curso de pedagogia cristiane silva araújo giselda b.jordão...

12
1 Curso de Pedagogia O atendimento educacional especializado na classe hospitalar Call educational specialized in hospital class. Orientadores/nomes Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão de Carvalho Resumo Este artigo foi desenvolvido a partir de pequisas bibliógraficas sobre o atendimento educacional especializado na Classe Hospitalar no processo de aprendizagem do aluno hospitalizado. O estudo buscou apresentar a história da pedagogia nos espaços não escolares, neste caso no ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de práticas pedagógicas que estimulam as relações entre aluno paciente e profissionais de educação e saúde. O estudo teve como objetivo analisar a importância do atendimento pedagógico no ambiente hospitalar como recurso de manutenção do vínculo do aluno hospitalizado com o currículo escolar, e, como fator que minimiza o fracasso escolar decorrente do afastamento da escola por motivo de hospitalização. Para a realização desta análise optou-se por desenvolver uma pesquisa de natureza bibliográfica que favorecesse a compreensão da estrutura e dinâmica desse atendimento, bem como, os recursos e técnicas pedagógicas utilizadas, a forma de vinculo do atendimento escolar entre profissionais e família, e, ainda a formação profissional necessária para atuação neste serviço especializado. A partir deste estudo observou-se a importância do atendimento ofertado nas classes hospitalares para a continuidade do vínculo do aluno hospitalizado e o contexto escolar. Verificou-se também a importância de uma formação adequada para atuação nesta área, pois, somente um profissional devidamente qualificado e preparado poderá transitar entre a saúde e educação estimulando o aluno, a família e os profissionais de saúde a participar de atividades do cotidiano hospitalar de forma ludopedagógica. Sendo que este atendimento mais do que dar continuidade ao processo de escolarização dos alunos hospitalizados, promove a interação e a vinculação entre o aluno paciente e o ambiente escolar e hospitalar, despertando o desejo de aprender e consequentemente melhorando a s ua qualidade de vida e recuperação do quadro clínico. Palavras-chave: Pedagogia Hospitalar, práticas pedagógicas, ensino aprendizagem, escola e hospital. Abstract This article was developed from literature searches on specialized educational services in Class Hospital in the hospitalized student learning. The study aimed to present the history of pedagogy in non-school spaces, as in the case of Hospital Pedagogy, which develops through pedagogical practices that foster relationships between students and health professionals. Aimed to analyze the importance of educational care in the hospital as a link maintenance resource hospitalized student with the school curriculum, and as a factor that minimizes the school failure due to the school's expulsion by reason of hospitalization. For this analysis we chose to develop a bibliographical research favoring the understanding of the structure and dynamics of this service, as well as the resources and teaching techniques, how to bond the school attendance among professionals and family, and, even the training required to operate in this specialized service.

Upload: dangcong

Post on 10-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

1

Curso de Pedagogia

O atendimento educacional especializado na classe hospitalar

Call educational specialized in hospital class.

Orientadores/nomes

Cristiane Silva Araújo

Giselda B.Jordão de Carvalho

Resumo

Este artigo foi desenvolvido a partir de pequisas bibliógraficas sobre o atendimento educacional

especializado na Classe Hospitalar no processo de aprendizagem do aluno hospitalizado. O

estudo buscou apresentar a história da pedagogia nos espaços não escolares, neste caso no

ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de práticas pedagógicas que estimulam as

relações entre aluno paciente e profissionais de educação e saúde. O estudo teve como

objetivo analisar a importância do atendimento pedagógico no ambiente hospitalar como recurso

de manutenção do vínculo do aluno hospitalizado com o currículo escolar, e, como fator que

minimiza o fracasso escolar decorrente do afastamento da escola por motivo de hospitalização.

Para a realização desta análise optou-se por desenvolver uma pesquisa de natureza

bibliográfica que favorecesse a compreensão da estrutura e dinâmica desse atendimento, bem

como, os recursos e técnicas pedagógicas utilizadas, a forma de vinculo do atendimento escolar

entre profissionais e família, e, ainda a formação profissional necessária para atuação neste

serviço especializado. A partir deste estudo observou-se a importância do atendimento ofertado

nas classes hospitalares para a continuidade do vínculo do aluno hospitalizado e o contexto

escolar. Verificou-se também a importância de uma formação adequada para atuação nesta

área, pois, somente um profissional devidamente qualificado e preparado poderá transitar entre

a saúde e educação estimulando o aluno, a família e os profissionais de saúde a participar de

atividades do cotidiano hospitalar de forma ludopedagógica. Sendo que este atendimento mais

do que dar continuidade ao processo de escolarização dos alunos hospitalizados, promove a

interação e a vinculação entre o aluno paciente e o ambiente escolar e hospitalar,

despertando o desejo de aprender e consequentemente melhorando a sua qualidade de vida

e recuperação do quadro clínico.

Palavras-chave: Pedagogia Hospitalar, práticas pedagógicas, ensino aprendizagem, escola e hospital.

Abstract

This article was developed from literature searches on specialized educational services in Class Hospital in the hospitalized student learning. The study aimed to present the history of pedagogy in non-school spaces, as in the case of Hospital Pedagogy, which develops through pedagogical

practices that foster relationships between students and health professionals. Aimed to analyze the importance of educational care in the hospital as a link maintenance resource hospitalized student with the school curriculum, and as a factor that minimizes the school failure due to the

school's expulsion by reason of hospitalization. For this analysis we chose to develop a bibliographical research favoring the understanding of the structure and dynamics of this service, as well as the resources and teaching techniques, how to bond the school attendance among

professionals and family, and, even the training required to operate in this specialized service.

