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PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785 l 39

A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DA INCONFIDÊNCIA MINEIRAMateus de Moura Ferreira1

RESUMO: O texto tem como propósito abordar alguns tópicos sobre o movimento inconfidente deflagrado nas Minas Gerais no ultimo quarto do século XVIII. A

tradição oral foi o primeiro veiculo de propagação da Inconfidência Mineira, tal instrumento definiu alguns mitos que posteriormente foram incorporados pelos

intelectuais do Republicanismo que construíram a imagem de Tiradentes como um mártir cívico associado a elementos religiosos de forte apelo popular, os

efeitos desta associação ainda estão presentes no imaginário popular.

PALAVRAS CHAVE: Inconfidência Mineira – Tiradentes - República – mito

1 – Introdução

O estudo dos conflitos que ocorrerão no Brasil colonial, em

especial nas Minas Gerais, invariavelmente abordará o conhe-

cido movimento Inconfidente ocorrido no final do século XVIII,

onde a elite da capitania contestou a opressão econômica per-

petuada pela Metrópole portuguesa.

O movimento Inconfidente foi deflagrado por ilustres re-

presentantes da sociedade colonial das Minas, detentores de

lavras mineiras, fazendas com vasta escravaria e títulos públi-

cos como Tomas António Gonzaga, Claudio Manuel da Costa

e Alvarenga Peixoto, mas, o movimento também contou com a

participação de membros não tão abastados que permeados

por ideais progressistas se imortalizaram na história do país,

entre estes, a figura emblemática de herói nacional conferida a

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

O mítico herói brasileiro, defensor da liberdade e opressão

já foi objeto de inúmeras análises historiográficas de riquíssi-

mo valor cultural2, isso mostra o valor atribuído ao personagem

central da Inconfidência Mineira no imaginário brasileiro, princi-

palmente após o fim do período monárquico.

A análise da consciência histórica3 que a figura de Tira-

dentes legou ao imaginário nacional é fruto de uma política de

simbologismo e misticismo, perpetuada pelos republicanos no

fim do século XIX onde a necessidade de heróis nacionais se

mostrava latente na construção da identidade nacional.

Desde então, a Inconfidência Mineira é considerada o mar-

co inicial do processo de independência do Brasil Colonial que

culminou4 no 7 de setembro de 1822. Analisar este movimento

sob o prisma do discurso perpetuado pelos seus interpretes

extemporâneos na construção de uma identidade nacional é o

objeto deste artigo.

2 – Tópicos sobre a inconfidência mineira

A capitania de Minas Gerais foi durante o século XVIII o

grande triunfo da coroa portuguesa, imensas jazidas de ouro

e diamantes foram descobertas por desbravadores paulistas

na região no final do século XVII levando a região das Minas a

um rápido desenvolvimento urbano e cultural durante o século

posterior5.

A Vila Rica de Ouro Preto6, encravada na região da Serra

o Espinhaço, aos pés do Pico do Itacolomi, rodeada por pe-

quenos vilarejos mineradores que hoje vivem a decadência do

tempo, era o centro efervescência cultural, política e econômica

da capitania de Minas Gerais. Nesta comarca, reuniam-se as

principais lideranças administrativas e religiosas da Capitania,

o conhecimento letrado oriundo da Universidade de Coimbra

em Portugal desfilava pelas vielas apertadas e úmidas do lu-

gar a sombra de igrejas barrocas e casarões setecentistas, um

seleto7 grupo de homens influentes articulava um processo de

ruptura com os desmandos da Metrópole Portuguesa, ilumi-

nados pela Revolução Americana que ecoou seus gritos nas

terras tupiniquins.

Os autos da devassa relacionam como alguns dos princi-

pais integrantes do movimento: Tomas Antonio Gonzaga, Iná-

cio José de Alvarenga Peixoto, Luis Vaz de Toledo Piza, José

Álvares Maciel, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, João da

Costa Rodrigues, José Resende Costa( pai e filho), Domingos

Abreu de Oliveira, Padre José da Silva Rolim, Manuel Rodri-

gues Costa, Cônego Luís Vieira e Joaquim José da Silva Xavier,

o Tiradentes8.

Diante das dificuldades que o regime colonial trazia a ca-

pitania, cada vez mais a insatisfação com os desmandos da

coroa lançava seus efeitos pelos rincões da terra, altos tributos,

a eminência da derrama9, imposições arbitrárias da cúpula ad-

ministrativa, argumentos que os inconfidentes acreditavam mo-

ver o espírito da população a sua causa, deflagrando o apoio

popular na concretização da revolta.

