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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O ATENDIMENTO QUALIFICADO COMO O PRINCIPAL
MOTIVO NA ESCOLHA DO BANCO PELO CLIENTE. ESTUDO
DE CASO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Por: Jonathan Santos de Souza
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Niterói
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O ATENDIMENTO QUALIFICADO COMO O PRINCIPAL
MOTIVO NA ESCOLHA DO BANCO PELO CLIENTE. ESTUDO
DE CASO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes – Instituto A Vez do
mestre como requisito para a conclusão do curso de Pós-graduação em Gestão
Empresarial
Por: Jonathan Santos de Souza
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AGRADECIMENTOS
A todos os professores do Instituto A
vez do mestre – Campus Niterói e
também a todos os colegas de turma
que colaboraram para todo o
aprendizado no decorrer do curso.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia aos meus
pais, Hilton e Iara (Im memoram) a
quem devo tudo que sou e construí
até hoje, à minha querida esposa
Raquel por estar ao meu lado em
todos os momentos, principalmente
nos difíceis e aos meus irmãos, Jean
e Jéssica, eternos amigos.
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RESUMO
Com um mercado bancário cada vez mais competitivo, aquisições e fusões, e,
principalmente produtos muitos parecidos e com preços (tarifas) não muitos
divergentes, fica evidente que um excelente atendimento pode fazer o diferencial na
escolha de um Banco pelo cliente.
Em particular, por fazer parte atuante deste mercado com funcionário da
Instituição financeira foco principal do estudo, observo nestes últimos 6 anos, como é
importante o marketing de Relacionamento na conquista e fidelização do cliente. E
como a chamada “propaganda boca-a-boca” é eficiente na relação custo/benefício no
crescimento do número de Clientes.
O foco no cliente, nas suas necessidades, se tornou a maneira mais eficiente
no atingimento dos objetivos financeiros dos bancos, tornando cada vez mais rentáveis
os que seguem por este caminho. E, paralelamente a esta forma de atuação, as
expectativas dos clientes em relação ao atendimento tende a ser superada à gerada
inicialmente.
6
METODOLOGIA
O estudo tem como objetivo primeiramente analisar o cenário atual do mercado
bancário, seu comportamento, aprofundando na gestão do atendimento e, finalmente é
descrito o caso específico da instituição financeira em questão.
Foi realizada pesquisas através de livros de domínio público, observações
realizadas in loco e dados de sites da internet.
Ocorreram algumas limitações na pesquisas, tais como:
Cuidado com a exposição de marcas indevidamente
Impossibilidade de divulgar informações confidenciais do banco em estudo
devido à fácil acessibilidade por ser funcionário desta instituição
Necessidade de resumir algumas abordagens a fim de não perder o foco
no tema central
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I O Mercado 09
CAPÍTULO II ATENDIMENTO – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21
CAPITULO III - Estudo de Caso: Caixa Econômica
Federal 34
CONCLUSÃO 47
ANEXOS 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55
ÍNDICE 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 57
INTRODUÇÃO
8
Com os avanços da tecnologia e um mundo cada vez mais globalizado, o
portfólio de serviços bancários aumentou consideravelmente desde a década de 90, em
especial a partir do Plano Real e a estabilização da Moeda. Já não era possível para os
Bancos obter lucros com a inflação e foi necessária uma readaptação na forma de
atuação no país, o que, no fim deste processo, tornou este setor o mais rentável do
País.
Atualmente, com grandes aquisições e fusões, sendo aberta até a possibilidade
de bancos Públicos adquirirem bancos particulares, a disputa por clientes no mercado
nacional tornou-se algo altamente competitivo, com grande oferta de produtos e
serviços altamente similares. Identifica-se então, um fator relativamente subjetivo como
o atendimento, como a forma de diferenciação entre os bancos.
Se há algum tempo atrás, o foco era no preço dos serviços/produtos, hoje o
foco é no cliente. E por que não dizer “foco no foco do cliente”. O banco tem que estar
atento às suas necessidades e, de preferência, surpreendê-lo com um atendimento em
nível máximo de excelência. E para isso a empresa precisa conhecer ao máximo seu
cliente, obtendo informações antes julgadas irrelevantes, como preferências aos mais
diversos assuntos, data de aniversário, etc.
CAPÍTULO I
9
O MERCADO BANCÁRIO
.
1. A HISTÓRIA
Segundo Fortuna, “O modelo bancário trazido ao Brasil pelo império foi o
europeu. Entendiam-se como atividades básicas de um banco operações de depósitos
e empréstimos(descontos). Outros serviços praticamente inexistiam.
Os Bancos sempre guardaram, através do tempo, uma característica
excessivamente nobre ou, por não dizer, austera. Um exemplo desse rigor era sãs
próprias gerências operacionais, as quais obrigatoriamente deveriam manter contato
com o público e ficavam situadas no fundo das agências, com portas muito bem
trancadas, por onde poucos ousariam entrar.
