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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> UTILIZAÇÃO DA GESTÃO DE MUDANÇAS COMO FATOR DE INTERAÇÕES ENTRE A EMPRESA E OS FUNCIONÁRIOS <> <> POR: LETICIA MEYER <> <> <> Orientador Prof. Antonio Medina Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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UTILIZAÇÃO DA GESTÃO DE MUDANÇAS COMO FATOR DE INTERAÇÕES ENTRE A EMPRESA E OS FUNCIONÁRIOS

<>

<>

POR: LETICIA MEYER <>

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Orientador

Prof. Antonio Medina

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

FOLHA DE ROSTO UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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UTILIZAÇÃO DA GESTÃO DE MUDANÇAS COMO FATOR DE INTERAÇÕES ENTRE A EMPRESA E OS FUNCIONÁRIOS

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Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Gestão Empresarial

Por: Letícia Meyer

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus, aos meus

professores e aos meus amigos de

Faculdade.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família.

5

LISTA DE SIGLAS

GM Gestão de Mudanças

GO Goiânia

GP Gestão de Pessoas

RH Recursos Humanos

SP São Paulo

6

RESUMO

A cada dia, surgem novas discussões sobre como valorizar as pessoas

no trabalho, pois essas constituem fonte de produção de novos conhecimentos

e são peças fundamentais para o pleno funcionamento das organizações. A

gestão de pessoas compreende a importante função de gerenciar pessoas nas

organizações, sejam estas públicas, sejam privadas. Todavia, as mudanças

ocorridas no mundo do trabalho provocaram alterações no modo como as

pessoas passaram a ser consideradas no contexto organizacional e com isso

trouxeram algumas situações de insatisfação e conflitos. Nesse caso, em

relação à gestão de mudanças resumem-se todas as tarefas, medidas e

atividades que provocam uma mudança extensiva a toda a área e de longo

alcance em termos de conteúdo quanto à implementação de novas estratégias,

estruturas, sistemas, processos ou modos de comportamento numa

organização. A negociação é uma forma de resolver os conflitos

organizacionais de forma pacifica e vantajosa para ambas às partes.

Palavras-chave: Gestão; Mudanças; Negociação.

7

METODOLOGIA

A metodologia usada neste estudo realizou-se através de livros, sites

especializados e PDFs, de autores como, por exemplo, GONÇALVES, Carla

Campos Vicente. Gestão de Mudanças - O Fator Humano na Liderança de

Projetos; WOOD JUNIOR, Thomaz. Mudança Organizacional dentre outros

autores, além da pesquisa em textos bibliográficos. Também serão analisados

cases de sucesso de várias empresas, por exemplo, Laboratório Ache –

fornecedor de produtos para a indústria farmacêutica dentre outras empresas.

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

CAPITULO I – CONCEITUAÇÃO DE GESTÃO DE MUDANÇAS

11

CAPITULO II – GESTÃO DE MUDANÇAS E GESTÃO DE PESSOAS

18

CAPITULO III – RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DE MUDANÇAS, NEGOCIAÇÃO E IMPACTOS DENTRO DA EMPRESA

33

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA 48

INDICE 53

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

ANEXOS 55

9

INTRODUÇÃO

Utilização da gestão de mudanças como fator de interações entre a

empresa e os funcionários.

Como a utilização da gestão de mudanças pode direcionar os

relacionamentos e negociações entre a empresa e os funcionários?

A justificativa para a escolha do tema sobre a utilização da gestão de

mudanças e a interação entre a empresa e os funcionários, visa esclarecer a

respeito da necessidade de mudança das gerações e como isso impacta nas

empresas, adaptação da gestão ao novo perfil de funcionários, a importância

de um líder, conhecer o mercado e concorrentes para traçar um plano

estratégico.

A convivência de várias gerações vem sendo discutida muito

atualmente, e as organizações precisam trabalhar no sentido de equilibrar as

diferenças para possam se posicionar e assim, reduzir impactos e conflitos

gerando melhores resultados.

Este estudo tem por objetivo geral analisar sobre a Gestão de

Mudanças interagindo como forma de negociação entre a empresa e os

funcionários.

Este estudo tem por objetivos específicos: conceituar gestão de

mudanças; definir gestão de pessoas; estabelecer o novo perfil dos

funcionários adaptados a mudança das gerações; justificar a relação entre

gestão de mudanças, negociação e os impactos dentro da empresa;

exemplificação através de cases de sucesso sobre a utilização da gestão

estratégica de mudanças na organização.

10Normalmente, as mudanças ocorrem nas empresas e são

impulsionadas por fatores externos, como adesão às novas tecnologias para

acompanhar a demanda. Existem outros impulsos para mudanças, como a

conquista de novos clientes ou manutenção dos que detém, a inserção de

novos produtos e serviços, inserção de programas de responsabilidade social e

ainda a transformação da imagem empresarial com os públicos os quais ela se

relaciona.

Esta pesquisa delimitou-se em esclarecer sobre a Gestão de

Mudanças e a interação entre a empresa e os funcionários.

11

CAPÍTULO I

CONCEITUAÇÃO DE GESTÃO DE MUDANÇAS

Desde a época do surgimento da escrita até a evolução do próprio

homem, as organizações debatem sobre as mudanças organizacionais, porém

ressalte-se que as mudanças ocorrem decisivamente no dia-a-dia sob qualquer

aspecto, não se restringindo somente ao contexto do ambiente da empresa.

De acordo com Vergara e Silva (2003):

O espaço ocupado pela organização na vida das pessoas faz com ela (a empresa) seja um elemento de primeira grandeza no imaginário desses indivíduos. Logo, a mudança organizacional pode afetar a compreensão do indivíduo com relação à empresa. Essa compreensão merece atenção, pois ela pode ser determinante para a resistência a mudança (2003, p. 126).

As variações que ocorrem dentro das empresas, tais como pesquisa e

desenvolvimento, produção, desing, mercadológica e administrativa, criaram

um novo tipo de organização e uma nova forma de administração. Essa

organização surgiu com a integração de várias funções entre os setores da

empresa, mas também através do estabelecimento de novas relações entre as

instituições já existentes no mercado empresarial.

Segundo Cassiolato (1999, p. 172), a mudança organizacional é

apenas “um componente importante e integral de mudanças tecnológicas que

se originam principalmente no desenvolvimento dos equipamentos de base

eletrônica que é o hardware e do software neles utilizados”.

Desta forma, com Lundval e Johson (1994) a importância dos

investimentos em “inovação tecnológica está associada ao fato de que o

recurso mais fundamental para a competitividade na moderna economia

mundial é o conhecimento” (p. 90).

12Entretanto, com a evolução tanto na área tecnológica quanto na área

de relacionamentos entre os funcionários, supervisores, diretores pode-se

perceber que ainda existem dúvidas sobre o processo de produção de

conhecimento e suas relações com a atividade econômica.

De acordo com Senge:

Talvez pela primeira vez na história, a humanidade tenha a capacidade de criar muito mais informação do que o homem pode absorver, de gerar muito mais interdependência do que o homem pode administrar e de acelerar as mudanças com muito mais rapidez do que o homem pode acompanhar (1990, p. 76).

Nos últimos anos, a necessidade de ocorrerem mudanças nas

organizações tem se intensificado devido a certos fatores como a globalização,

a concorrência entre as empresas, a sustentabilidade empresarial, o

fortalecimento de novas forças mundiais, que levam as empresas a

adequarem-se ao novo contexto e padrões, para não decaírem na no fracasso

organizacional.

Atualmente, as empresas que trabalham com recursos humanos, se

preocupam não apenas com a diretoria e gerência, mas com tudo que se refira

com as pessoas que pertencem à estrutura da organização. A cada dia, as

empresas enfrentam novos desafios enquanto seguem rumo ao processo

evolutivo das mudanças organizacionais, e nesses desafios encontram-se os

conflitos que surgem da convivência de diferentes opiniões, entendimentos e

formações dos funcionários das empresas.

A inserção das empresas no ambiente globalizado, juntamente com a

terceira revolução industrial, tratada como a era da informação, vem

confirmando um novo paradigma produtivo, tendo como origem as

transformações sócio-técnicas e o novo padrão tecnológico, baseado nas

experiências japonesas, suecas e alemãs.

