9º ANO – ENSINO FUNDAMENTALLíngua Portuguesa, Interpretação de Texto,

Livro Paradidático, Produção de Texto e Inglês.

S1

2º Trimestre 45 questões20 de agosto (Terça-feira)

2019 – SIMULADO OBJETIVO – 9º ANO – 2º TRIMESTRE

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LÍNGUA PORTUGUESA

O racismo da academia apagou a história de Dandara e Luisa Mahin Este texto é uma resposta à historiadora Ana Lucia Araujo, que considera perigosa a inclusão no Panteão

da Pátria de guerreiras cuja existência não teria sido provada. O projeto, aprovado pelo Senado, ainda depende da apreciação do presidente.

4 de Junho de 2019

A escravidão interrompeu a história da África e de seus descendentes, roubando séculos de produção intelectual em troca de trabalho forçado. O Brasil só aboliu a escravidão há menos de 131 anos e é natural ver alguns nomes de heróis afro-brasileiros sendo reconhecidos cada vez mais no Panteão da Pátria, um memorial cívico inaugurado em 1986 para homenagear personalidades brasileiras.

No “Livro dos heróis e heroínas da pátria”, já constam nomes como Luís Gama, Anita Garibaldi, Zumbi dos Palmares e Heitor Villa-Lobos. Recentemente, o Senado aprovou a inclusão de duas lideranças negras: Dandara, líder quilombola que articulava as estratégias de Palmares ao lado do marido, Zumbi, e Luisa Mahin, considerada uma das maiores lideranças negras contra a escravidão na Bahia do século 19, mãe do abolicionista Luís Gama. Ambas são símbolos da luta feminina contra a escravidão.

Assim como a maior parte dos personagens negros, o nome dessas duas guerreiras é envolto em polêmica. Historiadores desconectados da realidade negra questionam as fontes que comprovam a existência dessas mulheres porque só há relatos esparsos das suas vidas. Ambas acabaram alvos do desinteresse de historiadores da época, e ainda hoje existe uma dificuldade imensa em recuperar suas biografias por não haver um esforço em catalogar e analisar a tradição oral como fonte historiográfica. A maior parte da vida de Dandara, por exemplo, sobreviveu na forma de lendas, segundo a Fundação Palmares. Não há registros do local onde nasceu, tampouco da sua ascendência africana.

Não sobraram evidências físicas sobre a Dandara após o ataque a Palmares. Nos poucos registros, sabe-se que ela chegou no quilombo ainda menina e participava tanto das atividades corriqueiras, como caça ou agricultura, quanto das atividades de defesa e combate pelo quilombo. Ao ser presa, em 1694, decidiu que nunca seria escravizada e se jogou de uma pedreira para o abismo.

A mãe de Luís Gama é tratada da mesma maneira pela história. Não existem registros oficiais de suas participações nos levantes baianos. O primeiro documento que descreve Luisa é uma carta do abolicionista endereçada ao jornalista Lúcio de Mendonça. A existência de Luisa Mahin é comprovada na descrição de seu filho Luís Gama.

Segundo a historiadora Ligia Fonseca Ferreira, “a riqueza de detalhes e o testemunho pessoal atribuem veracidade a narração de Gama, ampliando as possibilidades de aceitação da personagem”. Luisa pertencia à nação nagô-jeje, originária do Golfo do Benin. Era do povo Mahin, daí seu sobrenome. Ela sempre negou o batismo e manteve suas tradições africanas acima das doutrinas cristãs. Sua casa teria sido o quartel general da Revolta dos Malês em 1835.

A falta desses registros em papel, que nunca seriam obtidos de modo fácil ou que sequer existam, gera um questionamento que, a meu ver, é a face de um preconceito secular na historiografia, tema abordado em “História Geral da África I” por Joseph Ki-Zerbo, um dos mais respeitados historiadores africanos. Segundo Ki-Zerbo, os estereótipos raciais criadores de desprezo estão tão profundamente consolidados que corromperam inclusive os próprios conceitos da historiografia.

A inscrição dessas duas mulheres no Panteão da Pátria não é apenas um reconhecimento das figuras históricas, mas significa uma pequena ruptura na historiografia com viés colonial, um passo em direção a valorização da tradição negra-brasileira como uma entidade histórica. Isso contribui para a construção e fortalecimento da consciência étnica do povo afro-brasileiro. Sem isso, negros e indígenas seguirão à mercê da visão de quem os manteve cativos, exatamente como diz um famoso ditado africano: “Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caça seguirão glorificando o caçador.” 1. Atente-se à frase:

“Nos poucos registros, sabe-se que ela chegou no quilombo ainda menina [...]”

A oração que possui a mesma classificação que aquela em destaque é: a) O professor necessita de que o ajudem. b) O importante é que as pessoas sejam felizes. c) De ti, espero isto: que sejas feliz. d) Todo querem que o aluno seja aprovado. e) Tenho medo de que haja lágrimas. GABARITO: D COMENTÁRIO: A oração em destaque é subordinada substantiva objetiva direta. A alternativa “d” também possui a mesma classificação, já que é precedida pelo verbo “saber”, também transitivo direto.

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2. A palavra em destaque na sequência “O Brasil só aboliu a escravidão há menos de 131 anos e é natural ver alguns nomes de heróis afro-brasileiros sendo reconhecidos cada vez mais no Panteão da Pátria” é formada a partir do processo de

a) prefixação. b) justaposição. c) aglutinação.

d) sufixação. e) derivação regressiva.

GABARITO: B COMENTÁRIO: Afro-brasileiros é um substantivo formado pelas palavras “afro” e “brasileiros” sem que haja perda fonética, logo, o processo é a justaposição.

3. No trecho “Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caça seguirão glorificando o caçador”, a palavra em destaque é estruturada por dois morfemas.

Os mesmos morfemas estão contemplados no vocábulo: a) apático b) infeliz c) realidade

d) descontente e) flor

GABARITO: C COMENTÁRIO: A palavra historiadores é formada pelo radical “historia” e pelo sufixo “-dores”, ou seja, sua estrutura pelo processo de derivação sufixal. O mesmo ocorre em realidade, em o radical é “real” e o sufixo “-idade”. A tira abaixo traz um diálogo entre o menino Calvin e seu tigre de pelúcia Haroldo.

