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Hoje vai rolar a festa! Hoje tem churrasco!! Que seu aniversário seja abençoado e comemorado com muita alegria, saúde e felicidade! Forte abraço! Parabéns pelo aniversário!
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Norminha O mundo do trabalho Desde 18/Agosto/2009
Nesta edição: 10 páginas
Curso “eSocial e os requisitos para SST” Araçatuba (SP) 10 e 11/12/2018
Black Friday 2018 válido somente para 23/11/2018: R$200,00 para depósito na
conta Banco Itaú – Agência 0144 – CC 04509-3 em nome de Tsuchiya Maioli &
Maioli Ltda. CNPJ 07.843.347/0001-45. Envie comprovante para:
[email protected] com nome completo, CPF e nº celular
balho datam do antigo Egito e do
Império Romano, sendo que, no
primeiro caso, existem evidências
de um papiro que descrevia as
condições de trabalho de um pe-
dreiro e, no segundo, constata-se
uma das primeiras legislações
sobre o tema, que foram estabele-
cidas por Plínio e Rotário. A difu-
são desses princípios ocorreu a-
pós a Revolução Industrial, inici-
almente nos Estados Unidos e de-
pois na África, Ásia e América La-
tina.
No Brasil, a temática começou
a ser trabalhada por volta de
1891, quando foi expedido decre-
to obrigando a inspeção para a re-
gularização do trabalho de meno-
res no Rio de Janeiro, então Ca-
pital do País. Em 1918, ocorreu
um grande avanço com a edição
de mais um decreto. Este, por sua
vez, criou o Departamento Nacio- nal do Trabalho, cuja função era a
fiscalização do cumprimento das
leis sobre acidente de trabalho,
férias e trabalho de mulheres. Em
SINTEST MG receberá
Diploma de Honra ao
Mérito A Câmara Municipal de Belo
Horizonte (MG), por iniciativa do
Vereador Wesley Autoescola, irá
prestar homenagem ao SINTEST
MG – Sindicato dos Técnicos de
Segurança do Estado de Minas
Gerais, com a entrega do Diploma
de Honra ao Mérito pelos relevan-
tes serviços prestados nos seus
30 anos de existência.
A homenagem será realizada
no Palácio Francisco Bicalho, A-
venida dos Andradas, 3100 - San-
ta Efigênia – Belo Horizonte (MG)
no dia 27 de novembro de 2018,
às 19 horas. Norminha
Senac traz atriz
Monica Iozzi a
Barretos (SP)
Mônica Iozzi
O Senac Barretos (SP) traz a a-
triz Monica Iozzi, no dia 27 de no-
vembro, para palestrar sobre O
Papel da Mulher na Atualidade. O
encontro será realizado no North
Shopping, a partir das 19h30.
Mônica, que já foi apresenta-
dora do programa Vídeo Show
(TV Globo) e repórter do Custe o
Que Custar (CQC, TV Bandeiran-
tes), falará sobre a importância da
mulher no mundo do trabalho e da
força feminina, compartilhando
sua trajetória profissional e os de-
safios e superações que teve ao
longo da carreira, a fim de servir
de inspiração para outras mulhe-
res.
O evento é aberto ao público,
mas as vagas para a participação
já foram preenchidas. O encontro
faz parte da Semana Global do
Empreendedorismo, na qual o Se-
nac São Paulo participa, e que
reúne milhares de organizações
em mais de 125 países para deba-
ter as conquistas e os grandes de-
safios das mulheres no desenvol-
vimento econômico e social.
Norminha
A data é comemorada neste dia
devido à promulgação, em 27 de
novembro de 1985, da Lei nº 7.
410, que regulariza as profissões
de engenheiro e de técnico de Se-
gurança do Trabalho. O termo
“Segurança do Trabalho” designa
o conjunto de normas e medidas
adotadas para evitar os acidentes
de trabalho, doenças ocupacio-
nais, bem como para proteger a
integridade e a capacidade dos
trabalhadores.
Os profissionais dessa área a-
tuam para acabar com os aciden-
tes de trabalho – e aí também se
enquadram as doenças do traba-
lho – conscientizando, tanto os
empregadores quanto os traba-
lhadores da importância da pre-
venção.
As categorias têm muitas ativi-
dades econômicas que expõem
os trabalhadores a situações de
risco iminente, como é o caso da
Construção Civil, mas, pouco a
pouco, são diminuídas com ações
técnicas preventivas. Uma dessas
ações é a edição da Norma 35,
que trata do trabalho em altura, si-
tuação que ocasiona muitos óbi-
tos.
Segurança em primeiro lugar
As origens da segurança do Tra
20ª edição do CONEST
ocorreu em Natal/RN
`Os desafios da Segurança do
Trabalho nos dias atuais’ foi o
tema do 20º Congresso Nacional
de Engenharia de Segurança do
Trabalho - CONEST, realizado em
Natal/RN entre os dias 17 e 19 de
outubro. Com uma participação
recorde de quase 500 profissio-
nais nas palestras e minicursos, a
noite de abertura também teve
grande adesão do público e foi
marcada por homenagens às au-
toridades da área.
Entre os convidados esteve
presente a presidente da Funda-
centro, Leonice da Paz.
O presidente da ANEST, Ben-
venuto Gonçalves, teve a honra
de ser empossado como membro
efetivo da Academia Brasileira de
Engenharia de Segurança do Tra-
balho. Norminha Proteção
A Escola do Trabalhador, que
completou um ano de funciona-
mento na terça-feira (21), será a-
presentada como um caso de su-
cesso do Moodle, durante a 18º
MoodleMoot Brasil, conferência
que ocorre nos dias 22 e 23 de
novembro, em João Pessoa, e é
dedicada aos usuários, desenvol-
vedores e administradores do am-
biente virtual de ensino e apren-
dizagem.
O diretor de Políticas de Em-
pregabilidade do Ministério do
Trabalho, Higino Vieira, apresen-
tará o case da Escola do Traba-
lhador no evento. A plataforma de
educação à distância é um projeto
que leva qualificação profissional
aos cidadãos brasileiros por meio
de cursos feitos pela internet. “Es-
se projeto nasceu da constatação
de que muitos trabalhadores que
não estavam conseguindo colo-
cação no mercado de trabalho por
falta de qualificação”, explica o
diretor.
Em seu primeiro ano de funci-
onamento, a Escola do Trabalha-
dor já qualificou 103.393 pes-
soas. São quase 405 mil alunos
matriculados em um ou mais cur-
Escola do Trabalhador é apresentada durante o 18º MoodleMoot Brasil
sos gratuitos, dos 26 disponibili-
zados na plataforma focados nas
necessidades do mercado de tra-
balho brasileiro. A expectativa é
de que sejam disponibilizados 50
cursos pela plataforma, com um
atendimento previsto de 6 mi-
lhões de pessoas até 2019.
MoodleMoot - é uma confe-
rência que acontece em vários
países do mundo com foco na co-
laboração e compartilhamento
das melhores práticas de uso do
software livre e de código aberto
Moodle. No Brasil, o evento é re-
alizado duas vezes por ano. A pri-
meira edição de 2018 foi em São
Paulo, na Universidade Presbite-
riana Mackenzie, nos dias 26 e 27
de abril.
O Moodle é dos ambientes vir-
tuais de maior aceitação mundial
por sua simplicidade de uso e fle-
xibilidade operacional. A plata-
forma está presente em mais de
235 países, em um total de 64.500
sites, sendo que mais de 4.318
somente no Brasil.
Norminha Ministério do Trabalho
Simone Sampaio
Assessoria de Imprensa
Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 10 - 22 de novembro de 2018 - Nº 494
[email protected] - [email protected] - [email protected] (Toda quinta-feira gratuitamente no seu e-mail)
27 de novembro: Dia do Engenheiro e do Técnico de Segurança do Trabalho
Congresso ANAMT:
inscrições de trabalhos científicos começam amanhã
As inscrições para os trabalhos
científicos a serem apresentados
no 17º Congresso Nacional da A-
NAMT (Associação Nacional de
Medicina do Trabalho) terão iní-
cio nesta sexta (23/11), com prazo
até 13 de janeiro de 2019, e divul-
gação dos resultados em 22 de fe-
vereiro.
As orientações para inscrições
estão disponíveis no site do even
to.
Norminha
15 de janeiro de 1919, foi promul-
gada a primeira versão da Lei nº
3.724, sobre acidente de trabalho,
já com o conceito do risco pro-
fissional.
Desde então, muito se avan-
çou nessa questão. Em 1º de maio
de 1943, houve a publicação do
Decreto Lei nº 5.452, que aprovou
a Consolidação das Leis do Tra-
balho (CLT) que, em seu quinto
capítulo, prevê a Segurança e a
Medicina do Trabalho. No ano de
1953, a Portaria nº155 regula-
mentou e organizou as Comis-
sões Internas de Prevenção a Aci-
dentes de Trabalho, nas empre-
sas, estabelecendo normas para
seu funcionamento. Ao longo dos
anos muitas outras normatizações
foram criadas para garantir a se-
gurança dos trabalhadores.
Tanto os engenheiros, quanto
os técnicos têm seu espaço e suas
atribuições definidas no mercado
de trabalho e a legislação deixa
muito bem claro qual o papel de
cada um. Norminha Creape
Receita Federal
em São Paulo
lança sala on line
do eSocial
Após promover duas palestras
presenciais sobre o eSocial, a Di-
visão de Interação com o Cidadão
(Divic) da 8ª Região Fiscal lançou
uma sala online para o compar-
tilhamento de conteúdo sobre o
assunto. O ambiente virtual dis-
ponibiliza gratuitamente cursos,
videoaulas e textos, além de rea-
lizar palestras e transmissões ao
vivo (webinar).
A partir do dia 27/11, repre-
sentantes da Receita Federal, do
Ministério do Trabalho, da Caixa
Econômica Federal e do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS)
responderão dúvidas por meio de
transmissões ao vivo semanais,
realizadas todas as terças-feiras,
das 14h às 17h. Norminha
NORMINHAS MINISTÉRIO
TRABALHO MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA
PORTAL NORMINHA
FACEBOOK NORMINHA
ARQUIVOS FUNDACENTRO
INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO
CBO NRs
CA EPI GOOGLE OBSERVATÓRIO SST
OBSERVATÓRIO VIÁRIO
Revista Digital Semanal
VITÓRIA (ES)
Cursos “Como elaborar e redigir laudos de insalubridade/periculosidade e LTCAT adequados ao
eSocial” e “Elaboração adequada de PPP para eSocial para não incorrer em autuações e demandas judiciais” Black Friday 2018 válido somente para 23/11/2018: R$500,00 para depósito na conta
bancária informado ao lado. Envie comprovante para [email protected]
Página 02/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 494 - 22/11/2018
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Como a Inteligência Artificial pode
ajudar empresas a serem mais
eficientes?
Supermercado indenizará
empregada com depressão por
ofensas de colegas e superiores
de todos que ela iria contar a ba-
nha, pois era quem mais entendia
de banha”, contou a testemunha.
Esse e outros diversos fatos
relatados levaram a juíza Patricia
Iannini dos Santos a concluir pela
relação entre as atitudes dos co-
legas e o dano à saúde da empre-
gada. “Neste contexto, não há co-
mo deixar-se de reconhecer que a
reclamante era humilhada, pois
recebia tratamento vexatório e
desrespeitoso por parte de cole-
gas de trabalho. Verifica-se que,
se de um lado, a patologia tem um
componente pessoal, por outro,
não há como se desconsiderar a
relevância do contrato de trabalho
ora analisado no desenvolvimento
da patologia psiquiátrica da tra-
balhadora”, argumentou a magis-
trada.
A empresa recorreu da conde-
nação, alegando não ter ficado de-
monstrada sua culpa pelas agres-
sões sofridas pela trabalhadora.
No entendimento da relatora do
recurso na 4ª Turma, desembar-
gadora Ana Luiza Heineck Kruse,
no entanto, cabe ao empregador
manter um ambiente de trabalho
saudável. “Era obrigação da recla-
mada ter coibido as atitudes ado-
tadas em relação à reclamante, o
que não ocorreu. Como dá conta
a prova testemunhal, os fatos fo-
ram levados ao conhecimento da
responsável pelo setor, que os
ignorou, deixando de tomar qual-
quer providência. A conduta o-
missiva da demandada importa
culpa pelos danos sofridos pela
trabalhadora, gerando a obrigação
de indenizá-los”, concluiu.
Fonte: TRT 4 Norminha
O SINTESPAR – Sindicato dos Técnicos de segurança do Trabalho no
estado do paraná, convida a todos os colegas de Curitiba e Região, para
evento dia 27 em comemoração ao Nosso dia do Técnico de Segurança,
conforme Lei 7.410.
Segundo o Presidente Adir de Souza, o evento só está sendo possível
com a parceria de parceiros como o Valério Waganer, que articulou os
Palestrantes, e Sinduscon como auditório, e apoio institucional da Fun-
dacentro.
Com a intenção de compartilhar informações relacionadas à segu-
rança do trabalho, no dia 27 de novembro será realizado o evento SEG
Compartilhar. Inscrição no site:
www.valeriowagner.com.br/seg-compartilhar
No ambiente corporativo, a
quantidade de dados gerados em
meios digitais não para de
crescer.
Profissionais possuem solu-
ções de TI integradas a uma gran-
de parte das suas rotinas, seja pa-
ra troca de informações, para co-
municar-se com parceiros ou pa-
ra realizar novas vendas. E, nesse
cenário, saber utilizar tais regis-
tros para melhorar o ambiente de
negócios é fundamental.
É aí onde a Inteligência Artifi-
cial entra. Ela permite que empre-
endimentos obtenham novos in-
sights sobre as suas informações
disponíveis, melhorem processos
internos e possam criar serviços
mais inteligentes. Assim, o negó-
cio consegue manter-se competi-
tivo e com um planejamento de
mercado lucrativo.