No entendimento de Passos:

13A gestão de alto desempenho a ser adotada pelas empresas no Brasil exige uma revolução tanto nas formas de relação entre o capital e trabalho quanto nas alterações sobre o tipo de base de informações requeridas para viabilizar esta nova forma de gestão (1999, p. 69).

Neste novo panorama que se visualiza as empresas brasileiras

encontram-se inseridos os processos organizacionais, as estratégias e a

cultura organizacional que forma uma nova estrutura empresarial.

De acordo com Chiavenato:

A maior parte das organizações foram estruturadas dentro de padrões de estabilidade e permanência. São organizações feitas para durar para sempre, como se fossem prontas, perfeitas e acabadas e que não necessitam de melhorias e adaptações ao longo dos tempos (1999, p. 314).

Para que se encaixe neste novo cenário organizacional, os

profissionais que atuam no mercado devem possuir um perfil criativo e

inovador, engenhosidade e discernimento para buscar as soluções dos

problemas.

De acordo com Chiavenato:

Os gerentes, em especial, precisam utilizar todas as vantagens da participação, envolvimento e empoderamento das pessoas para estimular a criatividade individual e grupal (1999, p. 317).

As organizações estão cada vez mais exigindo de seus gerentes a

criação de ambientes novos para o trabalho, que estimulem a criatividade e o

surgimento de novas ideias nas pessoas.

De acordo com Pereira:

Atualmente as organizações estão passando por mudanças de paradigmas, onde técnicas tradicionais de administração não atendem as rápidas mudanças e inovações existentes no mercado. Saber mudar é essencial para crescer e garantir o sucesso (1997, p. 201).

Para Freitas et al:

14O mundo dos negócios está mudando, e para sobreviver à empresa precisa romper barreiras a fim de garantir a permanência do seu negócio num mercado que tende a ser cada vez mais competitivo. A forma pela qual as organizações são conduzidas será responsável pelos seus resultados (1997, p. 166).

As mudanças estruturais das empresas buscam aperfeiçoar o modelo

organizacional em relação atitude gerencial e ao comportamento das pessoas

visando alcançar maiores níveis de desempenho organziacional.

Segundo Gouillart:

As empresas estão permanentemente enfrentando desafios para se adaptar a mudanças em seu meio ambiente, mudanças nas atitudes dos clientes e dos órgãos reguladores e sinais de extinção de seus ramos de atuação (1995, p. 105).

Entretanto, para Want existem cinco tipos de formas de mudança no

ambiente empresarial:

a) Por opção: quando a organização não está sujeita a nenhuma pressão; b) Operacional: quando se identifica a necessidade de suprir deficiências específicas; c) Direcional: quando uma alteração estratégica se faz necessária; d) Fundamental: quando a própria missão é alterada; e) Total: casos mais críticos, como por exemplo, uma falência iminente (1990, p. 120).

Para que as empresas estejam em nível de uma mudança

organizacional, foram adequadas novas práticas, como: reestruturação do

processo de negócio, gestão de qualidade total, reengenharia dentre outros

processos que compõem a gestão de mudanças.

Segundo Wood Jr.:

No histórico da Mudança Organizacional, Wood Jr. (1995) identifica que as publicações entre o final da década de 1960 e o início da década de 1970, objetivavam estudos que valorizavam a influência do Japão no mundo ocidental, por meio do desempenho esplendoroso de suas organizações. Nesse caso, ainda existe a definição da Mudança Organizacional é visto como uma tarefa árdua e desafiadora, por tratar de um tema que possibilita múltiplas características, como a profundidade e a complexidade (1995, p. 177).

Nesse entendimento, Cândido e Abreu (2002) expõem que: “a

velocidade das mudanças ambientais se acentuou a partir da metade da

15década de 1970 e cresceram fortemente a partir da década de 1980 (2002,

p.132).

Entretanto, Wood Jr. (1995) argumenta que:

A Mudança Organizacional através da categorização: as mudanças estruturais, baseadas na Escola de Administração Clássica; e as mudanças comportamentais, influenciada pela Escola de Relações Humanas. Também cita que os estudos organizacionais recebem contribuições de outras correntes de pensamentos, como a sociologia, antropologia, filosofia e política (1995, p. 179).

Todavia, Araujo conceitua que essa mudança organizacional é vista

como:

(...) qualquer alteração significativa, articulada, planejada e operacionalizada por pessoal interno e/ou externo à organização que tenha o apoio e a supervisão da administração superior e atinja integradamente, os componentes de cunho comportamental, estrutural, tecnológico e estratégico (2001a, p. 166).

Para Bertero (1976) a mudança organizacional também pode ser

considerada como:

O resultado da alteração da estrutura organizacional, tornando-a mais

flexível e adequada ao desempenho das tarefas, e da mudança

comportamental pela quais novos estilos de administração são incorporados à

organização (1976, p. 145).

Enquanto que para Fischer (2001, p. 2) “Esta oposição entre

velocidade das mudanças do ambiente do setor e a velocidade das mudanças

do ambiente interno da organização impõe a intimidante tarefa de usar o

processo da mudança organizacional”.

Soto (2002, p. 248) em relação a viver as mudanças do dia a dia afirma

que “a mudança é um caminho eterno, imutável, sem retorno possível e

somente àqueles que aprendem a preveni-la, a provocá-la ou a aproveitá-la

poderão ser seus aliados para viver de forma criativa”.

16Já Wood Jr. (1995, p. 182) aborda mudança organizacional como: “o

esforço para alterar as formas vigentes de cognição e ação, de maneira a

capacitar a organização a programar as estratégias por ela desenvolvidas”.

O mencionado autor Wood Jr. (1995, p. 184), através de seu

entendimento sobre a gestão da mudança constrói uma definição mais extensa

para mudança organizacional, considerando-a como: “qualquer transformação

de natureza estrutural, estratégica, cultural, tecnológica, humana ou de

qualquer outro componente, capaz de gerar impacto em partes ou no conjunto

da organização”.

Atualmente, as empresas visando se adaptarem as mudanças sejam

em nível gerencial, tecnológico ou recursos humanos devem contemplar uma

visão alternativa considerando todo e qualquer aspecto, não restringindo o foco

e não perdendo o controle.

De acordo com Silva e Vergara (2003):

A mudança organizacional deve valorizar uma dimensão social como fator determinante para com o sucesso das organizações. É necessário perceber a mudança organizacional também como uma mudança de relações: do indivíduo com a organização, dele com os companheiros, da organização com a sociedade, do indivíduo com a sociedade e consigo mesmo (2003, p. 199).

Porém, para as organizações adaptarem-se as mudanças é preciso

compreender a magnitude de sua realidade, pois segundo Naves et. al (2000):

As ocorrências de constantes mudanças sejam previstas, desejáveis ou incontroláveis não podem ficar sem uma observação mais acurada. As mudanças no ambiente organizacional são influenciadas pela relação entre os indivíduos e a organização, e que se refletem na estrutura, na estratégia e na dinâmica das organizações (2000, p. 144).

Em relação a obter vigilância das organizações no que se referea

gestão da mudança, segundo Wood Jr. et. al (1995),

As organizações deverão estar preparadas para a mudança organizacional no sentido de que esta mudança torna-se essencial quando ocorrem alterações ambientais, e mudar caracteriza-se uma

17questão de sobrevivência, considerando que as mudanças ambientais nem sempre são percebidas pela organização (1995, p. 185).

As pessoas que compõem as empresas contribuem no processo de

mudança organizacional, executando as operações, tomando decisões, além

de comunicarem e interagirem entre si e com a organização, fortalecendo a

cultura organizacional. Para que estas pessoas se adaptem as mudanças, elas

precisam conhecer sua razão de existência, a fim de que não se sintam

ameaçadas, e prejudicadas pela eminente mudança organizacional.

Para Fonseca (2002, p. 12), “A informação oportuna e relevante

permite reduzir a incerteza inerente às mudanças”.

A comunicação empresarial, ou seja, interpessoal funciona quando

ocorre entre os funcionários dos setores e os funcionários dos departamentos

juntamente com seus supervisores, destacando as razões da gestão da

mudança e suas reais necessidades no ambiente empresarial.

