja, o papel do professor é de levar o conhecimento ao educando, de

certa forma apresenta-los para que ambos venham a se conhecer, e que o educando possa vir a

se identificar com os conteúdos que serão trabalhados em sala de aula. Para tal é necessário

que o docente conheça o que esta sendo trabalhado, interagindo com projetos e outros

métodos de ensino que a escola trabalha, para que seu conhecimento não fique preso.

2.2 Orientações Didáticas

O docente quando inicia na sua profissão, ele passa a vivenciar na prática o que é

ser professor, dentro da sala de aula, o mesmo encontram-se muitas vezes dificuldades em

trabalhar determinados conteúdos, pois não conta com recursos técnicos para aprimorá-los e

quando tem acesso a esses recursos muitos não usam, pois sentem desmotivados para

planejarem uma aula diferente. Ou seja, as instituições escolares na sua maioria possuem

recursos tecnológicos como: Datashow, retroprojetores, televisão, DVD, e os professores

deixam de fazer uso dos mesmos e continuam a utilizar somente o livro didático, giz e quadro

negro. De acordo com Vieira (2009, p.06) ressalta que:

A busca por metodologias que consigam levar o conteúdo ao aluno de maneira mais

compreensível, seja através do livro didático, o qual é um importante apoio, não

devendo ser o único meio, ou através de outras tecnologias e criatividades é que irá

diferenciar um educador de qualidade.

O uso do livro didático não é proibido, contudo busca-se a devida apropriação do

mesmo, ou seja, da forma de como o docente faz uso dele, sabe-se que o mesmo possui

conteúdos importantíssimos, mais não são os únicos que existem. Existem outras formas de se

adquirir conhecimento ou ate mesmo aprimorar essas informações. Entretanto o livro didático

é somente uma fonte para que o docente trabalhe e se oriente através dele. Cabe ao educador

somente transformar essas informações para que os alunos não fiquem presos somente ao

livro didático. De acordo com Vieira, (2009, p.06) ressalta que:

27

Observando-se a prática pedagógica de alguns professores, nota-se o fiel

cumprimento aos conteúdos dos livros didáticos, os quais discorrem sobre

determinado assunto e dali se determinam questões que são respondidas diretamente

dos textos, onde não dá a chance do aluno expressar sua opinião. Embora estes

livros tragam conteúdos bem dispostos e abrangentes, cabe ao professor associá-los

ao dia a dia dos alunos e levá-los a pensar sobre o que realmente faz a diferença na

hora de aplicar o conhecimento adquirido. Desta forma, a Geografia ensinada será

mais interessante, ficando o educador com a responsabilidade de levar à sala de aula

maneiras diversificadas de apresentação destes conteúdos o que levará a um

processo de motivação da turma.

Outra grande questão são as dificuldades que os docentes ainda encontram em

relacionar as metodologias do ensino superior com as do ensino fundamental. Torna-se um

desafio ao educador em relacionar ambas, quando na universidade o docente trabalha mais

com teoria e já no ensino médio a grande demanda é a prática para que, o educando interaja

com as aulas.

O uso excessivo do livro didático é necessário desde que os conteúdos,

metodologias estejam envolvidas com os educandos para que os mesmo possam vivenciar e

se sentirem sujeitos ativos dentro das metodologias, trabalhado, muitas vezes, o livro didático

não auxilia, para aprendizado do educando, deixando-os ainda mais disperso.

É essencial que o docente trabalhe com qualidade, ou seja, tendo materiais

didáticos a sua disposição, contudo docente que trabalha com falta de recursos gera certo

desconforto aos educadores, é que vem acontecendo atualmente, o mesmo se sente

desconfortável, pois muitos são julgados pelos educandos pelos pais e ate mesmo pela

sociedade, pois a função do professor é levar um ensino com qualidade aos educandos.

Mesmo com dificuldades este profissional busca trabalhar em prol do educando e de si

mesmo, pois valoriza seu trabalho e garante o conhecimento aos educandos, pois a

metodologia muitas vezes é uma forma que os educandos possuem para aprender. Oliveira e

Aredes (2009, p.03) ressaltam que:

A Geografia, na sua perspectiva metodológica, deve assumir uma postura de

mudança, de repensar velhas formas de ver o mundo, de buscar novos sentidos para

a existência humana, de resgatar a vida em todas as suas dimensões e de se assumir

como parte integrante da sociedade e sendo responsável pelo seu futuro.

O objetivo primordial do ensino não é apenas o conteúdo e a metodologia. Não é

o espaço geográfico que constitui o objetivo do ato educativo. Eles são mediadores do

28

conhecimento e o desenvolvimento das competências cognitivas para que o educando possa

compreender o mundo a sua volta. Mas não se pode desempenhar um bom trabalho se não

houver uma relação harmoniosa com os educandos, ou seja, mesmo sendo uma tarefa difícil é

necessário que o docente trabalhe em prol de uma harmonia dentro de sala de aula. Levar aos

educandos segurança para que os mesmos também transmitam segurança ao docente. De

acordo com Callai (p.141):

A relação do indivíduo com o seu meio, a compreensão do espaço construído no

cotidiano, os micro espaços que são os territórios do indivíduo, da família, da escola,

dos amigos, devem ser incorporados aos conteúdos formais que as listas de

Geografia contêm. Estes aspectos poderão permitir que se faça a ligação da vida real

concreta com as demais informações e análises.

D’AVILA (2003, p 12) ressalta que “o que a sociedade hoje exige, do ensino e

Geografia é que se desenvolva o raciocínio lógico, critico e coerente de conhecimentos”.

Compreende-se que o ser humano em si, necessita e busca por uma geografia que flua

normalmente, sem se contrapor ao passado, ou seja, trabalhar uma geografia nas escolas de

forma que as metodologias estabelecidas possam de forma funcionar e levar a compreensão

dos conteúdos geográficos aos educandos.

Que através destas novas metodologias que possa vir a ser adotadas pelos

professores em sala de aula possa tanto levar o conhecimentos aos educandos como

transformar a sociedade em que vivemos.

Segundo D’AVILA (2003, p13), ―retrata que as metodologias ligadas ao

cotidiano são fundamentais para a construção social”. Trabalhar questões voltadas para o dia

– a- dia do educando é de fundamental importância, pois de certa forma o professor de acordo

com as metodologias que estão sendo trabalhadas pode sim mudar a visão dos educandos em

relação ao mundo onde vivem. Pois muitas vezes precisa-se de educadores capazes de levar o

conhecimento aos educando de forma que o mesmo possa vir a compreender por si próprio as

questões que envolvem a sociedade em que vive, sem necessidade que o professor o

influencie apenas lhe mostre o caminho.

O professor deve trabalhar questões culturais, politicas, sociais e econômicas de

forma que não saia do contexto geográfico para que o educando possa também conhecer e

interagir com questões que são fundamentais para sua vida.

29

A geografia apresenta conceitos, teorias diversas que muitas vezes acaba

dificultando o aprendizado. As dificuldades se tornam constantes para isso o professor deverá

estar atento de como irá transmitir aos educandos a forma de mais fácil aprendizado. Na

concepção dos PCN’s ressalta que:

No que se refere ao ensino fundamental, é importante considerar quais são as

categorias da Geografia mais adequadas para os alunos em relação à sua faixa etária,

ao momento da escolaridade em que se encontram e às capacidades que se espera

que eles desenvolvam. Embora o espaço geográfico deva ser o objeto central de

estudo, as categorias paisagem, território e lugar devem também ser abordadas,

principalmente nos ciclos iniciais, quando se mostram mais acessíveis aos alunos,

tendo em vista suas características cognitivas e afetivas.

Com base nesta afirmação pode-se ressaltar que as metodologias que o professor

adota dentro de sala de aula é fundamental, pois através dela que os mesmos irá desenvolver

as aulas com êxito, claro desde que bem executadas e planejadas. O professor enquanto

educador deve levar em consideração as opiniões dos educandos, para que os mesmo possam

se ver como parte integrante do conhecimento.

Segundo os PCN’s, Conhecer, interpretar, desenhar, escrever, identificar,

observar, etc. é pontos essências que os professores pode estar utilizando para trabalhar com

educandos, para que os mesmos possam vir a entender e expor seu aprendizado. Pois é através

da prática que os educando conseguem obter mais resultados positivos, pois os mesmos

vivencia no dia a dia o que estão estudando em sala de aula. Contudo é função do professor

disponibilizar tais possibilidades aos educandos para que ate mesmo o professor se veja como

um agente do saber, pois essa é uma de suas funções. Os PCN’s dizem que:

É fundamental também que o professor conheça quais são as idéias e os

conhecimentos que seus alunos têm sobre o lugar em que vivem, sobre outros

lugares e a relação entre eles. Afinal, mesmo que ainda não tenham tido contato com

o conhecimento geográfico de forma organizada, os alunos são portadores de muitas

informações e ideias sobre o meio em que estão inseridos e sobre o mundo, têm

acesso ao conhecimento produzido por seus familiares e pessoas próximas e, muitas

vezes, às informações veiculadas pelos meios de comunicação.

