revista pack 158 - outubro 2010

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Revista PACK ed. 158

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MARGARET HAYASAKIEDITORA-CHEFE | [email protected]

CARTA AO LEITOR

OS NOVOS CONSUMIDORES QUEREM TER PRAZER E SE EXPRESSAR

consumo é indispensável na vida de todos e também para fazer a economia girar e os países se de-senvolverem. Sem consumo não há demanda. Sem demanda não há industrialização nem crescimento. Mas, foi-se o tempo que consumir representava um simples ato de

subsistência. Hoje, consumir ganhou um significado mais amplo que tem a ver com aquilo que o ser humano quer mostrar para a sociedade. As pessoas consomem para se posicionar e se diferenciar dentro da sociedade através do que consome. O que você come e bebe define socialmen-te quem você é, onde você está e até onde pode ir.

O fenômeno da nova classe C é resultado disso. São consumidores egressos das classes D e E que ganharam maior poder aquisitivo e estão consumindo produtos que não faziam parte de sua cesta de compras. Esse fenômeno também está acontecendo na economia do Nordeste que entrou definitivamente para o mapa de negócios de grandes empresas. Todo mundo quer vender para o con-sumidor nordestino que hoje tem maior poder de compra e que se permite adquirir produtos indulgentes, como refrigerantes, biscoitos doces. As indústrias de produtos de consumo também estão se dedicando ao desenvolvi-mento de produtos específicos para atender ao paladar desse consumidor. É a busca incessante pela satisfação dos desejos individuais dos consumidores.

A tendência atual é que o consumo seja, cada vez mais, associado ao desejo de participar da vida. Os novos

consumidores querem ter prazer, ter uma identidade, escolher e se expressar.

Nessa edição especial, a revista Pack desenvolveu reportagens sobre tendências – conveniência e pratici-dade, saudabilidade e sensorialidade – que influenciam o consumo de alimentos e bebidas. Já discutimos essas tendências em outras edições, mas desta vez, nossa equipe de repórteres traz uma nova abordagem para o assunto.

Também elaboramos matérias com enfoque no mer-cado. O aquecimento da economia e o maior consumo impactaram no setor de alimentos e de bebidas e na indústria de embalagem. Dessa forma, não poderíamos deixar de abordar a prosperidade do consumo de bebidas e do setor de latas de alumínio no Brasil que passou ileso à crise econômica. E ainda tem fôlego para expansão.

A indústria brasileira de biscoitos, segundo maior mer-cado do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, é outro assunto da edição dada a sua importância para a indústria de embalagens flexíveis. Esse também é o segmento que mais lança embalagens no mundo, segundo o Laboratório de Monitoramento Global de Embalagem ESPM.

Este mês, a revista Pack traz uma entrevista com João Batista Ferreira, CEO da J2B business to innovation, que fala sobre a importância da gestão de branding para se conectar ao mundo do consumo dos consumidores.

Na edição de novembro é a vez do universo da beleza e dos farmacêuticos ganhar as páginas da publicação. Aguarde.

Até a próxima edição.

carta ao leitor

O

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MATÉRIAS

14 ENTREVISTAJoão Batista Ferreira, CEO da J2B innovation to business, afi rma que o consumidor tem que olhar a embalagem e entender o que está ali atrás. A embalagem embala uma empresa.

22 ESPECIAL ALIMENTOS E BEBIDASNos últimos anos, as mudanças demográfi cas e as novas tendências de consumo de alimentos e de bebidas provocaram mudanças signifi cativas nos hábitos dos brasileiros

26 TENDÊNCIAS SAUDABILIDADE Cada vez mais consumidores analisam o rótulo dos produtos,

optando por empresas comprometidas com a saudabilidade

30 TENDÊNCIAS SENSORIALIDADE As embalagens exploram inúmeros recursos gráfi cos, além

de novas tecnologias para falar a língua das crianças e dos adolescentes

36 TENDÊNCIAS CONVENIÊNCIA E PRATICIDADE A conveniência e a praticidade exigida pela vida moderna dos

consumidores exigiram a evolução da indústria de embalagem para atender essa nova tendência de consumo

42 MERCADO LATAS DE ALUMÍNIO Maior consumo de bebida força indústria de embalagem a expandir

a produção

46 MERCADO FLEXÍVEIS Segundo maior mercado de biscoitos do mundo, a indústria brasileira

também é uma das que mais realizam lançamentos, contribuindo para o crescimento e a inovação do setor de embalagem fl exível

50 MERCADO NORDESTE O crescimento acima da média nacional da economia do

Nordeste tem atraído as empresas do setor de alimentos e bebidas. Os nordestinos estão consumindo muito além do básico

54 MERCADO ÁFRICA DO SUL O artigo faz parte da pesquisa de campo feita na África do Sul, em

agosto de 2010, nas cidades de Cape Town, Durban, Rastenburg, Johannesburg, Pretória e Stellenbush

58 ESPECIAL CONGRESSO BRASILEIRO DE EMBALAGEMConsumo e sustentabilidade: uma equação que desafi a as redes de varejo, as indústrias e o setor de embalagem. O evento lançou a discussão para traçar os novos rumos

SEÇÕES6 AGENDA

7 PACK ONLINE

8 ATUALIDADES

12 POR DENTRO DAS LEIS

18 VANGUARDA

20 LANÇAMENTOS INTERNACIONAIS

60 GUIA DE ENCARTUCHADEIRAS

61 NOTAS TÉCNICAS

64 ARTIGO

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sumário

ESPECIAL ALIMENTOS E BEBIDASUm novo mapa do consumo

MERCADO LATAS DE ALUMÍNIOA ascensão da classe média retomou o consumo dentro lar

ENTREVISTA“Hoje a

reputação de uma empresa

está nas redes sociais”

4 EDITORA BANAS

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UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA SUA EMPRESA ESTAR ENTRE OS MELHORES

os Melhores e Mais qualificados

fornecedores do Mercado de

eMbalageM

RESERVE JÁ SEU ESPAÇO (11) 3500-1910

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EDIÇÃO ESPECIAL PACK DEZEMBRO 2010

PARTICIPE DA EDIÇÃO MAIS AGUARDADA

DO ANO

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6 EDITORA BANAS

agenda 62 anos

EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

Fundador: Geraldo Banas (1913 – 1999)

Publisher: Cristina Banas

Editora: Elizabetha Banas (1923 – 2007)

Editora-chefe: Margaret Hayasaki – [email protected]

Assessora Técnica: Assunta Camilo (FuturePack) – [email protected]

Revisão: Nazaré Baracho

Consultoria Técnica: Guilherme Sergio Maradine

Secretária: Bruna Pires – [email protected]

Projeto gráfi co: Editora Banas

Produção: Luciano Tavares de Lima (gerente) – [email protected]

Editora de Arte: Tami Arita – [email protected]

Designer: Ana Claudia Martins – [email protected]

Capa: Tami Arita – [email protected]

CONSELHO EDITORIALAndré Vilhena – Diretor CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem; Assis

Garcia – Diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem – CETEA; Claudio Irie – Diretor de marcas controladas do Carrefour; Eduardo Yugue – Gerente de embalagens da Nestlé;

Geraldo Cardoso Guitti – Presidente da Refrigerantes Convenção; Lincoln Seragini – Diretor–presidente da Seragini Farné; Luiz Belloli Neto – Presidente da Câmara setorial de máquinas para a indústria alimentícia, farmacêutica e refrigeração industrial da Abimaq –

Luis Madi – Diretor - geral do ITAL - Instituto de tecnologia de Alimentos

DEPARTAMENTO DE VENDASDiretor Comercial: Paulo Galante – [email protected]

Executivos de Negócios – São PauloCláudio Alves Freire | João Domingues

Tel.: (11) 3500-1900 – [email protected]

Belo HorizonteM Lage Vendas e Representações. Contato: Marcio Lage

Av. Raja Gabaglia, 4000 – sl. 207 – CEP 30494-310 – Belo Horizonte-MGTel.: (31) 2127-3854 - (31) 9612-8028 – [email protected]

Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves

Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJTels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 – [email protected]

Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato: Vera AnjosAv. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS

Tel./Fax: (51) 3330–2878 – [email protected]

Paraná e Santa CatarinaPrint Technology Representações Comerciais Ltda.Contato: Gilberto Kugnharski/Marilisa da Rocha

Av. Luiz Xavier, 68 – 11ªand. – cj. 1118 – CEP 80020-020 – Curitiba-PR Tel. (41) 9942-2569 – [email protected] / [email protected]

São Paulo – InteriorAqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida A. StefaniTel.: (11) 3500-1910 – Fax: (11) 3748-1800 – [email protected]

REPRESENTANTE INTERNACIONAL

Argentina15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO –

Capital Federal – Republica Argentina

Tel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540

www.edigarnet.com

ACORDO DE COOPERAÇÃOPhone: +1 312/2221010 – www.packworld.com

Rua Edward Joseph, 122 – 11º andar – Edifício PassarelliJardim Suzana – São Paulo-SP – CEP 05709-020

CNPJ 60.432.796/0001-83 – I.E. 104.259.747.116, C.C.M. 1.249.632-4NOVO TELEFONE (11) 3500-1900

Impressão: Gráfi ca Mundo

Capa: Papelcartão Vitasolid 250/m2 Papirus

Circulação nacional: Tiragem – 10 000 exemplares

Periodicidade: mensal

Assinatura: Anual (Brasil) = R$ 97,00 • Nº Avulso = R$ 15,00

OUTUBRO 2010PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

é uma publicação mensal da Editora Banas Ltda.

A PACK é dirigida aos profi ssionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens,

bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.

Filiada à

É permitida a divulgação das informações contidas na revista desde que citada a fonte.PACK reserva-se o direito de publicar somente informações que considerar

relevantes e do interesse dos leitores da revista

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FEIRAS NO BRASIL

FEIRAS NO EXTERIOR

DATA FEIRA LOCAL ORGANIZAÇÃO

De 19 a 22 de outubro de 2010

Ffatia – Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação

Centro de Convenções de Goiânia, Goiás, GO

Multiplus Feiras e EventosTel.: (16) 2132-8936www.ffatia.com.br

De 26 a 29 de outubro de 2010

Fispal Bahia – Feira Internacional de Produtos, Embalagens, Equipamentos, Acessórios e Serviços para Alimentação

Centro de Convenções da Bahia, Salvador, BA

Brazil Trade ShowsTel.: (11) 3598-7800www.fi spalbahia.com.br

De 9 a 11 de novembro de 2010

Fimai e Simai – Feira e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade

Expo Center Norte- Pavilhão Azul, São Paulo, SP

Revista Meio Ambiente IndustrialTel.: (11) 3917-2878www.fi mai.com.br

De 9 a 13 de maio de 2011

Brasilplast – Feira Internacional da Indústria do Plástico

Parque de Exposições do Anhembi, São Paulo, SP

Reed Exhibitions Alcantara MachadoTel.: (11) 3060-5000www.brasilplast.com.br

EM DESTAQUEA Fispal Bahia integra toda a cadeia da alimentação, desde a matéria-prima, até a comercialização, e agrega valor à produção regional. Em apenas 4 dias, a feira reúne profi ssionais da indústria, do varejo e do mercado da alimentação fora do lar, que buscam atualizar-se sobre tendências e expandir seus negócios.

Cartas e E-mails

E-MAIL [email protected]

TELEFONE 11 3500-1925 | FAX 11 3500-1935

PARA SE CORRESPONDER COM A REDAÇÃO

Rua Edward Joseph, 122 – 11º andar – Edifício PassarelliSão Paulo-SP – CEP 05709-020EN

D.

Recebi a revista e vi a matéria publicada. Ficou ótima. Gostaria de agradecer pelo convite e informar que estamos fazendo um trabalho bem apurado em pesquisa com relação ao nosso produto. Acredito que em um futuro próximo teremos um material bem interessante que possa somar em suas matérias.

Rafael PrevitalliDiretor da Fiberpack

200 ANOS DA LATA DE AÇOParabenizo a equipe da revista Pack pela excelente apresentação e pela grande quantidade de informações. No meu julgamento, a “Pack” foi a que melhor comemorou o aniversário da lata de aço.

Elio Cepollinavice-presidente da Abeaço

200 ANOS DA LATA DE AÇOParabenizo a equipe da revista Pack pela excelente apresentação e pela grande quantidade de informações. No meu julgamento, a “Pack” foi a que melhor comemorou o aniversário da lata de aço.

DATA FEIRA LOCAL ORGANIZAÇÃO

De 27 de outubro a 3 de novembro de 2010

K – Feira Internacional de Plásticos e Borracha

Dusseldorf Fairgrounds, Dusseldorf, Alemanha

Messe Düsseldorf GmbHTel.: +49 (0) 211456001www.k-online.de

De 31 de outubro a 3 de novembro de 2010

Pack Expo International – Feira Internacional de Embalagem e Processos

McCormick Place Chicago, Estados Unidos

PMMI Tel.: (703) 243-8555www.packexpo.com

De 20 a 22 de novembro de 2010

Print World – Feira de Impressão de Tiragem Curta

Direct Energy Centre, Toronto, Canadá

Sandy DonaldTel: 905-625-7070www.printworldshow.com

De 22 a 25 de novembro de 2010

Emballage – Feira Internacional de Embalagem

Paris-Nord Villepinte, França

ComexposiumTel.: +33 (0) 176771424www.emballageweb.com

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7EDITORA BANASPB EDITORA BANAS

POR TATIANA GOMES | [email protected]

O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES!

www.pack.com.brnline

A Baumgarten Gráfica, de Blumenau (SC), inova mais uma vez, produzindo o primeiro rótulo termoencolhível com partes vazadas no Brasil. Confira as mais lidas do período:

1 Baumgarten produz primeiro termoencolhível vazado do Brasil

O produto foi impresso no sistema offset e possui técnica de produção inédita

2 Inovação além do desenvolvimento de novos produtos Programa do CIC ESPM apresenta abordagem diferenciada para a inovação

3 Estudo mostra seis fatores que estimulam a gestão de inovação nas empresas

Planejar estratégia e criar um ambiente propício para a inovação são alguns dos seis fatores

4 DuPont Performance Polymers desenvolve linha de polímeros para contato com alimentos

Os novos produtos atendem regulamentações, como FDA e norma europeia 2002/72/EC

5 Editora Blucher lança o livro Design e Tipografi a – 100 fundamentos do design com tipos de Ina SaltzPublicação é voltada para designers de todas as áreas nas quais os tipos desempenham papéis de maior ou menor expressão

Toda semana, a newsletter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site!Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

O NEWSLETTER SEMANAL DA INDÚSTRIA

[CONEXÃO WEB ] as mais lidas no pack.com.br

[DESTAQUES]

PERGUNTE, ELE RESPONDE!

Dúvidas sobre o mercado? Nossos consul-tores esclarecem os mais diversos temas do setor. Envie sua per-

gunta e leia as respostas para nossos internautas no Blog da Pack. E-mail [email protected]

Onde achar? http://www.pack.com.br/maisnoticias.aspxFonte: Google Analytics* Período de 26/8/10 a 28/9/10

Os anúncios desta edição acom-panhados dos ícones têm

informações extras no www.radarindustrial.com.br. Lá você encontra mais detalhes dos produtos, especificações técnicas e informações da empresa anunciante. Acesse! www.radarindustrial.com.br

Onde achar? http://www.pack.com.br/blog

RESULTADO SETEMBRO/2010

Com que frequência você lê os rótulos das embalagens?

NESTE MÊSInteraja! Confi ra a enquete do mês e vote na home do site!

Onde achar? http://www.pack.com.br

[ENQUETE ]

+ Confi ra a lista das dez notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!

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Lê sempre - (73,33%)

Às vezes lê - (20,00%)

Raramente lê - (6,67%)

Nunca lê - (0,00%)

Designers criam embalagens de cerveja que viram instrumentos musicaisDois designers norte-americanos estão ajudando mú-sicos em início de carreira com garrafas de cerveja e multipacks que se transformam em instrumentos de música após o uso.Matt Braun e Chris Mufalli desenvolveram a Tuned Pale Ale para permitir explorar a música todos os dias por meio dos objetos e promover uma interação social.

Coca-Cola Guara-rapes lança PET ecológica de 500 ml no RecifeA Coca-Cola Guarara-pes, franqueada da Coca-Cola, em Pernam-

buco, Paraíba e norte da Bahia, acaba de lançar a PET ecológica PlantBottle, no Recife.O diferencial fi ca por conta do formato 500ml, im-plantado em 2009 pela Coca-Cola Guararapes para estimular o consumo individual das classes C, D e E, público que é maioria na área de atuação empresa.

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atualidades

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Design MoDerno e ArrojADo

a linha de arroz rozcato – parboilizado, branco, integral parboilizado e japonês – chega ao ponto de venda em novas embalagens, com design mo-derno e arrojado assinado pela Elementar design e Construção de Marca. o cerne do conceito grá-fico da revitalização das embalagens foi destacar a tradição e mostrar a empresa como um sinônimo de qualidade. Para a modernização da linha, a agência explorou elementos mais simples, retos, e de cores diferenciadas das embalagens existentes no mercado de arroz. além disso, as fotos criam um contraste com os elementos gráficos e desta-cam ainda mais o produto na gôndola. Produzida pela Chromo Embalagens, a embalagem laminada de polietileno de baixa densidade (PEBd) rece-beu impressão em flexografia. Rozcato, tel.: (51) 3672-5042.

sAuDAbiliDADe nA CAixinhA

O Tonyu, alimento com extrato de soja da Yakult, completa 25 anos e ganha de presente uma embalagem cartonada com design mais moderno, que apre-senta de forma mais clara a informação de que é um produto de soja. O novo design, desenvolvido pela 100% design, também valoriza o conceito de produto saudável, que propicia qualidade de vida, bem-estar e saúde aos consumidores, além de garantir melhor identificação dos sabores morango, maçã, abacaxi, maracujá, laranja e mamão.

Yakult, tel.: 0800-131260.

ConCeito De CreMosiDADe

Para facilitar a vida da dona de casa e ofere-cer uma opção práti-ca para o lanche da tarde, a nita alimentos criou a linha de misturas para bolo nita Cream nos sabores chocolate, aipim, limão, maracujá

e milho. Com design assinado pela Branding & Publicidade e Marketing, o conceito explora a cremosidade dos diversos sabo-res de forma apetitosa e clean, além de instruções de utilização. também foram aplicados ícones gráficos das proprieda-des da marca. o produto está disponível em dois tipos de embalgem, de aco rdo com o canal de vendas, ou seja, uma embalagem de 450 gramas para o vare-jo e outra para panifica-ção de 5 quilos. as duas embalagens são confeccionadas em PE pigmentado + PEt, com impressão em flexografia, pela Cristal Embalagens. Nita Alimentos, tel.: 0800-171134.

CoMuniCAção MAis ChAMAtivA

Para agregar valor à marca de lavar roupa Tanto e atrair novos consumidores, a Bombril reformulou as embalagens dos pro-dutos e também ampliou a linha com o lançamento da versão do detergente em pó Múltipla Ação Flores de Limão. “Queremos fortalecer os diferenciais da marca como a tecnologia antiodo-res, a pré-lavagem e a perfumação (fator decisivo na hora da compra), por isso reformulamos o design das embalagens que agora trazem comunicação mais chamativa”, explica Marcos Scaldelai, diretor de marketing da Bombril. O design é assinado pela MN Design e a embalagem de papel cartão é produzida pela Ibratec. Bombril, tel.: 0800-7076161.

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9Editora Banas 9Editora Banas

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ChArMe e estilo De uM jeito beM FeMinino

Mais detalhista e exigente, as mu-lheres procuram sempre produtos dife-

renciados e femininos, de qualidade e que despertem seu interesse da embalagem ao acabamento final. atenta ao perfil dessa consumidora, a Kimberly-Clark Brasil desenvolveu o primeiro absorvente decorado do Brasil para a marca intimus, único a ter visual colorido, com flores estampadas no próprio absorvente e embala-gem de cores mais escuras, como roxo e rosa. desenvol-vida pela narita design, a arte da embalagem, única do mercado em caixinha, traz cor e design impactantes e muito femininos. a ideia foi trazer a mesma decoração do absorvente para uma embalagem mais escura e ainda muito charmosa, que mexe com cores e tons similares, fazendo com que ela salte da gôndola e chame a aten-ção da consumidora. a caixinha de papel cartão ibema supera 250g/m2 foi impressa em offset pela ibratec. Kimberly-Clark Brasil, tel.: 0800-7095579.

Cores Que reMeteM À nAturezA

Com a proposta de refletir o com-promisso da Ocrim, um dos princi-pais moinhos de farinha do Brasil, com a sociedade e com o meio ambiente, a Haus + Packing criou um visual inovador para a nova li-nha de farinhas de trigo orgânicas Mirella. O sachê plástico de 1 kg e a embalagem em papel kraft 25 kg trazem imagens (trigo) e cores (verde) que remetem à natureza. “Trabalhamos com um visual clean e moderno e com um código de cores que remete à identidade dos produtos orgânicos”, explica Gisela Schulzinger, diretora da agência.Haus + Packing, tel.: (11) 3074-6611.

linguAgeM joveM e DesColADA

Uma das principais fabricantes brasileiras de equipamentos de informática, a daten

tecnologia aposta em novos designs para as embalagens dos seus laptops e desktops, com o objetivo de con-quistar o público jovem. desenvolvida pela agência Marcativa, a nova identidade visual dos produtos explora os conceitos de estilo, tendência e atitude. as embalagens produzidas em papelão ondulado e papel cartão seguem uma linguagem jovem e descolada, explorando cores fortes e ilustrações modernas. Vale destacar as embalagens desenvolvidas para a linha de laptops licenciados da novela teen Malhação id, da rede Globo. “Fizemos uma ampla campanha de marketing para os produtos da linha Malhação, incluindo a criação de embalagens diferenciadas”, afirma Frederico andrade, diretor-comercial da daten. a embalagem de papel cartão dúplex é impressa em quatro cores e a caixa de papelão ondulado recebeu impressão em flexografia. Daten, tel.: (71) 3616-5501.

