revista da papelaria 192

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Agosto de 2013. Especializada no mercado de papelaria.

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Nesta Edição

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 20134

62A sua loja pode ser um ótimo vendedor. Descubra como os móveis e a disposição deles podem atrair mais clientes e melhorar as vendas dos produtos.

Consultoria

56Inseguro em revender computadores e outros hardwares em sua papelaria? Parta para a venda de periféricos cheios de estilo. Dicas para implantar uma butique tecnológica em sua loja.

Tecnologia

10Às vésperas da realização da Convenção Nacional de Livrarias, o diretor da ANL, Guto Kater, compartilha estratégias para o pequeno varejista se destacar diante da concorrência com as grandes redes.

Entrevista

40A indústria investiu em acabamentos diferenciados e belas estampas para seduzir os estudantes na próxima volta às aulas. Conheça detalhes da coleção de cadernos 2014.

Produto

68Já pensou que sua papelaria também por ser uma loja de presentes? Varejistas que optaram por esse caminho dão depoimento sobre a experiência e fornecedores dão dicas sobre por onde começar.

Oportunidade

74A mochila é a menina dos olhos na volta às aulas é o que diz o título da reportagem e consumidores e empresários de papelaria ouvidos nessa matéria. Os principais lançamentos da temporada também estão lá.

Consumo

96Parece que foi ontem... Mais duas décadas já se passaram desde que a Revista da Papelaria, então Papel & Arte, foi criada. Convidamos outras empresas nascidas em 1993 para um exercício de memória e para traçar um paralelo do que mudou no setor neste período.

Especial 20 anos

REPRESENTANTE 88

INTERNACIONAL 91

EDITORIAL 6

NA WEB 8

PERFIL DO VAREJO 86

CIRCULANDO 14

ATUALIDADE 60

REGISTRO 92

LANÇAMENTOS 110

MERCADO GLOBAL 117

CERTIFICAÇÃO 122

Editorial

Rosangela Feitosa - [email protected]

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 20136

Informar para quê?

Nos últimos 20 anos, tenho ouvido muitas histórias e feito bas-tantes entrevistas. São estratégias e expectativas compartilha-das ou marcantes conquistas profissionais. Tudo dito a mim

para que eu contasse para todo mundo ou, pelo menos, para todo o mercado de papelaria, pelas páginas desta revista. Nas matérias sobre a trajetória profissional do empresário, sempre muito orgulho. Nas matérias sobre novos produtos, sempre muita segurança. Em comum entre uma entrevista e outra, a vontade de acertar, de surpreender, de alcançar o cobiçado sucesso.

Essas são divagações em busca de respostas que na verdade eu já tenho. Que a minha própria atuação profissional trata de exaurir qual-quer questionamento. Afinal, informar para quê? Para unir as pessoas; os interesses em comum, encurtar distâncias — nesse caso de quem fabrica com quem revende, ou de quem acertou numa estratégia com quem precisa de inspiração; registrar ou, por que não, documentar e eternizar opiniões; conquistas e planos. Bem, essas são as repostas que tenho me dado por estes 20 anos em que atuo na REVISTA DA PAPELARIA, inicialmente como estagiária, repórter, editora e dona do empreen-dimento. Além das tais respostas para minhas divagações, o que não deixa o tédio da rotina tomar conta de meus dias é a percepção de que ainda há muita coisa a ser informada. É o desafio de entender e saber atender a próxima necessidade de comunicação de um setor tão desafiante na era da informação digital.

Para manter o distanciamento e imparcialidade, buscada por todo jornalista, convidei a repórter Carolina Berger, que trabalhou na re-vista por três anos e chegou a fazer um trabalho acadêmico sobre esta publicação, para conduzir a reportagem sobre os 20 anos da REVISTA DA PAPELARIA. Nesta edição você conhece um pouco mais sobre nossa história e a própria história do mercado. Está é a primeira de uma série de reportagens que fará um paralelo sobre o que mudou nestas últimas duas décadas. Acredito que o olhar atrás pode nos dar segurança sobre o que temos que tocar adiante. Então, prepare-se.

Nesta edição você vai contar com textos de novos colaboradores. Rachel Rosa registrou detalhadamente a coleção de cadernos para 2014, enquanto Gabriel Carrara trouxe um pouco do mundo dos gifts e da “butique de tecnologia” para o dia a dia da papelaria. Confira,

também, a reportagem de Joyce Freitas sobre como uma loja arrumada pode ser determinante para as vendas e o trabalho de Raquel Gonzalez sobre o mercado de mochilas. Como sempre e especialmente a cada edição, desejo que você aproveite a leitura e tenha ótimos negócios. Nos vemos na Office Brasil Escolar. Até lá! www.revistadapapelaria.com.br

ASSOCIADA A

p

PUBLICAÇÃO MENSAL

ANO XX AGOSTO/2013 Nº 192ISSN 15162354

DIREÇÃO GERALJorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de [email protected]

JORNALISMOEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Luiz AssumpçãoColaboração: Carolina Berger, Gabriel Carrara, Joyce Freitas, Rachel Rosa e Raquel GonzalezRevisão: Laila Rejane [email protected]

ARTEDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Nathalia RodriguesWeb designer: Stanley GonzagaFotografia: Lula Aparicio

ATENDIMENTO AO LEITORLuanna [email protected]

ADMINISTRAÇÃOCaroline [email protected]

CONSELHO EDITORIALLúcia Rosângela da Silva Aguiar - Metro Importação (Manaus/AM) | Adelson Busatto - Papelaria Capixaba (Teixeira de Freitas/BA) | Ricardo José Marques e Marco Antônio Marques dos Reis - Dallas Papelaria (Cuiabá/MT) | Valdete Alves de Oliveira Cesconetto - Cescotec Papelaria e Informática (Cariacica/ES) | Nereu Adilar Passaia - Rascunho Livraria e Papelaria (Porto Alegre/RS) | Jorge Guilherme dos Santos - J Guilherme Representa-ções (Belém/PA)| Vilson Souza Lima - VSL Representações (Feira de Santana/BA) | Alexandre Borges - Mira Comércio Representações (Taquatinga/DF) | Marize Barreto - MMB Comércio e Representações (Rio de Janeiro/RJ) | Jean Carlo do Amaral - Focco Representações (Itapema/SC)[email protected]

PUBLICIDADEDireção comercial: Jorge [email protected]

ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULOEricson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 99145-4181Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 98215-8322

SEDE PRÓPRIAAv. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel/fax: (21) 2431-2112

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL para diretores e com-pradores de papelarias, atacadistas, distribuidores, representações e indústrias do setor e departamento de compras de corporações.

20 anos

Na Web

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 20138

Presençaon-line

Desde 1996 , a Revista da Papelaria se faz

presente na internet através do seu site e,

mais recentemente, das redes sociais.

Muita coisa mudou desde que a REVISTA DA PAPELARIA entrou no universo on-line. A conexão discada necessitava de muito tempo para abrir os sites. As ferramentas também eram bem mais primitivas. O

primeiro design do website da revista foi feito no programa Front Page que acompanhava o pacote Offi ce.

De lá pra cá, o site acompanhou a evolução da revista e hoje conta com uma versão moderna e de fácil navegação para os usuários. A internet é um importante meio de interagir com os leitores da revista. Além de poder ler diversas notícias do setor, diferentes serviços são oferecidos ao internauta.

É possível, por exemplo, acessar um guia completo de for-necedores organizados por estado e por produtos, para facilitar a busca do papeleiro. Ao encontrar o item desejado, ele terá acesso ao telefone e site do fornecedor. As papelarias também podem se cadas-trar para que os fornecedores possam localizá-las. No site, também disponibilizamos uma relação de personagens licenciados que mais fazem sucesso entre o público. Além disso, há a opção de sugerir pautas de reportagens para nossa revista.

Facebook e TwitterA interatividade da internet se tornou ainda maior com

a difusão das redes sociais. E a REVISTA DA PAPELARIA está presente tanto no Facebook quanto no Twitter.

O perfi l do Facebook existe desde dezembro de 2011 e é atualizado diariamente com notícias, resumos de reportagens e fotos. Além disso, todos os dias há posts com curiosidades e imagens divertidas, tanto sobre o mercado de papelaria quanto o de utilidades. O Twitter @rev_papelaria repercute esses posts e serve como forma de comunicação entre a revista e os leitores.

Entrevista | Guto Kater

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201310

Como um varejista que não estudou marketing pode com-preender a importância dele e de seus resultados?O primeiro grande desafio é quebrar o preconceito em relação ao marketing. Uma das maiores dificuldades nessa questão é acharem que marke-ting é uma ciência complexa. Na verdade, é ir ao encontro das necessidades das pessoas. Nesse ponto, pequenas lojas costumam ter mais facilidades em relação às grandes, pois conseguem conversar mais com seus clientes no dia a dia. O que norteia o marketing é o bom senso e a capacidade de se colocar no lugar do cliente. Se eu fosse cliente de mim mesmo, o que me agradaria e o que me incomodaria? Essas respostas vão indicar ao pe-queno varejista seus pontos fortes e fracos. A segunda etapa é confirmar com os clientes se o que ele pensa é o que o público perce-be. Não existe melhor forma de fazer isso do que por meio de pesquisa. Chega um mo-mento em que não dá para tabular conversas e tendemos a esquecer os pontos fracos.

Por onde começar?Reflexão é o primeiro ponto, que inclui entender e acreditar

Colocar-se no lugar do público,

conversar com os consumidores

e olhar o ambiente ao redor

são os pontos que norteiam

um marketing eficiente para

pequenas e médias livrarias

e papelarias, segundo Guto

Kater. Ele é um dos palestrantes

da 23ª Convenção Nacional de

Livrarias, que será realizada nos

dias 27 e 28 de agosto, no Rio

de Janeiro. Nesta entrevista, o

especialista dá uma prévia de

como empreendedores podem

aproveitar as vantagens de se ter

um negócio local, se destacar na

concorrência com grandes redes

e usar a internet a seu favor.

POR CAROLINA BERGER

A estratégia é pensar como cliente

que é possível e fazer. Sinto que o primeiro passo concreto é a coragem de perguntar ao cliente o que ele pensa da sua empresa. Minha sugestão é que seja elaborada uma pesquisa com perguntas e múltiplas escolhas para as respostas. Ou-tro paradigma que precisa ser quebrado é o de que pesquisas são feitas apenas por empresas grandes. As mídias sociais po-dem ser grandes aliadas nesse processo. A pesquisa pode ser elaborada com alguém da área de marketing ou com a própria equipe, que escuta as reclamações diariamente. Também pode-se pedir para os clientes mais fiéis elaborarem algumas perguntas. É interes-sante oferecer algum incentivo para quem responder, como sorteio ou desconto.

E como fazer para atrair mais clientes para a loja?Uma boa estratégia é identi-ficar oportunidades ao seu redor, conhecendo o perfil do cliente e de seus fornecedores, estar por dentro dos lança-mentos do mercado. Para isso, pode-se buscar elementos regionais, como autores locais, por exemplo. Esses escritores não são sondados por grandes livrarias e podem ser uma boa forma de movimentar a loja, com lançamentos de livros, de-bates e tardes de autógrafo.O livreiro tem que perceber onde há oportunidade de ne-gócio. Grandes redes têm um atendimento pouco pessoal. Uma Kalunga é muito mais impessoal que uma papelaria pequena. Por isso é interessan-

11agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

te agregar novos produtos que trabalhem temáticas e sejam de agrado do seu público. É possível diversificar com cole-ções e itens de estilo retrô, por exemplo. Tudo isso também é marketing. Não é necessário ser formado para identificar situações como essas.

Há alguma estratégia de marke-ting para divulgar pequenos ne-gócios e torná-los conhecidos?Não existe melhor propagan-da que a indicação, pois ela tem a confiabilidade de quem indicou. Costumo inverter um famoso ditado e dizer que “a alma do negócio é a melhor propaganda”. A forma como o cliente enxerga seu negócio é que vai contagiar. Um negó-cio pode encantar pela forma como busca soluções. Deve-se primar pela mídia regional e segmentada. É melhor que gastar uma fortuna com divul-gações que não vão dar tanto retorno. Assim, se gasta um valor menor e mais direciona-do. Uma ideia, por exemplo, é

fazer propaganda apenas para alunos de determinado colé-gio. Para pequenos varejistas, tudo relacionado à mídia era muito caro. A internet trouxe uma nova forma de mercado para se aproveitar. Novos produtos já são lançados com essa perspectiva. Ninguém pode usá-la de maneira apenas comercial, mas pode-se obter muita informação.

Como incluir os funcionários nessas ações?A equipe tem que estar trei-nada para atender e precisa acreditar no trabalho que faz a partir do exemplo do líder. Quem se sente parte do negócio assume pra si a res-ponsabilidade e compartilha o sonho do proprietário. Por isso, é importante transmitir esse sonho — que muitas vezes fica guardado apenas com o empreendedor. Mas, antes, é preciso verificar se o líder tem ou não a capacidade de transmitir aos colaboradores o que está dentro de sua cabeça. Tem gente que não sabe passar isso adiante. É a diferença entre ler um livro e contar uma história. O líder precisa ter uma boa história e precisa reconhecer se tem condição de passá-la e contagiar as pessoas. Se o líder não tiver esse perfil, é o caso de chamar alguém para conversar com a equipe, como um palestrante. Sugiro que se comece procurando na microrregião da empresa

quem pode cumprir essa fun-ção. Pode ser um profissional da área de recursos humanos ou de psicologia, por exemplo. Tem que ter a humildade de pedir para alguém vender o sonho que está dentro de você. Acho legal levar a equipe para um espaço diferente e preparar uma apresentação.

Quais são as principais difi cul-dades na gestão de pequenas e médias livrarias atualmente?São duas. A primeira é o acer-vo. A cada dia é necessário ter uma variedade maior e, ao mesmo tempo, o menor estoque possível. É preciso co-nhecer muito seu público para fazer o investimento certo. O segundo ponto são as pessoas. Como fazê-las trabalhar não só pelo salário, mas também pelo negócio.

Como empresários de pequenas e médias livrarias driblam a con-corrência com grandes redes?Tenho acompanhado a con-corrência com grandes em-presas e lojas de outros seg-mentos. As empresas que estão se saindo melhor nesse cenário são as que vendem conceito por trás do produ-to. É preciso fazer com que as pessoas se sintam bem no seu espaço. Deve-se almejar ser o terceiro ambiente das pessoas. Os dois primeiros, em geral, são a casa e o local de trabalho. O terceiro pode ser a academia, o clube ou a

Tenho acompanhado a concorrência com gran-des empresas e lojas de outros segmentos. As em-presas que estão se saindo melhor nesse cenário são as que vendem conceito por trás do produto.

Entrevista | Guto Kater

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201312

livraria. Tem que pensar no empreendimento como um negócio de entretenimento e cultura. As grandes redes trouxeram mais benefícios porque tiveram coragem de mudar o negócio. Conse-guiram impor o conceito de entretenimento na livraria. E, então, as livrarias indepen-dentes também se adaptaram. Tem um lado nocivo também, mas não são as responsáveis. Elas também estão se prote-gendo de oportunistas, como as marcas da B2W (Da reda-ção: empresa resultante da junção da Americanas.com, Shoptime e Submarino), que usam livros com altos descon-tos como chamariz porque não vivem disso.

Quais foram os principais avan-ços do mercado nos últimos cinco anos?Houve uma transforma-ção no conceito. O livreiro tornou-se alguém que se prepara para receber seus clientes. Esse perfil é o mais marcante nos últimos anos. Outra mudança importante é o livro digital, uma questão muito complexa e difícil para o pequeno e médio empre-sário. Já passou do tempo de começar a investir nesse nicho. Porém, ainda não conseguimos identificar para que lado ele está indo. É um negócio do mercado livreiro ou do tecnológico? A Apple

Store vende mais livro digital que a Saraiva e a Cultura. En-tão, não existe uma solução única. Acredito que temos pelo menos um ano pela frente para conseguirmos visar a uma solução viável.

Como o mercado tem se adap-tado ao e-commerce?Nos últimos dez anos, o co-mércio eletrônico se mostrou uma grande oportunidade. Acontece que é muito grande a proliferação de livrarias que entraram no e-commerce. Então, você tem que colocar seu perfil, identificar seu nicho e mantê-lo para não concorrer com grandes li-vrarias. O comércio on-line pode se tornar mais uma ferramenta de apoio regional para o cliente se comunicar e ele pode comprar direto do escritório. Alguém que mora em São Paulo e trabalha em Campinas, por exemplo, pode realizar a compra du-rante o expediente e receber o produto em casa. Mesmo que esse mercado represente uma fatia pequena do fatu-ramento, é uma ferramenta importante na fidelização e comodidade do cliente.

Como o público do livro digital ain-da está em formação, como saber se os investimentos estão dando resultados positivos?No presente momento, não tem como saber. O mercado brasileiro precisa, antes de

tudo, formar leitores, inde-pendentemente dos meios. Aí, grande parte desses lei-tores vai entrar para o grupo que usa mídias sociais e que lê livros on-line. Não sabe-mos a que patamar vamos chegar. As livrarias já têm que investir e identificar a melhor solução, além de participar de congressos, procurar fóruns na internet, e a própria ANL para buscar informação. Eu aposto num retorno mais concreto para um período de 2 a 4 anos.

O que o público pode esperar da 23ª Convenção Nacional de Livrarias?Sou muito entusiasta da Convenção porque é o evento que tem mais resultado práti-co. É a oportunidade de ouvir os associados e fazer pesqui-sas sobre nossa atividade. Este ano, a temática será de moralização do mercado e de posicionamento diante do público em transformação. Vamos estimular a parceria com as editoras, que têm se tornado nossas concorrentes, principalmente na venda de livros didáticos. Essa prática se tornou mais comum com o e-commerce e atinge o Bra-sil inteiro, inclusive o cliente livreiro. Isso não é benéfico. Vai ser uma edição de debate e polêmica. Vamos abordar como papelarias e livrarias podem se colocar diante des-sa transformação.

srNtb

+ NA INTERNETConheça as próximas etapas para aprovação do Projeto de Lei 6.705/2009:

A Convenção é o evento que tem mais resultado prático. É a oportunidade de ouvir os associados e fazer pesquisas. Este ano, a temática será de moralização do mercado e de posicionamento diante do público em transformação.

Circulando

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201314

O aquecimento glo-bal e os problemas am-bientais que ele carrega já são uma realidade. Possivelmente, esse será o grande mal a ser en-frentado pelas próximas gerações. A boa notícia é que as empresas come-çam a demonstrar uma mudança de mentalida-de em relação à causa. Os benefícios não se limitam ao consumidor.

Um bom exemplo vem da Inforshop, distribui-dora de suprimentos de material de escritórios. No início do ano, após contratar uma consul-toria em certificação, a empresa teve duas de suas unidades agraciadas com o selo FSC (Forest Stewardship Council), que significa Conselho de Manejo Florestal.

Sustentabilidade agregando valor aos negóciosO FSC é uma orga-

nização independen-te, não governamental e sem fins lucrativos, criada para promover o manejo florestal res-ponsável ao redor do mundo. A distribuidora é a primeira do ramo com essa certificação. O gerente de marke-ting da Inforshop, João Gabassi, se orgulha da conquista: “O selo é uma vitória, estamos certificados em Cadeia de Custódia, e somos os únicos distribuidores de material de escritório do mercado com tal cer-tificação”.