Portanto os educandos podem sim transformar a sociedade em que vivem desde

que sejam bem orientados, pois nesta fase de ensino fundamental os educandos estão prontos

a aprender e conhecer coisas novas. A importância de o professor adotar metodologias

30

práticas e favoráveis ao entendimento do educando, deixar de ficar preso somente aos livros

didáticos e buscar novas metodologias de ensino pode ser o caminho.

2.3 Relações Professor-Educando

As relações entre docentes e educandos não tem sido uma das mais harmoniosas

nos últimos tempos. Ao se tratar de docentes no ensino de geografia constata-se que não tem

sido muito fácil, a geografia enquanto disciplina devida sua grande expansão de conteúdos

gera aos educando certo desconforto, o que leva muitas vezes discórdias de educandos com os

docentes.

De acordo com Vieira (2009), O papel do professor na sociedade é de grande

importância mesmo que esta profissão atualmente esta sendo desvalorizada. O professor

representa boa parte na formação do educando do ensino básico. A influência que o professor

possui com os educandos vai além dos conteúdos transmitidos em sala de aula, através do

mesmo o educando do ensino básico constrói seu caráter e ajuda na personalidade da criança,

diante disso buscamos a valorização da profissão, o ensino escolar necessita de professores

formadores que transmitam segurança, e sejam capazes de interagir e compreender os

educandos, contribuído com a formação do individuo.

Vieira (2009) enfatiza que o educador exerce mais que a profissão de professor ele

passa a ser um orientador para os educandos, no ensino fundamental essa abertura é essencial

fazendo com que o educando interaja com o professor e crie condições para que o professor

trabalhe métodos e conteúdos novos que venham transmitir valores e mudanças atitudinais

além do desenvolvimento cognitivo o educando percebe a dinâmica da aula e crie uma

interação harmoniosa entre professor-educando. O papel do professor não é de tomar conta do

educando e induzi-los a agir conforme seu conceito, mas sim fazer com que o educando

enxergue na sua família e na sociedade uma abertura para conviverem de forma harmoniosa,

podendo exercer seus direitos, como cidadãos.

Essa falta de interação do educando com o docente em sala de aula, fica cada vez

mais desencontrada, quando o professor não consegue trabalhar, seja por falta de recursos, da

falta de atenção dos educandos e tantos outros motivos, que gera mais desconforto dentro de

sala de aula. Levando assim ainda mais o distanciamento do educando com o docente,

dificultando a relação entre professor e educando e o aprendizado que este lhes transmite.

Segundo Callai ( p.140):

31

O professor de Geografia ―transmite‖ através dos temas com que trabalha a

hegemonia de uma cultura, de uma sociedade com sua economia, que não raro

critica e quer condenar. Mas, na prática, exerce fundamentalmente o exercício de

―ajustar‖ o indivíduo ao meio, muito embora não concorde e não queira isto. Ao

trabalhar com informações desconectadas de explicações mais amplas, colabora com

a transmissão de ideias que professam a manutenção dentro de regras estabelecidas,

ao invés de valorizar o conhecimento de cada um, resgatando o conhecimento

cientificamente produzido e dando-lhe um sentido social.

As habilidades trabalhadas pelo professor são primordiais, usar de metodologias,

métodos, facilita uma harmonia dentro de sala de aula criando uma relação mais harmoniosa,

com respeito entre ambas às partes. O papel do professor não é influencia nos valores,

princípios, mas sobretudo encaminhá-lo para exercer na papel em sociedade, mesmo sendo

adolescente o aluno exerce uma função na sociedade a de cidadão.

O docente em geografia enfrenta sim vários obstáculos enquanto educadores mais

estas questões são apenas desafios, que os mesmo com competência as superam mesmo que

não seja uma tarefa muito fácil.

Kimura (2010, p.56), trabalha a questão de que os professores quanto os

educandos são protagonistas educacionais, para tal deve se levar em conta a importância do

professor de geografia, ou seja, reconhecer sua importância. Levar em consideração o

educador faz com que o ambiente escolar de certa forma esteja equilibrado. Kimura (2010),

também ressalta que o educador valorize a formação do aluno estimulando a aprender, o

mesmo não pode elaborar de imediato o saber, para tal é necessário que haja uma interação

entre ambos protagonistas.

Nunes (2004, p.152), enfatiza que o papel do educador é de orientar o educando

de forma que o mesmo assimile sua realidade, ou seja, orienta-los para que os mesmo criem

condições de viver em sociedade, crie perspectivas em relação ao mundo onde estão inseridos

e também em relação a natureza e dos diversos elementos que interage com esta ciência.

De acordo com Nunes, a tarefa de educar é uma das mais antigas do mundo,

fazendo de certa forma uma critica, pois mesmo se passando muitos anos o ensino em si

continua muitas vezes sendo trabalhados de forma igual, ou seja, o sistema tradicional ainda

pode ser visto hoje no século XXI, com as grandes tecnologias existentes ainda encontram-se

professores que não se adequaram a essas inovações. Mas, contudo ele ressalta que pode ser

visto mudança no processo ensino-aprendizagem, que representa boa parte do esforço dos

professores. Callai ( p.144) ressalta:

32

As aulas de Geografia têm tudo a ver com isto, pois ao estudar situações concretas,

problemas que os vários povos enfrentam e a estruturação dos seus territórios que

apresentam paisagens que expressam a realidade vivida, o aluno adquire os

instrumentos para pensar o mundo de sua vida, da vida de todos os homens. Ao

confrontar várias situações entre si e com as condições concretas do seu próprio

mundo próximo, ele vai construindo um conhecimento próprio e, mais do que isto, a

compreensão de regras e leis que regem este mundo atual; pode inclusive buscar o

que as funda e compreendê-las como historicamente construídas.

Em decorrência do ensino ainda se encontrar de forma tradicional sem aderir a

metodologias, renovações na forma de ensinar o autor refere-se que isso leva o ato de educara

se tornar cada vez mais cansativo tanto para os educadores quanto para os educandos, ainda

mais quando o professor ainda se apoia todo tempo nos livros didáticos nas formas

tradicionais de ensinar, na forma mecânica, ler e copiar, não dando continuidade no conteúdo

posto nos livros dessa forma percebe-se que a interação professor- educando vai muito além

sendo queo papel do educador é orientar, assim cria-se uma relação entre ambas as partes.

33

3- O ENSINO DE GEOGRAFIA EM UM CONTEXTO PRÁTICO: O DISCURSO DO

PROFESSOR

3.1 Delineamentos Metodológicos - Áreas de Estudo

O campo da pesquisa foi delimitado na cidade de Iporá-Go situada á 216 km da

capital, Goiânia. A cidade tem como foco econômico: á agropecuária e o comércio varejista e

possui diversas escolas que se situam na periferia. Na cidade existem três escolas que são de

responsabilidades da prefeitura municipal e nove escolas que são mantidas pela Rede Estadual

de Ensino. O mapa abaixo mostra a localização da cidade de Iporá. (Figura 01)

Figura 1. Localização da cidade de Iporá. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, 2011.

Para efetivação da pesquisa ora proposta considerou-se como campo a Escola

Estadual Israel de Amorim e Escola Estadual Edmo Teixeira situadas na cidade de Iporá é que

atende alunos do Ensino Fundamental I e II. Os alunos atendidos são provenientes de Bairros

da periferia da cidade e também da zona rural.

34

3.2. Metodologia da Pesquisa

Para compreender os principais desafios enfrentados pelos professores da Rede

Estadual do Ensino Fundamental II de Iporá na disciplina de Geografia, optou-se pela

pesquisa bibliografica qualitativa para dar credibilidade aos dados coletados.

Na coleta da pesquisa campo, cujo tema: As Dificuldades de se Ensinar Geografia

no Ensino Fundamental II em Duas Escolas da Rede Estadual de Ensino de Iporá-Go, sob á

Ótica do professor: Teoria é Pratica, optou-se pela pesquisa bibliografia juntamente com os

documentos oficiais como os PPP’s ( Plano Politico Pedagógico) das respectivas escolas além

das Matriz Curricular do Estado de Goiás que rege o Ensino Fundamental II. Para melhor

compreender a metodologia utilizada pelos professores da área.

