dpoc
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DPOCTRANSCRIPT
DPOC
Estagio em UTIDocente: Noelia Gonçalves
Discente: Ana Carolina N. F. de Freitas
Conceito
• É uma enfermidade respiratória que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, e mão totalmente reversível. A obstrução do fluxo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases
• É previnível e tratável
• Tem relação direta com o tabagismo
• É uma doença sistêmica
Conceito
• São consideradas como DPOC: bronquite crônica e enfisema pulmonar
• Bronquite crônica: é definida pela presença constante de tosse e secreção brônquica, suficiente para causar expectoração por, pelo menos, 3 meses ao ano, por 2 anos consecutivos
• Enfisema pulmonar: é o alargamento anormal e persistente dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhado de destruição de suas paredes, sem fibrose óbvia
Histórico
• O termo enfisema foi usado pela primeira vez por Laennec, em 1824, para descrever o pulmão com excesso de ar
• Laennec distinguiu dois tipos de enfisema:
Vesicular
Interlobular
Epidemiologia
• Prevalência:
Estudos estimam que ate 25% da população mundial acima dos 40 anos pode ter obstrução do fluxo aéreo
PLATINO: criado pela associação latino-americana de tórax para avaliar a prevalência de DPOC em uma amostra populacional de indivíduos maiores de 40 anos. A prevalência encontrada em SP foi de 15,8%
Epidemiologia
• Impacto social e econômico: É de grande impacto econômico no Brasil e no mundo
Em 2005, mais de 174 mil pacientes com DPOC foram internados no SUS
4º causa mais frequente de internação entre indivíduo com menos de 40 anos
2º causa mais frequente de internação por problemas respiratórios
Epidemiologia O número de internações aumenta no inverno
São mais frequentes nas regiões onde as estações são bem definidas
Custo de internações para o SUS por ano é em torno de 86 milhões
5º causa de morte no Brasil (30 mil/ano)
Fatores de risco
Inter-relação entre fatores externos e resposta individual
Resposta Inflamatória
Alterações patológicas
Quadro clínico e evolução da doença
Fatores de Risco
• Tabagismo: Principal fator de riso para desenvolvimento da DPOC (90%) Fumantes apresentam um risco 200 a 800% maior de
desenvolver Principal responsável pelo enfisema
Ruptura dos septos alveolares
Hiperplasia e metaplasia do endotélio
Aumento do número de células calciformes
Fatores de risco
Hipertrofia das células mucosas
Favorece a inflamação das paredes brônquicas e alveolares
Condiciona o broncosespasmo
Reduz a atividade macrofágica
Fatores de risco
Contribui para as infecções respiratórias
Limita a produção de surfactante
Inibe a atividade enzimática antielastase e antioxidante
Fibrose, espessamento e ruptura das paredes alveolares
Fatores de risco
• Poluição atmosférica: Associada a redução da função pulmonar Está relacionada com o agravamento das exacebações da
DPOC
• Exposições ocupacionais: Incluem: poeira orgânica e inorgânica, agentes químicos e
fumaça Associação entre exposição nas indústrias de borracha,
plásticos, couro, têxtil, moagem de grãos e produtos alimentícios com o desenvolvimento da doença
Fatores de risco
• Fatores socioeconômicos: Risco inversamente proporcional Múltiplos fatores: maior exposição ao tabagismo, maiores
níveis de poluição intradomiciliar ou ocupacional, desnutrição e maior número de infecções
• Crescimento e desenvolvimento pulmonar: O risco de desenvolver DPOC pode aumentar devida a
qualquer fator que afete o crescimento pulmonar
Fatores de risco
• Poluição intradomiciliar: Queima de madeira, carvão, resíduos vegetais alto nível de
poluicão intradomiciliar
• Deficiência de alfa- 1- antitripsina: Glicoproteína de 394 aminoácidos codificada no braço longo
do cromossomo 14
Três alelos estão envolvidos na sua genética: M, S, Z
Fatores de risco M codifica a molécula normal
Z está associado a níveis séricos baixos de alfa-1- antitripsina
S está relacionado com uma redução leve da proteína
