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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Por: Luiz Fernando Bravo de Paiva Orientadora Ana Paula Ribeiro Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Por: Luiz Fernando Bravo de Paiva

Orientadora

Ana Paula Ribeiro

Rio de Janeiro

2009

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão Empresarial

Por: Luiz Fernando Bravo de Paiva.

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha esposa Danielle

Capistrano por todo estimulo e a minhas

irmãs Ana Carla e Ana Luiza por ajudar em

tudo na minha vida.

4

DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais por todo esforço em me

ensinar tudo que eu sei.

5

RESUMO

Este trabalho visa destacar a importância do Planejamento Estratégico na gestão das organizações, dentro do conceito de Administração Estratégica. Apresenta as principais etapas para a implantação do processo de administração estratégica e procura esclarecer os aspectos fundamentais do relacionamento dos conceitos de visão estratégica e gestão na implantação do planejamento estratégico, bem como destacar algumas opiniões atuais de como devem ser tratados a visão estratégica e a missão do negócio. A experiência nos negócios, tem comprovado que estratégias desastrosas podem ser evitadas se forem observados certos princípios. A cultura destas experiências passadas pode ser decomposta em 13 mandamentos que se forem fielmente observados neste estudo.

Palavras-chave: Planejamento empresarial; estratégia de empresas; planejamento

estratégico.

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METODOLOGIA

O processo metodológico vai ser feito com base em livros, revistas, jornais e

Internet. Inicialmente, foi realizado amplo levantamento bibliográfico dos principais

autores de Planejamento e Gestão Estratégica. Serão abordados os principais

conceitos, definições e implementações de Planejamento e Gestão Estratégica.

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SUMÁRIO

Introdução..............................................................................................................8

1.0 – Capítulo I....................................................................................................12

2.0 – Capítulo II....................................................................................................18

3.0 – Capítulo III ..................................................................................................33

Conclusão ...........................................................................................................45

Bibliografia .........................................................................................................48

8

INTRODUÇÃO

Historiadores e comentaristas antigos e contemporâneos referem-se ao

general e mestre Sun Tzu (2008) como o criador do Planejamento e Gestão

Estratégica para a guerra. Seus treze capítulos de sua obra Arte da Guerra foram

utilizados anos depois na Segunda Guerra Mundial e hoje em dia é utilizado no

cotidiano das empresas. Nestes tempos de globalização as guerras são travadas,

principalmente, no campo das idéias, nas mais diferentes áreas de atividade

humana, e os grandes vencedores não disparam sequer um tiro.

O planejamento e gestão estratégica no contexto empresarial pressupõe

um intenso conhecimento do organismo da empresa e das influências por ele

recebidas das mudanças do ambiente nos aspectos políticos, econômicos, sociais e

tecnológicos, visando mantê-la sempre em condições de competição com a

concorrência.

É fundamental para a própria sobrevivência da empresa que o planejamento

estratégico seja executado a partir de uma análise lógica e bem estruturada. A

empresa deve ter uma visão clara, coerente e instigante da sua meta e objetivo, não

apenas em função do mercado e do produto, mas também em função do aspecto

financeiro. A ausência destas metas e objetivos fará com que a empresa fique a

deriva e, conseqüentemente, não tenha sucesso. A vitória vem em decorrência ao

Planejamento e Gestão Estratégica conforme Sun Tzu nos ensinou.

Trata-se de primordialmente de um processo gerencial contínuo e sistemático,

que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e

para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e

sua evolução esperada. No decorrer deste processo, é realizada uma análise

9

sistemática dos pontos fortes e fracos da empresa, e das oportunidades do meio

ambiente com o intuito de estabelecer os objetivos, as estratégias, assim como

ações que possibilitem um aumento da competitividade. Também se consideram

premissas básicas que a empresa deva respeitar para que todo o processo tenha

coerência e sustentação. Este processo permite fixar as grandes orientações para

que as empresas possam modificar, melhorar ou fortalecer a sua posição face à

concorrência. É uma ferramenta de apoio à gestão com vista ao desenvolvimento

futuro da empresa, especificando a forma e os timings de execução. Para que o

planejamento estratégico de sucesso seja uma realidade na empresa, será

necessário cumprir determinados pressupostos: a) Todos deverão estar envolvidos e

ser detentores de uma visão global do planejamento estratégico; b) todos deverão

estar motivados e entender o seu papel no planejamento estratégico; c) cada um

deverá entender o seu papel no planejamento estratégico; d) todos deverão

entender os conceitos envolvidos no planejamento estratégico.

O Planejamento Estratégico requer, mais do que outros esforços, o

desenvolvimento, na equipe de administração, da essência de compartilhar um

sentimento de valores, filosofia e prioridades corporativas, um profundo

entendimento da coleção dos negócios da organização, e um conhecimento

profissional anterior e competência administrativa, conduzindo aos limites da

criatividade a equipe formada.

PROBLEMA

O Planejamento Estratégico no dia a dia da empresa.

10

JUSTIFICATIVA

Este trabalho visa destacar a importância do Planejamento Estratégico na

gestão das organizações, dentro do conceito de Administração Estratégica.

Apresenta as principais etapas para a implantação do processo de administração

estratégica e procura esclarecer os aspectos fundamentais do relacionamento dos

conceitos de visão estratégica e gestão na implantação do planejamento estratégico,

bem como destacar algumas opiniões atuais de como devem ser tratados o

planejamento para o presente e o planejamento para o futuro.

OBJETIVO GERAL

Dentro do Planejamento Estratégico, é necessário mudar a direção e o

desempenho da empresa, como estimular discussões, baseadas em fatos, de

questões delicadas dentro da organização e criar uma estrutura comum para a

tomada de decisões na organização.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A pesquisa tem o escopo de destacar a importância do Planejamento Estratégico na

gestão das organizações, dentro do conceito de Administração Estratégica.

Apresenta as principais etapas para a implantação do processo de administração

estratégica e procura esclarecer os aspectos fundamentais do relacionamento dos

conceitos de visão estratégica e gestão na implantação do planejamento estratégico,

bem como destacar algumas opiniões atuais de como devem ser tratados os

planejamentos para o presente e o planejamento para o futuro.

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HIPÓTESE

O Planejamento e Gestão Estratégico, que se tornou o foco de atenção da alta

administração das empresas, volta-se para as medidas positivas que uma empresa poderá

tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades encontradas em seu ambiente.

Empresas de todos os tipos estão chegando à conclusão de que essa atenção sistemática à

estratégia é uma atividade muito proveitosa. Empresas pequenas, médias e grandes,

distribuidores e fabricantes, bancos e instituições sem finalidade de lucro, todos os tipos de

organizações devem decidir os rumos que sejam mais adequados aos seus interesses.

DELIMITAÇÃO

Consulta em livros específicos sobre a matéria e ampla pesquisa em fórum de

discussão.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

O processo metodológico vai ser feito com base em livros, revistas, jornais e

Internet. Inicialmente, foi realizado amplo levantamento bibliográfico dos principais

autores de Planejamento e Gestão Estratégica. Serão abordados os principais

conceitos, definições e implementações de Planejamento e Gestão Estratégica.