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10 Editora Banas

Vaivém do mercadoLUIZ DE MENDONÇA ASSUME A PRESIDÊNCIA DO SIRESP

Luiz de Mendonça assume a presidência do sindicato da indústria de resinas sintéticas no Estado de são Paulo – siresp para o triênio 2010-2013. a primeira vice-presidência ficará

com Flávio augusto Lucena Barbosa (innova) e a segunda vice-presidência será ocupada por roberto noronha santos (Unigel).

DOW BRASIL ANUNCIA MUDANÇAS ESTRATÉGICAS NA EQUIPE DE PLÁSTICOS BÁSICOSa the dow Chemical Company anuncia mudanças estratégicas na equipe de Plásticos Básicos da dow Brasil, com o objetivo de fortalecer o negócio em tática e marketing. dolores Brizuela, atual líder de suporte técnico e desenvolvimento (assistência técnica e desenvolvimento) américa Latina para rigid Packaging, Pipes & durables (embalagens rígidas, tubos e duráveis), assume a posição de gerente de marketing para Food & specialty Packaging e Health & Hygiene (embalagens especiais para alimentos, higiene e saúde). sergio Coleoni, gerente de marketing para Pipes (tubos) passa a atuar como gerente de marketing para Packaging & Pipes industrial and Consumer (embalagens industriais, de consumo e tubos).

BRAD WELLER É O NOVO VICE-PRESIDENTE E DIRETOR-GERAL DA DIVISÃO ÁSIA DA SONOCOa sonoco, uma das maiores companhias globais de embalagem, anunciou a promoção de Brad Weller para os cargos de vice-presidente e diretor-geral da divisão Ásia. o executivo será responsável por todas as operações de embalagens para consumo e industrial na China, indonésia, Malásia, Cingapura, taiwan e tailândia. Em sua nova posição, Weller vai se reportar a John Colyer, vice-presidente de produtos industriais globais, e rodge Fuller, vice-presidente de sistemas de fechamento e papéis rígidos.

PEDRO HENRIQUE MARIANI É NOMEADO DIRETOR DE CONSELHO DA LATAPACK BALL EMBALAGENS

a Ball também anunciou Pedro Henrique Mariani como diretor de conselho da Latapack Ball Embalagens. Mariani é um dos executivos da empresa e presidente do corpo de diretores do

Banco BBM, uma instituição financeira do Brasil. atualmente, o executivo é membro do corpo de diretores da odebrecht e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

notícias

a demanda norte-americana de embalagens plásticas deve crescer 4,3% ao ano, chegando a

Us$ 30,4 bilhões em 2014, criando uma demanda de 5,2 milhões de toneladas de resinas. o crescimento será conduzi-do pelas vantagens de performance em uma ampla gama de aplicações. além disso, a preferência do consumidor por embalagens pequenas ou de dose única para o consumo de alimentos e de bebi-das irá suportar os ganhos. Entretanto, o crescimento em valor vai desacelerar devido à maturidade de alguns merca-dos de garrafas e ao aumento moderado dos preços das matérias-primas.

o crescimento mais rápido do volume de resina consumido é resultado da preferência por embalagens pequenas e de dose única e à redução de peso de garrafas plásticas e outras embalagens que propiciam custos mais baixos do material e redução da pegada de carbono. o PEt e o polietileno de alta densidade (PEad) são de longe as resinas plásticas mais consumidas, respondendo por 85% da demanda, em 2009. Essas e outras tendências estão

Demanda norte-americana de embalagens plásticas vai crescer 4,3% ao ano

no estudo sobre embalagens plásticas da Freedonia Group.

os potes e as garrafas plásticas, que representavam 78% do mercado total em 2009, agora estão longe de ser líderes. até 2014, o segmento de potes e garrafas plásticas deverá crescer 3,1% ao ano ou 157 bilhões de unidades. Esse mercado desacelerou de 2004 para 2009 devido à maturidade de várias grandes aplicações de bebidas e um significativo cenário decrescente para as garrafas de água mineral em função de campanhas ambientais contra o seu uso.

os mercados de alimentos e de farma-cêuticos vão experimentar um cres-cimento rápido. Entre as embalagens plásticas e outras garrafas e potes, a demanda em alguns segmentos será ajudada pelo aumento das atividades de construção e a recuperação econômica dos Estados Unidos, desde o início da recessão, em dezembro de 2007. isso vai resultar na elevação dos reque-rimentos para itens embalados em baldes plásticos, como tintas, adesivos e selantes, bem como a maior procura

por latas plásticas de tintas. a busca por tubos, copos e potes redondos será suportada pela conveniência, portabilidade e os benefícios das por-ções controladas de embalagens de dose única, bem como pela popu-laridade de vários alimentos embala-dos em tubos e co-pos. Entretanto, a expansão do volu-me será moderada devido à redução da quantidade de resina consumida por embalagem. Fo

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GARRAFAS E POTES

TUBOS, COPOS E EMBALAGENS

REDONDAS

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DEMANDA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS NOS ESTADOS UNIDOS (MILHÕES DE POUNDS)

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2004-2009

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DEMANDA DE EMBALAGEM

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Eduardo Casali, gerente-comercial da Embaquim O acordo com a Argenpack prevê a co-mercialização do sistema bag-in-box de 200 e de 1000 litros utilizando as bolsas plásticas produzidas pela Embaquim. Essa iniciativa vai permitir o crescimen-to dos negócios na Argentina? Pretendemos aumentar em 40% nosso faturamento no país nos próximos anos.

A Argentina é o principal mercado na América do Sul para a Embaquim? Quanto ela representa nos negócios da empresa hoje?não. a ideia da parceria foi exatamente fortalecer nossa participação com um parceiro estruturado com o mesmo dna da Embaquim.

Qual será o volume inicial de forne-cimento de bolsas plásticas para a Argenpack?não saberia precisar o volume ainda. Mas, posso garantir que comercializa-remos diversos modelos e atenderemos,

inicialmente, às indústrias químicas e de agroquímicos que já são nossos clientes no Brasil.

A aquisição das duas máquinas (uma automática de corte, solda e aplicação de bocal, e outra também automática para aplicação de tampa e colocação de duplo selo de segurança) vai permitir a ampliação da capacidade de produção de bolsas plásticas? De quanto será essa ampliação em volume? E foi feita especialmente para atender a parceria com a Argenpack?Esses investimentos já estavam planeja-dos. a parceria veio depois, mas em ótima hora. Praticamente dobraremos nossa capacidade produtiva, atingindo 50 mil unidades.

Qual foi o investimento feito pela Emba-quim na aquisição das duas máquinas?Prefiro não falar de números. Posso dizer que foi um investimento substancial

e estratégico. Estamos num momen-to muito especial na empresa, com o bag octogonal sendo um sucesso e um motivo de orgulho e bons negócios. Criamos uma embalagem que aumenta a segurança, melhora a ergonomia, aumen-ta a capacidade transportada e não custa apesar de todas estas vantagens.

A parceria vai permitir ampliar os negócios da Embaquim no Mercosul, além da Argentina?somente no Uruguai.

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FlÁVio rstom (ptb) soliCita pontos de entrega VoluntÁria de mediCamentos VenCidos

O vereador Flávio Rstom (PTB), da Câmara Municipal de São Ca-etano do Sul (SP), está sugerindo ao prefeito José Auricchio Jr, por meio de indicação, a instituição do programa de implantação de pontos de entrega voluntária de medicamentos vencidos e da política de informação sobre os riscos ambientais causados pelo descarte incorreto desses produtos. “Após o uso de medicamentos ou o de seu vencimento, muitas pessoas não sabem o que fazer com as cartelas, frascos ou caixas. A falta de um lugar específi co para recolher as sobras dos medicamentos faz com que sejam jogados no lixo comum”, explica Rstom. “No entanto, ao fazê-lo, não imaginam os danos causados às pessoas que trabalham nos lixões e ao meio ambiente.”

O recolhimento e a destinação fi nal dos medicamen-tos vencidos coletados em cada ponto implantado para esse fi m serão de responsabilidade do Poder Executivo.

CriVella propÕe reduZir Carga de ipi das empresas de reCiClagem

segundo informa a agência senado, está tramitando na Comissão de Meio ambiente, defesa do Consumidor e Fis-calização e Controle (CMa) projeto de lei que isenta de imposto sobre Produtos indus-trializados (iPi) as máquinas ou veículos comprados por indústrias recicladoras de pe-queno, médio e grande porte. a proposta, do senador Mar-celo Crivella (PrB-rJ) visa a estimular a reciclagem e os negócios desse setor.

de acordo com o projeto PLs 169/08, empresas recicladoras, cooperativas e associações terão isenção de iPi na compra de veículos, máquinas, equipa-mentos e produtos químicos fabricados no Mercosul caso esses bens sejam destinados exclusivamente a serviços e processos de reciclagem.

o projeto de Crivella assegura, ainda, a manutenção do cré-dito do iPi a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem em-pregados nos bens e produtos provenientes de isenção.

o senador ressaltou que, no Brasil, ainda é incipiente o reaproveitamento de materiais e produtos sem utilidade, ou considerados imprestáveis ou descartáveis. isso se deve, res-saltou Crivella, à indisponibili-dade de tecnologias apropriadas à reciclagem e pelo baixo inves-timento nesse setor.

depois de examinada pela CMa, o projeto será encami-nhado à Comissão de assuntos Econômicos (CaE) onde será votada terminativamente, ou seja, com valor de uma decisão do senado.

jundiaÍ (sp) Vai adotar saColas de amido de milHodurante a sessão ordinária, em setembro último, na Câmara Municipal de Jundiaí (sP), o presidente da associação Paulista de supermercados (aPas), João sanzovo neto anunciou que o modelo de Jundiaí de substituição das sacolas plásticas será estendido a todo o Estado. representantes de 38 em-presas do segmento assinaram um termo de cooperação. Para o presidente da Câmara, vereador José Galvão Braga Campos (tico), o ato simboliza a mudança de mentalidade em favor do meio ambiente. Campos lembrou que tudo começou com a aprovação pelos vereadores do projeto de lei 10.111, ainda na legislatura passada. o projeto deu origem à Lei Municipal 7.210, de dezembro de 2008, que dava prazo de seis meses para que os supermercados substituíssem as sacolas plásticas por outras de material biodegradável. Porém, o sindicato da indústria de Material Plástico do Estado de são Paulo entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei, conseguindo liminar em novembro de 2009. Enquanto isso, vereadores, prefeito e supermercadistas discutiam uma solução alternativa. E a solu-ção foi adotar sacolas de amido de milho que serão vendidas por r$ 0.19 a unidade. também estão disponíveis sacolas retornáveis a r$ 1,85. tudo isso aliado a uma campanha com a adesão de todos os estabelecimentos, grandes ou pequenos com o lema “Vamos tirar o Planeta do sufoco”. a resposta da população, segundo Edivaldo Bronzeri, também integrante da aPas, foi bastante satisfatória.na avaliação de Campos, “a população sentiu a necessidade de mudança e não há lei contrária que mude isso.” agora, segundo o presidente da aPas, o modelo de Jundiaí, que é “um exemplo de cidade sustentável”, será repetido em todo o Estado. de cara, a contribuição de Jundiaí é impressionante: serão retiradas de circulação 80 toneladas de plástico não-degradável por mês.

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Câmara de ComérCio exterior prorroga antidumping para saCos de juta

Duas resoluções da Câmara de Co-mércio Exterior (Camex) aprovadas na última reunião do Comitê Executivo de Gestão da Camex (Gecex), realizada em setembro, foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

A resolução nº 66 informa sobre a prorrogação do direito antidumping definitivo sobre as importações brasileiras de sacos de juta (NCM 6305.10.00), quando originárias da República da Índia e República Popular de Bangladesh. Os direitos, que têm vigência de até cinco anos, serão recolhidos por meio de alíquotas específicas fixas no valor de US$ 0,15/kg para a empresa indiana Birla Corporation Limited e de US$ 0,45/Kg para as demais empresas do país. No caso de Bangladesh, a alíquota específica fixa para todas as empresas é de US$ 0,16/kg. A alíquota do Imposto de Importa-ção foi reduzida para 2%, até 30 de junho de 2012.

projeto de lei obriga a ColoCação de tampa de segurança em remédios

tramita, na Câmara dos deputados, o projeto de lei 7527/10, do deputado Germano Bonow (dEM-rs), que obriga a indústria farmacêutica a acondicionar os medicamentos em recipientes fechados com tampas especiais de segurança.

o projeto prevê que essas tampas deverão conter mecanismo apropriado que impeça sua abertura por crianças e por pessoas portadoras de deficiência mental.

Bonow argumenta que é comum a ocorrência de acidentes causados pela indevida ingestão de medicamentos por crianças, porque “substâncias nocivas à saúde são embaladas sem a menor preocupação com a segurança.”

o projeto será analisado em caráter conclusivo de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. o projeto perderá esse caráter em duas situações: – se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); – se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário pelas comissões de desenvolvimento Econômico, indústria e Comércio; de defesa do Consumidor; de seguridade social e Família; e de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania.

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MARGARET HAYASAKI

num mundo cada vez mais competitivo, com prateleiras repletas de iguais, poucas empresas no Brasil utilizam a gestão de marca para conquistar os consumidores no ponto de venda. o mundo do varejo ainda não compreendeu a real importância da marca. “E se a empresa não trouxer valor para os produtos, ela vai de-saparecer. É inovar ou morrer. o branding é a solução, seja qual for o tamanho da empresa”, afirma João Batista Ferreira, CEo

da J2B innovation to business. Ele traduz a sua marca com eloquência: “Essa é uma empresa que tem uma obsessão excessiva com a gestão da interação da marca e dos fenômenos de explicitação da essência.” “É essencial a essência aparecer.” Esse é o discurso da marca que cria uma relação de encantamento com os consumidores. E eles valorizam isso. Esse é o assunto da entrevista com Ferreira que, em entrevista à revista Pack, destacou os essenciais aspectos da gestão de marca.

PACK: Bons produtos já não garantem excelentes resultados, principalmente, porque as diferenças entre os concorrentes são pequenas. Como a gestão de marca pode ajudar o varejo a defi nir como sua empresa será vista e vivenciada pelo consumidor?FERREIRA: sem dúvida, as características dos produtos já não são tão relevantes para o encantamento do consumidor. a razão é muito simples. a questão da qualidade foi muito importante, nos anos 60 e 70, quando houve a explosão dos produtos. Hoje nós vivemos a era da abundância de produtos. Como isso se conecta com a ideia de marca? as pessoas consomem para satisfazer os seus desejos. E se elas estão à frente de infinitas opções. Elas só vão comprar quando elas escolherem. Para elas fazerem a sua escolha é preciso que o produto transmita algo que seja minimamente compreendido. no mínimo, os consumidores têm que compreender o que o produto oferece. Por isso, é o discurso da marca que vai fazer finalmente com que a pessoa escolha o produto X ou Y. E, ao escolher, o consumidor segrega aquilo que melhor fala com ele. se ele é um jovem de 15 anos, ele tem uma relação muito forte com a música. Ele conhece metal. Ele está na internet. Ele está na rede social. Ele não nasceu. Ele fez download. se a empresa não fala essa língua, esse jovem nem pres-ta atenção no produto. Mas as marcas que falam a sua língua, ele se torna fã. Ele experimenta. E, ao experimentar o produto, ele fala para milhares de pessoas que

estão conectadas na rede e diz compre esse produto que é um barato. Essa recomendação é essencial. Por isso, é essencial a essência aparecer. Então, seja qual for o produto, ele tem que ter essência. Ele tem que ter um discurso porque o consumidor tem um detector de mentira. Você não pode contar uma coisa e fazer o contrário. se é essencial a essência aparecer, o papel da embalagem é muito importante. o consumidor tem que olhar a embalagem e entender o que está ali atrás. a embalagem tem que ser mais que bonita. a embalagem embala uma empresa. Então o consumo não é uma disputa de produtos. É uma disputa de cabeças.

PACK: O que é mais importante na gestão de marca para falar com o consumidor? FERREIRA: Entender o consumidor. En-tender sociologicamente a composição e a formação da sociedade. É preciso se dedicar a isso. É preciso lembrar que você não pode mais agir assim: eu faço, eu en-trego e desapareço. não, agora é eu faço, eu entrego e eu continuo nessa relação. a marca é a representação simbólica da empresa. a marca é o símbolo traduzido visualmente e/ou auditivamente, senso-rialmente. Ela não tem que fazer sentido. tem que fazer os cinco sentidos. Exis-tem milhões de empresas, mas poucas

O consumidor tem que olhar a embalagem e entender o que está ali atrás. A embalagem embala uma empresa

O consumo não é uma disputa de produtos. É uma disputa de cabeças

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estruturadas para cuidar da marca com a consciência de que ela é tudo.

PACK: A gestão de marcas abre um leque de possibilidades na comunicação entre empresas e consumidores?FERREIRA: a empresa faz os seus produ-tos. Ele tem toda uma cadeia até chegar lá. não basta mais fazer publicidade pura e simplesmente. Ele tem que estar onde o consumidor também esteja. Já se criou um ambiente que simula a rua, com ar condicionado e estacionamento. são os centros comerciais especializados onde eu consigo compor um mix de ofertas de praticamente todas as coisas que atingem os consumidores. Existe também o varejo especializado, como o home center. É preciso que a empresa fale onde o consumidor está atento. Podemos falar com a sociedade por meio de vários ambientes de conexão. Mas para falar, eu preciso me representar. E o que traduz essa representação antes do produto é quem eu sou como empresa. E quem eu sou como empresa é o nome popular de uma coisa chamada marca. Porque só aquela empresa é assim. só ela tem aquela marca. a marca é uma coisa tão importante na empresa que deveria ser a pauta número um de todos os gestores.

PACK: Então hoje a marca não é a pauta número um dos gestores?FERREIRA: não. isso não acontece so-mente no Brasil, mas no mundo. Há muitas empresas que ainda consideram a marca apenas uma simbologia pura e simples. É como gerenciar a receita, o lucro, o estoque. Elas segregam essas ca-tegorias que fazem parte do operacional da gestão, mas esquecem que cada um desses nichos contribui para a construção da marca. a marca é intangível, mas todos trabalham para ela. Então onde quer que a marca friccione socialmente, ela tem que ser transmitida. daí a frase é essencial a essência aparecer. Então, a empresa aparece em todas as manifesta-ções da marca e com isso todas as áreas têm que se envolver nessa direção.

PACK: Na sua opinião, como as redes sociais podem impactar sobre as marcas?FERREIRA: Vamos olhar para um hoje e um ontem muito próximos. nunca os jovens escreveram tanto. Hoje eles es-crevem o dia inteiro. na minha geração, eu fazia caligrafia, redação. a escrita era direcionada para representar alguma coisa que vinha de fora de mim. Era uma demanda. o resultado dessa nova

realidade está nas vendas de smartphone que explodiram, este ano, no Brasil, com um crescimento de quase 70%. Esse smartphone conecta um com o outro e oferece aos jovens o acesso às redes sociais. Com essa condição, dá para imaginar 100 mil jovens dizendo que o produto X ou a marca Y não é legal? o que pode acontecer? o impacto é muito forte e difícil de administrar. Hoje a re-putação de uma empresa está nas redes sociais. Um bom exemplo do que isso pode representar é o que aconteceu com a United airlines. Um jovem músico teve o seu violão quebrado durante um voo da companhia aérea que não resolveu prontamente o problema. o que ele fez? Ele compôs uma música contando o seu drama e postou no youtube. Ele virou fenômeno instantâneo na internet. Mi-lhões de pessoas viram o vídeo. o músico ficou mais famoso que a própria empresa. a marca é muito impactada, já que tudo que é bom ou ruim para uma empresa é atribuído a elas. a marca representa simbolicamente o que ela produz para o consumo. E quanto mais ela se relaciona com o consumidor, mais cuidado ela tem que ter com ele. nesse sentido, as redes sociais são hoje uma certificação. E não adianta ir para lá e fazer propaganda da empresa no facebook. Lá é lugar para você falar a que veio. Uma empresa que produz alimentos, por exemplo, tem que falar sobre saúde, segurança alimentar e a importância dos alimentos. Ela tem que dizer que ela entende daquilo que produz. direta ou indiretamente, o mundo das redes sociais e o mundo da conectividade influenciam todo o varejo de a a Z.

PACK: Como não ser impactado negati-vamente nas redes sociais?FERREIRA: sendo autêntico. É um dos atributos essenciais para as empresas no mundo do varejo. Lembra que a nike teve um problema muito sério ao ter a sua marca associada à exploração de crianças em suas fábricas? isso custou uma reformulação completa do discurso da marca. Mas, antes da reformulação, custou a demonstração de que isso não vai ocorrer jamais. Vão sobreviver aqueles que melhor se traduzirem a si próprio.

PACK: Quando uma marca é importante para o consumidor?FERREIRA: Quando ela satisfaz as suas necessidades e supera as suas expectati-vas. Por exemplo, quando uma empresa, além de vender o leite, mostra como devo usar o produto porque é bom. Eu vou compreender não instintivamente que o leite é bom porque eu já sei, mas o que significa leite. Essa empresa está surpreendendo. Ela está indo além do que ela oferecia, ou seja, apenas o produto. a proposta de fazer com que as pessoas compreendam além daquilo que elas estão utilizando, no sentido de que não é compreender, mas no sentido de ser sensorialmente percebido pelo inconsciente. daí a necessidade de inovar sempre. não podemos confundir inovação com novidade.

PACK: O design thinking to business é uma nova abordagem para a inovação de marca?FERREIRA: o método do design se ins-trumentaliza de uma investigação em profundidade dos desejos das pessoas. Como construir isso da forma mais ami-gável ao ser humano com um senso de utilidade de surpreendência muito forte

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das funções? Em vez de se instrumenta-lizar apenas das referências de marketing ou publicitária, vamos nos apropriar des-sa maneira de pensar as coisas e aplicar ao negócio. Porque só o design resolve esses conflitos das compartimentizações dos modelos necessários para atuar no operacional. o design é antes de tudo uma investigação estrutural do que vai interagir com o ser humano lá na frente. Esse é o propósi-to de uma mar-ca. Já se discute amplamente que o modelo de pen-sar o negócio na atualidade com essa relação estreita de essência com o consumidor. o método do design oxigena o cérebro dos gestores. se a gente traz isso para dentro do modelo de gestão, conseguimos obter uma in-teratividade muito maior do que preso às planilhas. Então eu posso explicar a um rH que ele é a pauta principal do CEo porque ele está cercado de gente selecionada pelo departamento. Qual é a contribuição que o rH, a contabilidade, a gestão de estoque dão para a empresa? o meio mais simples e mais imediato é fazer entendê-los do ponto de vista do design. Como uma empresa se resolve melhor? Criando um comitê em que as principais áreas da empresa discutem a marca porque eles precisam compartilhar e disseminar o que estão fazendo. Ques-tionar sempre é o princípio do design thinking to business. É uma espécie de inquietação necessária. É preciso buscar a inovação o tempo todo. inovação tem definição. inovação são ideias de valor implementadas com sucesso. só que o sucesso não te pertence. se fizer sucesso, é inovação. inovação não se confunde com o novo. inovação é algo a mais que ultrapassa os limites da expectativa e que tem uma ideia nova de valor, ou seja, cria-se um valor que não existia.