Valor sérico normal: acima de 80 mg/dl
PiMM, PiMZ e PiMS possuem valores normais
PiZZ: 20 a 45 mg/dl
Fatores de risco
• Hiperresponsividade brônquica IgE é encontrada elevada no sangue, sendo um fenômeno
alérgico importante na gênese da DPOC Não se sabe se a DPOC precede ou sucede a
hiperresponsividade
• Infecção: As causadas por vírus são as mais importantes (sincial resp.) Podem levar à piora da função respiratória
Fatores de risco• Clima: Inalações de ar frio e nevoeiro: broncoespasmo e aumento da
resistência ao fluxo expiratório Grau de umidade + índice de poluição = efeito maléfico
• Sexo
• Idade: O enfisema é mais grave entre os idosos Mortalidade é 5x maior em pessoas com mais de 55 anos O idoso quando exposto a fatores de risco tem mais chance de
desenvolver DPOC
Fatores de risco
• Alcoolismo: Atua predominantemente nas pequenas vias interferindo na
movimentação ciliar, produção de surfactante e atividade enzimática
• Raça: Não existem estudos epidemiológicos no Brasil A incidência é maior entre indivíduos da raça branca
Patogênese • Inflamação crônica do tecido e vasculatura pulmonar• Desequilíbrio proteinases e antiproteínases• Estresse oxidativo
• Inflamação:Fumaça do cigarro
Ativa macrófagos e células epiteliais
Produção de TNF – α
Liberação de mediadores inflamatórios pelos macrófagos
Patogênese Células inflamatórias: Aumento do número de neutrófilos, macrófagos e linfócitos
TCD 8+ em várias partes do pulmão
Neutrófilos: Alta quantidade presente no escarro induzido e no lavado
broncoalveolar de portadores de DPOC
Contribuem para a destruição do tecido pulmonar e hipersecreção crônica da mucosa brônquica
Patogênese Macrófagos: Visualizados nas pequenas e grandes vias aéreas e no
parênquima pulmonar Liberam mediadores (TNF-α, IL -8, LTB 4) que promovem
inflamação neutrofílica
Linfócitos T: Visualizados em todo o tecido pulmonar Liberam perforina, gran-enzima-B e TNF-α responsáveis pela
citólise e apoptose das células epiteliais alveolares
Patogênese Eosinófilos: Encontram-se em maior número nas vias aéreas de alguns
portadores de DPOC estável
Células epiteliais: São fontes importantes de mediadores inflamatórios
Patogênese Mediadores inflamatórios: Leucotrieno B4: Potente quimiotáxico dos neutrófilos
Interleucina 8: É um quimiotáxico seletivo dos neutrófilos Pode servir como marcador de gravidade da inflamação
Patogênese Fator de necrose tumoral: Pode atuar na caquexia da DPOC grave Ativa o fator nuclear do fator de transcrição KB ativa o
gene IL-8 nas células epiteliais e macrófagos
Outros mediadores inflamatórios: Endotelina -1 Fator de crescimento mutável – B Proteína – 1 quimiotáxica de macrófagos
Patogênese Desequilíbrio proteinase-antiproteinase: Alteração no equilíbrio entre proteases e antiproteases leva à
destruição da elastina e de outras estruturas proteicas Principal cauda endógena: deficiência de alfa-1-antitripsina
Pode envolver: Produção ou atividade aumentada de proteases Inativação ou produção reduzida de antiproteases Inflamação do cigarro ou gases tóxicos Estresse oxidativo
Patogênese Estresse oxidativo: Ocorre na DPOC um desequilíbrio oxidante/antioxidante em
favor dos oxidantes
Os oxidantes podem reagir com várias moléculas biológicas levando a disfunção ou morte celular
Ativam o fator de transcrição NFkB que regula a manifestação de múltiplos genes inflamatórios
Pode contribuir para o estreitamento da vias aéreas
Asma x DPOC
• São diferentes em relação aos mecanismos celulares, mediadores inflamatórios e resposta a terapia
Asma DPOC
Infiltrado: eosinofílico Neutrofílico
↑ dos linfócitos CD4+ ↑ das proteínas básicas dos eosinófilos, e dos linfócitos CD4+ e CD8+
Acomete todas as vias aéreas Acomete as grandes vias aéreas e o parênquima
Anormalidade característica: hiperresponsividade brônquica
Hipersecreção de muco com metaplasia das glândulas mucosas
Patologia
• São visualizadas nas VAC, VAP, parênquima e vasculatura pulmonar
