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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 15 a 30 de novembro de 2015 ANO 2 . EDIÇÃO 19 @dfaguasclaras dfaguasclaras dfaguasclaras.com.br 8212-9001 FOTO NATHALIA FRENSCH Ciclofaixas ao longo do metrô Fim do cartel de combustíveis Polícia Federal e Cade desmancham rede que combinava os preços da gasolina nos postos do DF. Em Águas Claras, praticamente todos os postos vendiam pelos mesmos valores. No Setor Vertical a variação era de apenas meio centavo. Com a operação da polícia preço deve ser reduzido nas próximas semanas (páginas 6 e 7) Justiça determina que governo realize eleição para administrador População solicita mudança no projeto que previa faixas exclusivas para bicicletas nas avenidas Araucárias e Castanheiras e pede que sejam instaladas apenas nas Avenidas Boulevard Sul e Norte, lindeiras à linha do Metrô. Segurança para os ciclistas e fluidez do trânsito são principais argumentos (página 5). Página 3

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15 a 30 de novembro de 2015

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Page 1: DF Águas Claras 19

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

15 a 30 de novembro de 2015

ANO 2 . EDIÇÃO 19

@dfaguasclaras dfaguasclaras dfaguasclaras.com.br 8212-9001

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Ciclofaixas ao longo do metrô

Fim do cartel de combustíveisPolícia Federal e Cade desmancham rede que combinava os preços da gasolina nos postos do DF. Em Águas Claras, praticamente todos os postos vendiam pelos mesmos valores. No Setor Vertical a variação era de apenas meio centavo. Com a operação da polícia preço deve ser reduzido nas próximas semanas (páginas 6 e 7)

Justiça determina que governo realize eleição para administrador

População solicita mudança no projeto que previa faixas exclusivas para bicicletas nas avenidas Araucárias e Castanheiras e pede que sejam instaladas apenas nas Avenidas Boulevard Sul e Norte, lindeiras à linha do Metrô. Segurança para os ciclistas e fluidez do trânsito são principais argumentos (página 5).

Página 3

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15 A 30 DE NOVEMBRO DE 2015 DF ÁGUAS CLARAS2

Editor: Rafael Souza (DRT 10260/DF) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114

71065-315 • Guará • DF

[email protected] 33814181

O jornal DF Águas Claras é parceria da editora Jornal do Guará com o portal digital DF Águas Claras

Responsável: Cléber Barreto Endereço: Av. Araucárias lt 1835/2005 sala 308

Águas Claras Shopping

dfaguasclaras.com 61 [email protected]

CIDADE

CLÉBER BARRETO#turmadoprédio

colaboração de Fernanda Soraggi

Por liberdade para amamentar em público, mães fazem 'mamaço' em Águas Claras

Mães do Distrito Federal se reuniram na manhã no domingo (15 de novembro) em um restaurante de Águas Claras e realizaram um ''mamaço'' contra as críticas sobre amamentação em locais públicos. O protesto reuniu 10 mulheres junto com os filhos.

Segundo a fotógrafa Angela Hellen da Silva, que organizou o evento, o objetivo do mamaço era conscientizar as pessoas sobre a importância da amamentação e lutar contra o preconceito.

"Amamentar é natural e essencial para a vida. As mães podem alimentar seus filhos na hora em que elas quiserem. As pessoas devem respeito à mulher que se expõe por amor ao seu bebê", explica a mulher de 18 anos.

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Diante de impasses entre os diversos órgãos do GDF responsáveis pelo projeto que implantará as ciclofaixas em Águas Claras, a deputada distrital Telma Rufino propôs à Câmara Legislativa a realização de consulta pública dia 3 de dezembro, às 19h30, no Colégio La Salle, para tratar do assunto. No encontro, os moradores de Águas Claras, principais envolvidos no projeto, poderão opinar sobre a priorização da obra e conhecer os detalhes técnicos envolvendo a sua segurança.

Consulta Pública para tratar das ciclofaixas

Onde devem ser instalados os próximos PECs?

Águas Claras irá ganhar em breve mais Pontos de Encontro Comunitário (PECs). A população está sendo convidada a sugerir onde eles devem ser instalados.. Ajude no planejamento de sua cidade, indicando onde são os lugares onde os equipamentos serão melhor aproveitados.

Participe pelo nosso Twitter, Facebook ou Whatsapp. Os endereços estão na capa desta edição. Todas as sugestões serão encaminhadas à Administração Regional de Águas Claras.

