revista da papelaria 170

60
Papelaria para presente TECNOLOGIA A demanda por limpadores de tela está em plena ascenção PLANTÃO VOLTA ÀS AULAS Antecipamos os planos para o período mais esperado do ano PAPELARIAS DO BRASIL Os desafios da região Sudeste fecham a série de reportagens Papelaria REVISTA DA ano XVIII – outubro de 2011 – nº 170 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br Que tal fazer da sua loja um ponto de venda daqueles pequenos e irresistíveis objetos capazes de fazer bonito na hora de presentear? Descubra agora como investir em gifts.

Upload: hama-editora

Post on 08-Apr-2016

337 views

Category:

Documents


25 download

DESCRIPTION

Outubro de 2011. Especializada no mercado de papelaria.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista da papelaria 170

Papelaria para presente

TECNOLOGIAA demanda por limpadores de tela está em plena ascenção

PLANTÃO VOLTA ÀS AULASAntecipamos os planos para o período mais esperado do ano

PAPELARIAS DO BRASILOs desafios da região Sudeste fecham a série de reportagens

PapelariaREVISTA DAano XVIII – outubro de 2011 – nº 170 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br

Que tal fazer da sua loja um ponto de venda daqueles pequenos e irresistíveis objetos capazes de fazer bonito na hora de presentear? Descubra agora como investir em gifts.

Page 2: Revista da papelaria 170
Page 3: Revista da papelaria 170
Page 4: Revista da papelaria 170

Nesta Edição4

outubro de 2011

Papelaria para presente

TECNOLOGIAA demanda por limpadores de tela está em plena ascensão

PLANTÃO VOLTA ÀS AULASAntecipamos os planos para o período mais esperado do ano

PAPELARIAS DO BRASILOs desafios da região Sudeste fecham a série de reportagens

PapelariaREVISTA DA

ano XVIII – outubro de 2011 – nº 170 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br

Que tal fazer da sua loja um ponto de venda daqueles pequenos e irresistíveis objetos capazes de fazer bonito na hora de presentear? Descubra agora como investir em gifts

10Vanessa Pasquini dá dicas sobre como escolher e tornar conhecido o nome da sua empresa.

Entrevista

EDITORIAL 8

CIRCULANDO 12

PERFIL DO VAREJO 18Bacal Papelaria

VITRINE 52

MERCADO GLOBAL 54

ONDE ENCONTRAR 57

PONTO FINAL 58

ATUALIDADE 51

CLÍNICA EMPRESARIAL 20

22Conheça as principais ações de lojistas e fabricantes para o período de volta às aulas 2012.

Plantão Volta às Aulas

26Presentinho, lembrancinha ou gift: seja qual for o nome que você use, veja aqui porque esses objetos “cheios de bossa” têm tudo a ver com papelaria.

Produto

34A disseminação de objetos eletrônicos touch screen fazem aumentar procura por limpadores de tela.

Tecnologia

38A última reportagem da série mostra como a região Sudeste é a que tem mais facilidades e também os maiores desafi os.

Papelarias do Brasil

MERCADO 46Feiras regionais

Page 5: Revista da papelaria 170
Page 6: Revista da papelaria 170
Page 7: Revista da papelaria 170
Page 8: Revista da papelaria 170

8Editorial

outubro de 2011

Todo dia é dia

Na primeira hora do dia 13 de outubro, passado o Dia das Crianças, todo o varejo deixa para trás o apelo infantil para as vendas e se trans-veste de Papai Noel. O vermelho e dourado tomam conta de shoppings e vitrines de qualquer tipo de loja, do armarinho à loja de departamentos. Essa lição é básica na dinâmica do comércio e nos inspirou no assunto de capa desta edição. A venda de lembrancinhas, os chamados gifts, em papelarias é ou não um bom negócio? A jornalista Carolina Berger ouviu fornecedores e lojistas para te dar a resposta. Eu adianto que a afinidade é enorme e que o tamanho do mix dos pequenos presentes deve variar de acordo com o público. Mas o melhor de tudo é que a venda de gifts em papelaria independe da proximidade do Natal. O apelo de venda está presente em pontuais datas comemorativas, mas também nos aniversários, que, neste caso, acontecem todo o dia, o tempo todo.

Abordamos outra oportunidade de negócios para as papelarias. Desta vez, foi a repórter Renata Medeiros que pesquisou o tema: venda de kit de limpeza de telas. O crescente aumento de venda de tablets, netbooks e smartphones, com tecnologia touch screen, tem alavancado também a procura por tais produtos. Oferecidos em forma de spray ou lenços umedecidos, tais produtos têm tudo para ter alta procura no varejo. Higiene e busca pela durabilidade das telas são os grandes apelos para a demanda.

É, nesta edição, também que chega ao fim a série de reportagens Papelarias do Brasil. Durante cinco edições, retratamos as características específicas e desafios do mercado de papelaria em cada uma das regiões do país. A região Sudeste fecha a série mostrando o confronto entre os benefícios da logística e da comunicação em contraponto ao alto custo de vida e elevada carga tributária.

No Plantão Volta às Aulas, você já vai se envolvendo com as expecta-tivas da volta às aulas, e, na Clínica Empresarial, conhece o desafio do empresário em ser atendido diretamente pelos fornecedores. Aproveite essas e outras reportagens preparadas para você se atualizar e se inspirar. Bons negócios e ótima leitura. &

Rosangela Feitosa - [email protected] www.revistadapapelaria.com.br

PUBLICAÇÃO MENSAL

ASSOCIADA A

ANO XVIII OUTUBRO/2011 Nº 170ISSN 15162354

DIREÇÃO GERALJorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de [email protected]

JORNALISMOEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Carolina Berger e Renata MedeirosRevisão: Rita de Cassia CarelliIlustração: Uri [email protected]

ARTEDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque

ATENDIMENTO AO LEITORLuanna [email protected]

ADMINISTRAÇÃOCaroline [email protected]

CONSELHO EDITORIAL• Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR)[email protected]

PUBLICIDADEDireção comercial: Jorge [email protected]

ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULOEricson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322

SEDEAv. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel./fax: (21) 2431-2112

DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadis-tas, distribuidores, representações e indústrias do se-tor e departamento de compras de corporações.

de presentear

Page 9: Revista da papelaria 170
Page 10: Revista da papelaria 170

EntrevistaVanessa Pasquini – Especialista em naming10

outubro de 2011

e posicionamento estratégico aplicado à construção das marcas, cria enormes listas de possíveis nomes para o seu cliente. Depois, é necessário comprovar se eles são pas-síveis de uso, ou seja, que se adaptam à Lei 9.279/96, não ferindo o direito adquirido de terceiros. Complexa, ela estabelece, por exemplo, que brasões, datas, termos técni-cos e siglas de órgãos públicos não podem ser usados como marca. É ainda preciso estar atento à Lei de Direitos Auto-rais (9.610/98), já que títulos de obras não podem ser usa-dos como nome fantasia.

O que deve ser levado em consi-deração no momento de criar o nome de uma empresa?Vanessa Pasquini: Esse não é um processo simples. Pelo contrário, é bastante comple-

xo. Usar nomes parecidos ou que se confundam com a con-corrência não ajuda. Deve-se evitar copiar o vizinho, pois o cliente vê isso como expres-são de qualidade inferior. Quando várias empresas têm nomes iguais ou similares, todo mundo perde. O cor-reto é buscar a unicidade e a originalidade, muitas vezes utilizando termos cunhados ou neologismos. Uma papela-ria pode até chamar-se Paco, se ali houver um papagaio com nome Paco que cante no meio da loja. É a irreverência e a diferenciação que fazem do nome um elemento memorá-vel sobre o qual o comércio se capitaliza, pois é dele que os clientes se lembram.

E como o lojista pode “proteger” o nome do seu estabelecimento?Vanessa Pasquini: Eu recomen-

Qual é a importância de se es-colher devidamente o nome de uma loja?Vanessa Pasquini: É enorme, pois é ele que torna-se depo-sitário do reconhecimento e da identificação por parte dos clientes. O nome mal- escolhido não é aquele difícil de escrever ou irreverente, mas o que não forma uma solução carismática. Kope-nhagen e Häggen Dazs não são fáceis de escrever, mas são sucesso. Já usar um nome re-gistrado por outrem é receita de fracasso, configurando-se em crime de marca.

Como o especialista em naming pode ajudar o empresário a não cometer esse tipo de erro?Vanessa Pasquini: Esse profis-sional, que precisa ter noções de linguística, fonética, direi-to de propriedade industrial

O que hápor trás do nome

O nome de uma loja funciona como sua identidade, e, se bem trabalhado, ele

pode se tornar referência no mercado. Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, a

proprietária da Novetà Criatividade e especialista em naming, metodologia

utilizada para criar descrições de negócios ou produtos, além de slogans ou

palavras-chave para a comunicação das empresas, Vanessa Pasquini, reúne dicas

para ajudar você a divulgar e preservar a sua marca. POR RENATA MEDEIROS

Page 11: Revista da papelaria 170

11outubro de 2011

ww

w.re

vist

adap

apel

aria

.com

.br

do que ele busque o registro do nome no Instituto Nacio-nal de Propriedade Industrial (INPI). Para isso, o mais indi-cado é contar com o serviço de um escritório de marcas, pois esse é um processo com-plexo, especialmente quando o empresário já usa o nome há algum tempo e nunca se preocupou em registrá-lo. Hoje em dia, há várias empre-sas que perdem seus nomes porque não se interessaram em realizar essa burocracia inteligente e barata.

Qual é a principal dica para fazer com que o nome de uma loja seja conhecido e “fique na cabeça” das pessoas?Vanessa Pasquini: Construir uma solução articulada e coe-rente é a questão. Muitas vezes, é por meio da fonética e da lin-guística que o sucesso de um nome se torna fixo na cabeça do consumidor. Músicas e slo-gans são excelentes ferramen-tas de marketing. Porém, não basta apenas criar essas obras. É preciso usá-las de maneira correta. Utilizar a surpresa e o encantamento na publicidade também são formas de obter memorização para construir o referenciamento.

Vale acoplar a palavra “papelaria” ao nome escolhido, indicando assim do que se trata aquele determinado negócio? Vanessa Pasquini: Isso pode ser feito caso a palavra “papelaria” combine com o nome escolhi-do, mas não é essencial. Esse descritivo não precisa necessa-riamente fazer parte do nome

do estabelecimento, podendo ser colocado sem muito des-taque no cartão de visita, no site ou na fachada da loja, caso haja necessidade.

É aconselhável que o nome da loja esteja relacionado ao seu público-alvo?Vanessa Pasquini: Mais que falar com o público-alvo, o nome precisa emocioná-lo. Por ou-tro lado, focar excessivamente pode segregar o negócio. Mas se uma papelaria possui a palavra “estudante” acoplada ao seu nome e surja o desejo desse estabelecimento atender também o público corpo-rativo, não seria necessário trocá-lo. Nesse caso, bastaria o papeleiro fazer algo ligado à publicidade por meio de ima-gens ou um slogan especial para o novo cliente que ele de-seja atingir. Ele poderia ainda colocar no cartão de visita um telefone para “atendimento es-pecial a empresas”, mostrando que a sua loja também oferece esse serviço.

É aconselhável a troca do nome de uma empresa?Vanessa Pasquini: Geralmente, troca-se de nome ao se receber uma notificação extrajudicial de uso desautorizado do nominativo pertencente a outrem. Preservar o antigo é sempre mais lucrativo, espe-cialmente se houver registro deferido no INPI. Ficar mu-dando de nome é loucura, pois ele é o R.G. de um busi-ness. Em vez da troca, é me-lhor criar uma forma nova de usá-lo, e, para isso, o trabalho

do profissional de branding/design, que conheça naming, é o indicado. Pode-se, por exem-plo, unir nome e humor para chamar um estabelecimento de Hamburguer aplicando esse nominativo de marca a uma fachada ou arquitetura típica da cidade de Hambur-go, na Alemanha. Lembro ain-da que o nome de fundação de uma papelaria há muito tempo no mercado deve ser mantido, porque atualmente não é fácil ter uma marca que não seja propriedade de ou-trem. Além disso, a mudança pode causar confusão para o cliente.

Uma filial deve ter o mesmo nome do primeiro ou ganhar um novo?Vanessa Pasquini: Manter o mesmo nome é melhor, pois o cliente encontra a empresa com referência prévia mais facilmente. Caso o varejista resolva criar um nome fan-tasia diferenciado para o segundo estabelecimento, é aconselhável que ele mostre ao consumidor, por meio de um símbolo ou ícone, por exemplo, que ambas as lojas pertencem a uma mesma em-presa. Essa é uma vantagem, pois mostra ao público que aquele determinado negócio é sério, está em crescimento e alcançando sucesso. &

O nome mal-escolhido não é aquele difícil de escrever ou irre-verente, mas o que não forma uma solução carismática.

Page 12: Revista da papelaria 170

Circulando12

outubro de 2011

Varejo também deve se qualificar para a Copa do Mundo de 2014

NA ESTANTE

O objetivo do l ivro Todos os clientes são irracionais é ajudar em-presários, gerentes e co-merciantes a desenvolver estratégias emocionais, mantendo o público ligado aos produtos e serviços por um longo prazo. Ao longo dos 12 capítulos, são abor-dadas as maneiras como os clientes percebem o mun-do e como eles processam as informações recebidas, por exemplo. Assim, é pos-sível que o leitor aprenda maneiras de reter informa-ções significativas sobre seu público-alvo, anali-sando dados e observando comportamentos.