Para ser aprovada pelo FSC, a empresa precisou fazer adaptações. Todo o material proveniente da floresta foi separado e certificado. Os produtos

receberam outra codifi-cação e têm um lugar es-pecial no estoque. Além disso, os funcionários receberam treinamento para comprar, separar, vender, armazenar e en-tregar somente material certificado.

A distribuidora tam-bém conta, desde 2004, com o selo ISO 9001. Para tal, é necessário cumprir um conjunto de requisitos que com-provem a qualidade da gestão. Para manter o padrão que possibilitou a Inforshop alcançar os méritos é preciso capa-citar a equipe continu-amente. “Criamos um programa de integração e sempre que entra um funcionário novo ele é treinado, tanto em FSC quanto em ISO. Faze-

mos sempre auditorias internas. Também, bie-nalmente, contratamos institutos independen-tes para fazer uma pes-quisa de satisfação do cliente”, esclarece o ge-rente de marketing.

A preocupação com o meio ambiente rendeu frutos à marca. Muitas empresas estão fechando contrato com a Infor-shop, pois reconhecem na distribuidora um par-ceiro sólido na causa da sustentabilidade. “O FSC nos colocou numa po-sição única e privilegia-da no cenário nacional. Grandes empresas que têm essa preocupação com o meio ambiente percebem na Inforshop a parceria ideal para essa aliança”, destaca João Gabassi.

A distribuidora de informática Inforshop tem investido na normatização de processos administrativos e de logística de modo a aprimorar sua competitividade. Além disso, recentemente tornou-se a primeira empresa do ramo a ser certificada na Cadeia de Custódia da FSC.

Circulando

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201318

Censo do Varejo de Papelaria

Em julho, a REVISTA DA PAPELARIA promoveu, através de seu site, a pes-quisa Censo do Varejo de Papelaria. A enquete foi dirigida aos proprietá-rios de lojas de papelaria e tinha como objetivo levantar as principais características do setor, assim como, registrar a avaliação do empresário sobre a conjuntura atual do mercado de papelaria. Críticas à carga tribu-tária e à distribuição de

kits escolares pelos go-vernos foram a maioria. Mas, além disso, o Censo reuniu dicas sobre diver-sificação do mix como

forma de manter ou au-mentar a rentabilidade do ponto de venda.

A pesquisa comple-ta, que também inclui avaliação de fornecedo-res por varejistas, está publicada no 11º Guia Brasileiro da Papelaria, produzido pela Hama Editora, que será lançado durante a Office Brasil Es-colar, feira que acontece de 19 a 22 de agosto no Pavilhão do Anhembi em São Paulo.

Saiu o resultado do Prêmio Desempenho

O 3º Prêmio De-sempenho para Pape-larias e Representantes Comerciais já tem os vencedores. A votação foi finalizada na última sexta-feira, dia 2, e o re-sultado, divulgado no dia 7 de agosto, pelo site do prêmio e nas redes sociais. Foram 35 dias de votação que envolveu todos os 74 finalistas em campanha pelo merca-do que motivou exatos 6.016 votos.

O Prêmio Desempe-nho é fruto da parceria da Francal Feiras, pro-motora da feira Office Brasil Escolar, e da REVISTA DA PAPELARIA e tem o in-tuito de valorizar a atu-ação de representantes e donos de papelaria que

se destacam pela ética profissional e pelo espí-rito empreendedor.

Os premiados serão homenageados e recebe-rão seus troféus durante a realização da maior feira

de papelaria das Américas, a Office Paper Escolar. A cerimônia de premiação será realizada no dia 20, às 20 horas, no auditório montado na área de expo-sição da feira.

NORTE: Eurivan Duarte - 56,4% dos votos da regiãoNORDESTE: Agnaldo Rodrigues Gomes - 84,7% dos votos da regiãoCENTROOESTE: Erli Moura - 41% dos votos da regiãoSUDESTE: Rodnei Escapolan Alves - 35,3% dos votos da regiãoSUL: Norival Custódio Júnior - 37,4% dos votos da região

CATEGORIA PAPELARIANORTE: Alves Lira - 24,4% dos votos da regiãoNORDESTE: Livraria e Papelaria Estudantil - 65,2% dos votos da regiãoCENTROOESTE: Papelaria Pratika - 81,6% dos votos da regiãoSUDESTE: Papel Magia - 31,5% dos votos da regiãoSUL: Contabilista Papelaria e Informática - 45,9% dos votos da região

CATEGORIA REPRESENTANTE COMERCIAL

Novo presidente A BIC anuncia a chegada

de Fernando Moller para o comando da BIC Brasil no lugar de Horacio Balseiro, que assume o controle das operações do México e da América Central.

Durante os cinco anos que liderou o time brasilei-ro, Balseiro elevou de forma considerável a rentabilidade da subsidiária e a posicionou como a segunda maior ope-ração do grupo. Além disso, nesse período, a BIC Brasil foi eleita, por três anos consecu-tivos, como a empresa mais rentável do Grupo BIC, com crescimento em vendas e lucro líquido acima de todas as outras operações.

Na empresa desde 1995, Fernando Moller assume o comando da companhia no país com o objetivo de dar continuidade ao crescimento registrado nos últimos anos. “Comandar as operações bra-sileiras é um grande desafio. Meu objetivo é manter o mes-mo nível de comprometimen-to e rentabilidade conquista-dos na gestão de Horacio e buscar novas oportunidades para a empresa”, afirma Moller, que ficará baseado em Ca-jamar, São Paulo.

Moller tem 43 anos, é for-mado pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) e pós-graduado em Administração e Finanças pela FGV. Nesses 18 anos, já passou por diversas áreas dentro da empresa, como gerente de produção de Manaus, gerente de novos projetos e desenvolvimento de novos produtos na cate-goria de Papelaria na França, diretor de supply chain no Brasil e, mais recentemente, como responsável pela ope-ração da BIC no Cone Sul, baseado em Buenos Aires, na Argentina.

35agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

Circulando

Expansão mantendo a tradiçãoTudo começou em 1976, quando o empreendedor José Ange-

lo Miranda iniciou as atividades da Carbrink, na zona leste de São Paulo. No início, a Carbrink industrializava carimbos comerciais e alguns brinquedos educativos voltados para a pré-escola. O tempo foi passando e, com o crescimento da empresa e a evolução da demanda, a companhia expandiu sua gama de produtos.

Atualmente, a linha de frente da indústria é formada por ar-tigos de papelaria e escolares, tais como pranchetas de madeira e de plástico, apagadores para lousas, extratores de grampos e caixas de correspondência, dentre outros itens. Além disso, a Carbrink mantém a tradição com seus carimbos e brinquedos que permitiram o crescimento da empresa em seu início.

De acordo com o diretor comercial da marca, Valter Miranda, o que possibilitou o crescimento da empresa foi a política admi-nistrativa que começou com o seu fundador. “A empresa cresceu e instalou-se em sua sede própria, de onde foi possível consolidar a marca no mercado brasileiro”, afirma Miranda.

Desde a sua fundação, a Carbrink já se encontra em sua ter-ceira geração de administradores, mantendo a mesma filosofia de trabalho do fundador e patrono, senhor José Ângelo.

Carbrink vai participar da feira Office Brasil Escolar. Dentre os produtos a serem apresentados, destaca-se a linha de carimbos Traxx Printer que a marca distribui no Brasil. Dentro do segmento de máquinas, serão apresentados os novos modelos das proces-sadoras de carimbos com 4, 8 e 12 lâmpadas. São opções para quem deseja iniciar seu próprio negócio, com lucratividade e baixo investimento.

Desde o final do ano passado, a H7 vem tra-balhando para redefinir seu posicionamento no mercado. Visando aten-der as necessidades de seus clientes internos e externos, todas as áreas da empresa passaram por mudanças.

A partir de estudos feitos para reavaliar a co-municação corporativa, os produtos e os processos internos, a H7 identificou a necessidade de mudança e investiu na implantação de um departamento de marketing. O novo depar-tamento decidiu iniciar o processo de reformulação pela comunicação visual da empresa.

Uma das principais estratégias utilizadas foi a reformulação da logomar-

Começam testes de NF ao consumidor via dispositivo móvelUma novidade

que deve se espa-lhar em breve por todo o Brasil foi lançada no Rio Grande do Sul. Trata-se da pri-meira Nota Fiscal Eletrônica para C o n s u m i d o r Final (NFC-e),

emitida por dis-positivo móvel, como o telefone celular.

A NFC-e é muito se-melhante à NF-e. Ambas são notas fiscais eletrôni-cas, de existência apenas digital. Mas enquanto

a NF-e substitui as tra-dicionais notas fiscais tipos A e A-1, a NFC-e vem para substituir a nota fiscal de venda ao consumidor final, que é emitida pelo varejo na venda presencial.

O projeto pioneiro co-meçou no dia 12 de julho, na loja de calçados Paque-tá. Na “Loja do Futuro”, como está sendo chama-da, desaparece o conceito de caixa para pagamento. O pagamento passa a ser feito diretamente junto ao próprio vendedor, com uso de dispositivo móvel

que incorpora a emissão da NFC-e e a possibili-dade de pagamento com cartão de crédito e/ou débito.

Segundo Newton Ol-ler de Mello, que está a frente do projeto NFC-e, a “Loja do Futuro da Paquetá” representará um importante salto para o varejo brasileiro, estabelecendo um novo patamar de qualidade de serviços ao consumidor. “Para mim, são exemplos como esse que reforçam que estamos no cami-nho certo com a NFC-e,

garantindo a melhoria do controle fiscal e, ao mesmo tempo, possibi-litando ao contribuinte inovar e utilizar tecnolo-gias móveis na operação comercial.”

O objetivo da SE-FAZ-RS ao implantar o sistema foi dar maior visibilidade ao projeto e estimular os demais co-merciantes para que estes promovam a moderni-zação de seus negócios. Qualquer loja da rede varejista do Rio Grande do Sul já pode solicitar a adesão a NFC-e.

Marca de embalagem busca reposicionamento

ca, que desde a fundação da empresa não havia so-frido nenhuma alteração. Com visual mais clean, a logo atual destaca o H7 em vermelho (sua cor pa-drão) e reforça o segmento em que atua com o slogan “embalagens” abaixo.

Além dessa mudança, o website passou por pro-funda reestruturação. O novo site ficou mais leve e mais fácil de navegar. A idéia é que os clientes pos-sam encontrar tudo o que precisam de forma rápida, além da possibilidade de integração com as redes sociais, tornando-o mais interativo.

Circulando

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201336

Com 82% de mar-ketshare, a Pimaco, líder nacional em etiquetas auto-adesivas, apresen-ta sua nova identidade visual. Criada com base em pesquisa encomen-dada pela empresa, a es-tratégia engloba a sim-plificação da compra de etiquetas no ponto de venda com a reformu-lação das embalagens, a modernização do site e um novo software para impressão das etiquetas em ambiente online.

O novo conceito das embalagens foi ideali-zado após a realização desta pesquisa que iden-tificou a necessidade de aprimorar as embala-gens, com informações mais claras e um layout mais chamativo no pon-to de venda. Em parceria com a Narita Design, di-versas mudanças foram promovidas.

A Pimaco identificou que era reconhecida pe-

Pimaco apresenta nova identidade visuallos consumidores pela cor amarela. Por isso, am-pliou a área do logo para dar maior visibilidade a essa característica. Esta modificação foi pensada para fortalecer a identi-dade na mente de seus consumidores.

Além disso, a marca dividiu por cores as ca-tegorias de suas linhas e aplicou um card para identif icar o tipo de cada etiqueta ou papel, auxiliando o cliente na hora da compra. Para facilitar o entendimento e evitar que os consumi-dores tenham dúvidas, incluiu-se uma imagem que mostra o tamanho real das etiquetas e como cada produto pode ser utilizado, além do guia rápido de acesso ao novo software.

A modernização abran-geu também o site da em-presa que agora conta com um layout mais simples e dinâmico, disponível em

três idiomas: Português, Espanhol e Inglês. Com essa nova aparência, na-vegar pelo site ficou mais fácil e este ainda se tor-nou mais um canal de vendas para a marca.

Outra novidade fica por conta da criação do Software AP+ Online, que permite aos usuários que têm acesso restrito para download de programas utilizar a ferramenta em ambiente online.

O AP+ Online, desen-volvido em parceria com

a empresa Druid, é uma ferramenta a mais, ofe-recida para simplificar a impressão de etiquetas, com a possibilidade de seleção de objetos, edição de texto, inserção de ima-gem, QRCode, BARCode, imagem ou cor de fundo, entre outras funções. O software é compatível com os sistemas IE8 e superiores, Firefox, Goo-gle Chrome e Safari e está disponível em três idiomas – Português, Espanhol e Inglês.

Faber-Castell Internacional lança aplicativo “Creative Kids”

Hoje, as crianças têm aces-so cada vez mais cedo a novas tecnologias. Sabendo disso,

a Faber-Castell Internacional mesclou essas atividades que contribuem com a aprendiza-gem e conhecimento das crian-ças com aplicativo para iPad, lançando o “Creative Kids”.

O aplicativo gratuito ofe-rece diversas opções para os pequenos artistas se aventu-

rarem no universo da pintura. Com ele, as crianças a partir de seis anos podem soltar a ima-ginação, usando EcoLápis de Cor, papel e o iPad. O conteúdo é auto-explicativo e atualmen-te está disponível em língua inglesa. Com o passo a passo, a criança consegue criar suas

próprias animações e imagens em movimento.

O “Creative Kids” pode ser baixado na Apple App Store para o iPad. Outros aplicati-vos devem ser lançados nos próximos meses. Mais infor-mações: www.faber-castell.de/apps

A nova identidade visual da marca Pimaco já pode ser vista nas embalagens e no site da empresa.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201340

Produto | Cadernos

Fabricantes esperam

crescimento nas vendas para a

volta às aulas 2014 e investem

em novas coleções para atrair o

público. POR RACHEL ROSA

Computadores, note-books e tablets ga-nham cada vez mais espaço nas salas de

aulas. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 50 es-tados não exigem mais o ensino da escrita cursiva aos alunos e recomendam o uso da digitação. Alguns pesqui-sadores, inclusive, preveem uma nova era para a educa-ção. O sociólogo e especia-lista em internet Pierre Lévy acredita que as plataformas vão substituir os livros didá-ticos e cadernos, apesar de defender que, num primeiro momento, é importante que se aprenda a escrita manual.

No Brasil, no entanto, os representantes do setor papeleiro não precisam se preocupar, pois a realidade ainda é distante. Apenas 12% das salas de aulas possuem computador, sendo que, na maioria, quem faz o uso da máquina é o professor, de acordo com pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) de maio de 2013. Em contraponto ao país norte-americano, a cada volta às aulas, o con-sumo brasileiro de cadernos

Coleção decadernos 2014 chega com boas projeções

apresenta crescimento sus-tentado. “O crescimento não é vertiginoso, mas estável, na ordem de 10% ao ano”, co-menta Thiago Dias, analista de marketing da Jandaia.

Para 2014, a expectativa entre os fabricantes é supe-rar o índice, de acordo com a gerente de marketing da Kajoma, Tatiana Belleza. “O crescimento nas vendas de cadernos é real e nos últi-mos anos atingiram a marca de dois dígitos percentuais. Esperamos manter esse rit-mo e estamos confi antes em aumento de 20% em relação ao período anterior”, afir-ma. “Temos uma excelente equipe de representantes, estamos apresentando uma coleção belíssima com pro-dutos de qualidade supe-rior, atendimento correto e entregas bem planejadas, o que nos leva a essa projeção de crescimento”, concorda João Antonio Corniani, ge-rente comercial da São Do-mingos, que prevê aumento superior a 10% em relação ao ano passado. Para a DAC, tradicional fornecedora de fi chários, a expectativa é de que a volta às aulas registre

A seguir um panorama completo dos principais lançamentos da coleção 2014 de cadernos. Organizadas por temas, as novidades já estão disponíveis para venda ao varejo que já começa a se preparar para a próxima temporada escolar.

41agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

Novidades para a volta às aulas 2014

As bonecas de pano Juju estampam capas

da Cadersil com opções de cadernos

universitários, ¼ ou desenho, cada

um com quatro modelos de estampa,

laminação de brilho e guarda decorada.

100% brasileira, Mila & Co é sinônimo de sucesso da Jandaia, que acredita que o caderno precisa refletir a personalidade da pessoa que vai usá-lo. Ideal para as meninas que adoram enfeitar seu dia a dia.

As Bratzillaz, da São Domingos, são bruxas com poderes

sobrenaturais e muito glamour no jeito de vestir. O caderno universitário tem capa com

plastificação fosca e aplicação de hot stamping prata, além

de adesivos, bolsa de papel e miolo decorado. Há opção de 1

ou 10 matérias.

A clássica boneca Barbie

terá os cadernos universitários com

capa glitterizada, bolsa plástica e

adesivos, uma inovação da Foroni

para 2014. Também há opções de capas em cadernos de 10

matérias, caligrafia, cartografia e

quadriculado.

BONECAS

O caderno com a marca licenciada Lalaloopsy, da Pombo Lediberg, é voltada ao público feminino. Capa prismalux, com formato 203x275 mm, espiral plástico semitransparente com glitter, guarda decorada, bolsa portfólio, adesivos e miolo decorado.

Os cadernos Girls Must Have, marca própria da Pombo Lediberg, tanto na versão Floral como na Coração, são propostas para encartar adolescentes romanticas. Já a Più Belle (Bailarina), traz a delicadeza como característica marcante desta novidade. Ambas as linhas têm guarda decorada, bolsa portfólio, adesivos e miolo decorado.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201342

Produto | Cadernos

um aumento de 15% nas vendas. “Os nossos cadernos possuem uma boa aceitação, há um aumento da represen-tatividade da marca DAC, porém ainda não é como o nosso carro-chefe como o fichário”, analisa Miche-le Cirera, do marketing da empresa. A margem para o varejista na comercialização dos produtos pode variar de 40% a 70%, segundo os fabricantes.

Ao encontro do gosto do cliente

O processo de criação tem início meses antes do lançamento dos produtos. É baseado em pesquisas de mercado, pesquisa de ten-dências, consulta a licencia-dores e busca de referências na moda e estilos de vida. “Buscamos refl etir em nos-sos produtos características do meio social de cada pú-blico específico para estar em perfeita harmonia com as exigências da atualida-de”, destaca o coordenador de marketing da Cadersil, Bráulio Carvalhal.

O dia a dia também pode estimular a criação. “A ins-piração, algumas vezes, vem de algo que olhamos e não tem nada a ver com capas de cadernos. Tudo é inspirador, olhar vitrines ou compor-tamento das pessoas, por exemplo. Para cada linha buscamos inspiração em algo ou em algum momen-to”, revela a responsável pela criação das linhas da Foroni, Rosângela Cripa.

O uso de materiais dife-

DELICADOS

Toda a graciosidade da coleção Amigas Para Sempre, criadas pela Foroni, agora vem na linha Fashion e vai esbanjar charme por fora e por dentro, com belas capas e folhas personalizadas.

