norminhas ministÉrio norminha, o curso será realizado em araçatuba (sp) ave-nida odorinho...

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Hoje vai rolar a festa! Hoje tem churrasco!! Que seu aniversário seja abençoado e comemorado com muita alegria, saúde e felicidade! Forte abraço! Parabéns pelo aniversário! No dia 27 de agosto, no auditório do Ministério da Ciên- cia, Tecnologia e Inovações e Co- municações houve o lançamento da 15ª Semana Nacional de Ciên- cia e Tecnologia - SNCT, que será realizada no período de 15 a 21 de outubro de 2018 no pavilhão de exposição do Parque da Cidade em Brasília. O tema para este ano será: “Ci- ência para redução das desigual- dades”. A Fundacentro do Distrito Federal foi convidada e se fez re- presentar pelos servidores Dioni- sio Leone Lamera, Swylmar dos Santos Ferreira, Mácia Medeiros dos Santos Teixeira e Luiz Augus- Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 482 – 30/08/2018 - Fim da Página 01/12 Norminha O mundo do trabalho Desde 18/Agosto/2009 Nesta edição: 12 páginas Os cursos serão apresenta- dos pelo especialista Dr. Jorge Gimenez Berruezo nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2018. Esse é o curso que está fazen- do a diferença nas informações sobre o eSocial. Faça sua inscrição agora! para estudo após a inscrição e an- tes do início do Curso, com direi- to a Plantão de dúvidas através do e-mail: [email protected] Inscrições e informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone/Whats 18 99765- 2705. Investimento: R$850,00 por pessoa. Até 10/09 R$680,00, de 11/09 a 05/10: R$765,00. Reserve sua vaga agora! Norminha http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/ Capacitar profissionais na área de SST será objetivo de curso que acontece no Mato Grosso do Sul Curso já está na segunda edição. Primeira foi realizada em setembro de 2016 Por ACS / Alexandra Rinaldi Capacitar e facilitar apren- dizagem aos profissionais da área de SST. Estes serão alguns dos o- bjetivos do curso “Didática e ora- tória para facilitadores de apren- dizagem em segurança, saúde e meio ambiente. Os docentes, Luiz Augusto Da- masceno Brasil e José Carlos Pe- sente, ambos da Fundacentro e autores de publicações voltadas para a área da educação, preten- dem oferecer durante o curso, ins- trumentos necessários para a uti- lização dos princípios de didática e oratória adequados à promoção do ensino-aprendizagem para a- dultos aprendizes. O curso acontece de 10 a 13 de setembro de 2018, das 8h às 12h e das 13h às 17h, com carga horá- ria de 32 horas, no auditório da Fundacentro no Mato Grosso do Sul, situado à rua Geraldo Vas- ques, 66 – Itanhangá Park, Cam- po Grande – MS. Informações pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (67) 3321-6910. Para participar, a coordenação do curso solicita como taxa de inscrição, 1 resma de papel A4. Norminha Sesi-ES vai premiar melhores práticas em saúde e segurança O curso de formação “Audi- tor Interno – ISO 9001:2015” será ministrado pelos especialistas da VN Consultores Vilmar Mendes Santana e Edemir Mendes Santa- na. Programado para os dias 29 e 30 de outubro de 2018, o curso será realizado em Araçatuba (SP) na Sala do MAC que fica na Ave- nida Odorinho Perenha, 979, das 8 às 17 horas. Pré-requisitos para Inscrição: • Escolaridade mínima de se- gundo grau completo. Nível supe- rior e pós-graduação são diferen- ciais relevantes; • Conhecimento prévio da ISO 9001:2015. Havendo neces- sidade será encaminhado material to Damasceno Brasil. O evento contou com a partici- pação de representantes de esco- las, institutos de educação, siste- ma “S”, faculdades e universida- des do DF, Secretaria de Estado de Educação-DF, Forças Arma- das, professores e gestores de en- tidades públicas e privadas. Na oportunidade foram apresentadas as diretrizes para a realização do evento, a planta baixa com a in- fraestrutura para os expositores e as normas estabelecidas pelo Mi- nistério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A meta é atingir a maioria dos muni- cípios. Norminha Vitória (ES) terá Workshop Biofeedback/N eurofeedback & Psicoterapias Associadas Será realizado em Vitória (ES) o Workshop “Biofeednack/Neuro- feedback & Psicoterapias Associ- adas” em 06/10/2018, das 14 às 18 horas no Jardim Camburi. Voltado para estudantes de psicologia, formando e Psicólo- go. Temas abordados: Conceitos básicos do biofeedback /Neurofe- edback; Como aliar o biofeedback na prática terapêutica; A impor- tância da avaliação neuro-psico- lógica; Apresentação de casos. A facilitadora será Dra. Eliana Sampaio CRP 16/3025 - Doutora em educação, mestre em Burnout. Terapeuta EMDR certificada. Es- pecialista em Biofeedback/Neuro- feedback. Neuropsicologia, neu- roapredizagem, Comportamental cognitiva. Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 10 - 30 de Agosto de 2018 - Nº 482 [email protected] - [email protected] - [email protected] (Gratuito no seu e-mail) Cursos em Dourados MS Últimas vagas para os cursos “eSocial e os requisitos da SST” e “PPRA com ênfase no PPP eSocial” Paraíba lança 1º programa da “Segurança do Trabalho na TV” O Técnico de Segurança do Trabalho, Nivaldo Batista, apresentador do “Segurança do Trabalho na TV”, com sua 1ª entrevistada, Procuradora do trabalho do MPT-PB, Dra Marcela Asfora. Programa estreia neste domingo, 02 de setembro, às 13 horas. Será também pela internet. Aumento de produtividade, diminuição das ausências de tra- balhadores e dos gastos com cu- idados médicos, além de conhe- cer melhor os riscos e áreas crí- ticas da empresa são apenas al- guns dos benefícios que os in- vestimentos em saúde e seguran- ça do trabalho podem trazer para as indústrias. Com o apareci- mento de novas doenças e fatores de risco que podem afetar o tra- balhador, é importante estimular soluções inovadoras e eficientes para mitigar o problema. É justamente por isso que o Sesi-ES promove o Prêmio Sesi de Boas Práticas em SST, uma competição para pequenas, mé- dias e grandes indústrias, além de prestadores de serviço, que reco- nhece e valoriza as inciativas de melhoria na prevenção de aciden- tes e promoção de saúde no tra- balho. O diretor de Saúde e Seguran- ça na Indústria do Sesi-ES, Júlio Zorzal, explica que o objetivo do Prêmio Sesi de Saúde e Seguran- ça no Trabalho é estimular e dis- seminar o desenvolvimento de projetos que promovam um ambi- ente de trabalho saudável e segu- ro. “Os investimentos em preven- ção de acidentes e redução dos riscos ambientais, além de todos Cursos com descontos Curso de Higiene Ocupacional Presidente Prudente/SP 19, 20 e 21 Setembro/2018 Até 03/09: R$900,00 a vista ou 2 X R$550 – após R$1.200 Araçatuba/SP 17, 18 e 19 Outubro/2018 Até 07/09: R$800 a vista ou 2X R$450,00 08/09 a 06/10: R$900,00 a vista ou 2 X RR550,00 APÓS: R$1.200 A VISTA Inscrições e mais informações http://www.norminha.net.br/Arquivo s/Arquivos/TodosEventos_2018.pdf Cursos eSocial/PPRA Vitória /ES 22, 23 e 24 de Outubro/2018 Até 21/Setembro: R$399,00 22/09 a 12/10: R$499,00 A partir de 13/10: R$650,00 Inscrições e mais informações http://www.norminha.net.br/Arquivo s/Arquivos/TodosEventos_2018.pdf Curso NR-12 Completo Vitória/ES 07, 8 e 09 de Novembro/2018 Até 31/08 – R$699 De 01 a 30/09 – R$799,00 De 01 a 31/10 – R$999,00 Inscrições e mais informações http://www.norminha.net.br/Arquivo s/Arquivos/TodosEventos_2018.pdf os benefícios sociais, melhoram os indicadores da empresa e re- duzem o absenteísmo”, declara. As três empresas com as me- lhores práticas em cada modali- dade serão conhecidas e premia- das durante a Semana Prevenir, com solenidade de abertura mar- cada para o dia 26 de novembro. O 1º lugar de cada modalidade re- ceberá troféu e placa de reconhe- cimento para a equipe autora do trabalho. O 2º e 3º lugar receberão placa de reconhecimento. Como participar As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] enviando a ficha de inscrição e uma descrição das práticas de SS T concorrentes, que deve ser pre- enchida de acordo com o modelo de trabalho. Os interessados de- vem baixar os documentos, pre- encher, assinar e enviar por e- mail. Também é possível enviar um vídeo explicando como fun- ciona a prática concorrente. Para saber mais, leia o regulamento. Descubra porque as indústrias devem investir em saúde e segu- rança no trabalho? Norminha Informações para inscrições: [email protected] Whats: 27 992245638 Ficha de Inscrição. Norminha NORMINHAS MINISTÉRIO TRABALHO MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA PORTAL NORMINHA FACEBOOK NORMINHA ARQUIVOS FUNDACENTRO INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO CBO NRs CA EPI GOOGLE OBSERVATÓRIO SST OBSERVATÓRIO VIÁRIO Revista Digital Semanal Tenha mais informações cli- cando neste link: http://www.norminha.net.br/Arqu ivos/Arquivos/TodosEventos_20 18.pdf ou peça informações pelo telefone/WhatsApp: 18 99765-2705. Nós ligaremos para você! N A TV aberta ganha seu 1º programa “Segurança do Traba- lho na TV” a partir desse próximo domingo, 02 de setembro de 2018, às 13 horas, tendo como a- presentador o Técnico de Segu- rança do Trabalho Nivaldo Batista. Na Paraíba o programa será a- presentado pelo Canal 39,1 e na TV a cabo NET, canal 23. E de qualquer lugar do Brasil os internautas poderão acompa- nhar a programação pelo canal do YouTube: https://www.youtube.com/user/tv camarajp Essa realidade faz parte do in- vestimento e empenho que Nival- do Barbosa vem aplicando em be- nefício da prevenção na Paraíba e em todo o Brasil. Sua luta é de proporcionar a todos as melhores informações sobre ações preven- cionistas. Norminha Araçatuba terá curso para formação de Auditor Interno ISO Lançamento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia Evento acontece em outubro de 2018 em Brasília/DF

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Page 1: NORMINHAS MINISTÉRIO Norminha, o curso será realizado em Araçatuba (SP) Ave-nida Odorinho Perenha, 979, das 8 às 17 horas. Pré-requisitos para Inscrição: • Escolaridade mínima

Hoje vai rolar a festa! Hoje tem churrasco!! Que seu aniversário seja abençoado e comemorado com muita alegria, saúde e felicidade! Forte abraço! Parabéns pelo aniversário!

No dia 27 de agosto, no

auditório do Ministério da Ciên-

cia, Tecnologia e Inovações e Co-

municações houve o lançamento

da 15ª Semana Nacional de Ciên-

cia e Tecnologia - SNCT, que será

realizada no período de 15 a 21 de

outubro de 2018 no pavilhão de

exposição do Parque da Cidade

em Brasília.

O tema para este ano será: “Ci-

ência para redução das desigual-

dades”. A Fundacentro do Distrito

Federal foi convidada e se fez re-

presentar pelos servidores Dioni-

sio Leone Lamera, Swylmar dos

Santos Ferreira, Mácia Medeiros

dos Santos Teixeira e Luiz Augus-

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 482 – 30/08/2018 - Fim da Página 01/12

Norminha O mundo do trabalho Desde 18/Agosto/2009

Nesta edição: 12 páginas

Os cursos serão apresenta-

dos pelo especialista Dr. Jorge

Gimenez Berruezo nos dias 13, 14

e 15 de setembro de 2018.

Esse é o curso que está fazen-

do a diferença nas informações

sobre o eSocial.

Faça sua inscrição agora!

para estudo após a inscrição e an-

tes do início do Curso, com direi-

to a Plantão de dúvidas através do

e-mail:

[email protected]

Inscrições e informações pelo

e-mail [email protected]

ou pelo telefone/Whats 18 99765-

2705.

Investimento: R$850,00 por

pessoa. Até 10/09 R$680,00, de

11/09 a 05/10: R$765,00.

Reserve sua vaga agora!

Norminha

http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/

Capacitar profissionais

na área de SST será objetivo de curso que acontece no

Mato Grosso do Sul

Curso já está na segunda edição.

Primeira foi realizada em

setembro de 2016

Por ACS / Alexandra Rinaldi

Capacitar e facilitar apren-

dizagem aos profissionais da área

de SST. Estes serão alguns dos o-

bjetivos do curso “Didática e ora-

tória para facilitadores de apren-

dizagem em segurança, saúde e

meio ambiente.

Os docentes, Luiz Augusto Da-

masceno Brasil e José Carlos Pe-

sente, ambos da Fundacentro e

autores de publicações voltadas

para a área da educação, preten-

dem oferecer durante o curso, ins-

trumentos necessários para a uti-

lização dos princípios de didática

e oratória adequados à promoção

do ensino-aprendizagem para a-

dultos aprendizes.

O curso acontece de 10 a 13 de

setembro de 2018, das 8h às 12h

e das 13h às 17h, com carga horá-

ria de 32 horas, no auditório da

Fundacentro no Mato Grosso do

Sul, situado à rua Geraldo Vas-

ques, 66 – Itanhangá Park, Cam-

po Grande – MS.

Informações pelo e-mail:

[email protected] ou

pelo telefone (67) 3321-6910.

Para participar, a coordenação

do curso solicita como taxa de

inscrição, 1 resma de papel A4.

Norminha

Sesi-ES vai premiar melhores

práticas em saúde e segurança

O curso de formação “Audi-

tor Interno – ISO 9001:2015” será

ministrado pelos especialistas da

VN Consultores Vilmar Mendes

Santana e Edemir Mendes Santa-

na.

Programado para os dias 29 e

30 de outubro de 2018, o curso

será realizado em Araçatuba (SP)

na Sala do MAC que fica na Ave-

nida Odorinho Perenha, 979, das

8 às 17 horas.

Pré-requisitos para Inscrição:

• Escolaridade mínima de se-

gundo grau completo. Nível supe-

rior e pós-graduação são diferen-

ciais relevantes;

• Conhecimento prévio da

ISO 9001:2015. Havendo neces-

sidade será encaminhado material

to Damasceno Brasil.

O evento contou com a partici-

pação de representantes de esco-

las, institutos de educação, siste-

ma “S”, faculdades e universida-

des do DF, Secretaria de Estado

de Educação-DF, Forças Arma-

das, professores e gestores de en-

tidades públicas e privadas. Na

oportunidade foram apresentadas

as diretrizes para a realização do

evento, a planta baixa com a in-

fraestrutura para os expositores e

as normas estabelecidas pelo Mi-

nistério da Ciência, Tecnologia,

Inovações e Comunicações. A

meta é atingir a maioria dos muni-

cípios. Norminha

Vitória (ES) terá

Workshop

Biofeedback/N

eurofeedback &

Psicoterapias

Associadas

Será realizado em Vitória (ES)

o Workshop “Biofeednack/Neuro-

feedback & Psicoterapias Associ-

adas” em 06/10/2018, das 14 às

18 horas no Jardim Camburi.

Voltado para estudantes de

psicologia, formando e Psicólo-

go.

Temas abordados: Conceitos

básicos do biofeedback /Neurofe-

edback; Como aliar o biofeedback

na prática terapêutica; A impor-

tância da avaliação neuro-psico-

lógica; Apresentação de casos.

A facilitadora será Dra. Eliana

Sampaio CRP 16/3025 - Doutora

em educação, mestre em Burnout.

Terapeuta EMDR certificada. Es-

pecialista em Biofeedback/Neuro-

feedback. Neuropsicologia, neu-

roapredizagem, Comportamental

cognitiva.

Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 10 - 30 de Agosto de 2018 - Nº 482

[email protected] - [email protected] - [email protected] (Gratuito no seu e-mail)

Cursos em Dourados MS Últimas vagas para os cursos “eSocial e os requisitos da SST” e

“PPRA com ênfase no PPP eSocial”

Paraíba lança 1º programa da “Segurança do Trabalho na TV”

O Técnico de Segurança do Trabalho, Nivaldo Batista, apresentador do

“Segurança do Trabalho na TV”, com sua 1ª entrevistada, Procuradora

do trabalho do MPT-PB, Dra Marcela Asfora. Programa estreia neste

domingo, 02 de setembro, às 13 horas. Será também pela internet.

Aumento de produtividade,

diminuição das ausências de tra-

balhadores e dos gastos com cu-

idados médicos, além de conhe-

cer melhor os riscos e áreas crí-

ticas da empresa são apenas al-

guns dos benefícios que os in-

vestimentos em saúde e seguran-

ça do trabalho podem trazer para

as indústrias. Com o apareci-

mento de novas doenças e fatores

de risco que podem afetar o tra-

balhador, é importante estimular

soluções inovadoras e eficientes

para mitigar o problema.

É justamente por isso que o

Sesi-ES promove o Prêmio Sesi

de Boas Práticas em SST, uma

competição para pequenas, mé-

dias e grandes indústrias, além de

prestadores de serviço, que reco-

nhece e valoriza as inciativas de

melhoria na prevenção de aciden-

tes e promoção de saúde no tra-

balho.

O diretor de Saúde e Seguran-

ça na Indústria do Sesi-ES, Júlio

Zorzal, explica que o objetivo do

Prêmio Sesi de Saúde e Seguran-

ça no Trabalho é estimular e dis-

seminar o desenvolvimento de

projetos que promovam um ambi-

ente de trabalho saudável e segu-

ro. “Os investimentos em preven- ção de acidentes e redução dos

riscos ambientais, além de todos

Cursos com descontos

Curso de Higiene Ocupacional

Presidente Prudente/SP

19, 20 e 21 Setembro/2018

Até 03/09: R$900,00 a vista

ou 2 X R$550 – após R$1.200

Araçatuba/SP

17, 18 e 19 Outubro/2018

Até 07/09: R$800 a vista ou

2X R$450,00

08/09 a 06/10: R$900,00 a

vista ou 2 X RR550,00

APÓS: R$1.200 A VISTA

Inscrições e mais informações

http://www.norminha.net.br/Arquivo

s/Arquivos/TodosEventos_2018.pdf

Cursos eSocial/PPRA

Vitória /ES

22, 23 e 24 de Outubro/2018

Até 21/Setembro: R$399,00

22/09 a 12/10: R$499,00

A partir de 13/10: R$650,00

Inscrições e mais informações

http://www.norminha.net.br/Arquivo

s/Arquivos/TodosEventos_2018.pdf

Curso NR-12 Completo

Vitória/ES

07, 8 e 09 de Novembro/2018

Até 31/08 – R$699

De 01 a 30/09 – R$799,00

De 01 a 31/10 – R$999,00

Inscrições e mais informações

http://www.norminha.net.br/Arquivo

s/Arquivos/TodosEventos_2018.pdf

os benefícios sociais, melhoram

os indicadores da empresa e re-

duzem o absenteísmo”, declara.