Como as empresas já estão a-
dotando a Inteligência Artificial
Os últimos anos foram os
principais anos em as ferramentas
de análise de dados e Inteligência
Artificial ganharam um grande es-
paço no mercado. Elas estão auxi-
liando profissionais a evitarem
fraudes, terem aplicações mais e-
ficientes e criarem uma infraestru-
tura de TI confiável. Veja alguns
casos de uso de IA no ambiente
corporativo, a seguir:
Soluções de escritório
Com o auxílio de tecnologias
de aprendizado de máquina, soft-
wares conseguem compreender
automaticamente quais são os re-
cursos preferidos pelo usuário.
Por meio de padrões de uso, o
programa pode filtrar e destacar
automaticamente as funcionalida-
des mais utilizadas. Assim, a ex-
periência de uso torna-se mais
ágil e inteligente.
Processamento de Linguagem
Natural (PLN)
Os algoritmos de Processa-
mento de Linguagem Natural tor-
nam o dia a dia de vários setores
mais prático. Com a digitalização
de documentos, o negócio poderá
encontrar conteúdos rapidamen-
te, mesmo que eles estejam em
ambientes físicos. Assim, as
chances de perder um contrato ou
uma informação estratégica cai-
rão drasticamente.
Segurança
Ampliar os mecanismos de se-
gurança é uma necessidade de to-
dos os negócios. Seja nos pro-
cessos de vendas ou na gestão da
infraestrutura de TI, é importante
possuir mecanismos para evitar
fraudes e ataques digitais. E, com
a Inteligência Artificial, evitar pro-
blemas nessa área passou a ser
algo simples e prático.
Algoritmos antifraude ou de
segurança digital com elementos
de IA incorporados à sua infraes-
trutura podem avaliar o compor-
tamento do usuário e identificar a-
meaças que ainda não tenham si-
do documentadas. Já soluções de
vendas podem cruzar múltiplos
dados para identificar possíveis
fraudes. Dessa forma, todos os
processos do negócio tornam-se
mais eficazes e confiáveis.
Como preparar sua empresa
para a mudança
Independentemente do perfil
do seu negócio, preparar-se para
utilizar a IA no dia a dia é algo
simples, mas que exige planeja-
mento. A empresa deve ter uma
visão estratégica, integrando so-
luções de IA aos processos mais
importantes e buscando sempre a
melhora do ambiente de trabalho.
A seguir, listamos alguns passos
que podem ser seguidos para o
negócio ter a Inteligência Artificial
como uma janela de oportuni-
dades para novas vendas:
- Implemente ferramentas de
colaboração que usam a Inteli-
gência Artificial;
- Tenha ferramentas que usam
a IA para a segurança de dados;
- Aplique a gestão de mudança
para os funcionários adaptarem-
se rapidamente ao novo ambiente.
Como criar negócios mais in-
teligentes e conectados às neces-
sidades do mercado
Todo gestor de sucesso sabe
do papel da tecnologia para me-
lhorar processos e criar competi-
tividade. Mas, com a Inteligência
artificial, essa tendência ganhou
uma nova cara: a IA permite que
empreendimentos atuem de ma-
neira estratégica, solucionando
problemas comuns de forma ino-
vadora e precisa.
Apesar dos desafios que a a-
doção de novas tecnologias im-
põe ao empreendimento, a IA de-
ve ser vista como um investi-
mento estratégico. Soluções que
possuem funcionalidades basea-
das em Inteligência Artificial po-
dem otimizar com mais eficácia o
ambiente corporativo e causar um
impacto maior nos índices de
vendas. Dessa forma, a empresa
pode manter-se eficaz e pronta
para lidar com as demandas de
clientes e parceiros comerciais. N
Mãe de ajudante de motorista será indenizada pela morte
do filho em viagem a trabalho
Por unanimidade, integrantes
da Segunda Turma do Tribunal
Regional do Trabalho do Ceará
rejeitaram recurso da FC Distri-
buidora, com sede em Maraca-
naú, contra sentença da 1ª Vara da
cidade, que condenou a empresa
a pagar indenização por danos
morais no valor de R$ 88 mil à
mãe de um ajudante de motorista
que morreu durante viagem a tra-
balho. O acidente que vitimou o
trabalhador foi causado pela falta
do freio do caminhão, fazendo
com que o veículo descesse uma
ribanceira e capotasse diversas
vezes. A decisão foi publicada no
dia 22 de agosto.
Para sustentar o pedido de re-
curso, a empresa usou da prer-
rogativa de que a mãe da vítima
não tinha legitimidade para rece-
ber o valor determinado, como
também, por ela não ter dado a-
bertura ao inventário, processo
obrigatório para o recebimento de
bens póstumos, conforme o art.
611 do Novo Código do Processo
Civil. Com essa fundamentação,
os representantes da FC Distri-
buidora solicitaram extinção da
sentença condenatória.
Na análise, o desembargador
relator Cláudio Soares Pires refu-
tou a questão levantada pela FC
Distribuidora. Usou como fonte o
art. 1º da Lei nº 6.858/80, que dis-
põe sobre o pagamento, aos de-
pendentes ou sucessores, de va-
lores não recebidos em vida pelos
titulares, para contrapor o pedido.
O item diz: “Os valores devidos
pelos empregadores aos empre-
gados e os montantes das contas
individuais do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço e do Fundo
de Participação PIS-PASEP, não
recebidos em vida pelos respecti-
vos titulares, serão pagos, em
quotas iguais, aos dependentes
habilitados perante a Previdência
Social ou na forma da legislação
específica dos servidores civis e
militares, e, na sua falta, aos su-
cessores previstos na lei civil, in-
dicados em alvará judicial, inde-
pendentemente de inventário ou
arrolamento”.
“A mesma (mãe) tem legitimi-
dade para pleitear os direitos do
titular não recebidos em vida de-
correntes da relação empregatí-
cia, independentemente de inven-
tário ou arrolamento”, analisou o
magistrado da Justiça do Traba-
lho. E continuou: “Registre-se
que a falta de habilitação dos her-
deiros perante a Previdência So-
cial, por si só, não autoriza a ex-
tinção do processo sem resolu-
ção de mérito, na medida em que
a habilitação pode ser feita até
mesmo quando da liquidação da
sentença”.
O acidente - A mãe do traba-
lhador ajuizou reclamação traba-
lhista contra a FC Distribuidora
solicitando o recebimento de in-
denização por danos morais pela
morte de seu filho. Ele teve a vida
ceifada em acidente de trabalho
no caminhão da empresa, que
trafegava na BR 364, entre as ci-
dades de Rondonópolis e Cuiabá/
MT. O acidente ocorreu quando o
caminhão da empresa, dirigido
por outro empregado, saiu da
pista e capotou, causando danos
ao motorista e a morte do aju-
dante. Em sua defesa, a FC Dis-
tribuidora negou culpa de sua
parte.
O Juízo da 1ª Vara de Maraca-
naú, Região Metropolitana de
Fortaleza, admitiu a aplicação da
teoria da responsabilidade civil
objetiva do empregador, prevista
no art. 927, parágrafo único, do
Código Civil, quando ocorrer da-
nos decorrentes do exercício da
atividade de risco, para determi-
nar a sentença. No caso, trata-se
de empregado motorista de cami-
nhão, hipótese em que o risco é
inerente a essa atividade.
Diante do exposto, a juíza do
trabalho Rossana Talia Modesto
Gomes Sampaio condenou a em-
presa ao pagamento de R$ 88 mil
por danos morais à genitora do a-
judante de motorista. A sentença
de primeiro grau foi publicada em
abril deste ano. Fonte: TRT 7
Gean Carlos Kerber Nunes –
Advogado
Norminha
Elefoa, gorda, obesa. Esses e-
ram alguns dos termos utilizados
por colegas e superiores para se
referirem a uma trabalhadora da
rede de supermercados Walmart.
A empregada sofre de depressão e
os constantes constrangimentos e
humilhações a que foi submetida
no ambiente de trabalho por cerca
de dois anos foram considerados
decisivos para o agravamento da
doença. Essas condições de tra-
balho levaram a 4ª Turma do Tri-
bunal Regional do Trabalho da 4ª
Região a manter a decisão da 30ª
Vara do Trabalho de Porto Alegre
que condenou a empresa a pagar
à trabalhadora indenização por
danos morais e materiais. A deci-
são já transitou em julgado.
A perícia médica constatou
que a empregada sofria de “trans-
torno depressivo recorrente, epi-
sódio atual leve” e que a doença
tem provavelmente origem here-
ditária ou genética, mas que o
quadro poderia ter sido desenca-
deado pelo trabalho, caso ficas-
sem comprovadas as reiteradas o-
fensas alegadas pela trabalhado-
ra. Ex-empregados do supermer-
cado foram ouvidos como teste-
munhas e os relatos corroboraram
a versão de a empregada ser a-
gredida constantemente em razão
de sua condição física. “Durante
uma contagem de produtos, faltou
a contagem de banha e a vice-ge-
rente falou para a colega na frente
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Não queime sua grana pelo
escapamento
CANPAT: Sergipe realiza palestra
sobre segurança do trabalho
A Superintendência Regional do
Trabalho, em Sergipe, realizou na
segunda-feira (19/11) uma pales-
tra sobre segurança do trabalho
aos alunos do curso de Técnico
de Segurança do Trabalho do Ins-
tituto Federal de Sergipe (IFS),
peritos criminais da Secretaria de
Segurança Pública de Sergipe e
engenheiros de segurança.
O evento faz parte do conjunto
de atividades relacionadas à
Campanha Nacional de Preven-
ção de Acidentes do Trabalho
(Canpat), da Secretaria de Inspe-
ção do Trabalho, do Ministério do
Trabalho. A palestra foi ministra-
da pelo auditor-fiscal do Trabalho
Frank Hudson.
O conteúdo abordado teve co-
mo tema principal a prevenção de
acidentes do trabalho. O auditor
falou sobre alguns dos problemas
mais graves durante as inspeções
e deficiências recorrentes na ela-
boração do Programa de Preven-
ção de Riscos Ambientais (PP
RA). Também foi feita uma análise
sobre legislação trabalhista e aci-
dentes de trabalho.
A campanha terá ainda outras
atividades para tratar de temas es-
pecíficos. Os programas serão o-
ferecidos a profissionais que a-
tuam com saúde e segurança no
trabalho ou de órgãos que atuam
na inspeção do trabalho.
Norminha Ministério do Trabalho
Lucas Nanini – Ass. de imprensa
Saiba quem tem direito e como funciona o décimo terceiro salário
Em decisão unânime, o TST
(Tribunal Superior do Trabalho)
condenou a empresa Anicuns Ál-
cool e Derivados a pagar uma in-
denização a um cortador de cana
que trabalhou por longos perío-
dos sob o sol de uma plantação
em Goiás. A decisão, que pode
render um ressarcimento de até
R$ 50 mil, muda o entendimento
sobre o assunto nos tribunais re-
gionais, que usarão o despacho
do tribunal superior para indeni-
zar funcionários que tiveram a
saúde comprometida por exposi-
ção solar prolongada.
Joselino Joaquim da Silva, 56,
trabalhava na cidade de Adelân-
dia, em Goiás, cortando cana sob
um sol de até 30ºC em safras e
entressafras. Ele chegava à lavou-
ra antes das 8h e encerrava as ta-
refas às 16h.
"A exposição excessiva ao sol
pode trazer muitos problemas de
saúde, como desidratação e dese-
quilibro dos eletrólitos, como só-
dio, potássio e cloro", explica Fa-
bio Mario Mariotti, médico do tra-
balho na clínica especializada M
Company. "Sem o equilíbrio des-
ses componentes, o organismo
prevê o direito aos intervalos para
"recuperação térmica".
Em recurso ao TST, no entan-
to, o relator do caso, ministro Al-
berto Luiz Bresciani, considerou
que o trabalho realizado além dos
níveis de tolerância ao calor gera
o direito não apenas ao adicional
de insalubridade, mas também
aos intervalos para recuperação
térmica previstos pelo Ministério
do Trabalho.
O ministro também lembrou
que o trabalho na agricultura, pe-
cuária, silvicultura, exploração
florestal e aquicultura prevê a
concessão de pausas para des-
canso em atividades realizadas
necessariamente em pé e que exi-
jam sobrecarga muscular. Essas
pausas, segundo o relator, inte-
gram a jornada de trabalho.
"Qualquer trabalhador sem pro-
teção pode desenvolver doenças
Curso de
Felicidade chega
à 3ª universidade
brasileira UFPI - Foto: Wilson Filho / Cidadeverde.com
Depois da UnB, em Brasília e
da UFSM, no Rio Grande do Sul,
agora a disciplina de Felicidade
vai chegar à primeira universidade
do Nordeste, a UFPI, Universida-
de Federal do Piauí.
A ideia, proposta pela profes-
sora, Doutora em Física, Carla Ei-
ras, foi aceita pelo departamento
de Engenharia de Materiais e será
implantada a partir do próximo
semestre.
“Além da questão da grande e-
vasão do curso, a gente percebe
que os alunos ficam muito isola-
dos, ansiosos, com depressão.
Alguns até me procuravam para
conversar e chegavam a falar de
suicídio”, disse a docente, que é
coach em carreira acadêmica e es-
tudiosa da área de desenvolvi-
mento humano. Norminha
Só notícias boas
Trabalho sob sol sem pausa faz mal à saúde e rende indenização, diz Justiça
crônicas", diz o médico. "Sem o
fornecimento de protetor solar
com certificação, a exposição pro-
longada à radiação pode causar
câncer de pele. Acompanhei ca-
sos de plantadores de uva com
melanoma (o tipo mais perigoso
de câncer de pele) na testa, no na-
riz e ombros. O descanso é im-
prescindível para algumas profis-
sões."
O advogado do trabalhador ru-
ral espera que o despacho em fa-
vor de seu cliente mude as deci-
sões em varas e tribunais régio-
nais. "O entendimento do TST vai
gerar precedentes que vai benefi-
ciar muitos trabalhadores rurais.