“Essa situação estendeu-se até a metade do século XX, quando, então,
começaram as grandes transformações provocadas pelo progresso e pela euforia do
pós-guerra”
1.1 A FASE INTERMEDIÁRIA
A partir dos anos 50, começou efetivamente a expansão no Brasil, com mais de
500 matrizes funcionando mas com deficiência na sua administração
Com a criação da SUMOC ( Superintendência da Moeda de Crédito e do
Crédito), em 1945 com o objetivo de exercer o controle do mercado Bancário, criando
assim instrumentos de controle de crédito e dos meios de pagamento e também o
depósito compulsório. A partir de então, alguns bancos encerraram suas atividades,
houve também fusões e incorporações
10
1.2 O BANCO ATUAL
A partir de da criação da SUMOC, começa a se desenhar o Sistema Financeiro
Nacional, com importantes mudanças na estrutura e criação de algumas instituições,
como por exemplo:
Banco Nacional de Crédito Cooperativo; 1951
BNH; 1964 – Estes últimos extintos e absorvidos pela CEF
BNDES; 1952
CMN e BACEN; 1964/1965
CVM; 1976
Mais recentemente, entrou em funcionamento o Sistema Brasileiro de
Pagamentos – SPB, permitindo maior eficiência e agilidade nas transações bancárias
1.3 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Foi resultado de uma série de leis a partir de 1964, que passaram a
regulamentar por meio de decretos e/ou criações de órgão regulamentadores.
Resumidamente, apresenta a estrutura de acordo com a tabela 1.4.
ORGÃOS
NORMATIVOS
ENTIDADES
SUPERVISORAS OPERADORES
Conselho
Monetário Nacional - CMN
Banco Central
do Brasil - Bacen
Instituições
financeiras captadoras de
depósitos à vista
Dema
is instituições
financeiras
Bancos de
Câmbio
Outros intermediários
financeiros e administradores de recursos
de terceiros
Comissão de
Valores Mobiliários - CVM
Bolsas de
mercadorias e futuros
Bolsa
s de valores
Conselho
Nacional de Seguros
Privados - CNSP
Superintendên
cia de Seguros Privados -
Susep
Resseguradores
Socie
dades
seguradoras
Socie
dades de
capitalização
Entidades
abertas de previdência
complementar
Conselho de
Gestão da Previdência
Complementar - CGPC
Secretaria de
Previdência Complementar
- SPC
Entidades fechadas de previdência complementar
(fundos de pensão)
11
Fonte: Bacen
Vamos detalhar abaixo alguns dos principais agentes:
CMN: basicamente, responsável pela fixação das diretrizes das políticas
monetária, creditícia e cambial do país Integram o CMN o Ministro da Fazenda
(Presidente), o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do
Banco Central do Brasil. Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de
pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da
moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das
instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as
políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
Bacen: principal órgão executivos das políticas adotadas pelo CMN, sendo
principal meio de intervenção do Estado na Economia, como a determinação da taxa
Selic, por exemplo. Outras atribuições do Bacen são: zelar pela adequada liquidez da
economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação
de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do
sistema financeiro, emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio
circulante; receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras
e bancárias; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar
operações de compra e venda de títulos públicos federais; exercer o controle de crédito;
exercer a fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das
instituições financeiras; estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos
de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas nos
mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.
Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos
Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
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CVM: Regula É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e
fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. Para este fim, exerce as funções
de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;
proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou
manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores
mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; assegurar a
observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários;
estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a
expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as
aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.
1.3.1 IF ( Instituições Financeiras) subdividem-se em:
Bancos múltiplos com carteira comercial: Os bancos múltiplos são
instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas
e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes
carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações
estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições
singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente
poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no
mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de
investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com
carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve
constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).
O Banco do Brasil apesar de ter estrutura de um banco múltiplo tradicional,
opera muitas vezes como agente do governo Federal. Além das funções típicas de
banco comercial realiza outras funções, como por exemplo, administrar a compensação
de cheques e outros papéis, execução de políticas relacionadas ao crédito rural, ETs.
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Banco Comercial: Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas
ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos
necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as
empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação
de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o
qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de
sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco"
(Resolução CMN 2.099, de 1994).
Cooperativas de crédito: As cooperativas de crédito observam, além da
legislação e normas do sistema financeiro, a Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971,
que define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das
sociedades cooperativas. Atuando tanto no setor rural quanto no urbano, as
cooperativas de crédito podem se originar da associação de funcionários de uma
mesma empresa ou grupo de empresas, de profissionais de determinado segmento, de
empresários ou mesmo adotar a livre admissão de associados em uma área
determinada de atuação, sob certas condições. Os eventuais lucros auferidos com suas
operações - prestação de serviços e oferecimento de crédito aos cooperados - são
repartidos entre os associados. As cooperativas de crédito devem adotar,
obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Cooperativa", vedada a
utilização da palavra "Banco". Devem possuir o número mínimo de vinte cooperados e
adequar sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, operações e
prestações de serviços. Estão autorizadas a realizar operações de captação por meio
de depósitos à vista e a prazo somente de associados, de empréstimos, repasses e
refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações. Podem conceder
crédito, somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos,
financiamentos, e realizar aplicação de recursos no mercado financeiro (Resolução
CMN 3.106, de 2003).
