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Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição:
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Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - 51/09860-8 - Ano 11 - 31 de outubro de 2019 - Nº 543
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Sintest-MG e Abratest
realizam curso de atualização
das NRs em Minas Gerais
Norminha, 31/10/2019 A Associação Brasileira dos Técnicos
de Segurança do Trabalho (ABRATEST)
e o Sindicato dos Técnicos de Seguran-
ça do Trabalho do Estado de Minas Ge-
rais, (SINTEST-MG), realizam no dia 09
de Novembro de 2019, sábado, das 09
às 13 horas, mais uma turma do curso
de reciclagem e aprofundamento das
Normas Regulamentadoras de Segu-
rança e Saúde do Trabalho.
A proposta visa esclarecer dúvidas,
alterações e debater sobre as normas de
SST que foram debatidas nas últimas
reuniões da Comissão Tripartite Per-
manente Paritária das Normas de Segu-
rança do Trabalho - CTPP e nos GTTs.
O curso será ministrado pelo presi-
dente da ABRATEST e do SINTEST-MG,
Claudio Ferreira Santos, membro na-
cional da CTPP e de vários GTTs.
Para participar os interessados de-
vem preencher a ficha de inscrição no
site do SINTEST e/ou da ABRATEST.
Para filiados em dia com o Sin
test/MG, TSTs desempregados, apo-
sentados e alunos de curso de TST com
a identidade profissional do Sintest/MG
a inscrição é gratuita. Não filiados: R$
100,00 e Outras profissões: R$ 150,00
O curso é voltado para profissionais
de SST, RH, empresas de contabilida-
de professores de cursos de SST, alu-
nos e TST.
SERVIÇO:
Curso de Atualização Técnica das
Normas Regulamentadoras, dia 09 de
novembro de 2019, sábado das 9 às 13
horas, na sala de treinamentos da sede
do SINTEST/ MG, Av. Augusto de Lima
233 sala 1329 centro de Belo Horizonte
(MG).
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO: Cli-
que neste link: formulario-inscricao-
nrs-09112019.docx
INFORMAÇÕES:
(31) 3213-2279
I Fórum Nacional de Carreiras
Evento da Estácio é aberto a todos os
estudantes do país e debaterá os
desafios da empregabilidade
Norminha 31/10/2019 Com o objetivo de promover o debate
sobre os desafios da empregabilidade,
a Estácio promoverá o I Fórum Nacional
de Carreiras. O evento acontecerá no
dia 6 de novembro, no campus Estácio
Centro I (Avenida Presidente Vargas),
das 10h às 12h, e contará com as pre-
senças de grandes nomes do mercado,
como Alexandre Freeland (Diretor de
Projetos Estratégicos na Editora Globo);
Erika Tabacniks (Gerente de Customer
Success na América Latina no Lin-
kedIn); Cristiane Carvalho (Diretora de
RH na Microsoft) e Yugo Motta (Gerente
na Coca-Cola).
Cristiane Carvalho
O encontro será transmitido ao vivo
para todos os alunos, professores, co-
laboradores da instituição de ensino e
para o público externo, ou seja, pessoas
que querem ficar antenadas sobre os
temas que estão em voga. Para assistir,
os interessados deverão acessar o link:
https://viz-
wcs.voxeldigital.com.br/?CodTransmis
sao=723645 e inserir seu nome e e-
mail.
“O I Fórum Nacional de Carreiras é
uma proposta da Estácio para apre-
sentar um debate e uma reflexão sobre
os desafios da empregabilidade no Bra-
sil. Destinado a todos que desejam au-
mentar suas chances no mercado de
trabalho, sejam nossos alunos, egres-
sos ou alunos de outras instituições”,
afirma Pílade Moraes, Diretor de Par-
cerias, Carreiras e Sustentabilidade da
Estácio. N
Guia para orientar empresas a aplicar nova NR 12
do Ministério da Economia, de 30 de
julho de 2019. A principal evolução,
pactuada entre empresas e trabalhado-
res, é o fato de a norma não mais espe-
cificar o "como fazer" na adequação de
máquinas e equipamentos. A regra mu-
da o enfoque para a apreciação do risco
e passa a prestigiar soluções de enge-
nharia que sejam eficazes em cumprir
os princípios de segurança. Baixe o
documento e sabia mais. N
Norminha, 31/10/2019 A Norma Regulamentadora 12 passou,
em 2019, por um amplo processo de
revisão, no qual se buscou simplificar
obrigações, sem reduzir os requisitos
de segurança na operação de máquinas
e equipamentos. Tal avanço implica
profunda mudança na forma como as
Currículo para [email protected] “Médico do Trabalho”
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 543 - 31/10/2019 - Fim da Página 01/12
Norminha, 31/10/2019
A Reforma da Previdência não vai mexer
com a aposentadoria de atividades de
risco. Com isso, seguranças e vigilan-
tes patrimoniais, frentistas e trabalha-
dores em postos de combustíveis, mo-
toboys e entregadores, motorista de ca-
minhão-tanque, eletricitários expostos
a tensão acima de 250 volts, trabalha-
dores em empresas de explosivo, pro-
fissionais da construção civil que traba-
lhem em grandes alturas, e trabalha-
dores que ficam nas estações de trata-
empresas passarão a aplicar a norma e
adequar a gestão de riscos nos chãos de
fábrica. Para ajudar nesta transição, a
Confederação Nacional da Indústria
(CNI) elaborou um guia para que ges-
tores possam interpretar adequadamen-
te e alcançar os padrões de segurança
exigidos.
Lançado na terça-feira (29/10), o do-
cumento NR 12: Comentários ao novo
texto geral traz uma análise ampla das
mudanças trazidas pela Portaria nº 916
especial para trabalhadores que busca-
rem o enquadramento por periculosida-
de.
Desde 1997, o INSS não considera o
conceito de periculosidade no tempo
especial, mas esse entendimento é usa-
do na Justiça para garantir o direito de
eletricitários, por exemplo. A diferença
entre insalubridade e periculosidade
vem da origem do risco. Na primeira, a
saúde é afetada. Na outra, o trabalhador
corre o risco de morrer. Quer mais so-
bre o assunto, CLIQUE AQUI. N
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Atividade de risco garante aposentadoria especial mento de água e esgoto, por exemplo,
terão direito a enquadrar a periculosi-
dade de seu trabalho para pleitear apo-
sentadoria por tempo especial no INSS,
que permite aposentar com menos tem-
po de contribuição.
A manutenção do direito só foi pos-
sível porque um destaque à Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 6 foi der-
rubado por unanimidade no Senado no
último dia 23. O tópico retirou do texto
final da Reforma da Previdência a proi-
bição da concessão de aposentadoria
Instituto Federal de Brasília:
Curso Técnico em Segurança do
Trabalho recebe doação de livros
didáticos da Fundacentro
Norminha, 31/10/2019 No último dia 22 de outubro, a
coordenadora do Curso Técnico em Se-
gurança do Trabalho do Campus Cei-
lândia, Sandra de Araújo Teixeira, e os
professores André Luiz de Brito e Iva
Fernandes da Silva estiveram na sede
da Fundacentro/DF, instituição nacio-
nal que atua na promoção da segurança
e saúde dos trabalhadores, especifica-
mente no ambiente laboral.
Os representantes do IFB receberam
diversos exemplares de livros didáticos
entregues pelo Coordenador de Educa-
ção, Luiz Augusto Damaceno Brasil.
Dentre os exemplares, destaca-se a co-
leção histórica referente à formação do
1º Curso de Engenheiros de Segurança,
além de DVDs, fichas didáticas para
controle de produtos químicos e outros
materiais.
A professora Sandra, agradecida pe-
los livros, frisou que os exemplares
possuem conteúdo tecnicamente eleva-
do e também histórico. Segundo a pro-
fessora, “os materiais recebidos serão
bem aproveitados e farão parte do a-
cervo do curso Técnico em Segurança
do Trabalho do Campus Ceilândia”.
Na oportunidade, foi agendada uma
palestra para hoje, dia 31 de outubro,
que abordará conteúdo técnico voltado
para os alunos do curso, que terão a
oportunidade de conhecer a história, o
acervo e os equipamentos de segurança
do trabalho utilizados pela Funda-
centro. N IFB
Três passos para reduzir o lixo de casa em 90%
Norminha 31/10/2019 Sabia que sua casa é um lugar que acumula bastante lixo? Em média, cada pessoa
produz 1 quilo de lixo de casa por dia. Para se ter uma ideia, 60% desse material é
possível reciclar, 20% a 30% são orgânicos e apenas 10% é inservível.
Essa questão também é um problema mundial. Recentemente, a humanidade
passou a viver em crédito por ter consumido todos os recursos naturais, isso foi
revelado em um cálculo da organização não governamental (ONG) Global Footprint
Network. Ainda de acordo com a apuração, neste ano, estabelecemos um novo re-
corde negativo, pois já foram utilizados mais recursos de terra e mar do que o
Planeta pode regenerar em um período de 12 meses.
Reciclar o lixo de casa
De acordo com Caio Queiroz, sócio fundador da Mídia Sustentável, pioneiro no
ramo de coleta seletiva, e que atua há mais de 20 anos no mercado socioambiental,
é preciso começar a cuidar do planeta dentro de casa. O especialista alerta que a
humanidade utiliza atualmente os recursos ecológicos mais rápido do que a capa-
cidade de regeneração dos ecossistemas, em menos de seis meses já consumimos
o que deveria ter sido utilizado durante todo o ano.
Por isso, é preciso fazer a coleta seletiva, reciclar o lixo de casa, para aumentar
a vida útil dos aterros sanitários, reduzirem o alto custo de impostos pagos para as
concessionárias, além de evitar que matérias-primas cheguem para um aterro.
“Reciclar gera um mercado novo, gera emprego", orienta Queiroz.
Fazer a coleta seletiva e reciclar o lixo de casa é um bom começo. Confira abaixo
três dicas para ter uma casa mais sustentável:
1- Abuse do Consumo Consciente:
Compre apenas o que você vai consumir, seja no mercado, na feira, farmácia ou
em qualquer tipo de estabelecimento. Aplique o consumo sustentável. Isso porque
devemos evitar desperdícios de alimentos, embalagens e até objetos. De acordo
com Caio, o primeiro passo é prestar atenção na redução de consumo.
"Muita gente compra alimentos em grande quantidade, não consomem todos os
ingredientes e eles acabam estragando, além disso, muito desses alimentos estão
em embalagens de plástico que devem ser reutilizadas ou higienizadas para a reci-
clagem", alerta o especialista em sustentabilidade.
2- Os três "R" da sustentabilidade:
O próximo passo é saber reduzir reutilizar e reciclar o que você trouxe para casa.
O pote de requeijão, por exemplo, pode ser utilizado como uma louça ou um porta
alfinete/parafuso. Caio também orienta sobre a questão da importância da
reciclagem. "Com essa atitude, estamos pegando a matéria-prima e reintroduzindo
no mercado. Hoje, as pessoas estão acostumadas com a economia linear, em que
compramos o material, consumimos, jogamos a embalagem no lixo, e o objeto vai
direto para os lixões, sendo que ainda pode ser reutilizado”, observa.
Já a reciclagem, segundo Caio, proporciona uma economia circular, que é justa-
mente reutilizar os objetos que não precisam ser jogados fora, sem prejudicar o
meio ambiente.
Essa atitude também ajuda a não faltar matéria prima no mercado, evita a polui-
ção, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, gera uma renda para as pessoas que
trabalham em cooperativa, sem deixar de lado a questão social.
Para saber a terceira dica e ler a matéria completa, acesse o Canal Ecowords no
link: https://ecowords.com.br/tres-dicas-para-…xo-de-casa-em-90/ N
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Página 02/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 543 - 31/10/2019 - Fim da Página 02/12
Senac Araçatuba tem nova gerência a partir de novembro
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Norminha, 31/10/2019
A partir de 5/11, o Senac Araçatuba e o
Senac Birigui , no interior de São Paulo,
estarão sob nova gestão. Marlene Ze-
quin, que comandou as unidades du-
rante meia década, deixa o cargo para
se aposentar e recebe Luis Antonio de
Lima, atual gerente do Senac Bebedou-
ro.
Luis soma duas graduações e duas
pós-graduações. Começou sua carreira
na instituição em 1996, dando aulas
justamente no Senac Araçatuba. Encan-
tado com a educação, passou a coorde-
nar cursos da área de negócios. Já em
2011, após ser aprovado em um pro-
cesso seletivo gerencial, foi convidado
a assumir a gerência do Senac Bebe-
douro. Na cidade, além de atuar no Se-
nac com foco em gestão educacional,
Luis participou da maioria dos conse-
lhos municipais, a fim de contribuir pa-
ra o constante desenvolvimento da ci-
dade.
Como objetivo, Luis considera prio-
ridade dar continuidade ao trabalho fei-
to por Marlene durante esses cinco a-
nos de grandes projetos e conquistas na
formação de jovens da região noroeste
do Estado de São Paulo.
Trajetória exemplar
Graduada em Pedagogia com MBA
em Gestão Empresarial, Marlene dos
Santos Zequin teve seu primeiro contato
com o Senac em 1979, quando pro-
curou a instituição para se capacitar em
cursos na área de escritório, que a le-
varia, futuramente, a um processo sele-
tivo para uma vaga no setor de aten-
dimento.
Em outubro de 1984, iniciou sua
carreira no Senac Araçatuba. Atuou no
setor de atendimento ao cliente, pas-
sando pela secretaria escolar e setor ad-
ministrativo. Em 1995, assumiu a coor-
denação do setor administrativo da ins-
tituição e, em fevereiro de 2002, após
processo seletivo, passou a coordenar
áreas de negócios. De 2005 a 2008,
além das áreas de negócios, foi desig-
nada como supervisora educacional da
unidade.