Morreu Anderson CXDepois de mais de dois meses internado na UTI do Hospital

Santa Lúcia, vítima de um AVC, morador de Águas Claras, assessor parlamentar e candidato a deputado distrital em 2014, Anderson Miranda, conhecido como Anderson CX, morreu no domingo. Foi cremado no mesmo dia.

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3 DF ÁGUAS CLARAS 15 A 30 DE NOVEMBRO DE 2015

O prazo estipulado pela Jus-tiça para que o GDF apre-sentasse a proposta de

escolha direta dos administradores venceu no dia 9 de novembro. O governo não cumpriu a determi-nação e decidiu criar um grupo de trabalho responsável por elaborar a iniciativa, com prazo de até 120 dias para redigir o texto.

Auto-proclamado “geração Brasília”, Rodrigo Rollemberg (PSB) iniciou o governo pratica-mente ao som de um hit da Legião Urbana, dizendo que não tinha tempo a perder. Prometeu acabar com o toma lá da cá nas adminis-trações regionais e fazer eleições para o processo de escolha dos representantes da população nas diversas áreas do DF. No entanto, o relógio trabalhou contra o chefe do Executivo. O prazo para cum-prir a determinação do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) que exigia o envio de um projeto de lei à Câmara Legislativa regulamentando o pleito acabou. A data-limite foi 9 de novembro, e nada de a proposta chegar à CLDF.

O GDF argumenta que tra-balhava com prazo até dia 17. Ou seja, esta terça-feira. O Executivo tem na manga uma portaria para criar um Grupo de Trabalho com a missão de estudar o que será feito. A expectativa é de que o documen-to seja publicado no Diário Oficial do DF ainda esta semana. O GT terá 60 dias, prorrogáveis por mais 60, para elaborar o projeto de lei.

Segundo apurou o Metrópoles, esse colegiado será formado por seis servidores e coordenado por um representante da Casa Civil. Eles podem pedir a ajuda de outras áreas do governo para elaborar o documento. Na prática, o Executi-vo ganha tempo e empurra com a barriga a promessa eleitoral.

Omissão legislativaA ação é uma resposta à Justiça,

que condenou o GDF por omissão legislativa em 2014 e deu prazo de 18 meses para a elaboração da pro-posta. O último acórdão publicado é de 9 de maio, ou seja, a data esti-pulada venceu em 9 de novembro. O Executivo deveria ter definido o pleito para a escolha dos adminis-

tradores regionais e a formação do Conselho de Representantes Co-munitários. No entanto, até agora, não fez nem uma coisa nem outra.

Os deputados distritais conti-nuam com o poder de indicar os administradores regionais, como ocorreu nos governos passados. Em sua defesa, integrantes do go-verno Rollemberg têm dito que, por serem lideranças reconhecidas nas bases eleitorais, os parlamen-tares precisam ter peso na escolha dos chefes das regiões administra-tivas (RAs) enquanto o processo legal de escolha não for definido.

CortesHoje, o serviço prestado pelas

administrações — que já era ques-tionado no passado — ficou ainda mais precário depois dos cortes no quadro de pessoal. A meta era reduzir a quantidade de comissio-nados e, consequentemente, os gastos. Mas as RAs estão quase que abandonadas às moscas.

A redução de pessoal entre se-tembro do ano passado e setembro deste ano foi de 56%. Devido à cri-se e à necessidade de diminuir as folhas de pagamento, a quantidade total de comissionados no GDF caiu de 2.578 para 1.124. Há dois meses, as administrações regionais contavam com 1.857 funcionários, entre concursados e comissiona-dos. Em setembro do ano passado, eram 3.580.

Independentemente da crise financeira e das sucessivas tesou-radas na máquina pública, a pre-sidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), reforça que o Judiciário determinou a instituição de um elemento de participação popular, e é isso que o governo precisa cumprir.

Sem dinheiroHistoricamente dependentes

de emendas parlamentares para desenvolver projetos voltados às cidades e tratadas como massa de manobra entre o Executivo e o Le-gislativo, as administrações regio-nais não têm pessoal nem dinheiro para desenvolver projetos de for-ma independente. Levantamento feito pela liderança do PT a partir de dados do Sistema Integrado de

Gestão Governamental (Siggo) aponta que, dos R$ 44 milhões de dotação autorizada para as RAs, somente R$ 1 milhão foi empe-nhado (ou seja, que o governo se obrigou a pagar), o que significa 2,3% do previsto.