• Vias aéreas centrais: Presença de exsudato inflamatório e células que infiltram o
revestimento epitelial Disfunção e/ou perda de cílios ↑ das glândulas secretoras mucosas e submucosas Degeneração da cartilagem das vias aéreas
Patologia
• Vias aéreas periféricas: Estreitamento com obstrução fixa Suas paredes sofrem lesão e reparo: Lesão: inalação de partículas, gases tóxicos ou mediadores
inflamatórios Reparo: remodelamento e desenvolvimento de estruturas e
funções teciduais alterados com ↑ do colágeno Acumulo de fibroblastos, miofibroblastos e matriz cicatricial
levando a fibrose
Patologia
• Tipos de enfisema: As alterações ocorrem no ácino ou lóbulo secundário
Enfisema centrolobular ou centroacinar: Local da lesão: centro do ácino Fenômenos obstrutivos precoces Lesão não apresentam distribuição uniforme, com preferência
pelas aéreas pulmonares superiores
Patologia Enfisema panlobular: Compomete todo o ácino Fenômenos obstrutivos tardios Sua distribuição é uniforme, sendo mais comum em bases Etiologia: Pulmão hiperlucente Enfisema lobar congênito Dificiência de alfa-1-antitripsina
Patologia Enfisema perilobular: Compromete a periferia do ácino Localiza-se mais comumente na parte posterior da goteira
vertebral
Enfisema cicatricial: Ocorre por distensão, ruptura e abundante proliferação das
estruturas parenquimatosas proximais Existe fibrose compensada pela hiperinsuflação
Patologia Enfisema focal: Característica dos indivíduos que trabalham com carvão O carvão deposita-se nos bronquíolos causando fibrose do
tecido peribronquiolar
Enfisema lobar congênito: Enfisema do recém-nascido O parênquima do lobo comprometido encontra-se
hiperinsuflado
Patologia Enfisema localizado: Constituído por bolhas foramadas por espaços aéreos
dilatados e fundidos: Pleurais: sob a pleura podendo causar pneumotórax
Subpleurais: sob o folheto visceral e tecido pulmonar
Profundas: no parênquima e são resultantes de perda de substâncias e podem atingir a região para-hilar
Patologia Enfisema unilateral: Hipertransparência uniforme de um hemitorax Pode atingir apenas um lobo ou segmento Obstrução das pequenas vias aéreas
Enfisema intersticial: Ocorre quando o ar dos espaços aéreos atinge o espaço
intersticial devido a desintegração de tec. Alveolar ou bronquiolar
Patologia Enfisema distrófico: Hipertransparência dos campos pulmonares pela presença de
vesículas de tamanho e quantidade variadas
Decorrente de tratamentos sucessivos de pneumonias tuberculosas agudas
Patologia
• Vasculatura pulmonar: Espessamento precoce da parede dos vasos Disfunção endotelial das artérias Espessamento da camada íntima: ↑ da camada muscular lisa Infiltração da parede dos vasos por células inflamatórias
Fisiopatologia
Alterações patológicas Hipersecreção muscosa
Disfunção da ventilação e hiperinsuflação
Alterações nas trocas gasosas
disfunções fisiológicas: Hipertensão pulmonar
Cor pulmonale
Alterações sistêmicas
Fisiopatologia
• Hipersecreção mucosa e disfunção ciliar: Causa: estimulação das glândulas mucosas e número
aumentado de células caliciformes A disfunção ciliar decorre da metaplasia escamosa das células
epiteliais
Fisiopatologia
• Distúrbio de ventilação e hiperinsuflação pulmonar: Aumento da resistência ao fluxo expiratório (fluxo turbulento
e redução da ventilação) Distribuição da ventilação irregular (dificuldade de mudança
de pressão que condiciona e entrada e saída de ar) Destruição alveolar: Perda da retratilidade pulmonar → ↑ da resistência ao fluxo
aéreo expiratório → alteração da ventilação e da perfusão ↓ da distensibilidade da caixa torácica → Cdin ↓ e a Cest ↑
→ ↑ da CRF → air trapping
Fisiopatologia
• Alterações das trocas gasosas:
Redução da superfície respiratória: prejuízo na passagem de ar
Alteração da relação V/Q
Hipoxemia e hipercapnia
Fisiopatologia
• Hipertensão pulmonar r cor pulmonale: A hipertensão é causada por: vasoconstricção,
remodelamento das artérias pulmonares e destruição do leito capilar pulmonar