Através dos questionários aplicados aos professores entrelaçados com a

reorientação curricular do 6° ao 9° ano e os documentos oficiais, PPP e Matriz Curricular do

Ensino Fundamental, buscando compreender a importância dessa pesquisa para redimensionar

o ensino de Geografia no ensino fundamental II.

3.3 Sujeitos e o contexto das representações da pesquisa

Os sujeitos envolvidos nesta pesquisa foram os professores de Geografia das

Escolas Estaduais, Edmo Teixeira e Israel de Amorim atuando no Ensino Fundamental II de

Iporá-Go. Para delimitar a pesquisa foi necessário estabelecer alguns critérios para estabelecer

os sujeitos da mesma como saber:

a) Escolas pesquisadas: considerou estabelecer questões que envolveram o professor e o

ensino de geografia para tal estabeleceu:

Os desafios dos professores de geografia

As relações professor educando

Proposta pedagógica

Os professores envolvidos foram aplicados questionários a fim de estabelecer e

conhecer as questões que influenciam na sua profissão, ou seja, no dia – a – dia na sala de

aula. Foram obtidas várias informações que levou a entender as angustias alegrias e

descontentamentos dos professores,ainda questões sobre a forma como vivencia o ensino da

geografia no seu dia a dia, além de estabelecer e conhecer as metodologias que os mesmos

usam diariamente, a fim de trazer para a realidade do educando o conhecimento.

Para fundamentar a pesquisas nas escolas analisou-se o PPP- Projeto Politico

Pedagógico das escolas Edmo Teixeira e Israel de Amorim, com objetivo de conhecer o

35

funcionamento das escolas e as questões que envolvem a relação professor - educandos e as

metodologias postas em sala de aula.

3.3.1. O contexto das representações das escolas e professores

Analisando as escolas do ensino fundamental II de Iporá-Go, seguindo os

critérios estabelecidos que fundamentou essa pesquisa, ambas as escolas são estaduais

situadas em bairros favoráveis e de fácil acesso para os educandos das comunidades distintas,

uma vez, que são frequentadas por educando da periferia da cidade e também da zona rural.

Para fazer a caracterização das escolas foram feitas pesquisas de campo e através

dos documentos fornecidos pelas próprias instituições, através do contexto apresentado e

mencionado anteriormente as escolas escolhidas foram:

1) Escola Estadual Edmo Teixeira – Iporá-Go

Fundada em 1970, no Governo de Otávio Lage, pela empresa empreiteira SUPLAN,

começando seu funcionamento no ano de 1971, sob o nome de Escola Estadual de 1º

Grau Nova de Iporá, e posteriormente em 1979 passa-se a se chamar Escola Estadual

Edmo Teixeira, sendo esta uma homenagem ao farmacêutico e vereador da cidade de

Iporá. Situa-se na Avenida Caiapó n.º 282, Bairro São Francisco – Iporá GO, é

considerada de fácil acesso à clientela, sendo esta uma escola central. A docente de

geografia que hoje atua na instituição é a professora Telma Dias de Sousa (A),

formação superior em Licenciatura Plena em Geografia, também especializada em

Psipedagogia-Inclusão, atuou 20 anos no magistério e atua há 10 anos no ensino

fundamental II exerce uma carga horária de 60 horas aula no ensino fundamental II.

2) A Escola Estadual Israel de Amorim localizada na avenida xv de Novembro, n°.

1.420, esquina com a Rua Goiânia no centro da cidade. Conta-se com uma vizinha

distribuída, na frente da instituição esta localizada a Praça da Liberdade servindo de

lazer para a população e principalmente aos educandos, nos fundos da escola localiza-

se o Centro de Referência da Inclusão, CAEE. Desde sua fundação a escola localiza-se

no mesmo prédio desde então, foi à primeira escola pública fundada em 1943.

Somente no ano de 2000 a escola passou a ser uma escola inclusiva, que hoje atende

aos educandos com necessidades especiais. Os professores de geografia que hoje

exerce a disciplina são: Luzia Ribeiro da Silva (B), formada em Licenciatura em

Geografia, especializada em Ciências Sociais, Planejamento Educacional, atuou 32

anos no magistério e atua 18 anos no ensino fundamental II, com carga horaria de 20

36

horas aula no ensino fundamental II. E Maria Amujaci Peres (C),Possui formação em

Licenciatura Plena em História, especialização pós graduada em libras, tempo de

atuação no magistério 26 anos e 5 anos no ensino fundamental II com carga horária de

40 horas.

3.3.2. Procedimentos para coleta de dados

Para a coleta de dados, foi feito um levantamento dos documentos como PPP-

Plano Politico Pedagógico das escolas pesquisadas, em específicos do ensino fundamental II,

analisando a importância que os professores pesquisados possuem para o contexto da

educação local e o que estes leva de conhecimento aos mesmos e como se sentem nesta

função.

O PPP das escolas do ensino fundamental busca enfatizar todas as questões que

foram executadas para que se tivesse um bom desempenho na prática e que esse

desenvolvimento fosse notado pela sociedade, ―é o momento de aplicação das possibilidades

de um conhecimento estruturado e mediado pela escola que conduza à autonomia necessária

para o cidadão do próximo milênio‖ PCN’s (1999, p.311). Contudo as escolas pesquisadas

devem mostrar no seu contexto transparência para que a sociedade enxergue as mesmas de

modo que sinta que o conhecimento não se encontra isolado, sabe-se que a Escola Estadual

Israel Amorim primeira escola pública de Iporá-Go atendeu toda uma demanda de educandos

durante anos, assim percebe-se que a escola garantiu a sociedade uma fonte de conhecimento,

pois hoje a escola conta com muitos educandos frequentes.

Os educandos devem ser preparados para um mundo cheios de inovações, no

mundo hoje globalizado, que necessita esta sempre renovando conhecimento para que este

não se encontre isolado.

Os documentos fornecidos pelas instituições e a pesquisa feitas no interior das

mesmas, no qual contribuíram para que fosse entendida da melhor maneira esses profissionais

de geografia e as metodologias postas por estes nas escolas. Foram aplicados questionários

aos sujeitos da pesquisa nas distintas escolas selecionadas. Os questionários foram aplicados

aos professores de geografia que trabalham nas instituições selecionadas onde os mesmos

foram caracterizados para a análise do discurso dos docentes. Os questionários forma

realizados nas formas de perguntas envolvendo questões práticas do seu dia – a- dia nas

escolas e em sala de aula. Foram analisadas as práticas pedagógicas e os recursos

metodológicos que estes exercem no cotidiano, as dificuldades que estes encontram como

37

docentes da disciplina geografia e outras questões que envolvem a prática destes com seus

educandos pois muitas vezes a convivência em grupo não é muito fácil , além de toda

burocracia que estes passam nas instituições que trabalham.

Todas as questões levantadas fazem referencia ao tema abordado para esta

pesquisa a fim de delimitar a geografia e seu ensino sob ótica do docente, a fim de entender o

que se passa com o docente em sala de aula, compreender o que os mesmo esperam

futuramente para o ensino de geografia, são indagações que remete a pensar novas

possibilidades e sugestões para que se possa coloca-las em prática.

38

4 AS ESCOLAS PESQUISAS

4.1.1.Histórico do Colégio Edmo Teixeira de Iporá-Go

A escola foi construída em 1970, no Governo de Otávio Lage, pela empresa

empreiteira SUPLAN, começando seu funcionamento no ano de 1971, sob o nome de Escola

Estadual de 1º Grau Nova de Iporá, e anos depois em 1979 passa-se chamar Escola Estadual

Edmo Teixeira.

No que tange o espaço físico e organização do ensino houve mudanças, a escola

dispõe também de um Laboratório de Informática Educativa, contando com 16 computadores

04 impressoras, 02 "scanners, conectados com a InternetBanda Larga, uma Biblioteca

chamada ―Cantinho do Saber‖ composta de acervo variado.

O terreno conta com área total é de 4.000 m² distribuídos em área construída e

área livre. A área coberta é praticamente toda de laje, sendo as paredes levantadas com tijolo e

cimento, possui piso de cimento vermelho. As salas de aula são confortáveis e arejadas

comportando em média 34 alunos. Contam ainda com outras dependências como secretaria,

almoxarifado, mecanografia, banheiros, saguão, cozinha, sala para professores e coordenação.

