a importÂncia da Ética profissional na relaÇÃo...

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1 Curso de Gestão de Recursos Humanos Artigo Original A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA PROFISSIONAL NA RELAÇÃO EMPRESARIAL DO SETOR DE PRODUÇÃO: UM ESTUDO NA UNIFORMES ARAGUAIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS TÊXTEIS LTDA. The importance of professionalethics inthe employee relationship to the employer’s manufacturing sector: A case study in theAraguaiaIndustryand TradeTextile Products LTDA. Alice dos anjos Nunes 1 , Luis Carlos Spaziani 2 1 Aluna do curso de Gestão de Recursos Humanos 2 Professor Mestre do Curso de Gestão de Recursos Humanos Resumo Este artigo aponta a relevância da ética profissional na relação empresarial, abordando a importância de se manter um relacionamento ético no contexto empresarial atual. A pesquisa foi realizada em Brasília-DF, na Araguaia Indústria e Comércio de Produtos Têxteis LTDA, e teve por objetivo analisar a percepção do empregado sobre a importância da ética para o sucesso empresarial. Para isso a metodologia aplicada foi revisão bibliográfica, para a construção da base teórica, e pesquisa de campo, para a coleta dos dados mencionados nesse trabalho. Obteve-se como resultado que a maioria dos empregados de maneira ética, ainda que alguns não tenham conhecimento da real necessidade da ética nesse contexto, e que, quando esclarecidos sobre as normas éticas empresariais, os colaboradores percebem que, assim como qualquer outra relação social, são elas que proporcionam um ambiente propício às relações empresariais e que sem as quais dificilmente a empresa avançaria. Palavras-chave: Ética, Comportamento, Organização. Abstract This article points out the importance of professional ethics in the business relationship, addressing the importance of maintaining an ethical relationship in the current business environment. The survey was conducted in Brasilia, the Araguaia Industry and Trade LTD Textile Products, and aimed to analyze the perception of the employee on the importance of ethics for business success. To that the methodology used was literature review, to build the theoretical basis, and field research to collect the data mentioned in this work. This yields the result that most employees in an ethical manner, although some have no real need for ethics knowledge in this context, that when informed about the business ethics standards, employees realize that, like any other social relationship , they are providing an environment conducive to business relations and that without which hardly the company would advance. Keywords: Ethics, Behavior, Organization. Contato: [email protected], [email protected] Introdução A ética trata do comportamento do homem, da relação entre sua vontade e a obrigação de seguir uma norma, do que é o bem e de onde vem o mal, do que é certo e errado, da liberdade e da necessidade de respeitar o próximo. Esse estudo foi construído com o intuito de entender como as empresas se comportam com as normas éticas no ambiente de trabalho. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi analisar a visão do empregado sobre a importância da ética para o sucesso empresarial. Assim, essa pesquisa se justifica pelo grande desafio que as organizações têm em cumprir as normas éticas internas. Organização De acordo com CHIAVENATO (2005, p.24) “uma organização é um conjunto de pessoas que atuam juntas em uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um propósito comum. As organizações são instrumentos sociais nos quais muitas pessoas combinam esforços e trabalham juntas para atingir objetivos que jamais poderiam fazê-los isoladamente. O autor salienta, ainda, que as pessoas cooperam entre si de maneira racional e intencional, alcançando objetivos e proporcionando resultados ampliados e expandidos que,

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Curso de Gestão de Recursos Humanos Artigo Original

A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA PROFISSIONAL NA RELAÇÃO EMPRESARIAL DO SETOR DE PRODUÇÃO: UM ESTUDO NA UNIFORMES ARAGUAIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS TÊXTEIS LTDA. The importance of professionalethics inthe employee relationship to the employer’s manufacturing sector: A case study in theAraguaiaIndustryand TradeTextile Products LTDA. Alice dos anjos Nunes1, Luis Carlos Spaziani2 1 Aluna do curso de Gestão de Recursos Humanos 2 Professor Mestre do Curso de Gestão de Recursos Humanos

Resumo Este artigo aponta a relevância da ética profissional na relação empresarial, abordando a importância de se manter um relacionamento ético no contexto empresarial atual. A pesquisa foi realizada em Brasília-DF, na Araguaia Indústria e Comércio de Produtos Têxteis LTDA, e teve por objetivo analisar a percepção do empregado sobre a importância da ética para o sucesso empresarial. Para isso a metodologia aplicada foi revisão bibliográfica, para a construção da base teórica, e pesquisa de campo, para a coleta dos dados mencionados nesse trabalho. Obteve-se como resultado que a maioria dos empregados de maneira ética, ainda que alguns não tenham conhecimento da real necessidade da ética nesse contexto, e que, quando esclarecidos sobre as normas éticas empresariais, os colaboradores percebem que, assim como qualquer outra relação social, são elas que proporcionam um ambiente propício às relações empresariais e que sem as quais dificilmente a empresa avançaria. Palavras-chave: Ética, Comportamento, Organização. Abstract This article points out the importance of professional ethics in the business relationship, addressing the importance of maintaining an ethical relationship in the current business environment. The survey was conducted in Brasilia, the Araguaia Industry and Trade LTD Textile Products, and aimed to analyze the perception of the employee on the importance of ethics for business success. To that the methodology used was literature review, to build the theoretical basis, and field research to collect the data mentioned in this work. This yields the result that most employees in an ethical manner, although some have no real need for ethics knowledge in this context, that when informed about the business ethics standards, employees realize that, like any other social relationship , they are providing an environment conducive to business relations and that without which hardly the company would advance. Keywords: Ethics, Behavior, Organization.

Contato: [email protected], [email protected] Introdução

A ética trata do comportamento do homem, da relação entre sua vontade e a obrigação de seguir uma norma, do que é o bem e de onde vem o mal, do que é certo e errado, da liberdade e da necessidade de respeitar o próximo. Esse estudo foi construído com o intuito de entender como as empresas se comportam com as normas éticas no ambiente de trabalho. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi analisar a visão do empregado sobre a importância da ética para o sucesso empresarial. Assim, essa pesquisa se justifica pelo grande desafio que as organizações têm em cumprir as normas éticas internas.

Organização

De acordo com CHIAVENATO (2005, p.24) “uma organização é um conjunto de pessoas que atuam juntas em uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um propósito comum”. As organizações são instrumentos sociais nos quais muitas pessoas combinam esforços e trabalham juntas para atingir objetivos que jamais poderiam fazê-los isoladamente.

O autor salienta, ainda, que as pessoas cooperam entre si de maneira racional e intencional, alcançando objetivos e proporcionando resultados ampliados e expandidos que,

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individualmente, não teriam nenhum sucesso se realizadas isoladamente, esse fato permite inferir e destacar a importância do papel das pessoas e grupos dentro das organizações.

As organizações fazem parte tanto da sociedade como da vida particular de cada pessoa, dessa forma os indivíduos estão sempre em contato com as organizações, se não como membros – trabalho, escola, vida social e cívica, igreja – os indivíduos podem ser afetados como clientes, pacientes, consumidores ou cidadãos, sendo adequadas ou ajustadas às nossas necessidades.

“Organização é uma unidade social conscientemente coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente continua, com o intuito de atingir um objetivo comum” (CHIAVENATO, 2005 p. 24).

Assim o autor permite entender que as organizações são muito mais do que meros instrumentos para a produção de bens e serviços, elas criam ambiente em que muitas pessoas passam grande parte da vida, tendo, portanto, grande influência sobre o comportamento humano. Além disso, as organizações não são estáticas nem inertes, elas têm vida própria, nascem, crescem, vivem e morrem.

Importante ressaltar a observação de MAXIMIANO (2004 p. 27), quando faz alusão aos objetivos de uma organização, preconiza o autor - “As organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para realização de objetivos”. Desse modo, se evidencia que uma organização não é, apenas, um grupo de pessoas que estão juntas ao acaso, ela se estabelece consciente e formalmente para atingir certos objetivos que seus membros não estariam capacitados a atingirem sozinho.

Já AMOÊDO (2007) comenta que a organização é formada por meio de pessoas e, similarmente às pessoas, elas apresentam fenômenos humanos: “nascem, crescem, tem momentos bons e maus, agem correta ou incorretamente, e até morrem”. Conclui que a organização é um ente social incluindo em um macro universo de relações, dotado de uma consciência idiossincrática, comumente, denominado como cultura. Cultura Organizacional

Como coloca RIBAS & SALIM (2013) a cultura organizacional é ter clara a diferença entre organizações, é um conjunto principalmente do saber, dos valores e até mesmo do sentimento que podem ser perceptíveis ou não. Esses conceitos são disseminados pela organização, além de serem compartilhados com o grupo de colaboradores. A cultura organizacional é traduzida nas formas de ação que devem ser seguidas pelos colaboradores e permite, dessa forma, orientar o comportamento das pessoas dentro da organização.