PACK: E as empresas brasileiras têm essa inquietação necessária?FERREIRA: o brasileiro tem a seu favor a maior taxa de criatividade que é o in-grediente básico da inovação do mundo. não é fácil viver tantos anos de superin-flação e ter sobrevivido. Essa é a nossa riqueza. Uma empresa que existe. Existe heroicamente. agora vivemos um novo momento, com a concorrência global. Mas as empresas brasileiras vão saber sair disso, usando a criatividade.

PACK: Segundo uma pesquisa da Fiesp/Ibope, na hora de experimentar um novo

produto, os consumidores preferem marcas que eles confiam e conhecem. Como a empresa pode trabalhar a gestão da marca para conquistar isso? FERREIRA: Estamos experimentando os primeiros passos da democratização. Essa grande inquietação nos colocou de frente para o mundo. Estar de frente para o mundo é inevitável. o que fazer? Usar as tecnologias adequadamente. Elas precisam deixar de ser infraestru-

tura e custo para o empresário. dá para nascer uma empresa sem infraestrutura de tecnologia? dá para nascer uma empresa

de varejo que não gerencia os estoques? não cobra adequadamente os seus clientes? não faz interação com cartão de crédito? não tem site? não pode mais, mas isso é infraestrutura. isso é o básico. Quando ele começa a utilizar as tecnologias de encantamento do consu-midor? Quando ele começa a perceber que seus consumidores pertencem a um universo geodemográfico bem de-terminado. Quando ele percebe que o serviço de atendimento ao Cliente é um canal que as pessoas têm direito de ligar e a empresa tem obrigação de res-ponder. E quem está falando alô conhece a empresa? Existem vários aspectos a serem trabalhados. o desafio brasileiro é a capacitação dos empresários. Eles são criativos, mas isso só não basta. tem que ser criativo com ferramentas de gestão. o objetivo final é encantar o cliente.

PACK: O que o senhor pensa sobre fidelização de marca?FERREIRA: abaixo a fidelização. Viva o fã-clube. Um exemplo clássico disso é a marca americana de motocicletas Harley-davidson. os fãs são advoga-dos da marca. Eles são pregadores, ou seja, evangelizadores da marca. não no sentido de convencer os outros a usar a marca. Mas, sim, para deixar claro que eles compram Harley-davidson porque são apaixonados e se sentem realizados simbolicamente, sensorialmente. ou seja, existe uma conexão com a marca. o problema não é a fidelização, mas fazer a retenção. Para o seu cliente comprar de novo, é preciso existir uma relação continuada com ele. se você deixa o consumidor ao acaso, ele olha para o lado e acabou a relação. se eu tenho um produto igual, com uma embalagem mais legal, com a mesma qualidade, você muda. É preciso criar um processo de retenção para além do produto. ou seja, o que produto repre-senta para a vida do consumidor.

A marca é tão importante que deveria ser a pauta número um dos gestores

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A Depilsam acaba de lançar a primeira cera depilatória em lata de aço para micro-ondas do Brasil que foi produzida pela Prada Embalagens

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A rapidez e a praticidade do forno micro-ondas já conquis-taram o mundo da beleza. As consumidoras adeptas da cera depilatória que apreciam a praticidade e a otimização de tempo agora ganham uma inovação na embalagem. A Depilsam, nova marca da Helcla Cosméticos, acaba de lançar a primeira cera de micro-ondas em lata de aço do Brasil, reciclável e degradável. Com aromas de mel, baunilha e maracujá, seu uso é indicado para remover pelos do rosto

e do corpo, mas é ideal também para pequenas áreas, como buço e axila.

Elma Mazzo, gerente de produto da Helcla Cosméticos, conta que, desde dezem-bro do ano passado, a empresa já estava em busca de uma inovadora embalagem que se diferenciasse da concorrência para lançar a cera de micro-ondas. “Já tínhamos visto uma aplicação como essa nos Estados Unidos. Conhecemos a lata de aço para micro-ondas, da Prada Embalagens, na Fispal, este ano.”

“Essa inovação é uma demanda da consumidora que quer mais praticidade, rapidez e conforto. A cera é mais cremosa e elástica, o que permite aderir melhor à pele e uma retirada menos indolor”, explica a executiva. Elma acredita que a cera para micro-ondas vai ter um crescimento maior que os demais produtos da linha pela sua inovação. “A expectativa é crescer 150% em 2010. “Além disso, no verão, a exposição das mulheres é maior, com o uso de saias, vestidos, além da freqüência a piscinas e praias, por isso elas se cuidam mais”, completa.

Prática, a embalagem deve ser levada ao micro-ondas para aquecimento du-rante 2 a 3 minutos. Para saber se a cera alcançou a temperatura ideal, basta

Inovação e praticidade em um só produto

observar sua consistência: se estiver cremosa, ela está pronta para ser usada. Segundo Caroline Fátima da Hora, coordenadora de marketing da Prada Embalagens, que desenvolveu a lata de aço para a cera depilatória, o formato redondo permite o aque-cimento uniforme do produto, que pode ser aquecido outras vezes depois de aberto. “A nova lata tem o objetivo de facilitar o dia a dia do consumidor e chega ao mercado brasileiro como uma opção que associa inovação, tecnologia e praticidade em um só produto”, diz.

Inicialmente desenvolvida visando a sua aplicação no mercado de ali-mentos, a lata de aço para micro-ondas debuta na categoria de cera depilatória. Caroline conta que a empresa nem imaginava colocar essa embalagem nesse nicho de mercado. “A expectativa é muito boa com

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relação ao novo produto. Pe rcebemos i s so na

Beauty Fair”, acres-centa. Segundo ela,

outras empresas do segmento já mostraram inte-resse na lata de m i c r o - o n d a s , mas a Prada Em-balagens tem um contrato de ex-clusividade com a Helcla. “Mas é

por um curto pe-ríodo”, revela.

A lata segue parâmetros de medida (92x52mm), aço (folha cromada com espessura 0,19mm) e revestimento (verniz especial apli-cado em condições diferenciadas do sistema convencional, o que permite melhor desempenho para proces-so de aquecimento do forno micro-ondas). “O verniz especial já existia no mercado, mas foram feitos vários tes-tes para que a lata de aço pudesse suportar as ondas de ca lor do m i c r o - o n d a s e o s diferentes níveis de potência do forno”, explica Caroline.

Além disso, a lata de duas peças possui tampa de aço easy open importada da Espanha, da Global Ends, e sobretampa plástica perfu-rada produzida em polietileno linear de baixa densidade (PEBDL), da Tampaflex, que deve ser mantida durante o aquecimento. “Já a tampa easy open deve ser retirada antes de a embalagem ser levada ao micro-ondas, pois ela não tem o verniz que protege contra as ondas de calor do forno”, conclui.

TRADIÇÃO E MODERNIDADEMarca secular, a Depilsam ganhou um novo logotipo e embalagem, que remetem à modernidade, desen-

volvidos pela agência RG26. Para isso, conta Rodrigo Pedroso, diretor de criação da agência, foi feito um estudo para saber como as consu-midoras enxergavam a marca. “Elas revelaram que o nome era forte, mas a imagem da marca não”, afirma. “A depilação está ligada aos ativos orgânicos, ou seja, naturais, que não eram traduzidos no antigo logotipo. A nova imagem da marca traduz esses elementos por meio de suavidade e feminilidade inspiradas nas curvas do corpo das mulheres”, explica Pedroso.

Para desenvolver a nova embalagem, o diretor revela que foi preciso organi-zar a hierarquia de informações da Depilsam de forma direta e simples. “A antiga embalagem trazia somente a in-

formação do ativo, por exemplo, cera de mel. Agora, as consumidoras sabem quais são os benef íc ios do uso da cera e a palavra micro-ondas foi desta-cada na lata como um conceito inovador nes-

se tipo de embalagem”, exemplifica. “As flores da antiga embalagem deram lugar à imagem de uma mulher de 25 a 30 anos, com um aspecto de bem-estar, conforto e limpeza”, acrescenta o diretor de criação.

As cores também mudaram. “O ver-melho que remete à vermelhidão e à dor da depilação foi substituído pelos tons de branco e rosa, conectando as consumidoras ao universo feminino”, conclui Pedroso. (M.H.)

A depilação está ligada aos ativos orgânicos, que não eram traduzidos no antigo logotipo

INFORMAÇÕES

HElclA cOSMétIcOS Tel.: (11) 2632-5959 | www.helcla.com.br

PRAdA EMbAlAgENS Tel.: (11) 5682-1000 | www.prada.com.br

Rg 26 Tel.: (11) 3892-0026 | www.rg26.com.br

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lançamentos internacionais

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Apelo SofiSticAdo

a avon selecionou a válvula pump Xd da rexam para atender a tendência de moda e beleza nas linhas de fragrâncias. Um outro exemplo da importância do premium na embalagem de perfumes são as linhas demográficas. Essas tendências são evidentes em três fragrâncias da marca: Celebrate, rio Bikini and rio rhythms. Esse é o quinto de uma série de colaborações recentes entre a rexam e a avon. “nossa parceria com a avon, desde 2007, inclui trabalhos na categoria de produtos de cuidados para a pele e outros lançamentos de alto nível”, afirma Carole Grassi, gerente da categoria de cosméticos e cuidados pessoais da rexam. “nosso papel como fornecedor global ajudou a empresa a criar produtos mais sofisticados de cuidados pessoais para os consumidores mais experientes”, acrescenta. o perfil neutro e ultrabaixo da válvula pump Xd combina um atuador ergonomicamente avançado com um diâmetro reduzido do bico para aumentar o apelo estético e táctil. o atuador está disponível em metal ou plástico, nas versões clássicas ou esculpidas suavemente. Rexam, tel.: +33158475600.

pApel AutodeSivo pArA AplicAçõeS de preSSão SenSitivA

A NewPage Corporation lançou o papel autoadesivo OptiLabel HB para o mercado internacional e América do Norte de pressão sensitiva. Com uma história baseada na produção de papéis para o mercado de pressão sensitiva, o time de desenvolvi-mento de produto desenvolveu um novo papel que mantém a aparência premium, uma performance consistente em todos os aspectos de produção do rótulo. “Nossas experiência nesse mercado nos permite entender profundamente as necessidades de toda a cadeia produtiva”, afirma David Diekelman, diretor-executivo de vendas e desenvolvimento de negócios para papéis especiais. “Os convertedores de ró-tulos de pressão sensitiva querem excelente apelo visual para as marcas de seus clientes, entregando rótulos de papel que atendem alto padrão de qualidade e que maximiza a eficiência operacional. OptiLabel HB entrega todos esses objetivos chaves”, afirma. Quando combinado com outros papéis, o produto cria um amplo portfolio para aplicações de pressão sensitiva na América do Norte. Newpage, tel.: +1-715-345-8046.

portAbilidAde ouSAdA

a Ball Corporation e a Coors Light apresentam uma inovadora embalagem altamente funcional e atrativa para o mercado que é mais ousada, resfria mais, e é portátil. a marca está lançando a silver Bullet alumi-tek, uma garrafa de alumínio refechável de 1 litro. “a embalagem repre-senta uma grande oportunida-de para nós”, disse rick Go-mez, vice-presidente da Coors Family of Brands. “acreditamos que ela será a força de alavanca para incrementar a distribuição da cerveja”. Ele acrescenta: “Enfatizando o design da montanha, a nova embalagem de Coors Light reforça o posicionamento de cerveja mais refrescante do mundo”, diz Gomez. a garrafa entrega portabilidade com uma tampa twist off refechável e boca larga para um fluxo suave. a tecnologia ativa de resfriamento obtida por meio da tinta termocrômica e a janela ativa de resfriamento na embalagem secundária possibilitam aos consumidores ver se a cerveja está gelada antes de comprar o produto. inquebrável e 100% reciclável, a garrafa ajuda a conservar gelada a cerveja e é perfeita para qualquer ocasião de con-sumo, incluindo praias, eventos esportivos, entre outros. Ball Corporation, tel.: (303) 469-3131.

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21Editora Banas

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perSonAgem divertido

o novo iogurte probiótico Lotte, da as MaaG Piima-tööstus, chega ao mercado em uma embalagem fun-cional e elegante, produzida pela Greiner Packaging. Para atrair a atenção do público consumidor – crianças – o popular personagem de quadrinhos Lotte ilustra a embalagem. Um simpático filhote fêmea, com cabelo vermelho, pode ser visto junto com outros personagens, espalhando o bom humor na embalagem. o quarteto divertido é impresso em duas garrafas pequenas, bem como em grande formato na embalagem cartonada. o shape e tamanho da em-balagem (100ml) foram particularmente desenvolvidos para atender as necessidades de crianças. o selo de alumínio é usado como fechamento seguro, e a decoração é feita com rótulo termoencolhível. Greiner Packaging, tel.: +4375837251-0.

doSe ÚnicA

Fabricante de tubos de alta barreira Polyfoil®, a suíça neopac está introduzindo a twist´n Use™, uma nova versão resistente à criança para tradicionais embalagens de dose única. a embalagem trabalha com dois movimentos simultâneos: pressione para baixo a tampa e depois gire. a tampa externa gira livremente a menos que seja empurrada para o intertravamento com a tampa interna. Por torção, um pino interno é liberado e abre o tubo em um ponto de ruptura definido. o bocal ergonômico sem ponto de ruptura permite ao usuário aplicar o líquido ou o creme para o corpo o tempo todo. o inovador sistema foi desenvolvido com a tecnologia patenteada Polyfoil®, oferecendo proprie-dades de barreira superiores, incluindo proteção contra a luz, corrosão e excelente apelo es-tético devido à impressão total. o tubo também é altamente impermeável para substância orgânicas e quí-micas e protege fórmulas de umidade ou oxigênio. Neopac, tel.: +410317701111.

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22 EDITORA BANAS

Nos últimos anos, as mudanças demográfi cas e as novas tendências de consumo de alimentos e de bebidas provocaram mudanças signifi cativas nos hábitos dos brasileiros

MARGARET HAYASAKI

A expansão da indústria brasileira de alimentos e de bebidas está direta-mente relacionada ao aumento da população e à migração das pessoas que deixaram de viver nas zonas rurais. A urbanização teve início nos anos 40. A população inchou, saltando de 169 milhões, em 2000, para 191 milhões, em 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas não é somente o aumento da população, mas também a indus-trialização brasileira e o aumento da renda do trabalhador que contri-

buem para o crescimento do consumo de alimentos e de bebidas no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), divulgada recentemente pelo IBGE, o rendimento médio mensal real subiu de R$ 1082, em 2008, para R$ 1106, em 2009 (valor estimado), um crescimento de 2,2%. Entre 1999 e 2004, o rendimento apresentou quedas anuais de 11,1% no período, mas em 2004, começou a aumentar. Em 2007, a renda de R$ 1069 já havia superado o valor observado, em 1999, de R$ 1042. No período de 2004 a 2009, houve um ganho de 20% na remuneração média de trabalho.

O resultado de maior poder de compra pode ser visto no peso que os consumidores dão para os alimentos e bebidas. Pesquisa do IBGE revela como o brasileiro gasta o seu salário. A distribuição das despesas com relação à alimentação em domicílio mostra que quanto menor a renda dos brasileiros, maior é o peso dos alimentos e bebidas na sua cesta de com-pras. A população que tem renda até R$ 830 destina 82,8% do seu salário para as despesas com alimentação, enquanto os consumidores com renda de mais de R$ 10 mil destinam apenas 50,7% (veja gráfico).

Inserida nesse cenário, a produção da indústria brasileira de alimentos e de bebidas cresceu 229,1% no período de 1999 a 2009. O valor bruto da produção saiu de R$ 89,7 milhões para R$ 295,3 milhões. No primeiro semestre de 2010, a produção do setor cresceu 5,33% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF/IBGE).

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Para onde vai o consumo

A B E R T U R Aes

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vai o consumo

DISTRIBUIÇÃO DA DESPESA MONETÁRIA E NÃO MONETÁRIA COM ALIMENTAÇÃO EM DOMICÍLIO MÉDIA MENSAL FAMILIAR 2008-2009

Fonte: IBGE – Pesquisa de Orçamentos Familiares

82,8%

79,2%

73,9%

67,3%

57,8%

63,6%

50,7%

ATÉ R$ 830MAIS DE R$ 830 A R$ 1245

MAIS DE R$ 1245 A R$ 2490

MAIS DE R$ 2490 A R$ 4150

MAIS DE R$ 4150 A R$ 6225

MAIS DE R$ 6225 A R$ 10375

MAIS DE R$ 10375

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE ALIMENTOS E BEBIDASEM R$ MILHÕES

*Estimativa | Fonte: IBGE

20001999

1999

2009

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

89,7100,3

125151,2

179,7208,9 214

232,4257,9

296,6295,3*

229,1%

CONVENIÊNCIA E PRATICIDADECONFIABILIDADE E QUALIDADESENSORIALIDADE E PRAZERSAUDABILIDADE E BEM-ESTAR E SUSTENTABILIDADE E ÉTICA

34%

TENDÊNCIAS OBSERVADAS PARA O CONSUMO DE ALIMENTOS NO BRASIL

23%23%

21%

Fonte: Pesquisa Fiesp Ibope

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24 EDITORA BANAS

A B E R T U R A

O valor bruto da produção de bebidas saiu de R$ 11,3 milhões, em 1999, para R$ 39,1 milhões, em 2009, represen-tando um crescimento de 246,2%. No primeiro semestre deste ano, a produção nacional de bebidas cresceu 16,09% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF/IBGE). Essa expansão do consumo de bebidas se reflete na indústria de embalagens, especialmente, de latas de alumínio que está expandindo a sua capacidade de produção para atender a demanda doméstica.

Na análise por segmentos de alimen-tos, a pesquisa revelou que a indústria de abate e preparação de carnes e de pescados se manteve como o principal mercado do setor, registrando aumento de 319,3% do valor de produção, que pulou de R$ 19,2 milhões, em 1999, para 80,6 milhões em 2009.

O setor de produção de óleos e gorduras vegetais e animais subiu um degrau com o maior crescimento do valor de produ-ção, com uma variação de 382,8%. Em 1999, era o terceiro maior mercado em valor de produção, com R$ 10 milhões. No ano passado, o setor ganhou a segun-da posição, com R$ 48,8 milhões.

Mas foi a indústria de laticínios que deu o maior salto. Em 1999, ela era o quinto maior em valor de produção, com R$ 8,4 milhões. Em 2009, o setor saltou para terceiro lugar, com R$ 31,2 milhões, uma variação no período de 269,3%.

TENDÊNCIAS NO CONSUMO DE ALIMENTOS E BEBIDASO que move o saboroso crescimento da indústria de alimentos e bebidas tam-bém são as tendências de consumo de alimentos e bebidas. Fazer parte desse processo de expansão passa por conhecer bem os desejos dos consumidores. Uma pesquisa realizada pela Fiesp e Ibope apontou as tendências no consumo de alimentos e bebidas no Brasil. Para 34% dos consumidores brasileiros das classes AB e C, especialmente, na região Sudeste, a conveniência e a praticidade são os principais atributos avaliados na hora do consumo de produtos.

Nesse grupo, a participação dos homens é superior à média da população. Essa

tendência é motivada pelo ritmo frenético nos centros urbanos, pelo aumento do número de solteiros e pela diversida-de de paladares em um mesmo lar. Esses fatores juntos estimulam o au-mento da demanda por produtos convenientes e práticos que facilitam a vida dos consumidores. Para ter uma dimensão da importância dessa tendência, segundo a pesquisa, os alimentos congelados ou semipron-tos estão entre os produ-tos que mais despertam o desejo dos consumido-res quando lançados no mercado, respondendo por 21% do interesse. E a embalagem tem um papel fundamental para entregar essa demanda para os consumidores.

A tendência de confiabilidade e qualida-de determina as escolhas dos consumi-dores, seja por empresas, marcas, tipos de produtos ou por estabelecimentos comerciais. Esses consumidores repre-sentam 23% do mercado de alimentos e estão mais presentes na classe C. Isso se explica porque o bolso da classe C é limitado, ou seja, esse consumidor não pode se permitir errar a compra. Por isso, para 54% dos consumidores, a confiança na marca é o atributo mais importante na hora de experimentar um novo produto. A qualidade também é um dos aspectos considerados, com 27% das respostas.

A pesquisa revela ainda que a tendência de sensorialidade e prazer é amplamente valorizada pelos consumidores de ali-mentos. Para 23% deles, esses são os prin-cipais atributos no momento da compra de alimentos. Essa indulgência pode ser observada nos produtos que mais despertam o desejo dos consumidores quando lançados no mercado. Bolachas e biscoitos e chocolates e bombons estão no topo dessa lista, com 28% e 25%, respectivamente, das respostas. Mas essa tendência caminha para o aumento do consumo de produtos que sejam saboro-sos, mas também saudáveis.

A saudabilidade e o bem-estar e a sus-tentabilidade e ética também são apon-tadas como tendências no consumo de alimentos e bebidas pela pesquisa Fiesp e Ibope. 21% dos consumidores brasileiros, especialmente, da classe C, revelaram que esses atributos são importantes na compra de alimentos e bebidas. Destaque para a busca por alimentos que podem trazer algum benefício à saúde. Para isso, os con-sumidores se orientam pelos selos de qualidade e outras informações sobre os alimentos, como a quantidade de calorias, gordura e colesterol, já que diabetes, colesterol, obesidade e hiper-tensão estão entre as doenças que mais preocupam a população, de acordo com a pesquisa Fiesp Ibope.