Page 2: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

2

From this study it can be concluded the importance of care offered in hospital classes for the

continuity of the hospitalized student relationship and the school context. It was also noted the importance of proper training for action in this area, because only a qualified and prepared professional may move between health and education encouraging the student, the family and

health professionals to participate in educational activities ludopedagógicas form which more than to continue the education process of students, promote interaction and connection between the patient and the hospital student school environment, awakening the desire to learn and consequently improving their quality of life and recovery.

INTRODUÇÃO

A pedagogia hospitalar busca oferecer atendimento educacional especializado para crianças e adolescentes,

em idade escolar, que passam pelo processo de hospitalização. Este atendimento tem como propósito apoiar o

paciente – aluno, nos aspectos educacionais, tornando o período de internação, que leva ao afastamento do

ambiente escolar, menos doloroso e mais humanitário, contribuindo desta forma para não prejudicar a continuidade dos seus estudos.

Em 2001, instituíram-se as Diretrizes Básicas Nacionais para a Educação Especial Básica (BRASIL, 2001),

o Conselho Nacional de Educação pela primeira vez, após a publicação da LDB 9394/96, sinaliza o atendimento educacional

à criança em tratamento de saúde que implique internação hospitalar. O artigo 13 deste documento indica a ação integrada

entre os sistemas de ensino e saúde, através de classes hospitalares, na tentativa de dar continuidade ao processo de

desenvolvimento e aprendizagem das crianças hospitalizadas.

O pedagogo, neste atendimento, tem como função organizar e desenvolver

as atividades para cada aluno hospitalizado, de acordo com o nível e etapa de ensino em que esteja regularmente matriculado.

Estimulando assim o vínculo escolar e garantindo o seu desenvolvimento intelectual e acadêmico, por meio de

atividades de escrita, leitura, matemática, jogos de regras, dentre outras.

Esta proposta de educação da à criança o privilégio de uma recuperação

mais aliviada, através de atividades lúdicas, pedagógicas e recreativas, além de prevenir o fracasso escolar produzido pelo afastamento da escola.

A primeira experiência de intervenção escolar em hospitais ocorreu na França em 1935, e posteriormente, na

Alemanha e Reino Unido. O crescimento se deu após a Segunda Guerra Mundial, quando alguns países da Europa,

receberam como consequência cruel deste conflito, crianças mutiladas e com doenças contagiosas como tuberculose.

No Brasil começou no Rio de

Janeiro em 1950 e depois foi ampliado, mas sem nenhum vínculo com a Secretaria de Educação. Com o tempo os diretores dos

hospitais foram procurando os órgãos responsáveis, na tentativa de regulamentar uma parceria. Neste movimento surge a

vinculação do atendimento em hospital com a Secretaria de Educação, passando a ser denominada “Classe Hospitalar”. Essa

modalidade é compreendida como um serviço da Educação Especial para atender crianças e adolescentes com necessidades

educativas curriculares especiais, por condições de limitações específicas de saúde, tendo como objetivo o

acompanhamento nas atividades escolares do aluno enquanto este estiver hospitalizado.

Portanto, este estudo teve como

objetivo analisar a importância do atendimento pedagógico no ambiente hospitalar como recurso de manutenção do

vínculo do aluno hospitalizado com o currículo escolar, e, como fator que minimiza o fracasso escolar decorrente do

afastamento da escola por motivo de hospitalização.

O interesse por esse tema se deu pela falta de conhecimento e também pela curiosidade encontrada na praticidade da

pedagogia hospitalar em um campo de difícil acesso tanto de matérias como de aprendizado. As atividades desenvolvidas

pelo pedagogo no ambiente hospitalar

Page 3: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

3

muitas vezes não são compreendidas pelos

os colegas de profissão, por isso é necessário que se estabeleça diálogo e parceria entre o professor da escola regular

e os profissionais de saúde. A pedagogia hospitalar se apresenta como uma nova alternativa de continuidade de estudos,

para a criança que se encontra doente e hospitalizada que não podem frequentar a escola. Esse trabalho é desenvolvi do

individualmente ou em pequenos grupos, sendo que o seu maior desafio é como o pedagogo trabalha nos espaços não

escolares que é o hospital e onde a criança através da escola e a equipe médica são encaminhadas a classe hospitalar.

Esta análise, além de constatar a

importância desse serviço especializado, possibilitou ainda, compreender as dificuldades enfrentadas pelos alunos em

processo de hospitalização para se adaptar ao ambiente hospitalar por um longo período, e, continuar mantendo o interesse

e o vínculo com a aprendizagem escolar. Bem como, verificar as atividades desenvolvidas e as competências e

habilidades necessárias aos profissionais para atuação neste serviço.

METODOLOGIA

Esta pesquisa foi de natureza qualitativa, que de acordo com Lakatos

(2003) trata-se de uma atividade da ciência sociais, que se interessa pela construção da realidade, sem no entanto a preocupação

com a quantificação . Sendo suas bases de análise de dados as crenças, valores, significados e outros construto profundos

das relações humanas não se reduzem à operacionalização de variáveis.