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CAPÍTULO I

1.0 - Definição de Planejamento e Gestão Estratégica

O planejamento de Gestão estratégica pode ser definido como um processo

de gestão que apresenta, de maneira integrada, o aspecto futuro das decisões

institucionais, a partir da formulação da filosofia, da instituição, sua missão, sua

orientação, seus objetivos, suas metas, seus programas e as estratégias a serem

utilizadas para assegurar sua implementação (GRACIOSO, 1992, pp: 98) .

Planejamento estratégico é o processo de elaborar a estratégia –

definindo a relação entre a organização e o ambiente. O processo de

planejamento estratégico compreende a tomada de decisões sobre qual o padrão

de comportamento que a organização pretende seguir, produtos e serviços que

pretende oferecer, e mercados e clientes que pretende atingir. (MAXIMIANO,

2006).

É a identificação de fatores competitivos de mercado e potencial interno,

para atingir metas e planos de ação que resultem em vantagem competitiva, com

base na análise sistemática de mudanças ambientais previstas para um

determinado período.

1.1 – Estratégia e sua Implementação

Moldar todas as decisões e ações da empresa em um mesmo padrão

coerente é o maior desafio da implementação da estratégia. O diretor executivo da

empresa tem o encargo maior de elaborar e implementar a estratégia da empresa,

embora muitos outros gerentes participem do processo. Ou seja, essa

13

responsabilidade não se restringe ao diretor executivo, porque todas as principais

unidades organizacionais de uma empresa tem um papel de liderança ou de apoio

no planejamento do jogo estratégico da empresa.

Nas grandes empresas existem especialistas em planejamento e análise

estratégica. Eles formam o departamento de planejamento estratégico, responsáveis

pela coleta de informações necessárias aos implementadores de estratégia,

elaborando análises das situações ocorrentes, estabelecendo e administrando

revisões da estratégia.

Os planejadores estratégicos podem ajudar os gerentes a visualizar os

problemas que precisam ser abordados, fornecendo dados úteis, analisando as

condições da indústria e da competitividade e desenvolvendo avaliações do

desempenho estratégico. Mas os planejadores estratégicos não devem assumir a

responsabilidade dos gerentes na execução dos planos estratégicos, porque embora

os planejadores sejam peritos em análise estratégica e na elaboração das

estratégias, eles não estão envolvidos tanto quanto os gerentes com as situações

locais que ocorrem diariamente na sua área.

Nas organizações que não tem o departamento de planejamento

estratégico, a responsabilidade da elaboração e implementação da estratégia é dos

gerentes-chave. Nesta situação o conselho de administração tem o papel de

observar as tarefas gerenciais, avaliando as mudanças estratégicas e aprovando

oficialmente os planos estratégicos fazendo com que o conselho seja o responsável

final pelas ações estratégicas tomadas.

1.2 - Desenvolver a visão estratégica e a missão do negócio

Através da visão é possível identificar quais são as expectativas e os

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desejos dos acionistas, conselheiros e elementos da alta administração da empresa,

tendo em vista que esses aspectos proporcionam o grande delineamento do

planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado.

A gerência deve definir: “quem são”, “o que fazem” e “para onde estão

direcionados”, estabelecendo um curso para a organização. A visão pode ser

considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa

conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem

mais ampla. Ela deve ser resultante do consenso e do bom-senso de um grupo de

líderes e não da vontade de uma pessoa.

A missão é a razão de ser da empresa. Neste ponto procura-se determinar

qual o negócio da empresa, por que ela existe, ou ainda em que tipos de atividades

a empresa deverá concentrar-se no futuro. Aqui procura-se responder à pergunta

básica: “Onde se quer chegar com a empresa?”

1.3 - Tarefas da Gerência Estratégica

Através da visão é possível identificar quais são as expectativas e os

desejos dos acionistas, conselheiros e elementos da alta administração da empresa,

tendo em vista que esses aspectos proporcionam o grande delineamento do

planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado. A gerência deve

definir: “quem são”, “o que fazem” e “para onde estão direcionados”, estabelecendo

um curso para a organização.

A visão pode ser considerada como os limites que os principais

responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo

mais longo e uma abordagem mais ampla. Ela deve ser resultante do consenso e do

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bom-senso de um grupo de líderes e não da vontade de uma pessoa.

A missão é a razão de ser da empresa. Neste ponto procura-se determinar

qual o negócio da empresa, por que ela existe, ou ainda em que tipos de atividades

a empresa deverá concentrar-se no futuro. Aqui procura-se responder à pergunta

básica: “Onde se quer chegar com a empresa?”

Na realidade, a missão da empresa representa um horizonte no qual a

empresa decide atuar e vai realmente entrar em cada um dos negócios que

aparecem neste horizonte, desde que seja viável sobre os vários aspectos

considerados. Esses negócios identificados no horizonte, uma vez considerados

viáveis e interessantes para a empresa, passam a ser denominados propósitos da

empresa.

Os objetivos correspondem à explicitação dos setores de atuação dentro da

missão que a empresa já atua ou está analisando a possibilidade de entrada no

setor, ainda que esteja numa situação de possibilidade reduzida.

As empresas precisam de objetivos estratégicos e objetivos financeiros. Os

objetivos estratégicos referem-se à competitividade da empresa e as perspectivas

de longo prazo do negócio. Os objetivos financeiros relacionam-se com medidas

como o crescimento das receitas, retorno sobre o investimento, poder de

empréstimo, fluxo de caixa e retorno dos acionistas. A empresa bem-sucedida tem

uma visão do que pretende, e esta visão trabalhada quanto a seus propósitos e a

seu modelo de gestão constitui a missão que fornece à empresa o seu impulso e

sua direção.

16

1.4 - Elaborar uma estratégia para atingir os objetivos.

Estabelecer estratégia significa definir de que maneira pode se atingir os

objetivos de desempenho da empresa. A estratégia é concebida como uma

combinação de ações planejadas e reações adaptáveis para a indústria em

desenvolvimento e eventos competitivos. Raramente a estratégia da empresa resiste

ao tempo sem ser alterada. Há necessidade de adaptação de acordo com as

variáveis do mercado, necessidades e preferências do consumidor, manobras

estratégias de empresas concorrentes.

A implementação da estratégia é a sua execução, a fim de se obter o

desempenho programado dentro do prazo previsto. Os principais aspectos da

implementação da estratégia são: desenvolver uma organização capaz de executar

a estratégia com sucesso; desenvolver orçamentos que direcionam os recursos para

atividades internas críticas para o sucesso estratégico; estabelecer políticas de

apoio à estratégia; motivar as pessoas para perseguir os objetivos energicamente e,

se necessário, modificar seu comportamento de trabalho para adequar melhor as

necessidades para execução da estratégia com sucesso; associar a estrutura de

recompensas com a realização dos resultados programados; criar uma cultura

corporativa e clima de trabalho que conduzam à implementação da estratégia de

maneira bem-sucedida; instalar uma série de sistemas internos de apoio que

capacitem o pessoal para executar seu papel estratégico eficientemente todos os

dias; instituir as melhores práticas e programas para a melhoria contínua; exercer a

liderança interna necessária para avançar com a implementação e continuar

melhorando a maneira de execução da estratégia.

