revista da papelaria 158

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A 24 a edição da Office PaperBrasil Escolar mostra que a feira é a síntese do setor ano XVII – outubro de 2010 – nº 158 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br Papelaria REVISTA DA Tudo para papelaria

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Outubro de 2010. Especializada no mercado de papelaria.

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A 24a edição da Offi ce PaperBrasil Escolar mostra que a feira é a síntese do setor

ano XVII – outubro de 2010 – nº 158 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – w w w.revistadapapelaria.com.br

PapelariaREVISTA DA

Tudo para papelaria

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Nesta Edição6

outubro de 2010

E maisEDITORIAL 10

ENTREVISTA 18Eduardo Strachman Bacal

CIRCULANDO 22

CONJUNTURA 112Alfonso dos Santos Theiss

ONDE ENCONTRAR 114

ARTIGO 118Soeli de Oliveira

26Cobertura completa da feira de negócios promovida pela Francal, que aconteceu de 30 de agosto a 2 de setembro no Anhembi Parque, em São Paulo.

Office PaperBrasil Escolar 2010

Internacional

34Prêmio Brasil Excelência em Papelaria

46Reciclagem Empresarial

52Licenciamento

58Incentivo Fiscal

62Normatização

70Opinião dos Visitantes

74Representante Comercial

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86Lançamentos

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10Editorial

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Como eu adoro participar desta feira! Como é revigorante encontrar, frente a frente, pessoas com tantas questões e opiniões sobre o mesmo as-sunto. Como é contagiante a vontade dos varejistas em acertar, em se superar na escolha dos melhores produtos e na conquista das melhores condições. E o desejo dos fornecedores de verem suas criações aceitas e difundidas por todo o mercado? Nem se fala! A participação na feira Office PaperBrasil Escolar é sempre um momento de frescor e renovação para mim. É sempre assim, ano após ano, a feira, que hoje é a segunda maior do mundo em número de expositores e visitantes, é pura inspiração. Novas seções para a revista, temas para reportagens e abordagens diferenciadas são o mínimo que esta feira me oferece. Ela mantém vivo o meu senso de responsabilidade sobre o mercado que escolhi me dedicar. Porque lá o objetivo do meu trabalho ganha forma. Ele passa a ter estatura, brilho nos olhos e sotaque no falar. O objetivo do meu trabalho passa a ter nome, sobrenome e endereço. No estande da REVISTA DA PAPELARIA, recebi tantos leitores e de regiões tão diferentes do país... Cada um tinha um comentário, uma sugestão, um elogio, um ponto de vista diferente sobre algum assunto que publicamos. Os leitores são o meu objetivo, tenho em mente as necessidades deles na gestão de suas empresas para fazer uma revista que mereça o tempo que eles dedicam para folheá-la e ler. Tenho a res-ponsabilidade de fazer uma publicação tão especializada que até seus anúncios são alvo de atenção.

Com esse espírito e com o fôlego renovado, esta edição foi desenvolvida. As repórteres Luciana D’Aulizio e Renata Medeiros e a estagiária Carolina Berguer – todas estreantes na cobertura do evento – foram pautadas para registrar nesta revista os fatos mais relevantes e as tendências mais vigorosas para o atual momento do setor de papelaria. Foi assim que montamos a co-bertura da 24a Office PaperBrasil Escolar que chega agora as suas mãos. A visão dos organizadores, a opinião dos visitantes, o resultado do Prêmio Brasil de Excelência em Papelaria, a força do licenciamento, o papel dos representantes comerciais no mercado de papelaria, a programação de palestras para reci-clagem empresarial, a prorrogação de ICMS para negócios feitos na feira, a intenção do Inmetro em normatizar os produtos do setor, muitos lançamentos

e até uma entrevista com um varejista que só deixou de ir uma vez a feira porque estava operado, está tudo aqui reunido para você. Como sempre, espero que você tenha uma boa leitura e seja contagiado com o poder dos negócios que uma feira profissional, como esta, pode propiciar! &

Rosangela Feitosa - [email protected] www.revistadapapelaria.com.br

PUBLICAÇÃO MENSAL

ASSOCIADA A

Um encontroANO XVII OUTUBRO/2010 Nº 158ISSN 15162354

DIREÇÃO GERALJorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de [email protected]

JORNALISMOEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Luciana D’Aulizio e Renata MedeirosEstagiária: Carolina BergerRevisão: Rita de Cassia CarelliFotografia: Lula Aparicio e Marcelo [email protected]

ARTEDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque

ATENDIMENTO AO LEITORLuanna [email protected]

ADMINISTRAÇÃOCaroline [email protected]

CONSELHO EDITORIAL• Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR)[email protected]

PUBLICIDADEDireção comercial: Jorge [email protected]

ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULOEricson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322

SEDEAv. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel./fax: (21) 2431-2112

DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadis-tas, distribuidores, representações e indústrias do se-tor e departamento de compras de corporações.

contagiante

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Canal Direto14

outubro de 2010

Carga tributária I“Uma das coisas que desta-

co na REVISTA DA PAPELARIA é o editorial da Rosangela Feitosa, sempre muito coerente e sensata nas suas afirmações. Na edição de setembro, a reportagem da Renata Medeiros conseguiu demonstrar o quanto pesa para o brasileiro a carga tributária em produtos escolares. São conhecidas as tentativas do Simpa e o projeto do depu-tado José Agripino no ano de 2007, mas, como bem diz a reportagem, nada temos e nada teremos de concreto neste ano de 2010, quiçá, 2011. Com os altos impostos dos produtos e a distribuição dos kits escolares pelo governo, as papelarias en-frentam adversidades, e muitas delas não sobrevivem, razão pela qual acredito ser bastante oportuna a reportagem sobre a Papelaria Brito. O Sr. Hélio Brito tem razão em dizer que a solução para as papelarias é ter profissionalismo em virtude do dinamismo do mercado.”

Envie sua dúvida, sugestão ou crítica para a Revista da Papelaria pelo e-mail [email protected] ou ligue (21) 2431-2112. Dúvidas sobre produtos ou serviços de fornecedores serão encaminhadas, e suas respostas publicadas na edição seguinte. Use este espaço. Ele é o nosso canal direto com os leitores, como você. Lembre-se, também, de conferir as últimas notícias do mercado de papelaria no site www.revistadapapelaria.com.br.

SOBRE A EDIÇÃO DE SETEMBRO, CORRIGINDO... Na seção Em Questão, o destaque do texto entre as aspas na página 32 foi extraída do depoimento de Victor Oliveira Santos, gerente admi-

nistrativo da Papelaria e Livraria Paper Art (Sobradinho/DF). Na matéria “Os impostos não dão trégua”, veiculada em setembro, a foto estampada na

página 58 é de Maria de Fátima Alves Ferreira – coordenadora da Coordenadoria de Entidades Descentralizadas e de Contratações Eletrônicas (CEDC) e responsável pela Bolsa Eletrônica de Compras (BEC).

O nome da fonte que falou sobre a licença Paul Frank é Renata Viana, proprietária da Smart, agência que cuida da imagem do estiloso macaquinho. Também trocamos o nome de uma das empresas: não é Playz, mas sim Zplay.

Na página 118, na seção Lançamentos, falamos sobre o álbum da Linha Básica da Teca (foto), mas publicamos a imagem das agendas 2011, outra novidade da empresa para o próximo volta às aulas.

Ulysses G. Stancati, gerente de produtos da Carbrink Indús-tria e Comércio Ltda.

Carga tributária II“Gostei muito da matéria

de capa sobre impostos. A carga tributária não deveria ser tão alta em material de papelaria, já que é o tipo de produto que todo mun-do usa, não são supérfluos como tantos outros. Além disso, acho interessantes as matérias que mostram ações de outros pape-leiros. Já melhorei a organização da minha loja com dicas que encontrei na revista.” Fabiane Amorim, proprietária da Pape-laria Visa (Cascavel/PR)

Perfil do varejo“Achei a REVISTA DA PAPELA-

RIA muito interessante. É uma ótima forma de conhecermos os últimos lançamentos. Gosto muito do Perfil do Varejo, pois podemos colocar em prática algu-mas atitudes de outros lojistas.” Ester Pereira, proprietária da Contact Papelaria (Coronel Sapucaia, MS)

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EntrevistaEduardo Strachman Bacal – PROPRIETÁRIO DA PAPELARIA BACAL

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outubro de 2010

Uma feira, Ela ainda era chamada de Escolar –

Feira Nacional de Produtos Escolares

e realizada no pavilhão de

exposições do Parque Ibirapuera,

em São Paulo, quando Eduardo

Strachman Bacal a visitou pela

primeira vez. Proprietário da

Papelaria Bacal (São Paulo/SP),

ele esteve presente em 23 das 24

edições da hoje Offi ce PaperBrasil

Escolar, inclusive na primeira, em

1987, e só deixou de comparecer

em 2007, por motivos de saúde.

Ainda assim enviou a esposa e

sócia, Sheila Bacal, para inteirar-

se das novidades. Numa edição

especial de cobertura do maior

evento de negócios de papelaria

das Américas e diante de tanta

dedicação, o empresário Eduardo

Bacal é o entrevistado ideal para

entendermos qual o papel e a

importância de uma feira setorial

para quem a visita. POR RENATA MEDEIROS

O que levou você a participar da primeira edição da Office Paper Brasil Escolar, antiga Escolar, em 1987?Eduardo Bacal: Em 1988, minha esposa e eu assumimos a Pa-pelaria Barão que, desde 1933, pertencia ao meu tio, Januário Fuoco. Ele e a sócia decidiram sair do ramo, e eu acabei as-sumindo o negócio. No ano anterior, comecei a trabalhar com meu tio para conhecer o mercado e assim tomei a inicia-tiva de visitar a feira. Naquela época, a Papelaria Barão era localizada embaixo do Edifício Itália, um dos mais famosos de São Paulo. Em 1994, tivemos que sair do local e adotamos um novo nome, Papelaria Ba-cal, apesar de continuarmos na mesma avenida, a São Luís, no bairro República.

Quais são as lembranças que você tem daquele evento?Eduardo Bacal: Os estandes eram muito simples, e seus participan-tes não tinham a mesma destreza que o pessoal de hoje. Os forne-cedores eram poucos, havendo espaço somente para os líderes do mercado. As novidades eram mínimas, sendo que a maioria dos produtos expostos já havia sido mostrada ao varejo antes da feira por meio da visita de forne-cedores. Naquele ano, todos nós, papeleiros e expositores, éramos principiantes.

Pode-se então dizer que aquela foi uma feira bem diferente se comparada à Office Paper Brasil Escolar 2010?Eduardo Bacal: Coitada daquela primeira edição (risos). Não há como comparar. Naquele perí-odo, víamos alguns cadernos com colorido diferente na capa e achávamos que aquilo era algo inovador. Agora eles possuem designs fabulosos. As novidades hoje são lançadas em velocidade cada vez maior. Lembro que a participação de pessoas vindas de outros países também foi mínima, e não havia opção de produtos voltados para a infor-mática, algo muito diferente da nossa atualidade. Aquela primeira edição foi somente uma maneira de mostrar que o setor existia.

A participação em 1987 estimu-lou seu ingresso no ramo?Eduardo Bacal: Sim, e isso porque enxerguei ali um mercado bastan-te promissor. Os grandes grupos de papelaria ainda não existiam, e os artigos vendidos em tal estabe-lecimento não eram encontrados em outros locais, como em super-mercados, por exemplo. Isso fazia com que nós, donos de grandes, médias ou pequenas papelarias, fôssemos os únicos fornecedores desses produtos.

Em quantas edições da feira você esteve presente?Eduardo Bacal: Não foi possível comparecer apenas em 2007, quando fui submetido a uma cirurgia nos rins. De qualquer maneira, minha esposa, Sheila Bacal, não deixou de participar. Além disso, logo após o even-to, fui orientado por amigos que estiveram na feira sobre

uma história

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Foi na Escolar que aprendi a garantir novidades para meu consumidor, a conviver com colegas de profi ssão e a colaborar para o desenvolvimento do setor. o fabricante está atento à necessi-dade do consumidor final. Além disso, ele busca opiniões junto ao papeleiro, pois é ele quem possui contato direto com o público. A feira contribuiu para que os fornecedores passassem a investir em novidades, sendo elas as responsáveis pelo aumento das vendas. É nela que tenho a oportunidade de rever fabri-cantes e fornecedores e ficar por dentro de tudo o que é lançado no mercado.

O evento pode ser considerado um ambiente propício para o fe-chamento de acordos e vendas?Eduardo Bacal: Sim, principal-mente porque, na maioria das vezes, os preços e prazos para o papeleiro que fecha negócios no evento são diferenciados. É dessa maneira que o expositor cria ma-neiras para ampliar suas vendas. Este ano, a empresa Paraíso das Ideias, fabricante e distribuidora de cartões, se tornou um dos meus fornecedores após contato durante a feira, por exemplo.

O que as 24 edições do evento sig-nificaram para o setor papeleiro no Brasil?Eduardo Bacal: A feira valorizou o ramo. Antes dela, o papeleiro não tinha conhecimento sobre a existência de algumas empresas, e foi ali que ele aprendeu a fazer negócios também com os pe-quenos fabricantes. Além disso, por meio da Escolar, os varejistas tomaram conhecimento de que existia um sindicato, o Simpa, para proteger e incentivar o setor. O papeleiro percebeu que

lançamentos e novidades. Ali, não enxergamos os outros pa-peleiros como concorrentes, mas como parceiros com quem sempre podemos contar. Tenho laços de amizade e negócios com o Brasil inteiro. Trabalho com produtos do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, e tudo isso graças à feira. Antes o mercado era voltado para São Paulo, para as necessidades desse público, mas hoje ele é global. Foi na Escolar que aprendi a garantir novidades para meu consumi-dor, a conviver com colegas de profissão e a colaborar para o desenvolvimento do setor.

A feira o ajudou na ampliação de seus negócios? Eduardo Bacal: Ela ajudou não só a mim, mas a todo o setor que, com ela, cresceu e se diversifi-cou. Antigamente, o fornecedor tinha um só tipo de produto, e o papeleiro era “obrigado” a adquiri-lo, pois não havia outras opções. Hoje, isso é diferente. Pe-guemos o exemplo da caderneta. Há alguns anos, aquela com a capa preta era a única existente, mas agora há vários estilos e modelos diferentes. Isso porque

existia um grupo de pessoas com os mesmos problemas e interes-ses que ele. Ela, enfim, abriu a cabeça desse profissional para uma série de questões que ele desconhecia. Ao ceder espaço a empresas menores, a feira ainda mostrou às grandes que elas não são intocáveis. A Office Paper Brasil Escolar vem ganhando cada vez mais visibilidade, e a visita do dono da multinacional Kores, Peter Koreska, à feira este ano é uma das provas disso. Outro ponto que merece destaque é a presença de políticos ao evento. Neste ano, alguns deles mos-traram-se impressionados, pois não imaginavam que esse fosse um segmento tão forte. Contar com o auxílio das autoridades também é importante para o fortalecimento do setor.

Qual é a avaliação que você faz da Office PaperBrasil Escolar 2010?Eduardo Bacal: O saldo foi satis-fatório, uma vez que muitos vare-jistas de São Paulo, assim como de outros estados, estiveram pre-sentes. Na minha opinião, a troca de horário foi benéfica, pois pude programar melhor o período em que estaria na feira. Acredito que a mudança também foi vista com bons olhos por aqueles que não são de São Paulo. Quando o evento começava às 13h, os papeleiros acabavam ficando à toa no hotel, mas este ano, com a abertura dos portões às 10h, eles puderam aproveitar a manhã para transitarem pelo estandes. Já o término, marcado para 19h, deveria ser estendido, pois assim teríamos três períodos diferen-

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EntrevistaEduardo Strachman Bacal – PROPRIETÁRIO DA PAPELARIA BACAL

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Viagem no tempo

tes para visitação. Como ponto negativo, destaco a ausência das grandes fabricantes brasileiras de papel. Elas alegaram que não participariam por se sentirem seguras em relação às suas vendas, mas, ao não se fazerem presentes, elas abrem espaço para que ou-tros o façam. Essas empresas se acham no comando do mercado, mas se enganam, porque há papel coreano e de outros países do Mercosul chegando. A qualidade do produto produzido nessas ou-tras nações vem crescendo e isso pode passar a incomodar.

Você pretende continuar a parti-cipar da Office Paper Brasil Esco-lar? Por quê?Eduardo Bacal: Não tenho dú-vidas disso. Tenho obrigação moral como membro do Simpa e também tenho interesse co-mercial, pois é no evento que conheço produtos que me fazem ganhar dinheiro.

Na sua opinião, há algo que de-veria ser mudado ou melhorado na feira?Eduardo Bacal: Ela é excelente, e aproveito para destacar aqui a força do presidente do Simpa, Antônio Martins Nogueira, da Associação Brasileira da In-dústria Gráfica (Abigraf) e da Francal Feiras, organizadora do evento, que fazem de tudo pela Office Paper Brasil Escolar e pelo crescimento do setor. Acho somente que o evento deveria ser também aberto ao público em geral, talvez durante um fim de semana. Essa seria uma maneira de avivar o mercado. Se o consumidor vai até a feira, ele fica por dentro das novida-des, procurando mais tarde na minha loja por aquele produto visto em algum estande. Se não tenho aquele artigo, vou correr atrás para satisfazer o cliente. Esse procedimento poderia alavancar as vendas.

O que você diria para o lojista que ainda não participou de nenhu-ma das edições?Eduardo Bacal: Esse profissional menospreza o setor em que traba-lha, assim como o seu potencial de venda. A papelaria presta um serviço ao público, e, por isso, o papeleiro tem a obrigação de oferecer ao consumidor a maior gama de produtos possíveis. Além disso, ele não pode ficar alheio. É preciso acompanhar as novas tendências e o mercado.

No próximo ano, a feira chega à sua 25ª edição. Nessa data marcante, o que você almeja en-contrar no evento? Quais são suas expectativas para a Office Paper Brasil Escolar 2011?Eduardo Bacal: Espero que não haja boicote de nenhum ramo do setor e que haja um número maior tanto de papeleiros quan-to de fornecedores participando. Quero também muita novidade em relação aos produtos, e seria ótimo se os expositores conse-guissem oferecer preços e prazos ainda melhores. Outro desejo é que a Francal consiga se superar na organização e que convide mais políticos e autoridades para conhecerem o potencial do nosso segmento.

Qual é a avaliação que você faz do setor papeleiro nos últimos anos?Eduardo Bacal: Esse é o merca-do que mais cresce. A indústria automobilística, por exemplo, passou do carro para o carro ultrassofisticado. Já as papelarias sofreram mudanças, deixando de vender produtos que já eram por elas comercializados há 30, 40 anos, para investir também em informática e tecnologia. Hoje, não há nada mais moderno. &

A feira Escolar de 1988 em momentos que estão na memória de empresários como o varejista Eduardo Bacal

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Circulando22

outubro de 2010

Com 27 anos no mercado de contabilidade e 23 em gestão empresarial, Vicente Sevilha Júnior lança, este mês, seu primeiro livro. Assim nasce uma empresa conta três histórias de pessoas que se deparam com a oportuni-dade de abrir seu próprio negócio e as pesquisas que f izeram para tomar essa decisão. Um dos objetivos foi reunir tudo o que aprendeu sobre início, meio e fim de empresas. O outro é ajudar novos empreendedores a irem contra as estatísticas. ”Pesquisas indicam que o nú-mero de empresas que não completam cinco anos de ati-vidade é muito grande. Com o livro, pretendo atingir mais pessoas que querem reali-zar com sucesso aquilo que eles amam”, revela o autor. Com esse fim, a obra aborda temas como: pesquisas e providências prévias, proce-dimentos para a abertura da empresa, tributos, encargos e formas de remuneração dos sócios.Vicente Sevilha / Editora Brasport – 274 páginas

Biblioteca

Ilustração premiada

Reforma virtual

bossi, designer da editora. O resultado do concurso foi revelado no Congresso Anual dos Editores Cristãos, na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A premiação é considerada a mais impor-

tante do segmento cristão do mercado editorial brasi-leiro e é realizada pela Asso-ciação dos Editores Cristãos desde 1991. &

produtos e pelos 40 anos de história da empresa no Brasil, e as novidades de cada marca selecionada são exibidas com o tema de fundo correspondente. Além disso, estão dispo-

níveis endereços e con-tatos de representantes de todas as regiões do Brasil e links para as mais recentes promoções da marca, www.produtonor-ma.com.br. &

Novos importadosA Henkel , multina-

cional alemã fabricante da cola Pritt, entre outras marcas do setor de pape-laria, é a nova responsá-vel pela comercialização e

distribuição no Brasil dos produtos fabricados pela, também alemã, Edding. A Henkel planeja inicial-mente distribuir canetas e marcadores voltados ao

público infantil e adoles-cente, profissional e de artesanato. O anúncio ofi-cial aconteceu no dia 31 de agosto, no Hotel Holiday Inn, em São Paulo. &

Preparados para a brincadeira

tante do segmento cristão

Em fevereiro do ano que vem, a Spielwarenmesse International Toy Fair acontecerá em Nuremberg, na Alemanha. Para aquecer, os planos da importante feira de brinquedos foram divulgados e discutidos no dia 5 de outubro, na Câmara Brasil–Alemanha de São Paulo, em um evento nomeado Spielwarenmesse Dialog. Quem participou teve a oportunidade de trocar informações com representantes da indústria, do comércio e da mídia. &

No mercado de embalagensNos dias 22 e 23 de se-

tembro, a Suzano Papel e Celulose esteve no 14º Congresso Brasileiro de Em-balagem. Promovido pela ABRE – Associação Brasilei-ra de Embalagem, o evento foi realizado no Centro Fecomércio de Eventos, em

São Paulo. A participação da empresa teve como objetivo ampliar as oportunidades de negócios para seu portfó-lio de papel-cartão.

“Viemos ressaltar a com-petitividade de nossos pro-dutos, sempre lembrando que temos certificação pelo

FSC (Forest Stewardship Council), selo que atesta a sustentabilidade do fabri-cante em todas as práticas produtivas industriais e florestais”, explica Adriano Canela, gerente de Estraté-gia e Marketing da Unidade de Papel da Suzano. &

O site da Norma foi completamente reformu-lado para ficar mais atra-ente e informativo aos consumidores. A página na internet oferece um completo “tour” pelos

A obra infantil A Arca Sonora de Noé (foto), da Editora Luz e Vida, rece-beu o Prêmio Areté de Li-teratura 2010, na categoria ilustração infanto-juvenil. O ilustrador foi Lucas Fa-

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Evento de bons negóciosO Projeto Comprador

Educação 2010 foi realiza-do de 09 a 12 de setembro, no Hotel Intercontinen-tal, no Rio de Janeiro. A Positivo Informática foi uma das dez companhias brasileiras presentes no evento que contou com representantes oficiais dos governos da Colômbia e de

Portugal, além de distribui-dores de diversos países. O programa é voltado para as empresas participantes do Projeto Setorial Integrado de Exportação de Software e Serviços Correlatos (PSI SW) que tiveram a oportu-nidade de participar de reu-niões com os compradores convidados. &

Evolução real e onlineA Xerox acaba de lançar seu novo site corporativo na internet (www.xerox.com). As novidades acompanham

a evolução da marca e o conceito Ready for Real Business, plataforma de marketing digital. Os novos designs e layouts são resultados de uma extensa pesquisa que incluiu, entre outras análises, sites de referência, sugestões de clientes e padrões de navegabilidade atuais. A nova página é muito mais envolvente e convida a uma experiência de imersão total com painéis de demonstração que refletem os atributos da marca. &

A internet já vai mui-to além dos sites oficiais. Atenta a isto, a Jandaia, fabricante de cadernos e ar-tigos de papelaria do Grupo Bignardi, passou a utilizar o Twitter para conhecer melhor seus consumidores. Os interessados podem seguir a empresa através do site www.twitter.com/

Marcando presença online

cadernosjandaia (foto) e acompanhar todas as novi-dades. &

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Circulando24

outubro de 2010

A Companhia Melho-ramentos comemorou 120 anos com importantes mu-danças. Uma delas foi vender os ativos de fabricação de pa-pel tissue (papéis higiênicos e toalhas) no ano passado. O objetivo é focar ainda mais nas atividades com maior perspectiva de valorização, como o mercado editorial e o plantio de florestas nas unidades de Camanducaia (MG) e Bragança Paulista (SP). Com essas reestrutu-rações, o lucro da empresa chegou a R$ 111 milhões em 2009. Hoje, a empresa inves-te R$ 9 milhões por ano em reflorestamento.