14
CEF: A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-
Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da
Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar
depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma
característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e
financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde,
educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao
consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor
industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de
bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria
federal. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos
oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação
(SFH).
1.4 OS BANCOS
Foco principal do estudo, o mercado bancário, mas especificamente os bancos
de varejo apresentam alto grau de competitividade no país nos últimos anos,
caracterizado por fusões e aquisições que aumentaram ainda mais o nível de
concorrência.
Bancos de varejo trabalham com o grande público, muitos clientes,
independente do tamanho, sendo que atualmente a segmentação dos clientes é a forma
mais comum de atuação desses bancos. Trataremos mais detalhadamente deste
assunto nos capítulos a seguir.
1.5 A AGÊNCIA BANCÁRIA
Também chamado por algumas instituições de Ponto de Venda, é o local físico
de atendimento aos clientes.
15
Pode-se dividir a agência bancária em:
Atendimento Pessoal, tais como Caixas e o atendimento pessoal (
atendentes e gerentes)
Auto-atendimento, terminais de consultas, saques, etc., telefones
Existem ainda os CORRESPONDENTES BANCÁRIOS, onde empresas que
podem fazer parte ou não do Sistema financeiro prestam alguns serviços antes restritos
aos bancos, tais como pagamento e recebimento de contas, recebimento de propostas
de abertura de contas correntes e poupança, cartão de crédito, dentre outras.
Geralmente, essas empresas são supermercados, farmácias, escritório de contabilidade
e imobiliárias
1.6 PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS
Além da sua característica histórica de captar dinheiro no mercado e emprestar
o excedente, a prestação dos mais variados serviços caracteriza esse mercado. Além
da taxa de juros nos empréstimos, o float (permanência de recursos transitórios dos
clientes nos bancos) e a cobrança de tarifas são as principais fontes de receitas dos
bancos. Os bancos são prestadores de serviços, tanto quanto intermediários
financeiros, ou seja, além do crédito, obtêm receitas pela administração de recursos de
terceiros, por operações de comércio exterior e câmbio, pela facilitação de serviços de
cobrança, arrecadação e pagamentos das empresas, indivíduos e de entidades
públicas, entre um amplo leque de outros serviços.
1.6.1 TARIFAS BANCARIAS
16
As tarifas bancárias ganharam notoriedade nos últimos tempos. Proliferam
estudos e análises sobre o tema, dando conta de quanto à receita com a cobrança pela
prestação de serviços aumentou com a estabilização monetária, desde o Plano Real, de
1994. Esses trabalhos, em regra, limitam-se a comparar a linha “Receitas de Prestação
de Serviços”, do balanço dos bancos, de um período em que o sistema bancário
brasileiro mal saía de anos e anos de desordem monetária e instabilidade econômica,
com as mesmas linhas dos balanços produzidos em um novo ambiente da inflação sob
controle.
Quantidades (em milhões)
Itens 2000 2006 % de Crescimento
Contas de água, energia, saneamento, telefone e gás 1.076 1.232 14,5
Faturas de concessionárias debitadas automaticamente
nas contas dos clientes
225 382 69,8
Guias de tributos municipais, estaduais e federais, do
FGTS, INSS, DPVAT e Ibama
412 738 79,1
Pagamento do FGTS 240 269 12,1
Transações com cartões de crédito 1.004 2.009 100,0
Cartões de crédito 28,0 79,0 182,1
Contas correntes (ativas e inativas) 63,7 102,6 63,5
Contas correntes ativas 48,0 73,7 60,4
Total de transações dos bancos 19.759 36.682 85,6
Total de dependências (em unidades) 54.075 134.094 148,0
Quadro de funcionários (em unidades) 400.854 424.993 6,0
Número de bancos (em unidades) 192 159 17,2
Fonte: Febraban
A tabela 1.6.1 mostra que a evolução do ganho de receitas com tarifas
bancárias desde 2000. As tarifas de prestação de serviços, portanto, cresceram não só
pela expansão do número de correntistas e poupadores, como também da
17
disseminação do uso dos cartões de crédito, do crescimento das operações de crédito,
das aplicações em fundos de investimentos e pela oferta de novos serviços.
1.6.2 OUTRAS RECEITAS DOS BANCOS
O maior volume das receitas vem de operações de crédito que participam com
50,0% do total em 2006. Com relação às tarifas de prestação serviços, estas passaram
de 15,6% para 18,8%. As operações de tesouraria perderam significado; encolheram de
33,7% da receita total dos bancos, para 31,3%, nesse período. Tais números indicam
que os bancos, cada vez mais, dedicam-se a suas funções fundamentais: financiar o
consumo, a produção e o investimento e prestar serviços. Tal descrição dessas receitas
é demonstrada abaixo na tabela 1.7.2. Composição das Receitas com Serviços (em %)
Tipo de Receita %
Cartões de crédito 23,5
TAC 13,3
Administração de Fundos 12,8
Renda de Cobrança 7,8
Manutenção de Contas-Correntes 5,7
Tarifas Interbancárias 4,1
Fornecimento de extratos e talões de cheques 2,4
Arrecadações 1,7
Rendas e garantias prestadas 1,5
Emissão e Renovação de Cartões Magnéticos 1,4
Outras Tarifas 25,8
Fonte: Febraban
1.7 PRINCIPAIS BANCOS
Foco do nosso estudo, o mercado bancário atua de forma bastante agressiva
no país. Os principais bancos no Brasil são muito competitivos, com produtos muitos
similares em seus portfólios, ofertando ao público em geral uma gama de serviços. A
tabela 1.7 mostra alguns números referentes aos 10 maiores bancos do Brasil.