4. No período composto “Ela diz que nós não entendemos realmente isto”, a oração subordinada substantiva é classificada como

a) subjetiva b) completiva nominal c) apositiva

d) objetiva direta e) predicativa

GABARITO: D COMENTÁRIO: A oração é objetiva direta uma vez que “que nós não entendemos realmente isto” completa o sentido do verbo “diz” da oração principal, verbo esse que é transitivo direto. 5. Quando a palavra é formada pela união de dois ou mais radicais, ocorre a composição, que pode ser por

justaposição ou aglutinação. As palavras a seguir foram formadas, respectivamente, por:

Guarda-sol Pontapé Guarda-roupa Pernilongo Aguardente a) Aglutinação – Aglutinação – Justaposição – Aglutinação – Justaposição. b) Aglutinação – Aglutinação – Justaposição – Justaposição – Justaposição. c) Aglutinação – Justaposição – Justaposição – Justaposição – Justaposição. d) Justaposição – Justaposição – Justaposição – Aglutinação – Aglutinação. e) Justaposição – Aglutinação – Justaposição – Aglutinação – Justaposição. GABARITO: D COMENTÁRIO: As palavras guarda-sol, pontapé e guarda-roupa são a junção de dois vocábulos sem perda fonética, assim são formados pela justaposição. Já em pernilongo e aguardente ocorre perda fonética e fonológica, fazendo com que ocorra o processo de aglutinação.

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A tirinha a seguir é base para as questões 6 e 7.

6. O processo de formação que envolve a palavra desinfetante pode ser observado também em a) desvalorização – derivação parassintética. b) intempestivamente – derivação imprópria. c) embora– derivação parassintética.

d) anormal – derivação regressiva. e) glorioso – derivação prefixal.

GABARITO: A COMENTÁRIO: A palavra desinfetante é formada pelos morfemas: prefixo “des-”, radical “infet-” e sufixo “-ante”. Logo, é resultado de um processo de formação parassintética, como ocorre em desvalorização: prefixo “des-”, radical “valoriz-” sufixo “ação”. 7. O último quadrinho da tirinha apresenta uma oração subordinada substantiva, que pode ser classificada como a) subjetiva. b) objetiva direta. c) objetiva indireta.

d) completiva nominal. e) apositiva.

GABARITO: B COMENTÁRIO: A oração é objetiva direta, uma vez que “que teve gente presa por causa disso” completa o sentido do verbo “sabia” da oração principal, sem uso de preposição. Verbo esse que é transitivo direto.

O poeta e a poesia por Cora Coralina & outros...

Não é o poeta que cria a poesia. E sim, a poesia que condiciona o poeta.

Poeta é a sensibilidade acima do vulgar. Poeta é o operário, o artífice da palavra. E com ela compõe a ourivesaria de um verso.

Poeta, não somente o que escreve. É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima, à autenticidade de um verso.

Poeta é ser ambicioso, insatisfeito, procurando no jogo das palavras, no imprevisto do texto, atingir a perfeição inalcançável.

8. São os processos de formação pelos quais passaram as palavras “autenticidade” e “inalcançável”,

respectivamente, presentes no poema anterior: a) derivação sufixal e derivação regressiva. b) derivação imprópria e composição por justaposição. c) composição por justaposição e composição por aglutinação. d) derivação prefixal e composição por justaposição. e) derivação sufixal e derivação parassintética. GABARITO: E COMENTÁRIO: A palavra autenticidade é formada pelos morfemas “autentic-“, que é o radical e “idade” que é o sufixo. Assim, o processo que compõe é o de derivação sufixal. Já a palavra inalcançável é formada pelo prefixo”-in”, radical “alcanç” e o sufixo “ável”, portanto, formação parassintética.

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9. Os processos de formação das palavras “super-herói”; “termonuclear” e “utilização” são, respectivamente, por a) prefixação, aglutinação e prefixação. b) prefixação, aglutinação e sufixação. c) justaposição, neologismo e prefixação.

d) aglutinação, hibridismo e parassíntese. e) hibridismo, derivação regressiva e prefixação.

GABARITO: B COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno seja capaz de analisar as palavras em destaque e verifique que “super-herói” possui um prefixo “super” e um radical “herói”, caracterizando a prefixação; “termonuclear” é um adjetivo formado pelas palavras “térmico” e “nuclear”, havendo, portanto, perda fonética; e a palavra “utilização” é derivada do radical “utiliz-“, a partir do acréscimo de um sufixo, “ação”. Sendo assim, os processos envolvidos estão corretamente e respectivamente apontados na letra B.

O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos em ter uma vida longa, o que significa viver muito anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo.

(NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. época, 28 abr. 2008) 10. A oração reduzida destacada no excerto acima compõe um período composto por subordinação,

desempenhando nesse período a função de a) sujeito. b) predicativo do sujeito. c) aposto.

d) complemento nominal. e) objeto indireto.

GABARITO: E COMENTÁRIO: Espera-se que o aluno consiga atribuir a função sintática desempenhada por uma oração subordinada, em seu emprego contextualizado. O verbo ajudar, acompanhado da preposição “a”, introduz uma oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo.

Uma revisão de dados recentes sobre a morte de línguas

Linguistas preveem que metade das mais de 6 mil línguas faladas no mundo desaparecerá em um século — uma taxa de extinção que supera as estimativas mais pessimistas quanto à extinção de espécies biológicas.

(...) Segundo a Unesco, 96% da população mundial falam só 4% das línguas existentes. E apenas 4% da

humanidade partilha o restante dos idiomas, metade dos quais se encontra em perigo de extinção. Entre 20 e 30 idiomas desaparecem por ano — uma média de uma língua a cada duas semanas. (...)

A perda de línguas raras é lamentável por várias razões. Em primeiro lugar, pelo interesse científico que despertam: algumas questões básicas da linguística estão longe de estar inteiramente resolvidas. E essas línguas ajudam a saber quais elementos da gramática e do vocabulário são realmente universais, isto é, resultantes das características do próprio cérebro humano.

