df Águas claras 38

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 18 a 24 de junho de 2016 ANO 3 . EDIÇÃO 38 @dfaguasclaras dfaguasclaras dfaguasclaras.com.br 8348-2828 Para que servem as Administrações Regionais? A cada ano as adminsitrações regionais perdem mais poder e, consequentemente, o seu propósito. De órgãos destinados a representar o Poder Executivo em cada Região Administrativa, foram aos poucos perdendo autonomia, como o poder de fiscalização, o orçamento independente e até mesmo a capacidade de realizar obras. Mas, mesmo diante deste cenário, a Administração de Águas Claras tem conseguido sobressair-se com uma fórmula que une dois ingredientes: uma forte representante na Câmara Legislativa (a deputada Telma Rufino) e a participação da população, através de inúmeras reuniões com entidades representativas da comunidade (foto). Página 5 Show da Escala No final de semana passado, os alunos e professores da Escala Musical apresentaram-se no Águas Claras Shopping para um seleto público (Página 2) . Getúlio Romão lança livro Fotógrafo registra a história de Taguatinga e região através de imagens (página 9). Presa a quadrilha do anabolizante na cidade Polícia demonta quadrilha após dois anos de investigação. Anabolizantes eram vendidos em academias e pelo Facebook (Página 9).

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18 a 24 de junho de 2016

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

18 a 24 de junho de 2016

ANO 3 . EDIÇÃO 38

@dfaguasclaras dfaguasclaras dfaguasclaras.com.br 8348-2828

Para que servem as Administrações Regionais?

A cada ano as adminsitrações regionais perdem mais poder e, consequentemente,

o seu propósito. De órgãos destinados a representar o Poder Executivo em cada Região

Administrativa, foram aos poucos perdendo autonomia, como o poder de fiscalização, o orçamento independente e até mesmo a

capacidade de realizar obras. Mas, mesmo diante deste cenário, a Administração de Águas Claras tem conseguido sobressair-se com uma

fórmula que une dois ingredientes: uma forte representante na Câmara Legislativa (a deputada

Telma Rufino) e a participação da população, através de inúmeras reuniões com entidades

representativas da comunidade (foto). Página 5

Show da Escala No final de semana passado, os alunos e professores da Escala Musical apresentaram-se no Águas Claras Shopping para um seleto público (Página 2) .

Getúlio Romão lança livro Fotógrafo registra a história de Taguatinga e região através de imagens (página 9).

Presa a quadrilha do anabolizante na cidadePolícia demonta quadrilha após dois anos de investigação. Anabolizantes eram vendidos em academias e pelo Facebook (Página 9).

11 A 17 DE JUNHO DE 2016 DFÁGUASCLARAS2

Editor: Rafael Souza (DRT 10260/DF) Endereço: EQ 31/33 Ed. Consei Sala 113/114

71065-315 • Guará • DF

[email protected] 61 33814181

O jornal DFÁguasClaras é parceria da editora Jornal do Guará com o portal digital DFÁguasClaras

Responsável: Cleber Barreto Endereço: Av. Araucárias, Lt 1835 / sala 308 Águas Claras Shopping

dfaguasclaras.com.br 61 [email protected]

OPINIÃO

CLEBER BARRETOPronto, falei!

colaboração de Helena Goulart

Fim de semana musicalNos dias 18 e 19 de junho a Escala Musical, escola de músi-

ca localizada no Águas Claras Shopping, promoveu dois dias de show no shopping onde se encontra. A Aaudição contou com a apresentação de 60 alunos da escola, que exibiram seus talen-tos nos instrumentos que estudam na instituição – baixo, vio-lão, guitarra, piano, teclado, bateria e canto.

O conteúdo das apresentações atendeu a diversos públicos: artistas mirins, jovens e adultos tocaram música clássica, MPB, rock, pop e sertanejo.

“Apesar de só ter me apresentado no domingo, fiz questão de vir no sábado também para assistir a audição. É legal poder ver a evolução do pessoal com os instrumentos e como eles desen-volvem as habilidades”, afirmou Victória Nóvoa, 17 anos, aluna de guitarra da escola.

“Tenho uma paixão enorme pelo piano e treino sempre, mas a audição me impulsiona a treinar mais já que estarei apresen-tando para todo mundo. Além de divertido, acaba sendo um in-centivo também”, contou Larissa Lachaitis Maltz, 12 anos.

Os melhores locais para os amantes de açaíCom leite condensado, granola, amendoim ou paçoca: o açaí combina com muitos ingredientes

e é muito apreciado pelos brasilienses. Pensando nisso, a equipe DFÁguasClaras separou (e experimentou) os melhores locais para degustar açaí em Águas Claras. Confira:

MauiPreços acessíveis, ambiente simples e música alternativa,

o local atrai pessoas de todas as idades. O prato principal é o açaí e os clientes podem se servir de todos os acompanha-mentos à vontade, entretanto o cardápio da casa conta tam-bém com tapiocas, sanduíches e sucos naturais.

Endereço: Rua Alecrim, loja 11.

AçaíProduções elaboradas e grandiosas, o açaí é produzido em

sua forma mais bela e saborosa. Acompanhado por frutas e doces, o local é bastante indicado na região. Apesar de pos-suir preços pouco acessíveis, serviço e produto de qualidade fazem valer a pena o investimento.