A natureza bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação, mapas,

imagens, manuscritos, etc. Este estudo foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica realizado por meios de livros ,

fontes virtuais de sites acadêmicos confiáveis e documentos de estudo caracterizados. A pesquisa bibliográfica tem a finalidade de:

“Colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou f ilmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que

tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas (LAKATOS, 2003, p.183).

O levantamento bibliográfico se dá

por meio de análise de artigos científicos, teses e dissertações na área, publicados no banco das teses da CAPES que analisa

as dissertações e faz o levantamento da educação nos hospitais (GIL, 1999 apud ZAIS 2007).

Neste artigo procurou-se lançar

questões acerca das classes hospitalares , as quais assumem a identidade educacional procurando dar continuidade ao

processo de ensino aprendizagem do aluno em situação de hospitalização.

Esta pesquisa possibilitou verificar a necessidade da educação nos hospitais e

da continuidade ao acesso à educação das crianças que distanciam-se da escola por estarem doentes.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Histórico

No Brasil, o atendimento educacional especializado em classes hospitalares, obteve avanços no processo

de humanização da assistência à criança no contexto da saúde, após a publicação da Lei N 8.069, em 1990, com a regulamentação

do Estatuto da Criança e Adolescente (BRASIL/MS, 1991). Este, em seu Art. 12, preconiza que os estabelecimentos de

saúde deverão ‘proporcionar condições para a permanência dos pais dos adolescentes’.

A literatura específica sobre o

atendimento pedagógico-educacional hospitalar não é vasta, mas aponta para o importante papel do professor junto ao

desenvolvimento, à aprendizagem e o resgate da saúde pelas crianças hospitalizadas (FABIANNA, 2010).

Segundo Campos (1995) consta

historicamente que a primeira instituição pública ou privada de classe hospitalar oferecia tratamento para doentes por meio

de atividades que estimulassem a criatividade. Segunda a autora, a área hospitalar passou por três grandes

revoluções que foi sua construção como espaço privilegiado para tratamento de doenças, o hospital como espaço de

promoção de saúde, prevenção de doença,

Page 4: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

4

do tratamento de enfermidades e formação profissional.

A Pedagogia Hospitalar é um campo diferente da Pedagogia tradicional, pois o meio hospitalar busca construir

conhecimentos sobre esse novo termo de aprendizado que contribui para o bem estar da criança enferma. O conceito da

“Pedagogia Hospitalar” e da existência de uma práxis pedagógica nos hospitais, confirma um saber voltado a

criança/adolescente envolvido em um processo de ensino-aprendizagem, que trás um leque de conhecimentos de apoio, em

que é justificada a Classe Hospitalar e a terminologia utilizada pelo Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial

(MEC/SEESP) que direciona o atendimento pedagógico educacional no hospital dando continuidade do aprendizado de disciplinas

curriculares com objetivo de atuar no combate ao fracasso escolar. Algumas crianças ficam internadas nos hospitais por

um longo período, ficando assim longe da escola e impedidas de acompanhar o ano letivo. É aí que entra a Pedagogia

Hospitalar, a qual desenvolve junto às crianças e adolescentes um trabalho de adaptação curricular, articulando o

contexto hospitalar às necessidades escolares do aluno hospitalizado, observando suas condições físicas e

emocionais.

As relações educativas, no atendimento hospitalar acontecem

sistemática ou assistematicamente , em que se distinguem diferentes processos sob o véu de um único nome: Pedagogia

Hospitalar.

Paula (2002,p.7) afirma que:

A partir destes

posicionamentos, pode-se verif icar o quanto se faz necessário o discurso coletivo no Brasil para construção de uma pedagogia em hospitais. É

possível observar que existem muitas indefinições no Brasil quanto à melhor forma de educação que venha ao

encontro dos interesses das reais necessidades para crianças hospitalizadas, tanto no hospital, como fora dele, tanto para crianças como

para professores. Há processo de construção de um saber específ ico para esta área.

O esforço das instituições

hospitalares abre um novo espaço para ação educativa na realidade hospitalar, e verifica-se a necessidade de uma

pedagogia especializada que melhor auxilie

a criança ou adolescente hospitalizada em idade escolar. O que se busca aqui é uma junção mais organizada da Pedagogia

Hospitalar com a práxis pedagógica, a fim de ampliar questões para fundamentar os aspectos técnicos com vistas a melhorar o

aprendizado sob um eixo social e sobretudo ético, centrado na pessoa.

O desenvolvimento de uma

consciência crítica que permite ao homem transformar a realidade se faz cada vez mais urgente. Na medida em

que os homens, dentro de sua sociedade, vão respondendo aos desafios do mundo, vão temporizados os espaços geográficos e vão fazendo

história pela sua própria atividade

criadora(Matos,2009).

O desafio da Pedagogia Hospitalar

é estimular a criança a desenvolver suas habilidades no campo onde se encontra hospitalizada, buscando levar conforto

emocional no seu cotidiano, e, assim ajudando a criança a interagir com o meio de uma forma mais harmônica. O

profissional ajuda a criança a lidar com outras barreiras que são encontradas no cotidiano, como por exemplo: como lidar com outra criança com limitações

diferenciadas que acorda, almoça e vivenc ia experiências junto com ela?