A mistura em tons pastéis com um aspecto antigo dá um toque especial à linha Vintage, da Kajoma.

Sucesso de público da Tilibra desde 2003, a Jolie vai encantar as meninas com suas capas meigas e com muito romantismo.

Com riqueza de detalhes, os cadernos conquistam público infantil e adolescente.

43agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

ESPORTES

Os ídolos do UFC vão estampar as capas da nova coleção da Foroni. O esporte está em alta no Brasil

e conquista cada vez mais fãs pelo mundo.

De olho na Copa do Mundo no Brasil em 2014, a Foroni lança cadernos da Fifa World Cup Brasil, ambas com muito patriotismo estampado nas capas das coleções.

A Pretorian, mundialmente conhecida por desenvolver equipamentos para esportes de contato, ilustra as capas dos cadernos Jandaia. Os garotos vão curtir as opções de cadernos com foil metalizado, espiral revestido, bolsa em papel, adesivos, planejamento, separador e miolo decorado.

Para os meninos que curtem

velocidade, os cadernos Foroni da

linha Hot Wheels vão surpreender.

Há opções variadas de capas e o miolo

é personalizado.

A lenda do automobilismo ganha versão com capa especial em material importado e acabamento em baixo-relevo no Caderno Luxo Ayrton Senna, da Pombo Lediberg. A empresa também preparou o modelo universitário em capa prismalux com acabamento em verniz UV high print.

Entre as 14 capas de cadernos, com 10 e 15 matérias, da DAC, há a linha masculina. A Team Punch, com referência ao MMA, é um dos destaques para essa nova coleção.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201344

Produto | Cadernos

BICHOS

Para a volta às aulas 2014, a mascote da Rocker terá novos modelos de capa

na Cadersil, os Princess Classic. Os cadernos universitários têm opção de

1, 10, 12, 15 ou 20 matérias e ainda laminação fosca e hot stamping, guarda decorada, bolsa pocket e

adesivos.

O casal de porquinhos monocromáticos Monokuro Boo, da Jandaia, vem em versão mais enfeitada, mas sem fugir do lema que a felicidade se constrói à base da felicidade.

O diferencial da linha Polly Pet, da Jandaia, é a laminação fosca e o verniz localizado, que deixam os cadernos muito fashions. O caderno lite conta com base metalizada, espiral revestido, bolsa em papel, adesivos com foil holográfico, planejamento, separador e miolo decorado.

Direcionada ao público infantil, a coleção da Galinha Pintadinha, da Foroni, pode ser encontrada em cadernos de desenho, caligrafia, cartografia e quadriculado.

renciados, como papel me-talizado, verniz fosco com textura, foil dourado holo-gráfi co, aplicações de glitter, hot stamping, laminação fosca e BOPP, agregam valor ao caderno e buscam atender ao gosto do cliente, cada vez mais exigente em busca de produtos de qualidade. Os fabricantes trazem inovação constantemente, a exemplo da Tilibra, que vai usar lan-tejoulas, materiais sintéticos, spikes e acrílicos em algumas coleções.

Investimento no mixReconhecida no mercado

papeleiro por sua linha de ca-dernos executivos, a Pombo Lediberg se propôs novos desafi os para a temporada. A partir de agora, faz par-te do seu mix de produtos cadernos com personagens licenciados — Ayrton Senna, PlayStation e Lalaloopsy — e também marcas próprias — Girls Must Have e Più Belle. Há opção de uma ou dez matérias e algumas versões luxo, além de acessórios especiais como adesivos, bolsa portfólio, pôsteres e miolo decorado. A aposta da empresa é ampliar, de forma signifi cativa, sua participa-ção no mercado.

As coleções são destinadas a público variado. “As agen-das, cadernos e gifts agradam meninos e meninas a partir de dez anos e homens e mulheres nas diferentes faixas etárias”, ressalta o Hottny Silva, co-ordenador de marketing e produto. “Essa grande gama será alcançada pela variedade

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201346

Produto | Cadernos

PERSONAGENS

Desenho animado criado em 1930, os Looney Tunes são sucesso até hoje. Na nova linha da São Domingos, o caderno universitário conta com plastificação fosca e verniz UV localizado, adesivos, bolsa de papel, miolo decorado e opção de 1 e 10 matérias.

A famosa personagem Mônica,

que completou cinquenta anos, é

homenageada pela São Domingos em linha de cadernos

universitários. A capa é com plastificação

fosca e verniz UV, possui adesivos,

bolsa de papel, miolo decorado, e opção de

1 e 10 matérias.

Pensando em agradar aos meninos, a Jandaia lança capas com a versão atualizada do boneco Max Steel, que foi totalmente reformulado neste ano.

e apelos comerciais, que vão desde personagens infantis até a tradicional linha execu-tiva”, complementa.

E não basta apresentar uma coleção com qualidade e que agrade somente no aspecto visual. “É essencial que o consumidor ‘sinta’ o produto. Esse é um dos gran-des diferenciais da empresa”, aponta Hottny. Segundo o coordenador, são utilizadas técnicas de acabamento es-peciais, materiais exclusivos e diversifi cados em texturas e cores. A linha luxo Ayrton Senna e PlayStation, por exemplo, são produzidas com material importado e têm acabamento em baixo-relevo. Já o caderno Floral, da Girls Must Have, vem com capa em tecido, ideal para o efeito fl oral liberty.

Tanta inspiração vem de diferentes universos e dire-trizes, tais como tendências de moda, ambiente e com-portamento. Para a empresa, o desenvolvimento de cada coleção procura superar os projetos anteriores numa constante busca pela inova-ção, com o foco não só de obter retorno positivo dos consumidores, como tam-bém surpreendê-los.

O consumidor fi nal, no entanto, não é a única preo-cupação da Pombo Lediberg. A fabricante quer cativar os fornecedores e posicionar-se como mais uma boa esco-lha perante o setor. “Uma das grandes expectativas da empresa para 2013/2014 é conseguir ‘conversar’ com o mercado papeleiro e oferecer-

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201348

Produto | Cadernos

Um dos games virtuais mais baixados da história da internet tem sua própria coleção na Jandaia. A linha Angry Birds possui público-alvo unissex, a partir de dez anos de idade.

JOGOS

Para quem curte games de ação, a linha Twisted Metal, da São Domingos, é a indicada. As capas metalizadas vêm com o palhaço Sweet Tooth e os cadernos, de 1 e 10 matérias, contam com adesivos e bolsa de papel.

Inspirada nos jogos eletrônicos, a Kajoma apresenta a nova coleção Games, indicadas para meninos a partir de 12 anos.

A marca PlayStation está no portfólio de cadernos da Pombo Lediberg em duas versões. A luxo tem fechamento com elástico, porta caneta e gravação em hot stamping. A universitária tem acabamento em verniz UV high print, formato 203x275 mm, wire-o prata, guarda decorada, bolsa portfólio, pôster e miolo decorado.

lhe uma nova opção em pro-dutos licenciados e criativos, com a costumeira qualidade da Pombo Lediberg”, co-menta Hottny. Nessa roda de negócios, todos saem ganhando.

Algumas das apostas para 2014 são: os cadernos Fifa Brasil, da Foroni, grande sa-cada para o ano da Copa do Mundo de Futebol no país; as tão esperadas capas Jandaia da One Direction, boyband de grande sucesso atualmente; a linha Surf Life, da Kajoma, para os amantes do esporte; Man of Steel, grande aposta da São Domingos, direto das telonas para os cadernos; a coleção da Tilibra com as capas das Chiquititas para o público infantil; e a bo-neca Lalaloopsy da Pombo Lediberg. Além dessas, as novas versões de produtos já consagrados, tais como Max Steel, Chloé, Mila & Co, Juju, Playboy, Jolie e Amigas para Sempre prometem alavancar as vendas das papelarias no período de volta às aulas.

Mix de escolhasNa hora de decidir pelo

caderno, os gostos e exigên-cias variam. Há aqueles que olham primeiramente o visu-al do produto, a qualidade do material, a simplicidade nos detalhes e até se o fabricante é responsável ambiental-mente.

No Ensino Fundamental, são as mães que escolhem os cadernos que a criança vai usar durante o ano. Keila Prado, mãe do Guilherme, 12 anos, e do Gabriel, 7 anos,

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201350

Produto | Cadernos

A expressão ‘Keep Calm and Carry On’ estampa a nova

coleção da São Domingos, também com outras frases

divertidas. Há opção de cadernos universitários com

1 ou 10 matérias, capa com plastificação fosca e verniz

UV, adesivos, bolsa de papel e miolo decorados.

Uma das principais marcas do século vem se reinventando em parceria com a Jandaia. Os cadernos Coca-Cola contam com foil metalizado, verniz localizado, espiral revestido, bolsa em papel, QR Code, adesivos com foil metalizado, planejamento, separador e miolo decorado.

Indicado para jovens que querem ser diferentes, ter personalidade e inovar no estilo, o caderno Ecko da nova coleção da Tilibra é a melhor opção.

Mundialmente conhecida, a marca Playboy com o famoso coelhinho estão na nova coleção da São Domingos. Há versões tanto para o público masculino quanto para o feminino. O caderno universitário tem capa com plastificação fosca, bolsa de papel e miolo decorado.

avalia, em primeiro lugar, a qualidade do produto. “Criança destrói tudo mais rapidamente, então sempre adquiro cadernos que terão durabilidade maior. Avalio folha, encadernação, capa e, por último, escolho o que é do gosto deles”, explica. “Para mim, a qualidade é mais importante do que a capa e o preço”, acrescenta.

Já Lanusa Santos leva em consideração, primeiramen-te, o caderno que mais vai agradar a fi lha, Beatriz, de 8 anos. “O mais importante é a aparência do caderno. Quan-do vejo capas da Morangui-nho baby ou Princesas baby para minha fi lha, fi co louca para comprar um pra mim”, comenta com bom humor a mãe, que afi rma também buscar por produtos com preço acessível. Como a fi lha utiliza quatro cadernos por ano, outra estratégia que usa é adquirir pelo menos um que ela vá gostar, com qua-lidade elevada, e os outros mais em conta.

A partir do Ensino Médio, os estudantes preferem es-colher os próprios cadernos. Victor Augusto Martins, 17 anos, não vê a capa como o item mais importante. Para ele, a simplicidade das folhas, sem desenhos ou aplicações, é o que faz a diferença na hora de decidir qual vai comprar. Outro aspecto que conta é a espessura — prefere as folhas mais grossas, pois aparentam ter maior qualidade. A esco-lha da capa vem ao final e quanto mais simples e menos cores, melhor.

MARCAS

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201352

Produto | Cadernos

Os cadernos da Universidade Monstros, filme que bateu recordes de público, vai ter a primeira coleção licenciada pela Foroni. Há opção de caderno universitário, cartografia e também fichário para os adolescentes.

TV E CINEMA

Os cadernos São Domingos da série

CSI vão ao encontro dos que não perdem

o seriado de sucesso. O caderno universitário pode

ser com 1, 10 ou 15 matérias e tem capa

com plastificação fosca e verniz UV,

bolsa de papel decorada e adesivos.

Um dos grandes sucessos do cinema vai estar nas capas dos cadernos São Domingos. A coleção Man of Steel vem com plastificação fosca e verniz UV texturizado, adesivos, bolsa de papel e miolo decorado. Há opções de 1, 10 ou 15 matérias.

Direto das telonas para as salas de

aula, a nova coleção Iron Man com capas

da terceira saga do super-herói vai dar

continuidade ao sucesso na Tilibra

e cair no gosto dos meninos que gostam

de ação e aventura.

A linha Chiquititas, da Tilibra, vem com capa dura, miolo pautado decorado, espiral colorido, adesivos e parte interna da capa decorada. O produto possui certificação FSC, que em português significa Conselho de Manejo Florestal.

53agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

MODA

Antenada ao estilo do público feminino apontado pelas pesquisas de tendência, a nova coleção Todateen, da Jandaia, espelha romantismo em moda descolada.

Caderno para aquelas antenadas no mundo da moda, a linha Fashionistas busca ser usada também como acessório, segundo a Kajoma.

MÚSICA

Grande aposta da Jandaia são os cadernos com a banda teen

One Direction, que contam com laminação de brilho,

espiral revestido, bolsa em papel, pôster duplo da banda,

adesivos, planejamento, separador e miolo decorado.

A escolha do estudante de Ciências Contábeis, Victor Alexandre Oliveira, de 18 anos, chama a atenção. Ele prefere usar cadernos feitos de material reciclado ou que são ambientalmente respon-sáveis. “Me preocupa o fato dos cadernos terem a maté-ria-prima extraída das flo-restas. Muita gente faz mau

uso da folha, desperdiça”, ressalta. Algumas empresas têm a consciência ambiental como uma prerrogativa e o papel utilizado na produção dos cadernos é proveniente de fl orestas 100% renováveis, a exemplo da São Domingos. “Ostentamos a certifi cação CERFLOR/PEFC, que ates-ta que nossos produtos são

socialmente apropriados, ambientalmente saudáveis e economicamente viáveis”, informa João Antonio Cor-niani. A Jandaia também está atenta a isso e apresenta cadernos com certificação FSC, que garante a proce-dência das matérias-primas de fontes renováveis e con-troladas.

A linha Lume, da DAC, traz em toda a família do produto os ícones postais de Londres e Paris, tendência de moda em estampas. Outra novidade é a linha Fashion Top com estampas de cobra. Segundo a empresa, essa moda é chamada de animal print.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201356

Mercado | Tecnologia

Diferencie seu estabelecimento

com oferta de acessórios e

periféricos de muito estilo. POR GABRIEL CARRARA VIEIRA

Butique de tecnologiaque tem a sua cara. Essa ‘tecnologia de butique’, com ênfase no estilo e no design, é um ramo que pode ser bem explorado pelo seu empreen-dimento.

Os fornecedores já perce-beram esse nicho e oferecem em seu portfólio versões alternativas dos periféricos. O público mais jovem é um dos principais consumido-res, para mostrar seu estilo e usar também como acessó-rios de moda, como no caso dos headsets. As opções da loja não devem fi car restritas aos jovens, devendo atender também aos mais velhos — afi nal, todos querem mostrar seu estilo.

“Consumidores de itens de tecnologia de butique são aqueles que procuram por produtos com algum dife-rencial, como um design ou funcionalidade exclusiva. São clientes que querem sair do comum e buscam produtos de qualidade e que tenham a ver com sua personalidade. Geral-mente, esse público tem uma faixa etária entre 20 e 35 anos”, diz Marcos Coimbra, diretor presidente da All Nations.

Compondo o mixF o r n e c e d o r e s c o m o

NewLink, All Nations, Tau-rus e Multilaser apontam os acessórios para tablets, celu-lares e headsets como os itens de maior saída. Esses seriam alguns produtos básicos para começar a oferecer opções dessa área, com a vantagem de apresentarem um make-up maior em relação aos itens de tecnologia ‘comuns’.

No geral, os fabricantes indicam um investimento inicial pequeno, entre R$ 500 a R$ 3 mil, para se obter boa variedade. Nos produtos diferenciados, consegue-se trabalhar com uma margem de cerca de 30 a 50% maior do que em relação aos itens comuns. “Um não compete com o outro, então é possível ter ambos no mix”, explica Danilo Angi Luiz, gerente de produtos da Multilaser.

Por ser muito veloz, o mercado de tecnologia de-manda atenção do papeleiro para não perder uma grande oportunidade. Embora em alta, tablets e smartphones possuem um mercado muito acirrado, contribuindo para a obsolescência dos aparelhos. Tanto o empresário quan-to seus funcionários devem manter o hábito de ler jornais, revistas e sites especializados nesse segmento para avaliar o momento do mercado.

O aumento de smartpho-nes no Brasil é um ótimo mo-

A informatização da sociedade trouxe aos papeleiros mais uma oportunidade de ne-

gócios. As lojas precisam ofe-recer soluções em tecnologia a seus clientes, adaptando seu mix a essa demanda. Já que essa é uma realidade co-mum a todas as papelarias, é preciso buscar alternativas para se diferenciar.

Em pouco mais de meia década, itens como o pen drive se popularizaram de tal maneira que, hoje, são distribuídos como brindes em eventos. Isso supre a de-manda utilitária do usuário em relação àquela tecnologia. Mas, caso sua papelaria ofe-reça a esse mesmo usuário um pen drive com um per-sonagem de seu fi lme favo-rito, por exemplo, ele pode ‘migrar’ para esse acessório

A revenda deve observar o design e as funciona-lidades dos produtos. Esses são os principais pontos responsáveis por atrair o consumidor fi nal. Criar vitrines temáticas também induz a compra

MARCOS COIMBRA, ALL NATIONS

57agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

mento para aumentar a ofer-ta de capinhas e skins. Como são mais caros que celulares comuns, com valores próxi-mos a de um computador, o usuário tende a protegê-lo e customizá-lo. A montagem de uma vitrine de capinhas tem um custo inicial baixo e alta rentabilidade. “Capas para iPad e tablets possuem

Dicas de produtosCaixas de som: são muito utilizadas como peça de decoração em escrivaninhas. Vão desde peças sofisticadas de design a bonecos da cultura pop.Capas de celular: elas servem para proteger, mas também para revelar o gosto do proprietário. Diversidade aqui é fundamental.Gadgets USB: existem várias opções de pequenos aparelhos das mais variadas funções, que funcionam ligados a uma por-ta USB. Entre eles, luminárias, pequenos ventiladores, coolers para latinhas e até luvinhas aquecidas. Em sua maioria, vêm da China com preços na faixa de 10 dólares.Headsets: pense nesse tipo de fone quase como um ‘cha-péu’, um acessório importante para compor o estilo, em diferentes cores.Mouse: podem ser na versão mini ou maiores, com cores e capas diferentes para dar um estilo a mais a uma mesa de escritório.Pen drives: a dica aqui é ficar atento a filmes, jogos e desenhos que têm maior repercussão e oferecer opções com seus per-sonagens. Há também aqueles que remetem a algum hobby, como instrumentos musicais, carros ou utensílios de cozinha.Skins: além dos adesivos ‘fofinhos’ para celulares e note-books, existem opções mais ‘sérias’, com famosas obras de arte, por exemplo. É uma boa opção para um público mais adulto.Sleeve: essas pastinhas para tablets e notebooks podem vir em cores espalhafatosas, com texturas ou com imagens conhecidas. Vale a pena investir em opções para todas as idades.

Entre periféricos e acessórios, a Multilaser oferece uma ampla linha de produtos com demanda criada a partir do consumo de tecnologia.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201358

Mercado | Tecnologia

o uso profi ssional, outra para os fi ns de semana, outra para a noite, outra para deixar as crianças usando etc.”.

Além de fi car antenado às tendências tecnológicas, é in-teressante também conhecer o que está em voga no cinema e na tevê. Celebridades criam estilos muito rapidamente, e muitas vezes o que aparece na novela logo vira febre — basta se lembrar das capas de iPhone imitando um soco-inglês. Ainda que passageira, essa moda pode movimentar a papelaria.