Endereço: Rua 7 Norte, edifício Max Mall.

+ Açaí Cereais servidos a vontade para o consumidor e preços

acessíveis, a opção refrescante e simples realça o sabor do açaí. Apesar de haver a opção de acompanhamentos doces, o recomendado pelos clientes do local é que apreciem o produ-to oferecido ali, que conta com simplicidade e sabor.

Endereço: Rua 37 Norte, loja 7.

Açaí ArtesanalAçaí puro, 99% açaí e 1% xarope de guaraná. Esse é o

slogan do estabelecimento, que não decepciona a clientela: o serviço de entrega é exemplar e não demora a atender os consumidores. Além de garantir energia, o sabor é agradável e merece ser degustado.

Endereço: Rua 14 Norte, loja 6.Telefone: 3257-7611.

Açaí do JapaAtendimento de qualidade e familiar, o estabelecimento

procura garantir o conforto ao usuário. Os donos acreditam no poder de energético, hidratante e saudável do açaí, e é por isso que o produto é servido com frutas e cereais. O local é ideal para atletas, principalmente a ingestão do açaí após a academia.

Endereço: Avenida das Araucárias, Metrópole shopping.

3 DFÁGUASCLARAS 18 A 24 DE JUNHO DE 2016

Mais de R$ 250 milhões foram desviados en-tre 2012 e 2014 em

contratos e licitações reali-zadas em 19 administrações regionais do Distrito Federal, entre elas a de Águas Claras. Segundo investigações da De-legacia Especial de Repressão aos Crimes contra a Admi-nistração Pública (Decap), há indícios de que os processos tenham sido fraudados, inclu-sive com a participação de em-presas fantasmas em eventos e obras. os serviços variavam entre R$ 40 mil e R$ 650 mil.

“São contratos com cons-trutoras, com empresas de eventos e serviços em geral. Muitos já foram alvo de sin-dicância. O que nos chamou a atenção é que uma pessoa, por exemplo, aparece como o dono de mais de duas empre-sas diferentes”, disse ao site Metrópoles o delegado-chefe da Decap, Alexandre Linhares.

Pelo menos 10 empresas, ligadas por vínculos familia-res, estão na mira da Polícia Civil. Elas combinavam, por meio de e-mails interceptados pela Polícia Civil, quem iria vencer a licitação. Algumas, de acordo com as investigações, teriam sido criadas exatamen-te no período investigado, na gestão do petista Agnelo Quei-roz á frente do GDF, e com o

fim do governo passado elas foram extintas.

Linhares contou que a maior parte dos contratos contava com alto grau de com-prometimento do ex-adminis-trador de Taguatinga, Márcio Hélio. “Processos foram des-truídos”, destacou o policial. De acordo com ele, secretarias também serão investigadas para ver se há participação de outros servidores.

Entre as empresas citadas pelo delegado que são alvo da investigação estão a La D’art, Fiber, MG, Terra Plena, Bracon, Cometa, Dias Moisés, Mult Work e Estrela. A hipóte-se de a quadrilha ter escolhido pequenas obras por conta da Copa do Mundo também foi levantada pelo delegado, na tentativa de se evitar fiscali-zação.

MandadosSegundo Linhares, um dos

indícios de que há irregulari-dade é que as empresas ven-cedoras dos contratos tinham ligação com sócios de empre-sas concorrentes. Na opinião dele, isso pode indicar que as concorrentes eram fantasmas e que, na verdade, não havia concorrência. A ação policial foi batizada de Apate, um deus grego conhecido por ser o pai do engano e da fraude.

Polícia investiga licitações de 19 administrações

Segundo o delegado-chefe da Decap, Alexandre Linhares, as empresas eram contratadas por convite, por se tratar de

pequenas obras e serviços, como recapeamento e construção de meios-fios. Elas se apresentavam todas juntas e combinavam

preços, evitando que outras de fora do grupo vencessem A Câmara Legislativa do

Distrito Federal reali-zou na quarta-feira,15

de junho, mais uma edição do projeto "Câmara em Movi-mento", desta vez em Águas Claras. A sessão foi realizada no auditório da Escola Téc-nica de Brasília, no Areal, e contou com a participação de centenas de moradores, comerciantes e representan-tes do governo.

AlbergueA reivindicação mais re-

petida diz respeito à remo-ção do Albergue Conviver, que abriga pessoas em si-tuação de risco e morador de rua. "Não há condições de manter esse albergue, que só vem causando problemas há mais de 20 anos. Desde estupros até assassinatos. Basta buscar o histórico dos crimes nas delegacias e na imprensa", reclamou Ma-noel Fonseca, morador de Arniqueiras. Rafael Orleans, morador do Areal, também pediu o fechamento do local: "Minha filha já foi assediada ao passar em frente ao alber-gue, quando vinha me visitar. Hoje, ela não vem mais".