Acasos do destino impossibilitaram a ocorrência da Revo-

lução, como em um ato religioso que futuramente seria com-

parado ao feito, traidores delataram o movimento insurgente

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da capitania, rapidamente, o aparelho burocrata lançou sobre

os revoltosos sua ira, o cárcere, a tortura e o fim de um sonho

libertador sucumbia nas masmorras do Antigo Regime

Diante disso, surge a figura de Joaquim José da Silva

Xavier, por peculiaridades que o destino impõe aos mártires, o

alferes Tiradentes foi e será sempre o incógnito homem oriun-

do da comarca de Rio das Mortes, descendente de uma famí-

lia tradicional da região, versado nas ciências naturais e ofícios

médicos, feroz combatente da trupe maléfica do “Montanha”

que saqueava os viajantes da Estrada Real na altura da Serra

da Mantiqueira, projetista de aquedutos no Rio de Janeiro, fre-

qüentador de tabernas e outros ambientes hostis a sociedade

colonial, idealizador da liberdade ou mesmo um autentico repu-

blicano engajado.

O Alferes10, este homem singelo e peculiar, foi um

grande articulador do movimento separatista, a sua habilidade

médica lhe concedia um livre transito na comunidade mineira,

difundir as idéias debatidas pelo círculo literato em Vila Rica era

sua missão, regimentar novos entusiastas para o movimento se

tornava rotina, o alferes

desenvolvia um papel crucial na trama e seus algozes não

iriam deixar isso passar despercebido11.

A terrível sentença imposta ao revolucionário,foi um

dos elementos apropriados pelas futuras gerações na constru-

ção do mito martirizado do alferes, a tradição inoculou seu suplí-

cio no cárcere e a altivez perante a morte12 como ingredientes da

memória nacional. Enforcado e esquartejado, o homem rústico

das Minas Gerais ingressa no panteão da história como o herói

da contestação do julgo dominador, liberdade ainda que tardia

seria a tônica no século XIX.

3 - Tiradentes e a Republica: a construção do mito

Alguns dos primeiros escritos sobre a Inconfidência Mineira

e o suplício de Tiradentes encontrados no fim do século XIX as-

sim tratam do tema:

“O heróico dentista, calmo e grave, foi levado, en-vergando a túnica dos condenados da prisão(...)acompanhado por dois padres e guardado por 100 baionetas. Continuou sua adoração da Trin-dade e da Encarnação até chegar ao cadafalso.Ali, ofereceu ao carrasco seu relógio de ouro. Suas últimas palavras, depois de repetir, com o confes-sor, o Credo de Atanásio, foram: “Cumpri minhas palavras, morro pela liberdade”. A gloriosa confis-são foi abafada por um rufar de tambores e soar de cornetas. Às 11 horas, foi enforcado até a morte, decapitado e esquartejado, por um carrasco negro

e seus ajudantes.(...)Assim, tragicamente e com sangue, terminou a “comédia”, no mesmo ano que assistiu à decapitação do Bourbon; e mal se pas-sara uma geração, a Árvore da Liberdade e da In-dependência, regada pelo sangue do republicano Tiradentes, cresceu e espalhou seus ramos sobre o País.”( Burton, Richard Francis. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. USP, 1976. p.293)

“...tinha 15 anos quando lhe noticiaram morar na Rua da Alfândega uma preta de nome Jacinta, que contava perto de 120 anos.Conversando com ela, que se achava no mais perfeito juízo, ela contou que morava na rua dos Ciganos( atual Constitui-ção) quando se deu a execução de Tiradentes e que vira desfilar o préstito de volta da Igreja da Lampadosa; que o mártir levava uma alva, tinha no pescoço uma corda e nas mãos um crucifixo. Que se lembra como se fosse hoje (disse ela) que o cortejo parara à porta de sua casa, onde um frade lhe pedira um copo com água para dar ao conde-nado, no que ela foi buscar a água que o condena-do bebeu com sofreguidão; que Tiradentes tinha o andar vacilante e uma fisionomia que causava dó, que ela então acompanhará o préstito até a forca, que ficava mais ou menos no ponto em que hoje se acha o Arquivo Nacional.”( Lima, Hermeto. Em que lugar foi enforcado Tiradentes? Jornal do Bra-sil, Rio de Janeiro, 21 de abril de 1937, p.6)

Observa-se nas passagens supra citadas a tópica recorren-

te no século XIX sobre a Inconfidência Mineira e principalmente a

memória relativa a morte do alferes, apesar de escrito no século

XX em pleno Estado Novo, a citação remete a lembranças do

autor oriundas do início do período republicano, momento em

que o imaginário passa viver com intensidade a história da Revo-

lução das Minas. Deve-se ressaltar que o fim do período monár-

quico e o início do republicanismo foi um momento de afirmação

do positivismo lógico obre o antigo regime, assim, relembrar as

figuras que combateram a retórica absolutista foi um exercício

primordial da elite acampada no poder que se inaugurava.