A ciência também tenta reconstruir o percurso de antigas migrações, fazendo um levantamento de palavras emprestadas, que ocorrem em línguas sem qualquer parentesco. Afinal, se línguas não aparentadas partilham palavras, então seus povos estiveram em contato em algum momento.

Um comunicado do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) diz que "o desaparecimento de uma língua e de seu contexto cultural equivale a queimar um livro único sobre a natureza". Afinal, cada povo tem um modo único de ver a vida. Por exemplo, a palavra russa mir significa igualmente "aldeia", "mundo" e "paz". É que, como os aldeões russos da Idade Média tinham de fugir para a floresta em tempos de guerra, a aldeia era para eles o próprio mundo, ao menos enquanto houvesse paz.

Disponível em: <http://revistalingua.com.br/textos/116/a-morte-anunciada-355517-1.asp> acesso em 16 jun. 2019. 11. Na frase “Linguistas preveem que metade das mais de 6 mil línguas faladas no mundo desaparecerá em

um século”, que aparece no início do texto, o trecho em destaque desempenha a função de objeto direto da oração principal. O mesmo ocorre em:

a) Quanto ao José, dizem ter viajado para a Europa. b) Tenho muita vontade de comprar este vestido. c) Não é conveniente comprar todos estes materiais. d) O sucesso da tua carreira depende de teres dedicação. e) A única alternativa é estudar no exterior. GABARITO: A COMENTÁRIO: Na oração “Quanto ao José, dizem ter viajado para a Europa”, o trecho em destaque é uma oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo que completa o sentido do verbo dizer (VTD).

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Charge para as próximas duas questões:

12. A charge em análise faz uma crítica a) às atitudes inconsequentes das pessoas que passam trotes. b) ao mau serviço prestado pelas operadoras de telefonia. c) ao desperdício de tempo e de dinheiro gastos em ligações inúteis. d) ao custo elevado dos preços pagos pelos consumidores. e) à curta duração das ligações de celular. GABARITO: B COMENTÁRIO: o aluno precisa saber conhecer e interpretar o gênero charge. É necessário que se perceba, também, a crítica presente em relação às operadoras telefônicas. 13. A expressão “provar do seu próprio veneno”, presente no segundo quadrinho, apresenta significado

semelhante ao ditado popular a) “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. b) “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. c) “Macaco velho não mete a mão em cumbuca”. d) “Em casa de ferreiro o espeto é de pau”. e) “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. GABARITO: E COMENTÁRIO: O aluno precisa saber conhecer e interpretar o gênero charge. É importante que se tenha o conhecimento dos ditados populares e saber relacioná-los.

http://tudosaladeaula.blogspot.com/2017/12/atividade-propagandaanuncio.html

14. Os recursos gráficos (imagens) contribuem para o sucesso da propaganda, pois a) mostram que o presunto dessa marca é gostoso. b) trazem um artista famoso e uma bonita imagem para anunciar a marca. c) indicam que ter uma alimentação saudável é importante para todas as pessoas. d) reforçam a ideia de que precisamos comer presunto em nossas refeições diárias. e) mostram que se alguém come esse tipo de presunto será sempre bem recomendado. GABARITO: B COMENTÁRIO: É importante que o aluno saiba fazer leitura de imagens e relacionar as linguagens verbais e não verbais dentro de um contexto.

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As questões 15 e 16 referem-se ao trecho seguinte:

"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o Pentateuco."

(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas). 15. No trecho da obra de Machado de Assis, o narrador Brás Cubas afirma que a) vai adotar uma sequência narrativa invulgar. b) vai começar suas memórias pela narração de seu nascimento. c) duas considerações sobre a vida e a morte o levaram a escrever. d) vai começar a escrever suas memórias pela narração de sua morte. e) vai adotar a mesma sequência narrativa utilizada por Moisés, na Bíblia. GABARITO: D COMENTÁRIO: No texto, ao citar o Pentateuco, que termina com a morte de Moisés, diz que fará o contrário, ou seja, começará com a narração de sua morte.

16. Definindo-se como um "defunto autor", o narrador a) pôde descrever sua própria morte. b) ressuscitou na sua obra após a morte. c) descreveu a morte após o nascimento.

d) escreveu suas memórias antes de morrer. e) obteve em vida o reconhecimento de sua obra.

GABARITO: A COMENTÁRIO: É importante que o aluno saiba analisar e interpretar textos e retirar informações deles.

LIVRO PARADIDÁTICO

As próximas cinco questões se referem à obra Iracema, de José de Alencar:

A canção Iracema voou (1998), de Chico Buarque de Holanda, é base para a próxima questão.

Iracema voou

Iracema voou Para a América Leva roupa de lã E anda lépida Vê um filme de quando em vez Não domina o idioma inglês Lava chão numa casa de chá Tem saído ao luar Com um mímico Ambiciona estudar Canto lírico Não dá mole pra polícia Se puder, vai ficando por lá Tem saudade do Ceará Mas não muita Uns dias, afoita Me liga a cobrar É Iracema da América

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17. A canção de Chico Buarque refere-se à obra de José de Alencar, Iracema (1865). A partir dos versos do poema e romance indianista de Alencar, é possível inferir que

a) Iracema, em ambos os textos, encarna o desejo de todo o brasileiro de sair de seu país, buscando a sua felicidade que só será possível longe de sua nação: “Tem saudade do Ceará / Mas não muita”.

b) Iracema é o anagrama de América, construído por José de Alencar no nome da protagonista; trata-se de uma metáfora sobre a colonização americana, que foi bem vista aos olhos de ambos os autores.

c) em ambos os textos há o ideal romântico da criação de uma identidade nacional. Tanto Iracema de José de Alencar, quanto Iracema, de Chico Buarque personificam a busca por uma identidade brasileira.

d) José de Alencar e Chico Buarque tratam Iracema como uma mulher idealizada, moderna, mais desprendida de suas raízes e independente; não tão meiga e sentimental.

e) diferentemente da Iracema de Alencar, que abandona sua cultura por amor, a Iracema de Chico abandona sua cultura por liberdade.