Zenon Luz Ribeiro, mo-rador do Areal, pediu aos distritais a elaboração de um projeto de lei mudando a destinação de terreno do local. “Vocês poderiam apre-sentar um projeto que mude aquela área para receber uma escola de ensino médio,

que ainda não temos”, suge-riu. A presidente da Casa, Celina Leão (PPS), explicou que a iniciativa desse tipo de projeto deve partir do Poder Executivo, mas apresentou uma alternativa. “Nós vamos criar um projeto de lei proi-bindo a instalação e perma-nência desses albergues em áreas residenciais, com pra-zo de 180 dias para cumpri-mento da lei”, garantiu.

Ainda durante as falas, a presidente da Câmara Le-gislativa, Celina Leão (PPS), garantiu que, se a assessoria legislativa conseguisse ela-borar a minuta do projeto ainda durante o evento, ele seria lido durante a sessão. A leitura da matéria deu início à tramitação da proposta.

Segundo o texto, os alber-gues não poderão ser insta-lados em regiões próximas a residências e escolas. A matéria, que ainda tramitará pelas comissões da Câmara Legislativa, prevê, também, que, quando aprovada a lei, o governo terá 180 dias para retirar os albergues, como o do Areal, das regiões proibi-das.

No local onde hoje está instalado o albergue do Areal, será criada uma escola de ensino médio — outra re-clamação dos moradores da região, que têm que ir para outras regiões administra-tivas, entre elas Taguatinga, para cursar o antigo segundo grau.

Escolas e crechesOutro tema bastante to-

cado pelos moradores é o da educação. Vários presentes se manifestaram pedindo a cons-trução de uma escola e a inau-guração de uma creche que já está pronta há dois anos. Wesley Lustosa, morador de Arniqueiras, foi um deles. "A creche está pronta e aban-donada, com o mato toman-do conta. Isso é um absurdo, aquela obra custou mais de R$ 2 milhões", reclamou.

A solução para o problema foi apresentada pela deputada Celina Leão, que sugeriu um acordo para que os 24 parla-mentares destinem emendas orçamentárias para garantir o funcionamento da creche. "Se garantirmos o dinheiro, o governo não terá mais des-culpas", ressaltou Celina. "O custo de manutenção dessa creche é baixo, podemos re-solver essa questão com a apresentação de emendas parlamentares", concordou Rafael Prudente (PMDB). Os moradores também reivindi-caram a construção de uma feira livre na região, que ainda não conta com local adequado para o comércio de produtos agrícolas. A deputada Telma Ruffino (sem partido), mora-dora da região, se comprome-teu a apresentar uma emenda orçamentária para essa fina-lidade e o deputado Agaciel Maia (PR) garantiu a inclusão dessa emenda no projeto de lei orçamentária.

Deputados reunidos no ArealProjeto Câmara em Movimento veio ouvir reivindicações da comunidade

A presidente da Câmara Celina Leão, a deputada Telma Rufino e o administrador Regional Maoel Valdeci durante o evento na Escola Técnica de Brasília, no Areal

5 DFÁGUASCLARAS 18 A 24 DE JUNHO DE 2016CIDADE

Brasília é uma unidade da Federação única. Por sua pequena extensão

e ter sido criada para abrigar a capital do país, não tem mu-nicípios e obteve sua indepen-dência política tardiamente. As cidades que a compõe, antes chamadas de cidades-satélites, foram divididas em “Regiões Administrativas”, justamente para facilitar a gestão do Dis-trito Federal. As regiões admi-nistrativas e suas respectivas administrações regionais não são exclusividade da capital do país. Curitiba, por exemplo, adota o nome “Administrador Regional” para a pessoa encar-regada de gerir subdivisões de seu município. Em outras cida-des usa-se o mesmo artifício, mas com o nome de subpre-feito. Estão ligadas às prefei-turas e os titulares dos cargos são nomeados exclusivamente pelo prefeito, como os outros secretários de Estados e de-mais cargos.

Na Lei Orgânica do Distri-to Federal está previsto que a escolha do administrador re-gional deve ter a participação popular, o que cria uma jabu-ticaba candanga. Um cargo com mandato oriundo de su-frágio popular, representante do poder Executivo, mas sem representantes dos poderes Legislativos e Judiciários equi-valentes, e, até o momento, sem papel definido. O Governo do Distrito Federal colocou na Internet um projeto de lei para regulamentar a eleição de ad-ministrador regional para que a população opine e posterior-mente seja enviado à Câmara. Mas, o projeto trata apenas da forma de escolha do adminis-trador e não do que ele efetiva-mente poderá fazer. Os críticos do projeto dizem que é preciso definir as atribuições e pode-res dos administradores antes de discutir as eleições para o cargo.

Afinal, para que serve a Ad-ministração Regional?

As administrações regio-nais foram criadas para serem representações administra-tivas em cada cidade do DF, responsáveis por coordenar as atividades do governo, suas se-cretarias e empresas públicas na cidade. Mas, com o tempo, a ocupação política das ad-ministrações fez com que os governadores gradativamente retirassem delas atribuições importantes e as repassassem para suas secretarias de Esta-do diretamente. As adminis-trações transformaram-se em ouvidorias, para auscultar as reivindicações e reclamações dos moradores, e em cartórios, apenas para receber, carimbar e atestar documentos referen-tes a pedidos de alvarás, podas de árvores, limpeza de área pública etc. Mesmo assim, fo-ram transformadas em moeda de troca entre o governador e os deputados distritais para a manutenção da base de apoio do governo na Câmara Legisla-tiva. Com menos poder do que as secretarias, os deputados padrinhos das administrações tem menos influência dentro das ações governamentais, mas mantém um bom núme-ro de cargos e uma presença constante em seus currais elei-torais.