Cuidados na exposição

Mesmo que já tenha uma pasta para seu tablet, um cliente que entra em uma papelaria em busca de uma caneta pode se ver motivado a comprar um novo acessório que seja a seu gosto. Para fo-mentar as vendas desse tipo de produto, é importante deixar a tecnologia de bouti-que bem à mostra.

“Produtos diferenciados precisam de melhor expo-sição. É importante que ele esteja visível e acessível ao cliente. Por ser uma compra por impulso, qualquer obstá-culo pode inibir a venda do produto - se eles estiverem

trancados em uma vitrine, por exemplo, venderão bem menos que em uma gan-cheira de fácil acesso”, indica Danilo.

Outro ponto importante são as embalagens. Como o aspecto visual é fator deter-minante na compra, é preciso que elas não escondam a principal característica das tecnologias de butique. “O design da embalagem precisa ser atraente, pois isso já des-pertará a atenção do consu-midor. Os produtos também precisam ser expostos em pontos estratégicos da loja, com acesso fácil para o clien-te poder olhar o produto de perto”, explica Ligia Pretel Eimantas, da NewLink.

Nem sempre os produtos com apelo no design são de marcas de referência em qualidade, principalmente com a grande quantidade de itens vindos da China. É interessante para a papelaria oferecer acessórios com qua-lidade e estilo, para atender a consumidores mais exigen-tes. Nesses casos, esses dife-renciais precisam estar bem evidentes, com plaquinhas identificando um material mais resistente, um som sem ruídos ou a assinatura de um designer renomado.

alto giro. Um mesmo cliente fi nal pode adquirir o produto em modelos e cores diversas, o que garante a fi delização para as revendas”, diz Marcos Coimbra, diretor presidente da All Nations.

O gerente geral da Tar-gus, Luiz Salles, também aposta no retorno desses produtos. “Capas para ta-blets e smartphones têm altíssima procura porque o consumidor não se limita a ter apenas uma por aparelho. Acaba comprando uma para

Produtos diferenciados precisam de melhor exposição. É importante que ele esteja visível e acessível ao cliente. Por ser uma compra por impulso, qualquer obstáculo pode inibir a venda do produto

DANILO ANGI LUIZ, MULTILASER

Segundo o executivo da Targus, Luiz Salles, as capas para tablets e smartphones têm altíssima procura: “ o consumidor compra um para cada ocasião”.

Mouse que troca de “roupa”, headsets coloridos e capas decoradas são produtos da NewLink que atendem ao conceito butique de tecnologia.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201360

Atualidade | Acrimet

Com uma gama de lan-çamentos, a Acrimet se prepara com força total para a Office Brasil

Escolar 2013, apresentando toda sua linha office e esco-lar com diversas novidades. Fundada há mais de 40 anos, a Acrimet é uma empresa com o foco principal no de-senvolvimento, fabricação e distribuição de produtos para organização de escritório, para o lar e artigos escolares.

A diretora de marketing da marca, Natalia Gastaldo, se mostra animada com a feira e conta como está se organi-zando: “Estamos preparando diversos materiais novos, den-tre eles a renovação de todas as mídias impressas e digitais. Com tantas novidades, iden-tificamos uma necessidade maior em atualizar nosso material promocional. O catálogo de produtos estará totalmente renovado e em um formato diferente”. Com relação à área comercial, a Acrimet terá uma política de vendas diferenciada para a feira Offi ce Brasil Escolar 2013. “Teremos condições especiais de venda para alguns itens novos e também produtos da nossa linha tradicional para os pedidos realizados durante os quatro dias da feira”, afi rma.

Alguns lançamentosA Acrimet vai apresentar

aos clientes seus novos orga-nizadores, complementando a sua linha original desses produtos. O expositor modu-lar é um dos lançamentos. Por ser modular, o consumidor pode adquirí-los conforme sua necessidade. Ele acompanha suportes, o que permite que seja pendurado em baias ou divisórias, e parafusos, para que seja fi xado em paredes.

O Organizador Vertical é uma variação do Organizador de Escritórios, para quando o usuário deseja visualizar o conteúdo do organizador na posição vertical. Já o expositor horizontal é uma variação do Expositor Classic, totalmente transparente, sendo idealiza-do para apresentação de fo-lhetos, catálogos e impressos em geral.

Além de sua tradicional li-nha de expositores, a empre-sa antecipa aqui, na Revista da Papelaria, outras novida-des como a linha AcriNotes. Uma sugestão para quem quer acompanhar as ações da empresa é acompanhá-la nas redes sociais (www.facebook.com/Acrimet). O estande da Acrimet na Offi ce Brasil Escolar estará localizado na Rua A e B, na Av. 3, próximo à entra-da principal da feira.

Empresa está pronta para

apresentar uma linha renovada

Novidades emorganização

AcriNotes - blocos de notas

reposicionáveis. Práticos e ideais

para facilitar seu dia-a-dia,

principalmente na hora de anotar

recados, tarefas e lembretes,

além de serem úteis em todos os

ambientes

A linha Z-AcriNotes é outra grande novidade da Acrimet. Seu dispensador, além de ótima qualidade, possui um design diferente e atraente, na cor cristal. Seu refil pode ser adquirido separadamente

Uma das grandes novidades da linha Acrinotes são os Rolos de Notas Adesivas Reposicionáveis. Com eles, o usuário não se limitará em anotar informações, lembretes ou tarefas em tamanhos padronizados.

A linha de organizadores de escritórios da empresa foi ampliada.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201362

Consultoria | Arrumação de loja

Quando se trata de arrumação, muitas papelarias precisam de uma faxina geral.

Como toda casa, o dono pode pôr a mão na massa ou contratar profissionais para

o serviço. O importante é entender que os clientes são atraídos pelos olhos, e que

uma boa organização chama a atenção e aumenta as vendas. POR JOYCE FREITAS

Aaparência de uma loja é fundamental para atrair clientes. Organização, va-

riedade, disposição, aten-dimento, cada detalhe é importante para garantir boas vendas. Entretanto, a modernização e a necessida-de de variedade fazem com que os proprietários adqui-ram cada vez mais artigos, porém, mantendo a mesma arrumação. Nessa ânsia de oferecer produtos em quan-tidade, a papelaria fi ca cheia, com exposição inadequada, sem itens destacados, cau-sando transtornos a clientes e funcionários. Esses erros afastam compradores e re-duzem os rendimentos.

É importante estar aten-to ao visual da papelaria e até mesmo às críticas dos clientes, que são um ótimo termômetro para essa ava-liação. Para tornar prático o funcionamento do negócio, reunimos algumas dicas sim-ples e interessantes dadas por quem entende do assunto.

Colocandoordem na casa

Loja organizadaé venda garantida

Entretanto, caso o lojista necessite de uma ajuda mais prática, pode contar com a MP Papeleiras e Móveis. Há quase 20 anos envolvi-da com o setor, a empresa cria mobiliário estratégico para as papelarias. “Temos um carisma especial ao lidar com os donos de papelaria, e por nossa vasta experiência, oferecemos uma verdadeira consultoria aos nossos clien-tes, desde a simples exposição nas vitrines à posição do caixa, melhor altura de exposição, aproveitamento das áreas acima de dois metros etc.”, explica Adalton dos Reis, sócio diretor da empresa.

Para organizar as papela-rias Brasil afora, a MP Papelei-ras possui mais de 60 móveis para todo tipo de produto do segmento, como pape-leiras, expositores diversos, gôndolas, estantes, vitrines e balcões, além de desenvolver o layout gratuitamente e en-tregar em qualquer lugar do

país. O projeto é resultado do estudo da loja, quando as necessidades são analisadas e as soluções, sugeridas. Mais do que apenas a inclusão de móveis e algumas mudanças de disposição, o visual de uma papelaria transforma o olhar dos clientes e incrementa as vendas. Não se trata somente de arrumação, mas da com-posição do ambiente. “O in-terior de uma papelaria é um todo, trata-se de um conjunto onde deve haver harmonia: o piso, o teto, a iluminação, a distribuição do mobiliário, a altura dos móveis centrais, a visualização do operador de caixa em relação ao restante da loja, a altura da exposição de determinados produtos, a disposição dos produtos na vitrine, a aproximação de produtos que facilitam a venda de outros, a identifi -cação dos setores, o espaço de circulação, a ventilação e, ainda, evitar espaços cegos, ou seja, aqueles que facilitam o furto”, enumera Adalton Reis. Para ele, os móveis são

muito importantes, e servem, principalmente, para realçar os produtos, isso é, são ferra-mentas para expor os itens e não os artigos principais.

Os detalhes são realmente muitos, mas basta analisá-los e encontrar as conexões. É possí-vel compreender que a harmo-nia do ambiente envolve luz, texturas e cores. A distribuição dos móveis e sua altura devem considerar a circulação dos clientes, ventilação (que não depende apenas da existência de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, mas de como estão posicionados e do uso do ar natural) e a visibilidade necessária aos funcionários para ver quem entra, e até vigiar a loja. A vitrine é um cha-mariz, e os produtos devem estar dispostos de maneira a

levar à compra de outros — se todos que compram cadernos pensam em levar canetas, estes itens precisam estar próximos. Além disso, os setores da loja tem que estar identificados para facilitar a procura.

As mudanças que uma nova organização proporciona podem ser extraordinárias. Di-versos papeleiros já enviaram seus depoimentos aos direto-res da MP Papeleiras & Móveis. Entre eles está José Henrique, proprietário da Papelaria Aquarela na cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O empresário conheceu a empre-sa na última Offi ce Brasil Escolar e garante que sua loja mudou completamente. “No aspecto visual, está totalmente diferen-te. Mudou a ponto de clientes pararem na porta e acharem

Registro do antes e depois de um dos projetos da MP Papeleiras: mobiliário e iluminação próprios para valorizar os produtos expostos.

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Consultoria | Arrumação de loja

que estão na loja errada. Eles mudaram a disposição e co-locaram autosserviço, o que facilitou muito”, afi rma Zito, como também é conhecido o papeleiro. Ele comenta que a motivação aumentou, tanto sua quanto de seus funcioná-rios. As transformações na pa-pelaria aconteceram em maio e ele afi rma que o acréscimo no faturamento já é notável: o lucro cresceu 38%, o que é mui-to, considerando que a MP Papeleiras projeta uma média de crescimento de 40%.

Outra beneficiada pela consultoria foi Célia Fukui, proprietária da Papelaria Ce Fukui, localizada em Guaru-lhos, São Paulo. E seus proble-mas de arrumação eram sérios.

Na realidade, os clientes reclama-vam que não achavam a mercadoria, e nem eu achava! Então, eu precisa-va de alguém que arrumasse isso. Depois da renovação do layout, a diferença é realmente grande

CÉLIA FUKUI, PAPELARIA CE FUKUI

Na Papelaria Ce Fukui, novos móveis e redistribuição dos produtos gerou um melhor aproveitamento do espaço e maior conforto para os clientes circularem.

“Na realida-de, os clientes reclamavam que não acha-vam a merca-doria, e nem eu achava! Então, eu precisava de alguém que arrumasse isso. Depois da renovação do layout, a dife-rença é realmente grande”, co-menta. Célia, inclusive, explica que nada de sua loja foi apro-veitado, nem as prateleiras. Os móveis foram trocados, assim como a disposição. “Mudaram tudo. Teve cliente que passou direto pela loja e depois vol-tou, dizendo que estava procu-rando a papelaria porque não reconheceu. Há uma cliente na minha frente agora dizendo

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Consultoria | Arrumação de loja

que realmente mudou muito, que está ótima”, diz. Com pouco mais de 15 dias de mo-difi cações, a papeleira acredita que o principal impacto nas vendas acontecerá com a volta às aulas, neste mês.

Dicas de sucessoAs transformações deram

a José Henrique e Célia Fukui uma nova forma de ver suas papelarias e de entender como elas devem funcionar para alavancar os negócios. Com a experiência, Zito aconselha: “Nós atuamos em um ramo que fascina as pessoas. Se você dispõe seus produtos de forma certa e expõe correta-mente, melhora suas vendas.

Isso foi o que fizeram por mim”. Já Célia deixa a dica de aproveitar cada canto da loja e buscar a empresa certa para prestar consultoria e ajudar na organização. Para ela, não basta visitar os sites, é neces-sário conversar pessoalmente com a equipe para conhecer os projetos e criar um modelo específi co para seu caso.

No outro lado está a MP Papeleiras, cujos clientes atu-ais são todos do setor de papelaria. Parte deles apenas adquire os móveis avulsos, enquanto cerca de vinte pro-prietários, de vários estados brasileiros, investiram na montagem completa da loja. Com tanta diversidade de locais e tamanhos, a empresa é capaz de oferecer dicas di-versas de arrumação prática e atendimento.

Além disso, a organização pode influenciar o cliente a entrar ou não na papelaria. O diretor da MP, Adalton Reis, garante que o consumidor, ao ver a entrada da loja, decide se vai “encarar a bagunça” para adquirir um produto ou se vai em busca de um lugar mais organizado. Adalton indica, ainda, que não se empilhe papéis como cartolinas e os do tipo Colorset. “É prejuízo na certa, todo papeleiro sabe disso”, garante. Outra questão essencial é deixar os produtos fáceis de serem furtados pró-ximos ao caixa, para que pelo menos este funcionário consi-ga observar o movimento.

Para não danifi car os pro-dutos, é importante evitar colocá-los no chão. No caso de cadernos, se for possível, é

melhor dispor os artigos na vertical ao invés da horizontal, para que a capa esteja visível. Segundo o diretor da MP, “é a capa que vende o miolo”. Sendo assim, eles devem es-tar na altura dos olhos. Este posicionamento, inclusive, é muito importante: produtos expostos abaixo de 70 cm ou acima de 1,70 m são menos propensos à venda.

É interessante destacar que são as crianças que efeti-vamente compram, enquanto seus pais apenas pagam. Elas selecionam suas preferências, o que signifi ca que os produ-tos licenciados devem estar ao alcance delas: mochilas, cader-nos, estojos e outros. E apesar da preocupação com os furtos, a adoção do autosserviço, mes-mo de itens pequenos como lapiseiras, canetas e borrachas, se mostra bastante efi ciente em relação à lucratividade.

A avaliação sobre a arruma-ção da loja é um processo diá-rio de observação. Vale escutar críticas e sugestões de clientes, que passam por diversas pape-larias e são capazes de avaliar as diferenças, e de funcioná-rios, que vivem o cotidiano e as difi culdades do trabalho. Buscar ajuda profi ssional não deve ser uma medida extrema, mas uma forma de melhorar antes que tudo vire um caos. E se a situação já estiver em um nível insuportável, corra! Sem-pre é tempo de transformar e há muitas pessoas capacitadas para contribuir. A primeira impressão pode ser a que fi ca, mas uma grande mudança também transforma o olhar dos clientes.

Temos um carisma especial ao lidar com os donos de papelaria, e por nossa vasta experiência, ofere-cemos uma verdadeira consultoria aos nossos clientes

ADALTON DOS REIS, MP PAPELEIRAS E MÓVEIS na foto, à esquerda, ao lado do sócio Tarcizio de Paula Melo)

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Oportunidade | Gifts

Setor de gifts é

oportunidade para

papeleiros atraírem

clientes com

produtos de alto

valor agregado. POR

GABRIEL CARRARA

Presentes na papelaria

EstruturandoPara as papelarias, o mer-

cado de gifts é um ótimo campo a ser explorado. Inde-pendentemente do tamanho do empreendimento e de seu público consumidor, há espaço para oferecer esse tipo de serviçograças à grande va-riedade de fornecedores.

A incorporação dos gifts no mix da papelaria é tam-bém fruto de uma reorgani-zação do mercado. Segundo Carlos Albergaria, sócio di-retor da Papelaria Jou Jou, no Rio de Janeiro, a presença de grandes distribuidores forçou o empreendimento a buscar novas soluções.

“Vimo-nos sufocados na área de material de escritó-rio. Foi preciso, então, trazer coisas diferentes, e aí que entram os presentes. Nos-sa preocupação primordial ainda é com as necessidades básicas de papelaria, mas agregamos esse serviço. A primeira coisa que vimos foi o fator sazonalidade. A pape-laria tem o volta às aulas, que é nosso Natal; com os presen-tes, agregamos outras datas, como a Copa do Mundo, o Dia dos Namorados, e até a vinda do Papa”.

E se os presentes são um acréscimo em alguns empre-

endimentos, em outros eles podem mudar a cara do ne-gócio. Na Papel Magia, em São Paulo, Francis Ferreira de Melo Padua conta que o incremento de produtos diferenciados foi necessário para que a empresa não de-saparecesse.

“A Papel Magia é uma em-presa que, hoje, praticamente trabalha com presentes. Há 16 anos, vendo os números, verifiquei que o segmento puro de papelaria estava fadado a desaparecer nas operações de shopping, que possuem um custo opera-cional muito alto. Decidi que deveríamos vender pa-pelaria diferenciada para não concorrer com os grandes atacadistas que vendem no varejo. Esse processo busca melhorar o make-up na venda dos produtos, pois, sendo diferenciados, fogem da me-mória dos preços comuns”.

Primeiros passosPara começar, o tipo de

mix a ser inserido na papela-ria vai demandar do empresá-rio uma avaliação do poten-cial do mercado que atende.

Com a renda do brasi-leiro em alta, diver-sos setores observa-ram um crescimento

na busca por produtos de maior valor agregado. Após estabilizarem o consumo dos itens de necessidade básica, as famílias passaram a buscar produtos que agre-gassem um diferencial além do utilitário. É nesse nicho que se encontram os gifts, termo usado para abarcar produtos com forte apelo no design e muito utilizados como presentes.

As papelarias ligadas nas tendências do mercado já per-ceberam o potencial de uma área de presentes bem estru-turada. Investir nesse setor di-nâmico é a oportunidade que muitos empresários podem ter para aumentar suas vendas e atrair novos clientes.

De acordo com números divulgados pela Gift Fair, um dos maiores eventos do setor, os gastos com itens de decoração aumentaram em até seis vezes entre as famí-lias com renda até R$ 5 mil, movimentando cerca de R$ 18 bilhões ao ano. De olho em uma fatia desse mercado, papeleiros movimentam-se para acompanhar a tendên-cia e garantir os lucros.

69agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

Fatores como tamanho da loja, público consumidor e localização devem ser levados em conta para determinar a quantidade e, principal-mente, a qualidade dos itens comercializados.

No portfólio de itens bá-sicos, canecas, porta-retratos e almofadas são alguns dos itens mais comuns. Segun-do Rafael Biasotto, diretor da Uatt?, eles representam mais de 50% do portfólio da marca. De acordo com a sazonalidade, eles vão se adaptando ao calendário promocional, com mensa-gens e design específi cos, por isso, atenção no estoque para não fi car com muita merca-doria comercializada apenas em um período do ano.

Um ponto importante desse mercado é a necessida-de de atualização. Há alguns anos, um porta CD estiloso era um bom presente de amigo-oculto, estátuas en-capadas com camurça eram sensação e almofadas ‘de abraço’ eram novidade. Hoje, esses itens já não causam o mesmo impacto no presen-teado. E como esse impacto é fundamental para um pre-sente de sucesso, é preciso estar atento às tendências.

