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Edição de Maio de 2013 Criação da Capa: Cordel Comunicação (PE)

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ÍNDICE

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RECIFE•SALVADOR•FORTALEZA•NATALJOÃO PESSOA•MACEIÓ•TERESINAARACAJU•SÃO LUÍS • SÃO PAULO

:: EDITOR Walter Lins [email protected]

Luciana Torreão - subeditora,:: REDAÇÃOIvelise Buarque e Matheus Torreã[email protected]

Joelli Azevedo e:: COLABORADORESMarina Barbosa

Bruno Regis:: PRODUTOR GRÁ[email protected]

Walter Lins Jr:: DEPTº [email protected]

:: 81 3426.6144 / [email protected]

:: REPRESENTANTES COMERCIAISNS&A - CE - Aldamir Amaral (85 3264.0406/0576) - [email protected] Produções e Eventos - Ricardo Douglas(SE - 79 3044.7013/9972.2214) [email protected] Mídia - Renato (SP - 11 8403.0330)[email protected]

:: DISTRIBUIÇÃOLogResolve (PE - 81 2123.1455)Jornal Correio - Rede Bahia (BA - 71 3203.1812)Sistema Verdes Mares (CE - 85 3266.9902)www.verdesmares.com.brOmega Mídia - Renato (SP - 11 8403.0330)[email protected]

:: DADOS TÉCNICOSImpressão: Gráfica FacForm (81 3339.6566)[email protected]: 7.000 exemplaresFormato: 22x30cmTipologia: Humanist 521 BTPapel: Couché brilho 150g/m²Número de páginas: 40

revista de comunicação e marketing NE

IRO ICHA TÉCNICA EG F8 10 31

14 26G DIRO BRASIL E OLHO NA CAMPANHA

29 37 38N C EA WEB LICK U RECOMENDO

DESDE 1999

A Revista PRONEWS é uma publicação mensalde Walter Lins Pinheiro Junior Editora - MEEmpresarial Tacaruna - Av. GovernadorAgamenon Magalhães, 3341, Sls. 205/206.Torreão. CEP: 50.070-160. Fones: (81)3426.6144 / 3034.6144

ano XIVnº 158

maio 2013

As matérias assinadas por nossos colaboradores nãorepresentam, necessariamente, a opinião da revista.

Todo mês uma agência diferente produz a capa da Revista PRONEWS.Participe pelo e-mail: [email protected]

WWW.REVISTAPRONEWS.COM.BR

CAPAQuando a coragem é maiorque o medo de abrir opróprio negócio em ummercado de comunicaçãotão acirradamenteconcorrido. 18

Cordel Comunicação (PE)

NA ROTA DO MÍDIANa terceira série da nossa coluna,o mídia da Gruponove,Pablo Fernandes, fala dos desafiosde atuar na academia, no mercadoe no Grupo de Mídia dePernambuco. 6

Um dos conglomerados maistradicionais da indústria detransformação de papel emPernambuco . 24

A VEZ DO CLIENTE

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A primeira reunião entre a agência e seu futuro clien-te. Depois das apresentações e formalidades de costume,perguntas inevitáveis surgem para se cumprir o roteiro de umbriefing. E, logo na primeira questão, há um impasse semânti-co, na verdade, ideológico.

Agência: - Qual o principal diferencial do seu produto?Cliente: - A qualidade.Agência: - Sim... mas...Cliente: - Qualidade TOTAL!Agência: - Qualidade total?Cliente: - Isso. Qualidade total.Agência: - Entendi... mas o seu concorrente diz a mesmacoisa...Cliente: - É?Agência: - É.Cliente: - Impossível... o concorrente não tem o que eutenho.Agência: - É que a qualidade não é propriamente um diferen-cial... entende?Cliente: - E a qualidade o que é então?Agência: - A qualidade é uma palavra cansada, desgastada,farta de ser chamada por todos, sem o menor critério de análi-se e sentido. É uma palavra que hoje não é mais usada pelosintelectuais e grandes pensadores do marketing em seus tex-

tos. Foi excluída, banida e repudiada pelos sábios pensadoresda publicidade. Virou lugar comum. Desrespeitada e desacre-ditada por todos, inclusive pelo público consumidor. Redutiva,baixa, fútil e sem valor. Vive em crise de identidade. Não sabepara onde vai. Perdeu todos os créditos semânticos junto aosseus parentes no mundo do vocabulário. Pobre qualidade.Cansou de ser usada e abusada por todos, perdeu as suas raí-zes e não sabe mais nem de seu passado hereditário. Ela seprostituiu ao mundo da propaganda para ganhar a vida e hojeanda com todos, sem ter nome nem sobrenome. Virou umavagabunda qualquer. Ninguém acredita mais nessa coitada,vadia. Mas nem sempre foi assim. A qualidade já foi uma pala-vra muito nobre no fim da revolução industrial, quando o pro-cesso fabril ainda engatinhava, e aspectos manufaturais ressal-tavam, de forma apropriada, o que a palavra tinha que comu-nicar. Ela fazia a cabeça dos redatores publicitários no inicio doséculo XX. A qualidade já teve os seus dias de glória, sim. Hojeela está ao nível, anacronicamente falando, de “reengenharia”ou até mesmo de “globalização”, palavras que ainda tem algoa dizer para o mundo, mas que logo vão ser esquecidas e des-credenciadas no vocábulo empresarial. Simplificando muito, éisso.Cliente: - Entendi.Agência: - Que bom. Vamos voltar ao começo. Qual é o prin-cipal diferencial do seu produto?

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A Rameira

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Ele nasceu predestinado para ser um mídia, e veio aomundo no dia em que se comemora sua profissão: 21 dejunho. E ainda assim, não tinha jeito: seus testes vocacionaissempre o enquadraram em artes ou comunicação. “Comonão tenho muito jeito pra desenho ou coisas do gênero, enve-redei pelas possibilidades dentro da comunicação, e a quemais se encaixou no meu perfil foi a publicidade! Acredito quea minha curiosidade incansável foi um bom combustível parame decidir pela publicidade”. Para isso saiu de seu queridoPiauí para estudar publicidade em Pernambuco, pois naquelaépoca não havia o curso em sua cidade. E foi na publicidade, nafunção de mídia, que Pablo Fernandes se encontrou. Há seteanos atuando na agência pernambucana Gruponove, ele dizque a maior dificuldade da sua atual atividade foi a timidez.Afinal, era preciso se relacionar profissionalmente com váriaspessoas diferentes, principalmente, os contatos dos veículos.“Aprender a negociar, a pensar estrategicamente, mexer commatemática – odeio matemática – e a ser um cara mais organi-zado também foram desafios”, relembra.

Ao longo de seus 13 anos de carreira, Pablo passoupor muitos lugares, entre eles a Aporte, Arcos e HSM. Forma-do há 11 anos, Pablo, que também é vice-presidente do grupode Mídia de Pernambuco, leciona desde 2005 na Faculdade deMercado Amplo (Fama). Em 2008 passou a ensinar tambémna Faculdade Barros Melo (Aeso).

Cinéfilo de carteirinha, eles se diz assíduo dos cine-mas da cidade. Gosta muito de suspense, drama e comédiasrasgadas, além dos filmes do cinema europeu. Em relação alivros, curte autores portugueses como Eça de Queiroz e JoséSaramago, além de Nelson Rodrigues. Completamente ecléti-co em termos de música, Pablo é fã de MPB, principalmentedas vozes femininas de Gal Costa, Maria Bethânia, MarisaMonte, Adriana Calcanhotto... e algumas poucas masculinas,como Caetano e Chico Buarque. Ouve música eletrônica,pop-rock e new age, entre tantas outras modalidades.

Apaixonado pela cozinha italiana, japonesa e baiana, opublicitário lamenta não ter nascido com o dom de cozinhar:“sou um zero à esquerda na cozinha”, brinca.

Como é de praxe, perguntei como ele se via daqui acinco anos, e ele responde: “com muita saúde, com (muitos)cabelos brancos e com ainda mais experiência para ajudarmeus clientes e a minha agência a serem sempre vencedo-res!”. Seu maior sonho de consumo é passar 30 dias na Euro-pa. Na entrevista a seguir ele fala do mercado, dos desafios

profissionais, do Grupo de Mídia e do seu lado acadêmico.Confira a terceira serie de entrevistas, que é uma parceriaentre a Rota Mídia e a Revista PRONEWS.

REVISTA PRONEWS – O que fez você escolher a fun-ção de mídia dentro da publicidade? Você se veria emoutro setor? Gosto de planejamento, de analisar dados depesquisa, de ver os desafios serem vencidos e o retorno acon-tecer. Apesar de ser um cara tímido, me considero um bomnegociador! E isso é essencial na minha profissão! Sincera-mente não me veria em outra área dentro da publicidade.Nasci pra ser mídia! Meu aniversário é no dia do mídia, querprova maior do que isso?

REVISTA PRONEWS – Antigamente o profissional demídia era considerado apenas um mero negociador deespaços junto aos veículos. Mas isso mudou. O que fezesse profissional ganhar respeito e passar a fazer partede decisões tão importantes dentro do processo de umjob dentro de uma agência?PABLO FERNANDES – Acho que vários motivos devem serapontados: o departamento de marketing dos clientes está maispreparado para analisar mídia taticamente; os profissionais demídia lidam com uma responsabilidade grande ao negociar emnomes de seus clientes. É importante e indispensável que o pro-fissional de mídia tenha pensamento estratégico, para montarsugestões que sejam inteligentes e resolvam de forma eficaz osproblemas de comunicação de seus clientes.

RPN – Como diretor de mídia, como é seu trabalhojunto à equipe na agência?PABLO – Além de atender a algumas contas, participo da gestãodo departamento dando suporte às meninas (só trabalhammulheres!) e trabalhando, sempre, para melhorar cada vez mais oambiente e as condições de trabalho. Participo, também, da ges-tão estratégica da empresa, com a tomada partilhada de deci-sões.

RPN – Hoje você também é professor da Aeso e daFama. Quais foram as maiores dificuldades quandocomeçou a ensinar?PABLO – Tenho cara de menino, então, nas minhas primeirasvezes em sala de aula, o mais difícil era impor o respeito! Mas,uma vez feito, as coisas fluíram tranquilamente.

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NA ROTA DO MÍDIA

QUANDO TODOS OSCAMINHOS LEVAM À MÍDIA

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RPN – Como é dividir seu tempo entre a academia e omercado? Isso facilita ambas as funções de alguma for-ma? Quais disciplinas você ministra? Você estimula osalunos a atuarem no setor de mídia?PABLO – Adoro ensinar. A troca de experiência com os que estãocomeçando é muito rica. Os alunos sempre tem aquela buscaintensa pelo novo, por saber como as coisas acontecem. Isso meexige estar sempre atualizado das novidades. Eu, sendo do mer-cado, consigo trazer um pouco da prática para a academia, e issotem funcionado muito bem! Ensino mídia, marketing para o vare-jo e marketing na internet. Estimulo os alunos a seguirem embusca de experiências, e se prepararem para elas. Costumo sem-pre dizer nas minhas turmas de mídia: se eu conseguir cativar unsdois ou três a serem mídias, no fim do semestre, estarei satisfeito!

RPN – Hoje você é vice-presidente do Grupo de Mídiade Pernambuco. Como iniciou essa atuação?PABLO – Eu sigo os passos do GMPE desde que ele começou, 10anos atrás. Não fazia parte da diretoria que o fundou, mas sem-pre estive perto de todos, participando sempre que possível.Assim que pude, entrei para a diretoria, onde permaneço atéhoje! Já fui diretor técnico, vice, presidente...

RPN – De que maneira o GMPE contribui na formação,capacitação e evolução dos profissionais de nosso mer-cado? Quais os projetos estão por vir?PABLO – Sempre buscamos fomentar o desenvolvimento e avalorização dos profissionais. Já realizamos cursos, palestras ecapacitações. Todo ano fazemos uma festa bem legal em home-nagem ao mídia, para que sua importância seja sempre lembradae festejada. Agora, no meio do ano, vamos aplicar, pela primeiravez no Nordeste, a prova de Certificação de Mídia. A mesmaprova é aplicada, no mesmo dia, pelos Grupos de Mídia de váriosestados, supervisionados pelo Grupo de Mídia de SP. Considera-mos um grande avanço e um grande ganho para o profissionallocal, uma vez que ele será certificado como conhecedor de seuofício. E a certificação terá validade em todo o território nacional.

RPN – A chegada do GMPE mudou a forma do mercadovê essa função? Os profissionais passaram a ser maispreparados e a estar mais atualizados? Os veículos con-tribuem com esta parceria junto ao GMPE? Como éfeita essa relação?PABLO – Os veículos são nossos parceiros, sempre. Na nossafesta, por exemplo, somos patrocinados por praticamente todosos veículos do estado de Pernambuco e, às vezes, até por veículosde fora. Todos participam e confraternizam com a gente! Emeventos técnicos também sempre partimos para o apoio de nos-sos parceiros para viabilizá-los.

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Como não tenho muito jeitopra desenho ou coisas do gênero,

enveredei pelas possibilidadesdentro da comunicação, e a que

mais se encaixou no meu perfil foi apublicidade! Acredito que a minhacuriosidade incansável foi um bomcombustível para me decidir pela

publicidade.

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COMECE A JOGARComece a jogar. Esse foi o conceitoprovocador que a Gênesis Comuni-cação (PE) escolheu para a campa-nha das Olimpíadas do Sistema2013, do Sistema Jornal do Com-mercio Interior. A linguagem visualapresenta os personagens emmomentos desafiadores e a argu-mentação possui tom emotivo vol-tado à motivação. A marca tambémfoi reformulada e ganhou novos

elementos, como uma coroa de folhas douradas e detalhescom as cores do Sistema Jornal do Commercio. O recall dacampanha foi extremamente positivo superando as expectati-vas da agência e do anunciante. Centenas de atletas das esco-las do interior participaram das Olimpíadas do Sistema, forta-lecendo a prática do esporte e contribuindo para o cresci-mento do espírito competitivo saudável entre os estudantes.

FAMÍLIA FINNA MAIS FORTEA Farinha de Trigo Finna, uma das marcas da M. Dias Branco,coloca no ar campanha para apresentar novidades nos seusprodutos: a farinha de trigo tipo 1 e a farinha de trigo comfermento. O plano de mídia da campanha contempla rádio,revista, MUB (totem), outdoor, busdoor e internet. As peçasdesenvolvidas pela Propeg Comunicação (BA) destacam anova logomarca, que foi redesenhada e ganhou traços maisfinos e realce nas cores vermelha e azul. As embalagens tam-bém foram remodeladas com novas fontes, imagens, diagra-mação e material.