O prédio escolar é adaptado para cadeirantes, onde foi construídas rampas de

acesso a todas as dependências e banheiros próprios para atender a classe de cadeirantes,

entretanto ainda falta rampa de acesso ao campo de futebol e parquinho. A instituição ainda

conta com água tratada. A coleta de lixo é feita diariamente atendendo às necessidades básicas

do dia. Possui energia elétrica trifásica.

39

4.1.2. Concepção filosófica, pedagógica e metodológica da Escola Estadual Edmo

Teixeira.

A história da Escola Edmo Teixeira quanto ao seu processo filosófico, pedagógico

e metodológico passou ao longo dos anos por vários momentos. No que diz aos aspectos

metodológicos o PPP (2010, p 20) enfatiza que:

A Escola Estadual Edmo Teixeira adota a metodologia pedagógica sócio

interacionista para o trabalho com os alunos de Ensino Fundamental, pois, a

proposta pedagógica da Escola privilegia o ensino enquanto construção do

conhecimento, o desenvolvimento pleno das potencialidades do aluno e sua inserção

no ambiente social utilizando, para isso, os conteúdos curriculares da base nacional

comum e os temas transversais, trabalhados por meio de aulas expositivas,

seminários, debates, palestras, peças teatrais, dramatizações, músicas e danças,

filmes, exercícios estruturais, dinâmicas em grupo e individual, estudos dirigidos,

jogos, brincadeiras, recortes, pinturas e colagem, filmes, pesquisas na Internet,

atividades extraclasse, desenvolvimento de projetos e sequências didáticas.

De acordo com o Projeto Político Pedagógico-PPP (2010) da referida escola tem

como finalidade desenvolver os educandos de modo geral, através desta teoria citada

anteriormente, sociointeracionista, que para tal foi adaptada no ensino atual como novas

mudanças no seu contexto enfatizando as questões atuais que envolvem o educando em seu

contexto. O Projeto Político Pedagógico é adequado ao modo de ensino da escola a cada ano a

fim de suprir e garantir aos educandos conhecimento, o conteúdo são atualizados a cada ano

para garantir estabilidade no ensino e uma sequencia lógica dos educandos.

Para chegar a essas finalidades a escola contou com o apoio dos professores para

estabelecer as teorias e práticas a ser usadas no dia-a-dia em sala de aula, sempre com o

objetivo de atender as dificuldades dos educandos além de possibilitar aos mesmos um saber

mais atualizado. A escola se atentou para a diversidade dos alunos com a finalidade de

atender cada característica. No Projeto Político Pedagógico -PPP (2010, p.14) refere-se:

O respeito à diversidade dos alunos é parte integrante da nossa proposta. Para que

seja incorporada pelas crianças, a atitude de aceitação do outro em suas diferenças e

particularidades precisa estar presente nos atos e atitudes dos adultos com os quais

convivem na escola. Começando pelas diferenças de temperamento, de habilidades e

de conhecimentos, até as diferenças de gênero, de etnia e de credo religioso, o

respeito a essa diversidade deve permear as relações cotidianas.

40

Com tudo essas necessidades visa atender não só as necessidades dos educandos

como também da classe de profissionais que trabalham em função de garantir o ensino

qualificado aos mesmos. De acordo com o PPP (2010) a escola procura resgatar as questões

culturais, datas comemorativas, palestras, apresentações, músicas, filmes, leituras de livros

literários, entre outros com a finalidade de estar sempre resgatando os aspectos culturais da

cidade e do país onde os mesmo se encontram inseridos.

Nos aspectos pedagógicos a escola buscou garantir um planejamento a fim de

garantir que o educando pudesse dar sequencia a vida escolar, garantindo o acesso e

permanência deste no meio escolar.De acordocom o PPP (2010, p 12) refere-se que ― O

planejamento é feito com Guia Curriculares, livros didáticos, Fluxo e Matrizes do Projeto

Aprendizagem Internet, adequando-os à realidade da escola. Sempre respeitando as

propostas curriculares postas nos PCN’s ( Parâmetros curriculares Nacionais).

4.1.3. Escola Estadual Edmo Teixeira na Geografia- aprendizagem

Conforme o Plano Politico Pedagógico (2010, p.13), trabalha-se a Geografia

através da interpretação de mapas, textos, gráficos, análises da formação e transformação do

espaço natural, cultural e social para facilitar assimilação da parte teórica. A escola busca

sempre estar renovando o ensino a cada ano para que o mesmo permaneça estável.

Segundo as Matrizes Curriculares ( 2009 p. 154) do 1° ao 9° ano diz o seguinte:

Para que os estudantes compreendam e interajam com o ―espaço geográfico‖ há

necessidade de se desenvolver algumas práticas como: leitura e interpretação de

paisagens, estudo sobre as formas de diferentes sociedades nas suas relações

culturais, de trabalho, com a natureza e leitura de mapas para que percebam o que

são e como são estabelecidas as regiões bem como suas redes e fluxos.

Contudo percebe-se que a escola possui uma influencia muito grande na formação

do educando, através das instituições que o mesmo passará a ter contato com algumas práticas

que o possibilitará desenvolver seu conhecimento, seja por meio de leitura e interpretação,

que possibilitará o mesmo a interferir e discutir sobre o meio onde este esta inserido.

41

4.1.4. Histórico da Escola Estadual Israel Amorim Iporá – GO

A Escola Estadual Israel Amorim construída em 1947, com estrutura reformada

com terreno total de 3.551,60 m², com área construída 554,40 m², sendo divididos em :

secretaria e diretoria ambas conjuntas, sala dos professores, nove salas de aula, uma cozinha,

um almoxarifado, biblioteca, quatro banheiros.

Na área construída divide-se em uma parte cimentada que dá espaço as

brincadeira dos educandos, reuniões, apresentações, a outra dá espaço exclusivamente para os

educandos se divertirem na recreação, nesta parte cimentada foi construído um pequeno

saguão, utilizados para as referidas atividades.

Conta-se com uma vizinha distribuída, na frente da instituição esta localizada a

Praça da Liberdade servindo de lazer para a população e principalmente aos educandos, nos

fundos da escola localiza-se o Centro de Referência da Inclusão, CAEE. Desde sua fundação

a escola localiza-se no mesmo prédio desde então, foi à primeira escola pública fundada em

1947. Somente no ano de 2000 a escola passou a ser uma escola inclusiva, que hoje atende

aos educandos com necessidades especiais, contando com apenas um professor de apoio. A

escola só atende ao ensino fundamental do 1° ao 9° ano.

4.1.5. Concepção filosófica, pedagógica e metodológica da Escola Estadual Israel

Amorim.

Segundo o PPP (2010) da escola Israel Amorim ― no que se refere à prática

pedagógica escolar, o processo de planejamento do ensino tem sido prioridade constante,

visando obter um trabalho metódico, organizado e coerente. Sempre com a preocupação de

obter resultados satisfatório, a escola e as propostas criadas pela mesma volta-se para

objetivar as necessidades dos educandos, ou seja, as condições criativas e criticas, objetivando

estabelecer e fornecer uma formação com qualidade aos indivíduos.

O plano curricular pedagógico foi elaborado de acordo com as necessidades da

escola, e sempre seguindo os PCN’S ( Plano Curricular Nacional). Contudo a escola busca

estar sempre se atentando para as questões que envolvem as experiências de aprendizagem

para que os educandos se sintam confortáveis e acompanhando o desenvolvimento da

realidade no seu dia- a- dia.

O PPP (2010) relata que ―de acordo com a realidade escolar, o planejamento é

constante avaliado, para que possa ser reajustado em conformidade com a receptividade dos

42

alunos e as circunstâncias do próprio trabalho, por vezes variáveis.” Percebe-se que a escola

se preocupa com a estabilidade do ensino dos seus educandos, pois está sempre reavaliando as

propostas postas em prática.

No que se refere aos aspectos pedagógicos a escola e seu corpo docente se

preocupa estar sempre inovando se utilizando de materiais que garantam o aprendizado de

forma mais práticas aos educandos. Para tal a escola necessita de reajustes, no que diz respeito

a valorização dos profissionais de ensino, nas questões salariais. Ou seja, que os salários seja

de fato suficientes e dignos para que os professores se dediquem somente a educação e ao

ensino de geografia não sendo obrigados a terem outras funções paralelas, em busca de

melhoria de vida.

A escola realiza atividades diárias, trabalhos coletivos, encontros pedagógicos e

reuniões sempre quando necessário a fim de enriquecer a qualidade da escola e o empenho

que a mesma desenvolve na sociedade. A mesma estabelece essas propostas pedagógicas

como o ponto de partida para um bom desempenho profissional.