“Gosto a gente não pode prever, então procuramos, primeiramente, por pro-dutos de qualidade: não adianta colocar ‘minha mãe é legal’ numa impressão ruim na caneca. A escolha vai muito do feeling da loja, dos relatórios dos produ-tos, observando o que tem mais giro, conversando com

A Uatt? tem uma vasta linha de produtos, entre eles, canecas e almofadas, itens que têm mais saída como gifts em papelarias.

Segundo a empresa, com um investimento de R$ 4.500 é possível montar um corner de gifts dentro da loja.

o cliente. Hoje você tem muitas empresas que fazem canecas para datas comemo-rativas, e é preciso buscar um diferencial. Aqui, sua venda dentro de uma lata é bem maior — é a mesma caneca, mas o cliente acaba se inte-ressando mais”, conta Carlos Albergaria, da Jou Jou.

Uma das soluções para começar a área de presentes é elaborá-la em parceria com alguma marca. No geral, elas possuem uma consultoria

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Oportunidade | Gifts

para auxiliar o empresário a explorar o máximo da linguagem dos presentes. Dependendo do tipo de parceria fi rmada, isso pode reduzir o custo operacional de implementação da área de gifts.

“No ponto de venda de papelarias, a ideia é criar pequenos corners com produ-tos, desde os sazonais aos de uso pessoal. Buscamos criar espaços específicos para o consumidor entender que ali existe um serviço diferente.

Com produtos na faixa de R$ 30 a R$ 35, o cliente costuma comprar mais de um na hora de presentear, fazendo um kit. Para o lojista, a margem é alta, comprando a R$ 10 e vendendo a quase R$ 25. São produtos de alto giro, e nada fi ca obsoleto”, indica Rafael Biasotto, da Uatt?.

O investimento necessário para a implementação desses serviços depende da metragem e da localização do ponto. Para começar do zero, Albergaria faz uma projeção de R$ 400 mil reais para se ter varieda-de, quantidade e qualidade, incluindo as importações próprias; já Francis indica, além da montagem da loja, um investimento médio de R$ 200 mil.

Crie uma identidadeSe você já pesquisou em

portfólios de importadoras ou passeou por stands de uma feira de gifts, já deve ter percebido que as opções são

muitas. Essa fl exibilização é muito importante para encontrar produtos que tenham a cara da sua pape-laria. Uma escolha benfeita não implica só em um esto-que bem organizado, mas também na identidade da sua loja.

As linhas de gifts são mui-tas: alternativa, fofi nha, nerd, elegante, engraçada e por aí vai. Oferecer opções a seus clientes é sempre bom, mas é importante ter coesão, para que eles entendam o tipo de negócio que você está pro-pondo. Isso depende de uma análise prévia do seu público-alvo e qual o direcionamento que você deseja dar.

Na Casa Oito, o próprio serviço de papelaria foi trans-formado em gifts. O trabalho com design diferenciado em convites, cartões, cader-nos e material de escritó-rio abre novas opções para esse mercado de presente, incorporando produtos de

A maioria dos produtos da Casa Oito tem um apelo cultural ou de design. A empresa tem em seu portifólio muitos itens de papelaria que são valorizados e reconhecidos como presentes devido a essa associação.

Decidi que deveríamos vender papelaria diferenciada para não con-correr com os grandes atacadistas que vendem no varejo.

FRANCIS FERREIRA DE MELO PADUA, PAPEL MAGIA

renomados museus como o Metropolitan Museum of Art e o MoMa ao mix.

“Já tivemos um livro de re-ceitas que a capa era como se fossem azulejos portugueses, em tons de azul. As pessoas compravam um para si e ou-tro para dar de presente para mãe, noiva, amiga, tia. É um presente de uso comum com um tempero especial. Outro exemplo são os papéis de car-ta assinados por designers — presente básico de papelaria, mas com histórico cultural por trás. E os cadernos, que mesmo na época da era di-gital, todo mundo adora ter um”, diz a proprietária Noca Brobow Falbel.

Outro conceito interes-sante que pode ser utilizado é otimizar tanto o espaço quanto o lucro, deixando o ambiente montado e à venda. A gerente da Wharehouse, Ana Maria Asmar, sugere que mesas e escrivaninhas fi quem montadas de modo que o cliente se interesse pela decoração.

“É possível transformar os objetos de decoração em acessórios com utilidade: um potinho para colocar lápis, uma caixinha com um blo-quinho, um vaso com uma fl or. Tudo isso já montado em uma mesa ou escrivani-nha em que tudo está à ven-da. Às vezes é melhor deixar

o suporte à venda também do que gastar para fazer uma prateleira”, sugere.

Comunicação eficienteCom valores mais altos,

melhor margem e sendo também uma compra de im-

Eventos importantes

Gift FairEm marçoSão Paulo/SPwww.laco.com.br

House & Gift FairEm agostoSão Paulo/SPwww.grafitefeiras.com.br

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Oportunidade | Gifts

pulso, os gifts têm todas as ca-racterísticas necessárias para ocupar um espaço nobre na sua loja. O cliente sabe que em toda papelaria conseguirá um lápis, uma caneta ou uma resma. Por isso, a estratégia a ser adotada é surpreendê-lo com as cores e o design insti-gante dos presentes, fazendo com que ele passeie por suas prateleiras antes de chegar aos itens básicos.

“Nas nossas lojas, os pre-sentes estão sempre primeiro, na frente da loja. Se a pessoa quiser um carbono, um im-presso, ela passa, antes, pela venda de impulso. O produto não fi ca todo na prateleira ou na gôndola: é colocado como em um mostruário, pois são itens que estragam e empoeiram. Não adianta só colocar o produto na loja, por isso tentamos fazer uma decoração”, diz Albergaria.

Para que as vendas de gifts sejam promissoras, deixá-los à frente da loja não é tudo. Com tamanhos, cores, mate-riais e formas bem diferentes, é preciso dar uma harmonia a eles. Na hora de montar o display, para Noca Falbel o que conta é a leveza. “As pa-pelarias costumam entubar os produtos nas prateleiras.

Os produtos devem estar expostos, com uma distância agradável entre eles, onde o olhar não se perca no meio da bagunça”, diz a proprietária da Casa Oito.

Quando o consumidor busca um gift, ele procura a experiência do ato de presen-tear. É preciso que haja iden-tifi cação com a mensagem, e o ponto de venda precisa fomentar isso. Muitos dos presentes são uma versão criativa de objetos utilitários, como pesos de papel, canecas e relógios. Na exposição des-ses produtos, é fundamental explorar tanto o aspecto lúdico quanto o funcional. Nesse caso, uma boa forma de apresentá-los é em minies-tações decoradas, para que o cliente entenda o produto. A diferenciação da linguagem em relação aos produtos coti-dianos e o conceito precisam estar claros.

Aproveitar a sazonali-dade para mudar a cara da loja e apresentar produtos diferenciados é um bom exemplo disso. No perío-do de volta às aulas, dar destaque a alguns itens de design mais atraente pode fazer com que seu cliente opte por algo de mais valor, aumentando o faturamento da loja em um período já promissor para as vendas. “Os presentes são expostos em toda a loja, e aos artigos comuns não é dada visibili-dade. No volta às aulas, por exemplo, só temos cadernos, pastas, mochilas, agendas e brochuras diferenciados, para atender a um público

jovem que quer ser diferente em seu grupo”, diz Francis, da Papel Magia.

O fator sazonal serve tam-bém para criar um ‘fato novo’ no estabelecimento, atrain-do tanto clientes habituais como mostrando aos novos que aquela loja possui os ar-tigos específi cos para aquele período. Dê bastante atenção à vitrine, expondo os itens mais diferentes e exclusivos. Nessas datas, a concorrência com outros setores é mais intensa, e a papelaria deve se mostrar bem atrativa.

A comunicação digital, como e-mail marketing e mídias sociais, dá visibilida-de à sua loja antes mesmo de o cliente chegar até ela. Isso é bem útil na hora de se transmitir um conceito e uma identidade. Mas, na venda de produtos de design, a relação na loja ainda é o grande diferencial. “O princi-pal é um vendedor que tenha conhecimento do produto que vende, com condições de fazer distinções desta caneta, daquele papel utilizado em tal caderno, ou do designer que criou o produto”, diz Noca Falbel.

Ao oferecer itens de va-lor agregado muito alto, a papelaria precisa direcionar seus atendentes para que compreendam o porquê de seu diferencial. Parte do processo de convencimento da compra é a informação que o funcionário repassa ao cliente, por isso, faça trei-namentos e capacitação para que eles saibam exatamente o que estão vendendo.

Nas nossas lojas, os presentes estão sempre primeiro, na frente da loja. Se a pessoa quiser um carbono, um impresso, ela passa, antes, pela venda de impulso.

CARLOS ALBERGARIA, PAPELARIA JOU JOU

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Consumo | Mochilas

A menina dos olhos da volta às aulas

O item responsável por

armazenar o material escolar

atrai pais e fi lhos às papelarias

e garante bom faturamento

no período. A praticidade em

oferecer todos os itens das

listas escolares faz com que os

papeleiros ganhem pontos na

concorrência com lojas de outros

segmentos. POR RAQUEL GONZALEZ

sada. Se o consumidor gosta desse item, vai comprar os outros materiais no estabele-cimento”, ressalta. Essa práti-ca também é muito comum com produtos licenciados. Segundo Andreia Porto, da JLM Papelaria (Rio de Ja-neiro/RJ), além de ter um valor agregado alto, o artigo puxa a venda de outros aces-sórios. “Se você compra uma mochila de personagem, vai querer levar a lancheira, a garrafinha, o estojo e toda a linha de escrita combinan-do”, explica.

Para aumentar o índice de vendas, é imprescindível que os papeleiros pensem na divulgação do produto. “Desde que montamos a vitrine, sentimos bastan-te retorno. Como estamos perto de escolas, as crianças passam, veem os artigos e já falam com os pais. O boca a boca é importante”, conta Helaíne. Luiz Macabu afi rma que a exposição do produto é o ponto chave, e como sua

Todo volta às aulas é o mesmo ritual: os alu-nos ficam em polvo-rosos pensando qual

mochila escolher, qual será o tema, o modelo e a cor da vez. “No começo do ano é sempre uma festa com as coleguinhas. Cada uma com suas mochilas novas, sempre exaltando a beleza das mes-mas”, afirma Lívia de Freitas Leal, mãe de Lara Leal, de 9 anos. E os papeleiros atestam o bom faturamento que o produto proporciona no volta às aulas e ainda enu-meram outras qualidades do item. “Em janeiro, a venda de mochilas é responsável por cerca de 35% do nosso faturamento”, garante Luiz Macabu, proprietário da Pa-pelarte (Casimiro de Abreu/RJ). Helaíne Primo Pereira de Oliveira, da Risque e Rabisque (Patrocínio/MG), concorda com essa média de receita e acrescenta: “A venda de mochilas é importante porque vira uma venda ca-

É uma eterna disputa com as lojas que vendem bolsas e malas. É importante que a papelaria ne-gocie um bom preço com a fábrica para oferecer um valor competitivo

ANDREIA PORTO, JLM PAPELARIA RIO DE JANEIRO/RJ

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Consumo | Mochilas

Beleza sim, qualidade tambémAs crianças querem seu personagem favorito e

os adolescentes buscam os modelos descolados. Já os pais, nesse meio, tentam unir o útil ao que agrada os fi lhos.

LILIAN CORRÊA, 46, mãe das gême-as Gabrielle e Isa-belle, de 13 anos, também tenta pre-zar a qualidade em cima das escolhas das f i lhas. “E las selecionam e eu vejo se o produto é

bom, se vai durar, pois elas carregam muito peso e não têm cuidado, jogam a mochila no chão. Até ano passado elas quiseram com tema, foi da Isa TKM, mas este ano já compraram sem licenciamento, como as outras amigas”, diz. Lílian costuma adquirir os pro-dutos em lojas de bolsas e malas, por ter, segundo ela, uma maior variedade.

TÂNIA COELHO DA SILVA, 46, mãe dos pré-adoles-centes Caio e Karine, de 13 e 12 anos, respectivamen-te, considera que os quesitos mais importantes na hora de comprar as mochilas são preço e qualidade. Os filhos opinam no final e avaliam se gostaram do modelo pré-selecionado por Tania. “Na idade deles já não pode ser temático, porque eles acham que é um mico, nem de rodinhas. Eu geralmente escolho modelos bem grandes, pois eles carregam muito material”, explica.

LÍVIA LEAL, 30, mãe de Lara, 9, não foge à re-gra: “Compro a mochila pelo modelo, preço, marca e também pela vontade da minha filha. Procuro unir todas as qualidades necessárias. Como a quantidade de material é grande, não

adianta ser apenas um produto bonito, mas também tem que ser resistente e ter espaço suficiente para tudo. Sempre procuramos uma de carrinho, bem grande, bem costurada e com rodinhas de silicone. Mas, claro, isso tudo com o aval da Lara”, esclarece ela, completando: “Minha opção é de troca anual de mochila. Também acho que seja um ‘plus’ a mais para a criançada no volta às aulas. Geralmente quando a mochila não é de boa qualidade, não duram nem um ano, fazendo com que os pais tenham dois gastos com mochilas. Por isso, acho melhor ter um gasto só com uma que seja mais resistente”.

JÉSSICA DE LIMA, 22, mãe de Felipe, de 4 anos, deixa o filho escolher o tema, mas ela avalia o tamanho e a qualidade. “Ano passado comprei uma que arrebentou, então, tem que examinar mesmo. Criança quer sempre as opções mais caras e mais brilhantes”, afirma ela, que acha os preços praticados nas papelarias mais em conta.

papelaria fi ca em uma cidade do interior, ele procura mu-dar a vitrine de dois em dois dias. “Passam as mesmas pes-soas diariamente. A ideia é fazer com que o consumidor sempre veja algo diferente. A vitrine é o grande chamariz da papelaria. Ela tem que ser visual, ter aquilo que está em

alta”, destaca o proprietário da Papelarte. “No volta às aulas, colocamos mochilas penduradas até no teto”, brinca o papeleiro Lauro Mar da Cunha, da Papelaria da Vera (Morada Nova/CE), completando: “Nesse perío-do, a mochila é uma ‘frente de loja’”. Andréia Porto conta

que sua loja muda totalmen-te para dar espaço para o artigo e o processo se inicia logo após o Natal. “No dia 26 de dezembro já remanejamos tudo pensando no volta às aulas”, completa.

Em relação à concorrên-cia na vendagem de mochi-las, também é importante

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Consumo | Mochilas

Mimos para a garotadaPara o volta às aulas 2014, a Xeryus lança produtos das linhas Galinha

Pintadinha, Batman, Iron Man, Moranguinho e com os “minions”, do filme Meu Malvado Favorito. São cerca de 300 modelos de dife-rentes preços, formatos e temas, cuja produção é de cerca de um milhão de peças por ano. “Os diferenciais dos nossos produtos são a produção em nylon 420 D, que proporciona mais facilidade na limpeza. Além disso, temos acabamentos exclusivos, como puxa-dores personalizados, personagens em alto-relevo, mochilas com capa dupla, bolsinhas agregadas, entre outros. Temos sempre um diferencial voltado para a criança ou adolescente em cada peça”,

explica Lizia Mendonça, gerente de marketing da marca. Exemplos disso são a capa que acompanha a mochila do Batman e a bolsinha agregada, que pode ser utilizada separadamente da mochila da Moranguinho. “Esse acabamento premium e diferenciado agrega

muito valor ao nosso produto”, completa Lizia. A Xeryus tem uma equipe especializada voltada para o atendimento ao cliente no

telefone (11) 3323-3900.

que o papeleiro tenha um plano estratégico. “É uma eterna disputa com as lojas que vendem bolsas e malas. Tentamos comprar à vista para ter um desconto maior e poder entrar na briga. É importante que a papelaria negocie um bom preço com a fábrica para oferecer um va-lor competitivo”, aconselha Andréia. Segundo a proprie-tária, esse segmento trabalha com uma margem pequena

porque o forte deles não é a mochila e o item é utilizado apenas para atrair clientes. “É desleal! Mas uma novidade boa é que algumas marcas, como a Sestini, por exem-

plo, estão trabalhando com preços tabelados este ano”, afi rma. Já Helaíne, da Risque e Rabisque, acredita que a melhor arma da papelaria é a praticidade que oferece ao consumidor. “Nós reunimos todos os itens da lista escolar. Somos um estabelecimento mais completo e os pais bus-cam essa facilidade”, explica. Carlos Francisco Levate, da Karlo’s Papelaria (Muriaé/MG), faz coro: “A gente leva vantagem por oferecer todos os produtos. Os consumido-res querem comprar todo o material num só lugar”. Ivan José de Carvalho Galvão,

O licenciamento é decisivo e os produtos mais caros vendem primeiro. O que está na feira Offi ce Brasil Escolar é o que vai vender.

LUIZ MACABU, DA PAPELARTE CASIMIRO DE ABREU/RJ

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Consumo | Mochilas

Para todas as idadesA Santino tem a expectativa de crescimento de 30% e tem como foco prin-cipal do volta às aulas 2014 a licença Copa do Mundo FIFA e a Andry Birds. “A qualidade e o design são os diferenciais da nossa marca, que têm opções de modelos coloridos e outros mais neutros e agradam toda a garotada”, afirma Li Ling, presidente da marca. A empresa tem diversos outros produtos licenciados que são sucesso de vendas, como Barbie, Sexy Machine, Looney Tunes, Princess, Onbongo, Bratzillaz e DC Comics.

Especialmente para a criançadaOs destaques da Sestini para o volta às aulas 2014 são as linhas infantis Barbie Butterfly e Z. “Design e funcionalidade se destacam no diversificado portfólio de nossos produtos. Cerca de 800 produtos são lançados por ano, todos inovadores e com preços acessíveis, proporcionando o melhor custo-benefício ao consumidor final”, afirma Renata Cabanal, gerente de marketing da marca. A linha infantil é a de maior sucesso da Sestini, que possui licenças da Mattel, que engloba as linhas Monster High, Max Steel, Hot Wheels, Barbie e Polly, além de Homem Aranha e Mickey e Minnie, que são da Disney. A fábrica também oferece garantia ilimitada contra defeitos de fabricação em todos os itens. “Caso o produto apresente algum problema, o consumidor pode entrar em contato com as assistências técnicas autorizadas ou com o nosso SAC, pelo número (11) 3123-1600”, orienta Renata.

proprietário da Livraria e Papelaria Estudantil (Ca-ruaru/CE) revela que, apesar de as lojas de bolsas e malas serem um segmento menor no comércio de sua região, a disputa na vendagem de mo-chilas não é inferior. “Temos tido concorrências extras com armarinhos, lojas de tecidos, de miudezas, baza-res, até as feiras livres são revendedores desse tipo de mercadoria, muitas delas em edições piratas, numa cópia que engana o consumidor”, denuncia.