A carreira gerencial se deu a partir de
outubro de 2008, quando assumiu a
unidade de Barretos, permanecendo até
dezembro de 2013. Em janeiro de 2014,
Marlene passou a comandar a gerência
das unidades Araçatuba e Birigui, onde
tem, agora, o privilégio de encerrar sua
carreira no Senac.
“Trabalhar no Senac, para a minha
vida pessoal e profissional, foi um divi-
sor de águas, já que minha carreira, até
então, havia se pautado em empresas do
comércio e instituições financeiras. A
educação foi um desafio no qual me de-
diquei inteiramente. Ao longo dos anos,
fui me apaixonando pela educação e
passei a entender que ela é o fio condu-
tor para a autonomia do indivíduo. Trin-
ta e cinco anos depois, me preparo para
deixar o Senac e levo comigo a sensa-
ção de dever cumprido. Meu grande ob-
jetivo sempre foi o de aproximar as pes-
soas do Senac e o Senac das pessoas
para que pudéssemos ser vistos como
um espaço de oportunidades de capaci-
tação profissional com excelência e para
além do espaço da instituição, assim
como, um dia, aconteceu comigo”, con-
ta Marlene.
A educadora finaliza sua trajetória a-
firmando que continuará a compartilhar
seu conhecimento. “Quero deixar uma
frase do Paulo Freire, com a qual me
identifico e tenho certeza que pautou a
minha carreira: ‘me movo como educa-
dor porque, primeiro, me movo como
gente’”, finaliza a gerente. N
A ESTI-MO que realiza o curso,
tem 33 anos de experiência em
treinamento e formação de
profissionais.
Como elaborar um PPRA em 10 passos! O desafio da mudança
Norminha, 31/10/2019
Vivemos uma época de mudanças
intensas. Temos que promover ruptu-
ras, mesmo que doloridas, é preciso
romper com os paradigmas do passa-
do. Não podemos ser inimigos da mu-
dança, pelo contrário, sermos aliados
dela. Nesta fase é preciso atitude com-
portamental, e a principal delas é a hu-
mildade. Ter a humildade de reconhecer
que precisa reaprender. É hora de parar
de falar em mudanças e incorporar a
mudança. É tempo de sermos empreen-
dedores, em vez de empregados. De
cada 3.000 formados numa universida-
de, no maximo 400 conseguirão em-
prego na sua área de formação. Temos
que aprender a aprender e aprender a
desaprender.
Todo dia nós acordamos desatuali-
zados! Enquanto dormimos, coreanos,
formoseanos, cingapuranos, japoneses
e 1.500.000.000 de chineses estavam
criando coisas. Tem gente que diz que
tem 30 anos de experiência. Não é ver-
dade! Tem apenas 01 ano de experiên-
cia, que ele vem repetindo a 29 anos.
Em 2010 não teremos mais vídeo lo-
cadoras, com um comando de voz você
pede o filme que quiser no seu tele-
visor, que estará acoplado a Internet.
Toda crise tem riscos e oportunidades.
Estamos vivendo um momento de mu-
danças de paradigmas. Lembre-se:
quando um paradigma muda tudo volta
a zero, o seu passado glorioso não re-
presenta nada.
Das 500 maiores empresas de 20
anos atrás, apenas 150 ainda conti-
nuam nesta lista, e para as empresas
que saíram, outras no mesmo ramo en-
trar. Não é o ambiente externo que que-
bra a empresa, é a incapacidade de se
adaptar às mudanças. N
Luiz Antonio Pharol
www.pharol-rh.com.br
Fundacentro participa de
Congresso Pernambucano
do Trabalho Seguro
Ações conjuntas entre Fundacentro e
Tribunal Regional do Trabalho 6ª.
Região possibilitam a formulação e
execução de projetos e ações
nacionais em prevenção de acidentes
de trabalho
Norminha, 31/10/2019 Por Fundacentro/ACS - Alexandra Rinaldi
A Fundacentro, junto com outras
instituições que integram o Grupo Inte-
rinstitucional de Prevenção de Aciden-
tes de Trabalho da 6ª Região (Getrin6),
irá participar do VI Congresso Pernam-
bucano do Trabalho Seguro, evento que
acontece na cidade do Recife-PE.
Destinado a magistrados, servido-
res, advogados, entidades sindicais,
profissionais da área de saúde, empre-
sários, órgãos públicos e organizações
não-governamentais, além de estudan-
tes das áreas de Direito, Saúde, Psico-
logia, Engenharia do Trabalho e Segu-
rança do Trabalho, o congresso contará
com uma programação diversificada,
mesclando palestras, painéis e exposi-
ções.
Inscrições.
A coordenação do evento solicita
aos participantes que sejam doados 2
quilos de alimento não perecível, entre-
gues no momento do credenciamento.
A programação completa será em
breve divulgada no site oficial do Tribu-
nal Regional do Trabalho. Acompanhe.
O Congresso tem apoio da Associa-
ção dos Engenheiros de Segurança do
Trabalho de Pernambuco (Aespe), da
Escola Judicial (EJ6), da Associação
dos Magistrados da Justiça do Traba-
lho (AmatraVI), da Associação dos Ser-
vidores do Tribunal (Astra6) e dos Cen-
tros de Referência em Saúde do Traba-
lhador (Cerest) do Recife e de Jaboatão
dos Guararapes.
Local e horário
O VI Congresso Pernambucano do
Trabalho Seguro será realizado nos
dias 25, 26 e 27 de novembro de 2019,
das 8h às 18h, na Faculdade Frassinetti
do Recife (Fafire), situada na Avenida
Conde da Boa Vista, 921, Recife/PE.
Informações poderão ser obtidas
pelo telefone (81) 2122.3500 N
Página 03/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 543 - 31/10/2019 - Fim da Página 03/12
Norminha, 31/10/2019 O PPRA (Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais) é de fundamental
importância para gerenciar as ações de
segurança e saúde do trabalhador na
empresa. Entretanto, muitos profissio-
nais ainda têm dúvida na hora de con-
feccionar esse documento, visto a sua
dinamicidade e peculiaridades dele.
Infelizmente, o PPRA é único e varia
de acordo com as estruturas e ativida-
des de cada empresa, por isso não e-
xiste um modelo pronto que possa ser
disponibilizado para preenchimento.
Contudo, para facilitar a sua elabora-
ção, separamos 10 passos essenciais
que devem constar no programa a título
de sua validação. Acompanhe!
1. Elementos pré-textuais
Chamamos de elementos, pré-tex-
tuais os itens que são referentes à es-
trutura do projeto e não, necessaria-
mente, ao próprio documento. Sendo
eles:
Capa
Normalmente, a capa do PPRA con-
tém: - o título (Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais - PPRA), centrali-
zado e em tamanho maior no meio da
folha; - o nome da empresa embaixo e
ao centro, em tamanho menor; - a data
de conclusão e vencimento do PPRA
logo abaixo.
Índice
É o sumário, apresenta em tópicos
os assuntos e suas respectivas páginas
de cada item do PPRA.
2. Documento base
É o documento propriamente dito:
devendo constar o título DOCUMEN-
TO-BASE, em tamanho grande, centra-
lizado, como uma segunda capa, na fo-
lha seguinte após o sumário.
Introdução
Na sequência, é importante apresen-
tar o conteúdo do PPRA em uma nova
página, intitulada INTRODUÇÃO. Veja
um exemplo:
“Realizaremos o levantamento dos
seguintes dados abaixo descritos por
solicitação da empresa..., para a ela-
boração do PPRA - PROGRAMA DE
PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIEN-
TAIS, estabelecido pela Norma Regula-
mentadora 9, e sob responsabilidade
do Engenheiro de Segurança do Traba-
lho, Sr. ....”
Objetivo
Deixe claros os objetivos que se
pre-tendem alcançar com o Programa e
quais leis regem cada necessidade des-
crita.
3. Dados da empresa
Identificação da empresa
Devem constar todos os dados ne-
cessários para a identificação da em-
presa:
- nome fantasia; razão social; ende-
reço; telefone; inscrição estadual; CN
AE; responsável pela empresa; número
de funcionários; grau de risco.
Atividades da empresa
Deve trazer, de forma resumida, to-
das as atividades exercidas pela empre-
sa. Além de:
- os setores quem compõem a em-
presa;
- a quantidade de trabalhadores e
suas funções;
- descrição das atividades realizadas
em cada função;
- descrição do ambiente de trabalho.
Dados do responsável pela elabora-
ção do PPRA
O responsável pelo PPRA pode ser
membro do Serviço Especializado em
Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT) ou por qualquer pessoa que o
empregador acredite ser capaz, como o
Profissional de Saúde e Segurança do
Trabalho.
Neste item, deve constar: nome; te-
lefone; endereço; CPF ou CNPJ; regis-
tro do MTE/CREA.
4. Obrigações e riscos
É comum utilizar a reprodução de
alguns itens nessa etapa do PPRA, sen-
do eles:
Responsabilidades
Costuma-se utilizar o item 9.4 da
Norma Regulamentadora 9 para esta-
belecer as responsabilidades do em-
pregador e dos empregados da empre-
sa.
Riscos ambientais, físicos, químicos
e biológicos
É possível citar a NR 9 quanto a
classificação dos riscos encontrados no
ambiente de trabalho capazes de causar
prejuízos ao bem-estar e saúde do tra-
balhador.
“9.1.5 Para efeito desta NR, consi-
deram-se riscos ambientais os agentes
físicos, químicos e biológicos existen-
tes nos ambientes de trabalho que, em
função de sua natureza, concentração
ou intensidade e tempo de exposição,
são capazes de causar danos à saúde do
trabalhador.
9.1.5.1 Consideram-se agentes físi-
cos as diversas formas de energia a que
possam estar expostos os trabalhado-
res, tais como: ruído, vibrações, pres-
sões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes, radiações não io-
nizantes, bem como o infrassom e o ul-
trassom.
9.1.5.2 Consideram-se agentes quí-
micos as substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no or-
ganismo pela via respiratória, nas for-
mas de poeiras, fumos, névoas, nebli-
nas, gases ou vapores, ou que, pela na-
tureza da atividade de exposição, pos-
sam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por in-
gestão.
9.1.5.3 Consideram-se agentes bio-
lógicos as bactérias, fungos, bacilos,
parasitas, protozoários, vírus, entre ou-
tros”.
Classificação do desenvolvimento
Deve-se citar, ainda, o item 9.3.3,
que divide em etapas o que o programa
incluirá em sua avaliação:
- antecipação e reconhecimentos
dos riscos;
- estabelecimento de prioridades e
metas de avaliação e controle;
- avaliação dos riscos e da expo-
sição dos trabalhadores;
- implantação de medidas de con-
trole e avaliação de sua eficácia;
- monitoramento da exposição aos
riscos;
- registro e divulgação dos dados.
5. Antecipação
O objetivo desta etapa é a identifi-
cação dos potenciais riscos e a adoção
de medidas de controle necessárias,
antecipando-se a exposição ao risco
ambiental.
Reconhecimento dos riscos am-
bientais
Todos os riscos levantados deverão
ser identificados, especificados e ca-
racterizados, determinando suas possí-
veis fontes geradoras. Além de uma
descrição dos possíveis danos à saúde
ocasionados pelos riscos.
6. Avaliação quantitativa
A fim de determinar o risco exato
que determinada exposição pode cau-
sar, é preciso realizar uma avaliação
quantitativa dos riscos identificados
anteriormente, bem como comprovar o
controle da sua exposição.
Nesta etapa, é necessário que se re-
alizem teste com equipamentos capazes
de determinar os limites de tolerância
ali expostos. Havendo risco, é necessá-
ria a realização de outra avaliação que
deve ser feita por profissionais habilita-
dos como Médicos ou Engenheiros de
Segurança do Trabalho.
Como deve ser feita essa avaliação
É imprescindível determinar:
- quais as estratégias de quantifi-
cação dos riscos;
- quais instrumentos utilizados (ti-
po, marca, modelo e calibragem);
- verificar a consonância com os li-
mites de tolerância estabelecidos pelos
anexos da Norma Regulamentadora nº
15;
- apuração da eficiência das medi-
das de controle implantadas.
7. Estabelecimento de metas e prio-
ridades
Aqui, deve-se descrever a implanta-
ção de medidas preventivas, seus pro-
cessos e a necessidade de utilizações
de EPIs para Alta Temperatura, por e-
xemplo.
8. Controle da empresa
Elencar as medidas adotadas em ca-
ráter de urgência para garantir a inte-
gridade de seus funcionários. É funda-
mental estabelecer quais medidas serão
tomadas para eliminar ou reduzir dos
riscos ambientais que foram constata-
dos durante as outras etapas. Sendo
elas: medidas de controle de caráter co-
letivo; medidas de controle de natureza
administrativa ou de organização de
trabalho; uso obrigatório do Equipa-
mento de Proteção Individual – EPI.
9. Monitorar o controle de prazos
Para que as medidas preventivas se-
jam colocadas em prática, é preciso que
se estipule a frequência na qual a em-
presa deve ser monitorada, listando os
instrumentos utilizados para fazer esse
monitoramento.
Cronograma: Devem ser citadas to-
das as medidas tomadas para garantir a
integridade dos trabalhadores. Para is-
so, é preciso estabelecer um cronogra-
ma em que se registre cada ação a ser
realizada, o responsável por ela, seu
prazo e algumas recomendações.
10. Conclusão
N
Pedro Bezerra - SUPREMA
Equiparação Salarial:
Quando ocorre?