A Candangolândia, por exem-plo, não teve nem investimento previsto. Brazlândia, Gama, Sobra-dinho, Planaltina, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Guará, Cruzeiro e Recanto das Emas, entre outras,

estão na mesma situação.O orçamento deste ano foi de-

cidido na gestão passada, e ainda foi necessário fazer remanejamen-tos para áreas prioritárias, como a saúde. “O orçamento aprovado para 2015 é fictício, foi uma pre-visão equivocada. Estamos em um momento em que precisamos unir forças. Para sair da bolha, pre-cisamos de um trabalho conjunto, com esforço de todos, com a união de governo, população, Câmara…

É preciso ter vontade de mudar”, afirmou o vice-governador, Rena-to Santana.

Segundo Santana, o governo trabalha para “cumprir a lei”. “O governador já deu todos os sinais de que vai levar o tema adiante. Vamos trabalhar para cumprir a lei e a vontade da sociedade. A ideia é não pular etapas, construir am-bientes, ouvir a sociedade e todos os envolvidos para criar um am-biente de legalidade nesta ação”.

POLÍTICA

ELEIÇÃO DE ADMINISTRADOR REGIONAL

Justiça manda providenciar Prazo dado para GDF promover eleição direta acabou no início de novembro. Governo pediu mais quatro meses para apresentar propostaPOR MANOELA ALCÂNTARA/METRÓPOLES

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5 DF ÁGUAS CLARAS 15 A 30 DE NOVEMBRO DE 2015CIDADE

A manhã da de 19 de no-vembro foi de alegria para Luís Santos Filho,

de 57 anos. Morador de Águas Claras há 28 anos, ele recebeu das mãos do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, a escritura do imóvel onde vive com a esposa e três filhos. "Agora tenho a certe-za de que estou morando no que é meu", disse o vendedor, que rece-beu o documento durante evento no Centro de Convenções Ulys-ses Guimarães.

Na solenidade, 5.002 escri-turas estão sendo entregues para moradores de 15 regiões do DF: Águas Claras, Brazlândia, Can-dangolândia, Ceilândia, SCIA/Estrutural, Gama, Guará, Planal-tina, Riacho Fundo I, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samam-baia, Santa Maria, Sobradinho II e Taguatinga.

"É um sonho que traz tranqui-lidade e segurança jurídica para todos", disse o chefe do Executi-vo. "Estamos trabalhando em três vertentes: no combate rigoroso à grilagem de terras públicas, na re-gularização fundiária e na entrega de unidades habitacionais."

Para o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab), Gilson

Paranhos, a legalização do territó-rio contribui com o reforço da ci-dadania. "No momento em que a pessoa recebe a escritura, ela tem condições, por exemplo, de fazer um financiamento para melhoria da habitação."

BalançoDe acordo com a Codhab,

neste ano foram entregues outras 1.375 escrituras para moradores de 20 regiões administrativas. Além disso, enviaram-se aos car-tórios 13.146 fichas descritivas para que sejam transformadas em escrituras públicas. Com isso, a estimativa é que, até dezembro, as entregas alcancem 20 mil títulos.

Para diminuir o valor para a emissão das escrituras, a empresa pública trabalha na assinatura de convênio com a Associação dos Notários e Registradores do DF, para que o valor passe de R$ 1,8 mil para R$ 160.

Participaram do evento o se-cretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago Teixeira de Andrade; administradores regio-nais; os deputados distritais Li-liane Roriz (PRTB), Lira (PHS) e Juarezão (PRTB); e o presiden-te da Associação dos Notários e Registradores do DF, Allan Guerra.

O governador Rodrigo Rollemberg, o morador de Águas Claras, Luiz Santos Filho, e o presidente da Companhia de

Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), Gilson Paranhos

Governo entrega mais de 5 mil escrituras de imóveisMoradores de 15 regiões de Brasília são beneficiados

Após o anúncio do Go-verno de Brasília do início do projeto Mo-

bilidade Ativa em Águas Claras, setores da sociedade demonstra-ram preocupação com a viabili-dade das ciclofaixas e trabalham para mudar o cronograma.