Nessa edição especial sobre alimentos e bebidas, a revista Pack vai enfocar algu-mas dessas tendências e como a indús-tria de embalagem está se mobilizando para atender essas novas demandas do setor. Além disso, também desenvolveu reportagens com foco em mercado, que vão enfatizar como as mudanças demográficas e essas tendências estão influenciando no aumento do consumo desses produtos.

19992009*

ABATE E PREPARAÇÃO DE PRODUTOS DE CARNE E PESCADO

PROCESSAMENTO, PRESERVAÇÃO E PRODUÇÃO DE CONSERVAS DE

FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGETAIS

PRODUÇÃO DE ÓLEOS E GORDURAS VEGETAIS E ANIMAIS

LATICÍNIOS

MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE RAÇÕES

BALANCEADAS PARA ANIMAIS

FABRICAÇÃO E REFINO DE AÇÚCAR

TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ

FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

19.239.53680.671.436

4.550.444

8.462.71731.252.066

9.959.87530.100.477

8.555.28621.370.945

2.307.3795.406.557

15.296.76229.610.784

10.042.247

9.256.781

48.487.350

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE ALIMENTOSEM R$ MILHÕES

*Estimativa | Fonte: IBGE

*Estimativa | Fonte: IBGE

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE BEBIDASEM R$ MILHÕES

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1999

2009

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

11,314,6

19,1 19,0 20,122,7

26,229,8

34,136,5

39,1*

246%

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Essa valorização é impulsionada, entre outros fatores, pelo crescente número de pessoas preocupadas com obesidade e doenças cardiovas-culares. Assim, começam a entender que suas escolhas alimentares também podem interferir em sua saúde. É o que apontam os dados recentes do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM sobre o mercado mundial e brasileiro.

Segundo o estudo, hoje o consumidor está preocupado com a qualidade nutricional e a naturalidade dos produtos que consome. Por isso a indústria vem destacando nos lançamentos expressões como: sem conservantes, baixa porcentagem ou ausência de colesterol, açúcar e gordura trans, entre outros.

Não é à toa que a categoria de produtos diet/light é a área mais trabalhada de um supermercado, seguida pela de artigos infantis. Assim, de acordo com Marti-nho Paiva Moreira, vice-presidente de comunicação da Associação Paulista de Supermercados (APAS), esses produtos são trabalhados de maneira exclusiva e diferenciada. Em terceiro lugar estão as dietas especiais, e os orgânicos ocupam a quinta posição nesse ranking sobre a atuação do varejo.

Mas, na prática, os consumidores ainda têm dificuldade em lidar com a onda crescente de novos produtos, como os sem aditivos/conservantes, fortificados com vitaminas entre tantos outros. Por isso, a embalagem é fundamental para ajudá-los a se informar de forma clara. “Ela é um meio que seguramente pode difundir qualquer posiciona-mento que a marca deseja. Por meio de cores, fotos, tipografia e o material do subs-trato, é possível se comunicar com o consumidor”, diz Mario Narita, diretor-geral da Narita Design. De acordo com ele, há códigos visuais estabelecidos na mente de todos nós que viabilizam a rápida conexão de uma mensagem. Por exemplo, já é largamente difundida que a cor branca tende a produtos mais saudáveis.

“Num primeiro momento é importante que a embalagem consiga transmitir visualmente que se trata de um produto com uma proposta saudável”, ressalta Luís Bartolomei, diretor da B+G designers. Para isso, há alguns códigos diferentes

Cada vez mais consumidores analisam o rótulo dos produtos, optando por empresas comprometidas com a saudabilidade

ANALICE FONSECA BONATTO

e específicos dentro de cada catego-ria. Mas num segundo momento, a comunicação é mais descritiva e focada nos principais benefícios e diferenciais do produto.

Depois ainda é possível se aprofundar na mensagem, por meio de textos e in-formações, como as tabelas nutricionais e a lista de ingredientes. “As tabelas nu-tricionais, que ficavam escondidas, são hoje muito procuradas pelas pessoas”, lembra Aparecido Borghi, do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM.

Mas os especialistas ressaltam que a mensagem deve ser direta, permitindo seu amplo entendimento pelo consu-midor. “Hoje, as pessoas têm pouco tempo, por isso, além de a embalagem encantar e seduzir tem que infor-mar de forma clara à sua utilidade”, diz Mauricio Speranzini, diretor da Speranzini Design.

Outro dado de mudança apontado por Speranzini é o comportamento mais exigente e criterioso do consumidor. Hoje ele está mais ligado em tecnologia e os especialistas desta área apontam para o fato de que em breve pratica-

Consumo saudável começa na embalagem

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mente todas as decisões de compra passarão pela internet. Mesmo que os consumidores não comprem via web, vão decidir por ela.

SEGMENTOS VARIADOSTendência na indústria de alimentos e de bebidas, o conceito de saudabili-dade é comunicado de forma variada nas diferentes categorias de produtos. As embalagens orgânicas, por exemplo, geralmente remetem à vida natural e a indústria busca usar não só a comu-nicação nela, mas também material reciclado para produzi-la.

Já os produtos funcionais para pre-venção de problemas de saúde e doenças, como os iogurtes funcionais para saúde gastrointestinal, têm uma linguagem característica. “O líder da

categoria dita um código de cor, por exemplo, e os outros a seguem”,

destaca Borghi.

Uma embalagem coeren-te com os valores que

deseja comunicar é a dos produtos

da linha Taeq, marca própria

do grupo Pão de Açúcar. Segundo o professor, a embalagem é o principal contato com o consumidor e é feito nos pontos de venda. Por isso, os seus detalhes remetem ao conceito de sau-dabilidade. “Nelas há a predominância do branco que passa a sensação de pureza e de tranquilidade, e o estilo da foto leva o consumidor à conexão do produto in natura e dele pronto”, explica Borghi, que também é gerente de embalagens do Grupo.

FÁCIL VISUALIZAÇÃOSe é consenso entre os especialistas que a embalagem tem de suprir de forma fácil e efetiva a curiosidade do consumidor, as empresas estão cada vez mais objetivas na hora de comunicar suas mensagens. Assim, mensagens diretas, como zero açúcar, têm forte apelo visual e são muito usadas hoje. “Não há uma fórmula de sucesso, mas quanto melhor e mais diretamente é feita a comunicação, menor é a chance de ruído com o consumidor. Por isso, o ‘Mabel só 100 calorias por pacote’ foi

tão feliz, já que o nome do produto é o seu diferencial”, destaca Carlos Zardo, coordenador do Comitê de Design da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Para ele, a gran-de questão é se o consumidor hoje consegue ler todas as informações colocadas nas embalagens. Por isso, ressalta a necessidade de deixar claro o benefício efetivo do produto.

Segundo Bruna Tedesco, gerente de categoria da Bimbo do Brasil, deten-tora das marcas Pullman, Nutrella, Plus Vita, a empresa também rotula seus produtos de forma clara para o consumidor. Por isso, as principais informações do produto sempre estão na parte frontal da embalagem.

Além disso, a própria embalagem traz as preocupações da empresa, por isso as de alguns produtos já são 100% degradáveis. Assim, elas recebem um selo também na parte frontal sinali-zando o uso desse tipo de plástico. De acordo com a gerente, esta iniciativa será expandida gradualmente para todas as marcas do grupo.

A Hikari também explora a comuni-cação visual de forma clara e objetiva. De olho no potencial dos mercados de refrescos em pó e dos sucos de soja prontos, a empresa decidiu que era hora de ingressar neste segmento com o lançamento da linha Frukari, com-posta por nove sabores. Segundo Luiz Kurita, diretor-comercial da empresa, o refresco à base de soja não tem corante artificial e é rico em proteínas e em vitamina C.

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CALORIAS

GORDURA

COLESTEROL

AÇÚCAR

PROTEÍNACONSERVANTES

ACIDULANTESCARBOIDRATO

GLÚTEN

SÓDIO

52%

39%

29%

27%

25%

22%

22%

10%

8%

INFORMAÇÕES MAIS PROCURADAS PELOS CONSUMIDORES QUE LEEM OS RÓTULOS DAS EMBALAGENS DE ALIMENTOS NO BRASIL

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ÁREAS RESERVADAS PARA PRODUTOS SAUDÁVEIS NOS SUPERMERCADOS

PRODUTOS DIET/LIGHT

PRODUTOS PARA DIETAS

ESPECIAIS

PRODUTOS ORGÂNICOS

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50,70%43,80%

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INFORMAÇÕES

ABRE Tel.: (11) 3082-9722 | www.abre.org.br

APAS Tel.: (11) 3647-5000 | www.portalapas.org.br

B+G DESIGNERS Tel.: (11) 5090-1460 | www.bmaisg.com.br

BIMBO BRASIL Tel.: 0800-7024626 | www.grupobimbo.com.br

INSTITUTO MINHA ESCOLHA informaçõ[email protected] www.programaminhaescolha.com.br

NARITA DESIGN Tel.: (11) 3165-8100 | www.naritadesign.com.br

NÚCLEO DE ESTUDOS DA ESPM Tel.: (11) 5085-4500 | www.embalagemespm.br

PÃO DE AÇÚCAR Tel.: 0800-7732732 | www.grupopaodeacucar.com.br

SBC Tel.: (11) 3411-5500 | www.cardiol.br

SPERANZINI DESIGN Tel.: (11) 5685-8555 | www.speranzini.com.br

Da formulação até o primeiro lote de produção, o desenvolvimento da linha demorou praticamente dois anos. A embalagem foi desenvolvida pelo departamento de criação da empresa e traz informações aos consumidores tanto na frente quanto no verso.

A empresa espera atingir principal-mente a classe C, mas também busca uma fatia da B. “Se por um lado o consumidor, principalmente da classe C, quer um produto de qualidade, por outro muitas vezes não pode pagar por um produto pronto à base de soja”, afirma Kurita.

SELOS AJUDAM A FAZER ESCOLHAS MAIS SAUDÁVEISOutra forma de comunicar a saudabi-lidade dos produtos nas embalagens é por meio do uso de selos. Geralmente, eles aparecem como uma logomarca simples e direta que vai à frente das embalagens dos produtos participantes dos programas.

A aprovação de um produto para rece-ber o Selo de Aprovação SBC (Socieda-de Brasileira de Cardiologia), segundo

Daniel Magnoni, coordenador do Selo, é demorada e depende de uma análise muito acurada.

Ele explica que são feitas análises físico-químicas que comprovam os teores de sal do produto, teor de gordura total e saturada, de coles-terol, inexistência de gordura trans e ou-tros elementos cons-tituintes. “Depois de tabulados, esses índi-ces são apresentados a um comitê de cardiologistas e nutricionistas especial-mente designados”. Atualmente, 106 produtos alimentícios já receberam o Selo de Aprovação SBC.

Com a proposta de ajudar os con-sumidores a fazer escolhas mais saudáveis, o selo Minha escolha foi criado na Holanda em 2006. Aqui no Brasil, o programa existe desde 2008 e é gerenciado pelo Instituto Minha Escolha, criado em 2009. Hoje 302 produtos alimentícios industrializados já receberam o aval do selo no País e no mundo mais de 4 mil.

De acordo com a coordenadora de nutrição do Instituto Minha Escolha, Carolina Godoy, é o único programa multiempresas. “É aberto a qualquer empresa de alimentos, seja indústria, varejo, food solution, de pequeno ou grande porte, desde que seus produtos atendam aos critérios estabelecidos para os quatro nutrientes”, explica.

Carolina acredita que a procura por esta forma de identificação crescerá no país.

Luís Bartolomei, diretor da B+G designers

Mauricio Speranzini, diretor da Speranzini Design

Ela ressalta que uma pesquisa realizada recentemente pelo IBOPE, a pedido do Ital e da Fiesp, destaca que entre as prin-cipais tendências da alimentação estão

‘saudabilidade e bem-estar’ e a ‘qualidade e confiabili-dade’ dos produtos.

Ela ainda destaca outro dado importante do Insti-tuto Akatu. De 2003 para 2007, os consumidores que observam selos em embalagens passaram de 19% para 32%. “Na Holan-

da, mais de 90 % dos consumidores já reconhecem o logo relacionando com saúde. Esperamos poder reproduzir esses resultados no Brasil.”

Na Holanda, mais de 90 % dos consumidores já reconhecem o logo relacionando com saúde

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LANÇAMENTOS ALIMENTOS E BEBIDAS COM POSICIONAMENTOS EM SAUDABILIDADE (2010)

PREPARADOS & INGREDIENTESPARA PADARIA

SNACKS DE FRUTA

NÉCTAR

BISCOITOS DOCES

AZEITES & ÓLEOS

BARRAS DE CEREAIS/ENERGIA & SNACKS

LEGUMES

CEREAIS FRIOS

PÃO & PADARIA

SUCO

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3,5%

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25,5%

18,1%

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4,3%

1,3%

TIPO DE EMBALAGEM MAIS UTILIZADO (2010)

FLEXÍVEL

GARRAFA

CAIXA DE CARTÃO

SACO

LATA

FRASCO

POTE

SACHÊ FLEXÍVELSTAND-UP POUCH

FLEXÍVELBANDEJA

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TENDÊNCIAS SENSORIALIDADE

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As embalagens exploram inúmeros recursos gráfi cos e novas tecnologias para falar a língua das crianças e dos adolescentes

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MARISTELA RIZZO

Hoje o setor de alimentos e bebidas fatura cerca de R$ 291,6 bi-lhões, boa parte desse valor alcançado graças ao desenvolvimento de embalagens que agem como forma de comunicação entre fabricante e consumidor. E, quando se fala em consumidores infantis e adolescentes, essa troca de informações precisa ser muito bem trabalhada.

Trabalhar a embalagem de forma a estimular o consumo entre o público infantil e adolescente por meio de aspectos lúdicos e sensoriais é uma fórmula certeira de aumentar a presença de marca e aumentar as vendas. Um exemplo inesquecível disso foi a famosa campanha da Parmalat, na década de 90, intitulada “Bichinhos Parmalat. Munidos das embalagens dos produtos Parmalat e mais uma quantia de dinheiro, o consumidor recebia bichinhos de pelúcia em forma de mamíferos. A ideia gerou a distribuição de 15 mil pelúcias e crescimento nas vendas na ordem de 20% para a fabricante. Sucesso que fez a produtora lançar, 11 anos depois, (2007) nova campanha intitulada “Mamíferos Crescidos”.

Em agosto deste ano, a Bauducco escolheu essa mesma fórmula para lançar sua primeira campanha institucional, batizada de “Bichinhos do Sonho”, que contou com investimento de R$ 20 milhões. Em troca de cinco embalagens de qualquer produto da marca da fabricante, mais R$9,99, o consumidor podia adquirir um dos seis modelos de pelúcias travesseiros em forma de animais. “Criamos uma campa-

nha que remetesse ao aconchego e à infância. Por isso, nada melhor que pre-sentear nossos consumidores com uma edição limitada de pelúcias que tenha conexão com este universo de sonhos e carinho”, explica Paulo Cardamone, diretor de marketing da Bauducco.

O resultado não pôde ter sido mais positivo. Sete dias após o começo da campanha, cerca de 12,5% do volume de brindes des-tinados à capital de São Paulo foram adquiridos pelos consumidores, o que dá uma média de 3,5 mil pelúcias trocadas por dia com o uso da comunicação das em-balagens.

“A criança é um agente influenciador de com-pra e é quem analisa o produto. Além disso, é responsável por gerar um círculo de demanda positiva pelo artigo comercializado, uma vez que ela o aprova”, salienta

Fernando Lotufo, gerente de desenvolvimento de marca AdeS (Unilever). Além disso, ressalta o exe-cutivo, o produto certa-mente terá maior aceitação pelo público infantil se for percebido que ele faz parte do ambiente da criança no dia a dia.

Foi dessa forma que, em março de 2009, quando a empresa lançou a linha AdeS Nutrikids, específica para crianças acima de três anos, se preocupou com

CHOCOLATE SAZONAL/PERIÓDICO

SOBREMESAS DE PRATELEIRA

PIRULITOS

REFEIÇÕES SALGADAS

BISCOITOS DOCES

GOMAS DE MASCAR

MISTURA PARA BEBIDA

BALAS & GOMA DE MASCAR

REFRIGERANTESWHEAT & OTHER

GRAIN BASED SNACKS

9,7%

8,9%

7,3%

5,4%

5,4%

5%

4,6%

3,9%

3,9%

3,1%

TOTAL DE LANÇAMENTOS DE ALIMENTOS E BEBIDAS PARA O PÚBLICO INFANTIL (0 - 12): 259

Fonte: Laboratório de Monitoramento Global de Embalagem ESPM

SUBCATEGORIA (%)

FLEXÍVEL

CAIXA DE CARTÃO

SACHÊ FLEXÍVEL

GARRAFA

FRASCO

SACO

LATA

POTE

VARIADO

EMBALAGEM BLISTER

36,3%

12,7%

9,3%

7,7%

7,3%

5,8%

4,6%

3,5%

1,5%

0,8%

TIPOS DE EMBALAGENS (%)

*Não foram encontrados lançamentos no ano de 2010 de produtos com posicionamento para o público adolescente (13 - 17)

Embalagem do AdeS Nutrikids

utilizou conceito de

ambientação e interatividade

através da reciclagem

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dois aspectos: apresentar duas versões de embalagens, uma de 1 litro e outra de 200ml, sendo esta última ideal para compor a lancheira das crianças; e de abrir um canal de informações direto com o público infantil por meio da ela-boração de dois sites interativos que trabalhavam a questão da embalagem ser retornável.

Através de pesquisas, a Isabela, marca de massas e biscoitos pertencente ao grupo M. Dias Branco, resolveu modernizar as

embalagens dos biscoi-tos recheados Tortinhas, Tortinhas Due e Mousse, de forma a agregar desde os consumidores mais conservadores até os mais jovens. “Nosso objetivo era modernizar a comu-nicação e se aproximar mais do público jovem, que são os maiores con-sumidores dos produtos, mas sem se afastar da-queles que acompanham a Isabela há mais de 50 anos”, declara Ana Paula Okazaki, gerente de pro-dutos da empresa.

Dessa forma, as tor-tinhas receberam um cuidado especial na confecção da embala-gem, que ganhou cores mais vivas e brilho mais intenso, apoiado pela

utilização do substrato laminado, que fez com que as imagens alcançassem definição quase exata do produto real.

APELOS SENSORIAISA busca pela interação cada vez maior com os consumidores impactou nos desenvolvimentos da indústria de embalagem que se modernizou para atender essa tendência. Explorar os sentidos das pessoas se tornou uma prática.

Os sentidos visuais e do tato já são bas-tante trabalhados na relação dos consu-midores com a embalagem. “Podemos utilizar vernizes de altíssimo brilho ou películas hot-stamping, além de verni-zes texturizados, papéis especiais, rele-vos e cortes diferentes dos tradicionais que atraem o consumidor que busca novidades”, indica Décio Demoliner, diretor da Degráfica Impressos. Além desses recursos, a empresa também

está preparada para atender até as mais recentes tendências, como por exemplo, aplicação de tinta reflexiva à luz negra nas embalagens.

Mesmo com tantos recursos à disposi-ção, o mercado de embalagens alimen-tícias e de bebidas ainda não explora os acabamentos gráficos como deveria. “Mesmo em embalagens voltadas para o público infanto-juvenil é difícil ver até mesmo um verniz. Quando se usa algum acabamento, geralmente são vernizes com reserva na área de cola-gem e alto relevo em determinadas áre-as. Para demonstração de sofisticação, em algumas embalagens encontramos aplicação de hot stamping”, lamenta

Carla Oliveira, do departamento de marketing da UV Pack.

A preocupação em conquistar o público infanto-juvenil chega até mesmo na hora da confecção das tintas de impres-são. Para Bianca Adler, gerente técnica da área de offset da Sun Chemical, a empregabilidade da tinta se diferencia entre o público infantil e adolescente. Enquanto as crianças requerem cores luminosas, fosforescentes e com glitter, os adolescentes pedem tintas de efeito, como tintas metálicas, com glitter, luminosas, fosforescentes, invisíveis ul-travioleta (refletivas à luz negra), assim como o preto fosco, vernizes de textura e vernizes com odor, que agregam mais valor à embalagem e são mais atraentes aos jovens, já que proporcionam uma imagem de produto “descolado”. “Vale ressaltar os trabalhos personalizados e as embalagens sustentáveis que estão cada vez mais disseminadas junto ao público consciente e engajado. O adolescente, de forma geral, compra o artigo de forma muito vinculada à embalagem e esta deve ter um apelo de público mais maduro”, argumenta Bianca.

OS AVANÇOS DE IMPRESSÃO Seja offset, digital ou flexográfica, todas as tecnologias existentes no

Bianca Adler, gerente técnica da área de offset da Sun Chemical

O PODER DOS PERSONAGENSSUPONHA AGORA QUE ALGUMAS MARCAS DE PRODUTOS SE ASSOCIAM COM OS PERSONAGENS PREFERIDOS DE SEU FILHO, QUAL A PROBABILIDADE QUE VOCÊ ACREDITA QUE SEU FILHO LHE PEÇA PARA COMPRAR?

Fonte: TNSInterScienceSIM NÃO

ARGENTINA BRASIL

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MÉXICO

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Enquanto as crianças requerem cores luminosas, fosforescentes e com glitter, os adolescentes pedem tintas de efeito

Tortinhas Isabela: reformulação da embalagem visou aproximação maior com público jovem

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mercado de impressão podem auxiliar o convertedor a atingir as necessidades sensoriais do público infanto-juvenil.

Lincoln Lopes, diretor comercial da ManRoland, por exemplo, destaca duas das mais recentes inovações da empresa: os sistemas Inline Foiler e Inline Press. O primeiro permite a aplicação da metalização colorida em linha no papel ou cartão em uma úni-ca passada, ou seja, o papel recebe um cold stamping, que depois passa por uma aplicação de tinta em cima desse substrato. “Com isso, o convertedor consegue criar um efeito hot stamping diferenciado, além de economizar em consumível, pois sem essa tecnologia ele é obrigado a adquirir o papel ou cartão metalizado para só depois empregar a cor”, acrescenta o diretor. Já o Inline Press, por trabalhar com duas torres de verniz, possibilita que o operador crie relevos em verniz em uma única passada.