O historiador americano Kenneth Maxwell na sua “Devassa

da Devassa” assim diz:

“O heróico dentista, calmo e grave, foi levado, en-vergando a túnica dos condenados da prisão(...)acompanhado por dois padres e guardado por

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100 baionetas. Continuou sua adoração da Trin-dade e da Encarnação até chegar ao cadafalso.Ali, ofereceu ao carrasco seu relógio de ouro. Suas últimas palavras, depois de repetir, com o confes-sor, o Credo de Atanásio, foram: “Cumpri minhas palavras, morro pela liberdade”. A gloriosa confis-são foi abafada por um rufar de tambores e soar de cornetas. Às 11 horas, foi enforcado até a mor-te, decapitado e esquartejado, por um carrasco negro e seus ajudantes.(...)Assim, tragicamente e com sangue, terminou a “comédia”, no mesmo ano que assistiu à decapitação do Bourbon; e mal se passara uma geração, a Árvore da Liberdade e da Independência, regada pelo sangue do republi-cano Tiradentes, cresceu e espalhou seus ramos sobre o País.( Burton, Richard Francis. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. Belo Horizonte: Ita-tiaia; São Paulo: Ed. USP, 1976. p.293)

Nas três passagens acima, escritas em contextos históricos

diferentes, a figura do alferes e os pressupostos axiológicos da

Inconfidência se adéquam ao discurso dominante de cada épo-

ca na qual foram reproduzidas; eis um indÍcio de como a ma-

nipulação da memória pode se adequar a horizontes distintos.

A figura do alferes cercada de mistérios e heroísmo seduziu

os artistas do final do século XIX, podemos citar Aurélio de Fi-

gueiredo, Décio Villares, Pedro Américo, Eduardo de Sá e José

Walsht13; todos eles construíram imagens que se adequaram as

necessidades, a criação e o enraizamento dos mitos políticos

que têm nas manifestações artísticas um elo de prospecção e

afirmação; as representações da Inconfidência e principalmente

de Tiradentes trazem a tona a idéia de liberdade, coragem, ab-

negação, sacrifício, patriotismo — são parte integrante das ex-

periências sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira,

desde o século XVIII14.

A figura republicana do mártir mineiro bem como a tradição

que se instituía nestas imagens, refletia os anseios populares e

elitistas de então, no limiar do século XX, permeado por idéias

positivistas, surgia a construção de uma memória nacional atra-

vés da representação romântica de seus personagens.

A inconfidência estava viva na memória popular, mas ainda

era um tema árduo para a elite culta do Segundo Reinado, pois

o proclamador da independência era neto de D. Maria I, a rainha

alvo dos rebelados inconfidentes15, o Brasil durante boa parte

do século XVIX foi governando pela família Bragança, daí a difi-

culdade em encontrar estudos consistentes neste período sobre

o acontecimento mineiro. Com a queda da monarquia a figura

do alferes passa a ser exaltada por meios oficias, uma tradição

nacional tem início, estátuas, quadros, ruas, avenidas, praças,

parques, medalhas são alguns dos instrumentos de propagação

da memória da Inconfidência, principalmente de Tiradentes.

Sabiamente, os artistas republicanos apelaram a tradição

cristã do povo, criaram um Cristo cívico através de Tiradentes16,

assim, a consciência histórica segue a tradição instituída nas

representações artísticas do final do século XVIX refletida até

hoje, um exemplo é a Medalha da Inconfidência concedida pelo

Governo do Estado de Minas Gerais no dia 21 de abril, data

da morte do alferes as pessoas de destaque na execução dos

valores cívicos.

4- Conclusão

O estudo da Inconfidência Mineira ainda carece de muita

atenção, alguns pontos obscuros na biografia dos integrantes

do movimento bem como no planejamento do levante são mis-

térios clamando pela elucidação, ocorre que a fascinação deste

movimento colonial, um folhetim de intrigas novelescas e atua-

ções heróicas constitui boa parte da memória cívica nacional.