O projeto prevê a implanta-ção de ciclofaixas ao longo das avenidas Araucárias e Arniquei-ras. Mas, a preocupação dos mo-radores é que isso reduzia o espa-ço para os veículos, agravando os congestionamentos e trazendo riscos para os próprios ciclistas, por estarem muito expostos ao trânsito. Em reunião com a As-sociação de Moradores e Amigos de Águas Claras, representantes dos síndicos, com a Associação dos Moradores de Águas Claras Vertical, com o administrador regional de Águas Claras, Ma-noel Valdeci, com técnicos do Detran e outros órgãos do Go-verno, a deputada distrital Telma Rufino enviou uma consulta pú-blica à Secretaria do Território e Habitação. No documento a de-putada pede a transferência das ciclofaixas para a avenida Boule-vard, paralela às vias principais.

Os moradores alegam que a implantação gradual das faixas exclusivas para ciclistas em vias com menor movimento seria mais seguro para todos.

Zonas 30Além das ciclofaixas nas ave-

nidas Araucárias e Castanheiras, diversas ruas perpendiculares passarão a ser Zonas 30, ou seja, permitirão o tráfego de veículos até no máximo 30km/h. Estas zonas tem sido adotadas em todo o mundo, como medda para evi-tar acidentes graves e melhorar o

fluxo em áreas urbanas. Estatística divulgada pelo

Observatório de Segurança Viá-ria da Espanha dá conta de que, se um carro trafega a 30 km/h, 30% dos atropelados saem ile-sos, 5% morrem e 65% ficam feridos. Se o carro trafega a 50 km/h, somente 5% saem ilesos, 45% morrem e 55% ficam feri-dos. Se o carro trafega a 65 km/h, ninguém sai ileso, 85% morrem e 15% ficam feridos. Se o carro trafega a 80 km/h ou mais, nin-guém sai ileso e (praticamente) 100% morrem. Como se vê, a redução da velocidade (sobretu-do nos centros urbanos) reduz a sinistralidade assim como a mortalidade. As ruas têm que ser devolvidas civilizadamente aos pedestres e ciclistas, sem proibi--las ao motorista, criando-se um

ambiente de convivência pacífi-ca entre eles e os motociclistas e motoristas.

Calçadas e Bicicletas compartilhadas

O projeto Mobilidade Ativa prevê também a instalação de bi-cicletários e paraciclos em toda a cidade, além da adoção de um serviço de compartilhamento de bicicletas, como acontece hoje no Plano Piloto. Ainda não há previsão de como funcionará ou quando será licitado o serviço. As calçadas também devem ser compartilhadas, principalmente nas áreas não atendidas pelas ci-clofaixas, as calçadas deverão ser desobstruídas e receber obras de acessibilidade para poderem atender tanto a pedestres quanto a ciclistas.

Moradores de Águas Claras, deputada Telma Rufino e o Administrador Regional Manoel Valdeci se reúnem com técnicos

do governo para discutir localização das ciclofaixas

Moradores querem ciclofaixas na BoulevardPrevistas para as avenidas Araucárias e Arniqueiras, complicações no trânsito e segurança dos ciclistas preocupam

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15 A 30 DE NOVEMBRO DE 2015 DF ÁGUAS CLARAS6

O combustível para o mo-rador de Águas Claras sempre esteve entre o

preços mais altos praticados no Distrito Federal, por falta de con-corrência. O Conselho Admi-nistrativo de Defesa Econômica (Cade), a Polícia Federal e o Gru-po de Atuação de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Ter-ritórios (MPDFT) estouraram o cartel de combustíveis no Distrito Federal em que apontam o dono da rede como o mais influente no mercado local e responsável pelo controle de preços no DF. Ele foi um dos presos na operação Du-bai.

Águas Claras e Guará eram as cidades que mais sofriam com o cartel, por causa da falta de con-corrência. Os outros postos eram obrigados a, no mínimo, acompa-nhar os preços ditados pela rede Cascol e do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Distrito Fe-dera (Sindicombustíveis-DF), sob pena de perseguição, confor-me as conclusões da Operação. O Jornal do Guará, da mesma edito-ra do DF Águas Claras, vem de-nunciado o cartel na cidade desde 2010, com três reportagens – uma em fevereiro deste ano. Na edição de fevereiro, o Sindicombustíveis afirmou à reportagem que não se posicionava sobre os preços pra-

ticados pelo varejo. “O preço de bomba ao consumidor é fixado de forma livre por cada posto, dentro de sua visão de mercado, levando em consideração os reajustes re-passados pelas distribuidoras”, foi a resposta enviada pelo Sindicato ao jornal na época.