Quem trabalha em serviço pesado
sob o sol tem agora o direito ao
intervalo térmico." Norminha
Wanderley Preite Sobrinho
Fonte: UOL Notícias
Etanol aditivado - Aditivar a gaso-
lina (ou comprar a aditivada) é de
indiscutível importância, pois seu
teor de carbono é muito elevado
(acima de 80%), o que provoca a
formação de depósitos carbonífe-
ros na câmara de combustão. Já o
etanol aditivado é pura picareta-
gem, pois o teor de carbono do ál-
cool é ínfimo (inferior a 30%) e
praticamente não provoca a for-
mação de depósitos. A única van-
tagem em abastecer com o etanol
aditivado (só encontrado nos
postos Shell) é aumentar o fatura-
mento da Shell.
Gasolina Premium - Os moto-
res com elevada taxa de com-
pressão agradecem o tanque a-
bastecido com gasolina de alta
octanagem (Podium, Octapro,
Shell R). São os que equipam car-
ros importados luxuosos ou es-
portivos, de alto desempenho.
Mas, o uso da nossa gasolina co-
mum não prejudica estes moto-
res, que apenas perdem rendi-
mento pois a central ajusta o pon-
to da ignição para evitar a deto-
nação ("batida de pino"). Mas, por
outro lado, usar gasolina pre-
mium na maioria dos carros (mo-
tor com taxa de compressão nor-
mal) é jogar dinheiro no lixo pois
não se obtém melhor desempe-
nho.
Aditivo de óleo - Os fabrican-
tes de óleo lubrificante seguem ri-
gorosamente as determinações
das fábricas de motores. Sua vis-
cosidade e aditivação respeitam
os padrões SAE e API estabele-
cidos pelo fabricante e, por isso,
é completamente dispensável co-
locar outros aditivos no óleo,
muitas vezes sugeridos nos pos-
tos de gasolina ou oficinas de tro-
ca de óleo.
GNV - Há inúmeras vantagens
e algumas desvantagens ao se a-
daptar o carro para o gás natural.
Entretanto, o tiro pode sair pela
culatra. Em primeiro lugar, a ada-
ptação só se justifica no carro que
roda cerca de 5 mil km mensais.
Praticamente só os taxistas. Se-
gundo, é perigoso instalar o equi-
pamento para GNV num motor de
elevada quilometragem pois difí-
cilmente resistirá às novas exi-
gências do combustível. Terceiro:
importante optar por um equipa-
mento de boa qualidade, de quin-
ta ou sexta geração. Finalmente,
uma eterna dúvida: o gás natural
é monopólio da Petrobras, que
tem critérios pouco ortodoxos pa-
ra determinar os preços dos com-
bustíveis?
Norminha Boris Feldman
Fonte: Jornal do Carro
Conhecida como décimo ter-
ceiro salário, a gratificação de Na-
tal foi instituída no Brasil pela Lei
4.090, de 13/07/1962, e garante
que o trabalhador receba o cor-
respondente a 1/12 (um doze a-
vos) da remuneração por mês tra-
balhado. Ou seja, consiste no pa-
gamento de um salário extra ao
trabalhador no final de cada ano.
Tem direito à gratificação todo
trabalhador com carteira assina-
da, sejam trabalhadores domésti-
cos, rurais, urbanos ou avulsos. A
partir de quinze dias de serviço, o
trabalhador já passa ter direito a
receber o décimo terceiro salário.
Também recebem a gratificação
os aposentados e pensionistas do
INSS.
O cálculo do décimo terceiro
salário é feito da seguinte forma:
divide-se o salário integral do tra-
balhador por doze e multiplica-se
o resultado pelo número de me-
ses trabalhados. As horas extras,
adicionais noturno e de insalubri-
dade e comissões adicionais
também entram no cálculo da
gratificação. Se o trabalhador ti-
ver mais de quinze faltas não jus-
tificadas em um mês de trabalho
ele deixa de ter direito ao 1/12 a-
vos relativos àquele mês.
A gratificação de Natal deve
ser paga pelo empregador em
duas parcelas. A Lei 4.749, de 12/
08/1965, determina que a primei-
ra seja paga entre o dia 1º de fe-
vereiro até o dia 30 de novembro.
Já a segunda parcela deve ser pa-
ga até o dia 20 de dezembro, ten-
do como base de cálculo o salário
de dezembro menos o valor adi-
antado na primeira parcela.
Se o trabalhador desejar, ele
pode receber a primeira parcela
por ocasião de suas férias, mas,
neste caso, ele deve solicitar por
escrito ao empregador até o mês
de janeiro do respectivo ano.
Caso a data máxima de paga-
mento do décimo terceiro caia em
um domingo ou feriado, o empre-
gador deve antecipar o pagamento
para o último dia útil anterior. O
pagamento da gratificação em
uma única parcela, como feito por
muitos empregadores, normal-
mente em dezembro, é ilegal, es-
tando o empregador sujeito a
multa.
O trabalhador também terá di-
reito a receber a gratificação
quando da extinção do contrato de
trabalho, seja por prazo determi-
nado, por pedido de dispensa pe-
lo empregado, ou por dispensa do
empregador, mesmo ocorrendo
antes do mês de dezembro. Só
não tem direito ao décimo terceiro
o empregado dispensado por jus-
ta causa. Norminha
Elaine Collete
Advocacia e Assessoria Jurídica
não funciona bem."
Os advogados do funcionário
defenderam na Justiça que o Mi-
nistério do Trabalho prevê inter-
valos de 30 minutos a cada meia
hora de serviço pesado em luga-
res com temperatura entre 26ºC e
28ºC. Como seu Joselino não re-
cebia autorização para esse des-
canso, a defesa pediu o paga-
mento de adicional de insalubri-
dade e horas extras em uma inde-
nização que pode chegar a R$ 50
mil.
"O TST agora vai devolver o
processo para a Vara do Trabalho
de Inhumas (GO), onde os con-
tadores farão o cálculo definitivo
da indenização", afirmou ao UOL
Fabrício Vargas dos Santos, um
dos advogados do caso.
Em sua contestação, a Ani-
cuns alegou que a determinação
do Ministério não se aplica às a-
tividades no corte manual de ca-
na-de-açúcar nem contempla ati-
vidades a céu aberto, e afirmou
que fornecia equipamentos de
proteção. O Tribunal Regional do
Trabalho chegou a excluir o pa-
gamento das horas extras por en-
tender que a regulamentação não
Página 04/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 494 - 22/11/2018
Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 494 -22/11/2018 - Fim da Página 04/10
Em meio a incertezas sobre co-
mo o próximo governo pretende
agir em relação aos acordos de
redução de emissões de gases
que provocam o efeito estufa, a
Agência Internacional de Energia
(AIE) afirma que o Brasil é o país
que apresenta a matriz energética
menos poluente do mundo e com
a maior participação de combus-
tíveis renováveis entre os grandes
consumidores globais de energia.
Segundo o organismo, que é liga-
do à Organização para Coopera-
ção e Desenvolvimento Econômi-
co (OCDE), o país deverá somar
quase 45% de fontes renováveis
na matriz energética em 2023, u-
sados, principalmente, nas áreas
de transportes e industrial.
O Ministério de Minas e Ener-
gia estima que a parcela de ener- gias renováveis dentro de cinco
Profissionais do Espírito Santo enriquecem suas apresentações ao participarem da palestra sobre
“Técnicas de oratória aplicadas nos treinamentos de SST” apresentada pela Consultora, Palestrante
e Técnica de Segurança do Trabalho Eliane Belizário de Souza Gomes
anos será maior, de 48%. Atual-
mente, o percentual está em 43%,
de acordo com o Ministério de
Minas e Energia.
O Brasil é a estrela ascendente
no uso sustentável da energia. A
enorme parcela de renováveis na
matriz energética brasileira é uma
fonte de inspiração para muitos
países em todo o mundo - disse o
diretor-executivo da AIE, Fatih Bi-
rol, durante o lançamento, no Bra-
sil, do Relatório sobre o Mercado
de Energias Renováveis da AIE.
Faz pouco mais de um ano que
o governo brasileiro decidiu se
associar à AIE, junto com outros
países que representam 70% do
As perspectivas são promisso-
ras para esse segmento. Os Esta-
dos Unidos autorizaram, há pouco
tempo, o aumento da mistura de
álcool à gasolina de 10% para
15%. A Índia passou a dar maior
destaque aos biocombustíveis e, a
partir de 2020, a China vai adicio-
nar 10% de etanol à gasolina em
todo o país a partir de 2020 - ano
considerado "crucial" para a bioe-
nergia pela AIE.
Além disso, o Canadá estuda
uma política semelhante ao Reno-
vaBio, do Brasil. Trata-se de um
programa que visa a expandir a
produção de biocombustíveis,
fundamentada na previsibilidade e
sustentabilidade ambiental, eco-
nômica e social.
De acordo com o estudo, a
participação de fontes renováveis
na demanda energética global de-
Profissionais do Espírito Santo sempre participam de eventos na
Fundacentro em Vitória
consumo global de energia no
mundo. Também entraram recen-
temente para o organismo China,
Índia e Indonésia.
Bioenergia
O relatório traz estimativas pa-
ra os próximos cinco anos, levan-
do em conta o período de 2018 a
2023. Os ministérios das Rela-
ções Exteriores e de Minas e E-
nergia comemoraram o fato de,
pela primeira vez, o documento
trazer, com ênfase, a expressão
"bioenergia moderna", chamada
pelo organismo como "um dos
principais pontos cegos do deba-
te energético global". Segundo
uma fonte do governo brasileiro,
foi feito um esforço diplomático
para que o tema entrasse no hori-
zonte da AIE, para que o mundo
se volte novamente para combus-
tíveis produzidos a partir de bio-
massa, como o etanol.
Técnicas de oratória reúne profissionais da SST em Vitória (ES)
O processo de comunicação
também foi assunto da palestra,
enfatizando principalmente as in-
terferências que podem acontecer
prejudicando todo o desempenho
esperado em uma ação educativa
inclusive no que diz respeito às
técnicas de oratória.
Foi enfatizado ainda o medo
que muitas pessoas têm de falar
em público, criando barreiras no
seu desenvolvimento pessoal e
profissional, a importância do
marketing pessoal como ferra-
menta para a perfeita sintonia en-
tre a fala, a postura, os gestos, a
aparência e a voz. Inclusive foram
repassadas dicas de como cuidar
da voz e quais são os principais
fatores que prejudicam a saúde
vocal. Segundo Eliane o sucesso
no ato de falar em público de-
pende de duas medidas de ação:
O Planejamento Psicológico e o
Planejamento Técnico, onde o
primeiro passa pelo controle do
medo, da inibição e da timidez de
falar em público e o segundo re-
fere-se ao domínio teórico e prá-
tico do assunto abordado em um
treinamento.
Norminha
verá aumentar para 12,4% em
2023, percentual que corresponde
a um quinto a mais do que no
quinquênio anterior de análise
(2012-2017). As energias renová-
veis vão atender 40% do aumento
de consumo projetado para os
próximos cinco anos.
No período de 2018 a 2023, a
energia solar fotovoltaica deve se
expandir quase 600 Gigawatts N
Atestado médico falso
CLT, demissão por justa justa
causa, direito do trabalho
O atestado médico é um docu-
mento solicitado pelo empregado
ao médico que lhe prestou um a-
tendimento de urgência ou uma
consulta.
Também, garante licença tem-
porária e uma justificativa legal
por uma falta que, por ventura,
impossibilite o empregado de re-
tornar ao trabalho por motivo de
doença.
Dessa forma, o empregado
que apresentar atestado médico
terá o dia abonado, ou seja, não
receberá falta ou qualquer outro
desconto em seu salário.
Acontece, entretanto, que al-
guns empregados (mal-intencio-
nados) acabam por justificar uma
falta indevida com atestado médi-
co falso, o que tem consequên-
cias drásticas.
Muito porque a apresentação
de atestado médico falso é crime
previsto no Código Penal e, as-
sim, permite a demissão do em-
pregado por justa causa.
Agora, não basta ao emprega-
dor alegar que o atestado é falso,
isto é, o patrão dever comprovar
que o atestado é contrafeito (falsi-
ficado), inclusive, para efeitos de
demissão por justa causa, sob pe-
na de ter que pagar as verbas res-
cisórias do empregado demitido
por justa causa.
Além do mais, é muito comum
o próprio empregador entrar em
contato com o profissional que e-
mitiu o atestado; ou até mesmo
solicitar que o empregado apre-
sente seu prontuário. Todavia, ele
não é obrigado a apresentá-lo,
pois, tal pedido ofende sua inti-
midade.
Diga-se, aliás, que a verifica-
ção da justa causa – na esfera tra-
balhista - não depende necessari-
amente do término do processo
criminal.
Agora, o empregador (que pre-
ferir demitir o empregado antes
do fim do processo criminal) terá
que comprovar a falsidade mate-
rial ou ideológica do documento,
caso contrário poderá sofrer uma
ação trabalhista e, assim, ser o-
brigado a pagar todos os direitos
do empregado demitido. N www.damacena.blog.br
Começou na terça o pagamento do quinto lote do
Abono Salarial ano-base 2017
Começou na terça-feira (20/11) o
pagamento do quinto lote do abo-
no salarial PIS/Pasep 2018-2019,
ano-base 2017. O lote inclui os
trabalhadores da iniciativa priva-
da nascidos em novembro e os
servidores públicos com final de
inscrição 4.
A estimativa do Ministério do
Trabalho é que mais de R$ 1,4 bi-
lhão sejam pagos a aproximada-
mente 1,8 milhão de trabalhado-
res. O PIS é pago na Caixa Eco-
nômica Federal e o Pasep, pelo
Banco do Brasil. Correntistas da
Caixa e do Banco do Brasil tive-
ram os valores depositados em
suas contas respectivamente nos
dias 13 e 14.