GABARITO: E COMENTÁRIO: Ao fazer uma análise comparativa entre o texto de José de Alencar, Iracema, e a letra da música Iracema voou, de Chico Buarque, nota-se que são construídas duas ''Iracemas'': enquanto o romancista retrata uma mulher dócil, amorosa, sensível, e ligada à natureza, Buarque traz uma mulher cuja liberdade está acima de tais características, mostra uma mulher solta, descontraída e não tão ligada aos sentimentos: ''Tem saudade do Ceará. Mas não muita.''.

O romance Iracema, de José de Alencar, publicado em 1865, influenciou artistas, como José Maria de Medeiros, que nele encontraram inspiração para representar imagens do Brasil e do povo brasileiro no período imperial (1822-1889).

18. Na construção da identidade nacional durante o Império do Brasil, período literário do romantismo, identifica-

se a valorização dos seguintes aspectos: a) densidade populacional / marcas das culturas indígenas. b) natureza tropical / herança cultural dos grupos nativos. c) extensão litorânea / sincretismo religioso do povo. d) clima agradável / índole guerreira dos ameríndios. e) grandeza territorial / integração racial das etnias. GABARITO: B COMENTÁRIO: A identidade nacional na sociedade brasileira, durante o período imperial, foi associada, entre outros elementos, a características do território e às origens da população. Em função dos valores do Romantismo como movimento estético e cultural, muitos foram os literatos e artistas que apresentaram em suas obras - romances, poemas, pinturas históricas ou de paisagens - representações simbólicas da terra e de seu povo. O quadro de José Maria de Medeiros, Iracema, inspirado no romance homônimo de José de Alencar, apresenta essas representações da nação, traduzidas na exuberância da natureza tropical, em integração paradisíaca com a índia Iracema, mulher nativa, ícone dos habitantes originais da terra brasileira.

Além, muito além daquela serra que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

(Iracema, de José de Alencar)

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19. Ao caracterizar Iracema, José de Alencar relaciona-a a elementos da natureza, pondo aquela em relação a esta em uma posição de

a) complementaridade b) desvantagem c) dependência d) equilíbrio e) vantagem GABARITO: E COMENTÁRIO: No trecho extraído da obra de José de Alencar, o autor faz uso do grau comparativo para demonstrar a superioridade de Iracema frente aos aspectos da natureza. Esses aspectos estão presentes em trechos como “Mais rápida que a ema selvagem” e “o favo de jati não era doce como o seu sorriso”. 20. O personagem está caracterizado corretamente em: a) Iracema – (lábios de mel) – índia da tribo dos pitiguaras, filha de Andira, velho pajé; b) Moacir – Índio da tribo dos tabajaras, pertencente aos guerreiros de Irapuã, filho da dor e do sofrimento. c) Poti – índio tabajara, irmão de Iracema. Não guardou rancor de Iracema, visitava-a no exílio. d) Irapuã – chefe religioso dos tabajaras; apaixonado por Iracema. Ciumento e corajoso. Seu nome

significa "mel redondo". e) Jacaúna – chefe dos pitiguaras, irmão de Poti. Seu nome significa "jacarandá preto". GABARITO: E COMENTÁRIO: A alternativa adequada é a “e”. Na letra “a”, diz-se que Iracema é pitiguara, quando, na verdade, é tabajara e filha de Andira, mas seu pai é Araquém. Na letra “b”, Moacir é filho de Iracema e martim; na letra “c”, Poti é pitiguara e amigo de Matim; por fim, a alternativa “d” está incorreta, pois Irapuã é o chefe de guerra e não religioso.

Iracema, sentindo que lhe rompia o seio, buscou a margem do rio, onde crescia o coqueiro. Estreitou-se com a haste da palmeira. A dor lacerou suas entranhas; porém logo o choro infantil inundou

sua alma de júbilo. A jovem mãe, orgulhosa de tanta ventura, tomou o tenro filho nos braços e com ele arrojou-se às águas

límpidas do rio. Depois suspendeu-o à teta mimosa; seus olhos então o envolviam de tristeza e amor. - Tu és Moacir, o nascido de meu sofrimento. A ará, pousada no olho do coqueiro, repetiu Moacir, e desde então a ave amiga unia em seu canto ao nome

da mãe, o nome do filho. O inocente dormia; Iracema suspirava: - A jati fabrica o mel no tronco cheiroso do sassafrás; toda a lua das flores voa de ramo em ramo, colhendo

o suco para encher os favos; mas ela não prova sua doçura, porque a irara devora em uma noite toda a colmeia. Tua mãe também, filho de minha angústia, não beberá em teus lábios o mel de teu sorriso. 21. O trecho acima, da obra de José de Alencar, anuncia as ações subsequentes que relatam a(o) a) morte de Moacir. b) viagem de Iracema. c) fim trágico de Iracema. d) destino exitoso de Moacir. e) doença de Martim, pai de Moacir. GABARITO: C COMENTÁRIO: Martim e Poti saem para uma batalha, nasce o filho da índia com o português. Quando os dois amigos voltam da guerra, encontram Iracema à beira da morte. O corpo da índia é enterrado aos pés de um coqueiro, em cujas folhas se pode ouvir um lamento. Daí vem o nome Ceará, canto de sua jandaia de estimação, uma ave que sempre a acompanhava.

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PRODUÇÃO DE TEXTO

Transformers: O último cavaleiro Transformers: The last Knight

Pablo Villaça

Menos de dez segundos. Este foi o tempo necessário para que o cineasta Michael Bay exibisse a primeira explosão em Transformers: O Último Cavaleiro, que já tem início com balas de canhão em chamas sendo disparadas de algum ponto atrás da montanha presente na vinheta da Paramount que abre a projeção. Suponho que em Transformers 6 as explosões começarão no lobby do cinema.

Quinto capítulo da “saga” estrelada por robôs gigantes alienígenas transmorfos, o roteiro escrito a seis mãos agora inclui não apenas Optimus Prime (Peter Cullen) e sua turma, mas também o mago Merlin (Stanley Tucci), o Rei Arthur e seus cavaleiros da Távola Redonda, um cajado mágico, o planeta natal dos personagens-título e a criadora destes, Megatron (Frank Welker) e um grupo de Decepticons sociopatas, uma antiga ordem secreta que incluía Shakespeare e Mozart, uma sequência envolvendo nazistas e... o quê, mesmo? Ah, sim: dinossauros de metal. Para ser sincero, duvido que os roteiristas tenham descartado qualquer ideia surgida durante a produção desta continuação. “Um robô azul com sotaque mexicano? Claro, por que não?”