Na área digital, Jardel Gonçalves Nu-nes, gerente nacional de aplicações

da Xerox do Brasil, garante que a possibilidade de per-

sonalização, e m p r e g o d e c o r e s v ibrantes ,

impressão em curtas tiragens (permitindo testes de produtos) e o prime-label são pontos importantes

para serem destacados como forma de diferenciação das embalagens. “Pode-mos personalizar de tudo, cores, fon-tes, layouts etc. As possibilidades são ilimitadas e nossas ferramentas fazem a cabeça dos criativos trabalharem em alta performance”, destaca ele,

indicando entre seus produtos a Xerox IGen4, utilizada para embalagens de baixo volume e diferenciadas.

Já Antonio Dalama, diretor da Rota-tek Brasil, empresa especializada em flexografia, aponta que o cuidado com os públicos infantil e jovem é impres-cindível em todas as promoções que se prezem, sobretudo, no que diz respei-to à empregabilidade de personagens que ativam o imaginário da criança. Na opinião do executivo, a flexografia, combinando acabamento em linha, produz material gráfico, sobretudo, embalagens, que ressaltam a regra

básica de valorizar o desenho para que seja atrativo e chame a atenção emo-cionalmente. “O público e os clientes das indústrias gráficas têm grandes expectativas a esse respeito. Esperam cores e materiais que irradiem, com individualidade e exclusividade, o nome, a marca e aspectos que de-monstrem personalidade consistente do produto”, finaliza.

INFORMAÇÕES

BAUDUCCO0800-7011599 | www.bauducco.com.br

DEGRÁFICATel.: (54) 3292-3660 | www.degrafi ca.com.br

MAN ROLANDTel.: (11) 3092-8000 | www.manroland.com

M DIAS BRANCO0800-7025509 | www.mdiasbranco.com.br

ROTATEKTel.: (11) 3215-9999 | www.rotatek.com.br

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Várias opções de acabamentos que permitem sensações táteis e visuais às crianças e adolescentes no portfolio da UVPack

Impressão digital: personalização e pequenos volumes

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A conveniência e a praticidade exigidas pela vida moderna dos consumidores forçaram a evolução da indústria de embalagem para atender essa nova tendência de consumo

Prática, rápida, mas gostosa e saudável

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CYNTHIA LUZ

O perfil econômico da população no mundo vem mudando a cada ano. Cada vez mais pessoas se inserem no mercado de trabalho, formal ou informal, e as mulheres têm jornada dupla, além de dona de casa, elas se dedicam a uma profissão. O Brasil não apresenta diferença nesse quadro. Entre 2002 e 2008, cerca de 4,8 milhões de mulheres assumiram postos no mercado de trabalho formal em todo o País. Além disso, a Relação Anual de Informações Sociais

(Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego mostra que apenas em empregos formais já exis-tem em torno de 16,5 milhões de mulheres, o que levou a participação masculina no mercado de trabalho formal a uma redução de cerca de 66,3% em 1988 para 57,3% em 2008, enquanto a feminina cresceu de 33,7% para 44,7% no mesmo período. Essa tendência vem se ratificando anualmente desde o início da série histórica.

Por outro lado, outra mudança significativa vem sendo registrada nos lares. A cada ano, mais pessoas moram sozinhas no Brasil. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), o número de residências com apenas um morador cresceu de 11,5% para 12% de 2007 para 2008, mantendo a tendência verificada em anos anteriores. Hoje se calcula que dos 58,5 milhões de domicílios estimados em 2009, 18,3% tinham cinco ou mais moradores, após uma queda de aproximadamente 1% ao ano, desde os 23,3% registrados em 2004. Os domicílios com dois e três moradores aumentaram conjuntamente de 42,8% para 47,7% e os com apenas um morador passaram de 10,4% para 12% no mesmo período.

Essas mudanças mexem com diversos hábitos de consumo, incluindo a alimentação. É cada vez maior o número de pessoas que se alimentam fora do lar pelo menos uma vez ao dia. E quando chegam em casa, os consumidores querem, na maior parte das vezes, comer algo de preparo rápido, mas que satisfaça as suas necessidades físicas e o seu paladar. E isso não ocorre apenas nos maiores centros de consumo, nas regiões Sul e Sudeste, mas alcança, também, os estados do Centro-Oeste, Nordeste e Norte, até pelo crescimento econômico registrado nos últimos anos.

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INOVAÇÕES NA CAIXINHAFernando Varela, diretor da conta Food, da Tetra Pak, explica que a empresa pro-cura conhecer os consumidores e as suas necessidades para identificar as tendên-cias de mercado antes de qualquer de-senvolvimento para que essas inovações não sejam tão industriais ou baseadas apenas em ideias de engenheiros, mas sim voltadas ao mercado. “Assim, nos últimos cinco anos, no segmento líquido, tivemos mudança de formato, aberturas diferentes, além de introdução de várias tampas. E na área de alimentos, lança-mos uma inovação muito importante, que são os alimentos sólidos envasados já esterilizados e prontos para consumo”, conta, citando como exemplo feijão, grão- de-bico, lentilha, soja, sopa, molho de tomate e outros produtos já disponí-veis no mercado. De acordo com ele, a principal inovação nessa embalagem, a Tetra Recart é o fato de o alimento ser esterilizado depois de ser colocado na embalagem e não an-tes, como acontece, por exemplo, com o leite.

Varela lembra que uma das razões para a rápi-da aceitação de alguns desses produtos está ligada ao pouco tempo para cozinhar em casa. “Foi detectado que o feijão está perdendo espaço na alimentação pelo tempo despendido no seu preparo e isso é preocupante pela importância desse alimento na dieta do brasileiro. Nessa apresentação, é possível contar com o produto já pronto para servir, podendo suprir a necessidade alimentar tanto de um consumidor solteiro quanto de uma família.” Hoje já existem produtos em versões de 340 ml e 390ml, mas devem ser lançadas as versões de 200ml e 500ml em breve, aten-dendo desde o mercado individual quan-to o familiar.

Por outro lado, há a opção dos diferen-

Nos últimos cinco anos, tivemos mudança de formato, aberturas diferentes, além de várias tampas

TIPO DE EMBALAGEM MAIS UTILIZADO NA CATEGORIA DE PRATOS PRONTOS

CAIXA DE CARTÃO

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FLEXÍVEL

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tes tipos. “Por exemplo, te-nho dois filhos e um gosta de feijão carioca e outro de feijão preto. Assim, não há mais a neces s idade de cozinhar uma pane la de pressão de cada um deles para contentar os diferentes paladares.”

“Mas como aconteceu com a embala-gem longa vida que demorou um pouco a ser aceita no mercado interno, seja no acondicionamento de produtos lácteos, sucos ou atomatados, hoje já bastante difundida, a Tetra Recart também preci-

sará ter suas proprieda-des divulgadas para se tornar mais popular”, afirma Varela. “É pre-ciso mudar o hábito de consumo para que essa embalagem seja escolhida na hora da decisão de compra que dura em média três segundos na gôndola

do supermercado”, avalia, lembrando que nesse tempo são analisados, marca, preço e embalagem.O desenvolvimento da Tetra Recart de-mandou 11 anos, com início em 1992 e conclusão em 2003. O primeiro teste foi feito na França. No Brasil, a embalagem chegou em 2006, e de lá para cá, ela já é utilizada por três marcas diferentes de alimentos. “As vendas desses produtos superam dois dígitos a cada ano. O

que é um crescimento bastante expressivo, principalmente, levando-se em consideração a crise no passado. Para este

ano, a expectativa é crescer 15% com essa embalagem.”Por fim, Varela ressalta que, como todos os

De olho nesse mercado, a indústria de embalagens busca alternativas para tor-nar mais práticos e melhores os alimentos prontos e/ou semiprontos. Exemplos dessas tendências são as embalagens com porções individuais, como as da linha Meu Menu, da Perdigão, Hot Pocket, da Sadia, entre outras. Além disso, as latas que podem ir ao micro-ondas e os alimentos prontos acondicionados em embalagens cartonadas também são exemplos dessas tecnologias que visam a facilitar a vida dos consumidores. E o recente lançamento da linha Grãos, também da Perdigão, vem na esteira dos alimentos práticos, rápidos e saudáveis.

Fernando Varela, diretor da conta Food, da Tetra Pak

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demais produtos da empresa, essa em-balagem, feita com matérias renováveis, tem o perfil ambiental e foi a primeira cartonada da Tetra Pak aprovada pelo sistema de rastreabilidade ambiental na Suíça.

Assim, apesar de a Tetra Recart ter aparência bastante similar à outra emba-lagem asséptica, ela conta com matérias-primas diferenciadas. “O papel é espe-cial. O polímero não é o polietileno, mas o polipropileno, as tintas e os adesivos são diferenciados. Tudo para suportar altas temperaturas, já que o produto é esterilizado dentro da embalagem. Por isso, o desenvolvimento demandou 11 anos”, finaliza.

A EVOLUÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMASMas para chegar ao desenvolvimento de uma nova embalagem, novos materiais são necessários. Paulo Cesar Bernardi-no, gerente de contas de papel cartão da Klabin, afirma que as indústrias de alimentos e bebidas, por meio de suas áreas de pesquisa e desenvolvimento e especificação de materiais, têm sido incansáveis na busca de soluções de embalagens que representem inova-ções no design, na composição das estruturas, na proteção dos produtos e na comunicação da marca ao longo de toda a cadeia até que os produtos sejam consumidos nos lares. “Com o papel cartão não tem sido diferente.” De-mandas específicas para cada segmento

da indústria de alimentos têm sido solicitadas e alguns desenvolvimentos visam a suprir alguma deficiência na cadeia. Assim, por exemplo, no caso de alimentos resfriados e congelados, mesmo desenvolvendo a redução da gramatura do papel cartão, as suas principais propriedades como a rigidez e a resistência ao longo da cadeia do frio foram preservadas. “Nesse campo, a Klabin possui tecnologia estado da arte na fabricação de papel cartão para contato direto com líquidos, sólidos e pastosos. As matérias-primas não fibrosas possuem certificação FDA e algumas já carregam tecnologia base-ada em nanomateriais.”

No segmento de massas, chocolates, cereais matinais, alimentos secos, a empresa busca desenvolver alterna-tiva complementar de estrutura que, quando combinada com o papel cartão, ofereça algum tipo de barreira desejada contra intempéries, predado-res, contaminantes e outros tipos de fenômenos.

De acordo com Bernardino, as emba-lagens de alimentos congelados nacio-nais consideradas as mais avançadas nos mercados globais combinam o uso de papel cartão de alto desem-penho, alta qualidade de reprodução e acabamento de alto brilho e resis-tência. “Já as embalagens cartonadas de cereais matinais, da conversão ao envase final, são consideradas de alta

produtividade.”

Gustavo Lombardi, gerente de negócios da divisão de flexíveis para América do Sul da Henkel, fabricante de adesivos alifáticos base solvente e adesivos livres de solventes, recorda que o mercado de embalagens flexíveis está, em sua grande maioria, sustentado na indústria alimen-tícia. “Nos últimos anos, o grande desafio tem sido a consolidação desse tipo de embalagem para alimentos prontos e não congelados. Tanto em processos de autoclave, como em esterilizações menos críticas, o foco tem sido a substituição de embalagens rígidas como vidros e latas, e também de alimentos congelados, pela proteção e viabilidade técnico-comercial de um flexível com o alimento pronto para consumo”, afirma.

“Um exemplo típico dos últimos anos é o molho de tomate. Hoje o stand-up pouch é uma realidade nas gôndolas dessa categoria. Porém, vale ressaltar que para processos desse tipo, a embalagem deve garantir não só a integridade do alimento contra fatores externos, mas também fatores inerentes à própria

embalagem, com a pos-sível contaminação por migração de componentes presentes nos adesivos de laminação”, explica. “A Liofol, marca de adesivos da Henkel, garante emba-lagens laminadas livres de migração, que cumprem com as diversas legislações ao redor do mundo para processos da indústria ali-mentícia.”

Na categoria de alimentos

produtividade.”alimento contra fatores externos, mas também fatores inerentes à própria

embalagem, com a pos-sível contaminação por migração de componentes presentes nos adesivos de laminação”, explica. “A Liofol, marca de adesivos da Henkel, garante emba-lagens laminadas livres de migração, que cumprem com as diversas legislações ao redor do mundo para processos da indústria ali-mentícia.”

Na categoria de alimentos

FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS E PRATOS PRONTOS2007/2008 – VALOR DA PRODUÇÃO EM R$ MILHÕES

Fonte: Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Produto

R$ 452 Mi

R$ 1,1 Bi

2007

2008

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146,37%

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23,41%

-28,61% -5,8%274,11%

PRATOS PRONTOS, CONGELADOS, À

BASE DE CARNES, EXCETO PESCADOS

PRATOS PRONTOS, CONGELADOS, À

BASE DE MASSAS

PRATOS PRONTOS, CONGELADOS, À BASE DE PEIXES, CRUSTÁCEOS E

MOLUSCOS

PRATOS PRONTOS, CONGELADOS, À

BASE DE VEGETAIS

PRATOS PRONTOS, CONGELADOS, À

BASE DE VEGETAIS

2013,46%

Paulo Cesar Bernardino, gerente de contas de papel cartão da Klabin

As embalagens de alimentos congelados mais avançadas combinam o uso de papel cartão de alto desempenho,

acabamento de alto brilho e resistência

Aplicação do adesivo Liofol

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prontos para consumo, Lombardi desta-ca que as embalagens flexíveis do tipo re-tort devem atender aos mais altos níveis de exigências térmicas e químicas. “Nes-ses casos, todos os insumos utilizados são de altíssimo nível, inclusive filmes, tintas e adesivos”, diz. “A preocupação com a contaminação dos alimentos deve ser extrema. Esse quesito é especificado em legislações e normas nos mercados europeu e norte-americano. Os adesivos utilizados nesse tipo de embalagens devem atender a níveis de migração bas-tante severos e a responsabilidade final sobre a embalagem é do convertedor, que é quem elege e seleciona os insumos a serem utilizados.”

Para o mercado de retort e embalagens de alta exigência térmica e química, a Henkel desenvolveu adesivos aromá-ticos base solvente que atendem às legislações FDA e europeia. “Com isso, o convertedor tem toda a facilidade do processo de laminação com um sistema aromático, que possui alto tack inicial, cura a temperatura ambiente e rapidez

no processo de conversão como um todo”, afirma. “Além disso, a empresa possui também um sistema sem sol-vente que atende à exigência térmica e química do processo de autoclave (retort), até então, restrita aos adesi-vos com solvente. Com esta opção, os fabricantes de embalagens podem se beneficiar das conhecidas vantagens dos sistemas solvent less (custo apli-cado, velocidade de laminação, baixo consumo de energia e não emissão de voláteis) para embalagens com alto valor agregado”, finaliza.

O DESENVOLVIMENTO DOS EQUIPAMENTOSCom o desenvolvimento de novas alter-nativas de embalagem para atender todo o tipo de público no segmento de ali-mentos, os fabricantes de equipamentos também tiveram que se adequar. Assim, há uma grande demanda por máquinas e equipamentos que produzem emba-lagens em diferentes tamanhos, com materiais diversos e, ainda, com setup rá-pido e não muito trabalhoso. Isso é o que revela Osvaldo Cristo, gerente-comercial da Fabrima. “O mercado brasileiro de embalagens no Brasil experimenta uma velocidade de renovação em qualidade e quantidade impressionante. A ascensão social vivida no País garante novos e mais exigentes consumidores”, diz.

“Os nossos equipamentos podem produzir desde as mais simples em-balagens, como almofada, sanfonada e fundo chato, além de embalagens

especiais, como trapezoidais e pacotes cinco soldas. Além disso, uma mesma máquina, com os acessórios adequados, pode produzir qualquer tipo de emba-lagem mencionada. Nossas máquinas permitem troca de formatos sem uso de ferramentas”, destaca.

Já Alceu Bicalho Junior, gerente de ven-das e marketing do Bobst Group, acentua que os diferentes formatos das embala-gens e os materiais diferenciados condu-zem os fornecedores de equipamentos de embalagem ao desenvolvimento de soluções com mais tecnologia e setup mais rápido. “Temos equipamentos com alto grau de automação e que per-mitem a programação de diversos tipos de embalagens. Essas máquinas já são utilizadas por empresas de ponta que entendem a necessidade de investir em soluções inteligentes”, opina.

Ruy Casale, gerente de marketing e planejamento estratégico da Dixie Toga, por sua vez, lembra que o Brasil é reconhecido internacionalmente por sua criatividade em diversos setores, da arte ao mundo dos negócios. No segmento de embalagens não é diferente. “Esse setor se desenvolveu bastante nos últi-mos anos, especialmente, nos quesitos de tecnologias e materiais sustentáveis e de design. As indústrias de alimentos e bebidas estão entre aquelas que mais exigem flexibilidade e inovação.” “O Prêmio Abre da Embalagem Brasileira, promovido pela Associação Brasileira de Embalagem, é um exemplo disso. Nele, foram apresentadas muitas novidades

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que o setor tem feito nas áreas de ma-teriais, formatos e tamanhos.”

A Dixie Toga atua não apenas na pro-dução de embalagens como também na fabricação de máquinas de envase. No segmento de embalagens, a empresa trabalha com o conceito multipacka-ging, que posiciona a empresa como fornecedora de soluções nas áreas de flexíveis, encolhíveis, rígidos, cartuchos, rótulos e tubos laminados. “Na área de máquinas de envase, a companhia pos-sui a unidade de negócios Brasholanda, especializada em máquinas de envase e acondicionamento. Esse negócio atende desde empresas de alto volume, até pe-quenos produtores. Cada equipamento é desenvolvido sob demanda, permitin-do grande flexibilidade de formatos e tamanhos”, garante Casale.

DESCARTÁVEIS: MAIS RESISTENTESAs embalagens descartáveis também mudaram para atender o consumidor de alimentos prontos. Prova disso são as embalagens de alumínio, popularmente conhecidas como quentinhas, que de-ram um salto de qualidade. E a exemplo do que já ocorre na Europa, nos Estados Unidos e até na China, elas estão mais robustas, ou seja, com espessura maior para elevar a resistência e a qualidade dos produtos.Utilizadas em grande escala em bares, restaurantes, cozinhas industriais, redes de fast food e comércios de alimentos em geral, as bandejas estão mais resis-tentes. Isso se deve a uma decisão de

INFORMAÇÕES

ABALTel.: (11) 5904-6450 | www.abal.org.br

ALUMILESTETel.: (11) 4039-1227 | www.alumileste.com.br

BOBSTTel.: (11) 4534-9300 | www.bobst.com

DIXIE TOGATel.: (11) 2928-2000 | www.dixietoga.com.br

FABRIMATel.: (11) 2465-2500 | www.oystarfabrima.com

HENKELTel.: (11) 3205-8955 | www.henkel.com.br

KLABINTel.: (11) 3046-3438 | www.klabin.com.br

PRADATel.: (11) 5682-1000 | www.prada.com.br

TETRA PAKTel.: (11) 5501-3342 | www.tetrapak.com.br

mercado impulsionada pelas principais empresas brasileiras do setor, que es-tabeleceram, recentemente, uma nova espessura – folhas de alumínio de 60 micra – 50% mais espessas que as versões até então produzidas.

Mais firmes, as bandejas são mais fáceis e seguras para armazenar e transportar alimentos, além de tornar o trabalho da cozinheira e das donas de casa mais prá-ticos, possibilitando levar diretamente à mesa pratos que foram preparados, con-gelados ou descongelados, no mesmo recipiente, sem riscos de amassamento e rompimento das embalagens ou até de vazamento.

De acordo com Fabio Romeiro Guaraná, coordenador do Comitê de Embalagem da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), a mudança representa um salto qualitativo na produção de embalagens de alumínio. Elas continuam altamente competitivas, custando 20% a 30% menos do que os produtos concorrentes.” O novo formato responde às necessidades dos pró-prios consumidores finais que, por muitas vezes, valiam-se de duas bandejas – nos padrões anteriores de 30 a 40 micra – para acondicionar refeições mais pesadas. E, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a embalagem de alumínio pode ser levada ao micro-ondas para aquecer alimentos sem causar explosão. Um case que exemplifica esse uso é o da Alumileste, que fornece formas para o setor de panificação do Pão de Açúcar, acondicionar tortas. Essas embalagens podem ser congeladas e, posteriormente, descongeladas e aquecidas na própria bandeja no forno convencional ou no micro-ondas. “Para isso, desenvolve-mos uma solução com uma tampa em PET, que permite não apenas o uso do micro-ondas, como a visão do produto no ponto de venda”, conta Tatiane Santos, do departamento de marketing da Alumileste.Para ela, essa embalagem é o melhor exemplo da praticidade do alumínio, já que protegem os alimentos contra a ação da luz, do oxigênio e da umidade, preservando suas qualidades originais, e ainda são bonitas práticas e versáteis. “Elas podem ir diretamente do freezer

para o forno e depois para a mesa, sem a necessidade de substituição.”

Tatiane conta ainda que essa embalagem já é usada dentro do Pão de Açúcar para preparar os alimentos. “Como elas são fortes, com espessura maior, elas são utilizadas para assar as tortas no forno convencional e, depois de frias, recebem a tampa de PET para ir para as prateleiras. Ou seja, o alimento não precisa ser manuseado para substituição de embalagem para a venda.” “Essas embalagens ainda podem ser coloridas, já que podem receber revestimento de tintas especiais que não interferem no processo de aquecimento.”

LATA DE AÇO: ALIMENTO AQUECIDO POR IGUALA Companhia Metalúrgica Prada lan-

çou no mercado brasilei-ro uma lata de aço que pode ser levada ao forno micro-ondas e também para o forno convencio-nal. A tecnologia, que demorou cerca de cinco anos para ser desenvolvi-da, utiliza um verniz que reveste a lata e suporta o

calor gerado pelas ondas.

Para desenvolver a tecnologia, a em-presa fez testes com sopas e produtos prontos com carnes, como o estrogo-nofe. “Agora vamos iniciar testes com outros tipos de produtos”, afirma Ca-roline Fátima Da Hora, coordenadora de marketing da Prada.

A expectativa da Prada é que as latas cheguem às prateleiras em no máximo seis meses.