Norminha, 31/10/2019 Conforme previsto no artigo 461, da
CLT, que teve sua redação alterada com
a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/
2017), estabelece que a todo trabalho
de igual valor, prestado na mesma fun-
ção, ao mesmo empregador, no mesmo
estabelecimento empresarial simulta-
neamente, corresponderá o mesmo sa-
lário, sem distinção entre as pessoas
que o executam, seja de gênero, etnia,
nacionalidade ou idade.
Ou seja, se você e seu colega de-
sempenham a mesma função, com o
mesmo nível de produtividade e mesmo
trabalho no mesmo período de tempo,
deverão receber salários iguais.
Para aquele que visa à equiparação
salarial, é necessária uma análise da si-
tuação fática para verificar se há enqu-
adramento nos requisitos legais. N
Victória Lopes Adv
Abuso no trabalho? NÃO peça demissão!
Veja o que você deve fazer nesse caso!
3 situações que geram dano moral para o trabalhador
Página 04/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 31/10/2019 Além das clássicas situações que
geram dano moral, como agressões
verbais e humilhações, há algumas hi-
póteses que, embora desconhecidas e
relevadas pelo cotidiano também geram
esse tipo de dano.
1. Atraso no pagamento de salário.
Já pensou trabalhar o mês todo e no
final não receber nada? e no final do ou-
tro mês também nada?
É, ao contrário do salário, os boletos
e faturas são sempre pontuais.
A CLT diz dispõe que o pagamento
do salário deve ser realizado até o dia
5º do mês seguinte, no artigo 459, § 1
da CLT.
Os tribunais, por sua vez, entendem
que o atraso salarial reiterado, isto é,
mais de duas vezes, configura dano
moral ao trabalhador.
Vejamos o que dizem os julgados:
"Tem-se que o atraso sistemático no
pagamento dos salários, ocasiona dano
in re ipsa na esfera íntima do empre-
gado, causando-lhe problemas mate-
riais e abalos psicológicos, sendo pos-
sível a indenização por danos morais"
"O atraso dos salários acarreta dano
moral presumível, pois evidente que o
trabalhador depende de sua remunera-
ção para garantir o pagamento de des-
pesas essenciais à sua subsistência”
O salário é considerado verba ali-
mentícia do trabalhador, extremamente
necessário para o sustento próprio e da
família.
Portanto, a jurisprudência é firme na
tese de que trabalhar e não receber o
salário na data certa (mais de duas ve-
zes) é presumidamente um dano moral.
2. Ausência de condições dignas
para necessidades básicas
Já parou para pensar quanto tempo
da sua vida você passa no trabalho?
No Brasil, a maioria das pessoas tra-
balha 8 horas diárias e 44 semanais, ou
seja, praticamente 1/3 do seu tempo,
sem falar nas horas extras.
Não importa onde trabalhe, uma coi-
sa é certa, suas necessidades básicas
nunca te abandonam.
Ir ao banheiro, tomar água e fazer re-
feições são demandas do corpo huma-
no contínuas e demandam lugares e
equipamentos adequados.
É por isso por mesmo que os tribu-
nais entendem que, na falta de condi-
ções dignas para tais necessidades, é
configurado o dano moral.
"Desse modo, o Autor trabalhava em
um ambiente, no mínimo desconfortá-
vel, eis que precisava controlar suas ne-
cessidades fisiológicas ou fazer uso de
espaços públicos para tanto, dependen-
do de bebedouros e de postos de gaso-
lina para saciar a sede ou na sua falta,
valer-se da caridade e boa vontade a-
lheias para obter água.
Assim, a conduta omissiva da Pri-
meira Ré causou evidente dano moral
ao empregado, o qual deverá ser repa-
rado, nos termos dos arts. 186 e 927 do
Código Civil".
Não importa se o empregado traba-
lha na estrada, num canteiro de obras
ou mesmo em escritório, é devido ao
trabalhador estruturas condizentes com
suas necessidades básicas.
3. Transporte de valores sem habili-
tação
Você alguma vez teve que sair do
banco com o bolso cheio de dinheiro?
Teve que andar até sua casa, descon-
fiado de cada pessoa por qual passava?
É uma sensação desconfortável, não é
mesmo?
Muitos empregadores ordenam que
o empregado realize transporte de valo-
res, seja para depositar no banco, para
pagar um fornecedor ou para deixar em
alguma filial.
Seja por confiança ou por mero a-
proveitamento do tempo do empregado,
tal prática é totalmente irregular sem a
devida habilitação daquele que traspor-
ta os valores.
N Willer Sousa Advogados
Norminha, 31/10/2019 Por mais absurdo que possa parecer o
título deste artigo, ao longo do texto vou
te explicar por que você não deve pedir
demissão do seu trabalho, mesmo que
esteja sofrendo qualquer tipo de injus-
tiça.
Quando falo de “sofrer injustiça”,
quero que entenda no sentido amplo, ou
seja, qualquer tipo de ilegalidade, as
mais comuns são:
Não anotação da carteira de trabalho;
Atraso de salário;
Não recolhimento do FGTS ou INSS;
Assédio moral ou sexual;
Desvio ou acúmulo de funções;
Horas extras não pagas;
Férias vencidas não gozadas ou não
pagas;
13º salário não pago;
Preconceito contra grávida (existe,
sim!);
E tantas outras.
Ocorre que, ao se verem em alguma
dessas situações elencadas (ou em
mais de uma, muitas vezes), a tendência
é que o funcionário “não aguente a
pressão” e peça demissão!
Aí que está o grande erro! Sabe por
quê?
Quando você pede demissão, inde-
pendente do motivo, você abre mão de
uma série de verbas rescisórias (quer
ler um artigo sobre as verbas rescisó-
rias devidas em cada espécie de desli-
gamento da empresa? Clique aqui!).
Portanto, digamos que você esteja
fazendo horas extras todo dia mas não
está recebendo corretamente.
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Cansado dessa situação, que já se
arrasta por meses, você comunica à em-
presa que deseja pedir demissão.
Pronto! Você acabou de dar um prê-
mio para a empresa.
Agora, em vez de o seu patrão te pa-
gar todas as verbas rescisórias devidas
e mais o que a lei te garante (saldo de
salário, aviso prévio, saque do FGTS,
multa de 40% do FGTS, Férias venci-
das e proporcionais mais 1/3, 13º pro-
porcional e vencido, se houver; seguro-
desemprego, e outras eventuais), ele vai
pagar somente as verbas devidas no
caso do empregado pedir demissão,
que são: Saldo de salário; Férias venci-
das (se houver) e proporcionais mais
1/3, e 13º proporcional.
Percebeu a diferença e a quantidade
de direitos que você abre mão ao pedir
demissão?
Neste contexto, vale lembrar que o
entendimento dos tribunais é na impos-
sibilidade de reversão do pedido de de-
missão feito pelo empregado, salvo se
o pedido decorrer de algum vício de
consentimento (coação, por exemplo).
Ademais, também não será válido o
pedido de demissão de empregado es-
tável (grávidas, por exemplo), sem a as-
sistência (homologação) do respectivo
sindicato.
Isso não impede, contudo, que o
empregado possa pleitear danos mo-
rais, recolhimento de FGTS e INSS, e
outras verbas não pagas no período, em
relação a eventuais faltas cometidas pe-
lo seu ex-patrão. Somente não será
possível pleitear o recebimento das ver-
bas da demissão sem justa causa.
Portanto, no caso de estar sofrendo
ilegalidades, o que fazer para não abrir
mão dos direitos?
Nesse caso, é importante que o em-
pregado notifique a empresa das faltas
que estão sendo cometidas, e peça a
rescisão indireta do contrato de traba-
lho.
Esta modalidade é como se fosse
uma justa causa do empregado em re-
lação ao empregador.
Pode ser feita judicialmente também
(o que mais acontece), com abertura do
processo para pleitear as verbas resci-
sórias devidas em caso de demissão
sem justa causa.
Resumindo: em razão das faltas co-
metidas pelo patrão, o empregado res-
cinde indiretamente o contrato de traba-
lho e recebe as verbas como se tivesse
sido demitido sem justa causa, além de
eventuais danos morais, em casos ex-
tremos!
Conclusão
Espero que com esse artigo você te-
nha entendido a importância de, em ca-
sos de ilegalidades e faltas cometidas
pelo seu patrão, você não peça demis-
são, mas sim o notifique sobre o pedido
de rescisão indireta.
Muito importante contar com a as-
sessoria de um advogado, que poderá
lhe orientar sobre a melhor forma de re-
alizar o encerramento do contrato de
trabalho, que também poderá ser feito
pela via judicial.
Já pela ótica empresarial, é funda-
mental que se mantenha em ordem toda
a documentação, recolhimento, paga-
mento e administração dos funcioná-
rios, para evitar sofrer este tipo de no-
tificação ou até mesmo processo judi-
cial.
N
www.juridicomartins.com.br
Na avaliação do gerente do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Vieira de Freitas, a aplicação da nova lei vai causar
uma reindustrialização do Estado.
Entrevista & Relacionamentos
Norminha, 31/10/2019 Trabalho há muitos anos com perfil
profissional. Durante a entrevista é
muito comum o candidato, para se ven-
der, exagerar nas suas qualidades, e ao
longo da entrevista desmentir tudo que
afirmou antecipadamente. E aí perdeu
sua oportunidade.
Nos relacionamentos é igual. Re-
conquistar a confiança dos outros é ta-
refa muito mais difícil do que foi a con-
quista. N Luiz Antonio Pharol
Nova Lei do Gás vai permitir reindustrialização do Espírito Santo
Página 05/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 31/10/2019
O Projeto de Lei (PL) 6407/2013,
conhecido como a Nova Lei do Gás, foi
aprovado pela Comissão de Minas e E-
nergia da Câmara dos Deputados no úl-
timo dia 23/10. Na avaliação do gerente
do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás,
Durval Vieira de Freitas, a aplicação da
nova lei vai causar uma reindustrializa-
ção do Estado. “É extremamente impor-
tante para Espírito Santo que esse pro-
jeto seja aprovado. Somos superavitá-
rios na produção de gás, produzimos
mais de 9 milhões de metros cúbicos
por dia, mas consumimos em torno de
3 milhões. Esse projeto de lei vai per-
mitir a livre concorrência, vão haver no-
vos fornecedores, e desta forma, enten-
do que vamos baratear os preços”.
O PL 6407/2013 institui um novo
marco legal para o mercado de gás na-
tural no país. Trata-se do primeiro pas-
so para que a lei seja alterada e reflita o
movimento de abertura do setor, inicia-
do pelo lançamento do Novo Mercado
de Gás pelo Governo Federal. O texto
consolida e dá segurança jurídica à a-
genda de mudanças no setor e será ca-
paz de: estimular a entrada de novos
fornecedores de gás natural; promover
a competitividade na comercialização
de gás natural, especialmente para o
consumidor industrial, barateando o
preço desse importante insumo; desen-
volver a indústria do gás e de outros se-
tores produtivos, contribuindo para re-
cuperação da economia brasileira e do
emprego. O projeto pode seguir dois di-
ferentes caminhos: se for pelo rito nor-
mal, irá para a Comissão de Desenvol-
vimento Econômico, Indústria, Comér-
cio e Serviços (CDEICS) da Câmara;
caso seja aprovada urgência, seguirá
para votação no Plenário.
ES mais competitivo
A questão que ainda atrapalha a co-
mercialização pelo Estado é que o preço
praticado não é competitivo. “Estima-
mos alcançar um preço que possa com-
petir em nível internacional, algo em
torno de US$ 7 por milhão de BTU (Bri-
tish Thermal Unit). Atualmente é o do-
bro disso”, pontua Freitas. Também es-
peramos atrair novas empresas para
produzir na área de mineração, instalar
siderúrgica a gás, indústrias de cerâmi-
cas, termelétricas, fertilizantes, petro-
químicas. Há ainda a possiblidade de
substituir carvão e óleo nas indústrias
de hoje, assim como nas duas terme-
létricas que temos aqui no estado”.
De acordo com dados da Agência
MRV recebe prêmio pelo
trabalho realizado em tecnologia BIM Norminha, 31/10/2019
A MRV foi uma das construtoras ven-
cedoras do Prêmio de Excelência BIM,
organizado pelo Sinduscon-SP (Sindi-
cato da Indústria da Construção Civil da
São Paulo). A maior construtora da A-
mérica Latina foi premiada na categoria
de contratante de projetos, durante o
10º Seminário Internacional BIM, que
aconteceu na última semana na capital
paulista.
Pioneiro no debate e divulgação na-
cional da metodologia BIM (Building
Information Modeling), o SindusCon-
SP realiza desde 2010 seminários inter-
nacionais, fóruns, debates e work-
shops. O prêmio tem como objetivo
promover e incentivar as melhores prá-
ticas em BIM, fomentando a adoção da
modelagem nas construtoras e em toda
a cadeira produtiva do setor, além de
setores públicos e academia.
O BIM consiste em um modelo vir-
tual composto por um conjunto de in-
formações geradas e mantidas durante
todo o ciclo de vida da construção de
um empreendimento. Trata-se de uma
construção virtual equivalente a uma
edificação real, que servirá de base para
várias tecnologias que estão surgindo
na construção civil como a impressão
3D, realidade aumentada, realidade vir-
tual, inteligência artificial e robotização
nos canteiros de obra.