Assim pode se interferir que a cultura organizacional é o que move o comportamento dos indivíduos e a maneira como as pessoas agem dentro da organização. Ainda para o papel da cultura organizacional deixa claras as diferenças entre as diversas organizações, além de facilitar o comprometimento com algo maior do que os interesses individuais proporcionam a estabilidade do sistema social, tem por princípio manter a coesão na organização por meio de padrões previamente pré-estabelecidos. Por fim, a cultura organizacional orienta as atitudes e o comportamento dos colaboradores (RIBAS & SALIM, 2013).

Esse papel da cultura organizacional traz um comprometimento e fidelidade positiva por partes dos colaboradores aos objetivos da empresa. Mostra como é possível observar as funções da cultura e dando possibilidade de verificar o auxílio dos gestores nos problemas do dia-a-dia. Isso leva a organização um passo mais perto da eficácia e eficiência (RIBAS & SALIM, 2013).

CHIAVENATO (2006) relata que cultua organizacional é conhecida, também, por cultura corporativa e faz parte da gestão da empresa, o conhecimento desta é o primeiro passo para se ter conhecimento da empresa. Dessa forma, para integrar uma corporação, qualquer que seja ela é necessário que o colaborador se adapte aos dizeres da cultura. Portanto, ao fazer parte dessa equipe significa ter a oportunidade de fazer parte do plano de carreira e de construir sua história.

O autor afirma que cada organização possui suas especificidades, que são de algumas formas espelhadas pela sua cultura corporativa. Esse bem intangível não é, portanto, pagável, mas é sentida e percebida por todos aqueles envolvidos, bem como, sentida por produzir efeitos.

Conforme (Schein1986 apud MAXIMIANO 2004, p. 330) pode-se definir que a cultura organizacional é um grupo de premissas aceito pelos colaboradores que acabam por ser o mediador na solução de conflitos e na integração entre os diversos setores da empresa, influenciando, portanto, o ambiente organizacional. Dessa forma, cada integrante dos diferentes grupos deve estar preparado para adaptar essa realidade, para permitir um relacionamento harmonioso no ambiente de trabalho.

Nos dizeres de MAXIMIANO (2004), existem organizações que por suas especificidades dividem a cultura em subculturas, defende, assim que, na medida em que as organizações avançam e crescem, as novas necessidades surgem, a exemplo da criação de novos setores ou áreas que podem diferir da missão e da visão das pessoas originalmente definidas, pois outras atividades serão necessárias e estes poderão, dentro das suas necessidades, executarem e desenvolverem sua própria cultura ocupacional.

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Empregado e Empregador

O Art. 2º da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT determina o empregador como empresa, individual ou coletiva, que trabalha na atividade econômica, assumindo riscos, admite e demite pessoas, remunera seus empregados, dirige seu negócio e coloca à disposição da sociedade produtos e serviços produzidos e comercializados pela sua empresa.

Há divergências no entendimento entre autores conforme citado por CARRION (2014), confunde-se o conceito de empregador e empresa, esta é traduzida como objetivo determinado para fim especifica e é composta por pessoas, além de ser composta por bens materiais e imateriais, compondo, assim, dois conjuntos, as primeiras pessoas e o segundo de bens.

Para CARRION (2014), a intenção do legislador foi integrar o trabalhador neste contexto, independendo, portanto, de quem seja o proprietário, ou quem naquele momento assina pela empresa. Esse termo é usado tanto para pessoa física, como jurídica responsável pela contratação, direção e pagamento de seus subordinados. Ainda o autor, avalia e define o que é estabelecimento, dizendo que é grupo de insumos e pessoas com fins técnicos e operacionais com objetivo definido para produção de bens e serviços em locais previamente definidos.

Empregador “é toda entidade que se utiliza de trabalhadores subordinados” (Magano, manual, v.2).

O Art. 3º da CLT traz à luz da sociedade a definição de empregado, considerando tal como qualquer pessoa física – PF que presta serviços em caráter não eventual a empregador, definido no Art. 2º, sob dependência e obediência deste mediante troca de seus serviços por remuneração, denominado cotidianamente de salário, portanto a CLT caracteriza o trabalhador empregado sujeito à relação de trabalho subordinado, protegido pelo Direito do Trabalho.

As empresas, pessoas jurídicas, não estão incluídas e amparadas pela CLT em contratos de trabalho, uma vez que estas prestam serviços emitindo para tal nota fiscal de serviços ou de produtos. Dessa forma, quem tem amparo são aqueles que prestam serviço e, portanto, pode-se defini-los como trabalho humano pessoal. Para que se tenha direito e amparo no normativo é necessário a prestação efetiva de serviços efetiva, não apenas a assinatura de contrato de trabalho formal ou informal. Caso não haja o efetivo cumprimento poderá resultar em perdas e danos, o foro para julgamento do mérito da ação cabe a Justiça do Trabalho. É importante mencionar que existem autores que não comungam de tal proposta, partem do pressuposto que deve coincidir a vontade das partes em pactuarem a relação de

emprego, uma vez que esses fatos não acontecem por caridade, amizade, religião, benesses ou qualquer tipo de relação de benefícios entre as partes.

Comunicação nas Organizações

Segundo RIBAS & SALIM (2013), comunicar é a forma que os indivíduos têm de passar a outras informações, ideias ou qualquer forma diferenciada de sentimentos ou emoções, dessa forma, a comunicação está presente na influência mútua com a sociedade. Portanto, infere-se que comunicar é intercambiar informações e conectar dois ou mais indivíduos.

Os autores preconizam também, que a comunicação está diretamente relacionada ao público alvo a que se quer atingir e considera que uma das principais dificuldades encontrada está no perfeito entendimento pelo receptor da mensagem que o emissor quis comunicar. A atenção deve ser considerada para que a mensagem seja perfeitamente compreendida e que chegue ao receptor da forma mais clara e objetiva possível.

MAXIMIANDO (2011) destaca que nas organizações a dependência é total dos colaboradores que estão presentes naquele momento e na informação que se deseja levar a outra parte. A eficácia da comunicação ou da informação está na perfeita interação entre os participantes, caso isso não ocorra os processos organizacionais tendem a perder a eficiência e eficácia.

Para se comunicar há a ocorrência da transferência do conhecimento, da informação e do significado, caso não exista esses adjetivos não se pode considerar que houve comunicação. De forma geral quando há comunicação há a participação de elementos considerados essenciais no processo, destaca-se entre eles, a mensagem, o receptor, o emissor, os ruídos e o feedback. Para Ribas e Salim (2014) a comunicação organizacional pode ser subdividida em:

a) Comunicação formal: considerada a linguagem oficial da organização, pode ser entendida como aquela realizada entre os vários níveis hierárquicos com o intuito de repassar informações que estão definidas pela missão da empresa e tem caráter funcional. Para que seja formal é necessário que esteja prevista nos procedimentos internos da empresa, redigidas preferencialmente no regulamento interno disponível a todos os envolvidos no processo, é, portanto, a linguagem oficial da organização.

b) Comunicação informal: aparece em todos os níveis da organização e, portanto, não está formalizada nos procedimentos operacionais da empresa em questão, essa comunicação acontece automaticamente sem que haja interferência das organizações.

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De toda forma, a transmissão da mensagem a que se quer transmitir deve ser clara, objetiva e, preferencialmente, ser transmitida na integra, não deve sofrer interferência e há que se considerar, também, a linguagem a ser utilizada, deve ser de fácil entendimento e ao alcance de todos os envolvidos no processo.

Ética

A origem do termo ética vem de ethos, palavra grega, etimologicamente se confunde com moral, originariamente do latim “mores”, ao se buscar o significado, percebe-se que os dois têm denotação semelhante, hábitos e costumes, voltados para normas e procedimentos comportamentais. Existem autores que defendem a ideia que ética e moral têm diferentes significados, por um lado ética abrange definições teóricas críticas apoiadas no pilar moral, ou mesmo de um sistema onde prevalecem os costumes do indivíduo, do grupo em que convive ou mesmo da sociedade (MAXIMINIANO, 2004).

Para CORTELLA (2014) três questões devem ser levadas em consideração quando se fala em ética:

a) Quero? b) Devo? c) Posso? Pode-se dessa forma, absorver o conceito de

ética como sendo a conjunção de princípios e valores que têm como prerrogativa responder as questões acima listadas. Destaca, ainda, o autor que as pessoas se deparam constantemente com contrapontos éticos:

a) Existem coisas que o cidadão gostaria de ter, mas que pela sociedade atual esse princípio é negado, nessa situação, permanece em voga o ditado popular, “quero, porém não devo”.

b) Existem coisas que o cidadão pode, mas não quer.

c) Questiona-se de outra forma se o cidadão está em paz espiritual com aquilo que está praticando ou fazendo.

d) Pode-se, também, considerar se o indivíduo está feliz com aquilo que exerce atualmente.