A hora certa dos pedidosDe acordo com Luiz Ma-

cabu, a melhor época de fechar negócio com os fa-bricantes de mochilas é na

feira Offi ce Brasil Escolar, em agosto. “Conseguimos com-prar com os melhores preços, as melhores condições de pagamento e uma variedade maior. Se deixar mais para frente, muitos produtos já es-tarão esgotados. Além disso, pais com menor poder aqui-sitivo já compram mochilas em dezembro para dar de presente de Natal”, destaca o papeleiro, que costuma praticar margem de 50% em cima do preço de fábrica. “Para não encarecer muito”, justifi ca ele. Helaíne, da Ris-que e Rabisque, também faz seus pedidos na feira. “Agora conseguimos descontos e tem mais opções de produ-tos. As mochilas chegam com antecedência e podemos con-

ferir se têm defeitos e fazer previsão se o produto será su-fi ciente. A margem de lucro com as mochilas, depois de deduzir custos e impostos é de cerca de 30 a 40%”, afi rma. Já Andréia, da JLM, consegue fazer suas encomendas ainda mais cedo. “Começamos a fechar mochilas em junho. Em fi nal de julho já estamos com quase todas as fábricas

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Consumo | Mochilas

os três anos ele se recusa a usar o que eu compro”, conta Jéssica de Lima, 22 anos, mãe do pequeno. E isso não é novidade para os papeleiros. “As licenças encarecem o produto, mas os personagens licenciados estão nas cabeças das crianças. E elas são hoje forças determinantes na hora da compra”, afi rma Ivan José. Luiz Macabu concorda com o proprietário da livraria de Caruaru: “O licenciamento é decisivo e os produtos mais caros vendem primeiro. O que está na feira Offi ce Brasil

Escolar é o que vai vender. Os fabricantes fazem inserção comercial e o que está na mídia vende. Tem licenças que eu nunca ouvi falar e os clientes procuram”.

Já Helaíne Primo acredita que o produto licenciado tem que ser melhor avaliado pelo papeleiro. “Se escolher-mos a licença certa, teremos um retorno sensacional. Mas, se trabalhar com a

acertadas”, diz ela, que aplica cerca de 80% no produto.

A força do licenciamentoFelipe Rodrigues de Lima,

de apenas 4 anos, já é o res-ponsável pela escolha de sua mochila. “Ele escolhe o tema, eu avalio outros itens, como preço e qualidade, e deixo algumas opções dentro da te-mática para ele defi nir. Desde

Contato próximo com o clienteNa nova coleção, a Clio Style disponibiliza um total de 18 marcas infantis e quatro juvenis.

Para o pré-escolar, a aposta da marca são as aventuras do pequeno Davi, da Turma do Salminho. Os meninos podem escolher mochilas do Dragon Ball Z, do herói galáctico Mike Jee e a coleção de carros, Fast Machine, que acende farol e emite som. As meninas têm diferentes opções também: os produtos da Lisa são cheios de detalhes coloridos, o universo do conto de fadas fica por conta da Princesa Yris e, com estampas xadrez e puxadores de

caveirinhas, a coleção das Punktitas promete agradar as descoladas. “Observamos que houve uma procura grande por tote bags para a linha juvenil feminina. Então, procuramos investir mais nisso e incluímos mais opções desse produto em cada marca”, afirma Fernanda Braga, gerente de marketing da Clio. Para reclamações de produtos, a Clio Style oferece atendimento no SAC e assistência técnica. “Nos preocupamos muito com a opinião do consumidor final, temos o Facebook para manter um contato mais próximo ao público”, completa Fernanda.

Tradição na linha aventuraA Fico apresenta as linhas College e News School e lança a linha infantil ‘Fico nas Ondas do Surf ’. “Todas as nossas mochilas vêm com o diferencial de uma marca com 30 anos de mercado e o nosso consagrado pós-venda. Nossa meta é oferecer um produto de excelência por um preço acessível”, afirma Augusto Cesar Saldanha, gerente de licenciamento. Os produtos são confeccionados em poliéster, para aumentar a durabilidade, e, nas mochi-las de carrinho, os puxadores são retráteis e ficam embutidos dentro das mochilas. “A Fico leva ao consumidor uma imagem saudável, de natureza, aventura e surf. Muitos pais apresentaram a Fico aos seus filhos, por terem uma memória positiva em relação à marca”, destaca Augusto. A empresa tem uma expectativa de crescimento de 20% no volta às aulas 2014.

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Consumo | Mochilas

mamos dizer que a criança está bem menos criança. Algumas meninas de dez anos já sentem vergonha de usar mochila licenciada. Já o pré-adolescente procura marcas específi cas. No meu ponto de venda não adianta colocar nada mais em con-ta”, opina Andréia Porto.

As indústrias, conscientes do peso do licenciamento, procuram investir em pes-quisas para acertar as novas linhas de produtos a cada volta às aulas. “Conforme nossa experiência, a força da marca licenciada é muito importante. Antes de fechar-mos os temas, procuramos pesquisar como é a marca, se é bem aceita e também como é o seu público. Por ter um alto investimento desde o iní-cio, o licenciamento tende a ter um cuidado especial, seja com o seu desenvolvimento de produtos, seja com ações de marketing para melhorar a divulgação”, afi rma Fernan-da Braga, gerente de marke-ting da Clio Style.

“Os negócios da Der-miwil giram em torno do licenciamento de marcas e personagens famosos, prin-cipalmente em relação aos produtos que possuem tar-get infantil. Hoje em dia as crianças têm poder de decisão de compra, ainda mais quando se trata do seu personagem favorito. E isso faz com que os pais não se importem em pagar um pouco mais pelo produto, caso seja necessário” acres-centa Ana Paula Mirabella, gerente da marca.

No clima da CopaA grande novidade da Luxcel para 2014 é o lançamento da linha CBF. A marca também oferece a linha Pucca cheia de novidades. “Sempre seguindo tendências, nossas mochilas têm diferenciais de brilho, cor e penduricalhos divertidos”, adianta a gerente de marketing, Cida Madeira. A

empresa espera um crescimento de 15% e também aposta em licenças já consagradas,

como Penélope, NOS e Camaro. “Implantamos este ano uma rede de assistências técnicas em quase todo

o Brasil, que está disponível em nosso site. Além do nosso departamento de qualidade, que presta esse atendimento ao consumidor e ao lojista”, esclarece Cida.

Modelos cheios de personalizaçãoCom produção média anual de dois milhões de peças, dis-tribuídas em mais de 200 modelos, a Dermiwil aposta em novas licenças para o próximo volta às aulas. Tartarugas Ninja, Universidade Monstros, Princesinha Sofia, Aviões, Frozen e Red Bull são alguns deles. O diferencial da marca são os brindes personalizados. “Este ano a Dermiwil traz um relógio personalizado na Coleção das Princesas Disney e Carros”, adianta a gerente de marketing, Ana Paula Mira-bella. Além disso, a marca investe em acabamentos exclusivos. As peças das Princesas são feitas em cetim e com logotipo bordado. Mochilas de marcas como Ben 10, Fadas, Carros e Marrie vêm com estampas em relevo, interior total-mente forrado e carrinho em alumínio, para deixar o produto mais leve. A coleção Tartarugas Ninja é fabricada com couro ecológico. Qualquer dúvida ou assistên-cia técnica, tanto o consumidor quanto o papeleiro podem recorrer ao SAC da Dermiwil no telefone (11) 2797-9770.

errada, o produto não sai. Tem que ter uma pesquisa antes no mercado, com os clientes, para ver o que está chamando mais atenção. Ás vezes um produto em alta no Rio não chama atenção das crianças de Minas Ge-rais”, avalia ela, que vendeu

muitos artigos do Carrossel, Monster High e Hot Wheels no último volta às aulas. “Se a criança quiser um persona-gem específi co, os pais não conseguem convencê-lo do contrário. Embora as mochi-las temáticas vendam menos do que há um tempo. Costu-

Perfil do Varejo |

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Suape Papelaria (Cabo de St. Agostinho/PE)

Após desligamento, ex-funcionário da

indústria se reinventa como empresário de

sucesso. POR LUIZ ASSUMPÇÃO

Superação é uma pala-vra que pode defi nir a trajetória de Paulo Francisco Mendes da

Luz. Após anos na indús-tria de borracha sintética, a demissão veio como uma bomba. No começo dos anos 90, época de hiperinfl ação, fi car sem emprego era um pesadelo para qualquer um. Não foi diferente para Paulo, que teve que se adaptar para pagar as contas.

A primeira ideia foi abrir

uma loteria esportiva. A ten-tativa não funcionou pela dificuldade de conseguir uma concessão junto à Caixa Econômica. Cogitou, então, abrir uma bombonière, mas a falta de experiência no ne-gócio fez com que desistisse. Com dúvidas, consultou sua esposa, a professora Marta Luz, para lhe ajudar no novo empreendimento. Decidi-ram, em conjunto, abrir uma papelaria.

A Suape Papelaria e Li-

Demissãobem-vinda

vraria é, desde sua fundação, uma empresa familiar. Foi a união da família que ser-viu de alicerce para que ela crescesse. “Trabalhamos eu, minha esposa e meus dois fi lhos: João e Pedro. Todos fazem um pouco de tudo e fazemos um rodízio nas funções para que possamos aprender um pouco de todas as áreas.”, conta Paulo Luz.

Numa cidade satélite de Recife, chamada Cabo de Santo Agostinho, os pri-meiros anos do negócio não foram fáceis. “Foi muito difícil no começo. Até caixa vazia para encher a prate-leira nós botamos”, revela o empreendedor. Foi após um período de volta às aulas que a papelaria começou a crescer. Hoje, com 20 fun-cionários e com um mix de vendas bastante variado, a Suapé não lembra em nada o estabelecimento das caixas vazias.

Mesmo reclamando dos altos impostos que tem que

Paulo Francisco é um empresário motivado pelo fato de trabalhar para si e para sua família. Sua obstinação o fez passar por vários desafios e, mesmo depois de 20 anos de atuação, enfrenta alguns outros, como a carga tributária.

87julho de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

seus horários e com a capaci-dade de liderança, completa: “Eu adorava a empresa que trabalhava, mas hoje dou graças a Deus por ter sido de-mitido. Isso me possibilitou ter o negócio próprio”.

O papeleiro, além do ne-gócio, ocupa o cargo de vice-presidente da Associa-ção Comercial de Cabo de Santo Agostinho, onde foi diretor por muitos anos. Paulo deu a volta por cima após a perda de um emprego e sua história inspira muita gente em sua cidade. Ele não para de sonhar alto e já pensa em abrir a primeira fi lial da Suapé Papelaria e lançar o e-commerce da loja.

pagar, Paulo consegue sus-tentar uma vida confortável. “É estranho que até na área da educação, que é primor-dial, a carga tributária seja enorme. Costumo dizer que o bem material não é tudo, mas ajuda a ser feliz. Poder pagar uma faculdade para os meus fi lhos, por exemplo, é algo que me deixa muito con-tente.”, conta o empresário.

Paulo Francisco gosta de frisar que seu grande salto ocorreu após se tornar seu próprio chefe. “O que me deu muita energia para ul-trapassar os obstáculos foi o fato de trabalhar para mim mesmo”, analisa. Feliz com a possibilidade de escolher

Nome: Suape Papelaria e Livraria.Localização: região metropolitana de Recife.E-mail: [email protected]ção: 1992.Funcionários: 20. Região que abrange: Mata Sul.Área: 140 m². Serviços oferecidos: cópia e encadernação. Perfil do cliente: da classe A à C. A vitrine precisa ter: arrumação e limpeza. Produtos mais vendidos: cadernos e livros.Melhores fornecedores: Foroni, Jandaia, Multi-laser e Tilibra.Produto que gostaria de trabalhar: brinque-dos.Aspectos do mercado que precisam ser discu-tidos: impostos sobre o material escolar.

COMO CHEGAR: Rua Dr. Antônio de Souza Leão, 247, Centro — Cabo de Santo Agostinho — PE.CEP: 54505-330. Telefone: (81) 3521-1813

Direto da revenda

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Representante | Célia e Gilberto Ribeiro

Na vida e nos negócios, unidos

pelo sucessoUma mudança de vida bem pensada transformou dois

gerentes em representantes comerciais. POR JOYCE FREITAS

Há 18 anos, Célia Ri-beiro, que era geren-te de uma indústria de pastas, resolveu

ter seu próprio negócio: criou a Cor Representações Comerciais. Com a necessi-dade de atender o interior do Rio de Janeiro, Gilberto Ribeiro se uniu à esposa em 1998. Gerente de uma empresa de aviação execu-tiva, ele vendia serviços e tomou gosto pelo trabalho de Célia. “Lá, tive a oportu-nidade de fazer um curso de “excelência em serviços”, que abrangia atendimento ao cliente e vendas. Depois cursei Gerência de Vendas na FGV-RJ, definindo, as-sim, minha nova profissão”, explica.

A dupla divide os clientes para atender a capital e as principais cidades do esta-do, representando empresas como City Quadros, Men-no Equipamentos, Menno Gráfi ca, Superfi tas e Waleu. “Foi marcante quando con-

seguimos a representação da Waleu. Precisávamos vender produtos de volta às aulas, pois só tínhamos materiais de escritório. Na época, a empresa tinha basicamente réguas, esquadros e transferi-dores. Hoje, é uma referência no mercado, o que nos dá muito orgulho de termos crescido com ela”, lembra Cé-lia. Para Gilberto, representar empresas com produtos de qualidade cria confi ança nos clientes, trazendo fi delização, mais vendas e cumprimento de metas.

Entretanto, o represen-tante diz que a entrada de produtos importados baratos tem dificultado a venda dos similares nacio-nais. Fácil acesso à China, dólar favorável e qualidade, apesar do baixo custo, são alguns fatores que contri-buem para o que ele chama de “invasão”. Os impostos também prejudicam o setor de papelaria. “Todos recla-mam da redução do lucro

O casal Célia e Gilberto trabalham juntos a 15 anos representando empresas do setor pela Cor Representações:

trajetória marcada por desafios como o mix de produtos e alta tributação do mercado de papelaria.

devido à carga tributária, principalmente do imposto estadual, da substituição tributária interna e dos produtos oriundos de ou-tros estados. Esses aspectos resultam, para os que estão no regime do Simples, em aumento dos preços dos produtos na prateleira e queda nas vendas. Com isso, o papeleiro tem que ter uma administração mais cuidado-sa e utilizar maior capital de giro. O que deve ser discutido é a desoneração dos produtos de papelaria, principalmente os escolares e incentivos para o setor”, aponta.

Apesar disso, o represen-

tante comercial avalia bem o segmento, comentando sobre seu novo perfil. “O mercado de papelaria tem mudado a cada ano, inclusi-ve no mix de produtos, cada vez mais diversificado para atender as necessidades dos clientes, que têm menos tempo para suas compras, como também para au-mentar seu faturamento. As papelarias têm oferecido material de limpeza e estão ampliando sua linha de brinquedos, presentes, in-formática e bazar. Algumas estão incluindo até livrarias, cyber cafés e ar-condiciona-do”, exemplifica. Casados

O papeleiro tem que ter uma administração mais cuidadosa e utilizar maior capital de giro. O que deve ser discutido é a desoneração dos produtos de papelaria, princi-palmente os escolares e incentivos para o setor

GILBERTO RIBEIRO

há 38 anos, Gilberto e Célia seguem firmes com a Cor Representações, garantindo dar conta do serviço com muito trabalho e dedicação, conquistando reputação e respeito no mercado.

91agosto de 2013 | www.revistadapapelaria.com.br

Internacional

Pesquisa, compras e ne-gócios diversos já tem data e local definidos:

a feira Mega Show Parte 1, que será realizada de 20 a 23 outubro, e a Mega Show Parte 2, que acontece logo depois de 27 a 29 outubro 2013. As feiras acontecem anualmente no Hong Kong Convention and Exhibition Centre, em Wan Chai, Hong Kong.

A Mega Show Parte 1 tem foco na indústria de brin-

quedos, presentes, utilidades domésticas, produzidos na região da Ásia-Pacífico, e acontece todo mês de outu-bro, no Hong Kong Conven-tion and Exhibition Centre. Já a Parte 2 estabeleceu-se como ótima fonte de itens de papelaria, brindes e utili-dades domésticas, bem como home decor.

Mais de 4.200 fornece-dores mundiais de 32 países estarão apresentando uma

Tudo prontoTudo prontoparapara feira em feira em Hong KongHong Kong

Os mais de 6.000 estandes e milhares de compradores fazem juz a tradição da feira que completa 22 anos nesta edição.

nova gama de produtos a im-portadores, distribuidores, atacadistas e compradores comerciais de mais de 130 países. Nesta edição, haverá um aumento de empresas européias e internacionais que expõem no show. No ano passado, cerca de 60 mil compradores foram a Hong Kong, compareceram ao evento. O credenciamento pode ser feito pelo site http://www.mega-show.com

Doação marca aniversário da empresa

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Registro | Waleu

A Waleu completou 34 anos no mês passado e, a fim de comparti-lhar o sucesso de suas

operações, a empresa passou a procurar ONGs para firmar parcerias e ajudar financeira-mente. Acabou se identifican-do com a Fundação Abrinq, uma organização social que, desde 1990, trabalha pelos direitos das crianças e adoles-centes. A fundação desenvolve projetos na área da educação, saúde e proteção em todo o Brasil.

O apoio é realizado atra-vés de doações fi nanceiras. “Pensando nos direitos das crianças e dos adolescen-tes, por meio da Fundação Abrinq, a Waleu encontrou uma forma para estimular o fortalecimento das políticas públicas de garantia à infân-cia e à adolescência. Além de contribuir com o acesso à educação, saúde, cultura, lazer e a proteção ao trabalho infantil e outras formas de violência.”, conta a gerente

de marketing da marca, Mô-nica Lima.

Segundo Mônica, as doa-ções visam contribuir com a sensibilização e a conscienti-zação da sociedade, do setor público e privado. “Como a Waleu é uma empresa que pre-za pela responsabilidade social, sente-se motivada a participar de uma ação tão nobre para a sociedade.”, completa.

A marca estará presente na Office Brasil Escolar e tem grandes expectativas para o evento. “Esperamos que a parceria entre o cliente e fornecedor prevaleça e que novos clientes se fidelizem à Waleu, conhecendo nossos produtos”, afirma Mônica Lima. A marca anunciou desconto de 15% para todos os pedidos realizados na feira. Para acompanhasr as novidades da empresa, aces-se www.waleu.com.br.

A Fundação Abrinq foi escolhida para receber

o apoio financeiro da empresa.

Mônica Lima, do marketing da Waleu, antecipou que durante a Office Brasil Escolar, a empresa concederá descontos de 15% para os negócios fechados durante o evento. Além disso, muitas novidades serão apresentadas.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201396

Especial | 20 anos da Revista da Papelaria

Onde você estava em 3 de maio de 1993? A Revista da Papelaria estava saindo da gráfica pela primeira vez e sendo enviada a seus leitores. Bimestral, com outro nome e em formato tabloide. Dá para ver que muita coisa mudou ao longo destas duas décadas. Completamos 20 anos e é impossível não ficar puxando da memória os fatos que marcaram essa história. E, como, desde o início, nosso papel é contar histórias do mercado de papelaria, é isso que vamos fazer mais uma vez, reunindo recordações de fornecedores de material e de varejistas, que estão comemorando, também em 2013, seu 20º aniversário no setor. POR CAROLINA BERGER

Lembra quando a gente começou?Há 20 anos... L

embra-se da inaugu-ração da loja? Quais eram as expectativas para o novo negócio?