E, no entanto, mesmo com todos estes elementos e explosões a cada três minutos, O Último Cavaleiro é um tédio absoluto, investindo numa trama tão confusa e sem sentido (estes filmes tinham que vir com um “Anteriormente, em...”) que, quando alguém menciona como Hitler foi morto por um relógio alienígena, minha reação foi menos de “mas hein?” e mais de “ok”. Lógica nunca foi o forte da série, mas há um ponto a partir do qual a coisa começa a ficar ridícula demais: se o tal cajado era tão importante, por exemplo, como nenhuma menção ao artefato havia sido feita ao longo de quatro filmes?

Demonstrando acreditar que o espectador é tão estúpido quanto seu roteiro, Transformers 5 é um destes filmes que trazem alguém dizendo que fulano (no caso, Merlin) é um “bêbado” apenas para, no plano seguinte, exibir o próprio afirmando “Estou bêbado” – e, caso não houvéssemos entendido, ele então bebe de uma vez só todo o conteúdo de uma garrafa que trazia a tiracolo. A propósito: não tente compreender por que o sujeito é vivido pelo mesmo Stanley Tucci que no capítulo anterior interpretava um personagem completamente diferente, já que sua escalação provavelmente se deu na base do “por que não?”.

Dito isso, talvez eu não devesse questionar a imbecilidade do roteiro, já que, mesmo que este fosse brilhante, o resultado permaneceria incompreensível graças à estratégia visual adotada por Michael Bay. Incapaz de permitir a existência de qualquer plano que dure mais de dez segundos, Bay também decidiu, aqui, substituir o tripé da câmera por, imagino, uma câmera elástica montada sobre um carrossel construído nos trilhos de uma montanha-russa, já que seus quadros se mantêm móveis até mesmo durante primeiríssimos planos (leia-se: closes fechadíssimos) e planos-detalhe (que perdem a função descrita em seu nome por não permitirem que vejamos detalhe algum)

[...]

22. O texto lido acima pode ser classificado como um(a) a) conto b) resenha c) resumo d) artigo de opinião e) narrativa fantástica GABARITO: B COMENTÁRIO: O texto apresenta uma avaliação crítica de um produto cultural que havia sido lançado recentemente na época de sua publicação, o que é característica de uma resenha.

23. Ainda sobre o texto de Pablo Villaça, é possível dizer que a) o autor usa da ironia para mostrar as qualidades presentes no filme Transformers: O último cavaleiro. b) apesar de apresentar um posicionamento crítico, deve ser considerado um resumo, pois apresenta trechos

escritos na primeira pessoa. c) segundo o autor, o maior culpado pelos defeitos do filme é Michael Bay, cuja incompetência como diretor

consegue afundar o projeto. d) o autor tenta manter alguma imparcialidade ao se concentrar principalmente em descrever os elementos

centrais do filme. e) apesar de apontar principalmente aspectos negativos, o autor destaca de forma positiva a versatilidade do

ator Stanley Tucci, que encarna personagens diversos ao longo da saga.

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GABARITO: C COMENTÁRIO: No último parágrafo da resenha em destaque Pablo Villaça destaca a incompetência do diretor, que se sobrepõe a todos os outros aspectos negativos do filme.

24. Que trecho do texto anterior destaca o posicionamento crítico do autor sobre o filme em questão (Transformers: O último cavaleiro)?

a) Menos de dez segundos. Este foi o tempo necessário para que o cineasta Michael Bay exibisse a primeira explosão [...]

b) [...] que perdem a função descrita em seu nome por não permitirem que vejamos detalhe algum. c) Lógica nunca foi o forte da série, mas há um ponto a partir do qual a coisa começa a ficar ridícula demais. d) Incapaz de permitir a existência de qualquer plano que dure mais de dez segundos [...] e) [...] não tente compreender por que o sujeito é vivido pelo mesmo Stanley Tucci que no capítulo

anterior interpretava um personagem completamente diferente. GABARITO: C COMENTÁRIO: Apenas a alternativa C apresenta um trecho subjetivo, enquanto todas as outras alternativas apresentam comentários objetivos sobre o filme. 25. No segundo parágrafo do texto, há alguns nomes que aparecem dispostos entre parênteses. Sua função é

apresentar a) o nome verdadeiro das personagens, já que atendem por codinomes. b) os nomes dos atores e atrizes que dublaram os personagens citados. c) os nomes dos animadores responsáveis por desenhar cada uma das personagens. d) uma informação que será retomada de forma crítica posteriormente, enriquecendo a análise. e) o nome das celebridades envolvidas no projeto, como uma forma de persuadir o leitor a assistir ao filme. GABARITO: B COMENTÁRIO: Os parênteses são utilizados para indicar que ator é responsável por qual personagem.

26. A resenha é um texto de “utilidade passageira”, o que significa que a) a crítica feita na resenha pode se tornar rapidamente irrelevante caso o autor mude de ideia após a

publicação do texto. b) acaba se revelando um gênero ineficiente se comparado a outros típicos dos meios virtuais, por ser um texto

típico do meio jornalístico em uma época digital. c) tem se tornado cada vez menos importante para o público, visto que o advento da tecnologia e a pirataria têm

gradualmente tomado o espaço cultural que antes era ocupado pela literatura e pelo cinema. d) com a maior facilidade que o brasileiro tem tido para acessar a cultura nos últimos anos, ele também tem tido

chance de tecer as próprias críticas, o que traz irrelevância maior às críticas feitas por profissionais da área. e) por ser um texto que faz uma avaliação crítica de produtos culturais recentes e ainda desconhecidos, a

resenha irá se tornar desnecessária à medida que o público for tomando maior conhecimento sobre a obra. GABARITO: E COMENTÁRIO: A resenha é sempre publicada junto com o lançamento de um produto cultural. Assim, com o envelhecimento dele, a resenha também vai, aos poucos, perdendo sua relevância, já que, à medida que o produto se torna mais conhecido pelo público, se torna menos necessária a procura de um texto que exponha uma avaliação dele.