Resumidamente o autor explora temas cotidianos quando destaca quem nem tudo que o cidadão pode, ele deve, ou mesmo, quando o indivíduo prega que nem tudo que deve, pode, conclui que os indivíduos vivem constantemente em conflito que se torna um dilema a ser resolvido.

Nível social de ética

MAXIMIANO (2004) aborda conceitos do

relacionamento da sociedade com as empresas dando ênfase como acontece a administração dessas empresas. O autor classifica em quatro

níveis o conceito de ética nas organizações da seguinte forma:

a) Nível social da ética: traz a discussão o entendimento das pessoas da forma como estas entendem a participação, a função e o que expressa a maneira como as pessoas se questionam com a presença, o papel e a implicação das organizações na sociedade.

b) Nível stakeholder – definido como as partes interessadas, aqueles que afetam ou são afetados pelas organizações - dessa definição tem-se claro a influência que esses indivíduos sofrem de forma direta ou indireta, nos desembaraços administrativas de uma organização.

c) Nível da política interna: políticas internas definidas ficam definidas e questionáveis são os questionamentos que abrangem a afinidade das organizações em relação aos seus colaboradores.

d) Nível individual: este nível faz referência de que forma os indivíduos se relacionam e como este deve no tratamento de uns com os outros.

Códigos de ética

Para MAXIMIANO (2004) a ética é a área de estudo que busca conhecer a inter-relação entre as organizações e o indivíduo, amplia a discussão quando afirma em dizer ser diferente do que é, cresce ainda mais abordando fielmente ao comparar o comportamento das pessoas diferenciando aquele que se observa daquele considerado ideal. A dificuldade está em conhecer o comportamento considerado ideal, o autor o define por dois tipos de código, conduta ou ética, e pode se apresentar de forma implícita ou explicita.

Normalmente encontramos código de ética profissional conhecido como normas e conduta previamente definidos de acordo com sua profissão, a exemplo da colação de grau quando um representante escolhido pelos formandos faz o juramento do código da sua formação. Exemplos de códigos de éticas são encontrados na classe médica, na formação em propaganda, políticos, militares, de grupos sociais diferenciados, de conceitos conhecidos como filosófico ou doutrinário, podendo chegar até mesmo no indivíduo (CARRION, 2014).

Quando se trata de código de conduta explicito está-se tratando dos códigos devidamente formalizados como fazem, por exemplo, os engenheiros no seu juramento quando da colação de grau, enquanto que os implícitos são aqueles que o motorista se sente na obrigação de piscar farol alto nas pistas informando ao motorista que vem em sentido contrário que tem policial fiscalizando a pista naquele momento (CARRION (2014),

Observa-se, também, que o código de ética está presente no sistema de valores que orientam a sociedade, indivíduos, famílias, empresas, bem como seus administradores. Dessa forma, as

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decisões tomadas pelos grupos acima mencionados consideram os valores nele descrito, sejam explícitos ou implícitos, aqueles aceitos pela sociedade, pela cultura organizacional das organizações. Isto posta, a ética conduz a forma acertada de conduzir o processo e a maneira de gerá-la, em consonância com as percepções vigorantes na sociedade em foco ou em grupos específicos. Ética na administração e política internas

Para Maximiano (2004) quando se trata no plano da administração e políticas internas, os diferentes entendimentos sobre a ética enfocam especialmente as relações da empresa com seus empregados. MAXIMIANO (2004, p. 418) evidência 4 pontos que merecem destaque. São eles:

a) Quais são as obrigações da empresa com seus funcionários?

b) Que tipos de compromissos a empresa pode exigir de seus funcionários?

c) Qual o conflito sobre a força de trabalho das decisões sobre redução de produção ou diminuição de operações?

d) Que participação os funcionários devem ter nas decisões que afetam a empresa?

Diariamente os dirigentes das empresas tomam decisões que sofrem como consequência influências das questões éticas normalmente envolvidas nesse processo. Pode-se se exemplificar essa interferência quando lida-se com motivação, plano de carreira, comportamento profissional, tratamento de líderes, entre outros (MAXIMIANO, 2004).

De acordo com Maximiano (2004) outras questões que evidenciam como o comportamento ético pode ser tratado no nível individual, correspondem ao tratamento dado entre os indivíduos. Há questionamentos de como esse tratamento podem ser evidenciadas, as questões mais comuns destacadas pelos autores tratam de quais obrigações e direitos os indivíduos têm como pessoas e colaboradores, outro questionamento que pode ser feito diz respeito quanto a relação entre patrões, empregados e colegas e, finalmente, quais as normas e procedimentos que devem estar à frente na tomada de decisões que interagem direta ou indiretamente na relação entre pessoas.

As tomadas de decisão nessas condições têm grande influência sobre o ambiente organizacional, clima organizacional e a qualidade de vida no trabalho, pois afetam diretamente aspectos pessoais dos envolvidos.

Evolução Ética

Ainda na opinião de MAXIMIANO (2004) o

conceito de que os códigos de conduta evoluem e, dessa forma, há códigos mais avançados e outros bens defasados ou atrasados, mas de toda forma integram e participam do conceito de ética.

Exemplo clássico dessa divergência é a própria bíblia que recomenda no Antigo Testamento a frase celebre “olho por olho”, enquanto o Novo Testamento, em contrapartida preconiza “amai-vos vossos inimigos”. A história mostra que no passado pessoas eram sacrificadas em praça pública e faziam parte da diversão da população à época, obviamente pessoas que hoje têm em sua árvore genealógica parentes desses executados condenam práticas dessa magnitude (CARRION 2014),

Direitos humanos são hoje amplamente divulgados e defendidos, trata-se, também, da evolução dos tempos referidos a costumes, engloba ainda nessa discussão igualdade, virtude, respeito, entre outros. Essa evolução afeta a forma de administrar das empresas que devem levar em consideração essas variáveis que interferem nos valores, onde os dirigentes terão que conviver ao longo da sua história.

Ética relativa e absoluta

Maximiano (2004) afirma que a interpretação de valores éticos pode ser absoluta ou relativa, o primeiro considera a premissa de que o comportamento do indivíduo é função da situação em que está vivendo, os procedimentos que são aceitáveis em determinadas especificidades, não são aceitas em outras, esse comportamento caracteriza a ética situacional, conhecida também como relativa ou utilitária, já o segundo considera como premissa que os procedimentos são aceitáveis em qualquer situação, considera, dessa forma, que o certo é certo e o errado é errado, independente do momento, o resultado desta é o idealismo moral.

Ética relativa admite que as coisas exerçam influência nos valores e no comportamento aceito pela sociedade em questão. O certo e errado depende do referencial em análise, solicitar nota fiscal em um estabelecimento comercial superior ao gasto e levar a diferença é vantagem pessoal, questiona-se é correto? Do lado contrário o que acontece quando um vendedor oferece desconto ao faturar um material com nota fiscal de menor valor, o que pensar sobre isso? É sonegação, o que dizer sobre ética a esse respeito? Crer que estas atitudes são corretas significa dizer que é perfeitamente justificável e lógica, essa é perspectiva do tratamento da ética relativa (CARRION 2014); MAXIMIANO (2004).

De acordo com o conceito de ética relativa acredita-se que é correto afirmar que ultrapassar sinais vermelhos nas ruas das cidades no avançar da noite é perfeitamente aceitável, visto ter risco de assalto nestas esquinas nestes momentos, permitindo, portanto, ultrapassar o sinal justificando tal fato. Estes acontecimentos são permitidos, inclusive, pelas autoridades responsáveis pela segurança. Percebe-se nessa situação que a ética

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relativa permite admitir avaliar o certo e errado como uma variável geográfica.

Os ocidentais creem na diferença entre a vida pessoal e profissional, terminado o expediente, o profissional permanece nas dependências da empresa, mas exercendo atividades a si próprias e não efetivamente ao empregador. Acredita-se, também, o tempo exerce, de alguma forma, influência nos valores. Há mais de 100 anos aconteciam frequentemente agressões tanto verbais como físicas em trabalhadores brasileiros, nesse tempo que coincidia com a revolução industrial era perfeitamente aceitável o trabalho de menores que se entregam a atividade até mesmo chegarem à exaustão. Atualmente na maioria dos países do mundo essa prática é inaceitável. Nesse aspecto administradores que reconhecem a ética relativa como princípio age de acordo com as circunstâncias e, portanto, não sofrem crise de consciência (MAXIMIANO 2004).