Segundo Freire (1996) é importante

lembrar que o professor tem papel fundamental em estimular as relações da criança com o atendimento e sua interação

com outras crianças afim de proporcionar processo educativo. A práxis pedagógica tem como função conduzir a criança na

construção de histórias a fim de desenvolver uma atividade sistematizada, com o uso de brincadeiras, livros didáticos, através do

qual o professor possa estabelecer, de forma lúdica e didática, um “link” com temas do quadro clínico da criança, como

por exemplo diabetes, o que é insulina e para que serve ou onde está o pâncreas etc. Isto pode despertar na criança interesse

pelas disciplinas e melhorar o aspecto relacional com a sua saúde. Assim podemos entender a Pedagogia Hospitalar

e como é diferenciada da Pedagogia Tradicional no meio hospitalar, que busca construir conhecimentos sobre essa novo

campo de aprendizado que vem contribuindo para o bem estar da criança enferma.

Page 5: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

5

Desde (1994), a legislação

brasileira garante o atendimento ao público especial para supri a carência da educação de jovens e crianças hospitalizadas em

tratamento domiciliar. A pedagogia Hospitalar foi regulamentada pelo MEC em (2002), mas existem obstáculos a serem

vencidos pelo profissional deste ramo. Entrar em um campo hospitalar é algo desafiador para os educadores, pois exige

esforço maior com conhecimentos e habilidades. O trabalho do profissional no ambiente hospitalar também serve para

auxiliar nos conteúdos, dúvidas e avaliação de crianças e jovens enfermos, servindo de ponte entre educando família e saúde.

Existem registros do trabalho educacional realizado em hospitais desde (1931) no Brasil, iniciado na Santa Casa de

Misericórdia em São Paulo, cujo os arquivos datam do período de 01/08/1931 a 10/12/1932 (MAZZOTA, 2005).

A definição da escolarização indica uma transposição de atividades realizadas no espaço escolar para o hospital, tendo em

vista a necessidade de estruturar o sistema deste atendimento, ampliado esta definição e as suas ações políticas necessárias.

Em 2002 o Ministério da Educação (MEC) publicou um documento para essa modalidade de ensino com o título de Classe

Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar com estratégias e orientações (BRASIL ,2002). Com isso tem-se

um atendimento em hospitais pediátricos, onde é necessária uma prática pedagógica, resolução 02 CNE/MEC/Secretaria de

Estado da Educação – Departamento de Educação Especial,datada em 11 de setembro de (2001), determinada

expressamente na implantação de Hospitalização Escolarizada, com a finalidade de atendimento pedagógico aos

alunos com necessidade especiais e é nesse cenário que tende-se demanda de atendimento em hospitais, em que se faz

necessário novas práticas pedagógicas para alunos com necessidades especiais e organizações de cursos acadêmicos

destinados a atender a essa nova classe :

Por outro lado, o direito à saúde,segundo a Constituição

Federal (Art.196), deve ser garantido mediante políticas econômicas e sociais que

visem ao acesso universal e igualitário ás ações e serviços,

tanto para sua promoção

quanto para sua proteção e recuperação. Assim, a qualidade do cuidado em

saúde está referida diretamente a uma concepção ampliada em o conhecimento

ás necessidades de moradia, trabalho e educação entre outras, assume relevância para

compor a intenção integral. A integralidade é, inclusive, umas das diretrizes de organização

do Sistema Único de Saúde, definido por lei (Art. 197) (MEC, 2002).

Com o tempo surgem projetos inéditos que levam a execução, como: “Sala de Espera”, “Enquanto o Sono não vem”,

“Mural interativo”, e “Inclusão digital”, todos já estendidos a hospitais congêneres, o que aproxima o conceito aberto a posteriores

complementações. A Pedagogia Hospitalar se aproxima das áreas especializadas da pedagogia tradicional e abarca também as

propostas curriculares das instituições de ensino superior. Sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de

Pedagogia cabe destacar esta alternativa e processo 23001.000188/2005,de 13/12/05, que apresenta um primoroso documento o

qual inclui a formação em espaços não escolares formais, destacando a preparação prática em ambiente hospitalar

para o atendimento pedagógico.

A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 formalizou o

funcionamento das classes hospitalares, determinando aos governos a garantia do atendimento educacional especializado e

gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular. O Conselho Nacional de Educação

no artigo 13 da Resolução no 2, trata da obrigatoriedade do sistema que utilizou a nomenclatura “ Classe Hospitalar” como

base do sistema de ensino da ação integrada com o sistema de saúde que implique internação hospitalar e

atendimento ambulatorial prolongada em domicílio.

No artigo 59 da nova LDB (Lei de

Diretrizes e Bases) destaques:

Os sistemas de ensino assegurarão aos educadores com necessidades

especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e

Page 6: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

6

organizações especif icam para atender

as suas necessidades (LDB, 1996).

As crianças internadas merecem total atenção durante o tempo em que

estiverem hospitalizadas. Assim, a Educação Especial deve ser vista no contexto geral da educação. É de

fundamental importância uma lei dedicar um capítulo a educação especial, é digno de registro sem dúvida, porque ela significa um

grande avanço á legislação anterior como um currículo que se adapte a realidade dando importância no planejamento que

produz uma visão política em um espaço de luta cultural.