William J. Cusick / Editora Cam-pus/Elsevier – 224 páginas

Em setembro, a Confede-ração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apresentou uma proposta para operacionalizar projetos de qualificação pro-fissional, que serão lançados pelo Ministério do Trabalho e Emprego como forma de capacitar trabalhadores para

a Copa do Mundo de 2014. A ideia é que os programas contemplem não só taxistas e profissionais de hotelaria, mas também trabalhadores do comércio e empresários do setor de serviços. “Existe muito lojista sem qualificação para receber o turista estrangeiro.

Temos que pensar em como desenvolver projetos que contemplem todas as frentes do setor de serviços”, disse o vice-presidente da CNDL, Vitor Augusto Koch.

A proposta foi apresen-tada ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Ele

solicitou que a liderança for-malizasse o projeto técnico para concorrer em licitações e concorrências públicas. “Quan-to mais gente executando os programas de qualificação, melhor para o Ministério. Te-mos interesse nessa parceria”, disse o ministro. &

Inforshop promove açõesA sustentabilidade

nos negócios é um dos temas do marketing da Inforshop, e, dentro des-te programa, ela levou 17 clientes para uma visita à fábrica da Suzano, reali-zada em 20 de setembro. Duas caravanas, uma de São Paulo e outra do município de Itu, se uni-ram na capital paulista e seguiram para a fábrica de papel e celulose, onde foram recepcionadas pela área de comunicação da empresa. No local, os visitantes puderam co-nhecer todo o processo de produção e logística da companhia e ainda entender os diferenciais da sustentabilidade am-biental da Suzano.

No mesmo mês, a Inforshop promoveu importantes ações de

endomarketing, ainda em comemoração aos 25 anos de sua fundação. No dia 23, aconteceu em Itu um evento chamado de “Scrity Day”. Durante a sua realização, o gerente nacional da Scrity, Edu-ardo Ruiz, assim como o assessor de marketing da empresa, Daniel Luis da Silva, estiveram na filial da Inforshop, onde, além de treinamento, realiza-ram uma campanha de vendas, que premiou os colaboradores a cada pe-dido com envelopes Scrity feitos naquela ocasião.

Já no dia 24, grandes iniciativas foram coloca-das em prática por dois parceiros da Inforshop: a Dello e a Okidata. Dois ônibus saíram de São Paulo para uma vi-sita à fábrica da primeira

empresa, onde os fun-cionários da Inforshop foram recebidos pelo presidente da Dello, El-son Di Célio. Junto à sua equipe de marketing, ele acompanhou os visitan-tes pelas instalações da companhia, localizada em Extrema, no sul de Minas Gerais. Mais tarde, o grupo se dirigiu à cida-de vizinha de Bragança Paulista, no estado de São Paulo, onde foram recepcionados em um sítio, com direito a dupla caipira, show de prêmios, jogos e brincadeiras.

Na mesma data, outra parte da equipe Inforshop esteve no show de patina-ção artística Luzes de Hollywood, patrocinado pela Okidata e realizado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. &

Equipe da Inforshop em dois momentos: na Suzano, em São Paulo; e na Dello, em Minas.

Page 13: Revista da papelaria 170
Page 14: Revista da papelaria 170

Circulando14

outubro de 2011

Cláudia Urman dá aula para crianças de cinco anos e, para isso, conta com a ajuda de muitos tipos de papéis. “Uso cartolina, papel lustroso, laminado, crepom, pardo, 40 quilos”, enumera. Tantas cores e texturas permitem que a professora explore diversas percepções dos alunos, como o reconheci-mento de formas e espaços. “Aproveito o material para fazer tiras e bolinhas, que podem ser utilizadas no preenchimento de uma área determinada, por exemplo”, conta. Valorizando a criatividade, há vezes em que recorre até a forminhas de papel. “Tenho o privilégio de trabalhar em um colégio particular, que me permite ter acesso a bastante material”, comenta.

A utilização de artigos de papelaria, porém, não se restringe ao trabalho na escola. A professora conta que utiliza outros pro-dutos, como a caneta hidrocor, durante as aulas particulares que ministra. “Destaco observações e exercícios com cores diferentes para chamar a atenção e estimular a criança”, conta.

Borrachas, lápis, lapiseiras e Post-it também agradam Cláudia, que, geralmente, visita papelarias por curiosidade. “Esses estabelecimentos possuem uma grande variedade de artigos. Quando tenho oportunidade, entro para ver o que há de novo”, diz. &

CONSUMO

Visita em busca de novidades

Sebrae prepara nova versão de biblioteca online para 2012No início de 2012, o Sebrae

irá disponibilizar em seu portal na internet a Biblioteca Inte-rativa Sebrae. Trata-se de uma versão mais ampla e moderna da Biblioteca Online (www.bi-blioteca.sebrae.com.br), dispo-nível para internautas de todo o país. Uma das novidades é o aumento dos atuais quatro mil

títulos para aproximadamente 100 mil. “Essa expansão de conteúdo colocará a bibliote-ca entre os maiores acervos sobre empreendedorismo da América Latina”, ressalta o coordenador nacional do projeto no Sebrae, Geraldo Magela. É possível procurar o título de interesse por áreas

temáticas, documentos recen-tes ou palavra-chave. Entre o material disponível hoje, estão diagnósticos, monografias e artigos relacionados ao tema empreendedorismo. O acesso é gratuito e não é necessária a realização de cadastro. “Há uma diversidade de fontes de informação e de conhecimento

que o visitante pode escolher”, informa Geraldo Magela. Na Biblioteca Online, já foram realizados quase 17 milhões de downloads. Entre os conteúdos mais baixados estão: Como Elaborar um Plano de Negócio, Planejamento Empresarial, Ges-tão Financeira e conteúdos de mercado segmentados. &

A Sheaffer realizou, em setembro, um coque-tel para a captação de recursos, que serão des-tinados ao Museu da Ca-neta Sheaffer, localizado em Fort Madison, nos Estados Unidos. Criada e

patenteada em 1908, ele conta a história da marca no mundo da fabricação de luxuosos instrumentos de escrita. “É importante manter essa trajetória como parte da herança do local e compartilhar isso

com o público. Grande parte da história da She-affer tem relação com o mundo, como no caso das canetas dessa marca utilizadas para assinar o Tratado de Paz dos ja-poneses e a Carta das

Nações Unidas”, destaca o presidente do museu, Richard Canella. O Mu-seu da Caneta Sheaffer é uma organização sem fins lucrativos, totalmente administrada por traba-lhadores voluntários. &

Evento beneficia Museu da Caneta Sheaffer

Crescimento e satisfaçãoA Cadersil foi eleita como uma das 250 empresas

que mais crescem no país. O resultado foi baseado em uma pesquisa feita pela revista Exame, da Editora Abril, publicada em setembro. Localizada na Paraíba, a empresa foi a única fabricante brasileira de cader-nos a ser franqueada. Para a realização do estudo, foram utilizadas como referência as demonstrações financeiras de 2008, 2009 e 2010, além de terem sido apontadas as estimativas para a receita obtida em 2011. &

Crescimento contínuo de 2008 para cá garantiu à Cadersil a presença no ranking da revista Exame, que destaca as 250 empresas que mais crescem no país.

Page 15: Revista da papelaria 170
Page 16: Revista da papelaria 170

Circulando16

outubro de 2011

REPRESENTANTE COMERCIAL

Vocação que vem de berço

DOKI NA PAPELARIADermiwil: mochila, lan-cheira e estojo.Molin: caneta hidrográfica, maleta para pintura, lápis de cor, giz de cera, apon-tador com depósito, kit de pastilha para aquarela.Tilibra: caderno brochura e pasta com aba elástico.

ampliar a influência da marca, há a preocupação de que Doki esteja sempre relacionado a produtos e atividades que colaborem com o desenvolvimento infantil. &

E m 2 0 0 5 , quando passava por uma reestru-turação, a emissora de TV paga Discovery Kids identificou a necessidade de criar um personagem que a representasse. Foi assim que nasceu Doki, o cão que é como seus telespectadores: ele adora aprender, subir em árvo-res, andar de bicicleta, jogar futebol, ler e dese-nhar. Ele vive dentro do canal, na companhia dos amigos Mundi, Fico, Ana-bela, Gabi e Oto. Agra-dando a crianças e pais, em 2007, o personagem já era licenciado e, em 2010, cresceu 25%. Para

O cão que é criança

Sindigraf doa livros para biblioteca do interior de São Paulo Em mais uma ação

para estimular o gosto pe la leitura entre os bra-sileiros, o Sindicato das In-dústrias Gráficas do Estado de São Paulo (Sindigraf) doou, no último mês, uma bi-blioteca completa ao mu-nicípio de Arealva (SP).

A cerimônia de doa-

ção aconteceu no dia 22 de setembro e contou com a presença do pre-sidente do Sindigraf-SP e da Associação Brasilei-ra da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), Fabio Arruda Mortara. O pre-feito de Arealva, Elson Banuth Barreto, além

de autoridades locais, também participou da solenidade. O evento marcou ainda a inaugu-ração do novo endereço da biblioteca, no cen-tro cultural da cidade. “Esse é um exercício de responsabilidade social que procuramos colocar

em prática”, declarou Mortara. Desde 2005, a Abigraf doou livros para bibliotecas localizadas em locais como Gastão Vidigal, Taquaral, Jardi-nópolis, Monte Castelo, Tanabi, Santo Antônio do Pinhal, Monteiro Lobato e Osasco. &

Inadimplência cresce pelo oitavo mês consecutivoA inadimplência do consumidor registrou alta de 5,8% em setembro de 2011, na comparação com o nono mês de 2010,

segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Essa foi a oitava elevação seguida nessa base de comparação em 2011, um indicativo de que o cenário inflacionário persistente ainda exerce pressão negativa sobre o poder de compra do consumidor e sobre o nível de endividamento das famílias, conforme avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior. &

A paixão pelas vendas teve início na infância. Aos oito anos de idade, Wagner Silveira de Souza já comer-cializava picolé, amendoim e cocada, esforço que lhe rendeu frutos. “Devi-do a esse trabalho consegui comprar, ainda criança, o meu primeiro relógio”, lembra. O tino para os ne-gócios foi herança do pai, vendedor de uma empresa especializada em produtos alimentícios. Na adolescência, Souza não abria mão de viajar com ele, visitando clientes pelo interior do Pará. “Eu gostava de ver como o meu pai era respeitado e como recebia carinho. Ele é o meu ícone, um grande exemplo”, comenta.

Por influência da mãe e dos quatro irmãos, todos graduados na área de educação, Souza formou-se em pedagogia, chegando a atuar no ramo. O gosto pelas vendas, porém, falou mais alto. “Não me identifiquei com o trabalho, e então ingressei na equipe de uma empresa que representava a Johnson&Johnson no Pará”, conta.

No setor papeleiro, ele ingressou há quatro anos e é representan-te da Tilibra, ele atende principalmente cidades do interior paraense. Um das características de Souza é o seu empenho em ir ao encontro dos clientes, no mínimo, uma vez por mês. “Algumas papelarias recebiam a visita do representante duas vezes por ano. Foi preciso mudar isso. É fundamental manter a interatividade e o contato com aqueles que defino não como clientes, mas como parceiros”, diz. “O segredo para o sucesso nessa, e também nas demais profissões, é realização do trabalho com dedicação e amor. Um não pode viver sem o outro”, completa. &

Page 17: Revista da papelaria 170
Page 18: Revista da papelaria 170

outubro de 2011

Perfil do Varejo18 Bacal Papelaria (São Paulo/SP)

Eduardo Strachman Ba-cal tinha voltado recente-mente à sua cidade natal, São Paulo (SP), quando o amigo da família, Januário Fuoco, lhe ofereceu uma das cinco papelarias que possuía no centro de São Paulo. De-pois de muitos anos atuando na área, Fuoco decidia se afastar do trabalho. Então, vendeu algumas e deixou ou-tras para o respectivo sócio de cada estabelecimento.

Porém, Joana Bezerra dos Santos, sócia de Januário na Papelaria Barão, abriu mão do negócio. Para não acabar com sua primeira loja, inau-gurada em 1933, ele sugeriu que Eduardo Bacal e sua

Eduardo Bacal largou a engenharia agronômica quando descobriu a paixão por

papelaria. Formado também em direito, além de trabalhar na Bacal Papelaria,

hoje, ele pratica a advocacia em prol das empresas varejistas do setor.

Tradição

esposa, Sheila Bacal, assu-missem a papelaria. Eduardo trabalhava como engenheiro agrônomo na Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), mas Sheila, fonoaudióloga, ainda não estava empregada.

O casal fi cou receoso em assumir um negócio que não conhecia, mas Januário garantiu que Joana os aju-daria no início. Assim foi. Em 1988, Sheila assumiu a papelaria integralmente, enquanto Eduardo se divi-dia entre a loja e a Codasp. Mas isso durou apenas seis meses. “Papelaria é um ne-gócio apaixonante. Logo quis me dedicar a ela”, lembra

atuante

Nome: Bacal Papelaria.Localização: São Paulo, SP.E-mail: [email protected] da papelaria: www.bacalpapelaria.com.brData da fundação: a Papelaria Barão foi inaugurada em 1933. Eduardo Bacal assumiu o negócio, em 1988, e mudou o nome para Bacal Papelaria, em maio de 1994.Quantidade de funcionários: 3.Região que abrange: Centro de São Paulo, além dos bairros Ipiranga e São Luiz.Filiais: Não.Área: 167 m², incluindo o estoque.Serviços oferecidos: cópia, encadernação e

entrega, além de recarga de cartuchos e toner.Perfil do cliente: público corporativo da região, secretárias e transeuntes.A vitrine precisa ter lançamentos. “Beleza é fundamental na vitrine. Costumo colocar bibelôs para compor um ambiente agra-dável. O consumidor não pode se sentir agredido por uma quantidade exagerada de produtos. Isso pode fazê-lo perder o foco do que foi buscar. Também coloco banner para divulgar os serviços de re-carga de cartucho e toner”. Produtos mais vendidos: cadernos, agendas, envelopes, máquinas de calcular, caixas de presentes, papel sulfi te.