Durante a premiação, o gestor exe-
cutivo de Projetos, Flávio Paulino, a
gestora executiva de Desenvolvimento
Imobiliário, Juliana Furiati, e o enge-
nheiro André Pinheiro representaram a
MRV, ressaltando o trabalho em equipe
desenvolvido por todos os colaborado-
res do setor de projetos envolvidos na
consolidação do BIM na empresa. “Este
prêmio reforça ainda mais que estamos
no caminho correto e servindo de refe-
rência para o mercado. Estamos com
um case consistente e vamos ajudar a
difundir ainda mais esta tecnologia que
é a base de uma grande transformação
digital da indústria da construção.”, ex-
plicou o gestor Flávio Paulino. N
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bio-
combustíveis (ANP), há grande concen-
tração das atividades do setor em uma
única empresa (Petrobras), que dispõe
de 92% de toda produção no país, além
de administrar a maioria dos campos de
gás, gasodutos, termelétricas, transpor-
tadoras, distribuidoras e revendedoras
do combustível. O PL 6407/2013 pro-
põe abrir o mercado brasileiro de gás
natural, reduzindo a participação da Pe-
trobras por meio de uma agenda de mu-
danças, e fazer com que o gás natural
chegue mais barato ao consumidor.
O texto sugere, ainda, estimular a
entrada de novos fornecedores de gás
natural no país, tornar o setor de trans-
porte mais transparente, promover a
competitividade, além de regulamentar,
em nível federal, a atividade de comer-
cialização de gás.
“Precisamos mostrar a importância
de ter o gás com preços competitivos.
Hoje temos um gás variando de US$ 12
a 14 por milhão de BTU, enquanto na
Europa varia de US$ 6 a 8 e nos Es-
tados Unidos de US$ 3 a 4. É um des-
perdício ter essa riqueza debaixo da ter-
ra, temos que transformá-la em desen-
volvimento em sustentabilidade. Te-
mos que transformar riqueza em em-
prego e negócio, mas com qualidade”,
defende Freitas.
Tanto o Brasil quanto o Espírito San-
to, e este último pela disponibilidade
mais imediata do gás e localização geo-
gráfica estratégica, podem ser benefici-
ados com o Novo Mercado de Gás pro-
posto pelo Governo Federal. A perspec-
tiva de abertura do mercado de gás na-
tural proporcionará um novo leque de
oportunidades para investimentos.
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Prazo que era de 48 horas foi alterado
para cinco dias úteis
Norminha, 31/10/2019
O prazo que o patrão tinha para realizar
as anotações na carteira do trabalho do
empregado era de 48 horas após a con-
tratação, a Lei 13.874/2019, de 20 de
setembro de 2019, alterou o prazo, pre-
vendo obrigatoriedade de anotação da
carteira de trabalho em até 5 dias úteis.
➡️O art. 29 da CLT passou a vigorar
com a seguinte redação:
Art. 29. O empregador terá o prazo
de 5 (cinco) dias úteis para anotar na
CTPS, em relação aos trabalhadores
que admitir, a data de admissão, a re-
muneração e as condições especiais, se
houver, facultada a adoção de sistema
manual, mecânico ou eletrônico, con-
forme instruções a serem expedidas pe-
lo Ministério da Economia. (Redação
dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º As anotações concernentes à
remuneração devem especificar o salá-
rio, qualquer que seja sua forma de pa-
gamento, seja êle em dinheiro ou em
utilidades, bem como a estimativa da
gorjeta. (Redação dada pelo Decreto-lei
nº 229, de 28.2.1967)
§ 2º - As anotações na Carteira de
Trabalho e Previdência Social serão fei-
tas: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989)
a) na data-base; (Redação dada pela
Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
b) a qualquer tempo, por solicitação
do trabalhador; (Redação dada pela Lei
nº 7.855, de 24.10.1989)
c) no caso de rescisão contratual; ou
(Redação dada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989)
d) necessidade de comprovação pe-
rante a Previdência Social. (Redação
dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 3º - A falta de cumprimento pelo
empregador do disposto neste artigo a-
O que é consultoria? A verdadeira e a falsa
O prazo para o patrão assinar a carteira do empregado aumentou
Fiscalização flagra
irregularidades em frigorífico de
Parobé/RS Norminha, 31/10/2019
O Ministério Público do Trabalho no
Rio Grande do Sul (MPT-RS) entregou,
na última sexta (25/10), um relatório de
inspeção aos executivos do frigorífico
Zimmer, de Parobé (RS), contendo irre-
gularidades relacionadas à segurança e
à saúde dos 275 trabalhadores da uni-
dade. A empresa foi inspecionada entre
os dias 21 e 24 de outubro pelo MPT-
RS. Durante a audiência administrativa
com os representantes da empresa, no
final da inspeção, também foi apresen-
tada minuta de termo de ajuste de con-
duta (TAC). Foi redesignada, ainda, para
final de novembro, nova audiência para
discussão do TAC proposto.
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O relatório de inspeção indica que a
empresa deve adequar irregularidades
em diversos setores tais como na recep-
ção de animais, no abate, na sala de má-
quinas, entre outros. Foram localizados
diversos atestados médicos relaciona-
dos a adoecimentos osteomusculares
na unidade, sobretudo de trabalhadores
dos setores de abate, desossa, quarteio
e carregamento. Verificou-se, ainda,
que o sistema de detecção de vazamento
de amônia não estava funcionando no
momento da inspeção, embora a empre-
sa tenha se comprometido a regularizar
a situação com urgência.
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O documento também aponta obri-
gações gerais aplicáveis a todos os se-
tores, destacando a necessidade de "im-
plantar imediatamente rodízio técnico e-
ficaz, adequando o trabalho às carac-
terísticas psicofisiológicas dos traba-
lhadores, de forma a proporcionar a efe-
tiva alteração de grupos musculares en-
volvidos na execução da atividade. As
tarefas alternativas a serem desempe-
nhadas deverão ser objetivamente dis-
criminadas, com indicação dos critérios
que as novas tarefas atendem, bem co-
mo a indicação do tempo máximo de e-
xecução ininterrupta de cada atividade".
Da análise amostral realizada, foram
identificados 40 situações de acidente
ou doença do trabalho para as quais não
houve emissão de Comunicação de Aci-
dente de Trabalho (CAT).
A inspeção foi realizada pelas procu-
radoras Priscila Dibi Schvarcz, que co-
ordena o Projeto de Adequação das
Condições de Trabalho em Frigoríficos
e Fernanda Arruda Dutra, que conduz
inquérito civil. N
Página 06/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 31/10/2019 I - O que é consultoria?
A consultoria é definida pelo Dicio-
nário Michaelis, como:
a) Ato ou efeito de dar consultas,
conselhos, orientações, sugestões.
b) Ação ou efeito de um especialista
emitir um parecer técnico ou orientação
profissional sobre um assunto de sua
especialidade.
Vale salientar que, a segunda defini-
ção menciona o "especialista" e a "ori-
entação profissional", sendo que o pro-
fissional emite a consultoria ou um pa-
recer técnico acerca de uma matéria que
faz parte de sua especialidade.
Como se vê, uma consultoria profis-
sional e técnica não pode ser emitida
por qualquer pessoa. Pelo contrário, o
currículo (formação e experiência) é -
ou deveria ser - um critério eliminatório
no momento da contratação de um con-
sultor.
II - Tipos de consultoria
Como já exposto, a verdadeira con-
sultoria advém de um profissional com
formação e experiência pertinente. Lo-
go, cada necessidade demandará um ti-
po de profissional ou empresa. É dizer,
as áreas de consultoria dividem-se de
acordo com a expertise do profissional
/ empresa.
Por outro lado, o contratante da con-
sultoria pode ser uma pessoa física ou
jurídica.
Em se tratando de empresa, pode
haver a contratação de uma consultoria
empresarial, havendo diversas áreas
envolvidas, como: publicitários, advo-
gados, economistas, contadores etc.
Todos eles voltados a uma ou mais ne-
cessidades.
No entanto, uma empresa pode con-
tratar uma consultoria especializada em
uma área específica, como a consul-
toria jurídica, para o caso de uma advo-
cacia preventiva, por exemplo.
Dessa forma, temos inúmeros tipos
de consultoria: consultoria jurídica;
consultoria de marketing; consultoria
financeira; consultoria em recursos hu-
manos
- consultoria empresarial
III - Tipos de Consultoria Jurídica
Em relação à complexidade da con-
sultoria jurídica, há escritórios que a-
tendem várias áreas e outros que focam
em apenas uma delas.
Vejamos alguns tipos de consultoria
jurídica: consultoria jurídica de direito
internacional; consultoria jurídica de
direito imobiliário; consultoria jurídica
trabalhista; consultoria jurídica tributá-
ria; consultoria jurídica de direitos au-
torais
É muito comum que o escritório de
advocacia conte com um advogado "clí-
nico-geral". Isso porque, para saber a
área de especialização que o cliente ne-
cessita, é necessário que haja uma bre-
ve análise do caso.
Vale lembrar que, o advogado que
faz às vezes de clínico geral do escri-
tório, também possui sua própria área
de especialização.
IV - Consultoria jurídica deve ser fei-
ta, apenas, por advogado (Lei Federal
nº 8.906/1994)
Por lei (e por lógica) a verdadeira
consultoria jurídica é prestada, apenas,
por advogados.
De início, conveniente abordar o que
diz a Constituição Federal, acerca do e-
xercício das profissões (art. 5º, XIII):
Art. 5º:
XIII - E livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas
as qualificações profissionais que a lei
estabelecer.
Como se vê, a Constituição Federal
prevê que deve haver uma lei, para esta-
belecer (regular) o exercício das profis-
sões. Logo, o primeiro passo é verificar
se há, ou não, lei que trate de deter-
minada profissão.
Em se tratando de advocacia e con-
sultoria jurídica, temos a Lei Federal nº
8.906/1994. O artigo 1º da referida lei
regula as atividades privativas, ou seja,
exclusivas da advocacia. Transcreve-se
abaixo:
"Art. 1º São atividades privativas de
advocacia:
II - as atividades de consultoria, as-
sessoria e direção jurídicas".
Como se vê, a consultoria jurídica
faz parte das atividades privativas de
advocacia.
Dessa forma, só está habilitado para
realizar consultoria jurídica, aquele que
o está para exercer a advocacia.
Para deixar ainda mais claro o as-
sunto, vale transcrever o artigo 3º, da lei
em análise (Lei Federal nº 8.906/1994):
"Art. 3º O exercício da atividade de
advocacia no território brasileiro e a de-
nominação de advogado são privativos
dos inscritos na Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB).
Note-se que, para não haver dúvi-
das, a lei estabelece que o termo "advo-
cacia" e o termo "advogado" são privati-
vos (exclusivos) daqueles que são ins-
critos na Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
Assim, basta uma simples consulta,
para saber se um profissional está habi-
litado / inscrito em sua classe profissio-
nal.
Portanto, quem afirma estar prestan-
do" consultoria jurídica ", sem possuir
a habilitação de advogado, comete con-
travenção penal, como se vê abaixo:
Art. 47, da Lei das Contravenções
Penais
"Exercer profissão ou atividade eco-
nômica ou anunciar que a exerce, sem
preencher as condições a que por lei
está subordinado o seu exercício:
Pena – prisão simples, de quinze
dias a três meses, ou multa, de qui-
nhentos mil réis a cinco contos de réis".
Em muitos casos, os "falsos advoga-
dos" são acusados, também, de estelio-
nato, podendo haver alguma divergên-
cia quanto à tipificação.
Infelizmente, a imprensa divulga
com frequência a prática do" exercício
ilegal da profissão ". A prática torna-se
mais fácil em razão da ingenuidade e da
falta de precauções dos contratantes.
Como já dito, basta uma simples
consulta prévia, antes da contratação. N
carretará a lavratura do auto de infração,
pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de
ofício, comunicar a falta de anotação ao
órgão competente, para o fim de instau-
rar o processo de anotação. (Redação
dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 4o É vedado ao empregador efe-
tuar anotações desabonadoras à con-
duta do empregado em sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social. (Incluído
pela Lei nº 10.270, de 29.8.2001)
§ 5o O descumprimento do disposto
no § 4o deste artigo submeterá o em-
pregador ao pagamento de multa pre-
vista no art. 52 deste Capítulo. (Incluído
pela Lei nº 10.270, de 29.8.2001)
§ 6º A comunicação pelo trabalha-
dor do número de inscrição no CPF ao
empregador equivale à apresentação da
CTPS em meio digital, dispensado o
empregador da emissão de recibo. (In-
cluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 7º Os registros eletrônicos gera-
dos pelo empregador nos sistemas in-
formatizados da CTPS em meio digital
equivalem às anotações a que se refere
esta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
§ 8º O trabalhador deverá ter acesso
às informações da sua CTPS no prazo
de até 48 (quarenta e oito) horas a partir
de sua anotação. (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)
Art. 30 - (Revogada pela Lei nº 13.
874, de 2019)
Art. 31 - (Revogada pela Lei nº 13.
874, de 2019)
Art. 32 - (Revogada pela Lei nº 13.
874, de 2019)
Art. 33 (Revogada pela Lei nº 13.
874, de 2019)
Art. 34 - (Revogada pela Lei nº 13.
874, de 2019)
Art. 35. (Revogado pela Lei nº 6.533,
de 24.5.1978). N
Maicon Alves
Contra fatos não há argumentos! O Engenheiro de Segurança do Trabalho, Leonídio Ribeiro, em inúmeras
apresentações relacionadas com a área de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho demonstrou, discretamente entre os seus amigos e colegas da área que
os acidentes de trabalho estavam ocorrendo porque os envolvidos no processo téc-
nico operacional “não sabiam trabalhar”, o que nos levávamos a crer que, em algum
momento a Negligência, a Imperícia e a Imprudência se mostrava presente. Não é
que ele sabia do que estava observando!
No ano passado, em 2018, foram ajuizadas 395 Ações Regressivas Previdenciá-
rias com objetivo de recuperar na Justiça os valores pagos pelo Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) a segurados ou famílias de segurado vítimas de acidentes
de trabalho por negligência do empregador, conseguindo recuperar aproximada-
mente R$ 12 milhões para os cofres públicos no ano.