17

1.5 - Avaliar o desempenho

A missão da empresa, os objetivos, a estratégia e a abordagem da

implementação nunca finalizam porque sempre ocorrem novas situações que

acarretam ajustes corretivos. A gerência tem a responsabilidade de procurar atingir

um melhor desempenho, descobrindo meios de melhorar a estratégia existente e a

maneira com que ela está sendo executada; portanto precisam manter-se próximos

de situações de mudança nas condições externas afim de revisar periodicamente a

missão da empresa, os objetivos de desempenho, a estratégia e as abordagens de

execução da estratégia.

18

CAPÍTULO II

2.0 - As Tarefas de Elaboração de Estratégia

2.1 - Desenvolvimento de uma Visão Estratégica

A visão estratégica é representada pela visão do tipo de empresa que a

gerência está tentando criar e sua intenção de manter uma posição comercial

específica. A visão estratégica fornece um quadro em perspectiva de “o que somos,

o que fazemos e para onde vamos”. Ela não deixa dúvidas quanto ao rumo de longo

prazo da organização. As expressões visão estratégica e missão estratégica ou

missão do negócio enfatizam “o que estamos prestes a fazer e para onde vamos”.A

finalidade de uma declaração de visão/missão estratégica é destacar uma empresa

das outras e estabelecer sua própria identidade.

Existem três aspectos distintos para a formação de uma visão estratégica e

sua expressão na forma de declaração de missão da missão da empresa. O primeiro

deles é compreender o negócio em que a empresa realmente está; Em segundo

lugar comunicar a visão e missão de modo claro, excitante e inspirador e, por último,

decidir quando o rumo estratégico da empresa e sua missão no negócio devem ser

alterados.

O desafio empreendedor no desenvolvimento de uma missão é reconhecer

quando as condições do mercado fazem com que um novo rumo de longo prazo

seja desejável. Especificar o negócio de uma organização não é uma tarefa fácil.

Para se chegar a uma boa definição de negócio, normalmente é necessário

considerar três fatores: necessidades do consumidor, ou o que está sendo atendido,

os grupos de consumidores, ou quem está sendo atendido e, por último, levar em

conta as tecnologias usadas e funções executadas, ou como as necessidades dos

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consumidores estão sendo atendidas.

Conhecer os produtos ou serviços fornecidos pela empresa não é suficiente. Para os

clientes, o importante é a satisfação de uma necessidade ou desejo. Os Grupos de

consumidores indicam o mercado a ser atendido, a região geográfica a ser coberta e

os tipos de compradores que a firma deve procurar. A tecnologia e as funções

executadas indicam como a empresa vai satisfazer as necessidades de seus

clientes e quanto as atividades vão abranger da cadeia de produção. O negócio de

uma empresa pode ser especializado ou totalmente integrado. No caso de ser

especializado ocupa apenas um estágio da cadeia de produção e no caso de ser

totalmente integrado abrange todas as partes da cadeia de produção/distribuição da

indústria.

Para ter valor gerencial, as visões estratégicas, as definições de negócio e

as declarações de missão devem ser restritas o suficiente, para destacar o real

interesse do negócio. Apesar das definições amplas - restritas, serem relativas,

considere os exemplos seguintes.

As empresas diversificadas tem definição de negócio mais ampla, que as

empresas que operam com um único negócio. Seguindo a perspectiva de

Chiavenato e Sapiro (2004, p: 54)a maneira de comunicar a visão estratégica para

os gerentes dos vários níveis inferiores e empregados é de extrema importância. A

declaração de missão deve ser comunicada de uma maneira que inspire e desafie

os empregados, induzindo-os a aceitar a idéia.

2.2 - Estabelecimento de Objetivos

Os objetivos representam o compromisso gerencial de produzir resultados

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específicos por um determinado tempo. Eles são os alvos ou situações que se

pretendem atingir. Geralmente, as empresas cujos gerentes estabelecem objetivos

para cada área e buscam ações calculadas para atingir suas metas de desempenho,

superam as empresas cujos gerentes são cheios de boas intenções, tentam,

persistem e aguardam o sucesso.

Atingir o desempenho estratégico é essencial para sustentar e melhorar a

posição de mercado e a competitividade de longo prazo da empresa.Uma empresa

demonstra propósito estratégico quando ela persegue incansavelmente um objetivo

estratégico específico de longo prazo.

Uma organização precisa de objetivos de longo prazo e de objetivos de curto

prazo. Para tal, existe a necessidade de estabelecer metas de desempenho com

cinco ou mais anos de antecedência, fazendo com que os gerentes executem ações

agora para atingir mais tarde. Além disso, também se mostra importante analisar o

impacto das decisões de hoje no desempenho de longo prazo. Geralmente, o

homem deixa para se preocupar com o futuro mais tarde, colocando em risco a

posição de longo prazo da empresa no negócio.

No entanto a empresa deve também levar em consideração os objetivos de

curto prazo, pois estes apontam os resultados imediatos e de curto prazo a serem

alcançados, indicam a velocidade com que os gerentes querem que a organização

progrida, bem como o nível de desempenho estabelecido como meta para os

próximos dois ou três períodos. Os objetivos de curto prazo estabelecem os

resultados imediatos e de curto prazo a serem alcançados. Eles indicam a

velocidade com que os gerentes querem que a organização progrida bem como o

nível de desempenho estabelecido como meta para os próximos dois ou três

períodos.

21

As escolhas estratégias, por exemplo, não podem ser feitas em um vácuo

financeiro; é necessário que haja disponibilidade de recursos financeiros para

executar a estratégia escolhida. Sendo assim, as decisões sobre estratégia

dependem do estabelecimento dos objetivos de desempenho financeiro da

organização em nível suficientemente alto: para executar a estratégia escolhida;

para financiar outras ações necessárias; para satisfazer os investidores e a

comunidade financeira.

É necessário que se estabeleçam objetivos em todos os níveis de gerência.

Para que a organização esteja no caminho escolhido, todos os gerentes, do diretor

executivo ao gerente de nível mais baixo, devem ser responsáveis pelos resultados

específicos de cada área fornecendo suporte para os objetivos da empresa.O

estabelecimento de objetivos precisa ser um processo mais de uma para baixo que

de baixo para cima. De um modo geral, os objetivos e estratégia da organização

como um todo precisam ser elaborados primeiro para que possam orientar os níveis

mais baixos. O estabelecimento de objetivos e a elaboração de estratégia de cima

para baixo orientam as unidades de níveis, inferiores para os objetivos e estratégias

que suportam a empresa como um todo.

2.3 - Refinamento da Estratégia

As organizações precisam de estratégias para orientar-se sobre como

atingir os objetivos, seguir a missão da organização, atingir as metas de

desempenho, superar os rivais, atingir vantagem competitiva sustentável, reforçar a

posição de longo prazo no negócio da empresa e transformar em realidade a visão

22

estratégica da gerência para a empresa.