Melhores fornecedores: ACC, International Paper, Tilibra.Que aspectos do mercado precisam ser discutidos: tributação em geral e, em espe-cial, a desigualdade entre a cobrança para grandes e pequenas papelarias, que compram produtos com preços diferentes dos mesmos fornecedores.

Como chegarAv. São Luis, 140, loja. 2, República – São Paulo – SP – CEP: 01046-000Telefone: (11) 3231-2350

Direto da revenda

o empresário. Além disso, ele sentiu necessidade de trabalhar mais na papelaria, quando precisou enfrentar o Primeiro Plano Collor, em 1990. “Foi um baque porque não sabíamos como lidar”, afi rma Eduardo.

A estratégia escolhida – aumentar o investimento em estoque – deu certo e serviu para incertezas futuras. “Na-quele ano, houve falta de produtos, mas nós tínhamos itens guardados. Então, pas-samos a adotar esta prática nas outras situações em que havia risco. Era melhor que ‘segurar’ dinheiro e fi car sem vender”, avalia.

Atualmente, grande parte

Page 19: Revista da papelaria 170

Há dois anos, a Bacal Papelaria é uma revenda autorizada da marca Tilibra, obtendo atendimento preferencial da empresa e oferecendo aos clientes a linha completa da fabricante.

de seus produtos são com-prados na Offi ce PaperBrasil Escolar, evento do qual parti-cipa desde a primeira edição. “Lá, eu vejo as novidades e posso exigir melhores pre-ços. As empresas estão mais propensas a dar descontos porque já investiram para es-tar ali e há muitos varejistas juntos”, analisa.

Em 1994, Eduardo pre-cisou encerrar a empresa Papelaria Barão. Mas a loja foi mantida com a criação de uma nova razão social, passando a ser conhecida como Bacal Papelaria. “Essa mudança não afetou o negó-cio, pois os consumidores nos conheciam e viram que ainda era a mesma papelaria, locali-zada no mesmo lugar”, conta. Muitos destes clientes, como

bancos e agência de turismo da região, ainda são herança da Papelaria Barão, que aten-dia o público corporativo.

Realmente só o nome foi alterado. Localização, clientela e até funcioná-rios continuam os mesmos. “Os empregados são meu patrimônio, muitos traba-lhavam aqui antes de a pa-pelaria ser minha. Valorizo o atendimento tradicional. Ao contrário do que falam sobre as vendas na internet, não existe uma pessoa que não goste de entrar em um estabelecimento e receber atenção”, acredita Bacal, que aproveita os cursos sobre produtos e atendimento, oferecidos pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São

Paulo e Região (Simpa).Desde que entrou no

ramo de papelaria, Bacal se envolveu ao máximo no setor, associando-se ao Sim-pa, do qual, atualmente, faz parte da diretoria. “Junto com outras papelarias e com o sindicato, eu ganho força. Não dá para brigar sozinho pelo que preciso. Sozinho, eu sou fraco”, declara. Além disso, o empresário exerce sua segunda profi ssão – ele é advogado – dando suporte a papelarias que participam ou não da associação. &

Page 20: Revista da papelaria 170

Clínica Empresarial20

outubro de 2011

Situação problema“Como eu vendia produtos relacionados a escritório, meus clientes começaram a procurar

itens de papelaria, e passei a incluí-los no meu negócio. Porém, estou tendo difi culdades no rela-cionamento com os fornecedores. Vejo representantes passarem pela minha loja e não entrarem,

visitam apenas os concorrentes de maior porte. Fui à Offi ce PaperBrasil Escolar, mas foram exigidos valores mínimos muito altos. Uma fabricante de cadernos, por exemplo, queria que eu comprasse um kit de R$ 15 mil. Não vendo isso tudo em uma cidade pequena. Podiam desenvolver um “kit interior”, com valor mais baixo. Tenho ido à capital, Belo Horizonte, comprar os produtos, mas é ruim porque acabo perdendo o dia todo e preciso realizar o transporte de tudo também. Quando procurei editoras para investir em livro didático, uma delas falou que eu vendi mais que meus três maiores concorrentes. A partir daí, as editoras passaram a me procurar. Apesar disso, continuo comprando pelo televendas porque já conheço a atendente e a achei mais atenciosa.”

CLEBER OLIVEIRA

Para ter a atençãodos fornecedores

Perfil da Strata Informática: vende artigos de informática há 13 anos, em Ouro Branco, cidade com 34.643 habitantes, situada em Minas Gerais, a 95 km da capital, Belo Horizonte. Os clientes da loja começaram a procurar material de papelaria, e, há cinco anos, os proprietários, Cleber Oliveira e Fabiana Silva, decidiram investir nesses itens, apesar dos dez concorrentes na cidade.

Com tantas papelarias em todos os lugares do país, muitos representantes co-merciais não dão a mesma

atenção a varejistas de portes maiores e menores. Apesar da experiência em varejo, Cleber Oliveira tem passado

os últimos cinco anos com dificuldades no relaciona-mento com fornecedores de produtos de papelaria.

Apesar do interesse em comprar, empresários de papelaria têm dificuldades em

lidar com os fornecedores, principalmente no início. Os atacadistas aparecem

como alternativa, mas não solucionam o problema. POR CAROLINA BERGER

Page 21: Revista da papelaria 170

“Quando eu ainda não tinha volume de compra, os representantes também não vinham me visitar. Comecei a frequentar a feira para conhecer os fornecedores. No início, eu também comprava em atacado e ainda faço isso porque, em alguns casos, sai mais barato. Muitas vezes, os atacadistas possuem metas de venda de papel A4, por exemplo. Então, no final do mês, muitos reduzem o preço do item para atingir a quantidade que precisam vender. Porém, não preciso ir até o atacado para comprar. Tanto com esses fornecedores como com a indústria, solicito cotações de acordo com o que vejo no catálogo.”

JOSÉ PAULO DE BETTIO, proprietário da Lipaper Livraria Informática e Papel (Criciúma/SC)

Comprar de longe

“Quando comecei, esse problema também era frequente porque não havia sequer representante comercial no meu estado. Sugiro que o Cleber entre em contato com as fabricantes por telefone e pela internet. Foi o que fiz no início. Todas as empresas possuem valor mínimo para a compra, mas nunca me exigiram um preço tão alto. Hoje, Araguaína é a segunda maior cidade do Tocantins, e já não tenho esse problema. Muitos representantes comerciais moram aqui e visitam as papelarias.”

SÁVIO BRITO, proprietário da Papelaria Central (Araguaína/TO)

Meios de comunicação

“Também estou em uma cidade pequena, que tem 15 mil habitantes. Como já estou no mercado há bastante tempo, os representantes comerciais me conhe-cem e eu possuo volume de compras que atende a exigência de volume mínimo dos fornecedores. Porém, no início, recorri aos distribuidores, mas solicitava por telefone e internet, e eles entregavam. Há dois distribuidores na capital, Vitória, que entregam os produtos aqui uma vez por semana, um na segunda-feira e outro na sexta-feira. Houve casos, no início, em que um único representante passou na papelaria. Comprei apenas com eles os produtos oferecidos, mesmo sabendo que isso restringiria as marcas disponibilizadas na loja.”

ANDERSELY SURLO, proprietária da Pinte e Borde Papelaria e Armarinho (Itaguaçu/ES)

Distribuidores como opção

“Tive esse problema, sobretudo com fabricantes de mochilas. A maioria exige a compra mínima de quatro itens do mesmo modelo. Muitas vezes, não quero arriscar muito no mesmo personagem e correr o risco de não vender. Prefiro optar pela variedade, e se eu quiser comprar dez modelos, tenho que comprar, pelo menos, 40 mochilas. Acabei recorrendo apenas às empresas que não exigem essa quantidade mínima. Compro muito em atacadistas. Muitas vezes, sai mais barato, mesmo pagando a transportadora, porque eles já estão no mesmo estado que eu. Quando o produto vem do fabricante, preciso pagar mais imposto pelo deslocamento entre estados. Não vou ao atacadista porque costumo pedir produtos que eu conheço. Tenho a papelaria há apenas três anos. Com um ano, fui à Office PaperBrasil Escolar pela primeira vez e conheci os fornecedores. Tem que ir e manter contato porque as empresas não procuram quem está começando. Então, fiz cadastros no site, o que resultou em algumas visitas de representantes.” GILMARA BONFIM GONÇALVES, sócia-proprietária da ABC Papelaria (Picos/PI)

Atacado em conta

Page 22: Revista da papelaria 170

Plantão Volta às Aulas22

outubro de 2011

Expectativas para 2012

Enquanto o Dia das Crianças ainda orienta os destaques e a decoração das papelarias, e os consumido-res esperam a chegada do Natal, os empresários do varejo e os fornecedores já estão pensando na volta às aulas 2012.

Cada um com suas es-tratégias, os papeleiros têm expectativas de crescimento em relação à mesma épo-ca de 2011. Este ano foi o

Os fornecedores apresentaram as novas coleções, e os lojistas já realizaram

grande parte dos pedidos para a volta às aulas 2012. Empresários da indústria e

do varejo contam os planos e expectativas para o período de maior movimento

nas papelarias. POR CAROLINA BERGER

Para conquistar

primeiro em que Vanessa Ribeiro Rios, proprietária da Papelaria União (Cruzeiro/DF), investiu na parceria com escolas próximas. A partir do resultado positivo, ela já au-mentou de cinco para sete o número de colégios parceiros, e pretende chegar a 15 ainda antes da próxima volta às aulas. “Cada escola recebe um valor em crédito válido para o ano todo. Assim, a equipe pedagógica pode vir retirar material, conforme a necessi-dade”, explica a empresária.

Além disso, todos os pais que adquirirem a lista com-pleta de material na loja de Cruzeiro poderão levar uma peça do uniforme para ser bordada com o nome do fi lho. “É a primeira vez que oferecemos esta promoção. Tive a ideia conversando com clientes que comentaram o desejo de colocar o nome das crianças principalmente em casacos para reduzir a perda

Celso Pires Raposo, da Millenium (Colinas do Tocantins/TO), faz uso de displays e outros materiais cedidos pela indústria para incrementar a fachada de sua loja no período da volta às aulas.

do item”, conta Vanessa, que contratou uma profi ssional especialmente para realizar os bordados.

Sortear brindes é uma es-tratégia comum em diversos lugares do país. A bicicleta está entre as preferências da garotada, mas Júlia Ferreira de Melo Soares agradou aos pais quando sorteou um con-sumidor da Papelaria Meu Fofão (Duque de Caxias/RJ) para ganhar a lista de mate-rial completa ou o pagamen-to de uma mensalidade.

Os clientes da Drika Ba-zar e Papelaria (Indaial/SC) não sabem ainda ao que vão concorrer na próxima volta às aulas, mas, provavelmen-te, vão gostar da novidade, enquanto em 2011, apenas quem pagou à vista parti-cipou do sorteio, este ano, todos poderão concorrer. “Queria estimular a compra à vista. Porém, percebi que fui injusta com alguns clientes

o consumidor

Page 23: Revista da papelaria 170

fiéis que nunca atrasaram suas parcelas”, avaliou Adria-na Raquel Martins Rezini, proprietária da loja.

O parcelamento ainda é uma questão complicada para a empresária. Em 2010, todas as vendas para a volta às aulas foram realizadas à vista. Devido à solicitação dos clientes, Adriana permitiu a divisão em até três parcelas, em 2011. Ano que vem, o pagamento será dividido em até duas vezes. “Como o governo dá os livros, vendo apenas material de papelaria, que costuma chegar até cerca de R$ 100,00. O consumidor tem que conseguir pagar duas parcelas de R$ 50,00!”, comenta Adriana, que já co-

locou aproximadamente 20 nomes no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) por inadim-plência, além de ter recorrido ao serviço de cobrança da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Indaial (CDL–Indaial). “Al-gumas pessoas acertaram as dívidas após a ação da CDL. Porém, estou com medo da crise fi nanceira internacional. Não posso reduzir as vendas, mas também não espero gran-de aumento”, pondera.

Júlia Soares espera consu-mo um pouco mais contido, em 2012, como consequên-cia da crise. Apesar disso, a proprietária está otimista e teve a preocupação de adquirir os produtos com antecedência para conseguir

os melhores preços. “Em no-vembro, já recebo pedidos de orçamento. Muitas pessoas aproveitam o 13º salário para comprar material esco-lar”, conta.

Para Marici Foroni, dire-tora de marketing da Foroni, o melhor momento para solicitar material para a volta às aulas é entre os meses de setembro e outubro. “Quem deixa para fazer os pedidos após esta data pode perder as melhores opções da in-dústria”, alerta a diretora. Tayara Sihnei Russi, gerente de marketing da Dello, con-corda e afi rma que este é o momento em que é possível elaborar condições especiais de venda.