18
Vale destacar, que O maior banco em ativos, o Banco do Brasil é também o
que possui o maior numero de empregados e também a maior capilaridade em nº de
agências bancárias. A Caixa econômica tem uma singularidade que são as casas
lotéricas, que oferecem ao público algumas das principais operações para clientes da
caixa, aumentando assim sua rede de atendimento.
O BNDES apesar de configurar na lista, atua como banco de investimento, o
que ocorre predominantemente com o banco Votorantim. Outro ponto importante,
mostra a CEF como o maior banco do país em depósitos de poupança, o que mostra a
credibilidade da marca junto á população. O banco também é conhecido como o “banco
da habitação”
10 Maiores Bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional
Arquivo Completo
Data-base: Setembro/2009 Balancetes processados até: 01/12/2009
Intermediação Total Total À Vista Poupança Total Líquido Líquido Func. Agências Basiléia
Instituições TD TC Obs.UF Ativo Total (-) Ativo Disponibilidades Oper. Créd. e Arrend. Mercantil Depósitos Depósitos Depósitos Patrimônio Lucro Nº de Nº de Índice de
BB C 1 4 DF 566.228.160 669.904.747 8.219.243 264.717.859 49.568.301 72.233.449 327.193.317 33.682.510 1.979.275 121.730 4.992 13,29
ITAU C 3 SP 537.369.079 592.845.394 8.690.597 171.609.275 23.908.296 44.146.423 197.324.375 49.763.907 2.269.048 111.128 3.764 16,73
BRADESCO C 3 SP 362.542.645 428.911.224 8.323.693 141.708.388 29.453.418 41.862.051 170.224.493 39.277.715 1.818.937 79.355 3.426 17,92
BNDES I 1 RJ 360.473.568 360.473.568 10.382 143.044.904 0 0 26.615.666 26.566.703 2.360.735 2.491 1 16,74
CEF I 1 DF 298.216.541 341.963.822 2.951.898 111.958.070 14.066.574 104.124.843 185.301.247 12.339.456 869.943 105.757 2.078 16,08
SANTANDER C 4 SP 320.382.535 327.769.959 4.042.812 112.631.678 13.332.523 22.859.164 121.825.906 52.525.986 426.211 50.781 2.295 28,27
HSBC C 4 PR 104.218.652 107.986.023 1.729.681 31.573.840 6.734.959 2.840.675 65.499.131 5.831.561 93.736 28.019 892 13,55
VOTORANTIM C 3 SP 82.005.145 89.895.911 313.565 36.835.996 246.069 0 26.319.706 7.001.908 92.622 1.179 19 11,84
SAFRA C 3 SP 57.641.341 65.255.178 287.503 18.670.698 943.552 1.002.967 14.745.351 4.668.350 193.062 4.612 101 16,32
CITIBANK C 4 SP 44.242.297 44.242.297 132.956 9.424.808 2.769.214 425.603 11.986.431 4.776.630 -38.495 5.829 127 15,06
Total do Sistema Financeiro Nacional 3.236.749.813 3.557.961.570 38.031.736 1.236.378.208 154.494.904 300.289.046 1.319.659.013 320.555.950 11.906.764 570.485 19.286
Total Consolidado Bancário I ( 101 Instituições ) 2.715.337.537 3.034.301.787 37.128.368 1.017.961.778 149.270.371 300.289.046 1.244.242.246 261.925.677 8.848.547 564.199 19.250
Fonte: Sisbacen
(*) Este grupo está subtraído do Imobilizado de Arrendamento
TD (Tipo de Documento): C - Conglomerado, I - Instituição Independente
TC (Tipo de Controle): 1 - Público Federal, 2 - Público Estadual, 3 - Privado Nacional, 4 - Privado Controle Estrangeiro, 5 - Privado Participação Estrangeira
19
Fonte: Sisbacen
1.8 FUSÕES
Outra característica marcante deste mercado são as fusões entre bancos e
também aquisições de bancos maiores comprando bancos menores. Recentemente,
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal foram autorizados a adquirirem
participação em outras instituições financeiras localizadas no Brasil, conforme treco da
lei 11.908, de 03 de Março de 2008.
Art. 2º O Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal,
diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias, poderão adquirir participação em
instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no Brasil, incluindo empresas
dos ramos securitário, previdenciário, de capitalização e demais ramos descritos nos
arts. 17 e 18 da Lei nº 4.595 , de 31 de dezembro de 1964, além dos ramos de
atividades complementares às do setor financeiro, com ou sem o controle do capital
social, observado o disposto no inciso X do caput do art. 10 daquela Lei.