27. O que diferencia um resumo de uma resenha é que a) o resumo pode ser escrito na 1ª pessoa, já que o autor tem liberdade para criar uma análise do texto-base,

enquanto a resenha deve ser sempre escrita na 3ª pessoa, em tom impessoal. b) a resenha sempre vai apresentar um posicionamento crítico do autor sobre o texto-base, positivo ou negativo,

enquanto no resumo só são apresentadas críticas positivas, que destaquem a qualidade da obra. c) no resumo é apresentada uma síntese do texto original, de forma impessoal, enquanto na resenha há sempre

uma análise crítica do texto-base. d) a linguagem utilizada na resenha é mais formal do que a utilizada no resumo, já que o seu público-alvo é

composto por artistas. e) a resenha é mais objetiva e direta que o resumo, que costuma ser mais estendido por conter análises de

produtos culturais diversos. GABARITO: C COMENTÁRIO: A resenha sempre apresenta uma crítica sobre o produto cultural analisado, enquanto o resumo não apresenta posicionamento nenhum do autor.

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28. A linguagem apropriada ao texto dissertativo tem exemplo em: a) “Os animais, assim como os humanos, também têm seus direitos, eles merecem viver e ser respeitados.” b) “Os humanos ligam muito para os direitos humanos e esquecem que existe o direito dos animais, eles

também têm o direito de viver.” c) “Se fizessem esses testes em organismos artificiais, seria bem melhor, pois o Greenpeace não ficaria em

cima dessas empresas, enchendo a paciência dos empresários.” d) “Muitas pessoas dizem defender os direitos dos animais, mas, na verdade, elas pensam apenas naqueles

bichinhos fofinhos, como cachorros e gatos. Qualquer bicho considerado nojento é deixado de lado.” e) “Esse problema continua acontecendo porque as pessoas ainda mantêm a mente fechada, não se antenam

com o que está acontecendo por trás de todo o processo para fazer um medicamento, por exemplo.” GABARITO: A COMENTÁRIO: Apenas a letra A apresenta uma linguagem completamente formal, sem coloquialismos ou traços de oralidade (como "ligam muito para", "ficariam em cima", "bichinho fofinho" e "não se antenam").

29. Uma característica importante do texto dissertativo é que ele a) é sempre escrito na terceira pessoa, podendo o narrador ser observador ou onisciente, dependendo do

objetivo do autor. b) por ser um texto que fala sobre problemas que se originaram no passado, usa principalmente verbos no

pretérito, especialmente na proposta de intervenção. c) não costuma apresentar personagens, mas, quando apresenta, desenvolve-as de forma breve, com poucas

descrições, e não se aprofunda em suas narrativas pessoais e pode, assim, focar mais na argumentação. d) deve apresentar uma proposta de intervenção, com o objetivo de mostrar que o autor entende a raiz do

problema e, como cidadão consciente, consegue pensar em formas de se tratar o tema em questão. e) aborda temas relacionados a problemas sociais, e, para isso, o autor deve apresentar exemplos, fatos

concretos, comparações, análises históricas etc. com a finalidade de convencer o leitor, sem deixar de lado a própria subjetividade, podendo deixar explícitos seus argumentos políticos e religiosos sobre o assunto.

GABARITO: D COMENTÁRIO: A conclusão do texto dissertativo deve sempre apresentar uma proposta de intervenção que procure formas de amenizar tal problema social.

O texto abaixo serve de base para as três questões seguintes.

O desserviço da ‘cultura das princesas’

A existência de uma Escola de Princesas mostra como o estereótipo de feminilidade resiste e como investe-se na desigualdade de gênero.

Thais Paiva

Todo sonho de menina é tornar-se uma princesa. Foi partindo desse pressuposto equivocado que a Escola de Princesas abriu suas portas em Uberlândia (MG) com a finalidade de, mais do que ensinar meninas de 4 a 15 anos a portar vestidos extravagantes e tiaras brilhantes, resguardar valores e princípios morais e sociais. Entre eles, boas maneiras e postura corporal, etiqueta à mesa, a importância da aparência pessoal, como se “guardar” para o príncipe e restaurar a moralidade do casamento.

Para o espanto geral, a proposta pitoresca convenceu famílias e se alastrou. Além da matriz, três outras unidades da Escola de Princesas funcionam no Brasil hoje; duas outras em Minas Gerais, nas cidades de Uberaba e Belo Horizonte, e a terceira em São Paulo, inaugurada por Silvia Abravanel, filha de Silvio Santos.

Desde que caiu na mídia, a existência das escolas é alvo de uma avalanche de críticas. “Como se já não bastasse todas as novelas, revistas e filmes, ainda temos que nos deparar com a institucionalização do que é o ideário de mulher em uma escola”, indigna-se a antropóloga Michele Escoura.

Autora da tese de mestrado Girando entre Princesas: performances e contornos de gênero em uma etnografia com crianças, a pesquisadora acredita que a “cultura das princesas” dissemina um estereótipo de feminilidade, reforçando desde a infância o que a menina precisa ser para ser feliz. “É uma visão excludente de felicidade porque nem todas se encaixam nesse padrão ou querem segui-lo. E quando o negam, sofrem repreensões sociais. Basta olhar para os comentários que fazem das mulheres que não são vaidosas ou que não querem casar”.

[...] Mas como fugir da fase das princesas que, cedo ou tarde, acaba acometendo as meninas? Os especialistas

concordam que não é possível criar os filhos dentro de uma bolha, imunes a esse tipo de influência, mas é possível buscar outras narrativas, desenhos, livros que abarquem outros modelos de feminilidade e masculinidade. “É preciso dialogar com o que está aí. Saber que dar uma boneca das princesas para a criança não é também aceitar o pacote completo. Faz parte do processo educativo refletir sobre essas questões com os filhos. E a escola é um lugar importantíssimo para isso”.

Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/o-desservico-da-cultura-das-princesas/

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30. O texto acima, de Thais Paiva, é a) uma resenha de um tema atual e muito relevante, apresentando todas as características do gênero. b) exclusivamente descritivo, apresentando informações de interesse geral com um tom distanciado

e impessoal. c) um texto argumentativo, o que fica claro pela forma como ela se expressa sobre o tema no título e

no subtítulo. d) um artigo, cuja finalidade é apresentar os fatos a partir de dados gerais e depoimentos de conhecedores do

assunto, mas sem expor a opinião da jornalista. e) um artigo de opinião, o que pode ser observado pelo uso da linguagem formal e do posicionamento imparcial

da autora sobre o tema. GABARITO: C COMENTÁRIO: o uso do termo “desserviço” no título já ajuda a adiantar o posicionamento contrário da autora sobre o tema.

31. Segundo o artigo O desserviço da ‘cultura das princesas’, a existência de escolas de princesas a) ajuda a perpetuar um estereótipo de como a mulher deve se comportar, o que pode ser danoso a longo prazo

nas vidas das crianças. b) deve ser extinta e as crianças não devem assistir a filmes de princesas, cabendo aos pais e responsáveis

abolirem esse tipo de material de seus lares. c) criadas pela família de Silvio Santos, perpetua uma imagem de perfeição impossível de ser alcançada. d) só é possível pela existência de novelas, revistas e filmes que apoiam esse empreendimento. e) tem necessidade em nossa sociedade, porque toda menina quer se tornar uma princesa. GABARITO: A COMENTÁRIO: A autora aponta no texto como que essa “cultura de princesas” ajuda a colocar as meninas numa posição inferior e submissa, o que pode perpetuar estereótipos machistas.

32. Abaixo do título do artigo, há um subtítulo, cuja função é a) explicar títulos vagos e confusos. b) apresentar dados diversos que comprovem o ponto de vista. c) persuadir o leitor a ler o artigo, usando os verbos no imperativo. d) apresentar ao leitor de forma mais clara o que se falará no texto. e) demonstrar que o artigo seguirá uma linha informativa e imparcial. GABARITO: D COMENTÁRIO: O subtítulo já ajuda a adiantar o tema que será abordado mais à frente, enquanto, também, deixa o que foi apresentado no título mais claro.

33. É correto dizer, sobre o artigo de opinião, que a) só deve ser escrito na terceira pessoa, para deixar o texto imparcial e impessoal. b) por ser um texto argumentativo, deve ser escrito apenas na primeira pessoa, assim como o discurso ou a resenha. c) o autor pode apresentar sua opinião como preferir, sem precisar justificá-la, já que seu objetivo não é

convencer o leitor. d) pode abordar temas diversos, desde casos policiais a assuntos em destaque no momento ou os últimos

lançamentos do cinema. e) o autor deve fazer uso de fatos históricos, dados estatísticos, entre outros elementos que ajudem a

comprovar seus argumentos. GABARITO: E COMENTÁRIO: É importante que o autor saiba demonstrar que ele sabe do que está falando. Para isso, deve ser feito o uso de fontes que comprovem seu posicionamento.

34. Uma característica que o artigo de opinião e a resenha têm em comum é que os dois apresentam a) um posicionamento crítico do autor sobre o tema em questão. b) narração e argumentação, dependendo da intenção do autor. c) uma análise imparcial do tema, que não influencie o leitor. d) elementos narrativos como narrador, tempo e espaço. e) escrita apenas na 3ª pessoa. GABARITO: A COMENTÁRIO: Sendo ambos gêneros argumentativos, isso quer dizer que nos dois o autor expressará seu posicionamento sobre algo.

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35. São exemplos de textos argumentativos: a) Discurso e resumo. b) Resenha e resumo. c) Artigo de opinião e dissertação. d) Notícia e artigo de opinião. e) Miniconto e resumo. GABARITO: C COMENTÁRIO: A alternativa C é a única que apresenta dois gêneros argumentativos. Nas outras, são apresentados gêneros narrativos e informativos.

INGLÊS 36. The meaning of the phrasal verb in the picture is:

a) “Feeling or showing sadness.” b) “something that is very expensive to maintain […]” c) “Someone who has a natural talent for growing plants.” d) Someone who is not approved of by the other members of their family […]” e) “Workers that do work which need strength or physical skill rather than office work.” GABARITO: D COMENTÁRIO: O vocabulário é descrito na letra D com as palavras exatas da definição existente no material didático. Text bellow to answer questions 37 and 38: (O texto abaixo serve para responder às perguntas 37 e 38:)

Spice Girls legacy goes beyond the music

The Spice Girls are an all-female British pop star group who took to the stage with energy, pep, and intensity that catapulted them to a whole new level of stardom. With catchy songs, dances that caught the attention of anyone watching, and plenty of fun, the Spice Girls made singing and dancing look easy, when they were on stage, they were being completely themselves, and they were having fun while they did it. What more could anyone ask for from a pop group?

Geri Halliwell, Victoria Beckham, Mel B, Mel C, and Emma Bunton (also known as Baby Spice, Ginger Spice, Scary Spice, Sporty Spice, and Posh Spice—the band was so good that they named them twice!) exploded into the public eye in 1996 after two years of working behind the scenes to build an incredible repertoire of songs, dances, and lyrics that would catch the attention of the entire world. Spice was released in November 1996, quickly climbing to the top of the charts in numerous different countries and selling more than thirty million copies. Spice was followed by Spice World in 1997, which sold more than twenty million copies. Forever took until 2000 to be released; while it still managed to make Platinum in the UK, it only sold four million copies. In addition to their regular albums, the Spice Girls released a Greatest Hits album in 2007 that sold about 400,000 copies.

The band left an incredible legacy behind them—and that’s not limited to Geri Halliwell’s solo music career, including the launch of Half of Me in 2013. In many ways, the Spice Girls defined a generation of young women. They were sexy, energetic, and powerful, embracing their femininity and proclaiming “girl power” to the entire world. Their message was met with a great deal of enthusiasm from audiences across the world. Girls copied their style

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and their fashion, even when it might have been considered somewhat extreme; and as the years went by, other bands attempted to do what they had done with varying degrees of success. Though the Spice Girls no longer exist as a unit, their influence lives on.

Millions of people attempted to purchase Spice Girls tickets when they went on sale on 10 November, 2018, breaking Ticketmaster records. At one point, there were allegedly 700,000 people in the digital queue waiting for a chance to purchase tickets.