Cada criança hospitalizada tem sua

particularidade, e isso deve ser analisado a fim de proporcionar uma intenção social de melhor qualidade de vida, preservando sua

integridade física e emocional dentro dos limites que a propõe. Segundo Mugiatti (2006), o atendimento pedagógico

promove desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos pacientes na perspectiva de uma humanização hospitalar.

Podemos respeitar e levar em consideração a criança hospitalizada, a qual terá um grande desafio para desenvolver

suas potencialidades, sob fortes pressões psicológicas e físicas, de forma organizada.

Assim sendo, é de suma

importância o papel dos pais junto ao professor no hospital, numa atuação interativa e dinâmica. O professor deve fazer

uma ponte entre a equipe médica e os educandos para que a família se sinta mais segura sobre a situação da criança, para

isso o tratamento vem ampliando a rede de relações dentro do hospital (ORTIZ, 2001, p. 63).

Infelizmente alguns profissionais não valorizam a Pedagogia Hospitalar. Nos últimos anos houve um progresso

incontestável que facilitou o trabalho dos profissionais da saúde da área da Ciências Humanas, como os da Assistência Social e

os da psicologia, enfermeiros, médicos e nutricionistas, em geral. O hospital vê os professores como refreadores que

promovem brincadeiras para melhorar o cotidiano da criança hospitalizada, no acompanhamento pedagógico.

Historicamente percebeu-se que alguns profissionais de saúde interromperem a atividade do educador, tratando mal as

crianças na durante a realização de exames

e medicações. Como nos fala Rodrigues (2012), hoje isso não acontece mais. Os profissionais da saúde respeitam os

horários e os limites de cada paciente. A partir as ações do educador no ambiente hospitalar, novas formas de comunicação

entre os profissionais de saúde e as crianças começam a ser estabelecidas, por meio de brincadeiras que envolvam os

materiais como : operação, injeção, engolir remédios com gosto “ruins”, morte do seu bichinho, da perda de uma pessoas

próxima, como se vivesse um faz de contas. Tornando situações traumáticas e dolorosas vividas pelos os coleguinhas, ou

dela mesma, em momentos de partilha.

Uma das formas da criança expressar seus sentimentos é através dos

brinquedos e materiais disponíveis. Nas classes hospitalares, a criança hospitalizada cria seu próprio mundo, onde ela se torna

inatingível mesmo acometida por patologias severas, tornando a aula menos cansativa dentro do hospital. Dependendo da

internação da criança, seja quinzenal ou não, o hospital possui enfermaria pediátrica onde o professor irá desenvolver um

trabalho escolarizado do tipo proposto pela Classe Hospitalar em seu sentido estrito de escolarização.

Segundo Amorim, (2004) Enquanto a criança tenta se familiarizar com o universo hospitalar, o qual é completamente

estranho e assustador. Assim a Pedagogia Hospitalar sugere um trabalho em que o professor desenvolva com os alunos

atividades lúdicas de reconhecimento de espaço, de sua doença e de si própria. De acordo com Mazotta (2005), caso a criança

permaneça hospitalizada por muito tempo é preferível atividades mais parecidas com o cotidiano escolar. Isto irá ajudar no universo

hospitalar, pois o desejo de aprender e viver com a criança doente trás para o educando uma referência da sua infância que foi

deixada do lado de fora do hospital. É de suma importância o educando cuidar para que a criança não perca sua identidade no

espaço hospitalar.

Segundo Fontes e Vasconcellos (2007) o professor precisa ser um pesquisador da

sua prática, principalmente na Pedagogia Hospitalar, em que há uma pequena produção literária sobre o assunto. Precisa

refletir construir, escrever, para conceituar essa prática. Assim, o professor deve

Page 7: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

7

identificar o meio onde se está trabalhando

e qual o público.

O professor precisa estar sempre atualizado na construção da prática e do

direito ao atendimento educacional para crianças e adolescentes hospitalizados. A legitimidade desse serviço, como já dito

anteriormente, está prevista na Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional (n. 9.394/96). Em dezembro de (2002), foi

lançado pelo Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação Especial, um documento fixando estratégias

e orientações para organização do atendimento educacional domiciliar e nas classes hospitalares.

O educador da Classe Hospitalar deve contar com a participação da família para o contato com a instituição

educacional da qual a criança hospitalizada é matriculada, para a troca de informações em relação às atividades

curriculares a serem desenvolvidas, facilitando o elo entre a escola e a classe hospitalar. Nesse encontro o profissional

da classe hospitalar mantém contato com o professor da Instituição Educacional, da qual o aluno está matriculado, para obter

informações do planejamento adequado para evitar interrupções da continuidade do ensino –aprendizagem, e com isso,

contribuir com a permanência do aluno no hospital.

De acordo com Mendes (2004)

para evitar a interrupção e dar continuidade à sequência das experiências escolares durante a permanência do aluno no hospital,

o professor regente faz uma adequação da proposta curricular do conteúdo ministrado neste período a ser desenvolvido na classe

hospitalar.

Para atuar neste campo o professor deve ser formado em pedagogia, em

educação especial e ter noções sobre doenças e condições psicossociais vivenciadas pelo educando, a fim de

identificar as necessidades educacionais especiais dos educados que não podem está na escola. O professor deverá

submeter a entrevista com a direção do ensino especial, cumprindo a carga horária de 40 horas semanais. O importante nesse

momento é o reconhecimento da aprendizagem no ambiente hospitalar que é passível de erros e acertos aberto as novas

alternativas fundamentada em princípios humanizados e científicos, considerando a

situação emergencial em que se encontra o

aluno enfermo (FREITAS e ANDRADE, 2001).