Hipertensão pulmonar + redução do leito vascularSobrecarga do ventrículo direito
Hipertrofia ventricular direita Insuficiência cardíaca
Cor pulmonale
Fisiopatologia
• Efeitos sistêmicos:
Inflamação sistêmica
Disfunção muscular esquelética
Clínica
• Principais sintomas: dispneia, tosse produtiva e expectoração
• A dispneia aos esforços costuma ser o sintoma inicial e não se agrava com o decúbito
• Tipos de pacientes: PP: pink puffer – soprador rosado. È longilíneo BB: blue bloater (pelorítico, cianótico). È brevilíneo
Exame Físico
• Inspeção do enfisematoso tipo PP (50 a 70 anos): Capacidade física reduzida; Emagrecimento acentuado; Face agustiada Pele e mucosa coradas com ausência de cianose Em sedestração permanece com as mãos apoiadas e inclina o
tronco para frente na tentativa de aumentar a pressão abdominal
Mantem os lábios semicerrados para respirar
Exame Físico Em ortostase mantem os ombros elevados e os MMSS
afastados do tórax Apresenta aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax Fossas supraclaviculares apronfundadas Clavículas salientes e horizontalizadas Espaços intercostais alargados com os arcos costais
horizontalizados Observa-se hipertrofia dos músculos respiratórios acessórios
Exame Físico Em DD observa-se:
PMV torácico, com retração dos espaços intercostais durante a inspiração e imobilidade abdominal durante a expiração
Veias do pescoço turgidas indicam hipertensão venosa
Pode apresentar cianose ungueal e das mucosas nos casos de hipoxemia grave
Exame Físico
• Inspeção do bronquítico tipo BB (40 a 50 anos):
Fora das crises sua capacidade física é próxima do normal
Durante as crises permanece no leito com a cabeceira elevada e apresenta-se ligeiramente dispnêico e sonolento
Face cianótica, pletórica, sem sinais de sofrimento
A dispnéia é moderada, intermitente dependendo do grau do broncoespasmo
Exame Físico
• Palpação do enfisematoso tipo PP: Imobilidade torácica quase total Frêmito tóraco-vocal diminuído ou abolido Borda hepática paupável Impulso sistólico deslocado para a direita: sugere aumento do
ventrículo direito
• Palpação do bronquítico tipo BB: Dados próximos da normalidade
Exame Físico
• Percussão do enfisematoso tipo PP: Hipersonoridade difusa em toda área pulmonar
• Percussão do bronquítico tipo BB: Normal fora da crise
• Ausculta do enfisematoso tipo PP: È pobre durante o período intercrises Murmúrio vesicular diminuído ou ausente
Exame Físico Inspiração curta e superficial com expiração prolongada com
ou sem sibilância
Em casos de obstrução pode apresentar roncos, sibilos ou estertores bolhosos
Em fases avançadas as bulhas cardíacas encontram-se abafadas
Na hipertensão pulmonar a segunda bulha cardíaca torna-se hiperfonética no foco pulmonar
Exame Físico
• Ausculta no Bronquítico tipo BB:
Fornece dados característicos durante as agudizações
MV nitidamente audível
Respiração ruidosa
Sibilos, estertores de finas e médias bolhas são audíveis em casos de broncoespasmo
Radiologia
• Enfisematoso tipo PP: Panículo adiposo reduzido Nas formas mais avançadas são encontradas: Acentuada deformação torácica Espaços intercostais alargados Costelas e clavículas horizontalizadas Hiperinsuflação com hipertransparência difusa e dimunuição
ou ausência de tramas vasculares Vasos arteriais mais visíveis nos ápices
Radiologia Área cardíaca diminuída, alongada e verticalizada
Rebaixamento e retificação do diafragma, podendo ocorrer inversão de suas hemicúpulas
Desaparecimento dos ângulos costofrênicos
Radiografias em inspiração e expiração: não ocorre movimentação das hemicúpulas
Radiologia Radiografia de perfil: alargamento do ângulo formado entre o
esterno e o ventrículo direito
• Bronquítico tipo BB: Pode estar próxima do normal mesmo durante as agudizações Pode apresentar insuflação pulmonar (↑ do diâmetro ântero-
posterior do tórax) Imagens tubulares Reforço das tramas vasculares
Cintilografia
• Não é exame de rotina
• O emprego de isótopos permita estudar a morfologia do leito capilar e avaliar sua função