Page 24: Revista da papelaria 170

Plantão Volta às Aulas24

outubro de 2011

Expectativas para 2012

Alexsandro Nascimento aproveitou os descontos ofe-recidos na Offi ce PaperBrasil Escolar 2011 para abastecer a Papelaria Ponto do Es-tudante (Ribeirópolis/SE): “Na feira, os produtos são mais baratos e podemos vê-los de perto. Além disso, se não comprar lá, corro o risco de acabar e não chegar aqui na cidade”. Conforme os pedidos são entregues na papelaria, o proprietário já expõe na vitrine, como estra-tégia para criar expectativa no consumidor.

Celso Pires Raposo cos-tuma usar o material pu-blicitário oferecido pelas empresas, além de produzir panfl etos que são deixados nas caixas postais de resi-dências. “Coloco banners na entrada e próximo aos produtos correspondentes. Também percebi aumento de vendas em produtos da Faber-Castell quando come-cei a utilizar o mostruário da companhia”, conta o

proprietário da Millenium Papelaria e Megazine (Co-linas do Tocantins/TO).

A BIC está investindo em demonstradores para destacar os atributos da linha de marcadores BIC Marking , que a empresa quer fortalecer nesta volta às aulas. A AIG Campestre disponibiliza expositores para estojos, e o gerente de marketing da empresa, Sidney Rodrigues, sugere que a organização de pro-dutos, além de atrair os clientes, ajude o trabalho dos vendedores: “Produto embaixo de balcão, onde o cliente não pode visualizar, é prejuízo na certa. No perí-odo de grande movimento, o balconista dificilmente vai se lembrar de apresentar estes itens”. Para 2012, a empresa aposta na diver-sidade de produtos com o objetivo de ampliar o target da empresa.

Com foco no público in-fantil, Alexsandro Nascimen-to investiu, principalmente, em produtos com os palha-ços Patati Patatá, tendência identifi cada a partir de con-versas com os pais. Já Adriana Rezini ainda não encontrou o personagem de destaque para os consumidores de In-daial, em Santa Catarina. “A papelaria está ao lado de uma escola, e costumo conversar com as crianças. Ainda não encontrei nenhuma licença tão forte como foi o Ben 10 em 2011”, afi rma.

Da última volta às aulas

para a próxima, Celso Rapo-so decidiu aumentar em 30% seu investimento em mo-chilas. “O produto é muito procurado como presente de Natal. Nesta volta às aulas, pretendo vender R$ 70 mil do produto”, contou o em-presário. Já o papeleiro que atende o público mais velho pode contar com as Maletas A3, da Dello, indicadas para universitários, arquitetos, publicitários, projetistas e cartunistas por acomodar material em tamanho A3. “Ao criar estes produtos, a empresa se baseou nos pontos fracos do mercado e apostou em atendê-los”, explicou Tayara Russi.

Com base nas vendas du-rante a época de volta às aulas, o maior investimento da BIC é em produtos de colorir. “85% desses itens são vendidos na volta às aulas e 15% no período de minivolta às aulas”, afi rmou Luciano Santos, gerente de desenvol-vimento do canal papeleiro da BIC, empresa que deve vender, nesta volta às aulas, pelo menos, 20% a mais que no mesmo período de 2011.

O mesmo crescimento é esperado pela Kajoma, que tem passado por uma rees-truturação. “A empresa está mais atenta à demanda de volta às aulas. Por isso, in-vestimos em equipamentos, elevando sua capacidade de produção ao dobro”, disse Tatiana Belleza, gerente de marketing da fornecedora de cadernos. &

Luciano Santos, gerente de

desenvolvimento do canal papeleiro

da BIC, empresa que deve vender,

nesta volta às aulas, pelo menos, 20% a mais que no mesmo período de

2011.

Page 25: Revista da papelaria 170
Page 26: Revista da papelaria 170

Produto26

outubro de 2011

Gifts

Muitas papelarias inves-tem em presentes para as da-tas comemorativas, buscan-do faturar durante os meses que não estão inseridos no período de volta às aulas. Le-vando esta ideia ainda mais a sério, alguns empresários investem em celebrações que ocorrem todos os dias – os aniversários. Para isso, in-cluem nas prateleiras os gifts, aqueles itens que motivam os convidados a chegarem às festas dizendo que levaram “só uma lembrancinha”.

“Os aniversários são as ocasiões para as quais eu

Para o empresário de papelaria, gifts. Para seus clientes, uma lembrancinha.

Pequenos objetos que podem agradar a quem recebe, sem custar caro a quem

compra, são comuns em papelarias por todo o Brasil. São muitas as opções

disponibilizadas e é preciso saber exatamente em que se deve investir. POR CAROLINA BERGER

Pequenos presentes,

mais vendo presentes, pois há aniversariantes todos os dias”, afirma Valéria Silva Duarte, auxiliar administra-tiva da Planeta Papel (Cotia/SP). Seu principal público é formado por crianças e pais, já que a loja está localizada próxima a escolas.

Já, a Na Graça Multi-loja (Sapiranga/RS) possui o principal público com-prador de gifts formado por adolescentes do sexo feminino. Entre os itens que elas mais levam para aniversários, formaturas ou simplesmente para agradar

uma amiga, estão peças de decoração, quadros de fotos e velas com essências.

Alexandre Lima, gerente comercial de varejo da Ludi Presentes, acredita que as mulheres de 15 a 30 anos representam 80% do público consumidor dos produtos da marca. Talita Lieven, gerente de marketing da Mig&Meg, confi rma que o público feminino compõe a maior parcela dos consumi-dores de gifts, porém desta-ca que os homens também recorrem aos presentinhos: “O público masculino gosta da praticidade de encontrar um presente atrativo e com preço acessível”.

Hamilton Chen, diretor comercial da Bensia, lembra da importância de avaliar o perfi l dos clientes que já fre-quentam a loja para investir em gifts direcionados a ele, e destaca alguns cuidados

grandes negócios

Há papelarias mais focadas em informática. Nesses casos, há capas e bandejas para laptop... Outras investem na linha de escritório e escolar, e podem incluir estojos, blocos , almofadas, etc. É importante que o lojista aumente o mix gradativamente até encontrar o mais adequado

ALEXANDRE LIMA, MARKETING DA LUDI PRESENTES

Page 27: Revista da papelaria 170
Page 28: Revista da papelaria 170

Produto28

outubro de 2011

Gifts

iniciais: “A compra de no-vos itens representa sempre um risco, com aumento do capital de giro, mercadoria encalhada por falta de conhe-cimento e principalmente a possibilidade de perder o foco do negócio”.

Heliezer Henrique Vieira definiu o mix de “mimos” – como ele gosta de chamar os pequenos presentes – que vende na Papelaria Lápis de Cor (Pouso Alegre/MG), a partir de muita observação. O antigo proprietário da loja, que existe há 30 anos, havia realizado testes bem sucedi-dos com a venda de presentes. Quando Heliezer comprou o negócio, em 2009, ocupou metade da loja com os itens.

Na Lápis de Cor os produtos considerados gifts representam 20% de todo o mix. Segundo o proprietário, Heliezer Vieira, a margem desses itens chegam a 80%.

Aos poucos, ele percebeu em que realmente deveria investir. “A concorrência com grandes lojas de presentes e de R$ 1,99 fi zeram com que a venda de presentes diminu-ísse. Percebi que eu só vendia aqueles que custavam até R$ 50,00. Esse é o valor máximo dos produtos que ofereço hoje”, garante.

Alexandre Lima, da Ludi Presentes, sugere que o in-vestimento em gifts seja iniciado por produtos que se encaixem no perfi l da loja. “Há papelarias mais focadas em informática. Nesses ca-sos, há capas e bandejas para laptop, além de cases para câmera digital. Já os estabele-cimentos que investem mais em materiais de escritórios e escolar, podem incluir es-tojos, blocos de anotações, mochilas, almofadas, etc. É importante que o lojista au-mente o mix gradativamente até encontrar o adequado para o seu negócio”, afi rma.

Fabiana Antunes Ro-cha, diretora da Papel e Tudo, aposta que os gifts temáticos com mensagens inteligentes e divertidas são os mais adequados para a venda em papelaria. “É im-portante investir também em preços atraentes, que é o que todo consumidor bus-ca”, complementa.

Atualmente, o principal público da Lápis de Cor é o corporativo, e os gifts representam 20% de sua venda. Em geral, estes itens são comprados por jovens que querem presentear mãe,

amigas e namorado, permi-tindo que Heliezer obtenha lucro de 50% a 80% sobre os presentes vendidos. Sua principal aposta costuma ser em artigos com licença de times, para os quais ele reserva uma parede inteira. Enquanto os outros gifts e os materiais de papelaria são expostos lado a lado, inter-calando as prateleiras.

A exposição de gifts na Planeta Papel é alterada de acordo com a época do ano. A proprietária, Valéria Duarte, conta que investe muito em sugestões para seus clientes. “Tento mostrar ao consu-midor opções inesperadas. Assim, ele leva mais do que pretendia e fi ca satisfeito. No dia das mães, por exemplo, costumo colocar na vitrine um kit de presente mon-tado, com pelúcia e outros itens em uma caixa bonita”, exemplifi ca.

Esta ideia está presente no mix oferecido pela Car-pe Diem. Segundo Priscila Rigoni, gerente de produto da empresa, as seis estampas da marca estão em todos os produtos da linha. “Para uma melhor exposição, é in-teressante que todos os itens da mesma estampa estejam juntos, possibilitando que o cliente enxergue toda a cole-ção”, sugere Priscila.

Maria Eugenia De Fran-ceschi, publicitária da Gegu-ton, lista alguns fatores que devem ser considerados na disposição dos gifts: “Linha de produtos, cor, público-alvo e fácil acesso para os clientes”.

O público feminino é o foco da Na Graça Multiloja com os produtos para presentes oferecidos na loja.

Page 29: Revista da papelaria 170
Page 30: Revista da papelaria 170

Produto30

outubro de 2011

Gifts

As garrafinhas squeeze da Mig&Meg foram as campeãs de vendas da mar-ca no último ano, pois agradam as crianças que se identificam com os personagens, que vêm estampados no produto.

Sugestões para experimentar o potencial

O produto mais vendido da Ludi é a Caneca de Estimação. Irreve-rente, o produto faz menção a um gato, de um lado, e ao dono da caneca, de outro.

Estampada com bonecas russas coloridas, a Nécessaire Viagem P, da Carpe Diem, é um ótimo presente para jovens modernas.

A linha de nécessaires é o mais recente lançamento da Mig&Meg. Com desenhos e frases, as bolsinhas são voltadas para as meninas meigas e organizadas.

A Moringa da Carpe Diem mistura diferentes estam-pas, como gueixas, flores e bolinhas em único pro-duto.

Um dos destaques da Papel e Tudo é a latinha, de apenas 5,5 cm de diâmetro, que possui um espelho dentro. O produto é uma opção para as mulheres carregarem na bolsa.

Os fornecedores entrevistados nesta reportagem seleciona-ram, dentre tantas opções de suas linhas, os produtos conside-rados como de venda certa no varejo de papelaria. Eles podem ser uma boa opção para quem pretende investir no mix, mas ainda está em fase de estudo do mercado.

Page 31: Revista da papelaria 170

31outubro de 2011

ww

w.re

vist

adap

apel

aria

.com

.br

O porta-joias da Bensia abre como um pequeno armário e possui três gavetas para guardar brincos, pulseiras, cordões, anéis, etc. A licença vai agradar as meninas fãs das princesas da Disney.

O Kit Maquiagem, da Geguton, é composto por três caixinhas orga-nizadoras. A “Olhos” é para colocar os delineadores, rímel e pincéis; a “Lábios” é para colocar os batons e

gloss; e a “Make Up” é para colocar as sombras e o blush.

O Porta-controle Remoto Fora do Ar, da Geguton, é irreverente, útil e deco-rativo. O produto é preto com estampa colorida e mede 12,5 X 12 X 12,5 cm.

As meninas que gostam da Jolie podem colocar fotos no tamanho 10 X 15 cm no porta-retrato fornecido pela Bensia.

O Porta-retrato Chopp ‘Lem-bra?... Nem eu’ parece um

copo de chopp. A suges-tão da Geguton é que o consumidor coloque uma foto “daquele dia que você só lembra por

fotos mesmo”. Produzido em acrílico, o item comporta foto no tamanho 10 X 12 cm,

na vertical.

porta-retrato fornecido pela Bensia.

A Almofada Massagea-dora Lacinho, da Ludi, faz bastante sucesso, assim como o Conjunto de Blo-cos Lacinho, que traz, dentro de uma caixinha, três bloquinhos de papel, com aproximadamente 50 folhas cada, para anotações. Na mesma linha há ainda o porta-retratos.

Page 32: Revista da papelaria 170

Produto32

outubro de 2011

Gifts

Além dos aniversários, Maria Eugênia cita a decoração de quartos como uma das funções mais atribuídas aos produtos da empresa.

Maristela Weber, proprie-tária da Na Graça Multiloja, organiza o estabelecimento de maneira setorizada. Po-rém, arrisca expor alguns brinquedos junto a itens escolares. “Há vezes em que produtos desses dois seg-mentos possuem licença do mesmo personagem. Então, coloco-os próximos para estimular a venda de mais itens”, explica.

Ela acredita que as pape-larias são bons pontos para a venda de presentes e que o fato de estar em uma cidade pequena contribui para a in-clusão de produtos diversos na loja. “O fato de sermos referência em bazar é um conceito regional. Tenho essa possibilidade porque não há shopping por perto”, analisa.

Fabiana Rocha, da Papel e Tudo, apoia a ideia: “Toda papelaria precisa se adequar aos hábitos do consumidor, que tem pouco tempo e quer usá-lo melhor, preferindo comprar tudo o que precisa em um mesmo lugar”.