Os valores são cobrados das empresas quando o acidente de trabalhadores o-
corre por inobservância das Normas Regulamentadoras relacionadas a Engenharia
de Segurança e Medicina do Trabalho, levando à morte, deficiência ou incapacidade
ao exercício profissional do segurado.
Observa-se que 80% do total das Ações Regressivas ajuizadas nos últimos anos
foram julgadas procedentes, o que vem confirmar a tese de que os trabalhadores
(de todos os níveis), não estão sabendo trabalhar de forma correta e disciplinada
com as regras estabelecidas previamente, deixando arrastarem-se em direção a ne-
gligência, o que é confirmado após auditorias oficiais.
Espera-se que as Ações Regressivas tenham objetivo de ressarcimento, mas o
principal efeito esperado deverá ser o pedagógico, ou seja, quanto maior o número
de ajuizamento dessas ações, queremos crer que menores serão as negligências
em relação as Normas Regulamentadoras relativas a Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho.
A Advocacia Geral da União (AGU) obteve na Justiça a condenação dos proprie-
tários da Boate Kiss a ressarcir em R$ 1,5 milhão ao Instituto nacional do Seguro
Social (INSS) pelas despesas com pagamento de benefícios de pensão por morte e
auxílio-doença às vítimas da tragédia, quando em 2013, um incêndio na casa notur-
na causou a morte de 242 pessoas, cinco (5) delas trabalhadoras do estabele-
cimento. Assim, o INSS deverá ser ressarcido pelas despesas com o pagamento de
17 benefícios, sendo cinco (5) pensões por morte e 12 auxílio-doença. Procu-
radores Federais que atuaram no caso, comprovaram que o incêndio foi resultado
de negligência por parte da Kiss, quando foram confirmadas falhas nas portas de
saídas e na sinalização de emergência; o emprego de material tóxico de alta com-
bustão no interior da boate; superlotação; ausência de plano de prevenção de incên-
dio; falta de treinamento dos trabalhadores em prevenção e combate a Incêndios e
alvará de funcionamento expirado.
“O acidente não tem ligação com o risco normal da atividade econômica, por-
tanto se origina da negligência dos réus. Nesse caso a Previdência social está sendo
onerada por ato ilícito do empregador, devendo ser reembolsada pelo infrator dos
valores despendidos”; afirmaram as Unidades da AGU que atuaram no caso. Lem-
braram ainda que, trata-se de acidente de trabalho sofrido por trabalhadores diretos,
bem como trabalhadores de prestadoras de serviços terceirizados e trabalhadores
eventuais contratados pelos réus que se encontravam trabalhando no estabeleci-
mento réu e foram vítimas do incêndio.
A Advocacia Geral da União (AGU), conseguiu na Justiça que duas empresas
sejam obrigadas a ressarcir os gastos que o Instituto Nacional de Seguridade Social
(INSS) teve com o pagamento de pensão após morte de um segurado vítima de aci-
dente de trabalho. O trabalhador da Ideia Digital Impressos sofreu o acidente fatí-
dico em dezembro de 2013, quando instalava material publicitário em um painel
(outdoor) e recebeu choque elétrico. Na época, o acidente resultou na concessão
de pensão por morte aos dependentes do segurado.
Por meio do Núcleo de Cobrança e Recuperação de Crédito da Procuradoria Re-
gional Federal da 1ª Região (PRF1) e da Procuradoria Regional Especializada junto
ao INSS (PFE/INSS) a AGU propôs, então, Ação Regressiva em face da empresa
Ideia e da empresa responsável pelo painel, a Neon Vegas Comércio de Placas, pa-
ra demonstrar que o acidente laboral foi causado por negligência das empresas e
pedir ressarcimento das despesas com o pagamento do benefício. Na Ação, a AGU
esclareceu que, a partir das informações colhidas pela perícia, o trabalhador sofreu
o choque ao encostar na estrutura metálica do painel, que estava ancorado por uma
escada extensiva metálica, a aproximadamente cinco metros de altura e que esta
estrutura estava energizada devido a falha no isolamento da instalação.
A AGU comprovou ainda que, o acidente foi causado pelas precárias condições
da instalação elétrica do painel e que teria sido evitado caso as empresas tivessem
adotado as medidas protetivas exigidas em Lei e priorizado as normas de segu-
rança.
Além disso tudo, os Procuradores salientaram, também, que uma sentença da
Justiça do Trabalho já havia reconhecido a culpa das empresas, quando nela ficou
demonstrada a falta de treinamento para os riscos da atividade desenvolvida, quan-
do os trabalhadores foram expostos aos riscos elétricos sem a devida manutenção.
O que é?
Negligência: descuido, desatenção, relaxo. Deixar de fazer algo que deveria ser feito
Imprudência: ato feito de maneira precipitada ou sem cautela.
Imperícia: praticar um ato sem ter conhecimento adequado para tanto.
Permanecemos nos mantendo nos três pilares fundamentais da má formação profissional por
comodismo N
Jorge Gomes – Especialista em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
Equipe agrícola é Destaque em Saúde e Segurança do Trabalho
Usina Atena realiza Sipat/Sipatr com sucesso
Página 07/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 31/10/2019
Usina Atena realizou a 9ª
SIPAT/SIPATR entre os dias 21 e 25 de
outubro do corrente ano na sede da Em-
presa em Martinópolis (SP).
O evento foi aberto à todas as áreas
com diversas atividades voltadas para
saúde e segurança do trabalhador.
A programação contou com o túnel
da segurança onde foram inseridas fo-
tos de melhorias, orientações quanto
aos acidentes e prevenção da saúde.
Na tenda da saúde, com a colabo-
ração de integrantes do setor de saúde
e vigilância sanitária municipal que
proporcionaram aos visitantes, infor-
mações sobre novembro azul (saúde do
homem), testes rápidos e informações
sobre DST/AIDS.
Em outro momento os trabalhadores
receberam informações sobre saúde e
segurança através de vídeos no “Cine
segurança” e informações de áudios a-
través da “Rádio segurança”.
Em um outro local foi inserido sis-
tema de áudio e vídeo para apresen-
tação de vídeos aos que por ali passa-
vam.
Ainda mais marcante foi sem dúvida
a gincana de segurança, onde equipe
dos setores agrícola e indústria partici-
param de um quiz com perguntas volta-
das as áreas de saúde e segurança, on-
de ao final a equipe agrícola se sagrou
“EQUIPE DESTAQUE EM SAÚDE E SE-
GURANÇA DO TRABALHO”.
Ao final ocorreu o sorteio de vários
brindes.
A Comissão organizadora deixa aqui
os agradecimentos a toda diretoria, ge-
rencias, CIPA, CIPATR, SESMT, SES
TR, equipe da saúde e da vigilância sa-
nitária de Martinópolis, parceiros e aos
que direta ou indiretamente contribuí-
ram para grandiosidade do nosso e-
vento e em especial a todos trabalha-
dores que participaram e abrilhantaram
a nossa 9ª SIPAT/SIPATR e que venha a
10ª em 2020! N
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10 novas funções para os advogados do futuro, segundo Richard Susskind
Trabalhador só poderá reclamar 5 anos de FGTS não depositados
Página 08/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha 31/10/2019
Por Bernardo de Azevedo e Souza
Poucos são os pesquisadores que se
dedicaram a estudar o futuro da advo-
cacia como Richard Susskind. Nas últi-
mas décadas, o professor produziu im-
portantes trabalhos sobre as transfor-
mações no mercado jurídico e as novas
perspectivas profissionais para os ad-
vogados. Entre suas principais publica-
ções, recebe especial destaque o livro
Tomorrow's Lawyers (2013).
Na obra, Susskind sustenta que os
advogados tradicionais não serão tão
demandados no futuro, como conse-
quência daquilo que denomina desafio
do "mais por menos". Conforme o pro-
fessor, os clientes tenderão a procurar
serviços mais baratos, com maior qua-
lidade e que não necessariamente en-
volvam advogados, mas sistemas inte-
ligentes e processos padronizados.
Com isso, Susskind não está sus-
tentando que os advogados deixarão de
existir no futuro. O que o professor quer
dizer é que os profissionais tradicionais
terão um papel menor na sociedade,
pois não serão tão essenciais. O futuro
imaginado por ele envolve novos for-
matos de serviços jurídicos, bem como
novas funções para aqueles advogados
flexíveis o suficiente para se adaptar às
mudanças do mercado.
Previsões de Richard Susskind
O professor britânico está convenci-
do de que o mercado jurídico abrirá es-
paço para os chamados "profissionais
aprimorados" (enhanced practitioners),
que deverão conhecer as mais moder-
nas técnicas de padronização de pro-
cessos e atuarão, via de regra, como as-
sistentes jurídicos de advogados. Aliás,
no livro Tomorrow's Lawyers Susskind
elenca 10 novas funções para os advo-
gados do futuro.
Em síntese, são elas:
1. Engenheiros de conhecimento ju-
rídico
Os serviços jurídicos tendem a ser
cada vez mais padronizados e computa-
dorizados. Em suma, esse cenário exi-
girá profissionais capazes de organizar
e modelar enormes quantidades de do-
cumentos jurídicos. Caberá aos enge-
nheiros de conhecimento jurídico anali-
sar e incorporar os processos judiciais
em sistemas computacionais. Como re-
sultado, poderá ser criado, por exem-
plo, um serviço jurídico online.
2. Tecnólogos jurídicos
A prática do Direito é hoje depen-
dente da tecnologia e da Internet. Aliás,
essa dependência tende a se agravar
mais e mais, tudo levando a crer que os
serviços jurídicos serão impraticáveis
sem as estruturas tecnológicos. É nesse
contexto que surgem os tecnólogos ju-
rídicos, profissionais habilitados para a
prática do Direito, mas também para
engenharia de sistemas e gestão da i-
novação tecnológica.
3. Híbridos jurídicos
O advogado do futuro deverá diver-
sificar para se manter no mercado, o
que envolve ampliar suas habilidades e
se tornar multidisciplinar. Portanto, os
híbridos jurídicos serão advogados do-
tados de conhecimentos multidiscipli-
nares, que acrescentarão valor conside-
rável ao serviço. Só para ilustrar: pense
em profissionais jurídicos capazes de
desempenhar a função de corretor ou
psicólogo, caso o cliente necessite.
4. Analistas de processos judiciais
Esses novos profissionais terão es-
paço em escritórios de advocacia e de-
partamentos jurídicos de empresas. Só
para ilustrar: eles serão habilitados para
realizar análises confiáveis, perspicazes
e rigorosas dos processos. Os analistas
deverão também subdividir documen-
tos em fragmentos gerenciáveis e signi-
ficativos (ou seja, que façam sentido
mesmo quando lidos individualmente).
5. Gerentes de projetos jurídicos
Esses profissionais complementarão
o trabalho do analistas. Desse modo,
concluída a análise processual, o ge-
rente de projeto jurídico supervisionará
as demais etapas do serviço jurídico co-
mo um todo. Ou seja, caberá a ele verifi-
car se as petições foram protocoladas
dentro do prazo; se todos os documen-
tos necessários foram juntados; se são
necessários recursos para concluir o
trabalho; etc.
6. Cientistas de dados jurídicos
Com o crescimento da inteligência
artificial e análise preditiva no ramo do
Direito, haverá espaço reservado para o
cientista de dados jurídicos. Este profis-
sional, que deverá ter conhecimentos
sobre leis, matemática e linguagem de
programação, ficará encarregado de
identificar padrões, tendências, correla-
ções e insights – tanto em recursos ju-
rídicos quanto em materiais não jurídi-
cos.
7. Especialistas em pesquisa e de-
senvolvimento
Desenvolver novos recursos, técni-
cas e tecnologias para fornecer serviços
jurídicos de diferentes maneiras será o
papel do especialista em pesquisa e de-
senvolvimento (P&D). Em resumo, este
profissional terá uma função muitas ve-
zes mais exploratória do que prática,
mas, ainda assim, será importante para
aprimorar os serviços jurídicos ofereci-
dos pelos escritórios de advocacia.
8. Especialistas em resolução de dis-
putas online
Os sistemas de resolução de dispu-
tas online (ODR, do inglês Online Dis-
pute Resolution Systems) já são utili-
zados nos Estados Unidos e em alguns
países da Europa. Em suma, os espe-
cialistas em ODR terão um papel im-
portante no mercado jurídico, aconse-
lhando seus clientes sobre as melhores
plataformas de resolução de conflitos e
sobre as melhores formas de resolver
os litígios com eficiência.
9. Consultores de gestão jurídica
Os consultores de gestão jurídica te-
rão vez no mercado jurídico do futuro.
Em síntese, estes profissionais serão
habilidades para oferecer consultas es-
tratégicas (envolvendo itens como pla-
nejamento de longo prazo e estrutura
organizacional) e operacionais (envol-
vendo itens como recrutamento, sele-
ção de escritórios jurídicos, controle fi-
nanceiro, comunicações internas e ges-
tão de documentos).
10. Gestores de riscos jurídicos
Em um mundo cada vez mais co-
nectado e com relações humanas com-
plexas, haverá espaço para os gestores
de riscos jurídicos. Estes profissionais
realizarão atividades como revisão de
riscos, avaliação de litígios, auditorias
de compliance e análise de compro-
missos contratuais. Em resumo, o foco
será antecipar as necessidades dos
contratantes, para conter problemas ju-
rídicos antes que se agravem.