Uma das principais perdas de poder das administrações foi o de fiscalizar. Com a cria-ção da Agência de Fiscalização (Agefis), os fiscais foram todos concentrados em um único órgão e o administrador não pode mais notificar, multar, retirar e nem derrubar nada na cidade. Mesmo que se cons-truam quiosques ou muros em

frente à sede da Administra-ção, cabe a ela apenas solicitar a visita dos fiscais da Agefis, o que qualquer cidadão também pode fazer.

Madrinha no orçamentoÁguas Claras tem se desta-

cado em dois aspectos impor-tantes. O primeiro aspecto é que a Administração Regional é uma das poucas do Distrito Federal que tem conseguido licitar as suas próprias obras. Ainda que seja dependente das Secretarias de Estado e das Au-tarquias, como a Secretaria de Obras, Novacap e Agefis, ain-da consegue propor e realizar parte de seu orçamento. Um exemplo claro é a Administra-ção do Guará, outrora exemplo de eficiência, não conseguiu realizar uma única licitação nos últimos 18 meses e tem empenhado apenas verba para seu próprio custeio. Parte des-ta vantagem da Administração de Águas Claras, ironicamente, é o apadrinhamento político. Ainda que tenha contado com três administradores deste o início do mandato do governa-dor Rodrigo Rollemberg, a ma-drinha da cidade é a mesma:,a deputada Telma Rufino. Por ser ex-servidora da própria Administração, Telma conhece bem o que é preciso fazer na cidade e destinou boa parte da cota a que tem direito no orça-mento do Governo do Distrito Federal para Águas Claras. Dos R$ 18 milhões que a deputada poderia indicar ao orçamento este ano, ao menos R$ 10 mi-lhões serão investidos apenas em Águas Claras. Isto é inédito

na história da cidade e no Dis-trito Federal. Além de interce-der na indicação dos recursos, a deputada acompanha a sua execução e cobra dos executo-res que o orçamento seja gasto corretamente.

Administração Compartilhada

Outro aspecto importante é a participação da população na gestão da cidade. Oriundo dos movimentos de morado-res de Águas Claras, já que ex-presidente da Associação Comercial da cidade, o admi-nistrador Regional Manoel Valdeci sabe como lidar com as demandas da população. Começou por montar sua equipe com representantes de associações de moradores e outras entidades representa-tivas e discute ponto a ponto cada demanda.

Um exemplo da gestão compartilhada foi a reunião com os moradores na terça--feira (14 de junho). O encon-tro serviu para ouvir as de-mandas dos moradores, como calçadas, coleta diária de lixo orgânico, fechamento de bu-racos, iluminação das ruas, problemas com a pista de skate, lotes vazios na cidade e problemas com a falta de exe-cução de projetos por parte do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN – DF). Valdeci se prontificou a intermediar a resolução das principais demandas com os órgãos responsáveis pelos setores da cidade – Terracap, DETRAN – DF e Companhia Energética Brasileira (CEB).

Roman Dário Cuattrin, pre-sidente da AMAAC, afirmou que durante o planejamento das ações a Administração tem convocado as entidades para discutir prioridades, pos-sibilidades e necessidades. “Trata-se de gestão comparti-lhada, porque essas entidades estão sendo chamadas para discutir as prioridades, para apontar soluções para os pro-

blemas locais, ajudar efetiva-mente e não apenas atrás da internet. Reuniões estão acon-tecendo semanalmente com as entidades, de maneira mui-to diferente da administração anterior, que mantinha pouco diálogo com a Associação. A AMAAC continua independen-te, cobrando do poder público, exigindo melhorias, fiscalizan-do a utilização dos recursos. Ressalto que a associação não é subserviente a ninguém, mas também não é oposição pelo simples fato de ser oposi-ção. Queremos construir uma Águas Claras melhor, e quere-mos fazer parte disso. Gestão compartilhada é poder parti-cipar desse crescimento”, afir-ma Roman. Como resultado da gestão compartilhada, en-contra-se o projeto entregue pela AMAAC à Administração referente aos parques Sul e Central, atualmente em análi-se pela Terracap.

No evento “Roda de con-versa”, quando o Governador Rodrigo Rollemberg veio ou-vir as principais demandas de Águas Claras, os grupos de liderança de Águas Claras como a Associação de Mora-dores Amigos de Águas Cla-ras (AMAAC), Acorda Águas Claras, Associação Comercial e Industrial de Águas Claras (ACIAC), Conselho de Segu-rança (Conseg), dentre outros, abriram uma faixa em agra-decimento à Administração Regional pela gestão compar-tilhada. Alguns moradores chegaram até a questionar a proximidade das associações de moradores com o poder público, ainda que de forma discreta. “Acredito que esta não seja a melhor maneira de ajudar uma cidade, aliando-se de forma velada ao poder pú-blico que, talvez esteja inerte, mas a comunidade saberá se ele está inerte ou não”, ques-tiona Oswaldo Marinho, mo-rador de Águas Claras.