DOAÇÃO DE SANGUEOs alunos de ComunicaçãoSocial da FBV juntamentecom a coordenação do cursocriaram a página 'Seu Tipo',que se propõe a divulgar adoação de sangue em Per-nambuco. Na página pode-rão ser encontradas diversasinformações sobre a doação:pontos de coleta, solicitaçõesde doação e também serãotiradas dúvidas. Os alunosainda planejam pendurarbolsas de “sangue” pela FBVpara despertar a curiosidade e gerar impacto dos transeuntes;em seguida, serão distribuídos flyers com as informações dapágina. Compartilhe seu sangue, todos irão curtir.

YPÊ EM BARRA NA REGIÃO NORDESTECom a assinatura "Sabão Ypê, toda casa tem que ter", o novofilme da marca mostra os atributos do produto na limpeza deroupas e louças, conhecimento que passa de geração parageração. É completo e a mãe destaca a vantagem de durar

muito mais. Criada pela agência P&M Publicidade e Marke-ting, a campanha é veiculada nas principais emissoras de tele-visão da região Nordeste. Os pontos de venda também conta-rão com materiais exclusivos de comunicação alinhados àcampanha.

UMA HISTÓRIA REALÉ da Ampla Comunicação a nova campanha para o Dia dasMães do Shopping Recife. O filme mostra o reencontro realde mãe e filha que não se vêem há dois anos. O roteiro ganhaem emoção quando em cena temos as reais protagonistas dahistória e o reencontro é surpresa para a mãe. Para levar todaa carga emocional do momento para as telas, Ampla e Ateliê,agência e produtora do filme, fizeram uma pesquisa minucio-sa. O hotsite da campanha (www.comvocesempre.com.br)traz a versão completa da história com três minutos e umaespécie de making of, o vídeo Depois da Surpresa, onde cadaum dos protagonistas, filha, mãe e pai dão seus depoimentossobre o encontro patrocinado pelo Shopping Recife. As peçasgráficas da campanha são estampadas com a fotografia de mãee filha. A campanha contempla mídia exterior, TV, Internet eRedes Sociais. Confira o vídeo: http://migre.me/etyzV

NOVIDADES DA GIRAVENTOA agência Giravento Comunicação, que atua há três anos emPernambuco, acaba de lançar no último fim de semana o servi-ço de voo publicitário em Recife. O primeiro cliente foi a Per-nambuco Construtora e a própria Griravento que teve faixasobrevoando o Estádio do Arruda e a praia de Boa Viagem. Háum ano a Giravento realiza esses voos em Salvador, Maceió,João Pessoa e Natal e é a única homologada pela Anac a atuarna nossa região. Operando com aeronaves próprias para aatividade, possui sistema de faixas importado dos EstadosUnidos, com inúmeras opções de imagens e formas, quepodem ser no formato tradicional de 2m de altura por 22m decomprimento ou serem painéis em tamanhos com até 6m dealtura.

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GIRO

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FICHA TÉCNICA

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BENEFÍCIOS DAS PENAS ALTERNATIVASEm sua nova campanha, criada pela SLA, a Defenso-ria Pública da Bahia trata dos benefícios das penasalternativas para indivíduos que cometem infra-ções. As peças trazem o título “Nem sempre a pri-são é a melhor solução”, que é acompanhado dafrase “Penas alternativas. A punição deles transfor-mada em benefícios para você”. A campanha mos-tra que as penas alternativas, quando aplicadas paracrimes leves, são uma forma eficiente de punir oinfrator, ao mesmo tempo que evitam sua reinci-dência no crime e a superlotação dos presídios. Aveiculação conta com outdoor, jornal, busdoor,rádio e TV.

Agência: Cliente:SLA Comunicação (BA) Defen-soria Pública da Bahia Janaina San-Atendimento:tana e Débora Galvão Carina Spínola, Leo-Mídia:nardo Ribeiro e Jessica Portugal Planejamento:Isis Noguti Lívia Diamantino, ScheckterCriação:Barreto e Guilherme Caccicco Produção Eletrô-nica: Produção Grá-Ursula Jordão e Lídice Torresfica: Arte-finalista:Ursula Jordão e Francieli LoboKênia Santana Cassio LeiteRevisão: Aprovação:Vitória Beltrão Bandeira

CONDOMÍNIO NO CAMPOCom o tema “Onde os melhores sonhos criam raízes”, a campanha docondomínio Raiz da Serra 4, em Gravatá, assinada pela Atma+BianchiComunicação Ilimitada, gera identificação com o público alvo através dafamília que ilustra as peças e explora a paisagem do empreendimento,valorizando a vista para o campo, que é o principal diferencial deste quartolançamento. A divulgação publicitária é composta por mídias off e on line:-rádio, jornais, painéis rodoviários, placas de sinalização, portal de notíciasna internet, rede social e newsletter.

Agência: liente: Planejamento e Aten-Atma+Bianchi C Raiz da Serradimento: Criação:Mariana Alves e Sérgio Pires André Rozowykwiat,Camila Cavalcanti e Sérgio Pires Finalização e tratamento de imagem:Newton Vaz e Rogério Alves Gabrielle MedeirosProdução gráfica:Mídia: Aprovação:Breno Silvestre Mário Penna

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ESSE AMOR QUE VIVE COM A GENTESalvador Norte Shopping lança campanha Esse Amor QueVive Junto Com A Gente para o Dia das Mães. Aprovadaspela gerente de Marketing Michele Ribeiro, as peças sãoda Morya, com criação deBruno Cartaxo, Ivo Adams eGabriela Martinez. Foram utilizados VT, spot, outdoor,camiseta e adesivos para comunicação interna. A campa-nha também ressalta a promoção com brindes de maquia-gemLe Lis Blanc Beauté, sucesso absoluto entre mulheresde todas as idades.

Agência: Cliente:Morya (BA) Salvador Norte ShoppingAtendimento: Planeja-Emília Medina e Letícia Martinsmento: Criação e Redação:Isabela Silveira Bruno Car-taxo, Ivo Adams e Gabriela Martinez RosanaMídia:Ramos e Catarina Maciel Produção Gráfica e RTVC:Fernanda Mayoral, Eriana Simões, Milaine Almeida

CRÉDITO DA SORTEO cantor Adílson Ramos é o garoto-propaganda da novacampanha da Rede Banorte Matriz, assinada pelaDM/Blackninja. A iniciativa, chamada de “Crédito da Sorte”,apresenta a linha de empréstimos e cartões de crédito dogrupo, e é ancorada por sorteios semanais, durante osmeses de maio e junho, no valor de R$ 5 mil. Explorandocomo cenário um programa de auditório, modelo sucessonos anos 70 e 80, o plano de mídia tem como foco TV, comfilme de 30, e integra ainda peças de PDV, panfletos e redessociais.

Agência: Cliente:DM/Blackninja (PE) Rede BanorteMatriz Renato Santana e Renata DiasAtendimento: Cria-ção: Lenilson Lima, Gustavo Fonseca e Izabela HinrichsenMídia: Produção Grá-Melissa Fernandes e Camilla Gomesfica: RTV:Durval Sanches e Karina Carvalho Karol RochaAprovação: Adriana Gomes e Marília Moraes

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Encontrar soluções este é o caminho para a AgênciaArcos (PE) que foi eleita a Agência do Ano em 2012 pelo Sindi-cato das Agências de Propaganda do Estado de Pernambuco(Sinapro/PE). Mas, se não bastasse, ainda foi reconhecidanacionalmente pelo trabalho. O talento dos profissionais equalidade na produção e realização das campanhas garantiu oprêmio Voto Popular da Revista About e do portal da Propa-ganda. A Arcos destacou-se por ser o grupo pernambucanoque mais ganhou medalhas, sendo três de ouro e duas de pra-ta. Entretanto, a grande sacada do prêmio é o reconhecimen-to das campanhas e peças por um público de outras áreas, ouseja, 24 profissionais que não trabalham ligados à propaganda,representantes de diversos segmentos de consumidores, se

reúnem para eleger as peças que mais lhes chamaram aten-ção.

Esta foi a 27ª edição do Voto Popular e o júri foi for-mado por pessoas recrutadas na Grande São Paulo, represen-tando as classes A, B e C, sendo metade homens e a outraparte mulheres, das faixas etárias: 10-15, 18-24, 28-35 e demais de 40 anos. A premiação, que é entregue uma vez porano, tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento dapropaganda no Brasil, levando em consideração a opinião docidadão comum que consome a propaganda.

Os participantes puderam escrever as peças publici-tárias em seis tipos: comerciais, comerciais de rádio, anúnciosde mídia impressa, peças de mídia digital e peças para mídia

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ARCOS CONQUISTA OPRÊMIO VOTO POPULAREste ano, foi a agência pernambucana que ganhou mais prêmios.Foram três medalhas de ouro e duas de prata

“Não desenvolvemos a campanhaou peça pensando em ganhar prêmios,elas são reconhecidas pelas pessoas”

Carlos Renato, diretor de criação da agência

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outdoor e indoor, além de campanhas (de televisão, cinema,rádio, mídia impressa, outdoor e indoor combinadas com ousem material promocional de apoio, onde podem ser classifi-cadas em 32 categorias (desde alimentos, passando por modaaté eventos e promoções). Para receber a medalha de ouro apeça ou campanha teria que levar, no mínimo, dois terços dosvotos dos jurados.

A Arcos foi a agência mais premiada de Pernambuco,onde ganhou ouro no comercial da Folha de Pernambuco,com a Ação no Plaza em comemoração ao dia internacional daluta do deficiente físico. Lá, o grupo colocou uma cadeira derodas no estacionamento do shopping para que as pessoaspercebessem a importância de respeitar aquela vaga. Tam-bém recebeu o ouro no anúncio da Unicef. Além disso, ogrupo ainda conseguiu ser condecorado com a medalha deprata com a propaganda da Furnas – contra as queimadas – ecom os cartões BRB.

Para o diretor de criação da agência, Carlos Renato,este prêmio é o reconhecimento do trabalho e dedicação daempresa. “É como se fosse o atestado de qualidade de criativi-dade da nossa agência. Buscamos qualidade e dedicação sem-

pre alinhados à estratégia do nosso cliente” garantiu. O publi-citário ainda explicou que a equipe de criação da agência andade mãos dadas com a de planejamento. Entretanto, o diferen-cial do grupo surpreender. “Procuramos fazer uma criaçãocriativa, ousada e original”, comentou Renato. Para alcançar asatisfação do nosso cliente cada conta é estudada de maneiraparticular.

Sobre o prêmio, Renato explica que é uma conse-quência do trabalho. A criatividade e o compromisso com ocliente são fundamentais para uma campanha ser vencedora."Não desenvolvemos a campanha ou peça pensando emganhar prêmios, elas são reconhecidas pelas pessoas",comentou.

E ser reconhecido pelo consumidor do produtogarante o sucesso da iniciativa, pois quando alguém gosta dapropaganda, logo comenta. E, nesta era digital, gostar já setornou quase sinônimo de compartilhar, de querer mostrarpara o outro aquilo que lhe chamou atenção. O resultado ésimples, se uma ação acontece no shopping e a quantidade depessoas que frequentam ele, aumenta é porque aquela novi-dade chama atenção e garante novos clientes.

MEDALHA DE OUROFolha de Pernambuco: A propaganda contava fatos e lembrava histórias, com ilustrações que pareciam que estavam sendodesenhadas e terminavam com a tinta sendo feita através de uma máquina de escrever.Plaza Shopping: Foi uma campanha do shopping Plaza Casa Forte no dia 21 de setembro, dia nacional da luta da pessoa comdeficiência. A campanha virou notícia, o mote: quando falta respeito, faltam vagas. Para mostrar a falta de consciência das pessoasque estacionam em lugares reservados para deficientes.

Unicef: A imagem que ganhou o prêmio representava uma multidão de crianças que era igual (=) a um lanche que você faz. Ou seja, “O que vocêgasta em apenas um lanche pode ajudar muitas crianças”. A entidade fez um apelo para que os cidadãos façam mais doações.

SEGUNDO LUGARFurnas: A campanha dava uma lição dos estragos que as queimadas causam, principalmente, se forem feitas próximas às linhas de transmissão. Aanimação foi uma campanha da Furnas.Cartão BRB: A campanha era para homenagear a bienal do livro, uma vez que a empresa era patrocinadora do evento. Na imagem, vários per-sonagens de histórias infantis, como os Três Porquinhos, o Lobo Mal e o caçador da Chapeuzinho Vermelho estão “ociosos” sem fazer nada, pre-cisando que as suas histórias sejam contadas. Porque “Sem o escritor as histórias não acontecem”.

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A campanha homenagiou a bienal do livro

A imagem que ganhou o prêmio representava uma multidãode crianças que era igual (=) a um lanche que você faz

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COCA-COLA SE PINTA NAS CORES DO BRASILColorir as ruas, pintar a cara e vestir as cores da bandeira doBrasil dos pés à cabeça são marcas registradas do brasileiropara celebrar a paixão pelo futebol. A Coca-Cola quer partici-par de perto dessa festa pelo Brasil na Copa das Confederaçõesda FIFA e, para isso, lançou a campanha "Juntos, Vamos Coloriro Brasil". A marca expressa a sua paixão pelo país lançando umaedição especial inédita de latas coloridas com as cores da ban-deira brasileira: verde, amarelo e azul. A campanha tem diver-sas ações em TV, digital, mídia exterior, ponto de venda e even-tos regionais nas cidades-sede.

AMOR EM MOVIMENTOA Natura estreou campanhada linha Amó, idealizado pelaPeralta. O filme traz um casalvivendo situações cotidianasde formas únicas e inusitadas,que remetem ao tema dacampanha: “Existe um diapara cuidar do seu amor:hoje”. A campanha tem vei-culação em filmes de 30”,15”, 7” e 5” na Globo, naRecord, em canais a cabo daGlobo Sat e salas de cinema.

RODRIGO SANTORO NA KOPENHAGENNos 85 anos da Kopenhagen, a grife mais famosa de chocolatesdo Brasil lança pela primeira vez uma campanha para o dia dosnamorados tendo como garoto propaganda o ator RodrigoSantoro. O filme, criado pela agência DM9DDB, se passa emum set de filmagem e, enquanto a produtora de moda o arru-ma, vê a sacola da Kopenhagen e brinca com ele, insinuandoque a sua namorada vai se dar bem com os presentes que rece-berá no dia dos namorados. A campanha anuncia o lançamentodas trufas Cherry Brandy em uma caixa especial para a data. Oplano de mídia contempla ainda inserções nos canais de entre-tenimento e notícias da TVA, rádio CBN, mídia em shoppings,e-mail marketing para base de clientes Kop Club e anúncios emrevistas.