As avaliações a escola busca sempre garantir o melhor desempenho no que diz

respeito ao ensino-aprendizagem para que os educandos saibam enxergar o que foi estudado

em sala de aula. Levando em consideração avaliações continuas obedecendo as regras de

diminuir o índice de reprovados.

Com esse tipo de avaliação continua ressalta no PPP (2010)que ―os professores

estarão sempre a par da aprendizagem do alunado, podendo assim dar continuidade ao seu

trabalho e até mesmo procurar novos métodos para auxiliar os alunos a assimilar melhor o

conteúdo que estão sendo estudados.” Sempre buscando a melhor solução para que o

educando não seje prejudicando durante a vida escolar, pois o objetivo da escola é se atentar

para as necessidades dos educando, e buscando corrigi-las e preenchendo-as se esse for o

caso.

4.1.6. Escola Estadual Israel Amorim na Geografia- aprendizagem

O ensino de geografia na Escola Israel de Amorim, trabalha de forma que os

conteúdos estudados em sala de aula sejam capazes de estimular e desenvolver as habilidades

dos mesmos tanto dentro da escola quanto no seu dia – a – dia.

A renovação no ensino de Geografia, tem por objetivo promover uma

aprendizagem significativa dos conteúdos escolares, envolvendo um processo cognitivo onde

possa vir a desenvolver questões que já possuem um conhecimento, bastando apenas

43

aprofundar-se para dar coerência a aprendizagem.Segundo as Matrizes Curriculares ( 2009 p.

153-155) do 1° ao 9° ano diz o seguinte:

A prática dos professores evidencia a utilização de diferentes linguagens e recursos

variados no processo de ensino aprendizagem [...] o professor coloca-se como

agente de um processo em construção, ensinando e, sobretudo, aprendendo a

ensinar. Portanto diante da autonomia e flexibilidade dos professores, as

possibilidades desse trabalho não estão esgotadas em sua totalidade, mesmo porque

é o referencial para auxiliá-los e orientá-los no seu fazer docente diante das

necessidades e realidade da escola.

Diante das considerações evidencia que os professores da referida escola estão na

busca por melhores condições de ensino para os educandos, se fundamentam em documentos

como PPP (Plano Político Pedagógico) e nas Matrizes Curriculares que rege o ensino

fundamental com o princípio de garantir aos interessados que são os educandos um ensino

com qualidade, com autonomia, possibilitando que os educando crie seu próprio senso crítico.

44

5- O DISCURSO DOS PROFESSORES

5.1 Questionários aplicados aos professores

Contudo buscou-se através dos grandes desafios que fundamentam o ensino de

geografia traçar algumas questões que envolvem os professores de Geografia atuantes no

ensino escolar hoje na cidade de Iporá-Go, com a finalidade de conhecer alguns pontos

essenciais que estes possuem a respeito da disciplina Geografia.

Buscou através da elaboração e aplicação deste questionário (APÊNDICE I)

levantar informações junto aos professores de geografia atuantes no ensino fundamentalII

entender quais são as opiniões dos mesmos a respeito dessa renovação da geografia. Foram

aplicados (03) três questionários com professores atuantes na Escola Estadual Israel de

Amorim e Escola Estadual Edmo Teixeira ambas localizadas na cidade de Iporá – GO, a

pesquisa veio para delinear, as perspectivas e opiniões dos mesmos em relação ao ensino da

geografia hoje, nas escolas e principalmente o que estas representam para os educandos.

Sabendo que a cidade de Iporá-Go conta três escolas que são de responsabilidades da

prefeitura municipal e nove escolas que são mantidas pela Rede Estadual de Ensino.

Procurou-se conhecer os docentes pesquisados no primeiro momento identificando-os, Telma

Dias de Sousa, que será apresentada ao longo da pesquisa como docente (A),possui formação

superior em Licenciatura Plena em Geografia, também especializada em Psipedagogia-

Inclusão, atuou 20 anos no magistério e atua há 10 anos no ensino fundamental II exerce uma

carga horária de 60 horas aula no ensino fundamental II.

Luzia Ribeiro da Silva, que será representada como docente(B), formada em

Licenciatura em Geografia, especializada em Ciências Sociais, Planejamento Educacional,

atuou 32 anos no magistério e atua 18 anos no ensino fundamental II, com carga horária de 20

horas aula no ensino fundamental II. E Maria Amujaci Peres, que será apresentada como a

45

docente (C), possui Licenciatura Plena em História, especialização pós-graduada em libras,

tempo de atuação no magistério 26 anos e 05 anos no ensino fundamental II com carga

horária de 40 horas.

De acordo com o termo de consentimento, que foi autorizado pelas coordenadoras

pedagógicas das escolas campos e com bases nas opiniões dos docentes pesquisados acredita-

se que esta pesquisa possa contribuir para que o ensino de geografia nas escolas venha a ser

repensados de forma que tanto os docentes quanto os educandos se sintam confortáveis com a

forma que a mesma é planejada e executada na prática escolar.

Existem inúmeras situações de aprendizagem nas quais se pautou para entender as

perspectivas que os professores esperam e sentem em relação a esta disciplina. D’AVILA

(2003, p.63) ressalta que:

O objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento mediante o processo de

aprendizagem do aluno. A intervenção intencional própria do ato do professor, diz

respeito à articulação da metodologia aplicada, levando em conta as condições

concretas onde ocorre o ensino em seus diferentes momentos.

O ensino de Geografia busca se renovar aprofundando-se em novas perspectivas

de ensino deixando os paradigmas adquiridos desde seu surgimento para enfim repensar uma

nova prática pedagógica que busca desenvolver questões que envolvem o educando no seu

contexto para que de fato os mesmo se sintam confortáveis em conhecer e aprender a conviver

com a geografia no seu cotidiano e principalmente no âmbito escolar. Callai (1999, p.12) fala

que:

A geografia tem um instrumento teórico capaz de dar conta da explicação da

sociedade expressa, quer dizer, concretizada em um espaço construído, do qual

resulta uma paisagem. Esse território cheio de vida, de movimento da sociedade

precisa ser compreendida, precisa ser analisado e interpretado.

Inicialmente foi questionado aos professores sobre os recursos metodológicos que

eles utilizam para desenvolver o conteúdo em sala de aula, partindo do principio, de que, hoje,

a relação da temática com a realidade do educando ( conceito do cotidiano) seja fundamental

no processo de ensino e aprendizagem.

Para justificar a resposta à entrevistada (A) enfatiza que:

No mundo globalizado existem inúmeras maneiras de se trabalhar a Geografia. Os

recursos são laboratórios de informática, atividades diversificadas, mapas e tudo que

46

for possível para desenvolver em meus alunos a capacidade de estabelecer relações

entre os temas, onde poderão tomar decisões diante das situações problemas

existentes.

A docente (B) atuante no ensino fundamental II há 18 anos fala ―que através do

estudo de geografia podemos perceber melhor o que ocorre e continuam ocorrendo no

espaço geográfico, assim sendo, é necessário que o professor desenvolva projetos, pesquisas,

leituras, debates sempre utilizando os meios tecnológicos (TV, Vídeo, Internet, Jornais,

revistas).

A docente (C) diz usar-se de recursos metodológicos como: roda de conversa;

aulas no laboratório de informática e análise de fatos atuais que são noticiados pela mídia.

O ensino fundamental deve ser a porta para que os educandos sejam orientados a

viver em sociedade, sabendo que estes são cidadão e para tal necessitam se comunicar-se e

interagir como o mundo a sua volta. D’AVILA (2003, p.19) ressalta que:

Acredita-se, entretanto, que a pouca participação dos professores no processo traz

dificuldades para a deliberação de um movimento capaz de promover mudanças

importantes no ensino- aprendizagem. O professor não deve ficar preso a única

metodologia ou recurso como, por exemplo, o livro, porque hoje já se faz uma

crítica em profundidade tanto em relação aos métodos de ensino, como a qualidade

do livro didático no contexto da prática de ensino

O professor de geografia hoje passa por grandes encontros e desencontros no que

se refere ao ensino geográfico, pois se sabe que a geografia quanto aos seus aspectos físicos,

humanos, sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais estão em constantes

transformações e não há como o professor se prender somente aos livros didáticos enquanto

as mudanças estão ocorrendo.

Observa- se os discursos dos professores vem de encontro com Cavalcanti (2002,

p.20), que defende a idéia de que o professor não pode se pautar no tempo, pois os professores

Geografia são agentes do saber e não agentes do saber mecânico. Percebe-se contudo que os

professores se preocupam com o ensino com qualidade, buscando sempre levar ao educando o

conhecimento mais atualizado, pois com o mundo globalizado não há como ficar preso no

tempo ultrapassado.