Em contrapartida, de acordo com a ética absoluta, alguns princípios comportamentais são para os indivíduos errados ou certo, independente do momento em vivência, nessa situação o certo ou errado depende de opinião, um exemplo especifico desse caso refere-se a bancos suíços que preserva suas contas e violam o sigilo em nenhuma situação. Neste caso concreto o banco comporta-se como protetor da identificação do cliente. Bancos foram muito admirados por este comportamento, mas ao longo do tempo percebeu-se que nem todos esses clientes que permaneciam ocultos mereciam tal deferência. Mesmo sob suspeita, esses bancos permaneciam insistindo em permanecer nas suas políticas ocultar a identidade desses clientes, mesmo estando sob pressões internacionais na busca evitar a lavagem de dinheiro, ou mesmo buscar a reintegração de posse de dinheiro eventualmente desviado dos modos legais de transação. Nessas condições para esses países a ética absoluta precavia que o sigilo era internamente errado, visto que esse dinheiro não tinha fonte segura de origem ignorada levando a crer numa conduta desonesta na obtenção deste (MAXIMIANO 2004).. A Ética nas Empresas

Ao se falar sobre ética pensa-se em primeiro lugar quais são as vantagens e o porquê as empresas deveriam tratar esse tema. LACOMBE (2011) trabalha 3 tópicos principais:

a) Qual a razão para as empresas serem éticas?

b) Quais os benefícios proporcionados à empresa?

c) Os custos dessa decisão devem ser considerados?

1 Aquele que sofre influência da organização.

Inicialmente, tem que se considerar que não se deve levar em conta apenas valores materiais, os outros custos devem estar presentes em todas as decisões empresariais. Destaca-se, entre eles: prestigio; respeito do público, dos empregados, dos fornecedores e dos consumidores; confiança nos produtos e nas decisões da empresa. Esses valores se confundem ao longo do tempo permitindo inferir que eles contribuem para os principais resultados da empresa, a exemplo do resultado financeiro.

Em seguida deve-se ter em mente que ser ética permite à empresa atrair e reter colaboradores, além de clientes e fornecedores que, por sua vez têm a oportunidade de serem éticos e porque não responsáveis. Ao agir eticamente a empresa pode exigir, também, o mesmo de seus stakeholders1, afinal considera-se nesse aspecto uma rua de duas mãos, indo e vindo, portanto espera-se que esses stakeholders sejam leais, entre eles estão aqueles já destacados, empregados, cliente e fornecedores. Em contrapartida se a empresa considerada não tiver princípios éticos não há como cobrar daqueles que participam do processo (MAXIMIANO 2004).

Finalmente, ressalta-se a necessidade de considerar além da empresa, a sociedade e seus princípios, visto esta estar inserida nesse contexto e dificilmente terá sucesso ao se considerar uma sociedade onde a ética não está presente e, portanto, não há como a empresa cooperar na formação dessa sociedade, onde, da mesma forma, ao longo do tempo a empresa contribui nessa formação. Acrescenta-se, ainda, a possibilidade de perda no longo prazo dessa empresa nesse ambiente antiético.

Considerando-se, ainda, os preceitos de LACOMBE (2011), percebe-se que as pessoas não têm interesse em serem éticos, ressaltando que essa diferença é observada principalmente quando se considera o curto prazo em contraste com o longo prazo. O autor compara, nesse momento, a semelhança entre as organizações e os seres vivos, dessa forma, ambos procuram sobreviver ao longo do tempo. Ao se comportar de forma ética a empresa pode, ao longo do tempo, perder competitividade e, por necessidade, se comportar de forma antiética para conseguir se manter no mercado globalizado.

Evidencia-se, portanto, a necessidade tanto por parte dos indivíduos como das empresas se manterem vivos principalmente no curto prazo, ao invés, do longo prazo. O futuro se acompanha ao longo do tempo, portanto procura-se visar os ganhos imediatos. Por fim, deve-se considerar que pequenos eventos negativos levam e permitem que os grandes também aconteçam. Esse fato é presenciado quando as empresas se deparam com problemas específicos, aparentemente éticos,

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consideram, nesse momento de pressão, poderem acontecer alguns problemas mesmo que não totalmente éticos, não considerando nesse momento o que esses fatos podem ocasionar em tempos futuros. Riscos devem ser considerados (MAXIMIANO 2004).

Difícil se definir uma empresa ética. LACOMBE (2011) preconiza que o conceito está presente nos padrões, a exemplo do líder empresarial, que conquista respeito e confiança dos stakeholders, entre eles, os colaboradores, consumidores, proprietários etc. constituindo uma relação de equilíbrio entre os aspectos econômico-financeiros de todos aqueles que são afetados pelas decisões empresariais no empreendimento e na necessidade de tomada de decisões empresariais.

Ética profissional

Ambiência e relações especiais no

desempenho ético-profissional. Segundo LOPES SÁ (2014) normalmente entende-se que o comportamento humano tem ambiente diferenciado e específico, lugar este onde a conduta se processa, esse aspecto é explorado no ambiente profissional e nas outras diferentes formas de convívio em que o indivíduo se relaciona. Nesse sentido LISBOA (1997) determina que a ética profissional também denominada de ética moral profissional é ainda denominada de deontologia e aborda os princípios conceituais básicos do direito e do dever.

Essas ambiências citadas por Lopes de Sá (2014) são diversificadas e, dessa forma, não devem ser excluídas, justifica-se, nesse momento, acrescer capacidades especiais, portanto existe uma consciência ética genérica presente no ser de cada pessoa, mas considera-se ainda a conveniência de grupos ou parceiros de mercado de trabalho. Pode-se, no entanto, avaliar a dimensão dessa ambiência, eles continuam vivos em função de fatos e casos pré-concebidos, geram efeitos especiais e internos a eles, qualificam o trabalho possuem dimensões peculiares e acontecem em seu tempo e espaço próprio.

Aspectos Especiais de Relações Profissionais

Nos dizeres de LOPES DE SA (2014) há diferentes aspectos a serem considerados no ambiente empresarial onde é possível avaliar a atuação profissional dos diferentes atores, sejam nas relações de trabalho ou mesmo no seu ambiente físico. Nas situações descritas há condutas previamente definidas que devem ser obedecidas, pois está-se falando de ambientes definidos bem como as relações também estão.

Nas organizações modernas e grandes em quantidade de colaboradores, os profissionais que lá estão além de serem muito demandado, passam

a ser um pequeno pingo no oceano. Nesse tipo de organização muitas vezes ocorrem, independente da vontade do profissional, mas pelo ocorrido este segue a decisão dos outros que lá participam do processo. Dessa forma pode-se inferir que nesse ambiente há variações complexas que podem de alguma forma influenciar no comportamento do profissional (LACOMBE2011).

Em nenhuma hipótese há a concordância com a retirada das virtudes, fato este que faria com que os profissionais deixariam de ser éticos. Entretanto a medida que entra em ação a personalidade do colaborador é de se esperar que de forma mais impessoal for o processo decisório mais sacrificado fica o processo ético. Observa-se, ainda, na visão do autor que quanto mais impessoal se torna as decisões empresariais, menor a importância individual do comportamento ético.

LOPESDE SÁ (2014) preconiza que não existe duas éticas ao se referir aquela que está presente em um grupo em ambiente fechado e de outro lado aquela que é considerada de todos, ao aceitar-se estas, ter-se-ia aceito, também, como aceito a ética dos ladrões, traficantes, etc. o que contraria os estudos empíricos acadêmicos. Ao mesmo tempo, se esses grupos possuem regras, onde os procedimentos são claros e éticos, não se pode negar que esta representa o bem e os princípios e valores humanos aceitos pela sociedade.

O Profissional na Ambiência do Emprego

Ainda no conceito de Lopes de Sá (2014) na relação de trabalho existe o empregado e o empregador, nesse sentido o empregado se submete ao poder patronal existe uma relação de superveniência. Parece obvio que essa colocação não é entendida como regime de escravidão, ao mesmo tempo em que não há rejeição por parte desse empregado de negar seus princípios básicos nem mesmo da consciência ética. Não há como tirar a vontade do cidadão mas existe vontade objetivos a serem atingidos. Não raro, há a observância da zona de conforto do indivíduo que favorece o cidadão a negligenciar seus princípios a favor daquele que comanda, o deixa numa zona tranquila e acomodada na sociedade.

Há o questionamento quanto aos órgãos representativos de classe ou Judiciário que são responsáveis na defesa dos direitos dos empregados junto aos empregadores, principalmente quando se refere aqueles que ainda não detém posição de destaque na organização.

Dessa forma abre-se espaço para discussão de que existe muito espaço a ser explorado quando se refere a conduta e os princípios éticos a serem considerados.