A Planeta Papel não sofre muito com a concorrência, e a proprietária, Valéria Duar-te, tenta não competir com o estabelecimento especia-lizado em lembranças, loca-lizado próximo à papelaria. “Respeito o ramo deles e dou preferência por produtos que não são vendidos lá. Assim, quando um cliente procura algo que não ofereço, indico a loja concorrente e vice-versa”, comenta.

Na linha de produtos da Carpe Diem, estão incluídos itens de papelaria que podem ser presentes, como blocos e cadernos diferenciados. “Também produzimos utili-tários e itens de uso pessoal

que são adequados para a comercialização em papela-rias, como canecas, squeezes, bolsas e nécessaires”, completa a gerente Priscila Rigoni.

Enquanto os clientes da Na Graça vão à loja com o objetivo de encontrar gifts, os de Luciano Nogueira Ma-ciel, proprietário da Info-lock Papelaria e Presentes (Cruzília/MG), costumam levar os presentinhos por im-pulso. “Acho que a papelaria é um bom lugar para vender estes itens porque há grande fl uxo de gente. Geralmente, as pessoas vêm em busca de algum serviço, como cópia, e acabam levando um gift”, conta. Talita, da Mig&Meg, sugere que as lembranças também podem estimular a venda de alguns itens de papelaria, como cartões de expressão social.

A Infolock existe há 12 anos, mas os gifts só chega-ram às prateleiras da loja há cerca de dois. “Desde o início, trabalho com o chamado ‘caderno de falta’, no qual oriento meus funcionários a escrever os produtos que não vendo, mas que são procurados pelos clientes. Então, quando há um item com procura frequente, pas-so a incluí-lo. Foi assim que decidi vender gifts”, conta Luciano. Hoje, 60% de seu mix é composto por gifts, e o empresário orgulha-se do comentário que ouviu de um cliente: “Ele falou que minha loja parece o Google, porque aqui consegue encontrar o que procura”. &

Presentes para aprenderNo início de outubro, Deise Bernardo da Silva adquiriu a Lollypop Presentes e Papelaria (Criciúma/SC), que vende gifts. Porém, ela pretende mudar esse conceito: “Como a loja está localizada dentro de um colégio, pretendo incluir presentes com foco educativo, como jogos instrutivos, por exemplo”. Seu objetivo é não estimular o consumismo nas crianças. Deise tem a intenção de atingir os pais, que estão dispostos a gastar mais dinheiro com esses presentes. “Acho que os alunos preferem os brinquedos, mas não concordo com esse tipo de estímulo”, afirma.

Acho que a papelaria é um bom lugar para vender estes itens porque há grande fl uxo de gente. Geralmente, as pes-soas vêm em busca de algum serviço, como cópia, e acabam levando um gift

LUCIANO NOGUEIRA MACIEL, PROPRIETÁRIO DA INFOLOCK PAPELARIA E PRESENTES

Page 33: Revista da papelaria 170
Page 34: Revista da papelaria 170

Tecnologia34

outubro de 2011

Limpadores de tela

A tecnologia invadiu o dia a dia da maioria das pessoas, e, com isso, a quantidade de acessórios voltados para esse mercado desenvolve-se cada vez mais. Produtos fabricados para deixar a tela de notebooks, tablets e smar-tphones como um espelho, geralmente comercializados em spray, são exemplo disso. E os fabricantes garantem: a ação deles vai muito além do pano úmido usado para limpar os aparelhos eletrô-nicos.

A utilização de um mate-rial específi co para a limpeza de telas é algo mais comum

Os kits de limpeza de telas e monitores vêm ganhando espaço, tornando-se

uma alternativa para as papelarias que desejam aumentar o mix de artigos para

computadores e celulares. POR RENATA MEDEIROS

Tudo

em países da Europa e da América do Norte. Porém, de acordo com a gerente geral das operações da AF Inter-national no Brasil, Carolina Cesetti Kina, essa realidade passa por transformações. “Esse é um mercado pequeno em nosso país, mas que vem crescendo, principalmente devido ao aumento nas ven-das de televisores de plasma, LCD e LED, assim como de smartphones e tablets”, comenta.

Gerente comercial da Im-plastec, Gide Fernandes lem-bra ainda que, atualmente, muitos equipamentos pos-suem tela do tipo touch screen, aquela sensível à pressão e que dispensa a necessidade de outro periférico, como o mouse ou o teclado. O fato, segundo ele, incentiva a utilização do produto. “O contato com o dedo do usu-ário traz sujeira e oleosidade

natural da pele para a tela, sendo necessária a limpeza constante para manter o bom aspecto do equipamen-to”, declara.

Há cerca de dois anos, a Multilaser oferece o seu lim-pador de tela ao consumidor. De acordo com o gerente de produtos da companhia, Danilo Angi Luiz, em 2010, as vendas desse artigo cres-ceram 60%, se comparadas às do ano anterior. “A maioria dos notebooks, smartpho-nes, tablets, entre outros aparelhos, possui alto valor agregado. Isso faz com que as pessoas procurem produtos específi cos para não corre-rem o risco de manchá-los ou danifi cá-los”, afi rma.

Proteção

Mas o que difere o lim-pador de tela de um simples pano úmido utilizado para a limpeza de um equipa-

Esse é um mercado pequeno em nosso país, mas que vem crescendo, devido ao aumento nas vendas de smartphones e tabletsCAROLINA CESETTI KINA, GERENTE GERAL DAS OPERAÇÕES DA AF INTERNATIONAL NO BRASIL

“clean”

Page 35: Revista da papelaria 170

35outubro de 2011

ww

w.re

vist

adap

apel

aria

.com

.br

Conheça algumas opções de limpadores de tela oferecidos

AF INTERNATIONALEm spray de 25 ml, o AF Screen-Protector traz uma flanela de microfibra. Já o AF Multi-Screen Clene, comercializado em frasco spray de 200 ml, pode ser acompanhado de um pequeno lenço de microfibra ou de uma grande toalha do mesmo material.

IMPLASTECO Clean Limpa Telas, versão spray, é o destaque da empresa, que, ainda este mês, lança o mesmo produto acompanha-do de um lenço antirrisco, que não deixa resíduos de tecido após a limpeza.

MULTILASERO spray Clean , 200 ml, vem com uma flanela de microfibra que limpa sem deixar resíduos.

RENDICOLLAO Renditela é oferecido na versão spray com 18 ml ou 60 ml. A flanela que vem junto ao produto auxilia na limpeza e na secagem da tela, evitando manchas.

SMART COMPANYA companhia oferece o Smart Clean, versão spray, além de flanelas laváveis, confeccionadas com fibra de viscose e poliéster, estabilizadas e tratadas com agentes antibacterianos. Elas vêm blistadas em kits com 10 ou 25 unidades.

Page 36: Revista da papelaria 170

Tecnologia36

outubro de 2011

Limpadores de tela

mento? Se interrogado pelo cliente, o lojista não precisa titubear, pois, para essa ques-tão, os fabricantes possuem a resposta na ponta da língua. O diretor comercial da Ren-dicolla, Carlos Olimpio Ma-lucelli, explica que o produto comercializado pela empresa possui um tensoativo que re-move a sujeira e o pó, criando

Nicho promissor: segundo Danilo Angi Luiz, gerente da Multilaser, as vendas de limpadores de telas em 2010 cresceram 60% em relação ao ano anterior.

uma camada capaz de deixar brilho e impedir que a poeira grude. “Ele propicia uma melhor visualização, além de garantir maior tempo de vida útil da tela”, comenta.

Os sprays comercializa-dos pela AF International também trazem aditivos que conservam a tela e eli-minam a energia estática da superfície, fazendo com que a sujeira não seja atraída por ela. Luiz destaca ainda que um pano úmido não retira gordura e pode manchar a tela. “Limpadores possuem agentes que não deixam re-síduos”, destaca.

Esse artigo, porém, não tem a limpeza e a proteção da tela como únicas funções. Como afi rmam os fabrican-tes, a sua utilização ajuda a preservar a saúde do usuário. “Nosso produto possui fór-mula que elimina os germes e as bactérias presentes nos aparelhos eletrônicos”, ilus-tra o diretor comercial da Smart Company, Arthur Soberanis. “O limpador da Implastec possui álcool iso-propílico, que minimiza o risco de celulares e outros equipamentos que passam de mão em mão se trans-formarem em veículos de transmissão de doenças”, completa Fernandes.

Oportunidade

Segundo a indústria, o investimento em limpadores de tela é uma boa opção para as papelarias, principalmente para aquelas que já possuem

artigos de informática em seu mix. “O futuro do varejo é a diversifi cação, pois ela pro-porciona mais conveniência ao consumidor”, avalia So-beranis. “É sempre viável ofe-recer uma solução completa ao cliente”, completa Luiz. Carolina acredita que, em alguns anos, o limpador de tela será um acessório indis-pensável na vida das pessoas, e sai na frente quem apostar nele já neste momento. “O produto tende a se tornar um aliado importante para o usuário de equipamentos eletrônicos. Quantas pessoas possuem telas em casa ou no escritório, e não sabem como limpá-las?” Indaga.

Para a exposição, os dis-plays e as gôndolas são os mais indicados. É também aconselhável que os limpado-res estejam em local visível e de fácil acesso. Outro ponto destacado pelos fornecedores é a necessidade do próprio papeleiro, ou balconista, in-centivar a venda do produto. “Dificilmente uma pessoa sai de casa para adquirir um limpador de tela. Essa é uma compra por impulso, sendo viável oferecer o artigo ao cliente, explicando e demons-trando os seus benefícios”, conclui Fernandes. &

É preciso atenção no momento de montar o seu mixVerificar se um determinado lim-pador de tela está de acordo com as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o primeiro passo que o varejista deve dar antes de adquirir o artigo e comercializá-lo em sua loja.A área técnica da Anvisa infor-mou à REVISTA DA PAPELARIA que qualquer produto destinado à limpeza ou à desinfecção de superfícies e objetos inanimados é considerado um produto sane-ante, conforme a Lei 6.360, de 23 de setembro de 1976, e, por-tanto, necessita de registro ou notificação compulsórios em sua Gerência Geral de Saneantes.A Anvisa frisa que produtos sane-antes não podem ser fabricados ou comercializados no país sem registro ou notificação. Caso isso aconteça, fica caracterizada a in-fração sanitária, passível de apli-cação das penalidades previstas na Lei 6.437, de 20 de agosto de 1977. Os representantes de todas as empresas entrevistadas para esta matéria garantiram que os seus limpadores de tela estão devidamente registrados ou notificados.

Page 37: Revista da papelaria 170
Page 38: Revista da papelaria 170

Papelarias do Brasil38

outubro de 2011

Região Sudeste

Uma região com amplo mercado consumidor e alto poder aquisitivo. Essa é a defi nição positiva sobre o Su-deste do Brasil, de acordo com a maioria dos empresários que possuem papelarias ins-taladas na região. O elevado poder de compra não é mera hipótese. Uma pesquisa divul-gada pelo Ibope Inteligência mostrou que o potencial de consumo para livros e artigos de papelaria do Sudeste em

A última matéria da série Papelarias do Brasil chegou à região mais desenvolvida

do país, mostrando os pontos positivos e negativos que são enfrentados pelo

mercado de papelaria do Sudeste. Varejistas, atacadistas e fabricantes aproveitam

as riquezas e as boas condições locais, mas reclamam do alto preço que pagam

por isso – impostos caros e concorrência acirrada. POR CAROLINA BERGER

Vantagens

2011 é de R$ 7,01 bilhões. Enquanto as outras regiões não chegam a R$ 2 bilhões. Natural que muitos varejistas queiram usufruir dessa condi-ção favorável, o que nos leva a um elevado número de lojas e à grande concorrência, princi-pal ponto negativo apontado pelos papeleiros.

A concorrência – explica Carlos Roberto Araújo de Oliveira, diretor comercial da Associação das Papelarias Inde-pendentes da Grande São Paulo (Redepel) – não está limitada a outras papelarias. “Não há regulamentação em relação ao tipo de produto que cada estabelecimento pode comer-cializar. O supermercado ven-de arroz, feijão, fl ores e pape-laria. Uma papelaria não pode começar a vender alimentos”, compara Oliveira.

Em relação à concorrência com os chamados “atacare-jos”, Giogi Kamiha, proprie-tário da Sun Marina Pape-

laria e Presentes (São Paulo/SP), explica os argumentos dos atacadistas: “Eles dizem que compravam os produtos da indústria e revendiam para o varejo. Porém, a in-dústria passou a vender di-retamente para as papelarias. Para compensar as vendas perdidas desta maneira, os atacados passaram a abrir lojas e vender diretamente ao consumidor fi nal”.

Com o objetivo de se des-tacar na venda para as esco-las, Giogi tenta equiparar seus preços com os do ata-cado e investe em produtos que estes concorrentes não vendem, mas que são procu-rados pelos colégios, como itens de armarinho. “As es-colas procuram muito esses produtos para comemora-ções, como festa junina. As-sim, podem encontrar tudo na mesma loja”, explica.