Um grande aniversárioCom tantos motivos

para celebrar, a comemo-ração foi na 21ª Bienal do Livro de São Paulo, que aconteceu até dia 22 de agosto. Isso porque a em-presa sempre se destacou no mercado editorial pelas obras, autores e avanços aos quais se dedica. Em 1990, lançou o primeiro dicioná-rio eletrônico no Brasil. Em 2009, lançou o primeiro dicionário para leitura em iPhone, iPad e iPod Touch do país. Em 2010, disponibi-lizou para estes suportes as primeiras obras de literatura infantil nacional com livros de Ziraldo. &

A convite da diretoria da empresa, a direção do Simpa (Sindicato do Co-mércio Varejista de Mate-rial de Escritório, Escolar e Papelaria de São Paulo e Região) visitou as instala-ções da Tilibra em Bauru, interior de São Paulo. Os associados foram recebi-dos pelo presidente da em-presa, Rubens Passos, pelo diretor comercial, Wagner Jacob, pelo gerente de ven-das, Guilherme Zaniolo, e pelo analista de vendas, Gustavo Carrijo. “Nessa visita, apresentamos um

plano de vendas sob medi-da para o associado Simpa, que está sempre numa batalha para fortalecer o setor”, revelou Jacob.

Durante dois dias, o grupo visitou todas as instalações da empresa, incluindo o Centro de Dis-tribuição, acompanhou a produção de um caderno e soube dos novos investi-mentos da companhia. Os anfitriões ainda ofereceram uma surpresa aos visitan-tes: uma promoção com descontos especiais para os associados ao Simpa. &

Fazendo uma visita

Preocupada com o aumento da venda de produtos falsificados no mercado, a Lexmark Brasil tem dedicado grande es-forço ao combate à pirataria, trabalhando em conjunto com os órgãos da segurança pública para desenvolver as investigações necessárias em casos de suspeitas. O mo-nitoramento acontece através do serviço LexProtect, criado pela empresa há seis anos. O canal funciona pelo telefone 0800-7025352 para esclarecer dúvidas e receber denúncias sobre falsificação.

Esta iniciativa tem resultado em apre-ensões de produtos e o desmantelamento de quadrilhas. Uma das maiores operações foi encerrada em agosto, no sul do país, culminando com 15 mandados de busca e apreensão. Segundo a empresa, a qua-drilha age nacionalmente, afetando prin-cipalmente os órgãos da Administração Pública Direta e Indireta, cujas compras são feitas por meio de pregões eletrônicos. Inúmeros órgãos públicos já utilizaram o LexProtect e iniciaram processos adminis-trativos e criminais com base na evidência apresentada pela empresa. &

Contra a pirataria

Em agosto, a Foroni comemorou seus 85 anos com um jantar para 800 convidados, realizado no HSBC Brasil, em São Paulo. Durante o evento, Marici Foroni (foto), diretora de marketing da empresa, e seu pai, Alberto Foroni, CEO da companhia, falaram sobre a trajetória da família e a história dos produtos desde o início até os dias de hoje. Executivos de grandes marcas compareceram à comemoração, como David Diesendruck, diretor da Redibra, e Ricardo Ibarra, presidente da Mattel Brasil. A noite contou com um show de Toquinho e da Orquestra Arte Viva, com regência de Amilson Godoy. &

Comemoração em grande estilo

Foroni marca seus 85 anos com evento em São Paulo com show de Toquinho e Orquestra Arte Viva.

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A grandevitrine do setor

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A Office PaperBrasil Escolar chega a 24ª edição apontando uma recuperação

do mercado de papelaria. Em 2010, a feira estava com vários expositores

estreantes, novo horário e um quadro mais qualificado de compradores.

O resultado é um incremento nos negócios.

REPORTAGEM: LUCIANA D’AULIZIO, RENATA MEDEIROS E CAROLINA BERGER | FOTOGRAFIA: MARCELO MOSCARDI

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outubro de 2010

Office PaperBrasil Escolar 2010

Entre 30 de agosto e 2 de se-tembro, 41.652 pessoas passa-ram pelo Pavilhão do Anhembi para conhecer as últimas novi-dades do ramo de papelaria e escritório reveladas durante a 24ª edição da Office PaperBrasil Escolar. Ao contrário da edição de 2009, quando os fantasmas da crise mundial atormenta-vam fabricantes e compradores, desta vez o mercado mostrou que vai muito bem e tem tudo para melhorar nos próximos anos. É o que garante Abdala Jamil Abdala, o presidente da Francal, que assina a organiza-ção do evento. “Trabalhamos duro para que tudo desse certo. No ano passado, plantamos. Agora, começaremos a colher os frutos, não só nesse setor, mas também na parte de tec-nologia que, a cada ano, tem participação mais expressiva

no evento”, completou.A maré de otimismo foi co-

memorada por sua parceira de trabalho, a gerente de negócios da Francal, Wanira Salles. Segun-do ela, ocorreu uma qualificação do público-alvo, que permitiu gerar mais negócios. Entre os visitantes, 12.552 pessoas – o equivalente a um terço do total de participantes – eram compra-dores brasileiros e internacionais. “De dois anos para cá, o mercado mudou muito, e nós ainda es-tamos aprendendo a lidar com os efeitos dessa transformação. Neste ano, estávamos com uma expectativa grande. Felizmente, já recebi retorno de empresas que dobraram o faturamento e estão satisfeitas com os relacio-namentos que fizeram durante o evento. Os compradores pre-sentes tinham poder de decisão. Eles não eram curiosos, mas sim lojistas, supermercadistas, distribuidores, compradores do mercado corporativo e importa-dores, principalmente de países da América Latina”, analisou a executiva.

A primeira vezA renovação ocorreu não

só no quadro de compradores, mas também no de expositores. De acordo com a organização do evento, entre os cerca de 400 fornecedores presentes, 50 par-ticiparam da feira pela primeira vez. Um deles é a NC Games,

que representa 28 empresas que desenvolvem games e atua como distribuidora, oferecendo toda a assessoria necessária para quem deseja iniciar ou expandir os negócios nesse segmento. Em seu catálogo, há mais de três mil títulos, incluindo jogos para consoles da Sony (PS3, PS2 e PSP), Nintendo (Wii, DS e DSi) e Microsoft (Xbox 360), além de jogos voltados para PC. “Na feira, tivemos como demonstrar in loco para milhares de visitantes, diversos produtos nossos e os lançamentos da temporada, além da nova linha de acessórios para videogames”, contou a gerente de marketing Lucia Schröter.

De acordo com ela, o seg-mento de games anda de vento em popa e tem tudo para cres-cer no país nos próximos anos. “Dentro do mercado de entre-tenimento, é o ramo que mais cresce, alcançando faturamento que já ultrapassa ao do mercado cinematográfico. Há diversas pesquisas que demonstram o in-teresse do consumidor brasileiro pelo universo dos games. Hoje, o game é um objeto de desejo de pessoas de todas as idades, seja para jogar futebol digital, tocar em uma banda com os amigos, dirigir um carro virtual com a família ou se exercitar em um game de fitness”, afirmou Lucia, que já confirmou a participação da firma para a edição de 2011.

A Visus TV é outra caloura a

Os compradores presentes tinham poder de decisão. Eles não eram curiosos, mas sim lojistas, supermercadistas, distribuidores, compradores do mercado corporativo e importadores.

WANIRA SALLES GERENTE DE NEGÓCIOS DA FRANCAL

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ingressar no evento, apostando na onda high tech e no crescimen-to do setor de informática. Na opinião de Jaime Paez, diretor da firma, em breve um número cada vez maior de papelarias passará a ter mercadorias de maior valor agregado em seu mix do ponto de venda. “Parti-cipamos em um espaço tímido, mais para divulgar e demonstrar nossos itens. Mesmo assim, tivemos um ótimo movimento de compradores. Alguns até ad-quiriram nossos produtos para começar a vendê-los”, disse.

Referência no segmento de bolsas e mochilas, a Red Nose fez sua estreia com pé direito no segmento de papelaria e também é presença confirmada para o próximo ano. “A coleção foi muito bem aceita; a resposta foi a melhor possível. E o evento é uma ótima oportunidade para conhecer o mercado. Em 2011, queremos vir até com um estan-de maior”, antecipou a assistente comercial Solange Basso.

A possibilidade de conhe-cer mais a fundo o cenário brasileiro foi o que motivou a participação do grupo mexica-no Scribe. Segundo Francisco Ruiz Maza, diretor de novos negócios e comércio exterior, o trabalho da companhia teve uma aceitação muito positi-va, mas ainda assim é difícil competir com os fabricantes brasileiros. “Há empresas de grande qualidade, como é o caso da Jandaia, da Tilibra e da Credeal. Sem falar na difi-culdade colocada pelos altos impostos. De qualquer forma, valeu a pena ter participado, até para termos uma visão de toda América Latina”, argumentou.

Além do reposicionamento

perante o mercado – que entrou em vigor em 2009 e foi consolida-do neste ano – a Office PaperBrasil Escolar também teve algumas no-vidades. Uma delas foi o espaço de lançamentos, que consiste em uma área cenográfica criada para demonstrar a funcionalidade dos produtos e lançamentos de todos os expositores. “Criamos três cenários: uma escola, um escritório e uma papelaria e lá colocamos os artigos inerentes a estes espaços. Foi um sucesso”, ressaltou Wanira Salles.

Indo às comprasmais cedo

No entanto, a novidade que mais deu o que falar entre os visitantes e os expositores foi a mudança de dia e horário da feira. Desta vez, em vez de começar em uma terça-feira e se estender até sexta, ela teve início em uma segunda e teve as atividades encerradas na quinta. O horário passou de 13 as 21h para 10 as 19h. Entre os exposi-tores, alguns viram a iniciativa com bons olhos, como é o caso de Alcino Menezes Júnior, ge-rente nacional de vendas da Kores. Para ele, o novo horário, aumentou a produtividade da equipe. “Ele fez com que os dias rendessem mais, e nos permitiu estender o expediente até um pouco mais que antes. Sei de vários lojistas que viajavam para São Paulo e tinham que esperar até a parte da tarde para fazer compras”, conta ele, que é só sorrisos ao falar dos resultados. “O movimento foi bastante satisfatório e superou as nossas expectativas”, comemora.

Para Eduardo Zaw, gerente de Marketing da ACP Plásticos, a mudança foi benéfica para

os próprios expositores, que puderam trabalhar com mais disposição durante os quatro dias de feira. “Assim não saímos tão tarde daqui e temos como descansar”, analisou ele, que atenta para a necessidade de investimento maior em divul-gação. “É responsabilidade do fornecedor saber divulgar a feira para seus clientes. Nós fazemos esse convite individualmente, através do nosso mailing”, si-nalizou.

Por outro lado, há quem jul-gue o novo horário prejudicial para os papeleiros. João Antonio Corniani, gerente de vendas da São Domingos, acredita que o horário prejudica significati-vamente os papeleiros que vêm de outros estados. “Um grande número de clientes aproveita a viagem para fazer compras na região da Rua 25 de Março, e, com o lucro obtido com a ven-da dessas mercadorias, banca a participação deles no evento”, explica. Para ele, estas negocia-ções feitas fora do pavilhão não concorrem com o evento. “Isso

Lucia Schröter é gerente de marketing da NC Games, uma das 50 empresas que estrearam na feira. No caso dela, o evento foi uma oportunidade valiosa para mostrar um pouco do potencial desta área para as papelarias.

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não ocorre até porque a Office Paper é basicamente uma feira institucional. O único segmento que tem vendas expressivas é o de mochilas até por uma ques-tão prática, já que o represen-tante dessas empresas não tem como levar todo mostruário à papelaria”, opinou.

Complicações de logística

Marici Foroni, diretora de marketing da Foroni, aponta outro problema desencadea-do pela mudança: o trânsito. “Antes, conseguíamos escapar do engarrafamento. Agora, pegamos congestionamento na ida e volta”, reclama. Fabricio Pardo, gerente de marketing da Jandaia, cita mais um com-plicador para os expositores: o tempo hábil para abastecer os estandes. “Nossa fábrica fica relativamente próxima, no inte-

rior do estado. Nas outras vezes, aproveitávamos o período da manhã para pegar os produtos lá, deixando tudo pronto no início da feira. Neste ano, eles só chegaram aqui quando o evento já havia começado”, lamentou. Assim como Eduardo Zaw, ele ressaltou a necessidade de investimentos mais expressivos em divulgação para tornar a iniciativa mais atrativa para o mercado. “Temos que fazer mais ações promocionais para captar-mos novos clientes. Sem isso, o evento não agregará tanto para as empresas que têm que arcar com gastos pesados”, disse.

Lourembergue Junior, da ACC, endossa a lista de recla-mações, apontando dois outros problemas relacionados ao even-to: o preço do estacionamento (determinado pela administra-ção do próprio Anhembi) e a oferta limitada de lugares para fazer refeições. “Alimentação é ruim não só por ser cara, mas também pelo cardápio limita-do. Nas outras vezes, tínhamos como passar em um restaurante antes de vir para cá e comíamos melhor e pagando menos por

isso”, critica ele, reconhecendo que não é fácil estar à frente da organização de um evento do porte da feira. “Não há como agradar a todos. De qualquer forma, em todos os dias, nosso estande ficou cheio e tiramos muitos pedidos”, conclui.

Na opinião de Abdala Jamil Abdala, a Office PaperBrasil cum-priu seu objetivo de gerar oportu-nidades de negócios – imediatos e futuros – para os expositores. De acordo com ele, todas as altera-ções relacionadas à estrutura do evento foram implementadas na tentativa de adequá-lo às necessi-dades do mercado. “Passamos o último ano pesquisando e conver-sando com as empresas. Muitas das mudanças propostas foram implementadas já nesta edição, e agora faremos pesquisas junto aos expositores para avaliarmos sua eficácia”, garante.

Entre as mudanças imple-mentadas e acertadas está o reposicionamento da feira no segmento de material de escri-tório – iniciativa que contribuiu para a valorização de empresas que são referência nesse seg-mento, a exemplo da Acrimet.

Investindo no compradorPatrocinado pela Francal Feiras, o projeto Comprador Nacional viabilizou

a ida a São Paulo de 130 comerciantes de vários estados brasileiros, como Amazonas, Distrito Federal, Sergipe, Paraná e Minas Gerais, ao evento. Os participantes foram indicados por expositores ou contemplados por sorteio durante edições do evento itinerante Gerando Demanda pelo Conhecimento realizadas ao longo de 2010.

Sabemos da relevância dos itens escolares, mas ao mesmo tempo era importante ressaltar o offi ce, que ajuda o papeleiro a fugir da sazo-nalidade e a manter as vendas regulares.

NATALIA GASTALDO GERENTE DE MARKETING

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“Sabemos da relevância dos itens escolares, mas ao mesmo tempo era importante ressaltar este segmento, que ajuda o pa-peleiro a fugir da sazonalidade e a manter as vendas regulares”, aponta a gerente de Marketing Natalia Augusta Gastaldo, que aprova a mistura de expositores de mix variados lado a lado no evento. “Isto só o deixa mais dinâmico”, diz.

Ilustres visitantesO licenciamento está em

alta. Pelo menos, foi esta a im-pressão que ficou para vários compradores ao se depararem com celebridades, causando

frisson pela Office PaperBrasil. A primeira a cruzar o “tapete vermelho” do Anhembi foi a cantora gospel Aline Barros, que apresentou sua linha de cader-nos. “Estou achando o máximo a novidade, pois é importante estar em produtos que são re-ferência para crianças e jovens. Gosto de procurar diversas for-mas para me comunicar com o público, além da música, que é o principal meio para isso. Esse será mais um caminho, pois o caderno será levado para escola e para os estudos na igreja, por exemplo”, declarou. Lançada pela Ecológica, a coleção pos-sui miolo decorado e “essência

de amor”: cheiro de melancia presente em todas as folhas. O aroma se espalha pela loja, despertando a atenção dos con-sumidores e gerando vendas.

Na terça-feira, foi a vez de Luan Santana comparecer ao evento para participar do lança-mento de sua linha de cadernos na Norma. Na ocasião, o astro teen circulou pelos corredores do Anhembi, tirou fotos e dis-tribuiu autógrafos, para delírio das fãs. “A galera já pedia por

ESTADO NÚMERO DE EXPOSITORESSão Paulo 66%Rio Grande do Sul 5%Paraná 4%Rio de Janeiro 3%Outros estados 8%Internacionais 14%

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um caderno pelo twitter e achei a ideia muito legal. Estou muito feliz”, disse à Revista da Pape-laria. Ele também revelou que, quando criança, não abria mão de que seu material escolar fosse estampado com personagens de suas séries preferidas. “Gostava de cadernos com capas do Power Rangers e Dragon Ball”, revelou o cantor, que ainda deu um pulo no estande da Dermiwil para apresentar uma coleção de arti-gos para viagem e acessórios.

O craque Raí também com-pareceu ao segundo dia da feira. Na ocasião, ele esteve no estande da Republic Vix, empresa que

mantém uma parceria com a fundação Gol de Letra, criada por ele e pelo jogador Leonardo que mantém projetos no Rio de Janeiro e em São Paulo. “As alianças entre sociedade civil e a iniciativa privada vêm crescen-do de forma tímida no Brasil, mas são muito bem-vindas. À medida que essas iniciativas se fortalecem, passa a poder exigir mais por parte do poder público”, comentou o ex-atleta que ainda confidenciou o que leva em conta ao ir às compras em uma papelaria. “Gosto de materiais com qualidade, bom design e aprecio também os

que são comprometidos com a sustentabilidade. Aos poucos, as pessoas começam a se interessar mais por esses itens que envol-vem uma preocupação com o meio ambiente e com diversas questões sociais”, opinou.

Os dois últimos dias de fei-ra trouxeram mais filas para a rua L, onde ficava a entrada para o estande da Ecológica. Na quarta, ele foi visitado por Fiuk, vocalista da banda Hóri, revelado recentemente na no-vela juvenil Malhação, da Rede Globo. Na ocasião, ele era só elogios para a linha de cadernos lançada pela empresa. “Foi uma parceria muito bem sucedida. As fotos ficaram lindas e foram feitas por uma equipe bastante profissional. E o produto é de primeira qualidade”, elogiou. O encerramento do evento ficou por conta da participação da ban-da Restart, que também teve uma linha de cadernos lançados pela mesma empresa. A coleção tem seis modelos diferentes do Res-tart, todos com capa dura, pôster do grupo e folhas decoradas. Du-rante a seção de autógrafos, vários fãs cantaram as músicas do quarteto adolescente.

O que está por vir em 2011Quem pretende comparecer à 25ª edição da Office PaperBrasil Escolar pode esperar mais novidades.

Prevista para acontecer entre 22 e 25 de agosto, a feira também será realizada de segunda a quinta-feira e deve passar a ser toda setorizada. Este projeto está sendo cuidadosamente estudado pela organização da feira para atender às demandas geradas pelo próprio mercado. “Quando o mercado se transforma e evolui, a feira também segue o mesmo caminho”, argumenta Wanira Salles. A executiva revela que, em 2011, a feira terá uma estrutura física diferente dos anos anteriores para atender às solicitações de compradores que desejam realizar compras planejadas. Além da possível setorização, estão sendo planejadas a existência de várias entradas e saídas para os visitantes da feira no pavilhão do Anhembi. A princípio, os setores seriam Produtos Escolares, Office, Papelaria em Geral, Pastas e Mochilas e Acessórios. De acordo com ela, o projeto anda em fase de ajustes e deverá ser divulgado oficialmente no lançamento comercial da edição de 2011 ainda em outubro. Na ocasião, também deverá ser divulgado o horário do evento.“Vimos que algumas pessoas gostaram e outras não. Para tentar resolver esta questão, fizemos uma pesquisa junto aos compradores no último dia de feira e estamos entrando em contato com cada um dos expositores. A partir desta análise, teremos como tomar a decisão mais acertada”, anuncia.

Esporte e showbiz na papelaria: Marcelo Negrão, Fiuk, Aline Barros, Luan Santana e Raí foram alguns dos ilustres visitantes da 24o Office PaperBrasil Escolar. Eles foram convidados por empresas expositoras para promoverem produtos nos quais figuram ou ações em que estejam envolvidos.

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Office PaperBrasil Escolar 2010Prêmio Brasil Excelência em Papelaria

Conquista deveteranos e novatos

Em sua quarta edição, o

Prêmio Brasil Excelência

em Papelaria apontou os

produtos e iniciativas que

foram destaque no ramo

e distribuiu os louros da

glória entre iniciantes

e veteranos.

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A melhor forma de com-pensar as inúmeras reuniões realizadas para criar produtos que seduzam o consumidor final, assim como, todo o es-forço voltado para criação de uma estrutura que favoreça a saída desta mercadoria no ponto de venda é dando o devido reconhecimento. Esse gostinho de dever cumprido foi provavelmente a sensação que falou mais alto a todos os vencedores do 4o Prêmio Brasil Excelência em Papelaria, promo-vido pela REVISTA DA PAPELARIA em parceria com a Francal. A solenidade reuniu imprensa internacional especializada, executivos e representantes do mercado, com direito a torcidas para lá de empolgadas.

Em 2010, o concurso teve 247 inscrições feitas por 97 empresas. Entre as categorias, o podium ficou com Material de Escritório, com 48 concorren-tes, seguida de Importados (37) e Material Escolar (33), o que só comprova o crescimento de im-portância do segmento office. Todos os itens inscritos foram avaliados por um júri de mer-cado, composto por varejistas de diferentes estados e regiões brasileiras que participam ou já participaram do Conselho Edi-torial da REVISTA DA PAPELARIA, desde 2005.

Passada a difícil primeira peneira e eleitos os finalistas, era chegada a hora de outra ta-

refa árdua: eleger os vencedores de cada quesito. A missão coube a um júri técnico composto de veteranos e novatos no evento, como é o caso de Luiz Cláudio Zenone, da PUC-SP. “Toda premiação é um importante estímulo para criação de for-mas e métodos de divulgação dos produtos e possibilita que outras empresas tenham acesso a novidades. O que chamou a atenção foi a busca dos fabri-cantes por uma aproximação dos consumidores na tentativa de entender seu perfil, hábitos e atitudes no momento da compra e customizar as ações nos pontos de venda”, comen-tou. Especializado em varejo, o consultor Caio Camargo fez sua estreia como jurado e também ficou impressionado com as soluções boladas pela indústria para incrementar as vendas nas papelarias. “Apos-tar no ponto de venda ainda é uma das melhores opções para quem deseja rentabilizar a marca”, argumentou.

A criatividade foi um dos destaques apontados pela ju-rada Ângela Oskar, que ainda salientou a funcionalidade dos itens apresentados. “Fiquei mui-to satisfeita com os lançamen-tos que as empresas do setor estão colocando à disposição dos consumidores, não foi fácil escolher. Inclusive já adquiri al-guns produtos que concorreram e, com certeza, estão facilitando meu trabalho”, contou.