As três empresas com as me-

lhores práticas em cada modali-

dade serão conhecidas e premia-

das durante a Semana Prevenir,

com solenidade de abertura mar-

cada para o dia 26 de novembro.

O 1º lugar de cada modalidade re-

ceberá troféu e placa de reconhe-

cimento para a equipe autora do

trabalho. O 2º e 3º lugar receberão

placa de reconhecimento.

Como participar

As inscrições podem ser feitas

pelo e-mail [email protected]

enviando a ficha de inscrição e

uma descrição das práticas de SS

T concorrentes, que deve ser pre-

enchida de acordo com o modelo

de trabalho. Os interessados de-

vem baixar os documentos, pre-

encher, assinar e enviar por e-

mail. Também é possível enviar

um vídeo explicando como fun-

ciona a prática concorrente. Para

saber mais, leia o regulamento.

Descubra porque as indústrias

devem investir em saúde e segu-

rança no trabalho? Norminha

Informações para inscrições:

[email protected]

Whats: 27 992245638

Ficha de Inscrição.

Norminha

NORMINHAS MINISTÉRIO

TRABALHO MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA

PORTAL NORMINHA

FACEBOOK NORMINHA

ARQUIVOS FUNDACENTRO

INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO

CBO NRs

CA EPI GOOGLE OBSERVATÓRIO SST

OBSERVATÓRIO VIÁRIO

Revista Digital Semanal

Tenha mais informações cli-

cando neste link:

http://www.norminha.net.br/Arqu

ivos/Arquivos/TodosEventos_20

18.pdf ou peça informações pelo

telefone/WhatsApp:

18 99765-2705.

Nós ligaremos para você! N

A TV aberta ganha seu 1º

programa “Segurança do Traba-

lho na TV” a partir desse próximo

domingo, 02 de setembro de

2018, às 13 horas, tendo como a-

presentador o Técnico de Segu-

rança do Trabalho Nivaldo Batista.

Na Paraíba o programa será a-

presentado pelo Canal 39,1 e na

TV a cabo NET, canal 23.

E de qualquer lugar do Brasil

os internautas poderão acompa-

nhar a programação pelo canal do

YouTube:

https://www.youtube.com/user/tv

camarajp

Essa realidade faz parte do in-

vestimento e empenho que Nival-

do Barbosa vem aplicando em be-

nefício da prevenção na Paraíba e

em todo o Brasil. Sua luta é de

proporcionar a todos as melhores

informações sobre ações preven-

cionistas. Norminha

Araçatuba terá curso para formação de Auditor Interno ISO

Lançamento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Evento acontece em outubro de 2018 em Brasília/DF

Page 2: NORMINHAS MINISTÉRIO Norminha, o curso será realizado em Araçatuba (SP) Ave-nida Odorinho Perenha, 979, das 8 às 17 horas. Pré-requisitos para Inscrição: • Escolaridade mínima

Página 02/12 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 482 - 30/08/2018

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 482 - 30/08/2018 - Fim da Página 02/12

Quebrar Paradigmas em ações de Primeiros Socorros

Fundacentro presta esclarecimentos

sobre o curso “Segurança e Saúde

no Trabalho no e-Social”

O início do curso à distância foi

adiado e apenas os 250 primeiros

inscritos participarão

Por Assessoria de Comunicação

Social da Fundacentro

A Fundacentro agradece o

interesse de todos que tentaram

se inscrever no curso “Segurança

e Saúde no Trabalho no e-Social”.

Infelizmente não pudemos aten-

der a todos os interessados, isto

porque ocorreu uma falha no sis-

tema, devido ao grande número

de acessos simultâneos às inscri- ções, que fez com que mais de

2000 pessoas se inscrevessem no

curso. Porém, apenas as pri-

meiras 250 pessoas inscritas te-

rão a inscrição efetivada e pode-

rão fazer o curso.

Os participantes serão avisa-

dos por e-mail, no qual terão in-

formações sobre data do início do

curso e demais orientações. De- vido a toda demanda de trabalho

gerada, o início do curso teve que

ser adiado.

Como instituição pública, res-

saltamos o nosso compromisso

em contribuir com a socialização

do conhecimento em saúde e se-

gurança do trabalhador e da tra-

balhadora. Estamos trabalhando

para que erros como esse não o-

corram mais.

Pedimos que acompanhem

nossa agenda de cursos e even-

tos, pelo portal e no nosso Face-

book. Continuamos trabalhando

para oferecer novas atividades e

contribuir para a transformação

do mundo do trabalho.

Norminha

Alterações ao Cadastro Técnico

Federal entram em vigor dia

29/06/2018

APP: o conjunto de regras para

enquadramento de pessoas físi-

cas e jurídicas no CTF/APP, esta-

belecido em norma específica;

XIX- Ficha Técnica de Enqua-

dramento- FTE: o formulário ele-

trônico que contém as descrições

para enquadramento de atividades

potencialmente poluidoras e utili-

zadoras de recursos ambientais;”

A IN IBAMA nº 12/2018, como an-

teriormente dito, veio a regula-

mentar o enquadramento no CTF-

APP. Tal norma possui, além de

instruções para referido enqua-

dramento:

• um detalhamento do conteú-

do das FTE,

• hipóteses de sujeição ou

dispensa enquadramento,

• informações sobre necessi-

dade de entrega do RAPP,

• regularização de omissões

em declarações no CTF e etc.

Fichas Técnicas de Enquadra-

mento

Chamamos a atenção para o

art. 41-A da IN 12/2018 que dis-

põe que, independentemente de

requerimento de parte interessa-

da, as Fichas Técnicas de Enqua-

dramento do RE-CTF/APP são

instrumento hábil à comprovação

de obrigatoriedade ou de não o-

brigatoriedade de inscrição no

CTF/APP, conforme respectivo

formulário eletrônico no site do

Ibama.

Ponto positivo

Ressaltamos ponto positivo

das IN´s em comento, que os tra-

mites e tratativas que não figura-

vam em instrumentos normativos

vieram a constar nos textos publi-

cados. Informação que, anterior-

mente, gerava dúvidas em diver-

sas situações quanto à inscrição

no CTF-APP. Destacam-se:

• (i) a ênfase na necessidade

de declarar, no CTF/APP, tantas

atividades quantos forem os re-

sultados positivos de enquadra-

mento;

• (ii) maior detalhamento das

situações que geram a obrigação

da inscrição no CTF-APP, assim

como daquelas que eximem o ca-

dastramento;

• (iii) informações quanto a

abrangência das descrições das

atividades potencialmente poluí-

doras nas Fichas Técnicas de En-

quadramento – FTE.

Para mais informações sugeri-

mos a leitura completa da Instru-

ção Normativa IBAMA nº 06, de

15 de março de 2013 e da Ins-

trução Normativa IBAMA nº 12, de

13 de abril de 2018, ou entre em

contato conosco. Cons. Juridico

Caracterização da Urgência

É todo e qualquer problema de

lesão surgido repentinamente que

exija atenção imediata, podendo

ultrapassar dez minutos até o a-

tendimento médico, como: luxa-

ção, hematoma, fratura, etc. É a

ocorrência imprevista de agravo à

saúde com ou sem risco potencial

à vida, cujo portador necessita de

assistência médica no menor

tempo possível.

Caracterização da Emergência

É todo e qualquer problema de

lesão surgido repentinamente que

exija atenção imediata, no máxi-

mo de cinco minutos até o trata-

mento médico, como: parada car-

diorrespiratória, asfixia, hemorra-

gia, etc. Podemos considerar que

a constatação de condições de a-

gravo à saúde, que impliquem ris-

co iminente de morte ou sofri-

mento intenso, exigindo, portan-

to, tratamento imediato.

Vítima sob responsabilidade da

equipe médica.

Problema Clínico: é todo e

qualquer problema de saúde pre-

viamente instalada e atestada pelo

médico, como: diabetes, alteração

da pressão arterial, conjuntivite,

dores musculares, dores de den-

te, etc. Situação em que a chefia e

todos os colegas de trabalho da

mesma divisão deverão ter co-

nhecimento da causa para devi-

dos encaminhamentos necessá-

rios.

Deve ficar esclarecido, sem

que permaneça dúvidas, que as

situações necessárias de Primei- ros Socorros são resultantes le-

sões de acidentes de trabalho, no

Por Jorge Gomes*

Equipes preparadas para atendi-

mentos de real necessidade de

emergências médicas.

A abordagem do tema, em-

basada em fundamentos racionais

e não emocionais, resgata a serie-

dade exigida. As organizações

privadas e públicas deverão , a-

través de seus competentes ges-

tores resgatar o gerenciamento

administrativo em relação aos

seus colaboradores desde o início

da admissão, fortalecendo a rein-

tegração com os serviços de Re-

cursos Humanos, quando , prin-

cipalmente os médicos do traba-

lho, coordenadores do Programa

de Controle Médico de Saúde O-

cupacional - PCMSO, assumem a

sua verdadeira responsabilidade

profissional diante do documento

emitido, assinado e entregue ao

gestor da organização como um

planejamento preventivo na área

da saúde. Ou seja, um trabalhador

cardiopata, não deverá se manter

trabalhando sem a devida infor-

mação do risco aos colegas de

trabalho para auxílio em qualquer

momento em que se exija mano-

bras necessárias para salvar sua

vida. O que poderá ser feito com

pessoas treinadas efetivamente

em primeiros socorros e meios

logísticos estratégicos para o lo-

cal mais próximo, com simulação

desta possível ocorrência, sem

dependência do Estado.

local de trabalho, durante as ativi-

dades técnicas operacionais do

trabalhador. Logo, as ações para

controle deverão ser previamente

planejadas pelos seus gestores,

sem a dependência de qualquer

meio externo ao ambiente organi-

zacional, seja privado ou público.

Para tanto, será necessário treina-

mentos teóricos e práticos, com

permanente simulados, envolven-

do a logística para encaminha-

mento da vítima no menor tempo

possível e da forma mais adequa-

da de remoção até o atendimento

médico hospitalar previamente

determinado em Plano de Emer-

gência de conhecimento de todos

os escalões interno da organiza-

ção.

A utilização do aparelho desfi-

brilador externo automático, co-

nhecido popularmente como DEA

irá depender de treinamento pré-

vio de trabalhadores voluntários

para sua aplicação em casos de

parada cardiorrespiratória da víti-

ma necessitada de ações de pri-

meiros socorros para salvamento

desta vida, como já ocorreu em

muitos lugares. Assim como uma

prancha rígida para remoção ime-

diata, uma gaze para proteção do

ferimento, um algodão para tam-

ponamento, um pressionamento

para reduzir a hemorragia, uma

forma de transporte para o local

de atendimento médico mais rápi-

do logisticamente. Porteiros, vigi-

lantes, Bombeiros Profissionais

Civis, membros da Comissão In-

terna de Prevenção de Acidentes,

membros da Brigada de Incêndio,

eletricistas possuem obrigatoria-

mente cursos de Primeiros So-

corros, logo, bastará valorizar es-

te momento.

Corpo de Bombeiros da Policia

Militar do Estado e Serviço de

Atendimento Médico de

Urgência -SAMU são

instituições para atendimento à

sociedade carente e necessitada.

As organizações privadas e

públicas deste país, por questão

de ingerência administrativa dos

seus gestores, estão, há algum

tempo, por comodidade, repas-

sando as suas responsabilidades

de atendimentos nas ações de

primeiros socorros dos seus co-

laboradores ao Estado. Embora,

tenham no corpo colaborativo

pessoas treinadas e certificada

para atendimentos de primeiros

socorros, como os membros da

Comissão Interna de Prevenção

de Acidentes -CIPA; Porteiros;

Vigilantes; Bombeiros Profissio-

nais Civis; membros do Serviço

Especializado em Engenharia de

Segurança e Medicina do Traba-

lho; Brigada de Incêndio. Resulta-

do desta omissão: cidadãos co-

muns sem o auxílio por não ter o

atendimento por falta da ambu-

lância ou demora, por estar sendo

utilizada em uma organização pri-

vada.

*Jorge Gomes,

Especialista em Engenharia de

Segurança e Medicina do Trabalho,

Bombeiro Profissional Civil, Auxiliar em

Enfermagem do Trabalho, Graduado em

Administração de Empresas, Pós-

graduado (lato senso) em Psicologia

Organizacional, Pós-graduado (stricto

senso) em Psicologia do Trabalho e

Organização; autor do artigo: “Estágio

voluntário para Bombeiro Profissional

Civil” revista “Incêndio” do Grupo CIPA,

2006 e “Quebrar Paradigmas”, na

revista “Emergência” do Grupo

Proteção, 2014; Diretor SINTESP-

Sindicato dos Técnicos de Segurança

do Trabalho.

[email protected]

Tel.: (11)999196782

Foram publicadas em 17

de abril de 2018, Instruções Nor-

mativas (IN) do IBAMA que trou-

xeram algumas alterações à regu-

lamentação do Cadastro Técnico

Federal de atividades Potencial-

mente Poluidoras.

Tratam-se das:

• IN IBAMA nº11, de 13.04.

2018, que alterou a IN IBAMA nº

06, de 15.03.2013 e da

• IN IBAMA nº 12, de 13.04.

2018, que instituiu o Regulamen-

to de Enquadramento de pessoas

físicas e jurídicas no Cadastro

Técnico Federal de Atividades Po-

tencialmente Poluidoras e Utiliza-

doras de Recursos Ambientais

(CTF-APP).

A principal novidade trazida

pelas normas foi o estabeleci-

mento de um sistema de classifi-

cação normativo e técnico para

identificação das atividades po-

tencialmente poluidoras que dão

ensejo à inscrição no CTF- APP.

Para tal enquadramento o órgão

ambiental criou Fichas Técnicas

de Enquadramento – FTE, publi-

cadas como anexos da IN IBAMA

n° 12/2018.

A IN IBAMA nº 06/2013, com a

redação dada pela IN IBAMA nº

11/2018, instituiu que os enqua-

dramentos quanto às atividades

potencialmente poluidoras (APP)

devem ser feitos pelas pessoas,

físicas e jurídicas, com a utilizarão

das categorias e descrições do A-

nexo I, observando-se o RE-CTF/

APP.

Passam a constar na IN IBAMA

nº 06/2013, alguns conceitos bá-

sicos sobre o tema:

“Art. 1º A Instrução Normativa

nº 6, de 15 de março de 2013,

passa a vigorar com a seguinte re-

dação:

V – enquadramento de ativida-

de: identificação de correspon-

dência entre a atividade exercida

pela pessoa física ou jurídica e as

respectivas categorias e descri-

ções de atividades sujeitas à ins-

crição no CTF/APP, nos termos

do Anexo I e do Regulamento de

Enquadramento de pessoas físi-

cas e jurídicas no CTF/APP – RE-

CTF/APP;

XVIII – Regulamento de En-

quadramento de pessoas físicas e

jurídicas no CTF/APP – RE-CTF/

Page 3: NORMINHAS MINISTÉRIO Norminha, o curso será realizado em Araçatuba (SP) Ave-nida Odorinho Perenha, 979, das 8 às 17 horas. Pré-requisitos para Inscrição: • Escolaridade mínima

Página 03/12 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 482 – 30/08/2018

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 482 - 30/08/2018 - Fim da Página 03/12

eSocial e o aumento do valor das multas previdenciárias

7 dicas de gestão de passivos trabalhistas essenciais

para sua empresa

mérito versem sobre a jornada de

trabalho de seus colaboradores.

DICA 4: AUDITORIAS INTER-

NAS PERIÓDICAS

Empresas de todos os tama-

nhos e ramos de atividade podem

se beneficiar de uma auditoria

preventiva especializada.

Para tanto, recomenda-se que

uma equipe interna com profis-

sionais de todos os setores estra-

tégicos da empresa, em conjunto

com uma consultoria especializa-

da, realize auditorias internas pe-

riodicamente com objetivo de se

analisar todos os contratos exis-

tentes (seja de estagiários, apren-

dizes, celetistas, trabalhadores

temporários e terceirizados, pres-

tadores de serviços, etc.).

Também é importante verificar

se o arquivamento de documentos

e recibos está sendo realizado de

modo correto, averiguar o sistema

de controle de ponto, melhorar o

processamento da folha de paga-

mento e, por fim, apurar se a le-

gislação trabalhista, de forma ge-

ral, está sendo cumprida, sem

brechas para futuras ações traba-

lhistas.

Ademais, a equipe responsável

pela auditoria deve fazer um le-

vantamento das últimas reclama-

ções trabalhistas, para análise do

mérito e de suas causas de pedir,

para que, assim, a empresa possa

evitar futuros ajuizamentos de a-

ções pelas mesmas razões que

ensejaram as reclamações ante-

riores.

DICA 5: PROFISSIONAIS DE

RH COMPETENTES

É imprescindível que o setor de

RH de sua empresa seja consti-

tuído por profissionais competen-

tes e capacitados, assim como to-

das as outras áreas estratégicas

do negócio, para que assim toda a

legislação trabalhista seja respei-

tada e observada sem deslizes,

bem como para que todas as a-

ções e normas internas de pre-

venção sejam executadas em sua

integralidade.

DICA 6: ATENÇÃO NA ELABO-

RAÇÃO DOS CONTRATOS DE

TRABALHO

A qualidade técnica do contra-

to de trabalho é de suma impor-

tância para a empresa, já que é

neste momento em que as partes

convencionam e estipulam todas

as condições de como o trabalho

será executado e de como a rela-

ção de trabalho será regulada.

DICA 7: ADVOCACIA PRE-

VENTIVA ESPECIALIZADA

Sem querer chover no molha-

do, mas todos sabem que prevenir

é melhor que remediar.

Bruno Cardoso

Advogado -

[email protected]

Norminha

NOTA: Artigo retirado e modificado do

original site: SindusCon-SP, D.O.U.:

11.01.2016 e site normaslegais.

Junto com o reajuste do

valor dos benefícios previdenciá-

rios e da tabela de contribuição

dos segurados à Previdência, os

Ministérios do Trabalho e Previ-

dência Social e da Fazenda majo-

raram as multas por descumpri-

mento de obrigações previdenciá-

rias pelas empresas, por meio da

Portaria Interministerial nº 01, de

8/1/2015 (DOU de 11/1/2015).

Alerto que no e-Social todas

as marcações são por meio de da-

tas e códigos e isso trará meca-

nismos para identificar erros nas

entregas dos eventos proporcio-

nando uma fiscalização mais "fa-

cilitada".

A multa para a falta de envio de

Guia da Previdência Social ao

sindicato da categoria varia de R$

281,94 a R$ 28.195,50 para cada

competência em que tenha havido

a irregularidade. O mesmo valor

será aplicado em caso de des-

cumprimento da obrigação de afi-

xar tal guia no quadro de horário

da Empresa.

A multa por deixar de preparar

folha de pagamento das remune-

rações pagas, devidas ou credita-

das a todos os segurados, de a-

cordo com o Regulamento da Pre-

vidência Social e com os demais

padrões e normas estabelecidos

pelo INSS, agora varia de R$ 2.