• Métodos: perfusional e ventilatório
Tomografia Computadorizada
• Método muito útil para avaliação de pacientes graves e na seleção de candidatos à cirurgia redutora
• Avalia com precisão as alterações na histoarquitetura pulmonar
• Principal método para diagnosticar as várias formas e extensão das bronquiectasias comuns nas formas avançadas da DPOC
• Detecção precoce do câncer de pulmão
Eletrocardiograma
• Desvio do eixo da onda P além de 60 graus ( cor pulmonale crônico)
• Onda P apiculada em DII, DIII e AVF
• Bloqueio de ramo direito
• Arritmias supraventriculares e extra-sístoles ventriculares
Ecocardiograma
• É recomendado nas formas moderadas a graves
• Possibilita o diagnóstico de hipertensão pulmonar, pois permite estimar a pressão da artéria pulmonar e avaliar a função cardíaca e segmentar
• Permite diagnosticar o cor pulmonale precocemente
Provas de Função Pulmonar
• Espirometria: Forma mais simples de mensuração da função respiratória
Utilizada para o diagnostico e avaliação da gravidade na DPOC
A mensuração da CVF permite quantificar o VEF1 e a relação VEF1/CVF. Esses dois medidores permitem avaliar a redução do fluxo expiratório
O VEF1 é um marcador de limitação funcional e da progressão da doença
EstadiamentoEstádio Características
I: DPOC leve • VEF1/CVF < 0,7• VEF1 > 0,8 do previsto• Com ou sem sintomas crônicos
II: DPOC moderado • VEF1/CVF < 0,7• 50% > VEF1 < 80%• Com ou sem sintomas crônicos
III: DPOC Grave • VEF1/CVF < 0,7• 30% > VEF1 < 50%• Com ou sem sintomas crônicos
IV: DPOC muito grave • VEF1/CVF < 0,7• VEF1 < 30% do previsto ou pacientes
com qualquer VEF1 e sinais de insuficiência respiratória (hipoxemia ou hipercapnia) ou sinais clínicos de falência ventricular
Tratamento
• Consiste na remoção das causas que favorecem o aparecimento ou evolução da patologia
• Fármacos na DPOC estável: Prevenção e controle dos sintomas Redução da frequência e gravidade das exacerbações Melhora da qualidade de vida Melhora do desempenho nas atividades físicas e nas AVD’s
Tratamento Broncodilatadores:
Principal terapia medicamentosa no tratamento de manutenção da DPOC
Garantem o alívio rápido dos sintomas, pois agem principalmente na musculatura lisa das vias respiratórias
Β2 agonistas:
Abrem os canais de cálcio
Tratamento Relaxamento das pequenas e grandes vias respiratórias Estabilizadores de mastócitos Reduzem a exsudação do plasma Aumentam a limpeza mucociliar
Antocolinérgicos: São broncodilatadores com efeito igual ou superior ao dos β2
agonistas
Tratamento Metilxantinas: Podem ser utilizadas como broncodilatadores, porém sua
ação é mais lenta Promove diminuição da exsudação plasmática Aumento da depuração mucociliar Diminuição da função neutrofílica, dos linfócitos T e
macrofágica Aumento da força e resistência diafragmáticas Aumento do estímulo ventilatório
Tratamento Inibidores da fosfodiesterase: Possuem ação broncodilatadora Atuam no processo inflamatório mediado por eosinófilos,
leucotrienos, linfócitos e neutrófilos
Costicosteróides: É recomendado um teste de 6 semanas a 3 meses com
corticoterapia inalatória para identificar os pacientes que se beneficiariam dessa terapia
Tratamento A administração oral desse tipo de droga a longo prazo não é
recomendado devido a falta de benefícios comprovados Nas exacerbações faz com que o VEF1 e a PaO2 retornem aos
valores normais mais rapidamente
• Outros fármacos: Vacinas Antibióticoterapia profilática Agentes mucolíticos Terapia com reposição de alfa-1-antitripsina
Tratamento
• Imunização: Reduz o número de exacerbações Imunização contra o vírus influenza A e da pneumonia
• Reposição de alfa-1-antitripsina: Aumenta seu nível plasmático Devem-se tomar medidas rigorosas na seleção dos doadores
para evitar a transmissão de doenças infecciosas Indicada para portadores de enfisema paracinar devido a sua
deficiência (PiZZ, PiZ, Pi)
Tratamento
• Oxigenioterapia:
Seu uso reduz a mortalidade de pacientes com DPOC grave em até 50%.