Segundo Kaercher (1999, pag. 71), ―o movimento de renovação da Geografia

Brasileira já tem mais de quinze anos, mais o seu sopro renovador ainda esta distante na

maioria das salas de aula do Ensino do Primeiro e Segundo grau ( ensino fundamental e

Ensino Médio, conforme a lei de Diretrizes de Base da Educação). Com base nessa afirmação

47

foi perguntado aos mesmo quais seriam os grandes desafios que o professor de Geografia

encontra hoje na prática, e porque do distanciamento entre a ciência geográfica e a disciplina

geografia de acordo com a visão de cada um, a professora (A) bem clara na sua resposta

declara que:

O sistema tem feito tudo para que os nossos alunos não se tornem críticos, fazendo

com que os professores enfrente problemas, muitas vezes sendo ensinada apenas de

forma mecânica, só que os professores tem dado contribuição para que os

importantes conceitos, parâmetros científicos e métodos sejam conscientes na

formação do pensamento geográfico‖.

A docente ressalta em sua fala o descontentamento que o professor enquanto

educador vive no seu dia-a-dia tendo que trabalhar muitas vezes enfrentando os desafios que a

educação e suas burocracias os impõem, atingindo não o professor mais principalmente o

educando em formação.

Segundo a docente (B), ―não só em geografia, o trabalho do professor pauta em

desafios os quais nos levam a cada dia a novas buscas leituras, ações capaz de melhorar o

entendimento e o interesse pelo conhecimento. Entre ciência e a disciplina estudada há um

distanciamento em relação ao tempo. Hoje o estudo de geografia é baseado no “agora” a

transformação do momento”. A professora (C) foi bem coerente na sua fala de acordo com a

mesma, “ o desafio do professor não somente com a disciplina geografia, mas com todas as

outras é a motivação para aprender, que no seu modo de ver é o que falta nos educandos”. E

no que diz respeito sobre o distanciamento da ciência e da disciplina geografia ela acredita

não ser muito preocupante. Segundo Cavalcanti (1998, p.9):

A relação entre uma ciência e a matéria de ensino é complexa; ambas formam uma

unidade, mas não são idênticas. A ciência geográfica constitui-se de teorias,

conceitos e métodos referentes à problemática de seu objeto de investigação. A

matéria de ensino Geografia corresponde ao conjunto de saberes dessa ciência, e de

outras que não têm lugar no ensino fundamental e médio [...]. É preciso que se

considere [...] a relação entre essa ciência e sua organização para o ensino, incluindo

aí a aprendizagem dos alunos conforme suas características físicas, afetivas,

intelectuais, socioculturais.

E segundo Hissa (2002, p. 14), na busca por uma compreensão menos complexa

sobre ciência ressalta que:

48

A ciência já não pode mais ser compreendida apenas como produto de uma razão

dissociada de sensibilidades. A ciência é a arte, interpretando o que muitos

denominam realidade, de sempre rearranjar informações-elas mesmas, um produto

da criação – que permitem construir o desenho do mundo, das coisas e dos seres, das

suas complexas relações e dos seus lugares.

Parte-se então do pressuposto que a ciência geográfica não precisa ser trabalhada

de forma distanciada da Geografia enquanto disciplina escolar, a ciência por ser mais

especifica possibilita que o professor leve aos educandos métodos concretos onde caberá ao

professor trazer esses conteúdos para a realidade do ensino fundamental, desenvolvendo

várias questões encima destes dados o que provocará discursões a respeito do que esta sendo

trabalhados fazendo com que as aulas se tornem dinâmicas com a participação dos educandos,

onde todos passarão a conhecer a geografia não só como disciplina mais também como

ciência.

Segundo Vygotsky ( 1994, p.108), relata que ―a geografia trabalha com conceitos

que fazem parte da vida dos seres humanos, sendo o professor, um agente mediador desses

conhecimentos,‖ o aprendizado é mais que a aquisição de capacidade para pensar, é aquisição

de muitas capacidades especializadas para se pensar sobre varias coisas. Diante desta

consideração percebe-se a importância da geografia na vida do educando do ensino

fundamental, pois é nesse processo que o mesmo passa a conhecer e se familiarizar com a

disciplina. Há então a necessidade que os professores se pautem em buscar conteúdos que vá

levar o educando ao conhecimento além da sala de aula, para que os mesmos possam ser

possuidores do saber e possam juntamente com seus professores discutir os aspectos que

envolvem a geografia.

Para Kaercher (2002) este ensino continua desacreditados, os alunos, no geral, não

têm mais paciência para ouvir os professores. É preciso fazer com o aluno perceba qual a

importância do espaço, na constituição de sua individualidade e da sociedade de que ele faz

parte. Nessa perspectiva, há a necessidade de se considerar o saber e a realidade do aluno

como referência para o estudo do espaço geográfico.

Com base na pesquisa foram questionado sobre os aspectos que envolvem o

processo de renovação da Geografia que é uma realidade em nosso dia –a - dia. De acordo

com os documentos oficiais como, as Matrizes Curriculares do 6° ao 9° do Estado de Goiás e

os Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia (PCN’s), que fazem parte da

fundamentação teórica do planejamento do professor. Para tal foram questionados aos

docentes entrevistados se os mesmos conhecem esses documentos que regem o Ensino

49

Fundamental II, e se os docentes ao prepararem suas aulas se baseiam nesses fundamentos, e

se há relação entre a prática do docente, com o que é proposto por esses parâmetros. Segundo

a fala da docente (A):

Conheço sim; nossas aulas são preparadas conforme as diretrizes, mais muitas

vezes, precisamos nos adequar, para não perder o foco do que os alunos precisam.

Minhas aulas são preparadas conforme as exigências da S.E.E, e elas precisam

seguir as orientações dadas pela lei. O que se precisa são as competências que

precisam ser alcançadas o que mais se exige nestes documentos são a leitura de

mundo e com isto posso alcançar os três níveis: operações mentais, relação entre os

objetos e, a solução de problemas.

No que diz respeito sobre o conhecimento dos mesmos em relação aos

planejamentos curriculares e as Matrizes Curriculares que regem no ensino fundamental,

quando questionado todos os docentes das instituições pesquisadas relatam fazer uso

freqüente desses parâmetros e diretrizes.

Para justificar a resposta à entrevistada (B) enfatiza que:

Sim, com muita frequência procuro me orientar e planejar minhas aulas atendendo o

que é proposto e também a clientela a qual trabalho. Tenho buscado a cada dia

técnicas recursos e práticas que venham à atender os anseios dos alunos visando

uma ampla aprendizagem com visão crítica do meio em que vive e das

transformações que ocorrem e ocorrerão através da ação humana. Porem a nossa

clientela não se mostra envolvimento, tem pouca leitura, falta acesso a informações

importantes.

De acordo com a docente (C) faz uso frequente desses documentos onde os

mesmos fazem parte do cotidiano da escola, dando suporte ao planejamento que é feito pelos

docentes da instituição. O que favorece para que as práticas pedagógicas atinjam êxito, para

que somente dessa forma o ensino da geografia tenha significado positivo na vida dos

educandos. Sabe-se que não há como desenvolver uma educação e um ensino de geografia

com qualidade, se não basear nesses documentos que são o ponto de partida para que os

professores e também a escola possa desempenhar um bom trabalhado, e desenvolve-los na

prática com o educando. Segundo Kaercher (2004, p. 21):

Queremos apenas enfatizar que a Geografia, ainda que, como disciplina escolar

possa, muitas vezes, parecer insipida, e ate desagradável para os alunos, é uma

50

prática social inerente e permanente a todo e qualquer grupamento humano. Ou se

faz Geografia e se transforma o espaço, a natureza, ou se parece. Bom, portanto, que

haja um espaço-tempo permanente, num lugar chamado escola, para se pensar a

geograficidade da nossa existência.

A busca por novas metodologias de ensino faz com que o docente encontre

grandes desafios no seu dia a dia escolar, se adequar as novas tecnologias e métodos para que

tenham resultados positivos em sala de aula é a grande questão que o docente busca

solucionar. A memorização de conteúdos, que eram destinados apenas para alcançarem

sucessos em provas ou avaliações, hoje já não deverá fazer parte da prática pedagógica dos

professores. Com ideias inovadoras, a escola começou a trocar sua metodologia didática por

outras, como exemplo pode – se citar os alunos que passaram a lidar com assuntos temáticos e

situações- problemas, procurando respostas e soluções adequadas para eles.