Mas não foi isso que concluiu o Cade. Desde 2009, a extinta Se-cretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, atualmente incorporada ao órgão, investiga, monitora e coleta informações relativas ao mercado de combus-tíveis no DF. "Ao longo desse tem-po, foi reunida uma quantidade considerável de indícios econô-micos de formação de cartel, en-volvendo distribuidoras e postos revendedores", diz a nota.

Entre os presos preventiva-mente (por cinco dias, prorro-gáveis por mais cinco) estão An-tônio Matias, um dos sócios da empresa Cascol, dona de cerca de 30% dos postos de combustíveis do DF, o presidente do Sindica-to dos Combustíveis do DF, José Carlos Ulhôa, e o sócio da empre-sa Gasolline, Cláudio Simm. Os mandados foram emitidos pela 1ª Vara Criminal de Brasília.

Prejuízo de mais de R$ 1 bilhão

De acordo com a Polícia Fede-ral, somente a rede Cascol , vende R$ 1,1 milhão em litros de com-bustível por dia, e apurava um lucro diário de quase R$ 800 mil com o esquema. Ainda segundo a conclusão das investigações, as principais redes de postos defi-niam os preços e depois comu-nicavam às redes menores, que eram praticamente obrigadas a cumprir a determinação, sob pena de perseguição, inclusive das dis-tribuidoras. Pelos cálculos da PF, o prejuízo gerado pelo cartel pode chegar a cerca de R$ 1 bilhão por ano no Distrito Federal.

Entre os indícios de formação de cartel estão a coincidência dos preços praticados e as margens de revenda e de distribuição da gasolina e do etanol, bem acima

da média nacional. As investiga-ções, que culminaram na opera-ção, também verificou demora no repasse ao consumidor final de eventuais reduções nos preços do etanol, especialmente na época de safra de cana de açúcar, quando deveria haver redução de preço nas bombas. Sem essa redução, os consumidores eram forçados a continuar adquirindo gasolina, que oferecia mais lucros ao esque-ma.

O levantamento do Cade cul-pa o Sindicato do Comércio Vare-jista de Combustíveis e de Lubri-ficantes do Distrito Federal pelo controle dos preços. "De acordo com as investigações, o sindicato supostamente influencia condu-ta comercial uniforme entre os postos de combustíveis, cria difi-culdades para o estabelecimento e funcionamento de postos em clubes, supermercados e outros locais com grande fluxo de con-sumidores, além de monitorar os preços do mercado", destaca a nota do Cade.

Queda de 20% no preçoDe acordo com o delegado

João Pinho, da Polícia Federal, empresas donas de postos manti-nham acordo com as distribuido-ras. "Elas avisavam dos aumentos com antecedência. Havia uma grande cumplicidade", afirmou.

Juntas, a BR Distribuidora, Ipi-ranga e Shell detêm 90% do mer-cado no DF. Ainda segundo o de-legado, o presidente do Sindicato dos Combustíveis do DF, José Carlos Ulhôa, exercia pressão para que os postos continuassem no esquema, por meio de chama-das telefônicas ou até em grupos de WhatsApp.

“De forma simplificada, a cada vez que um consumidor enchia o tanque de 50 litros – já que cada litro da gasolina era sobretaxada em aproximadamente 20% – o prejuízo médio era de R$ 35.”, afir-ma o delegado.

Caso sejam condenadas pelo cartel, as empresas serão multadas em até 20% de seu faturamento. As pessoas físicas e o sindicato envolvido sujeitam-se a multas de R$ 5 mil a R$ 2 bilhões.

O Procon do DF também contribuiu com a investigação. Em março deste ano, o órgão pas-sou a monitorar os preços prati-cados nos 318 postos da capital. O relatório final foi encaminha-do ao Ministério Público que o encaminhou ao Cade e à Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O superintendente regional do Cade, Eduardo Frade, estima que os preços dos combustíveis no Distrito Federal caiam até 20% com a desarticulação do cartel.