A inovação também foi um dos quesitos salientados pela compradora Simone Estevam, que ainda ressaltou a pratici-dade e o design singular das mercadorias inscritas. “O nível delas colaborou para o êxito

deste evento. Espero que os fa-bricantes continuem galgando o caminho da originalidade, da excelência e da sustentabilida-de, pois estes pontos geram o caráter peculiar de cada item, mesmo na diversidade deles. Eles devem encarar o consu-midor mais como alguém que perpetua a filosofia da empresa ao usufruir da qualidade de seus produtos”, aconselhou.

A pedagoga Marcela Mu-nhoz, outra jurada, foi além e apontou a necessidade de ações dos fabricantes direcionadas ao cliente final. “É importante ter um feedback do uso de cada item. Um meio de fazer isso é, por exemplo, mandar anu-almente para algumas escolas um kit para ser testado. Algu-mas papelarias até fazem isto, mas estão geralmente focadas na venda e não na função e na utilização correta de determina-do produto”, sugere.

Entre os responsáveis pelo veredito ainda havia um vete-rano: o designer Ernesto Harsi, que ficou impressionado com a pré-avaliação. “Neste ano, ela foi bem mais rigorosa. Os produtos que chegaram à avaliação final eram todos de boa qualidade”, opina ele, que já faz planos para 2011. “Foi uma experiência recompensadora. Vi muitos artigos interessantes. Gostaria que houvesse ainda mais parti-cipantes”, finaliza.

Fiquei muito satisfeita com os lan-çamentos que as empresas do setor estão colocando à disposição dos consumidores, não foi fácil escolher

ÂNGELA OSKAR JÚRI TÉCNICO

Na foto ao lado, momentos da aguardada cerimônia de premiação: o desejado troféu; as boas-vindas do presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala; a apresentação da editora da REVISTA DA PAPELARIA, Rosangela Feitosa; a vitrine com a exposição dos fi nalistas; e a animada confraternização ao som da banda Arte à la Carte.

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Office PaperBrasil Escolar 2010Prêmio Brasil Excelência em Papelaria

Expressão SocialA Fofi levou a melhor no quesito Expressão Social com a linha

de cartões Fofitos Puxa. Os sócios diretores da companhia, Agatha Moraes e André de Souza, receberam o troféu das mãos de Meire Emeren-ciano, gerente de compras da Francal. “Eu desenhei esse produto. Então, também estou muito feliz porque é o reconhecimento do meu trabalho, da minha criação”, admitiu Agatha.

E os vencedores são...

Ação de apoio ao ponto de vendaO display para balança eletrônica, desenvolvido pela Acrimet, rendeu à empresa o título na

categoria Ação de Apoio ao Ponto de Vendas. O troféu foi entregue por Antônio Nogueira, presidente do Sindicato do Comércio de Material de Escri-tório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), à gerente de marketing, Natália Gastaldo, que ficou radiante com a conquista inédita. “Apostamos bastante neste produto. Ele tem um formato interessante, é fácil de ser transportado e mon-tado, e a distribuição dele é bem ampla. Como é compacto, cabe em qualquer formato de loja, e, por isso, tem feito bastante sucesso entre as papelarias”, comentou.

ImportadosPela primeira vez, a Dac faturou a categoria

Importado com os Gifts Borboleta. A vitória foi comemorada pelas assistentes de marketing

Nathalia Ibelli e Michelle Cirera, que rece-beram os cumprimentos de Jorge Vieira Gonzaga, diretor comercial da Revista

da Papelaria. “Foi muito importante ganhar este prêmio. Gostaríamos de

parabenizar também os outros finalistas. Todos fizeram um ótimo trabalho”,

salientou Nathalia.

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Informática & MultimídiaA pé-quente AF International estreou com pé quente no mer-

cado. Recém-inaugurada, a empresa faturou o troféu Informática & Multimídia com a Multi Screen Clene. Ele foi entregue por Antônio Sereno, diretor da Rede Nacional de Papela-rias Brasil Escolar, à gerente geral Carolina Cesetti Kina e a Ron Jakeman, diretor geral do Grupo HK Wentworth, detentor da marca AF Internacional. “Foi uma surpresa. O produto foi desenvolvido com muito carinho. Estamos muito felizes com a nossa conquista”, declarou Carolina.

Instrumento de escritaA veterana Bic alcançou o primeiro lugar do podium na categoria

Instrumento de Escrita com a linha Bic Evolution Pijamas. O troféu foi en-tregue por Ericson Or-telan, do departamento comercial da Revista da

Papelaria, a Anderson Gallo, gerente de produto da categoria de Papelaria da Bic Brasil. “Já conquistamos vários prêmios, mas o grande desafio é manter esta posição e ganhar ano a ano. É muito importante para nós ter este reconhecimento”, disse.

LicenciamentoO protagonista do célebre clás-

sico de Antoine de Saint-Exupéry rendeu à Jandaia a vitória no quesito Licenciamento. O prêmio foi entregue por Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal, a Fabrício Pardo e Rodri-go Rocha, gerente e coordenador de marketing da companhia, respecti-vamente. A dupla estava radiante com a aceitação do caderno univer-sitário O Pequeno Príncipe. “Durante todo ano, trabalhamos intensamen-

te e com muita dedicação para alcançar esse resultado. É um produto bem elaborado, e o consumidor realmente reconhece isso no ponto de vendas”, revelou Pardo.

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Material de escritórioO Arquivo Organiza-

dor DelloFile, da Dello, saiu na frente no quesi-to Material de Escritório. A conquista inédita foi comemorada por Márcia Alves, Fábio Januário e pelo dire-tor-presidente Elson Francisco Di Célio, que

receberam o prêmio das mãos de Ivo Trevisan, da equipe de publi-cidade da Revista da Papelaria. “Foi uma surpresa, uma realização de muito tempo. Nós temos participado todos os anos, e esse prêmio é merecedor por toda a nossa equipe de trabalho, os nossos colaboradores. A todos, muito obrigado”, agradeceu Di Célio.

ManualidadesWanira Salles, gerente de negócios

da Francal, entregou o troféu Manua-lidades a Yur Cosméticos, representada pela gerente comercial Ana Perpétua e pela assistente de marketing Fernanda Salles. A empresa foi condecorada pelo produto Color Make Flúor. “Apostamos muito no desenvolvimento dele. Como ele tem tido muita procura e é dife-renciado, estávamos bem confiantes”, admite Ana.

Material escolarSucesso entre a garotada, as Menininhas são as

estrelas do Caderno Argolado Premium que rendeu à Tilibra o título de campeã na categoria Material Escolar. Walter Gomes, gerente operacional da Francal, entregou o troféu ao gerente de marke-ting Sidnei Bermamaschi, a relações-públicas Re-gina Carapeto e à analista de marketing Carolina Turtelli de Andrade. “Esse prêmio é muito impor-tante para a gente. É o reconhecimento de um trabalho de toda a equipe de desenvolvimento de produto, do corpo de criação e principalmente é um sucesso de crítica. Esperamos que ele seja

um sucesso de público junto aos consumidores e agradecemos a vocês por todos os clientes com quem teremos a oportunidade de trabalhar no próximo volta às aulas”, afirmou Bermamaschi.

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SustentabilidadeO Caderno Fibra de Coco com Espiral

Cipó foi o destaque no quesito Sustenta-bilidade e fez com que a novata Ecossocial levasse a melhor na categoria. A empresa foi representada pelos designers Diego Costi e Larissa Pedrozo, que receberam a homenagem das mãos de Ernesto Harsi, diretor da Associação dos Designers de Produto (ADP). “Gostaria de agradecer a nossa equipe de designers, às psicopedagogas que coordenam o projeto de educação pedagógica que resulta neste produto, a Deus, e a todos que estão por trás desse processo”, declarou Costi.

Conheça o Júri Técnico do 4º Prêmio Brasil Excelência em PapelariaAngela Oskar – Nascida em uma família de artistas, deu asas à criatividade desde cedo. Especializada na utilização de papel machê, trabalhou com a confecção de bonecos, cenários e adereços para teatro, e volta e meia ministra oficinas focadas na aplicação da técnica. Em seu ateliê, Bacuri Arte e Decoração, desenvolve em conjunto com a artista plástica Maria Bob peças decorativas e esculturas. Atua como produtora cultural e é vice-presidente do Instituto Brasileiro Arte e Cultura (Ibac).

Caio Camargo – Arquiteto e especialista em ponto de vendas, comunicação visual e layout de lojas, com MBA em marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Atua há mais de 10 anos nas áreas de merchandising e projetos para o varejo, é gerente de negócios do Gad’Retail e autor do blog “Falando de Varejo”.

Ernesto Harsi – Formado em arquitetura e designer pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Atuou como gerente de design da Philips no Brasil, participando da criação de produtos mundiais da empresa. Em escritório próprio, desenvolve linhas de mobiliário e instalações comerciais, como também projetos gráficos de identidade visual, embalagens e material de ponto de venda. É o atual diretor da Associação dos Designers de Produto (ADP).

Luiz Cláudio Zenone – Doutor em Ciências Sociais, mestre em administração com ênfase em marketing pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e autor de vários livros, entre eles Marketing Estratégico e Competitividade Empresarial; Customer Relationship Management (CRM): Conceitos e Estratégias; e Marketing de Relacionamento: Tecno-logia, Processos e Pessoas.

Marcela Munhoz – Aos 29 anos, a pedagoga orgulha-se de já ter lecionado para todas as fases da educação infantil. Como professora, já desenvolveu projetos culturais e trabalhos com inúmeros materiais, sempre procurando mostrar de maneira lúdica e concreta todo o conteúdo trabalhado em sala de aula. A frente de sua própria escola, ela transcreve todas as listas de materiais de seus alunos e diz explicar para cada pai a finalidade de cada pedido solicitado. Frequentadora assídua de papelarias, ela jamais passa em frente a uma sem entrar e adquirir uma novidade.

Sebastião Barroso Félix – Mestre em administração de empresas, pós-graduado em planejamento estratégico, especialista em varejo, ad-ministrador de empresas e editor da Revista do Varejista. Palestrante, consultor do Sebrae e autor do livro O varejista - Orientações Práticas para ter Sucesso nesse Negócio.

Simone Estevam – Gerente da área de compras da Sebastian Embalagens. Atua na área de administração de compras e finanças, realizando atividades no desenvolvimento de fornecedores, emissão de pedidos, cotações, negociações, controle de entradas e saídas, emissões de notas fiscais e gerenciamento de colaboradores.

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Office PaperBrasil Escolar 2010Prêmio Brasil Excelência em Papelaria

O que faz com que um pro-duto seja encarado por pape-leiros e profissionais de outros ramos como uma revelação de uma determinada categoria? A fim de tentar responder a esta pergunta, analisamos os campe-ões desta edição da premiação a fim de descobrir o que cada um deles tem de melhor a oferecer.

Na categoria Expressão So-cial, a primeira colocação foi ocupada pelos cartões Fofitos Puxa, da Fofi. Neste caso, o que mais pesou para a conquista do título foi o seu formato, que tem um envelope que interage com o cartão. “Eles fogem dos modelos tradicionais. A saída deles na feira foi excepcional”, destaca Agatha Moraes. A Dac foi quem saiu na frente em Importados. Para a assistente de marketing Michelle Cirera, dois diferenciais da coleção foram determinantes para sua acei-tação: designer e praticidade. “Ele tem várias funções e não ocupa muito espaço. Na feira, todos os clientes que tiveram a oportunidade de conhecê-lo adoraram”, diz.

No quesito Informática & Multimídia, o primeiro lugar ficou com a Multi Screen Clene, da AF Internacional, feita para limpar todos os tipos de telas, inclusive de plasma, de videoga-mes e touch screens. “Estudamos arduamente a criação de um produto que possuísse qualida-de, segurança e atendesse todos os tipos de público. Consegui-

mos algo versátil, atrativo, segu-ro ao meio ambiente”, comenta Carolina Cesetti Kina. A linha é certificada junto à Anvisa.

A linha BIC Evolution Pijamas saiu na frente no segmento de Instrumentos de Escrita. Trata-se de uma série de lápis em corpo hexagonal com cinco combi-nações de listras: laranja com branco, azul com branco, cinza com pink, amarelo com cinza e laranja com cinza. “Ele é bem durável e resistente e não lasca se for quebrado. Aliamos esta fórmula a novas cores. Esta combinação foi fundamental para que conquistássemos o reconhecimento”, salienta An-derson Gallo. A Jandaia apos-tou em O Pequeno Príncipe para cativar admiradores do segundo livro mais lido do mundo e, de quebra, ficou com a vitória em Licenciamento. “Nosso objetivo é oferecer não somente uma capa bonita, e sim, um produto completo, bem desenvolvido, desde a capa até a contracapa, com direito à guarda decorada, bolsa-adesivos e miolo persona-lizado”, detalha Fabrício Pardo, que se encontra completamente otimista com a saída da marca.

Em Manualidades, o prêmio ficou com a Yur Cosméticos, com a Color Make Flúor: uma ma-quiagem artística em tinta líqui-da fluorescente à base de água, seca totalmente e não mancha a pele. “Além de ser inovadora, ela acompanha a nova tendência de cores. Todos querem usá-la, é irresistível”, afirma Fernanda Salles, que prevê um aumento de 20% nas vendas, no início do primeiro semestre de 2011.

Desvendando o segredo do sucessoProfi ssionais revelam aspectos que avaliam como fundamentais para

a escolha dos vencedores do Prêmio Brasil Excelência em Papelaria.

Dello, Ecosocial, Yur e Fofi são apenas algumas das empresas vencedoras que expuseram seus troféus nos estandes.

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Veterana no ramo de material de escritório, a Dello faturou esta categoria e conquistou pela pri-meira vez seu título na competi-ção com o Arquivo Organizador A4 Dellofile. Entre os atrativos para o campeão, destaque ao tamanho (que ajuda a otimizar espaço), ao botão automático (que faz com que a gaveta se abra, deslizando automaticamente) e à possibili-dade de ser empilhado. “Trans-cendemos todos os limites ao aliarmos organização, beleza, design, praticidade, inovação, segurança e flexibilidade em um mesmo produto”, comemora a relações-públicas Tayara Sihnel Russi.

Consagrada entre as crian-ças, a licença Menininhas ins-pirou a criação do Caderno

Argolado Premium que rendeu à Tilibra a vitória na categoria Material Escolar. De acordo com Rubens Passos, presidente da companhia, um diferencial que contou pontos para o lan-çamento foi o formato 3 em 1. “Há como usá-lo tanto como um caderno argolado tradicio-nal, como compartimento para notebook e como uma bolsa”, comenta. Fechando em grande estilo a lista de campeãs, está

a Ecossocial, que faturou a categoria Sustentabilidade com seu caderno fibra de coco com látex e espiral de cipó, revestida com resina natural. De forte apelo ecológico, ele também tem folhas recicladas. “Esta vitória foi muito interessante pois representou a quebra de paradigmas. É um artigo novo feito sob um conceito que atrai cada vez mais pessoas”, comenta o designer Diego Costi.

Além de produtos, ação!A ação no ponto de vendas tida como mais eficiente foi o Display para Balança Eletrônica da

Acrimet. Além de aumentar a visualização do produto no ponto de venda, o suporte desenvolvido em estilo de autoserviço foi criado para otimizar espaços vazios dentro da loja, dispensando a necessidade de gôndolas e melhorando a circulação de consumidores no local. “Embora a balança seja um item extremamente útil, nem sempre alguém entra em uma loja procurando por ela. Daí, a ideia de estimular sua visualização no ponto de venda com um material que tem apelo visual e é fácil de transportar. Ela tem 1,70m de altura e pode ser facilmente dobrada em um pacote de 5 cm de altura, o que facilita a sua distribuição. Para completar, a montagem é intuitiva e feita em segundos”, explica Natalia Gastaldo, gerente de marketing da empresa. Segundo ela, o aumento das vendas após a distribuição e uso dos displays foi impressionante, sendo registrada venda de 337% acima do previsto.

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Capacitarpara vender mais

Voltado para compradores,

simpósio reuniu especialistas a

fim de traçar um panorama do

mercado. Entre os temas, técnicas

de vendas e mecanismos criados

para combater a ilegalidade e a

inadimplência de tributos.

O principal evento do Bra-sil voltado para o mercado de papelaria é, desde sua primeira edição, um ótimo lugar para encontrar as novidades do setor e fechar bons negócios. Mas, há sete anos, os visitantes também encontram palestras sobre ques-tões e técnicas que podem ajudá-los a alavancar suas vendas, como estratégias de marketing, de venda e empreendedorismo. Desta vez o 7ºSimpósio Office PaperBrasil teve um diferencial. As sete discussões, realizadas gratuitamente em um auditório montado no Pavilhão de Expo-sições do Anhembi , fazem parte do projeto Gerando Demanda Pelo Conhecimento. O progra-ma é uma iniciativa das empresas CH Tech, Print Label e Portare e

acontece em diversos estados do Brasil ao longo do ano. Em 2010, já foram feitos workshops no Rio de Janeiro, em São Paulo, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Ribeirão Preto, Salvador e Goiânia.

Junior Portare, um dos res-ponsáveis pelo projeto, conta que, diferente do que acontece nas ofi cinas, as lições desta vez fi caram focadas em gestão de negócios e foram voltadas para os donos das papelarias. “Foi uma experiência muito bacana. Realizamos uma pesquisa com os participantes e constatamos que 95% avaliou a iniciativa como excelente. Recebemos tantas sugestões de temas para o próximo ano que precisaríamos ter um dia com mais de 28 horas para fazer um trabalho com este

A Francal montou um auditório para receber o projeto Gerando Demanda pelo Conhecimento. Entre os palestrantes: Fábio Nemer (acima) e João Gabassi (ao lado).

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público. Eles são muito carentes de informação”, comenta. Entre os assuntos que mais despertam interesse, destaque para marke-ting digital. “De 200 pessoas presentes, apenas dez tinham website. É incrível que isto acon-teça no século XXI”, opina.

A repercussão foi tão po-sitiva que chamou a atenção não só dos compradores, mas também de alguns expositores que mostraram interesse por participar do projeto. “Ainda estamos fechando as parcerias para 2011. Já posso adiantar que todas os que abraçam o Ge-rando Demanda já renovaram o compromisso. Também já acertamos que faremos onze pa-lestras, mas só defi nimos três ci-dades: Rio de Janeiro, São Paulo e Joinville. Em 2012, deveremos

contemplar mais municípios”, adianta Portare, que leciona na pós-graduação de Marketing e Liderança, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

Para ele, a única coisa que falta para que o projeto pro-duza ainda mais frutos no mercado papeleiro é uma maior adesão por parte dos lojistas de pequeno porte. “Eles enviam poucos ou nenhum funcio-nário. Geralmente, são as mé-dias e grandes empresas que incentivam seus vendedores a participarem da atividade”, conta Junior Portare.

“Eu aceito”Já Sérgio Hoefl ich, coordena-

dor do curso de Especialização em Compras do Instituto Bra-sileiro de Estudos de Compras

Corporativas e Públicas, falou sobre gestão e vendas de uma perspectiva inusitada. Na opinião dele, “abrir um negócio é como casar”. A frase não somente des-contraiu o público na palestra Gestão de Risco como foi um alerta para a seguinte questão: o grande empreendedor tem que saber lidar com imprevistos.

“Quando decidem se casar,

Sérgio Hoeflich, especialista em compras, na palestra Gestão de Risco: "abrir um negócio é como casar", sugere.

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os noivos sempre pensam que tudo dará certo. O mesmo acontece com quem vai abrir um negócio”. É assim que Ho-efl ich explica a lógica entre o casamento e o investimento em algo próprio. Essa visão, porém, segundo o palestrante, deve ser avaliada. “Quem garante que o marido ou a mulher não será traído ou traída no futuro? E quem poderá garantir que a em-presa vai gerar lucro?”, indaga.

Longe de ser pessimista, Ho-efl ich se diz cauteloso. Segundo ele, apostar no negócio próprio sem estar preparado pode ser uma grande decepção. “No em-preendedorismo é preciso saber lidar com o risco e entendê-lo. Quem não gosta de lidar com ris-co não deve se atrever a investir em certas atividades”, alerta.

Se um dos primeiros passos para a abertura de uma loja ou empresa é ter a noção de que obstáculos vão existir, Hoefl ich lembra também que é preciso estar preparado para se lidar com desafi os. “Só será possível

gerir o risco se for possível medi-lo”, acredita. A receita para isso, como destaca o palestrante, é investir em pesquisas de inten-ções e tendências. “Essa prática minimiza e até mesmo anula o risco a curto prazo”, afi rma.

Novidades do governo

Outro tema que deu o que falar no simpósio foi a infor-matização de todos os pro-cedimentos fiscais da Receita Federal, iniciativa tomada com a intenção de combater a ile-galidade e inadimplência no mercado, eliminar a duplicidade das informações apresentadas, otimizar a análise desses dados e viabilizar uma ação conjunta dos órgãos fi scalizadores fede-ral, estaduais e, no futuro, os municipais.

O consultor Luis Claudio Palese comentou sobre o assun-to na palestra Representação Comercial e os Riscos da Infor-malidade, na qual anunciou a instalação de um “Big Brother Fiscal”, com a extensão do Certificado Digital, da Nota Fiscal Eletrônica, do Sped Fis-cal (EFD – Escrituração Fiscal Digital) e do Sped Contábil (ECD – Escrituração Contábil Digital) para todas as empresas, como já ocorre com aquelas que trabalham com lucro real. “Isto obrigará o contribuinte a gerar em arquivo magnético todas as informações contábeis e fi scais conforme os layouts estabeleci-dos em lei”, avisou.

Segundo Palese, as prin-cipais razões que levam à in-formalidade entre os micros e pequenos empresários são a excessiva burocracia para a aber-tura de seus empreendimentos, o impacto dos impostos e a

rigidez da legislação trabalhista. Entre as motivações para zerar as pendências fi scais, ele citou o risco de ações trabalhistas, a possibilidade de participar de licitações e concorrências para fornecer produtos e serviços para empresas maiores e para a administração pública, e o peso das multas previstas em lei. “Além disso, a adoção desses mecanismos ajudará a reduzir custos com impressão, aquisi-ção e armazenagem dos livros e com as obrigações tributárias acessórias. Sem falar nos be-nefícios do uso da certifi cação digital”, completou.

Para dar conta de toda essa documentação, o lojista pode-rá contar com três alternati-vas: utilizar o sistema emissor da Secretaria da Fazenda, que é gratuito, porém lento; desen-volver um programa sob me-dida para seu negócio, o que pode acabar sendo oneroso e levar mais tempo que o previs-to; ou ainda locar o sistema de uma consultoria. “É a opção com menor custo mensal, pois não há necessidade de adquirir equipamentos e de contratar um funcionário de TI já que o 'backup' e manutenção são feitos pela empresa que presta serviços”, disse, apresentando a ferramenta da CCA Consul-tores Associados, firma em que atua.

Entre os procedimentos incorporados pela Receita Federal, o mais comentado continua sendo a Nota Fiscal Eletrônica que, como o nome já diz, é emitida e armazenada ele-tronicamente, com o intuito de documentar, para fi ns fi scais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação

Luis Claudio Palese alertou sobre os riscos

da informalidade e da sonegação

diante dos novos mecanismos

de controle do governo. Segundo

ele, vivemos um "Big Brother

Fiscal".

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de serviços. Na opinião de Pale-se, a principal vantagem deste tipo de operação é a redução de custos com papel, impressão e manutenção do espaço alocado para armazenagem das notas fi scais. “Estes fatores são mais representativos para firmas de grande porte, que emitem mais de 50 mil notas por mês. No caso das PMEs, o que mais pesa é a relação comercial, pois as que não adotarem a NF-e so-frerão sanções do Fisco e terão muitas difi culdades de se man-terem competitivas, perdendo clientes para as que estiverem regulares”, salientou.