18

CAPÍTULO II

GESTÃO DE MUDANÇAS E GESTÃO DE PESSOAS

Atualmente, as pessoas têm buscado por uma sociedade modificada

tanto no que se refere ao âmbito social quanto tecnológico e trabalhista. Essa

sociedade será, por exemplo, uma sociedade pós-industrial, pós-fordista, pós-

capitalista, e até mesmo como sistema de especificação flexível que se vem se

adaptando as constantes mudanças de conhecimentos e aprendizados

empresariais. Esse novo entendimento de sociedade faz surgir um sistema que

dá origem a organizações caracterizadas pelo consumo aberto e diversificado,

por trabalhadores que se qualificaram em várias formações profissionais

trabalhando em conjunto com um gerenciamento participativo.

James Martin argumenta sobre essas características da denominada

era do conhecimento:

Definitivamente, essa grande transição será mais devastadora do que a Revolução Industrial. As forças que a estão moldando incluem super autoestradas mundiais da informação, investimentos em países de mão-de-obra barata, parcerias internacionais, downsizing, o conceito de fluxos de valor, equipes de fluxo de valor, revolução da qualidade, microeletrônica poderosa, ciberespaço, operações virtuais, produção ágil e a reinvenção da gerência (1996, p. 122).

O período conhecido como “Revolução Informacional” surgiu através

da indústria da informação, sendo delimitado pelo aparecimento dos

computadores, telefones, televisões, faxes, controladores, programas,

aplicativos e, principalmente, a internet, que se tornaram vínculos

indispensáveis na produção e nos serviços das empresas. Estas empresas

encontram-se inseridas à mega-sistemas, como os de estocagem, transporte e

aplicação de informação, que possibilitam atender a mercados individualizados

em todos os países.

Para Lopes et al (2003):

19 Mudança organizacional significa desde uma alteração de uma posição no mercado em que está inserida, mudança em sua função social, modificação em seu direcionamento estratégico, com uma possível alteração na sua missão, ou mudança em sua cultura, com reavaliação de seus valores e práticas em diferentes níveis de autoridade e responsabilidade (2003, p. 3).

Entretanto, argumenta Chiavenato (2005, p. 425) que “mudança é a

passagem de um estado para o outro. É a transição de uma situação para

outra situação diferente. Mudança representa transformação, perturbação,

interrupção, fratura”.

Wood Jr (2000, p. 227) argumenta que: “definir mudança é qualquer

transformação de natureza estrutural, estratégica, cultural, tecnológica, humana

ou de outro componente, capaz de gerar impacto em partes ou no conjunto da

organização”.

Todavia, mesmo diante de tantos entendimentos de vários autores

sobre a gestão da mudança organizacional, as organizações não podem

começar um processo de mudanças sem que esteja comprometida com o

grupo de pessoas que desempenham funções dentro da empresa. Nesse caso,

a mudança organizacional vai desde os conhecimentos, o comportamento até a

tecnologia utilizada para desenvolver as atividades.

De acordo com Vergara e Pinto (1998):

A mudança cultural precisa, então, ser sustentada por formas que não sejam estranhas à organização, para que haja real motivação e comprometimento com seus objetivos. Independentemente das ameaças oriundas da percepção da mudança pelo grupo serem imaginárias ou não, seus efeitos são sempre reais e se manifestam na resistência que o grupo impõe ao processo (1998, p. 112).

Desta forma, mesmo que seja utilizado um projeto forçado ou imposto

a respeito da mudança organizacional visando mudanças que venham a

desequilibrar um grupo, este tipo de mudança será do conhecimento de todos

dentro do ambiente empresarial, e nesse entendimento Freitas citado por

Vergara e Pinto (1998) afirma que: “os símbolos que são criados para dar

20sentido à vida, e que são uma forma de manifestação desse sentido, são

quebrados, negados ou substituídos” (apud VERGARA; PINTO, 1998, p. 155).

Em relação às empresas, é fundamental destacar que as mudanças

tecnológicas e organizacionais podem e devem ser programadas de forma

independente ou complementar a uma série de procedimentos.

Segundo o entendimento de Kovács:

Os processos de inovação tecnológica melhor sucedidos são aqueles que são acompanhados por mudanças organizacionais que valorizam o contributo dos RH para a implementação da modernização tecnológica, evitando ou minorando, por esta via, eventuais fenômenos de resistência à mudança. A mudança organizacional e, particularmente, as novas formas de trabalhar enfatizam o lugar dos RH nas estratégias de desenvolvimento das empresas, remetendo para um processo de reorganização em diversos domínios, orientado pelos princípios antropocêntricos de gestão da inovação (1998c, p. 103).

A Mudança Organizacional de acordo com Pettigrew; Woodman;

Cameron (2001):

Permanece numa posição fundamental nos estudos organizacionais. Estudos referentes à mudança estratégica da organização que analisam as transformações no desempenho decorrentes do processo e do contexto da mudança não são frequentes na literatura (2001, p. 210).

Atualmente, percebe-se que a sociedade encontra-se inserida na era

da aprendizagem organizacional, na qual as organizações que aprendem

através de pessoas, valores e sistemas se habilitam a mudar e melhorar sua

atuação através da experiência. As peças fundamentais dessa aprendizagem

organizacional são a criatividade e inovação.

Para Chiavenato (2004, p. 225), “as organizações e seus gerentes

devem adaptar-se constantemente a novas situações para que possam

sobreviver e prosperar. Isso requer a administração progressiva”.

Nas organizações que se apresenta atualmente, a mudança é um

ponto importante em relação à criatividade e a inovação. E estas

21características de mudança se apresentam nas organizações, nas pessoas,

nos clientes, nos produtos e serviços, na tecnologia, no tempo e no clima.

Os profissionais que se especializaram em Recursos Humanos de

acordo com Chiavenato (2004):

Estão se tornando consultores internos, enquanto os gerentes de linha estão se tornando agentes de mudança dentro das organizações. Para funcionar como facilitador do processo de mudança, o gerente de linha deve atuar de maneira a incentivar as etapas de descongelamento, mudança e recongelamento (2004, p. 160).

A metodologia que é utilizada para desenvolver a gestão da mudança

organizacional ocorre dentro de um campo de forças que atuam de modo

dinâmico em diversos sentidos.

Nesse caso, para Lopes et al (2003)

Na formação da gestão da mudança existem forças positivas de apoio e suporte à mudança e, forças negativas de oposição e resistência a essa mudança. Para que todo o processo de mudança organizacional esteja equilibrada existe uma balança dinâmica de forças positivas que apoiam e impulsionam a mudança e de forças negativas que restringem e impedem a mudança (2003, p. 3).

Essa mudança organizacional torna-se necessária para que as

empresas possam se adequar as inovações que surgem diariamente no

mercado empresarial.

Entretanto, para Chiavenato:

Esse sistema funciona dentro de um estado de relativo equilíbrio onde ocorre o quase estacionário de Lewin que é rompido toda vez que se introduz alguma tentativa de mudança. A mudança passa a sofrer pressões positivas, por exemplo, de apoio e de impulso e pressões negativas, no caso de oposição e resistência, criando um campo de forças (2004, p. 166).

Todavia, é importante observar a respeito da influência das forças em

decorrência das forças negativas de acordo com Lopes et al (2003) que:

No momento em que as forças positivas são maiores do que as forças negativas, a tentativa de mudança é bem-sucedida e a

22mudança ocorre efetivamente. Porém, quando essas forças negativas são maiores do que as forças positivas, a tentativa de mudança é malsucedida e a mudança não ocorre, prevalecendo a velha situação.

Em relação a gestão da mudança organizacional para Chiavenato:

O agente de mudança deve tentar maximizar o efeito das forças positivas e minimizar o efeito das forças negativas para poder conduzir o processo de mudança com eficácia. Toda mudança rompe a rotina e impõe uma ruptura com relação ao passado. Na verdade, o processo de mudança organizacional é um pouco mais complicado e segue um padrão comum. Ele surge a partir de um estímulo interno ou externo na forma de pressão sobre a administração e que incentiva a ação de mudança (2004, p.219).

De acordo como o próprio nome diz, mudança tem haver com

transformação, e não basta apenas mudar a estrutura da empresa, é preciso

mudar também as pessoas que trabalham dentro do ambiente da empresa.

Segundo Newman (1991, p. 346), dentre os fatores que determinam o

comportamento humano e suas relações, pode-se destacar: “reação individual

ao meio ambiente e fatores que condicionam as reações individuais como, por

exemplo, os padrões de convicção e organização social”.