São oportunas as palavras de Marden:

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A dignidade, a paz e o bem-estar não podem existir para quem voluntariamente se dedica a um trabalho indecoroso, desses que contribuem para o desenvolvimento da imoralidade e tem por base os mais degradantes vícios e paixões (p.188)

Para Lisboa (1997) é procedimento normal das empresas e, também, é a expectativa do trabalhador ter-se organizações com princípios, metas e atuação bem definidos e pronto para estar preparados para o mercado competitivo dentro das melhores práticas de ética. Assim, é aconselhável que haja por parte da empresa uma avaliação total daquele que deseja ingressar no quadro de colaboradores, deve considerar aspectos profissionais, caráter, temperamento, além da formação a que esse cidadão se sujeitou.

Virtudes Básicas Profissionais

Nos dizeres de Lopes de Sá (2014) um profissional precisa de diferentes virtudes para desenvolver com eficácia seu trabalho. Existem diferentes necessidades, algumas são básicas na ausência destas há dificuldades na sequência do êxito moral. Mas, nas maiorias das vezes, o sucesso e a ascensão do colaborador se faz acompanhar de comportamento correto. Essas necessidades básicas participam da maioria das profissões, principalmente, naquelas caracterizadas de natureza liberal. Lopes de Sá (2014, p. 197) define “Virtudes básicas profissionais são aquelas indispensáveis, sem as quais não se consegue a realização de um exercício ético competente, seja qual for a natureza do serviço prestado."

Lisboa (1997) preconiza à necessidade do profissional em manter os princípios éticos, uma vez que o descrédito pela sociedade desse profissional ou dessa empresa é iminente quando não há por parte desta a confiança que tanto os profissionais quanto as empresas mantêm em seus princípios os melhores padrões éticos.

Os princípios éticos do cidadão à frente da sua profissão e sua empresa devem ser mantidos independentes do tamanho da sua empresa, sejam elas médias pequenas ou grandes e, ainda, os mesmos princípios devem ser mantidos com seus colegas.

Valls (2006) traz à discussão um conceito de ética a ser considerado visto que esta extrapola os dizeres até agora aqui descrito, o autor preconiza que a ética não se limita a questões privadas e individuais, mas está presente na família, na sociedade em geral e porque não no País. Nessa linha, então, destaca-se que o indivíduo não se prende apenas as responsabilidades individuais, indo além daquelas que envolvem as responsabilidades sociais e que, portanto, não são função unicamente do próprio trabalho, mas estão presentes de forma abrangente em toda a sociedade.

Lopes de Sá (2014) salienta à importância de se exercitar o zelo, essa virtude para o autor é essencial no profissional, salienta que o começo está na responsabilidade individual do cidadão, assim conclui dizendo que essa responsabilidade está fundamentada entre esse ator o objeto do trabalho. Marcos Aurélio na antiguidade clássica, já Advertia, escrevendo sobre a questão: “homem comum é exigente com os outros; O homem superior é exigente consigo mesmo” (pág. 198).

Dessa forma o empregado preciso ater-se nos elementos que garantirão que ele de qualquer forma possa atender a missão a ele destinada. Esse zelo citado não se prende não só aos meios de trabalho ou a competência, exige que o profissional seja um entusiasta pelo que faz direcionando seus esforços no bem-estar e na materialização daquilo que é sua tarefa, significa gostar do que faz.

Não há virtude e nem honestidade no conceito de relatividade, nem mesmo não há como avaliar o comportamento perante terceiros. Não há meio termo o profissional tem que ser ético e honesto, não existe porcentagem de ser ou não ser, existe a confiança ou a desconfiança, ou se é ou não honesto.

Outra virtude salientada pelo autor refere-se ao sigilo que deve ser parte integral do comportamento do indivíduo, no que se refere aos seus clientes quanto a ele é depositado a confiança deste. Fechando o entendimento depara-se com virtude da competência que é definida como o conhecimento tácito acumulado ao longo do tempo que capacita o indivíduo a exercer suas atividades de forma eficiente e eficaz, portanto a competência é a maneira correta de realizar determinada tarefa.

Materiais e Métodos

Segundo Vergara (2007), a pesquisa realizada foi classificada em dois aspectos: quantos aos meios e quantos aos fins.

a) Quantos aos meios: foram realizadas pesquisa de campo e bibliográfica.

Pesquisa de campo: é realizada após estudos bibliográficos, para que o pesquisador se familiarize com o assunto, ao mesmo tempo, absorva os conhecimentos necessários sobre o tema. É nesta etapa que será definido os objetivos da pesquisa, as hipóteses e a forma de coletar os dados. A pesquisa de campo procura muito mais o aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da população segundo determinadas variáveis (GIL (2007, p.53), Consequentemente, o planeamento apresenta maior flexibilidade, possibilitando a reformulação dos objetivos previamente definidos. Segundo Vergara (2000, p.47) “pesquisa de campo é investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo”. Pode incluir entrevistas, questionários, testes ou observação participante ou não. Pesquisa bibliográfica: explica o problema à parte de referências teóricas publicadas em documentos, livros, sites e periódicos que tratam do tema em tela. Antes de

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iniciar uma pesquisa bibliográfica Volpato (2000) recomenda que se tenha clara e definido o tema da pesquisa. Já para Vergara (2000, p. 48) “a pesquisa bibliográfica fornece instrumental para qualquer tipo de pesquisa, mas afirma também que pode esgotar-se em si mesma-”.

Quanto aos fins.

As pesquisas exploratórias, segundo Gil (1999, p. 43) visa “proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo”. Para vergara (2000) a pesquisa busca explorar áreas onde se tem pouco conhecimento a respeito do tema. Por se tratar de uma pesquisa que busca explorar conceitos e fatos de pouca bibliografia, há espaço para se aprofundar no tema. Acrescenta-se a esse fato, que em função das características da pesquisa exploratória não permite acrescentar hipótese que porventura apareceram durante a realização da pesquisa.

Quanto ao instrumento de pesquisa foi utilizado o questionário para a coleta de dados, perfazendo um total de 15 questões objetivas. Para Cervo e BERVIAN (2002) é a forma mais usada para coletar dados que possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. Em geral a palavra questionário se refere ao meio de respostas às questões por um formulário que o próprio informante preenche. Assim, qualquer indivíduo que, em algum momento, preencheu o pedido de trabalho teve a experiência de responder um questionário.

Universo e Amostra

A pesquisa foi feita internamente na empresa Uniforme Araguaia, o total pesquisado foram todos os colaboradores, perfazendo um total de 30 entrevistados, que compõem o quadro funcional, em abril de 2015. Na concepção de FACHIN (2005, p. 47) o universo é entendido como “o conjunto de fenômenos, todos os fatos apresentando uma das características comum”. Para Vergara (2006, p. 50), amostra “é uma parte do universo (população) escolhida segundo algum critério de representatividade”. Esse estudo, portanto, não considera amostra uma vez que todos os colaboradores participaram da pesquisa. Ambiente de Pesquisa

A pesquisa foi realizada na Empresa “Uniformes Araguaia Indústria e Produtos de Serviços Têxteis – LTDA, criada em 1993 para atender o programa PRO-DF e comercializar roupas prontas, permanecendo com esse objetivo até o final da década de 90.

Em 2000, o senhor Edésio Borges assumi a administração da empresa, dando início a produção de uniformes profissionais em escala industrial.

A partir desse momento, a empresa busca contribuir com a diversidade de produtos de alta qualidade, agregando benefício ao cliente. Visa ser referência no ramo de atuação, buscando o aprimoramento das novas tecnologias.

Inicialmente, a organização contava apenas com uma costureira, um auxiliar de costura, uma mesa de serigrafia, e uma mesa de maderite e localizava-se na Candangolândia.

Atualmente a empresa está localizada na QE 40, Rua 21 lote 38 Pólo de moda Guará II, Brasília DF e conta 30 funcionários diretos e outros tantos indiretos (terceirizados) e 28 máquinas industriais de última geração.

Em setembro de 2006, o SEBRAE - DF proporcionou à empresa o prêmio ÊXITO EMPRESARIAL junto com outras Empresas de todos os seguimentos industriais do Distrito Federal. A empresa participou de cursos, treinamentos, palestras e respondeu a vários questionários. Em novembro de 2006, a empresa recebeu troféu, diplomas e Certificados oferecidos pelo SEBRAE – FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), pelo GDF, pelo MBC (Movimento Brasileiro de Competitividade) e pelo PQ-DF (Programa da Qualidade do Distrito Federal).

Identificação dos pesquisados

O instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário com 16 questões de múltipla escolha. Os pesquisados totalizavam 17 pessoas do sexo feminino e 13 do masculino, a faixa etária predominante estava entre 40 a 49 anos representados por 12 respondentes correspondendo a 40% dos entrevistados. Contudo, 30% estavam na faixa de 18 a 29 anos e 23% na faixa de 30 a 39 anos, ressalta-se que apenas 2 respondentes se enquadravam na faixa de 50 a 60 anos. Quando questionados sobre tempo de serviço, verificou-se que 37% estão na empresa há mais de 5 anos, enquanto 30% tinha menos de um ano na empresa e 33% estavam entre 1 e 5 anos.