Direito - Tem direito ao abono
salarial ano-base 2017 quem es-
tava inscrito no PIS/Pasep há pelo
menos cinco anos, trabalhou for-
malmente por pelo menos 30 dias
naquele ano, com remuneração
mensal média de até dois salários
mínimos, e teve seus dados infor-
mados corretamente pelo empre-
gador na Relação Anual de Infor-
mações Sociais (Rais).
O valor do benefício é propor-
cional ao tempo trabalhado for-
malmente em 2017. Assim, quem
esteve empregado o ano todo re-
cebe o valor cheio, equivalente a
um salário mínimo (R$ 954).
Quem trabalhou por apenas 30
dias recebe o valor mínimo, que é
de 1/12 do salário mínimo, e as-
sim sucessivamente.
Os trabalhadores nascidos en-
tre julho e dezembro recebem o a-
bono ainda este ano. Já os nas-
cidos de janeiro a junho poderão
realizar o saque em 2019. O prazo
final de recebimento para todos
os trabalhadores favorecidos pelo
programa é 28 de junho de 2019.
Aconteceu no último dia 19 de
novembro de 2018, no auditório
da Fundacentro/ES – Vitória (ES),
a palestra “Técnicas de Oratória
Aplicadas nos Treinamentos de
Segurança e Saúde do Trabalho”,
com o principal objetivo de de-
senvolver os conhecimentos e
técnicas de Oratória que são fun-
damentais nas apresentações de
atividades educativas de SST.
Prestigiaram e participaram do
evento, profissionais da área de
Segurança e Saúde do Trabalho,
profissionais de RH, Estudantes e
Professores de cursos técnicos de
vários lugares do Estado do Espí-
rito Santo.
Com um púbico de aproxima-
damente 70 pessoas, a Palestran-
te convidada, Eliane Belizário de
Souza Gomes, gestora de RH,
consultora em SST, Técnica de
Segurança do Trabalho e Docente
em Curso Técnico iniciou falando
sobre a importância dos treina-
mentos de SST para as empresas,
como deve ser feito um Diag- nóstico da Necessidade de Trei- namento – DNT, bem como o seu
plano de curso para ser apresen-
tado para o empregador.
Foi abordado ainda o tema AN-
DRAGOGIA, que é o ensino de a-
dultos, mostrando a importância
da empresa em adotar técnicas
andragógicas nas atividades de
treinamento.
A palestrante frisou ainda que
é importante entender como os a-
dultos aprendem para aplicar tais
técnicas e atender os objetivos
das ações educativas de SST.
Técnicas de Oratória Aplicadas nos Treinamentos de Segurança
e Saúde do Trabalho para profissionais do ES.
Brasil tem a matriz energética menos poluente do mundo, segundo agência internacional
Página 05/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 494 – 22/11/2018
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A Justiça paulista condenou a
três anos de prisão, em regime
inicial fechado, um homem que
praticou importunação sexual no
metrô de São Paulo. O caso ocor-
reu no mês passado. De acordo
com ao texto da decisão, divulga-
da no dia 14)/11 o criminoso eja-
culou no corpo da vítima, que es-
tava a caminho do trabalho.
O homem foi retirado do vagão
por seguranças. Ao ser interroga-
do, o réu alegou ter problemas
vasculares e, como o trem estava
cheio, encostou na vítima e ficou
excitado. O caso corre em segre-
do de Justiça. Cabe recurso da
decisão.
Na sentença, a juíza Vanessa
Strenger, da 3ª Vara Criminal
Central da capital, considerou a si
As empresas de outras cidades
do estado também serão obriga-
das a criar e distribuir políticas de
combate ao assédio sexual, que
cumpra ou exceda o modelo do
estado (Model Sexual Haras-
sment Policy).
Além do conteúdo semelhante
ao da cidade, o site do estado traz
formulários de denúncia, descre-
ve as leis e os locais onde as ví-
timas podem buscar reparação e
proíbe a retaliação da empresa
contra a denunciante e possíveis
testemunhas na investigação.
As leis da cidade e do estado
requerem que todos os emprega-
dos das empresas façam treina-
mento sobre assédio sexual (cada
uma com um prazo para adapta-
ção). O treinamento pode ser pela
Internet ou em salas de aulas,
mas, em qualquer dos casos, de-
ve permitir aos empregados fazer
perguntas ou tirar dúvidas.
O treinador deve explicar com
exemplos todos os aspectos do
assédio sexual, os direitos de re-
paração das vítimas, o funciona-
mento do processo de denúncia,
os remédios jurídicos disponí- veis, bem como descrever as o-
brigações de gerentes e supervi-
tuação como "grotesca e de ele-
vado dolo". Ela lembrou que esse
tipo de conduta similar gerou mu-
danças na legislação.
A Lei 13.718, de 2018, sancio-
nada em setembro, tipificou como
crime penal de gravidade média
as ocorrências em que o assedia-
dor não cometeu tecnicamente
crime de estupro, mas praticou
ato libidinoso com o objetivo de
satisfazer lascívia própria ou de
outro. Antes, os casos eram en-
quadrados como mera contraven-
ção. A pena é de reclusão de 1 a 5
anos.
Para a magistrada, a prova a-
cusatória é "robusta" e "irrefutá-
vel". Ela afirmou que pesou para a
condenação as próprias alega-
ções do réu que, além de admitir
Nova York aprova lei para combater assédio
sexual no trabalho
Homem que ejaculou em passageira em SP pega 3 anos de prisão
O caso ocorreu no mês passado
o crime, procurou justificá-lo.
"O acusado ainda imputa sua
conduta a uma condição física, e
ao que parece entente justificado
e inevitável seu modo de agir.
Nesse cenário, a culpabilidade, a
conduta social, a personalidade
do agente, os motivos, as conse-
quências e as circunstâncias do
delito impõem elevação severa da
pena-base", concluiu a juíza.
Terra Notícias
Norminha
por danos estéticos e R$ 100.000,
00 por danos morais, além de ho-
norários sindicais na quantia de
R$ 74.400,00.
A reclamada recorreu da deci-
são de 1ª grau e, após julgamento
da 3ª Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da 11ª Região - AM/
RR (TRT11), foi reduzida a inde-
nização por danos materiais para
R$100.000,00, mas foram manti-
dos os demais valores. Houve no-
vo recurso para julgamento no Tri-
bunal Superior do Trabalho (TST),
que manteve na íntegra a decisão
do TRT11.
O TST rejeitou o agravo de ins-
trumento da empresa, conforme a-
córdão publicado em 25/10/2018,
sem que houvesse interposição de
novo recurso pela reclamada.
A Crítica
Norminha
Banco deve retificar
carteira de trabalho para incluir aviso-
prévio indenizado
O aviso-prévio integra o
contrato de trabalho.
A Sétima Turma do Tribunal
Superior do Trabalho determinou
que o Banco Bradesco S. A. retifi-
que a data da rescisão contratual
na carteira de trabalho de uma
bancária para incluir a data proje-
tada do aviso-prévio. Segundo a
decisão, a CLT prevê expressa-
mente a integração do aviso-pré-
vio, mesmo que indenizado, ao
tempo de serviço do empregado.
Projeção
O juízo da 83ª Vara do Tra-
balho de São Paulo (SP) e o Tri-
bunal Regional do Trabalho da 2ª
Região (SP) julgaram improce-
dente o pedido da bancária de re-
tificação da carteira de trabalho.
Segundo o TRT, a projeção do a-
viso- prévio produz efeitos ape-
nas para as vantagens econô-
micas no pagamento das verbas
rescisórias, mas “não altera o
contrato realidade deslocando pa-
ra o futuro a data do efetivo desli-
gamento, que corresponde sem-
pre ao último dia de permanência
no emprego”.
Contrato de trabalho
No julgamento do recurso de
revista da empregada, a Sétima
Turma enfatizou que o artigo 487,
parágrafo 1º, da CLT é expresso
ao prever a integração do aviso-
prévio, mesmo que indenizado,
ao tempo de serviço. Segundo o
colegiado, durante o aviso-prévio
subsistem para ambas as partes
obrigações recíprocas e inerentes
ao contrato de trabalho. Somente
após este prazo ocorre a ruptura
definitiva.
A decisão foi unânime.
(JS/CF)
Processo:
RR-125700-08.2007.5.02.0083
Norminha
Em uma ação conjunta, o es-
tado de Nova York e a prefeitura
da Cidade de Nova York aprova-
ram leis que endurecem o comba-
te ao assédio sexual no trabalho.
As leis são aplicáveis a empresas
de todos os portes, incluindo as
que tiverem apenas um emprega-
do.
Todas as empresas de Nova
York deverão criar políticas de
combate ao assédio sexual ou a-
tualizar suas atuais políticas de
acordo com as novas leis, para se
manter em compliance com a le-
gislação do estado e da cidade.
A lei da Cidade de Nova York
requer que as empresas da cidade
coloquem um pôster no ambiente
de trabalho sobre os direitos e
responsabilidades dos trabalha-
dores em relação ao assédio se-
xual. E distribuam um documento
informativo (fact sheet) sobre as-
sédio sexual, baseado no modelo
publicado pela cidade em seu
website (“Stop Sexual Haras-
sment Act Factsheet”).
O documento define assédio
sexual, dá exemplos, proíbe ret-
aliação contra denúncias, fornece
um número de telefone para de-
núncias e instruções sobre onde
protocolar uma reclamação. Em-
presas que não cumprirem essa
obrigação estarão sujeitas a mul-
tas de até US$ 250 mil por vio-
lação e outras indenizações.
sores que tomam conhecimento
de assédio sexual.
As empresas devem criar um
programa de treinamento que as-
tisfaça todas as exigências, man-
ter registros das sessões de trei-
namento e obter um documento
assinado pelos empregados que
participaram do treinamento.
As leis estabelecem que as
políticas da empresa não se apli-
cam apenas aos empregadores e
empregados, mas também a não
empregados, como terceiros con-
tratados, consultores, vendedo-
res e quem mais prestar serviços
às empresas.
Os empregadores não pode-
rão incluir uma cláusula de não
divulgação em qualquer acordo
de indenização por qualquer tipo
de assédio sexual, a não ser que
essa seja a vontade da vítima e o
acordo seja assinado por todas as
partes.
As leis de Nova York foram
criadas no rastro do movimento
#MeToo (eu também), criado por
mulheres que foram estupradas
ou de qualquer forma molestadas
sexualmente. Alguns estados a-
provaram leis de combate ao as-
sédio sexual no trabalho, mas a-
penas a Lei da Califórnia é tão du-
ra quanto as do estado e da cida-
de e Nova York.
Na Califórnia, os legisladores
avançaram ainda mais na prote-
ção às mulheres, ao aprovar uma
lei que obriga as sociedades anô-
nimas a ter diretoras em seu con-
selho de administração - em um
número proporcional ao número
de conselheiros.
No embalo do Movimento
#MeToo, os estados de Delaware,
Connecticut e Maine também a-
provaram leis que endurecem o
combate ao assédio sexual no
trabalho. Todos os estados que a-
provaram leis semelhantes são
predominantemente democratas.
Fonte: Consultor jurídico
Norminha
Ex-funcionário que perdeu visão de
olho em acidente de trabalho vai
receber R$ 530 mil
O caso foi homologado pela juíza titular da Vara do Trabalho de
Itacoatiara. Acordo foi realizado em audiência no último dia 9/11
Um ex-funcionário de uma em-
presa no município de Itacoatiara
(a 269 quilômetros de Manaus)
receberá R$ 530 mil após provar
ter sofrido acidente de trabalho
que causou a perda da visão do
olho esquerdo. O caso foi homo-
logado pela juíza titular da Vara do
Trabalho do município.
O acordo foi realizado em au-
diência no último dia 9 de novem-
bro de 2018, último dia da Sema-
na Nacional de Conciliação, entre
a empresa Mil Madeiras Preciosas
Ltda. e o ex-funcionário, que so-
freu acidente em novembro de
2011.
O pagamento será realizado em
36 parcelas mensais de R$14.722,
22 no período de 23 de dezembro
de 2018 a 25 de novembro de
2021, visando quitar os pedidos
de indenizações por danos mo-
rais, materiais e estéticos. Em ca-
so de inadimplência, a magistrada
estipulou multa de 50%, além da
execução imediata do acordo.
A condenação inicial fixou em
R$ 336.000,00 a indenização por
danos materiais, R$ 60.000,00
Página 06/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 494 - 22/11/2018
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Para promover discussões sobre
saúde e segurança do trabalho de
forma integrada, o Serviço de
Limpeza Urbana (SLU) iniciou, na
segunda-feira (19), a campanha
de prevenção de acidentes de tra-
balho. Palestras que ocorrerão até
sexta-feira (23).
Já no Núcleo de Limpeza de
Brasília, na Avenida das Nações
(L4 Sul), parceiros aferiram a
pressão ocular dos trabalhadores
e ofertaram exames de colesterol,
triglicerídeos e glicose, além de
avaliação física, consulta nutrício-
nal, exame de glicemia e aferição
de pressão. Também foram abor-
dadas questões referentes a doen-
ças sexualmente transmissíveis.
De acordo com Paulo Celso, o
público-alvo é formado por cerca
de 6,3 mil trabalhadores.
Nesse grupo estão servidores
do órgão, integrantes de coopera-
tivas de catadores de materiais re-
cicláveis contratadas e funcioná-
rios das empresas terceirizadas
que executam serviços de limpeza
e manejo de resíduos sólidos.
O objetivo da campanha é cha-
mar atenção para a prevenção de
acidentes e adoecimentos que vi-
timizam trabalhadores diariamen-
te. Veja programação completa. N
rede de contatos começa com as
pessoas que você conheceu ao
longo de suas vivências, como
colegas de escola e de faculdade,
professores, amigos e colegas de
trabalhos anteriores. Informe para
essas pessoas que você está em
busca de inserção ou de recolo-
cação no mercado. As redes so-
ciais são excelentes ferramentas
para retomar os seus contatos.
Muitas pessoas têm vergonha de
conversar com alguém que não vê
há bastante tempo, mas pense: se
fosse ao contrário, você retornaria
o contato, certo?