O Banco do Brasil já usufruiu desta lei adquirindo a Nossa Caixa, banco de São
Paulo, por R$ 5,4 bilhões. A negociação envolveu 71,25% do capital na Nossa Caixa, o
que deu o controle acionário majoritário ao banco Federal.
20
Outras duas fusões ocorridas nos últimos anos movimentaram este mercado:
Primeiro, o Banco espanhol Santander que já estava instalado no Brasil,
adquiriu o Banco Real, que já tinha sido participação do banco holandês ABN Amro
Bank
Mais recentemente, o Banco Itaú e o Unibanco anunciaram a fusão, criando
assim um dos maiores grupos financeiros da América do Sul
Com a fusão dos dois bancos, representará para o Itaú ( a marca Unibanco vai
deixar de existir aos poucos) 18% da rede bancária e 14,5 milhões de clientes de conta
corrente (18% do mercado).
CAPITULO II
ATENDIMENTO - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
22 RRAAZZÕÕEESS PPOORR QQUUEE PPRREESSTTAARR UUMM FFAANNTTÁÁSSTTIICCOO
AATTEENNDDIIMMEENNTTOO
Vivemos em um mundo globalizado. Do ponto de vista econômico, a maior
conseqüência dessa globalização para as empresas é a competição. Os produtos estão
cada vez mais parecidos, são fáceis de copiar. Se uma empresa lança um produto
novo, rapidamente, a concorrência lança um similar no mercado. E quanto aos preços?
A imitação é mais rápida ainda. Se um dia sai na tevê que uma marca está com uma
promoção, que baixou o preço; no outro, os outros (concorrência) tomam a iniciativa e
baixam os preços também.
Mas, o que fazer? Que ações, hoje, efetivamente, podem diferenciar uma
empresa? O que garante à empresa uma identidade? Qual estratégia é mais difícil de
copiar? Serviços! Atendimento! Dentre os serviços prestados ao cliente, o atendimento
21
destaca-se, de modo especial, como um forte instrumento de diferenciação. Um
fantástico atendimento ao cliente é uma forma de diferenciar-se da mesmice dos
produtos e preços.
E quem ganha com isso? O cliente! Quanto maior for a competição, o cliente
terá mais opções. Se a empresa insiste em prestar um atendimento medíocre ao
cliente, fatalmente ele irá perder clientes, ter prejuízos, conviver com dificuldades
financeiras. Se a empresa opta por prestar um fantástico atendimento ao cliente, ela
terá muito mais chance de sobreviver, crescer, desenvolver, lucrar.
O atendimento não pode se resumir a um comportamento amigável, e
respeitoso ou apenas na agilidade de resolver problemas. Isto é o mínimo que o cliente
espera do prestador de serviços.
Nesse ambiente cada vez mais competitivo, manter clientes verdadeiramente
satisfeitos e encantados com o nível de produtos e serviços oferecidos é, certamente a
vantagem competitiva mais segura. Porém, este diferencial depende dos recursos
humanos envolvidos, e sua preparação para esta função. Conhecer as particularidades
de cada cliente, mediante um tratamento individualizado, desfazendo barreiras, criando
canais de comunicação eficientes, tornou-se motivo de sobrevivência para as
empresas. Tudo isso parece bastante óbvio, como são óbvias também todas as
premissas gerencias que estabelecem o foco no cliente. O difícil é nos disciplinarmos
para aplicar cada princípio no momento correto.
O atendimento faz parte do produto das empresas e o diferencia do mesmo
produto oferecido pela concorrência. É a qualidade desse atendimento que está sendo
avaliada o tempo todo pelos clientes; é o que vai determinar o sucesso de uma
empresa ou o fracasso de outras.
22
Atender é definido como dar ou prestar atenção; tomar em consideração;
deferir; atentar; observar; acolher com atenção ou cortesia; escutar atentamente.
(AURÉLIO, 2002, p.71).
Um fantástico atendimento ao cliente é uma das mais eficazes estratégias para
fidelizar o cliente. E, tem mais, é mais barata também. É muito mais caro conquistar um
novo cliente do que manter um cliente existente.
Atender bem aos clientes é uma garantia de que eles sempre irão voltar, não
uma, mas várias vezes, trazendo consigo novos clientes. O que faz o cliente voltar é a
qualidade do atendimento, a atenção recebida, a confiança que ele tem e a amizade
desenvolvida por ele.
Para atender bem é preciso, antes de tudo, manter um bom relacionamento,
gostar de lidar com gente, saber ouvir e estar preparado para as mais diferentes
situações e pessoas. É importante, também, demonstrar entusiasmo por aquilo que
fazemos. Desta forma, o cliente sentirá que estamos envolvidos com o seu problema e
dispostos a solucioná-lo, criando assim, um sentimento de confiança e parceria.