Em indivíduos com hipoxemia, hipertensão arterial pulmonar, cor pulmonale e policitemia, seu uso por 8 horas:
Eleva a PaO2 Reduz a pressão da artéria pulmonar e a dispnéia Melhora a qualidade do sono
Tratamento Tempo de uso: 15 ou mais horas diárias incrementam seus
benefícios
Fluxo de O2: aquele que permita elevação da PaO2 acima de 60 mmHg ou da SpO2 maior que 90%
Aumenta a tolerância ao exercício, com consequente melhora da função neuromuscular e da qualidade de vida
Fluxos elevados de O2 podem piorar a retenção de CO2
Tratamento
• VNI: Vem sendo utilizado de forma crescente
Reduz o risco de intubação endotraqueal e pneumonia
Efeitos negativos descritos: Intolerância a pressão positiva Adaptação inadequada as máscaras Ressecamento oral Epistaxe
Tratamento
• Tratamento das exacerbações: Caracteriza-se por piora da dispnéia, e aumento do volume de
expectoração (purulenta e viscosa), podendo estar acompanhada de infecção respiratória aguda
Ocorrem de 1 a 4 vezes por ano
Tratamento medicamentoso das exacerbações: Broncodilatadores: mais importantes na abordagem inicial Xantinas: controverso devido aos efeitos colaterais
Tratamento Corticosteroides: reduzem os sintomas, melhoram a função
respiratória e diminuem as taxas de reinternação Antibióticos: sua prescrição deve ser baseada na classificação
do paciente e no exame de espirometria
Oxigenioterapia na exacerbação: Deve ser utilizada a máscara de venturi São aceitáveis níveis de SpO2 maiores que 92%
Tratamento VNI nas exacerbações: Importante , pois o aumento da FiO2 não reduz o trabalho
imposto a musculatura respiratória devido a hiperinsuflação dinâmica
Deve-se preferir o BIPAP que permite o uso de pressão inspiratória e expiratória com menos desconforto para o paciente
Redução do tempo de internação, mortalidade, taxa de pneumonia nosocomial e necessidade de intubação
Tratamento VM mecânica: Indicada nos casos de:
Falência da musculatura respiratória
Insuficiência respiratória eminente
Rebaixamento do nível de consciência
Agitação
Tratamento Tem como objetivo repousar a musculatura respiratória
Modo utilizado: controlado
Paciente deve estar sedado
Utilizada em associação com doses elevadas de broncodilatadores e esteróides
Após 48 horas, ocorrendo melhora do broncoespasmo, pode ser iniciado o processo de desmame
Tratamento
• Cirurgia redutora de volume: Ressecção cirúrgica de áreas gravemente comprometidas por
enfisema Indicações: indivíduos com enfisema de lobo superior com
baixa capacidade de exercício após reabilitação pulmonar
• Transplante de pulmão Alternativa para pacientes em grau avançado Preferência para o transplante bilateral, pois apresenta maior
durabilidade e melhor função pulmonar
Tratamento Critérios de seleção: Idade menor do que 60 anos Ausência de co-morbidades graves
Limitações: Custo elevado Pequeno número de órgãos para transplante
75% sobrevivem ao final de três anos e 50% ao final de 5 anos
Referências
• Doenças pulmonares,