A estratégia necessária para a empresa como um todo, para cada negócio

em que a empresa está, e para cada parte funcional de cada negócio. A elaboração

da estratégia de focalizar as importantes facetas do plano de jogo de gerência para

a condução da empresa, ou seja, aqueles elementos de ação que determinam a

posição que a empresa está tentando manter no mercado e que confirmam se a

empresa vai ser bem sucedida ou não. Nas diversas empresas, as estratégias são

iniciadas em quatro níveis distintos da organização: estratégia corporativa; estratégia

de negócios; estratégia funcional; estratégia operacional.

A elaboração da estratégia corporativa para uma empresa diversificada

envolve quatro tipos de iniciativas: fazer mudanças para executar a diversificação;

iniciar ações para reforçar o desempenho combinado dos negócios nos quais a

empresa se diversificou; descobrir maneiras de conquistar a sinergia entre as

unidades de negócio correlatas e transformá-la em vantagem competitiva;

estabelecer prioridades de investimento e direcionar os recursos coorporativos para

as unidades de negócio mais atrativos.

A estratégia do negócio é o plano de ação para gerenciar uma única linha

de negócios. A finalidade da estratégia do negócio é como formar e reforçar a

posição competitiva de longo prazo da empresa no mercado; procurando-se: formar

respostas para as novas necessidades e preferências do consumidor; elaborar as

mudanças competitivas e abordagens de mercado; unificar as iniciativas

estratégicas dos departamentos funcionais; comunicar problemas estratégicos

específicos em relação ao negócio da empresa.

Para uma empresa de um único negócio, a estratégia corporativa e a

23

estratégia do negócio são a mesma coisa; a distinção entre elas é relevante

somente se a empresa for diversificada.

A estratégia funcional está relacionada com o plano do jogo gerencial de um

departamento ou atividade funcional dentro do negócio. A estratégia funcional

oferece detalhes importantes ao plano geral do negócio, estabelecendo as ações,

abordagens e práticas para a operação de um departamento ou função do negócio.

A tarefa principal de uma estratégia funcional é fornecer apoio para a estratégia

geral de negócios e para a abordagem competitiva da empresa.

As estratégias operacionais estão relacionadas com iniciativas estratégicas

e abordagens mais restritas para o gerenciamento de unidades operacionais chaves

e para o tratamento de tarefas operacionais diárias que tenham significado

estratégico. Por terem abrangência mais restrita, acrescentam mais detalhes e

complementos para as estratégias funcionais e para o plano geral do negócio.

2.4 - Fatores que moldam a estratégia de uma empresa

Fatores internos e externos devem ser considerados na elaboração de uma

estratégia.

• considerações políticas, legais de cidadania da comunidade

• atratividade da indústria, mudanças da indústria e condições

competitivas

• oportunidades e ameaças da empresa

A tarefa de fazer com que a estratégia de uma empresa seja socialmente

24

responsável, significa conduzir as atividades organizacionais eticamente e no

interesse público geral, responder positivamente às prioridades e expectativas

sociais emergentes, demonstrar boa vontade de executar as ações antes que ocorra

um confronto legal, equilibrar os interesses dos acionistas com os interesses da

sociedade como um todo e comportar-se como um bom cidadão na comunidade.

A estratégia de uma empresa deve fazer uma combinação perfeita da

indústria com as condições competitivas e ainda precisa ser direcionada para

conquistar oportunidades de crescimento. Do mesmo modo a estratégia deve ser

equipada para proporcionar defesa do bem-estar da empresa e do seu desempenho

futuro contra ameaças externas.

Os fatores internos da empresa também devem ser levados em consideração.

Entre eles, os mais importantes são:

• pontos fortes e pontos fracos da empresa e capacidades

competitivas;

• ambições pessoais, filosofia de negócio e princípios éticos dos

executivos-chave;

• valores compartilhados e cultura da empresa.

A estratégia deve ser muito bem combinada com os pontos fortes, os pontos

fracos e com as capacidades competitivas da empresa, ou seja, deve ser baseada

naquilo que ela faz bem e deve evitar aquilo que ela não faz bem. Os pontos fortes

básicos de uma organização constituem uma importante consideração estratégia

pelas habilidades e capacidades que fornecem para aproveitar determinada

oportunidade, aonde podem proporcionar vantagem competitiva para a empresa no

25

mercado e potencialidade que tem para se tornar a base da estratégia.

As ambições, valores, filosofias de negócio, atitudes perante o risco e

crenças éticas dos gerentes têm influências importantes sobre a estratégia e são

impregnadas nas estratégias que eles elaboram. Os valores gerenciais também

modelam a qualidade ética da estratégia de uma empresa, quando os gerentes têm

fortes convicções éticas, exigem que sua empresa observe um estrito código de

ética em todos os aspectos do negócio, como por exemplo, falar mal dos produtos

rivais.

As políticas, práticas, tradições e crenças filosóficas da organização são

combinadas para estabelecer uma cultura distinta. Em alguns casos as crenças e

cultura da empresa chegam a dominar a escolha das mudanças estratégicas.

2.5 - Ligando a Estratégia com a ética

De acordo com Djalma Oliveira (1991, p: 87), toda ação estratégica que a

empresa executar deve ser ética. Uma empresa tem responsabilidades éticas para

com os proprietários, acionistas, empregados, clientes, fornecedores, a comunidade

onde ela opera e o público em geral. Os proprietários/acionistas, por exemplo

esperam retorno sobre seu investimento; os empregados esperam ser valorizados,

uma vez que devota sua energia ao negócio; o cliente espera ficar satisfeito pela

compra de um bem ou serviço.O dever ético de uma empresa para com seus

fornecedores surge da relação de mercado que existe entre eles.

O dever ético da empresa para com a comunidade é posicionar-se na

condição de boa cidadã, ou seja, apoiar as atividades da comunidade, incentivar os

empregados a participar nos negócios da comunidade, tratar dos aspectos de saúde

26

e de segurança de suas operações, assumir a responsabilidade pelo tratamento da

produção ambiental, relacionar-se com as entidades legais e com os sindicatos,

além de apresentar altos padrões éticos.

A gerência é responsável pela condução da empresa, portanto, são os

gerentes que pesam as decisões estratégicas do ponto de vista de cada constituinte

(proprietários, empregados, clientes, fornecedores, comunidade), e onde surgem

conflitos, toma uma decisão racional, objetiva, eqüitativa que equilibre os interesses

dos cinco constituintes.

No caso de uma estratégia vencedora, exibe uma boa adequação à

situação, estabelece vantagem competitiva sustentável e melhora o desempenho da

empresa. Para que o gerente possa julgar qual opção, estratégica é a melhor para a

empresa e ainda, quais padrões determinam se a estratégia é bem-sucedida ou não.

Existem três testes que podem ser usados para avaliar os méritos de uma

estratégia:

• Teste da excelência na adequação. Uma boa estratégia ajusta-se bem às

circunstâncias externas de mercado da empresa, aos seus pontos fortes, pontos

fracos e capacidades competitivas.

•••• Teste da vantagem competitiva. Uma boa estratégia conduz a uma

vantagem competitiva sustentável. Quanto maior for a vantagem competitiva que a

estratégia ajudar a formar, maior é o seu vigor e eficácia.