Carlos Roberto de Olivei-ra também destaca a grande

que custam caro

2EnNqçuàpp

COA

Page 39: Revista da papelaria 170

39outubro de 2011

ww

w.re

vist

adap

apel

aria

.com

.br

quantidade de empresas localizadas no Sudeste como contribuição para o vasto mercado consumidor, já que o mercado corporati-vo representa, atualmente, uma parcela significativa na clientela das papelarias. Segundo ele, as vendas a este público também mudaram nos últimos anos. “Antes, os escritórios compravam com uma papelaria próxima ou uma grande distribuidora. Hoje, eles podem solicitar a cotação pela internet com di-versos fornecedores de portes variados”, analisa. Iriz Braz Cesconetto, proprietário da Cesconetto Atacado de Papéis (Serra/ES), atende o público corporativo há 20 anos e valoriza a localização de seu negócio. “Estou perto do porto, o que atrai muitas empresas que trabalham com importação”, afi rma Iriz.

Entre as empresas que estão no Sudeste, há grande parte das fornecedoras de material de papelaria. Glauco Tarrone, gerente de vendas da Pentel, observa, como consequência dessa proxi-midade, o costume dos vare-jistas não estocarem grande quantidade de material, pois a entrega é mais rápida. “Isso

De itens de armarinho para escolas a artigos de informática, a papelaria Sun Marina, em São Paulo, segue atenta às oportunidades e aos desafios da concorrência.

faz com que mantenhamos um atendimento mais foca-do e presente, comparado a clientes de outras regiões”, disse Tarrone. Edson Cardo-so, gerente regional da DAC, concorda: “Como somos bem abastecidos por rodo-vias e meios de transporte, a maioria dos clientes do Sudeste costuma trabalhar confiando na agilidade de nossa entrega”.

Tarrone acredita tam-bém que o fácil acesso aos fornecedores e à concorrên-cia aumenta a preocupação do varejo do Sudeste em estar sempre atualizado em relação ao mix de pro-dutos. Antônio Nogueira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa-SP),

identifica uma diferença entre capitais e cidades menores dentro da região. “Quando o empresário está próximo, há certo como-dismo porque se sabe que o representante vai à loja com frequência. Porém, há defi-ciência nesse atendimento nas cidades do interior”,

A proximidade entre fornecedores e varejistas faz com que mantenhamos um atendimento mais focado e presente, comparado a clientes de outras regiões.

GLAUCO TARRONE, GERENTE DE VENDAS DA PENTEL

Page 40: Revista da papelaria 170

Papelarias do Brasil40

outubro de 2011

Região Sudeste

afirma. Outra vantagem, relatada por Nogueira, é a facilidade de as papelarias organizarem-se em associa-ções e trocar experiências. “Toda papelaria começa como um pequeno ponto de venda. Então, é preciso investir no contato com outras pequenas e médias empresas do ramo”, afirma Nogueira.

Ele também aponta um problema que vem sendo enfrentado por vários pa-peleiros – a difi culdade em encontrar mão de obra. “O comércio exige dedicação e

integração com o trabalho. É preciso que os profi ssionais participem de cursos para a formação de novos balco-nistas. O consumidor quer qualidade no atendimento. Há mais de 100 itens na li-nha de papel, por exemplo. É preciso que o atendente conheça a utilização de cada um”, exemplifi ca.

Tal necessidade por capa-citação é uma consequência marcante da definição de funções, uma das caracte-rísticas da região Sudeste apontada por Adriano Bos-catte, diretor da Câmara Setorial de Papelarias da Câ-mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. “Em geral, é necessário alto nível de profi ssionalização para ocu-par cargos específicos. As papelarias aqui costumam ter gerentes, vendedores, profi ssionais de informática, etc.”, observa.

Elenilson Ferreira, sócio-proprietário da Contexto

Livraria e Papelaria (Janaú-ba/MG), vê o baixo custo da mão de obra em sua cidade como ponto positivo. Po-rém, reconhece que a qua-lificação dos profissionais poderia ser melhor. “Estou em uma região carente de fa-culdades e cursos técnicos”, afi rma. Para amenizar o pro-blema, ele costuma levar os funcionários à Offi ce Paper-Brasil Escolar, estimulando que descubram as funções dos produtos, e às palestras oferecidas pela Associação Comercial e Empresarial de Janúba (Acijan). Boscatte, da CDL-BH, acredita que o crescimento do mercado de trabalho no setor de cons-trução civil fez com que mais profissionais procurassem qualificação nesta área, o que pode ter reduzido a oferta de mão de obra para o comércio.

Já no setor industrial, en-contrar funcionários não representa um obstáculo.

O atacado Cesconetto convive com o aspecto positivo de sua localização: “estou perto do porto, o que atrai muitas empresas”, afirma Iriz Braz .

Page 41: Revista da papelaria 170

Osvaldo Martins de Souza, diretor comercial da Estojos Zum, cita a mão de obra es-pecializada e a facilidade de acesso à matéria-prima como características importantes de a empresa estar localizada em Uberlândia, Minas Gerais.

Apesar de ser gerente de vendas de uma fabricante que está em outro estado, Glauco Tarrone, da Pentel, concorda com a agilidade no fornecimento de matéria-prima e afi rma que a infra-estrutura do estado de São Paulo proporciona efetivi-dade nos serviços necessários para diversas operações, in-clusive a logística. “Estamos em um estado estratégico

para nossas operações de importação e exportação e, principalmente, perto da maioria dos nossos clientes atuais”, avalia.

Se as fabricantes, locali-zadas, em sua maioria, na região Sudeste, possuem clientes por todo o Brasil, é esperado que sofram com as difi culdades de todas as regiões do país. “Nem todas as empresas de logística aten-dem todo o Brasil”, destaca

Jaime Ma, sócio da Bravus, empresa localizada no Rio de Janeiro e que conta com as distribuidoras para atender o pequeno comércio, que não está incluído na política comercial da empresa.

Porém, as condições e opções oferecidas no Sudeste agradam a muitas empresas localizadas na região. Elaine Mandado é gerente de servi-ços e marketing da Faber-Castell, companhia que, no

Eu gostaria de dobrar o número de funcioná-rios na papelaria. Poderia fazer isso, se houvesse menor carga tributária

ADRIANO BOSCATTE, DIRETOR DA CDLBH E PROPRIETÁRIO DA MIXPEL PAPELARIA

Page 42: Revista da papelaria 170

Papelarias do Brasil42

outubro de 2011

Região Sudeste

Brasil, possui fábricas em São Carlos (SP), Prata (MG) e Manaus (AM). Ela afi rma que “estar na região Sudeste permite melhor gestão da distribuição, uma vez que, geografi camente, há acesso fácil e rápido a todos os es-tados do país”.

Elaine conta ainda que, nos 81 anos em que a em-

presa está no Brasil, a região Sudeste passou por melho-rias que acompanharam o desenvolvimento de todo o país, como a ampliação da malha rodoviária e a moder-nização dos meios de trans-porte e da tecnologia.

Adriano Boscatte, da CDL-BH, acredita que o espaço físico do Sudeste está próximo da saturação devido à grande quantidade de companhias na região, porém percebe que a econo-mia ainda cresce. “Qualquer empresa que quer entrar no Brasil, ainda começa por São Paulo, mesmo havendo um maior mercado a ser explo-rado em outras regiões do país”, analisa.

Com duas lojas no Rio de Janeiro (RJ), o proprietá-rio da Papelzinho Bazar e Papelaria, Carlos Eduardo Tenório dos Santos, tem boas expectativas para os eventos esportivos esperados

na cidade nos próximos anos. “Acredito que vai aumentar a oferta de empregos e, con-sequentemente, a renda. Po-rém, tenho receio em relação à época depois desse ‘boom’”, contou Carlos Eduardo.

Ele anal isa recentes mudanças entre seus con-sumidores e como tem se adaptado a elas: “Eu estava acostumado a atender à classe média baixa, mas acho que o aumento de renda deste público fez com que ele passasse a realizar com-pras em shoppings e lojas mais sofi sticadas. Ao mesmo tempo, a classe baixa passou a consumir produtos de pa-pelaria, que não procuravam anteriormente. Para atender esse novo público, tenho investido em itens mais ba-ratos, pois as marcas são me-nos valorizadas pelos meus novos consumidores.”

A venda de artigos com menores preços contribui

Como somos bem abastecidos por rodovias e meios de transporte, a maioria dos clientes do Sudeste costuma trabalhar confi ando na agilida-de de nossa entrega.

EDSON CARDOSO, GERENTE REGIONAL DA DAC

Estar na região Sudeste permite melhor gestão da distribuição, uma vez que, geogra-fi camente, há acesso fácil e rápido a todos os estados do país.

ELAINE MANDADO É GERENTE DE SERVIÇOS E MARKETING DA FABERCASTELL

Page 43: Revista da papelaria 170
Page 44: Revista da papelaria 170

Papelarias do Brasil44

outubro de 2011

Região Sudeste

para que Carlos Eduardo não veja futuro em um possível e-commerce, apesar da ideia de criar um site para a papelaria. “É mais barato adquirir o pro-duto no balcão, não compen-saria pagar frete para comprar pela internet”, afi rma.

O preço que se pagaUm dos problemas en-

frentados dentro da região é indicado por Adriano Boscat-te – a diferença entre o valor do ICMS cobrado nos estados de São Paulo e Minas Gerais. “O ICMS cobrado em São Paulo é de 12%, enquanto, em Minas, é de 18%. Então, a mercadoria encarece quando é transportada de um estado para outro. Por isso, algumas indústrias têm mudado daqui para São Paulo”, justifi ca.

Os altos impostos são causas de frequente reclama-ção e geram consequências. “Eu gostaria de dobrar o número de funcionários na papelaria. Poderia fazer isso, se houvesse menor

carga tributária”, alega Bos-catte, que, além de diretor da Câmara de Papelaria da CDL–BH, é proprietário da Mixpel Papelaria (Belo Horizonte/MG).

A elevada carga tributá-ria não causa insatisfação apenas no varejo. Edson Car-doso, da DAC, acredita que o alto custo com impostos seja a grande desvantagem de estar em São Paulo. “Na região Sudeste, estão locali-zadas as melhores estradas do Brasil, mas, ao mesmo tempo, os pedágios são ex-tremamente caros, oneran-do diretamente o custo do produto”, analisa.

Além do pagamento di-reto de impostos, Iriz Ces-conetto, do Espírito Santo, mostra como isso onera a mão de obra na Cesconetto Atacado de Papéis. “Deve-riam simplifi car a cobrança de impostos para que os próprios empresários en-tendessem. A burocracia fi scal faz com que eu invista

Raio-X da regiãoPopulação: 80.364.410 habitan-tes, que representam 42,1% da população do Brasil.Área: 924.511.292 km²PIB: 56%Fonte: Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE)

Campeão de venda*Papel sulfite

Fornecedores de destaque*A grande maioria dos entrevista-dos preferiu não indicar apenas alguns fornecedores, afirmando que nenhum se destacava sig-nificativamente em relação aos outros.*Com base em entrevistas realizadas para a matéria

O dono da Papelzinho,

Carlos Eduardo, vive a expectativa

do movimento nos negócios

que podem ser gerados com os

grandes eventos esportivos

previstos para acontecer na

cidade.

em profi ssionais específi cos para controlar sistemas e contabilidade”, argumenta.

Vendo também...Analisando o Sudeste

do Brasil, Antônio Sereno, diretor comercial da Brasil Escolar, observou o aumen-to na venda de brinquedos em papelarias nos últimos dois anos. “Esses produtos tinham sido afastados do nosso mercado devido ao baixo valor agregado dos

Page 45: Revista da papelaria 170

itens importados, que eram maioria. Com o crescimento da produção nacional de brinquedos, a qualidade dos itens melhorou, e as papela-rias voltaram a se interessar em vendê-los”, conta.

“Eu invisto em brinque-dos porque acho coerente com a parte pedagógica, mas não vejo muitas pa-pelarias próximas fazendo isso”, conta Elenilson Fer-reira, da Contexto Livraria e Papelaria, de Janaúba, Minas Gerais. Na pesquisa realizada pela REVISTA DA PAPELARIA, os brinquedos apareceram em segundo lugar entre os produtos fora

Elenilson Ferreira, da Contexto, no interior de Minas, avalia que o setor da construção civil atrai mais a mão de obra do que o comércio.

do segmento de papelaria, f icando atrás apenas de mochilas e produtos de in-formática, que empataram em primeiro lugar. Uma das consequências disso é o fato de a Cesconetto Atacado de Papéis, do Espírito Santo, sempre ter trabalhado com o item, atendendo papela-rias de bairro.

Apesar da grande parcela de papelarias que afirma-ram comercializar itens de informática, Giogi Kamiha, de São Paulo, acredita que essa fatia deveria ser maior. “Visito papelarias de outros bairros para trocar experi-ências e percebo que os em-

presários mais antigos não acompanham a evolução do mercado como deveriam, acham que não vale a pena. Porém, hoje, os produtos de informática representam de 30% a 40% das vendas das papelarias”, analisa. &

Page 46: Revista da papelaria 170

Mercado46

outubro de 2011

Feiras regionais

Foi de 15 a 17 de setembro que o Minascentro, local desti-nado à realização de eventos em Belo Horizonte, Minas Gerais, abriu as portas para receber a quinta edição da Fenapel. Cerca de 50 exposito-res mostraram ali novidades e lançamentos, entre eles a Waleu. “Nesse ambiente, o lojista conhece a linha da empresa. Nossa presença na feira proporciona o aumento das vendas na região”, co-menta a analista comercial Graziele Silva.