O momento da decisão para que a empresa aceite a mudança

organizacional será influenciado por um ou dois fatores que demonstram que a

empresa encontra-se em transformação, como constantes conflitos entre os

funcionários; falta de conhecimento tecnológico dentre outros problemas.

De acordo com Newman:

A tarefa da administração é criar condições capazes de permitir que os atos escolhidos pelos empregados, em virtude da satisfação pessoal neles encontrada, conduzam aos melhores resultados para a empresa em geral. Todavia, os fatores condicionantes das reações individuais surgem como a maneira pela qual um indivíduo reage a determinadas instruções e medidas destinadas a motivá-lo são geralmente difíceis de prever e de explicar (1991, p. 346).

As atividades e o comportamento humano dependem de vários fatores

para serem equilibradas, contudo manter esse equilíbrio é complicado e difícil

compreensão no que se refere às reações do indivíduo em suas necessidades

e características pessoais.

23

Ainda, no entendimento de Newman:

As reações do indivíduo, suas atividades e o comportamento humano vão além da sua necessidade biológica como: alimento e abrigo influenciam suas reações, mas a renda da maioria das pessoas leva-as além dos requisitos mínimos dessa espécie pelo desejo de segurança, sociabilidade e atualização (1991, p. 347).

As opiniões e as reações de um indivíduo são fortemente influenciadas

pelo seu grupo social a que pertence. Esses grupos informais se constituem

onde quer que haja uma agregação de pessoas com um mesmo objetivo

profissional.

Ainda, segundo Newman:

O indivíduo deve se entregar à motivação compreendendo perfeitamente os efeitos dessas influências sobre o comportamento do indivíduo. Sendo assim, as necessidades e características pessoais, os preconceitos e os grupos sociais influem na maneira pela qual o indivíduo reage a um pedido ou a uma sugestão (1991, p. 348).

As organizações não existem no espaço vazio e nem funcionam por

casualidade. Para Chiavenato (2004):

Como sistemas abertos às organizações operam através de mecanismos de cooperação e de competição com outras organizações. Em sua interação com o ambiente, elas dependem de outras organizações e lutam contra outras organizações para manterem seus domínios e mercados. A estratégia organizacional constitui o mecanismo através do qual a organização interage com o seu contexto ambiental (2004, p. 221).

O comportamento de uma empresa pode ser definido pelo tipo de

estratégia que utiliza para melhorar a produção e relacionamento entre os

funcionários transformando essa organização em uma força mais dinâmica e

competitiva. Entretanto, a empresa na parte que se refere à missão, visão e os

objetivos organizacionais condicionam estes aspectos à estratégia que é

utilizada para melhorar o desempenho tanto a nível tecnológico, quanto social.

Contudo, é importante destacar que o fator fundamental da estratégia na

empresa é o elemento humano.

24Para Carbone et al:

A gestão por pessoas e por competências propõe-se fundamentalmente a gerenciar o gap ou lacuna de competências eventualmente existente na organização, procurando eliminá-lo ou minimizá-lo (2006, p. 203).

Nesse caso, a ideia é colocar em conjunto tanto as competências

existentes na organização quanto as competências necessárias para a

consecução das finalidades organizacionais.

2.1 NOVO PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS ADAPTADOS A MUDANÇA DAS GERAÇÕES

De acordo com Morgan (1996, p. 53) as “organizações são sistemas

abertos que necessitam de cuidadosa administração para satisfazer e equilibrar

necessidades internas, assim como adaptar-se a circunstâncias ambientais”.

Ao mesmo tempo, o mencionado autor Morgan (1996) afirma que à

medida que “as organizações sedimentam as suas identidades, podem iniciar

transformações mais amplas na ecologia social a que pertencem”.

Neste entendimento, então, as organizações podem estabelecer os

alicerces para criar as categorias de desenvolvimento respectivamente ao

ambiente em que são inseridas.

Para Silva e Vergara (2002):

A mudança organizacional passa a ser a compreensão das pessoas do processo pelo qual reconstrói a visão de mundo coletivo e das identidades dos participantes do processo de mudança organizacional, pois está estreitamente relacionada à forma como os indivíduos interpretam e dão significado a ela (2002, p. 188).

Nesse processo de mudança, novos intérpretes surgem com

possibilidades concretas de propor e conduzir mudanças, conforme a

percepção de Brunstein et. al (2008).

25

Todavia, o objetivo da mudança, na visão de Cândido e Abreu (2002, p.

12), seria “trazer satisfação e harmonia no ambiente de trabalho,

proporcionando as condições para a autoestima e realização das pessoas, e

gerando maior eficiência, eficácia e efetividade nas organizações”.

Nesse caso, Sommer e Amick (2003) concluem que:

Em momentos de mudanças nas organizações, as características pessoais são importantes para manejar ambiguidades e estresse, soluções de problemas externos e internos, sensibilidade para com os sentimentos dos indivíduos, além da integridade e ética profissional. Eles ainda destacam que pesquisadores e acadêmicos não se interessam em fazer suas respectivas pesquisas em organizações locais. Neste ponto de vista, talvez tenham objetivado incentivar a intensificação de investigações que forneçam subsídios para o desenvolvimento regional, sem dar prioridade apenas aos grandes casos ou organizações (2003, p. 150).

Entretanto, Wood Jr. et. al (1995, p. 170) afirmavam que “a cultura

organizacional é uma das mudanças mais difíceis de ser alcançada”, enquanto

que Naves et. al (2000, p. 189) definiram “as mudanças, como requerentes de

um amplo e real conhecimento da estrutura e dinâmica da organização por

parte de seus membros”.

Todavia, Bertero (1976, p. 117) conclui que “somente poderá ser

considerada a mudança organizacional como efetuada quando está

incorporada ao comportamento dos indivíduos da organização”.

Um dos temas debatido e questionável sobre Mudança Organizacional

é a resistência dos indivíduos em momentos de passagem.

Por isso Vergara e Pinto (1998, p. 69) observam que “talvez não exista

tema mais antigo e mais atual que a mudança, e que a resistência à mudança

é um movimento inerente ao grupo na sua tentativa de preservar os padrões de

comportamento já testados”.

26O que vem apoiar a posição de Estrada e Almeida (2007, p. 247), onde

a “mudança organizacional promoverá um crescimento técnico e

comportamental da organização e de seus membros”.

Segundo Vergara e Pinto:

A cultura da organização produtiva entre as décadas de 1970, 1980 e 1990 foi motivo de análise e interesse perante as organizações e seus funcionários Até a década de 1970 as propostas de mudanças dentro do ambiente organizacional, com vistas a responder as variações ambientais ou a estratégias de crescimento mostravam-se vinculadas à visão clássica, funcionalista e comportamentalista da empresa, com alteração de organogramas e trocas de pessoal (1998, p. 67).

Nas organizações tanto as mudanças quanto à cultura são aspectos

importantes que precisam ser analisadas e estudadas com atenção e cuidado,

por que precisam ser utilizadas de forma adequada visando sempre o bem

comum de todos da empresa.

No entanto, para Cruz, Cecchi e Souza:

A partir da década de 1980, os autores constaram a falta de entendimento mais completo, holístico e multifacetado das empresas, o que inviabilizou várias tentativas e esforços de transformação organizacional. Ainda hoje se pode observar a existência de opções teóricas-práticas, as quais são lançadas na tentativa de amenizar os efeitos de ambiente às organizações, como a valorização da adaptação organizacional como fator determinante das mudanças organizacionais (2009, p. 195).

Em seus estudos, Neiva e Paz (2007, p. 90) concluíram que “as

mudanças no ambiente externo pressionam e estimulam a instabilidade na

organização, entretanto reforçam que não há mudança de valores e de cultura

organizacional”.

Entretanto, em se tratando de resistência à mudança, Cândido e Abreu

(2002, p. 101) relatavam que “a resistência à mudança surgirá de indivíduos

que não aceitam a mudança, devido à organização ser composta por pessoas

com diferentes valores e papéis sociais, atitudes e comportamentos”.

27Mesmo considerando a posição de Vasconcelos et. al (2006, p. 81) que

argumentam que “a mudança sem romper com a memória e com a identidade

organizacional preserva a identidade dos indivíduos e pode desencadear

menos processos de resistência organizacional”.