Considerando que os valores humanos cada vez mais passam a prevalecer nas
empresas e nas relações negociais, quanto menor for a quantidade de contatos
pessoais com o cliente, maior a importância da qualidade deste contato.
22..11 MMOOMMEENNTTOO DDAA VVEERRDDAADDEE ((MMVV))
Todo atendimento ao cliente começa com um momento da verdade.
Momento da verdade é todo momento de contato entre o cliente e a empresa e o nível
de sua satisfação é a comparação entre a expectativa que ele tinha antes deste contato
e a experiência efetiva.
“Momento da verdade é qualquer episódio no qual o cliente entra em
contato com algum aspecto da organização e obtém uma impressão de seu serviço”.
(ALBRECHT apud ALMEIDA, 2001, p.21).
“Momentos da verdade” não são apenas os primeiros contatos, mas, sim,
todos os contatos vivenciados pelo cliente na empresa. É claro que os primeiros
23
contatos, particularmente no atendimento, são importantíssimos, capazes de causar
uma forte impressão no cliente.
Ter “momentos da verdade” com os clientes não é exclusividade de
ninguém da empresa. Isso não depende de cargo, função, hierarquia. Todos, sem
exceção, são responsáveis pela construção e manutenção da imagem da empresa.
Cada profissional, quando atende um cliente, tem o poder de cativá-lo ou expulsá-lo
definitivamente da empresa.
Diante de um Momento da Verdade, atendendo a um cliente, cada funcionário
trabalha como um:
Embaixador da empresa, um relações públicas, um profissional de
marketing capaz de atrair conquistar e manter o cliente;
Vendedor ativo. Com um excelente atendimento ao cliente, garantem-se
vendas presentes e futuras.
22..22..11 CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOO MMOOMMEENNTTOO DDAA VVEERRDDAADDEE
Encantado ou mágico – é aquele momento encantador que o cliente
recebe um atendimento excepcional. Sempre que ele procura serviços de qualidade,
lembra do seu excelente atendimento, inclusive, está disposto pagar um pouco mais
para ter aquele serviço diferenciado que você oferece.
Desencantado ou trágico/desastrado – nesse caso o cliente também se
lembra de você. Só que, com efeito, absolutamente contrário, uma vez que ele
vivenciou algum MV desastrado. Sai falando de sua empresa de forma negativa. Não
retorna nunca mais.
Apático ou normal – nada de grave ocorre no contato. O cliente é atendido
e ninguém cria nenhum problema. Tudo ocorre de maneira normal, exatamente como
está programado, mas você perde a oportunidade de mostrar ao cliente que a sua
empresa é a melhor para ele. Ao ser atendido de forma apática, passados alguns
minutos, o cliente não lembra que você existe.
24
Não basta não desencantar, ser normal. É preciso exceder, extrapolar. É
preciso ser proativo, encantar.
22..22..22 MMIICCRROO MMAARRKKEETTIINNGG –– OO MMAARRKKEETTIINNGG DDOO CCOONNTTAATTOO
Micro marketing é o marketing feito no momento da verdade, é aquele
momento ímpar, no qual você tem a oportunidade de mostrar ao cliente que sua
empresa (ou você) é a melhor opção para ele.
Fazemos o micro marketing toda vez que prestamos um excelente
atendimento ao cliente. Quem pratica o micro marketing destaca-se, é notado,
particularmente pelo cliente. Cada momento da verdade é uma oportunidade que pode
ser potencializada por você.
22..33 FFRREENNTTEE AA FFRREENNTTEE CCOOMM OO CCLLIIEENNTTEE
Estar frente a frente com seu cliente possibilita o contato direto com um ser
ativo, vivo e respirando, cujas opiniões podem ser confirmadas imediatamente. Prestar
atenção no que o cliente está dizendo, e na maneira pela qual está se expressando,
sua aparência, o tom de voz, postura, expressões faciais, possibilita saber o que ele
está pensando. Esta percepção pode ser confirmada através de perguntas que
esclareçam qualquer dúvida. Um funcionário atento vai descobrir o que seu cliente
espera receber como produto/serviço potencial. Sua atitude proativa é que vai agregar
valor ao produto/serviço oferecido ao cliente.
Atitude proativa é um diferencial que não depende da solicitação do cliente,
nem das circunstâncias externas, não é tão pouco obrigatória. É uma ação facultativa, é
uma escolha do funcionário em bem atender, e não passa despercebida pelo cliente.
Para construir relacionamentos fortes e manter a fidelidade de seus clientes é
preciso saber ouvi-los. Ouvir verdadeiramente o consumidor é um exercício de arte e
profissionalismo. Pesquisas de satisfação do cliente, serviços de atendimento ao cliente
(SAC), o telefone 0800 são exemplos de interesse das empresas em ouvir o cliente.
Estes contatos possibilitam a criação de um banco de dados com informações
importantes para definir ações estratégicas de marketing da empresa. Há, no entanto
um fator preponderante no processo de ouvir bem o seu cliente: a interatividade. A
25
comunicação estabelecida entre o cliente e a empresa precisa ser um canal aberto de
interação positiva. Ou seja, o cliente deve sentir que tal ferramenta está sendo usada a
seu favor, e que o esforço em responder uma pesquisa, em concluir um contato pelo
0800 ou fazer uma reclamação pelo SAC realmente vai ter resultado, alguém vai fazer
alguma coisa para resolver o seu problema ou atender ao seu pedido.