Para que servem as Administrações Regionais?Diante do perda de poder promovida na última década, as Administrações foram reduzidas a órgãos cartoriais que pouco podem fazer pela cidade. Ainda assim, a de Águas Claras se destaca por unir a participação popular na gestão e força política na Câmara

R$ 11,75 milhõesTotal de emendas parlamentares destinado a Águas Claras no

início do ano, R$ 10 milhões foram destinados por Telma Rufino

R$ 2.296.182,55Foram gastos apenas com a folha de pagamento dos funcionários

da Administração até o momento em 2016

11 A 17 DE JUNHO DE 2016 DFÁGUASCLARAS6 MOBILIDADE

Logo após o lançamento de uma frente parlamen-tar pela defesa do Uber e

outros métodos de transporte de passageiros por aplicativos de celular, a Câmara discutirá na próxima semana a aprova-ção ou não do Projeto de Lei 777, de autoria do poder exe-cutivo. A frente, presidida pelo deputado Professor Israel (PV), é composta por outros 7 deputados e pretende manter o projeto na pauta da Câmara.

As negociações, porém, apontam um acordo que pos-sa conciliar os interesses dos taxistas e permitir a regula-mentação do trabalho dos mo-toristas dos aplicativos, como o Uber. Ficou decidido que os deputados distritais iriam reunir suas assessorias para apresentarem um substitutivo de consenso ao projeto de lei do governo n° 777/2015, em nome de todos eles, que possa ser votado em plenário, sem vencedores ou vencidos.

"Temos que encontrar um

caminho do meio", enfatizou a presidente da Câmara Legisla-tiva, Celina Leão (PPS), na re-união entre representantes de taxistas com alguns deputa-dos distritais interessados em fechar o acordo. Segundo res-saltou o deputado Raimundo Ribeiro (PPS), que interme-diou reunião com represen-tantes dos motoristas do Uber, a possibilidade de acordo para a aprovação de um substituti-vo evoluía, mas havia ainda dois pontos divergentes: a padronização de tarifas e a ampliação de todo o sistema (incluindo taxistas e aplicati-vos) com novas concessões. As concessões aumentariam de 3.500 para 5 mil veículos, conforme proposta do depu-tado Agaciel Maia (PTC).

No caso dos taxistas, que enfatizaram estar enfrentan-do muitos problemas para garantir a sobrevivência - "es-tamos morrendo", disse um deles -, o substitutivo garan-tiria a eles o direito de tam-

bém trabalharem com seus veículos dentro do sistema do aplicativo, inclusive utilizando taxis executivos, inclusive com veículos pretos, similar ao modelo "black" do Uber.

"A gente quer acabar com esse conflito. Mas também não pode ser dizimando, do que jeito que está", advertiu a presidente do Sindicato dos Taxistas no DF, a Mariazinha. Ela disse que considerou "po-sitiva" a negociação que avan-çou nas últimas horas entre os representantes das duas ca-tegorias, intermediada pelos deputados distritais.

"Do jeito que está projeto do governo não passa". Essa foi a avaliação do deputado Rodrigo Delmasso (PTN) so-bre o projeto original do go-verno sobre a regulamentação do Uber. O distrital Cristiano Araújo (PTN) lembrou que os casos de violência contra motoristas daquele aplicativo ajudaram a garantir apoio da população à regulamentação

do Uber.Os representantes dos

motoristas que trabalham no Uber também criticaram o teor do projeto original do governo. Eles criticaram por exemplo que aquela proposta não contemplava o maior seg-mento do aplicativo (o Uber X), que tem amplo apoio po-pular por praticar as menores tarifas. O distrital Raimundo Ribeiro concordou que "não tem como o Uber X ficar de fora da regulamentação". Ele

advertiu aos representantes de ambos os lados que, qual-quer proposta a ser aprovada amanhã, em plenário, deve colocar o Estado no controle de todo o sistema. "O interes-se maior a ser preservado é o dos cidadãos". Já o deputado Wellington Luiz (PMDB) disse que, se fosse preciso, morre-ria "abraçado com os taxistas. "Mas o interessante é que to-dos possam sobreviver e que saibam que vão ter que perder alguma coisa".

Uber é a pauta da Câmara na próxima semanaPressionados pela população e pelos taxistas, deputados devem apresentar um projeto alternativo ao enviado pelo Governo. Maior dificuldade é liberar o Uber X, categoria mais econômica do sistema de transporte individual de passageiros

7 DFÁGUASCLARAS 18 A 24 DE JUNHO DE 2016

Um militar das Forças Armadas de 23 anos bateu seu carro de fren-

te com um poste na Avenida Águas Claras na quarta-feira passada, 15 de junho. Segun-do a Polícia Militar, o condutor apresentava indícios visíveis de embriaguez.

O veículo se chocou com o poste, que caiu sobre o carro da pista contrária. Uma das partes do poste quebrou e fi-cou presa em fios elétricos. O motorista é das Forças Arma-das e se recusou a fazer o tes-te do bafômetro– o que rende multa de R$ 1.915 e suspensão do direito de dirigir. Segundo o Corpo de Bombeiros, o con-dutor estava sozinho no carro e foi transportado ao Hospital

Regional de Taguatinga (HRT). Ele estava deso-rientado, porém cons-ciente, estável e sem lesões aparentes. Ainda de acordo com a corpo-ração, o airbag foi acio-nado devido ao impacto da batida. O poste caiu em cima de um carro que estava no sentido contrá-rio, mas os dois ocupantes do veículo não se feriram.