A primeira questão, representada no gráfico 1 e pela questão 3 do questionário, tratou de como os funcionários avaliam o conhecimento sobre o código de ética, para tanto foi formulada a questão. Você possui conhecimento sobre o Código de Ética dos profissionais? As respostas esse questionamento está representado no gráfico 1. Gráfico 1 – Conhecimento sobre Código de Ética

Fonte: pesquisa realizada pela autora, em abril de 2015.

A grande maioria dos respondentes, 73%, afirmou que conhecem e utilizam o código de ética.

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Para a empresa e para a sociedade esse número é bastante significativo, mas a empresa deve ter atenção especial ao fato de 14% dos respondentes não conhecerem (7%) acrescido de mais 7% que não tem interesse em conhecer.

Ao tratar do assunto MAXIMIANO (2004) preconiza que a ética é a área de estudo que busca conhecer a inter-relação entre as organizações e o indivíduo. Frisa, também, a dificuldade em conhecer o comportamento considerado ideal, o autor o define por dois tipos de código, conduta ou ética, e pode se apresentar de forma implícita ou explicita o primeiro trata de código informal, enquanto o segundo trata dos códigos devidamente formalizados.

Dessa forma, percebe-se pelos respondentes à importância que é dada pelos funcionários ao código de ética da empresa, fortalecendo sua importância no bom andamento dos trabalhos da empresa em análise.

Gráfico 2- Relacionamento com o empregador

Fonte: pesquisa realizada pela autora, em abril de 2015.

A pesquisa mostrou que a maior parte da amostra totalizando 57% dos respondentes considera muito bom e profissional, 23% responderam que é bom se estendendo a um relacionamento pessoal fora do ambiente de trabalho para a empresa o relacionamento é extremamente importante para que os demais possam fluir juntos, já que 20% responderam que é razoável. MAXIMIANO (2004) aborda conceitos do relacionamento da sociedade com as empresas dando ênfase como acontece na administração dessas empresas. Percebe-se que a maioria dos respondentes tem um bom relacionamento profissional e pessoal com o empregador, estabelecendo um clima harmônico, positivo e de respeito, um ambiente sadio e sem grandes turbulências.

Gráfico 3- Relações interpessoais

Fonte: pesquisa realizada pela autora, em abril de 2015. Sobre o item de relações interpessoais 30%

dos pesquisados não tem nenhuma dificuldade nas relações interpessoais no local de trabalho e procura ser um facilitador das relações, para empresa é muito importante manter a relação interpessoal equilibrada, 27% procura manter um clima cortês, mas caso haja qualquer problema, não hesita em discutir, 23% responderam que procura manter a cordialidade com todos, com o intuito de obter facilidade. Segundo LOPES E SÁ (2014) normalmente entende-se que o comportamento humano tem ambiente diferenciado e específico, lugar este onde a conduta se processa, esse aspecto é explorado no ambiente profissional e nas outras diferentes formas de convívio em que o indivíduo se relaciona, sejam nas relações de trabalho ou mesmo no seu ambiente físico.

Gráfico 4- Facilitador da comunicação empresarial

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015

Observa-se que 57% dos respondentes afirmaram que facilita sempre a comunicação entre os clientes internos e externos, para a empresa esse número é bem significante o bom relacionamento com seus públicos assegura o reconhecimento perante a sociedade 23% facilita, mais nem sempre estabelece um clima de respeito à hierarquia, 13% nunca facilita e 7% tenta facilitar, mas não consegue. A empresa deve também se preocupar com 20% dos respondentes que ainda não consegue ser um facilitador da comunicação.

Nessa linha RIBAS E SALIM (2013) preconizam que a comunicação está diretamente relacionada ao público alvo a que se quer atingir e consideram que uma das principais dificuldades encontrada está no perfeito entendimento pelo receptor da mensagem que o emissor quis comunicar.

Dessa forma os profissionais ao comunicar de forma ética conseguem elevar o nome e a confiança da empresa aos clientes. Se fez necessário, neste momento avaliar a postura do empregador no que se refere aos procedimentos éticos da empresa, o resultado da pesquisa está apresentado no gráfico 5.

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Gráfico 5- Postura ética do/ da (s) empregador (a).

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015.

Dos pesquisados 57% veem a postura ética do/da empregador (a) muito boa e 43% dos respondentes afirmaram ser ruim na maioria das vezes, mas com algumas atitudes que demonstram um pouco de ética. Isto posta o empregador deve se preocupar em, além de adotar os princípios éticos, deve demonstrá-lo perante seus colaboradores e clientes, podendo utilizar esse procedimento quando se comunica com o público interno e externo.

Quando se fala de ética, três questões são abordadas por CORTELLA (2014) que devem ser consideradas: Quero? - Devo? - e Posso? Essa preocupação deve estar presente no dia-a-dia do empregador, considerando sempre a conjunção de princípios e valores que têm como prerrogativa responder as questões acima listadas.

De fato, feito esses esclarecidos esses pontos torna-se necessário avaliar junto ao público respondente como eles entendem e conceituam ética, o resultado encontra-se apresentado no gráfico 6. Gráfico 6- O que você entende por ética

Fonte: pesquisa realizada em abril 2015

A maior parte dos entrevistados disse que ético é um conjunto de princípios e valores, representados por 63%dos pesquisados, enquanto

37% entendem que são diretrizes que orientam o indivíduo perante sua postura e conduta ética. Para (MAXIMIANO, 2004) a origem do termo ética vem de ethos, palavra grega, etimologicamente se confunde com moral, originariamente do latim “mores”, ao se buscar o significado, percebe-se que os dois têm denotação semelhante, hábitos e costumes, voltados para normas e procedimentos comportamentais.

A empresa deve se preocupar em difundir o conceito e a necessidade de todos estarem familiarizados com o conceito e com a implementação deste no seu ambiente de trabalho.

Partindo desse princípio foi questionado quais são os fatores que levam o colaborador a ter princípios éticos no seu trabalho, o resultado está apresentado no gráfico 7.

Gráfico 7- Ética no ambiente de trabalho:

Fonte: Pesquisa realizada em abril de 2015

A grande maioria dos respondentes, representados por 77% acreditam que agem eticamente baseados em princípios morais, mas, em contrapartida, 20% afirmam que agem dessa forma em função de convenções sociais e apenas 3% acreditam que agem eticamente por causa de religião.

Segundo LOPES DE SÁ (2014) normalmente entende-se que o comportamento humano tem ambiente diferenciado e específico, lugar este onde a conduta se processa, esse aspecto é explorado no ambiente profissional e nas outras diferentes formas de convívio em que o indivíduo se relaciona. Nesse sentido LISBOA (1997) determina que a ética profissional também denominada de ética moral profissional é ainda denominada de deontologia e aborda os princípios conceituais básicos do direito e do dever.

Tais narrativas direcionam que as escolhas são moralmente necessárias, sendo classificadas como proibidas ou permitidas, nesse sentido a ética ou as teorias morais orientam as escolhas do que deve ser feito e, ainda, o objeto de estudo são os fundamentos do dever e as normas morais.

Além do ambiente do trabalho foi necessário avaliar o comportamento dos colaboradores em seus diversos ambientes sociais quanto aos aspectos éticos, para tanto questionou-se o que influencia diretamente na sua atuação ética, o resultado está apresentado no gráfico 8.

57%

0%

43%

0% 0%

muito boa

boa na maioriadas vezes

ruim namaioria dasvezes

muito ruim

0%

63%

0%

37%

0%

educaçãomoral

conjunto deprincipiios evalores

conciênciaperante àsociedade

diretrizes queorientam

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Gráfico 8- Influência ética

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015

Observa-se que 77% dos pesquisados afirmaram que a família influencia diretamente na atuação ética, enquanto que 17% acreditam que a religião tem influência na atuação ética enquanto que apenas 6% acreditam no comportamento influenciado pela chefia. Percebe-se a importância da ética dentro da empresa, pois se torna possível compreender que esse comportamento tem influência significativa nos resultados esperado da organização. MAXIMIANO (2004) contribui com o resultado da pesquisa quando fala sobre outras questões que evidenciam como o comportamento ético pode ser tratado no nível individual, correspondem ao tratamento dado entre os indivíduos. Evidenciou-se pela pesquisa que a família é o principal esteio do comportamento ético do indivíduo. Conhecido as variáveis que influenciam a forma de atuação em termos éticos do indivíduo se fez necessário averiguar o que o colaborador conhece a respeito do código ética profissional.

Gráfico 9- Conhecimento sobre o código da ética profissional.