2) As redes sociais são boas
aliadas para quem deseja fazer
network. Busque consultores de
RH no Facebook e no Linkedin.
Procure também, no Linkedin,
profissionais da sua área com os
quais você se identifica, faça con-
tato e pergunte como é feito o pro-
cesso seletivo na empresa em que
ele atua, para que você possa se
candidatar. Se você já conhece al-
gum profissional que atue na
companhia na qual você gostaria
de trabalhar, diga que você tem in-
teresse e que gostaria de ser in-
formado sobre a abertura de va-
gas.
3) Tão importante como criar
seu network é preservar os conta-
tos. Envie mensagem, marque um
Revista Ciência & Saúde Coletiva – Novembro de 2018
Ser mulher, gestar e parir: sentidos em transição
e desafios para o setor saúde
problemas em relação à qualidade
do atendimento e aos frequentes
preconceitos contra parturientes e
gestantes não brancas, inclusive
na Rede Cegonha. Tais discrimi-
nações refletem como ideologias
de gênero e racismo, atravessam
a sociedade e penetram no traba-
lho em saúde, num momento tão
crucial para a geração da vida. Al-
guns autores analisam outros as-
pectos como problemas relativos
ao climatério, à menopausa, à o-
besidade e à situação das mulhe-
res encarceradas.
Em seu editorial Ser mulher,
gestar e parir: sentidos em transi-
ção e desafios para o setor saúde
Wilza Vieira Villela, do Departa-
mento de Medicina Preventiva,
Universidade Federal de São Pau-
lo, ressalta que, apesar das trans-
formações evidentes, a sociedade
ainda não valoriza a maternidade
como um trabalho social feminino
em favor de todos, o que urge ser
feito, ao lado do reconhecimento
das mulheres como agentes de
sua própria vida. Leia mais aqui e
acesse a revista na página da Re-
vista e no Portal SciELO.
Norminha
almoço ou um café mensalmente
com suas relações profissionais.
Quando você fica muito tempo
sem fazer contato, dá a impressão
de que a procura foi apenas por
interesse. Para se organizar, crie
seu mailing, com os nomes, tele-
fones e e-mails da sua rede prof-
issional.
4) A maioria das empresas re-
cebe muitos currículos, como no
espaço "trabalhe conosco". Para
uma vaga comum, como na área
administrativa, por exemplo, che-
ga a receber cerca de mil currí-
culos. Para ser mais certeiro, en-
tre em contato com a empresa
pelo Linkedin ou pelo Facebook,
demonstre seu interesse em uma
oportunidade e questione para
onde deve encaminhar seu currí-
culo e portfólio.
5) Network também pode ser
feito em bate-papos e eventos
com temas voltados para a sua á-
rea profissional que, muitas ve-
zes, são gratuitos e podem ser óti-
mas oportunidades para você
"vender o seu peixe". Aproveite
para atualizar o seu mailing e de-
monstrar interesse para consulto-
res e empresas que se encaixam
com o seu perfil.
Norminha Fonte: Gaucha ZH
Vigilante que recolhia restos mortais de acidentados em linhas da CPTM
será indenizado
Quer entrar ou se recolocar no mercado de trabalho?
Confira cinco dicas para fazer network
Colaboradores do SLU participam de
campanha de prevenção de
acidentes de trabalho
Você deve conhecer alguém que
já conseguiu uma oportunidade
de emprego por indicação. Às ve-
zes, um simples contato pode a-
brir portas para o mercado de tra-
balho, por isso, network é tão im-
portante. Isso vale não só para
quem está em busca de uma va-
ga, como também para quem já
tem sua carreira, afinal, manter
uma rede de contatos profissio-
nais é quase tão essencial como
criá-la.
De acordo com a coach execu-
tiva Simone Kramer, vice-presi-
dente de expansão da Associação
Brasileira de Recursos Humanos
(ABRH), 50% das oportunidades
de mercado são indicações, não
necessariamente para contrata-
ção imediata, mas para participa-
ção em processos seletivos que,
muitas vezes, nem chegam a ser
divulgados externamente.
Confira cinco dicas para fazer
network e para manter essa rede
que pode ser útil durante a cons-
trução de uma carreira:
1) Antes de mais nada, lem-
bre-se que você já tem network. A
A Sétima Turma do Tribunal
Superior do Trabalho condenou a
Power Segurança e Vigilância
Ltda. a pagar R$ 30 mil de repa-
ração por danos morais a um vi-
gilante patrimonial que, durante
quatro anos, foi obrigado a remo-
ver restos de corpos de pessoas
acidentadas em linhas férreas.
Para o relator do recurso, ministro
Vieira de Mello Filho, a prática
abusiva da empresa violou a dig-
nidade da pessoa do empregado,
justificando a indenização.
Acidentes, atropelamentos e
suicídios
Na reclamação trabalhista, o
vigilante relatou que prestava ser-
viços em posto da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM) em São Paulo (SP) e fazia
parte do Grupo de Apoio Móvel
(GAM), que prestava socorro e a-
companhamento a vítimas de mal
súbito. Além dessas atividades,
porém, os vigilantes também e-
ram chamados para atender casos
de acidentes, atropelamentos e
suicídios de usuários, que, se-
gundo ele, eram comuns.
Segundo seu relato, nessas si-
tuações, por não haver emprega-
dos da CPTM preparados para is-
so, os vigilantes eram obrigados
a fazer a imediata remoção dos
corpos para desobstruir trilhos e
passagens e a permanecer no lo-
cal até a chegada do Instituto Mé-
dico Legal ou do Corpo de Bom-
beiros, auxiliando no transporte.
Equilíbrio emocional
Ele alegou que a empresa, ao
desviá-lo de função, o submeteu
a atividade para a qual não havia
sido treinado, com risco à sua
saúde física e mental. Ressaltou
que não recebia orientação psico-
lógica para lidar com os traumas
vivenciados todos os dias e lem-
brou que, em alguns casos, as ví-
timas não morriam imediatamen-
te, e ele tinha de presenciar a dor
e a agonia dessas pessoas.
Ocorrências lamentáveis
O juízo de primeiro grau jul-
gou procedente o pedido de repa-
ração e fixou a indenização em R$
200 mil. Em recurso ordinário ao
Tribunal Regional do Trabalho da
2ª Região (SP), a empresa sus-
tentou que o procedimento de re-
moção de cadáveres não compe-
tia ao vigilante e que sua função
era relatar o ocorrido e esperar as
autoridades competentes. Para a
Power, aborrecimentos e incon-
venientes no local de trabalho são
“ocorrências lamentáveis, mas
previsíveis”, e, para haver o dever
de indenizar, seria necessário a
demonstração de ofensa à perso-
nalidade.
“Tétrico”
O TRT excluiu a condenação,
entendendo que não foi demons-
trado o dano moral indenizável.
“Embora tétrico e estranho às
funções de vigilante, o fato narra- do não representa lesividade ao
patrimônio moral do trabalhador”,
vo discurso em relação à mater-
nidade tornou-se hegemônico.
Não mais vige a ideia de uma
contingência biológica ou de um
suposto instinto. Tornar-se mãe
passou a ser escolha para a quase
totalidade das mulheres e muitas
práticas relativas à parturição e ao
aleitamento emergiram como pro-
jeto pessoal e coletivo.
Os artigos apresentados nesta
edição, de diferentes formas tra-
tam das repercussões das mudan-
ças no modo de encarar a mater-
nidade e o papel social da mulher.
Os autores falam principalmente
sobre direitos sexuais e reprodu-
tivos que devem ser observados
na atenção básica e em todo o
conjunto de cuidados que os ser-
vidores da saúde devem oferecer
ao ato de gestar e parir.
Os textos sobre os modelos de
parto, por exemplo, homenageiam
a participação do setor saúde no
processo de mudanças, embora
alguns artigos apontem também
registrou. Ainda de acordo com o
Tribunal Regional, lidar com pes-
soas mortas faz parte das atri-
buições de várias profissões, co-
mo médicos, enfermeiros e em-
pregados de funerárias.
Carne humana
Ao recorrer ao TST, o vigilante
insistiu no argumento de desvio
de função e do dano psicológico.
“Manusear pedaços de carne h-
umana, destroços, sem qualquer
treinamento específico, desvir-
tuando a função para a qual fui
contratado, configura evidente
dano moral”, enfatizou.
Trabalho penoso
Segundo o relator do recurso
de revista, ministro Vieira de Mel-
lo Filho, embora a exigência de
limpeza e desobstrução da linha
férrea seja lícita, o empregador fo-
ge ao seu poder diretivo quando
exige que o vigilante, sem receber
orientação ou amparo físico, legal
e emocional, recolha restos de
corpos humanos acidentados.
“Ao firmar o contrato de trabalho,
o empregado não se despoja dos
direitos inerentes à sua condição
de ser humano”, afirmou. Na sua
avaliação, a situação do vigilante
ia “além da simples vivência da
morte de outra pessoa, porque ele
tinha contato visual, físico e emo-
cional com o morto, dada a pos-
sibilidade de presenciar a dor
final do acidentado”.
Implicação penal
O relator apontou também a
implicação penal das atividades
exigidas do vigilante, lembrando
que as mortes podem se tratar de
suicídio, acidente ou homicídio.
Para o ministro, o empregado
submetido a essas circunstâncias
pode ser acusado de ter modifi-
cado a cena de um crime, o que
lhe causaria outros transtornos
além dos psíquicos. “O abuso do
empregador, sob essa ótica, ad-
quire contornos mais nítidos”,
assinalou.
Negligência
Para chegar ao valor da inde-
nização, o ministro Vieira de Mel-
lo considerou a significativa ne-
gligência da empresa e a não o-
corrência de maiores implicações
práticas ao empregado, além do
tempo de vínculo empregatício e a
consequente duração da ofensa.
Por esses parâmetros, a Turma,
por unanimidade, fixou a repara-
ção em R$ 30 mil. (LT/CF) N
Processo:
ARR-159700-05.2008.5.02.0049
A incorporação ao mercado for-
mal de trabalho e a contracepção,
agendas intensificadas a partir da
segunda metade do século XX,
criaram as condições para que as
mulheres pudessem ter projetos
próprios e se desgarrassem da
tutela masculina. Redução da de-
pendência do casamento ou da
família de origem, decisão sobre
o número desejado de filhos e o
melhor momento para tê-los um-
daram opções sobre maternida-
de, gravidez e parto. Entretanto,
tudo isso não vem ocorrendo de
forma linear. Hierarquias sociais
produzidas pela intercessão entre
classe e raça/etnia influenciam
fortemente o acesso aos bens.
Nesse sentido, os avanços obti-
dos pela redução da pobreza no
Brasil e no mundo não foram su-
ficientes para garantir a qualidade
igualitária da atenção à gestação
e ao parto.
Embora profundas desigualda-
des continuem presentes, um no-
A prática foi considerada abusiva.
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Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 494 - 22/11/2018 - Fim da Página 07/10
Aposentadoria do Professor (INSS): entenda o benefício!
AINDA DÁ TEMPO!
Balconista receberá pensão por acidente que a
incapacitou para trabalho manual
Black Friday 2018 válido somente para 23/11/2018
R$200,00 para depósito na conta Banco Itaú – Agência
0144 – CC 04509-3 em nome de Tsuchiya Maioli & Maioli
Ltda. CNPJ 07.843.347/0001-45. Envie comprovante para
[email protected] com nome completo, CPF e nº celular
Brasil tem saldo positivo de
+57.733 empregos
formais em outubro
No acumulado do ano, foram 790,6
mil novos postos de trabalho, o
melhor desempenho desde 2015
Mantendo a tendência de cresci-
mento, o Brasil terminou o mês de
outubro com saldo positivo de
+57.733 postos de trabalho for-
mais, o que representa um acres-
cimo de +0,15%, em relação ao
mês anterior. As informações são
do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), divul-
gado pelo Ministério do Trabalho
nesta quarta-feira (21).
O desempenho é resultado de
1.279.502 admissões e 1.221.769
desligamentos. Entre janeiro e ou-
tubro, houve crescimento de 790.
579 empregos – uma variação po-
sitiva de +2,09%. O saldo acumu-
lado deste ano é o melhor desde
2015. Nos últimos 12 meses, fo-
ram gerados +444.483 postos de
trabalho (alta de +1,16%). N
NR-12 em Vitória (ES) – Norminha e Mlima realizaram o Curso
profissionalizante para trabalhar com todas as etapas do ciclo da NR-12.
O curso foi realizado em Vitória (ES) reunindo profissionais daquele
estado da Bahia!
Em 2019 ocorrerão outros cursos no Espírito Santo! Norminha
Black Friday 2018 válido somente para 23/11/2018
R$500,00 para depósito na conta Banco Itaú – Agência
0144 – CC 04509-3 em nome de Tsuchiya Maioli & Maioli
Ltda. CNPJ 07.843.347/0001-45. Envie comprovante para
[email protected] com nome completo, CPF e nº celular
1. O que é?
A Aposentadoria do Professor na-
da mais é que uma modalidade al-
ternativa de aposentadoria por
tempo de contribuição, mas que,
em face das peculiaridades ine-
rentes às atividades de docência,
pedagogia e direção escolar, exi-
ge menor tempo de contribuição
para a sua concessão.
2. Quais são os requisitos?
Atualmente, os requisitos para
a aposentadoria por tempo de
contribuição do professor são:
a) Tempo de Contribuição: 30 ou
25 anos, para homens e mulhe-
res, respectivamente;
b) Carência de 180 contribuições;
Nota-se que o tempo de con-
tribuição deve ser exercido exclu-
sivamente em atividades de ma-
gistério no ensino infantil, funda-
mental e médio, incluídas, além
do exercício da docência, as fun-
ções de direção de unidade esco-
lar e as de coordenação e asses-
soramento pedagógico.
Cabe esclarecer que os profes-
sores de nível superior não po-
dem, na atualidade, ser beneficia-
dos pela redução do tempo nas a-
posentadorias, em virtude de ex-
pressa disposição legal.