A Sulamericana também participou do evento. Além

No último mês, o Sudeste foi palco de duas feiras voltadas para o setor

papeleiro. Elas movimentaram o mercado na região, funcionando como

alternativa para o fechamento de negócios ou local de integração,

principalmente, entre o representante comercial e o lojista. POR RENATA MEDEIROS

Oportunidades em

de apresentar sua coleção 2012, ela teve como intuito fortalecer a marca do ca-derno para alfabetização Alibombom, que não somente nasceu em Belo Horizonte, como tornou-se popular em Minas Gerais, de acordo com o gerente nacional de vendas da companhia, Antonio Car-los Mirim. “O Alibombom foi idealizado pela psicope-dagoga mineira Maria das Graças Silva e caiu no gosto do público. Viemos prestigiar este estado que nos acolhe tão bem”, diz.

Para o diretor de desenvol-vimento do Grupo EkoBio, Arnaldo Di Giuseppe, sua estreia na feira rendeu bons frutos. Foi no ano passado que a empresa passou a apos-tar na Ekobio, primeira caneta biodegradável produzida em território nacional, e, após atingir o mercado corpora-tivo e as licitações públicas, chegou o momento de con-quistar as papelarias. “São Paulo foi o nosso principal

Este ano, a Fenapel foi realizada no MinasCentro: aposta numa localização mais central para atrair o público.

palco de atuação. Agora, que-remos levar o nosso produto a outros estados”, afi rma.

O desejo de Giuseppe deu certo. No segundo dia de feira, ele já havia fechado quatro negócios. Um deles foi com o Cruzeiro Esporte Clube, time de futebol mi-neiro que vai passar a utili-zar a caneta biodegradável. E foi em Minas Gerais que ele encontrou a chance de levar o seu produto para o Nordeste, por meio de duas empresas da região. “Fiquei muito satisfeito com o even-to. Desejo sucesso à Fenapel e, no próximo ano, estarei de volta”, promete.

Foi com o proprietário da Mec Informática e Serviços (Paulista/PE), Mércio Fábio Tavares de Melo, que Giu-seppe estabeleceu uma das parcerias. Em um programa de televisão, o papeleiro conheceu a caneta biodegra-dável e, ao chegar ao evento mineiro, fi cou satisfeito de encontrar ali o fabricante

Minas e no Espírito Santo

Page 47: Revista da papelaria 170

do produto que chamou a sua atenção há alguns meses. “Além de vender a caneta na loja, pretendo indicá-la para fazer parte do kit escolar oferecido às crianças de esco-las públicas, já que também trabalho com licitação. É importante conscientizar os alunos sobre a importância de uma caneta ecologica-mente correta”, avalia.

Melo soube da realiza-ção da Fenapel por meio de propaganda divulgada em um veículo de comunicação voltado para o setor papelei-ro, e diz que valeu a pena ter atravessado pouco mais de dois mil quilômetros com o intuito de visitá-la. “Se o papeleiro deseja crescer, é preciso participar de eventos voltados para esse mercado. Eu não espero o fornecedor vir até mim. Eu é que vou atrás dele”, diz.

A proprietária da Moriá Empreendimentos (Belo Horizonte/MG), Fernanda

Severo, não perdeu a opor-tunidade de visitar a feira. Ela conta que, apesar de ter adquirido a papelaria há ape-nas dois meses, já enxerga a importância em participar de eventos destinados ao setor. “Soube da feira por meio do site da CDL-BH e decidi visitá-la com o intuito de levar novidades para a loja”, conta. A papeleira diz ainda que pretende participar de futuras edições, mas faz uma ressalva: “Espero que nos próximos anos haja ainda mais expositores”.

A feira mineira surgiu como alternativa para suprir a necessidade do mercado na região, e, de acordo com Luiz André Chiatti, diretor da L&C Eventos, organiza-dora da Fenapel, esse tipo de evento é essencial para o setor papeleiro. “A prolifera-ção das feiras regionais é uma realidade crescente em nosso país”, afi rma.

Além da indústria e do

Fernanda Severo, dona da Moriá Empreendimentos, está há dois meses no mercado e reconhece a importância de participar de feiras.

Graziele Silva, analista comercial da Waleu, acredita que a participação em eventos regionais possibilita um incremento nos negócios locais.

Page 48: Revista da papelaria 170

Mercado48

outubro de 2011

Feiras regionais

varejista, o representante comercial também é peça-chave nesses eventos. É ele que, geralmente, faz a ponte entre a empresa e os orga-nizadores do evento, como é o caso de Batista Reis, da Organizações Reis (Con-tagem/MG), representante da Waleu. “Colocamos o organizador em contato com a pessoa certa dentro da companhia e incentivamos a indústria a participar, caso seja viável. Esse profi ssional precisa enxergar que o su-cesso de uma feira também depende dele”, alerta.

O trabalho do represen-tante comercial, porém, não para por aí. Por meio da en-trega de convites ou do famo-so boca a boca, ele pode ser a ponte entre o organizador do evento regional e o varejista. Proprietário da Loja do Eder (Belo Horizonte/MG), Eder do Nascimento Domingos visitou a Fenapel após uma conversa com David de Sales, da R&S Representações, re-presentante comercial da Ka-joma. “Costumo participar

de feiras onde é possível, na maioria das vezes, comprar com desconto e fi car por den-tro das novidades. É nítida a diferença entre a papelaria do varejista que prestigia esses eventos e aquela cujo proprietário é alheio a eles”, acredita.

Feira capixabaA carioca Kajoma esteve

ainda presente na Feira de Material Escolar, Papelaria, Brinquedos e Artigos de Escritório do Espírito Santo, realizada em Vitória, capital do estado, de 16 a 18 do último mês. O trabalho do representante co-mercial Marconi Simoura de Carvalho, da M2C Mercantil (Vitória/ES), influenciou a visitação ao estande. “Ele cha-mou entre 150 e 200 clientes”, conta o representante comer-cial da região Leste do estado do Rio de Janeiro, Mário Sér-gio Ferreira Tostes, que esteve no evento capixaba.

De acordo com a gerente de marketing da Kajoma, Ta-tiana Belleza, a participação em ambas as feiras mostra a

preocupação da companhia em estar perto dos antigos clientes e o seu desejo de pros-pectar outros. “Queremos conquistar novos mercados”, declara. Foi por meio do re-presentante comercial Isaías de Souza Oliveria, da Isamar Representações (Vitória/ES), que a AIG Campestre tomou conhecimento da feira. A empresa já mostrava interesse em participar de eventos regionais, uma vez que, de acordo com o gerente de marketing da companhia, Sidney Campestre, elas são sinônimo de oportunidade. “Nesses encontros, busca-mos ainda interagir com os clientes para analisarmos as necessidades de cada região e, dessa maneira, desenvol-vermos uma coleção com qualidade e diversidade de produtos, atingindo diferen-tes públicos”, declara.

Essa foi a quarta parti-cipação da Dermiwil na feira do Espírito Santo, que chegou este ano à sua quinta edição. A companhia é outra que não abre mão de partici-

Neste ano, a feira de papelaria do Espírito Santo foi realizada no Hotel Canto do Sol, em Vitória: 500 empresários passaram pelo local.

Page 49: Revista da papelaria 170
Page 50: Revista da papelaria 170

Mercado50

outubro de 2011

Feiras regionais

par de eventos regionais, e, paralelamente ao capixaba, foi realizado um showroom no Nordeste com o intuito de apresentar aos papeleiros os lançamentos da empresa. “Dessa maneira, é possível receber o cliente com mais tranquilidade. Há mais tem-po para conversar e trocar experiências”, avalia o geren-te de vendas da companhia, Nelson Ganut.

Há apenas um mês no ramo, Alcides Fernandes, dono da Karisma Papela-ria (Vitória/ES), marcou

presença no evento, apro-veitando a oportunidade para distribuir o seu cartão de visita e fazer contato com a indústria. “Cheguei à conclusão de que é mais barato comprar diretamente com o fornecedor. Ao andar pela feira, consegui ‘sentir’ o mercado”, avalia.

Para o proprietário da Euda Papelaria (São Roque do Canaã/ES), a visita ao evento é essencial. Ele expli-ca que, como vive em área rural a 150 quilômetros de Vitória, os representantes

Sidney Campestre, gerente de marketing da AIG Campestre, avalia que esses eventos possibilitam um conhecimento mais peculiar da região.

comerciais não visitam a re-gião com muita frequência. “Ali, encontro vários deles, o que facilita bastante. Da mercadoria que adquiri para a volta às aulas 2012, 15% foram compradas na feira do Espírito Santo”, conta. Para o próximo ano, ele deixa uma dica: “Durante o evento, deveriam ser realizadas pales-tras voltadas para o mercado de papelaria”.

Além dos capixabas, a fei-ra recebeu visitantes de Bra-sília, do Sul da Bahia, entre outros. Realizada no Hotel Canto do Sol, a ideia para o próximo ano é levá-la para um local maior, como afi rma o diretor da Maxi Eventos, em-presa organizadora, Sérgio Borgo. “Além de movimentar o mercado papeleiro, a feira regional mexe com a eco-nomia do estado onde ela é realizada, trazendo uma série de benefícios. Neste ano, a média de vendas por estande fi cou entre R$ 200 mil e R$ 300 mil”, afi rma. &

O desafio de conquistar o públicoApesar dos bons resultados colhidos por expositores e papeleiros, tanto na Fenapel, realizada em Minas Gerais, quanto na Feira de Material Escolar, Papelaria, Brinquedos e Artigos de Escritório do Espírito Santo, ambas têm um desafio nas próximas edições – fazer com que mais varejistas compareçam e entendam a importância desses eventos. A maioria dos fornecedores entrevistados para esta matéria revelou que tinha mais expectativas em relação à quantidade de visitantes.Alguns deles alegaram que seria necessário atuação mais expressiva dos representantes comerciais frente aos lojistas, cabendo também a esses profissionais o

papel de incentivar os varejistas a participarem dos eventos. Outros afirmaram que seria necessário investimento mais intenso em publicidade, assim como, a presença maciça de grandes nomes da indústria papeleira como expositora. De acordo com Luiz André Chiatti (foto), diretor da L&C Eventos, organizadora da Fenapel, a feira recebeu cerca de 1.800 visitantes. Ele conta que não deixou a publicidade de lado, colocando anúncios em revistas, investindo na entrega de convites porta a porta em diver-sas papelarias da Grande BH, entre outras ações. Para 2012, Chiatti pretende apostar ainda mais em divulgação, levar mais expositores ao evento, além de fazer um trabalho junto aos representantes comercias com o intuito de mostrar a relevância da feira para a região. “As pessoas precisam acreditar mais nos eventos regionais. Eles são uma boa opção tanto para a indústria quanto para o varejista”, diz.Sérgio Borgo também promete investir em várias ações para levar mais visitantes à feira capixaba. Segundo ele, todos os expositores presentes, este ano, no evento já confirmaram a participação em 2012, e, em março, será iniciado o contato com demais empresas do ramo e os representantes comerciais do Espírito Santo. “Em 2011, recebemos quase 500 papeleiros e queremos aumentar esse número. Outra inciativa para chamar a atenção do público é conceder descontos de, no mínimo, 5% para todos os varejistas que fecharem negócios durante a feira”, diz Sérgio Borgo, diretor da Maxi Eventos.

Page 51: Revista da papelaria 170

Atualidade

51outubro de 2011

ww

w.re

vist

adap

apel

aria

.com

.br

No alto, a equipe de distribuidores da Trodat no encontro de São Paulo. Os eventos abordam as características dos produtos, como o Original Printy 4.0, e as oportunidades de negócios da máquina a laser Rayjet.

Proprietária da Marca Carimbos (Belo Horizonte/MG), Leila Parreiras não perde os eventos promovidos em sua cidade pela Trodat. Para ela, essa participação é importante, pois assim é possível ficar por dentro das novidades e mais perto da empresa, com quem tem parceria desde a fundação de sua loja, há oito anos. “Essa aproximação é ótima para os negócios”, afi rma.

Quem também não abre mão de estar presente nes-ses encontros é o dono da Carimbos Flórida (Belo Horizonte/MG), Helton Gonçalves. “Acho muito inte-ressante essa iniciativa. Além de oferecer novas conquistas de aperfeiçoamento no ramo de carimbos, ela permite o encontro entre vários carim-beiros”, avalia.

Tanto Leila quanto Gon-çalves marcaram presença no evento realizado pela compa-nhia em setembro, na capital mineira. Após uma dinâmica palestra ministrada pelo ge-rente de vendas da Trodat para a América Latina, Rei-

Atuando desde a década de 90 no Brasil, a Trodat promove eventos com o

intuito de apresentar lançamentos e fortalecer a relação com os seus parceiros.

Perto

nhard Kulterer, eles, com mais cerca de 60 clientes, aprenderam mais sobre a empresa e o seu lançamento destaque: o carimbo Original Printy 4.0. “A existência desse modelo atende a exigência do mercado quanto à simplifi ca-ção no uso de autoentintados. Devido às suas vantagens, acredito que ele possa auxi-liar no aumento das vendas”, declara Gonçalves. “A Trodat sempre inova, trazendo pro-dutos de primeira qualidade”, completa Leila.

Para a criação do Original Printy 4.0, a Trodat esteve atenta, principalmente, à necessidade de seus clientes e do consumidor fi nal. Kul-terer conta que uma série de pesquisas foram realizadas, entre elas, uma em nosso país, envolvendo várias secretárias. “Ao observarmos o compor-tamento dessas profi ssionais, percebemos que elas queriam um carimbo com design mo-derno, extremamente peque-no, de fácil manuseio e que não sujasse as mãos quando utilizado”, conta.

O Original Printy 4.0 não

é o único assunto abordado durante os eventos realizados em 2011 nas diversas capitais brasileiras. Outro destaque é a máquina a laser Rayjet. Ela é capaz não somente de produzir carimbos como de cortar papéis, plásticos e ainda personalizar uma série de artigos como agendas e canetas.