O MELHOR DA ESTAÇÃOA Pernambucanas apresenta a nova campanha de inverno, cria-da pela JWT, e convida os consumidores a aproveitar “Omelhor da estação” e a conferir as ofertas e opções que a lojatem a oferecer. A assinatura “Porque eu quero sempre mais”convida os consumidores a aproveitar as oportunidades para sevestir bem e não passar frio nesse inverno. A veiculação da cam-panha acontece com filme para TV aberta e paga, além de spotsde rádio, material de ponto de venda e catálogo, que estarádisponível em todas as lojas.

LEADER NO ROCK IN RIOA Leader avisa aos amantes de rock'n'roll: já é Rock in Rio.Prova disso é o lançamento de sua coleção exclusiva com focono festival. A novidade levará o estilo para as lojas físicasrockerdo estado do Rio de Janeiro e de Juiz de Fora, em Minas Gerais,além de disponibilizar os produtos para compras em todo oBrasil através do e-commerce da rede,Leader.com.br.

FORÇA BRILHANTEPara comunicar a renovação da linha SedaCeramidas, a marca lança a campanha “Aforça para brilhar está dentro de você”,estrelada por Isis Valverde e com participa-ção do expert Tom Taw. No filme de 30segundos, exibido nacionalmente, a atrizaparece em um contexto meta linguístico,vivendo um momento de nervosismo einsegurança para interpretar sua cena emum filme em Hollywood. A campanha temveiculação em TV aberta e conta com patrocínios em algunsprogramas de variedades, novelas, além de Pay TV e esforçosregionais, inclusive em cinemas.

GIRO BRASIL

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O renomado autor brasileiro Paulo Coelho, que já foirepórter na juventude, abraçou a carreira de escritor dandovazão a esta grande paixão pelas letras, pela redação, pelapossibilidade de emitir e propagar para tantos suas ideias. Estarelação com a arte de escrever não é de hoje. Muitos foramaqueles que se destacaram neste universo, grandes nomes dacomunicação que ao longo do tempo que se renderam à escri-ta e se tornaram mais do que referências para a nossa literatu-ra, como Machado de Assis, Mário Quintana, Nelson Rodri-gues, Fernando Sabino, Paulo Francis e Carlos Heitor Cony.Além da paixão, temos uma nova frente neste setor, a questãocomercial, que está agregada aos dias de hoje a este mercado.

De acordo com a pesquisa Produção e Vendas do SetorEditorial Brasileiro de 2011, atualmente o mercado editorialbrasileiro está produzindo mais, alcançando uma margem de4,8 bilhões de reais e de 438 milhões de exemplares comerci-alizados em 2011 e, aproximadamente, 8,23 bilhões em 2012,o que representa um incremento de 14,5% em relação ano

passado. “Os números mostram que estamos avançandonesse processo. Segundo a última edição da pesquisa FipeProdução e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, as editoras brasi-leiras comercializaram aproximadamente 469,5 milhões delivros em 2011, estabelecendo um novo recorde de vendaspara o setor. O número é 7,2% superior ao registrado em2010, quando cerca de 438 milhões de exemplares foramcomercializados. Do ponto de vista do faturamento, o resulta-do também foi positivo, e atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões –um crescimento de 7,36% sobre o ano anterior, o que, sedescontada a inflação de 6,5% pelo Índice Nacional de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA) do período, corresponde aum aumento real de 0,81%. O melhor é que o preço médiodo livro recuou 6,11% nas vendas das editoras ao mercado,numa queda acumulada de 21,8% desde 2004. Descontada ainflação, significa decréscimo real no preço médio do livro de44,9% no período 2004-2011”, de acordo com Karine Pansa,empresária do setor e presidente da Câmara Brasileira doLivro (CBL).

Um dos fatores que tem contribuído para este bomsaldo do segmento é o fato do mercado editorial caminhar demãos dadas com o marketing. E neste imenso mar de possibi-lidades está o profissional de comunicação, que vem inserido,novamente, neste setor nomes de destaque e grandes suces-sos para o futuro da “literatura”. E as editoras brasileiras apos-tam no potencial destes profissionais para alcançarem o públi-co e estabelecerem novos recordes de vendas. Nesta levaestão novos destaques que já são bem conhecidos pelo públi-co: Caco Barcellos da Tv Globo, Eliane Brum, escritora e colu-nista da revista e Heródoto Barbeiro, âncora do JornalÉpocada Record News.

Mas neste cenário há um lugar ao sol a todos, afinal,antes de um negócio, esta é uma paixão muitas vezes trazidada infância. "Minha paixão pela escrita vem desde pequeno,com a leitura de toda a saga do Sítio do Pica-Pau Amarelo e dasérie Vaga-Lume da Editora Ática, quando me interessei pelaliteratura fantástica e, consequentemente, por Mitologia eHistória. Estes caminhos me levaram a dois lados paralelos: o

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A PAIXÃO QUEFAZ ACONTECERComunicadores se rendem ao prazer daescrita num mercado em ebulição

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Henrique Santos, coordenador de planejamentoda agência Rae, MP (SP)

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da Comunicação através da Publicidade, profissão que exerçohá mais de oito anos; e o do RPG, hobby que ajudou a me apro-fundar ainda mais nos assuntos mais diversos para as sessõesde jogo e que jogo e produzo conteúdo desde os 11 anos deidade”, lembra Henrique Santos, coordenador de planeja-mento da agência Rae, MP (SP).

Henrique passou a integrar em 2007 um projeto cole-tivo de fórum da Daemon Editora, com um trabalho na formade e-book gratuito sobre mitos do fim do mundo e campanhascom personagens superpoderosos, que virou o livro físico“Trevas: Campanha Épica”, em 2011. Agora, investe em novoprojeto, na forma de RPG, com previsão ainda para este 2013,confiante de que está apostando numa realização pessoal umavez que a produção de conteúdo para o mercado editorial éuma forma de continuar lidando com meus interesses de lei-tura e escrita e ainda colaborando para a disseminação desteincrível hobby.

“O mercado editorial recebeu um boom na últimadécada com obras literárias que vão desde a fantasia medievaldos derivados do sucesso do Senhor dos Anéis, passando pelaliteratura fantástica infantil de Harry Potter e Percy Jackson, atrilogia Millenium de suspense e investigação e até o erotismodos 50 Tons de Cinza e suas continuações. Tudo isso constanas livrarias, mas ainda existem as crônicas e microcontosespalhados pela Internet, de onde este aparente internautainculto retira suas leituras. Como geralmente são obras gratu-itas, é difícil quantificar este crescimento na leitura, mas lojasvirtuais e aplicativos como a Amazon e o Kobo (da LivrariaCultura) permitem a verificação do crescimento incrível do e-commerce de e-books”, destaca ele.

Os profissionais contribuem para ampliação doconhecimento dos leitores dos universos que pesquisam,desvendam e passam a conhecer no cotidiano. E ainda têm apossibilidade de conciliar técnicas diferenciadas à teoria pecu-liar no meio acadêmico, que, neste caso, ganha uma narrativaliterária própria, com seu humor, sua vivência e suas reflexõesparticulares sobre os diferentes âmbitos de suas vidas. “Euvivo da comunicação e me 'alimento' da escrita. Divido o meutempo entre o meu trabalho profissional e os eventos literári-os. Sou um autor de ficção. Escrevo sobre o ser humano esobre as nossas tendências sociais e de relacionamento, sem-pre complicadas (e fascinantes). Publicar é o caminho”,comenta Sidney Nicéias da Sidney Nicéas Comunicação Inte-grada (PE).

Sidney tem três livros publicados: O Que Importa é oCaminho O Rei, a Sombra e a Máscara A Gran-(2004); (2010); ede Ilusão (2012), que estará na Feira Literária de Frankfurt, emoutubro próximo. Para ele, que começou com publicaçõesindependentes, cuidando de todo o projeto de publicação, háuma realidade mercadológica que não pode ser ignorada, maso amor em escrever sempre estará acima de toda e qualquerquestão. “É interessante perceber que existem muitos profis-sionais da área publicando, seja com trabalhos técnicos ouficcionais (o meu caso). Acho uma tendência natural para umsegmento que está habituado a se expressar através da escritae da criatividade. E esse mercado nada mais é que uma exten-são disso. As estratégias são em consonância com os objetivosda editora, focada em autores nacionais. E tudo passa pelaconstante participação em eventos literários e lançamentosde novas obras. Tenho viajado bastante. No dia-a-dia tentoconciliar a produção mental nessas duas vertentes. Às vezes édesgastante, mas eu adoro”, pontua.

Conciliar os dois lados da moeda, neste caso, é umdos grandes desafios para os todos os profissionais. Mas, paraalguns a vivência profissional contribui com a paixão pelaescrita e aí o que resta é superar os entraves no caminho. “Asdificuldades para se editar uma obra literária, aqui em Per-nambuco e, talvez, no Nordeste, são imensas. Se o jornalistanão tem um certo peso no jornalismo ou na mídia de ummodo geral, dificilmente terá a edição do seu livro garantida.Dos meus quatro livros de poesias, apenas dois foram patroci-nados: um pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) eo outro pelo Instituto Maximiano Campos/Edições Bagaço.Os dois outros foram frutos de apoios culturais de amigos e deentidades. E, claro, a minha condição de colunista diário daFolha de Pernambuco (Coluna Folha da Cidade), nesses 15anos; os meus 45 anos de profissão, em agosto próximo; e aboa aceitação dos meus dois primeiros livros contribuírampara estes apoios culturais”, destaca o jornalista Robson Sam-paio (PE).

Robson começou o trabalho de escritor com poemasinfanto-juvenis, na adolescência, e cujo trabalho cotidianotem ajudado nesta carreira paralela. “Por ser um jornalista detantos anos no 'batente' e ainda continuar atuando, diariamen-te, me ajudou e ajuda para futuras publicações. Um exemplodisso, será o meu quinto livro – – a ser lançadoTeatro da Vidaem agosto próximo, onde conto causos escritos nesses 15anos de Folha de Pernambuco. Estórias de pessoas famosas,

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Eu vivo da comunicação eme ‘alimento’ da escrita

Sidney Nicéias

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povão e de colegas do “batente”.Apesar das facilidades que a integração da comunica-

ção ao mercado editorial pode proporcionar. É preciso umadisciplina e muito planejamento, afinal, antes de tudo este nãodeixa de ser um negócio. “É possível agregar uma carreira aoutra, porque você nem sempre está pensando estratégias decomunicação, nem está executando trabalhos diretos paraclientes. É preciso a disciplina de pegar no livro - cujo arquivoestá aberto - e depois saber parar para voltar ao outro baten-te. Uma questão de saber organizar o tempo. Não é a coisamais fácil, mas é possível. Inclusive nos pro-jetos onde é possível viabilizar os serviços deedição, organização e revisão com os traba-lhos de assessoria de comunicação. Alguns jáestão se materializando, como a biografia dePetrúcio Amorim (cantor de forró), intitula-da ‘O filho do Dono’, em que venho traba-lhando”, comenta o jornalista CristianoJerônimo (PE).

Cristiano também vem atuandocomo escritor desde cedo, desde a épocado vestibular. “Sinto que está iniciando umafase de profissionalização e começa a dartambém algum tipo de retorno financeiro,lógico. Por que tem que ser um negócio, umproduto cultural. O amor aumenta com amelhora da autoestima, provocada peloreconhecimento dos produtores e autores,quando não nós mesmos o somos”.

O reconhecimento é o conforto darealização desta nova ambição, ser mais e fazer mais, E natu-ralmente, trazem mais alegrias e instigam cada vez mais oscomunicadores, numa jornada carreira e vida multidisciplinaronde dois universos se comunicam e se complementam. E o

mercado traz a oportunidade para isto. “Há uma grande pro-dução e oferta de livros na área de comunicação e marketing.Além disso, as publicações em e-book ganham força e facili-tam o acesso de autores ao segmento. Para o leitor também émuito bom, pois o acesso à leitura está mais fácil e acessível”,diz a publicitária Izabela Dominges, sócia-diretora da Consu-mix Consultoria e coordenadora do curso de Publicidade ePropaganda da Aeso/ Barros Melo (PE). Ela também é autorade dois livros um infanto-juvenil (A menina marca-texto) eoutro na área em que atua (O terrorismo de marcas), paraquem a criatividade está no centro das duas atividades. E emum mundo com tantas transformações, esta diversificaçãoajuda a ampliar a visão de mundo e descobrir mais sobrediversos campos. “Buscar produzir com qualidade e ampliarsua rede de contato é fundamental. Não adianta ter contatossem um bom produto editorial. Mas ter um bom produtoneste segmento e não circular no meio pode dificultar seuacesso a ele como escritor”.

“Escrevo porque esta é a forma mais perene de acre-ditar, ter esperança. Escrever livros faz-me acreditar que épossível um mundo dos negócios, que possa servir paramelhorar a condição humana. Escrevo para deixar um mundomelhor para os meus filhos. Não consigo viver do que escrevonos livros, contudo a operacionalização destas ideias, quandotransformadas em curso, workshops, palestras, tem umretorno muito interessante para a equipe, isto ao mais variado

nível”, ressalta o consultor de marketing emPortugal, Paulo Vieira de Castro, que com-partilha desta paixão com outra visão, a euro-peia.

Na opinião de Paulo Vieira, o ofícioda escrita é uma atividade livre e sem con-corrência, que possibilita a autoavaliação eum exercício de liberdade, geração de umaluz própria. “É extraordinário o gozo deescrever, aceitando o inevitável: construir onosso próprio mercado. Este é o maior desa-fio para um homem do marketing. Só quan-do começamos a escrever é que temos,finalmente, noção daquilo que aprendemos– realmente - até aí. Editar um primeiro livroé uma questão de afirmação pessoal, a partirdaí já é devoção, costumo dizer. Depois,trabalhar em algo que realmente nosso éfantástico. O reconhecimento, por parte dopublico anónimo, das nossas ideias, em espe-

cial quando elas são 'revolucionarias' como as minhas, é amaior das recompensas”, enfatiza Castro, que tem quatrolivros publicados.