“Demand for Spice Girls was off the chart,” Andrew Parsons, Ticketmaster’s managing director, said. “They have smashed through Ticketmaster UK’s records becoming the busiest ever sale. “There were millions of people on our site searching for tickets, with a queue at one point of well over 700,000. ”Parsons says that hundreds of thousands of tickets were sold within minutes and commented that “they could have played nearly every night for a year.”

Demand for the tickets was so overwhelming that the Spice Girls added four shows to their run, including two in Manchester and two in London. Four of the original girl group’s members – Geri Horner, Melanie Brown, Melanie Chisholm, and Emma Bunton – are returning for the tour, while Victoria Beckham has opted not to rejoin. They will be joined by special guest Jess Glynne at the shows.

Rumours about a possible tour had been swirling for years, with some of the group’s members giving increasingly strong hints over the past few months that plans to revive the 90s group were indeed in the pipeline. 37. The words in bold belong to the following class of words: (As palavras em negrito pertencem à seguinte

classe de palavras:) a) They are verbs b) They are nouns c) They are adverbs d) They are pronouns e) They are adjectives GABARITO: A COMENTÁRIO: As palavras destacadas têm função de verbo; elas aparecem em diversos tempos verbais. 38. According to the text, the number of people in the on line queue to purchase the 2019 Spice Girls tour tickets

was: (De acordo com o texto, o número de pessoas na fila on line para comprar os ingressos da turnê das Spice Girls de 2019 era:)

a) 4 million b) 20 million c) 30 million d) 700 thousand e) 400 thousand GABARITO: D COMENTÁRIO: Essa alternativa apresenta o número de pessoas divulgado pelo texto. 39. The alternative that best represents the zero conditional according to the picture bellow is: (A alternativa que

melhor representa o zero conditional de acordo com a figura abaixo é:)

a) If you freezes water, it freeze. b) If you freeze water, it freezes. c) If you will freeze water, it freezes. d) If you froze water, it would freeze. e) If you had frozen water, it would have frozen. GABARITO: B COMENTÁRIO: A alternativa apresenta SIMPLE PRESENT em ambas as orações.

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40. The alternative represents best the present perfect continuous is: (A alternativa que melhor representa o present perfect continuous é:)

a) Spider Man has is traveling around Europe in the new movie. b) Spider Man has be traveling around Europe in the new movie. c) Spider Man has was traveling around Europe in the new movie. d) Spider Man has been traveling around Europe in the new movie. e) Spider Man has were traveling around Europe in the new movie. GABARITO: D COMENTÁRIO: A alternativa é a única que apresenta o Verbo TO BE em sua conjugação adequada para o present perfect continuous. 41. The phrasal verb represented by the picture is: (O phrasal

verb representado pela figura é:) a) Get on b) Hold up c) Take off d) Get away e) Check out GABARITO: D COMENTÁRIO: A alternativa tem o vocabulário q descreve a ação da figura. Text to answer questions 42 and 43: (Texto para responder às perguntas 42 e 43:).

Wildlife of Zimbabwe

The wildlife of Zimbabwe occurs foremost in remote or rugged terrain, in national parks and private wildlife ranches, in miombo woodlands and thorny acacia or kopje. The prominent wild fauna includes African buffalo, African bush elephant, black rhinoceros, southern giraffe, African leopard, lion, plains zebra, and several antelope species.

The introduction of the Wildlife Conservation Act of 1960 resulted in checking the loss of wildlife in Zimbabwe, since the 1960s. In the 1990s, it became one of the leading countries in Africa in wildlife conservation and management with a reported income generation US$300 million per year from the protected areas of the state, rural community run wildlife management areas and private game ranches and reserves. The Parks and Wildlife Board consisting of 12 members is responsible for this activity and deciding on policy issues under the Ministry of Environment and Natural Resources Management.

The Zimbabwe Parks and Wildlife Management Authority under the Board has the onerous task of overseeing the activities related to 10 national parks, nine recreational parks, four botanical gardens, four safari areas, and three sanctuaries. These areas are collectively called the Wildlife Estate which covers an area about 47,000 km2 (18,000 sq mi), which is equivalent to 12.5% of the total land area of the country.

However, reports of National Geographic News indicate a disturbing trend of decimation of wildlife in Zimbabwe as result of “national economic meltdown” leading to overexploitation of the wildlife resources to meet the finances of the nation. 42. The typical animal from the Zimbawe fauna you see in the picture is: (O

anima típico da fauna do Zimbábue visto na figura é:) a) Gazelle b) Buffalo c) Leopard d) Antelope e) Rhinocerous GABARITO: D COMENTÁRIO: Esse é o nome do animal da foto: Antelope.

An aerial view of the Victoria Falls

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43. According to the text, the result of the Wildlife Conservation Act of 1960 is: (De acordo com o texto, o resultado para o Ato de conservação de 1960 é:)

a) The prominent wild fauna includes several species. b) The wildlife of Zimbabwe occurs foremost in remote or rugged terrain. c) It became one of the leading countries in Africa in wildlife conservation. d) National Geographic News indicate a disturbing trend of decimation of wildlife. e) The Parks and Wildlife Board consisting of 12 members is responsible for this activity. GABARITO: E COMENTÁRIO: A alternativa E mostra o resultado do Ato assinado em 1960. 44. The sentence that represents best the past perfect according to the pictures bellow is: (A frase que melhor

representa o past perfect de acordo com as imagens abaixo é:)

Picture 1

Picture 2

a) The girls talk to their mom, when they start to fight. b) The girls talked to their mom, when they started to fight. c) The girls will talk to their mom, when they will start to fight. d) The girls had talked to their mom, when they started to fight. e) The girls were talking to their mom, when they started to fight. GABARITO: D COMENTÁRIO: As figuras mostram duas ações em ordem cronológica. Então, utiliza-se o PAST PERFECT para expressar esse tipo de caso. 45. The alternative that represents the present perfect continuous is: (A alternativa que representa o present

perfect continuous é:)

I ___________ (watch) this The big bang theory for 12 seasons. This journey has been fun. a) watched b) has watched c) had watched d) have watched e) have been watching GABARITO: E COMENTÁRIO: A alternativa mostra o verbo conjugado no present perfect continuous.