Richard Susskind está convencido
de que essas novas funções para os ad-
vogados do futuro proporcionarão o-
portunidades de carreira para aqueles
que desejam trabalhar com o Direito
nas próximas décadas. Enfim, embora
não sejam profissões que estudantes
têm em mente quando se formam, elas
serão, conforme o professor, ocupa-
ções intelectualmente estimulantes e
socialmente significativas. N
https://bernardodeazevedo.com
Norminha, 31/10/2019
O recolhimento mensal de 8% do
salário para o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) feito pelo
empregador é um direito do trabalhador
do setor privado, criado ainda na déca-
da de 60 para servir como uma pou-
pança compulsória capaz de protegê-lo
contra demissões sem justa causa. Em-
bora as empresas sejam obrigadas a fa-
zer o depósito, muitas deixam de credi-
tar o dinheiro nas contas vinculadas
dos funcionários, o que leva muita gen-
te a cobrar as pendências na Justiça do
Trabalho. Desde 12 novembro deste
ano, no entanto, o empregado só pode-
rá reclamar judicialmente o FGTS que
deixou de ser recolhido pelo patrão nos
últimos cinco anos. Hoje, ele tem o di-
reito de receber o valor não creditado
em sua conta nos últimos 30 anos.
A data de 12 de novembro de 2019
foi fixada num julgamento do Supremo
Tribunal Federal (STF), em 2014. Na o-
casião, o ministro Gilmar Mendes redu-
ziu de 30 para cinco anos o período a
ser pleiteado na Justiça. O entendimen-
to foi o de que os atrasados de FGTS a
serem pagos ao trabalhador deveriam
ser restritos a cinco anos, o mesmo li-
mite fixado para outras questões traba-
lhistas.
Flávio Monteiro, especialista em Di-
reito Trabalhista e professor do Ibmec/
BH, explica que o intervalo entre a de-
cisão do Supremo e o início da aplica-
ção da nova regra foi estabelecido para
não pegar os trabalhadores de surpre-
sa. Além disso, segundo ele, foi insti-
tuída uma regra de transição no caso
dos trabalhadores que estavam próxi-
mos de completar 30 anos de contrato
de trabalho na mesma empresa e ti-
nham pendências no recolhimento do
fundo.
- Quando fixou a tese de limitar o
prazo para reclamar o depósito do FG
TS, a Corte modulou o tema e fixou o
prazo de cinco anos contados a partir
da decisão para que os trabalhadores
com atrasos no pagamento superiores
a cinco anos pudessem reclamar. Se in-
gressar com ação após 12 de novem-
bro, quem tem mais do que este perío-
do a receber não conseguirá mais ter o
total do FGTS — diz Monteiro.
Até o dia 7 de cada mês, os empre-
gadores devem depositar o dinheiro em
contas abertas na Caixa Econômica Fe-
deral, em nome de seus empregados
com carteira assinada. O fundo não a-
carreta desconto no salário, pois se tra-
ta de uma obrigação do patrão.
Dívida afeta cálculo da multa de 40%
A dívida por falta de depósitos do
Fundo de Garantia também afeta o cál-
culo da multa de 40%, no momento da
rescisão do contrato de trabalho no ca-
so de demissão sem justa causa. O tra-
balhador recebe 40% sobre todo depó-
sito de FGTS feito pelo empregador na
conta vinculada. Por isso, quando não
há o registro de depósitos, ele receberá
menos do que o devido na demissão.
- Na rescisão de contrato de trab-
alho, o trabalhador deve ficar atento se
todos os depósitos do Fundo de Garan-
tia foram feitos. O cálculo da multa de
40%, nas demissões sem justa causa, é
feito com base naquilo que foi deposi-
tado. Ou seja, tudo o que o empregador
recolheu para a conta vinculada da Cai-
xa fica registrado no sistema e é usado
para este fim. Mas, se faltaram depó-
sitos, o valor da multa será menor – a-
firma Jorge Mansur, sócio da área tra-
balhista do escritório Vinhas e Reden-
schi.
Mais de oito milhões de prejudica-
dos
Mais de oito milhões de trabalha-
dores têm saldos de Fundo de Garantia
inferiores aos montantes devidos por
falta de depósitos por parte dos empre-
gadores. Segundo dados da Procurado-
ria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) -
órgão do governo responsável pela co-
brança -, 228 mil empresas têm dívidas
relacionadas ao não recolhimento de
FGTS. O rombo soma R$ 32 bilhões, e
muitos pendências são referentes a
débitos de até 30 anos.
- O trabalhador precisa acompanhar
os depósitos e verificar o saldo da conta
para saber se o dinheiro está sendo
mesmo recolhido. O valor do FGTS que
está no contracheque não quer dizer
que a empresa depositou na conta vin-
culada da Caixa — alerta Mário Aveli-
no, presidente do Instituto Fundo de
Garantia do Trabalhador.
De acordo com advogados, os traba-
lhadores que têm ações de cobrança na
Justiça anteriores a novembro de 2014
não serão atingidos pelo prazo do Su-
premo, bem como os empregados que
entrarem na Justiça ou reclamarem o
pagamentos dos atrasados até 12 de
novembro. Além disso, destacam os es-
pecialistas, o interessado precisa ob-
servar o prazo de dois anos a partir da
data de desligamento da empresa para
ingressar com um processo na Justiça
do Trabalho. Isso não mudou. Após es-
se período, não é mais possível ajuizar
a ação. N EXTRA GLOBO
Em Presidente Prudente, STETSOM promove diversas atividades no mês do outubro rosa 2019
Reconstrução Mamária: cobertura por planos de saúde
Passei por uma mastectomia mas o plano de saúde se nega a custear a
reconstrução mamária, e agora?
Ginástica Laboral
Página 09/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 543 - 31/10/2019 - Fim da Página 09/12
direta e indiretamente na campanha, em
especial ao setor de Marketing e Co-
mercial, bem como, e a todos os cola-
boradores que abraçaram esta causa!
N
rais?
O Superior Tribunal de Justiça fir-
mou posicionamento no sentido de que
a recusa injusta de plano de saúde à
cobertura do tratamento médico a que
esteja contratualmente obrigado autori-
za a reparação por dano moral, a de-
pender do caso em concreto, por even-
tual constrangimento e abalo emocio-
nal sofrido em razão da negativa da o-
peradora.
Para o STJ, é reconhecido o direito
à compensação dos danos morais ad-
vindos da injusta recusa de cobertura
de seguro saúde, pois tal fato agrava a
situação de aflição psicológica e de an-
gústia no espírito do segurado, uma vez
que, ao pedir a autorização da segura-
dora, já se encontra em condição de
dor, de abalo psicológico e com a saú-
de debilitada. (STJ - REsp: 1411293 SP
2013/0341500-6, Relator: Ministra
NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamen-
to: 03/12/2013, T3 - TERCEIRA TUR-
MA, Data de Publicação: DJe 12/12/
2013).
Não tenho condições financeiras de
arcar com os custos processuais, e a-
gora?
As pessoas que não possuem con-
dições financeiras de arcar com as cus-
tas processuais sem comprometer a
renda familiar são beneficiadas com a
chamada gratuidade judiciária, deven-
do comprovar nos autos do processo a
sua condição de hipossuficiência eco-
nômica.
Os critérios quantitativos para a
concessão de tal benefício são fixados
por cada tribunal. Por exemplo, o Tri-
bunal de Justiça do Rio Grande do Sul
entende que, para a concessão do be-
nefício da gratuidade judiciária, a renda
da pessoa não pode ser superior a 10
salários mínimos.
N
Ana Paula Adede y Castro é advogada
(OAB/RS 106.730) especialista em Direito
Médico e da Saúde, e sócia no escritório
Adede y Castro Advogados Associados em
Santa Maria - RS.
Acesse:
http://outubrorosa.org.br/
Norminha, 31/10/2019 O mês de outubro é marcado pela
campanha de prevenção ao câncer de
mama, o ‘Outubro Rosa’, assim conhe-
cido. Tem como objetivo conscientizar
as mulheres importância da realização
da mamografia e de outros exames pre-
ventivos. A Stetsom Eletrônica de Pre-
sidente prudente (SP) celebrou o mês
com diversas atividades, entre elas des-
tacam-se a entrega de laços rosas, ses-
sões de beleza, doações de lenços pe-
los colaboradores da empresa.
A programação especial do Outubro
Rosa começou no dia 1 de outubro com
a distribuição de lacinhos, juntamente
com algumas orientações para o auto
exame de mama.
No dia 07 de outubro iniciaram as
arrecadações de lenços em prol a casa
de apoio as ‘Amigas do Peito’ de Presi-
dente Prudente/SP, foram arrecadados
31 lenços no total, e estes foram rever-
tidas as guerreiras que estão em fase de
tratamento do câncer.
Dia de Beleza Mary Cay
No dia 15 de outubro durante a Gi-
nastica Laboral, os colaboradores se
destacaram com a utilização do unifor-
me da cor Rosa, homenageando o mês
comemorativo. Nos dias 15 a 24, foi de-
corado um mural exclusivo a campa-
nha, com frases de incentivo, fotos,
mensagens e explicações, abordando o
tema ‘Outubro Rosa’. No dia 25 de ou-
tubro tivemos ‘um dia de beleza’ com a
participação de uma consultora da Ma-
ryKay, voltada a todas colaboradoras.
Entrega dos lenços casa de apoio
amigas do peito de Presidente
Prudente - Representante: Cassia
Norminha, 31/10/2019 A reconstrução mamária é parte
fundamental da terapia da mulher contra
o câncer. Ela é realizada quando a pa-
ciente passa por uma mastectomia (reti-
rada total ou parcial dos seios), quando
da necessidade de retirada de tumores.
A perda do seio abala severamente a
saúde emocional da mulher e, por isso,
a colocação de prótese de silicone de-
volve o volume retirado e sua autoesti-
ma.
A cirurgia de reconstrução mamária,
com ou sem prótese de silicone, é de
cobertura obrigatória por todos os Pla-
nos de Saúde do Brasil, vez que incluí-
da Rol de Procedimentos e Eventos em
Saúde da ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar).
Cabe salientar que a prótese também
deve ter o pagamento coberto pelo pla-
no de saúde, pois não se trata de cirur-
gia de caráter meramente estético.
Desta forma, a negativa do plano de
saúde à cobertura de reconstrução ma-
mária, após doença como o câncer, é
ilegal, cabendo o ingresso de ação per-
tinente.
Quanto tempo isso pode demorar?
A pessoa que pleitear na justiça a
condenação da operadora do plano de
saúde ao custeio de reconstrução ma-
mária pode requerer uma medida ante-
cipatória, obtendo da justiça uma deci-
são liminar, o que deve acontecer de
forma rápida.
Na decisão liminar, o julgador irá
determinar que a operadora do plano de
saúde proceda à imediata cobertura do
tratamento indicado pelo especialista,
com todas as despesas médicas e hos-
pitalares necessárias, fixando um prazo
para o cumprimento da decisão, sob pe-
na de multa diária.
Para tanto, é necessário comprovar a
probabilidade do direito, além do perigo
de dano ou risco ao resultado útil do
processo, que se evidencia na medida
em que, caso não realize o procedimen-
to pleiteado, o paciente poderá ter pre-
juízos em sua saúde, bem como danos
irreversíveis.
Nestes casos, é possível cumular
pedido de indenização por danos mo-
A proposta da empresa foi mostrar
que, mesmo com ações simples, a
mensagem pode chegar aos grupos de
interesse, não só as mulheres colabora-
doras da empresa, mas também as mu-
lheres, parceiras, amigas, companhei-
ras, mães, tias, filhas, enfim, a todos.
Dia de Beleza Mary Kay
É importante ressaltar, que as ações
de prevenção não devem se limitar a um
único mês. A Empresa possui um papel
fundamental na orientação de seus co-
laboradores, tanto para o câncer de ma-
ma, quanto para demais doenças, prin-
cipalmente aquelas desenvolvidas em
locais de trabalho.
A Segurança do Trabalho, Recursos
Humanos e a CIPA da STETSOM agra-
decem a todos que tiveram participação
O que você precisa saber sobre Intervalo de Recreio nas Escolas
Brasil assina acordo
sanitário para exportar carne termoprocessada
à China
Norminha, 31/10/2019 Os governos de Brasil e China
assinaram um protocolo sanitário na
sexta-feira (25/10) para a exportação de
carne termoprocessada brasileira ao
país asiático, informou o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
Os protocolos fixam os requisitos
para a exportação do produto à China,
buscando evitar o ingresso de pestes ou
pragas endêmicas do país exportador
no país importador.
Compre agora mesmo as 59 Dinâmicas para evitar acidentes de
trabalho Custa menos que uma
pizza e ainda você contribui com a
sustentabilidade de Norminha
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A carne termoprocessada é aquela
que passa por processos térmicos, co-
mo a cocção. O Brasil exportou US$
557 milhões desse produto no ano pas-
sado e a China importou US$ 25 mi-
lhões, segundo nota divulgada pelo
Mapa.
A assinatura do protocolo ocorreu
durante visita da ministra da Agricultura
brasileira Tereza Cristina à China, na
qual ela buscou ampliar o comércio de
carnes e outros produtos agrícolas bra-
sileiros para os chineses.
A expectativa é que a China também
autorize, em breve, novos frigoríficos
brasileiros a exportarem carnes ao país.
N
Carnetec
10 Direitos das mulheres grávidas no
trabalho
Norminha, 31/10/2019 1 - Na admissão, a empresa não po-
de pedir atestado ou exame para com-
provação de esterilidade ou gravidez.
2 - Estar grávida não é motivo para
demissão.
3 - A licença maternidade é de 120
dias (quatro meses), mas empresas
dentro do Programa Empresa Cidadã o-
ferecem 180 dias (seis meses). Em tro-
ca, recebem benefício fiscal.
4 - A licença pode começar até 28
dias antes do parto.
5 - A estabilidade no emprego é de
cinco meses após o parto. Atento que a-
pós esse período, a trabalhadora pode,
sim, ser demitida.