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“As dificuldades para se editar uma obra literária, aqui emPernambuco e, talvez, no Nordeste, são imensas”,jornalista Robson Sampaio

Paulo Vieira de Castro: “Escreverlivros faz-me acreditar que épossível um mundo dos negócios,que possa servir para melhorar acondição humana”

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Cá estava eu, pensativa, em pleno domingo, analisan-do a expansão estrondosa do mercado de comunicação, ainfinidade de empresas e veículos se abrindo e as variadasformas de serviços que estão sendo oferecidos. Foi então queme dei conta de como uma pauta como essa poderia ajudarmuita gente. E como muita gente poderia ajudar outras pesso-as com seus relatos e experiências. Prontamente, fui atrás dosempreendedores que largaram tudo para mudar seus desti-nos e ter sucesso... ou não, ainda, talvez, quem sabe? Afinal,abrir uma empresa é quase um esporte radical, cheio de riscos

e desafios.Um fato lamentável é que, na faculdade não se ensina

nem estimula ninguém a ser empreendedor. Seria, inclusive,uma disciplina indispensável. Pois é o empreendedorismo quemove a nossa economia, faz girar o capital e gera renda eemprego para as pessoas. Tem sempre espaço para todos.Mas, se não conseguiu, tenta de novo, ou se associa a quemsabe mais que você e tem expertise diferente do seu. Mas valelembrar que é preciso ter empatia e compatibilidade de gêni-os. Ou não dará certo também! Ou quem sabe, procurar fazercursos, treinamentos, consultoria com o Sebrae. E se nadadisso deu certo, meu amigo (a), simplesmente, enfrenta o fatode que não nasceu para ser “patrão” e volta humildementepara o lado de lá. Mas esta não é uma matéria sobre o verbodesistir, e sim sobre arriscar e acertar. Por isso, vamos falardos vitoriosos!

Tem comunicador tão ousado que saiu direto do está-gio para o próprio negócio; gente que não teve oportunidadesno mercado e enfrentou o desafio em carreira solo; há quemraspou a poupança, a conta bancária e abriu agência; que lar-gou tudo para se associar a quem já tinha empresa; que entrouem uma área que não conhecia; que pediu demissão e seguiusozinho... Tem até quem abriu mercado onde não existia. Equase todos aprenderam o beabá administrativo na prática.

Como diz o analista de Orientação Empresarial doSebrae, em Pernambuco, Luiz Nogueira: quando se pensa emabrir um negócio, a primeira atitude deve ser a de buscarinformações sobre essa atividade junto ao mercado que sedeseja atender (clientes, concorrentes, fornecedores, órgãosreguladores, etc.). “Estas informações orientarão a concep-ção da ideia de negócio e também a elaboração do plano denegócio da atividade, cujo objetivo principal é dar maior segu-rança na implementação do empreendimento”.

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Comunicadores compartilham suas experiências e contamas dores e delícias de serem donos do próprio negócio

DE FUNCIONÁRIO A PATRÃO:OS CAMINHOS EMPREENDEDORESDA COMUNICAÇÃO

Luiz Nogueira, do Sebrae: “Quando se pensa em abrir umnegócio, a primeira atitude deve ser a de buscar informaçõessobre essa atividade junto ao mercado que se deseja atender”

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O analista do Sebrae diz que a instituição permite aoempreendedor identificar, de forma antecipada, possíveisdificuldades e como ele pode agir para minimiza-las, bemcomo a melhor forma jurídica e sua tributação. “Na operacio-nalização do empreendimento será necessário um contador.Porém, quando formalizado como Micro EmpreendedorIndividual (MEI), este, por ser dispensado de escrituraçãofiscal e contábil, não tem a obrigatoriedade de ter um conta-dor”.

O Sebrae, como instituição de apoio às micro epequenas empresas (MPE), está disponível para o empresárioem qualquer momento de sua empresa. Seja na concepção daempresa, quando o Sebrae disponibiliza informações e orien-tações para o planejamento do negócio; seja no dia a dia dessaempresa, ajudando/esclarecendo o empresário sobre temasespecíficos na gestão da empresa; seja na amplia-ção/modernização desta, através de capacitações, consultori-as, feiras e eventos. Esses serviços podem ser acessados viaportal Sebrae www.sebrae.com.br e/ou Call Center0800.570.0800.

PASSAGEM DIRETA – “Nunca fui funcionária, então fuidireto de estagiária para empresária”, admite, Paulinne Freire,diretora da Agência Merkate (PE). Ela relembra que começoutrabalhando como estagiária em departamento de marketingde prefeitura, depois em agência. “A agência USI+ (PE) foi aminha real escola. Lá aprendi como as pessoas trabalham beme felizes quando são bem tratadas e incentivadas. Quando seuCléo Niceas me cumprimentava eu já estava aprendendoalguma coisa. Meu estágio em todo tempo foi assistidocom/por Karina Niceas. Aprendi tudo que podia, funciona-mento de agência, ética e prazos. Quando me formei, eles mechamaram e falaram do interesse em me contratar. Fiqueiradiante, muito feliz! Mas o que eu queria era fazer algo dife-rente e realizar o meu sonho de abrir uma agência, foi aí quesurgiu a agência Merkate”.

E Paulinne diz que desde o colégio já sabia que abririauma agência e, por isso mesmo, já tinha uma poupança. “Nãoquis ajuda da família, queria poder bater no peito e dizer quefiz tudo sozinha. Raspei a minha conta no banco, poupança etítulo de capitalização para a abertura da empresa. Antes defato de a Merkate criar forma eu já atendia dois clientes,mesmo sem ao menos ter um CNPJ”.

Assim como Paulinne, a diretora da Multi Comunica-ção (PE), Patrícia Natuska, acredita que a parte administrativaé realmente a mais difícil. “O jornalista não é preparado paragerir. Não aprendemos durante a faculdade a ferramenta degestão, então no dia a dia de uma empresa são muitos detalhese desafios para entender e aprender”. Hoje com 10 anos, aMulti possui cinco estagiários e 15 profissionais, entre jornalis-tas, designers, editor de imagem, recepcionista e secretária.Na visão de Patrícia fazer recrutamento é um grande desafio euma questão ainda muito amadora no nosso meio, pois a indi-cação ainda prevalece. “Desconhecemos os impostos. Muitagente entrou no Simples quando ainda não podia ser. Leva ospreços lá para baixo. Freelancer competindo com agência”.

UM PASSO DE CADA VEZ – E, pensando nesta últimafrase que Patrícia citou, vale relembrar que existe a possibili-dade de abrir o Empreendedor Individual (MEI), como fala-mos antes, cujo faturamento anual é de até R$ 60 mil por ano,com diversas funções, a exemplo de “Apurador, coletor efornecedor de recortes de matérias publicadas em jornais erevistas” – que nada mais é do que o serviço de clipping doassessor de imprensa; “Editor de Livro”, “Editor de Revista”,“Editor de Jornais” – estes subentendem funções de direçãode arte, produção gráfica, etc; “Fotógrafo”, “Locutor”, ediversas outras funções com características semelhantes ecomplementares. E a descrição destas funções permite aindavários serviços similares que na nota fiscal são os mesmos deassessor de imprensa, produção e edição de vídeo, produtorgráfico, atendimento publicitário, etc. O que importa é o fatu-ramento, na verdade.

Para Raphael Sagatio e Marcelo Moraes, da Wiki Pro-duções Audiovisuais (PE), neste início da empresa, o Micro-empreendedor Individual foi a melhor opção, pois eles queri-am simplificar tudo, a fim de focar o trabalho no que realmen-te sabiam fazer: o trabalho audiovisual. E, pouco a pouco, coma ajuda de uma advogada, eles estão imergindo com campoempresarial. “Eu e Marcelo Morais, já nós conhecíamos deoutras ilhas de edição e percebemos que havia um nicho inte-ressante para montar a produtora. Foi uma escolha bem pen-

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Renata Gamelo: “Acho que o empreendedorismono nosso Estado precisa ser melhor estimulado”

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sada e planejada, que, em 2011, resultou na abertura daempresa”.

Como havia a questão dos custos, os dois só saíramdo planejamento para a prática quando Raphael foi demitido.“Logo nos primeiros meses, estabelecemos contratos impor-tantes, ou seja, funcionou de forma bem natural, sem maiorescomplicações. Mesmo porque nosso investimento inicial foirelativamente baixo. A dificuldade inicial foi procurar um for-mato de negócio que cabia no bolso, inicialmente, sem entrarno vermelho, e entender como funciona a parte burocrática”,comenta Sagatio.

Outra comunicadora que optou pelo MEI foi a RenataGamelo, da Renata Gamelo Soluções Estratégicas para Seto-res Criativos (PE). Ela comenta que sempre teve uma posturacuriosa, engajada e empreendedora. Renata via que, apesar daformação universitária não dar as ferramentas para vender otrabalho/serviço ou empreender seu próprio negocio deforma autônoma, ela foi buscando áreas de atuação que afizessem se apaixonar e aprender. “Trabalhei em redação dejornal, agência de publicidade, escritório de design, empresade embalagens, fiz trabalhos freelancers de cenografia e dire-ção de arte para vídeo, teatro e exposições. Tive uma expe-riência de trabalhar por sete meses em uma pesquisa no Cen-tro Metropolitano de Diseño, em Buenos Aires/Argentina,uma cidade onde o empreendedorismo é muito forte a des-peito das crises e é também muito estimulado pelas políticaspúblicas locais”.

Voltando ao Recife surgiu a oportunidade de dividirum espaço de trabalho inspirador com um grupo de amigos etambém parceiros de trabalhos anteriores. “Estamos cada

qual empreendendo seu negócio, em um espaço colaborativocomum e, eventualmente, nos integrando em projetos maio-res. Temos uma equipe com fotógrafos, designers gráficos,designers de produto, cenógrafos e produtores. Alguns sãoMEI, outros Simples, a depender da demanda integramos asempresas para supri-la. Acho que o empreendedorismo nonosso Estado precisa ser melhor estimulado”.

As obrigações trabalhistas são outro impedimento, namaioria das vezes. Pois tem empresa que não sabe lidar comisso e acaba atuando na informalidade, correndo riscos maio-res, sem legalizar seu pessoal. “Aqui na Multi temos carteiraassinada para todos, desde a experiência, mas não é uma prá-tica do mercado. Muitas vezes as agências querem cumprir,mas não conseguem porque onera bastante os custos e a rota-tividade é alta”, observa Patrícia Natuska. Um fato raríssimopor sinal, em se tratando de mercado de comunicação. Prati-camente todos operam na ilegalidade trabalhista. Vale lem-brar que, no dia que bater uma fiscalização, o prejuízo podeser muito maior.

UM NOVO SEGMENTO – Foi a necessidade de experi-mentar algo novo que levou Everton Cruz, da Agência Gira-vento (PE) a abrir uma empresa de comunicação. Everton eramodelo na Europa, voltou ao Brasil e ficou sendo piloto deaeronave freelancer em São Paulo. E foi em uma viagem que

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“Muitas vezes os nossos sonhosvão ficando grandes demais, ea empresa em que trabalhamosnem sempre é capaz desuportá-lo, daí a necessidadede experimentar algo novo”

Everton Cruz

Felipe Pereira, diretor da Unu Soluções:“Mensalmente as contas tinham que

fechar e era complicado. Para conseguir,acabava aceitando qualquer serviço que

aparecia e isso fez com quediversificássemos muito nossos serviços,

perdendo o foco”

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conheceu os sócios João Carlos e João Carlos Júnior e resol-veu ficar por aqui. O investimento para começar foi da pou-pança pessoal deles e tudo começou home office, na residên-cia de João Carlos. “Muitas vezes os nossos sonhos vão fican-do grandes demais, e a empresa em que trabalhamos nemsempre é capaz de suportá-lo, daí a necessidade de experi-mentar algo novo”, avalia Everton.

Segundo o publicitário e piloto, abrir uma empresaexige muito trabalho, requer muito do tempo do empreende-dor, por isso é importante gostar do que se faz. “No início, aempresa não passa de uma tela em branco. Você tem de pre-enchê-la. Assim como o artista quer que tudo fique no seudevido lugar na tela, nos negócios todos os pequenos detalhestêm seu lugar certo para que o empreendimento seja bem-sucedido. Contudo, diferentemente de uma obra de arte,uma empresa é sempre uma obra inacabada. Ela evolui cons-tantemente”.

Outro que migrou totalmente de área foi Felipe Pere-ira (PE).Oriundo da ciência da computação, diretor da UnuSoluções, há dez anos no mercado. Ele começou a empresadentro do colégio Neo Planos, quando era funcionário de lá,com apoio do seu chefe. “Além de pequenos clientes que iamchegando, fui convidado para participar de dois grandes pro-jetos: um para a Celpos (fundação de seguridade social daCelpe) e um para o Banco Mundial (através de um professorda graduação, que terceirizaria o desenvolvimento comigo).Com esses projetos em mãos, pensei em pedir demissão etocar o meu próprio negócio. Fiz um planejamento e, pelosmeus cálculos, após um ano eu teria terminado de pagar umveículo que havia adquirido, recentemente, e pagar os móveisque iria comprar”.

Desse modo, ele pediu demissão em 2004 e foi comsua mãe comprar os móveis, ar condicionados e computado-res, pois aos 22 anos, não tinha crédito algum e resolveu for-malizar a empresa em uma sede própria. “Com alguns meses,comecei a ver a dificuldade de empreender tendo custosfixos. Mensalmente as contas tinham que fechar e era compli-cado. Para conseguir, acabava aceitando qualquer serviço queaparecia e isso fez com que diversificássemos muito nossosserviços (entre comunicação, design e TI), perdendo o foco”.Mas apesar disso tudo, ele diz que tudo valeu a pena. Hoje jásão dez anos de mercado, com cerca de 250 clientes atendi-dos.

Em se tratando de novo segmento, o jornalista PedroHenrique Costa inovou e adentrou em uma área ainda poucoexplorada aqui no Nordeste e criou o Grupo Verda, empresaespecializada em projetos de sustentabilidade, principalmen-te, brindes corporativos ecológicos. “Estava fazendo inter-câmbio em Portugal, em 2009, quando comecei a pensar noque eu faria quando acabasse o contrato com a empresa que

eu trabalhava naquela época. Aproveitava a cidadania portu-guesa para ingressar numa carreira fora do Brasil ou voltavapara Recife e para o mercado que eu deixara? Já tinha tidominhas experiências profissionais e sabia que eu queria maisdo que uma certeira de trabalho assinada. Foi quando come-cei a pensar em abrir um negócio. Já tinha sido fisgado pelaárea da sustentabilidade. Eu já tinha optado que iria investir naárea de responsabilidade socioambiental. Na Europa, então,tive contato com um cenário empresarial, no qual 'Marketingsustentável' era uma realidade. Juntei as peças e bati o marte-lo: eu queria inserir a sustentabilidade nas empresas brasilei-ras”.

Pedro voltou ao Brasil. “Foi quando me deu um esta-lo: Recife não tinha empresa focada em comercializar brindescorporativos ecológicos. E já existia uma procura grande poreste tipo de produto”. E ele foi em busca do sonho em SãoPaulo. Visitou empresas da área e possíveis fornecedores. Efoi lá que ele descobriu que suas respostas estavam em Recife.Boa parte dos produtos ecológicos feitos de forma artesanalera produzida no Nordeste. Começou a desenvolver o pri-meiro portfólio do Grupo Verda com comunidades e artesãoslocais. “Abri a empresa em agosto de 2010. No primeiro even-to que fiz, na primeira semana de vida da empresa, fechei meuprimeiro contrato longo. Até hoje o considero o mais impor-tante. O contrato era de um ano entregando brindes ecológi-cos mensalmente para uma grande concessionária de veícu-los. Animado, parti para outras empresas. A aceitação foi exce-lente”, lembra.