Fabio Romeiro Guaraná, coordenador do Comitê de Embalagem da Abal

As embalagens de alumínio continuam altamente competitivas

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Maior consumo de bebida força indústria de embalagem a expandir a produção

Maior renda puxa consumo de lata de alumínio

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O aumento do poder de compra da população contribuiu para o maior consumo de bebidas (refrigerantes, sucos, chás, cervejas) pelos bra-

sileiros. Esse cenário aumentou a demanda de latas de alumínio no Brasil no primeiro semestre deste ano. Com isso, a indústria

de embalagem de alumínio teve de antecipar a expansão de seus investimentos, pois não foi possível acompanhar a demanda. O grupo Schinca-riol, entre outras empresas do mercado brasileiro, importou latas de alumínio, vindas prin-cipalmente dos Estados Uni-dos. Mesmo com o problema, segundo a empresa, a produção não foi prejudicada.

Segundo Gino Berninzon Di Domenico, diretor de operações da Schincariol, entre o final de 2009 e início de 2010, a empresa foi surpreendida pelo aumento de demanda e pela restrição da oferta de latas no mercado de bebidas. “É necessário que os fornecedores nacionais de lata se adaptem às novas demandas de mercado”, diz.

A empresa não teve problemas de produção, pois rapidamente buscou alternativas para evitar qualquer impacto na produção. “Com a oferta restrita de latas apresentada no primeiro semestre do ano, a Schincariol teve que importar o produto a fim de atender as suas necessidades.”

Para acompanhar o crescimento anual do mercado de bebidas que, somente no caso da cerveja, cresce em ritmo acelerado, o Grupo Schincariol está investindo R$ 1 bilhão em 2010 na expansão das suas unidades, na melhoria das fábricas e em novos produtos, como a cerveja Devassa Bem Loura e o refri-gerante de baixa carbonatação Viva.

Apesar de o movimento maior ser esperado pela Refrigerantes Convenção, a empresa também sentiu o problema. Segundo Paulo Roberto Ferrari, diretor comercial da empre-

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PRODUÇÃO E VENDAS DE CERVEJAS OU CHOPES R$ MILHÕES

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sa, o mercado já dava sinais de franca recuperação desde o ano passado, assim a empresa se preparou para atender a demanda. “Sentimos apenas o reflexo da falta de latas para envase de cervejas e de refrigerantes. Para vidro e PET não tivemos dificuldades.”

NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRASegundo especialistas do setor, além da re-alização da Copa do Mundo e da demanda do verão, as vendas de latas de alumínio para bebidas superaram as expectativas do mer-cado também graças à ascensão da classe C.

Segundo Martinho Pai-va Moreira, vice-presidente de comu-nicação da Associação Paulista de Supermercados (APAS) com a ascensão desses novos consumidores houve uma retomada do consumo dentro do lar. “Nossa pesquisa aponta para o aumen-to de festas caseiras, como os churras-cos e os aniversários, em que é grande o consumo de cerveja e refrigerante em latinha”, avalia. Além disso, as leis seca e antifumo também contribuíram para esta forma de consumo.

De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apre-sentou, no primeiro semestre de 2010, crescimento de 6,5% nas vendas em

volume, em comparação ao mesmo período de 2009, quando a variação ficou em 2% (primeiro semestre de 2009 sobre mesmo período de 2008). O bom desempenho foi puxado pelas cestas de bebidas alcoólicas, com 15%, e bebidas não alcoólicas, com 10,9%. Nas regiões do país, todas as áreas pesquisadas registraram aumento no

volume vendido.

CONSUMO DE LATAS 21,8% MAIORSegundo dados da As-sociação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), o consumo de latas registrou um aumento de 21,8% em

relação ao primeiro semestre do ano passado. “Não se conseguiu prever esse consumo acima do esperado, pelo menos com a antecedência ne-cessária. Mas isso não aconteceu ape-nas com o setor de embalagem, mas também com o de bebida e outros do varejo”, diz Renault de Freitas Castro, diretor executivo da Abralatas.

Para o diretor, a razão principal do grande crescimento se deve ao au-mento da renda que trouxe muitas pessoas para a classe média. Ele ainda ressalta a Copa do Mundo que trouxe o aumento previsto de cerca de um mês de consumo médio do ano.

“A capacidade de produção do se-tor de latas não teve esse mes-mo comporta-mento, porque no ano passado quando deve-riam ser feitas as reuniões de investimento, ainda se estava num período de incerteza. Com isso, os fabri-cantes adiaram o período de

investimento, mas a recuperação veio muito rápida.”

Ainda segundo ele, o setor vai alcançar o crescimento da demanda com o au-mento da produção. Os investimentos para 2010/2011 são de R$ 738 milhões, ampliando a capacidade de produção de 16,8 bilhões de unidades (2009) para 24 bilhões no início de 2011.

A expectativa é que a capacida-de de produção esteja superior à demanda e tra-ga uma situação confortável até março de 2011. “Depois disso, a importação para, pois ela não é viável, isso quer dizer que se o produtor nacio-nal não atende a essa demanda, na verdade, está abrindo mão do mercado. É interesse dos fabricantes de latas suprir a demanda e até mesmo ter um pouco de capacidade adicional para casos excepcionais.”

IMPORTAÇÃOQuestionada se a demanda de alumínio é suficiente para produção de latas no Brasil, Eunice Lima, coordenadora do Comitê de Mercado de Embalagens para Bebidas da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), afirma que o país pos-sui hoje capacidade de produção tanto de alumínio primário como de chapas de alumínio para atender ao mercado interno e, especificamente, ao setor de latas para bebidas que vem apresentando grande crescimento nos últimos anos.

De acordo com ela, a capacidade de produção de chapas de alumínio, matéria-prima para a indústria de latas, é de 400 mil toneladas/ano, suficiente para atender inclusive a expansão em andamento dos produtores de lata, que deverá elevar a capacidade para cerca de 18 bilhões de unidades no final de 2010.

VENDAS DE LATAS DE ALUMÍNIO PARA BEBIDAS NO BRASIL2000 A 2010* – EM MILHÕES DE UNIDADES

Fonte: Abralatas*Previsão de crescimento de 10%

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É necessário que os fornecedores nacionais de lata se adaptem às novas demandas de mercado

Gino Berninzon Di Domenico, diretor de operações da Schincariol

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Mas, já se antecipando a essas deman-das futuras, a indústria de transforma-dos está investindo US$ 300 milhões para elevar a capacidade de produção de chapas de alumínio para 600 mil toneladas, no final de 2012. “Em fun-ção dos altos custos de energia elétrica no Brasil, não temos, no momento, investimentos do mesmo porte na indústria de alumínio primário. Mas, o setor acredita que o futuro presidente eleito reavaliará essa questão para que não haja falta de alumínio primário no mercado interno.”

NOVOS INVESTIMENTOSAs fabricantes de latas de alumínio estão expandindo a sua linha de pro-dução e investindo em novas plantas para atender o aumento da deman-da. Assim as indústrias produtoras nacionais – Latapack Ball, Rexam e Crown – têm planos de expansão de produção em 2010.

A Rexam está investindo no aumento da capacida-de das plantas de Recife (PE), de Jacareí (SP), do Chile e na reabertura da unidade Pouso Alegre (MG). Segundo Renato Estevão, diretor comer-cial da Rexam na América do Sul, estes investimen-tos somente irão gerar maior aumento na capacidade de produção em 2011.

O diretor observa que o volume de-mandado pelo mercado foi realmente bem acima do esperado. “Os fabri-cantes e envasadores foram obrigados a importar latas dos EUA, México e Europa. Para compensar este aumento de custos, a Rexam e os demais fabri-cantes de latas, por meio da Abralatas, assim como os produtores de bebidas, conseguiram com o Governo Federal aprovar a redução da alíquota de im-portação para a importação de até 1.9 bilhão de latas.”

A empresa inaugurará uma unidade em Pouso Alegre (MG), que começará a operar a partir de 2011, e terá uma capacidade anual de produção de até 700 milhões de latas. Quanto aos pla-nos tanto para a Copa do Mundo de 2014 como para as Olimpíadas de 2016,

a empresa neste momento ava-lia juntamente com os clientes quais as expec-tativas e previ-sões deles. “O plano estraté-gico da Rexam para o evento da Fifa no Brasil deverá ser con-cluído em 2011 para que possa-mos realizar os investimentos necessários em 2012 e 2013. Com isso, teremos capacidade para atender a demanda do mercado no primeiro semestre de 2014.”

Os investimentos programados para 2012 e 2013 foram antecipados pela

Crown Embalagens Metálicas da Amazônia. “Não fomos pegos de surpresa porque o setor já vinha crescendo, mas quando você dobra os dígitos, os investimen-tos têm de ser acelera-dos. Nós já tínhamos investimentos predefi-nidos, o que fizemos foi

antecipá-los. Mas tem um intervalo, que foi justamente este ano, para a fá-brica entrar em operação”, diz Rinaldo Lopes, presidente da Crown.

Ele acredita que o mercado se movi-mentou, precisou importar latas, mas no ano que vem isso não será mais necessário. Para isso, a Crown está investindo US$ 200 milhões para que sua produção de 3,5 bilhões de latinhas salte para 6,5 bilhões. De acordo com Lopes, além de instalar uma nova plan-ta capaz de produzir 2 bilhões de latas, em Ponta Grossa (PR), investimento de US$ 120 milhões, estão com mais uma linha na unidade de Estância (SE) e dobrando o tamanho da fábrica de tampas em Manaus (AM).

A Latapack Ball também aumentará a produção. Com quatro unidades, a empresa tem três plantas produtivas, duas fabricam as latas (Jacareí – SP e

Três Rios – RJ) e uma produz as tam-pas (Simões Filho – BA). A produção de latas conta com quatro linhas (três em Jacareí e uma em Três Rios), com capacidade da ordem de 3,7 bilhões de latas/ano.

A planta de Três Rios é a mais nova uni-dade da empresa. Com investimentos da ordem de US$ 105 milhões, possui atualmente uma linha de produção ati-va desde novembro do ano passado. Ela está recebendo novos investimentos para expansão. “Investiremos cerca de US$ 70 milhões para implantar a se-gunda linha de produção, que será de-dicada especialmente à lata no formato sleek”, diz o diretor financeiro Jorge Angel. No final do ano, com a entrada da segunda linha, serão cinco linhas ao todo, com capacidade de aproximada-mente 4,6 bilhões/ano. (A.B.)

INFORMAÇÕES

ABRALATASTel.: (61) 327-2142 | www.abralatas.com.br

ABALTel.: (11) 5904-6450 | www.abal.org.br

APASTel.: (11) 3647-5000 | www.portalapas.org.br

CROWN EMBALAGENSTel.: (11) 4529-1000www.crownembalagens.com.br

LATAPACK BALLTel.: (11) 2171-2400 | www.latapack.com.br

REFRIGERANTES CONVENÇÃOTel.: 0800-7710008www.refrigerantesconvencao.com.br

REXAMTel.: (21) 2104-3300 | www.rexam.com

SCHINCARIOLTel.: 0800-7710123 | www.schincariol.com.br

Jorge Angel, diretor fi nanceiro da Latapack Ball

Renault de Freitas Castro, diretor executivo da Abralatas

Investiremos cerca de US$ 70 milhões para implantar a segunda linha de produção

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Flexibilidade para crescer

Segundo maior mercado de biscoitos do mundo, a indústria brasileira também é uma das que mais realizam lançamentos, contribuindo para o crescimento e a inovação do setor de embalagem fl exível

Quanta mudança! Foi-se o tempo em que a prateleira da categoria de biscoitos era recheada apenas dos sabores de morango e chocolate. Hoje a diversidade tomou conta do ponto de venda. dos inúmeros sabores até sabores combinados aos posicionamentos mais adotados no segmento – integral, light, sem sal etc – todos para atender a diversidade de paladares. aliás, é essa diver-sidade o ingrediente do saboroso crescimento do setor

e o desenvolvimento da indústria de embalagem flexível no Brasil. não à toa, os biscoitos doces são a segunda categoria com maior número de lan-çamentos de embalagens no mundo. Posição que é mantida há cinco anos, segundo o estudo desenvolvido pelo Laboratório de Monitoramento Global de Embalagem EsPM. Este ano, de janeiro a agosto, o lançamento mundial de embalagens na categoria de biscoitos totalizou 6881, um crescimento de 14,5% em relação ao mesmo período do ano passado. desse total, os biscoitos doces respondem por 77,5% dos lançamentos.

no Brasil, o número de lançamentos de embalagens na categoria de biscoi-tos foi de com 280 lançamentos, no período de janeiro a agosto de 2010. desse total, os biscoitos doces representam 79,6%, e os biscoitos não-doces, 20,4%. segundo telma datti, gerente de produto da Marilan, empresa que fez mais lançamentos este ano, segundo o Laboratório de Monitoramento Global de Embalagem EsPM, a categoria de biscoitos está muito direciona-da para novos produtos porque o consumidor está sempre ávido por novas

opções, sejam elas relacionadas a tipos, tamanhos, sabores ou formatos de bis-coitos. “os consumidores buscam nos biscoitos cada vez mais praticidade, sabor e qualidade nutricional. dentro desse contexto, a Marilan tem apostado muito nas embalagens individuais e na formulação de biscoitos de melhor valor nutricional associado a muita variedade e sabor”, revela. as linhas

EmprEsas quE mais lançaram biscoitos no brasil (2010)

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carros-chefe são as de biscoitos doces maria, maisena, leite, coco e manteiga, os amanteigados, e os biscoitos tipo água e sal e cream cracker.

Em média, a Marilan realiza 15 lan-çamentos ao ano. “além de uma nova identidade corporativa que apresenta uma nova logomarca, nós temos in-vestido em embalagens cuja comuni-cação transmita ao consumidor todas as informações importantes que ele necessita no momento da compra. E também estamos investindo em novos formatos e gramaturas em linha com as novas tendências de mercado”, afirma telma. “a empresa vem crescendo historicamente e pretende consolidar ainda mais sua posição de destaque no mercado de biscoitos, buscando ser uma empresa de alta atratividade para o varejo e de alto valor para seus consumidores finais”, conclui a gerente de produto.

a embalagem de BoPP domina o mercado de biscoitos. a embalagem flexível está presente em praticamente 100% do mercado brasileiro de biscoi-tos. segundo José dos santos dos reis, presidente do sindicato da indústria de Massas alimentícias e Biscoitos do Estado de são Paulo (simabesp) e vice-presidente da associação nacional das indústrias de Biscoitos (anib), a embalagem flexível permite a conser-vação do shelf life do produto, além de possibilitar o desenvolvimento de embalagens mais criativas e atraentes aos olhos dos consumidores, mantendo o biscoito acessível ao bolso da po-pulação. “Existe ainda uma pequena participação da embalagem de papel cartão no segmento premium, ou seja, para produtos mais sofisticados”.

sérgio Bianchini, gerente de desen-volvimento de mercado e assistência técnica da Polo Films, fabricante de fil-mes flexíveis, destaca uma inovação no setor. “os formatos das embalagens de BoPP dos biscoitos estão passan-do gradativamente de portfolio (fechamento lateral trapezoidal que não provê boa herme-ticidade) para flow pack (hermeticamente fechado), garantindo assim a qualidade e a

adequada proteção ao produto”, revela. E acrescenta: “também as estruturas com filmes metalizados que adicionam barreira ainda são o grande foco no uso para proteção e shelf life desses produtos”.

a indústria de em-balagem flexível vem acompanhando a evo-lução do setor de bis-coitos. segundo Fábio Mardiression, gerente de marketing da Con-verplast, fabricante de embalagens flexíveis que atende grandes empresas nacionais e multinacionais do setor de biscoitos, o mercado tem inovado bastante nos últimos três anos. “o problema não é mais vender, mas vender melhor e agregando valor, ou seja, construindo valor na embala-gem”, afirma o executivo. “nós temos investido em várias tecnologias para fazer acabamentos diferenciados na embalagem, como textura, holografia, mate fosco e mate brilho. o mate fosco, por exemplo, tem sido bastante utilizado no segmento de biscoitos sau-dáveis, como os cookies integrais, ca-tegoria que vem crescendo e demanda

inovação”, destaca.

aliás, a saudabi-lidade é um dos posicionamentos mais adotados no lançamento

de biscoitos, se-gundo reis,

da simabesp e anib. “Hoje há uma tendência para o consumo de produ-tos mais saudáveis, como integrais, orgânicos, com baixo teor de gordu-ra, enriquecido com fibras e cálcio. Ela começou a ser identificada de

uns dois anos para cá de uma maneira mais forte no mercado brasileiro. o crescimento dos produtos saudáveis está chegando na casa dos dois dígitos”, acentua.

seguindo a tendência de explorar os sentidos dos consumidores por meio da

embalagem, o odor e o brilho fluores-cente que saltam aos olhos podem ser uma alternativa para destacar o produ-to na gôndola. segundo Mardiression, a tecnologia para implementar esse tipo de solução na embalagem está disponível, mas não é usada pelo setor. “a interação com os consumidores representa um grande pulo de inova-ção no setor de embalagem. imagine que o consumidor pode passar na gôndola e receber um sinal de um produto”, afirma.

Bianchini, da Polo Films, lembra que os filmes de BoPP estão nesse jogo de explorar o sentidos, trazendo caracte-rísticas e aspectos visuais, como mate com capacidade superficial para rece-ber qualquer tipo de tinta de impressão ou tratamento, como metalização, holografia, aplicação de vernizes com aroma etc.

Já Mardiression, da Converplast,

Telma Datti, gerente de produto da Marilan

Dirceu Mendes Varejão, diretor comercial & marketing da Vitopel

Os consumidores buscam nos biscoitos cada vez mais praticidade, sabor e qualidade nutricional

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destaca outra oportunidade de tra-balhar os sentidos na embalagem de biscoitos que é a inclusão de stickers. “nós podemos aplicar os adesivos na bobina de embalagem para uma ação promocional que pode conter uma fi-gurinha para a criançada colecionar ou uma figurinha numerada para o consu-midor enviar por sMs e concorrer a um prêmio”, acrescenta o executivo.

o MerCado de PorçÕes indiViduaiso mercado de porções individuais permitiu a inclusão de um novo grupo de consumidores de biscoitos, o single, que busca embalagens menores e mais adequadas ao seu consumo. na opinião de Mardiression, da Converplast, ain-da há muito mercado a explorar em termos de porção individual de 140 a 150 gramas. “o advento da monodose aumentou o consumo de flexíveis. as categorias de biscoito cream cracker e de biscoito tipo club são importantes em volume e embalagem”, diz. o negócio de biscoitos da Converplast, segundo ele, cresce a uma taxa de 5% a 7% ao ano”, conclui.

Bianchini, da Polofilms, afirma que o

crescimento do segmento single ou bis-coito fracionado para consumo indivi-dual requer maior uso de filme flexível em sua embalagem. “Logo, o BoPP se beneficia desse crescente novo modelo de consumo ou de novos entrantes no segmento de fracionados”. “Entretan-to é necessário investir em filmes com bom desempenho em uma logística de distribuição eficiente no atendimento de toda a cadeia, no atendimento técnico, nos avanços tecnológi-cos de composições que atendem a demanda por maior eficiência de en-vase, entre outros”.

reis, presidente da si-mabesp e vice-presi-dente da anib, também confirma o crescimento do mercado de emba-lagens individuais de-senvolvidas para facilitar a vida dos consumidores que ingerem o biscoito fora de casa, nas chamadas refeições intermediárias. “Um dos nichos que mais cresceram é justamente o do cha-mado consumo de conveniência dentro da categoria de salgados, ou seja, os biscoitos tipo club, que vêm ampliando a diversidade de formatos e sabores. Esse segmento vem crescendo 6% ao ano”, revela. outra grande tendência, segundo ele, são as embalagens para o consumo familiar, maiores, porém cus-tomizadas para atender as diferenças

individuais em cada família.

Para atender esse crescente mercado dos biscoitos tipo club que se caracte-riza pelo porcionamento, a indústria de filmes flexíveis também teve que evoluir para atender aos requisitos de alto volume, velocidade e rapidez no fechamento da embalagem. dirceu Mendes Varejão, diretor comercial & marketing da Vitopel, fabricante de

filmes de BoPP (polipropileno biorientado), conta que foi desenvolvido u m p r o j e t o exclusivo em parceria com a Kraft Foods e os convertedores de embalagem que permitiu trabalhar com

uma temperatura de selagem mais baixa para aumentar a produtividade e a selabilidade na linha do end user. “nesse projeto, a temperatura de sela-gem foi decisiva”, argumenta. segundo o executivo, a indústria de alimentos e de bebidas representa 70% do fatura-mento da empresa e os segmentos de biscoitos e snacks são os dos principais setores para o BoPP. “temos uma parcela grande do mercado de biscoi-tos no Brasil. Em 2010, a expectativa é crescer a uma taxa de até 2,5% ao ano”, afirma.