Contudo, os que já exerciam a
atividade de professor antes de
16/12/1998 ficaram sujeitos a
uma regra de transição, a qual
instituiu um acréscimo aos perío- dos trabalhados nessa condição,
sendo ele 17% para homens e
20% para mulheres, desde que se
aposente com tempo exclusiva-
mente de magistério.
Portanto, os professores, in-
clusive universitários,que tenham
exercido atividade de magistério
durante 25 (vinte e cinco anos) pa
ra mulheres ou 30 (trinta anos)
para homens, até a data da publi-
cação da Emenda 20 (16. 12.98),
podem se aposentar a qualquer
momento, calculada a aposenta-
doria com base na média aritméti-
ca dos últimos 36 salários de
contribuição corrigidos monetari-
amente.
3. Qual a renda mensal inicial?
A renda mensal inicial do be-
nefício corresponderá à 100% do
salário de benefício, que é obtido
mediante a soma das 80% maio-
res contribuições desde julho de
1994, divididas pelo número de
contribuições (média aritmética).
Posteriormente, aplica-se o fator
previdenciário, que irá conjugar a
idade e tempo de contribuição,
podendo aumentar ou diminuir o
benefício.
4. É possível receber o valor
integral?
O professor pode ter afastada a
aplicação do Fator Previdenciário
e, consequentemente, obter a a-
posentadoria em valor integral,
quando a soma de sua idade com
o tempo de contribuição atingir
90 pontos, para homem, e 80
pontos, para mulher, respeitado o
número mínimo de 30 e 25 anos
de contribuição, respectivamente.
A previsão legal consta do art.
29-C, § 3º, da Lei 8.213/91, e se-
gue as diretrizes formuladas para
os trabalhadores comuns, que
também possuem o direito a apo-
sentadoria por pontos. No entan-
to, deles se exige o cumprimento
de 05 pontos a mais.
A partir de 2019, a cada 02 a-
nos, haverá o aumento de um
ponto nas exigências para essa
modalidade de aposentadoria. N
João Leandro Longo - Advogado
Ela receberá 40% da última remu-
neração recebida e, ainda, indeni-
zação por dano moral no valor de
R$ 10 mil.
Máquina de fatiar
Entre as tarefas da balconista
estavam o corte e a embalagem de
frios. No dia do acidente, a má-
quina de fatiar, que pesava 20 kg,
foi derrubada por um estagiário e
atingiu o braço direito da empre-
gada, causando lesão irreversível
nos dedos. Na reclamação traba-
lhista, ela disse que, quando foi à
padaria pedir a emissão da Co-
municação de Acidente de Traba-
lho (CAT), foi ameaçada e recebeu
ordens de não mais voltar. Pedia,
assim, a reintegração ao emprego
e o pagamento de indenizações
por danos morais e materiais.
Incapacidade parcial
O laudo pericial confirmou a
incapacidade para o trabalho em
razão do comprometimento dos
movimentos da mão direita. Ape-
sar disso, o juízo da 1ª Vara do
Trabalho de Olinda e o Tribunal
Regional do Trabalho da 6ª Re-
gião (PE) indeferiram a pensão
mensal por entender que a inca-
pacidade, embora permanente,
era apenas parcial.
Critérios objetivos
No julgamento do recurso de
revista da balconista, o relator,
ministro Mauricio Godinho Del-
gado, observou que o Código Ci-
vil estipula critérios objetivos pa-
ra fixar indenização por danos
materiais decorrentes de aciden-
tes de trabalho. Os critérios con-
templam as despesas de trata-
mento e dos lucros cessantes até
o fim da convalescença e podem
abranger, também, a reparação de
outros prejuízos que o ofendido
prove haver sofrido. “É possível
que tal indenização atinja ainda o
estabelecimento de ‘uma pensão
correspondente à importância do
trabalho, para que se inabilitou,
ou da depreciação que ele so-
freu’”, assinalou.
Perda funcional
No caso da balconista, ficou
comprovado que as sequelas do
acidente resultaram em perda fun-
cional significativa da mão direita
em caráter permanente, o que, se-
gundo o relator, “representa de-
créscimo parcial, mas importante,
da capacidade para o trabalho".
Por unanimidade, a Turma con-
cluiu ser devido o pagamento da
pensão mensal vitalícia, principal-
mente levando em consideração
que as atividades desenvolvidas
pela empregada eram manuais.
Ao estipular o valor, o ministro
Mauricio Godinho observou que o
percentual de 40% da remunera-
ção total é razoável e proporcional
ao dano sofrido. Explicou ainda
que a perda total da funcionali-
dade de uma das mãos, segundo
a tabela da Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP), equi-
vale ao percentual de 70% de
comprometimento da força de tra-
balho. Norminha
Tribunal Superior do Trabalho deferiu a uma balconista da Padaria
Ouro Branco Ltda., de Olinda (PE), pensão mensal vitalícia em razão
de ter perdido parte significativa da mobilidade dos dedos da mão
direita em acidente de trabalho.
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gente segue ainda achando que
atuar na Segurança do Trabalho
não é mais do que ser um capataz
do uso do Equipamento de Prote-
ção Individual, quando devería-
mos nos embrenhar pelos cam-
pos do conhecimento em busca
de soluções duradouras para a
prevenção. Isso sem falar na ne-
cessidade prioritária de neutrali-
zar direito a adicionais sem que
essa preocupação passe legitima-
mente pela garantia por meio de
medidas técnicas em relação à
saúde dos seres humanos traba-
lhadores.
Somos ainda uma área pobre
demais para lidar adequada e eti-
camente com vidas humanas e, se
isso pode parecer bom para al-
guns, simplesmente demonstra
uma área ainda atrofiada, distor-
cida e atrasada em suas formas de
atuação. O que pode parecer cô-
modo até certo ponto, pode, ao
mesmo tempo, fazer com que, em
algum momento do futuro próxi-
mo, deixemos de existir.
Adoramos mencionar normas,
mas pouco nos dedicamos ao seu
estudo, entendimento e imple-
mentação. Normas não são feitas
apenas para gerar proibições. An-
tes disso, podem ser úteis como
base para desenvolvimento de a-
ções.
Pensamos muito formatados
por leis e obrigações – nossa fa-
ceta jurídica é aguçada e bem ali-
mentada, mas não pensamos que
seríamos muito mais úteis hábil-
mente transformando itens de
normas em práticas de gerencia-
mento, incorporando o que preci-
sa ser feito ao que já se faz, trans-
formando as posturas das pes-
soas e os ambientes onde atua-
mos.
FAZER A DIFERENÇA
Falamos muito em educação e
mudança de cultura, mas boa par-
te do tempo parece que achamos
que seja resultado da educação
uma obediência cega às coisas.
Entendemos como cultura um
conjunto de regras que, boa parte
das vezes, nem ao menos pode
ser cumprida de fato – até porque
aqueles que deveriam estar atu-
ando na organização para que os
meios estivessem disponíveis es-
tão ocupados repetindo dogmas e
mantras prevencionistas. N
Cosmo Palasio de Moraes
Reconhecido como especial
atividade de motorista de ônibus
por vibrações
tons colhidos foram utilizados pa-
ra pintar materiais artesanais, e
também sustentáveis, como vasos
feitos com palitos de sorvetes.
Já a Feira do Desapego Solidá-
rio expôs um varal de roupas em
frente da unidade para a troca de
peças ou acessórios, sem ne-
nhum custo. A ação promoveu a
conscientização do consumo sus-
tentável. Mais de 150 peças foram
arrecadas e 139 trocadas pela po-
pulação.
Ao final da programação, a pa-
lestra Cidades Sustentáveis abor-
dou as possibilidades e alterna-
tivas para tornar Jaboticabal mais
sustentável. Ideias nos segmentos
de mobilidade urbana e climati-
zação de ambientes foram sugeri-
das pelos participantes.
“Precisamos articular os desa-
fios do mundo do trabalho com as
mudanças da sociedade, por isso
temos que possibilitar o acesso
dos alunos e da comunidade a
conteúdos inovadores e às dis-
cussões que estão na mira de cri-
ativos e, também, no cotidiano de
muitos outros profissionais”, diz
Danilo Leal, coordenador de cur-
sos do Senac Jaboticabal.
Norminha
Dois cursos que você esperava!
Faça sua inscrição agora mesmo!
*Cosmo Palasio de Moraes Jr.
Se há uma coisa a qual não te-
nho dúvidas é quanto à necessi-
dade de uma área de Segurança e
Saúde no Trabalho em nosso Bra-
sil. E não digo isso por paixão,
não afirmo em causa própria, mas
o faço por conhecer de perto a re-
alidade do mundo e das relações
de trabalho, as deficiências que
temos em todos os níveis da edu-
cação em relação ao assunto e,
por consequência, por todos os
vazios e buracos que temos no
tema prevenção, não apenas no
que diz respeito ao trabalho. O
mesmo ser não prevencionista
nos mata no trânsito, mata nossas
crianças e idosos dentro das ca-
sas, consome recursos e causa
muita infelicidade.
No entanto, quando afirmo is-
so, não quero dizer necessaria-
mente que devemos estar satisfei-
tos com boa parte das coisas que
ocorrem dentro de nossa área.
Aliás, me causa grande preocupa-
ção ver como parte de nossa gen-
te se porta a cada dia que passa,
muito especialmente achando que
soluções mágicas têm o poder de
mudar alguma coisa.
A questão da prevenção carece
de desenvolvimento e, parte dele,
só pode surgir a partir da educa-
ção e ação diária dos especia-
listas. Não se faz omelete sem
quebrar ovos, assim como não se
faz prevenção por aqui sem que as
pessoas proponham/assimilem
novas formas de pensar e fazer as
coisas.
DIVISÃO
Hoje separo os prevencionis-
tas brasileiros em dois grupos:
1. O primeiro formado por a-
queles que entedem as reais ne-
cessidades de nossa área e se
empenham na direção das solu-
ções que tragam algum resultado.
2. O segundo, talvez pela falta
de contato com a realidade ou pe-
la dificuldade de propor e geren-
ciar conflitos, são os que buscam,
apoiam e se dedicam a ações pe-
riféricas e bonitas – que criam a
sensação de que algo é feio, mas
não têm qualquer utilidade que
não seja gerar “suposta preven-
ção”. Esse segundo grupo, além
de tudo, presta um grande desfa-
vor à prevenção, pois geralmente
para dar vida as suas ideias mira-
bolantes consomem uma imensa
quantidade de recursos para, ao
final, não obter resultados. O que
contribui para que os empresários
entendam que a prevenção de a-
cidentes não é possível, visto que
pagam, mas não levam.
Infelizmente, parte de nossa
De dentro para fora
Não se faz prevenção sem que as pessoas proponham novas
formas de pensar e agir
Atividade especial
No que tange à atividade espe-
cial, a jurisprudência pacificou-se
no sentido de que a legislação a-
plicável para sua caracterização é
a vigente no período em que a ati-
vidade a ser avaliada foi efetiva-
mente exercida.
Decreto 53.831/64: 2.4.4:
TRANSPORTES RODOVIÁRIO:
(...) Motoristas e cobradores de
ônibus.
Decreto 53.831/64 – Código
1.1.5: TREPIDAÇÃO: Operações
em trepidações capazes de serem
nocivas a saúde. Trepidações e
vibrações industriais – Operado-
res de perfuratrizes e marteletes
pneumáticos, e outros.
Decreto 83.080/79 – Código
1.1.4: TREPIDAÇÃO: Trabalhos
com perfuratrizes e marteletes
pneumáticos.
Decreto 3.048/99 – Código
2.0.2:VIBRAÇÕES: a) Trabalhos
com perfuratrizes e marteletes
pneumáticos
Critérios de caracterização
Até 05.03.1997: critério quali-
tativo.
De 06.03.1997 a até 12.08.
2017: Critério quantitativo: Defi-
nido pela Organização Internacio-
nal para Normalização – ISSO –
nº 2.631 e 5.349.
De 13.08.2014 até hoje: Crité-
rio quantitativo: Definido pelo A-
nexo 8 da NR 15 do TEM (limite
de tolerância) e pelas NHO-09 e
NHO-10 da FUNDACENTRO (me-
todologia e procedimento).
Exigência de laudo técnico
Em se tratando de matéria re-
servada à lei, o Decreto 2.172/
1997 somente teve eficácia a par-
tir da edição da Lei nº 9.528, de
10.12.1997, razão pela qual ape-
nas para atividades exercidas a
partir de então é exigível a apre-
sentação de laudo técnico.
Pode, então, em tese, ser con-
siderada especial a atividade de-
senvolvida até 10.12.1997, mes-
mo sem a apresentação de laudo
técnico.
Pois em razão da legislação de
regência a ser considerada até
então, era suficiente para a carac-
terização da denominada ativida-
de especial a apresentação dos
informativos SB-40, DSS-8030
ou CTPS.
Agente nocivo: Vibração
A exposição comprovada à vi-
bração no corpo inteiro e acima
dos limites legalmente admitidos
justifica a contagem de tempo es-
pecial para fins previdenciários.
Por sua vez, o item 2 do anexo
8 da NR-15 menciona que a pe-
rícia visando à comprovação ou
não da exposição à vibração, de-
ve tomar por base os limites de
tolerância definidos pela Organi-
zação Internacional para a Nor-
malização - ISSO, em suas nor-
mas ISSO 2631 e ISSO/DIS 5349
ou suas substitutas.
Prova emprestada
O laudo pericial elaborado na
Justiça do Trabalho pode ser uti-
lizado como prova emprestada,
pois se refere à empresa do mes-
mo ramo - transporte coletivo, e-
mitido por perito judicial, equi-
distante das partes, não tendo a
autarquia previdenciária arguido
qualquer vício a elidir suas con-
clusões.
Portanto, factível concluir que
a interessada esteve sujeita a
níveis de vibração superiores ao
patamar de tolerância.