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Pedro Henrique Costa, do Grupo Verda: “Marketing‘sustentável’ era uma realidade. Juntei as peças e bati omartelo: eu queria inserir a sustentabilidade nas empresasbrasileiras”

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O CAMINHO DAS PEDRAS – Quando a jornalista MaíraPassos (PE) cursava jornalismo, abrir algum negócio na áreade comunicação era a última alternativa que lhe passava pelacabeça. Ela passou por assessoria de imprensa, jornal e revis-ta. Mas viu que o mercado não correspondia às suas expectati-vas. E, num período que resolveu focar nos estudos de pós-graduação, percebeu que poderia criar suas próprias oportu-nidades. E, como diz ela: “empreendedorismo não é somenteser empresário. É justamente saber reconhecer e ir atrás dasoportunidades, e não esperar que elas simplesmente apare-çam”.

Então, mesmo bem longe de ser empresária, hápouco mais de três anos, ela já estava empreendendo semperceber. “Um contato foi levando ao outro e quando vi jáprecisava de outra jornalista para me ajudar no atendimento enas coberturas de alguns eventos. Foi ai que resolvi encararminha nova atividade de assessoria de comunicação como umnegócio. Fui atrás de cursos na área. E é sempre muito impor-tante ir atrás de informações na hora de empreender parasaber como calcular os riscos. Já tinha concluído um MBA, masprocurei também cursos de gestão, o Sebrae, contadores eadministradores, além de conversar com amigos que tambémtinha negócios na área, o que foi muito valioso”, explica Maíra.

Com três anos de atuação, a assessoria que leva seunome na assinatura –Maíra Passos Comunicação, lançou nofinal do ano passado, um portal independente sobre dança, oNa Ponta do PÉ (www.napontadope.com). “Mas ele é umprojeto piloto para uma segmentação da empresa, sem mistu-rar com os serviços de jornalismo empresarial”.

Quem também nunca havia pensado em ser empre-sária foi a jornalista Naide Nóbrega, da Águila Comunicação(PE). Mas as oportunidades se abriram e abrir sua empresa foiinadiável. “No começo trabalhava em casa, com um miniescritório totalmente montado. Quando senti a movimenta-ção de mercado abrindo portas, tratei de estudar, praticar, mededicar à capacitação de uma nova área, que eram as mídiassociais. Meu marido, o jornalista espanhol Juanpa Ausín, que jáhavia trabalhado muito na Espanha com imagem, agregouvalor ao nosso trabalho, desenvolvendo serviços como foto-jornalismo, coberturas fotográficas e produção de imagensem vídeo”, comenta Naide.

Assim como Naide Nóbrega, o sócio da agência Circo(PE), Amândio Cardoso, também nunca havia pensado em teruma agência. “Nem mesmo quando esteve fora do Brasil,como redator, pensava que algum dia seria dono de agência.Ou seja, nem sabia se era ou não um empreendedor. O fato é

que chegou um momento na minha carreira que o acumulo deconhecimento e domínio da profissão, me fez querer ter mais'domínio' de todo o processo de uma agência de publicidade”.

Amândio diz que criar campanhas era pouco. Já comodiretor de criação na MMS Comunicação (PE) tinha uma gran-de participação em outros setores da agência, que iam alémdo departamento de Criação. “Costumava ir aos clientes,envolvia-me com a produção, etc. Portanto, ter uma empresacom a filosofia e o perfil que acredito, era inevitável acontecerno meu amadurecimento profissional. Foi ai que eu e LéoMiranda, que já tinha este sonho de ter a própria agência, nosjuntamos e conceituamos o que seria a nossa agência. O gran-de desafio de ser dono do próprio negócio é você estar intei-ramente presente em todo o processo e andamento da agên-cia, inclusive, o administrativo. Acredito que todo grandepublicitário tem que deixar uma marca. E esta marca hoje, nomeu caso e no de Léo, chama-se Circo".

Com a Cordel Comunicação (PE) também não foidiferente. Não também por acaso, a agência nasceu em umdepartamento de criação. Um redator e um diretor de arteresolveram somar forças para montar uma nova agência.Pouco depois, uma produtora gráfica veio encabeçar a agên-cia junto com eles. Carlos Eduardo Queiroz, Rafa Saraiva eWalkíria Cabral são os sócios da Cordel. Os três, que já traba-lhavam juntos, agora estão à frente de sua própria empresa.“As agências acabam priorizando um ou outro cliente.”, expli-cam eles. “É uma pena porque tem muita empresa compotencial para crescer, com disposição para investir, inclusive,mas são carentes de ações de comunicação criativas e bem

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Maíra Passos: “empreendedorismo não é somenteser empresário. É justamente saber reconhecer e

ir atrás das oportunidades, e não esperar queelas simplesmente apareçam”

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embasadas porque falta dedicação por parte das agencias.Temos conversado com empresários de segmentos diversos ea insatisfação é real. Ou eles são ignorados ou se queixam demal atendimento”.

O VERBO ENVEREDAR – E, se abrir uma empresa na capi-tal é complicado, some-se a isso o fato de entrar em uma cida-de do sertão, onde não há mercado nem cultura de valorizaros serviços de a publicidade. Foi assim para a publicitária CarlaCarvalho. “Abrir uma agência de publicidade na minha terranatal sempre foi o meu sonho. Após um estudo de mercado,saí de Recife com experiência na bagagem para abrir a primei-ra agência de publicidade de Serra Talhada, a Saminina Comu-nicação. Uma imensa realização profissional e pessoal, mastambém cheia de desafios”.

Segundo Carla, no interior tudo é mais difícil. “Osclientes não entendem o ramo e não estão dispostos a pagar opreço justo pelos serviços. O resultado é que para mantermeu investimento, mesmo após três anos no mercado, tenhoque por dinheiro do meu próprio bolso na agência e enfrentara ausência de lucro como um estímulo para poder prospectarainda mais clientes e levantar a imagem no negócio na região”.

E recentemente ela criou um desdobramento daagência, a Saminina Promo. Hoje, os clientes também nãoparam de aparecer para ela. “Mesmo ainda tímidos e céticos,a Saminina vem ganhando força no Sertão. Com uma equipesuper capacitada, nossos Jobs saem com resultado de agênciasda capital e quem entende disso está passando a investir commais segurança no negócio".

A jornalista Luana Nunes, da Algo Mais Consultoria eAssessoria (AL), sempre teve o sonho de ter o seu próprio

negócio - uma coisa implantada pelo seu pai. “Quando encon-trei uma oportunidade de começar a colocar em prática aqui-lo que era apenas sonho, tive que escolher entre ser ousada econtinuar com os meus dois empregos. Para abrir a Algo Mais,pedi para sair dos dois empregos. Alguns colegas me acharamlouca demais. Diziam-me que aqui não havia mercado paraisto e que se sustentar com assessoria de imprensa em Alago-as era impossível”.

Apesar de nunca ter tido experiência com o empre-endedorismo, ou até mesmo, com a posição de gestora deempresa, Luana está, aos poucos, conseguindo consolidar onome de sua empresa no mercado alagoano. “Há três anos,oferecemos serviços de clipping digital e eletrônico, mensura-ção de resultados, assessoria de imprensa, endomarketing,entre outros. Atualmente, eu posso dizer que entendo o queé cobrança, administração, impostos, custos, despesas elucro. Não é fácil encarar o outro lado da bancada, mas mesinto segura na escolha que fiz e não me arrependo de nada”.

Formada há 30 anos e locutora há 20 anos, Sonia DePieri teve sua carreira sedimentada no meio rádio. “Tive oprivilégio de trabalhar nas principais emissoras do país. Come-cei como radioescuta, e meu último cargo em rádio foi deeditora-chefe. Não tinha mais como subir, ao menos que eutivesse uma rádio. Foi então que surgiu a ideia de abrir a DePieri Comunicação SP). Como sempre fui muito curiosa ecriativa, reuni meus conhecimentos, meus diplomas e umaboa reserva financeira para investir em um nicho de negócioainda não explorado totalmente no mercado sonoro. Assimnasceu a De Pieri Comunicação em 2002, uma produtora deáudio que atua com rádio corporativa, assessoria de impren-sa, sonorização de sites, espera telefônica personalizada, e-learning e muita locução”.

Assim como Maíra Passos, Sônia passou por uma con-sultoria, e como já gravou muito material para eles, acabouadquirindo mais conhecimento. Ela diz que, para quem querabrir uma empresa ou mesmo alavancá-la, o apoio do Sebraeé fundamental. Junto com mais duas amigas, recentemente, apluralidade de seus serviços voltados à comunicação, resultouem uma nova empresa: a Pluri Jobs. “Unimos nossos experti-ses, nossas conquistas, nossas viagens, nossas verbas, nossaforça de vontade e acima de tudo nosso sucesso na carreira eao lado de nossas empresas, vamos tocar mais uma, que temcomo meta abrir novas perspectivas em comunicação para ospequenos e médios empresários”.

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Naide Nóbrega e Juanpa Ausin: “Quando senti amovimentação de mercado abrindo portas, tratei de estudar,praticar, me dedicar à capacitação de uma nova área, queeram as mídias sociais”

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Um dos conglomerados mais tradicionais da indústriade transformação de papel em Pernambuco e líder de merca-do nas regiões Norte e Nordeste do país, o Grupo Ondunorteacaba de receber o principal prêmio de sua história. O empre-endimento foi reconhecido como Melhor Fornecedor daIndústria Regional no prêmio Carrinho de Ouro 2012, promo-vido pela Apes (Associação Pernambucana de Supermerca-dos). “Com esta chancela, podemos alcançar novos mercadose assim trabalhar a expansão da empresa com sustentabilida-de e capacidade de fornecimento relacionado a qualquer mer-cado”, comemora Leandro Uchoa, gerente comercial e demarketing da empresa. Por ano, a Ondunorte produz cercade 120 mil toneladas de papéis higiênicos, guardanapos, toa-lhas de papel e caixas para embalagens.

Fundada em 1966 pelo empresário Aluísio Pontes, oque era uma pequena fábrica de papel possui hoje seis plantasindustriais em três estados – Pernambuco, Sergipe e Paraíba –e emprega cerca de 1.500 funcionários diretos. A empresaconta com variado portfólio de produtos de destaque comoDella Casa, Rose, Caprice, Leve, Leve Mais, Novo e teminvestido agora na promoção daquele que a Ondunorte espe-ra ver se tornar seu novo carro-chefe: o papel higiênico Alpi-no.

“A marca é muito nova, existe apenas há um ano emeio. Mas a tendência é que o Alpino um dia chegue a ser essecarro-chefe”, especula Uchoa. Para promover o fortaleci-mento do produto, a Ondunorte vem marcando presençacomo patrocinadora dos shows de maior porte que Pernam-buco recebeu nos últimos tempos, nacionais e internacionais.Quem foi conferir Paul McCartney – em Pernambuco – nocampo do Arruda, Elton John no Chevrolet Hall ou o MaiorShow do Mundo na Ilha do Retiro pôde contar com o abasteci-mento do papel higiênico em todos os banheiros químicos.

O conglomerado, que planeja suas ações de marke-ting trimestralmente, investe em publicidade proporcional-mente às vendas e tem apostado suas principais fichas açõesna TV, shows e pontos de varejo. O ursinho branco, mascoteda marca Alpino, também esteve presente em diversas açõesde merchandising nos principais camarotes e trios no Carna-val.

Para a televisão, a Italobianchi, agência pernambucanaque trabalha com a empresa há dez anos, preparou uma cam-panha animada em 3D com o ursinho para anunciar as novida-des do produto. A ação foi ao ar na TV Globo em fevereiro, e éparte do plano de fortalecer cada vez mais a nova marca depapel higiênico e explorar o carisma de seu mascote.

No âmbito das mídias digitais, a Ondunorte possuipáginas e perfis terceirizados nas principais redes sociais evem ampliando cada vez mais o alcance do seu conteúdo.“Trabalhar com essas redes é sempre um aprendizado. Terce-irizamos o serviço, mas sempre temos a preocupação de aler-tar sobre sustentabilidade e passar informações adequadasnão só vinculadas aos nossos produtos, mas de situação quepossam melhorar o planeta”, ressalta o diretor de marketing.

A VEZ DO CLIENTE

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Vencedor do prêmio Carrinho de Ouro de Melhor Fornecedorda Indústria Regional e destaque em ações sociais e ambientais, oGrupo Ondunorte valoriza cada vez mais sua marca

ONDUNORTE NACRISTA DA ONDA

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O Grupo Ondunorte temnos pontos de venda

um dos principais focos de seusnovos empreendimentos

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E as preocupações com as tendências de consumosustentável, de fato, se fazem notar. Atualmente, o grupoconta com cinco mil hectares de áreas de reflorestamento naZona da Mata de Pernambuco e no estado de Sergipe, desti-nados ao plantio de eucalipto, reduzindo os níveis de gás car-bônico (CO ) produzido pelas fábricas. A madeira crescida2

nestas terras também é utilizada nas caldeiras de produção,substituindo com biomassa os combustíveis fósseis tradicio-nais vindos do petróleo.

A empresa também possui estações de tratamentode efluentes em todas as suas unidades fabris, queos transforma em resíduos sólidos ricos emminerais e potássio, reutilizados poste-riormente nas áreas de plantio paraenriquecer o solo. Por fim, o grupotambém investe na coleta seletiva ena matéria-prima reciclável, tendocomo ambição um dia alcançar aautonomia energética.

Segundo Leandro Uchoa, ogrande segredo para uma política desustentabilidade de fato efetiva é começarde dentro. “A coleta seletiva desenvolvida pelaOndunorte parte da educação e demonstração dos

ensinamentos e conceitos de como deve ser uma empresaresponsável. Começa a partir de uma grande divulgação entreos 1.500 colaboradores do gru-po”, enfatiza. Para o empresá-rio, ferramentas de comunicação como endomarketing, mídiaexterna e constantes reuniões de grupo são fundamentaispara estar sempre reafirmando importância da responsabili-dade sustentável.

“A empresa procura sensibilizar a todos com estamissão. São colocados cestos de lixo em todos os departa-mentos para que em seguida os responsáveis mensurem osquantitativos coletados e apresentem ao gerente de meioambiente”, conta. Já na esfera das causas sociais, a Ondunorteapóia as Aldeias Infantis SOS Brasil, da Unesco, o Instituto deMedicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), o Abri-go São Francisco de Assis e a Associação de Assistência Técni-ca e Educacional Luiza Pedrosa Pontes (AATELPP).