As mudanças desencadeadas pelo documento em questão também foram assunto da pa-lestra Orientação Fiscal: Sinte-gra, Nota Fiscal eletrônica, Nota Fiscal paulista, PSF e ST, minis-trada por Claudenir Andrade – responsável pela homologação e aprovação dos emissores de cupom fi scal no Brasil e em ou-tros países – e por José Garjaka que, desde 1987, desenvolve, adapta e orienta o sistema de automação comercial Siapel. Ao longo do encontro, a dupla explicou aos visitantes da feira quais são as mudanças que o documento trará para o dia a dia dos lojistas.

Com a informatização do processo, um sistema deve ser instalado no computador da loja para gerar e enviar, auto-maticamente, a Receita Federal um arquivo de cada nota fi scal emitida. Isto tem duas grandes consequências. A primeira é uma fiscalização tributária mais rígida, garantindo o pa-gamento correto dos impostos municipais, estaduais e federais, pois estes terão acesso a todas

as notas emitidas. A segunda questão é a obrigatoriedade de informatização do comér-cio. Muitas papelarias ainda não trabalham com sistemas digitais e terão que adquirir (e aprender a usar) pelo menos um computador.

Os prazos para a regulari-zação com as novas normas de emissão de nota fi scal variam até 31 de dezembro de 2010, conforme previsto na Classifi -cação Nacional de Atividades Econômicas. Inicialmente, só os estabelecimentos de maior porte tiveram que se adaptar ao novo modelo. Porém, a partir de 1 de janeiro de 2011, todas as lojas serão obrigadas a estar de acordo com as regras da nota fi scal eletrônica.

Durante a exposição do tema, muitas dúvidas surgiram sobre procedimentos variáveis, como cancelamento de notas, pré-vendas e orçamentos. Todas foram explicadas pelos pales-trantes, com a ênfase de que os softwares desenvolvidos para a emissão de notas fi scais eletrôni-cas estão preparados para essas e outras possibilidades inerentes ao cotidiano do comércio. Um tema abordado na discussão, por exemplo, foi o Programa de Aplicativos Fiscais, que é instalado na impressora fi scal para controlar o movimento do estoque, incluindo pré-vendas, orçamentos e cupons fiscais. “O PAF é regido por uma lei que prevê a realização de 110 testes antes de o software ser aprovado e entrar no mercado. Portanto, é importante que o lo-jista verifi que se o programa que adquiriu está em conformidade com essas normas”, destacou Claudenir Andrade.

Lugar para vender e treinarAs empresas BIC e Pimaco também levaram seu pro-

grama de orientação e capacitação para o estande na feira. O Empreender para Crescer, que conta com a parceria do Sebrae, acontece em diferentes lugares do país, sem custos nem vínculo com as compras realizadas por cada cliente. Os principais ensinamentos são sobre como vender valor agre-gado, contando a história da empresa, e como identificar os investimentos da loja, avaliando os resultados. “Os balconistas são nosso foco principal para alcançarmos o objetivo de aumentar a margem de lucro das vendas”, explica Luciano Santos, gerente de desenvolvimento de canal papeleiro da Bic. O retorno do projeto pode ser percebido no posicionamento dos lojistas. “Antes, a primeira pergunta deles era o preço da Cristal (principal linha de canetas da fabricante). Hoje, eles perguntam como está o mix”, afirma o gerente, mostrando que seus clientes aprenderam a valorizar a diversidade. Na feira, o treinamento foi oferecido nos três primeiros dias do evento, com um tema por dia e três turmas para cada tema.

Parece óbvio que haja interesse dos fabricantes em ajudar seus clientes a venderem mais. Porém, as iniciativas ainda são poucas, apesar da grande demanda por essas e outras formas de apoio. Muitos lojistas estão acostumados a receber banners que destacam o produto, mas em alguns estabele-cimentos não há espaço para todos. “Os displays podem ser oferecidos em formas que ocupem menos espaço, como ade-sivo e flyer”, sugere como solução Fátima Luque, proprietária da Via Papel Livraria e Papelaria (São Roque/SP).

Treinamentos mais restritos também são considerados boas opções pelos lojistas, pois costumam suprir necessida-des específicas de cada loja. “A presença de um profissional da empresa no ponto de venda para explicar sobre os produtos faria nossos funcionários assimilarem as informações e ven-derem melhor”, acredita Maria Cecílio, proprietária da Nobel Raio do Saber Livraria (São Paulo/SP). Nesse caminho, estão as ações da Integris. Os representantes comerciais, localiza-dos nas cinco regiões do Brasil, indicam o que seus clientes precisam. A partir dessa informação, são preparados progra-mas específicos para atender a cada demanda. Geralmente, a capacitação da equipe acontece através da união entre técnicas de venda e informação sobre o produto. A empresa já trabalhou com treinamentos para grandes grupos, mas não gostou da experiência. “Dessa forma, é possível aproximar mais o lojista do fabricante”, explica Tatiana Mancini, gestora comercial da companhia.

O meio-termo entre aulas muito amplas e treinamen-tos que vão atender a poucos estabelecimentos pode ser obtido com aulas gravadas, como sugere Laura Moraes, da Papelaria e Cia (Altamira/PA). “Os fabricantes podiam oferecer treinamento em DVD. Assim podemos estudar todas as características e detalhes dos produtos, sem que o representante precise ir de loja em loja para isso.” Ditinha Moraes, proprietária da papelaria, enfatiza que o material de ponto de venda também merece mais atenção. “Além dos banners, os fabricantes deviam indicar onde podemos encontrar expositores para seus produtos”, completa.

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Irresistíveis...O licenciamento está estabelecido como grande impulsionador de vendas de artigos de papelaria, e a feira foi uma vitrine de diversificadas propostas de personagens, astros e marcas.

Logo no estacionamento do Anhembi, a Moranguinho já estava presente em banners. Lá dentro, ela podia ser encontrada em cadernos, pastas, maletas, apontadores, estojos e até bolsas com estilo adulto. Mas entre os estandes da Office PaperBra-sil Escolar 2010, a bonequinha com cheiro de fruta disputou a atenção dos visitantes com as novidades e outros personagens clássicos, como super-heróis e desenhos orientais. Certamente, o licenciamento foi o principal responsável pelos atrativos visu-ais da feira. No setor de papela-ria, o investimento em licenças é tão grande que os fabricantes fazem o máximo para destacar seus produtos licenciados. As estratégias vão desde apostar na decoração da vitrine até co-locar os próprios personagens (reais ou fictícios) em contato com o público. A Bic trouxe a estreante chinesa Ni Hao Kai

Lan, e a, também oriental, Pucca marcou presença na Cordez. O “artista global” Fiuk visitou a Ecológica, e o astro pop Luan Santana esteve nos estandes da Norma e da Dermiwil. Só para citar alguns exemplos.

Quem decide gastar um pou-co mais para colocar estampas famosas em seus produtos tem muitos argumentos para de-fender a opção. A gerente de marketing da Pacific, Edlaine Silva, conta que ter licença em todas as mochilas e bolsas é uma opção do fabricante, baseada em experiências anteriores. “Já trabalhamos com estampas neu-tras, mas não valeu a pena”, reve-

la. O custo e o preço de venda do item aumentam, mas Anderson Gallo, gerente de produto da Bic, garante que compensa. Segundo ele, “o valor agregado suporta os royalties”. Ele também ressalta que um critério importante para escolher uma licença é a presença dela em outros tipos de produto. Já Guilherme Catta-Pretta, dire-tor comercial da Summit, enfa-tiza a importância da qualidade do tema. “Não licenciar é melhor que ter uma licença ruim, pois acredito que ela pode ser respon-sável por 30% a 40% da venda de um produto”, constata.

Engana-se quem pensa em um público exclusivamente

Em águas nacionaisForam poucos os personagens brasileiros entre as licenças da Office PaperBrasil Es-colar 2010. Mas, as Princesas do Mar se diferenciaram e marcaram forte presença em cadernos, mochilas e estojos para o público feminino dos 4 aos 12 anos. O desenho animado é transmitido pela TV Cultura e pelo canal por assinatura Discovery Kids.No estande da Cordez, Fábio Yabu, criador das histórias, contou que Polvina, a princesa dos polvos, foi a primeira e surgiu por acidente, em 2002. Ele tentava criar um personagem com o tema “preservação da água” para a Sabesp (empresa responsável pelo abastecimento de água do Estado de São Paulo). Depois de várias tentativas não aprovadas pelo cliente, ele decidiu soltar a imaginação e desenhou uma menina com um polvo na cabeça. “Gostei tanto do resultado que torci para que não fosse aprovado e eu pudesse elaborar mais a nova criação”, revela Yabu. Foi o que aconteceu. Outro personagem seu foi selecionado para a campanha e ele pôde desenvolver os livros com a história do trio formado por Polvina; Estér, a princesa das estrelas-do-mar; e Tubarina, princesa dos tubarões. Cada uma usa a coroa com o símbolo de seu reino, e as três lutam juntas pela preservação ambiental.Apesar de ser brasileiro, o desenho foi transmitido em vários países antes de chegar aqui. Já no mesmo ano da criação, a produtora Flamma identificou que havia espaço internacional para as histórias. A animação é espanhola, e a primeira transmissão foi na Austrália. Atualmente, as duas temporadas, que tota-lizam 104 episódios, são transmitidas em 124 países. Os livros não foram esquecidos. A coleção cresce a cada ano e é uma ótima opção para acompanhar a venda dos produtos licenciados.

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infantil quando o assunto é licenciamento. Cada vez mais, o mercado procura (e encontra) alternativas para atingir dife-rentes faixas etárias através de personagens. Entre os destaques da feira estava o filme Crepúsculo, que tem as adolescentes como alvo. Outra opção muito uti-lizada é a adaptação de temas originalmente voltados para crianças em produtos para um target de maior idade. A Sestini, por exemplo, estampa a marca Hot Wheels em linhas infantis e jovens. “O público-alvo varia mais de acordo com o item ofe-recido do que com o personagem licenciado”, explica Andressa Palma, analista de marketing sênior da empresa. Para Catta-Pretta, da Summit, produto e licença devem ser compatíveis, mas “se for possível, é bom ter duas opções (infantil e teen) para a mesma licença.”

Renovação do clássicoNem tudo na feira era com-

pletamente novo. Muitos perso-nagens que são velhos conheci-dos do público também estavam no evento, cada um por seu motivo específico. A expectativa pelos filmes que trarão de volta grandes heróis da ficção, com

previsão de estréia para o ano que vem, fez a Bic resgatar os personagens da Marvel. “O filme de um super-herói faz aumentar a procura por todos os super-heróis”, justifica o gerente da empresa. A fabricante de canetas também trouxe a licença de A Bela e a Fera, um clássico que agrada sempre e será reforçado pelo lançamento do DVD em 2011. Outro retorno que vai gerar saudosismo nos mais gran-dinhos é o tema Onde está Wally? nos cadernos da Grafon’s. A capa vem com a conhecida brincadeira para procurar o moço de camisa listrada. O mercado também foi renovado por personagens que cresceram. É o caso de A Turma da Mônica Jovem, que estampa cadernos da São Domingos. A iniciativa não foi do mercado de papelaria, mas o sucesso nos gibis fez com que as empresas aderissem à transformação.

Outro exemplo de veterano que mantém seu sucesso é o Mickey. Presente em diversos produtos de papelaria, o ca-mundongo constantemente recebe diferentes roupagens, desafiando a mesmice. A Sestini inovou com a linha Mickey Colors, voltada para o público teen. A estampa tem apenas o contorno, e a mochila vem acompanhada por canetinhas coloridas para tecido. Assim, cada pessoa fina-liza a decoração da sua e nunca haverá duas iguais.

O personagem, assim como vários da Disney, também varia nas edições baby e cuties. As versões em bebê e com carinhas arredondadas fazem sucesso e agradam a quem gosta de formas fofinhas, sobretudo as meninas. A tendência está ganhando força, e mais personagens são

adaptados a ela. Na feira, havia a edição baby até da original-mente sensual Betty Boop. Outra novidade foi a Pantera Cor-de-Rosa Baby, nas mochilas da AIG Campestre. “Procuramos um personagem conhecido pelos públicos adulto, juvenil e infantil e que nos permitisse ousar na criação. Muitos estão adotando a versão baby para revitalizar seus personagens clássicos; porém alguns generalizam o estilo e não trazem atrativo para conquistar o consumidor. Precisamos ter muito critério”, conta Sidney Rodrigues, gerente de marketing da empresa.

O que há além de personagens?

Indo além das histórias e personagens, algumas empresas estão entrando para o mundo da moda. Esta é a base do novo posicionamento da Dac, que até montou uma passarela no estande para exibir seus produ-tos. Todos os dias, entre 12h e 18h, os modelos vestiam uma camisa estampada com a frase “adoro moda” e, de hora em hora, desfilavam com mochilas, bolsas e fichários das novas coleções. Cada item era nar-rado com suas características principais, como nos grandes desfiles de moda. “Sem licença, conseguimos ser mais originais e agradar aos jovens, pois eles buscam ser diferentes”, ressalta Nathalia Ibelli, do marketing da companhia, que trabalha apenas com marcas próprias.

Porém, licença e moda po-dem andar juntas. A Pacific lançou uma coleção do estilista Alexandre Herchovitch, que atende ao público de 12 a 25 anos. A gerente da empresa,

Para o diretor da Summit, Guilherme Catta-Pretta, é preciso prestar atenção na qualidade do licenciado, assim como na aceitação do mesmo pelo público.

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Edlaine Silva, conta como surgiu a inspiração: “Nossas licenças são divididas por categoria, mas faltava a de moda. Agora, ela está sendo preenchida.”

Reforçando essa tendência, alguns artistas que eram encon-trados distantes das papelarias também foram licenciados. A colombiana Catalina Estrada já estampou sua arte em pro-dutos de grandes empresas, variando entre ramos de bebida, tecnologia e roupa. Agora, seus desenhos simétricos com cores vibrantes chegaram aos cader-nos da Tilibra. Para a Jandaia, utilizar marcas de outros setores já é praxe. Depois da Coca-cola, Ecko Unltd e Zoo York, por exemplo, a novidade da 24ª Offi-ce PaperBrasil Escolar foi a linha com estampas do ilustrador Ed Hardy. “É uma licença que agre-ga muito valor ao produto e está voltada para a classe A. Nosso interesse é expandir o alcance da marca, pois cadernos são vendidos por um preço muito mais acessível que camisetas com as mesmas estampas, por exemplo”, explicou Fabrício Pardo, gerente de marketing da companhia.

Nada disso tira espaço da paixão nacional, que possui público fiel. As licenças de times

de futebol já estão em cadernos há algum tempo, é verdade, mas houve uma expansão das licen-ças. “Os clubes viram que tinham consumidores cativos e criaram departamentos de licenciamen-to”, constata Luiz Roberto, ge-rente de vendas da Art Manual. Além das mochilas, os escudos e símbolos estão em canetas e até em cartões de expressão social. “Nós trabalhamos com a trans-missão de mensagens, envolven-do muita emoção. Identifiquei a afinidade através do sentimento forte que também está presente nas torcidas”, contou Francisco Martinho, explicando como teve a ideia de trazer a licença para cartões da Zenir Cartões.

Estilo próprioTantos personagens e es-

tampas parecem não ser sufi-cientes. Muitos fabricantes do setor de papelaria desenvolvem decorações próprias para seus produtos. E alguns são tão bem aceitos que passam a ser licen-ciados para outras empresas. Foi o caso da Jolie, marca composta por meninas meigas criada pela Tilibra em 2005. Após dois anos, o sucesso despertou o interesse do fabricante de canetas Bensia pela licença. Sidnei Bergamas-chi, gerente de marketing da Tilibra que criou a linha, explica que esses personagens podem ter várias funções. Alguns são criados para atender demandas de público ou oferecer uma opção de menor custo. E há em-presas que preferem trabalhar apenas com marcas próprias.

Marcella Freitas, gerente de marketing da Kajoma, explica que a opção de não trabalhar com licenças permite maior flexibilidade, pois a equipe pode

alterar as estampas conforme achar conveniente. Ela conta que “as linhas são desenvolvidas através de pesquisas de moda e tenta atender a um público com pouca identificação”. Já na São Domingos, os personagens criados pelo fabricante são al-ternativas às licenças. “Ao mes-mo tempo em que agregamos valor, conseguimos produtos de 10% a 20% mais baratos.” A empresa Norma possui diversas licenças, mas frequentemente procura identificar carências do mercado. Foi o que levou à criação da linha Bonequinhas. “Faltam temas com bonecas que transmitem ternura”, des-taca Camilla Cervantes, trade marketing da empresa.

Outro destaque da feira entre marcas próprias já nas-ceu pronto para formar um kit escolar completo. Judy é uma personagem do estilo “cute” criada em parceria pela Foroni, Sestini e Summit. Ou seja, a bo-nequinha já está em cadernos, mochilas, estojos, lancheiras e materiais de escrita. Marici Foroni, diretora de marketing da fabricante de cadernos, con-tou que a ideia surgiu em uma conversa. “Falávamos sobre o fato de personagens moverem o mercado de papelaria. Foi quando pensamos em criar um exclusivo para as três empresas, sem a intenção de licenciar.” Segundo ela, o estilo “cute” é o que mais vende e o que me-lhor atenderia aos três tipos de produto. Mas nada aconteceu de uma hora para outra, foram 10 meses de desenvolvimento. Depois de algumas tentativas e muita pesquisa, chegaram à Judy, que agrada ao público feminino infantil e teen.

O gerente de marketing da empresa Jandaia, Fabrício Pardo, garante que utilizar boas marcas de outros setores é certeza de sucesso, a exemplo da linha Ed Hardy.

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Office PaperBrasil Escolar 2010Incentivo Fiscal

Neste ano, a Sudeste Cartões esteve pela primeira vez na Office PaperBrasil Escolar, e, de acordo com a coordenadora admi-nistrativa da empresa, Andréa

Prorrogação do ICMSpoderá ser ampliada em 2011 Pelo segundo ano consecutivo, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo prorrogou o pagamento do ICMS sobre produtos comercializados durante a Office PaperBrasil Escolar, iniciativa que favorece expositores, papeleiros e também o consumidor final. Ainda restrito a paulistas, o benefício poderá ser estendido às empresas de outros estados em 2011.

Marques, a experiência foi grati-ficante. Alcançar esse resultado, porém, não foi tarefa fácil. Além de dar muito trabalho, a partici-pação no evento gera uma série de despesas para o expositor, e é por isso que Andréa come-mora a decisão que prorrogou o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) incidente sobre os produtos co-mercializados durante o evento. “Pagamos pelo estande, por sua montagem e desmontagem, por toda a infra-estutura e, dessa maneira, ficamos com uma verba mais curta. O prazo maior para o pagamento do imposto é ideal para nos organizarmos financei-ramente”, explica.

A iniciativa é aplicada duran-te a Office PaperBrasil Escolar pelo segundo ano consecutivo e, aten-dendo à solicitação do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), da Rede Nacional de Papelarias Brasil Escolar e da Redepel, tem como principal

objetivo incentivar a venda de produtos durante a feira. “A carga tributária sobre o material escolar é alta, e todo benefício que conseguimos é bem-vindo”, comenta o presidente do Simpa, Antônio Martins Nogueira.

De acordo com o benefício concedido pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, o expositor que fechou negócios durante a feira ganhou mais 30 dias para o pagamento do ICMS. A princípio, a medida parece beneficiar a ele somente, mas se engana quem tem tal opinião, como defende o diretor comer-cial da Brasil Escolar, Antônio Sereno. Ele explica que a pror-rogação do ICMS possibilita que o fornecedor ofereça melhores prazos ao papeleiro, assim como descontos, e isso refletirá dentro da papelaria. “Por meio dessas facilidades, o varejista vai poder levar ao consumidor final pro-dutos com preços mais baixos, além de melhores formas de pagamento. Nessa história, todo mundo sai satisfeito”, garante.

Antonio Nogueira é presidente do Simpa, entidade que, ao lado da Redepel, de Minas Gerais, e da Rede Nacional de Papelarias Brasil Escolar, luta por benefícios concretos para o varejista.

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Office PaperBrasil Escolar 2010Incentivo Fiscal

Sereno lembra que até o Estado de São Paulo ganha ao permitir a prorrogação. “Dessa maneira, há mais incentivo à compra e à venda, gerando assim mais negócios e, consequentemente, mais arrecadação”, diz.

A extensão no prazo para o recolhimento do ICMS foi uma ideia que surgiu em 2009 na Feira Nacional de Papelaria, Escritório, Informática e Livra-ria (Fenapel), realizada em Belo Horizonte, Minas Gerais, como conta Sereno. No ano passado, durante a Office PaperBrasil Esco-lar, o benefício atingiu somente as empresas que trabalham com produtos gráficos. Já este ano, todos os fornecedores paulistas foram contemplados, sendo que,

para 2011, o intuito é fazer com que os expositores dos demais Estados também tenham prazo maior para o pagamento do imposto. “A iniciativa vem se aperfeiçoando e ganhando força. Pretendemos pedir aos governos estaduais que colaborem para ser possível a ampliação desse bene-fício. Lembro, porém, que para a prorrogação do recolhimento do ICMS sobre os produtos co-mercializados na feira ser uma realidade estendida a todos os expositores, é preciso que o setor papeleiro de cada Estado também se mobilize e cobre isso junto aos seus representantes”, alerta.

AtrasoApesar de vários folhetos

terem sido distribuídos durante a feira com informações sobre a iniciativa, da divulgação no site do Simpa e da presença de um agente fiscal de renda do Estado de São Paulo durante os quatro dias de evento para, entre outras funções, o esclarecimento de dúvidas, nem todos os exposi-tores tomaram ciência sobre a prorrogação do pagamento do imposto. “Pouquíssimas pessoas me procuraram. Elas não leem, não estão atentas em relação aos seus próprios direitos. Esse é um grande benefício para o expositor, e acho que eles deveriam prestar mais atenção a isso”, comenta o agente fiscal Renato Scoleso.

A falta de informação, como defende Nogueira, foi realmente um impasse causado principal-mente pela demora da decisão. “Foram 40 dias de espera. Ficou tudo para a última hora”, recla-ma. As negociações junto à Secre-taria da Fazenda tiveram início no dia 4 de agosto, e, de acordo com Sereno, o erro não será repetido

no próximo ano. “As conversas começaram muito próximas à data do evento. É por isso que em 2011 vamos passar a tomar medidas em março, para que em abril, no máximo em maio, o decreto seja assinado. Assim teremos tempo suficiente para o anúncio da medida”, diz.

Comercialização

Proprietária da Joy Paper, Vanessa Freire, aprova a pror-rogação do recolhimento do ICMS, mas acredita que de-veriam existir mais iniciativas visando à diminuição das taxas sobre o material escolar. “Ter um prazo maior para o paga-mento do imposto ajuda, mas não resolve o problema. A alí-quota é muito pesada e, hoje ou em 30 dias, teremos que quitá-la de qualquer maneira. O benefí-cio cedido durante a feira acaba sendo uma ilusão”, critica.

Adriano Timber Pimentel, gerente comercial da Stalo, também considera a medida interessante, mas diz que ela ainda é tímida. Ele acredita que isso acontece principalmente porque a feira deixou de ser um local para o fechamento de negócios, transformando-se em um ambiente mais voltado para atualização de relacionamento, celebração do mercado e lança-mento de produtos. “O fecha-mento de negócios deixou de ser a prioridade. O foco durante a feira é a conquista do cliente. Por outro lado, se a prorrogação do recolhimento de impostos pas-sar a ser um benefício estendido a todos os expositores, pode ser que, no futuro, a Office PaperBra-sil Escolar recupere sua antiga ca-racterística, voltando a ser uma feira comercial”, acredita.