Após o ocorrido, parte da quadra 301 ficou sem energia elétrica devido aos fios rompi-dos pelo poste.

Dois dias antes do aciden-te, membros da Associação de Moradores Amigos de Águas Claras (AMAAC) discutiam so-bre a necessidade de alteração

na velocidade da Avenida. Em reunião realizada com o Con-selho de Segurança (CONSEG), em junho, o ex-administra-dor regional regional Rubens Costa solicitou que houvesse um estudo de caso da Avenida Parque Águas Claras, local que possui acidentes corriqueira-mente devido ao excesso de velocidade.

Quadrilha do anabolizante presa em Águas Claras

Quatro homens que anunciavam e ven-diam anabolizantes

e suplementos alimentares proibidos foram presos na manhã de sexta-feira (17 de junho). Segundo informa-ções da Polícia Civil, eles co-mercializavam os produtos pelo Facebook, em lojas físi-cas e academias de Samam-baia e Águas Claras.

A ação foi resultado de uma investigação da Delega-cia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imate-rial (DCPIM), que durou cer-

ca de dois meses. Os agentes da corporação apreenderam centenas de anabolizantes, suplementos e termogênicos.

Todas as mercadorias, segundo a Polícia Civil, têm venda proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) no Brasil. A pena prevista para o crime de comércio e estoque de substâncias proibidas é de 10 a 15 anos.

Outro casoEm novembro do ano pas-

sado, a DCPIM prendeu cinco

pessoas acusadas de prati-car crime da mesma nature-za. A operação, batizada de

Centauro, ocorreu em Águas Claras, Taguatinga e no Su-doeste. À época, os crimino-

sos estavam com centenas de anabolizantes, seringas, termogênicos e dinheiro.

Eles comercializavam as substâncias pelo Facebook, lojas físicas e academias. Ação foi resultado de investigação que durou dois meses

DO METRÓPOLES

Militar bêbado e em alta velocidade derruba poste

Você conhece alguma Carta de Serviços do Governo do Distrito

Federal? Sabe como ela pode ajudar você?

A Ouvidoria-Geral, que lançou recentemente uma pesquisa de opinião, quer saber se de fato este im-portante instrumento de informação à população está chegando ao cidadão.

A Carta de Serviço ao Cidadão foi instituída pelo Decreto n°36.419 de 25 de março de 2015, com o objetivo de facili-tar e ampliar o acesso aos serviços públicos e estimular uma gestão participativa.

Por meio dela, é possível encontrar informações so-bre o funcionamento dos órgãos públicos e instruções acerca de como proceder em diversas situações.

O documento também fornece, por exemplo, orien-tações de como emitir autorização de funcionamento para estabelecimentos comerciais ou solicitação de ma-nutenção de limpeza urbana para a sua quadra, qual a documentação necessária, prazo de execução e em qual órgão realizar a solicitação.

Participe deste importante processo de aperfeiçoa-mento dos serviços prestados à sociedade.

Conheça a Carta de Serviços da Administra-ção Regional do Guará, disponível no endereço: www.brasilia.df.gov.br

Pesquisa quer aperfeiçoar Carta de Serviços ao Cidadão

Governo lança lista de serviços

O GOVERNO DE BRASÍLIA CONTINUA SEMOVIMENTANDO PARA COLOCAR TUDO EM ORDEM.

Por meio de obras e ações nas áreas de qualifi cação, alimentação e saneamento, Brasília está se tornando uma cidade ainda melhor para os seus moradores.

Acompanhe nosso trabalho e como está sendo investido o seu dinheiro. Trazer resultado para a sua vida é o que move o Governo de Brasília.

PORTAL DEQUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

• QUALIFICA.TRABALHO.DF.GOV.BR• 12.353 ALUNOS INSCRITOS

EM 21 CURSOS

REDUÇÃO DO PREÇO DAREFEIÇÃO PARA R$ 2,00

• INAUGURAÇÃO DO RESTAURANTE COMUNITÁRIO DO SOL NASCENTE

• NELE, A REFEIÇÃO CUSTA R$ 1,00 PARAOS INSCRITOS NO CADASTRO ÚNICO

• 1.900 REFEIÇÕES SERVIDAS POR DIA

430 MILHÕES DE REAIS INVESTIDOS EM OBRAS DE SANEAMENTO EM CORUMBÁ 4 E ÁGUAS LINDAS

• CONSTRUÇÃO DE REDE DE ABASTECIMENTO E DE TRATAMENTO DA ÁGUA QUE CHEGARÁ A SANTA MARIA E AO GAMA

• 600 MIL PESSOAS SERÃO BENEFICIADAS

CONSTRUÇÃO DE REDE DE ESGOTO E UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO EM ÁGUAS LINDAS

• PRESERVAÇÃO DO LAGO DO DESCOBERTO, QUE FORNECE 60% DA ÁGUA CONSUMIDA EM BRASÍLIA

www.brasilia.df.gov.br

9 DFÁGUASCLARAS 18 A 24 DE JUNHO DE 2016

Foi um sucesso a noite de autógrafos do livro Retratos & Memórias:

A Taguatinga objetiva de Ge-túlio Romão. Registrando a presença de cerca de 350 pessoas, entre elas, 20 dos ex-administradores, tema do primeiro volume da publica-ção que pretende ainda falar sobre a história da Associa-ção Comercial e Industrial de Taguatinga, Acit, dos clubes sociais e dos clubes de ser-viço que fizeram e fazem his-tória na cidade, dos centros escolares que movimentaram e movimentam a juventude taguatinguenses, dos concur-sos de misses, e de todos os momentos vivenciados pela cidade, capturados pelas len-tes de Getúlio Romão. O even-to aconteceu na noite de 16 de junho, quinta-feira, no Es-paço Cultural do UniCeub, no campus Taguatinga. E o livro contém a história dos feitos, e 770 fotografias que mostram a evolução da cidade a partir das realizações dos adminis-tradores que teve ao longo dos 58 anos de vida de Ta-guatinga.

Getúlio ficou radiante com a presença de todos. O autor registrou em suas redes so-ciais o fato e as fotos, “fiquei muito feliz com a quantidade de amigos que prestigiaram o evento, reunimos persona-lidades de Taguatinga... As fotos foram realizadas pelo meu sobrinho, Hermes Ro-mão Campos Júnior”, decla-rou Getúlio. Ao final, o autor constatou que, realmente, o lançamento do livro repre-sentava a realização de um sonho. Confessou, também, que está ansioso pelos pró-ximos volumes. A previsão do escritor, corretor imobi-liário, fotógrafos e pioneiro de Taguatinga é que, devido à quantidade de material fo-tográfico que possui, Retratos & Memórias terá pelo menos mais quatro volumes, embora Getúlio não tenha guardado nem 0,001% do seus regis-

tros. O segundo volume falará sobre o empreendedorismo da Acit, e já está em produção.

Todos os ex-administra-dores estavam igualmente envaidecidos, e declararam que ter sua história registra-da na obra de Getúlio Romão era também uma realização deles, e que Taguatinga pre-cisava de um livro es-crito pelo pioneiro, que sempre fotografou tudo o que acontecia na ci-dade, desde que chegou à Capital Federal, em dezembro de 1960, aos quinze anos.

Foi unânime a cons-tatação de que Getúlio é um grande cidadão taguatinguenses. Entre eles, o ex-administrador mais antigo presente (1962-1968), Francisco Mont’Alverne Pires, não escondia sua alegria, “além de estar tendo a oportunidade de rever muitos amigos, estou agradecido a Getúlio por ter realizado o so-nho dele, um sonho nos-so, de ter a história da nossa cidade contada por ele”, falou emocio-nado Mont’Alverne.

Ricardo Lustosa, o atual administrador (2015), comentou que

“foi com muita expectativa que ele recebeu a notícia de que o livro seria lançado, e que a noite se tornava repre-sentava mais um marco histó-rico para a cidade na qual ele nasceu, não me considero um pioneiro, mas sou herdeiro dessa cidade e a amo muito, por isso o slogan da minha

gestão é ‘Eu amo Taguá’, que é o que todos nós, filhos da cidade, sentimos por ela”, re-forçou Lustosa.

Um dos primeiros convi-dados a chegar, o ex-admi-nistrador Fernando Corassa (1970-1971), levou toda a fa-mília para o lançamento do li-vro, e todos se emocionaram

ao ver os painéis espa-lhados pelo salão, que não contavam apenas a história de Taguatinga, mas também as de sua família. A esposa de Fer-nando, Maria Alzira Dal-la Bernardina Corassa, que é irmã do engenhei-ro Adail Dalla Bernar-dina – ele e Fernando foram os responsáveis pela instalação de um dos maiores símbolos de Taguatinga, o Reló-gio da Praça, presente e lançamento exclusi-vo da Citzen no Brasil -, contou junto com os filhos João Vinícius Co-rassa e Fernanda Coras-sa Cunha, “era na Praça do Cruzeiro que o meu marido os levava para soltar pipa”, relembrou Alzira. A foto estava em um dos painéis coloca-dos no Espaço Cultural UniCeub.

Dos ex-administra-

do-res, estiveram

também presentes: o filho de Olympio Barbosa Filho (1974-1976, in memorian), Luciano Barbosa, represen-tando o pai, Vital Moraes de Andrade (1976-1979), An-tônio Valmir Campelo Be-zerra (1981-1985), Itamar Sebastião Barreto (1987-1988/1993), Walter José de Moura (1989-1990), re-presentado pela viúva Alda Abrahão e filhos, José Maria Gonçalves Coelho (1991-1992), Lauro Seabra Guima-rães (1993-1994), Ronaldo Seggiaro Almeida (1998), Valdemar da Silva Aguiar (1999-2003), José Humber-to Pires de Araújo (2004-2006), Geraldo Barbosa de Castro (2006), e Antônio Sabino de Vasconcelos Neto (2011/2014).