O que mais você fez naquele dia? Como era seu trabalho em 1993? Naquele ano, João Francelino da Silva comemo-rava a inauguração da sua papelaria, em CPA, bairro residencial na periferia de Cuiabá, capital do Mato Grosso.

Ao mesmo tempo, ele já podia se orgulhar, pois era sua primeira conquista como vendedor de material de pa-pelaria. Na verdade, o negócio tinha começado alguns anos antes. Quem contou essa história foi Lauro Guilherme Alves do Nascimento Brito, atual gerente da Realmat e genro de João Francelino. Apesar de ter a desenvoltura de um vendedor que investiu o valor de uma rescisão de trabalho na venda de porta em porta e hoje tem um prédio para o seu negócio, “seu João é reservado e não gosta de aparecer na mídia”, contou Lauro.

O estoque era o que cabia no carro. Entre 15 e 20 itens, aproximadamente. Ele guar-dava todos na cabeça e tam-bém anotava em um bloqui-nho. No início da loja, já com um mix maior, foi preciso um caderno. Mas João ainda sabia

A publicação em três tempos. Em 1993, a edição número 1, dirigida aos consumidores. Em 1997, a primeira edição com o miolo completamente colorido. E a edição de abril de 2013, com novo nome e abordagem editorial totalmente dedicada aos negócios do mercado de papelaria.

a lista de cor. Porém, as pra-teleiras foram fi cando mais cheias, os preços passaram a ocupar uma pasta catálogo e, tempos depois, um arquivo no computador. A essa altura, já eram tantos produtos que não dava para João Francelino memorizar. “Ele achava mais fácil quando cabia na cabeça”, revela Lauro.

E, assim, o empresário foi atendendo, a princípio, em-presas de toda a cidade: “Ele não tinha loja, mas tinha mui-ta amizade”. Com o primeiro estabelecimento, o público passou a ser formado pelos moradores de CPA e, quando mudou para o Centro da capi-tal, tornou-se atacadista, sua principal atividade até hoje.

Com segundo grau in-completo e a cabeça aberta, João Francelino confi ou nas pessoas mais novas que tinha a sua volta, e não só ampliou como modernizou a Real-mat. “Sem a informática, não conseguiríamos estar no patamar em que estamos hoje”, garante Lauro.

O avanço tecnológico é um dos fatores que mais pro-vocou mudanças em diversos aspectos no mundo nos últi-mos 20 anos e é claro que isso afetou o setor de papelaria. A relação com essas mudanças varia de acordo com cada pessoa e cada negócio. Neli Andrade Aquino Sales, pro-prietária da Papelmil (Ivinhe-ma/MS) diz que se adaptou fácil a essas novidades. Ela acredita que sua outra profi s-são — ela é professora — con-tribui para que esteja sempre atualizada.

Cezarina Maria Reinaldo Martinez Bosso, proprietá-ria da Maripel Papelaria (Marilena/PR), porém, não está totalmente familiariza-da com a informatização da loja. “Tenho e-mail, mas, às vezes, peço para minha fi lha de 13 anos acessar. Quando vejo, estou lá com a tabela de preços à mão, procurando, calculando... Sei que trabalho mais por isso, mas tenho cer-teza de que fi ca tudo do meu jeito, controlado”.

Presença na internet desde 1996, participação em feiras, edição internacional, guia de fornecedores, temas relevantes e prêmios ao mercado: 20 anos de existência dedicados atender às necessidades do setor de papelaria.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 201398

Especial | 20 anos da Revista da Papelaria

Foi essa persistência que trouxe Cezarina ao setor de papelaria. “Antes, eu trabalha-va em confecção, mas sempre imaginei que, quando tivesse meu negócio, seria uma pape-laria. Acho que gosto porque sou detalhista e organizada. Não me vejo trabalhando com outro tipo de coisa”.

A vontade era tanta que ela ia até São Paulo fazer compras e fi cava lá por uma semana. Depois, levava os produtos de ônibus para sua cidade, no noroeste do Paraná. Além do tempo e da distância, Cezarina precisava lidar com o limite de volume de bagagem e com materiais delicados. “Imagina trazer aquelas placas de isopor!”, destaca. “Aqui é uma cidade pequena e, naquela época, a população nem sabia direi-to o que era uma papelaria. Só conheciam bazar. Então, quando abri, fi caram curio-sos”, lembra.

Assim como Cezarina, quem começou a trabalhar nesse ramo em 1993, enfren-tou mais um desafio: um

período economicamente instável no Brasil. Para quem estava no início, quando tudo é novo e desafi ador, as altas taxas de infl ação — que aumentavam diariamente — vinham como mais um obstáculo a ser administrado por cada novo empresário que surgia há 20 anos.

Aquele ano e o seguinte foram marcados pela tran-sição da moeda Cruzeiro para o Real, passando pelo Cruzeiro Real — de agosto de 1993 a junho de 1994 — e pela Unidade Real de Valor, parte escritural da atual mo-eda brasileira. “Eu deixava o preço a lápis em uma tabela e só atualizava quando voltava de São Paulo. Não podia co-locar o preço com etiqueta na mercadoria ou na prateleira”, lembra Cezarina.

Já o proprietário da Su-prioeste (São Paulo/SP) lembra daquele tempo como um tempo mais fácil por causa da menor concorrên-cia. “Naquela época, os car-tuchos começavam a entrar no Brasil. A propaganda era

só nas Páginas Amarelas e o telefone não parava, muitas empresas buscavam a gente. A partir de 2000, a concor-rência começou a aumentar muito e, hoje, tenho quase o triplo de concorrentes que tinha quando comecei”, afi r-ma Marcio Antunes Onofre. O aumento da concorrência acompanhou a populariza-ção de cartuchos e impresso-ras. Como todos os produtos tecnológicos, no início, eram artigos caros, mas foram po-pularizados aos poucos.

Um dos principais desa-fios de Marcio foi o geren-ciamento de estoque. Ele começou atendendo somente ao mercado corporativo: “É um público inconstante. Tem clientes que compram uma caixa e outros que compram 20. Por isso, após quatro anos, abri a loja voltada para material escolar”. O público corporativo demanda entre-ga. 20 anos atrás, o trânsito permitia que Marcio realizas-se essa etapa com muito mais agilidade. “Eu ia às zonas sul, norte e oeste no mesmo dia.

A Maripel em dois tempos: 1993, quando foi criada e na atualidade. Cesarina Maria Reinaldo, a proprietária, lembra que a população no início “nem sabia direito o que era papelaria, só conheciam bazar”.

Hoje, isso é impossível!”

O empre-sário lembra que sua roti-na era bastan-te diferente naquela épo-ca: “Como eu era o dono, dividia todos os trabalhos. Fazia entre-ga, atendia no balcão, lavava banheiro... Hoje, eu só compro e vendo por telemarketing”. O volu-me de trabalho ainda não lhe deu tempo para planejar, mas todos os empreendedo-res entrevistados pretendem comemorar seu aniversário de 20 anos.

Os queridinhos de cada época

“Seu João acha incrível como em Cuiabá as pessoas gostavam de ping-pong”. A fala é de Lauro Guilherme Brito, aquele do início da matéria, que é gerente da papelaria do sogro. Ele conta que as bolinhas de ping-pong estavam entre os produtos mais procurados pelos clien-

A empresa se adaptou ao novo mix de produtos, passando a impor-tar alguns itens, o que não fazia até a década de 1990

DERCIO RUIZ ESTEVES FILHO, DERMIWIL

Lembro as coleções (de cadernos) que estampavam fotos de pessoas comuns em poses sensuais, em am-bientes como praias e campos

RICARDO BIGNARDI, JANDAIA

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 2013100

Especial | 20 anos da Revista da Papelaria

tes da Realmat há 20 anos. “A caneta Bic Cristal e cadernetas eram produtos que saíam naquela época e continuam vendendo bastante. Porém, o faturamento da caderneta já não representa tanto”.

A tradicional caneta da marca francesa também era o maior destaque na Maripel, como recorda Cezarina Bosso: “Quando a pessoa entrava e pedia uma caneta, ela queria a Bic. Agora, os clientes procu-ram por outras marcas, como a Pilot, por exemplo. Mas pedem, principalmente, pelas características que valorizam, como retrátil, emborrachado e com maciez”.

Foi nesse contexto que surgiu a Summit, também em 1993, com a proposta de suprir a carência de opções e marcas no mercado, como conta Andrea Medeiros, ge-

rente de marketing da empre-sa. “A abertura e integração comercial brasileiras na dé-cada de 1990 contribuíram para a formação da empresa. Naquele momento, faltavam companhias modernas, com posicionamento diferen-ciado, sem tanto apelo em tradição”.

O papel sulfi te, Cezarina diz que é bastante procurado desde o início da papelaria até hoje, assim como a car-tolina. Já o papel almaço quase não sai na Maripel. Assim como foram reduzidas as vendas de compassos e escalímetros, como lembra Andrea. “Da década de 1990 para cá, passou-se a usar recursos digitais e alguns materiais tiveram que ser reinventados ou até deixa-ram de existir. Desenhos técnicos, por exemplo, são

feitos, em sua maioria, por computador”.

Mas não é só o aumento ou diminuição na procura de um produto que variam. Os itens têm seus formatos alterados ao longo dos anos. Um exem-plo que marcou Cezarina foi o das pastas: “Quando o cliente pedia uma pasta, a gente sabia que ele queria aquela pasta de papelão ou aquela polionda, se fosse para arquivo. Quando as pastas plásticas com divisó-rias começaram a aparecer, o consumidor nem sabia como usar, eu precisava explicar para ele. Hoje em dia, é um item que não pode faltar na papelaria”.

Entre as marcas de mate-rial de escrita, Marcio Onofre destaca a Maped, que, segun-do ele, é uma das mais pro-curadas na Suprioeste. “Ela conseguiu ocupar lacunas deixadas por outras empre-sas do segmento que eram mais tradicionais no Bra-sil”. Por quatro anos, Marcio atendeu apenas ao mercado corporativo. Então, entre os produtos fundamentais, logo no início, ele destaca a cola Pritt, cartuchos HP, além de

Foi inserido o autoatendimento nas papelarias. Há 20 anos, o modelo era de vendas em balcão. Hoje, as lojas possibilitam ao cliente escolher e tocar os itens com mais liberdade

EDISON LIRA, XERYUS

Marcio Antunes Onofre e sua equipe também comemoram o 20 anos da empresa em 2013. Para o empresário, parceria com outros donos de papelaria foi fundamental para perdurar no setor.

artigos básicos, como guias em blocos e canetas. Alexandre Ama-ral, responsável pelo segmento de revendas e papelarias de s u p r i m e n t o s da HP, lembra que também era grande a venda de etiquetas e formulários con-tínuos, quando se pensa no segmento de informática de 20 anos atrás.

João Antonio Corniani chama essa época de “Era do Leão”, pe-ríodo em que impressos pa-dronizados e livros fi scais es-tavam entre os produtos mais vendidos no se-tor de papela-ria. “A partir do início dos anos 1990, a entrega das declarações

A distribuição de kits tem enfraque-cido o segmento, causando fechamen-tos de papelaria, gerando desconten-tamento e desemprego

JOÃO CORNIANI, SÃO DOMINGOS

O consumidor brasileiro fi ca saben-do, no dia seguinte, sobre algo que fez sucesso na Europa ou na Ásia, no dia anterior. Antes, esse processo era um pouco mais demorado, agora a ligação é direta

MARICI FORONI, FORONI

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 2013102

Especial | 20 anos da Revista da Papelaria

de impostos passou a estar disponível em disquetes e hoje podemos declarar até por smartphones”, relata o gerente comercial da São Domingos. A informatiza-ção, porém, não reduziu o consumo de envelopes. É o que garante Marici Foroni: “A Foroni produz 1 milhão de envelopes por dia”, afir-ma a diretora de marketing da empresa, que começou a fabricar cadernos na década de 1990.

Com a inauguração da loja, Marcio, da Suprioste, percebeu logo que não po-deria deixar as prateleiras de sua papelaria sem cadernos. Porém, o item não era exata-mente como é hoje. João Cor-niani conta que o consumo se limitava aos modelos em brochura com capas fl exíveis, que hoje quase não existem mais. “O desenvolvimento

dos cadernos com capa dura causou uma reviravolta no mercado devido à sua durabi-lidade e facilidade no uso da espiral. Porém, esse novo mo-delo chegava a custar o dobro do preço do antigo, o que foi reduzido com a evolução nos processos de automação para a fabricação dos cadernos como temos hoje.”

O começo da produção de capas de cadernos licenciadas também marcou os hábitos de consumo no setor. “Lembro as coleções que estampavam fotos de pessoas comuns em poses sensuais, em ambientes como praias e campos. Foram linhas que fi zeram bastante sucesso em 1995”, acrescenta Ricardo Bignardi, diretor co-mercial da Jandaia, que pos-sui 60% de suas vendas atuais representados por licenças. Corniani acredita que a vasta diversidade que é encontrada no mercado atualmente, às vezes, dificulta as escolhas dos varejistas. “No princípio, eram as celebridades, como cantores e atores. Atualmente, são centenas de ofertas para licenciamento”.

Marcio sente isso na pele: “Antigamente, eram poucos personagens, variando entre os clássicos, como Mickey, Minnie e Pooh. Era fácil por-que você sabia a tendência. Hoje, são muitas variações, é difícil saber qual vai ser a demanda do seu público. Para ter todas as opções, seria necessária uma loja enorme, é preciso selecionar com feeling porque todos os vendedores falam que suas linhas são tendência”.

O menor número de op-ções disponíveis na época fazia com que a oferta de 10 a 20 linhas de cadernos fosse sufi ciente para os fornecedo-res, como lembra Marici Fo-roni. “Atualmente, as empre-sas desenvolvem, no mínimo, 50 linhas de cadernos. Antes, o caderno era o mesmo para crianças, pré-adolescentes e adolescentes. Agora, as empresas trabalham com produtos específicos para cada público”.

Em 1996, cresceu a pro-cura por serviços na Maripel. “Quando acabaram os postos telefônicos, as pessoas come-

Antigamente, eram poucos personagens, variando entre os clássicos, como Mickey, Minnie e Pooh. Hoje, são tantas op-ções, é difícil saber qual vai ser a demanda do seu público

MARCIO ANTUNES ONOFRE, SUPRIOESTE SÃO PAULO/SP

A abertura comercial nos anos 1990 contribuíram para a formação da empresa. Faltavam companhias modernas, com posicionamento diferenciado, sem tanto apelo em tradição

ANDREA MEDEIROS, SUMMIT FUNDADA EM 1993

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Especial | 20 anos da Revista da Papelaria

çaram a buscar na minha loja os serviços que encontravam lá”, conta Cezarina Bosso. Foi então que ela começou a oferecer serviços de receber e enviar fax, fotocópia, encader-nação e plastifi cação.

O consumidor ficou exigente

“O consumismo não era tão forte quando comecei”, lembra Neli Sales, da Papel-mil. Ela compara: “Hoje o cliente é mais seletivo e busca qualidade”. Cezarina Bosso não precisa mais ir a São Pau-lo desde que os representan-tes começaram a visitar sua cidade, Marilena, no Paraná, entre 1995 e 1996. E os clien-tes da papelaria também não aceitam mais não encontrar o que procuram. “No início, quando faltava um produto, não tinha jeito, pois poderia demorar de uma semana a 15 dias para o item chegar. Hoje é mais fácil. Você pede e chega no dia seguinte. En-tão, o cliente não aceita que algum produto esteja em falta, ele quer saber quando vou recebê-lo”.

Marcio Onofre conta que,

durante os primeiros dez anos da Suprioeste, havia muito produto importado de má qualidade e ele percebeu que não agradava seus clientes. “A região em que estou é de classe média alta. Os consu-midores começaram a exigir qualidade, a procurar marcas específi cas. Então, passei a dar mais atenção a isso.”

Edison Lira, gerente na-cional de vendas da fabri-cante de mochilas Xeryus, concorda que houve um pe-ríodo de grande desconfian-ça em relação a materiais importados da Ásia, mas acredita que isso está supe-rado. Lira lembra que o am-biente das lojas foi ajustado ao aumento da exigência do consumidor. “Foi inserido o autoatendimento dentro das papelarias. Há 20 anos, o modelo tradicional era de vendas em balcão. Hoje as papelarias possibilitam ao cliente escolher, tocar, pegar os itens com mais liberdade, ficando para o balcão um mix de produto específico”, analisa.

E, se os lojistas precisaram se adaptar ao consumidor

mais exigente, os fornece-dores também tiveram que atender a essa nova demanda. Foi o que fez a fabricante de mochilas Dermiwil. “A empresa se adaptou ao novo mix de produtos, passando a importar alguns itens, o que não fazia até a década de 1990”, contou o diretor comercial da empresa, Dercio Ruiz Esteves Filho.

O executivo também des-taca a mudança nos períodos de compra: “A minivolta às aulas era bem defi nida e re-levante, o que gerava mais vendas ao longo do ano. Atu-almente, é muito grande a concentração das vendas em um único período”, analisa. A indústria também tem suas estratégias para driblar a sazonalidade. A fabricante de cadernos Jandaia, por exemplo, costuma exportar para conseguir gerenciar o

O comércio de papelaria era muito focado em produtos do setor. Hoje em dia, há uma diversifi cação. O lojista ampliou seu portfólio e oferece artigos como presentes e gifts

MARICI FORONI, FORONI

A minivolta às aulas era bem defi nida e relevante, o que gerava mais vendas ao longo do ano. Atualmente, é muito grande a concentração das vendas em um único momento

DERCIO RUIZ ESTEVES FILHO, DERMIWIL

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Especial | 20 anos da Revista da Papelaria

negócio da melhor maneira nos períodos entre safras.

Gerente comercial da Ep-son, Marcelo Martinez de-fende que, quando o acesso à internet era restrito a pou-cos, os clientes de papelaria priorizavam atender as suas necessidades, mesmo que isso custasse mais. “Por consequ-ência, eram possíveis maiores margens nas revendas com produtos de informática”.

Alexandre Amaral, da HP, destaca que o mercado atual, na chamada era da informa-

ção, é composto por consu-midores, não só exigentes, mas que também conhecem seus direitos. Lauro Gui-lherme Brito, da Realmat, acredita que as negociações estão mais complexas que duas décadas atrás. “Era mais fácil, muitas coisas eram fei-tas confi ando-se apenas na palavra do outro”.

A diretora de marketing da Foroni também perce-beu mudanças nessa relação: “Hoje a negociação é muito mais detalhada do que era antes. Existem várias polí-ticas comerciais, cada uma voltada para os diferentes tipos de varejo, que também está muito mais segmenta-do”, comenta Marici. Para ela, um dos maiores desafi os dos profissionais da área é acompanhar a movimenta-ção global: “O consumidor brasileiro fi ca sabendo, no dia seguinte, sobre algo que fez sucesso na Europa ou na Ásia, no dia anterior. Antes, esse processo era um pouco mais demorado, agora a ligação é direta”. Andrea Medeiros, da Summit, completa: “Além de os consumidores terem um

universo maior de marcas e a possibilidade de interagir com elas, eles propagam in-formações que influenciam outros consumidores”.