Prorrogação por 60 diasAlguns dias após o evento, o Simpa, a Brasil Escolar

e a Redepel entraram novamente com pedido junto à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo para que fosse aprovada uma nova prorrogação por mais 30 dias, além daqueles já concedidos. Isso significa que os fornecedores teriam então dois meses a mais para pagar o imposto incidente sobre produtos comercializados du-rante a Office PaperBrasil Escolar 2010. Até o fechamento dessa edição, porém, a secretaria não havia divulgado a decisão sobre o assunto.

Para Adriano Pimentel, da Stalo,

a iniciativa é boa apesar de sua

empresa atuar na feira de modo

institucional e não para concretizar

vendas.

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Office PaperBrasil Escolar 2010Normatização

Qualidadecolocada à prova

Colocadas à prova pelo Inmetro, as canetas produzidas no Brasil levaram a melhor: elas possuem maior custo x benefício em relação àquelas vindas de outros países. O resultado, porém, é contestado por importadores, que não somente apontam falhas no teste realizado, como garantem a qualidade de seu produto. A Revista da Papelaria aproveitou a presença de alguns fabricantes nacionais e importadores na Office PaperBrasil Escolar 2010 para repercutir o assunto.

Nos últimos três anos, se-gundo dados do mercado de canetas esferográficas, o volume de importações do produto no Brasil foi muito maior que o de exportações. No segundo semestre de 2008, por exemplo, a quantidade de canetas que en-trou no país foi sete vezes maior ao de esferográficas vendidas a outras nações. O fato chamou a atenção do Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que considerou necessário rea-lizar uma análise em amostras de diversas marcas. Divulga-do em agosto pelo programa Fantástico, da Rede Globo, o resultado, ao mesmo tempo que fez com que fabricantes brasi-leiros comemorassem, levou os importadores a correrem atrás do prejuízo.

No teste realizado pelo In-metro, foram avaliadas 20 di-ferentes marcas, sendo cinco brasileiras, 13 chinesas, uma japonesa e uma malaia. Por não existir uma norma técnica espe-cífica para medir o desempenho do produto, foi elaborada uma metodologia com o intuito de comparar a quantidade de escrita da caneta esferográfica em metros e seu preço, ficando comprovado que as nacionais escrevem cerca de 500 me-tros a mais que as importadas.

O volume de importações maior que o de exportações motivou o Inmetro a avaliar canetas fabricadas fora e dentro do Brasil. Vinte modelos diferentes foram analisados, ficando comprovado que o produto nacional escreve até 500 metros mais que o vindo de outros países. O resultado causou polêmica.

Modelo fabricado pela BIC

Modelo fabricado pela Faber-Castell

Modelo importado pela Molin

Modelo importado pela Sertic

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“Quando se compara preço por capacidade de escrita, o brasi-leiro paga, em média, seis vezes mais pela caneta importada. Essa diferença é prejudicial ao consumidor, em especial àquele que adquire material escolar em grande quantidade, como escolas municipais e estaduais”, comenta uma das técnicas da Diretoria da Qualidade do In-metro, Rose Maduro.

No ano em que a BIC Cristal comemora 60 anos, a notícia é bem-vinda, mas, como afirma o diretor de marketing da em-presa, Emerson Cação, não sur-preende. “Nossa preocupação é oferecer produtos que durem. Antes das canetas saírem da fábrica são realizados testes, lembrando que elas seguem os

mesmos parâmetros de países desenvolvidos. Esse teste so-mente reforça a qualidade do produto”, avalia. De acordo com a análise, a Bic é a caneta com maior capacidade de escri-ta, chegando a 2.390 metros.

A Faber-Castell, outra em-presa que teve seu produto ava-liado, também obedece padrões internacionais e se preocupa em avaliar suas canetas em labora-tório próprio e em outro tercei-rizado, antes que elas cheguem às papelarias. “Nossa política é sermos os melhores da categoria e fazemos esforços contínuos para isso”, garante a gerente de marketing da empresa, Ana Cláudia Mascitto. Ela diz ainda que o lote avaliado foi produzido há quatro anos, e a partir de 2009

as canetas da empresa passaram a ser fabricadas para escreverem até 2.850 metros, 1.396 a mais que o revelado pelo teste.

QuestionamentosA Sertic é, no Brasil, a dis-

tribuidora de três das esfero-gráficas avaliadas pelo Inmetro: a Click-BP, do Japão, a Stabilo, da Malásia, a CIS e a CIS-Stick, ambas da China. De acordo com o gerente de marketing da em-presa, Ricardo Ferreira, o teste do Inmetro foi acolhido, mas há ponderações a serem feitas. Ele alega que o produto internacio-nal oferecido aos consumidores segue as normas sugeridas pelo instituto, e não somente a ca-pacidade de escrita deveria ter sido levada em consideração,

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Office PaperBrasil Escolar 2010Normatização

mas também outros atributos. “Nossas canetas não apresen-taram falha e estão de acordo com aquilo que prometemos em relação ao produto. Além disso, aspectos como conforto, maciez, ergonomia e beleza não foram avaliados. As pessoas estão interessadas na qualidade da escrita, e não somente em quanto uma caneta escreve”, observa. O resultado, porém, foi enviado aos fabricantes, e, se-gundo Ferreira, a possibilidade dos próximos lotes possuírem refil com maior volume de tinta está sendo estudado.

A Molin também teve seu

produto importado testado pelo Inmetro. A esferográfica Molin, da China, de acordo com o teste, é capaz de escrever até 1.757 metros, dado contesta-do pelo diretor comercial da empresa, Ricardo Machado Santos. “Nossa caneta é ca-paz de escrever mais de 2.000 metros e não perde em nada para as nacionais”, garante. Ele também afirma que o produto está de acordo com as normas do instituto e comenta que o resultado do teste foi enviado ao fabricante, mas nenhuma modificação está prevista. “Não há o que mudar. Atendemos aos consumidores mais exigentes. O cliente que adquire uma Molin sabe que ela escreve bem e está satisfeito”, diz.

Santos compartilha a mes-ma opinião de Ferreira ao afir-mar ter sido um erro ignorar as-pectos como conforto e design. Ambos acreditam ainda que o correto seria deixar um funcio-nário de cada empresa partici-pante acompanhar a realização do teste. Em resposta, Rose diz que as outras características relacionadas à caneta e citadas pelos importadores, apesar de importantes, são subjetivas, sendo a capacidade de escrita a principal função do produto. Já sobre o acompanhamento dos ensaios, ela explica que isso não acontece, à exceção dos casos de uma nova análise, para garantia de idoneidade do processo.

Para a assistente de diretoria da Nukin do Brasil, Simone Moraes, mais relevante que o teste do Inmetro é a satisfação dos consumidores, e, como ela afirma, sobre isso a empresa não tem o que reclamar. “Temos qualidade, e quem nos mostra isso é o próprio cliente. Após o término da carga da caneta, ele nos procura para fornecimento de uma nova, o que prova a pre-ferência dele pela nossa marca. É por isso que continuaremos a trabalhar com o mesmo ma-terial que sempre oferecemos”, comenta. A Nukin do Brasil teve três de suas canetas, todas chi-nesas, avaliadas pelo instituto. Uma delas, a Chengwen, além de ter menor capacidade de escrita que as nacionais, foi a única a apresentar falha. “Isso não diz nada. Qualquer caneta que fica muito tempo estocada, por exemplo, pode apresentar esse tipo de problema. É por isso que não concordo com o resultado do teste ”, argumenta.

Antidumping

A Aihao e a Winning são as outras duas marcas, distribuí-das pela Nukin do Brasil, ava-liadas pelo Inmetro, sendo que o fabricante da última também esteve presente na Office Paper Brasil Escolar 2010. Para a repre-sentante da Shangai Winning Pen Industrial, a chinesa Tina Zhang, o resultado da análise não representa um problema, e

Materiais que serão certificados compulsoriamente pelo Inmetro:

Apontadores, estojos, pastas, mochilas, canetas, lápis, lapiseiras, giz de cera, pincéis, tintas, borrachas, colas, réguas, corretores adesivos ou a tinta e tesouras de ponta redonda. Também fazem parte dessa lista lancheiras e merendeiras acompanhadas de seus acessórios.

Sem dúvida, o produto importado terá que agregar valor se quiser continuar a chamar a atenção dos consumidores.

EMERSON CAÇÃO DIRETOR DE MARKETING DA BIC

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Office PaperBrasil Escolar 2010Normatização

sua preocupação em relação ao mercado brasileiro é o antidum-ping, mecanismo utilizado para proteger a indústria nacional impondo uma sobretaxa sobre a caneta da China. “Temos distri-buidores no Brasil, mas quere-mos promover ainda mais nosso negócio no país. O antidumping, porém, vem atrapalhando essa nossa proposta”, comenta. Criticada por uns, apoiada por outros, a medida também re-percute entre os brasileiros. “A iniciativa tomada pelo governo de nosso país prejudica o impor-tador e o consumidor que prefe-re esse tipo de caneta”, reclama Simone. “O antidumping veio em um bom momento e reforça a questão do comércio legal de canetas produzidas no Brasil”, defende Cação, da Bic.

Foi o antidumping que fez a Kit Office, Escolar e Gifts desistir de importar, há três me-ses, a caneta chinesa de mesmo nome. Ela, porém, também este-ve na mira do Inmetro. “Apesar de não trabalharmos mais com o produto, não acho que esse foi

um teste justo. Nossas canetas gel foram comparadas a esfe-rográficas. Durante a escrita, gasta-se mais gel que tinta, já que ele é mais denso. A análise tinha que ter sido realizada en-tre produtos similares”, critica o gerente comercial da empresa, Alexandre Vasconcelos.

Tanto os fabricantes nacio-nais quanto os importadores estão de acordo em um ponto: nenhum deles acredita que o resultado do teste será capaz de fazer com que haja uma queda drástica na procura por canetas vindas de outros países, mas os primeiros, otimistas, dizem que a iniciativa do instituto pode mexer na realidade do mercado. “Acho que há chances de haver aumento na venda das canetas aqui produzidas”, aposta Ana Cláudia, da Faber-Castell.

A REVISTA DA PAPELARIA tam-bém entrou em contato com as empresas Summit, impor-tadora da caneta chinesa Tris, e com a Compactor, fabricante

nacional, outras empresas que tiveram suas esferográficas ava-liadas pelo Inmetro. Por meio de sua assessoria de imprensa, a primeira informou que não se pronunciaria sobre o assunto, enquanto a segunda não retor-nou as solicitações de entrevista da repórter.

RegulamentaçãoAlém de enviar o resultado

da análise para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Inmetro decidiu tomar outra providên-cia. De acordo com Rose Ma-duro, da Diretoria da Qualidade do Inmetro, depois da polêmica levantada pelo teste, o instituto vai estudar a possibilidade de adoção de um programa de cer-tificação que definirá padrões para as canetas vendidas no Brasil. “Solicitaremos à Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a elaboração dessa norma técnica para o produto”, comenta.

Nossas canetas estão de acordo com aquilo que prometemos. As pessoas estão interessadas na qualidade da escrita, e não somente em quan-to uma caneta escreve.

Saiba mais sobre o antidumping O antidumping tem como objetivo, por meio da aplicação de alíquotas,

neutralizar os efeitos nocivos causados à indústria nacional pelo dumping, caracterizado pelo ingresso de produtos estrangeiros no país com preços muito baixos e desleais se comparados ao mercado interno. Em abril de 2010, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu aplicar pelo prazo de cinco anos direito antidumping às importações brasileiras de canetas esferográficas procedentes da China. O valor corresponde a US$ 14,52, por quilo do produto. O processo para a investigação de dumping nas importações de esferográficas chinesas foi motivado por uma reclamação da Bic Amazônia S.A., protocolada, em 2008, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

RICARDO FERREIRA GERENTE DE MARKETING DA SERTIC

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Office PaperBrasil Escolar 2010Normatização

Mas parece que não é só a caneta que vai ter que se adequar a novas regras. Outros artigos escolares fabricados e comerciali-zados no Brasil serão certificados compulsoriamente pelo Inme-tro, e a decisão será publicada no Diário Oficial até o final de 2010, como informa outra técnica da Diretoria da Qualidade do Inme-tro, Milene Cleto. “O objetivo é garantir um nível adequado de segurança para o usuário de tais artigos”, explica.

Para obter o selo de iden-tificação da conformidade, o material escolar será submetido a testes químicos, mecânicos, fí-sicos, elétricos e biológicos para avaliação dos níveis de toxidade, maleabilidade, entre outros aspectos. Depois da publicação da portaria no Diário Oficial, o tempo para adequação será de 18 meses para fabricantes e im-portadores e 36 para o comércio. “Enquanto a regulamentação

não entra em vigor, os produtos devem seguir ensaios previstos na norma ABNT 15236, que especifica os requisitos a serem atendidos por produtos desti-nados a crianças menores de 14 anos”, lembra Milene.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), Antônio Martins Nogueira, está de acordo com a decisão do instituto, já que, se-gundo ele, a partir dessa iniciativa o comércio vai passar a lidar com artigos de qualidade ainda maior, sendo possível oferecer melhores produtos ao consumidor final. “A medida vai contornar alguns incidentes que já tivemos. O prazo para adaptação é excelente, e o varejista do segmento que se preocupa com o cliente deve apoiar a medida”, defende.

Fabricantes e importadores também enxergam a certifica-ção compulsória do material escolar com bons olhos. Apesar de alegar que a Faber-Castell já possui cuidado especial princi-palmente com a linha voltada para crianças, Ana Cláudia diz que a medida é importante para o consumidor. “Além de bené-fica, tal regulamentação será muito bem-vinda”, completa Ferreira, da Sertic.

A Dello, fabricante de pastas e outros produtos voltados para organização, também considera

A certifi cação só renderá bons frutos se for aplicada adequadamente, sem privilegiar um ou outro, tendo como principal e real objetivo a preocupação com o consumidor fi nal.

a iniciativa como algo positivo. “A certificação compulsória vai incomodar quem não se preocupa com qualidade. Não creio que será complicado nos adaptarmos, caso seja necessá-rio. Além disso, a decisão do Inmetro vai fazer com que o concorrente melhore seu pro-duto, fato que nos dará ainda mais motivação para seguirmos com nosso trabalho”, provoca a supervisora de marketing da empresa, Cássia Vornez.

Assim que for anunciada a publicação da portaria, Vascon-celos garante que a Kit Office, Escolar e Gifts, também impor-tadora de outros artigos esco-lares como mochilas e estojos, será uma das empresas a se adequar o mais rápido possível às novas normas estabelecidas. Ele, porém, pondera, dizendo ser importante que o Inmetro escute e esteja em sintonia com o mer-cado antes de qualquer decisão. “Acho que a questão deveria ser discutida com importadores e fabricantes. É preciso chegar a um consenso e não somente im-por uma regulamentação”, diz. A mesma opinião tem o presidente da Brasil Escolar, Alfonso Theiss. “A certificação só renderá bons frutos se for aplicada adequa-damente, sem privilegiar um ou outro, tendo como principal e real objetivo a preocupação com o consumidor final”, declara.

ALFONSO THEISS PRESIDENTE DA BRASIL ESCOLAR

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Office PaperBrasil Escolar 201070 Opinião dos Visitantes

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Para manter-se sempre atual, é necessário inovar, uma atitude que requer por si só uma boa dose de ousadia, afi nal é difícil agradar a todos. Foi exatamente o que aconteceu com o novo horário da

Offi ce PaperBrasil Escolar. Realizada de 13 as 21h por vários anos, desta vez o evento foi promovido entre 10 e 19h e provocou burburinho nos corredores da mostra. Entre os compradores, uns adoraram a novidade e elogiaram a iniciativa da organização. Por outro lado, vários lojistas não viram com bons olhos a ideia de ter que chegar mais cedo ao Anhembi e fi car sem tempo para fazer compras na cidade. Polêmicas à parte, todos chegaram a um consenso, a feira continua sendo uma oportunidade para fazer contatos e procurar inspirações e mercadorias para papelarias de todo o país.

Sob a ótica de quem visita

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Muito corre-correFLÁVIA CAVALCANTEComercial Monte Sinai (Satuba/Alagoas)“Neste ano, foi um cor-re-corre, e o atendimento ficou a dese-jar. Vim de l o n g e p a r a

fazer pedidos, mas muitas empresas não fechavam negócios diretamen-te conosco. Tínhamos que entrar em contato com os representantes comerciais. Mesmo assim, acabei comprando canetinhas diferentes e, ainda, mochila, estojos e cadernos. Acho que teremos um bom volta às aulas em 2011.”

Menos tempo para “rodar” em São Paulo

QUELNER LÁZAROFort Papelaria (Parangatu/GO)“Neste ano, a f e i r a f o i muito boa e atendeu mi-nhas expec-t a t i v a s . S ó tenho uma reclamação a fazer: a mu-dança de ho-

rário. A abertura do evento às 10h não foi satisfatória para os clientes. Como sou de Goiás, toda vez que venho, faço compras na cidade, e, desta vez, ficou muito difícil de fazer isso porque logo cedo já tinha que estar aqui. Sem falar na alimentação. Antes tínhamos como almoçar em outros lugares. Aqui temos menos opções e tudo é muito caro. Em

relação às compras, tirei cerca de 30 pedidos, só que em uma quantidade menor que a das outras vezes, mas estou animado com o volta às aulas. Pretendemos aumentar nossas ven-das entre 10 e 15 %.”

Translado mais rápidoGESSY PEREIRAExpress Papelaria e Livraria (Leopoldina/MG) “Há 13 anos, frequento a feira, e acho que a organização está se aperfei-çoando a cada ano. Uma coisa que ajuda muito é o translado para as estações do metrô, que seria ainda melhor se fosse feito em intervalos menores. Em relação aos expositores, percebo que ocorreu um aprimora-mento dos estandes. No entanto, tenho observado um fluxo menor de pessoas comparado às outras edições. Um ponto negativo deste ano foi o horário. Gostava mais de quando o evento se estendia até as 21h. Ele permitia visitar mais estandes, sobre-tudo quem é de outros estados ou do interior de São Paulo.”

Compras até mais tardeSANDRO SANTOSPapelaria Mip Santos (São Gonçalo/RJ)“Senti falta d e e x p o s i -t o r e s q u e sempre par-ticipavam do evento e, nes-te ano, não comparece-

ram. Também não gostei do horá-rio atual. Agora temos que chegar mais cedo, o que complica a vida de quem está vindo de outros estados, e acaba deixando nosso tempo aqui mais reduzido. Era melhor quando tínhamos como fazer as compras até mais tarde.”

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ríodo muito corrido. Além disso, era ruim sair daqui mais tarde. A organi-zação acertou na escolha.”

Personalizados com um ar artesanal

VANIA LACERDALacerda Roccne Livraria (Santo André/SP)“A Escolar é um bom exemplo da força e do dinamismo do nosso setor. Os estandes estão muito bonitos, m u i t o b e m

montados e com muita novidade. O evento está menor, mas com produtos diferenciados, muitos deles com um ar artesanal – uma tendência forte no mercado. Estou com uma expectativa muito boa em relação ao próximo vol-ta às aulas. Acredito que com certeza venderemos mais que em 2010 porque as pessoas estão mais dispostas a gastar. Os pais querem dar produtos bonitos para seus filhos, há uma pré-disposição maior.”

Horário ruimLEANDRO PEREIRALion Papelaria e Copiadora (Uberlândia/MG)“Gostei muito da feira deste ano, mas senti falta de alguns expositores. Vi muitas coisas da parte de mo-

chila, mas dos outros ramos, nem tanto. E o novo horário nos atrapa-lhou muito. Temos que pegar trân-sito, ficar aqui durante o horário de almoço, e o expediente termina mais cedo. De qualquer forma, es-

Ampliando os horizontes

RODRIGO RIBEIROAster Produtos de Papéis (São Paulo/SP)“Esta é a pri-meira vez que par t ic ipo da feira. Foi uma e x p e r i ê n c i a m u i t o l e g a l , que permitiu ampliar meus horizontes e

ter outras expectativas em relação ao mercado. Consegui fazer mais contatos que compras e acabei co-nhecendo marcas que nem sabia que existiam. Não deixa de ser interes-sante levar tudo isso depois para o seu mercado e adequar a sua realida-de. Em 2011, quero vir novamente, mas como expositor. As expectativas são as melhores possíveis. Todos da empresa que visitaram o evento nes-ses dias ficaram muito satisfeitos e felizes com o que viram.”

Caçador de novidadesJOÃO DIMASPapelaria Carbono (Timóteo/MG)“Há mais de 20 anos, frequento a feira e gostei muito dessa edição. Achei que ela estava bastante mo-vimentada e com produtos bem diferenciados, especialmente na área de mochilas. Alguns surpreenderam minhas expectativas. Sempre fico de olho em novidades com qualidade porque elas são justamente o que meus clientes procuram.”

Poucas opçõesANTÔNIO CARNEIROO Atacadão (Feira de Santana/BA) “Participo há 10 anos da feira e achei essa edição muito fraca. Foram poucas as opções de produtos como grafite e lapiseira. Ainda assim foi

possível fechar alguns negócios, apesar de não tão bons quanto em anos anteriores. Também não gostei da troca do horário. Temos outros compromissos durante o dia. Era bom ter a noite para participar do evento.”

Volta às aulas promissor

SILVANA REISCD e Comércio Serviço (Belo Horizonte/MG)“ C o m o a s v e n d a s e s t ã o a u -mentando, e e s t a m o s a l c a n ç a n -do cada vez mais produ-

tividade, acreditamos que o próximo volta às aulas seja bem especial. Para abastecer a loja, comprei mochilas, caixas e cadernos. Vi muitas novi-dades, mas não gostei do horário imposto. Desta vez, tive que chegar e sair mais cedo da feira. Antes, tínhamos como almoçar fora, por exemplo. Agora, somos obrigados a comer aqui por um preço absurdo. Esta mudança foi negativa.”

Network e bons preçosBLASIO GREGORYPapelaria Brinquedos Star (Jardim/MS)“Venho praticamente todo ano a esta feira. Em 2009, não pude comparecer, mas desta vez fiquei aqui os quatro dias e aproveitei a feira ao máximo. Gostei bastante do que vi. Conheci vários representantes da indústria, fiz muitos contatos e encontrei produtos com preços excelentes, especialmente mochilas. Gostei muito da mudança de horário. De 13 as 21h era um pe-

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tou otimista com o próximo volta às aulas. Estamos nos empenhando para que tenhamos entre 10% e 15% de aumento em relação a 2010.”

Espaço para os pequenos

DOUGLAS SANTOSBetari Papelaria (São Paulo/SP) “Esta é a ter-ceira vez que venho a feira e acho que ela está cada vez melhor. Notei uma melho-ra no atendi-mento aos pe-

quenos lojistas. Antes, fabricantes como a Bic ficavam focados em grandes empresas e nos deixavam em segundo plano. Agora, já temos mais facilidade para fazer compras. Prefiro comprar aqui porque não é a mesma coisa que fazer por catálogo, com um representante. Aqui temos a possibilidade de ver de perto o produto.”

Sem surpresas no bolsoMARCELO CRUZZurc Zurc Papelaria (São Paulo/SP)“Tudo f icou aquém do que eu imaginava. Esperava mais lançamentos, negócios mais interessantes, e n c o n t r a r

com representantes de empresas que não compareceram ao evento. Até achei uma ou outra coisa diferente, mas nada me surpreendeu. Acre-dito que o próximo volta às aulas

será bacana se o próximo governo não aprontar alguma e lançar mais um novo pacote. Se bem que nesta época sempre acontece um reajuste de preço, sem falar na concorrência desleal com o produto chinês. Eles pagam poucos impostos ou nada, enquanto nós temos que arcar com altas taxas.”