Em relação às organizações, existe tanto a aceitabilidade de novos

processos quanto resistência às mudanças, entretanto, o nível de

comprometimento é maior quando a ação de mudar inicia-se na base da

pirâmide, ou seja, ela começa de baixo para cima. Essa mudança

organizacional começa dos funcionários e setores básicos para atingir

departamentos maiores.

Todavia, Vasconcelos et. al (2006, p. 173) expõem que “em processos

amplos de mudança organizacional os gestores projetam a construção de um

futuro superior, por meio do desenvolvimento um novo produto ou uma nova

competência técnica”.

A história de uma geração está baseada em um conjunto de vivências

comuns, valores, visão de vida, cenário sociopolítico e a aproximação de

idades (LOMBARDIA et al., 2008).

Todavia, cada geração carrega consigo a experiência no que se refere

às relações humanas, culturais, comportamentais e valores, os quais se tornam

desafios perante a sociedade, que acolhe e compreende essas novas

gerações.

Diante da literatura que expõe temas sobre os estudos das gerações,

de acordo com Lombardia et al (2008, p. 158) foi possível encontrar os

aspectos de quatro gerações, que são: “a) tradicionais; b) baby boomers; c)

geração X ou baby busters; e d) geração Y, ou echo boomers, ou geração net

ou geração Why”.

28Para Erickson (2011, p. 122) “a geração é definida como um grupo de

pessoas que, com base na faixa etária, compartilham não só uma localização

cronológica na história, mas também as experiências a elas associadas”.

Com o avanço das inovações tecnológicas, as gerações desde a

tradicional até a baby boomers tem se adequado as vantagens e desvantagens

de utilizar a gestão da mudança organizacional.

Robbins (2005, p. 55), descreve “as gerações a partir de seus valores,

relacionando-os com o assunto em que cresceram, e as segmenta de acordo

com a época em que entraram no mercado de trabalho (entre os 18 e 23

anos)”.

Ainda, para Robbins:

Com o surgimento de novas gerações, torna-se fundamental ressaltar que os veteranos eram os membros da geração que cresceu influenciada pela Grande Depressão, pela Segunda Guerra Mundial e pelo Muro de Berlin, tendo entrado no mercado de trabalho entre os anos 50 e 60. Seus principais valores são a lealdade aos patrões, à crença no trabalho no status quo e em figuras de autoridade (2005, p. 57).

“A geração baby boomers nasceu entre os anos 1946 e 1964 e

ingressou na força de trabalho das organizações entre 1965 e 1985”

(ROBBINS, 2005, p. 56).

Nesse caso, o período em que cresceram a geração dos veteranos, de

acordo com Robbins (2005, p. 159) foi marcado pelos “movimentos dos direitos

civis, pelos Betles e pela Guerra do Vietinã”. Em relação ao Brasil, segundo

Robbins (2005, p. 59) o principal limite foi “o movimento hippie e a Ditadura

Militar, fazendo parte de um período de prosperidade pós-guerra em que, com

a estabilização das famílias, houve um aumento das taxas de natalidade”.

Ainda, de acordo com Robbins (2005):

29Os valores dominantes nessa geração são sucesso, realização, ambição, rejeição ao autoritarismo e lealdade à carreira Nota-se que há uma grande oposição entre os Veteranos e os BabyBoomers: em contraposição à lealdade à organização e ao respeito ao autoritarismo dos primeiros, os BabyBoomers valorizam a própria carreira e repudiam o autoritarismo Robbins (2005, p. 133).

Porém, segundo Kuntz (2009, p. 122), “os BabyBoomers ainda se

fidelizam à organização em que trabalham, ou seja, ainda que valorizem

bastante a própria carreira, buscando a ascensão profissional, fazem vínculos

com a organização”.

De acordo com Robbins (2005):

A geração X foi notadamente influenciada pela globalização, por pais e mães dedicados à sua carreira profissional, pelo surgimento da Aids e dos computadores, essa geração testemunhou as mulheres adotarem uma postura mais independente (2005, p. 164).

Ainda, segundo o entendimento de Robbins (2005):

A conhecida geração X nasceu entre os anos 1965 e 1979, e ingressaram no mercado de trabalho por volta dos anos 1985 a 2000, sendo considerados como profissionais pouco dispostos a se sacrificar por seus empregadores e a obtenção de um estilo de vida equilibrado, satisfação no trabalho, importância da família e dos relacionamentos. Esta geração é informal, e busca o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Acreditam que o dinheiro é importante e representa um indicador da sua qualidade profissional, mas estão dispostos a trocar promoções e aumentos salariais por uma vida com mais tempo para o lazer (2005, p. 170).

Atualmente, essa Geração X se vê delimitada por duas grandes

gerações no ambiente de trabalho, os Boomers e os Y. Esta situação causa

neles um grande desconforto, porque além de tudo Boomers e Y parecem se

dar muito bem.

Para Erickson (2011):

Estando hoje na faixa dos trinta a cinquenta anos, a Geração X não deve enxergar a aposentadoria ou mesmo a velhice tão próxima quanto seus pais. Com aumento de expectativa de vida, chegar aos oitenta anos de forma ativa no mercado já se mostra como uma realidade possível (2011, p. 177).

No entendimento de Robbins (2005):

30A Geração Y, também denominada Geração da Tecnologia por ter sido a primeira a crescer imersa nela, é hoje a geração mais nova nas organizações: eles nasceram e cresceram em meio a esse contexto pós-moderno. Nascidos após os anos 1980 ingressaram no mercado de trabalho a partir dos anos 2000 (2005, p. 118).

Já a geração Y, tem por característica possuir a infância e

adolescência marcadas pelo crescimento econômico e fortalecimento do

neoliberalismo.

Ainda, para Robbins (2005):

Filhos de pais superprotetores aprenderam a se acostumar com o vazio deixado pelos pais workaholics, que, para compensar a sua ausência, lhes davam tudo o que queriam. Os valores dominantes dessa geração são a autoconfiança, sucesso financeiro, independência pessoal aliada ao trabalho em equipe, lealdade a si mesmos e aos relacionamentos (2005, p. 119).

Dessa forma, de acordo com Robbins (2005, p. 121), é fundamental

“enfatizar valores terminais como a liberdade e uma vida confortável”.

Segundo Oliveira (2010):

Os integrantes dessa geração são flexíveis, individualistas, competitivos, acostumados a fazer escolhas, fazendo questão de produzir conteúdo, não apenas recebê-lo pronto. Adquiriram uma atitude questionadora, que acaba colidindo com o modelo tradicional de hierarquia. Nasceram em tempos de prosperidade, não temem o desemprego, têm autoconfiança, gastam mais tempo com educação integral, o trabalho para essa geração é um meio e não um fim (2010, p. 150).

Essa geração se conectou desde cedo com o mundo digital e aprendeu

na prática cotidiana como incorporar as novas tecnologias, conseguindo,

assim, desenvolver competências diferentes das gerações anteriores ainda

ativas no mercado de trabalho: a BabyBoomers e a geração X. Os jovens são

considerados ambiciosos, confiantes e acreditam que podem mudar o mundo.

Segundo Oliveira (2010):

A geração Y é motivada por desafios e interesse de ascensão rápida, seus integrantes mudam de direção quando percebem que isso não acontecerá em um curto espaço de tempo. Em decorrência, a rotatividade nas empresas está crescendo: trabalhar na mesma

31empresa por muitos anos não faz parte dos planos desses novos profissionais (2010, p. 106).

De acordo com Erickson (2011):

Um novo grupo de trabalhadores foi formado, que não tem medo de questionar a autoridade, gostam de ser ouvido e de sentirem que fazem a diferença. Para eles todos se interessam por suas opiniões, eles se manifestam independente de hierarquia ou mesmo protocolo adequado. Sua habilidade com a tecnologia transforma-os em multitarefa e querem executar várias coisas ao mesmo tempo (2011, p. 133).

A composição das novas gerações nas empresas surgiu de acordo

com a necessidade e as mudanças que sofreram tanto o nível social,

econômico, quanto o profissional.

Para Erickson:

A Geração Y está constantemente conectada. Suas interações são muito mais virtuais do que presenciais e tudo que compartilham gera um volume enorme de informação, que para as outras gerações é difícil de compreender. Questionam tudo a que são submetidos e muitas vezes aparecem com solução simples (2011, p. 136).