143,04 a R$ 214.301,53, confor-

me a gravidade da infração.

Também será de R$ 21.430,11

a multa para a empresa que deixar

de manter laudo técnico (LTCAT)

atualizado com referência aos a-

gentes nocivos existentes no am-

biente de trabalho de seus traba-

lhadores ou emitir documento de

comprovação de efetiva exposi-

ção a esses agentes em desa-

cordo com o laudo.

A empresa que deixar de lan-

çar mensalmente, em títulos pró-

prios de sua contabilidade, de for-

ma discriminada, os fatos gerado-

res de todas as contribuições, o

montante das quantias desconta-

das, as contribuições da empresa

e os totais recolhidos estará su-

jeita a multa de R$ 21.430,11.

Multa no mesmo valor será a-

plicada à empresa que deixar de

apresentar ao INSS e à Receita Fe-

deral os documentos que conte-

nham as informações cadastrais,

financeiras e contábeis de interes-

se dos mesmos, na forma por eles

estabelecida, ou os esclarecimen-

tos necessários à fiscalização.

Penas de prisão

A Portaria 01/2015 também faz

menção ao artigo 337-A do Códi-

go Penal, que aplica a penas de

reclusão, de 2 a 5 anos, e multa

para aquele que suprimir ou redu-

zir contribuição social previden-

ciária e qualquer acessório, medi-

ante as seguintes condutas:

Omitir de folha de pagamento

da empresa ou de documento de

informações previsto pela legisla-

ção previdenciária os segurados

empregado, empresário, trabalha-

dor avulso ou trabalhador autôno-

mo ou a este equiparado que lhe

prestem serviços;

Deixar de lançar mensalmente

nos títulos próprios da contabili-

dade da empresa as quantias des-

contadas dos segurados ou as de-

vidas pelo empregador ou pelo

tomador de serviços;

Omitir, total ou parcialmente,

receitas ou lucros auferidos, re-

munerações pagas ou creditadas

e demais fatos geradores de con-

tribuições sociais previdenciá-

rias.

Abaixo, fiz um recorte da por-

taria interministerial com as mar-

cações dos itens citados.

III - o valor da multa pelo des-

cumprimento das obrigações, in-

dicadas no:

a) caput do art. 287 do Regu-

lamento da Previdência Social (R

PS), varia de R$ 281,94 (duzentos

e oitenta e um reais e noventa e

quatro centavos) a R$ 28.195,50

(vinte e oito mil cento e noventa e

cinco reais e cinquenta centavos);

b) inciso I do parágrafo único

do art. 287 do RPS, é de R$ 62.

656,64 (sessenta e dois mil seis-

centos e cinquenta e seis reais e

sessenta e quatro centavos); e

c) inciso II do parágrafo único

do art. 287 do RPS, é de R$ 313.

283,20 (trezentos e treze mil du-

zentos e oitenta e três reais e vinte

centavos);

IV - o valor da multa pela in-

fração a qualquer dispositivo do

RPS, para a qual não haja pena-

lidade expressamente cominada

no art. 283 do RPS, varia, confor-

me a gravidade da infração, de R$

2.143,04 (dois mil cento e qua-

renta e três reais e quatro centa-

vos) a R$ 214.301,53 (duzentos e

catorze mil trezentos e um reais e

cinquenta e três centavos);

V - o valor da multa indicada

no inciso II do art. 283 do RPS é

de R$ 21.430,11 (vinte e um mil

quatrocentos e trinta reais e onze

centavos);

VI - é exigida Certidão Negati-

va de Débito (CND) da empresa

na alienação ou oneração, a qual-

quer título, de bem móvel incor-

porado ao seu ativo permanente

de valor superior a R$ 53.574,85

(cinquenta e três mil quinhentos e

setenta e quatro reais e oitenta e

cinco centavos); e

(Continua na página 04/12 abaixo)

Em um cenário econômico

de dificuldades para os empresá-

rios brasileiros de maneira geral,

a má gestão de passivos traba-

lhistas pode gerar impactos de-

sastrosos no planejamento estra-

tégico das empresas, além de

criar riscos significativos para os

seus negócios.

Sendo assim, empresários que

não adotam práticas de gestão

para minimizar seus passivos tra-

balhistas, podem comprometer

boa parte de seus recursos finan-

ceiros com ações trabalhistas

que, na sua maior parte, podem

ser facilmente evitadas, desde que

com um adequado manejo do e-

cossistema trabalhista das em-

presas.

Mesmo após a Reforma Traba-

lhista, a legislação trabalhista ain-

da é excessivamente rigorosa

quanto se trata de direitos e de-

veres dos empregados e empre-

gadores.

Deste modo, é imprescindível

que seja realizado um bom geren-

ciamento do passivo trabalhista,

capaz de propiciar inegáveis van-

tagens competitivas, com redução

de custos e melhoria no ambiente

de trabalho, as quais terão refle-

xos no aumento de produtividade

e na qualidade da gestão da em-

presa, influenciando, sobrema-

neira, no desempenho de seu fa-

turamento e lucratividade.

Você quer saber como cuidar

da gestão dos passivos trabalhis-

tas de sua empresa de forma a

manter a saúde financeira de sua

empresa? Interessado no assunto

e não sabe por onde começar?

É por isso que no conteúdo de

hoje apresentaremos 7 dicas es-

senciais que todo empresário que

se importa com seu negócio deve

ter em mente e pôr em prática.

Continue lendo esse artigo e con-

fira!

MAS O QUE É PASSIVO TRA-

BALHISTA?

Inicialmente, antes de nos a-

dentrarmos nas dicas de gestão

de passivo trabalhista que você

deve implantar em sua empresa,

precisamos definir seu conceito.

Com efeito, passivos traba-

lhistas são todos os débitos de

uma empresa, seja pessoa física

ou jurídica, em decorrência do

descumprimento de suas obriga-

ções trabalhistas ou recolhimen-

tos de encargos sociais1.

Cumpre destacar que o passi-

vo trabalhista não é uma cobran-

ça que será realizada de forma

imediata, mas que só será exigida

contra o empregador em situa-

ções específicas, tais como em

reclamações trabalhistas, fiscali-

zações do MTE ou do INSS ou, até

mesmo, por meio da atuação do

Ministério Público Federal do

Trabalho.

Caso uma das hipóteses aci-

ma venha ocorrer, deverá ser a-

purado o valor total do débito,

incluindo-se as atualizações e cor

reções previstas na legislação de

regência.

Dessa forma, quando há a a-

plicação de multas por parte dos

órgãos de fiscalização e/ou então

a prolação de uma sentença con-

denatória transitada em julgado

na Justiça do Trabalho, o passivo

trabalhista se torna real.

Todavia, o principal problema

é que, nesses casos, opassivo

trabalhista gerado durante meses

ou até mesmo anos é cobrado de

uma só vez da empresa, resul-

tando, muitas vezes, na inviabili-

dade financeira do negócio. Por-

tanto, esteja atento e não deixe de

seguir as dicas!

DICA 1: ASSINATURA DOS

COLABORADORES EM TODOS

OS RECIBOS

Quando uma empresa não tem

todos os recibos assinados, deixa

de fazer prova em caso de ações

judiciais, o que pode gerar um

aumento vertiginoso do passivo

trabalhista, que poderia ser evita-

do com uma simples assinatura.

Portanto, solicite a assinatura

de seus colaboradores em todo e

qualquer documento, tais como:

holerites, recibos de pagamentos,

folhas de ponto, adiantamentos,

solicitação de férias, aviso-pré-

vio, advertências, suspensões,

entregas de EPIs, pedidos de de-

missão, recebimento das guias

para seguro-desemprego e saque

de FGTS, entrega e pagamento do

termo de rescisão (TRCT), etc.

Em casos de pagamentos rea-

lizados diretamente na conta-sa-

lário do colaborador, arquive to-

dos os comprovantes de depósi-

tos, uma vez que o art. 464, pará-

grafo único, da CLT, assegura

que o comprovante de depósito

da remuneração em conta-salário

também funciona como recibo:

Art. 464, parágrafo único: Terá

força de recibo o comprovante de

depósito em conta bancária, a-

berta para esse fim em nome de

cada empregado, com o consen-

timento deste, em estabelecimen-

to de crédito próximo ao local de

trabalho.

Dessa forma, guarde todos os

comprovantes com seus respecti-

vos recibos e garanta que a em-

presa possui todos os documen-

tos comprobatórios indispensá-

veis.

DICA 2: ARQUIVAMENTO IN-

TELIGENTE

Quão mais organizado for o ar-

quivamento melhor será o traba-

lho realizado por sua equipe de

RH e setor jurídico.

Por isso, recomenda-se que

seja realizado um arquivamento

impecável, tanto físico quanto di-

gital, de todos os documentos da

empresa. A digitalização de todos

os documentos físicos é um mé-

todo eficiente de salvaguarda do-

cumental, que pode ser realizado

por uma central de processa-

mento de dados.

Uma opção seria investir em

um sistema de software com ba-

ckups automáticos, ou caso a em- presa tenha uma área de TI, soli-

citar que o arquivamento pode ser

realizado em um banco de dados

próprio ou em servidores web, co-

mo por exemplo o arquivamento

em nuvens (cloud computing).

Vale lembrar que hoje a segu-

rança da informação não é mais

um luxo de megas empresas. Tra-

ta-se de um requisito indispensá-

vel para toda e qualquer empresa,

seja pequena ou grande, que te-

nha que lidar com dados digitais

de seus clientes e colaboradores.

Fique atento!

DICA 3: CONTROLE DE PON-

TO ADEQUADO

Um controle de ponto confiá-

vel possibilita às empresas uma

verificação real das horas traba-

lhadas e não trabalhadas, sem ris-

cos de falhas, esquecimentos ou

omissões no cálculo de contagem

das informações coletadas.

Com isso, a empresa pode ter

uma redução drástica em even-

tuais passivos trabalhistas, já que

a maior parte das ações traba-

lhistas versam sobre a cobrança

de horas extras não pagas, assim

como seus reflexos em DSR e ou-

tras verbas rescisórias, tais como,

férias + 1/3, gratificação natalina

(13º salários), aviso prévio, FGTS

+ multa de 40%, etc.

Além disso, o art. 74, § 2º, da

CLT, determina que empresas

com mais de dez colaboradores

será obrigatória a anotação da ho-

ra de entrada e de saída, em re-

gistro manual, mecânico ou ele-

trônico, conforme instruções a se-

rem expedidas pelo Ministério do

Trabalho, devendo haver pré-as-

sinalação do período de repouso.

Entretanto, independentemen-

te do número de funcionários, in-

vista em um bom controle de pon-

to, se possível digital, para que

assim sua empresa possa evitar

diversas ações trabalhistas que no

Page 4: NORMINHAS MINISTÉRIO Norminha, o curso será realizado em Araçatuba (SP) Ave-nida Odorinho Perenha, 979, das 8 às 17 horas. Pré-requisitos para Inscrição: • Escolaridade mínima

Página 04/12 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 482 - 30/08/2018

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 482 -30/08/2018 - Fim da Página 04/12

Será de 03 a 05 de outubro

de 2018 05 de outubro de 2018

no São Paulo Expo Exhibition &

Convention Center que fica na

Rodovia dos Imigrantes, KM 1,5 –

Água Funda, São Paulo – SP.

Neste ano (2018) a tragédia o-

corrida na Boate Kiss, na cidade

de Santa Maria, Estado do Rio

Grande do Sul, completou 5 anos.

Ainda em 2018 assistimos estar-

recidos o desabamento do Edifí-

cio Wilton Paes de Almeida, de 24

andares, durante um incêndio de

grandes proporções, no Largo do

Paissandu, no centro de São Pau-

lo.

A XX edição do COBENI, que

ocorrerá nos dias 03 e 04 de

outubro, tem como objetivo prin-

cipal proporcionar, efetivamente,

conhecimentos para capacitação

de engenheiros e arquitetos para

que possam aplicá-los nas solu-

ções de segurança contra incên-

dio e fomentará a discussão sobre

a responsabilização civil, criminal

e penal dos responsáveis técni-

cos.

A programação do XX COBENI

abordará aspectos importantes so

Cursos com descontos - Curso de Higiene Ocupacional

Presidente Prudente/SP: 19, 20 e 21 Setembro/2018

Até 03/09: R$900,00 a vista ou 2 X R$550 – após R$1.200

Araçatuba/SP: 17, 18 e 19 Outubro/2018 - Até 07/09: R$800 a vista ou

2X R$450,00 - 08/09 a 06/10: R$900,00 a vista ou 2 X RR550,00

APÓS: R$1.200 A VISTA

Inscrições e mais informações

http://www.norminha.net.br/Arquivos/Arquivos/TodosEventos_2018.pdf

bre normalização, certificação,

bem como as novidades acerca de

sistemas, produtos e serviços na

área de segurança contra o fogo.

O evento se propõe a induzir forte

movimento em favor do estabele-

cimento de uma cultura de qualifi-

cação e capacitação profissional

com foco na proteção da vida hu-

mana, preservação da proprieda-

de e continuidade dos negócios.

As apresentações serão desenvol-

vidas durante dois dias de con-

gresso e o evento reunirá profis-

sionais da engenharia de segu-

rança contra incêndio com a con-

tribuição e troca de experiência

entre participantes e palestrantes

de notório reconhecimento nacio-

nal e internacional.

No dia 03 de Outubro:

“Cinco Anos do Incêndio da

Boate kiss, Tragédia de Santa Ma-

ria”. Palestrante: Paulo Tadeu Nu-

nes de Carvalho;

“Frente Parlamentar Mista de

Segurança Contra Incêndio”. Pa-

lestrante: Marcelo Olivieri de Li-

ma;

“A importância da Certificação

de Produtos - Realidade no Mun-

O salário-maternidade é um benefício pago aos segurados no caso de nascimento de filho ou de

adoção de criança

do e no Brasil”. Palestrante: Vla-

dson Athayde;

“Riscos Altamente Protegidos:

da Concepção à Entrega”. Pales-

trante: Gustavo Keller Ariza;

“Teoria e Prática: Contribuição

da Pesquisa na Segurança Contra

Incêndio”. Palestrante: Fabrício

Longhi Bolina;

“Gerenciamento dos Riscos de

Incêndio: Método de Avaliação”.

Palestrante: Dayse Duarte;

“Colapso de Estruturas no In-

cêndio”. Palestrante: Fabrício

Longhi Bolina;

No dia 04 de Outubro:

“Pressurização de Escadas de

Segurança e Controle da Movi-

mentação de Fumaça”. Palestran-

te: Carlos Cotta Rodrigues;

“Proteção Passiva Contra In-

cêndio”. Palestrante: Rogerio Lin;

“Combate a Incêndio por Sis-

temas de Água Nebulizada”. Pa-

lestrante: Luis Barbim;

ABAIXO A TABELA EXEMPLIFICATIVA DO BENEFÍCIO:

O salário-maternidade do empregado do microempreendedor individual

dever ser requerido diretamente no INSS. Norminha

Bruno Moré

www.moreadvocacia.com.br

XX - Congresso Brasileiro de Engenharia de Incêndio - COBENI e Curso Diagnóstico de Riscos e Prevenção de Incêndios será em SP

“Prevenção de Incêndio em U-

nidades Armazenadoras de Cere-

ais - PPCI em Áreas Classificadas

por Poeiras Combustíveis”. Pa-

lestrante: Celestino Rossi;

“Aerossóis Condensados na

Extinção de Incêndios”. Pales-

trante: Pedro Mazzaro;

“Saídas de Emergência e Pla-

no de Abandono: da Teoria à Prá-

tica”. Palestrante: Rosaria Ono;

No dia 05 “Curso diagnóstico

de riscos e prevenção de incên-

dios”. O curso tem como objetivo

formar, reciclar e melhorar o co-

nhecimento dos profissionais

que desenvolvem atividade na á-

rea de riscos e prevenção de in-

cêndios. Esse conteúdo se tornou

uma necessidade relevante para

as organizações civis e entidades

públicas que buscam um nível

mais adequado de enfrentamento

com esses riscos e eventos. No

escopo, busca proporcionar aos

alunos uma abordagem sistêmica

e visão estratégica das condições

estruturais e dos cenários possí-

veis nos ambientes e equipamen-

tos urbanos. Informações/Inscri-

ções. Norminha

Salário Maternidade: O que é, como funciona e quem tem direito?

comprovar que são segurados do

INSS e, se for o caso, cumprir a

carência de 10 meses de contri-

buição;

4. Caso o trabalhador tenha

perdido a qualidade de segurado,

precisará contribuir pelo menos 5

meses (metade da carência) antes

do parto/evento gerador do bene-

fício.

DURAÇÃO DO BENEFÍCIO

A duração do salário-mater-

nidade dependerá do tipo do e-

vento que deu origem ao bene-

fício:

120 dias no caso de parto;

120 dias no caso de adoção ou

guarda judicial para fins de ado-

ção, independentemente da idade

do adotado que deverá ter no má-

ximo 12 anos de idade;

120 dias, no caso de natimor-

to;

14 dias, no caso de aborto es-

pontâneo ou previstos em lei (es-

tupro ou risco de vida para a mãe),

a critério médico.

(Continuação “eSocial e o aumento

do valor das multas previdenciárias”

da página acima 03/12)

VII - o valor de que trata o § 3º

do art. 337-A do Código Penal,

aprovado pelo Decreto-Lei nº 2.

848, de 7 de dezembro de 1940, é

de R$ 4.581,79 (quatro mil qui-

nhentos e oitenta e um reais e se-

tenta e nove centavos).

Parágrafo único. O valor das

demandas judiciais de que trata o

art. 128 da Lei nº 8.213, de 24 de

julho de 1991, é limitado em R$

52.800,00 (cinquenta e dois mil e

oitocentos reais), a partir de 1º de

janeiro de 2016.

Art. 9º A partir de 1º de janeiro

de 2016, o pagamento mensal de

benefícios de valor superior a R$

103.796,40 (cento e três mil se-

tecentos e noventa e seis reais e

quarenta centavos) deverá ser au-

torizado expressamente pelo Ge-

rente-Executivo do INSS, obser-

vada a análise da Divisão ou Ser-

viço de Benefícios.

Parágrafo único. Os benefícios

de valor inferior ao limite estipu-

lado no caput, quando do reco-

nhecimento do direito da conces-

são, revisão e manutenção de be-

nefícios serão supervisionados

pelas Agências da Previdência

Social e Divisões ou Serviços de

Benefícios, sob critérios aleató-

rios pré-estabelecidos pela Presi-

dência do INSS.

Art. 10. A Secretaria da Receita

Federal do Brasil, o INSS e a Em-

presa de Tecnologia e Informa-

ções da Previdência Social (Data-

prev) adotarão as providências

necessárias ao cumprimento do

disposto nesta Portaria.

Art. 11. Esta Portaria entra em

vigor na data de sua publicação.

Art. 12. Fica revogada a Porta-

ria Interministerial MPS/MF nº

13, de 9 de janeiro de 2015.