2.2 Compreendendo o atendimento pedagógico no ambiente hospitalar

Segundo o MEC a Classe Hospitalar é um ambiente que possibilita o atendimento

educacional de crianças e jovens internados que precisam de educação especial e que estejam em tratamento hospitalar (BRASIL,

1994). A presença de professores nos hospitais para escolarização das crianças internadas contribui para diminuição do

fracasso escolar e do elevado índice de evasão e repetência que acometem essa clientela em nosso país.

As atividades pedagógicas da

criança enferma passam por duas análises. A primeira fala do lúdico como canal de comunicação com a criança hospitalizada

procurando fazê-la se esquecer alguns instantes do ambiente agressivo no qual se encontra. As sensações e experiências da

infância vivida anteriormente são resgatadas no trabalho desenvolvido no hospital, que muitas vezes passa por

despercebido por alguns profissionais , deixando a criança irritada e nervosa. A segunda trabalha a hospitalização de forma

lúdica, como um campo de conhecimento a ser explorado. Umas das propostas do atendimento pedagógico é reduzir o trauma

e o medo que a criança possa ter desenvolvido por meio de práticas e rotinas vividas nos hospitais, os quais paralisam as

ações e cria resistência ao tratamento. Com tempo o profissional desenvolve trabalhos para acabar com as dificuldades da criança

e cria um espaço de confiança naqueles com que atuam.

Para os objetivos serem alcançados, as classes hospitalares devem

vincular-se por meio de convênios junta às secretarias de educação e saúde, para desenvolver um atendimento de

aprendizado com planejamento e metodologia.

A legislação que rege nosso país, dentre ela o Estatuto da Criança e

Adolescente, reconhece como “direito de recreação e programas de educação para saúde, acompanhado do currículo escolar

durante sua permanência hospitalar “ (BRASIL, 1995). Este estatuto surgiu em

Page 8: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

8

decorrência da preocupação da Sociedade

Brasileira de Pediatria em listar uma série de necessidades de atenção à criança ou adolescente que requerem cuidados de

saúde em condição de internação hospitalar (MUNHÓZ e ORTIZ, 2006, p.69).

Em nossa sociedade vemos crescer cada vez mais a necessidade que a criança

tem, em diferentes contextos, da mediação de um profissional que acompanhe nos conteúdos de aprendizagem intelectual

como também físico e emocional, como afirma Fontes (2005):

Por esses motivos que “os pedagogos precisam preparar-se para diversidade

de espaços que se ofereceram ao seu trabalho”. Antigamente, o trabalho do pedagogo era atrelado apenas à prática docente em escolas, porém,

tem-se tornado cada vez mais evidente a necessidade da presença destes profissionais em outros espaços como

parques, museus, bibliotecas, empresas e também nos hospitais. E para essas novas práticas, os pedagogos precisam estar qualif icados e preparados (FONTES, 2005, p. 21).

As formas de atuação nos hospitais apresenta um trabalho pedagógico diferente que é estimulado a compreender, explicar e construir uma proposta educacional que

contribua com o bem estar do paciente em processo de escolarização . É esse trabalho especializado que vem ampliando o

cotidiano da criança hospitalizada que chamamos de Pedagogia Hospitalar.

2.3 Contribuições do atendimento hospitalar para que o paciente possa

manter o interesse o vínculo com aprendizagem escolar

A missão do professor é ajudar na socialização da criança hospitalizada,

dando prosseguimento à sua aprendizagem. Além de oferecer assistência no desenvolvimento afetivo, cognitivo e

emocional destas crianças. A pedagogia hospitalar, de acordo com Oliveira (2008), proporciona o desenvolvimento emocional e

cognitivo das crianças internadas , envolvendo ações que possuam programas apropriados e disponíveis de cada interno.

O educador deve transformar

situações e atitudes das crianças hospitalizadas em um ambiente organizado e estimulador à aprendizagem. O educador

desenvolve o atendimento individualmente

ou em pequenos grupos, no leito ou em

espaço específico. A equipe médica é também encaminhada à classe hospitalar para formar uma pareceria junto aos educandos.

2.4 Formação profissional necessária para atuação atendimento de Classe Hospitalar.

O profissional da Pedagogia trabalha em vários campos da educação

formal e não formal. Esses campos podem ser ampliados com especialização ou cursos complementares, os quais podem

abrir novas possibilidades de trabalho, como empresas, ONGs, hospitais, com vistas a trabalhar melhor com crianças especiais.

O educando tem que ser capaz de

fazer a criança enxergar no outro, algo semelhante a ela, fazendo disso um processo educativo que não esteja atrelado

diretamente ao conteúdo curricular. Também tem que criar pontes entre profissionais da saúde e a família tornando-

se um ramo especializado da pedagogia que é parte integrante das ultimas proposta curriculares das instituições de ensino superior.

Segundo Libâneo(1998, p. 127) o campo de atuação do pedagogo é amplo. Não se reduz à gestão, supervisão e

coordenação das escolas. O pedagogo pode atuar em pesquisa, na definição de políticas educacionais, no meio social, nas

empresas, nas várias instâncias da educação de adultos, nos serviços de psicopedagogia e orientação Educacional,

serviços para terceira idade, serviços de laser e animação cultural, na televisão, na rádio, na produção de vídeos, filmes,

brinquedos, nas editoras, na qualificação profissional, bem como em espaços hospitalares.