• Teste de desempenho. Uma boa estratégia reforça o desempenho da

empresa. Dois tipos de melhoria no desempenho são os mais notáveis: lucratividade

e ganhos no vigor e na posição competitiva de longo prazo da empresa.

27

2.6 - Estruturação e debate de cenários

Cenários representam critérios e medidas para a preparação do futuro da

empresa. O executivo pode desenvolver cenários que retratem determinado

momento no futuro ou que detalhem a evolução e a seqüência de eventos desde o

momento atual até determinado momento no futuro. Por outro lado, existem

cenários alternativos que, por definição, não são previsões do que deve ocorrer.

Pelo contrário, por questionar premissas, devem explorar possibilidades alternativas

do futuro, possibilidades estas inconsistentes entre si em algumas dimensões, mas

compatíveis em outras.

Ao contrário das projeções ou pesquisas de mercado típicas, o

planejamento de cenários não desenvolve apenas tendências do presente, ele

constrói imagens do futuro. Por mais atraentes que possam parecer os cenários, não

deleitam os executivos que preferem a ilusão da certeza à consciência dos riscos e

das novas realidades. Mas essa atitude é uma faca de dois gumes: a negação da

incerteza é a mãe das surpresas.

O planejamento de cenários, por outro lado, prepara as pessoas para

qualquer contingência. Confere a capacidade de agir com pleno conhecimento do

risco assumido e da possível recompensa. Essa é a principal diferença entre um

executivo sábio e um burocrata ou apostador, que são seus pólos opostos. Se

homem e empresa não aprenderem a detectar as questões predominantes no futuro,

tudo que tiver sido feito até o presente estará em risco. Com base no filtro das

urgências pessoais ou corporativas poderemos reduzir os riscos envolvidos nos

movimentos feitos às cegas em um território desconhecido.

28

Os cenários não são concebidos de uma só vez. Também podem ser

excessivamente distantes, dependendo de como foram previstos. Eles podem ser

dissimulados, cruzados e recombinados de maneiras inesperadas. Por essa razão é

essencial assimilar o exercício e adotá-lo como um modo de ver o mundo. O

processo permite aceitar o futuro como uma realidade que se desenvolve aos

poucos.

A capacidade de prognosticar seria um de seus benefícios colaterais.

Qualquer pessoa que se prepare para disparar uma arma ou falar em público faz o

mesmo exercício que o executivo ao definir a estratégia de sua empresa. Talvez a

coisa seja um pouco mais complexa, mas corresponde à mesma mecânica. É por

isso que, embora a técnica ou o esquema de trabalho sempre possa ser aprendido,

algumas pessoas compram a idéia de "jogar' com cenários com muito mais

naturalidade do que outras.

Essa facilidade, no entanto, não depende do caráter ou da personalidade e

sim do treinamento, da experiência e sobretudo da intuição. Para os contadores e

engenheiros, por exemplo, é difícil, porque seu treinamento exige deles uma única

solução correta. Um antropólogo, por outro lado, está mais predisposto a aceitar as

diferenças, as respostas inesperadas ou os pontos de vista diferentes. Qualquer

pessoa pode criar cenários, mas será mais simples se estiver disposta a estimular

sua imaginação, criatividade e senso do absurdo, sem no entanto abandonar o

realismo necessário para manter os pés na terra. Um bom exemplo para o

aprendizado organizacional, é o do aborígine que sempre vivera na selva e foi

transplantado para uma cidade grande. Quando voltou a sua tribo, contou

assombrado que havia visto uma pessoa levar num carrinho uma enorme

29

quantidade de bananas que ele nunca antes acreditara ser possível transportar. Não

se impressionou com os arranha-céus, aviões ou automóveis, mas sim com aquilo

que estava preparado para ver. 0 ser humano nem sempre está preparado para

acreditar naquilo que não está em seus planos ou em sua configuração mental. Por

isso a chave da construção de cenários bem-sucedidos é preparar os executivos

para ver além daquilo que querem ver.

Imaginar cenários implica perceber o futuro no presente. As pessoas

geralmente se enganam em relação à realidade. A negação, por exemplo, é um dos

mecanismos usados pelas pessoas para se proteger contra as más notícias. As

histórias podem ser uma boa ferramenta para evitar essa fuga. Tal como acontece

no teatro, há uma suspensão momentânea e voluntária da descrença para que,

depois da emoção e da compreensão da mensagem, o público reaja como se

estivesse diante de uma situação da vida real. Um bom cenário exige o mesmo dos

executivos, durante o tempo necessário para poder apreciar o impacto causado por

ele.

Na verdade, os cenários manipulam dois mundos: o dos fatos e o das

percepções. Exploram fatos, mas indicam as percepções daqueles que têm a

responsabilidade de tomar decisões. Seu objetivo é reunir e transformar informações

que têm importância estratégica em novas percepções. De acordo com Chiavenato

e Sapiro (2004, p.354), esse processo de transformação não é corriqueiro, ocorre

com pouca freqüência. Quando funciona, é uma experiência criativa que desperta o

prazer da realização nos executivos e leva a uma visão estratégica que enxerga

muito mais longe do que jamais puderam ver.

Todos pressupõem que a informação séria é apresentada em tabelas,

números, gráficos ou pelo menos numa sofisticada linguagem acadêmica. Porém, os

30

temas mais importantes do futuro são demasiado complexos ou imprecisos para

serem convertidos para a linguagem das empresas. É preferível usar a linguagem

das histórias e dos mitos, como na brincadeira do filósofo Gregory Bateson (2001,

pp: 103-105), segundo a qual um homem perguntou a um computador se chegaria

algum dia a pensar como um ser humano. "Isso me lembra uma história", respondeu

o computador. As histórias têm a ver com o significado, com as razões pelas quais

as coisas poderiam ocorrer de determinada maneira. É por isso que as histórias são

poderosas para apresentar as possibilidades abertas pelo futuro. Elas são uma

forma de organizar o conhecimento. Ajudam as pessoas a aceitar múltiplas

perspectivas porque permitem descobrir o sentido que cada personagem vê nos

fatos.

Apesar de não ser necessário incluir personagens, os cenários ganham

profundidade quando for possível imaginar as diversas atitudes possíveis dos

operadores chave para o desenrolar dos acontecimentos. Esses personagens

podem ser indivíduos, empresas ou instituições. Quando as atitudes que

representam são amplamente compartilhadas, adquirem a força de um mito. Na

verdade, os mitos são uma forma especial de história: representam a maneira como

uma sociedade crê que as coisas acontecem. Os mitos já foram descritos como

padrões de conduta e percepção compartilhados; não são deliberados nem

conscientemente fictícios. 0 serviço telefônico universal, por exemplo, é um princípio

de telecomunicação que nasceu como uma visão, um mito no coração da AT&T, que

sempre se propôs chegar a todas as pessoas. Ao construir cenários, portanto, será

preciso levar em consideração as histórias que poderão ter importância no futuro.

Elas contribuirão para avaliar forças não concretamente representadas. Permitirão

descrevê-las, prevê-ias e dar a elas o lugar a que têm direito, além de rever o que

31

esperamos, queremos e tememos do futuro. Isso certamente será feito com uma

certeza maior que a do melhor cálculo resultante de projeções.