Marcos Jorge, MSc, MBA, HOC

Consultor e Mestre em Higiene

Ocupacional

FONTE:

http://www.normaslegais.com.br/legisla

cao/Portaria-interm-mtps-mf-1-

2016.htm

https://www.sindusconsp.com.br/govern

o-aumenta-o-valor-das-multas-

previdenciarias/

D.O.U.: 11.01.2016 - PORTARIA

INTERMINISTERIAL MINISTROS DE

ESTADO DO TRABALHO E

PREVIDÊNCIA SOCIAL - MTPS/MF Nº 1

DE 08.01.2016.

O salário-maternidade

é um benefício pago pela Previ-

dência Social. Ele garante auxílio

financeiro às mães no período

inicial depois da chegada do filho.

O objetivo é ajudar na comple-

mentação da renda de mulheres

que precisam se afastar de suas

funções profissionais por causa

do nascimento ou da adoção de

uma criança.

QUEM TEM DIREITO

O salário ou auxílio-materni-

dade é garantido em casos de par-

to (antecipado ou não), de aborto

não-criminoso e de adoção. Mães

de bebês natimortos também têm

direito ao benefício.

Para solicitar o pagamento, é

preciso que a mãe se encaixe na

categoria de “segurada” do INSS.

Ou seja, é necessário que ela

contribua mensalmente para a

Previdência Social. Assim, de-

sempregadas, empregadas do-

mésticas, contribuintes individu-

ais, trabalhadoras facultativas e

seguradas especiais também po-

dem solicitar o salário-materni-

dade.

Para ter direito ao benefício, é

preciso que, no dia do parto, da

adoção ou do aborto, o segurado

se enquadre nas seguintes regras:

1. Empregados, empregados

domésticos e trabalhadores avul-

sos devem estar em atividade na

data do afastamento;

2. Contribuintes individuais,

trabalhadores facultativos e segu-

rados especiais devem ter contri-

buído para a Previdência Social

por pelo menos 10 meses;

3. Desempregados precisam

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Página 05/12 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 482 – 30/08/2018

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 482 - 30/08/2018 - Fim da Página 05/12

É importante ainda se atentar

aos acordos e convenções coleti-

vas da qual a empresa faz parte,

vez que podem estipular outras

previsões (você tem o direito de

ser informado!).

- Mas afinal, quantos dias das

minhas férias eu posso perder por

falta injustificada?

A CLT se precaveu sobre este

tema desde o ano de 1977 e es-

tipulou a quantidade de perda das

férias na proporção da quantidade

de faltas injustificadas durante o

período aquisitivo (anual), veja-

mos:

Art. 130 - Após cada período

de 12 (doze) meses de vigência

do contrato de trabalho, o empre-

gado terá direito a férias, na se-

guinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos,

quando não houver faltado ao

serviço mais de 5 (cinco) vezes;

II - 24 (vinte e quatro) dias

corridos, quando houver tido de 6

(seis) a 14 (quatorze) faltas;

III - 18 (dezoito) dias corridos,

quando houver tido de 15 (quin-

ze) a 23 (vinte e três) faltas;

IV - 12 (doze) dias corridos,

quando houver tido de 24 (vinte e

quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

(grifado).

Na interpretação do inciso I,

percebemos que até 5 (cinco) dias

de faltas não haverá impacto

algum nos dias de férias. Entre-

tanto, não podemos esquecer dos

Os requisitos essenciais para a

dispensa por justa causa

A justa causa tem que ser tipi-

ficada em lei, ou seja, o ato do

empregado tem que estar enqua-

drado em uma das hipóteses do

artigo 482 da CLT. A gravidade do

ato realizado pelo empregado tem

que ser considerável, abalando a

confiança que o empregador tem

por ele. O nexo de causalidade é

essencial para que o empregado

não possa ser penalizado por fal-

tas anteriores, em exemplo dado

por Sérgio Pinto Martins (2002, p.

333) “[...] o empregado falta se-

guidamente ao serviço e o empre-

gador o despede pelo fato de ter

sido apanhado dormindo no ser-

viço há quase um mês [...]”.

DA PROPORCIONALIDADE

ENTRE A FALTA E A PUNIÇÃO

As penalidades devem ser a-

plicadas de acordo com a gra-

vidade da falta. Apesar da CLT só

mencionar as penalidades de sus-

pensão e de dispensa por justa

causa, a doutrina e a jurispru-

dência consagraram o direito de

aplicação também da pena de ad-

vertência, que pode ser realizada

de forma verbal ou escrita e se

destina a punir faltas leves. A sus-

pensão é utilizada para a punição

de falta de gravidade média, mas

que não justifica a resolução do

contrato de trabalho. Já a justa

causa é aplicada à faltas graves

que são taxativamente previstas

em lei e cuja prática torna insus-

tentável a relação de emprego.

NÃO OCORRÊNCIA DO PERDÃO

(EXPRESSO OU TÁCITO)

O perdão expresso ocorre quan-

do o empregador toma conheci-

mento do ato faltoso praticado pe-

lo empregado e o desculpa for-

malmente, não podendo, posteri-

ormente, dispensá-lo por justa

causa pelo ato faltoso perdoado.

Já o perdão tácito ocorre quando

o empregador, ciente da prática

do ato faltoso, realiza ato que não

condiz com o a vontade de punir

o empregado. Tal conduta do em-

pregador configura o perdão pre-

sumido ou tácito. Também confi-

gura o perdão tácito a demora ou

a não punição do empregado,

bem como a concessão do aviso

prévio em relação às faltas ainda

não punidas.

NON BIS IN IDEM OU

SINGULARIDADE DA PUNIÇÃO

O presente requisito impede a

dupla punição do empregado por

uma mesma falta. Ou seja, caso o

empregador puna o empregado

com a penalidade de advertência

em decorrência de uma determi-

nada falta, não seria possível,

posteriormente, pela mesma falta

puni-lo com suspensão.

Continua no final da página 06/12

Quando um empregado

falta ao trabalho por motivo diver-

so dos previstos em Lei (CLT) ou

nos instrumentos de convenção

coletiva próprios da empresa, este

fato poderá ensejar consequên-

cias em sanções disciplinares tais

como advertências, suspensões,

desconto do descanso semanal

remunerado, de feriados, demis-

são por justa causa (em casos ex-

tremos) ou até mesmo a perda de

dias de férias.

Mas, você sabe quando pode-

rá faltar sem que o empregador

possa descontar ou aplicar san-

ções?

Pois bem, a CLT estipula, ve-

jamos também a letra da Lei:

Art. 473 - O empregado poderá

deixar de comparecer ao serviço

sem prejuízo do salário:

I - até 2 (dois) dias consecu-

tivos, em caso de falecimento do

cônjuge, ascendente, descenden-

te, irmão ou pessoa que, decla-

rada em sua carteira de trabalho e

previdência social, viva sob sua

dependência econômica;

II - até 3 (três) dias consecuti-

vos, em virtude de casamento;

III - por um dia, em caso de

nascimento de filho no decorrer

da primeira semana; (obs: a CF

em seu art. 7º, XIX e art. 10, § 1º

do ADCT garantiu 5 (cinco) dias

de afastamento sem prejuízo ao

salário).

IV - por um dia, em cada 12

(doze) meses de trabalho, em

caso de doação voluntária de san-

gue devidamente comprovada;

V - até 2 (dois) dias consecuti-

vos ou não, para o fim de se a-

listar eleitor, nos termos da lei

respectiva.

VI - no período de tempo em

que tiver de cumprir as exigências

do Serviço Militar, referidas na le-

tra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de

17 de agosto de 1964 (Lei do Ser-

viço Militar).

VII - nos dias em que estiver

comprovadamente realizando

provas de exame vestibular para

ingresso em estabelecimento de

ensino superior.

VIII - pelo tempo que se fizer

necessário, quando tiver que

comparecer a juízo. (exemplo: au-

Faltas injustificadas e a penalização nas férias trabalhistas

Eu posso perder dias de férias por faltas injustificadas?

diências)

IX - pelo tempo que se fizer ne-

cessário, quando, na qualidade de

representante de entidade sindi-

cal, estiver participando de reu-

nião oficial de organismo inter-

nacional do qual o Brasil seja

membro.

X - até 2 (dois) dias para a-

companhar consultas médicas e

exames complementares durante

o período de gravidez de sua es-

posa ou companheira;

XI - por 1 (um) dia por ano pa-

ra acompanhar filho de até 6

(seis) anos em consulta médica

(grifado).

Ainda, temos previsões de au-

sência de falta sem prejuízo ao

empregado no art. 131 da CLT:

Art. 131 - Não será considera-

da falta ao serviço, para os efeitos

do artigo anterior, a ausência do

empregado:

I - nos casos referidos no art.

473;

Il - durante o licenciamento

compulsório da empregada por

motivo de maternidade ou aborto,

observados os requisitos para

percepção do salário-maternida-

de custeado pela Previdência So-

cial;

III - por motivo de acidente do

trabalho ou enfermidade atestada

pelo Instituto Nacional do Seguro

Social - INSS, excetuada a hipóte-

se do inciso IV do art. 133;

IV - justificada pela empresa,

entendendo-se como tal a que

não tiver determinado o desconto

do correspondente salário;

V - durante a suspensão pre-

ventiva para responder a inquérito

administrativo ou de prisão pre-

ventiva, quando for impronuncia-

do ou absolvido; e

VI - nos dias em que não tenha

havido serviço, salvo na hipótese

do inciso III do art. 133.

descontos e sanções menciona-

dos no início deste artigo.

Atenção!

A CLT também prevê as hipó-

teses de que o empregado não te-

rá direito a férias, vejamos:

Art. 133 - Não terá direito a fé-

rias o empregado que, no curso

do período aquisitivo:

I - deixar o emprego e não for

readmitido dentro de 60 (ses-

senta) dias subsequentes à sua

saída;

II - permanecer em gozo de

licença, com percepção de salá-

rios, por mais de 30 (trinta) dias;

III - deixar de trabalhar, com

percepção do salário, por mais de

30 (trinta) dias, em virtude de pa-

ralisação parcial ou total dos ser-

viços da empresa; e

IV - tiver percebido da Previ-

dência Social prestações de aci-

dente de trabalho ou de auxílio-

doença por mais de 6 (seis) me-

ses, embora descontínuos (grifa-

do).

Diante da prática tabela dispo-

nibilizada pela CLT, você conse-

gue ficar informado sobre o tema

que causa estranheza a diversos

empregados que não sabem da

possibilidade de perda dos dias

de férias e ainda contribuir com

seu conhecimento de direito do

trabalho. Norminha

Dra Vanessa Paz Vanini

Advogada OAB/SC 52.289

Antes de aplicar a penali-

dade mais severa no trabalhador,

é necessário que o empregador

respeite alguns requisitos:

A modalidade da justa causa é

uma forma de dispensa do funcio-

nário caso este cometa alguma

das infrações previstas no artigo

482 da CLT. Ela é considerada a

penalidade mais severa a ser a-

plicada no funcionário.

Contudo, esta penalidade deve

ser utilizada com moderação e so-

mente poderá ser aplicada em ob-

servância aos requisitos abaixo e-

lencados. Caso contrário, o funci-

onário dispensado poderá conse-

guir sua reversão em dispensa

sem justa causa na justiça.

Ao discorrer acerca dos requi-

sitos da justa causa, a doutrina-

dora Vólia Bonfim os enumera e

os define da seguinte forma:

DA IMEDIATIDADE OU

ATUALIDADE

A punição deve ser atual, ou

seja, assim que o empregador to-

mar conhecimento da prática do

ato faltoso deve providenciar a a-

plicação da penalidade, sob pena

da configuração do perdão tácito.

No entanto, punição atual não sig-

nifica concomitante, mas contem-

porânea, pois deve ser contada a

partir da ciência do fato e da au-

toria do ato inquinado.

DA GRAVIDADE DA FALTA E

APRECIAÇÃO DA GRAVIDADE

Conforme este requisito, ao a-

plicar a justa causa o empregador

deve avaliar cada caso de forma

concreta e subjetiva. Ou seja, o

empregador deve sempre levar em

consideração a personalidade do

agente, a intencionalidade, os fa-

tos que levaram o empregado à

prática do ato, a ficha funcional,

os antecedentes, as máculas fun-

cionais anteriores, o grau de ins-

trução ou de cultura, a época do

fato, o critério social dentre ou-

tros.

TEORIA DA VINCULAÇÃO DOS

FATOS DETERMINANTES DA

PUNIÇÃO (NEXO CAUSAL)

Nesse requisito, o empregador

deve comunicar quais os atos pra-

ticados pelo empregado que fo-

ram considerados como faltosos e

que foram a causa da dispensa por

justa causa (efeito). Tal comunica-

ção é necessária para a defesa do

empregado e para que o emprega-

dor não inclua ou substitua as fal-

tas que motivaram a dispensa por

outras. Uma vez que o emprega-

dor informar quais foram as faltas

cometidas, não poderá haver mu-

danças e as demais faltas do em-

pregado, caso existam, serão con-

sideradas perdoadas.

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O passivo trabalhista é um grande empecilho de obtenção de

lucro pela empresa. Veja como evitar.

doras.

7. PROGRAME O "PASSIVO

TRABALHISTA EMERGENTE"

Caso sua empresa já esteja em

situação irregular e venha a ser a-

cionada na justiça por um cola-

borador, e existem mais outros

colaboradores que estavam na

mesma situação em que o que a-

cionou a empresa, reserve um ca-

pital para solver essas dívidas.

Por exemplo: Determinada

empresa possui 50 funcionários

entre homens e mulheres, no en-

tanto, somente um sanitário. Co-

mo se sabe, empresa com mais de

30 funcionários devem ter pelo

menos dois sanitários, um mas-

culino e outro feminino. Uma co-

laboradora entrou com ação pe-

dindo reparação de danos morais

por descumprimento da Norma

Regulamentadora e ofensa à dig-

nidade da pessoa humana. Caso a

justiça venha a condenar a em-

presa em 5 mil reais de indeni-

zação, as chances dos outros 49

funcionários ingressarem com a

mesma ação é altíssima. Dessa

forma é necessário uma prepara-

ção financeira a fim de solver es-

ses possíveis passivos trabalhis-

tas.

8. REALIZE AUDITORIAS IN-

TERNAS

O empresário deve fazer regu-

larmente auditorias internas a fim

de evitar danos trabalhistas, que

podem ser para averiguar:

Os contratos de trabalhos (es-

tagiários, aprendizes, carteira as-

sinada, trabalhador temporário e

terceirizado, prestador de servi-

ços);

O sistema de controle de pon-

to;

Se o arquivo de documentos e

recibos estão sendo feitos de ma-

neira correta;

Se a legislação trabalhista está

sendo cumprida.

9. APOSTE NA ADVOCACIA

PREVENTIVA

As recentes mudanças na le-

gislação trabalhista tornam im-

prescindível o auxilio de um pro-

fissional da área jurídica. A atu-

ação do profissional deve ser feita

antes mesmo de uma ação judi-

cial, evitando todos os gastos

com uma ação trabalhista.

Procurar ajuda quando o pro-

blema está instalado é o mesmo

que remediar, quando, na verda-

de, o melhor é prevenir.

Dessa forma, por meio das

medidas acima descritas, podem

ser evitados inúmeras ações tra-

balhistas a partir de um trabalho

preventivo por meio de um pro-

fissional. Norminha

www.salvadorferreira.com.br

Como a empresa deve agir para evitar o passivo trabalhista? Campanha educativa reforça a

prevenção de acidentes contra

o escalpelamento

Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, completou

neste 28 de agosto, 8 anos de criação, por meio da Lei Nº 12.199 de

14 de janeiro de 2010

CONCLUSÃO: A existência de

tais requisitos ou elementos é im-

portante para que exista uma li-

mitação ao poder disciplinar do

empregador e impede que o em-

pregado fique à mercê da vontade

exclusiva de seu patrão no que

diz respeito à possibilidade de ser

penalizado.

Conforme mencionado, caso

o trabalhador dispensado verifi-

que que não foram cumpridos al-

gum dos requisitos acima, pode-

rá procurar um advogado para a-

nalisar a possibilidade de rever-

são da justa causa.

Nesse mesmo sentido, o em-

pregador deverá respeitar todos

os requisitos elencados também,

antes de dispensar o funcionário

por justa causa, sob pena da justa

causa ser revertida em dispensa

sem justa causa em juízo.

Segundo Vólia Bonfim, não se

considera “bis in idem” descontar

do salário os dias de faltas injus-

tificadas daqueles empregados

dispensados por desídia ou aban-

dono. Também não configuraria

“bis in idem”, a faculdade que o

empregador possui em descontar

do período de férias as faltas

injustas que o empregado teve no

período aquisitivo e a demissão

do trabalhador por desídia. Além

desses exemplos, não se relacio-

nam com as punições disciplina-

res, o desconto dos dias não tra-

balhados, o desconto dos danos

causados, a redução dos dias de

férias, a perda da remuneração do

dia de repouso semanal, seja por

impontualidade ou faltas. Confor-

me a referida doutrinadora, tais

faculdades foram conferidas pelo

legislador ao empregador.

Continuação da pág. 05/12: Os requisitos essenciais para a dispensa por justa causa

Por ACS/Alexandra Rinaldi, com

contribuições de Doracy Moraes

Uma campanha educativa

coordenada por várias institui-

ções e com a parceria da Funda-

centro vem conscientizando a po-

pulação ribeirinha do estado do

Pará sobre a importância da pre-

venção contra os acidentes de

motor das embarcações que le-

vam muitas vítimas mulheres ao

escalpelamento.

Escalpelamento

A Fundacentro participa de

campanhas realizadas no Porto da

Palha, bairro da Condor em Be-

lém/PA distribuindo materiais e

conversando com ribeirinhos que

se deslocam a Belém/PA por mo-

tivos diversos, destacando-se a

comercialização de produtos co-

mo açaí, farinha e frutas.

A coordenação da Comissão

Estadual de Enfrentamento dos A-

cidentes com Escalpelamento é

da Secretaria Estadual de Saúde

do Pará e as campanhas de pre-

venção ocorrem nos períodos de

grande fluxo de embarcações nos

rios, em decorrência de festivida-

des religiosas ou férias. Logo, as

campanhas são realizadas antes e

durante o Carnaval, verão em ju-

lho e a Semana Santa.

De acordo com a Tecnologista

e Pedagoga da Fundacentro do

Pará, Doracy Moraes, o balanço

foi positivo por não ter sido re-

gistrado nenhum acidente de mo-

tor com escalpelamento em julho

de 2018, o que possibilitou o en-

vio de materiais, como cartazes e

folderes para os 46 municípios

com registro de acidente ao longo

do tempo.

Neste 28 de agosto, data em

que se comemora o Dia Nacional

de Prevenção de Acidentes contra

o Escalpelamento, a servidora que

integra a Comissão, participou de

atividade no Espaço Acolher da

Fundação Santa Casa de Miseri-

córdia do Pará. A Fundacentro

compõe a referida Comissão des-

de 2008.