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015

Neste quesito 83% dos pesquisados teve acesso sobre a existência do código de ética no ambiente de trabalho, 10% obteve essa informação por formação acadêmica, enquanto 7% dos respondentes afirmaram conhecer o código por intermédio dos colegas. É importante para empresa que todos os colaboradores da instituição devem ter acesso ao código de ética profissional para que todos tenham a oportunidade de trabalhar

sistematicamente da mesma forma e obedecendo as normas e os procedimentos da empresa, permitindo assim perceber a função da empresa e os valores para a sociedade. MAXIMIANO (2004) aborda o código de ética profissional como normas de conduta previamente definidos de acordo com cada profissão, acrescido, também, da sua presença efetiva na percepção de valores que dirigem a sociedade, indivíduos, famílias, organizações e seus gestores. Tanto o autor quanto a pesquisa direcionaram a importância para o conhecimento do código de ética. Avaliado esse quesito, torna-se necessário avaliar o comportamento dos colaboradores quanto à possibilidade de agir de forma não ética, nesse diapasão questionou-se os entrevistados, em algum momento, agiu de forma não ética.

Gráfico 10- de alguma forma já agiu de forma não ética?

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015

Neste quesito 70% dos respondentes afirmaram que nunca agiram de forma não ética, enquanto parte dos entrevistados responderam que já agiram dessa forma com seus colegas, representados por 23% do total pesquisado, enquanto apenas 3% responderam que agiram de forma não ética perante a chefia e 4% perante seus clientes. Para a empresa é preocupante os comportamentos antiéticos dos colaboradores, pois afeta a gestão e a credibilidade junto aos stakeholders, tanto internos quanto externos.

LISBOA (1997) preconiza à necessidade do profissional em manter os princípios éticos, uma vez que o descrédito pela sociedade desse profissional ou dessa empresa é iminente quando não há por parte da sociedade e dos colaboradores à confiança necessária ao bom andamento da empresa.

Os princípios éticos do cidadão à frente da sua profissão e sua empresa devem ser mantidos independentes do tamanho da mesma, sejam elas médias pequenas ou grandes e, ainda, os mesmos princípios devem ser mantidos com seus colegas. Para LACOMBE (2011) a empresa deve ter em mente que ser ética permite a ela atrair e reter colaboradores, além de clientes e fornecedores.

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Dessa forma, a empresa em questão deve sempre manter a frente os princípios éticos que norteiam a sociedade e as decisões empresariais. Pensa-se nesse momento, qual a forma possível de fiscalizar de tal procedimento é adotado pelos colaboradores, restou questionar se é viável e necessário fiscalizar se os profissionais agem de forma ética.

Gráfico 11- Fiscalização ética

67%

33%

Sim

não

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015

Para 67% dos pesquisados se houver fiscalização mais severa e eficiente os profissionais agiriam de forma ética, enquanto 33% discordam dessa afirmação. Para Lisboa (1997) é procedimento normal das empresas e, também, é a expectativa do trabalhador ter-se organizações com princípios, metas e atuação bem definidos e pronto para estar preparados para o mercado competitivo dentro das melhores práticas de ética. Assim, é aconselhável que haja por parte da empresa uma avaliação total daquele que deseja ingressar no quadro de colaboradores, deve considerar aspectos profissionais, caráter, temperamento, além da formação a que esse cidadão se sujeitou. Esse quesito é tão importante que para o autor a seleção inicial no momento da contratação deve considerar o comportamento ético do candidato.

Da mesma forma, como mencionado anteriormente, a credibilidade da empresa está no comportamento ético dos colaboradores e gestores. Para enriquecer o conhecimento sobre o comportamento ética na empresa questionou-se a respeito da quebra de sigilo sobre informações confidenciais que os colaboradores têm.

Gráfico 12- Sigilo profissional

3%

97%

Sim

Não

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015

A grande maioria dos pesquisados representados por 97% dos respondentes, afirmaram que não quebram o sigilo das informações que detém. Já LISBOA (1997) salienta à importância do sigilo que deve ser parte integral do comportamento do indivíduo, incluindo, também, o sigilo das informações recebidas dos seus clientes.

Para confiabilidade dos seus clientes, fornecedores e demais envolvidos direta ou indiretamente com a empresa o comportamento ético torna-se essencial, incluindo o sigilo das informações que a empresa e seus colaboradores detém. Partindo da necessidade da extensão do comportamento foi necessário avaliar no que tange ao comportamento da própria empresa em análise, questionou-se assim a respeito do comportamento ético da gestão da empresa.

Gráfico 13- Ètica na organização

Fonte: pesquisa realizada em abril de 2015

A maioria dos respondentes, representada por 60% do total dos entrevistados afirmaram que a gestão ética é composta por um conjunto de valores e regras que definem a conduta dos indivíduos como certa e errada, para 27% dos entrevistados entendem que a ética se baseia em regras legais de comportamento, já para 10% dos entrevistados entendem que o comportamento ético é questão pessoal e, apenas, 3% entendem que o comportamento é aplicado no nível tático.

Ao se falar sobre ética pensa-se em primeiro lugar quais são as vantagens e o porquê as empresas deveriam tratar esse tema. LACOMBE (2011) aborda 3 itens descritos a seguir:

a) Qual a razão para as empresas serem éticas?

b) Quais os benefícios proporcionados à empresa?

c) Os custos dessa decisão devem ser considerados?

Inicialmente, tem que se considerar que não se deve levar em conta apenas valores materiais, os outros custos devem estar presentes em todas as decisões empresariais. Destaca-se, entre eles: prestigio; respeito do público, dos empregados, dos fornecedores e dos consumidores; confiança nos produtos e nas decisões da empresa. Esses

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valores se confundem ao longo do tempo permitindo inferir que eles contribuem para os principais resultados da empresa, a exemplo do resultado financeiro.

Destacado pelo autor a importância desse comportamento perante as decisões empresariais há reconhecido o prestígio, a confiança, o respeito, entre outros aspectos positivos, fazendo com que a empresa esteja pronta a alçar patamares superiores. Considerações finais

Para as organizações é essencial que tenha

sempre presente nos seus procedimentos e políticas código de ética profissional, pois é essencial para sempre permanecer com a confiança e lealdade tanto dos colaboradores quanto dos clientes e demais stakeholders que estão de alguma forma na cadeia produtiva da empresa.

Dessa forma, o objetivo deste trabalho analisar a visão do empregado sobre a importância da ética para o sucesso empresarial. Há normas escritas, porém essas não são transferidas para os colaboradores da organização com a frequência que seria desejada. Cabe ao empregador disponibilizar em lugar visível o documento e instruir seus colaboradores a seguirem suas diretrizes, deixá-lo, assim, à disposição dos seus colaboradores para fortalecer os valores éticos proporcionando crescimento e ganhando respeito entre eles.

Os colaboradores, quando pesquisados, afirmaram em conhecer os principais conceitos de ética, também é importante que a empresa tenha sempre a preocupação em difundir esse conceito nas diversas áreas da empresa deixando-o sempre presente no ambiente de trabalho. Para os colaboradores a família exerce influência significativa na atuação ética do indivíduo.

Evidenciou-se a importância do relacionamento entre os colaboradores e entre esses e a direção da empresa. Em linhas gerais as pessoas se relacionam em ambientes diferenciados, onde a conduta dos indivíduos acontece, essa forma é explorada tanto no ambiente profissional quanto no convívio social.

A moral não deriva da natureza humana, da intuição, de um cálculo das consequências de um imperativo categórico, da evolução cultural “natural”, mas dos princípios éticos aceitáveis. A ética é fruto de um pacto, opõe-se às concepções do intuitivismo, do utilitarismo, do idealismo e do relativismo, na qual a lei e a ética são garantidas pelo poder soberano.

Sugere-se que o código de ética, tanto na empresa pesquisada seja objeto de reuniões periódicas no intuito de que cada colaborador conheça profundamente todos os seus princípios e procedimentos. O código pode ser dividido em

capítulos com assuntos similares colocados em discussão nas reuniões ou em grupos de trabalhos previamente selecionados, onde terão como tarefa obterem as diferentes maneiras de se introduzir o código nas rotinas de trabalho.

A partir do momento que esse grupo dá as diretrizes à empresa, outra tarefa será atribuída a eles que é de acompanhar a implementação ou utilização do código nas atividades diárias, permitindo avaliar se a equipe está agindo de acordo com o estabelecido, dando oportunidade à empresa de poder avaliar se o código realmente está sendo utilizado ou não.

Observou-se, também, ser necessário que o colaborador assine um termo de compromisso desde o momento da sua contratação para que ao longo de sua vida profissional não alegue ignorância do assunto em pauta, visto que o código de ética é fundamental para a conduta do colaborador, pois o mesmo tem uma complexidade muito grande. A ética é uma variável totalmente humana, envolve formação acadêmica, decisão, opção e juízo de valor. Acrescenta-se, ainda, que a ética, em sentido amplo, prega a liberdade, principal predicativo do indivíduo em sua trajetória.