1. Provavelmente quem vai fazer as próximas mudanças estratégicas?

Uma empresa não pode esperar fazer uma manobra para vencer os seus

rivais sem monitorar seus movimentos e prever as mudanças que eles

provavelmente farão a seguir. Os estrategistas bem-sucedidos observam seus

concorrentes para compreender sua estratégia, avaliar seus pontos fortes e pontos

fracos, e prever suas próximas mudanças. Boas indicações sobre as mudanças que

um concorrente especifico poderá fazer a seguir vêm do conhecimento da pressão a

que ele estiver submetido para melhorar seu desempenho financeiro. Os rivais

agressivos são fortes candidatos a algum tipo de iniciativa estratégica nova. Os

gerentes que deixam de estudar atentamente os concorrentes correm o risco de

serem surpreendidos pelas ações dos rivais.

2. Quais os fatores chave que determinarão o sucesso competitivo ou o

insucesso?

Os fatores chave de sucesso de uma industria determinam a diferença entre

lucro e prejuízo e, em ultima instancia, entre sucesso competitivo e fracasso. Uma

boa estratégia visa a excelência em um ou mais fatores chave de sucesso da

industria. Alguns dos fatores mais comuns são relacionados com a tecnologia, com a

fabricação , com a distribuição, com a comercialização, com a habilidade, etc. A

compilação de uma lista de todos os fatores que constituem apenas um pequeno

32

problema, anula a finalidade de concentrar a tenção do gerente nos fatores

verdadeiramente cruciais para o sucesso competitivo de longo prazo.

3. Qual é a atividade da indústria em termos de sua perspectiva de

lucratividade acima da média?

O último passo da análise da indústria e da competitividade é uma revisão

da situação geral da industria e desenvolvimento de conclusões racionais sobre a

relativa atratividade ou falta de atratividade da industria, a longo prazo e a curto

prazo.

Os fatores importantes que devem ser considerados sobre a atratividade de

uma industria incluem: o potencial de crescimento da industria; se a indústria vai

sofrer impacto favorável ou desfavorável pelas forças propulsoras existentes; o

potencial de entrada / saída de novas empresas; a estabilidade / dependência da

demanda; se as forças competitivas ficarão mais fortes ou mais fracas; a gravidade

dos problemas da industria como um todo; grau de risco e incerteza no futuro da

industria; se as condições competitivas ou forças propulsoras conduzem a uma

elevação ou diminuição da lucratividade da indústria.

Uma empresa bem situada ainda pode obter bons lucros em uma industria

que, de outro modo, não teria atratividade.

As respostas para estas perguntas promovem o entendimento do ambiente

que circunda a empresa e, coletivamente, formam a base para combinar estratégia

da empresa com as condições da industria em mudança.

33

CAPÍTULO III

3.0 - Refletindo Estrategicamente sobre a Situação da Empresa

A avaliação da posição estratégica da empresa é centrada na consideração

das cinco perguntas seguintes:

1. Quão bem a estratégia presente está funcionando?

A avaliação de quão bem a estratégica presente da empresa está

funcionando começa com uma revisão consciente do que é a estratégia e quais são

os objetivos financeiros da empresa. Quanto mais forte for o desempenho

estratégico e financeiro da empresa, maior a probabilidade de que ela tenha uma

estratégia bem concebida e bem executada.

2. Quais são os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as

ameaças à empresa?

Um ponto forte é algo que a empresa faz bem ou uma característica que lhe

proporciona uma capacidade importante. Um ponto forte pode ser uma habilidade,

uma perícia importante, um recurso organizacional ou capacidade competitiva

valiosa ou um empreendimento que coloca a empresa numa posição de vantagem

no mercado (tal como ter um produto melhor, nome mais forte, tecnologia superior

ou melhor serviço ao cliente). Um ponto forte pode resultar também de alianças ou

34

de investimentos com parceiros detentores de habilidades ou perícia que melhoram

a competitividade da empresa.

Um ponto fraco é algo que a empresa não tem ou faz não muito bem (em

comparação com as outras) ou uma condição que coloca a empresa em

desvantagem. Um ponto fraco não torna necessariamente uma empresa vulnerável

competitivamente, dependendo de quanto ele pesa no mercado.Uma vez

identificados os pontos fortes e fracos da empresa pelo gerente, as duas listas

devem ser avaliadas de uma perspectiva de elaboração de estratégia.

Os estrategistas vitoriosos procuram aproveitar aquilo que a empresa faz

melhor – suas perícias, competências básicas e capacidades competitivas mais

fortes. A competência básica atribui a empresa o poder de adquirir vantagem

competitiva. As oportunidades da industria, mais relevante para uma certa empresa,

são aquelas que oferecem maiores perspectivas de crescimento dos lucros, aquelas

que oferecem maiores perspectivas de crescimento dos lucros, aquelas em que a

empresa tem maior potencial de vantagem competitiva e aquelas em que a empresa

tem maior potencial de vantagem competitiva e aquelas para as quais a empresa

tem os recursos financeiros necessários.

Os estrategistas vitoriosos procuram capturar as melhores oportunidades de

crescimento da empresa e criar defesas forte contra as ameaças externas. Se os

gerentes não estiverem cientes dos pontos fortes e fracos internos da empresa e de

suas oportunidades e ameaças externas, eles estão desfavoravelmente preparados

para elaborar uma estratégia bem ajustada às circunstancias da empresa.

3. Os preços e custos da empresa são competitivos?

35

Os gerentes de uma empresa ficam assombrados quando um concorrente

coloca os preços em níveis “inacreditavelmente baixos” ou quando uma empresa

nova que entra no mercado aparece com um preço muito baixo. Entretanto, o

concorrente pode não estar praticando dumping comprando participação no

mercado ou bancando uma mudança desesperada para aumentar as vendas; pode

ser que ele simplesmente tenha custos substancialmente mais baixos. Um dos

indicadores mais fortes de que a posição da empresa no mercado é forte ou

precária, é se seus preços e custos são competitivos com os rivais dentro da

industria. As comparações de preço-custo são especialmente críticas das indústrias

de mercadorias-produtos onde essencialmente não há diferenças de valor agregado

entre os produtos dos revendedores rivais. A concorrência de preços é tipicamente a

força que rege o mercado e as empresas de baixo custo detêm a posição de

controle.

Mas mesmo nas indústrias em que os produtos são diferenciados e a

concorrência faz um remoinho em torno doa vários atributos agregadores de valor

de marcas concorrentes e em torno do preço, as empresas rivais têm de manter

seus custos na linha e certificarem-se de qualquer adicional no custo ou no preço

deve ser justificado pelo valor extra que os compradores percebem que estão

obtendo. Os concorrentes nem sempre incorrem nos mesmos custos para colocar

seus produtos nas mãos dos usuários finais. As diferenças podem variar de triviais a

significativas competitivamente.

Quanto mais altos forem os custos de uma empresa em relação aos custos

das rivais, mais vulnerável competitivamente ela se torna. A análise estratégica de

custos enfoca a posição dos custos de uma empresa em relação aos custos das

36

suas rivais. A análise estratégica de custos envolve a comparação da posição de

custos de uma empresa em relação aos concorrentes chave, atividade por atividade.