Para a conscientização e o conhecimento de algumas gerações é

fundamental saber que elas somente surgirão porque as inovações

tecnológicas faz com que a empresa busque por novas atitudes, novas ideias e

novos comportamentos entre seus funcionários.

De maneira geral, para Vergara e Silva;

Os funcionários sentem-se sobrecarregados em virtude do aumento da demanda. Entretanto, o problema não se concentra apenas no cansaço físico ou mental, mas a contrapartida da empresa em detrimento desse fato. A mudança é importante, mas não se deve enfatizar apenas a racionalidade e ignorar a complexidade, a ambiguidade e os paradoxos que fazem parte da organização (2003, p. 166).

Em relação às mudanças organizacionais, percebe-se que elas são

fundamentais para que se abram novas oportunidades, para que os conflitos

possam ser resolvidos e principalmente para preparar as empresas para a

concorrência neste mercado tão competitivo.

32

33

CAPÍTULO III

RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DE MUDANÇAS, NEGOCIAÇÃO E IMPACTOS DENTRO DA EMPRESA

A negociação está presente nas situações mais comuns das vidas das

pessoas. De acordo com Ferreira (2008, p. 132) atualmente negocia-se “nos

relacionamentos sociais, em clubes, com prestadores de serviços, nos

condomínios, dentre outros”. Nestes ambientes, são encontrados os mais

diversos tipos de situações que requerem, em todos os momentos, que as

pessoas realizem negociações.

Para Rosalem e Santos:

A origem do termo negociação remete ao latim negocium, palavra formada pela junção dos termos nec (nem, não) + ocium (ócio, repouso), cujo significado preciso é o de atividade difícil, trabalhosa. Seu uso mais comum, porém, tanto no latim quanto no português, gira em torno de comércio, mercancia, relações comerciais, transação, combinação, ajuste (2007, p. 138).

Ainda, segundo os citados autores, Rosalem e Santos (2007, p. 139), o

termo está “associado a estratagema ou truque para ganhar dinheiro com

facilidade, oportunidade. No inglês, o termo equivalente negociate tem apenas

o significado de transação comercial”. Nesse sentido, negociação é o ato de

negociar, transacionar.

Desta forma, o tema negociação tem sido objeto de estudo e grande

debate no meio organizacional, motivo pelo qual as maiores contribuições vêm

de autores com esse enfoque (ROSALEM; SANTOS, 2007). Os autores trazem

diversas definições para o assunto, sendo que estas variam de acordo com o

efetivo objetivo adotado em cada abordagem.

Cohen (1980 apud BRANDÃO et al., 2010, p. 140) argumenta que “a

negociação é um campo desconhecimento e empenho que visa à conquista de

34pessoas de quem se deseja alguma coisa, isso se considerar a negociação

voltada exclusivamente para a obtenção de vantagem unilateral.

Já adotando uma visão pluralista, Fisher & Ury (1994 apud BRANDÃO

et al., 2010,p. 141) afirmam que “negociação é um processo de comunicação

bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta”.

Nessa mesma linha de raciocínio, Acuff (1998 apud FERREIRA, 2008,

p. 166) argumenta que “negociação é o processo de comunicação com o

propósito de se atingir um acordo agradável sobre diferentes ideias e

necessidades”.

Para o autor Nierenberg (1981 apud FERREIRA, 2008, p. 168),

negociação é uma atividade que “pode afetar profundamente qualquer tipo de

relacionamento humano e produzir benefícios duradouros para todos os

participantes”.

Negociação importa em acordo e, assim, pressupõe a existência de afinidades, uma base comum de interesses que aproxime e leve as pessoas conversarem. A negociação como filosofia implica a aceitação dos valores que embasam uma administração participativa, os ideais de direitos humanos e justiça social, bem como os pressupostos de corresponsabilização dos resultados (MATOS, 1989 apud FERREIRA, 2008).

Uma visão contemporânea sobre as negociações é trazida por

Martinelli (2002), que:

Leva a refletir sobre a eficácia de uma negociação na qual somente uma das partes envolvidas ganhe. Uma grande linha de pensamento, baseada em uma visão sistêmica, nos aponta que quando todas as partes envolvidas em uma negociação saem satisfeitas, conhecida como negociação ganha-ganha, as chances de novas negociações existirem e gerarem novos frutos para essas partes se intensificam (2002, p. 107).

Na família, muitas vezes os entendimentos pessoais, e econômicos

entre marido e mulher são diferentes. Imagine-se então em um ambiente

profissional, ou empresarial, onde diariamente se multiplicam milhares de

ideias e opiniões de várias pessoas com várias formações profissionais.

35

No entendimento de Brandão et al:

Nas empresas, não é diferente, elas negociam o tempo todo com os parceiros. São vários os processos, os objetivos, os recursos, as condições gerais de trabalho, dentre outros. Internamente, todos negociam com clientes, fornecedores, agentes financeiros, comunidade. Estas inter-relações e negociações têm vários objetivos e as realizações são o prêmio e o reconhecimento pelo sucesso alcançado (2010, p. 145).

Até mesmo no ambiente político é utilizada a negociação como

estratégia de solução de conflitos e problemas de entendimentos diversificados

para atingir algum objetivo seja único ou em comum.

Brandão et al afirmam que:

Através da negociação é que se obtém o devido sucesso nas relações. Com ela, as pessoas tornam-se capazes de ouvir melhor o outro, compreendê-lo, respeitá-lo, interpretar melhor as suas necessidades e suas limitações, encontrar arranjos mutuamente satisfatórios e, com isto, poder realizar a busca do bem comum para que se tenham uma sociedade mais justa (2010, p. 147).

Negociar é um artifício, e tem por características básicas, a

sensibilidade, criatividade, assertividade, capacidade de análise, compreensão

de relações às vezes muito complicadas. Arte da negociação pode ser

aprendida e desenvolvida através do acesso a conceitos e técnicas. A

negociação é uma permuta de valores, nas quais as pessoas aprimoram as

suas qualidades para tornarem-se negociadores de alto nível.

Todos os dias, percebe-se que o mundo está passando por intensas

transformações, onde a maior constante é a mudança. Segundo Kotter (apud

CHU, 2003):

A economia global proporciona tanto riscos quanto oportunidades forçando as organizações a buscarem melhorias contínuas, não somente para competir, mas para sobreviver. Diante disso, as organizações precisam reinventar-se, sair do status quo, quebrar paradigmas e revolucionar mudanças (apud CHU, 2003, p. 55).

36Vale observar que é importante utilizar o planejamento para

desenvolver as mudanças organizacionais avaliando-se as autênticas

necessidades situacionais da empresa. Talvez o grande desafio das

organizações seja diminuir os impactos na programação de mudanças e

transformações, dado que a resistência tem se tornado uma ameaça ao

sucesso na gestão das mudanças.

Segundo Chiavenato (2004, p. 24), “mudança é a passagem de um

estado para outro. É a transição de uma situação para outra situação diferente.

Mudança representa transformação, perturbação, interrupção, fratura”.

E, do mesmo modo como a história foi construída por mudanças políticas, econômicas e sociais, as mudanças organizacionais estão tornando-se cada vez mais comuns, na busca pela vantagem competitiva e sobrevivência no mercado. Antes de tudo, a mudança tornou-se mais difundida e persistente. Ela é a normalidade (HAMMER; CHAMPY, 1994, apud BRANDÃO et al., 2010, p. 14).

Morgan (1996 apud BRANDÃO et al., 2010) propõe que “a análise das

organizações deve considerar diferentes perspectivas, sendo uma delas a que

as interpreta como sistemas em fluxo e constante transformação”.

Segundo Brandão et al:

A negociação é o processo por meio do qual, duas ou mais partes com objetivos diferentes procuram um acordo que as satisfaça, podendo ser uma relação de compra e venda, ou não. A negociação é a relação de compra e venda de um determinado produto onde não há interesses divergentes entre as partes. É, também, a decisão de duas ou mais pessoas que tratam algo de seus respectivos interesses sem qualquer questionamento (2010, p. 148).

A necessidade e adequação das organizações diante das mudanças

no cenário mundial têm incitado muitos pesquisadores a tentarem explicar o

motivo que, leva as organizações a desenvolverem um processo de mudanças.