Uso de EPI
Desnecessário o debate sobre
eventual eficácia da utilização do
equipamento de proteção indivi-
dual, tendo em vista que o agente
nocivo (vibração de corpo intei-
ro), que justifica a contagem es-
pecial, decorre do tipo de veículo
utilizado (ônibus).
Ian Ganciar Varella
Advogado Previdenciário
Norminha
As novas profissões são pautadas
na economia criativa e na susten-
tabilidade, a fim de otimizar recur-
sos, identificar oportunidades de
projetos e aproximar pessoas para
o desenvolvimento coletivo. Dian-
te dessa realidade e para instigar
novas propostas e projetos profis-
sionais, o Senac Jaboticabal reali-
zou, em 6 de novembro, o evento
Cidades para Pessoas, reunindo
mais de 200 participantes.
A ação é inspirada no livro ho-
mônimo de Jan Gehl, que apre-
senta estudos de fluxos e da quali-
dade de vida nas cidades contem-
porâneas, apontando a necessida-
de de repensar os espaços públi-
cos. Para Gehl, os ambientes de-
vem facilitar e promover mais in-
tegração e interação entre os habi-
tantes, já que a convivência entre
pessoas de diferentes áreas pode
resultar em soluções criativas e
sustentáveis para problemas co-
muns.
Entre as atividades realizadas
pelo Senac Jaboticabal (SP), den-
tro desse conceito, estava a ofici-
na de pintura Tintas Naturais, na
qual os participantes extraíram pi-
gmentos de produtos naturais, co-
mo legumes, folhas e plantas. Os
Cidades para Pessoas reúne
mais de 200 participantes
Senac Jaboticabal (SP) está entre as unidades da rede que
realizaram o evento com a oferta de atividades gratuitas
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Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 494 - 22/11/2018 - Fim da Página 09/10
O direito da gestante não depende de prévio conhecimento do empregador
Para os pacientes que sofrem
de transtornos psiquiátricos, que
precisam de constante reavalia-
ção, a dica é levar os últimos lau-
dos recentes que atestam a inca-
pacidade para o mercado de tra-
balho. Além disso, caso o bene-
fício seja suspenso, a dica é re-
correr à Justiça.
- Muitas doenças como a an-
siedade, depressão, pânico, es-
quizofrenia e bipolaridade, por e-
xemplo, são reavaliadas com ri-
gor. Porém, como o diagnóstico
pode ser subjetivo, isso causa
cancelamentos indevidos. Se o
segurado doente discordar da pe-
rícia, podeir à Justiça com laudos,
receitas e medicações que com-
provem a incapacidade.
É importante destacar que o
segurado deve manter o cadastro
atualizado junto ao INSS, pois a
convocação é feita por carta, com
aviso de recebimento. Após ser
notificado pelo órgão,o segurado
tem cinco dias para agendar a
perícias através da central de a-
tendimento do INSS, no número
135.
Na reta final do pente-fino do INSS, saiba
como se preparar para a perícia de revisão
Até dezembro, prazo para que
termine a revisão, ainda serão pe-
riciados 16.766 auxílios e 94.711
aposentadorias por invalidez,
num total de 111.477 benefícios.
Ao todo, 552.998 auxílios-doença
e 1.004.886 aposentadorias por
invalidez serão revisadas em todo
o país, até o fim do ano.
Desde 2016, INSS cancelou
um benefício a cada duas perícias
O pente-fino realizado INSS
nos auxílios-doença e aposenta-
dorias por invalidez cortou 552.
124 benefícios desde o início do
processo. Ao todo, foram realiza-
das 1.124.789 perícias de revisão
até 25 de outubro. Isso significa
que, a cada dois segurados que
passaram pela reavaliação, um te-
ve o benefício cancelado, ou seja,
50%.
Em separado, foram cortados
359.553 auxílios-doença, das
464.429 perícias feitas, o que re-
presenta 77% do total. Já em re-
lação às aposentadorias por inva-
lidez, das 660.360 reavaliações,
192.571 benefícios considerados
irregulares pelo INSS foram en-
cerrados, num total de 29%.
No geral, o pente-fino cessou
686.224 benefícios, entre auxílios
e aposentadorias por invalidez,
visto que os beneficiários que fo-
ram convocados, mas não com-
pareceram para o exame de reava-
Trabalhador busca reverter justa causa e termina
condenado em R$ 80 mil!
liação nas agências, também tive-
ram os benefícios cortados.
No acumulado
Em dois anos, de acordo com
o Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS) o processo de pen-
te-fino nos benefícios já gerou e-
conomia total de R$ 13,8 bilhões.
A revisão nos benefícios por
incapacidade teve início em 2016.
Numa primeira etapa, o órgão deu
prioridade à reavaliação dos auxí-
lios-doença. Este ano, no entan-
to, voltou o foco para as apo-
sentadorias por invalidez.
Estão sendo convocados os
segurados que recebem auxílio-
doença há mais de dois anos e
aposentados por invalidez com
menos de 60 anos e que recebem
o benefício há mais de dois anos.
As exceções são aqueles com 55
anos ou mais e que recebem o
benefício há mais de 15 anos. Os
trabalhadores estão sendo cha-
mados por meio de carta.
Ian Ganciar Varella
Advogado Previdenciário
Norminha
a divergência em relação ao voto
do ministro Marco AURÉLIO (re-
lator), a comunicação formal ou
informal ao empregador não é ne-
cessária, uma vez que se trata de
um direito instrumental para a
proteção à maternidade e contra a
dispensa da gestante e que tem
como titulares a empregada e a
criança.
O que o texto constitucional
coloca como termo inicial é a gra-
videz. Constatado que esta ocor-
reu antes da dispensa arbitrária,
incide a estabilidade, afirmou
MORAES.
Segundo ele, a comprovação
pode ser posterior, mas o que im-
porta é se a empregada estava ou
não grávida antes da dispensa pa-
ra que incida a proteção e a efe-
tividade máxima do direito à ma-
ternidade. O desconhecimento
Para atuar como mediador ju-
dicial é preciso ser graduado há
pelo menos dois anos, em qual-
quer área de formação, conforme
dispõe o art. 11 da Lei n. 13.140,
de 26 de junho de 2015. Essa exi-
gência não se aplica ao concilia-
dor, que pode atuar antes de con-
cluir o curso superior, desde que
tenha recebido a adequada capa-
citação.
Os interessados em participar
de curso de formação de media-
dores judiciais e/ou de concilia-
dores devem entrar em contato
com o Núcleo Permanente de Mé-
todos Consensuais de Solução de
Conflitos (NUPEMEC) ou com os
Centros Judiciários de Solução de
Conflitos e Cidadania (CEJUSCs)
dos tribunais.
A Resolução n. 125/2010 do
CNJ, a Lei n. 13.140/2015 (Lei de
Mediação) e a Lei n. 13.105/2015
(Código de Processo Civil) deter-
minam a obrigatoriedade da capa-
citação do mediador judicial e do
conciliador, por meio de curso re-
alizado pelos tribunais ou por en-
tidades formadoras reconhecidas
pela Escola Nacional de Formação
e Aperfeiçoamento de Magistra-
dos (ENFAM).
Os cursos de formação de me-
diadores judiciais e/ou concilia-
dores devem ser ministrados con-
forme parâmetro curricular esta-
belecido pelo Conselho Nacional
de Justiça (Anexo I da Resolução
n. 125/2010).
por parte da trabalhadora ou a au-
sência de comunicação, destacou
o ministro, não pode prejudicar a
gestante, uma vez que a proteção
à maternidade, como direito indi-
vidual, é irrenunciável. Ele ressal-
tou que, no caso dos autos, não
se discute que houve a gravidez
anterior à dispensa, mas sim que
era desconhecida também da ges-
tante e que foi avisada ao empre-
gador após a dispensa.
Ficou vencido o relator, minis-
tro Marco AURÉLIO, para quem a
estabilidade era válida desde que
o empregador tivesse ciência da
gravidez em momento anterior ao
da dispensa imotivada.
A tese de repercussão geral
proposta pelo ministro Alexandre
de Moraes, que será o redator do
acórdão, e aprovada pelo Plenário
foi a seguinte: “A incidência da
estabilidade prevista no Artigo 10,
inciso II, alínea ‘b’, do Ato das
Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT), somente e-
xige a anterioridade da gravidez à
dispensa sem justa causa.” N
Carlos Eduardo Vanin
Eternamente estudante
Quem não possui capacitação
pode procurar o tribunal ou aces-
sar o site da Escola Nacional de
Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados (ENFAM) para obter
a relação de entidades formadoras
reconhecidas na respectiva juris-
dição e o calendário de cursos.
O CNJ mantém em seu portal
o Cadastro Nacional de Media-
dores Judiciais e Conciliadores
(CCMJ) para inscrição de media-
dores judiciais, conciliadores e
câmaras privadas.
Os tribunais podem utilizar-se
deste cadastro ou criar cadastros
próprios para apresentar os medi-
adores judiciais, os conciliadores
e/ou as câmaras privadas creden-
ciadas que atuarão em sua juris-
dição.
A atuação do mediador judicial
é vinculada ao tribunal ou institui-
ção formadora que ofertou o curso
de capacitação, nos termos da Re-
solução ENFAM n. 2/2016, atuali-
zada pela Resolução n. 3/2017.
Como regra, a remuneração
devida aos mediadores judiciais e
aos conciliadores será custeada
pelas partes, assegurada a gratui-
dade aos necessitados, na forma
da lei.
Além de fixar as regras para o
desenvolvimento dos cursos de
formação de mediadores judiciais
e conciliadores, a Resolução CNJ
n. 125/2010 dispõe ainda sobre o
Código de Ética e sobre as regras.
Fonte CNJ Norminha
A juíza do Trabalho substituta
Alessandra Duarte Antunes dos
Santos Freitas, da 4ª vara de
Uberlândia/MG, condenou um
trabalhador a pagar R$ 80 mil de
danos materiais no bojo de uma
reclamação trabalhista que bus-
cava a reversão de dispensa por
justa causa.
O trabalhador, motorista carre-
teiro, era empregado de uma em-
presa de transportes de grãos e
fertilizantes. Ele narrou que sofreu
acidente em novembro de 2015
em razão de problemas no freio
do veículo em uma curva, tendo
fraturado a clavícula direita e uma
costela, ficando afastado com be-
nefício de auxílio-doença por aci-
dente de trabalho; em abril de
2016 o trabalhador foi dispensa-
do por justa causa.
A empresa reclamada alegou
que a demissão por justa causa
foi corretamente aplicada, uma
vez que em processo adminis-
trativo interno concluiu-se que o
motorista foi o causador do aci-
dente de trânsito que gerou pre-
juízos materiais de mais de R$ 80
mil reais, e que poderia ter colo-
cado em risco a vida de usuários
da rodovia.
Decisão é da JT/MG.
Desídia
Ao analisar o caso, a magis-
trada concluiu que pelo contexto
probatório ficou demonstrado que
o acidente se deu por culpa ex-
clusiva do autor, que para evitar o
registro de sua velocidade pelo
radar, invadiu a pista contrária,
causando o tombamento do veí-
culo.
“O comportamento negligente,
descuidado ou desidioso traduz a
culpa do funcionário, frustrando a
justa expectativa do empregador
na medida em que representa a
inobservância das normas que
nos ordenam operar com atenção,
capacidade, solicitude e discerni-
mento, pressupostos que regem a
conduta normal dos negócios hu-
manos.”
Assim, segundo a juíza, a dis-
pensa por justa causa, precedida
de sindicância realizada pela re-
clamada assim que ocorrido o fa-
to, foi corretamente aplicada.
“A desídia de motoristas pro-
fissionais, na execução de suas
funções, além de causar danos ao
patrimônio e à atividade do em-
pregador, também coloca em ris-
co todos os cidadãos que trafe-
gam nas rodovias.”
Além de indeferir o pedido de
reversão da dispensa e os pedi-
dos decorrentes, a julgadora jul-
gou procedente em parte a recon-
venção da empresa, que buscou o
ressarcimento dos gastos realiza-
dos em decorrência do acidente,
incluindo reboque, danos à ter-
ceiros, conserto do veículo.
“Arbitro a indenização dos pre-
juízos causados pelo empregador
em R$80.485,37, montante cor-
respondente à somatória dos gas-
tos comprovados pela reclamada,
conforme fls. 763/764 e 775/783,
atualizável a partir da data da pro-
positura da ação.”
Processo:
0010912-70.2016.5.03.0104
João Leandro Longo – Advogado
Norminha
Na reta final do pente-fino que
o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) tem feito nos bene-
fícios por incapacidade - auxí-
lios-doença e aposentadorias por
invalidez - segurados que se en-
caixam nas regras de convocação,
ou seja, aqueles que recebem o
benefício há mais de dois anos
sem revisão, devem ficar atentos.
De acordo com especialistas, os
segurados devem manter em dia
relatórios e exames, para aumen-
tar a possibilidade de manter os
benefícios.
- O segurado que se encaixa
nas regras de convocação e ainda
pode ser convocado até o fim do
ano pelo INSS precisa manter em
dias os laudos e exames médicos
que comprovem a doença. Se o
segurado tiver mais de um relató-
rio, especialmente de médicos do
SUS, é importante, pois o perito
do INSS terá uma outra opinião
sobre a doença e isso pode ajudar
na decisão de manter o benefício
- diz o advogado Luiz Felipe Ve-
ríssimo, do Instituto de Estudos
Previdenciários (Ieprev).
Na sessão plenária de 10 de
outubro de 2018, o Supremo Tri-
bunal Federal (STF) negou provi-
mento ao recurso de uma empre-
sa da área de serviços e assentou
que o desconhecimento da gravi-
dez de empregada quando da de-
missão não afasta a responsabi-
lidade do empregador pelo paga-
mento da indenização por estabi-
lidade. No julgamento do Recur-
so Extraordinário (RE) 629053,
com repercussão geral reconhe-
cida, o colegiado seguiu o voto
do ministro Alexandre de MO-
RAES, segundo o qual o relevante
é a data biológica de existência da
gravidez, e não sua comunicação
ao empregador.