A Editora Kiron, respon-sável pela publicação, mon-tou um stand de vendas na noite de autógrafos, em que os presentes puderam adqui-rir o livro por R$ 65,00. Para quem não pôde estar presen-te ao evento, Retratos & Me-mórias já está disponível em todas as livrarias de Brasília, e também na internet, mais especificamente na Papela-ria Taguatinga, na CNG 5lote 4 - próximo ao Taguacenter, naLivraria e Papelaria Esco-lar, na CNB 1 lote 9 – Av. Co-mercial – centro e na Banca de Revistas da SQS 308 sul. O livro foi organizado pela Al-legra Comunicação & Marke-ting. Mais informações sobre Retratos e Memórias e sobre a vida de Getúlio Romão, e fo-tos, disponíveis na página do livro no Facebook.

Getúlio RomãoO Fotógrafo de Taguatinga lança seu primeiro volume de imagens contanto a história da cidade

DA GAZETA DE TAGUATINGA

RETRATOS & MEMÓRIAS: A Taguatinga Objetiva de Getúlio Romão Campos – 770 fotografias com os feitos dos 46

administradores que, em 58 anos, dedicaram-se a compor a vida e a história de Taguatinga.

Getúlio Romão (centro com o livro em mãos) reuniu autoridades, admiradores amigos no lançamento

11 DFÁGUASCLARAS 18 A 24 DE JUNHO DE 2016

Nos tempos atuais, com a competitividade e a concorrência em alta,

preço e qualidade já não são pontos isolados para decisão de compra. Estímulos estra-tégicos são muito bem-vindos para ajudar o seu cliente na aquisição do produto ou ser-viço.

Segundo a Revista O Negó-cio do Varejo, empresas que investem em marketing sen-sorial conseguem um incre-mento de 30% a até 50% das vendas já nos primeiros 30 dias de implantação das estra-tégias.

O Brasil já está em van-tagem quando os assuntos são visão e tato, pois o termo “olhar com a mão” é muito particular do cliente brasi-leiro. Seguindo esta linha, os nossos designers são espe-cialistas em criar embalagens inovadoras para destacar pro-dutos nas prateleiras, onde, geralmente, é visto uma pa-dronização de formatos a fim de minimizar os custos das indústrias. Mas quem investe garante que vale a pena.

Então, que tal pensar fora da caixa você também? Colo-que na ponta do lápis. Muitas vezes o risco calculado é mais viável do que as suposições que habitam sua mente.

Para alavancar vendas basta um pouco de criativi-dade para criar artifícios que se destaquem em meio a tan-tas opções e, assim, chamar a atenção dos clientes. Tudo para criar uma experiência de compra inesquecível!

Mas o marketing sensorial das áreas do tato e da visão vão muito além de moder-nas embalagens. As vitrines duplas, que tanto mostram o produto para quem está fora da loja quanto para quem está dentro da loja, são um chama-riz muito comum em lojas de livros. E todos sabemos que quando as grandes livrarias passaram a permitir a leitu-ra em suas lojas e criaram, gratuitamente, espaços para isso, as vendas aumentaram consideravelmente. Hoje, este modelo sensorial é adotado por livrarias de todas os tama-

nhos.Outro segmento que uti-

liza muito os recursos táteis e visuais é o de visual mer-chandinsing (setor especia-lizado em criar identidade e personalidade da loja a fim de convencer o cliente a comprar através da experiência senso-rial).

Lembre-se que não existe muito mistério para aplicar al-guns recursos estratégicos no seu negócio, por menor que ele seja. Por exemplo, recursos como acabamento, móveis, tapetes, cortinas, displays, mostruários e tudo mais que o cliente possa ter contato no momento da compra, conta para o processo. O mais im-portante de tudo é que seja uma experiência agradável e positiva.

O mesmo cabe para a visão. E não pense que ela é a mais fácil de aplicar porque não é. Um bom empresário sabe o que é bom para seu cliente e não para si. Pois um dos erros cruciais de comerciantes em geral é pensar que “se eu gos-to, meu cliente vai gostar”. Ou pior ainda, “se eu gosto, meu cliente TEM que gostar”.

Então, capriche no bom senso na hora de pintar uma parede, pensar na iluminação, disposição dos produtos e no uniforme dos funcionários. Sim! No uniforme. Na limpe-za. Na maquiagem. Na orga-nização. Tudo o que impactar visualmente o seu cliente é marketing sensorial.

Não esqueça que, talvez, aquela venda que você pode-ria ter feito nunca aconteceu apenas porque quando seu cliente chegou na porta do seu comércio pode ter visto algo que não tenha lhe agradado. E você, caro empresário, pode ter perdido um cliente mesmo antes de tê-lo ganhado.

Para que isso não aconte-ça, pense no seu negócio com carinho e nos seus clientes mais ainda. Veja que para in-vestir em marketing sensorial, o fato de pensar nos detalhes, já é um grande passo rumo ao sucesso. Não perca tempo e dê aquele “tchan” na sua loja ain-da hoje.

ROBERTHA FIGUEIREDO

#MarketingQuetransforMa

Marketing Sensorial (parte final) – “Olhando com a mão”

NEGÓCIOS

“Capriche no bom senso na hora de pintar uma parede, pensar na

iluminação, disposição dos produtos e no uniforme dos funcionários. Sim!

No uniforme. Na limpeza. Na maquiagem. Na

organização. Tudo o que impactar visualmente o seu cliente é marketing

sensorial.”