A ferramenta analítica principal da analise de custos é a cadeia de valor que

identifica as atividades, funções e processos que precisam ser executado no projeto,

produção, comercialização, entrega e apoio de um produto ou serviço. A cadeia de

valor é também uma ferramenta para compreender a estrutura de valor da empresa

e compreender como os custos das atividades são impulsionados para cima ou para

baixo.

A competitividade de custos de uma empresa depende não somente dos

custos das atividades executadas internamente (sua própria cadeia de valor) mas

também dos custos existentes na cadeia de valor dos fornecedores e dos canais

aliados localizados a jusante. A aplicação mais importante da análise da cadeia de

valor é a exposição de como a posição de custos de uma certa empresa compara-se

com aposição das rivais. Durante os últimos dez anos as empresas intensificaram

seus esforços para fazer benchmarking dos custos de execução de certas atividades

em relação aos custos dos concorrentes.

O benchmarking é a melhor ferramenta do gerente para determinar se a

empresa está executando certas funções ou atividades eficientemente, se seus

custos estão alinhados com os custos dos concorrentes, e quais atividades e

processos internos precisam ser escrutinados para serem melhorados. Este

procedimento é uma maneira de saber quais empresas são as melhores na

execução de certas atividades e funções para imitar ou melhor, aperfeiçoar ainda

mais suas técnicas.

37

Um dos aspectos fundamentais da análise estratégica de custos é que a

competitividade de uma empresa depende da maneira com que ela gerencia suas

atividades da cadeia de valor em relação à maneira com que seus concorrentes

gerenciam as deles. As ações estratégicas para eliminar uma desvantagem de custo

dependem de onde, na cadeia de valor, originam-se as diferenças de custos. A

análise da cadeia de valor ajuda os gerentes a identificar as atividades que tem

potencial de vantagem competitiva.

4. Qual é o vigor da posição competitiva da empresa?

A avaliação da posição competitiva da empresa em relação às suas rivais, é

um passo essencial na análise da situação da empresa. A melhor maneira de se

determinar o vigor com que uma empresa mantém sua posição competitiva vem da

avaliação quantitativa desse vigor em relação às rivais mais próximas, em cada fator

chave de sucesso, e de cada indicador importante de vigor competitivo. Pontos

fortes competitivos e vantagens competitivas capacitam a empresa para melhorar

sua posição de mercado de longo prazo.

5. Quais problemas estratégicos a empresa precisa enfrentar?

A elaboração eficiente da estratégia e um completo conhecimento dos

problemas estratégicos que a empresa enfrenta.

Para localizar os problemas para a agenda de ações estratégicas da

empresa, os gerentes devem considerar o seguinte: se a estratégia presente é

adequada à luz das forças propulsoras que agem na indústria; com que precisão a

38

estratégia presente ajusta-se aos fatores de sucesso chave futuros na industria; qual

a qualidade da defesa que a estratégia presente oferece contra as cinco forças

competitivas; em que sentido a estratégia presente pode não ser adequada para

proteger a empresa contra ameaças externas e fraquezas internas; onde e como a

empresa pode estar vulnerável em relação a competição de um ou mais rivais; se a

empresa tem vantagem competitiva ou tem de trabalhar para compensar

desvantagem competitiva; onde estão os pontos fortes e fracos na estratégia

presente; se há necessidade de ações adicionais para melhorara o posição de

custos da empresa, aproveitar as oportunidades que surgem e reforçar a posição

competitiva da empresa.

Estas considerações devem indicar se a empresa pode continuar a mesma

estratégia básica com pequenos ajustes ou se necessário fazer uma revisão geral.

3.1 - Escolhendo a Alvo para Atacar

A empresa agressora precisa analisar, dentre seus rivais, quem vai ser

atacado e como será desencadeado o ataque. Existem basicamente quatro tipos de

empresas contra as quais as campanhas ofensivas podem ser lançadas:

1) Líder(es) de mercado. Os ataques ofensivos contra grandes

concorrentes fazem mais sentido quando o líder de participação no

mercado não é o verdadeiro líder em termos de um bom atendimento

do mercado. Os ataques ao líderes podem ser bem-sucedidos também

quando o desafiante pode recompor sua cadeia de valor ou inovar para

conquistar uma vantagem competitiva baseada no custo ou na

39

diferenciação. Os ataques aos líderes não precisam ter o objetivo de

transformar o agressor em novo líder, entretanto o agressor pode sair

vitorioso simplesmente pela retirada de vendas do líder em quantidade

suficiente para transformar o agressor em um segundo lugar mais forte.

2) Empresas que estão em segundo lugar. O lançamento de ofensivas

contra empresas mais fracas é especialmente atrativa quando os

pontos fortes da desafiante equivalem aos pontos fracos da empresa

desafiada.

3) Empresas que estão a ponto de naufragar. O desafio de uma empresa

rival que está fortemente pressionada de modo que sua saúde

financeira e posição competitiva fiquem ainda mais debilitados, pode

enfraquecer sua saída do mercado.

4) Pequenas empresas locais e regionais. Como estas empresas têm

perícia limitada, um desafiante com mais capacidade fica numa

posição cômoda para atacar seus maiores e melhores clientes –

principalmente aqueles de sofisticação são cada vez maiores e que já

estejam pensando em mudar para um fornecedor que tenha maior

capacidade de serviços.

Como já foi dito, as estratégias bem-sucedidas são baseadas na vantagem

competitiva. O mesmo acontece com as estratégias ofensivas. Os tipos de vantagem

competitiva que normalmente oferecem uma base mais forte para a ofensiva

estratégica incluem: ter um projeto de produto de baixo custo; ter capacidade de

40

produção de baixo custo; ter um produto cujas características proporcionem

desempenho superior ou menores custos para o usuário; habilidade de proporcionar

maior suporte pós venda; ter os recursos para escalar o esforço de marketing em

uma indústria que não atende às demandas do mercado; ser pioneira em um novo

canal de distribuição; ter capacidade de se desviar dos atacadistas e vender

diretamente para os usuários finais.

Quase sempre uma ofensiva estratégica deve ser baseada naquilo que a

empresa faz melhor. Seus pontos fortes e capacidades competitivas, estes pontos

devem assumir a forma de uma habilidade chave ou uma forte competência

funcional ou capacidade superior de executar atividades chave na cadeia de valor

que baixem os custos ou melhorem a diferenciação.

41

3.2 - Ajustando a Estratégia à Situação da Empresa

A tarefa de ajustar a estratégia à situação da empresa é complicada devido

aos muitos e algumas vezes conflitantes fatores externos e internos que os gerentes

têm de pesar. Entretanto, enquanto o número e variedade de considerações são

necessariamente grandes, os determinantes mais importantes das opções

estratégicas de uma empresa dentro duas categorias bastante abrangentes: a

natureza da indústria e suas condições competitivas; as capacidades competitivas,

posição no mercado e melhores oportunidades da empresa.