Quanto aos planos futuros, Uchoa revela que a fase éde transição. “A empresa sai dos seus 46 anos de mercadopara entrar nos próximos 46 anos”, garante o diretor de mar-keting. Os atuais objetivos do grupo Ondunorte, segundo oempresário, são fortalecer seus pontos de venda no varejo,consolidar a liderança atacadista no Norte/Nordeste e expan-dir os negócios para o Sudeste, tendo sempre em vista o com-prometimento com a responsabilidade ambiental e social.

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Ursinho da Alpino no show de Elton John, patrocinado pelaempresa: investimentos cada vez maior no merchandising

Italobianchi criou uma campanha paraa Ondunorte anunciar o lançamento danova embalagem e do novo personagem

do papel higiênico Alpino. A agênciatambém criou as figuras carismáticas

dos ursinhos 3D, que ilustram todaa campanha

O papel higiênico Alpino é a nova apostada empresa para ser o carro chefe

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DE OLHO NA CAMPANHA

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Com o avançar da idade, o sistema imunológico passa porum processo de envelhecimento e declínio da função chamado imu-nossenescência. Este processo deixa o organismo mais suscetível auma série de doenças, entre elas a pneumonia e as demais doençaspneumocócicas. Para alertar a população sobre as doenças pneumo-cócicas e a importância da prevenção dessas enfermidades após os50 anos, quatro importantes sociedades médicas brasileiras – Socie-dade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Associação Bra-sileira de Imunizações (SBIm), Sociedade Brasileira de Infectologia(SBI) e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), – seuniram para lançar a campanha Previna-se: encare a pneumonia depeito aberto. A iniciativa conta com ações educativas e de conscienti-zação, tem a atriz Regina Duarte como madrinha e conta com o apoioda Pfizer.Com abrangência nacional, a campanha engloba ações emplataformas digitais, como hotsite, fanpage no Facebook e canal noYouTube; além de iniciativas presenciais com a população, comoblitze de saúde e ciclo de palestras em hospitais e clínicas sobre apneumonia e outras DPs. Link do filme: www. youtube.-com/watch?v=yiRB3wwJ04Y

ENCARE A PNEUMONIADE PEITO ABERTO

Para comemorar seus 60 anos, a M. Dias Branco convidou AntônioFagundes para estrelar campanha de aniversário. O ator empresta todo o seucarisma e sua credibilidade para contar a história da maior empresa de massas ebiscoitos do Brasil. O filme, criado pela Propeg Comunicação, se passa em umasala de cinema e faz uma retrospectiva da M. Dias Branco desde a abertura daPadaria Fortaleza, na década de 20, pelo pai de Ivens Dias Branco, até a potênciaque a companhia representa hoje: a quarta maior do mundo na categoria de mas-sas e a sexta maior do mundo na categoria de biscoitos. Destaque para o lança-mento da Marca Fortaleza em 1953, primeira marca da M.Dias Branco que tam-bém está completando 60 anos. Imagens das primeiras instalações, dos primei-ros produtos, das primeiras peças publicitárias, das fábricas atuais, entre outras,ajudam a contar como tudo começou e o motivo pelo qual suas marcas, presen-tes em todo o País, conquistaram os corações e as mesas das famílias brasileiras.A campanha está em TV aberta da Rede Globo no estado do Ceará e nas salas decinema North Shopping, Iguatemi, Del Paseo e Aldeota.

UMA MARCA QUE CONQUISTOU OSCORAÇÕES BRASILEIROS

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“Vendido, vendido, vendido! / A preço de banana / Jánão olha mais pro samba / Tá estudando propaganda”. Comesse refrão é dado o início à primeira audiência do Tribunal doFeicebuqui (2013), EP virtual lançado mês passado pelo maisincansável e inquieto cancionista brasileiro – Tom Zé. Pois é,seu zé: depois de estudar o samba, o pagode e a bossa, o baia-no resolveu agora se enveredar nas artimanhas do advertising.

O disco recém-parido surge como um conjunto decrônicas que narram a recente polêmica em que o compositorse envolveu por participar de um anúncio da Coca-Cola parapromover a Copa do Mundo de 2014. No comercial, no qualTom Zé empresta a voz à narração, a copa do Brasil é apresen-tada como “Copa de Todo Mundo”, feita por todos e paratodos, “e quando a gente fala todo mundo é todo mundo mes-mo” – enfatiza enquanto locutor.

Bastou isto, e cente-nas de fãs apontaram o inqui-sidor dedo indicador da “mão-zinha do mouse” – como bemé ilustrado na imagem dedivulgação do disco – paraenviar à página do cantor noFacebook (ou feicebuqui?)uma enxurrada de repreen-sões e discursos decepciona-dos. O ex-tropicalista, associ-ado à série de críticas quesempre fez ao capitalismo eàs corporações ao longo desua carreira como composi-tor, foi visto levantando umabandeira estigmatizada comomaior símbolo do imperialis-mo ianque de todos os tem-pos.

Afora isso, houvetambém o delicado fato do

anúncio classificar como “copa de todos”, um evento envolvi-do em diversas polêmicas que envolvem superfaturamentode obras e as consideradas políticas “higienistas” que têmacontecido em certos estados, como o Rio de Janeiro. Entreelas está a realocação compulsória, em condições bastantequestionáveis, de comunidades habitacionais miseráveis doentorno das áreas dos estádios em construção.

Ao menos foram estes os argumentos que usaram oscríticos como justificativa para seus manifestos indignados. Ebastaram para não deixar Tom Zé dormir. Na madrugada dodia 8 de março, o músico postou em sua fanpage um texto deesclarecimento com toda a humildade de quem, no alto deseus 76 anos e com uma carreira artística irrepreensível, nãoprega as pestanas se algo fica de mal-entendido entre ele e seupúblico.

“Pois é , pessoa l ,estou preocupado”, iniciou omúsico. “Quando fui consul-tado sobre o anúncio nempensei nessa probabilidade.No ano passado meu discofora patrocinado pela Naturae como eu nunca tinha recebi-do patrocínio desse tipo –nem de nenhum outro –,cara, eu me senti como umartista levado em conta! Paraprofissionais de meu tipo asgravadoras são agora inalcan-çáveis”, justificou-se.

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ESTUDANDO A PROPAGANDA:

TOM ZÉ E O ANÚNCIODA COCA-COLAApós ter sido acusado nas redes sociais de ‘se vender’ por ter feitopublicidade para a marca de refrigerantes, Tom Zé canta a polêmicano novo EP ‘Tribunal do Feicebuqui’

O disco ‘Tribunal doFeicebuqui’ é fruto dascríticas que Tom Zé recebeupor ter feito publicidadepara Coca-Cola

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Tom Zé também explicou na mesma nota que utiliza-ria os “oitenta mil cruzeiros” do cachê para levar adiante umantigo projeto de elaboração de instrumentos experimentais.Mas nem isto foi suficiente para acalmar os ânimos dos maisexaltados, e duas conseqüências se sucederam: a doação inte-gral de todo o dinheiro para a escola de música de Irará, naBahia (onde na infância Tom Zé estudou e foi expulso por ser“filho de rico”), e o parto expurgatório do já citado Tribunal doFeicebuqui.

O EP foi feito em parceria com novos nomes da cenaindependente paulista: as bandas Chá de boldo, O Terno,Sinfônica de Pasárgada, o compositor Tatá Aeroplano e o nãotão novo assim rapper Emicida, que já havia feito participaçãoem Tropicália Lixo Lógico (2012), disco passado de Tom Zé.Com cinco faixas, Tribunal é apenas uma prévia do longplayque deve ser lançado no final do ano, continuando a sérieImprensa Cantada que o músico iniciou em 2003.

Com letras escritas a partir dos comentários escritospelos internautas – sem ser, no entanto, uma defesa ou ataquea Tom Zé, e sim uma verdadeira cobertura jornalística cantadasobre o causo – Tribunal do Feicebuqui traz outra revelação: opassado do cantor como publicitário. A terceira faixa, Taí, setrata de uma versão criada em 1977 pelo baiano para fazerpropaganda do guaraná de mesmo nome (também perten-cente à Coca-Cola) quando trabalhava como compositor dejingles na DPZ (SP), uma das mais antigas e premiadas agênci-as do país.

“Se o rei de França quiser um dia / Virar criança, terum xodó / Beber a força do guaraná / Tem que vir aqui / Oumandar buscar”, compôs Tom Zé para promover o refrige-rante, num dos muitos bicos que fez de1973 a 1990. O perío-do em que se envolveu com as tais atividades profissionaisalternativas começou depois de o músico lançar o incompre-endido Todos os Olhos (1973), que o atirou às sombras domainstream, e só terminou com a descoberta internacional deTom Zé graças ao ex-Talking Heads David Byrne já no início dadécada de noventa.

Nestes 16 anos, o músico foi praticamente exilado domercado fonográfico e penava para pagar as próprias contas,estando já certo de trabalhar no posto de gasolina do seu

sobrinho até o Estudando o Samba (1976) ir parar na sacola deByrne em sua visita ao Brasil. Nesta fase “quase completa-mente sem trabalho e afastado de todas as mídias”, como bemdescreveu o artista noutra nota pública, Tom Zé viveu detudo: fracassou vendendo bugigangas na 25 de março; ligavapara todos os contatos profissionais da agenda telefônica e, “acada 19 nãos, recebia um talvez”; foi 'assessor de baianidade'na minissérie da Globo Rabo de Saia (consistia em sentar aolado do diretor e, a cada fala dos personagens nordestinos,dizia como era expressão baiana correspondente) e chegoupor fim a cogitar vestir uma roupa estranha, arrumar um tur-bante com uma pedra preciosa no centro e dar conselhosespirituais e amorosos a pessoas que estivessem com proble-mas.

Mas “o que é que custava morrer de fome só pra fazermúsica?”, provoca ironicamente Emicida em Tom Zé Mané,faixa de abertura de Tribunal do Feicebuqui. Curiosamente,Tom Zé não foi o único Tom a ser confrontado com este ingra-to questionamento. Tom Jobim, nos anos 80, foi outro a serjulgado pelos “inquisidores” anti-imperialistas ao ceder osdireitos de Águas de Março para a mesma Coca-Cola. À épo-ca, o também compositor Jards Macalé chegou a acusá-lo de'vender o Brasil'.

O caso foi ainda mais longe, uma vez que o clássico dabossa nova foi adaptado para o inglês em incontáveis arranjose letras diferentes (todas elas de qualidade bastante questio-nável, diga-se de passagem) e a campanha teve alcance mundi-al. Jobim defendeu-se: “Eu não vendi nada para a Coca-Cola.Eu apenas licenciei o mote de Águas de Março. Todo o Brasilpode cantar tranqüilamente esta música”, disse em entrevistaa revista Veja, enquanto a polêmica de então fervilhava.

Pois bem, se há algum veredicto neste alvoroçadotribunal é o de que, com ou sem Coca-Cola, o Brasil tambémpode seguir tranquilamente cantando Tom Zé. E ainda maisfácil que na época da confusão com o outro Tom: para tanto, adistância já não passa de um clique. A quem calhar de interes-sar, Tribunal do Feicebuqui está disponível gratuitamente paradownload no site oficial do músico (www.tomze.com.br) e, éclaro, em sua página do Facebook. Aos fãs fiéis, por hora, jádeve bastar para dar a sessão por encerrada.

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O EP virtual está disponível gratuitamente para download no site do músico

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HTTP://CONTINUECURIOSO.CC

HTTP://COLHERADACULTURAL.COM.BR/

NA WEB

"O caminho aguarda os pés, que enveredam por outro caminho”.É com lirismo que se apresenta o continuecurioso, web sériedocumental sobre pessoas que se desprenderam de um jeitoconvencional de levar a vida pra caminhar em direção ao desco-nhecido. Profissionais que se demitiram de um emprego que nãoas satisfazia para trabalhar com arte, fotografia ou gastronomia,por exemplo. Tudo isto com os pés no chão, retratando semromantismos todas as dificuldades enfrentadas neste tipo detransição, da falta de estrutura às dificuldades financeiras. Projetodiferenciado e inspirador.

A Colherada Cultural é uma página de variedades bem abrangen-te. Apresenta diversas novidades e dicas interessantes para quemquer se manter atualizado sobre arte, moda, gastronomia, cine-ma, televisão, música e viagens. Tem como diferencial ser umaplataforma multi-serviço: além das notícias, também investe noe-commerce, com uma loja exclusiva do site. Lá apresentaopções para o público infantil, masculino e feminino, comerciali-zando virtualmente roupas, acessórios e itens para casa, dentreoutros.

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DIREITO DE ESTUDARÉ da Link Comunicação & Propaganda a campanha dedivulgação do prazo de inscrição no Enem 2013. Ofilme e o spot destacam que estudantes da rede públi-ca ou com renda familiar de até um salário mínimo emeio por pessoa têm isenção da taxa de inscrição. “Odireito de estudar é de todos. O mérito da conquista ésempre seu”, diz o comercial, veiculado em todo oterritório nacional através do acordo do MEC com aAbert. Com direção de criação de Antônio Meireles,o filme também reforça que o Enem é a forma deentrada para universidades e institutos federais,ProUni, Sisu, Fies e Ciência sem Fronteiras, e quequase 10 milhões de pessoas já fizeram o Exame emtodo o país. Para se inscrever, basta acessar o portal:www.enem.inep.gov.br e seguir as instruções. Asprovas serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro.Assista ao filme: http://youtu.be/I0ZkwweH5p8

Agência: Link Comunicação & Propaganda (BA)Cliente: Atendimento:MEC Frederico Melo, Cami-la Junqueira e Samir Augusto AngelaPlanejamento:Chaves Antônio MeirelesDireção de Criação: Pro-dução de RTVC: Aprovação:Telma Rocha RodrigoDindo

FICHA TÉCNICA

SORTE EM DOBROMãe de gêmeas, a atriz Bianca Rinaldi é a estrela dacampanha criada pela agência Ideia 3 que divulga asuperpromoção do Parque Shopping Belém para o diadas mães, “Sorte em Dobro”. Com sua beleza e sim-patia, ela anuncia que para ocasião o shopping irá sor-tear dois carros zero, um C4 Hatch GLX e um C3Origine, ambos da Citroën. A campanha da Ideia 3 foidividida em duas etapas, a primeira e atual, compre-ende em um filme para TV, anúncios de revista e jor-nal, spots de rádio e peças de divulgação para mall.