Segundo o voto do ministro
Alexandre de MORAES, que abriu
O STF decidiu no mês de outubro que direito da gestante à
estabilidade não depende de conhecimento prévio do empregador
Como ser um conciliador/mediador?
Página 10/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 494 - 22/11/2018
do Direito do Trabalho, e não se
dão conta de que ele foi inventado
por capitalistas, para os capitalis-
tas. Como diz o professor Márcio
Túlio Viana, “o Direito do Traba-
lho é um filho do capitalismo; um
filho rebelde, mas filho legítimo”.
Pode-se argumentar que cer-
tos empregadores visionários não
agem assim na lógica do conflito
e que pagam espontaneamente
salários maiores, mesmo na au-
sência de demandas sindicais. É
claro que isso pode ocorrer, po-
rém certamente não será por mero
altruísmo, como ato de parceria
ou solidariedade aos “colabora-
dores”, mas sim como uma medi-
da de autointeresse, visando ga-
nhos de produtividade. E que, de
uma forma ou outra, cobrará o seu
justo preço aos trabalhadores. É
curioso como alguns empregado-
res jactam-se de conceder sponte
propria alguns benefícios aos
seus empregados, como se inge-
nuamente desconhecessem que,
de uma forma ou outra, isso é feito
para o seu próprio proveito.
Basta recorrermos ao famoso
caso de Henry Ford.
É sabido que o ilustre empre-
sário americano, que deu origem
à moderna “linha de produção em
série” (emprestando seu nome ao
sistema “fordista”), por iniciativa
própria e sem pressão sindical, a-
dotou, em 1914, uma política tra-
balhista que chocou os Estados
Unidos e o mundo: mais que do-
brou os salários de seus empre-
gados de 2,38 para 5,00 dólares a
hora (muito além do valor de mer-
cado) e limitou a jornada de traba-
lho, reduzindo-a de nove para oito
horas.
Criou-se a lenda de que esse
seria um exemplo perfeito de co-
munhão de interesses entre em-
pregador e empregados, pois
Ford teria melhorado a condição
de seus trabalhadores com objeti-
vo de permitir que eles pudessem
adquirir o carro que produziam
com suas próprias mãos, aumen-
tando ainda mais o mercado con-
sumidor, os seus lucros e o valor
da empresa. Mas isso não passa
de mero folclore (estimulado pelo
próprio Ford) sem base real al-
guma, muito distante da história
verdadeira.
Henry Ford era um tremendo
gênio e sabia que disciplina, su-
jeição e ordem eram indispensá-
veis no mundo do trabalho orga-
nizado. Acredito que ele acharia
bastante ridícula a ideia de definir
como “colaboração” o que os
seus trabalhadores faziam na sua
empresa. Pois, como dizem muito
bem os próprios norte-america-
nos, “não existe almoço grátis”,
nem mesmo no contrato de tra-
balho com direito a vale-refeição.
*CÁSSIO CASAGRANDE – Doutor em
Ciência Política, Professor de Direito
Constitucional da graduação e mestrado
(PPGDC) da Universidade Federal
Fluminense - UFF. Procurador do
Ministério Público do Trabalho no Rio
de Janeiro. JOTA
Norminha
Por que você precisa ser um ser
humano incrível antes de ser um
profissional notável
A lição de Henry Ford: empregado não é colaborador, é empregado
CÁSSIO CASAGRANDE
Não duvido que em algum mo-
mento próximo a CLT venha a ser
substituída por outro diploma,
talvez uma CLC, a “Consolidação
das Leis do Colaborador”. Pois a-
gora, nesses tempos que correm,
muitas empresas decidiram que
seus trabalhadores não podem
mais ser chamados de “emprega-
dos”, mas sim de “colaborado-
res”. Algumas vão mais além e
tratam os seus subordinados co-
mo “parceiros”.
Nada é tão emblemático do an-
seio reacionário de derruição do
Direito do Trabalho quanto a ten-
tativa algo patética de emprega-
dores de quererem fazer acreditar
que a relação de emprego não é
uma relação de subordinação
(verticalizada), mas sim de cola-
boração (horizontalizada). Cola-
borar, na etimologia latina, signi-
fica trabalhar lado a lado. Nesta
novilíngua, patrões e empregados
estariam assim em uma “par-
ceria”, em comunhão total de in-
teresses, “laborando conjunta-
mente”. A filosofia subjacente, di-
vulgada inclusive em manuais fa-
jutos de recursos humanos, é de
que o patrão é também trabalha-
dor e o trabalhador é igualmente
um “sócio” informal da empresa.
Ora, as palavras têm sentido.
Muito da interpretação jurídica, a-
liás, não passa de mera disputa de
sentido semântico. O discurso
linguístico nunca é neutro e em-
bute, é claro, uma ideologia. A
utilização da expressão “colabo-
rador” não é aleatória ou aciden-
tal. Ela se contrapõe a “empre-
gado”, voz passiva do verbo em-
pregar, ou seja, aquele que é usa-
do, submetido em sua vontade
por outrem. A lógica do eufemis-
mo é claríssima: disfarçar ou sua-
vizar a condição de subordinação
e exploração (lícita) do trabalha-
dor.
Não é coincidência que a ter-
minologia surja neste momento
em que o legislador procura im-
pulsionar “formas alternativas” (e
eu diria eufemísticas…) de con-
trato de trabalho e em que a ju-
risprudência vem aceitando bovi-
namente a desnaturação e re-
classificação de relações fático-
jurídicas de claríssima subordi-
nação, como é o caso da absurda
decisão monocrática do ministro
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Ultimamente tenho pensado mui-
to sobre convívio social e a pos-
tura das pessoas. Afinal, antes de
entender de negócios, é preciso
entender um pouco de relaciona-
mento e de GENTE. Então tenho
colecionado em minhas anota-
ções alguns pontos de atenção
sobre diversas pessoas que ve-
nho observando, a importância do
equilíbrio para a sobrevivência
neste mercado e para se dar bem
na vida, não apenas nos negó-
cios.
Quanto à formação de uma
pessoa (e digo formação no sen-
tido literal da palavra), destaco
quatro pontos que acho funda-
mentais para que os demais se-
jam desenvolvidos ao longo da
vida:
1. A inteligência, sem húmil-
dade, te faz perverso.
2. A autoconfiança, sem mo-
déstia, te faz implacável.
3. A diplomacia, sem hones-
tidade, te faz hipócrita.
4. O êxito, sem noção, te faz
arrogante.
Infelizmente, quando muitas
pessoas chegam ao que para elas
seria o “topo” perdem sua essên-
cia, confundem seus princípios e
passam a ter seus valores ques-
tionados. Isso pode acontecer pe-
los seguintes motivos:
1. A riqueza, sem caridade, te
faz avarento.
2. A autoridade, sem respeito,
te faz tirano.
3. O trabalho, sem tempo, te
faz escravo.
4. A simplicidade, sem auto-
conhecimento, te deprecia.
5. A influência, sem simancol,
te deixa metido.
6. A certeza, sem a dúvida, te
faz um ignorante.
7. A empatia, sem compaixão,
te faz dissimulado.
No ambiente de trabalho é pre-
ciso tomar alguns cuidados para
não se tornar um profissional re-
conhecido e indesejável ao mes-
mo tempo, aos olhos dos outros.
1. A atitude, sem disciplina, te
faz um desorganizado.
2. A iniciativa, sem cautela, te
faz descuidado
3. A negociação, sem o res-
peito, te faz rude.
4. O networking, sem a troca,
te faz inútil.
5. A colaboração, sem empa-
tia, te faz solitário.
6. A atitude, sem o hábito, te
faz esquecer.
7. A liderança, sem firmeza, te
faz servil.
8. O empreendedorismo, sem
transformação, te faz o mesmo.
E, por último, e tão importante
quanto, eu destaco alguns pontos
que fazem você manter os pés nos
chão e ser um ser humano incrí-
vel, e não simplesmente um pro-
fissional de destaque no mercado.
No final, as pessoas vão lembrar
de você pelo que é e fez por elas,
e não pelos seus títulos e con-
quistas materiais.
1. A conquista, sem gratidão,
te faz egoísta.
2. A riqueza, sem generosida-
de, te faz ganancioso.
3. O conhecimento, sem com-
partilhamento, te faz um inútil.
4. A esperança, sem atitude, te
faz um perdedor.
5. A beleza, sem recato, te faz
ridículo.
Não sou dono da verdade, fiz
este texto com base apenas nas
minhas observações. Convivo
com muitas pessoas de diferentes
idades, cidades, perfis e que fi-
zeram escolhas distintas na vida.
Mesmo com todas as diferenças e
oportunidades, uma coisa é certa:
para ser reconhecido e respeitado
na sua área, o mínimo que você
precisa ser é uma pessoa correta
e coerente. Profissionais frios e
desumanos não alcançam o su-
cesso pleno pelo simples fato de
não conquistarem o respeito dos
outros verdadeiramente.
Norminha (Por: João Kepler / Portal
Administradores)
Cena do filme "Tempo Modernos", de Charles Chaplin. Imagem: wikimedia commons
Uma reflexão para quem quer negar o inafastável conflito de
classe no Direito do Trabalho
Luis Roberto Barroso na ADC 48.
Ou seja, o direito legislativo e
jurisprudencial, por via oblíqua,
quer estabelecer que o emprega-
do não é empregado. Mas as pa-
lavras, mesmo quando sequestra-
das, não mudam a natureza das
coisas. Como lembra Ferdinand
Lassalle no clássico “A Essência
da Constituição”, se colocarmos
uma placa sobre uma figueira di-
zendo que aquela árvore é uma
macieira, dela não brotarão ma-
çãs.
Por isso, não é necessário ser
sociólogo para perceber que o
vocábulo “colaborador”, criado
pelo patronato e não pelo colo-
quialismo da classe trabalhadora
(que no Brasil gerou o termo “pe-
ão”), tem evidente caráter alie-
nante, para que o trabalhador não
perceba a existência da divisão de
classes e de sua posição subal-
terna; para que não seja lembrado
semanticamente de que os seus
interesses chocam-se inevitável-
mente com o do empregador; pa-
ra que ele não reconheça a pe-
culiaridade de sua condição de
trabalhador sujeito a ordens e a
disciplina; para que, enfim, não
note a sua identidade “proletária”
e, em razão de seu status, não se
solidarize (via sindicalização)
com os seus iguais. Porque, afi-
nal, o sindicato só serve para a-
trapalhar a “parceria”, a aliança de
“co” “laboração” entre patrões e
empregados. Estou ciente, é cla-
ro, da crítica ao conceito de “pro-
letariado” como uma ficção so-
ciológica, mas o utilizo aqui para
designar a percepção muito con-
creta de que os trabalhadores têm
de pertencimento a uma mesma
categoria ou profissão.
É evidente que não estou aqui
defendendo que o empregado
deva agir como “inimigo” ou
“adversário” do empregador.
“Consciência de classe” não
significa “luta de classes”. O que
defendo aqui, pois, é o
liberalismo do interesse bem
compreendido de Tocqueville, e
não uma fórmula marxista de
tomada de poder pelo
proletariado.
Por isso, creio, realmente, que
os trabalhadores possam e devam
ver a empresa como uma entidade
que, de alguma forma limitada e
em certo sentido, também lhes
pertence, já que são parte fun-
damental da produção de sua ri-
queza. E, consequentemente, cla-
ro, devem trabalhar com dedica-
ção e seriedade para que os negó-
cios do patrão prosperem, pois is-
so lhes beneficiará (pelo menos
em tese), com a manutenção do
emprego e progressão salarial.
Institutos como a participação nos
lucros foram oportunamente cria-
dos dentro desse propósito.
Mas isso não deve obscurecer
o fato essencial de que haverá
sempre e inexoravelmente na rela-
ção de emprego uma tensão per-
manente, uma área de conflito de
interesses inafastável, um foco de
dissenso, que é inerente ao traba-
lho subordinado: no fim das con-
tas, o contrato de trabalho nada
mais é do que um contrato de
compra e venda do tempo de vida
do empregado. O trabalhador ven-
de e coloca à disposição do em-
pregador valiosas horas de sua fi-
nita permanência neste mundo.
Para ele, que conhece a precio-
sidade de cada minuto de sua vi-
da, a remuneração oferecida sem-
pre estará aquém do valor que a-
tribui à sua existência.
Por isso, o indivíduo, enquan-
to trabalhador, sempre quer maxi-
mizar o valor da sua vida, traba-
lhando o menor número de horas
possível ou vendendo esses peda-
ços do seu caminho no mundo
pelo valor mais alto que puder
(não é à toa que as principais ban-
deiras das lutas sindicais foram e
continuam sendo a redução da
jornada e o aumento de salários).
A veracidade desse pressuposto é
irretorquível, pois basta perguntar
a qualquer trabalhador se ele de-
sejaria trabalhar menos e ganhar
mais.
E, em contraposição, o empre-
gador, que legitimamente objetiva
maximizar seu lucro, sabe que
uma das formas básicas para au-
mentar sua rentabilidade é com-
prar mais tempo de vida do tra-
balhador pelo menor preço pos-
sível. E, assim, na mesma linha,
basta perguntar a qualquer em-
pregador se gostaria que seus
empregados trabalhassem mais
tempo por salários menores.
Há, pois, um antagonismo
atávico na relação de trabalho,
uma tensão dialética intrínseca,
um choque de interesses
inultrapassável na relação de
trabalho, ainda que, repito,
patrões e empregados também
possam ter interesses comuns,
como o sucesso da empresa.
O papel do Direito do Trabalho,
é claro, sempre foi o de “norma-
lizar” essa tensão dialética intrín-
seca, de legitimar e regular, den-
tro de certos limites, a compra,
pelo empregador, do tempo de vi-
da do empregado. Ao fazê-lo, o
Direito do Trabalho está conferin-
do legitimidade ao próprio siste-
ma capitalista de comércio de
mão de obra. Nossos liberais fre-
quentemente esquecem deste pa-
pel profundamente conservador