Como consequência, vários enfoques foram desenvolvidos pelos

teóricos e práticos das organizações, justificando a opinião de Motta (1999

apud BRANDÃO et al., 2010):

37Segundo o qual, alguns desses modelos e teorias são considerados apenas modismos pelo fato de não apresentarem uma base teórica consistente, falseando a realidade que se busca conhecer, caracterizando-se por pensamentos teóricos fragmentados, pouco sistematizados, sem lógica ou coerência.

De tudo isso, compreende-se que a negociação, mesmo sendo

considerada apenas um processo de resolução de conflitos, tem papel

fundamental quando trabalha em conjunto com a gestão da mudança

organizacional.

3.1 CASES DE SUCESSO: LABORATÓRIO ACHE – FORNECEDOR DE PRODUTOS PARA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

O Aché Laboratórios é uma empresa 100% brasileira, com 47 anos de

atuação no mercado farmacêutico. Conta com três complexos industriais: um

em sua sede, em Guarulhos (SP), e outro na capital em São Paulo, além da

participação acionária de 50% na Melcon, em Anápolis (GO). Atualmente

dispõe de aproximadamente 3800 colaboradores e uma das maiores forças de

vendas do segmento no Brasil (LABORATÓRIO ACHE, 2014).

Para atender às necessidades dos profissionais de saúde e

consumidores, o Aché oferece um portfólio abrangente com 279 marcas, em

689 apresentações de medicamentos sob prescrição, isentos de prescrição e

genéricos. A Companhia atua também nos segmentos de dermatologia,

nutracêuticos e probióticos. Ao todo, atende a 18 especialidades terapêuticas

(LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

A forte presença em todo o país, a qualidade dos seus produtos e a

contínua busca por diferenciação tecnológica e de gestão permitem que o Aché

atenda às expectativas dos consumidores e, em especial, dos médicos. A

valorização do profissional de saúde é uma característica que o Aché cultiva

desde a sua fundação, em 1966, e que fortalece o sonho de seus acionistas ao

criar uma indústria farmacêutica nacional robusta, com marcas reconhecidas e

38que ofereça à população acesso à saúde e bem-estar (LABORATÓRIO ACHÉ,

2014).

Em 2012, a empresa colheu os frutos dos aportes feitos em renovação

de portfólio nos últimos anos. A receita líquida do Aché foi de R$ 1,6 bilhão e

houve o lançamento de 33 novos produtos. Em 2013, a receita líquida atingiu

R$ 1,8 bilhão e foram colocados à disposição dos consumidores mais 32 novos

produtos (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

Em 2013, a Companhia investiu R$ 54,9 milhões em pesquisa,

desenvolvimento e inovação. Para 2014 e os próximos anos, mais de 170

projetos estão previstos (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

Os resultados e as perspectivas espelham o melhor período da

empresa em termos de renovação de portfólio, o que se reflete na solidez

financeira da Companhia, no crescimento consistente e na posição de

destaque que ocupa no setor, comprovada pela elevação do rating pela

agência Fitch de AA+ para AAA em escala nacional e de BBB- para BBB em

escala global, e também pela concessão do rating em grau de investimento

pela Standard & Poor’s, com nota AAA em escala nacional e BBB- em escala

global, ambos com perspectiva estável (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

O Aché sempre desenvolveu novas apresentações e versões para os

medicamentos, buscando a ampliação das opções terapêuticas para os

médicos e pacientes. Atualmente a empresa investe em pesquisa e

desenvolvimento de fitomedicamentos, produtos desenvolvidos a partir do

extrato padronizado de plantas (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

Lançado em junho de 2005, o Acheflan® (Cordia verbenacea DC.) foi o

primeiro medicamento 100% nacional. Foram sete anos de estudos, mais de

R$ 15 milhões de investimentos em pesquisa, parcerias com importantes

39universidades nacionais e com pesquisadores de renome internacional

(LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

O Acheflan® (Cordia verbenácea DC.) é um anti-inflamatório na versão

tópica (creme) e aerossol, que é indicado para tendinites crônicas e dores

miofasciais (musculares). Já está em estudo a versão oral, além de pesquisas

para seu uso em artrose de mão e joelho e dermatológico. Além do Acheflan, a

empresa conta com outros fitomedicamentos, todos desenvolvidos a partir de

plantas brasileiras (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

O Aché Laboratórios é uma empresa 100% brasileira, com mais de 45

anos de atuação no mercado farmacêutico. Conta com três complexos

industriais, um em sua sede, em Guarulhos (SP), e outro na capital em São

Paulo, e participação acionária de 50% na Melcon, em Anápolis (GO), cerca de

3900 colaboradores e uma das maiores forças de vendas do segmento no

Brasil (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

Para atender às necessidades dos profissionais de saúde e

consumidores, o Aché oferece um portfólio abrangente com mais de 280

marcas em 695 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e

MIP (isentos de prescrição), além de atuar também nos segmentos de

dermatologia e nutracêuticos. Ao todo, são 132 classes terapêuticas e 17

especialidades médicas atendidas (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

A forte presença em todo o país, a qualidade dos seus produtos e a

contínua busca por diferenciação tecnológica e de gestão permitem que o Aché

atenda às expectativas dos consumidores e, em especial, dos médicos

(LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

A valorização do profissional de saúde é uma característica que o Aché

cultiva desde a sua fundação, em 1966, e que fortalece o sonho de seus

acionistas ao criar uma indústria farmacêutica nacional robusta, com marcas

40reconhecidas e que ofereça à população acesso à saúde e bem-estar

(LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

Em 2012, a empresa colheu os frutos dos aportes feitos em renovação

de portfólio nos últimos anos. A receita líquida do Aché foi de R$ 1,6 bilhão e a

Companhia lançou 33 novos produtos, um número significativo frente ao

mercado (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

Esses resultados espelham o melhor período da empresa em termos

de renovação de portfólio, o que se reflete na solidez financeira da Companhia,

no crescimento consistente e na posição de destaque que ocupa no setor,

comprovada pela elevação do rating pela agência Fitch de AA+ para AAA em

escala nacional e de BBB-para BBB em escala global, e também pela

concessão do rating em grau de investimento pela Standard & Poor’s, com nota

AAA em escala nacional e BBB- em escala global, ambos com perspectiva

estável (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

O Aché sempre desenvolveu novas apresentações e versões para os

medicamentos, buscando a ampliação das opções terapêuticas para os

médicos e pacientes. Atualmente a empresa investe em pesquisa e

desenvolvimento de fitomedicamentos, produtos desenvolvidos a partir do

extrato padronizado de plantas (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

Lançado em junho de 2005, o Acheflan® (Cordia verbenacea DC.) foi o

primeiro medicamento 100% nacional. Foram sete anos de estudos, mais de

R$ 15 milhões de investimentos em pesquisa, parcerias com importantes

universidades nacionais e com pesquisadores de renome internacional

(LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

41FIGURA 1: DESCRIÇÃO HISTÓRICA DA EVOLUÇÃO DO

LABORATÓRIO ACHÉ.

FONTE: LABORATÓRIO ACHÉ, 2014

A parceria comercial com a farmacêutica mexicana Silanes, com a

exportação de produtos do Aché para o México e a incorporação de

medicamentos produzidos pela Silanes ao portfólio de vendas no Brasil, por

exemplo, encaminhou o Aché para o segmento de diabetes e também

42consolidou o aprendizado da atuação internacional (LABORATÓRIO ACHÉ,

2014).

O Acheflan® (Cordia verbenacea DC.) é um anti-inflamatório na versão

tópica (creme) e aerossol, que é indicado para tendinites crônicas e dores

miofasciais (musculares). Já está em estudo a versão oral, além de pesquisas

para seu uso em artrose de mão e joelho e dermatológico. Além do Acheflan, a

empresa conta com outros fitomedicamentos, todos desenvolvidos a partir de

plantas brasileiras (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

No projeto de internacionalização, os acordos de licenciamento

contribuem para a consolidação das marcas em 12 países nas Américas e na

África, e contam com uma carteira de 21 medicamentos, em 32 apresentações

(LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

A experiência internacional obtida na América Latina tem permitido à

companhia mirar também outros mercados. O Acheflan conquistou a

concessão de patente na Europa até 2024. O registro foi concedido pelo EPO

(European Patent Office – Escritório de Patentes Europeias) e representa um

marco não só para o Aché, como para a ciência brasileira (LABORATÓRIO

ACHÉ, 2014).