Foi há dois meses que o proprietário da Lasergrav (Belo Horizonte/MG), No-livaldo Galdino, adquiriu a Rayjet com o intuito de aprimorar e modernizar o seu negócio, que esteve prin-cipalmente focado na área de encadernação de livro fi scal. “Quero oferecer um maior leque de serviços. Já tenho retorno e acredito que o produto será responsável por uma guinada na loja”, diz.

Ainda este mês, a empresa promove novo encontro em Manaus, de 26 a 28. Já em novembro, Belém, no Pará, e a cidade do Rio de Janeiro serão palcos desse encontro entre a indústria e os seus parceiros, nos dias 18 e 25, respectivamente. &

dos clientes

Page 52: Revista da papelaria 170

Vitrine52

outubro de 2011

Já é NatalPara a festa de fim de ano, a Paloni Embala-gens oferece variados produtos com motivos natalinos. Entre eles, destacam-se caixas de montar, disponíveis em quatro tamanhos, caixas

rígidas, com aplique de Papai Noel e elástico, etiquetas adesivas, sacos metalizados e papéis de presente, em folhas grandes, 64 x 94 cm, ou pequenas, 61 x 47 cm. (11) 3932-8833 &

Decorando com facilidadeA Vulcan investe na linha fashion de Con-Tact, adesivo plástico

decorativo. O produto, com estampas criativas e modernas, é uma alternativa para encapar cadernos, esconder pequenas imperfeições de um móvel, decorar paredes e caixinhas de presente, entre outras

utilidades. A aplicação é simples: basta colar o Con-Tact no local desejado com o auxílio de uma espátula ou régua para não criar

bolhas. www.vulcan.com.br ou [email protected] &

Para presentear e encantarA Coleção de Natal da Smile House conta com nove modelos de

cartões e envelopes personalizados. Para o lojista, a empresa ofere-ce, gratuitamente, um expositor de mesa especial para essa linha,

garantindo mais visibilidade ao produto e, consequentemente, aumento nas vendas. Os clientes da Smile House podem ainda

fazer a devolução dos cartões que, eventualmente, não forem vendidos, e ganhar um crédito no valor correspondente para a

compra da próxima coleção sazonal. (41) 3585-5763 &

Com foco nas mulheresVoltada para o público feminino, a ca-neta esferográfica BIC For Her, da BIC, está disponível nos corpos de cores rosa e roxa. Decorado com flores em alto re-levo, seu grip texturizado dá um toque especial à caneta. A tinta azul do produ-to conta com o sistema EasyGlide Ink, capaz de proporcionar uma escrita de deslize ultrafácil. 0800-0252959 &

Page 53: Revista da papelaria 170

53outubro de 2011

ww

w.re

vist

adap

apel

aria

.com

.br

Transparência e praticidadeA Henkel lança no Brasil a cola Pritt Hobby.

Transparente e multiuso, o produto apresenta particularidades que melhoram o desempenho nas atividades manuais e artísticas. Sua trans-

parência é ideal para acabamentos e sua fór-mula permite colar diferentes materiais, como

isopor, goma EVA, madeiras leves, cortiça, papelão, tecido, entre outros. 0800-7042334 &

Auxílio na organizaçãoA Chies apresenta novas pastas L lisas de polipro-

pileno, em seis novas cores, com estrutura mais firme e encorpada. A empresa também traz ao

mercado pastas-catálogo com colchetes e parafu-sos nas cores preta, azul e rosa, com 10, 20, 50 ou

100 sacos plásticos. (51) 2131-4200 &

Novidade em memóriaA NewLink começa a distribuir no mercado varejista brasileiro os cartões de memória e os pen drives com aroma da marca Smart. Compatível com os principais modelos de câmeras e filmadoras digitais, entre outros dispositivos móveis, o primeiro produto pos-sui capacidade de dois, quatro ou 8 GB. Os pen drives, nas versões 4 GB e 8 GB, com conexão USB 2.0, compatíveis com Windows e MAC, possuem aroma de morango, menta ou chocolate. Todos os artigos possuem cinco anos de garantia. 0800-772 5015 &

Fofura e estiloA coleção Blue Bear é uma das apostas da Norma para 2012. O ursinho azul já conquistou consu-midores no mundo inteiro e está presente em mais de 500 produtos de papelaria e gifts licen-ciados. Além de lindas capas, os cadernos des-tacam-se pela página de adesivos, bolsa cartão e encartes coloridos. Os cadernos estão disponíveis nos formatos ¼ brochura, ¼ espiral, universitário brochura de uma matéria e espiral universitário de uma, 10 ou 12 matérias. 0800-7019410 &

Page 54: Revista da papelaria 170

Mercado Global54

outubro de 2011

De 27 a 30 de setembro, aconteceu em Moscou a pri-meira edição da Paperworld Rússia. Aposta da Messe Frankfurt, ela reuniu 110 expositores. Desse montan-te, 53 eram companhias lo-cais e o restante procedentes de países, como Alemanha, Portugal, França, Itália, Indonésia, Japão, Líbano, Cingapura, Estados Unidos, entre outros. “Começamos muito bem. A feira se torna-rá uma das principais para a indústria papeleira”, acredi-ta a chefe do departamento de marketing do evento, Nadia Fomina.

A Paperworld Rússia sur-giu para atender ao pedido de expositores que, durante edições da alemã Paperworld Frankfurt, maior feira do mundo voltada para o ramo de papelaria, revelaram à sua empresa organizadora o interesse em explorar o mercado daquela nação, que possui parte de seu território na Europa e outro na Ásia. De acordo com Nadia, o público aprovou o evento, e, em quatro dias, ele recebeu 4.300 visitantes. “O número é bastante expressivo para uma primeira edição”, avalia. Além dos russos, austríacos, chineses, indianos, egípcios, iranianos, italianos, norte-americanos, pessoas de ou-tras nacionalidades visitaram a Paperworld Rússia, que já tem data marcada para 2012 – de 25 a 28 de setembro.

Mercado papeleiro russo ganha reforço com realização de feira

Outra feira também orga-nizada pela Messe Frankfurt que marcou o último mês foi a Paperworld China. De 21 a 23, o Shanghai New International Expo Centre, em Xangai, foi palco para o tradicional even-to asiático, que contou com uma extensa programação, com direito a mesas-redon-das, fóruns e conferências. “Essas atividades são vistas como oportunidade pelos profissionais do ramo de papelaria e material de es-critório. Elas são capazes de ajudá-los a entender melhor o setor, possibilitando ainda a troca de experiências”, de-fendeu, em nota divulgada à imprensa, o diretor geral da Messe Frankfurt em Xangai, Evan Sha.

Neste ano, 517 empresas apresentaram seus lança-mentos durante a Paperworld China 2011, e, em sua séti-ma edição, a feira trouxe uma novidade. Pela primeira vez, ela foi palco do Remax, evento já tradicional na Pa-perworld Frankfurt, que tem como intuito incentivar a reciclagem de toners e cartu-chos de impressão. &

No final do mês passado, a Messe Frankfurt realizou a 1a Paperworld Rússia. O evento reuniu 110 expositores e 4.300 visitantes em torno de lançamentos de produtos e palestras.

* Com a colaboração das revistas associadas à Ispa (International

Stationery Press Association) e ISG-Guide.

CONEXÃO*

CHINAAcontece este mês, em Hong Kong, de 20 a 23, a China Sourcing Fair: Gifts & Premiums. Essa será a se-gunda edição da feira em 2011. A primeira, realiza-da em abril, reuniu mais de dois mil expositores dos ramos de papelaria, gifts, entre outros. Para mais informações, acesse www.chinasourcingfair.com.

ESTADOS UNIDOSCom o intuito de promo-ver o encontro entre fa-bricantes e compradores, será realizado este mês, de 28 a 31, o Market Place. Organizado pela revista latino-americana El Papel, voltada para o setor pape-leiro, o evento acontecerá em Miami por ser esse um local de convergência entre as regiões que ele pretende atingir: América do Norte, Central e do Sul. Saiba mais em www.ma-rketplace-americas.com.

ITÁLIADe 23 a 25 de novembro, Bolonha será palco para a BIG Buyer, feira em que fabricantes europeus têm a oportunidade de parti-cipar de rodadas de negó-cios. Tradicional, o evento chega, este ano, à sua 16ª edição. Conheça mais so-bre ele em www.bigbuyer.info.

Page 55: Revista da papelaria 170
Page 56: Revista da papelaria 170
Page 57: Revista da papelaria 170

Onde Encontrar

57

Entrevistados e anunciantes

outubro de 2011

ww

w.re

vist

adap

apel

aria

.com

.br

ABC Papelaria(89) 3422-3666

Abigraf Nacional(11) 3232-4500www.abigraf.org.br

Acijan(38) 3821-1028 www.acijan.com.br

AF International(11) 3621-6800

AIG Campestre(41) 4048-2975www.aigcampestre.com.br

Anvisa0800-642-9782www.anvisa.org.br

Bensia(11) 4191-4666www.bensia.com.br

BIC0800-0252959www.bic.com.br

Bravus(21) 3325-6833www.bravuspacks.com.br

Cadersil(83) 3331-5151

Carimbos Flórida(31) 3332-0277

Carpe Diem(11) 4072-2600www.carpediembrasil.com.br

CDL-BH(31) 3249-1666www.cdlbh.com.br

Cesconetto Atacado de Papeis(27) 3226-1008

CNDL(61) 3213-2009www.cndl.org.br

Comercial Papelaria(27) 3722-4488

Contexto Livraria e Papelaria(38) 3821-2703

DAC(11) 2402-9000www.dac.com.br

Dello(35) 3435-8900www.dello.com.br

Dermiwil(11) 2797-9797www.dermiwil.com.br

Drika Bazar e Papelaria(47) 3333-2874

Estojos Zum(34) 3238-3040www.estojoszum.com.br

Euda Papelaria(27) 3729-2133

Faber-Castell0800-7017068www.faber-castell.com.br

Foroni(11) 2067-2000www.foroni.com.br

Geguton(51) 3723 4314 www.geguton.com

Grupo EkoBio(11) 2683-0040www.grupoekobio.com.br

Holly(11) 4689-4199www.hollywu.com.br

Implastec(15) 3243-3788www.implastec.com.br

Infolock Papelaria e Presentes(35) 3346-2658

Inforshop(11) 5682-2525www.inforshop.com.br

Isamar Representações(27) 3332-1935

JC Cenário Comércio (81) 3372-5874

Kajoma(21) 3636-4500

Karisma Papelaria(27) 3233-6610

Lasergrav(31) 34641463

L&C Eventos(31) 3332-2074

Loja do Eder (31) 3397-3067

Lollypop Presentes e Papelaria(48) 3433-0281

Ludi Presentes(48) 3205-6200www.ludipresentes.com.br

M2C Mercantil (27) 3369- 4888

Marca Carimbos(31) 3273-9702

Maxi Eventos(27) 3361-5505

Mec Informática e Serviços(81) 3433-0355

Messe Frankfurtwww.messefrankfurt.com

Mig&Megwww.migmeg.com.br

Millenium Papelaria e Megazine(63) 3476-2828

Moriá Empreendimentos(31) 3245-2257

Multilaser(11) 3616-8600

Na Graça Multiloja(51) 3599-2855

Novetà Criatividade(11) 2384-5227www.noveta.com.br

Okidatawww.okidata.com.br

Organizações Reis (31) 3351-9813

Papel e Tudo(31) 3261-2147 www.papeletudo.com.br

Papelaria Lápis de Cor(35) 3421-9638

Papelaria Meu Fofão(21) 2778-4154

Papelaria Ponto do Estudante(79) 3449-1755

Papelaria Rainha(27) 3329-1346

Papelaria União(61) 3233-2706

Papelzinho Bazar e Papelaria(21) 2501-5544

Acrilex – página 59

Acrimet – páginas 2, 3 e 5

BIC – páginas 9, 25 e 60

Carbrink – página 47

DAC – página 41

Inforshop – página 43

Libreria Editora – página 19

Ludi – páginas 6 e 7

Metal Por – página 55

Paper Box – página 27

Paper Mate – página 13

Pentel – página 29

Plavitec – página 45

Rendicolla – página 23

Royal Paper – página 33

Tramontina – página 15

Trodat – página 37

Visitex – página 21

VMP – página 49

Waleu – página 17

Patrus Transporteswww.patrus.com.br

Pentel(11) 4072-1423www.pentel.com.br

Pinte e Borde Papelaria e Armarinho(27) 3725-1427

Planeta Papel(11) 4702-9060

Redepel(11) 3473-8330

Rendicolla(42) 3252-3051www.rendicolla.com.br

R&S Representações(31) 2515-8914

Scrity(11) 4058-8300www.scrity.com.br

Sebrae0800-5700800www.sebrae.com.br

Sheaffer0800-7044533www.sheaffer.com.br

Simpa-SP(11) 3255-3587www.simpasp.com.br

Sindigraf(11) 3232-4500 www.sindigraf.org.br

Smart Company(11) 2526 - 5999 www.smartcompanyonline.com

SPC Brasil www.spc.org.br

Strata Informática(31) 3741-3961

Sulamericana(15) 3275-9696www.sulamericananet.com.br

Sun Marina Papelaria e Presentes(11) 2203-8874

Trodatwww.trodat.net

Waleu (11) 4071-1142www.waleu.com.br

Page 58: Revista da papelaria 170

Ponto Final58

outubro de 2011

Page 59: Revista da papelaria 170
Page 60: Revista da papelaria 170