Agência: Cliente:Ideia 3 (BA) Parque ShoppingBelém Mayara Rezende e Julie Seten-Atendimento:ta Renata SchubachDiretora de Atendimento:Direção de Criação e Redação: Wilton OliveiraDiretor de arte: Diretora deLeandro DultraMídia: Mídia:Ana Maria Almeida Eva Figueiredo eMarcus Gomes Vilma Palma e Thais LeiteProdução:RTVC: Arte fina-Renata Scavuzzi e Gladson Amarallista: Aprovação:Rogerio Souza Dalila Caldas

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CONFIANÇA E PARCERIAFormado por empresas que atuam nos segmentos de prestaçãode serviços, vigilância e segurança e ainda construção e empreen-dimentos, o Grupo Braspe está completando 30 anos e paracomemorar, estamos criando uma campanha institucional. Nacampanha foram exploradas as características confiança, parce-ria e colaboração como diferenciais da empresa, ilustradas atra-vés de imagens de crianças brincando alegremente. As criançastambém representam o futuro, esperança e toda uma vida que oGrupo ainda tem pela frente. A campanha é composta de outdo-or, VT, spot, redes sociais, anúncio (revista e jornal) e materialpromocional.

Agência: Cliente: Atendi-K Comunicação (BA) Grupo Braspemento: Diretor deKiko Silva, Camila Reis e Milena CoutinhoCriação e Redação: Diretor de Arte:Beto Freitas Neri Moli-nero Leila Maekawa Tânia DuplatMídia: Produção: Aprova-ção: José Perez, Luana Falcão e Felipe Falcão

FUJA DO DISSE-ME-DISSEPostaram que contaram que alguém falou... Já pensou acreditarem tudo que as pessoas contam? É pensando em credibilidadeda informação, que a Mago Comunicação desenvolveu e estádivulgando o “fuja do disse-me-disse”, conceito da campanhaque apresenta aos ouvintes soteropolitanos o novo dial daRádio CBN 91,3. Com humor inteligente, peças como anúnci-os, TV, revistas, sites, elemidia, etruck, busdoor, backbus e out-door, tratam da importância de ter uma fonte confiável para darinformações importantes, divulgando que credibilidade emcomunicação também é com a Mago.

Agência: Cliente: Aten-Mago Comunicação (BA) Rádio CBNdimento: Criação:Isabel Catan e Paulo Coelho Nelson deCastro, Christian Franco, Gal Andrath Maria e Paulo BonoAprovação: Fred Andrade

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Fazer as pessoas se moverem para doar sangue édifícil. Tem que se enquadrar fora de uma série de impedimen-tos quanto à idade, peso e histórico de doenças, bem comooutros não tão convencionais como o bom e velho medo deagulha. Na maior parte dos casos, só se toma a iniciativa quan-do há alguém próximo necessitando. Como fazer, então, apopulação se sensibilizar para doar sangue com a mesma moti-vação que se tem quando um parente clama?

Foi exatamente isso que se perguntou, há um anoatrás, a equipe de criação da agência Leo Burnett (SP), ao seracionada pela Hemoba (Fundação de Hematologia e Hemote-rapia da Bahia) para criar uma campanha. O hemocentro pre-cisava de um aumento de pelo menos 20% nos estoques desangue, pois a escassez de doações – especialmente no perío-do de férias, como era o caso – estava começando a compro-meter cirurgias no estado.

A partir deste questionamento, surgiu outro, que viriaa ser responsável por todas as medalhas de ouro e grands prixque a agência vem colecionando graças à ação desde então: ese mexêssemos na paixão pelo futebol? A agência, que possuíacontatos com a Penalty, teve a ideia de fazer uma campanha

conjunta com o clube Vitória da Bahia, do qual a marca demateriais esportivos é fornecedora.

“O futebol está no sangue e na alma do brasileiro,torcedores tatuam o hino e o escudo do time. Às vezes é tãopróximo das pessoas como um irmão ou um filho”, explicacomo surgiu a ideia Gillherme Jahara, diretor de criação daLeo Burnett. Depois veio então o mote da campanha, a sernarrada pelo ator Wagner Moura nos comerciais para TV,sendo ele uma das várias personalidades do estado que apoia-ram a ação: “O vitória sempre deu o sangue por você. Está nahora de contribuir”, convocava.

Para apresentar a ideia à torcida, a agência e o clubenão tiveram medo de ousar. No dia 30 de junho, em uma par-tida em casa contra o Avaí pela série B do Campeonato Brasi-leiro, o escrete rubro-negro entrou em campo sem o verme-lho nas faixas da camisa. Então, anunciou-se: para voltar a sercomo antes, o 'manto sagrado' do Vitória necessitava do san-gue de seus milhares de torcedores.

Em seis rodadas, durante o período de um mês emeio (o time utilizou o uniforme alternativo apenas nas parti-das em casa), as faixas vermelhas foram retornando conformeas doações. E o sucesso da campanha foi estrondoso: o Hemo-ba, que necessitava de um aumento de 20%, cresceu seu esto-que de sangue em mais de 51%. A fundação baiana, que viviatempos de escassez, acabou fornecendo bolsas para outroscentros para não perderem o prazo de validade.

A repercussão da mídia nacional e internacional fez opico ser no final da campanha, fazendo as três últimas semanasregistrarem 30 mil doações. E as vibrações foram tão positivasque até o time subiu na tabela: o Vitória, que no início da açãoestava na quinta colocação, foi para primeira e hoje disputa aprimeira divisão do campeonato brasileiro. “Foi um marco nomarketing esportivo nacional”, orgulha-se Jahara.

E a estante hoje cheia de prêmios da Leo Burnett vempara comprovar que não é exagero. 'Meu sangue é rubronegro', que custou apenas R$30 mil reais aos cofres do Vitóriapara ser executada, faturou o grand prix nos prêmios FIAP,

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DANDO O SANGUE(E OS ÓRGÃOS) PELO TIMEInspirados pelo sucesso da campanha ‘Meu sangue é rubro-negro’,do Vitória da Bahia, o Sport Recife e o Ministério da Saúde lançam açõespara incentivar torcedores a doarem sangue e órgãos

Guilherme Jahara, diretor de criação da Leo Burnett (SP),diz que o sucesso da ação superou todas as expectativas

Fazer as pessoas se moverem para doar sangue édifícil. Tem que se enquadrar fora de uma série de impedimen-tos quanto à idade, peso e histórico de doenças, bem comooutros não tão convencionais como o bom e velho medo deagulha. Na maior parte dos casos, só se toma a iniciativa quan-do há alguém próximo necessitando. Como fazer, então, apopulação se sensibilizar para doar sangue com a mesma moti-vação que se tem quando um parente clama?

Foi exatamente isso que se perguntou, há um anoatrás, a equipe de criação da agência Leo Burnett (SP), ao seracionada pela Hemoba (Fundação de Hematologia e Hemote-rapia da Bahia) para criar uma campanha. O hemocentro pre-cisava de um aumento de pelo menos 20% nos estoques desangue, pois a escassez de doações – especialmente no perío-do de férias, como era o caso – estava começando a compro-meter cirurgias no estado.

A partir deste questionamento, surgiu outro, que viriaa ser responsável por todas as medalhas de ouro e grands prixque a agência vem colecionando graças à ação desde então: ese mexêssemos na paixão pelo futebol? A agência, que possuíacontatos com a Penalty, teve a ideia de fazer uma campanha

conjunta com o clube Vitória da Bahia, do qual a marca demateriais esportivos é fornecedora.

“O futebol está no sangue e na alma do brasileiro,torcedores tatuam o hino e o escudo do time. Às vezes é tãopróximo das pessoas como um irmão ou um filho”, explicacomo surgiu a ideia Gillherme Jahara, diretor de criação daLeo Burnett. Depois veio então o mote da campanha, a sernarrada pelo ator Wagner Moura nos comerciais para TV,sendo ele uma das várias personalidades do estado que apoia-ram a ação: “O vitória sempre deu o sangue por você. Está nahora de contribuir”, convocava.

Para apresentar a ideia à torcida, a agência e o clubenão tiveram medo de ousar. No dia 30 de junho, em uma par-tida em casa contra o Avaí pela série B do Campeonato Brasi-leiro, o escrete rubro-negro entrou em campo sem o verme-lho nas faixas da camisa. Então, anunciou-se: para voltar a sercomo antes, o 'manto sagrado' do Vitória necessitava do san-gue de seus milhares de torcedores.

Em seis rodadas, durante o período de um mês emeio (o time utilizou o uniforme alternativo apenas nas parti-das em casa), as faixas vermelhas foram retornando conformeas doações. E o sucesso da campanha foi estrondoso: o Hemo-ba, que necessitava de um aumento de 20%, cresceu seu esto-que de sangue em mais de 51%. A fundação baiana, que viviatempos de escassez, acabou fornecendo bolsas para outroscentros para não perderem o prazo de validade.

A repercussão da mídia nacional e internacional fez opico ser no final da campanha, fazendo as três últimas semanasregistrarem 30 mil doações. E as vibrações foram tão positivasque até o time subiu na tabela: o Vitória, que no início da açãoestava na quinta colocação, foi para primeira e hoje disputa aprimeira divisão do campeonato brasileiro. “Foi um marco nomarketing esportivo nacional”, orgulha-se Jahara.

E a estante hoje cheia de prêmios da Leo Burnett vempara comprovar que não é exagero. 'Meu sangue é rubronegro', que custou apenas R$30 mil reais aos cofres do Vitóriapara ser executada, faturou o grand prix nos prêmios FIAP,

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DANDO O SANGUE(E OS ÓRGÃOS) PELO TIMEInspirados pelo sucesso da campanha ‘Meu sangue é rubro-negro’,do Vitória da Bahia, o Sport Recife e o Ministério da Saúde lançam açõespara incentivar torcedores a doarem sangue e órgãos

Guilherme Jahara, diretor de criação da Leo Burnett (SP),diz que o sucesso da ação superou todas as expectativas

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ABP, Andy Awards, El Ojo, Renato Castelo Branco e New York Festival, dentrevários outros do Brasil e do mundo. E teve seu exemplo seguido por outros clu-bes.

Outro rubro-negro, o Sport Recife, também se destacou na esfera dascausas sociais com a campanha 'Sport até depois de morrer', desenvolvidapela Ogilvy & Mather. O gancho foi ainda mais longe: mostrar que oamor pelo time pode seguir vivo até depois da morte, incentivandoos sócios e torcedores do clube a se declararem doadores deórgãos.

Para tal, o Sport distribuiu carteirinhas de doa-dor personalizadas produzidas pelo time, que já foi solicitadapor mais de 51 mil pessoas. E, assim como no caso do rubro-negro baiano, as estatísticas foram impressionantes: desde o iní-cio da ação, a Central de Transplantes do Estado de Pernambuco jácontabilizou um aumento de 54% no número de transplantes doestado.

Percebendo o quanto o amor pelo escudo é eficien-te como quase nenhum igual na hora de mobilizar a população emprol das causas solidárias, é o Ministério da Saúde quem chega agoracom uma campanha de alcance nacional para levar a iniciativa a todosos clubes do país. É a parceria Torcedor Sangue Bom, que tem o ambi-cioso objetivo de angariar um milhão de doações de sangue.

“A doação de sangue é maior ato de solidariedadehumana, é repartir com o outro o símbolo máximo da vida. Semdistinguir raça, idade ou o próprio time de futebol”, convoca oMinistro da Saúde, Alexandre Padilha. A ação ocorre justamentepara prevenir o que motivou o hemocentro da Bahia a lançar apioneira Meu sangue é rubro negro, há um ano atrás: a baixa quecostuma ocorrer sempre no período das férias, no mês de julho.Também há uma preocupação adicional em atender à popula-ção turística que virá ao Brasil para assistir aos jogos da Copa dasConfederações.

Desde o lançamento da campanha, mais de trintaclubes já aderiram à parceria com o Governo Federal. Dentre eles,estão Santos (SP) Corinthians (SP), Flamengo (RJ), Vasco (RJ), Fluminense(RJ), Palmeiras (SP), Internacional (RS), Grêmio (RS), Paysandu (PA), Avaí(SC), Ponte Preta (SP), Portuguesa (SP), Coritiba (PR), Paraná (PR), SantaCruz (PE), Sport (PE), Botafogo (RJ) e Ceará (CE).

Time do Vitória da Bahia na época da campanha ‘Meusangue é rubro negro’: para o vermelho voltar, a torcidaprecisou doar sangue

A campanha do Sport Recife já distribuiu 51 mil carteirasde doador e também teve repercussão internacional

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Para doar sangue é necessárioapresentar documento com foto, válido em todoterritório nacional; ter peso acima de 50 kg eidade entre 18 e 67 anos (jovens de 16 e 17 anostambém podem caso consentidos formalmentepelo responsável legal). Recomenda-se jamaisfazer a doação em jejum, garantir um repousomínimo de seis horas na noite anterior, nãoingerir bebidas alcoólicas nas 12 horasanteriores, não fumar pelo menos duas horasantes e evitar alimentos gordurosos nas trêshoras antecedentes. Quem teve diagnósticode hepatite após os 11 anos de idade,mulheres grávidas ou amamentando epessoas que estão expostas a doençastransmissíveis pelo sangue não podem doar.

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No planejamento de marketing digital, sabe-se que énecessário selecionar as redes sociais ideais, as ferramentasadequadas, identificar as oportunidades, desenvolver o con-teúdo atrativo, entre outros fatores importantes para odesenvolvimento do trabalho. Mas, muitos especialistas con-sideram que este processo vai muito mais além. Afinal, pode-mos perder algum detalhe importante enquanto monitora-mos e gerenciamos todo o trajeto para manter a imagem damarca e da empresa em evidência na web. E, por isto, umaforma de exercitar o Social Media Marketing tem sido empre-gada por diversos especialistas: o Business Intelligence, ou BI,que em português claro pode ser traduzido como Inteligênciade negócios.

O conceito foi desenvolvido na década de 80, referin-do-se à prática de coletar dados e organizar, para servirem deinsumo para análises que as tornarão informações úteis e pos-sibilitem uma melhor sustentação para a tomada de decisões.“As empresas estavam começando a perceber uma nova situ-ação, que hoje é um dos nossos maiores problemas: o excessode dados. A partir deste momento a inteligência empresarialtornou-se uma vantagem competitiva para todos os setoresdo mercado. O desenvolvimento e popularização da compu-tação e internet ajudou a potencializar esse cenário de inunda-ção de dados, principalmente depois do surgimento das mídi-as sociais. Se antes o conteúdo era criado por empresas, agoraa maior parte é criada por usuários que tem vontade de com-partilhar suas experiências e opiniões com outras pessoas.Isso fez com que haja milhões de tweets no Twitter, curtidasno Facebook e pins no Pinterest, que precisam ser lapidadospara a aplicação do business intelligence”, diz o João GabrielFonseca, diretor de marketing da SEO Master (RJ).