CIDADE

Rede ditava preço de combustível em Águas ClarasPolícia Federal e Cade desmancham cartel de combustível no DF. Preços podem cair até 20%

No único posto das avenidas centrais da cidade com preço menor, a variação é de meio centavo

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7 DF ÁGUAS CLARAS 15 A 30 DE NOVEMBRO DE 2015CIDADE

Final da Avenida Castanheirasesquina com Rua 36 Norte - Águas Claras(200m da estação do metrô Concessionárias)

Cartel antigoEm 2003 uma Comissão

Parlamentar de Investigação, na Câmara Legislativa, relatada pelo deputado distrital Chico Vigilante, investigou a prática de crimes contra a economia popu-lar. A denúncia era que os postos combinavam os preços entre si. Entre os indiciados estavam os responsáveis pelas redes Cascol, Igrejinha e o presidente do Sin-docombustíveis-DF. Chico Vigi-lante ainda propôs um projeto de lei para abrir a livre concorrência no mercado de combustíveis. O projeto foi rejeitado pelos deputa-dos por três anos seguidos e rea-presentado no início do ano por Chico Vigilante, mas rejeitado em segunda votação pela maioria dos deputados distritais. De acordo com levantamento do TER-DF, a rede Cascol contribuiu com a campanha da maioria dos depu-tados distritais eleitos. O DF é a única unidade da Federação que proíbe a instalação de postos de combustível em shoppings e su-permercados.

Durante a Operação Mon-te Carlo, da Polícia Federal, que incriminou o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foram di-vulgadas gravações telefônicas que revelava manobras políticas para evitara que grandes redes de

supermercados instalações seus postos de combustíveias. O Car-refour Sul e o Extra pleiteiam a instalação de um posto de gasolina em seu estacionamento há anos, mas nunca conseguiram a autori-zação. Um relatório da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de 2012 mostrou evidências da atuação de um cartel no Distrito Federal, que apontavam inclusive a participação do sindicato da ca-tegoria, que impedia a entrada de outros concorrentes no mercado.

O Ministério Público vai pro-por ao governo do Distrito Fede-ral uma nova tentativa de liberar a instalação de postos de com-

bustível em supermercados. Em março deste ano, uma ação com esse objetivo transitou em julga-do (sem possibilidade de recurso) no Supremo Tribunal Federal. Após seis anos de processo, o STF entendeu que é válida a proibição de venda de combustível nesse tipo de estabelecimento. O MP acredita que ainda pode mudar a decisão.

Os motoristas do Setor Vertical não tinham nenhuma escolha

para abastecer, já que os postos praticavam preços

idênticos para a gasolina e supertaxavam o etanol

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9 DF ÁGUAS CLARAS 15 A 30 DE NOVEMBRO DE 2015

O time representante de Águas Claras derrotou o Samambaia por 1 a

0, no lotado ginásio do Sesc de Ceilândia em um grande jogo. O único gol da partida foi marca-do por Pedro, quando restavam nove minutos para o fim da parti-da. Além do ala de Águas Claras, os dois goleiros desempenharam papel importante na partida, fa-zendo boas defesas e impedindo que o placar fosse elástico para um dos lados. O goleiro Yan, ca-pitão de Águas Claras, ainda foi eleito o goleiro menos vazado da competição.

Para o goleiro Lucas, de Sa-mambaia, o sabor da derrota foi ainda mais amargo: o arqueiro fez parte do elenco de Ceilândia, que perdeu na decisão do ano passado para o Cruzeiro.

- A gente segura até onde dá. Acho que consegui desempenhar um bom papel em quadra nessa final. É um sentimento horrível. Vou continuar sendo vice até quando? - questionou o arquei-ro, em um misto de brincadeira e desabafo.

Precisando vencer a qualquer custo (o empate daria o título a Águas Claras, autor da melhor campanha), Samambaia partiu para o ataque desde os primeiros minutos. Como aliados, os joga-dores em quadra tinham os gri-tos vindos da arquibancada, uma vez que a torcida de Samambaia era mais numerosa. Logo nos pri-meiros minutos a equipe conse-guiu boa chegada, mas esbarrou nas mãos de Yan. Foi a chave para que as duas equipes, cada uma da sua forma, passassem a tentar abrir o placar. Enquanto Samam-baia apostava em jogadas pelas laterais, Águas Claras acionava o grandalhão Anderson na maioria das investidas ofensivas. Foi dele a principal chance de gol de sua equipe na etapa inicial, quando ele, marcado, por pouco não ano-tou um gol de letra. Mesmo com todas as oportunidades criadas, a bola insistia em não balançar as redes e o placar apontava 0 a 0 ao final do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, Águas Claras parecia decidido a mar-car o gol que complicaria a vida