De olho nos chineses

FERNANDA ESTEVESArte no Papel (São Paulo/SP)“ E s t o u a c h a n d o a feira ótima. P a r e c e qu e ela deu uma ampliada em relação aos outros anos. Os estandes

estão imensos, cresceram bastante, e os materiais estão mais persona-lizados, o que permite atender a públicos mais específicos. Desta vez, fiz muitas compras, principalmente com os chineses, que passaram a ter uma participação mais significativa no evento. Sinal de que o mercado está ótimo para os importadores. Outro ponto positivo foi a mudança de horário. É melhor vir para cá mais cedo e ter como atender os clientes na parte da tarde.”

Tudo é novidadeDEISE MARQUETTOLivraria Catarinense (Tubarão/SC)“Esta é a primeira vez que venho e estou adorando a experiência: é tudo novidade. Fiz contato com várias empresas novas, encontrei bastan-te variedade de produtos e achei preços bons. Deu para fechar bons negócios. Em 2012, quero participar novamente do evento.”

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Representante Comercial

Office PaperBrasil Escolar 2010

O ditado “filho de peixe, pei-xinho é” cai como uma luva para Leonardo Arruda Guaglianone. Do pai, ele herdou a paixão pelo comércio, mais precisamente pelo trabalho de representante comercial. Atuaram em parce-ria por sete anos, até que, há três, o aprendiz resolveu traçar seu próprio caminho, criando a Guaglianone Representa-ções (São Paulo/SP). Hoje, ele representa a marca Credeal. “Vejo que esse segmento ainda

Os olhos, ouvidos e bocada indústria

Espalhados por todo o Brasil, os representantes comerciais desempenham papel decisivo no mercado de papelaria ao atuarem tanto como porta-vozes dos fabricantes como mediadores dos lojistas. Seu papel é reconhecido na 24a Office PaperBrasil Escolar, com um espaço exclusivo para eles.

é muito familiar, mas isso não é regra. Entre os amigos do meu pai, vejo um ou outro que tem interesse em seguir a carreira. Depende muito do interesse de cada pessoa”, salienta.

A vocação herdada de berço – garante o empresário – não é fá-cil. Entre as dificuldades enfren-tadas atualmente, ele destaca a substituição tributária. “Como o fabricante é do Rio Grande do Sul, já tínhamos despesa com transporte e logística. Agora, a alíquota está lá em cima, e ficou complicado para nós e para nossos clientes. Muitos deles desconheciam a medida e tive-ram que entrar em contato com contadores para aprender a fazer os cálculos”, comenta.

Visando ampliar as vendas e aumentar a carteira de empre-sas, ele aproveitou a 24ª edição da Office PaperBrasil Escolar para dar um pulo na Sala do Repre-sentante Comercial – um espaço criado pela Francal para abrigar reuniões de negócios entre expo-sitores e representantes. “Neste ano, ela teve muita visibilidade porque ficou logo na entrada da feira. Lá, há um sistema chamado Bolsa de Oportuni-dades, que procura fazer uma ponte entre esses dois lados sem custo algum”, conta a gerente de negócios Wanira Salles. Na prática, o projeto funciona da seguinte forma: as empresas se cadastram e dizem em quais regiões necessitam de gente, enquanto os representantes informam suas áreas de atuação e pretensões de trabalho.

Na feira, o representante comercial contou com um espaço exclusivo onde poderia se cadastrar num banco de dados acessado pelas empresas expositoras e onde também poderia consultar as 45 oportunidades divulgadas lá.

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muita procura por cadernos que têm paisagens estampadas nas capas. Enquanto isso, no Sul e Sudeste, a coleção mais pedida é a Cobra d’Água”, detalha.

Peça estratégicaAssim como Guaglianone,

Paulo Cezar Silva de Oliveira se candidatou para assumir mais uma empresa do segmento de papelaria. Há 18 anos no ramo com a Pcsoll Representações (Rio de Janeiro/RJ), ele decidiu assumir a missão de fornecedor de varejo, depois de trabalhar por um tempo como gerente de ban-co. “Era responsável por várias contas, e uma delas era de um representante de tintas. Certo dia, ele me disse que precisava de alguém para cuidar do interior do estado. Assumi o desafio e não larguei mais”, recorda.

Hoje, Oliveira atende duas fábricas – Casaborda Enxovais e Dello – e sempre procura ficar de olho nas necessidades de seus clientes para não deixar de aproveitar boas oportunidades de negócios. “Eles são o maior patrimônio que um vendedor pode ter. Por isso, sempre busco representar firmas que tenham bom atendimento, entreguem no prazo e tenham boas opções para o varejista. As principais marcas já têm os seus represen-tantes comerciais. Cabe a nós identificarmos outras que pos-sam ser uma alternativa no mer-cado. Ele não pode ter um único fornecedor; sempre tem que ter várias opções”, salienta.

Mesmo tendo este caráter decisivo no mercado, este tipo de atividade ainda se encontra aquém do necessário para aten-der a todas as regiões do Brasil. A queixa é feita por Alcides

O gerente de vendas da São Domingos, João Antonio Cor-niani, também reconhece a im-portância do representante para que haja a chegada de novos for-necedores e, consequentemente, novos produtos às papelarias. A ideia de criar um espaço para incentivar o diálogo entre essa classe e a indústria, realizada pela Francal, foi dele. Para ele, tais profissionais são “os olhos, a boca e os ouvidos dos fabri-cantes”. “Sem eles, muitos clien-tes não conseguiriam chegar até nós. Não consigo imaginar como conseguiríamos fazer nos-so trabalho sem a ajuda deles. Pena que nem sempre este papel tem o devido reconhecimento”, lamenta Corniani.

Na opinião do porta-voz da São Domingos, um dos “pu-los do gato” conseguido com a ajuda desses parceiros é a possibilidade de mapear e com-preender as particularidades de cada região do Brasil. Pensando nisso, a companhia tem em seu quadro 120 colaboradores em todo país, para atender sete mil clientes ativos espalhados do Amapá ao Rio Grande do Sul. “No Nordeste, por exemplo, há

A sala do representante foi uma ideia apresentada por João Antonio Corniani, gerente da São Domingos, e realizada pela organizadora da feira.

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Representante Comercial

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Para Edson Lira, gerente nacional de vendas da Summit, esta falha na distribuição dos produtos pode ser atribuída basicamente a dois fatores. Um deles é a concentração de gran-des atacados como grandes for-necedoras de algumas regiões, uma questão política resolvida sempre com muita diplomacia. “Às vezes, nos deparamos com representantes que exigem ex-clusividade e não querem que outras empresas invadam suas áreas de atuação. Sempre pro-curamos fazer com que com-preendam que nosso interesse é levar nossas mercadorias para o maior número de consumido-res, conciliando e respeitando oportunidades de negócios e parcerias já estabelecidas”, diz o gerente da importadora, que tem 54 escritórios no país.

Além disso, Lira reconhece a dificuldade dos fabricantes em criar uma logística que atenda a papelarias de todos os portes e dê conta de um país com dimensões continentais. “Quando temos lançamentos, trabalhamos com lotes limi-tados que, em certas ocasiões, acabam chegando só às capitais. Para tentar atender a todos os lojistas, levamos vários fato-res em conta ao determinar a cota de participação de cada representação. Entre eles, estão os valores e marcas dos itens comercializados, os pedidos por ponto de venda e o mix requisitado. Vale mais a pena vender uma linha do que um único produto”, explica.

A Bic sabe bem a importância de ter a distribuição mais pulveri-zada possível. Há alguns anos, a companhia deixou o escoamento de seus produtos concentrados

com alguns distribuidores e, de 2005 para cá, sentiu a necessidade de rever conceitos e redescobrir o varejo. “Naquela época, pro-curávamos crescer em mix para atender principais papelarias de cada região, com o intuito de gerar vendas de maior valor agre-gado. Hoje, voltamos a ser o que éramos; temos representantes por todo Brasil”, analisa Luciano San-tos, gerente de desenvolvimento de canal da companhia.

De acordo com ele, além de evitar que seus produtos fiquem concentrados nas mãos de al-guns fornecedores, a empresa também se preocupa em avaliar as estatísticas de sell in (vendas ao consumidor final) e sell out (ven-das ao canal de distribuição) e em investir na formação de seus representantes. “Eles devem ter conhecimentos em marketing e vendas, saber detalhes sobre os produtos e suas respectivas categorias e entender a logística da empresa. Assim, terão como explicar, por exemplo, porque uma entrega não foi feita. Não é com frequência que problemas acontecem, mas, se for o caso, eles devem estar prontos para solucioná-los o quanto antes da melhor forma”, afirma Santos.

Jeitinho brasileiro A Tilibra é outra que aposta

em um modelo pulverizado para atender às necessidades do cená-rio brasileiro. No momento, a companhia atua basicamente em três frentes: varejo, ataca-do e autosserviço. “Buscamos equilíbrio entre estes três canais. Temos políticas distintas para cada um deles a fim de evitar confrontos e concessão de privi-légios a um ou outro. Para nós, a concorrência só pode acontecer

Feriani, diretor financeiro do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa), que reclama da ausência dos vendedores em cidades do inte-rior e, até mesmo, nas capitais. “Muitos lojistas ficam sem saber dos lançamentos e recorrem à informalidade para fazer com-pras”, critica.

Entre as queixas direcionadas à indústria nacional, segundo Fe-riani, está a falta de flexibilidade em relação aos pedidos mínimos e de um modelo de distribuição das mercadorias mais pulverizado e eficaz. “Os pequenos e médios empresários que têm um forte poder de compra não podem ser deixados de lado até porque somos nós que fazemos o marke-ting de boca a boca e vendemos para o consumidor final. O re-presentante é fundamental para fazer uma ponte entre esses dois polos, pois conhece o potencial e o perfil de cada lojista e nos ajuda a fazer melhores negociações”, afirma Feriani.

Paulo Cezar Silva de Oliveira é

representante comercial há 18

anos e atualmente trabalha com a

Dello: "os clientes são o maior

patrimônio que um vendedor

pode ter. Por isso, sempre busco

representar firmas que tenham bom

atendimento e entreguem no

prazo".

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ticas na dinâmica do merca-do de papelaria, pelo menos em curto prazo. “A figura do representante comercial está relacionada ao perfil da nossa cadeia de varejo. Enquanto ela continuar pulverizada, prevale-cerá esse modelo”, garante. Na opinião dele, o único fator que poderia acarretar uma recon-figuração deste cenário seria a concentração do escoamento de produtos nas mãos de pe-quenos distribuidores, como ocorre atualmente nos Estados Unidos. “Há 50 anos, este país tinha um cenário parecido com o nosso. O mesmo era visto um século atrás, na Europa. Não é algo exclusivo do Brasil. Se o mercado se reconfigurar, esta maneira de fazer negócios será alterada”, sinaliza.

Por outro lado, existem aqueles que relacionam a lon-gevidade da figura do represen-tante comercial à existência de um certo jeitinho brasileiro de concretizar vendas. É o caso de Francisco Ruiz Maza, diretor de Novos Negócios e Comércio Ex-terior do Grupo Papelero Scribe. “No México, esse profissional atua mais como um distribui-dor. Aqui, ele desempenha a função de facilitador do lojista e, muitas vezes, o ajuda a chegar até outras empresas”, opina.

Já Marici Foroni, diretora de marketing da empresa que carrega seu sobrenome, cita como particularidade do nosso país a busca por contato pes-soal. “Há uma necessidade de conversa”, comenta a porta-voz da Foroni, que conta com 110 colaboradores para atender seus cerca de 8.500 clientes. “Todos são bem vistos em suas regiões, e, acima de tudo, qualificados

e profissionais. Este é um pré-requisito para ser a nossa cara no varejo”, frisa.

Sai pra lá, amadorismoAo que tudo indica, o mer-

cado aqui apresentado parece ser promissor. Contudo, para vencer neste segmento é neces-sário investir em capacitação. Não é à toa que recentemente a especialidade foi parar até no segmento universitário, e que, volta e meia, a indústria promo-ve encontros voltados para seus colaboradores. Contudo, além desses conhecimentos teóricos, é necessário incorporar uma série de valores à rotina diária, a começar pela ética, como sinaliza Paulo Cezar Silva de Oliveira, da Pcsoll Representações. “Em uma busca desenfreada por clientes, alguns representantes chegam até a queimar outro profissional. Esta prática é frequente no mer-cado, mas felizmente é praticada apenas por uma minoria”, critica o comerciante.

Para João Antonio Corniani, da São Domingos, todo represen-tante que se preze deve conhecer bem mercadorias com que traba-lha e ter o dom de cativar o clien-te. “Nem só de capacitação vive o homem. Há muita gente simples que tem pouca informação, mas simpatia de sobra. Alguns são venerados pelos lojistas porque estabelecem com eles uma rela-ção de cumplicidade”, aponta. Marici Foroni, da Foroni, fecha a lista com outros itens para lá de importantes: a paixão pelo varejo e a vocação para vendas. “Não adianta ter um bom produto e não saber como comercializá-lo, mas é possível encontrar um bom representante que comercializa de tudo”, finaliza.

quando o cliente decide em que loja vai comprar o produto que procura. Trabalhamos com este modelo há anos, e os elogios que recebemos refletem a sua eficá-cia e a melhoria no atendimento oferecido por nossos represen-tantes, que está associada a investimento em treinamento”, salienta o presidente da compa-nhia, Rubens Passos.

Na opinião dele, uma das grandes contribuições para a capacitação desses profissio-nais é a maior facilidade de acesso à informação – antes praticamente restrita às capi-tais do país. “Nesse ponto, a internet foi uma ferramenta revolucionária, pois deixou todos os profissionais mais nivelados. Ainda é válido levar em conta que os filhos dos proprietários dessas empresas familiares tiveram um tempo maior de suas vidas destinado à educação e tiveram uma for-mação mais completa”, destaca o executivo.

No entanto, mesmo diante de tantas mudanças, Passos não vislumbra mudanças drás-

Segundo Luciano Santos, gerente de

desenvolvimento de canal da Bic,

os representantes devem ter

conhecimentos em marketing

e vendas, saber detalhes sobre

os produtos e suas respectivas

categorias e entender a

logística da empresa.

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Inglês, espanhol e chinês fo-ram apenas alguns dos idiomas que puderam ser ouvidos pelos corredores do Anhembi durante a Office PaperBrasil Escolar. Em busca de novidades ou de fecha-mento de negócios, estrangeiros desembarcaram em São Paulo com o intuito de explorar, como eles mesmos definem, um mer-cado em expansão: o brasileiro. Desde sua primeira edição, o evento recebe pessoas vindas dos quatro cantos do mundo, e, segundo dados da Francal Feiras, organizadora do evento, a quantidade de estrangeiros que dele participa cresce pelo menos 5% a cada ano. Em 2009, 55 empresas internacionais tiveram seus estandes monta-dos no Anhembi. Esse número subiu para 65 em 2010. “Nunca tivemos diminuição na quanti-dade de expositores vindos de outros países. Isso não acon-teceu nem quando o mundo passou por crise econômica entre 2008 e 2009”, comenta a gerente de comunicação da Francal, Sâmia Hannouche.

De olho em nosso mercado

Importação e exportação também foram assuntos em pauta durante a Office PaperBrasil Escolar 2010. Entre expositores e visitantes, mais de 600 estrangeiros estiveram presentes na 24ª edição da feira principalmente à procura de oportunidades junto às empresas brasileiras.

Orientamos os estrangeiros a contratarem tradutores. A Francal se oferece para ajudar nisso. E aconselhamos os brasileiros a se prepararem para receber visitantes internacionais.MARIA CRISTINA BOTELHO COORDENADORA DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS DA FRANCAL

A Office PaperBrasil Escolar é a maior feira de papelaria do continente americano, fato que chama a atenção de em-preendedores de outras nações, como explica a coordenadora de negócios internacionais da Francal, Maria Cristina Botelho. Ela destaca ainda que algumas empresas estrangeiras, após participação no evento, veem no Brasil uma grande oportunida-de e, dessa maneira, instalam-se definitivamente no país.

Esse é o caso da companhia norte-americana US Ring, pro-dutora de material em aço ni-quelado para pastas e fichários, que, após abertura de uma filial em nosso país há três anos, pas-sou a ser chamada, em território

nacional, de US Ring Brasil. “Enxergamos que seria melhor estar fisicamente presente para a realização de melhores ne-gócios. Vem sendo fantástico investir no Brasil”, comenta o diretor de marketing da empre-sa, Brent Robischeau.

O “namoro” entre a US Ring e o mercado brasileiro teve início

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há oito anos, quando a empresa participou pela primeira vez da feira com um pequeno estande, que acabou se transformando em um escritório em São Paulo. Com escritórios nos Estados Unidos, no Canadá e no Brasil, a US Ring procura hoje por oportunidades em outros países da América Latina.

Outra companhia com sede no hemisfério norte que busca oportunidades em terras brasi-leiras por meio da feira é a cana-dense First Base. Em 2005, seu presidente, Jean-Pierre Cayer, visitou a feira, retornando, em 2010, como expositor, após a aquisição da terceira empresa do grupo no início deste ano. “Fiquei impressionado com o tamanho do evento, naquela época, e achei o momento atual propício para apostar no Bra-sil”, explica.

Encontrar um distribuidor para os produtos de sua nova li-nha, chamada Dac e especializada em artigos para computadores, era um dos objetivos do grupo First Base, e a participação na feira parece ter rendido frutos. De acordo com Cayer, já no segundo dia do evento vários contatos haviam sido feitos, e até o fim deste ano a companhia terá seu próprio representante em nosso país. “Temos uma lista de interes-sados. Três meses após o término da feira teremos escolhido nosso distribuidor”, afirma.

Além do objetivo alcançado, o presidente do grupo afirma ainda que a Office PaperBrasil Es-colar superou suas expectativas. “Na América do Norte não há eventos como esse. Essa é uma oportunidade única. Entrei em contato com pessoas de várias partes do mundo, inclusive

da Índia, país onde também pretendo encontrar um distri-buidor”, revela Cayer.

Mercado propícioAssim como o grupo First

Base, ao participarem da feira, a maioria dos expositores in-ternacionais tem como objetivo encontrar um distribuidor bra-sileiro, como afirma Maria Cris-tina. Para os estrangeiros, a bus-ca por negócios no Brasil está relacionada ao desenvolvimento de nosso mercado e ao nosso amadurecimento econômico. “Este é um país de população imensa, de economia crescente e governo estável”, comenta a gerente para assuntos inter-nacionais da Luxor, empresa indiana de instrumentos para escrita, Savita Bisht, que con-sidera tais aspectos essenciais para o investimento da empresa em terras brasileiras.

Outro fato que chama a atenção de Savita é que o Brasil e a Índia fazem parte de um mesmo bloco, e, por isso, ambos devem estabelecer laços cada vez mais fortes. “É importante que os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se unam para a garantia de seu fortalecimento”, acredita. Esse é o terceiro ano que a Luxor participa do even-to, e a empresa também voltou para a Índia com alguns nomes interessados em distribuir seus produtos em nosso país. “Nosso material já entra em território brasileiro, mas não com nossa marca. O que queremos é ter um distribuidor forte, que implante nosso nome e faça com que ele cresça no Brasil. Algumas pro-postas estão sendo avaliadas, e creio que, brevemente, teremos esse novo parceiro”, comemora.

A também indiana Hamil-ton Writing Instruments é outra companhia internacional que enxerga nosso mercado como promissor. Há seis me-ses, foi aberto um escritório próprio em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e neste ano, pela primeira vez, ela participa da Office PaperBrasil Escolar. “O grupo já atua em mais de 40 países, mas ainda faltava sua presença também na América Latina, e é isso o que buscamos agora”, diz o responsável pela empresa nessa região, Heinz Boesing. “A feira é o local ideal para o fechamento de negócios. Não queremos ser uma empresa internacional, mas local”, com-pleta o assistente de gerência da Hamilton Writing Instruments, o indiano Nikhil Bhatia.

De acordo com o peruano Cesar Sasaki, diretor de ex-portação da Pegafan, empresa de fitas adesivas e etiquetas, foi o crescimento do mercado brasileiro que o estimulou a

O Presidente da First Base, Jean-Pierre, ao lado da filha (à esq.) e da diretora de vendas da empresa, participou da feira para encontrar um distribuidor brasileiro. Ele voltou para o Canadá com várias propostas a serem estudadas.

As canetas da Luxor já estão presentes no Brasil com marcas de terceiros. O objetivo da empresa indiana é estabelecer-se definitivamente por aqui.

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participar pelo quinto ano con-secutivo da feira. Ele afirma que o interesse em encontrar um importador brasileiro é grande, mas conta que, neste ano, foram contatos com pessoas do Pa-raguai, do Chile, da República Dominicana e da Venezuela que contribuíram para o sucesso de sua participação no evento. “Espero concretizar pelo menos dois bons negócios a partir de conversas aqui iniciadas”, diz.

Depois de investir na Argen-tina, na Colômbia, no Chile e no Paraguai, a empresa chinesa Sworld, que comercializa pastas e outros artigos de plástico, defi-niu que era o momento de acre-ditar também no Brasil, e, apesar dessa ter sido a primeira parti-

cipação da companhia na feira, seu gerente para exportação, Bob Wang, afirma que o interesse em abrir um escritório próprio em nosso país já existe. Ele porém pondera ao afirmar que o ideal seria primeiramente encontrar um grande distribuidor. “Esse é um processo longo, que envolve pesquisa e conversa. Mas temos a consciência de que precisamos de um representante nem que seja para a estocagem de nossos pro-dutos no Brasil”, comenta. Desde 2008, o material de papelaria da Sworld entra no país, mas ainda em pequena quantidade. “Busca-mos a ampliação dos negócios”, declara Wang.

Sobre sua impressão em relação ao evento, o gerente da Sworld para exportação diz ter ficado satisfeito com a organização, mas comenta ter estranhado o perfil da Office PaperBrasil Escolar ao compará-la com outras feiras ao redor do mundo. “Percebi que aqui a feira é voltada para material escolar. Em outros países o foco é em produtos para escritório. De qualquer maneira, no ano que vem estaremos presentes mais uma vez como expositores ou como visitantes. Há muito produto interessante para se ver”, comenta.

Países em pavilhõesA Sworld foi apenas uma das

várias empresas chinesas que participaram da feira. Em um dos corredores do Anhembi, a impressão era a de que se tran-sitava pelo país oriental, princi-palmente devido à decoração do espaço. Grande parte dos expo-sitores se expressando por meio de uma língua incompreensível para a maioria dos visitantes ali presentes foi outro fato que contribuiu para essa ambienta-ção. A empresa China Foreign Trade Guangzhou Exhibition General Corporation (CFTE), especializada em exposições, foi a responsável por trazer grande parte das companhias chinesas, a maioria delas concentrada na feira em um único pavilhão.

Foi a convite da CFTE que a gerente da Sincere Stationery & Gift, Maria Ding, decidiu participar da Office PaperBrasil Escolar. Pela primeira vez em nosso país, ela afirma que a pre-sença na feira foi válida. “Ouvi falar da expansão do mercado brasileiro e vim para conferir. Gostei principalmente dos vários lançamentos que aqui encontrei”, comenta. Por outro lado, Maria Ding revela que os negócios podiam ter sido me-lhores não fosse um problema: a dificuldade de se comunicar com os compradores. “A maio-ria das pessoas não fala inglês, e isso atrapalha. Consegui vender poucas mochilas, e volto para a China sem um distribuidor brasileiro”, lamenta. A questão também incomodou a chinesa Leona, representante da Wen-zhou Huaxia Pen, mas não foi suficiente para prejudicar sua participação no evento. “Achei tudo muito interessante. A feira

O perfil internacional da Office PaperBrasil Escolar■ Países que visitaram a feira: Alemanha, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, China, Cingapura, Costa Rica, Equador, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Honduras, Índia, Irã, Itália, Japão, Jordânia, México, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Reino Unido, República Dominicana, Suriname, Taiwan, Uruguai, Venezuela.