José dos Santos dos Reis, presidente do Simabesp e vice-presidente da Anib

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Um dos nichos que mais cresceram é justamente o do chamado consumo de conveniência dentro da categoria de salgados

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INFORMAÇÕES

ANIB Tel.: (11) 3251-3455 | www.anib.com.br

CONVERPLASTTel.: (11) 2462-1177 | www.converplast.com.br

MARILAN Tel.: 0800-116933 | www.marilan.com

POLO FILMSTel.: (11) 3478-5950 | www.polofi lms.com.br

SIMABESP Tel.: (11) 3251-3455 | www.simabesp.org.br

VITOPEL Tel.: (11) 3883-7700 | www.vitopel.com

Menor esPessura e MonoCaMadaComo trabalhar a embalagem para conseguir fazer com que o biscoito chegue na gôndola do supermercado e ao consumidor a um preço mais acessível e atendendo a demanda de sustentabilidade? Varejão responde. “Por exemplo, hoje o grande mote da embalagem é como eu reduzo espes-sura para descartar menos produto no meio ambiente. Já conseguimos reduzir bastante, mas não chegamos no limite. o limite é o quanto os pro-

fissionais estão abertos à inovação”, ressalta. a espessura do filme já foi reduzida em 32%, saiu de 25 micras para os atuais 17 micras. É importante salientar que a espessura foi re-duzida sem perda de performance do filme flexível. Varejão explica que o deslizamento na linha foi mantido, asse-

gurando a produtividade e a espessura é uniforme na largura inteira do filme.

ainda nessa linha de sustentabilida-de, a tecnologia de eletrobeam para impressão de embalagens permite trabalhar sem solventes na estrutura pós-impressa e com uma possibilidade de velocidade de linha superior ao que é praticada atualmente hoje no merca-do. É o que afirma Varejão. “ainda não é utilizada no segmento de alimentos, mas é a tecnologia ideal para o setor de alimentos. Com essa tecnologia e a possibilidade de desenvolver filmes

flexíveis monocamada e com espes-sura reduzida, possibilita a criação de uma nova tendência no mercado de biscoitos”, explica o executivo. “Hoje a Vitopel tem o produto monocama-da desenvolvido, mas não o contexto todo ainda resolvido, ou seja, é preciso que esse material tenha a mesma performance de um filme em duas camadas. Estamos trabalhando forte nisso porque o mercado de biscoitos é extremamente estratégico para a em-presa. antes do final de 2011, podemos disponibilizar a novidade”. (M.H.)

consumo DE matÉria-prima no sEtor DE biscoito

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O crescimento acima da média nacional da economia do Nordeste tem atraído as empresas do setor de alimentos e bebidas. Os nordestinos estão consumindo muito além do básico

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Antes fora do mapa de negócios de grandes empresas, hoje o nordeste do Brasil desperta o interesse de indústrias e redes de varejo nacionais e internacionais. Multinacionais do setor de alimentos, como Danone e Kraft Foods, são exemplos de companhias que se renderam à região. A Kraft Foods anunciou a construção de uma planta fabril, na cida-

de de Vitória de Santo Antão, no estado de Pernambuco – que está entre as três economias mais importantes do Nordeste - que deve ficar pronta, em 2011, para produção de sucos em pó e chocolates.

A economia do Nordeste é notável. O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) dos três estados mais importantes da região foi muito bom no primeiro trimestre de 2010. Na Bahia, o índice registrado foi de 9,5%, segundo estimativa da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (Sei). No Ceará, o PIB cresceu 8,9% e 7,8%, em Pernambuco, de acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem).

Todos estão de olho no ciclo de consumo inédito da região. Os nordestinos que antes compravam somente gêneros alimentícios de primeira necessi-dade, agora consomem além de produtos básicos. Água mineral, cerveja e refrigerante e outras categorias que não compõem a cesta básica estão em expansão, segundo o estudo O fenômeno do crescimento do Nordeste, desenvolvido pela Nielsen Brasil.

A variação do volume de renda real das 139 categorias de produtos de consu-mo de massa que compõem a chamada cesta Nielsen cresceu 6,2% no Nor-deste, índice 2,1% superior à soma de todas as regiões do País, que totalizou 4,1% em 2010 em comparação ao ano anterior. As categorias de bebidas não alcoólicas e mercearia doce se destacaram, com variação de 9,2% e 4,8%, índices 3,4% e 3,1% superiores à soma de todas as regiões do Brasil.

Base: 139 categorias de produtos Fonte: Nielsen/ Retail Index

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CRESCIMENTO DOS CANAIS DE COMPRA NO BRASIL E NORDESTECOMPARATIVO 2009X2010

TOTAL CESTAS NIELSEN

PEQUENO VAREJO ALIMENTAR

SUPERMERCADOS PEQUENOS

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BRASIL NORDESTE

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9,20%

TOTAL CESTAS NIELSEN

BEBIDAS ALCOÓLICAS

BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS

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VARIAÇÃO DO VOLUME DE VENDAS BRASIL/NORDESTE COMPARATIVO 2009X2010

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Os nordestinos estão consumindo muito além do básico

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tem atraído as empresas do setor de alimentos e bebidas. Os nordestinos estão consumindo muito além do básico

O crescimento acima da média nacional da economia do Nordeste tem atraído as empresas do setor de alimentos e bebidas. O crescimento acima da média nacional da economia do Nordeste tem atraído as empresas do setor de alimentos e bebidas. O crescimento acima da média nacional da economia do Nordeste tem atraído as empresas do setor de alimentos e bebidas. O crescimento acima da média nacional da economia do Nordeste

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Uma próspera rota de negócios

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de vidro que, apesar de representar apenas 0,05%, responde por alto vo-lume de vendas. As consumidoras de menor renda utilizam a embalagem como utensílio doméstico”, afirma.

O sucesso da embalagem do tipo stand-up pouch é percebido na ampliação do seu uso, desde a sua introdução, em 2006, pela Tambaú Alimentos. Ela começou em apenas três itens, e hoje, já está presente em 11 produtos. “Em 2011, o uso do pouch será estendido para 16 itens da categoria de molhos prontos e outros produtos, como maionese, azeitona e milho verde”, revela. “Essa emba-lagem mudou o hábito de consumo dos nordestinos que têm um produto de qualidade, com preço competitivo e praticidade”, acrescenta.

A Tambaú Alimentos também está de olho no mercado de maionese,

Notamos que quanto menor a renda do nordestino, maior é o consumo de doces

Esse crescimento do con-sumo é influenciado pelo aumento da renda dos nordestinos. A renda do nordestino, segundo pesquisa do IBGE, au-mentou 2,7%, em 2009, em comparação ao ano anterior, alcançando R$ 734. A região apre-sentou o maior cresci-mento (28,8%) do

rendimento médio mensal real de tra-balho no período de 2004 a 2009.

A classe média, que representa 27%

da população nordestina, é a prin-cipal impulsionadora do crescimento do consumo. Ela responde por 15% do gasto total no varejo, 8% a mais do que o nível socioeconômico alto (NSE – classificação de acordo com o Critério Brasil da Associação Brasilei-ra das Empresas de Pesquisa (Abep) e 4% acima do baixo. Apesar da redução de 1% no tíquete médio, a frequência de compra dessa classe também foi mais alta que as outras (16%). O nível socioeconômico baixo e o médio im-pulsionam o crescimento das cestas, com 94% de contribuição no volume de compras. A classe alta responde por apenas 6%.

MARCAS NACIONAIS X REGIONAISAs marcas regionais ainda estão atrás das nacionais em termos de fatura-mento. Segundo o estudo da Nielsen, no primeiro semestre de 2010, as marcas nacionais foram responsáveis por 78,8% do faturamento na região, índice 0,3% acima do mesmo período em 2009. Entre as 12 categorias de produtos avaliadas em 2009 e 2010,

as marcas regionais são responsáveis por 50% ou mais do faturamento em quatro delas: água mineral, café em pó, aguardente e biscoitos.

Em categorias como leite em pó e salgadinhos, as marcas regionais estão crescendo acima das nacionais. As marcas regionais são mais fortes no público D+E, enquanto as marcas nacionais têm a preferência dos con-sumidores das classes A+B e C.

Um bom exemplo de sucesso de mar-ca regional é a Tambaú Alimentos, de Pernambuco, dona de um portfo-lio de 60 produtos, que está sabore-ando o crescimento de seu negócio de doces nos estados de Maranhão e Piauí. A expectativa de crescimento segue de vento em popa. Segundo Igor Gonçalves, gerente comercial da empresa, com o fortalecimento da atuação nos estados de Maranhão e Piauí, em 2010, no ano que vem, eles devem ser os responsáveis pelo desempenho positivo do faturamen-to no segmento de doces, em 2011, que deve dobrar, saltando para R$ 300 mil. “Notamos que quanto me-nor a renda do nordestino, maior é o consumo de doces”, explica.

Mas o maior potencial de expan-são dos negócios está na linha de atomatados. Isso é conduzido pela tendência de consumo de praticidade e a conveniência. De acordo com o executivo, os molhos prontos têm giro alto na gôndola e o stand-up pouch facilitou o acesso a esses alimentos, já que a diferença dessa embalagem no custo final do produto em relação ao copo de vidro é de 40%. “Gostaria de ter um custo competitivo na linha

Igor Gonçalves, gerente comercial da Tambaú Alimentos

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ketchup e mostarda. “O objetivo é entrar nesse negócio com sachê de 7 gramas. Percebemos que há uma de-manda grande com o crescimento da alimentação fora do lar”, explica. Os hábitos regionais também influenciam no maior consumo de ketchup, por exemplo que, segundo o executivo, faz dobradinha com praticamente todo o tipo de alimento. “Aqui no Nordeste, os consumidores consomem de pizza até cuscuz com ketchup”, diz.

MERCADO DE EMBALAGEMO mercado de embalagem também desfruta da prosperidade da economia do Nordeste. Com duas plantas fabris na região, uma em Pacajus (CE) e ou-tra em Feira de Santana (BA), a Rigesa, fabricante de embalagens de papelão ondulado, também colhe os frutos dessa expansão. “O segmento de em-balagens de papelão ondulado cresce 4 a 5% ao ano. Empresas manufatu-reiras estão se instalando no Nordeste atraídas pela mão de obra barata e de incentivos fiscais, o que tem elevado a demanda local de embalagens de pa-pelão ondulado. O varejo alimentar de produtos secos movimenta o consumo regional de embalagens de papelão ondulado”, explica Paulo Iserhard,

vice-presidente da Divisão de Embalagens de Papelão Ondu-lado da Rigesa.

No Nordeste, segundo ele, a vocação da Ri-gesa é voltada para embalar frutas, um dos segmentos mais relevantes em termos de volu-me para os ne-gócios da em-presa, respon-dendo por 30% de participação, excluindo carne e frango. “A re-gião tem polos de produção de frutas para ex-portação – man-ga, uva, melão, banana, melan-cia - como Jua-zeiro, Petrolina e Mossoró.”

As duas plantas fabris receberam investimentos recentemente para ampliação da capacidade de produ-ção, conta o vice-presidente, sem revelar números. “Essa iniciativa foi feita já prevendo um crescimento estimado de 7% nos próximos dois anos”, explica. Ele enxerga oportuni-dade de crescimento no segmento de bebidas. “Se o mercado evoluir para o uso do modelo europeu de emba-lagem display de papelão ondulado, a demanda pode aumentar. Ainda se usa muito pouco em comparação à Europa”, finaliza.

De olho no Nordeste, a paulistana Le Print, fabricante de rótulos e etiquetas, participou, este ano, pela primeira vez da Embala Nordeste, para explorar novas oportunidades de negócio na região. Segundo Marilis Mourão Ferreira, gerente de marke-ting da empresa, esse é um mercado carente de fornecedores de rótulos e

etiquetas. “Estamos visando a aten-der empresas de pequeno e médio porte do segmento de alimentos e de bebidas. Elas precisam de forne-cedores que consigam atendê-las com maior número de modelos de rótulos, em quantidades maiores ou menores, com custo competitivo”. A meta de crescimento na região, segundo ela, é de dois dígitos. (M.H.)

INFORMAÇÕES

LE PRINTTel.: (11) 3208-9586 | www.leprint.ind.br

NIELSENTel.: (11) 4613-7000 | www.nielsen.com

RIGESATel.: (19) 3707-4000 | www.rigesa.com.br

TAMBAÚ ALIMENTOSTel.: (81) 2137-9400 | www.tambau.com.br

Paulo Iserhard, vice-presidente da Divisão de Embalagens de Papelão Ondulado da Rigesa

PAINEL DE CONSUMIDORES NORDESTINOSVARIAÇÃO % 2010 X 2009 (ATÉ JULHO DE 2010)

9%

27%

64%

POPULAÇÃO NORDESTINA

FREQUÊNCIA DE COMPRA

TICKET GASTO TOTAL

CLASSE ALTA > 5% 2% 7%CLASSE MÉDIA > 16% -1% 15%CLASSE BAIXA > 14% -2% 11%

Base: 51 categorias de produtoFonte: Nielsen

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ÁGUA MINERAL

CAFÉ EM PÓ

AGUARDENTE

BISCOITOS

LEITE EM PÓ

SALGADINHOS

IOGURTES

REFRIGERANTES

CERVEJAS

CRESCIMENTO DAS MARCAS REGIONAIS E NACIONAIS POR CATEGORIAS

Fonte: Nielsen Homescan

MARCA NACIONAL MARCA REGIONAL

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MERCADO ÁFRICA DO SUL

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ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO*

Esse artigo faz parte da pesquisa de campo feita na África do Sul, em agosto de 2010, nas cidades de Cape Town, Durban, Rastenburg, Johannesburg, Pretória e Stellenbush

A realidade das embalagens sul-africanas

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a África do sul está sendo construída após tantas adversidades. atual-mente, é um País que tem a autoestima elevada, pois acaba de realizar um feito histórico: foi sede da Copa do Mundo de Futebol. Um povo gentil e feliz por ser “livre”: experiência nova para os sul-africanos. Eles ainda são segregados entre brancos e negros, pobres e ricos. Um verdadeiro país de contrastes que muito se assemelha ao Brasil.

a indústria de embalagens segue na África do sul as mesmas tendências que o restante do mundo, porém tem as suas particularidades e curiosidades. a começar pelo varejo: é bastante concentrado entre cinco redes: Woolworths, Pik and Pay, Game, Checkers, spar. os bairros têm as suas versões menores das mesmas redes. as vilas distantes e os “guetos” (que são muito parecidos com as comunidades mais pobres brasileiras) têm lojas ou mercadinhos familiares, normalmente, cercados por forte esquema de segurança.

Vamos destacar as embalagens diferentes e curiosas. Há muitas opções em pro-dutos de marca própria para atender a todos os bolsos: no supermercado Pik and

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Os ambulantes e mascates vendem de tudo, com destaque para frutas e legumes

Pay, há a marca “Pik and Pay” e a “no name” posicionada com menor preço. as embalagens de marca pró-pria têm apresentação mais simples que as marcas líderes, mas seguem o padrão. a marca “no name” tem embalagens muito simplificadas. al-gumas são transparentes com apenas uma cor (em traço) para aplicação dos dizeres legais.

a marca própria da rede spar segue o pa-drão da matriz alemã, bastante clean (clara e limpa) e elegante. a rede tem hiper-mercados em centros comerciais parecidos com os nossos.

a rede Woolworths acaba de lançar sua nova linha de embalagens desenvol-vida pela Frost, uma jovem empresa de design da austrália. a marca foi estilizada e, em toda a linha, o destaque foram os produtos, sempre com muito estilo e destacando os atributos: sabor, fres-cor, saúde, conveniência etc. Embora o nome remeta a uma empresa ingle-sa, é uma empresa sul-africana, sem vínculo com a marca europeia.

a rede Checkers é superior às redes Pik and Pay e spar e próxima da Wo-olworths. além de lojas nos centros comerciais horizontais, há lojas nos shoppings centers mais elitizados. Lá é possível encontrar produtos impor-

tados e nacionais mais sofisticados.

as lojas ”Game”, em sua maioria em sho-pping Centers. são na verdade lojas de conve-niência, enormes com utilidades domésticas,

roupas, brinquedos, drugstore e alguns itens de alimentos e bebidas mais voltados para o consumo ime-diato (algo parecido com as nossas “Lojas americanas”).

Existe ainda uma rede de drugstore (nos pareceu a única) de produtos de higiene pessoal, bijuterias, farmá-

cia e um pouco de produtos de conve-niência, a “Click’s”. Lá encontramos uma marca própria de produtos pesso-ais e muitos produ-tos importados.

Produtos farmacêu-ticos são vendidos

livremente fora de farmácias em toda sorte de mercados.

ComérCio popularChama a atenção a abrangência do comércio popular. Em todos os lugares, nas ruas, nas proximidades com estações de transporte coletivo e na escola, há barracas ou tapetes estendidos com produtos expostos.

Existe até uma placa de trânsito com o símbolo de proibido vender produtos nesta área. o que nem sempre é atendido.

os ambulantes e mascates vendem de tudo, com destaque para as frutas e legumes: sempre pré-embalados em saquinhos transparentes fecha-dos com nó. Já devem ter percebido que produtos pré-embalados geram menor perda!

o comércio popular nos guetos tem pequenos mercadinhos, açougues

Embalagem de marca própria mais simples, mas segue o padrão

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MERCADO ÁFRICA DO SUL

Forte trabalho de logística reversa praticado pelas empresas de refrigerantes e cervejas

75% das bebidas usam garrafas de vidro retornável

Atributos destacados na embalagem:

sabor, frescor, saúde e conveniência

Embalagem de aço amplamente utilizada nos segmentos de pescados, legumes, grãos, sopas e “pratos prontos”

Cada um de uma cor: assim os varejistas podem recolhê-los dos estacionamento e pontos de ônibus

Stand up pouch mais presente na categoria de sucos

Atributos destacados

e padarias-lanchonetes. a maioria desses estabelecimentos é cercada por grades por fora e por dentro. só há espaço para entrega de produtos e recebimento do pagamento. nesses casos, os produtos são pedidos ao fun-cionário da loja.

os produtos ven-didos nesses mer-cadinhos são mais simples, menores e com menor di-versidade, porém vimos também a presença de marcas líderes mundiais, mostrando a força da logística e da distribuição das empresas globais.

destacaria o forte trabalho de logística reversa praticado pe-las empresas de refrigerantes e

cervejas: 75% das bebidas usam garrafas de vidro retornável. Em todos os pontos de venda, há esquema de troca de vasi-lhames, como ainda podemos verificar na nossa periferia.

a matriz de materiais utilizada lá é um pouco diferente da nossa.

as embalagens de aço são ampla-mente utilizadas nos segmentos de pescados, legumes, grãos, sopas e “pratos prontos”. Curiosa

a embalagem de sardinhas: cilíndri-ca como a nossa de extrato de tomate. E por que não?

a presença de em-balagens de alumí-nio para bebidas é menor, já que ficam menos com-petitivas diante da

retornabilidade implantada lá pela indústria vidreira.

as embalagens stand up pouchs estão mais presentes nas gôndolas de produtos de limpeza como refil e nas bebidas populares (“bebidas mistas”) do que nas de produtos alimentícios.

as embalagens cartonadas assépti-cas, embora tenham mais players do que aqui, têm espaço menor, pois competem com embalagens plásticas refrigeradas ou assépti-cas. no caso do leite, há ainda a competição com as embalagens flexíveis simples.

As embalagens cartonadas assépticas têm espaço menor, pois competem com embalagens plásticas refrigeradas

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Sacolinhas padronizadas para aguentar a carga

a QuESTÃo DaS “SaColiNHaS”o governo sul-africano esta-beleceu uma norma para as “sacolinhas”. todas são padro-nizadas para aguentar a carga, e os consumidores pagam por elas, em média, 40 centavos de rands, cerca de r$0,10. É curioso também que os carri-nhos de plásticos de cada super-mercado sejam cada um de uma cor. assim os varejistas podem recolhê-los dos estacionamentos e dos pontos de ônibus os consu-midores levam os carrinhos até os pontos!Em outro artigo, vamos falar sobre as curiosas embalagens, de maneira geral, considerando o tamanho das duas economias e o número de habitantes. Eu diria que há bastante similari-dade entre os nossos modelos de varejo.

*Assunta Napolitano Camilo é diretora do Instituto de Embalagens e da consultoria FuturePack

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especial congresso brasileiro de embalagem

DA REDAÇÃO

Com o tema Embalagem e o novo varejo: responsabilidade ambiental aliada à inovação, o 14º Congresso Brasileiro de Embalagem, realizado pela associação Brasileira de Embalagem (abre), nos dias 22 e 23 de setembro, no Centro Fecomercio de Eventos, em são Paulo, reuniu 500 profissionais do setor. Mauricio Groke, presidente da abre, destacou a importância do evento que vem se consolidando, como uma referência na indústria de embalagem e como

um fórum de discussão sobre o setor.

Ben Miyares, diretor do Packaging Management institute dos Estados Unidos, afirmou que a sustentabilidade é um driver de mudança no mundo de hoje e vai continuar sendo no futuro próximo. “a sustentabilidade ainda não é uma filosofia que vem da comunidade, principalmente, nos Estados Unidos. Por isso, a Federal trade Com-mission está revendo os guias para uso de claims ambientais para estabelecer padrões do que é sustentável. Por exemplo, se uma embalagem diz que é reciclável, ela tem que informar se é 100% ou é somente 80%”, afirma.

outra iniciativa que vai ter um forte impacto no setor de embalagem é o manifesto do lixo no oceano. segundo o executivo, o maior volume de plástico acumulado, em sua maioria garrafas e sacolas, está no oceano Pacífico, que é do tamanho do alaska. “15 organizações não governamentais europeias, que compõem a Comissão ospar de proteção e conservação do oceano atlântico norte e oriental, querem proibir o uso de sacolas plásticas”, revela. Fo

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A nova face do varejoConsumo e sustentabilidade: uma equação que desafi a as redes de varejo, as indústrias e o setor de embalagem. O evento lançou a discussão para traçar os novos rumos

Miyares destacou também o crescimen-to da classe média como um driver que tem influência no consumo. “na améri-ca do norte, a classe média é composta por 338 milhões de pessoas. nos Estados Unidos, ela representa 18% da população e responde por 27% dos produtos con-sumidos no País”. “na Europa, a classe média representa 36% da população e responde por 38% do consumo. na amé-rica do sul e américa Central, a classe média representa 10% da população e responde por 7% do consumo.” Para anne Johnson, diretora do sus-tainable Packaging Coaliton (sPC), o futuro visa a conquistar o equilíbrio social, ambiental e econômico. “ain-da estamos longe desse equilíbrio. a demanda de recursos é maior que a capacidade do planeta de repô-los. nos Estados Unidos, por exemplo, precisaríamos de 98 hectares a mais de árvores plantadas/pessoa para sustentar o padrão de vida dos norte-americanos”, exemplifica. “a américa Latina precisa pensar como vai vender bens e serviços no futuro, já que daqui a 20 anos, a região vai ter 1,5 bilhão a mais de consumidores da classe média. É preciso uma mudança na forma

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para abastecer uma cidade de 150 mil habitantes durante 120 dias”, salienta Gino Bernizon di domenico, diretor de operações da schincariol.

na área de embalagem, além de progra-ma de coleta seletiva, em 2004, segundo o executivo, a schincariol lançou a garra-fa PEt de 2 litros mais leve do mercado, pesando 5% menos e, no ano seguinte, adotou uma tampa 40% mais leve para as garrafas de água mineral sem gás.

daniela de Fiori, vice-presidente de assuntos corporativos e sustentabilidade do Walmart Brasil, acredita que o con-sumidor está cada vez mais consciente. “75% dos consumidores reconhecem o seu poder de influenciar as empresas a serem mais sustentáveis e 29% deixam de comprar produtos que não sejam sustentáveis”, afirma a executiva. a empresa, segundo ela, trabalha no de-senvolvimento de produtos que gerem menor impacto e metas específicas, por exemplo, 25% de redução de emissão de energia em suas lojas, 30% de redução de

Co2 e 40% de redução de consumo de água.

no compromisso de re-dução de embalagem, o Walmart criou um programa de descontos que evitou 30 milhões de sacolas plásticas e r$ 900 mil em crédi-tos aos consumidores. também vendeu 2,4

milhões de sacolas retornáveis de abril de 2008 a junho de 2010. “a ideia é promover o uso mais racional da sacola plástica, pois existia um desperdício considerável. Cada pessoa utiliza 880 sacos/ano. o objetivo é reduzir em 50% o seu uso. até agora, conseguimos chegar em torno de 20%”.