6 - No ato da demissão, se compro-
var que estava grávida tem direito à re-
integração ao emprego ou à indenização
equivalente ao período de gravidez mais
a licença. Mesma coisa se descobrir a
gravidez dentro do aviso prévio (traba-
lhado ou indenizado).
7 - Se comprovado o aborto (não in-
tencional), a mulher ganha repouso re-
munerado de duas semanas. Não im-
porta o tempo de gestação.
8 - Grávidas têm direito à dispensa
do trabalho "pelo tempo necessário" pa-
ra, no mínimo, seis consultas médicas e
exames complementares.
9 - Direito à amamentação, as mães
tem direito a duas pausas de meia hora
cada para amamentar o bebê até os seis
meses de idade. Já escrevi sobre ama-
mentação no local de trabalho, caso
queiram saber mais segue o link:
https://tamisleticia.jusbrasil.com.br/arti
gos/694183344/a-amamentacao-no-
local-de-trabalho
10 - Mães adotivas também o têm di-
reito a licença de até 120 dias, inde-
pendentemente da idade da criança ado-
tada.
N
Tamís Letícia é advogada, especialista em
Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e
Direito Constitucional.
Instagram:
www.instagram.com/tamisleticia.adv/
Página do Facebook:
www.facebook.com/advogadatamis/
O intervalo para recreio integra a jornada de trabalho do professor?
Página 10/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 543 - 31/10/2019 - Fim da Página 10/12
Norminha, 31/10/2019 Ontem estava em reunião com uma
Diretora de Escola e ela me questionou:
Dra., o intervalo de recreio integra a jor-
nada do professor? Os professores es-
tão reclamando que o intervalo é muito
pouco, que não conseguem se ausentar
ou muitas vezes eles prestam atendi-
mento aos alunos.
Perguntei a Diretora – Mas os pro-
fessores são orientados que devem
prestar atendimento aos alunos no in-
tervalo entre as aulas?
Diretora – Não Dra., mas eles ale-
gam que não é possível negar esse a-
tendimento.
Veja bem, a empresa deve deixar
claro para alunos e professores – por
meios previamente estabelecidos – os
horários corretos para as atividades ex-
traclasses, não autorizando que sejam
feitas no horário de descanso.
- Mas Dra, de qualquer forma, os
professores alegam que esse tempo de
intervalo entre as aulas não conseguem
exercer qualquer outra atividade, que
seria muito pouco tempo.
Aqui encontramos um problema.
Pois recentemente o TST (Tribunal Su-
perior do Trabalho) reconheceu o direi-
to de uma professora, ao pagamento
como horas extras, dos intervalos de
poucos minutos entre as aulas.
Segundo o Tribunal, pelo período
ser muito pouco, torna impossível o
professor exercer qualquer outra ativi-
dade nesse tempo, onde ele deve ser
considerado como tempo a disposição
do empregador e consequentemente re-
munerado.
O intervalo de poucos minutos entre
as aulas configura tempo à disposição
da empresa e o professor tem direito à
respectiva remuneração, haja vista que
o tempo entre aulas intercaladas im-
possibilita que o empregado exerça ou-
tra atividade no período, remunerada ou
não.
Vale destacar que o Tribunal define
que esse curto intervalo é o que divide
duas aulas sequenciais e não se con-
funde com o intervalo maior que separa
dois turnos totalmente distintos de tra-
balho (matutino e noturno, por exem-
plo).
Dessa forma, orientei a Diretora para
que tivesse atenção nesse pouco tempo
entre as aulas para que não seja confi-
gurada futuramente como tempo a dis-
posição da empresa. N
Edmille Santos - Instagram: decidiadvogar_
Email: [email protected]
Norminha, 31/10/2019
Não é rara a situação de aposentados
que, certo dia, ao sacarem o dinheiro da
aposentadoria se deparam com des-
contos estranhos em seu benefício.
E, ao buscarem saber a procedência
de tais descontos, verificam um contra-
to de empréstimo consignado em seu
extrato do INSS.
Nestes casos, se você não contratou
o empréstimo consignado, saiba que
tem direito à restituição do valor des-
contado em dobro, bem como a possí-
vel indenização em danos morais.
De quem é a culpa?
Da instituição financeira.
No artigo 14 do Código de Defesa
do Consumidor está previsto:
"O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causa-
dos aos consumidores por defeitos re-
lativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e ris-
cos".
Trata-se da responsabilidade objeti-
va do prestador de serviço, no caso, a
financeira que realizou os descontos.
É uma prática verdadeiramente este-
lionatária, quando financeiras se utili-
zam de dados de clientes antigos ou
obtidos de outras formas para fazerem
descontos indevidos.
Não importa se o consumidor já-
mais entrou em contato com a institui-
ção, se houve o desconto indevido con-
figurou-se a relação de consumo, sen-
do a aplicável o CDC.
Tenho direito ao valor em dobro?
Sim, conforme previsto no art. 42, §
único do CDC:
"O consumidor cobrado em quantia
indevida tem direito à repetição do in-
débito, por valor igual ao dobro do que
pagou em excesso, acrescido de corre-
ção monetária e juros legais, salvo hi-
pótese de engano justificável".
Trata-se da repetição do indébito,
quando o consumidor recebe o valor
duas vezes mais o que teve que pagar
indevidamente.
Tenho direito a indenização por da-
no moral? Provavelmente. Muito embo-
ra não haja direito expresso na lei sobre
a indenização nestes casos, a maioria
dos tribunais têm entendimento neste
sentido, sendo o valor indenizatório va-
riável entre 5 e 10 mil reais.
Posso tomar alguma providência de
imediato? Sim, é possível desde logo
verifique os descontos indevidos reali-
zar um Boletim de Ocorrência na Dele-
gacia mais próxima.
Feito isso, encaminhe-se até a agên-
cia do INSS, apresente o B.O e faça um
requerimento de “Reclamação sobre ir-
regularidades ocorridas nas operações
de consignação em pagamento”.
Realizado este requerimento, a agên-
cia do INSS verificará a procedência do
empréstimo e poderá, administrativa-
mente, excluir o empréstimo do benefí-
cio.
O consumidor também pode ligar no
Procon, na Ouvidoria Geral da Previ-
dência Social ou mesmo para a própria
financeira e tentar resolver a situação.
Lembrando que, resolvida adminis-
trativamente a questão, tão somente se-
rá devolvido o valor pago (não em do-
bro) e sem qualquer indenização.
O que o advogado irá pleitear neste
caso?
A atuação do advogado neste caso
será por meio de uma “Ação de Decla-
ração de Inexistência de Débito, Repeti-
ção de Indébito e Indenização por Da-
nos morais c.c Antecipação de Tutela
Antecipada”, meio longo não?
Em outras palavras, o advogado
buscará em juízo que a dívida perante a
instituição financeira seja: a) declarada
inexistente logo no primeiro ato judi-
cial, por meio da tutela antecipada; b)
seja devolvido o valor em dobro e; c)
seja a vítima indenizada em danos mo-
rais. N
Willer Sousa Advogados
Sobre descontos de empréstimo consignado não contratado
Estão descontando dinheiro da minha aposentadoria. E agora?
Agrediu a amada? Perdeu o porte/posse de armas, amigão! Veja as Mudanças na Lei Maria da Penha
Ele afirmava ter sido atraído para
trocar de emprego!
Norminha, 31/10/2019 A Primeira Turma do Tribunal Superior
do Trabalho indeferiu o pedido de um
gerente-executivo de recebimento de
indenização superior a R$ 600 mil por
ter pedido demissão de outro emprego
para ser contratado pela Sonda Proc
work Informática Ltda., que o dispensou
oito meses depois. Para os ministros,
não houve demonstração de abuso de
direito da empresa.
Motivo econômico
No ato de dispensa, a Sonda apon-
tou motivos econômicos para a mudan-
ça de planos nos negócios e a desati-
vação da implantação da unidade para a
qual o gerente havia sido contratado. O
juízo da 2ª Vara do Trabalho de Barueri
(SP) indeferiu o pedido de indenização,
e o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região confirmou a decisão.
Para o TRT, a empresa agiu de forma
lícita, pois não se provou, no processo,
que ela tinha intenção de encerrar o de-
partamento quando contratou o gerente.
No entendimento do Tribunal, o empre-
gado assumiu o risco de abdicar da es-
tabilidade no emprego anterior para ob-
ter vantagem profissional em outro lu-
gar.
Boa-fé objetiva: O relator do recurso
de revista do gerente, ministro Walmir
Oliveira da Costa, explicou que, confor-
me a legislação, o empregador, ainda
que no exercício de direito (como o de
despedir sem justa causa), comete ato
ilícito se sua conduta extrapola os limi-
tes da boa-fé. Entre os deveres ligados
ao princípio da boa-fé objetiva, citou a
proibição do comportamento contradi-
tório na celebração ou na execução dos
contratos.
Com base nas provas registradas
pelo TRT, o ministro assinalou que não
há indício de que a empresa tenha co-
metido abuso de direito, pois o tempo
de vigência do contrato (oito meses) é
suficiente para que se decida sobre a
continuidade de um projeto. Ele obser-
vou ainda que não havia cláusula de es-
tabilidade e que o gerente não questio-
nou salários e parcelas rescisórias.
Diante dessas circunstâncias, o rela-
tor considerou inviável concluir que a
empresa estivesse obrigada a manter
em seus quadros, por longo período,
um empregado de alto custo contratado
especificamente para a condução de
projeto descontinuado. Ele levou em
conta ainda a falta de questionamento
pelo gerente das questões econômicas
apontadas pela empresa. N Fonte: TST
Rede de frango frito KFC planeja abrir 60 lojas no Brasil em 2020
Norminha, 31/10/2019 O KFC (Kentucky Fried Chicken), rede
de restaurantes de frango frito norte-a-
mericana, pretende abrir pelo menos 60
lojas no Brasil em 2020, disse a em-
presa na quinta-feira (24/10).
A primeira unidade da rede no Sul do
Brasil foi recentemente aberta em Curit-
iba, no shopping Palladium.
“As regiões prioritárias de expansão
são o Sudeste (principais capitais e ci-
dades do interior de São Paulo e Rio de
Janeiro), Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
A rede pretende chegar a 500 unidades
no Brasil até 2027”, informou a asses-
soria de imprensa do KFC em e-mail à
CarneTec.
O KFC, que chegou ao Brasil na dé-
cada de 80 em São Paulo, tem acelerado
a expansão no Brasil desde que o em-
presário Carlos Wizard assumiu a ges-
tão do grupo no ano passado.
Trinta novas unidades foram abertas
no Brasil de 2018 até agora. Nos pri-
meiros oito meses de 2019, as opera-
ções da KFC no Brasil cresceram em
50% e somam 67 restaurantes em oito
estados além do Distrito Federal.
O KFC, que tem os baldes de frango
frito como prato principal no seu cardá-
pio, foi fundado em North Corbin, no
estado norte-americano de Kentucky,
em 1952. A rede está atualmente pre-
sente em 140 países com mais de 23 mil
restaurantes.
O KFC é concorrente da Popeye's,
outra rede de frango frito norte-ameri-
cana que estreou no Brasil no ano pas-
sado, que também está investindo em
expandir o número de lojas no país. N
CARNETEC
Os números e índices de feminicídios, que são os crimes praticados contra a
mulher, só aumentam.
Página 11/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 31/10/2019
As mulheres, a cada dia sofrem mais e
mais danos, chegando, muitas delas a
perderem a sua vida em função de um
relacionamento doentio, possessivo,
devastador.
Para evitar tudo isto, as autoridades
não arream as armas, mas agem, cor-
rem, lutam, criam leis, alteram disposi-
tivos; enfim, fazem tudo, no afã de inti-
midar e extirpar tais barbaridades que
abalam a sociedade.
São tantas notícias chocantes que,
por serem tão repetidas, não se pode
permitir que o cidadão comum venha a
‘acostumar-se’ com tais eventos, mas
repudiar e hostilizar veementemente,
dizendo consigo mesmo: – Isto nunca
chegará a ser encarado como algo nor-
mal, trivial, comum, modal, em minha
visão!
As autoridades em evidência, com-
petentemente criam Institutos, elegem
Delegacias Especializadas em proteger
as mulheres, mantêm pousadas e al-
bergues para as vítimas, cuidam em
proteger e manter o emprego da violen-
tada, dentre outras novidades que, infe-
lizmente têm chegado ao conhecimento
do pacato cidadão, em passos consi-
derados, ao meu sentir, lentos, quando
deveriam ser galopantes.
O que se percebe é que a mídia ain-
da carece de destacar de forma mais e-
ficaz e reiterada, tais inovações, com a
promoção que a matéria merece; moti-
vo que me faz sentar em uma confor-
tável cadeira, respirar profundamente,
aprimorar inspiração, levar conheci-
mento ao cidadão, arvorando a bandei-
ra da Lei e dizer:
– A coisa está muito mais severa,
camarada! Pense quinhentas mil vezes
antes de agredir uma mulher, pois a
maré não está pra peixe!
Convém pontuar, antes de qualquer
mal entendido, que o conteúdo deste
post está longe, muito longe, de ser um
tema com instinto feminista, populista
ou algo assemelhado.
O intuito deste artigo é simples-
mente bradar ao Brasil que a Lei Maria
da Penha, a conhecida Lei 11.340/
2006, tem sido alvo, ultimamente, de
bem mais sanções e punições que ou-
trora, sequer imaginaríamos.
Você quer que sejam enumerados
alguns exemplos novos, pontuais e
pouco disseminados? Vamos lá!