O Aché segue as diretrizes de uma empresa de capital aberto, mesmo

sem ter ações na Bolsa de Valores. A Companhia adota normas rígidas e

modernos procedimentos de gestão, como auditorias independentes, Código

de Conduta Ética e Ouvidoria (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

O modelo de gestão do Aché tem como principais objetivos

(LABORATÓRIO ACHÉ, 2014): excelência na gestão do portfólio de

prescrição; agressividade e eficácia na renovação de portfólio; Formação de

uma ampla e competitiva unidade de Genéricos (ampliação do portfólio);

criação de uma sólida e inovadora unidade de MIP, com intensa exploração

43dos recursos de mídia, para criar e fortalecer as marcas; novos investimentos

em pesquisa e inovação e segmentos de mercado, para garantir a

sustentabilidade, no médio e longo prazos; desenvolvimento de pessoas.

A Empresa desenvolve processos de melhoria contínua de suas

práticas de governança corporativa, iniciado em 1997, com a contratação de

uma empresa de auditoria independente. O avanço na profissionalização da

gestão da Companhia se deu a partir de 2001, quando os acionistas passaram

a compor o Conselho de Administração e criaram comitês de auxílio à Diretoria

Executiva (LABORATÓRIO ACHÉ, 2014).

44

CONCLUSÃO

A Gestão de Mudanças é o procedimento de usar processos de gestão,

planos de comunicação e programas de transferência de conhecimento para

assegurar uma transição suave de um sistema ou processo para outro. A

Gestão de Mudanças bem sucedida aborda os três aspectos do negócio:

Pessoas, Sistemas e Processos. Durante qualquer projeto estas três forças

devem ser abordadas em maior ou menor intensidade, mas a ênfase variará

dependendo de fatores tais como complexidade técnica, número de pessoas

envolvidas, impacto nos processos de negócio e conhecimento dos

participantes do projeto.

Se uma organização, de qualquer tamanho ou divisão, decide mudar e

aperfeiçoar seus departamentos e divisões, entre elas, a sua área de

Tecnologia da Informação, consequentemente, a empresa e os seus

colaboradores irão modernizar seus métodos de trabalho, muitas vezes,

tornando-os mais simples e diretos. Num primeiro momento, qualquer mudança

requer o desejo para que ela aconteça e, para tanto, precisa existir o

conhecimento intenso da organização e de seus negócios, chamado de análise

organizacional. Nessa hora é preciso buscar a visão macro da empresa, e

quando são levantados os dados de como está ela está em relação à

concorrência e seus clientes, os seus problemas e causas geradoras de tais,

análises das situações atuais, seus pontos fortes, onde se almeja chegar, e

também se existe e quem são as pessoas capazes de tal feito.

As organizações procuram atender ao novo perfil do consumidor,

prestando atendimento personalizado, tratando-o como se fosse o único

cliente, e este, por sua vez, já está sendo caracterizado como consumidor

global, buscando produtos globais fornecidos por empresas globalizadas. As

inovações tecnológicas dentro das organizações trouxeram profundas

transformações, levando a um novo tipo de organização e a uma nova forma

45de administração. Existiu mudanças não apenas na integração das várias

funções dentro da organização, mas também no estabelecimento de novas

relações entre as instituições.

Em conjunto com as mudanças organizacionais percebe-se a

necessidade de utilizar a negociação como forma de conversa entre as partes

interessadas na empresa, como funcionários, chefes, diretores e presidentes. A

negociação considerada como um processo envolve além de meios de

comunicação, uma preparação do negociador e o desenvolvimento de um

planejamento adequado. O acréscimo de habilidades aparece juntamente com

a organização do negociador através de um foco bem definido no alcance do

objetivo proposto.

Por ser concebida então, como um processo, é necessário ter a

definição do objeto da negociação e, principalmente, saber de onde extrair as

informações para seu adequado planejamento e condução. Quando se fala que

uma negociação é um processo, a característica intrínseca é que ela acontece

em partes bem definidas. Observe-se que a negociação não busca apenas o

resultado positivo para uma das partes, mas sim para todas as envolvidas.

O mundo organizacional muda constantemente e de maneira

surpreendente, em função disso muitos esforços têm sido feitos para melhor

compreender as organizações, de modo a auxiliá-las na adaptação aos novos

contextos ambientais. Pois nessa nova realidade não há mais espaço para

pensamentos reducionistas e modelos simplistas, onde receitas e fórmulas de

sucesso são rejeitadas pelas organizações.

Entender as organizações por meio de uma visão profunda e integrada,

onde seja considerada e valorizada a complexidade das suas relações internas

e externas. Então, a visão ampla sobre o tema Mudança Organizacional poderá

trazer concepções úteis para o campo dos Estudos Organizacionais e para a

evolução das organizações. O interesse dos estudos organizacionais em

46pesquisar a mudança organizacional faz sentido pela complexidade do tema no

cotidiano dos indivíduos no ceio das organizações. Esta relação entre os

mesmos e para com o ambiente reflete a forma como a adaptação ocorre em

detrimento de aspectos macro ambientais.

As influências externas têm suscitado constantes alterações do

ambiente organizacional, seja em momentos atuais, no passado e

provavelmente no futuro. As mudanças planejadas pelas próprias organizações

também fazem parte do cenário, mas ocorrem talvez em menor intensidade,

todavia também provocam repercussões no ambiente organizacional, de modo

a gerar mudanças de atitudes. As organizações e os indivíduos que dela fazem

parte, uma das razões de ser das pesquisas, devido aos indivíduos presentes

na organização formarem interações e constituírem um contexto socialmente

fértil.

Entretanto, as relações nesse ambiente tornam-se satisfatórias ou não,

dependendo como se constrói a cultura da organização e de seus membros,

principalmente quando estão em fase de mudança, onde indivíduos terão

contato com novas tecnologias, novos modelos de trabalho, alterações de

comando, enfim, uma mudança total ou parcial no ambiente organizacional.

Mesmo assim poderá acarretar em tensões e resistências por parte daqueles

que necessitarão de alterações em sua rotina ou modo de fazer, e não estarão

dispostos a sair de uma zona de conforto.

Nesse caso, atualmente as empresam utilizam a informática tornando

as organizações mais ágeis na área operacional e na relação com os clientes e

fornecedores. Esta tendência obriga que os negócios sejam reestruturados,

estabelecendo uma nova visão e novos princípios operacionais.

Não só a evolução tecnológica é alvo de preocupação das

organizações. Igualmente, a área de recursos humanos tem elevado peso no

contexto das mudanças organizacionais. As pessoas são partes integrantes e

47inseparáveis no processo e têm que ser preparadas paralelamente à evolução

das máquinas de um modo geral. Criar condições para a educação,

treinamento e motivação é característica típica das organizações que se

preocupam com o seu futuro. Demonstrar o ambiente externo com

transparência a todos os funcionários, não somente na diretoria e gerência,

transfere responsabilidade e comprometimento com o resultado,

disponibilizando a organização para um ambiente mercadológico globalizado.

48

BIBLIOGRAFIA

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53

INDICE

FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 2

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... 3

DEDICATÓRIA .................................................................................................. 4

LISTA DE SIGLAS ............................................................................................ 5

RESUMO ........................................................................................................... 6

METODOLOGIA ................................................................................................ 7

SUMÁRIO .......................................................................................................... 8

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

CAPÍTULO I ..................................................................................................... 11

CONCEITUAÇÃO DE GESTÃO DE MUDANÇAS .......................................... 11

CAPÍTULO II .................................................................................................... 18

GESTÃO DE MUDANÇAS E GESTÃO DE PESSOAS .................................. 18

2.1 NOVO PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS ADAPTADOS A MUDANÇA DAS GERAÇÕES ..................................................................................................... 24

CAPÍTULO III ................................................................................................... 33

RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DE MUDANÇAS, NEGOCIAÇÃO E IMPACTOS DENTRO DA EMPRESA ................................................................................. 33

3.1 CASES DE SUCESSO: LABORATÓRIO ACHE – FORNECEDOR DE PRODUTOS PARA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA ..................................... 37

CONCLUSÃO .................................................................................................. 44

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 48

INDICE ............................................................................................................. 53

FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................. 54

ANEXOS .......................................................................................................... 55

54

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: Utilização da gestão de mudanças como fator de interações entre a empresa e os funcionários Autora: Letícia Meyer

Data da entrega:

Avaliado por: Prof Conceito:

55

ANEXOS