O alferes Tiradentes, herói republicano, Cristo cívico, mártir da

liberdade nada mais é que uma figura humana, com medo e

paixões; construir a identidade de um homem distante das idea-

lizações heróicas que a consciência histórica nós legou através

da tradição é um desafio aos pesquisadores contemporâneos;

talvez assim, pode-se conhecer melhor quais os fatores que

impulsionaram a construção da nação brasileira.

REFERÊNCIASBurton, Richard Francis. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. USP, 1976. p.293.

Carvalho, Jóse Murilo de. A formação das almas: o imaginário da Repú-blica no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

Fonseca, Thaís Nívea de Lima e Fonseca. A Inconfidência Mineira e Ti-radentes vistos pela Imprensa: a vitalização dos mitos (1930-1960). Re-vista Brasileira de História. São Paulo, v. 22, nº 44, pp. 439-462, 2002.

Junior, Augusto de Lima. História da Inconfidência de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1996.

Lima, Hermeto. Em que lugar foi enforcado Tiradentes? Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 21 de abril de 1937, p.6

Luiz Carlos Villalta / Maria Efigênia Lage de Resende.História das Minas Setecentistas. vol 2. Belo Horizonte: Autêntica Editora / Companhia do Tempo, 2007.

Maxwell, Kenneth. A devassa da devassa: A inconfidência Mineira: Bra-

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sil-Portugal - 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra S/A, 2002.

Vasconcelos, Diogo. História Média de Minas Gerais. Belo Horizonte, Itatiaia, 1974.

História antiga de Minas Gerais. Belo Horizonte, Itatiaia, 1974.

NOTAS DE RODAPÉ1. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Newton Paiva.

2. “A formação das almas” (José Murilo de Carvalho), “Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho” (Richard Burton), “História da Conjuração Mineira” (Joaquim Norberto de Sousa Silva), “Arena contra Tiradentes” ( Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri) entre outros.

3. Se a Inconfidência Mineira tem sido elemento de suporte a uma de-terminada construção historiográfica e a projetos e posicionamentos políticos desde as últimas décadas do século XIX, Tiradentes desponta como seu símbolo, síntese das idéias das quais o movimento seria o precursor, no Brasil.Ele se tornou, talvez, o personagem mais popular da história nacional, adquirindo contornos heróicos e status de mito político. (Fonseca, 2002, p.440)

4. Será que realmente a Independência do Brasil ocorreu em 1822, ana-lisar por exemplo o judiciário brasileiro após este período nos leva a crer que não, uma vez que instâncias superiores da Justiça ainda se encon-travam alojadas em Portugal. Os marcos historiográficos de rupturas como o 7 de setembro podem conter contradições como a supra citada.

5. (Vasconcelos, 1974)

6. Vila Rica, a opulenta cidade do ouro negro fica a cerca de 15 dias de caravana de mulas da sede do vice-reinado, Rio de Janeiro. A estrada para a zona montanhosa brasileira, atravessando densa floresta tropical e contornando escarpas vertiginosamente altas, era perigosa e espeta-cular. (Maxwell, 2005, p. 108)

7. Os autos da Devassa, instrumento judicial que condenou os Inconfi-dentes, traz a relação dos participantes deste movimento, mas, deve-se indagar afinal se houve mais integrantes no movimento uma vez que a parcialidade foi a tônica deste processo judicial.

8. (Junior, 1996)

9. A Derrama consistia na cobrança do que faltava para completa o míni-mo de cem arrobas de ouro anuais devidos a coroa. (Junior, 1996, p. 80)

10. Em Vila Rica, no Rio de Janeiro, no Tijuco e nas ondas dos matos, estava sempre Joaquim José a praticar o ofício de médico e dentista, aprendendo com os velhos profissionais, dos quais se fazia amigo por seu temperamento prestativo e amável. (Junior, 1996, p. 68)

11. A sentença condenou Tiradentes à forca, a ter a cabeça cortada e exibida sobre uma alta estaca, no centro de Vila Rica e mais, a ter o cor-

po esquartejado e suas partes expostas nas vias de acesso à capitania e naqueles lugares por ele mais frequentado. (Maxwell, 2005, p. 221)

12. A tranqüila dignidade com que Tiradentes enfrentou a morte foi um dos poucos momentos heróicos do fracasso sombrio. (Maxwell, 2005, p. 222)

13. (Carvalho, 2011)

14. (Fonseca, 2002, p.441)15. (Carvalho, 2011, p. 59)

16. (Carvalho, 2011, p. 67)