escola das relações humanas
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Estudos realizados por LewinTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ Área: Ciências Exatas Ambientais Curso: Engenharia Elétrica Componente Curricular: Organização De Empresa E Empreendedorismo Professor (a): Cristina Vaccari
ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A Escola das Relações Humanas, também conhecida como Teoria das Relações
Humanas teve sua origem nos Estados Unidos, após experiência realizadas em Hawthorne na
fábrica de Western Eletric por Elton Mayo, e foi basicamente um movimento de oposição a
Abordagem Clássica da Administração criada por Frederick Taylor.
Até o surgimento da Teoria das relações humanas, predominava a Teoria Clássica que
tratava o trabalhador de forma mecânica, ou seja, o trabalhador era visto, em tese, como fonte
de trabalho e esquecido em sua essência social humanitária.
Com a criação das teorias administrativas, iniciou-se uma nova perspectiva da
administração que ganharam força no período de depressão, gerada pela quebra da bolsa de
valores, em 1929. Tal acontecimento levou à prova todas as verdades na busca dos motivos
ensejadores da crise.
A Teorias das Relações Humanas consiste basicamente em um grupo de teorias
administrativas que buscam estudar as atividades e sentimentos dos trabalhadores. Assim,
ocorreu a mudança de foco do trabalhador que passou a ser visto e estudado como ser social e
não mais como ser mecânico1.
O advento da Teoria das Relações Humanas trouxe uma nova linguagem que passou
a dominar o repertório administrativo: fala-se agora em motivação, liderança,
comunicação, organização informal, dinâmica de grupo etc. Os conceitos clássicos de
autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho departamentalização, princípios
gerais da administração etc. passam a ser contestados ou deixados de lado.
Subitamente explora-se o reverso da medalha. O engenheiro e o técnico sedem lugar
ao psicólogo e ao sociólogo. O método e máquina perdem primazia em favor da
dinâmica de grupo. A felicidade humana passa ser vista sobre um ângulo diferente
pois o homo economicus cedem o lugar para o homem social.
Antes do surgimento da Teoria das Relações Humanas o trabalhador era tratado de
uma forma pouco aprofundada, muito mais mecânica, reflexo da Escola Clássica criada por
1 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2011
p.111.
Taylor. Então, com o surgimento destas novas teorias o trabalhador passou a ser visto como um
“homem social” e não mais como um “homem econômico”, baseando-se nos seguintes
aspectos: 1. Os trabalhadores são seres complexos e seu comportamento no trabalho é uma
consequência de vários fatores motivacionais; 2. As necessidades humanas se satisfazem por
meios de grupo sociais, ou seja, pessoas com dificuldade em se relacionar com o grupo geram
abaixamento do moral, fadiga, redução do desempenho, etc.; 3. O comportamento do grupo e
influenciado diretamente pela gerencia, e por sua capacidade motivacional; 4. A normas do
grupo afetam diretamente no comportamento dos membros e consequentemente os níveis de
produção de cada indivíduo de maneira positiva ou negativa.
Através da experiência de Mayo obteve-se conclusões importantes, são elas2:
A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos trabalhadores
influencia fortemente seu desempenho. Bom tratamento, bom desempenho.
O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo,
que é mais leal ao grupo do que a administração. Se o grupo resolver ser leal
à administração o resultado é produtivo para a empresa. O resultado é
negativo para a empresa quando o grupo resolve a atender seus próprios
interesses.
Os supervisores deveriam fazer o papel não de capatazes, mas de
intermediários entre grupos de trabalho e administração superior.
Com sua experiência Mayo conseguiu comprovar que a recompensa salarial, mesmo
sendo ela efetua em bases justa ou generosas não é um fator decisivo para a motivação do
trabalhador. Com isto Kurt Lewin elaborou a teoria de campo, que está baseada em duas ideias
básica fundamentais: O comportamento humano deriva de fatos coexistentes, estes fatos têm
campo dinâmico e dependem da inter-relação com as demais partes. Com isso, Lewin propôs
uma equação onde o resultado e função da interação entre a pessoa e o meio que a rodeia,
podemos dizer que Lewin foi considerado o principal inspirador dos autores da Escola das
Relações Humanas.
Em meados dos anos 50 e 60, houve uma grande expansão dos estudos e pesquisas
sobre liderança e motivação. O estudo da motivação do comportamento supõe o conhecimento
de necessidade humanas básicas, pendendo-se citar as necessidades fisiologias, psicológicas e
alto realização. Conforme experiência de Mayo uma vez que a necessidade fosse satisfeita ela
2 Maximiano, Antônio C. A. Introdução à Administração. ed. Compacta. São Paulo: Atlas, 2006 p.28.
passava a não influenciar mais no comportamento do indivíduo, deste modo o comportamento
passou a ser motivado por outra necessidade mais complexas.
Pode-se concluir que devido ao homem ser considerado um animal dotado de
necessidades a medida que uma necessidade é suprida outra surge, de forma continua e infinita.
Ao final da década de 50 a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio, sendo alta
mente criticada, com isso, suas concepções passaram a ser revistas. Dentre as críticas podemos
enunciar as seguintes:
1. Oposição cerrada à teoria clássica: Os fatores fundamentais trazidos por uma escola se que
eram abordados pela outra.
2. Inadequada visualização dos problemas de relações industriais: ao ponto que a Teoria
Clássica acreditava na fiel compatibilidade entre os interesses da empresa e os interesses dos
empregados, a Teoria das Relações Humanas enfatizava o total conflito industrial entre os interesses
da organização e os interesses dos empregados descuidando-se das importantes funções sociais do
conflito.
3. Concepção ingênua e romântica do operário: a Teoria acreditava na direta relação entre
felicidade e produtividade, com tudo, essa imagem nem sempre foi confirmada em pesquisas
posteriores, que descobriram trabalhadores felizes e improdutivos, bem como trabalhadores infelizes
e produtivos.
4. Limitação do campo experimental: Os autores desta teoria a testaram somente em um
ambiente fabril, esquecendo das demais organizações.
5. Parcialidade das conclusões: Se mostrou parcialista, restringindo-se a organização informal
e sofrendo a mesma escassez de variáveis.
6. Ênfase nos grupos informais: concentrou-se no estudo de grupos primários como seu
principal campo de atuação.
7. Enfoque manipulativo das reações humanas: Desenvolvia uma estratégia sutil e
manipulativa que fazia os trabalhadores trabalhar mais e exigir menos.
Apesar de todas as críticas recebidas a Escola das Relações Humanas conseguiu abrir novos
horizontes à teoria administrativa em duas orientações definidas. Uma delas é chamada de equação
humana, onde o sucesso das organizações depende diretamente das pessoas. A outra é o papel que o
administrador passou a ter, desenvolvendo o seu lado comunicativo, de liderança, motivacional e de
saber conduzir as pessoas, deixando de ser um gerente autocrático e impositivo.