O educador que trabalha no

hospital precisa estar preparado para lidar com os alunos hospitalizado e suas vivências. É preciso identificar a

necessidade dos alunos, modificar e adaptar-se aos currículos para uma melhor aprendizagem. É necessário que o

educador tenha formação em Pedagogia com Pós-graduação em Educação Especial, em alguns poucos lugares exige também

especialização em Pedagogia Hospitalar para atuar na classe hospitalar.

Page 9: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

9

É muito importante que o educando

apoie as crianças nas rotinas de medicação, exames e cirurgias. Assim o professor consegue desenvolver seu ensino com mais

segurança, outro ponto crucial é a participação em cursos complementares sobre cuidados com paciente, humanização e psicologia hospitalar.

A práxis pedagógica nesse espaço exige dos profissionais, flexibilidade na atuação da classe hospitalar, em que se

requer mais compreensão para peculiaridades do que em outras instituições.

CONDERAÇOES FINAIS

O objetivo da pesquisa foi

alcançado, uma vez que possibilitou maior entendimento sobre a estrutura e o funcionamento das classes hospitalares na educação brasileira.

O artigo foi desenvolvido e distribuído em capítulos, que por meio da pesquisa bibliográfica foram suprimindo as

questões propostas nesta pesquisa , afim de responder aos objetivos propostos.

Verificou-se assim , que este atendimento é realizado de forma

diferenciada e adequada à realidade da instituição de saúde em que ele ocorre. Tendo, contudo, um eixo básico no

desenvolvimento das suas atividades, as quais têm como foco a melhoria da qualidade de vida do aluno hospitalizado, e,

a manutenção dos vínculos educacionais no ambiente hospitalar, de forma a favorecer o seu retorno à escola.

Para atuar neste atendimento, o

professor deverá ter formação pedagógica, preferencialmente em educação especial ou em curso de pedagogia, bem como ter

noções sobre as questões psicossociais vivenciadas pelos educandos, seu público-alvo.

O atendimento da Classe

Hospitalar tem como objetivo a inclusão. Esse processo pode ser flexibilizado, no

entanto não significa usar brinquedos sem a

promoção de atividade pedagógica que vise a aprendizagem. O professor da classe hospitalar deve ter como meta ressignificar

o espaço do hospital junto à criança, buscando promover sua saúde. Ele é o mediador do conhecimento nesse momento

tão especial na vida das crianças. Deve favoreceu ainda o reconhecimento dos métodos e técnicas utilizados pelos

professores para dar continuidade nas atividades pedagógicas, tais como: o lúdico e as atividades que envolvem o brincar, o

brinquedo, o esporte e os jogos. Sendo expressão típica da infância, a ludicidade tem uma contribuição fundamental para a

formação da criança, indispensável a sua saúde, física, emocional e intelectual.

Constatou-se ainda que as crianças têm um aprendizado de acordo com seu

próprio tempo. Não há nenhum tipo de imposição para se cumprir as tarefas. Os professores devem atuar neste atendimento

como mediadores. Percebe-se que quando em atendimento escolar, as crianças não reclamam dor e demonstram satisfação.

Além de se observar reações positivas, quando elas ficam imersas ao mundo letrado e realizando atividades de forma

lúdicas. Os professores adaptam brinquedos, jogos e atividades de acordo com interesse das crianças,

contextualizando-os com o ambiente hospitalar e o quadro de saúde das crianças. Além disso, buscam construir

conhecimentos relacionados à área médica e isso facilita sua prática pedagógica.

Pode-se, portanto, concluir que este atendimento ainda requer muitas

melhorias e investimentos por parte dos gestores na área de saúde e educação. Bem como oferta de cursos específicos

para suprir as lacunas na formação de docentes interessados em atuar nesta área. A certeza que fica é que este serviço

é muito importante para o aluno que se encontra em situação de hospitalização, pois quando a criança chega à classe

hospitalar sente-se como se entrasse em um mundo mágico, onde nada pode atingi-la.

Page 10: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

10

REFERÊNCIA BIBLIÓGRAFICA

AMORIM -Pedagogia da Educação Hospitalar/Direitos da criança e do adolescente

Hospitalizados/ SP 2004 p. 75

BARTOLOMEU, Tereza Angélica. Identificação e avaliação dos principais fatores que

determinam a qualidade de uma lavanderia hospitalar – um estudo de caso no setor de

processamento de roupas do Hospital Universitário da UFSC. Florianópolis,

1998.Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção. PPGEP/UFSC.

BRASIL. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica. Resolução

CNE/CBG N 2 DE 11/09/2001. Diário Oficial da União 1777 seção IE de 14/09/2001.p. 39-40.

Brasília- DF : Imprensa Nacional. 2001.

CAMPOS TERESINHA C. P. Psicologia Hospitalar : a atuação do psicólogo em hospitais. São Paulo: EPU,1995.

CECCIM, Ricardo Brug : CARVALHO, Paulo R. Antonanci. Crianças Hospitalizada :atenção integral como escuta á vida. Porto Alegre. Editora da UFRGS,1997.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -CNE- no artigo13 Resolução n 2 ,2001.