Palestra Educativa

As atividades tiveram início

com ações em portos e na ilha do

Combu com palestras educativas

promovidas pela Capitania dos

Portos da Amazônia Oriental-CP

AOR da Marinha do Brasil e ins-

talações de coberturas de eixos de

pequenas embarcações da locali-

dade. “Considero que tenho dis-

seminado informações sobre a

importância de prevenir acidentes

com escalpelamento e o processo

de educação é reconhecidamente

indispensável nesta dinâmica so-

cial”, coloca Doracy.

A Pedagoga, nascida em Por-

tel, Pará, observa que o município

onde cresceu ainda possui uma

realidade arrasadora no que se re-

fere ao escalpelamento por meio

de motor em pequenas embar-

cações. “Tenho uma aproximação

com o tema há bastante tempo e

sei que a Fundacentro tem uma

contribuição substancial no en-

frentamento de tais acidentes: a

proteção do eixo das embarca-

ções”, destaca.

Norminha

mento, adiantamento, solicitação

de férias, prévio, advertência, sus-

pensão, entrega de EPI´s , aviso

prévio, pedido de demissão, rece-

bimento das guias de seguro de-

semprego e saque do FGTS, en-

trega e pagamento do TRCT.

Caso o pagamento seja via

conta-salário, guarde todos os

comprovantes de depósitos.

4. CAPRICHAR NO ARQUIVA-

MENTO

Seja organizado e tenha um ar-

quivo impresso ou digital de cada

funcionário da empresa. Certifi-

que-se que todos os documentos

e recibos estejam preenchidos

corretamente, assinados e em se-

gurança. Isso é importante, pois

muitas empresas não encontram

os documentos quando enfretam

uma ação judicial.

5. TENHA UMA COMUNICA-

ÇÃO EFICIENTE COM OS COLA-

BORADORES

Evite fofocas e rumores dentro

da empresa. Deixe bem claro que

este comportamento deve ser ba-

nido. Ao empregador adentrar na

empresa esclareça bem os objeti-

vos e regras da empresa, bem co-

mo as práticas inaceitáveis. Deixe

isso tudo documentado através do

contrato de trabalho. Divulgue e

fixe circulares ou informativos a-

cerca das regras de disciplinas

internas. Faça reuniões periódicas

para averiguar como os emprega-

dos estão se relacionando com as

normas e demais colaboradores.

Nessas reuniões pode-se abrir es-

paço para que o empregado ex-

ponha suas dúvidas e críticas.

Abra um canal de comunicação

para fazer denúncias de práticas

irregulares.

6. MONITORE O AMBIENTE

DE TRABALHO

Dependendo do tipo de ativi-

dade da empresa, pode ser que

venha a gerar riscos dentro do

ambiente de trabalho.

Por exemplo: se a empresa tra-

balha com metas. Evite o desgaste

com os colaboradores ao cobrar

as metas com excesso, através de

insultos, gritos e até humilhações.

Ao invés disso, obtenha uma po-

lítica de plano de cargos e salá-

rios, comissões e feedback, a fim

de que o desempenho do cola-

borador possa ser aferido e venha

a melhorar. Evitando ações de da-

nos morais que prejudicam muito

a empresa.

Outro exemplo: se a empresa

trabalha com instalação de linhas

telefônicas. Nesse caso, geral-

mente, os instaladores trabalham

em postes de rede elétrica e em

altura. Desse modo, é importante

está sempre averiguando o uso de

equipamentos de proteção indivi-

dual (EPI), bem como ter um fun- cionário responsável por essa fis-

calização. Evitando, ações por de

danos derivado do descumpri- mento das Normas Regulamenta-

Primeiramente, antes de

iniciarmos as práticas que podem

evitar o passivo trabalhista, é im-

portante explicar o conceito. Pas-

sivo trabalhista é o conjunto de

dívidas que são geradas quando o

empregador, seja pessoa física ou

jurídica, não cumpre com as obri-

gações trabalhistas ou não reco-

lhe corretamente os encargos so-

ciais.

A quantidade de ações traba-

lhista dita aceitável é de 10% do

número total de funcionários. Aci-

ma disto é considerado um pro-

blema. Empresas de todos os ra-

mos e segmentos, pequenas às

grandes, estão sujeitas a este em-

pecilho. No entanto, o passivo

trabalhista é maior nos níveis o-

peracionais.

Passemos a explanar as práti-

cas que podem evitar o passivo

trabalhista:

1. CONHEÇA A LEGISLAÇÃO

TRABALHISTA POR COMPLETA

O empregador deve conhecer

não tão somente a CLT, mas tam-

bém as Normas Regulamentado-

ras e as Convenções Coletivas de

Trabalho. A CLT é importante pois

é onde se tem as normas ge- rais

aplicáveis aos trabalhadores; as

normas regulamentadoras por

conta de que regem assuntos de

medicina, saúde e segurança do

trabalho; e a Convenção Coletiva

pois dissertam a respeito de nor-

mas relativas pertencentes às ca-

tegorias daquela negociação.

2. INVISTA EM UM CONTRO-

LE DE PONTO

Muitas reclamações trabalhis-

ta pedem o pagamento das horas

extras. No entanto, caso sua em-

presa tenha um controle de pon-

to, seja manual ou mecânico, vo-

cê terá certeza de quantas horas

foram trabalhadas por cada cola-

borador, deixando de ter dúvidas

e também não dando azo ao es-

quecimento ou omissão das ho-

ras extras.

3. PEDIR ASSINATURA EM

TODOS OS RECIBOS

Pode parecer repetitivo, mas o

número de empresas que não tem

os recibos assinados é grande,

deixando de fazer prova em caso

de ações judiciais.

Peça a assinatura por meio de

recibo em quaisquer documen-

tos, sejam eles:

Folha de ponto, holerite, paga-

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Trabalhadores, sindicalistas,

especialistas em SST e agentes

públicos lotaram auditório da

Fundacentro em São Paulo para

discutir avaliação de

incapacidade e reabilitação

profissional

Por ACS/ Cristiane Reimberg

O trabalhador Paulo Bar-

ros da Silva, contaminado por

mercúrio, deu seu depoimento e-

mocionado durante o evento “IN

SS e os Direitos Sociais”, realiza-

do pela Fundacentro e pela Coor-

denação Estadual de Saúde do

Trabalhador, em São Paulo/SP,

no dia 15 de agosto. Sua fala tra-

zia o sofrimento dos trabalhado-

res que adoecem e precisam pas-

sar por perícias médicas para ter

acesso ao benefício acidentário,

muitas vezes negado ou cancela-

do.

“Sabemos o sofrimento que

essa questão traz aos trabalhado-

Abertura com Maria Maeno,

Tereza Ferreira e Simone Alves

dos Santos (coordenadora

estadual de saúde do

trabalhador/SP)

res. Precisamos discutir esses

critérios, esses direitos, a reabili-

tação profissional”, afirma a as-

sessora da Diretoria Técnica da

Fundacentro, Tereza Ferreira. “Há

alterações de procedimentos, sem

que os critérios fiquem claros pa-

ra segurados e para os demais

órgãos públicos. A ideia é orga-

nizarmos uma rede em defesa dos

trabalhadores e da seguridade so-

cial”, completa a médica da ins-

tituição, Maria Maeno, que coor-

denou o evento.

A questão da Previdência So-

cial já havia sido discutida pela

Fundacentro do Paraná, no dia 27

de julho, durante o Painel Saúde

do Trabalhador – Um debate Ne-

cessário sobre o Contexto Atual

da Previdência Social, realizado

Público no auditório

no auditório do Ministério Públi-

co do Trabalho. Da iniciativa, fo-

ram gravados depoimentos pelo

Sindicato dos Bancários de Curi-

tiba.

Um deles foi transmitido na a-

tividade realizada em São Paulo/

SP. “Eles olham para você como

se você estivesse mentindo. Ain-

da mais quando você não tem

uma doença visível... Não exami-

nam os pacientes como deveriam

examinar para ver se tem condi-

ção ou não de retornar ao trabalho

e simplesmente dão alta”, relata a

trabalhadora no vídeo, que teve

seu benefício revisto a partir da O-

peração Pente Fino.

A médica da Fundacentro a-

presentou alguns dados do Mi-

nistério do Desenvolvimento So-

cial. De um total de 933.917 pe-

rícias feitas, 502.305 benefícios

foram cortados, ou seja, 53,78%

do total. Dessas perícias, 460.524

tratavam de auxílios doenças,

com corte de 363.515 (78,94%).

Já as aposentadorias por invali-

dez foram avaliadas em 473.393

perícias, com corte de 138.790

Por que as indústrias devem investir em saúde e segurança no trabalho?

Público no hall assistindo ao

evento pelo telão

(29,32%). “A redução de custos

é desejável, a partir da prevenção

de adoecimentos e incapacidades

e não com o desrespeito aos di-

reitos dos trabalhadores”, avalia

Maeno.

A diretora do Sinsprev (Sindi-

cato dos Servidores e Trabalha-

dores em Saúde, Previdência e

Assistência Social no Estado de

São Paulo), Poliana de Campos,

destaca que a revisão de benefí-

cios, por meio da Operação Pente

Fino, tem retirado direitos dos

trabalhadores. “Os trabalhadores

não são parasitas. As revisões de

benefícios devem ser feitas, mas

não dessa forma”, avalia a sindi-

calista. É preciso que os critérios

sejam discutidos com a socie-

dade.

Poliana explica que atualmen-

te não há mais direito de pedido

de reconsideração. O trabalhador

precisa esperar 30 dias para a-

gendar uma nova perícia ou entrar

com recurso. “O trabalhador fica

na mão, contrariando o objetivo

da Previdência Social, que é a

proteção do trabalhador”.

vados pelos gestores para realizar

a implementação das medidas de

SST nas empresas.

“Um deles é o social, o pró-

prio afastamento ocasiona pro-

blemas na vida do trabalhador e

de sua família, isso é inegável.

Mas a indústria também é afeta-

da com a perda de produtividade,

a redução da produção e, natu-

ralmente, da competitividade da

empresa, ocasionando impactos

financeiros e perda da capacidade

produtiva pela ausência daquele

trabalhador em função do aciden-

te de trabalho”, apontou.

Zorzal aponta ainda que que as

indústrias podem ser punidas

com multas, interdições e notifi-

cações pelos órgãos de controle.

rança, uma nova declaração deve

ser enviada ao Ministério do Tra-

balho e Emprego.

Apesar do impeditivo de fun-

cionamento imposto às empresas

que não possuem seus CAIs ou

inspeções prévias aprovados pelo

MTE, não existem ementas oficia-

lizando possíveis autuações mo-

netárias.

Fernando Zanelli

Norminha

Debate final com os participantes

gar ao máximo para poder privati-

zar”, critica a médica.

“Sempre houve dois projetos

em disputa. A legislação diz que o

acesso ao benefício pela incapaci-

dade pelo trabalho, mas o modelo

hegemônico da Previdência So-

cial é o biomédico, com a visão o-

niprofissional, para qualquer tra-

balho. A avaliação da incapaci-

dade no modelo biomédico não

está relacionada ao contexto so-

cial desse trabalhador. Por isso o

nome auxílio doença, que está co-

nectado ao modelo biomédico. O

modelo social da incapacidade é

um fenômeno de relação”, com-

pleta Mara Takahashi.

O secretário de Saúde do Sin-

dicato dos Bancários e Financiá-

rios de São Paulo, Osasco e Re-

gião, Carlos Damarindo, relatou

que a categoria sofre com adoe-

cimentos como Ler/Dort (Lesões

por Esforço Repetitivo/Distúrbios

Osteomusculares Relacionados

ao Trabalho) e transtornos men-

tais.

Norminha

Investir em gestão da saúde e

segurança no trabalho contribui

para o aumento da

competitividade e a redução dos

custos para as empresas

Aumentar a competitivida-

de, produtividade e lucratividade

da indústria deve ir muito além do

investimento em inovação e tec-

nologia para a melhoria dos seus

processos: é preciso olhar para o

seu material humano, o seu cola-

borador, investindo na sua quali-

dade de vida, saúde e segurança.

Investir em gestão da saúde e se-

gurança no trabalho dá retorno e

reduz custos para as empresas.

Números levantados pelo Ins-

tituto de Desenvolvimento Educa-

cional e Industrial do Espírito

Santo (Ideies), apontam que no

Estado, entre 2012 e 2017, foram

perdidos 3.803.520 dias de traba-

lho, impactando diretamente na

competitividade das indústrias

capixabas, seja em função dos e-

levados custos associados aos a-

fastamentos, seja pelos trabalhos

perdidos, além do aspecto nega-

tivo na área social. No Brasil, este

número chegou a 305.299.902

dias perdidos.

Tais fatos mostram que a ges-

tão correta de Saúde e Segurança

do Trabalho, além de diminuir a-

cidentes e aumentar a produtivi-

dade dos trabalhadores, gera re-

dução dos custos da empresa.

Ao não investir em prevenção

de acidentes, a empresa acaba

pagando um alto custo do Segu-

ro de Acidentes do Trabalho, re-

tendo o FGTS do trabalhador a-

fastado, arcando com os custos

de sua estabilidade no retorno ao

trabalho, com os custos da even-

tual judicialização do episódio e

das ações regressivas que o INSS

move.

Entre 2012 e 2017, aponta o

Ideies, os afastamentos previden-

ciários acidentários, consideran-

do apenas os auxílios-doença por

acidente do trabalho, geraram

uma despesa total de R$ 175,8

milhões de reais no Espírito San-

to. No Brasil esse montante foi de

R$ 14,9 bilhões.

De acordo com o diretor de

Saúde e Segurança na Indústria

do Sesi-ES, Júlio Zorzal, esses e

outros aspectos devem ser obser-

Ele destaca a implementação do

eSocial como ferramenta digital

que exigirá das organizações ma-

ior atenção gestão das informa-

ções e dos processos de saúde e

segurança do trabalho.

“Ele prevê uma gestão infor-

matizada de todas as informações

trabalhistas, recursos humanos,

previdenciárias e, principalmente,

saúde e segurança do trabalho.

Isso traz para a empresa o desafio

de fazer uma gestão integrada de

todas essas informações. A in-

dústria, hoje, se não tiver preocu-

pada com a gestão dessas infor-

mações pode ter alguns passivos

relacionadas à SST para respon-

der junto aos órgãos de controle”,

alertou. Norminha Sistema FINDES

Evento propõe rede em defesa dos trabalhadores e da seguridade social

Paulo Barros da Silva

proteção do trabalhador”.

O psicólogo do Cerest Rio Cla-

ro (Centro de Referência de Saúde

do Trabalhador), José Carlos Du-

arte, relatou casos de pacientes

que estavam aguardando 4 meses

uma perícia e, neste período, fi-

caram sem receber o benefício ou

salário, o que traz uma carga emo-

cional muito forte. Em sua avalia-

ção, há falta de peritos e profis-

sionais que atuam na agência de

sua região.

Duarte também vê a formação

de uma rede em torno das ques-

tões da Previdência Social de for-

ma positiva. “Fico feliz de termos

esse enfrentamento de forma co-

letiva. Sozinhos, ouvindo o traba-

lhador e acolhendo de alguma for-

ma, representa pouco para avan-

çar. É preciso um movimento co-

letivo amplo”.

Já a médica do Cerest Campi-

nas, Miriam Silveste, apresentou

casos de diferentes trabalhadores

– soldador, frentista, motorista e

pedreiro, que tiveram seus benefí-

cios cortados. “Nós temos uma

faxina na Previdência para enxu-

NR 2: A importância da Inspeção Prévia em novos estabelecimentos

Para quem atua diretamen-

te com Segurança do Trabalho, as

Normas Regulamentadoras – co-

nhecidas popularmente como

NRs – têm um peso grande na e-

xecução de toda e qualquer ação.

Junto ao uso de EPIs, seguir os

protocolos propostos por tais

normais garante a saúde, segu-

rança e bem-estar de todos os en-

volvidos nos processos laborais

da empresa.

O assunto do nosso blog post

de hoje é a NR 2. Acompanhe as

informações a seguir, entenda o

que dizem os tópicos da NR 2, te-

nha acesso às principais atualiza-

ções da norma e saiba qual sua

real importância no cenário da

Saúde e Segurança do Trabalho.

Boa leitura!

O que é a NR 2?

A NR 2 versa sobre a Inspeção

Prévia no que tange a liberação do

funcionamento de novos estabe-

lecimentos. Ela diz, exatamente,

que antes de iniciar suas ativi-

dades, o estabelecimento deve

solicitar a aprovação de suas ins-

talações ao órgão regional do

MTE (Ministério do Trabalho e

Emprego).

A principal finalidade da ins-

peção prévia é garantir que o novo

estabelecimento atenda aos prin-

cipais requisitos de saúde e segu-

rança, adotando o uso de EPIS e

oferecendo uma estrutura segura

aos colaboradores. Neste cenário,

os riscos de acidentes ou demais

doenças laborais são reduzidos

consideravelmente.

Ao contrário das demais Nor-

mas Regulamentadoras, a NR 2

não recebeu grandes atualizações

ao longo dos anos. Sua publica-

ção foi realizada em junho de

1978, com atualizações apenas

em março e dezembro de 1983.

Como é feita a liberação do es-

tabelecimento?

Cabe à empresa enviar ao MTE

uma declaração especificando to-

dos os pormenores das novas

instalações. O órgão, por sua vez,

avaliará a possibilidade de acatar

ou não o pedido, mas sempre

quando não for possível realizar

uma inspeção prévia antes do iní-

cio das atividades laborais.

Se a declaração atender aos

requisitos de segurança, o MTE

emitirá o CAI (Certificado de A-

provação de Instalações) – docu-

mento que aprova as condições

do ambiente, liberando-o para

funcionamento. Caso haja recusa

na avaliação da declaração, a em-

presa é impedida de funcionar,

como dispõe o artigo 160 da CLT.

O CAI deve ser apresentado no

modelo padrão proposto pelo

MTE, além de trazer informações

como:

1. Dados da empresa, como

razação social, atividade princi-

pal, entre outros.

2. Número de colaboradores,

incluindo homens e mulheres

maiores de idade, bem como os

menores de idade.

3. Descrição das instalações e

dos equipamentos.

4. Nome e assinatura do re-

presentante legal da empresa.

5. Nome e assinatura do Enge-

nheiro de Segurança, bem como

seus registros no MTE e no SS

MT.

Devemos salientar que sempre

que surgirem novos projetos de

construção e reforma no estabele-

cimento, que alterem o ambiente

ou equipamentos, e exijam novas

avaliações acerca da saúde e segu

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Toma posse nova gestão da Cissp da Fundacentro

Por ACS/Alexandra Rinaldi, com

contribuições de Ricardo Lorenzi

O especialista da área de Epi-

demiologia e Estatística da Fun-

dacentro, Ricardo Luiz Lorenzi,

explica, em nova aba criada no

subsite Estatísticas, a importância

de se adotar classificações esta-

tísticas e os fundamentos técni-

cos implicados nestas.