Fato que tem sido ponderado atualmente é que estetermo criado nos anos 80 pela empresa de consultoria Gart-ner Group consiste hoje num método de aprofundamento dotrabalho em marketing digital. “Tudo o que pode ser medido,pode ser melhorado. O big data (grandes quantidades dedados não minerados) é a expressão que tem movido muitasempresas nesse último ano de 2012, com o desenvolvimentode uma enorme quantidade de ferramentas de mineração ede análise, que fazem com que o BI esteja cada vez mais emvoga. A prática mais comum dessa é a observação do senti-mento, usada para se desenhar e implementar melhoresestratégias de marketing e de atendimento ao consumidor. O

primeiro passo para uma iniciativa desse tipo é determinar obenefício final desses dados que serão analisados. Metascomuns são: aumentar canais de receita, reduzir o custo deatendimento ao consumidor, reduzir o custo de aquisição decliente, entre outros. Após a escolha das metas, são escolhi-dos KPI (key perfomance indicadors), ou indicadores chavesde performance, para que se possa avaliar objetivamente osdados. Por exemplo, o engajamento pode ser medido atravésde números de seguidores no Twitter e o número de retuítese menções feitas sobre a empresa”, comenta a especialistaLudmilla Veloso, consultora independente de marketing digi-tal (PE).

Este sistema tecnológico contribui para a transforma-ção desses dados guardados como ouro para qualquerempresa, afinal, eles valem muito e ajudam na tomada de deci-sões que fortalecem as ações na rede. Contudo, ainda não é

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QUANDO OS DADOSFAZEM A DIFERENÇA

João Gabriel, Fonseca, diretor demarketing da SEO Master (RJ)

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possível mensurar o valor dessas informações, uma vez queelas têm caráter mais qualitativo. “Business Inteligence é fun-damental não apenas em Social Media Marketing, mas emtudo dentro de uma organização. A maioria das empresaspensa em ter um grande número de fans no Facebook, ou umgrande número de seguidores no Twitter. Mas isso é bom?Depende. O que precisamos ver crescendo é o engajamentodos fans/seguidores. Não adianta termos um milhão de fans,mas vermos a métrica 'Falando Sobre', do Facebook, compoucas pessoas. É preferível ter menos fans, mas fans engaja-dos, que Curtem, Compartilha, Comentam. Mas, como con-seguir isso? Com Business Inteligence. É fundamental umentendimento profundo do perfil dos Real Fans do seu produ-to/marca. Só assim, poderemos iniciar um diálogo de mãodupla, com conteúdo que de fato é relevante para os fans.Neste caso, é necessário fazer uma micro-segmentação (ouMicro Targeting) para definir de forma clara o estereótipo decada tipo de fan e alinhar a comunicação. O que a maioria dasempresas faz é um diálogo de mão única e de forma generali-zada”, pontua o consultor Pedro Lacaz Amaral (RJ).

O uso do BI nas redes sociais é a forma mais simplesde analisar comportamentos e extrair uma real “sensação” e“desejo” do cliente sobre um produto. Afinal de contas, cor-responde a uma mídia espontânea que envolve ferramentas

extremamente simples e eficientes, e que lança mão da per-cepção de palavras chaves para identificar as impressões dosusuários com a marca. E, com isto, influenciam no desenvolvi-mento de ações que tenham um forte apelo emocional, maisimpacto junto às pessoas e, proporcionalmente, gerem maisretorno. “Hoje, parte das estratégias do varejo são tratadaspelo comportamento observado em redes sociais, e no mer-cado brasileiro, isso é ainda mais forte, tendo em vista que oBrasil é o 7º maior mercado de internet no mundo, segundonúmeros de usuários no Facebook e Twitter. 97% dos usuári-os brasileiros conectados na internet estão nas redes sociais,juntasse a isso o fato que 79% das compras realizadas na Amé-rica latina são influenciadas por recomendações das redessociais (Oh! Panel, 2012). Então é possível ter ideia da impor-tância do BI no mercado nacional. O BI no Brasil quando setrata de redes sociais está fortemente ligado à análise de com-portamento e perfil do potencial cliente, isto é, quando se faznecessário o lançamento de um novo produto ou a escolha dopúblico alvo, é fundamental, rápido e mais barato olhar nasredes sociais para se ter um raio-x do atual”, ressalta DanielPereira, diretor-executivo da GVP IT Solutions.

NO OLHO DO FURACÃO – A popularização das ferra-mentas para gestão de mídias sociais não só consolida a leiturados dados como também facilita a avaliação, interpretação etomada de decisão. E o posicionamento a partir disto e o pro-cesso integrado ao planejamento estratégico desenvolvidocom ele possibilitam o maior engajamento, uma vez que seestabeleça uma estratégia efetiva e adequada. “A estratégia deatuação depende do contexto. As fontes de informações de BIem Social Media são, normalmente, ferramentas que monito-ram as publicações relacionadas à marca ou ao setor de atua-ção da empresa. É comum também o uso de ferramentas deacompanhamento do desempenho dos canais proprietáriosda marca, como Facebook Insights, que oferece uma visão dotráfego da fanpage, perfil demográfico do público, engajamen-to, etc. Outras ferramentas de SAC 2.0 e CRM 2.0, sistemasque integram as redes sociais a dados de outros canais de rela-cionamento das empresas, também são valiosas fontes deinformação. Há ainda uma série de técnicas de coleta e méto-dos de análise que proporcionam uma visão mais aprofundadada relação da marca com seu público, como o Social NetworkAnalysis, análise que busca interpretar as relações entre osusuários de uma mesma rede ou grupos que não necessaria-mente se encontram, mas que possuem algum laço emcomum – em algum grau; Complex Network, análise dasRedes Complexas para a identificação de hubs e previsão decrises; e Estudo Netnográfico, dentre diversas outras”, pon-tua Paulo Schiavon, diretor de planejamento e mídia da Agên-cia Enken (SP).

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Daniel Pereira, diretor-executivo da GVP IT Solutions

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Por isto, para muitos especialistas o Businsse Inteli-gence, inclusive, é muito mais que a extração e análise dedados, pois a aplicação adequada deste novo conceito de tra-balho se torna rico quando se realiza o cruzamento de váriasoutras fontes de dados. Quando se reúne dados de mercado eda marca, por exemplo, o estudo fica completo e, sendoassim, proporciona um arsenal bem amplo para quem está àfrente do planejamento de marketing digital. E, desta forma, oplano irá ser dotado de uma comunicação definida, especifica-mente, para gerar os devidos impactos e engajamentos dopúblico. “O processo de BI inicia na construção da página e dapersona (identidade adquirida nas mídias sociais), dando-lhecaracterísticas que sejam compatíveis com os valores damarca e o comportamento de seu público alvo. Um bomexemplo é o case do PetLove, onde o mercado consumidor éapaixonado por seus pets, sendo a maioria do sexo feminino.Assim, trouxemos para a persona o mascote da marca, umcachorro da raça labrador, que teve seu nome escolhido pelosseguidores da página. Com traços de redação sempre volta-dos para afetividade entre os pets e seus donos, conseguimosum engajamento constante, atingindo quase meio milhão deseguidores (até o fechamento desta entrevista o número che-gada a 446.000) em seis meses de trabalho. O resultado dissofoi chegar a 4ª colocação no ranking de páginas com maiorengajamento no Brasil, segundo o Social Bakers (companhia

global de mídia social e análises digitais)”, exem-plifica Tiago Luz, Co-Founder da Infracommer-ce, empresa de solução full service para e-commerce no Brasil (SP).

O grande diferencial é naturalmente ter umbom planejamento estratégico, para aumentaro alcance e se atingir resultados. Assim, énecessário ter em mente que campanhas maisimpactantes e com maior apelo emocionalgeram retorno a curto prazo, na maioria doscasos, enquanto aquelas com conteúdos maisrelevantes geram retorno a médio e longo pra-zo. “O social business pode ser trabalhado dediversas formas. O ideal é estar sempre atentoao comportamento do consumidor nas redessociais, pois é este comportamento que, bemanalisado, vai gerar insights para novas campa-nhas, produtos e serviços, ou apenas melhoriasnas que já existem. A Coca-Cola é um exemplodisso. A campanha do 'Quanto mais melhor' éum exemplo claro de business inteligence. Atra-vés de pesquisas e bancos de dados, eles cria-ram latas com nomes de pessoas e lugares quenão são apenas os populares e usaram de formainteligente para criar, não uma, mas diversascampanhas”, diz Ney Lins da Psiu Comunicação

(PE).Contudo, não adianta pensar o planejamento sem

prever o retorno. Diferente da comunicação de massa, nasredes sociais tudo está atrelado ao objetivo que se desejaalcançar e, desta forma, não se pode apostar no “achismo”,pois as decisões tanto simples quanto as mais complexasrequerem uma análise de dados para reduzir dados e obterengajamento e resultados assertivos. “O BI ajuda a transfor-mar os dados colhidos nas redes sociais em conhecimentopara decisões de negócios inteligentes. Uma decisão baseadaem uma boa análise dos cenários possui menos riscos e maisoportunidade de ser assertiva. Hoje se fala muito disso devidoà quantidade de informações que estamos sendo impactadose que precisam se tornar dados inteligentes para terem valida-de. Muita informação sem uma boa análise pode tornar o pro-cesso ainda mais confuso. E a forma ideal para trabalhá-losdepende do foco da empresa. Um SAC/CRM Social bemestruturado pode reduzir custos. Identificar hábitos de consu-mo sobre o seu produto pode trazer oportunidade de negóci-os que podem render lucros. Decisões podem ter melhorsuportes a partir de análise da imagem da marca. O que se dizna rede social é o que as pessoas pensam”, frisa Rosário Mace-do, diretora de operações da Le Fil (PE).

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Paulo Schiavon, diretor de planejamento e mídia da Agência Enken (SP)

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A fantástica aventura de ser mãe é semdúvidas uma das maiores maravilhas da nature-za. Ate aí, nenhuma novidade. Pode-se ser mãebiológica, mãe que cria, pai que faz papel demãe, mãe sozinha... sempre mãe. O grandedesafio é conciliar a sensualidade com o novopapel que surgiu e que toma tempo, demandapreocupação, cuidado, divisão do amor antesexclusivo da pessoa que era única nas aten-ções. Cada vez mais a mulher mãe descobreque é possível e nada difícil conciliar os doispapeis sem nenhuma culpa, nada de angustias ezero de ansieade. A sensualidade aflora e amelhor maneira de se conseguir estar com aestima elevada é cuidar da mente, pensar que amaternidade é maravilhosa mas que a vida damulher deve seguir seu rumo crescendo juntoa nova vida que surgiu. Deve-se cultivar o ladoapenas mulher e o lado apenas mãe sem terque unir os dois papeis fundidos em um só. Apessoa companheira agradecerá enormemen-te em não ser delegada ao segundo plano, e simestar no mesmo patamar que a família inteira.Seja mãe, seja mulher, seja imprescindível paraquem te quer bem e viva uma vida plena, namaternidade e na sua sensualidade.

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DIAS DE INFERNO NA SÍRIA, de Klester Cavalcnti, 296páginas, Editora Benvirá – por Joelli Azevedo.Escolher ser jornalista é não querer parar em lugar nenhum.Ser dinâmico e poder escrever sobre tudo. Está é a realidadedo jornalista Klester Cavalcanti. Quando era correspondenteda revista Veja foi para a Amazônia denunciar o desmatamen-to ilegal e trabalho escravo da região, mas ele sempre tevevontade de cobrir uma guerra, de saber como era a cidade ecomo os cidadãos viviam em um país em conflito. O desejo dojornalista foi realizado em 2011 quando ele foi registrar a guer-ra civil na Síria. Klester driblou a embaixada do território paraentrar no país pela fronteira do Líbano. Entretanto, o que obrasileiro não esperava é que fosse preso, torturado e passa-do pelos piores dias da vida dele.

EU RECOMENDO

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A HORA DAS BRUXAS, de Anne Rice, 490 páginas, editoraRocco – por Marina Barbosa.A literatura fantástica sempre me encantou. Por isso, bruxos,vampiros e fantasmas sempre me acompanharam através doslivros que carrego na bolsa. Um deles me apresentou aomundo da magia. “A Hora das Bruxas”, de Anne Rice, foi oresponsável por essa façanha. Em dois volumes, a obra conta ahistória das bruxas Mayfair, família que carrega poderes natu-rais por séculos. Sua trajetória é revelada por meio do trabalhode Rowan, pesquisadora do grupo de poderes sobrenaturaisTalamasca. Durante a investigação, no entanto, Rowan acabadescobrindo que é a herdeira do clã Mayfair nos anos 80.

SOCIEDADE DA GRÃ-ORDEM KAVERNISTA APRESENTASESSÃO DAS DEZ (1971). Intérprete: Raul Seixas, Sérgio Sampaio, EdyStar e Miriam Batucada. Gravadora CBS. Produtor: Raul Seixas Duração:29:35 Relançado em 2010, em CD, pela Sony Music - por Matheus Tor-reão.Não sei se tenho um álbum favorito, mas um dos que definitivamentechega mais perto disso é essa obra de1971. Fruto da parceria dessequarteto fantástico é o Sgt. Peppers de Dom Raulzito. Traz um híbridode brasilidade com a onda da psicodelia britânica que estava pegandonaqueles tempos, mas sem aquela baboseira intelectualóide que veio decarona na Tropicália. O disco é uma grande tiração de onda, um álbum-ópera aloprado sobre sair do nordeste ou do interior na esperança deemplacar a carreira artística no Rio de Janeiro, alfinetando em especialos hippies e a sociedade carioca da época. Acredito que qualquer músi-co daqui que já tenha vivido suas aventuras por lá vá se identificar.

VOCÊ É O QUE VOCÊ COMPARTILHA, de Gil Giardelli,168 Páginas, Editora Gente (2012) – por Ivelise Buarque.Eu recomendo o livro “Você é o que você compartilha”, escri-to pelo professor nos cursos de Pós-Graduação da ESPM(Escola Superior de Propaganda e Marketing), Gil Giardelli, epublicado pela Editora Gente. Especialista no Mundo.com ecom 13 anos de experiência na era digital, o autor apresentanesta publicação como o universo corporativo está se mol-dando nesta fase da comunicação compartilhada e medidapelas redes. Apesar de interpretar este momento como ainfância desta nova mídia colaborativa, ele nos mostra queengajar e repercutir nossas marcas, estamos tendo a oportu-nidade de proliferar uma nova humanidade, que ele chama de5.0.

No intuito de interagir mais com o mercado de comunicação, a REVISTA PRONEWSapresenta a partir desta edição sugestões de livros, filmes e CDs indicados pelos leitores. Nestenúmero, a nossa redação dá as caras e sugere algumas dicas. Você também pode participar. Envieuma sugestão com texto e foto sua junto à obra para o nosso email: [email protected]

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