Para demonstrar às tarefas de ajustar a estratégia à situação, consideraremos os

cinco tipos da teoria clássica de ambiente de indústria:

1. Concorrência em uma indústria emergente em rápido crescimento.

2. Concorrência em uma indústria em maturação.

3. Concorrência em indústrias estagnadas ou decadentes.

4. Concorrência em indústrias fragmentadas.

5. Concorrência em mercados internacionais.

E três tipos desenvolvidos pela teoria clássica de situação da empresa:

• Estratégias para líderes da indústria.

• Estratégias para empresas que ocupam um segundo lugar.

• Estratégias fracas e que estejam em crise.

42

3.3 - Treze Mandamentos para Elaboração de Estratégias Vitoriosas

A experiência nos negócios, ao longo dos anos, tem comprovado que

estratégias desastrosas podem ser evitadas se forem observados certos princípios.

A cultura destas experiências passadas pode ser decomposta, a partir da revisão

bibliográfica deste campo de estudos, em 13 mandamentos que se forem fielmente

observados, podem ajudar os estrategistas a elaborar melhores planos de ação.

1. Dê prioridade máxima à elaboração e execução de mudanças

estratégicas que melhorem a posição competitiva da empresa a longo

prazo.

2. Compreenda que uma estratégia competitiva clara e consistente,

quando bem elaborada e bem executada, proporciona reputação e

posição reconhecível na indústria; uma estratégia freqüentemente

alterada com a finalidade de capturar as oportunidades momentâneas

do mercado proporciona benefícios passageiros.

3. Evite as estratégias de meio termo que representam compromissos

com custos mais baixos e maior diferenciação e atratividade de

mercado ampla versus restrita.

4. Invista na criação de vantagem competitiva sustentável.

43

5. Aja ofensivamente para formar uma vantagem competitiva e aja

defensivamente para proteger a vantagem adquirida.

6. Evite estratégias capazes de ser bem-sucedidas somente nas

circunstâncias mais otimistas.

7. Tome cuidado para não implementar uma estratégia rígida e inflexível

que deixe a empresa emperrada por um longo período com pouco

espaço para manobrar – as estratégias inflexíveis podem tornar-se

obsoletas pelas mudanças nas condições do mercado.

8. Não subestime as reações e a determinação das empresas rivais.

9. Acautele-se para atacar rivais fortes que tenham muitos recursos, sem

uma sólida vantagem competitiva e ampla saúde financeira.

10. Atacar uma fraqueza competitiva normalmente é o melhor que atacar o

ponto forte do concorrente.

11. Tome cuidado para não cortar preços sem vantagem de custo

estabelecida – somente um produtor de baixo custo pode vencer com

um corte de preço a longo prazo.

44

12. Certifique-se de que as mudanças agressivas para conquistar

participação no mercado do rival sempre provocam retaliação

agressiva na forma de um marketing do tipo “queda de braço” e/ou

guerra de preços para prejudicar o lucro de todos.

13. Esforce-se para abrir lacunas visíveis nas características de qualidade

ou serviço ou desempenho quando estiver implantando uma estratégia

de diferenciação.

45

CONCLUSÃO

O planejamento estratégico é uma forma de estruturar e definir caminhos a

serem seguidos pela organização. Nesse aspecto, analisa-se o ambiente interno da

empresa e o ambiente externo (conjuntura econômica, ações governamentais, etc),

define-se objetivos a alcançar e elabora-se o plano de estratégia, que mostrará uma

visão clara e objetiva de onde a empresa está e para onde ela deseja ir. Para

elaborar o plano estratégico há algumas etapas a serem seguidas. A primeira delas

é a análise da situação atual da empresa, que consiste na definição, mudança ou

adaptação da missão empresarial, análise do desempenho da empresa

especificando a participação dos clientes na receita e a fatia de mercado atuante.

Ainda na análise da situação atual, deve-se estipular as vantagens competitivas da

empresa quanto a qualidade, eficiência, meios de controle da matéria-prima,

controle do mercado, aceitação da marca e status que o produto agrega. Em

segundo lugar deve-se analisar o ambiente externo. Nesta análise diagnostica-se o

ramo de negócios em que se atua (empresa que compõe o mesmo ramo,

características do mercado, características do consumidor). Deve-se analisar ainda

as mudanças tecnológicas que vão modificar a forma com que os produtos serão

vistos, as ações governamentais sobre o ramo do negócio como abertura ao

mercado externo, subsídios etc, a conjuntura econômica atual e o comportamento

da sociedade como um todo.

Em terceiro lugar temos a análise do ambiente interno da organização. Nesta etapa

são analisadas as áreas de produção, vendas, recursos humanos e finanças, para

se fazer um benchmarking que é a comparação do desempenho da empresa com os

concorrentes. O benchmarking mostrará em quais áreas o desempenho está menor

que o de empresas do mesmo ramo de negócios, permitindo a melhora destas

46

áreas. A última etapa é a elaboração do plano de estratégia propriamente dito com a

escolha dos tipos de estratégias a serem usados.

É fundamental para a própria sobrevivência da empresa que o planejamento

estratégico seja executado de uma forma lógica e estudada. A empresa deve ter

uma visão clara, coerente e instigante da sua meta e objetivo, não apenas em

função do mercado e do produto, mas também em função do aspecto financeiro. A

ausência destas metas e objetivos fará com que a empresa fique a deriva e,

conseqüentemente, não tenha sucesso.

O Planejamento Estratégico é um processo abrangente, que visa definir o que

a empresa deveria tornar-se e como realizar melhor esse objetivo. Essa ferramenta

avalia todo o potencial da empresa e associa claramente seus objetivos à as

iniciativas e aos recursos necessários para atingir a meta.

Dentro do Planejamento Estratégico, é necessário mudar a direção e o

desempenho da empresa, como estimular discussões, baseadas em fatos, de

questões delicadas dentro da organização e criar uma estrutura comum para a

tomada de decisões na organização. Devemos estabelecer o contexto apropriado

para as decisões orçamentárias e para avaliação do desempenho e nunca podemos

esquecer de treinarmos os executivos para que produzam informações melhores

que levaram a tomadas de decisão melhores com intuito de aumentar a confiança na

direção da empresa.

O planejamento estratégico é muito importante para a empresa saber que

rumo tomar. Às vezes é necessário olhar para fora para saber por onde andar, e às

vezes é necessário olhar para dentro e detectar mudanças a serem feitas para

continuar. O plano estratégico de uma empresa evidência ambos os casos e por isso

é de fundamental importância para a sobrevivência da empresa.

47

O estudo com afinco sobre o planejamento estratégico é imprescindível a todo

estudante de Administração que almeje tornar-se um profissional de sucesso.

Pensar e agir de maneira estratégica está sempre relacionado, de maneira muito

próxima, ao desempenho da empresa e, deste modo, ao desempenho dos

profissionais que nela se encontram. E a título de conclusão, cito um teórico muito

importante na área de planejamento e gestão estratégica, Russel Ackoff (1976,

p:106)

“para muitos daqueles em que o mundo parece fora de controle, pouca coisa pode ser feita para mudar. Mas, enquanto existir pelo menos um pouco que possa ser feito, precisamos continuar fazendo”.

BIBLIOGRAFIA

48

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