Os colaboradores da empresa pesquisada devem ter em mente as três questões fundamentais que norteiam o comportamento humano, que são:

a) Quero? b) Devo? c) Posso? Ao se responder às questões tem-se

comprovado o conceito de ética, explicitado como conjunto de valores e princípios que norteiam a conduta do indivíduo. Conclui-se que os valores éticos profissionais, tanto da sociedade, quanto da organização, proporcionam um ambiente propício às relações empresariais e que sem os quais dificilmente a empresa avança. Considerando assim os resultados obtidos presente neste trabalho, apresentou-se algumas sugestões de melhoria para a organização.

Tratar de forma transparente todas as informações sobre o código de conduta ética na organização. Promover ações de melhoria para o cumprimento da mesma. Fazer reuniões mais frequentes e trazer em pauta a importância da ética para que todos possa conhecer e torna efetiva a observância das recomendações do código de ética para a conscientizar os colaboradores sobre a conduta no ambiente de trabalho. E a melhor forma de fazer é trazer para o nosso cotidiano. Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus por ser essencial na minha vida sem ele não teria forças para vencer essa longa jornada, autor do meu destino, meu refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Salmo 46:1). Aos meus irmãos e amigos que me deram apoio, incentivo nas

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horas difíceis, de desanimo e cansaço, em especial aos meus pais que mesmo distante se tornaram presentes com suas palavras doces que só podem vir de vocês foi o que me deu forças, segurança e a certeza de que não estou sozinha nessa caminhada. Ao meu orientador Professor MsC Luis Carlos Spaziani pela sua dedicação, disponibilidade e paciência na orientação incentivos que se tornaram possível a conclusão deste trabalho.

A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento deste trabalho. A faculdade Icesp Promove do curso Gestão de Recursos Humanos, seu corpo docente, direção e administração, pela confiança do mérito e ética presente. Aos colegas de sala que ficarão gravados na minha memória. Obrigado a todos que direta e indiretamente auxiliaram na construção deste sonho.

“Bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó altíssimo, anunciar de manhã a tua misericórdia e durante a noite anunciar a tua fidelidade”. (Salmo 92. 1-2)

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Referências 1 - Bervian, PA. Metodologia cientifica. São Paulo - SP: Editora Prentece Hall,2002. 2 - Carrion, V. Comentário à consolidação das leis do trabalho – Legislação complementar/ jurisprudência. São Paulo - SP: Editora Saraiva 2014. 3 - Cervo, AL. Metodologia cientifica. São Paulo - SP: Editora Prentece Hall, 2002. 4 - Chiavenato, I. Recursos Humanos: O capital humano das organizações. São Paulo – SP: Editora Atlas, 2006. 5 - Cortella, MS. Qual é a tua obra? Petrópolis – RJ: Editora Voz, 2014. 6 - Fachin, O. Fundamentos de metodologia. São Paulo – SP: Editora Saraiva 2005. 7 - _____. O. Fundamentos de metodologia. São Paulo – SP: Editora Saraiva 2005. 8 - GIL, AC. Como elaborar um projeto de pesquisa. São Paulo - SP: Editora Atlas 1999. 9 - ___,AC. Como elaborar um projeto de pesquisa. São Paulo - SP: Editora Atlas 2007. 10 - Lacombe, FJM. Recursos Humanos: Princípios e tendências. São Paulo – SP: Editora Saraiva 2011. 11 - Lisboa, LP. Ética profissional em contabilidade. 2. ed. São Paulo: editora atlas 1997. 12 - Lopes de Sá, A. Ética Profissional revista ampliada. São Paulo - SP: Editora Atlas, 2014. 13 - Maximiano, AC. Teoria Geral da Administração. Da revolução urbana a revolução Digital. 4 ed. São Paulo: atlas, 2004. 14 - _________, Antonio Cesar. Introdução à Administração. São Paulo – SP: Editora Atlas, 2011. 15 - Ribas, AL. Gestão de Pessoas para concursos. Brasília – DF: Editora Alumunus, 2013. 16 - Salim, CR. Teoria Gestão de Pessoas para concursos. Brasília – DF: Editora Alumunus, 2013. 17 - Valls, ÁLM. O que é ética – Coleção Primeiro passos. São Paulo – SP: Editora Brasiliense, 2006. 18 - Vergara SC. Relatório de pesquisa em administração. São Paulo – SP: Editora Atlas, 2000. 19 - ______, SC. Relatório de pesquisa em administração. São Paulo – SP: Editora Atlas, 2007. 20 - Volpato, Gilson Luiz, Ciência: da filosofia a publicação. São Paulo – SP: Editora Cultura Acadêmica, 2000.

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QUESTIONÁRIO (APÊNDICE A)

01. Sexo:

() Masculino () Feminino

02. Faixa etária:

() 18 – 29 () 30 – 39 () 40 – 49 () 50 – 60 () Mais de 60

03. Tempo de atuação nessa empresa:

() Menos de um ano () entre um e cinco anos () entre cinco e 10 anos( ) Mais de10anos

03. Você possui conhecimento sobre o Código de Ética dos profissionais?

a) Não conheço.

b) Conheço e utilizo.

c) Conheço mais nunca li.

d) Só ouvi falar.

e) Não tenho interesse.

04. Seu relacionamento com seu (sua) empregador (a) na empresa são:

a) Muito bom e estritamente profissional.

b) Muito bom, se estendendo também a um relacionamento pessoal fora do ambiente de serviço.

c) Conflitante. Por razões pessoais e/ ou profissionais.

d) Não é bom.

e) É razoável.

05. Nas relações interpessoais seu (sua) empregador (a):

a) Tem dificuldade de relacionamento com os colegas.

b) Não tem nenhuma dificuldade nas relações interpessoais no local de trabalho e procura ser um (a)

facilitador (a) das relações.

c) Procura manter a cordialidade com todos, com o intuito de obter facilidades e

Vantagens no trabalho.

d) Procura manter a cordialidade com todos, sem nenhuma segunda intenção.

e) Procura estabelecer um clima cortês, mas caso haja qualquer problema, não hesita em discutir.

06. Como facilitador (a) da comunicação empresarial, seu (sua) empregador (a):

a) Facilita sempre a comunicação entre os clientes interno-externos e você.

b) Raramente facilita o relacionamento dos outros com seus superiores.

c) Facilita, mais nem sempre estabelece um clima de respeito à hierarquia.

d) Tenta facilitar, mas não consegue.

e) Nunca facilita.

07. Em geral, como você vê a postura ética do/da(s) empregador(s) da empresa:

a) Muito boa.

b) Boa na maioria das vezes, mas com alguns problemas a se atentar e melhorar a postura.

c) Ruim na maioria das vezes, mas com algumas atitudes que demonstram um pouco de ética.

d) Muito ruim.

e) Péssimo. O/A(s) secretário/a(s) não tem noção de ética profissional.

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08. O que você entende por ética?

() Educação Moral

() Conjunto de Princípios e Valores

() Consciência perante a sociedade

() Diretrizes que orienta o individuo perante sua postura e conduta

() O que é legal

() Base da construção pessoal

09. Que fatores levam você agir eticamente no seu ambiente de trabalho?

() Possíveis sanções

() Princípios morais

() Religião

() Convenções sociais

() Outros --------------------------------------------

10. O que influência diretamente na sua atuação ética?

() Família

() Chefia

() Religião

() Outros---------------------------------------

11. Onde você teve acesso ou conhecimento sobre a existência do código de ética profissional?

() No ambiente de trabalho

() Na formação acadêmica

() Por colegas

Outros ------------------------------------------

12. Você já agiu de forma não ética, perante:

()Fisco

()Colegas

()Clientes

()Chefia

() Nenhuma das opções

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13. Fiscalização mais severa e eficiente faria os profissionais agir mais eticamente?

() Sim

() Não

14. Você já quebrou ou presenciou a quebra do sigilo sobre o que soube em razão do exercício

profissional licito, sem solicitação legal?

() Sim, qual? ------------------------------------------------------------------

() Não

15. A respeito da gestão de ética na organização, assinale a alternativa correta.

A.() É uma questão pessoal que atende ao ponto de vista de cada um, assim a organização

Deve tratar o assunto com subjetividade.

B. () A gestão ética baseia-se em regras legais de comportamento que pretendem ser

Imparciais.

C. () É aplicada principalmente nos níveis gerenciais de uma organização, já que deve ser

acompanhado taticamente.

D.() A gestão ética é composta por um conjunto de valores e regras que definem a conduta dos

indivíduos como certa e errada.

E.() É um conjunto de regras que dizem como se comportar em todas as situações.