■ Países que participaram do projeto Comprador Internacional: Argentina, Colômbia, Costa Rica, Paraguai, Peru, Portugal, Venezuela, Uruguai.

■ Empresas integrantes do consórcio Graphia – Grupo Papelaria: Agaprint, Confetti, Home Tech, Jandaia, Posigraf e Reipel.

O crescimento do mercado brasileiro é um dos motivos que levou Jay Sarria e César Sasaki, da Pegafan, a participarem da feira pela quinta vez.

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é um ótimo local para a realiza-ção de negócios”, declara.

A reclamação em relação à língua não é exclusiva de Maria Ding e Leona. Outros exposi-tores, especialmente chineses, também reclamaram da dificul-dade em se comunicar. De acor-do com Maria Cristina, porém, é de responsabilidade de cada um deles se preparar adequadamen-te para o evento. “Orientamos os estrangeiros a contratarem tradutores. A Francal, inclusive, se oferece para ajudar na escolha desses profissionais. Também aconselhamos os expositores brasileiros a utilizarem o mes-mo serviço para que seja possí-vel receber bem os visitantes de outros países. Isso é algo que acontece em feiras no mundo todo”, lembra.

Além do chinês, a Office PaperBrasil Escolar contou com outros dois pavilhões: um de Taiwan e o outro da Índia. Responsável pelo primeiro, Donald Mai, à frente da Taiwan Association of Stationery Industries, afirma que as vantagens em se participar da feira por meio da associação são inúmeras. “O preço sai mais em conta para o

expositor, e, além, disso, junto a outras empresas de sua região, ele será facilmente identificado, tornando-se assim mais atraen-te que o expositor individual”, acredita. Em 2010, o Taiwan Association of Stationery Industries levou quatro empresas para o evento, e o esperado é que esse número chegue a 10 em 2011. “Para nós é importante não somente criar uma boa imagem de nossos artigos de papelaria como também construir e apro-veitar oportunidades tanto no Brasil quanto em seus países vizinhos”, comenta Mai, parti-cipante da feira desde 2005.

Três empresas fizeram parte do pavilhão indiano, organi-zado pela The Plastics Export Promotion Council, associação fundada em 1955. Ser um de seus membros é pré-requisito essencial para a participação na delegação indiana rumo ao Brasil, assim como pertencer aos ramos de plástico ou pro-dutos de escrita. “Informamos sobre a feira aos interessados, damos dicas de hotéis para hospedagem em São Paulo e auxiliamos nos serviços junto a embaixadas e consulados, já que

O Pavilhão de Taiwan, com quatro empresas, pode ser composto por 10 em 2011

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é preciso visto para entrar no Brasil”, explica um dos diretores da associação, M. V. Ramesh. Fazer parte do pavilhão indiano significa, segundo ele, apro-veitar ainda outro benefício: o auxílio de um tradutor que fica à disposição de tais empresas durante a feira. “Tornamos a vinda do expositor mais fácil. Não podemos estar na Índia se quisermos fazer negócios com o Brasil”, comenta.

Expositores do Paraguai, do México, da Alemanha, da Itália e da Coreia do Sul também estive-ram na Office PaperBrasil Escolar 2010. É por meio da participa-ção de feiras no exterior, publi-cações em revistas estrangeiras, envio de malas-diretas, entre outras atividades, que a Fran-cal divulga o evento. “Nosso objetivo é trazer cada vez mais expositores internacionais”, afirma Maria Cristina.

Visitantes internacionaisO número de estrangeiros

que circulam pelo Anhembi em busca de novas tendências e parcerias também vem aumen-tando. Em 2010, a feira recebeu 546 visitantes internacionais,

contra 237 no ano passado. Entre eles, estava o iraniano Mohammad Jadidi, gerente da SGS Trading Company, em busca de papel. “A qualidade desse produto no Irã vem cain-do”, alega. Apesar dos grandes fabricantes brasileiros de papel não terem participado do even-to em 2010, ele diz que valeu a pena estar presente na feira, e foi a boa relação diplomática entre Brasil e Irã um dos moti-vos que levou Jadidi a acreditar ser esse o momento adequado para começar a sondar o nosso mercado.

Com o intuito de incentivar a participação de visitantes de ou-tros países, foi criado em 2009 o projeto Comprador Internacional, que neste ano foi o responsável por trazer 12 estrangeiros de oito diferentes nações para a feira. “Pude conhecer os produtos da indústria brasileira, saber mais sobre as tendências do mercado neste país e trocar opiniões com compradores de nações diver-sas”, conta o gestor de produto da empresa portuguesa Azinor, João Souza.

O Comprador Internacional, que patrocina a visita desses importa-

dores à feira, é uma iniciativa do Graphic Arts Industry Alliance (Gra-phia), programa de estímulo às exportações da indústria gráfica promovido por meio de um con-vênio entre a Associação Brasilei-ra da Indústria Gráfica (Abigraf) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), do governo federal. “O investimento é válido, pois essa é a maior feira de papelaria da Amé-rica, e esse é exatamente o nosso ramo”, afirma o representante do Graphia Grupo Papelaria, Ricardo Corrêa P. da Fonseca.

Durante a feira, além da visita a vários estandes, os participantes do projeto entraram em contato com representantes das seis em-presas que integram o ramo de papelaria do Graphia, além de participarem de diversas reuniões cujo foco principal não poderia ser diferente: a busca por oportu-nidades. “Participei do Comprador Internacional em 2009 e recordo que, logo após a feira, alguns ne-gócios foram fechados. Durante a Office PaperBrasil Escolar este ano, outras negociações foram iniciadas, e acredito que elas se-rão concretizadas em um futuro próximo”, aposta Souza.

Bob Wang (à esq.) e Kin Zhang, da Sworld, já prometem participação no próximo ano Chinesa, Leona (à esq.) aprovou a Office PaperBrasil Escolar 2010

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Office PaperBrasil Escolar 2010Lançamentos

Direto do pavilhãoO Anhembi, em São Paulo, se transformou em uma grande papelaria. Os estandes ostentavam uma grande variedade de produtos desenvolvidos para esquentar os negócios nos pontos de venda de todo o país. Deguste uma mostra do que foi apresentado na 24a Office PaperBrasil Escolar.

Acrimet Entre as novidades da campeã na categoria ação do ponto de vendas, destaque para as novas bandejas de correspondência – disponíveis nas versões simples, dupla e tripla –, para o porta-lápis Jumbo e para o suporte para doze carimbos. A linha rosa, lançada recentemente, também tem tido ótima saída.

Adelbras Em época de Natal, os consumidores procuram facilitar a confecção de tantos embrulhos de presente. A fi ta Qualitape é utilizada para lacrar empacotamentos leves, caixas de papelão, além de ser útil na realização de emendas e reforços. A empresa disponibiliza diversas medidas do produto, que pode ser encontrado em embalagens com cinco e sete rolos, bandeja com quatro rolos ou pacotes individuais sleeve.

ACP Plásticos Para deixar tudo sob controle no escritório, a empresa criou a linha aramados. Ela é composta de cesto de lixo, papeleira e conjunto para mesa nas cores preta e prata. Outros destaques do catálogo são as pastas sanfonadas verticais em versão AZ em cores cítricas e as linhas coordenadas de lancheiras, carrinhos e mochilas.

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AF International Não são apenas os aparelhos de informática que precisam de uma limpeza cuidadosa. Os telefones já estão em casas e escritórios há tanto tempo e, muitas vezes, não recebem a devida atenção. O Phone-Clene é ideal para a higiene de fones de ouvido, headsets, telefones e celulares. O diferencial é que o produto foi desenvolvido na forma de lenços umedecidos, aumentando a efi ciência e evitando o desperdício de produtos químicos. A novidade é notifi cada pela Anvisa e comercializada em tubos com 100 ou sachês com 25 unidades dos lenços.

AIG Campestre Adepta à onda retrô que invadiu o mercado de papelaria, a AIG Campestre

lançou duas linhas coordenadas com a Baby Pink Panther, uma

versão cute do célebre felino. O personagem colocou a empresa entre as fi nalistas na categoria

Licenciamento do PRÊMIO BRASIL DE EXCELÊNCIA EM PAPELARIA.

Art Manual Seguindo a onda verde, a companhia lança a linha Lily Flora, composta de bolsa, avental e sete modelos de estojo. Ao adquirir qualquer produto da linha com as meninas-fl or, o consumidor ainda ganha uma muda de amor-perfeito. Para o segmento masculino e infantil, destaque para os estojos da coleção Out Law, que vem com o formato dos carros mais badalados do momento.

Bensia do Brasil Entre as novidades da importadora, merece destaque a linha Plush Poison, com uma pegada bem rock’n’roll. Entre os itens, apontador com borracha, régua, caneta gel de tinta rosa ou lilás, lapiseira retrátil, canetas e borrachas retráteis e garrafa de alumínio. A coleção tem tudo para cair nas graças do público adolescente.

Ato Produtos No volta às aulas de 2011, a grande aposta da fi rma é a licença Gormiti, que mostra quatro jovens que são comprometidos

com o meio ambiente. Produzida pela Marathon, a série passou a veicular na TV aberta neste ano e tem tudo para conquistar a garotada. Outra coleção que tem tido boa saída é a Crazy Animal, que tem dois bichinhos novos: a zebra e a vaca. O sucesso Dragon

Ball Z também merece uma coleção especial.

neta

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Office PaperBrasil Escolar 2010Lançamentos

Boxmania Com caixas para diversos estilos e ocasiões, a novidade é a linha com estampas natalinas. O tema tradicional foi renovado e ganhou estilo. Em uma época em que são vendidos tantos presentes, essas embalagens farão a diferença.

Chies A empresa está apostando em uma opção mais barata para ampliar seu público consumidor. Os Registradores AZ Economic oferecem melhor custo x benefício, são resistentes e possuem perfeito acabamento e ferragem niquelada de alta precisão. Além disso, sua estrutura automontável possibilita reduzir custo também com transporte e espaço de armazenamento.

Canson De olho no mercado de história em quadrinhos e mangá, a multinacional lança a linha HQ & Mangá. Ela é composta por 17 modelos de blocos de papéis com gramaturas variadas. Sua superfície

é lisa e extrabranca para um perfeito contraste de cores. A tinta não borra, o papel não encanoa, e permite também a aplicação de marcadores. Alguns contam com margens ou com indicadores impressos em tinta azul, que não se reproduz ao digitalizar a imagem.

Choice Bag As mochilas da Hello Kitty participam da diversão das crianças. A Coleção Toy vem com microfone e alto-falantes, gravando e reproduzindo sons. Já a Coleção Puzzle vem com quebra-cabeça educativo. As duas linhas são formadas, também, por estojo, carteira e nécessaire.

Bic Colecionar fi gurinhas, bonecas, camisas de times e, por que não, borrachas? A Bic aposta nessa ideia e lança capas colecionáveis para a Bic Eraser Neon. Os cinco modelos coloridos permitirão ao consumidor “trocar a roupa” de suas borrachas, tendo assim um produto diferente a cada dia.

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CH Tech Uma das novidades é a distribuição da nova calculadora científi ca da Procalc. O modelo FN 1200C é compatível com o padrão do mercado. Com preço reduzido, tem os estudantes como público-alvo. A empresa está investindo fortemente em publicidade voltada para jovens, recorrendo a vídeos institucionais postados no Youtube e visita de promotores às faculdades, além de mídias mais tradicionais como folders e posters.

Clio Style A coleção Flower, indicada para as adolescentes, foi eleita disparada a queridinha dos compradores que visitaram o estande da marca. Além de trabalhar com vários estilos de mochilas, a fi rma também tem no catálogo diversos modelos de estojos e cases para notebooks.

Colop/Nova Era Bonita e prática, a Stam Writer não é uma caneta comum, pois ela traz também um carimbo, que fi ca completamente oculto. Disponível em diversas cores, ela se adapta confortavelmente à mão, possibilitando uma agradável escrita. Reduzido ao essencial, o Stamp Mouse, carimbo de bolso com design moderno e arrojado, tem como marca registrada a praticidade.

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Compactor A novidade da linha Power Marker são as cores preta e amarela. O marcador, que já existia em ouro e prata, tem ponta super-resistente e é muito utilizado em artesanato e biscuit. As novas cores estão disponíveis no modelo com ponta fi na. As pontas média e extrafi na são fabricadas apenas nas cores ouro e prata.

Confetti A empresa inova com a coleção 360º. São cadernos, agendas e blocos de anotações, e podem ser completamente dobrados sem que as folhas se desprendam, facilitando a acomodação em bolsas e mochilas.

Credeal A tecnologia 3D promete ser a novidade no próximo volta às aulas, pelo menos no que depender da Credeal. Para 2011, a empresa lança a linha de cadernos Power Rangers, com capas que “saltam aos olhos”. Óculos especiais acompanham o produto, sendo eles os principais responsáveis pelo efeito.

Cordez A sul-coreana Pucca é a menina dos olhos de novos produtos da Cordez e aparece em três linhas: Pucca Mirror, Pucca Flow e Pucca Butterfl y. Em comum, todas elas têm mochilas e mochiletes 16’’, lancheiras com squeeze e lancheiras e estojos. A diferença está nas estampas, materiais escolhidos e nos brindes que acompanham os produtos. As primeiras duas coleções, por exemplo, vêm com gifts de pelúcia da personagem, enquanto a terceira tem um espelho em forma de coração que pode

ser pendurado em um bolsinho. Entre as apostas para o próximo volta às aulas, destaque também para as coleções que têm as marcas Charmmy Kitty, Monokuro Boo, Dragon Ball Z e Princesas do Mar.

Cromus O Natal se aproxima, e a linha de embalagens natalinas da Cromus promete deixar a data ainda mais bonita. São mais de 30 estampas diferentes de várias linhas, como a Chegada do Noel e Momento Especial, decorando os mais diversos produtos, entre eles caixas, papel seda e kraft.

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Dac Depois do sucesso da Linha Milky, a Dac lança a linha Milky Top, que traz fi chários, cadernos e bolsas ainda mais sofi sticados. Pingentes, babados e etiquetas fofas metalizadas fazem parte de boa parte dos produtos, e o destaque vai para o caderno universitário cuja capa lembra um fi chário.

Dello Economizar espaço e tempo é o objetivo do organizador com tampa A4 Dello File. Papéis, CD's e DVD's podem ser devidamente guardados em 10 pastas

suspensas coloridas e etiquetadas, que fi cam armazenadas em um box com tampa, capaz de proteger tais produtos de poeira e de ações do tempo.

Dermiwil Inspirada no público jovem feminino, a nova coleção Planet Girls inclui bolsas e mochilas para mulheres divertidas e sensuais. Mantendo o glamour que toda mulher gosta, os produtos têm detalhes como brilho, aplicação de ferragens em metal ouro velho e correntes.

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Ecológica A empresa aproveitou a feira para ampliar sua linha de produtos. Agora é possível combinar mochilas com as mesmas linhas dos cadernos da fabricante. São vários modelos com as estampas Carinho, Ursinhos Smack, Rockeirinhas, Ecogirls, Patricinhas, Animalecos e FastCar.

Elgin Atuando no segmento de tecnologia, a Elgin ampliou ainda mais seu mix com a chegada das Pilhas Energy Alcalinas e Recarregáveis. Elas podem ser encontradas nos modelos AA, AAA, C, D e bateria 9V com opções de embalagens com uma, duas ou quatro unidades. Outros itens da companhia que tem tudo para ter boa aceitação em papelarias de todo Brasil são as mídias de gravação e a linha de calculadoras de mesa MV 4130 e 4131 nas cores rosa, vermelha e branca. Elas possuem cores fortes, e os números são maiores, facilitando o aprendizado das crianças.

Faber-Castell Em 2011, a Faber Castell completa 250 anos. Para celebrar a data, a empresa lança uma Edição Comemorativa com embalagens diferenciadas, que possuem um toque retrô, relembrando peças do século XIX.

Filiperson Entre os lançamentos para o próximo volta às aulas, merece destaque o Filipinho Vegetal. Trata-se de um papel translúcido que pode ser usado com lápis, tinta nanquim e pena tubular. A novidade é indicada para desenhos artísticos e esboços, permitindo a sobreposição de esquemas e diagramas sobre imagens e ilustrações. Disponível no formato A4, 60g, em blocos de 50 folhas e

envelopes com 10 folhas, o produto possui ph neutro, além de tratamento contra fungos e bactérias.

Foroni Das 50 linhas de cadernos da Foroni, dezesseis acabam de sair do forno. Entre elas, a grande vedete para o próximo volta às aulas é a que vem com a já consagrada licença Hot Wheels. Cada um dos modelos da coleção vem com folhas decoradas, cartela de adesivo, divisórias e dados pessoais. E as novidades não acabam aí: o time de reforços

da empresa ainda conta com Smurfs, Shrek4, Emily The Strange, Justin Bieber e Monster High, que deve fazer a cabeça das meninas loucas por caveirinhas.

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Frama A grande novidade é o Registrador Global A – Z Global. O produto se destaca no mercado pela qualidade, durabilidade e design. O mecanismo interno é feito em aço revestido com níquel e tem garantia de três anos. São oito cores diferentes, e está disponível em caixas com doze unidades.

Grafon's A dançarina Betty Boop é a estrela de duas linhas da Grafon’s: uma totalmente retrô – Betty Glamour Girl, que faz referências às divas de Hollywood dos anos 50 e 60 – e outra com uma roupagem mais atual, Top Betty Boop, que fi gurou entre os fi nalistas do Prêmio Brasil de Excelência em Papelaria. No segundo caso, um dos destaques é o argolado universitário Fashion Plus, que pode ser usado inclusive como case para notebook. Os bichos de estimação também ganham relevância no mix preparado para 2011 e aparecem em duas linhas: uma com fotos de Kate Kimberly e outra com o desenho Jewel Pet, que estreará na TV aberta no segundo semestre. Destaque ainda para os cadernos da linha Onde Está Wally? e para os modelos da Gogo’s, que vem com as miniaturas dos bonecos nas cores dourada, prata ou bronze – as mais cobiçadas pelos colecionadores.

Gomaq Um dos destaques da feira foram os novos modelos de rotuladores eletrônicos: P-Touch 70 e PT 1280. Eles imprimem etiquetas adesivas de diversas cores e estilos de letras, ideais para organizar materiais escolares, de escritório e bibliotecas, por exemplo. Eles são compactos, leves, fáceis de usar e funcionam com pilhas.

Grupo Bignardi Antenada nas marcas que fazem sucesso no Brasil e no mundo, a companhia tratou de levar para o mix da Jandaia, marcas que já têm sucesso garantido no mercado, como foi o caso da linha Coca-cola, premiada recentemente pela multinacional, e agora da linha Fanta, que tem cadernos com aplicação de Toy Art. O Pequeno Príncipe, outro clássico em âmbito internacional, também fi gura entre as atrações da empresa, assim como os super-heróis da coleção Marvel 2011. A criançada ainda é lembrada com os produtos das linhas Peixonata, feitos a partir de papel reciclado, e Mila & Co, cujo fi chário tem capa em cetim com etiqueta em patchwork, espelho e bolsos internos e alças a tiracolo.

Grupo Papeleiro Scribe A fi rma mexicana fez sua estreia na feira levando um pouco da sua cultura, como é o caso da coleção de cadernos inspirados na artista Frida Khalo. Outro destaque é a linha de cadernos Fulanitos, bem descontraída e indicada para o público teen.

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Imex do Brasil Quem nunca procurou algum objeto para aliviar a tensão que atire a primeira pedra. Sabendo disso, a Imex incorporou a seu catálogo de produtos o Tangle Therapy. Fabricado em peças revestidas de borracha macia e texturizada, o brinquedo permite relaxar e exercitar as articulações e os músculos da mão de forma criativa.

Integris As lojas já oferecem muitos modelos parecidos de sleeve para notebook. Procurando oferecer um produto diferente, a empresa lança o Sleeve Case com suporte. Fabricado em couro ecológico e com fecho em botão, o estilo é elegante. Disponível em preto ou rosa com branco, ainda acompanha um suporte que facilita o trabalho no computador portátil.

Joy Paper Caderno de desenhos ou jogo americano? Lançado pela Joy Paper, os dois produtos são encontrados em apenas um. Antes da refeição, a criança colore, desenha, pinta e, na hora do almoço ou do jantar, é só destacar uma das páginas e colocá-la embaixo do pratinho para evitar que a comida caia na mesa. Além de prático e divertido, é também possível aprender sobre os grupos alimentares por meio do Pintando na mesa.

J World Há anos fabricando bolsas, a J World apresentou modelos de mochilas para todos os gostos. O grande destaque obviamente fi ca para a linha escolar, que tem desde exemplares básicos até os mais estampados. A JW18-P, por exemplo, vem com recursos como tiras ajustáveis ergonômicas para ombros, bolso acolchoado para notebook e tiras de compressão dos lados para reduzir.

KajomaVoltada para o público masculino

acima de 10 anos, a linha Arte Urbana vai agradar aos estudantes que se identifi cam com a cidade grande. São quatro opções de capas compostas por elementos temáticos, como skate. As imagens são incrementadas por cores e formas geométricas que remetem a atitudes radicais e muita energia. A linha inclui modelos universitários, desenho e meia pauta.

Interstate A empresa oferece mais de 250 estampas de ade-sivos decorativos em PVC 115 micras de espessura em seu catálogo. O produto é o único no mundo com dorso texturizado ou glosado, dependendo da estampa.

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Kit Office Arrojada e moderna, a capa para notebook Kit promete agradar aos mais variados tipos de público. Sua dupla face permite ter dois produtos em um. É só virá-lo do avesso e pronto: o lado de dentro, em cor diferente, se transforma no lado de fora e assim você tem uma nova capa.

Kores Uma das novidades que mais vai chamar a atenção no período de volta às aulas são as colas da linha Bastão Neon. Disponível nas cores azul, verde, amarela e rosa, o produto é ótimo para crianças e profi ssionais de artesanato. A aderência é permanente após 40 segundos e não enruga o papel. Além de facilitar a visualização do nível de produto, a embalagem transparente deixa as cores fortes visíveis ao consumidor, atraindo a compra no ponto de venda.

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Kreateva Seguindo a tendência de estampas que remetem a animais, a empresa aderiu à moda em vários de seus lançamentos em adesivos para decoração. A linha Savana traz glamour e exotismo com visual semelhante a peles de leopardos, girafas, zebras e vacas. Já na linha Natureza, as estampas de joaninhas, peixes, libélulas, borboletas e fl ores possibilitam a utilização de fl ora e fauna em objetos e superfícies.

Lider Brinquedos Com pinos menores e mais leves, o jogo de boliche da Lider Brinquedos é um lançamento voltado especialmente para os pequeninos. A Jolie, o Homem Aranha, os Backyardigans e a turma do Cocoricó vão ser os parceiros da garotada nessa divertida brincadeira. O produto é recomendado para crianças a partir de três anos.

Masterpaper A nova linha exclusiva é voltada para o público masculino. São modelos em diferentes formas, tamanhos e divisões. As estampas são

carro, futebol e música, temas que sempre agradam. Ou seja, produto com sucesso garantido entre os consumidores.

Mercado dos Carimbos A principal atração do catálogo da fi rma é a linha MC que possui carimbos com trava integrada, borracha antideslizante, almofada de alta qualidade e visor. Eles estão disponíveis em dois tamanhos – 10x27mm e 14x38mm – e em várias cores. Outro item que merece ser visto com carinho é o Pocket Stamp Deskmate, um carimbo de bolso, que permite 4 linhas de texto. Ele pode ser comercializado em 14 opções de carcaça e com tinta nas cores preta, vermelha, azul, verde, magenta e branca.

Molin A série de aventura Bakugan é sucesso principalmente entre os garotos, que agora podem levar para a sala de aula seus personagens preferidos estampados na Caneta Visual Leans Bakugan, da Molin. Durante a escrita, o produto refl ete uma luz, lembrando toda a magia desses guerreiros.