CLASSE HOSPITALAR : atendimento pedagógico-educacional á crianças e ao adolescente hospitalizado. Home page no site http:// www2.uerj.br/escolahospitalar.1997;2001;2003

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS – DCN- Processo 23001.000188/2005,de 13/12/05.

ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE – ECA -1990 lei n 8069,Art 12 Brasil 1991/ Lei N° 8.069, em 1990, Art.12oo.

ESTATUTO DA CRIANÇA DO ADOLESCENTE HOSPITALIZADA -ECA – Direito a recreação e programas de educação para saúde, 9-acompanhado do currículo escolar durante a permanência no hospital, Brasil, 1995.

FONSECA E.S.;CECCIM R.B l- Atendimento pedagógico educacional hospitalar: promoção do desenvolvimento psíquico e cognitivo da criança hospitalizada R.J./PR 1997/1999.

FONSECA. Eneida Simões . A situação brasileira do atendimento pedagógico educacional hospitalar. Educação e Pesquisa. São Paulo, v.25, p. 177- 129, jan/jun.1999

FONTES REJANE. Dissertação de mestrado em educação Faculdade de educação Universidade Federal. - A escuta pedagógica á criança hospitalizada : discutindo o papel da educação no hospital de Fluminense Niterói 2003.

FREIRE,P.- Pedagogia da Autonomia: Saberes necessárias á prática educativa . São Paulo: Paz e Terra. 1996

FREITAS M.T apud ANDRANDE JAQUELINE – Pedagogia Hospitalar. a humanização integrando educação e saúde. 4. Ed – Petrópolis,

RJ: vozes 2001

GIL A.C apud ZAIS M. – Métodos em pesquisa social em exclusão escolar das crianças e adolescentes. São Paulo,1999/2007.

GONÇALVES A.G.- Poesia na escola e nos hospitais : Texto contextos de crianças e adolescentes hospitalizados, S.P. 2001.

Page 11: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

11

LAKATOS EVA MARIA;MARCONNI MARINA DE ANDRADE- Fundamentos de metodologia

cientifica. São Paulo : Atlas 1991/1991.

LEI DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL -LDB -( n 9.394/96 - MEC/SEE – Art.

59 ).

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 1994/LIMA R.M.D- Efetivação do direito á educação para crianças e adolescente com deficiência física de Fortaleza: Análise Jurídica 2015.

LIBANEO J.C.- Pedagogia ,Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (org). São Paulo; Cortez,1996.

LÍBANEO J.C. -Pedagogia e pedagogos, para que? São Paulo: Cortez 2005/PIMENTA S.G.- Formação de profissionais da educação: visão crítica e perspectiva de mudança. Educação e sociedade , Campinas 1999.

FREITAS M.T apud ANDRANDE JAQUELINE – Pedagogia Hospitalar. a humanização integrando educação e saúde . 4. Ed – Petrópolis,

RJ: vozes 2001 MATOS, Elizete L. M; MUGIATTI, Margarida M. T. de Pedagogia Hospitalar:

a humanização integrando educação e saúde. RJ: Vozes, 2006. MATOS E. L. M. Pedagogia Hospitalar. a humanização integrando educação e saúde . 4. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes,2009

MAZZOTA M.J.S.- Educação Especial no Brasil história e políticas públicas .São Paulo : Cortez ,2005.

MENDES, E.G. Construindo um “lócus” de pesquisa sobre inclusão escolar .In : MENDES, E.G.; ALMEIDA, M.A.; WILLIAMS, L.C. de. Temas em educação especial: avanços recentes. São Carlos: Edu.UFSCAR, p. 221-230, 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC -BRASIL 1994/ Classe hospitalar/Atendimento pedagógico domiciliar – Brasil 2001

MUNHÓZ MARIA ALCIONE ;ORTIZ LEONI C. M.- Um estado da aprendizagem e

desenvolvimento de crianças em situação de internação hospitalar . Revista Educação fluminense Niterói, 2003 : pessoa, saúde e educação, Editora : PUC. Porto Alegre- RS ,abril 2006.

NÓVOA apud OLIVEIRA G. FABANNA -Universidade do vale do Itajaí S.C.- Pedagogos que atuam no hospital de Itajaí de 1995/2010.

PAULA ERCÍLIA M.A.T. -crianças e professores em hospitais: aprendizagens especiais diversidades dos contextos em hospitais .In igualdade na educação e diversidade. Goiana Maio 2002 e 2007.

POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL-PNEE- Resolução n.41, de 1995/ POLITICA NACIONAL BRASILEIRA -PEB – 1994 Classe hospitalar

RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001/RESOLUÇÃO 02 CNE/MEC/Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Especial,datada em 11 de setembro de 2001

RODRIGUES, Janine Marta Coelho. Classes Hospitalares: o espaço pedagógico nas unidades de saúde . Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.

Page 12: Curso de Pedagogia Cristiane Silva Araújo Giselda B.Jordão ...nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · ambiente hospitalar, que se desenvolve por meio de

12

TRIVINOS apud FABIANA 1995,A.N.S. – Introdução á pesquisa em ciências sociais : A pesquisa qualitativa em educação. São Paulo, Atlas 1987.

ZAIS ELISMARA–Universidade Estadual de Ponta Grossa PR. A produção acadêmica sobre práticas pedagógicas em espaços hospitalares : Análise de 38 teses de 2000 a 2007.