– Cometeu algum crime enquadrado
na Lei 11.340/2006, não pode ser Ad-
vogado (a);
– Não poderá (se um determinado
Projeto de Lei for aprovado) assumir
cargo público;
– Agressor deve pagar todos os cus-
tos que a vítima teve com o SUS para
poder ser atendida;
– Os adereços e equipamentos de
segurança para evitar que o agressor
entre em contato ou chegue perto da ví-
tima também já deverão ser custeados
integralmente pelo agressor;
– Se configurar que atentou contra a
vida da mulher e o casal tiver filhos em
comum, o agressor poderá perder o po-
der familiar, ou seja, ficar sem condi-
ções de manter contato com a prole,
com os filhos havidos no relaciona-
mento (Juiz avaliará a hipótese junta-
mente com equipe multidisciplinar e
apoio psicológico do Tribunal de Justi-
ça).
– Se reconciliou com a vítima? Ago-
ra já era, meu amigo! Não tem essa de
pedir para que ela retire a queixa, pois
se ocorreu a denúncia, Delegado aco-
lhe, remete para o Poder Judiciário e
para o MP (Ministério Público, que é o
Fiscal da Lei) que torna aquela ação
Pública Incondicionada, ou seja, não há
condição ou acordo que faça o proces-
so deixar de seguir os trâmites legais e
criminais cabíveis, e, confirmando o
delito, o dever de cumprir a pena esta-
belecida;
– Tem porte ou posse de armas, tu-
do certinho e legalizado? Lamento in-
formar, mas perderá tal benefício tam-
bém, pois o Presidente em exercício a-
cabou de sancionar dois Projetos de Lei
(PL 17/2019 e PL 1619/2019) que se-
rão inseridos nos dispositivos da Lei
Maria da Penha, declarando a perda do
porte ou posse de armas para agres-
sores de mulheres;
Em interessante matéria que li, dis-
punha:
Para o caso de apreensão da arma,
são modificados os Artigos 12 e 18 da
Lei Maria da Penha. Assim, a autori-
dade policial deve “imediatamente” ve-
rificar se o eventual agressor possui
registro de posse ou porte.
“Se possuir, deverá ser notificada a
instituição responsável pela concessão
do registro ou da emissão do porte”, diz
texto divulgado pelo Planalto.
A alteração da Lei ainda permite que,
“após receber o pedido da ofendida, o
juiz possa determinar a apreensão ime-
diata da arma de fogo sob a posse do
agressor.”
E a educação?
– Nos Projetos de Lei PL 17/2019 e
PL 1619/2019, igualmente sanciona-
dos na data de ontem, 08 de outubro de
2019, restam registrados que as crian-
ças e adolescentes desfrutarão de prio-
ridade em matrículas escolares em es-
colas próximas ao endereço da mulher
vítima de violência doméstica.
E o melhor de tudo: mesmo que não
haja vagas na instituição de ensino al-
mejada, deverá ser criada vaga exclu-
siva para acolher os filhos da mulher
vitimada, com a condição de que a víti-
ma apresente documentos comprovan-
do o crime (queixa, denúncia, processo
judicial, etc).
Vamos caminhar, gente boa!
Vamos viver bem, sair de relaciona-
mentos tormentosos e abusivos, cele-
brar a oportunidade de apreciar o canto
dos pássaros, o miado e preguiça de
um gato, a agilidade e destreza de uma
águia, o barulho do mar bravio, dar uma
visitada e apreciar as Cataratas do Igua-
çu, beijar muito, ler um bom livro, de-
gustar uma fruta de época (livre de car-
boreto e agrotóxicos), tomar um banho
relaxante, perfumar-se, abraçar seu a-
mor, aninhar-se em seus braços e dor-
mir o sono dos justos, esperando dias
ainda melhores.
Chega de agressões!
Vamos viver! N
Fátima Burégio - Especialista em Processo
Civil, Responsabilidade Civil e Contratos
Especialistas explicam quando brincadeira se torna bullying
Teste do bafômetro para o empregado?
Página 12/12 - Norminha - Nº 543 - 31/10/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 543 - 31/10/2019 - Fim da Página 12/12
O Tribunal Regional do Trabalho da
3ª Região (MG) manteve a improce-
dência do pedido de indenização do
caldeireiro. Para o TRT, o ato da em-
presa está inserido no seu poder di-
retivo e visa evitar a ocorrência de aci-
dentes, não podendo, portanto, ser
considerado ílicito.
A relatora do recurso de revista do
caldeireiro, ministra Maria Helena Mal-
lmann, observou que a imposição do
teste de bafômetro não caracteriza ofen-
sa à dignidade da pessoa no trabalho
nem configura ato ilícito ou abuso do
poder diretivo do empregador passível
de indenização. “O teste foi direcionado
a outros empregados, e a escolha do
caldeireiro se deu de forma aleatória, ou
seja, foi impessoal”, explicou. (Proces-
so: RR-11276-14.2015.5.03.0060). N
Fonte: Informativos.TST
Fernando Magalhaes Costa
Instagram:@fer_nando_magalhaes
Norminha, 31/10/2019
Algumas pessoas ainda têm dificuldade
para entender o limite entre uma
'simples brincadeira' e o bullying. Mas
especialistas ouvidos pela reportagem
do E+ dão uma dica certeira e que vale
ouro: uma brincadeira passa a ser
bullying quando causa sofrimento para
o alvo e prazer ao que pratica.
"Aquele que faz o bullying percebeu
os aspectos mais vulneráveis da outra
pessoa e tripudiou. Tripudiar está sen-
do usado aqui como sinônimo de hu-
milhar, menosprezar, ou seja, com o
objetivo destrutivo, como na estrutura
perversa, na qual a dor do outro causa
prazer naquele que atua", explica Nadia
Aparecida Bossa, doutora em psicolo-
gia pela Universidade de São Paulo
(USP).
A psicóloga Camila Cury acrescen-
ta: "O bullying é fruto de uma sociedade
cada vez mais individualizada e compe-
titiva, com poucos estímulos para a em-
patia e cooperação. Existem três com-
portamentos que permeiam o bullying:
comportamento agressivo e negativo;
comportamento executado repetida-
mente; comportamento que ocorre num
relacionamento em que há um desequi-
líbrio e poder entre as partes envolvi-
das".
O cantor MC Gui publicou uma série
de stories explicando sua motivação em
postar vídeos de uma criança que esta-
va no mesmo trem que ele durante via-
gem à Disney, nos Estados Unidos, o
que lhe rendeu acusações de bullying
na noite desta segunda-feira, 21. No ví-
deo, MC Gui diz: "Mano, olha isso... [ri-
sos]", antes de filmar uma criança que
está a alguns metros dele no vagão. A
garota parece perceber que está sendo
gravada e alvo de risos, e, no vídeo, pa-
rece constrangida. O cantor se defen-
deu das acusações.
Em uma sociedade que é conhecida
pela irreverência, existe ainda uma difi-
culdade em diferenciar o que é uma
brincadeira saudável do que é bullying.
E diversas personalidades têm se dedi-
cado a discutir o assunto, como a fun-
keira Jojo Todynho, que chegou a dar
palestra em escola após o desabafo de
uma seguidora que estava sofrendo
com a filha vítima da humilhação. O hu-
morista Leandro Hassun também já se
manifestou sobre os limites da comé-
dia. "O humor não é para agredir ou o-
fender", refletiu o ator.
O bullying é um ato de violência físi-
ca ou psicológica, intencional e repeti-
tivo, que ocorre sem motivação eviden-
te, praticado por indivíduo ou grupo,
contra uma ou mais pessoas, com o o-
bjetivo de intimidá-la, causando dor e
angústia à vítima. É uma relação de de-
sequilíbrio de poder entre as partes en-
volvidas.
Quando uns se divertem às custas
de outros que sofrem, a vítima se repri-
me e pode apresentar desordens emo-
cionais e comportamentais. E as conse-
quências para as vítimas são inúmeras,
como conta Camila Cury: "Baixo rendi-
mento escolar, mudanças repentinas de
humor, isolamento social ou predileção
por adultos, perda da autoconfiança,
desmotivação e insegurança na efetiva-
ção de tarefas e condutas escolares, do-
enças inventadas (dor de cabeça, náu-
seas...), linguagem corporal com om-
bros curvados, cabeça baixa, sem man-
ter olhos nos olhos nos diálogos e falas
com conceito de si mesmo distorcido
em relação à competência acadêmica,
conduta e aparência".
Como saber se o seu filho está pra-
ticando bullying
É comum para as crianças que prati-
cam bullying colocar o outro para baixo
para se autoafirmar. Os sinais são sutis,
mas aparecem: a criança acaba tendo
algum tipo de agressividade nas pala-
vras, comportamentos e até intimida-
ção. Comece a observar se o seu filho
trata mal algum colega, familiar ou ou-
tras pessoas.
Como saber se seu filho está sendo
vítima de bullying
Um em cada dez estudantes brasi-
leiros é vítima de bullying, de acordo
com dados do Programa Internacional
de Avaliação de Estudantes (Pisa).
Quem sofre esse tipo de violência dará
sinais de isolamento social, tristeza fre-
quente, raiva excessiva e mudanças re-
pentinas de humor. Os adultos preci-
sam ficar atentos também ao fato de a
criança não querer sair de casa ou até
mesmo ir à um lugar específico, pois
pode ser lá que ocorre o bullying.
"É importante destacar que além de
vítima e agressor, o bullying também
envolve o observador, que pode ser ati-
vo (não agride, mas apoia quem agride
e se diverte com a situação) e o neutro,
que não concorda com a atitude do a-
gressor, mas não se manifesta", de a-
cordo com a psicóloga Camila Cury.
Uma dica de filme sobre o tema é O
Extraordinário, que mostra os compor-
tamentos da vítima, do agressor, da fa-
mília e do observador. Assista ao vídeo:
O que é ciberbullying?
Quando os atos agressivos e humi-
lhantes saem da vida real e vão parar na
internet são chamados de ciberbullying.
Ele é definido como intimidação siste-
mática na rede mundial de computa-
dores com uso de ferramentas para de-
preciar, incitar a violência, adulterar fo-
tos e dados pessoais com o intuito de
criar meios de constrangimento psicos-
social.
Ao humilhar a garotinha no ônibus e
publicar o vídeo na internet, MC Gui pro
moveu a violência em escala mundial.
Assunto voltou à discussão após caso
de MC Gui com garotinha em trem na
Disney
Na avaliação da psicóloga Camila Cury,
o caso pode ser caracterizado como cy-
berbullying. "Começou com uma brin-
cadeira isolada, mas ao jogar na in-
ternet, expôs a vítima a milhões de pes-
soas, que tiveram acesso e puderam in-
centivar ou não o comportamento, e
nessas situações, ocorre o cyberbul-
lying", explica.
Em outubro deste ano, a morte da
cantora de k-Pop Sulli, de 25 anos,
também gerou debates sobre o tema.
Nas redes sociais, fãs e amigos atribuí-
ram o trágico episódio a uma série de
ataques que ela vinha recebendo na in-
ternet. A principal suspeita dos investi-
gadores é de suicídio.
Prevenção
O manejo das emoções no ambiente
escolar, já na primeira fase do desen-
volvimento infantil, pode prevenir uma
série de situações como a depressão,
ansiedade, bullying e risco de suicídio.
O presidente Jair Bolsonaro vetou, in-
tegralmente, um projeto de lei que torna
obrigatória a prestação de serviços de
psicologia e serviço social nas redes
públicas de educação básica. No entan-
to, profissionais ouvidos pela reporta-
gem do E+ acreditam que educadores e
psicólogos treinados para esse tipo de
abordagem seriam imprescindíveis pa-
ra minimizar danos de situações emo-
cionais mais delicadas.
"Crianças que passam por qualquer
problema psicológico devem receber a
mesma atenção que aquelas que pas-
sam por problemas físicos, por doen-
ças como o sarampo, por exemplo. As-
sim como uma criança doente não con-
segue ir para a escola estudar e apren-
der, uma criança com problemas psico-
lógicos também não consegue", avalia
a neuropsicóloga Gisele Calia.
Dicas para os adultos
Para pais e mães, o mais indicado é
observar qualquer mudança de com-
portamento dos filhos, seja sozinho ou
em grupo. Procurar saber sobre o que
ele está sentindo em relação às outras
pessoas que o cercam. Porém, vale
destacar três dicas valiosas de Nádia
Aparecida Bossa, doutora em psicolo-
gia da USP:
Saber enxergar quando uma brinca-
deira aparentemente 'inocente' resulta
de uma atuação perversa (a maldade
implícita);
Tornar consciente àquele que prati-
ca o bullying sobre quais são suas reais
motivações;
Não deixar uma situação de bul-
lying, em hipótese nenhuma, passar
sem conscientização e repreensão. N
Terra Vida
Material Editável liberado Lista Verificação Solda e Corte http://bit.ly/31Pz8H2
Inscrições! http://bit.ly/2N9Embd
Norminha, 31/10/2019 Um caldeireiro da Vortéx Tecnologia,
Manutenção e Serviços Ltda., de Itabi-
rito (MG), não receberá indenização por
dano moral por ter sido submetido ao
teste do etilômetro, popularmente co-
nhecido como bafômetro.
Entenda o caso:
Na reclamação trabalhista, o empre-
gado sustentou que o ato configurava
intromissão arbitrária em sua vida pri-
vada e que os escolhidos eram alvo de
chacotas dos colegas. Segundo ele, a
obrigatoriedade do teste do bafômetro
se restringia aos motoristas profissio-
nais, e não a ele, contratado como cal-
deireiro.
A empresa, em sua defesa, negou
que tivesse submetido o empregado a
situação humilhante, constrangedora
ou vexatória durante o exercício de suas
funções e argumentou que a aplicação
dos testes tem o objetivo de zelar pela
saúde dos empregados e de manter as
melhores condições e a segurança do
trabalho.
De acordo com a empresa, a medida
era adotada no início da jornada de for-
ma aleatória, sem direcionamento espe-
cífico.