De acordo com essa contextualização questiona-se aos docentes, o que eles podem

enfatizar sobre essas metodologias inovadoras. Segundo Dib (2005, p. 1) sobre a questão de

dinamização das aulas de Geografia adotadas pelos docentes o autor aborda que:

Quando aqui destacamos a palavra dinamização, entendemos que não representa

aquela aula onde o professor de cambalhotas na sala de aula, ou qualquer tipo de

espetáculo circense, mas sim aquela aula que se faça fluir o melhor possível o

processo de ensino aprendizagem de Geografia e que nesse enredo, o profissional

esteja preparado no que diz respeito aos fundamentos gerais da educação, incluindo

as metodologias de ensino e avaliação e a evolução do pensamento geográfico ,

buscando enterrar definitivamente o ranço perverso deixado pela Geografia

Tradicional.

Percebe-se que alguns dos entrevistados ainda se encontra em meio ao receio de

se adequar as novas tecnologias. De acordo com a docente (A) essas metodologias podem

ajudar, mas devendo haver flexibilidade para que ao invés de ajudar não venha bagunçar

ainda mais as idéias dos educandos. E segundo a professora (B):

Hoje não é mais possível um estudo apenas depositório de conceito formado. A

geografia estudada hoje é de visão ampla, globalizada assim como o ―mundo‖. É

preciso professor e aluno estar buscando informações novas conhecimentos claros

mediante as transformações das sociedades, procurando conhecer e utilizar as

tecnologias atuais.

Oliveira (2002) aborda que, é provocar situações, desencadear processos e

utilizar mecanismos intelectuais requeridos pela aprendizagem, que permitirá aos

51

professores empregarem métodos ativos, para engrenar a ação didática em bases sólidas.

Somente dessa maneira podem-se evitar os transtornos que a educação e as práticas

metodológicas que não funcionam quando se tratando de educandos do ensino fundamental II.

Para Cavalcanti (1998), o ensino é um processo de conhecimento pelo aluno,

mediado pelo professor e pela matéria de ensino, no qual devem estar articulados seus

componentes fundamentais: objetivos, conteúdos e métodos de ensino. De acordo com

D’AVILA (2003,p.29), ― a importância da metodologia consiste no controle detalhado de

cada técnica auxiliando na pesquisa, sendo importante para o pesquisador buscar ou comparar

informações, articular conceitos, avaliar ou discutir resultados e etc.‖ compreende-se que a

busca por novos conceitos e tecnologias para o docente é constante não havendo brechas para

que os mesmo se prendam a formas de ensino que hoje o século XXI não permite mais.

Haja visto, que as informações, tecnologias, conhecimentos, metodologias já estão

renovadas e mudam a cada dia. Devido a isso o docente passa a ser usuário destas novas

tecnologias para que suas aulas tenham êxito na hora da execução.

Segundo a docente (C), os professores que fazem parte de sua unidade de trabalho

procura esta sempre trabalhando com projetos, fazendo com que dessa forma seja estimulado

no educando seu próprio senso critico, sobre as situações que os mesmo se deparam no dia-a-

dia, a entrevista cita exemplos como: consumismo, poluição, combate ao trabalho infantil,

combate a dengue, entre outros. Que são questões que podem ser despertados nos educandos

para que os mesmos possam vir a interagir na busca por melhores condições que envolvem

não somente esses aspectos que foram citados pela professora (C) mais tantos outros que

necessitam ser despertados nesses educandos para que possam ser amenizados futuramente.

Na concepção de Kaercher ( 2004, p. 48):

Geografia e seu conteúdo são, sem dúvida, pretextos para a discussão coletiva acerca

da razão e do afeto/desejo que envolvem, necessariamente, a relação não só com a

disciplina Geografia, mas sobretudo, com os alunos. A Geografia aqui é matéria

prima, pretexto para, a partir de seus conteúdos e conceitos, refletirmos a existência

e nossa ação no mundo. [...] pensar como ação concreta do professor pode

contribuir, por exemplo, para a autonomia do aluno, e também para um

entendimento mais claro dos conteúdos tratados, no caso aqui, de Geografia, é uma

tarefa permanente para os cursos de licenciatura.

Dentro desse enfoque, a grande necessidade da redefinição do ensino de geografia

no ensino fundamental consiste para que os professores e as escolas sejam beneficiadas e

52

qualificadas de forma que possam preparar os educandos para a vida em sociedade.

Indivíduos estes que estão num processo de formação e necessitam ser educados.

Percebe-se que os docente entrevistados estão sempre na busca por novos

conhecimentos, pois como já mencionado a docente (B) ressalta que o estudo de geografia

não pode ser baseado nos nossos antepassados é necessário buscar uma geografia renovada.

Hoje não é mais possível trabalhar uma geografia que não gere entretenimento, ou

seja, buscar no educando o interesse em aprender a geografia e conhecer desde seus conceitos,

categorias até o mundo globalizado. Os professores buscam inovar nas suas estratégias de

ensino, desenvolvendo conteúdos tendo como base as atividades diárias para se fundamentar-

se em um estudo mais especifico dando sempre oportunidade aos educandos, assim o

professor cria indagações, , investiga e passa a conhecer as dificuldades e a capacidade de

cada educando, podendo delimitar os aspectos de cada um em sala de aula.

Para tal questiona-se aos sujeitos pesquisados quais são as contribuições da

Geografia na formação do educando do Ensino Fundamental II que foi a base desta pesquisa.

No seu modo de ver a professora (A) ressalta que a geografia faz com que:

Os alunos problematize o mundo, demonstrando assim a capacidade de percepção de

relação com a vida cotidiana. Sempre falo aos meus alunos que tudo que nos

envolve é referido a Geografia, sem ela as outras disciplinas não tem valor. Gosto e

precisamos sempre inserir a importância da Geografia na vida deles até o final de

seus dias.

É fundamental que o educando se sinta parte integrante do processo de

aprendizagem, para que o mesmo possa desenvolver na sociedade como um cidadão critico-

reflexiva das questões que envolvem o seu cotidiano. Diante dessa fala da professora (A)

percebe-se que a docente busca levar aos seus educandos o entendimento de que a geografia

enquanto disciplina é fundamental dando suporte tanto as outras disciplinas quanto para suas

próprias vidas. A Docente (B) posiciona-se dizendo:

Perceber as transformações que ocorrem a cada momento nas sociedades, refletir as

desigualdades sociais onde vivemos e no mundo, compreender a realidade que nos

cerca e ser capaz de atuar em ações transformadoras. Tornar um cidadão critico e

consciente com olhar geográfico voltado para a transformações social em prol do

bem comum.

Sobre as questões levantadas pela docente (B) faz-se um paralelo com Kaercher

(2004, p. 77) que de acordo com sua visão sobre a educação o autor acredita que:

53

A melhor educação é aquela que ajuda o educando a criar-se na autonomia e a

independentizar-se, desenvolvendo nele a capacidade de agir livremente, mas

sempre lembrando que a nossa opinião é uma crença com a consciência de ser

insuficiente. E, por saber-se insuficiente, muitas vezes formula mais questões do que

finaliza com respostas. [...] cremos que todo educador, ao se deparar com um grupo

de alunos, vá além dos conhecimentos de sua disciplina. Neste sentido é desejável

que ele repense constantemente os fundamentos norteadores do seu ―que fazer‖!

enfim que ele faça filosofia quando lecionar Geografia! Que faça da Geografia uma

forma de filosofar.

D’AVILA (2003, p.59), retrata que, ―quanto ao aspecto metodológico no ensino

de Geografia, persiste a crença de que para ensinar bem basta ter o conhecimento do

conteúdo enfocado criticamente pelo professor e não pelo aluno‖. De acordo com a

professora (C), a geografia vem contribuir na formação da consciência, cidadania e ecológica.

Na perspectiva da mesma e na escola que os futuros cidadãos terão a oportunidade de

construir conceitos, esses conceitos ela especifica em relação à conservação do planeta, pois

na visão da entrevistada a família não exerce mais esse papel de influenciar o educando sobre

as questões ambientais que envolvem a preservação do mesmo. Segundo Kaercher ( 2004, p.

70):

O professor pode muito, pode aperfeiçoar seus métodos de ensinar. Mas o mais

essencial na relação de ensino aprendizagem esta em outro lugar, que não sua

técnica ou vontade, esta no aluno, no seu desejo de saber, aprender. Desejo este que

é imprescindível e, com certeza, incontrolável por nós.