É importante lembrar que a tecnologia deve ser colocada ao lado do cliente. O
atendimento telefônico automático, um avanço da informática e das telecomunicações,
nem sempre agrada ao cliente: aquela voz feminina que nos encaminha para uma série
de números, de acordo com o nosso anseio, não está ao alcance de boa parte do
universo dos nossos clientes. O cliente quer um contato pessoal, ainda que seja por
telefone. Ele quer ser atendido por gente que possa agir, reagir, e mesmo pedir
desculpas.
22..44 CCLLIIEENNTTEESS DDEE BBAANNCCOO EE OOSS CCAAIIXXAASS EELLEETTRRÔÔNNIICCOOSS//AAUUTTOO--
AATTEENNDDIIMMEENNTTOO
Uma evolução do sistema bancário é a automação dos serviços cada vez
maior, o chamado auto-atendimento. Se por um lado há o ganho de tempo e maior
agilidade na prestação de serviços, perde-se o contato visual com o cliente. Portanto,
deve-se atentar para o que deve ser feito nos canais alternativos (principalmente caixas
automáticos e internet banking), visando sempre uma linguagem fácil e de
entendimento comum e também, níveis de segurança tecnológicas que evitem prejuízos
originários de fraudes, tanto para os cliente quanto para os bancos.
O primeiro Caixa automático foi instalado em Valdosta, na Geórgia, em 1970.
Desde então, a tecnologia dessas máquinas de dinheiro evoluiu muito. Você pode tirar
dinheiro da sua conta, em literalmente, milhares de locais em todo o mundo. O Caixa
automático, sem dúvida contribui para a produtividade dos Caixas vivos, liberando-os
de muitas transações bancárias de rotina e que consomem muito tempo. E eles criaram
um contexto único de serviços na década de 1990. Qualquer cliente de banco
atualmente pode, em poucos segundos e com um cartão de plástico da sua conta, fazer
26
transações em qualquer lugar do mundo. É de surpreender que poucas pesquisas
tenham sido feitas nos últimos anos para determinar a reação dos clientes aos Caixas
automáticos.
“O que sabemos é que os Caixas automáticos não teriam tido êxito se os
clientes não estivessem dispostos a dispensar o contato pessoal com os Caixas para
obter a conveniência da automação. Naturalmente, pode ser que a qualidade dos
contatos não fosse tão boa assim, e isso nos traz de volta à discussão sobre o
momento da verdade. O resultado é que quando um cliente realmente entra num banco,
a qualidade do serviço é mais importante do que nunca”. (ALBRECHT, 1992, p. 68).
Acreditamos que os Caixas automáticos vão continuar a evoluir
tecnologicamente e, apesar de serem cobradas taxas, os clientes vão continuar a usá-
los. Também acreditamos que as instituições bancárias deverão encontrar formas
inovadoras para contrabalançar o impacto negativo do menor número de contatos
pessoais entre os clientes e as instituições. Um número menor de momentos da
verdade significa, como dito anteriormente, que cada momento se torna mais
fundamental, em que devemos conhecer o nome do nosso cliente e sua história.
Pergunte, utilize esse eficaz instrumento para conhecer o cliente e suas
necessidades. Além de fornecer preciosas informações a seu respeito, ao ser
interpelado, o cliente tem a percepção que você realmente se importa com ele.
Aspectos materiais como o ambiente de trabalho exerce grande influência no
momento da escolha pelos serviços prestados. Atividades como restaurantes, lojas,
hotéis, bancos, revendedores de automóveis dispensam atenção especial ao ambiente,
que reflete a qualidade da organização. Instalações de má qualidade invariavelmente
dão origem a dúvidas quanto a outros aspectos dos padrões e desempenho de uma
empresa.
Aspectos do ambiente que afetem os funcionários também devem ser
examinados. Eles incluem comodidades disponíveis, procedimentos e organização do
trabalho. Se o conforto dos funcionários, assim como o dos clientes, não for levado em
conta, os serviços por eles prestados deterioram-se.
O prazo de entrega do serviço é outro aspecto que é avaliado pelo cliente. Os
serviços, diferentemente dos produtos, não podem ser estocados, portanto, são
27
produzidos e entregues quando solicitados. Não respeitar o prazo combinado pode
causar aborrecimentos jamais esquecidos pelo cliente. Prestadores de serviços que
buscam uma imagem de qualidade e excelência no atendimento não podem tolerar tais
demonstrações de ineficiência.
"Se você pode prestar um serviço em três horas, prometa em quatro e entregue
em duas. Com este artifício, ao mesmo tempo, você estará evitando problemas e
encantando o cliente. Lembre-se: a satisfação do cliente é uma relação entre
expectativa e percepção".(ALMEIDA, 2001, p. 53).