Hugo Jordão Bethlem, vice-presidente executivo de relações corporativas do Grupo Pão de açúcar, diz que a empresa visa a construção de uma cadeia de valor sustentável que envolve desde o produ-tor até os clientes, com programas de qualidade desde a origem. “a carne taeq, por exemplo, pode ser rastreada desde o sêmen do boi até o consumo”, explica.

as práticas sustentáveis já permitiram a economia de energia em 38% e 27% de redução do consumo de água. “Hoje

como as pessoas estão pensando a sustentabilidade”, acrescenta.

segundo ela, para ser sustentável é preciso olhar o modus operandi da natureza. “Ela tem um modelo ma-ravilhoso, mas temos que ser muito sofisticados para imitá-la. ainda não sa-bemos entender os sistemas industriais subjacentes para produzir produtos de forma benigna”, acentua.

o desejo de obter materiais mais sus-tentáveis também é forte, mas difícil de ser alcançado, acredita anne. Um bom exemplo de sucesso disso está nos pro-dutos concentrados, como o detergente líquido para lavar roupa sunlight. “o consumo de PEad na embalagem foi reduzido em 78.400 quilos e a empresa conseguiu poupar Us$ 91 milhões, somente no Walmart, para colocar o produto na prateleira, já que ele oferece maior eficiência na distribuição.”

amando Varella, diretor-comercial da Papirus, conta que 40% das aparas pós-consumo utilizadas pela empre-sa é proveniente de uma parceria com 40 cooperativas de reci-clagem. Ele acredita que 80% do impac-to ambiental de um produto ou serviço podem ser evitados no estágio de desen-volvimento. “Portan-to, é preciso conhecer a cadeia para tomar a decisão certa”, diz. “a Papirus em parceria com Pão de açúcar costurou uma série de ações de sustentabilidade. o resultado disso são mais de 1 milhão de embalagens verdes produzidas para a linha taeq com o papel cartão Vitacarta.”

VAREJOComo a schincariol enxerga e se posi-ciona com relação à sustentabilidade para produzir, vender e entregar os seus produtos? a água é o principal insumo de uma indústria de bebidas, por isso, segundo domenico, a companhia tem uma postura agressiva no uso racional. “nos últimos dois anos, conseguimos reduzir o consumo de água em 23%, o que representa uma economia de 3,7 bilhões de litros de água que daria

somente 7% do lixo gerado vai para o aterro sanitário”. “além disso, somos a primeira rede de varejo a negociar energia de fonte alternativa.” a parceria Pão de açúcar e Unilever de coleta seletiva já recolheu mais de 30 mil toneladas de materiais recicláveis desde a sua criação em 2001. “atual-mente são 200 estações de reciclagem, 51 cooperativas e 700 famílias direta-mente beneficiadas.” a visão sobre sustentabilidade é melho-rar a vida das pessoas, afirma Gilberto tomazoni, vice-presidente de foods & ingredients da Bunge alimentos. “te-mos que ser agentes transformadores.” a empresa desenvolveu uma embala-gem biodegradável para a margarina Cyclus que, inclusive, conquistou prêmio internacional World Packaging awards. “Ela é feita de resina de fécula, mas ainda não conseguimos produzir em larga escala. o grande desafio é a compostagem do pote que precisa de condições ideais. não é uma solução simples, mas estamos procurando cons-truir uma rede de parcerias”, afirma. na opinião de tomazoni, os fabri-cantes de embalagens e de alimentos precisam desenvolver soluções cria-tivas para fazer frente a dois grandes desafios. “Um é a legislação mais atuante do governo sobre o consumo de embalagens e o outro é o aumento do custo de empacotamento.”

Ben Miyares, diretor do Packaging Management Institute dos Estados Unidos

INFORMAÇÕES

ABRE

Tel.: (11) 3082-9722 | www.abre.org.br

A ideia é promover o uso mais racional da sacola plástica, pois existia um desperdício considerável

Especial Congresso Abre.indd 59 1/10/2010 16:14:55

60 EDITORA BANAS

ENCARTUCHADEIRAS >gu

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ENCARTUCHEIRA HORIZONTAL INTERMITENTE EHI-LinearLançamento da Promaler, a encartuchadeira horizontal intermitente, modelo EHI- Linear, oferece alta efi ciência e capacidade de ajuste para vários formatos de car-tuchos, minimizando ao máximo o set-up sem a necessidade de troca de peças. O equipamento pode realizar o processamento de diversos tipos de produtos (almo-fadas, frascos, pelas técnicas, pós e granulados, bisnagas, kits etc.) e cartuchos de abas coladas ou encaixadas. Possui construção robusta, controlador lógico programá-vel e interface homem-máquina de alta resolução, além de display sensível ao toque. Realiza a captação, agrupamento, formação de arranjos e introdução automática dos mais variados tipos de produtos no interior do cartucho. A encartuchadeira pode ser aplicada nas indústrias de alimentos, farmacêuticos, autopeças, higiene e limpeza, química, escolar, resfriados e congelados, entre outras. PROMALER Máquinas de Embalagem. Tel.: (11) 3924-0410 | [email protected]

ENCARTUCHADEIRA AUTOMÁTICA CONTÍNUA HORIZONTAL CARTOPAC CPR

Desenvolvida pela Oystar Fabrima, a encartuchadora automática contínua horizontal Cartopac CPR assegura a perfeita combinação de moderna tecnologia e design, caracterizado pela fl exibilidade e troca rápida de formato.

O equipamento foi integralmente construído dentro dos preceitos de GMP e adequado para trabalhar com diversas aplicações, como encartuchamento

automático de blisters, frascos, bisnagas, saquinhos, sachês, fl owpacks, stickpacks, produtos técnicos, entre outros. Pode atingir velocidade de até 200 cartuchos/min.

FABRIMA Máquinas Automáticas Ltda. Tel.: (11) 2465-2541 | www.oystarfabrima.com

ENCARTUCHADEIRA CAMA CAM oferece uma gama de modelos de encartuchadeiras (com movimentos alternados ou contínuos, com cartuchos alimentados horizontalmente ou verticalmente) e com siste-mas de alimentação de produtos para encartuchamento semiautomático a velocidades reduzidas até sistemas de elevada automação com velocidades de até 600 cartuchos/min. A empresa patenteou recentemente um novo sistema de fechamento de cartuchos que privilegia a substituição no câmbio de formato (dimensional dos cartuchos referentes ao produto sob medida) de um kit de partes dedicadas referentes às marcações efetuadas. A fi xação das partes a serem substituídas é simplifi cada e as poucas marcações a efetuar são realizadas por meio do sistema memória mecânica. CAMPAK BRASIL Ltda. Tel.: (11) 2062-2263 | www.campak.com.br

ENCARTUCHADEIRA INTERMITENTE CTA-26A encartuchadeira intermitente CTA-26, da ARV, é ideal para encartuchar frascos, ampolas,

tubos, sachês, blisters e saquinhos. Oferece ampla fl exibilidade de formatos, facilidade de troca para diversos formatos e fechamento das abas por encaixe ou cola quente.

Controlado por CLP, o equipamento pode ser adaptado para diversos sistemas de alimentação e é versátil para aplicação nas indústrias farmacêuticas, ali-

mentícias, químicas e cosméticas. Opera com capacidade de produção de até 60 cartuchos/min.

ARV Ind. Máquina de Embalagem e Comércio de Peças Ltda. Tel.: (11) 2542-5010 | www.arv.com.br

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61Editora BanasPB Editora Banas

notas técnicas

INVERSORES DE FREQUÊNCIA

A linha de inverso-res de freqüência

Mitsubishi-Série A700 permite atender uma ampla gama de apli-cações de variação de freqüência, de estei-ras transportadoras a aplicações de controle

de linha, como bobina-mento e impressão. Possui

controle real sensorless Vector (RSV) que permite atingir 200% de torque em velocidades da ordem de 0,3Hz, funções integradas de PLC que possibilitam criar aplicações customizadas e controle de posicionamento integrado, que garante movimentos simples de posição para posição. Além de controle de torque sen-sorless, filtro EMC integrado, duas portas seriais RS-485 (protocolos Mitsubishi ou Modbus RTU) e uma porta USB para maior flexibilidade, módulos de frenagem dinâmica externos, de até 30 HP. AUTOMOTION Ind. Com. Imp. Exp. Ltda.Tel.: (15) 3363-9924www.automotion.com.br

BULK 200 LITROS

Uma das líderes no mercado de embalagens no Brasil, a Rigesa acaba de conquistar a patente do Bulk®200 litros no Chile. O produto tem características que facilitam a logística e o armazenamento. Trata-se de uma solução eficiente e funcional, sobretudo para o acondi-cionamento de óleos e pastosos. Pode ser transportado até o cliente desmontado, economizando espa-ço e custo do frete. Além disso, ele tem o formato oitavado, o que proporciona melhor encaixe no transporte, e uma base arredondada, permitindo que o recipiente seja rolado durante o manuseio com facilidade e em menor tempo. O produto ainda está em processo de patente no Brasil, nos Estados Unidos e na Índia. RIGESA Celulose Papel e Embalagem Ltda. Tel.: (19) 3869-9332www.rigesa.com.br

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63Editora Banas62 Editora Banas 63Editora Banas62 Editora Banas

notas técnicas

SOFTWARE DE GESTÃO

O novo software de gestão Webgraf, da Calcgraf, foi desenhado para atender as necessidades de pequenas e médias gráfi cas. O sistema é fácil de usar, racionalizando todas as etapas e aumentando a efi ciência na administração da empresa. Une as melhores ferramentas do con-sagrado programa de gestão da Calcgraf com o conceito de computação em nuvem (cloud com-puting), utilizando a internet como plataforma. O armazenamento de dados é feito em servidores que podem ser acessados de qualquer lugar, a qualquer hora, sem necessidade da instalação do programa. Entre as funções do módulo de orçamento, estão cadastro completo do cliente, envio de proposta por e-mail, desenho do tra-çado, cálculo do número de cadernos (no caso de revistas, livros ou catálogos) e seleção das máquinas visando o menor custo de produção. O Webgraf contempla os processos offset plano e impressão digital, bem como todos os recursos de acabamento. CALCGRAF Informática e Consultoria Ltda. Tel.: (11) 3885-0500 | www.calcgraf.com.br

IMPRESSORA FLEXOGRÁFICA

Com estrutura dos grupos impressores fundida (80 mm de espessura), a impressora flexográfica 6 cores, modelo Practica 1000, da Colorflex,

possui tambor central e mancais dos cilindros anilox com sistema de troca rápida sem uso de ferramentas e doctor blade encapsulados. Além de registro lateral e longitudinal manual, desencosto vertical hidráulico automático, controle da tensão do fi lme entre a calandra de saída e o tambor central pelo eixo eletrônico, desbobinador com controle automático da tensão do fi lme e rebobinador com motor e com controle automático da tensão do fi lme. Opera com larguras de impressão de 800 a 1200 mm, formato da impressão de 280 a 800 mm e velocidade mecânica de 250 m/min. SP Flex Indústria e Com de Máquinas Ltda.

Tel.: (14) 4009-3313 | www.colorfl ex.com.br

REVISORA

Com sistema de visão PrintStar, da alemã Isra Vision, a revisora VRR, da Vemax, permite fazer a comparação de imagens Golden Re-ference em 100% da embalagem em velocidade de até 500 m/min. Pode trabalhar com todos os substratos, como papel, TNT, filmes técnicos, laminados, entre outros materiais. O sistema usa uma imagem de referência; todas as subsequentes repetições são comparadas com a imagem de referência. A imagem de referência é adquirida de forma auto-mática, quando pedido, ou pode ser acoplada a um sinal de I/O No Registro. Cada imagem de referência é armazenada automaticamente no disco para a devida documentação, comparação e análise dos defeitos. Os defeitos são classifi cados por canal (banco de câmara, cor), contraste e propriedades geométricas. Isto permite organizar os defeitos por categorias, como pontos, riscos, manchas, desvios de cor, entre outras. PROJETA Máquinas e Equipamentos Ltda.

Tel.: (19) 3881-8990 | www.vemax.com.br

LATA DE AÇO

A Litografi a Valença desenvolveu um novo modelo de lata de aço homologada pela resolução NTT-420 das normas da ONU para acondicionamento de produtos químicos perigosos, como que-rosene e outros solventes. Essa nova embalagem recebeu um reforço com uma chapa de aço mais grossa que garante sua segurança no transporte. LITOGRAFIA VALENÇA Ltda. Tel.: (21) 2599-2000 | www.lvalenca.com.br

A Litografi a Valença desenvolveu um novo modelo de lata de aço homologada pela resolução NTT-420 das normas da ONU para acondicionamento de produtos químicos perigosos, como que-rosene e outros solventes. Essa nova embalagem recebeu um reforço com uma chapa de aço mais grossa que

AEROSSÓIS DE AÇO

A Brasilata, uma das maiores fabricantes de latas de aço do Brasil, apresenta a sua linha de aerossóis de aço revestidos com uma fi níssima película plástica (PET) que proporciona alta resistência à corrosão da

embalagem em ambientes úmidos, como banheiros, lavabos e salões de beleza. Oferece reciclabilidade dos materiais, maior proteção contra atrito e facilidade de impressão sobre o lamina-do. Está disponível nas versões: diâmetro 52 (com capacidade para 150, 200 e 250 ml); diâmetro 57 (com capacidade para 250, 300, 400 e 500 ml); diâmetro 65 (com capacidade para 300, 400 e 500 ml). A nova linha de embalagem é destinada para o mercado de cosméticos e perfumaria. BRASILATA S/A Embalagens Metálicas. Tel.: (11) 3611-8122 | www.brasilata.com.br

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63Editora Banas62 Editora Banas 63Editora Banas62 Editora Banas

PAPEL ONDULADO COLORIDOA Tecnopel produz papel colorido com papéis de 40 g/m2 até 400 g/m2 e face simples (capa+onda) e dupla (capa+onda+forro). É utilizado como berços de produtos, protetores internos de perfumes, separadores, tabuleiros, displays, caixas de presente, proteção de torra-das, formas de bolo, formas de panetone etc. A empresa também executa benefi ciamento de impressão em fl exografi a ou rotogravura, ondulação de papel nas ondas E e F (largura máxima de 1 m). Acoplamento, corte e vinco e rebobinamento.

TECNOPAPEL Artefatos de Papel Ltda. Tel.: (11) 4156-3159 | www.tecnopapel.com.br

BOMBONA

A Unipac, uma divisão de negócios do Grupo Jacto, apre-senta a nova versão da bombona de 30 litros monocamada, que oferece ainda mais benefícios desde a linha de envase. O bocal passou a ter 63 mm de diâmetro – antes eram 67 mm – e o design da alça foi reformulado. A redução do diâ-metro do bocal permite a utilização de tampas com selo de alumínio ou com batoque dotado ou não de válvula. O anel de vedação e o lacre completam a segurança da embalagem que foi projetada para difi cultar ocorrências indesejadas, como violação, aber-tura involuntária ou vazamentos. O sistema de arraste do lacre suporta o torque elevado de fechamento – mesmo em rosqueadeiras automáticas. As tampas são mais leves que outras similares de mercado e dotadas de lacre alinhado ao anel de vedação, unidos por pontos de ligação com inclusão de arraste.

UNIPAC Indústria e Comércio Ltda. Tel.: (11) 4166-4260 | www.unipac.com.br

alumínio ou com batoque dotado ou não de válvula. O anel de vedação e o lacre completam a segurança da embalagem

FILME DE PVC ENCOLHÍVEL

O fi lme de PVC encolhível Banfi lme® oferece alto grau de trans-parência, resistência e atoxidade, além de ser ino-doro ou auto-extinguível, ou seja, capacidade de ex-tinguir a chama, termina-da sua exposição. Pode ser utilizado em máqui-nas de empacotamento manuais, automáticas e semi-automáticas. Está disponível com impressão fl exográfi ca de até 4 cores nas larguras de 120 a 1000 mm e espessuras de 15 a 50 micra. Indústria BANDEIRANTE de Plásticos Ltda. Tel.: (11) 2436-3166 | www.banfi lme.com.br

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entende mais facilmente os conceitos de “reciclagem” e de “menor consumo de água”, levantando as vendas do fabricante ‘B’.Nesse momento, compromete-se o potencial positivo da comunicação de sustentabilidade, pois o consumidor passa a decidir, sem nenhum critério científico, qual é a embalagem mais sustentável. Como resultado, abre-se espaço para o consumidor “consciente” beneficiar – inadvertidamente – a solução de maior impacto.As empresas devem considerar que o consumidor comum não tem condições de decidir entre diferentes proposições de sustentabilidade. Mensagens dissonantes só fazem confundir. Fica a recomendação de guardar a poderosa ferramenta da comunicação de sustentabilidade para os casos efetivamente relevantes, reais e verificáveis, não deixando de comunicar também os possíveis impactos negativos decorrentes da mudança.Mais informações sobre o tema podem ser encontradas na cartilha “Diretrizes de Rotulagem Ambiental para Embalagens”, lançada pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre) - www.abre.org.br/cartilha.htm - ou no curso Embalagem & Sustentabilidade, promovido pelo Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM.Bruno Rufato Pereira é professor do curso Embalagem & Sustentabilidade da ESPM

informe publicitário

BRUNO RUFATO PEREIRA*

SUSTENTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DE SUSTENTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DE SUSTENTABILIDADE:

COMUNICAR BEM

comunicação bem-feita cumpre dois papéis funda-mentais na construção de um futuro mais sustentável: divulgar e educar. A divul-

gação de produtos ou serviços mais sustentáveis é positiva, pois, ao atrair demanda, traz o potencial de substituir alternativas de maior impacto. A educação também é positiva, pois explica ao consumidor quais são os comportamentos esperados para que cada um faça a sua parte. A comunicação é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento sustentável.Mas comunicar exige cuidado. Se por um lado, a comunicação bem-feita leva a sociedade para um novo patamar de sustentabilidade, a comunicação malfeita traz enorme potencial destrutivo. Esse potencial deriva do fato de a comunicação malfeita também divulgar e educar, além de fazê-la para produtos sem benefícios reais e/ou relevantes e, frequentemente, educar com conceitos vazios que só fazem soar bem para o mercado consumidor.Ocorre que sustentabilidade é um tema complexo. Comparações de qualquer natureza exigem estudos para os quais nossa sociedade está pouco preparada. Soma-se a isso a necessidade das empresas manterem-se competitivas e o ambiente torna-se propício para a comunicação malfeita. Tanto é que até ganhou um nome: greenwashing.O estereótipo de um greenwasher remete a uma empresa mal-intencionada, com o desejo de tirar vantagem do tema sustentabilidade, mas há casos nos quais a empresa pratica o greenwashing inadvertidamente, verdadeiramente, acreditando nos benefícios dos seus produtos/serviços/embalagens. É importante ressaltar que todos estão sujeitos a praticar o “greenwashing inadvertido”, pois é muito fácil apaixonar-se por uma solução

que nos parece mais sustentável, deixando de submetê-la a um crivo imparcial e científico, ou seja, amplo o suficiente para fundamentar os argumentos.Uma das maneiras mais eficientes para evitar problemas é questionar se o que “parece” sustentável cumpre efetivamente o que promete, ou seja, o benefício é real? Relevante? Verificável? Implica em algum outro impacto? Por exemplo, não existe garantia de menor impacto ambiental pelo simples fato de uma embalagem ser reciclável, biodegradável, reutilizável, ou que seja feita com material reciclado ou produzida com materiais de fonte renovável. Na impossibilidade de realizar uma Análise do Ciclo de Vida (ACV) completa faz-se necessário, pelo menos, identificar os possíveis prós e contras ao longo de toda a cadeia de valor. Na dúvida, é preferível não comunicar.Não bastasse a falta de informação, a complexidade da comunicação aumenta com as diferentes dinâmicas de categoria. Tome-se o seguinte caso como exemplo: Todos os concorrentes da categoria XPTO adotam práticas similares na obtenção de matérias-primas, manufatura, logística e embalagem. O fabricante ‘A’ reduz em 20% as emissões de efeito estufa relativas à embalagem e cria um plano de comunicação de forma a obter vantagem competitiva. O mercado consumidor responde positivamente, elevando a participação de mercado do fabricante ‘A’. Esse movimento pode ser entendido como positivo para o meio ambiente ao direcionar a demanda pelo produto de menor impacto ambiental. Ocorre que o fabricante ‘B’ não aceita perder mercado e responde cortando em 50% o consumo de água na etapa de fabricação do produto. Também são adotadas embalagens feitas de material 100% reciclado.A estratégia dá certo. O público consumidor

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A comunicação é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento sustentável

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índice de anunciantesíndice de anunciantes

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65 ............. ABIPACK....................................... www.abipack.com.br

3ª Capa .... ABRE ....................................................www.abre.org.br

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41 ............. B&R AUTOMATION ................ www.br-automation.com

4ª Capa .... BRAGA .............................................www.braga.com.br

2ª Capa .... BRASILATA ..................................www.brasilata.com.br

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Mercado de exportação. O papel da indústria de embalagem para ajudar o Brasil a exportar valor agregado.Análise SetorialDesempenho da indústria farmacêutica, de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos: nível de produção, número de empresas, emprego, origem das importações, destino das exportações e faturamento do setor

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