De acordo com opinião do autor vê-se que o professor enquanto educador ele

possui várias maneiras de aperfeiçoar seus fundamentos teóricos para que posteriormente

sejam trabalhados na prática. Devendo aproveitar as curiosidades dos educando em conhecer

a geografia.

5.2. As perspectivas relatadas pelos professores de geografia entrevistados

Diante destes aspectos apresentados notou-se que os professores pesquisados da

cidade de Iporá-GO, buscam sempre esta se atualizando e aderindo as novas metodologias e

tecnologias de ensino, fazendo com que diante disso o ensino de geografia na cidade seja de

qualidade, garantindo caminhos para o conhecimento.

54

Durante a pesquisa conhecemos as expectativas e opiniões dos professores

entrevistados, desde os métodos usados pela professora (A), até as opiniões que a professora

(B) possui em relação ao uso das novas tecnologias que hoje a renovação da geografia exige.

A professora (C) enfatizou questões da família que hoje no ponto de vista dela não influencia

para que os educandos possam vir a preservar o meio onde vive e cabe a escola fazer esse

papel.

Pode ser visto então que a renovação da educação e do ensino possibilita que os

mesmo se aventurem e se permitam buscar novas metodologias de ensino, para que a

aprendizagem seja de fato compreendida. D’AVILA (2003, p.63) relata que:

Existem inúmeras situações de aprendizagem nas quais os alunos podem construir

seu conhecimento. Entre esses recursos, destacam-se alguns tais como: textos ( de

jornais, revistas); obras literárias ( poemas, crônicas, poesias).[...] filmes, mapas,

obras de arte jogos, teatros e outros.

De acordo com D’ AVILA percebe-se que pode se ensinar geografia estudando

diferentes áreas de conhecimento, possibilitando que o educando se sinta importante de esta

diretamente interagindo com o professor em sala de aula. Contudo pode-se observar que os

docentes entrevistados se preocupam com educando no que diz respeito à capacidade que

estes têm para absorver os conteúdos trabalhados em sala de aula. Todos os professores de

Geografia enfatizaram buscar novas formas de ensino e metodologias que possa fornecer aos

educandos portas para o ensino-aprendizagem.

Com base nas docentes entrevistadas pode se notar que cada uma possui uma

prática diferenciada para trabalhar com os educandos, buscam recursos didáticos que

possibilita o educando a interagir com suas aulas. Ao assumir metodologias de ensino o

professor deve estar seguro dos riscos que irá correr caso estas sejam rejeitadas pelos

educandos, os mesmos devem estar preparados para reverter essa situação, fazendo com que o

educando interaja com as aulas de alguma maneira. Pode-se concluir que os docentes

envolvidos com esta pesquisa se preocupam com o ensino de geografia, e a forma que esta

sendo transmitida aos educandos, para que somente assim os mesmos possam interagir com o

meio em que estão inseridos.

O que realmente falta de acordos com as docentes são a falta de conscientização

dos órgãos responsáveis pela educação, de possibilitar mais recursos, sejam eles financeiros

ou estruturais que vá fazer com que as aulas não só as de Geografia, mais as outras disciplinas

55

tenham de fato êxito positivo durante sua prática. Capacitar os docentes para que os mesmos

possam se familiarizar com as novas tecnologias também é fundamental. Pois através dessa

instrumentação os docentes terão métodos diferenciados para trabalhar com educandos.

56

6- CONCLUSÃO

A realização desta pesquisa possibilitou compreender o que de fato vem

ocorrendo com o ensino de Geografia desde o seu surgimento da disciplina, até os dias atuais.

Pode- se observar as transformações que a disciplina e a ciência Geografia passaram por um

processo de mudança, para que pudesse ser transmitida de forma a levar clareza aos

educando. Mas sabe-se que mesmo obtendo-se de métodos que possibilite transmitir aos

educandos a disciplina de forma mais coerente e clara não é uma tarefa fácil.

Atualmente percebe que o ensino de Geografia, ainda é pouco valorizado, sendo

necessário que os educadores em sala de aula estejam sempre fazendo uma reflexão, para não

voltar ao tradicionalismo. Temos que reconhecer que a escola produz conhecimento e que os

educandos, sentem mais motivados quando os conteúdos de ensino consideram suas

realidades.

Contudo necessita-se que o ensino de Geografia leve de fato compreensão e

entendimento aos educandos e também aos professores que são os agentes do saber. São eles

o ponto inicial para que cada educando desenvolva suas competências e habilidades dentro e

fora da sala de aula.

Com base na pesquisa feita com os educadores das escolas da cidade de Iporá-Go

constata-se que os mesmo trabalham em função de levar o conhecimento aos educandos de

forma a eliminar a memorização, com o intuito de não só cumprirem as normas que são postas

pelo sistema educacional, haja vista, que os tempos mudaram e a cada dia notam-se mudanças

no contexto geográfico.

Assim os professores de Geografia entrevistados mostrou que o ensino de

geografia precisa estar sempre se renovando e aderindo as novas tecnologias, buscando inserir

no seu contexto metodologias de ensino que vá fazer com que os educando venha a se

interessar pelo o ensino de Geografia. É preciso que os professores tenham consciência da

57

importância de preparar melhor suas aulas para atender as necessidades dos educandos. E um

dos objetivos ao ensinar geografia é estabelecer objetivos claros e selecionar as metodologias

mais adequadas de acordo com a especificidade da disciplina. Sabendo que os educandos são

indivíduos que podem interferir no meio onde vive, para tal é necessário que este aprenda e

conheçam a disciplina geografia.

Apesar dos Grandes Desafios Enfrentados pelos Professores do Ensino

Fundamental II, pode constatar que houve grandes avanços, por parte dos educadores em

busca de ensino de qualidade.

58

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61

APÊNDICES

62

Universidade Estadual de Goiás

Curso: Geografia

Trabalho de conclusão de curso

Caro Professor (a)________________________________________________________

Este questionário foi feito para reunir suas opiniões sobre os principais desafios de ensinar

Geografia na II fase do Ensino Fundamental, pois é de extrema importância sua participação.

Nosso objetivo se centraliza na identificação dos fatores que contribuem para ensinar

Geografia no Ensino Fundamental II em duas escolas da Rede Estadual de Ensino de Iporá-

Go.

Meu nome é Tatiele Borges Teles, do o 4° ano de Geografia estou concluindo o curso de

licenciatura, motivo este da realização deste trabalho.

ENTREVISTA COM PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL II

1- Dados do professor:

a) Nome Completo:___________________________________________________

b) Formação superior:_________________________________________________

c) Especialização ou Outros:___________________________________________

d) Tempo de atuação no magistério:__________Ensino Fundamental II_________

e) Total de carga horário semanal no Ensino Fundamental II:__________________

2- Partindo do princípio de que, hoje, a relação da temáticas com a realidade do aluno

(conceitos do cotidiano) é fundamental no processo de ensino e aprendizagem, quais são

os recursos metodológicos que você utiliza para desenvolver o conteúdo, em sua sala,na

busca dessa relação?

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________________________________________________________________________

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3- Segundo Kaecher( 1999, pag.71), ― O movimento de renovação da Geografia

Brasileira já tem mais de quinze anos, mais o seu sopro renovador ainda está distante

na maioria das salas de aula do Ensino do Primeiro e Segundo Graul( Ensino

Fundamental e Ensino Médio, conforme a lei de Diretrizes de Base da Educação).‖ De

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acordo com sua visão quais são os grandes desafios do professor de Geografia,

atualmente , e porque há distanciamento entre a ciência e a disciplina?

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4- O movimento de renovação da Geografia é uma realidade em nosso dia-a-dia. De

acordo com os Documentos oficiais como, a matrizes curriculares do 6° ao 9° do

Estado de Goiás e os Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia fazem partes da

fundamentação teórica de seu planejamento. Você conhece esses documentos que

regem o Ensino Fundamental II? Você ao preparar suas aulas fundamenta-se neles?

Qual a relação que encontra entre o que é proposto nesses documentos e a sua prática

em sala de aula?

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5- A memorização de conteúdos, que eram destinados apenas alcançar sucessos em

provas ou avaliações, hoje já não deverá fazer parte da prática pedagógica dos

professores. Com ideias inovadoras, a escola começou a tocar sua metodologia

didática por outras, como por exemplo: os alunos passaram a lidar com assuntos

temáticos e situações- problemas, procurando respostas e soluções adequadas para

eles. Partindo desta contextualização, o que você poderia comentar sobre

metodologias inovadoras?

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Qual a contribuição da Geografia na formação do aluno do Ensino Fundamental II?

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