de Samambaia. Com duas boas chances, incluindo uma bomba de fora da área do ala Matheus, vice-artilheiro da competição com oito gols, a equipe por pou-co não tirou o empate do placar. Pouco depois da metade da etapa complementar, porém, Samam-baia chegou com perigo pelos pés de Mafu, um dos principais nomes do time. Com um forte chute cruzado, ele chegou a ar-rancar suspiros da tímida torcida de Águas Claras. A bola, porém,

passou rente à trave esquerda de Yan. Como no futebol de campo, a velha máxima de que quem não faz leva, também é verdadeira nas quadras. Restando nove minutos para o fim do jogo, Pedro rece-beu dentro da área e girou, sem chances para o goleiro Lucas. Era o gol que Águas Claras precisava para incendiar a partida e pres-sionar ainda mais Samambaia.

Pressionando e buscando ao menos o empate, Samambaia não conseguiu anotar sequer um gol

e coube ao jovem time de Águas Claras, cuja média de idade girou em torno de 22 anos, segurar a bola e esperar pela sirene para soltar o grito de "é campeão".

Após a partida, os jogadores receberam a premiação e nem o técnico Manoel Santos, de Águas Claras, escapou. Os atletas se juntaram e deram, literalmen-te, um banho de água gelada no treinador, em gesto comum nas conquistas também em outros esportes.

TEXTO E FOTO LUCAS MAGALHÃES / G1

Águas Claras campeão da Copa Brasília de FutsalCom um dos times mais jovens da competição, a cidade venceu o Samambaia na final

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11 DF ÁGUAS CLARAS 15 A 30 DE NOVEMBRO DE 2015QUALIDADE DE VIDA

CAMILA G. BARRETO sob medida

Pra esta semana escolhi fa-lar de algo que me atrapa-lha e muito na hora de fa-

zer dieta, a bendita organização!Planejar e executar todos os

dias as minhas refeições (que são 6 ao todo) e levar tudo bo-nitinho na lancheira não é das tarefas mais fácies, ao menos não pra mim que estava muito habi-tuada a comer na rua, a hora que dá, quando dá...e assim ia.

Preciso inclusive confessar: passei duas semanas extrema-mente desorganizada devido a algumas mudanças no trabalho e na minha vida pessoal, e sim foi muito difícil seguir a dieta, realizei refeições não planejadas e fora de horário. Vida real né gente, aqui não acontece tudo de

maneira linear, algumas coisas fogem do nosso planejamento então a gente volta e refaz tudo de novo.

Agora vamos ao que interes-sa: como so-lucionar essa questão?! Pre-ciso dizer que a nutricionis-ta me ajudou muito com essa questão,.Ela passou o meu plano ali-mentar e jun-to uma folha com os alimentos e as substituições possíveis, logo isso já é um guia. O fato do pla-nejamento te ajuda porque você visualiza a quantidade de refei-

ções, a quantidade a comer em cada refeição e chega a conclu-são de que não é preciso passar fome, e isso já é um baita alívio! Depois de estar com o plano

em mãos procuro fazer com-pras semanais com os itens que consumo, sempre procuro com-prar coisas pra deixar na bolsa pra caso de alguma emergência

(geralmente frutas secas e olea-ginosas porque tem uma durabi-lidade bacana), a parte de folhas e temperos compro sempre na feira de Águas Claras (funciona

sábado e do-mingo pela manhã) que fica na Aveni-da Boulevard Sul, acima da rua 25 Sul - o preço é bom e tem uma banca só com produtos or-

gânicos também -, restante de le-gumes, verduras , frutas e carnes eu procuro melhores preços nos mercados da cidade e assim vou seguindo minha rotina. Organi-

zo minha lancheira todos os dias pela manhã, tenho a facilidade de poder almoçar em casa, o restante levo em bolsa térmica(-chá, frutas, sanduíche natural, iogurte... depende do dia). Mi-nha dica é que todo mundo que pretende se alimentar bem e de forma saudável precisa fazer um planejamento, assim como você faz as suas finanças pessoais, pois é senta e planeja como vai ser sua semana, quantidade e quais alimentos você precisa comprar, o que vai comer em qual dia...Te garanto que isso vai te ajudar e muito a não sair da linha.

Espero que vocês estejam gostando da coluna. Semana que vem tem mais sobre a minha ro-tina e mudança de hábitos.

“Todo mundo que pretende se alimentar bem e de forma saudável pre-cisa fazer um planejamento, assim como

você faz as suas finanças pessoais”

Organização e dieta

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