Elaine Mandado, gerente de comunicação corporativa da Faber-Castell, lembra ainda da maior demanda por produtos, empresas e serviços sustentáveis e com responsabilidade social. “A partir do início dos anos 2000, o consumidor tem estado mais exigente com questões socioambientais e também mais consciente sobre o que esses conceitos representam”. Atenta a isso, em 2007, a empresa passou a chamar seus lápis de cor e grafi te de EcoLápis.

Os últimos 20 anos tam-bém foram de comemoração para a fabricante de material de escrita e desenho. Em 2010, a empresa celebrou seus 80 anos de atuação no Brasil e, no ano seguinte, comemo-rou 250 anos de existência. A tradição não impede que a empresa apresente novidades. Por isso, em 2004, a marca lançou sua linha de brinque-dos educativos, que, desde 2008, são desenvolvidos em parceria com a UNESCO.

Além disso, os lojistas já não buscam as novidades na Offi ce Brasil Escolar, segundo Alexandre Amaral, da HP: “O mercado esperava muito os

A partir do início dos anos 2000, o consumidor tem estado mais exigente com questões socioambientais e também mais consciente sobre o que esses conceitos representam

ELAINE MANDADO, FABERCASTELL

Quando as pastas plásticas com divisórias começaram a apa-recer, o consumidor nem sabia como usar, eu precisava explicar. Hoje em dia, é um item que não pode faltar na papelaria

CEZARINA MARIA REINALDO MARTINEZ BOSSO, MARIPEL PAPELARIA MARILENA/PR

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Especial | 20 anos da Revista da Papelaria

Para mais 20 anosCom a intenção de que este aniversário não passe sem crescimento

profi ssional, reunimos 20 dicas dadas pelos entrevistados desta matéria para que se tenha sucesso no mercado de papelaria.

1 Trabalhe com profissionalismo 2 Procure fazer o que gosta 3 Tenha

controle sobre os gastos e as vendas 4 Busque preços competitivos 5 Dê

preferência a produtos de boa qualidade para atender à exigência dos consu-

midores 6 Tenha sempre uma agenda no balcão e anote tudo o que é

procurado 7 Nunca deixe seu cliente sem uma resposta concreta 8 Coloque-se

na situação do cliente para recebê-lo da mesma forma que gosta de ser atendido

quando entra em uma loja 9 Não se pode demonstrar ao cliente que está

perdido. Todos os funcionários devem estar por dentro do negócio e

conhecer os produtos 10 Invista no fator humano. Atendentes que agradem

ao cliente são o primeiro passo para iniciar uma negociação 11 Conquiste e

conserve. A conquista do cliente não acontece apenas no primeiro contato,

mas toda vez que o consumidor vai à papelaria 12 Ofereça comodidade

aos clientes, como ambiente amplo, ar-condicionado, estacionamento, café,

água, sofá, possibilidade de entrega, e de solicitações por e-mail, telefone ou

fax, além de prazos cumpridos 13 Realize pesquisas frequentemente 14 Sempre busque mais conhecimento 15 Reinventar-se sempre, prin-

cipalmente em função da tecnologia, é fundamental nesse segmento

16 Participe da Office Brasil Escolar para estar atualizado com as tendências

do setor de papelaria 17Estabeleça parcerias com papelarias próximas 18

Realize compras em conjunto 19 Leia revistas especializadas do setor

que divulguem as novidades do mercado 20 Invista no relacionamento

com o cliente também através da internet: sites e redes sociais precisam estar

sempre atualizados!

lançamentos na feira, mas as empresas mataram o evento antecipando as novidades por meio de suas equipes de repre-sentantes”. “O consumidor está cada vez mais ‘conecta-do’, buscando as inovações e produtos não somente em lojas físicas, mas também na internet”, acrescenta Elaine.

Marcio Onofre, da Suprio-este tem tentado se adaptar a essa nova realidade, mas, por enquanto “tem dado mais prejuízo que lucro”, conta o empresário, que disponibiliza o e-commerce na página da empresa há um ano e meio. “É um mercado complicado porque é difícil montar e controlar o site de maneira efi caz. É uma empresa à parte, então, ainda é uma incógnita para mim”, analisa.

A inclusão social também é destaque para os clientes da Suprioeste. Há cerca de 12 anos, Marcio conheceu a Associação para o Desenvol-vimento Integral do Down e convidou o Rodrigo, um dos integrantes da instituição, para trabalhar em sua loja. “No início, as pessoas acha-vam estranho, a síndrome era pouco divulgada na época. Mas, logo foi exibida a novela Páginas da Vida, que abordou essa questão e, então, todo mundo começou a gostar do Rodrigo e a valorizar a inicia-tiva”, relata Marcio.

De olho na concorrência

Neli Sales, proprietária da Papelmil, viu sua con-corrência aumentar grada-tivamente. Quando abriu a

loja, ela incluía presentes e bijuterias no mix, mas logo surgiram as lojas de R$ 1,99... “A qualidade dos produtos não era equivalente, mas a competição atrapalhou mes-mo assim”, lembra.

Neli logo percebeu que papelaria era um setor viável para ela há 20 anos, mas, an-tes de investir, a empresária

realizou um levantamento e percebeu que havia poucas lojas do segmento em sua cidade, Ivinhema, no Mato Grosso do Sul. Porém, há cerca de oito anos, a empre-sária sentiu que a concor-rência poderia vir não só de outras papelarias como lojas de outros setores. “No início, os produtos eram en-

contrados especifi camente em papelarias. Hoje, qual-quer mercado vende itens desse segmento”.

Mas o ponto de venda também inseriu novos seg-mentos em seu mix, como aponta Marici Foroni: “O co-mércio de papelaria era muito focado em produtos do setor. Hoje em dia, há uma diver-sifi cação. O lojista ampliou seu portfólio e oferece artigos como presentes e gifts.”

Três anos atrás, mais um fator afetou a Papelmil: a distribuição de kits de ma-terial escolar pelo governo do estado. Segundo João Corniani, da São Domingos, esse atual desafi o é um dos maiores já enfrentados pelo setor de papelaria. “A distri-buição de kits tem enfraque-cido o segmento, causando fechamentos de papelaria, gerando descontentamento e desemprego”.

Driblando a concorrência, Marcio Onofre aliou-se a ela. Há 18 anos, ele realiza com-pras junto com uma papela-ria de um bairro vizinho ao dele. “Pegamos mercadoria um do outro todos os dias e trocamos todo tipo de infor-mação do segmento. Somos grandes amigos. Acho que a parceria com outros pape-leiros foi muito importante nestes 20 anos”.

Para selecionar linhas vol-tadas ao público feminino, ele conta, desde 1998, com o conhecimento de Graziela Gi-menez, que, dois anos depois, tornou-se sua esposa. “Em casa, é ela quem manda, mas as compras na papelaria são divididas”, brinca o empresá-rio. “Ela escolhe, em geral, as linhas que envolvem moda, como caixas de presentes, cartões e agendas”.

Os fornecedores do setor também tiveram que enfren-tar obstáculos durante estas duas décadas. Para Dercio Esteves Filho, da Dermiwil, foram anos de instabilidade na economia do país: “Ao lon-go destes 20 anos, a empresa passou por diversos momen-tos da economia brasileira, com mais baixos do que altos. A principal estratégia é procu-rar estar atento às mudanças no mercado e aprender a conviver com as incertezas da nossa economia e com a falta de apoio do governo à indústria nacional”.

Entre os fornecedores de produtos de tecnologia, o governo tem pontos a favor. “Quando o governo fechou o cerco contra a importação ilegal, contribuiu muito para que nossas vendas aumen-tassem e o mercado fosse melhor atendido”, analisa Amaral, da HP.

Eram possíveis maio-res margens nas reven-das com produtos de informática

MARCELO MARTINEZ, EPSON

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Lançamentos do Mês

ACCO grande destaque do momento na ACC é a parceria

com a empresa alemã Novus, fabricante de grampeadores e perfuradores. A empresa adquiriu a distribuição exclusiva no mercado brasileiro da marca europeia, fundada em 1949, pertencente ao grupo Erwin Muller. Os produtos da Novus têm garantia de 5 a 25 anos, dependendo do modelo.

Os modelos B3FC e B5FC trazem o sistema “fl at – clinch” onde o grampo é dobrado e apertado de forma absolutamente plana no pa-pel, reduzindo em 30% o volume do arquivo. Já o B8FC apresenta o “Power on Demand”, onde a utilização da alavanca reduz o esforço de gram-peamento em até 70%. Na linha tradicional de artigos para escritório da ACC os destaques vão para embalagens com novo design e o lançamento de produtos, como o clipão porta recados e o espeto para papel.

Chenson A marca de bolsas Chenson traz seu know-how do universo

da moda para o segmento de papelaria com o fornecimento de maletas executivas e também de mochilas. Através da linha Republic Vix, a empresa traz mochilas de nylon para o públi-co adolescente e de rodinhas e decoradas para as crianças.

BICA BIC apresenta ao mercado brasileiro a caneta Stylus. Além de servir

para a escrita tradicional, foi desenvolvida para a utilização em tablets e smartphones, devido a uma ponta especial em sua outra extremi-dade emborrachada.

O tema Brasil entrou na produção da empresa. A Borracha Fun possui corpo retrátil e guarda a borracha quando não está sendo utilizada. Está disponível nas cores: azul/amarela e laranja/verde. A linha BIC Cristal traz uma Edição Limitada, que conta com duas canetas com as cores da bandeira nacional: verde e amarela. Ainda sobre o modelo Cristal, as lojas podem fi car mais atraentes

expondo o Tubo Cristal, que tem a aparência de uma BIC Cristal tradicional com a tampa preta e capacidade de armazenar mais de 20 canetas. Nesta embalagem estão contempladas seis BIC Cristal, três Cristal Soft, três Cristal Finas, cinco Shimmers Perfumadas e

oito Shimmers Fashion.

DACA DAC preparou uma série de novidades para a próxima

temporada, tanto para o segmento de escritório como para o escolar. Suas pastas catálogo, por exemplo, tiveram sua linha ampliada e foram inseridos modelos com lombos ajus-táveis. Todos os modelos, Percalux, Decoradas e Tigradas, permitem mais refi s de plásticos, são encorpadas e garantem um perfeito acabamento. Os itens são ideais para folders, trabalhos escolares, documentos, receitas, lista de preços e catálogos. No segmento escolar, além de apresentar 14 ca-pas diferentes de cadernos, a empresa renovou os fi chários, bolsas e estojos.

GirotondoPara guardar os brinquedos e

acessórios de banho, a Giroton-do traz o porta brinquedos para

banho da Linha Boon. O design do produto inclui uma cesta coletora removível para o guarda e enxague

dos brinquedos. Não acumula fungos e umidade, já que a água escorre

depois do uso.

CHTechA Deco Rush chegou do

Japão e promete ser sen-sação entre as meninas. Trata-se de canetas com fitas de decoração que vêm com vários padrões diferentes. O produto

funciona da mesma forma que uma caneta corretiva.

Porém, ao invés da tradicio-nal fi ta branca, o Deco Rush

permite ao usuário escolher e cole-cionar diferentes desenhos para decorar cadernos, calendários, álbuns, fotos etc. A moda japonesa é distribuída no Brasil exclusivamente pela ChTech.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 2013112

Lançamentos do Mês

HollyA Holly traz novidades em modelos e design. A marca apresenta cole-ções completas com mochilas tra-

dicionais, modelos com rodinhas em gel, estojos e lancheiras. Para as meninas, as amigas Funny Girls e a Suki estão em modelos com glitter. E as quatro garotinhas da Ris-ca Goodies vêm com cha-veiro personalizado, bolso elástico e com as bonequi-nhas em alto-relevo. Para os

meninos, a Rally, com seus carros tunados e os heróis do Kung Fu, tem efeito holográfi co!

MáximaA Máxima Cadernos lança

linha de produtos com os per-sonagens Be Cutie! e Qui Qui Biscuit, ambas licenças agenciadas pela

Andréia Bonetti. Os produ-tos são focados em garotas

que gostam de bichinhos. As fi guras cheias de estilo são

uma criação nacional.

PentelA linha de lapiseiras Sharp P200,

carro-chefe da empresa Pentel do Bra-sil, acaba de ganhar mais duas novas integrantes. Além das cores tradicionais, acrescenta-se à linha duas cores de lapi-seira (branca e verde) com a adição da bandeira do Brasil e disponíveis em todos os calibres de grafi te. É a marca japonesa homenageando os patriotas de plantão.

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 2013114

Lançamentos do MêsPimaco

A tradicional fabricante de etiquetas Pimaco inaugurou uma nova identidade visual para a mar-ca e ainda lança novidades em produtos. A etiqueta para congelador é resistente à umidade. O produto suporta até -50°C e pode ser utilizado para impres-são jato de tinta e laser. Indicada principalmente para uso doméstico, também pode ser utilizada em estabelecimentos que vendem alimentos congelados e laboratórios. O outro lançamento é a etiqueta me-talizada, que é ideal para presentes, convites e pode ser utilizada para impressão jato de tinta.

SummitComo de costume, a Summit está inves-

tindo em marcas e personagens licenciados para manter a boa rentabilidade e visibilidade de seus produtos. As novidades da linha TRIS são duas novas licenças de futebol: São Paulo e CBF. Ambas as linhas são completas, com apontadores, borrachas, hidrocores, colas, tesouras, lápis de cor, réguas e kits.

A licença do Angry Birds e Universidade dos Monstros estão presentes nos diversos produtos da empresa, já a linha de Kits Cria-tivos da TRIS permite às crianças customi-zarem objetos e pode ser usada também fora do ambiente escolar. Os kits vão carregar per-sonagens como Barbie, Hot Wheels, Monster High, Fadas, Princesas e Carros.

PolycartAlém de renovar sua linha de caixas e cestos para or-

ganização, a Polycart destaca que já está com suas pastas tipo aba-elástico e cola branca devidamente certifi cadas de acordo com a portaria do Inmetro e dentro do prazo estabelecido pelo instituto — informações importantes que os varejistas devem começar a observar junto aos seus fornecedores. Entre os vários produtos, a empresa apresenta a Caixa Arquivo com pastas suspensas, em plástico PP corrugado preto com tampa estampada com impressão em silk. A caixa vem com 10 pastas suspensas completas em cartão duplex plastifi cado e o acabamento permite uso corporativo e residencial. Já os Cestos Organizadores estão disponíveis em di-versas estampas, para organizar brinquedos, revistas e roupas, por exemplo.

Mercado Global

Linha premium de papelaria

A MOO, empresa famosa em todo o mun-do por seus criativos cartões de visita custo-mizados acaba de lançar linha Premium de itens de papelaria. Apresentando envelopes, cartões, minicartões e bloco de notas de alta qualidade, o alvo da MOO são empresas ou autônomos que queiram impressionar os clientes. Para pedidos e mais informações, visitar o site www.uk.moo.com

Com a oferta de produtos que vão desde acessórios iProduct a presentes e itens de papelaria, fornecedores de toda a China e Ásia estão armando suas barracas em Hong Kong para a China Sourcing Fair: Gifts & Premiums. Atraindo milhares de visitantes estrangeiros de dezenas de países a cada ano, a feira é a oportunidade ideal para garantir fornecedores de confi ança com experiência em exportar para mercados internacionais.

Cerca de 90% dos expositores são exclusivos da China Sourcing, e muitos são fabricantes diretos, o que permite que os compradores cortem o intermediário e conduza os negócios pessoalmente com quem melhor pode satisfazer as suas necessidades.

Além de reunir profi ssionais asiáticos de confi ança, as feiras oferecem as informações mais atuais e previsão de especialistas do setor. Os credenciados ganham entrada livre para seminários de conhecimentos cruciais sobre compras na China. O evento ocorre do dia 19 ao 22 outubro no AsiaWorld-Expo, o mais novo centro de convenções de Hong Kong, situado ao lado do aeroporto.

Lançada em Xangai em 2005, a China Sourcing Fair é considera-da o maior evento internacional do gênero na Ásia. O sucesso fez com que ela se expandisse para outros mercados-chave ao redor do mundo. Hoje, os produtos de fornecedores chineses (incluindo Hong Kong e Taiwan) também são expostos nas edições da China Sourcing Fair da Índia, África do Sul e Dubai.

Feira itinerante é boa opção para quem procura produtos asiáticos

Para mais informaçõese serviços, acesse:

www.revistadapapelaria.com.br

www.revistadapapelaria.com.br | agosto de 2013122

Certificação

Prazo para papeleiros se adequarem ao

Inmetro está se esgotando.

Empresas certificadoraspresentes na Office Brasil Escolar:Innac – www.innac.org.brInstituto Lab System – www.labsystem.com.brIntertek E-Test – www.e-testlaboratorio.com.brIQB – www.iqb.org.brSGS ICS Certificadora – www.br.sgs.com

Brasileiro de Qualifi cação e Certifi cação), um dos pon-tos positivos da medida é a possibilidade de identifi car vários impactos econômi-cos e sociais, por exemplo: concorrência justa entre os fabricantes e importadores e melhoria contínua da quali-dade do produto.

O INNAC, Instituto Na-cional de Avaliação da Con-formidade em Produtos, também estará presente no evento. Segundo a coorde-nadora técnica de relações internacionais, Fernanda Cripa, a feira é um momento importante para encontrar os atuais clientes, conhecer futuros parceiros e passar ao mercado de artigos es-colares e papelarias mais informações sobre os aspec-tos presentes na certifi cação compulsória.

entende ser importante a intervenção do instituto. A necessidade de regulamentar artigos que sejam utilizados por crianças em fase escolar surgiu através do programa de monitoramento de aci-dentes de consumo, visando minimizar a ocorrência dos acidentes que possam colo-car em risco a saúde e segu-rança das crianças.

Para obter o selo de iden-tifi cação, os produtores re-correm às certifi cadoras que, após testes realizados em laboratórios específi cos, emi-tem o rótulo às empresas. O solicitante da certificação deve optar pelo sistema que melhor lhe atenda, entre o modelo de certifi cação por lote ou por avaliação do siste-ma de gestão de qualidade.

Na Office Brasil Escolar deste ano, algumas certifi-cadoras estarão presentes para informar ao mercado os benefícios da obrigatorie-dade. Na opinião de Patricia Moritsugu, coordenadora de qualidade do IQB (Instituto

Há pouco mais de três anos, foi decretada a portaria número 481, do Inmetro (Institu-

to Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). A norma define a regulamentação compulsória do material escolar, e o prazo para todos se ajustarem está se aproximando. A partir de abril de 2014, os papeleiros só poderão oferecer produtos com o Selo de Identificação da Conformidade.

O prazo para os produ-tores e importadores se ade-quarem foi mais curto e, na maioria dos casos, já estão vendendo produtos certifi -cados. No entanto, o pape-leiro deve prestar atenção. O Inmetro deve fi scalizar as lojas a partir da data limite e os negociantes que estive-rem vendendo produtos em desacordo com as normas técnicas requisitadas estão sujeitos a multas.

O Inmetro faz, periodica-mente, consultas a sociedade para saber em que áreas ela

Conformidadeserá exigidaem breve