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Multilaser Com teclas grandes e coloridas, o Teclado Kids desperta o interesse das crianças pela informática de forma didática. As vogais, consoantes e números possuem cores diferentes entre si, o que ajuda no aprendizado de quem começa a ser alfabetizado. Com sistema plug and play, o produto é compatível com Windows Vista/2000/ME/XP, através de entrada USB.

Muresco A novidade é o autoadesivo Wallsticker, destinado a decorar e adornar paredes de forma prática, rápida e moderna. A grande diversidade de estampas permite que o produto agrade públicos de todas as idades. As imagens podem ser usadas em diferentes tipos de ambientes. De salas e quartos residenciais até halls e consultórios. Na linha infantil, além da decoração, é explorada a função didática nas lousas aderentes. Elas são decoradas com personagens da Disney e permitem que a criança interfi ra na decoração, utilizando canetas específi cas.

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Newpen O principal lançamento da Newpen é o Lápis Líquido, agora com ponta média de 1.0mm e com duas cores de grafi te a mais: azul e vermelha. O produto, patenteado com exclusividade pela empresa, escreve três vezes mais que o lápis comum, e não precisa ser apontado. Além disso, ele é também ecologicamente correto, pois seu corpo é feito de resina plástica.

Norma A linha Street Racer está renovada. Além dos efeitos visuais de carros supervelozes, foram

criadas mais duas opções com mais ação ainda. A Street Racer Motos e Street Racer Náutica. E tem mais uma nova atração: se os consumidores fi lmarem seus cadernos com a webcam, serão surpreendidos pela imagem do carro em 3D.

Ótima Entre os cadernos, os carros-chefes são os das coleções Cool Gang e Scrap, que imitam uma série de recortes. Outras duas novidades são o lápis com cristais Swarovski e os novos modelos da linha de diários da marca canadense Paperblank, representada pela empresa no Brasil.

Paloni A coleção Pelúcia é um dos destaques da empresa para o natal. Além das tradicionais estampas do tema, a inovação é o aplique de motivos natalinos em pelúcia, incrementando o presente.

Paper Box O natal se aproxima, e a Paper Box já está preparada para a data. A coleção Cores Natal é um dos investimentos da empresa, que traz lindas caixas com revestimento interno colorido, além da tampa vazada e transparência.

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Pentel Tradicional em instrumentos de escrita, agora a empresa lançou o corretivo em fi ta Pop'n Pop. A novidade está disponível em cinco cores diferentes. Outro lançamento é a aquarela Water Colours. À base de água, vem em conjuntos de 12, 15, 18 ou 24 tubos.

Pimaco Com diversos formatos e estampas, a empresa lança etiquetas e stickers da Ni Hao Kai Lan. Além da menina principal, vários personagens do desenho também estão na alegre decoração dos novos produtos, que unem a cultura oriental à ocidental.

Polibras As estampas são destaque entre os lançamentos da empresa. As caixas, que já eram comercializadas, ganharam novos estilos. São três tamanhos disponíveis que variam em quatro cores diferentes. Na mesma tendência, foram

lançados conjuntos de jogo americano, com desenhos que compõem a decoração do ambiente.

Polycart Tradicional fabricante de material de escritório, a empresa amplia sua linha para obter conjuntos que proporcionem uma organização completa. São cadernos, fi chários, pastas com elástico, estojos e caixas organizadoras das linhas Hi My Cute!, Titli e Camoufl age.

Primicia Meninos e meninas que possuem muito material escolar costumam utilizar malas para ir à escola. A empresa oferece novas opções estilosas para os dois públicos. A linha Hot Wheels Action tem mala com puxador telescópio que possui várias divisões para auxiliar na organização, além de forro interno com tecido e estampado e cadeado com segredo.

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Santino As mochilas da linha Tripé Cool são as “meninas dos olhos” do catálogo da empresa, indicadas para o público teen. Destaque também para a linha Harvard, que pode ser trabalhada inclusive com o público universitário.

Seanite Especializada na fabricação de mochilas, bolsas e

estojos, a Seanite chega ao volta às aulas 2011 com

vários modelos tanto para jovens quanto para crianças. As marcas Jolie Anni, Glossy Girls e Brenda indicadas para as garotas e as coleções Derik, Zack e Aiko para os meninos.

São Domingos Alguns personagens infantis atravessam gerações. O Pica-Pau é um deles. Com contínuo crescimento na TV, ele voltou aos cadernos para divertir as crianças de várias idades. Já a queridinha nacional cresceu, Mônica e a versão jovem de sua turma vieram acompanhar os estudantes que cresceram com ela.

Sertic Desenvolvida especialmente para crianças entre 5 e 12 anos, a caneta Stabilo EasyGel tem o visual moderno e cores vivas. Já a tinta da rollerball Super Ink, resistente à água, é uma das responsáveis pela qualidade do produto, já que ela faz com que a caneta deslize pelo papel, dando mais rapidez ao ato de escrever.

Saltom As pastas com abas e elástico em cartão dúplex fantasia, ideal para guardar documentos, é um dos lançamentos da Saltom. O produto vem ainda acompanhado de uma régua de 30 cm.

Sestini Um dos modelos com licença Hot Wheels vem com espaço para ser utilizado como garagem para os carrinhos da marca. E quem comprar a mochila com rodinhas da Polly ganha um exclusivo porta-Polly, para guardar as bonecas e seus acessórios.

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Sheaffer Elegância é a palavra que melhor defi ne a caneta tinteiro Sheaffer 100. O design moderno alia-se ao acabamento inovador, enquanto a ponta de aço inoxidável garante durabilidade junto ao grip de cromo polido.

Stalo Os painéis metálicos para recados e fotos da Stalo fi caram ainda mais charmosos com a famosa Betty Boop, personagem que tem a sofi sticação e a sensualidade como marcas registradas. O produto é fabricado em várias cores, estilos e tamanhos diferentes, sendo capaz de agradar aos mais variados estilos.

Sulamericana Lily Flora é a nova aposta da empresa. Em quatro diferentes modelos, a linha traz capas de cadernos, com aplicação de verniz texturizado e glitter, estampadas por essa personagem que promete encantar as meninas. O produto traz ainda adesivos personalizados e miolo em quatro cores.

Summit A linha Tris inovou no design da Borracha Drive, unindo o instrumento escolar ao conhecido formato do pendrive da informática. A empresa distribui o mesmo instrumento da marca alemã Staedtler. A Borracha Retrátil tem design moderno e sistema mecânico para empurrar a borracha.

Stöd Se o objetivo é oferecer opções despojadas para transportar laptops, as mochilas não poderiam fi car de fora. Os produtos são confeccionados em nylon soft e possuem bolsos frontais e laterais. A linha School tem estampas coloridas e irreverentes e a Confort é mais discreta.

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Tilibra A empresa também aderiu à onda retrô e lançou coleções com personagens que deixaram história, como é o caso da menina cor-de-rosa Penélope Charmosa e dos Thundercats. No ramo da moda, a Tilibra apostou nas estampas criadas pela ilustradora e designer gráfi ca Catalina Estrada, conhecida por seus trabalhos que remetem à natureza.

Trodat O diferencial do novo sistema apresentado pela empresa é a multiplicidade de funções. A máquina Rayjet faz gravação e corte a laser em vários tipos de materiais, como madeira, MDF,

couro, acrílico, vidro, mármore, papel e plástico. Além disso, ela

possui uma técnica singular para imprimir os carimbos multicoloridos MCI (multi color impression). Assim, é possível personalizá-los e até incluir imagens.

Vonder O Grampeador Manual 2 em 1 grampeia até 40 folhas de uma só vez em seu formato tradicional. Porém, o prático sistema de encaixe de sua base permite destacá-las facilmente, multiplicando seus usos. Assim, o produto pode ser utilizado em trabalhos domésticos, decoração e artesanato. O corpo é feito em plástico de alta resistência, proporcionando leveza e durabilidade. Suporta grampos retos de 6 a 10 mm de altura, e a embalagem vem com 1600 grampos (800 de 6 mm e 800 de 8 mm).

Waleu Investindo pesado no segmento de escritório, a Waleu tem como destaques o Porta-trio Plus (para guardar canetas, clipes e lembretes), suporte para pastas suspensas e o Organizador Standard. Voltado para livros e revistas, este ainda pode ser usado para guardar DVDs.

Xeriu's O homem morcego e a menina Moranguinho são as principais

atrações do mix de mochilas, bolsas e estojos da Xeriu’s, que também se rendeu aos encantos dos cuties. No seu mix, há itens

com Moranguinho Baby, Disney Cuties e com a Baby Boop, bem mais comportada que a versão adulta e voltada

para o público infantil.

YES Sofi sticada, a Pasta Prendedor A4 Stripe pode ser usada também como prancheta, já que a espessura da chapa, que mede dois milímetros, garante estabilidade e segurança. Além desse produto, a linha Stripe possui ainda outros materiais, como porta-revistas expansíveis.

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Conjuntura112

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Apenas siga as pegadas en-sanguentadas d’Aquele que nos precedeu no caminho da Cruz e da Redenção: não se adiante, nem espere por convite: não fique brincando de alquimista, nem de guia holístico.

Finalmente entenda o Pai-Nosso (“seja feita a Vossa Vontade Absoluta e não as nossas vontades relativas”) e deixe-se conduzir pelas mãos bondosas do Pai Eterno se quiser chegar lá.

Tenha em si próprio e nas suas tendências egocêntricas – não mais nos outros – o seu maior inimigo: afinal, não são os outros que poderão desviá-lo do caminho certo e levá-lo à perdição. É Você mesmo, o senhor de suas decisões.

Não pense que é artigo de fé: sempre fui um homem de pesquisa. Porém, quando vejo a Realidade defronte o nariz, costumo assimilar esse aprendizado, como quem es-tuda português, matemática e administração.

Além disto, sei que o conhe-cimento é somático (fruto de meu esforço), enquanto que a sabedoria é chuva dos céus. E, cá para nós, não sou de ficar debaixo do telhado humano

alinhavando relativismo e hu-manismo frouxos e desatentos.

Com base nisto, vou lhe di-zer, com todas as letras:

1°) O Ano das Consequ-ências (2010) não terminou ainda, e acontecimentos muito fortes ainda podem e/ou de-vem ocorrer, em seu próprio benefício reflexivo, se quiser realmente aprender e compre-ender! Não desperdice essas ocasiões: elas podem mudar até a forma de se comemorar o Natal e o Ano Novo.

2°) Seja Humus (tenha hu-mildade) e procure ser, cada vez mais, “terra boa para o plantio”, na convergência que é capaz de nos reconduzir para a Frater-nidade Cristã, garantia de que, mesmo diante do pior cenário, não haja um único necessitado entre nós (vide Atos 4,31 a 35: “... e não havia um único neces-sitado entre eles”). A violência e a falta de segurança pública (hoje afetando a tooodos!) são manifestações expressivas da escassez dessa fraternidade.

3°) Aprenda, vez por todas, que Deus nunca precisou de plaquinha, nem de outdoor, dizendo que Ele é fiel. Ele dis-pensa a nossa aprovação! De-seja isto sim, que Você e eu nos alinhemos à fidelidade que Ele é e que formemos unidade com os outros filhos que Ele tem e

que nós temos dificuldade em aceitá-los como Irmãos.

4°) Ah! Deseja uma travessia segura? Sem ficar receoso e sem ter do que sentir medo? Forme então esta unidade proposta por “Quem” sempre lhe foi e continua sendo fiel por toda a Eternidade. Procure ser bom aos olhos d’Ele (virtuoso) e não “o bom” (ter prestígio) junto aos homens. Aliás, foi essa pre-sunção e pretensão que levou o lanterneiro (Lúcifer = portador de luz) a perder o brilho e a lu-minosidade que tinha; foi esta dualidade (areia movediça) que levou o Iluminati a se imaginar justo e perfeito e a propor saída holística para a humanidade.

5°) É, Gente Querida, foi a partir dessa dualidade, que se partiu para o tripartite (costura de vantagens com perdas já asse-guradas para os demais) e para a formação de quadrilhas que dis-pensam comentários. Não mais por amor ao próximo (fraterni-dade), mas sim por amor à pró-pria alma e ao próprio lombo (prudência), procure ser e agir convergentemente pelo menos com seus Familiares, Parentes, Amigos, Vizinhos e Colegas de trabalho. Já é um começo: ou nos salvaremos uns aos outros ou então, ensine, desde já, suas pernas a tremerem e os dentes a rangerem, porque, para chegar

2011: Procurechegar juntoNão colabore, não se antecipe,

nem se atrase: Eva tentou colaborar com Adão, e Sara desejou facilitar as coisas para “Abrão”; deu no que deu!

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113outubro de 2010

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ALFONSO DOS SANTOS THEISS É PRESIDENTE DA REDE NACIONAL DE PAPELARIAS BRASIL ESCOLAR

ali na praia, terá que ir a nado, via China.

6°) Os que realmente fize-rem frutificar, nem terão tempo para sentirem medo e/ou inse-gurança; os que se atrasarem no bem, no belo e no verdadeiro, serão podados (isto dói) para que ainda tenham chance de apresentarem os seus frutos no lugar deixado pelos integrantes do primeiro grupo.

7°) Já os escarnecedores, os eruditos e os amantes do con-forto excessivo (entre outros mais), a bordo da Nau dos In-sensatos (“cada um por si e Deus

por todos”, “chora menos quem pode mais”, “pau-na-máquina futebol clube” etc, distraídos pelos múltiplos afazeres ganan-ciosos, baterão contra a rocha imersa, sem intervir mão de homem. Depois disto, formarão dois grupos.

Um deles ainda conseguirá pegar carona na Jangada dos Náufragos, onde os vivos inveja-rão os mortos, mas chegarão lá!

O outro grupo será “chu-pado” para fora do planeta, mesmo que tenha quem deles se esconda dentro da rocha, no fundo do mar. Na Plenitude dos

Tempos, não haverá mais lugar para eles aqui. Graças a Deus!

2011, para quem ainda tiver sensatez, será o Ano da “Virada”, do Proceder Convergente, ou seja, o tempo ideal para deixar de ser parte do problema e se trans-formar em parte da solução.

Feliz travessia para Você. &

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Onde Encontrar114

Entrevistados e anunciantes

outubro de 2010

Abigraf(11) 3842.0300 www.abigraf.org.br

ACC (11) 4435-7355www.acc.ind.br

ACP Plásticos0800-125020www.acpplasticos.com.br

Acrimet(11) 4343-5577www.acrimet.com.br

Adelbras 0800-7077711www.adelbras.com

AIG Campestre(11) 4048-2975www.aigcampestre.com.br

AF International (11) 3621-6800www.af-online.com.br

Art Manual (11) 4199-3000www.artmanual.com.br

Aster Produtos de Papéis (11) 5615-6333

ATO Produtos(11) 5616-7178www.atoprodutos.com.br

Autoloja(11) 3494-0840www.autoloja.com.br

Azinor www.azinor.pt

Bensia do Brasil (11) 4191-4666www.bensia.com.br

Betari Papelaria (11) 3798-2289

Bic 0800-28262www.bic.com.br

Brasil Escolar(11) 3854-6210 www.brasilescolar.com.br

Boxmania(11) 4615-1444www.boxgraphia.com.br

Canson(19) 2107-8800www.canson.com.br

CCA Consultores Associadoswww.ccaconsultores.com.br

China Foreign Trade Guangzhou Exhibition General Corporation (CFTE)www.fairwindow.com/en

CH Tech(12) 3932-0191www.chtech.com.br

Clio Style(11) 3228-2586www.cliostyle.com.br

Colop/Nova Era0800-9792250www.ne.com.br

Confetti(11) 5696-3600www.confetti.com.br

Contact Papelaria (67) 3483-2279

Compactor(21) 2765-1144www.compactor.com.br

Companhia Melhoramentos www.melhoramentos.com.br

Cordez(11) 5534-1010www.cordez.com.br

Credeal0800-7041366www.credeal.com.br

DAC(11) 2404-9000www.dac.com.br

Dello(35) 3435-8900www.dello.com.br

Dermiwil(11) 2797-9797www.dermiwil.com.br

Ecológica(11) 2185-4950www.ecologicapapeis.com.br

Ecossocial(41) 3013-0366www.ecossocial.com.br

Eddingwww.edding.com

Editora Brasport(21) 2568-1415www.brasport.com.br

Editora Luz & Vida 0800-7014445www.luzevida.com.br

Elgin(11) 3383-5948www.elgin.com.br

Faber-Castell0800-7017068www.faber-castell.com.br

Filipeson(21) 2560-8197www.filiperson.com.br

First Base Inc.1 905 660 6779www.first-base.com

Fofi Cartões (41) 3076-3306www.fofi.com.br

Foroni(11) 2067-2000www.foroni.com.br

Francal Feiras(11) 2226-3100 www.francal.com.br

Grafon’s(11) 4152-0800www.grafons.com.br

Grupo Papelero Scribe www.scribe.com.mx

Hamilton Writing Instrumentswww.hamiltonindia.in

Henkel0800-115010www.henkel.com.br

Imex do Brasil(11) 2227-0155www.imexdobrasil.com.br

Inmetro(21) 2502-6532 www.inmetro.gov.br

Integris(11) 3392-1018www.integrisbrasil.com.br

Interstate(11) 3262-6132 Jandaia(11) 4442-8300www.bignardi.com.br

J. World(11) 2618-3372www.jworldsport.com

Joy Paper(11) 3062-8174www.joypaper.com.br

Kajoma(21) 3636-4500www.kajoma.com.br

Kit Office, Escolar e Gifts(21) 2589-4177www.produtoskit.com.br

Kores(16) 8112-0961www.kores.com.br

Kreateva (47) 3312-0099www.kreateva.com.brLacerda Roccne Livraria (11) 4979-5670

Lexmark(11) 2142-6265www.lexmark.com

Lider Brinquedos(11) 4544-1305 www.liderbrinquedos.com.br

Lion Papelaria e Copiadora (34) 3222-4001

Luxcel(11) 2191-2999www.maxstorebrazil.com.br

Luxorwww.luxorpen.com

Mercado dos Carimbos (11) 3106-3422www.mercadodoscarimbos.com.br

Molin(11) 3019-0545www.molin.com.br

Multilaser(11) 3616-8600www.multilaser.com.br

Muresco(11) 5565-5600www.muresco.com

Newpen(11) 3208-9566www.newpen.com.br

Nobel Raio do Saber Livraria(11) 8313-0088

Norma0800-7019410www.produtonorma.com.br

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Onde Encontrar116

Entrevistados e anunciantes

outubro de 2010

Colorgil – página 113DAC – página 33Dallec – página 63Dello – página 59Ebras – página 79Ecologic – página 47Elgin – página 39Faber-Castell – página 15Fenapel – página 101 Grafon’s – página 37Imex – páginas 71, 73 e 75 Interstate – página 85

Ispa – página 117Jandaia – páginas 4, 5 e 61Ludi Imaginarium – página 31Luxor – página 91Molin – página 43Multilaser – página 69Nagem – página 41Otima – página 99Paper box – página 67Pimaco – página 21Polycart – página 12 e 13Reval – página 95

Acrilex – página 11Acrimet – páginas 2, 3 e 120Adelbras – página 49AF Internacional – página 23Aloform – página 93Arlindo José Moreira Representações – página 113BIC – páginas 8 e 9Brasil Escolar – página 103Cadersil – página 55Carbrink – página 97CHTech – página 51

Nukin do Brasil(11) 4195-0500www.nukin.com.br

O Atacadão(75) 3623-1482

Ótima Gráfica(41) 3661-2828www.otimagrafica.com.br

Pacific(11) 3932-8833www.pacific.com.br

Paloni(11) 2061-5544www.paloniembalagens.com.br

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Papelaria e Cia(93) 3515-9500Papelaria Visa(45) 3035-3248

Pegafanwww.pegafan.com

Pentel(11) 4072-1423www.pentel.com.br

Pimaco0800-28262226www.pimaco.com

Polycart(24) 2237-6636www.polycart.com.br

Positivo Informática0800-64407500www.positivoinformatica.com.br

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Saltom(13) 7812-1135www.saltom.com.br

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Seanite(21) 3122-0900www.seanite.com

Sertic(11) 3616-2112www.sertic.com.br

Sestini(11) 3123-1600www.sestini.com.br

SGD Tradingwww.sgsbusiness.com

Shangai Winning Penwww.winning-pen.com

Simpa(11) 3255-3587www.simpasp.com.br

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Taiwan Association of Stationery Industries www.tasi.org

Teca(11) 3081-4311www.teca.com.br

The Plastics Export Promotion Councilwww.piexconcil.org

Santander – página 7São Domingos – páginas 16 e 17Solugraf – página 45Summit – páginas 104, 105, 107, 109, 111 e 119 Tramontina – página 25Visitex – página 83VMP – página 77Xeriu’s – página 57Waleu – página 65WRC Livros – página 89Zagarollo – página 97

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Artigo118

SOELI DE OLIVEIRA É CONSULTORA E PALESTRANTE DO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE NEGÓCIOS

outubro de 2010

Com ou sem o clima de copa do mundo, para crescer ou até mesmo sobreviver neste cenário globalizado, cercado de concorrentes por todos os lados, é preciso formar um time de verdadeiros campe-ões. Nunca antes em toda a história, a competição por par-ticipação de mercado foi tão acirrada. Essa disputa requer equipes de colaboradores mui-to bem selecionadas, treinadas e motivadas.

As pressões por qualidade e resultados nunca foram tão in-tensas. No futebol e no jogo de mercado, “time perna-de-pau” não tem vez. Essa peleia é coisa para profissionais. Jogadores sem talento e disciplina não são escalados, ficam fora do time já no processo de seleção. Na entrevista nem mesmo são classificados para compor o banco de reservas.

Atrás de times poderosos há administradores que fazem Ges-tão de Excelência Mundial e são hábeis em escolher, desenvolver e reter talentos.

Treinamento de recursos humanos é coisa do passado, agora é necessário algo mais, que se chama de desenvolvimen-to de pessoas. Também o termo

“funcionários” perdeu espaço, está em alta chamá-los de cola-boradores e em alguns lugares, para se diferenciar da concor-rência, estão sendo chamados de associados. Um cuidadoso levantamento das necessidades de desenvolvimento do grupo e avaliação de desempenho fazem parte das funções dos treinado-res corporativos.

Depois de tantos esforços e investimentos, é hora de reali-zar ações para reter a “prata da casa”. Para isso lança-se mão de uma série de mecanismos retentores, remuneração por competência e um pacote de in-centivos e benefícios, tais como participação nos resultados, reconhecimentos, transparên-cia nos relacionamentos e bom clima organizacional.

Há muito tempo chefe virou líder, cujas preocupações com as tarefas e com as pessoas são equilibradas. Chefe é espécie em extinção, conhecido por seu foco apenas nos resultados. Pes-soas eram, para eles, um “mal necessário”, e muitas vezes os fi ns justifi cavam os meios.

Líder conta com o respeito dos liderados, tem habilida-des e competências ligadas ao negócio, joga com efi cácia

e com eficiência, define me-tas, luta por resultados, gera espírito de equipe, sinergia e comprometimento. É treinador incansável. Preocupa-se com polivalência. Não só desenvol-ve o quadro de colaboradores, forma substitutos até mesmo para si, consciente que para ser promovido precisa haver gente em condições de ocupar o seu lugar. Zela pelo bom cli-ma organizacional, reivindica junto à direção boas condições de trabalho. Está ciente de que colaboradores comprometidos contam com o exemplo de su-periores, também comprome-tidos com o bem-estar e com o sucesso dos clientes internos e externos. Adota uma adminis-tração participativa, quer e sabe ouvir, incentiva a criatividade e a inovação, enfi m, dá um “show de bola” na concorrência. &

O fator humano éo diferencial competitivo

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