Do ponto de vista matemático,

uma classificação estatística é um

conjunto de categorias discretas

(no sentido matemático do ter-

mo), que podem ser atribuídas a

uma ou mais variáveis utilizadas

na coleta e apresentação de dados

e que descrevem as caracterís-

ticas de uma determinada popu-

lação. As classificações são usa-

das em inúmeras atividades téc-

nico-científicas, sendo impres-

cindíveis também na coleta, análi-

se e disseminação de dados de S

ST (seja qual for a abordagem

pretendida: sociométrica, econo-

métrica ou de cunho sanitário-e-

pidemiológico).

Além das informações já dis-

poníveis no subsite – sobre fon-

tes de dados, tabelas, análises,

boletins estatísticos, documentos

técnicos, legislação, tutoriais e

outros – o usuário obterá novas

informações sobre classificações

estatísticas de ocupações e clas-

sificações estatísticas de ativida-

des econômicas, documentos de

referência mundial e resoluções

de organismos internacionais nos

assuntos relacionados, além de a-

cesso a sites de institutos de pes-

quisa de vários países, os quais

divulgam suas classificações na-

cionais vigentes.

Ainda de acordo com o coor-

denador da pesquisa para a atua-

lização das informações, o princi-

Subsite oferece informações relevantes e de qualidade para usuários

que procuram conteúdos atualizados na área de estatísticas

pal objetivo do site é fazer com

que o usuário tenha acesso a con-

teúdos atualizados na área de

estatísticas voltadas à saúde do

trabalhador, propiciando buscas

por informação relevante e de

qualidade.

Além de organizar o acesso a

um conjunto expressivo de fontes

de dados brasileiras e internacio-

nais, apresentam-se informações

sobre o processo de análises de

dados, que em boletins estatísti- cos e notas técnicas vão esmiu-

çando aspectos que às vezes po-

dem ser de mais difícil compre-

ensão (dada a complexidade ine-

rente da matéria).

Uma informação citada na no-

va aba é sobre a origem da Clas-

sificação Brasileira de Ocupa-

ções, a CBO-77, editada em 1977

e cuja republicação foi impressa

na gráfica da Fundacentro, no CT

N, em 1982. A edição mais re-

cente do CBO é de 2002, ins-

tituída com base legal na Portaria

nº 397, de 10.10.2002. Esta clas-

sificação vem recebendo atualiza-

ções periódicas a cargo da Divi-

são de Classificação Brasileira de

Ocupações – DCBO / do Ministé-

rio do Trabalho, a cuja gestão to-

da a informação relacionada às

diversas versões da CBO encon-

tra-se vinculada.

Acesse o subsite Estatisticas

de Acidentes de Trabalho.

Norminha

Todos os aposentados que precisam

de cuidadores terão aumento de

25% na sua aposentadoria

O acréscimo, poderá inicialmente ser solicitado

administrativamente junto ao próprio INSS.

TESE FIRMADA

Com este julgamento que era

um recurso repetitivo (Tema 982)

sobre o assunto, a seção fixou a

seguinte tese: "Comprovada a ne-

cessidade de assistência perma-

nente de terceiro, é devido o a-

créscimo de 25%, previsto no ar-

tigo 45 da Lei 8.213/1991, a todas

as modalidades de aposentado-

ria.”

COMO SOLICITAR O BENEFÍ-

CIO?

O primeiro passo, é requerer

administrativamente diretamente

ao INSS o adicional de 25%, mes-

mo sabendo que o pedido será

negado. Com o indeferimento em

mãos, procure um advogado para

entrar com uma ação, já que o

direito foi garantido na Justiça.

Ou seja, você vai solicitar ao

INSS os 25% a mais, o INSS irá

negar, não tem problema, com a

negativa em mãos basta ir à Jus-

tiça.

Como esse adicional é calcu-

lado?

O valor é calculado sobre a sua

renda mensal. Ou seja, se o be-

nefício é de R$ 1.000 ao mês, ele

passará a receber R$ 1.250 com o

adicional. O acréscimo também

entra no pagamento do 13º salá-

rio.

O valor das aposentadorias é

limitado ao teto previdenciário,

que é de R$ 5.645,80, em 2018.

Porém, o ganho total, já com o a-

dicional, pode ultrapassar esse

valor.

Norminha

VALTER DOS SANTOS

Professor

Cerimônia de Posse da Comissão Interna de Saúde do Servidor

Público ocorreu no dia 23 de agosto de 2018.

Especialista explana sobre a importância de adotar classificações estatísticas

Por ACS/Débora Maria Santos

Fotos: SRI/Alex Pires

No dia 23 de agosto, ocor-

reu a transferência de posse da e-

quipe da Cissp de 2016 – 2018,

composta pela presidente Cristia-

ne Queiroz Barbeiro Lima, e pelos

membros Daniela Sanches Tava-

res, Eliane Vainer Loeff, José Hé-

lio Lopes Batista, Juliana Andrade

Oliveira, Marcelo Alexandre de

Vasconcelos, Roseclair Rodri-

gues de Campos, representante

da Coordenação de Recursos Hu-

manos (CRH) e a secretária Bian-

ca Rocha Alcântara.

A nova gestão será composta

por Angela Salete Genaro (presi-

dente), e pelos membros Luiz Ro-

berto Monteiro, Rogério Galvão

da Silva, Léo Vinicius Maia Libe-

rato, Hélvio Benedito Dias de Car-

valho e Ronildo Barros Orfão. A-

lém deles, este ano, mais três

membros farão parte como su-

plentes: Débora Maria Santos,

Augusto Portanova Barros e Ro-

berto Cunha Dantas.

Desde 2014, por meio da Por-

taria nº 105, de 27 de março, a

Fundacentro institui a composi-

ção formada por três indicados e

três membros eleitos para compor

a Comissão Interna de Saúde do

Servidor Público (Cissp). As ges-

tões são bianuais e a elaboração

de um Plano de Trabalho corres-

pondente ao período de atuação

será acompanhada de um repre-

sentante da Coordenação de Re-

cursos Humanos (CRH).

A criação da Comissão Interna

de Saúde do Servidor Público

(Cissp) da Fundacentro exerce

um papel importante. São desen-

volvidas ações fundamentais para

detectar riscos e situações preju-

diciais à saúde dos servidores e

terceirizados, com medidas que

possibilitem melhorias das con-

dições de trabalho, prevenção de

acidentes e doenças.

De forma geral, a gestão de

2016-2018 informa sobre o Plano

de Trabalho realizado e a impor-

tância de analisar e produzir a-

ções em prol de um ambiente de

trabalho saudável. Cristiane Quei- roz informa que a equipe teve a

preocupação de integrar os servi-

dores e trabalhadores terceiriza-

dos, setores técnicos e adminis-

trativos. Com isso, foram promo-

vidas palestras sobre assédio mo-

ral no trabalho, assédio sexual e

opressão de gênero, orientações

sobre a dengue, zica e chikun-

gunya.

Além de palestras, também foi

realizado o I curso de formação

para membros da CISSP e inter-

locutores. Nesta gestão também

foi desenvolvida campanha contra

o assédio sexual; a opressão de

gênero, gentilezas e atitudes mais

cordiais e gentis no trabalho

“Gentileza Gera Gentileza”. Reali-

zou também a I Semana Interna de

Saúde dos Agentes Públicos da

Fundacentro e outras ações.

A presidente ressalta que “os

servidores que compõem esta

Comissão visam desenvolver ini-

ciativas e ações que sejam bem

sucedidas na área de saúde ocu-

pacional. É importante cuidar da

saúde e segurança dos servidores

e, com isso, promover um ambi-

ente de trabalho saudável”, enfa-

tiza Leonice da Paz.

A assessora da Diretoria Téc-

nica, Tereza Luiza Ferreira San-

tos, e o diretor Executiva (DEx),

Allan David Soares, parabeniza-

ram a gestão anterior e desejaram

boa sorte para a nova gestão e

que estão à disposição para a

continuidade das ações iniciadas

pela equipe anterior e as novas

que possam ser contempladas

para melhorar ainda mais a saúde

e segurança dos servidores e ter-

ceirizados da Fundacentro.

Durante a cerimônia de posse,

a presidente Leonice da Paz, em

nome de todos os funcionários da

Fundacentro, fez uma homena-

gem para Cristiane Queiroz Bar-

beiro Lima e Angela Salete Gena-

ro.

Norminha

É importante lembrar que

atualmente, somente aposentados

por invalidez têm direito a esse

pagamento. Agora, aposentados

por idade e tempo de serviço po-

derão requerer o adicional.

Isto porque, uma ação que foi

julgada na Primeira Seção do Su-

perior Tribunal de Justiça (STJ),

decidiu por 5 votos a 4, estender a

todos os aposentados do Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS)

que necessitam de cuidados per-

manentes um adicional de 25%

em seu benefício.

Para conseguir o acréscimo de

25%, o aposentado precisará

comprovar que necessita de cui-

dados permanentes de terceiros.

Com este julgamento, o adicional

fica estendido às aposentadorias

por idade e tempo de serviço.

Cabe ressaltar que, o teto de

benefícios do INSS é de R$ 5.645

reais. Com os 25%, o valor pago

pode superar esse limite.

Em resumo o STJ decide es-

tender para todos os tipos de apo-

sentadoria o direito ao adicional

de 25% sobre o valor do benefício

se o segurado comprovar que pre-

cisa de um cuidador ou da ajuda

permanente de outra pessoa para

suas necessidades básicas diá-

rias.

PREVISÃO LEGAL

A assistência é prevista no ar-

tigo 45 da Lei 8.213/1991 apenas

para as aposentadorias por invali-

dez e se destina a auxiliar as pes-

soas que precisam da ajuda per-

manente de terceiros.

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Agronegócio

lidera emprego

com atividades

relacionadas à

soja e laranja

Dados do Cadastro Geral

de Empregados e Desempregados

(Caged) mostram que a contrata-

ção de 17.455 novos empregados

pelo agronegócio foi liderada por

atividades relacionadas à soja e

laranja. Segundo dados do Minis-

tério do Trabalho, o segmento da

soja contratou 2.946 pessoas,

sendo 1.722 empregados em Ma-

to Grosso e 771 em Goiás. Já a

laranja terminou o mês com 1.380

novos cargos, sendo a maioria a-

bsoluta em São Paulo (1.347 pos-

tos).

Em outro recorte, o Caged in-

forma que as atividades de apoio

à agricultura terminaram com 7.

328 novos empregados em julho,

especialmente em São Paulo (5.

474) e Minas Gerais (859).

Entre as outras atividades do

setor agropecuário, o cultivo em

lavouras temporárias registrou 5.

780 postos de trabalho, especial-

mente São Paulo (2.529) e Minas

Gerais (1.571).

Ainda no detalhamento por se-

tor, os serviços geraram saldo lí-

quido de 14.548 postos de traba-

lho. Nesse caso, destaque positi-

vo para o segmento de comer-

cialização de imóveis e valores

mobiliários, serviços médicos,

transportes e telecomunicações.

A construção civil também ter-

minou o mês com mais de 10 mil

novos empregos, especialmente

na construção de edifícios e obras

para energia elétrica, telecomuni-

cações e rodovias.

Por outro lado, o comércio fe-

chou 249 empregos. Em 2018, o

varejo demitiu em seis dos sete

meses. Norminha

Fonte: Estadão Conteúdo

Texto extraído da revista Globo Rural

11 previsões para o futuro não tão distante da advocacia.

Como os advogados do futuro vão trabalhar?

iam capacitados e preparados pa-

ra o mercado.

Quase todas as faculdades de

direito ainda não se atualizaram

com um novo formato de conduzir

a advocacia. Antigamente não e-

xistia metade das alternativas que

existem hoje. O mundo está mais

competitivo e é preciso demons-

trar um diferencial em relação ao

outro colega.

Por isso, já há uma sinalização

de que os currículos vão mudar.

Neles serão incluídas disciplinas

que preparem o estudante e futuro

profissional para uma advocacia

realmente profissionalizada e

competitiva. Daí a necessidade de

incluir temas como gestão, mar-

keting jurídico, jurimetria e muitas

outras disciplinas desse tipo.

Isso só depende de a própria

classe reconhecer essas mudan-

ças.

Advogados poderão trabalhar

de qualquer lugar

Para aqueles que não gostam

de fixar raízes num só lugar, essa

é uma boa notícia. Se a tecnologia

e muitas das previsões que a gen-

te fez até aqui pegarem, é muito

provável que a necessidade de ter

de permanecer em um lugar desa-

pareça.

Assim, um advogado poderá a-

tuar de qualquer ponto do mundo

com uma boa internet, por exem-

plo.

É claro que questões como

confiança precisam ser bem tra-

balhadas, mas quanto mais ferra-

mentas de controle forem desen-

volvidas e aperfeiçoadas, melhor

e mais eficiente será escolher um

advogado. Quanto mais confiança

e credibilidade a classe tiver, mais

liberdade para escolher de onde

atuar haverá.

Muito do que eu falei é visto

como heresia por muitos colegas.

Mas não dá pra se esconder e não

defender que mudanças aconte-

çam. Ainda mais para melhorar a

advocacia. Afinal, era heresia di-

zer que a Terra girava em torno do

Sol. Hoje, sabemos quem tinha

razão. Norminha

Por Matheus Galvão

Eu tenho quase quatro anos

de formação em Direito. Durante

uma média de dois anos e meio

deles eu atuo como advogado.

Não é fácil. Atire a primeira pedra

quem nunca sentiu a cabeça fer-

ver quando informaram que o

processo estava na secretaria para

ter as páginas carimbadas. Tudo

isso depois de três meses de pro-

cesso protocolado! E o que falar

dos embargos protelatórios? E da

demora para que eles sejam jul-

gados?

Mas a demora não é nosso

único desafio na advocacia. Mui-

tos colegas têm medo de aceitar

que o trabalho do advogado pode

e deve ser substituído em boa

parte por soluções eficientes e

menos burocráticas. Por que es-

tudar cinco anos para, simples-

mente, copiar e colar ou fazer pe-

quenas edições em petições repe-

titivas? Por que ir ao Judiciário,

quando, na verdade, a solução

pode aparecer numa simples con-

versa aberta e transparente?

Com base no que eu já tenho

visto como alternativas de solu-

ções e os projetos em desenvol-

vimento, eu teria alguns palpites

do que vai acontecer no futuro da

advocacia.

Sistema único para as ações

judiciais

Não sei porque ainda não se

colocou um ponto final nesse

problema. Quando queremos pro-

tocolar uma ação, temos que en-

carar uma variedade de processos

diferentes. Lidar com interfaces

complexas e nada intuitivas.

Isso é um problema que inter-

fere no custo e tempo do trabalho.

Não seria muito mais eficiente po-

der, por exemplo, distribuir várias

ações em bloco? Inteligência e

tecnologia para isso já existe e

acredito que isso não demoraria

para ser implementado.

Morte do cartão de visita

Logo que comecei a advogar,

uma dos meus primeiros impul-

sos foi encomendar uma caixa de

cartões de visita. Até hoje tenho

essa caixa. Não entreguei nem 1/

10 dela.

Todas as vezes em que co-

nheci potenciais clientes ou par-

ceiros, eles anotaram meu núme-

ro em seus telefones. Entreguei

mais cartões para parentes, ami-

gos e colegas do que para clien-

tes. Acredito que seja uma ques-

tão mais de vaidade do que de

necessidade.

Gastamos a maior parte do

tempo em frente ao computador,

elaborando e enviando petições,

cumprindo prazos. Hoje, as pes-

soas encontram seu número nas

redes sociais e em sites. É pos-

sível usar plataformas como o

Jusbrasil para fazer networking,

por exemplo. Estamos criando re-

lações pela internet e usando fer-

ramentas eletrônicas para evitar

manusear coisas físicas. Por que

imprimir cartões, então?

Montar petições com um cli-

que

Acho que 9 de 10 petições que

escrevo são muito similares.

Quando temos uma especialidade

e nos tornamos fiéis a elas, a-

traímos mais e mais ações com as

mesmas situações e caracterís-

ticas, poucas variações.

Hoje já é possível, com a ajuda

de inteligência artificial, usar es-

pecificações pré-estabelecidas e

associá-las a textos, citações, etc.

que se encaixam para resultar nu-

ma petição otimizada. Afinal, isso

já é que fazemos manualmente.

São poucas as mudanças que fa-

zemos nas ações repetitivas. No-

me e qualificação, basicamente.

Por que não gastar tempo com

algo mais produtivo como, por e-

xemplo, estudar novas teses e de-

finir abordagens e estratégias

mais eficientes?

Receber menos telefonemas

de clientes

Devemos tudo que temos aos

nossos clientes e, sim, eles de-

vem ser mantidos informados de

situações bem específicas sobre

seus processos. O cliente só pre-

cisa entender que um advogado

tem vários clientes e que é im-

possível manter um contato fre-

quente. Caso contrário, perdere-

mos tempo que poderia ser in- vestido em defender a causa dele.

Para chegar a um meio termo,

a tecnologia - ela de novo! – aju-

da. E se seu cliente pudesse ter

acesso a uma plataforma em que

ele é notificado sempre que você

faz alguma movimentação no

processo dele? E se ele pudesse

ter isso de forma clara, objetiva e

transparente?

Sim, teríamos tempo para nos

preocupar em dar andamentos

aos processos de todos os clien-

tes e deixá-los todos felizes. Isso

vai acontecer, não vai demorar.

Reduzir ou acabar com os cus-

tos de um escritório físico

Ter um escritório é um dos de-

sejos mais presentes entre os ad-

vogados. Nós sabemos que, tra-

dicionalmente, ter um lugar baca-

na para receber os clientes era

muito importante.

Acontece que hoje, cada vez

menos recebemos clientes em

nossa sala e a quantidade de do-

cumentação em papel é quase

nula. Tudo está em nossos com-

putadores e o contato pode ser

feito por telefone, e-mail e outros

canais virtuais.

Advogados serão “os juízes”

de seus conflitos

Ir à Justiça é uma opção de-

morada e custosa. Além disso há

muito risco quando se coloca

uma decisão para um terceiro -

mesmo que ele seja imparcial -

pois ele não está a par de tudo,

apenas de alguns traços de prova

que podem falsear muitas infor-

mações.

Alternativa como mediação,

conciliação e arbitragem acabam

se mostrando muito mais eficien-

tes e contribuem para uma solu-

ção mais justa para todas as par-

tes. O papel do advogado, nesse

cenário acaba sendo muito mais

importante no resultado da solu-

ção do que no jogo da sorte do

Judiciário.

Audiências vão ser virtuais

Quem advoga, sabe como a au-

diência é um momento importante

no processo. Porém, muitas ve-

zes, algumas partes não podem se

deslocar por razões justificáveis.

Em 2012 foi realizada a pri-

meira audiência virtual em razão

de a depoente está em Portugal

fazendo o pós-doutorado.

Para evitar que o processo du-

re por muito tempo, inovações

como essa são sempre pertinen-

tes.

Em um cenário cada vez mais

tecnológico, as opções de verifi-

cação de identidade e de quali-

dade da recepção da imagem

possibilitam que diversas audi-

ências sejam feitas à distância.

Isso reduz em muito o custos do

judiciário e até mesmo os custos

da ação, para o jurisdicionado e

para o advogado.

Nada de trabalhos repetitivos

Muitos amigos meus que fo-

ram trabalhar em escritórios saí-

ram frustrados. No fundo, eles

não faziam nada que um advo-

gado faria. Acabaram lidando

com trabalhos burocráticos e

processo repetitivos, como sim-

plesmente inserir dados em pla-

nilhas.

Esse tipo de trabalho não é

nem um pouco prazeroso. Estu-

dar cinco anos para não poder re-

almente focar em um trabalho in-

telectual e estratégico é decepcio-

nante. A boa notícia é que as em-

presas de tecnologia estão inves-

tindo pesado em desenvolver a-

plicações inteligentes e eficientes

que substituam os advogados em

trabalhos que dispensam qual-

quer esforço intelectual.

A burocracia vai ficar para trás

e os advogados vão poder se de-

dicar a atividades relevantes e re-

almente impactantes, como anali-

sar e interpretar os dados coleta-

dos diretamente pelas aplicações.

Apostamos que sim!

Robôs vão fazer petições e

prolatar sentenças

Quando as coisas começam a

demonstrar um padrão, muito

provavelmente é possível identifi-

car as características e apresentar

uma solução muito mais prática.

O uso de modelos de petição

pelos advogados e de modelos de

decisões pelos juízes demons-

tram isso. O trabalho maior é de-

cidir a estratégia ou fundamen-

tação nesses casos e aplicar a

fatos com traços bem específicos.

Por que, então, pessoas preci-

sam fazer um trabalho de subs-

tituir campos, quando máquinas

podem fazer isso e como mais e-

ficiência?

Recentemente, 100 advoga-

dos foram derrotados contra uma

máquina na análise de contratos

de seguro.

A taxa de acerto e eficiência

dos humanos foi de 66,3%, en-

quanto a Inteligência artificial foi

de 86,6%.

Estudantes sairão muito mais

preparados para o mercado jurí-

dico

No Brasil existem mais esco-

las de direito do que em todo o

mundo. Isso não tem garantido,

entretanto, que os advogados sa-

Page 10: NORMINHAS MINISTÉRIO Norminha, o curso será realizado em Araçatuba (SP) Ave-nida Odorinho Perenha, 979, das 8 às 17 horas. Pré-requisitos para Inscrição: • Escolaridade mínima

Página 10/12 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 482 - 30/08/2018

b) 11% do sobre o salário mí-

nimo.

Se contribuir conforme o item

a pode ter direito a tais benefícios:

aposentadoria por tempo de con-

tribuição; aposentadoria por ida-

de; aposentadoria por invalidez;

auxílio-doença; salário-materni-

dade; pensão por morte e auxílio-

reclusão.

Se contribuir conforme o item

b terá direito aos benefícios pre-

vistos no item anterior, com exce-

ção da aposentadoria por tempo

de contribuição, a não ser que

contribua complementando o va-

lor.

Ainda, os (as) donos (as) de

casa inscritos no CadÚnico e de

baixa renda (renda familiar não

superior a dois salários mínimos),

bem como os microeemprende-

dores individuais (MEI´s) podem

contribuir com alíquota reduzida

de 5% sobre o salário mínimo.

Hipótese em que terão direito aos

mesmos benefícios do item b, ou

seja, aposentadoria por idade; a-

posentadoria por invalidez; auxí-

lio-doença; salário-maternidade;

pensão por morte e auxílio-re-

clusão.

Como diferença podemos des-

tacar o fato do segurado faculta-

tivo não poder pagar contribui-

ções retroativas à sua inscrição e

ter período de graça (período em

que mesmo sem contribuir para

previdência continua coberto pela

Previdência Social) menor de 6

meses. Norminha

[1] Art. 7º, XXXIII da CR redação dada

pela EC 20/98.

Aline Simonelli Moreira - Advogada-só-

cia do escritório Brito & Simonelli Advo-

cacia www.britoesimonelli.com.br

Professores do

Centro Paula

Souza

recebem

treinamento na

Fundacentro

Ação foi realizada em conjunto

com GT Educação em

Segurança Química da Conasq

Por ACS/ Cristiane Reimberg com

informações de Fernando Sobrinho

A Fundacentro realizou o

primeiro módulo do treinamento

em Segurança Química para do-

centes do Centro Paula Souza,

dos cursos de técnico de seguran-

ça do trabalho, técnico em quími-

ca, técnico em farmácia e técnico

ambiental. As aulas ocorreram

nos dias 21 e 22 de agosto, na se-

de da instituição em São Paulo/

SP.

Uma das propostas do GT E-

ducação da Comissão Nacional

de Segurança Química – Conasq,

do qual também participam o

Centro Paula Souza e a Funda-

centro, é levar o tema para os di-

ferentes níveis de ensino. Por isso

a capacitação de docentes é fun-

damental, pois eles podem atuar

como multiplicadores, formando

os novos profissionais de SST, do

meio ambiente e da área química

e farmacêutica com conhecimen-

tos sobre segurança química.

Esse primeiro módulo abordou

os fundamentos de segurança

química, de eletricidade estática e

de higiene ocupacional, voltada

para agentes químicos. As aulas

foram dadas pelos engenheiros

Fernando Sobrinho e José Posse-

bon, da Fundacentro, com suporte

logístico da Coordenação de Edu-

cação.

O segundo módulo ocorre nos

dias 18 e 19 de setembro, com a

participação de docentes da Fun-

dacentro e da Companhia Ambi-

ental do Estado de São Paulo –

Cetesb.

Norminha

Uma destilaria foi atingida

por uma explosão na manhã desta

quarta-feira (29), em Jandaia, a

120 km de Goiânia. Por conta do

acidente, o auxiliar de serviços

gerais Natan da Silva, de 19 anos,

que trabalhava no local, morreu.

Ao menos outras três pessoas fo-

ram socorridas e levadas para

hospitais da região.

Em nota, a Denusa Destilaria

Nova União S/A lamentou a morte

do funcionário e informou que a

explosão ocorreu no pré-evapo-

rador na indústria. O comunicado

Como comprovar tempo de contribuição sem a carteira de trabalho?

destaca ainda que a companhia

"está prestando toda a assistência

às vítimas e aos seus familiares" e

que o equipamento foi isolado pa-

ra ser periciado, afim de descobrir

as causas do acidente.

Os próprios brigadistas da em-

presa foram quem apagaram as

chamas. Três pessoas foram so-

corridas e levadas para dois hos-

pitais de Indiara: Marcelo Santana

da Silva Santos, 32 anos, Marcos

Mateus de Souza Moraes, de 28,

e Alessandro Alves da Silva, cuja

idade não foi divulgada.

Quem pode ser segurado

facultativo do INSS?

Quais benefícios da previdência terei direito? Posso complementar

minha contribuição obrigatório como segurado facultativo? Veja a

solução para as principais dúvidas na postagem.

Após o primeiro atendimento,

eles foram transferidos para o

Hospital de Urgências Governa-

dor Otávio Lage de Siqueira (Hu-

gol), em Goiânia. Os três estão

em estado grave, de acordo com

a unidade de saúde, e dois res-

piram com ajuda de aparelhos.

Norminha

Explosão mata funcionário em destilaria de álcool de Jandaia

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 482 – 30/08/2018 - Fim da Página 10/12

A CTPS (Carteira de Trabalho

e Previdência Social) é o docu-

mento que comprova todos os

Vínculos Empregatícios e as con-

tribuições previdenciárias durante

a vida do trabalhador.

O documento é obrigatório pa-

ra toda pessoa que venha a pres-

tar algum tipo de serviço, seja na

indústria, no comércio, na agri-

cultura, na pecuária ou mesmo de

natureza doméstica. Mas, em ca-

so de perda desse documento vo-

cê sabe como recuperar os re-

gistros?

Vejamos, em caso de perda da

carteira de trabalho você certa-

mente terá alguma dificuldade na

hora de pedir sua aposentadoria

por exemplo, dentre outras coi-

sas.

Esse documento é de essen-

cial importância para comprova-

ção do tempo de contribuição

junto ao INSS (Instituto Nacional

do Seguro Social).

Na CTPS devem constar todos

os seus registros de contratos de

trabalho e anotações do valores

de salários.

NOSSA DICA:

Em caso de perda da carteira,

você deve primeiramente acessar

o Extrato Previdenciário CNIS –

Cadastro Nacional de Informa-

ções Sociais, para conferir se

constam todos os seus registro

que estavam na CTPS. O CNIS é

o relatório que permite ao cidadão

visualizar dados cadastrais, todos

os vínculos, remunerações e con-

tribuições feitas para a Previdên-

cia e constantes no seu cadastro.

Se mesmo assim, você ainda

precisar da carteira, para compro-

var alguma informação que não

conste no CNIS ou porque pre-

tende continuar no mercado de

trabalho, é possível solicitar a e-

missão da 2ª (segunda via).

MUDANÇA (NOVO MODELO)

Oportuno lembrarmos que a-

gora existe um novo modelo da

CTPS é emitida por meio de um

Sistema Informatizado que permi-

te a integração nacional dos da- dos impedindo as emissões em

duplicidade e forma um banco de

dados do trabalhador que contém

informações dos dados da quali-

ficação civil e outros complemen- tares como: endereço, número do

CPF, do Título de Eleitor, da CNH,

fotografia, impressão digital e as- sinatura digitalizadas e nº do NIS/

PIS. E, atualmente Carteiras de

trabalho poderão ser emitidas em

agências dos Correios.

De posse do novo documento,

basta comparecer nas empresas

onde trabalhou e solicitar gentil-

mente que o RH refaça anotações

na ordem em que estavam.

Cabe salientarmos que o re-

gistro na carteira é um direito im-

prescritível, em outras palavras

você pode requerer a qualquer

tempo. Entretanto, caso o ex-em-

pregador se recuse a fazer as ano-

tações, será necessário ingressar

com uma reclamação trabalhista

(uma ação na Justiça do Trab-

alho), a fim de resolver tal situa-

ção.

RECOMENDAMOS AINDA

Que antes de acionar a Justiça,

você tem outra alternativa, que é

comparecer no Ministério do Tra-

balho para tentar resolver a situa-

ção sem ter que ir à Justiça.

Para isto, você deve procurar

uma unidade do Ministério do

Trabalho e solicitar as anotações

na carteira com base na RAIS (re-

lação de informações sociais) ou

no CAGED (cadastro de empre-

gados). Norminha

Os links dos órgãos e documentos

mencionados no artigo, constam em

nosso blog:

www.professorvalterdossantos.com

Podem ser inscritos como

segurados facultativos do INSS os

maiores de 16 anos que não pos-

suam renda própria não se enqua-

drando como segurados obrigató-

rios (empregados, domésticos, a-

vulsos, segurados especiais, con-

tribuinte individual)[1], como e-

xemplo: dono (a) de casa, estu-

dante, bolsista, estagiário (a) e

desempregados.

Ou seja, um empregado de

carteira assinada não pode pagar

a parte como segurado facultativo

para o INSS com objetivo de au-

mentar sua renda.

Ainda, para ser segurado facul-

tativo do INSS, o segurado não

pode exercer atividade de vincu-

lação obrigatória a qualquer regi-

me previdenciário.

Por exemplo, um servidor pú-

blico com regime próprio da pre-

vidência federal, não pode contri-

buir como segurado facultativo do

INSS para aumentar sua renda. A

mesma regra cabe para os servi-

dores públicos estaduais e muni-

cipais vinculados a um regime

próprio de previdência (salvo na

licença sem remuneração sem a

possibilidade de recolhimento de

contribuições ao seu Regime Pró-

prio de Previdência Social).

O segurado facultativo possui

algumas semelhanças com o se-

gurado contribuinte individual,

como o fato de pagar a contri-

buição por carnê, podendo contri-

buir de duas maneiras:

a) 20% sobre o valor que es-

colher sobre a base de cálculo que

escolher entre o salário mínimo

(R$ 954 em 2018) e o teto da

previdência (R$5.645,80 em 2018

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ses tóxicos. Em situações extre-

mas, trabalhadores só devem en-

trar nas instalações com máscaras

de oxigênio.

Souza diz que resgatar traba-

lhadores nessas condições é uma

das atividades mais temidas entre

seus colegas. "Se a gente não to-

ma cuidado com nossa própria

segurança, também vira vítima."

Acidentes em traders de grãos

O levantamento mostra ainda

que acidentes fatais ocorreram

tanto em armazéns de cooperati-

vas (normalmente geridas por

grupos de produtores rurais) e de

fazendas individuais quanto em

silos de multinacionais que co-

mercializam grãos, conhecidas no

setor como traders.

Foram registradas mortes em

armazéns das gigantes Cargill (4),

Bunge (2) e Amaggi (1).

Em nota à BBC News Brasil, a

Abiove (Associação Brasileira das

Indústrias de Óleos Vegetais), que

representa as três multinacionais,

diz que os silos de todas as pro-

priedades e empresas ligadas à

associação estão sujeitos a um

rígido controle de segurança, que

inclui a identificação de riscos,

medidas preventivas e capacita-

ção profissional.

Silos que armazenavam milho

e soja predominam entre os locais

de acidentes fatais, mas também

houve mortes em armazéns de ar-

roz, café, açúcar, ração animal e

feijão.

Em seis casos, os mortos não

eram trabalhadores, e sim paren-

tes que os acompanhavam e já-

mais poderiam ter entrado nos si-

los.

Em 2017, uma mulher morreu

soterrada em Alta Floresta (MT)

enquanto levava um prato de co-

mida ao marido, que trabalhava

ali. Dois anos antes, um menino

de 8 anos foi soterrado quando

brincava em um silo na fazenda

dos avós, em Três Lagoas (MS).

Desde 2015, outros dois meni-

nos de 7 anos morreram soterra-

dos em armazéns em Tangará da

Serra (MT) e Marechal Cândido

Rondon (PR), e uma menina de 9

anos morreu encoberta pela soja

em Cerrito (RS).

Os acidentes ocorrem em um

momento em que o país amplia a

quantidade de armazéns agrícolas

para acompanhar o aumento na

produção.

Entre 2000 e 2016, segundo a

Conab (Companhia Nacional de

Abastecimento), a capacidade de

armazenagem de grãos no país

cresceu 80%, favorecida em gran-

de medida por linhas de crédito

públicas.

Apesar do aumento, a comp-

anhia diz que a capacidade de ar-

mazenamento do Brasil precisaria

crescer mais 48% para cobrir toda

a produção atual.

Essa matéria continua na página

12/12

Exclusivo: João Fellet - @joaofellet -

Da BBC News Brasil em São Paulo

VITOR FLYNN/BBC NEWS BRASIL

Efeito 'areia movediça' é um dos

principais causadores de mortes

em silos carregados de grãos

Os ajudantes Edgar Jardel

Fragoso Fernandes, de 30 anos, e

João de Oliveira Rosa, de 38, ini-

ciavam o expediente na Coopera-

tiva C. Vale, em São Luiz Gonzaga

(RS), quando foram acionados

para desentupir um canal de um

armazém carregado de soja.

Era abril de 2017, quando a

colheita da oleaginosa confirmava

as previsões de que o Brasil atin-

giria a maior safra de sua história.

Enquanto tentavam desobstruir o

duto caminhando sobre os grãos,

os dois afundaram nas partículas.

Morreram asfixiados em poucos

segundos, encobertos por várias

toneladas de soja.

Acidentes como esse em ar-

mazéns agrícolas têm se tornado

frequentes conforme o agronegó-

cio brasileiro bate sucessivos re-

cordes – expondo um efeito cola-

teral pouco conhecido da moder-

nização do campo.

Um levantamento inédito feito

pela BBC News Brasil revela que,

desde 2009, ao menos 106 pes-

soas morreram em silos de grãos

no país, a grande maioria por so-

terramento.

Cada vez mais comuns nas

paisagens rurais do país, silos

são grandes estruturas metálicas

usadas para armazenar grãos, evi-

tando que estraguem e permitindo

que vendedores ganhem tempo

para negociá-los.

Mato Grosso (28), Paraná (20),

Rio Grande do Sul (16) e Goiás

(9). Houve mortes em 13 Estados

distintos, em todas as regiões do

país.

Sorriso (MT), o município bra-

sileiro com maior valor de produ-

ção agrícola – R$ 3,2 bilhões em

2016, segundo o IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatís-

tica) – foi também o que registrou

mais mortes em silos, empatado

com a também mato-grossense

Canarana, com sete casos cada.

Trabalhos mais perigosos no

Brasil

"Os dados são estarrecedo-

res", diz à BBC News Brasil Idel-

berto Muniz de Almeida, profes-

sor de Medicina do Trabalho da

Universidade Estadual Paulista

(Unesp) em Botucatu.

Segundo ele, o levantamento

indica que o trabalho em silos es-

tá entre as atividades com mais

acidentes fatais no país, depois

das profissões sujeitas a mortes

no trânsito.

VITOR FLYNN/BBC NEWS BRASIL

Mortes mais comuns em silos

ocorrem quando trabalhador

afunda na massa de grãos e é

asfixiado

Não há estatísticas oficiais pre-

cisas sobre mortes em armazéns

de grãos no Brasil. Quando tra-

balhadores sofrem acidentes, ca-

be ao empregador informar a o-

corrência ao Ministério da Previ-

dência Social. No formulário de

notificações, porém, não há um

código para armazéns agrícolas,

englobados pela categoria mais

abrangente de "depósitos fixos".

O levantamento da BBC News

Brasil considera todas as mortes

por acidente de trabalho em arma-

zéns de alimentos a granel (não

empacotados) que foram noticia-

das por veículos jornalísticos. Os

casos foram pesquisados por me-

io de sites de busca, em mídias

sociais e no YouTube.

Mortes evitáveis

O professor Idelberto Almeida

afirma que a maioria dos aciden-

tes em silos ocorre quando medi-

das de prevenção não são adota-

das ou não funcionam de forma a-

dequada. "As estratégias para evi-

tar esses acidentes são ampla-

mente conhecidas há pelo menos

15 anos", diz.

Segundo o professor, a ocor-

rência de vários casos em um

mesmo Estado ou município indi-

ca que "o poder público tem se

mostrado impotente" diante do fe-

nômeno.

Por isso, quando Anderson

Rodrigo Reis começou a afundar

em um monte de soja em um silo

em Paranapanema (SP), pensou

que não escaparia.

"Gritei: 'pelo amor de Deus,

me segura que estou indo para

baixo e vou morrer, não estou a-

chando o chão, estou afundando,

afundando!'", ele conta à BBC

News Brasil.

Hoje com 40 anos, Reis traba-

lhava desde 2014 na Cooperativa

Agro Industrial Holambra como

ajudante geral.

Naquele dia, em julho de

2017, entrou no silo para ajudar a

carregar um caminhão. Foi quan- do um colega, diz, prendeu a per-

rinho". "Vai apertando como lata

de sardinha; você não sente dor

numa parte, sente em tudo."

Reis conta que, apesar da gra-

vidade do acidente, a empresa re-

lutou em esvaziar o silo para fa-

cilitar o resgate, pois não queria

perder dinheiro com o descarte.

Mas relata que os bombeiros in-

sistiram e abriram uma fenda na

lateral da construção, permitindo

que o nível de soja baixasse e ele

fosse puxado.

O ex-ajudante diz que conhecia

os riscos do trabalho em silos e

havia sido treinado para a ativida-

de. Ele sabia que, ao caminhar so-

bre a massa de grãos, trabalha-

dores deveriam estar presos por

cordas a um sistema de ancora-

gem.

Mas afirma que, quando não

hávia técnicos de segurança no

silo, como naquele dia, os super-

visores afrouxavam as regras para

acelerar os trabalhos. Ele não ves-

tia cinto de segurança quando so-

freu o acidente.

Desde aquele episódio, Reis

nunca mais conseguiu entrar em

silos. Ele diz que pediu à empresa

para ser transferido a outros seto-

res, mas que, nove meses depois

do acidente, foi demitido sem jus-

tificativas.

Procurada pela BBC News Bra-

sil, a Cooperativa Agro Industrial

Holambra não quis comentar o

caso.

ARQUIVO PESSOAL

Anderson Rodrigo Reis diz que

nunca mais conseguiu entrar em

silos após sobreviver a acidente

em silo

Gases tóxicos em silos

Bombeiro em Sorriso (MT),

um dos dois municípios que re-

gistraram mais mortes em silos

(7), o tenente Gustavo Souza já a-

tendeu quatro casos de soterra-

mentos em armazéns. Em todos

eles, não houve sobreviventes.

Ele diz que, em alguns casos,

o trabalhador cai nos grãos e é

soterrado após passar mal com

gases tóxicos produzidos por sua

fermentação.

Há ainda casos em que as

mortes são causadas unicamente

pela inalação desses gases – co-

mo em ocorrências registradas

em Poços de Caldas (MG), Ca-

choeira do Sul (RS) e Tangará da

Serra (MT).

No acidente em Tangará, em

2011, a vítima foi justamente um

bombeiro que tentava resgatar

dois trabalhadores que haviam

passado mal com gases tóxicos

em um silo com soja. O soldado

Valmir Bezerra de Jesus desmaiou

durante a operação e passou 17

dias internado antes de morrer. Os

dois trabalhadores sobreviveram.

As normas de segurança em

silos incluem o uso de sistemas

de ventilação e de detecção de ga-

As silenciosas mortes de brasileiros soterrados em armazéns de grãos

Foram contabilizados apenas

casos noticiados pela imprensa –

o que, segundo especialistas, in-

dica que as ocorrências sejam

ainda mais numerosas, pois nem

todas as mortes são divulgadas.

O ano com mais acidentes fa-

tais foi 2017, quando houve 24

mortes, alta de 140% em relação

ao ano anterior. Em 2018, houve

13 ocorrências até julho – sinal de

que as mortes devem se manter

no mesmo patamar de 2017, con-

siderando-se o histórico de distri-

buição das ocorrências ao longo

do ano.

Os Estados que tiveram mais

casos são os mesmos que lideram

o ranking de produção de grãos:

Segundo o ministério, o setor

de armazenagem – que inclui o

trabalho em silos de grãos, mas

também em vários outros tipos de

armazéns – teve 11,13 mortes a

cada 100 mil trabalhadores em

2016, último ano com dados dis-

poníveis. O índice deixa o setor

entre os 25% campos econômi-

cos mais mortíferos para traba-

lhadores no Brasil.

Em outro sistema de conta-

gem, o Ministério Público do Tra-

balho – braço do Ministério Pú-

blico da União – registrou 14

mortes de trabalhadores por as-

fixia, estrangulamento ou afoga-

mento causados por cereais e de-

rivados entre 2012 e 2017.

Mato Grosso (28 mortes), Paraná (20), Rio Grande do Sul (16) e Goiás

(9) foram Estados com mais casos

Em geral, soterramentos em

silos matam em instantes. O tra-

balhador é asfixiado ao afundar

nos grãos e não consegue subir à

superfície, como se fosse sugado

por uma areia movediça.

Na maioria dos casos, ele é

engolido ao caminhar sobre os

grãos sem cordas de segurança

enquanto tenta movimentar as

partículas para desobstruir dutos.

Os grãos costumam se aglutinar

quando há excesso de umidade,

travando o funcionamento do silo.

Em outros casos, menos nu-

merosos, o trabalhador é enco-

berto por uma avalanche de grãos

quando paredes do armazém co-

lapsam – pondo em risco até

quem está fora da construção –

ou quando há grandes deslo-

camento de partículas dentro da

estrutura.

Silos podem ainda explodir se

tiverem grande quantidade de pó

de cereais – material que se trans-

forma em combustível quando em

contato com superfícies muito a-

quecidas ou faíscas.

Sobrevivente de acidente em

silo

Quando é envolto pelos grãos,

o trabalhador raramente sobrevi-

ve.

na na pilha de grãos ao empurrar

a soja para o canal que abastecia

o veículo.

VITOR FLYN/BBC NEWS BRASIL

Quando massa de grãos está

desnivelada no silos,

deslocamentos podem soterrar

trabalhadores em poucos

segundos

"Puxei ele, mas senti que a so-

ja estava fofa e era melhor sair.

Ajudei ele a tirar a botina e, quan-

do estávamos saindo, afundei de

vez."

Em alguns segundos, diz o a-

judante, os grãos chegaram à cin-

tura. O colega tentava puxá-lo pe-

los ombros, mas a pressão da so-

ja sobre o corpo impedia que fos-

se içado.

Quando estava só com o pes-

coço para fora, seu pé tocou a

borda de uma estrutura metálica.

Foi naquele ponto que o ajudante

geral se apoiou por quase cinco

horas, até ser resgatado por uma

equipe de bombeiros.

Ele diz que a pressão da soja o

obrigava a respirar "bem devaga-

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Continuação da página 11/12 de

“As silenciosas mortes de

brasileiros soterrados em

armazéns de grãos”

REUTERS

Procurador do Trabalho diz que

faltam auditores para fiscalizar

armazéns agrícolas em Mato

Grosso

Normas de segurança em silos

As recorrentes mortes em silos

no Paraná, segundo Estado com

mais registros (20), mobilizaram

o Ministério Público do Trabalho

(MPT) local.

No segundo semestre de 2017,

o escritório do MPT em Londrina,

que atua em 70 municípios, pediu

a todas as empresas com silos

informações sobre o cumprimen-

to da norma 33 do Ministério do

Trabalho, que rege as atividades

em ambientes confinados – cate-

goria que inclui o trabalho em ar-

mazéns de grãos.

A norma contém quase uma

centena de orientações para pre-

venir acidentes nesses espaços,

entre as quais proibir o acesso de

pessoas não treinadas, testar com

frequência os equipamentos de

segurança e realizar simulações

de salvamento.

O procurador do Trabalho

Marcelo Adriano da Silva diz à

BBC News Brasil que, a partir das

informações levantadas, o órgão

pedirá às empresas que se ade-

quem à norma ou entrará com

uma ação civil pública para cobrá-

las na Justiça a seguir as regras.

Douglas Nunes Vasconcelos,

procurador do Trabalho em Mato

Grosso, Estado que lidera o ran-

king de ocorrências (28), atribui

as mortes a falhas na fiscalização

por parte do Ministério do Traba-

lho e Emprego.

Ele afirma que os auditores do

ministério responsáveis por fisca-

lizar os silos são insuficientes – e

que a carência se agravou com os

cortes orçamentários dos últimos

anos.

Segundo o Sindicato Nacional

dos Auditores-Fiscais, o número

de profissionais na ativa é o

menor dos últimos 20 anos: há

hoje 2.305 auditores-fiscais em

todo o país, e 1.339 cargos estão

vagos.

REUTERS

Trabalho em silos se intensifica

no período de colheita de grãos;

em 2017, safra atingiu níveis

recordes

Em Mato Grosso, auditores

baseados em Rondonópolis e Cu-

iabá são responsáveis por fisca-

lizar uma área tão extensa quanto

a Venezuela.

O procurador diz ainda que,

como o trabalho em silos é sazo-

nal, muitas empresas costumam

terceirizar os serviços, recorrendo

a trabalhadores temporários e

sem treinamento adequado.

"Tentamos cobrar as empre-

sas, mas nossa perna é curta", a-

firma. No escritório do MPT em

Sinop (MT), onde ele atua, há

dois procuradores. A unidade é

responsável pelo norte mato-

grossense, região com grande

produção agropecuária.

Procurado pela BBC News

Brasil no dia 1° de agosto, o Mi-

nistério do Trabalho não quis in-

dicar um representante para uma

entrevista sobre as mortes em si-

los.

O órgão disse em nota que o

número de empresas fiscalizadas

em setores que utilizam armazéns

agrícolas (como comércio ataca-

dista de soja, moagem de trigo e

beneficiamento de arroz) passou

de 35, em 2016, a 713, em 2017.

Em 2018, segundo a pasta, já

houve 607 empresas inspecio-

nadas.

Questionado sobre as críticas

do procurador de Mato Grosso, o

ministério disse que há hoje 15

silos e armazéns interditados por

condições inadequadas naquele

Estado.

Afirma, porém, que "muitos

dos armazéns (em Mato Grosso)

estão localizados em zonas rurais

(...), o que dificulta a inspeção in

loco".

"Devido ao tamanho do Esta-

do, é pensado também em outras

formas de intervenção para po-

tencializar as adequações, so-

mando-se às inspeção físicas,

tais como reuniões com os em-

pregadores, notificação coletiva e

ações fiscais indiretas", afirma.

VITOR FLYNN/BBC NEWS BRASIL

Ruptura de parede de silo foi um

dos tipos de acidente em

armazéns de grãos que

provocaram mortes no Brasil na

última década

Mortes em silos em outros

países

Nos Estados Unidos, país com

capacidade de armazenamento de

grãos quase quatro vezes supe-

rior à brasileira, houve 23 mortes

por soterramento em silos em

2017, segundo um estudo da

Purdue University.

Até os anos 1970 e 1980, a

maioria de mortes em silos nos

EUA ocorria quando as unidades

explodiam. Normas federais de

segurança adotadas a partir de

1988 reduziram drasticamente

essas ocorrências, mas as mortes

anuais por soterramento continu-

aram na casa dos dois dígitos.

Naquele país, silos construí-

dos em fazendas, que concentram

boa parte dos acidentes, não são

obrigados a seguir as normas fe-

derais de segurança – regalia atri-

buída à influência do lobby agrí-

cola na política americana.

Na Argentina, outro país com

grande produção de grãos, mor-

tes em armazéns também são fre-

quentes. Em 1985, a explosão de

um silo na cidade portuária de Ba-

hía Blanca matou 22 pessoas e

gerou comoção nacional.

Na China, um dos acidentes

mais recentes em silos, ocorrido

em 2017 na província de

Shandong, causou seis mortes –

lá, uma avalanche de grãos

encobriu os trabalhadores.

ARQUIVO PESSOAL

João Fragoso Fernandes (à esq.)

com o irmão Edgar, morto num

silo em São Luiz Gonzaga (RS),

em 2017

Trabalhadores responsabiliza-

dos pelos acidentes

Irmão de Edgar Jardel Fragoso

Fernandes, um dos trabalhadores

soterrados no silo da C. Vale em

São Luiz Gonzaga (RS), em 2017,

o comerciante João Teófilo Fra-

goso Fernandes diz que o cum-

primento de normas de segurança

teria evitado as mortes.

Um laudo de auditores do tra-

balho após a ocorrência consta-

tou o descumprimento de 27 re-

gras de segurança na ocasião.

Entre as falhas citadas estavam

a falta de capacitação dos profis-

sionais, jornadas excessivamente

longas e a inadequação dos equi-

pamentos de segurança. Segundo

o laudo, o silo não tinha qualquer

sistema de ancoragem por cordas

que impedisse o afundamento

dos trabalhadores na massa de

soja – item indispensável para a

realização da atividade.

O documento diz que a coope-

rativa "culpou apenas os trabalha-

dores acidentados pela ocorrên-

cia, afirmando que eles não usa-

vam cintos de segurança e não

seguiram os procedimentos".

Os auditores afirmam, porém,

"que não teria como haver a utili-

zação de cintos de segurança sem

pontos de ancoragem adequada-

mente projetados e instalados".

A cooperativa teve o silo inter-

ditado após o acidente.

Filhos traumatizados pela mor-

te

Quinze anos mais velho que o

irmão, Fernandes diz que o tratava

como um filho. "Eu criei esse ra-

paz. Somos de família humilde –

nosso pai era pedreiro, passamos

por muita luta e desde cedo a-

prendemos a trabalhar."

Edgar tinha um casal de gê-

meos, hoje com 13 anos, e aju-

dava a criar os outros dois filhos

de sua esposa.

O irmão diz que os gêmeos es-

tão traumatizados. "Parece que

não caiu a ficha, que ainda não

entenderam a realidade de que

não têm mais o pai. Chega a cor-

rer água dos olhos, parece que o

menino está hipnotizado."

Fernandes conta que o ajudan-

te "era um guri cheio de planos",

entre os quais fazer faculdade e

prestar concurso para policial.

Não foi o primeiro acidente fa-

tal em silos da C. Vale. Em 2011,

outro trabalhador morreu soterra-

do por grãos de soja em uma uni-

dade da cooperativa em Guarapu-

ava (PR).

DIVULGAÇÃO

Silos da C. Vale em São Luiz

Gonzaga (RS), onde dois

trabalhadores morreram

soterrados em 2017

A C. Vale enviou uma nota à

BBC News Brasil dizendo que,

nos dois casos, os acidentados

eram funcionários terceirizados e

haviam passado "pelos devidos

treinamentos para trabalho em

espaços confinados, com o rece-

bimento de todos os equipamen-

tos de proteção individual neces-

sários ao desempenho das ativi-

dades".

A cooperativa não respondeu,

no entanto, por que tantas falhas

de segurança foram detectadas no

laudo do Ministério do Trabalho.

Diz ter atendido "prontamente a

todas as solicitações do agente

ministerial, não tendo sido ins-

taurado contra si qualquer proce-

dimento disciplinar até o presente

momento".

A família está processando a

C. Vale. Fernandes diz que, mais

do que uma indenização, os pa-

rentes querem que o episódio se-

ja esclarecido.

O comerciante afirma ter fica-

do indignado com o argumento

da cooperativa de que Edgar foi

desleixado no momento do aci-

dente – segundo ele, seu irmão

nunca reclamava de trabalhar e

estava havia várias semanas sem

folga.

"Meu irmão morreu num do-

mingo às três da tarde. Quantas

pessoas estão dispostas a traba-

lhar num domingo? Isso já diz

muito sobre ele."

Colaborou Amanda Rossi, da

BBC News Brasil em São Paulo.

Norminha

Se você, assim como 2 bi-

lhões de pessoas ao redor do

mundo, não dispensa uma bebida

alcoólica na hora de descontrair,

melhor repensar seus hábitos. Um

estudo global publicado hoje pela

prestigiada revista de medicina

The Lancet mostra como o consu-

mo de álcool, até mesmo modera-

do, pode estar associado à uma

série de prejuízos à saúde.

“O mito de que um ou dois

drinques por dia é bom para você

é um mito”, afirma Emmanuela

Gakidou, pesquisadora do Institu-

to de Métricas e Avaliação em

Saúde (IHME em inglês) da Uni-

versidade de Washington e uma

das principais autoras do estudo,

que faz parte do Estudo Global da

Carga de Doenças (conhecido pe-

la sigla em inglês de GBD), res-

ponsável por avaliar a mortalidade

e a incapacidade provocada por

doenças ao redor do mundo.

De acordo como o estudo, só

em 2016, quase 3 milhões de pes-

soas morreram ao redor do mun-

do devido a causas ligadas ao ál-

cool, incluindo 12% das mortes

entre homens de 15 e a 49 anos.

“Os riscos à saúde associados

ao álcool são massivos”, afirma

Gakidou. “Nossas descobertas

estão de acordo com uma outra

pesquisa recente, que encontrou

correlações claras e convincentes

entre a bebida e [casos de] morte

prematura, câncer e problemas

cardiovasculares. Consumo zero

de álcool minimiza o risco geral

da perda de saúde”, recomenda.

Participaram deste estudo cer-

ca de 500 colaboradores de mais

de 40 nacionalidades associados

ao GBD. No total, foram consulta-

das 694 fontes sobre o consumo

de álcool, além de 592 estudos

sobre os riscos da bebida.

Com esse amplo banco de da-

dos, o estudo conseguiu avaliar

resultados e padrões do consumo

de álcool relacionados à saúde

entre os anos 1990 e 2016, em

195 países e territórios; além de

analisar relações entre idade e gê-

nero.

Os pesquisadores usaram da-

dos de todas as mortes relaciona-

das ao álcool - sem distinguir

entre cerveja, vinho e licor - e con

frontaram com resultados na saú-

de para determinar essas conclu-

sões.

“Com a maior base de dados

coletada até o momento, nosso

estudo torna clara a relação entre

saúde e álcool — beber causa

uma perda de saúde substancial,

e em uma miríade de formas, por

todo o mundo”, diz Max Griswold,

pesquisador do IHME e líder da

nova pesquisa.

(FOTO: PIXABAY)

Álcool ao redor do mundo

Os padrões do consumo de ál-

cool variam amplamente de país

para país e por gênero, além do

consumo médio por pessoa e da

carga de doenças atribuídas. Em

2016, mais de 2 bilhões de pes-

soas consumiram álcool ao redor

do mundo, dos quais 63% eram

homens.

Alguns dos países com as po-

pulações que mais consomem ál-

cool são a Dinamarca, Noruega,

Argentina, Alemanha, Polônia,

França, Coreia do Sul, Suíça, Gré-

cia, Islândia, Eslováquia, Suécia e

Nova Zelândia. Já entre os mais

“sóbrios” estão o Paquistão, Ban-

gladesh, Egito, Mali, Marrocos,

Senegal, Mauritânia, Síria, Indo-

nésia, Nepal, Butão, Myanmar e

Tunísia.

No que diz respeito às mortes

associadas a bebida, os países is-

lâmicos (que proíbem o consu-

mo) também se destacam entre os

que tem menos casos, se concen-

trando no Oriente Médio. São e-

les: Kuwait, Irã, Palestina, Líbia,

Arábia Saudita, Iêmen, Jordânia,

Síria, Maldivas e Singapura.

Os que possuem mais casos

fatais estão concentrados na re-

gião dos Países Bálticos, do Leste

Europeu e da Ásia Central: Rús-

sia, Ucrânia, Lituânia, Bielorrús-

sia, Mongólia, Letônia, Cazaquis-

tão, Lesoto, Burundi e República

Centro-Africana.

Revista Galileu

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Álcool prejudica a saúde mesmo com moderação,

afirma estudo global CERVEJA (FOTO: FLICKR/BRAD.)

De acordo com pesquisa publicada hoje (23 de agosto), cerca de 3

milhões de mortes em 2016 estavam associadas ao álcool, incluindo

12% das mortes entre homens de 15 e a 49 anos.