Os aspectos pessoais são considerados mais importantes que os aspectos
materiais. Mesmo quando o produto não satisfaz às expectativas, um serviço pessoal
excelente pode salvar a situação. É fundamental trabalharmos as pessoas que prestam
os serviços, que lidam diretamente com o cliente, bem como os funcionários que
trabalham nos bastidores, efetuando tarefas de suporte, e também a gerência da
empresa, responsável por uma atmosfera agradável onde bons serviços acontecem.
22..55 OO QQUUEE SSIIGGNNIIFFIICCAA SSAATTIISSFFAAZZEERR OO CCLLIIEENNTTEE??
O cliente é o verdadeiro e o único juiz da qualidade em serviços. E o julgamento
da qualidade de um serviço recebido, depende da expectativa e da percepção pessoal
de cada cliente.
Expectativa todo mundo tem: de tudo. Ter expectativa é como respirar; é uma
ação automática, vinculada à natureza humana. Toda ação ou situação a ser vivida no
futuro é precedida de uma expectativa, consciente ou inconsciente. Assim como
“pensar”, “ter expectativa” é uma prerrogativa do ser humano.
A percepção é a realidade sentida (ou realidade percebida) por uma pessoa. A
percepção é única, depende do ponto de vista de cada um. A percepção que um cliente
tem de uma empresa ou de um serviço pode ser positiva ou negativa.
A equação da satisfação do cliente:
SATISFAÇÃO = PERCEPÇÃO
EXPECTATIVA
Ou seja, a satisfação do cliente é uma relação entre o que ele viu (percebeu) e
o que ele esperava ver (expectativa).
28
22..66 DDIIMMEENNSSÕÕEESS DDOO AATTEENNDDIIMMEENNTTOO
A qualidade do atendimento passa por sete dimensões:
Confiabilidade – é a capacidade de proporcionar o que foi prometido, com
segurança e precisão;
Convicção – diz respeito aos conhecimentos e cortesia de empregado, bem
como a sua capacidade de transmitir confiança e segurança;
Aspectos Tangíveis / Visíveis – são as instalações físicas, os equipamentos e
a aparência pessoal;
Empatia – tendência para sentir o que sentiria caso estivesse na situação e
circunstâncias experimentadas por outra pessoa;
Receptividade – trata-se da disposição em ajudar o cliente, fornecendo-lhe
um atendimento imediato;
Cortesia – este é um princípio básico que inclui respeito, consideração e
cordialidade para com o cliente.
Acessibilidade – é a facilidade de contato do cliente conosco. Em hipótese
alguma podemos fingir que não o vemos.
A comunicação é a base do atendimento, portanto é importante observar o
discurso utilizado com o cliente, evitando os “arames” que prejudicam essa relação, ou
seja, as palavras, expressões e atitudes que desencadeiam a desconfiança, a
inquietação e agressividade.
22..77 OO QQUUEE OO AATTEENNDDEENNTTEE PPOODDEE EE DDEEVVEE FFAAZZEERR ??
Apresentação impecável - Apresentar-se de forma impecável, mais que
uma atitude, é um hábito de um profissional bem-sucedido. Vista-se bem, esteja sempre
29
limpo, arrumado, cheiroso, use desodorante, faça a barba diariamente, não ande de
sapatos encardidos ou roupas amassadas. Nada disso é supérfluo! Tudo é requisito de
sucesso e elevada auto-estima. A boa apresentação não deve ser confundida com luxo,
está vinculada ao bom senso. Para vestir-se bem, de forma adequada, não é preciso
gastar muito, é necessário usar bom gosto e criatividade. Nada de exageros. Você deve
ser notado pela competência, gentileza, pelo profissionalismo, jamais pela maneira
extravagante de vestir-se.
Postura - Do dicionário Aurélio: 1. Posição do corpo ou parte dele. 2. Modo
de manter o corpo ou compor os movimentos dele. 3. Aspecto físico ou expressão
fisionômica. Tudo isso é muito importante no atendimento ao cliente. Mostra disposição
e interesse.
Bom humor - Ninguém gosta de se relacionar com uma pessoa mal-
humorada, amarga, com baixo astral. Mesmo que você esteja com problemas, separe
as coisas. Um bom profissional evita, ao máximo, que problemas pessoais atrapalhem
seu desempenho.
Empatia - Para "se colocar no lugar do outro", é fundamental ter
sensibilidade, capacidade de compreender cada pessoa individualmente. Essa não é
uma Gentil - Quando somos gentis com o cliente, ele tem uma forte percepção de que,
realmente nós nos importamos com ele.
Disposição - Seja prestativo, vá ao encontro do cliente, resolva o problema
dele como se fosse seu.
Rapidez - A aceleração é característica da era moderna e tecnocrática.
Elimine de vez a procrastinação. Empresas mais rápidas são muito mais lucrativas e
profissionais rápidos tendem a ser mais valorizados.
Tranqüilidade - O cliente tem todo direito de ser ou estar nervoso,
angustiado, ansioso, estressado. Quem o atende, não!
Sinceridade - Verdade, transparência e ética não são apenas requisitos de
pessoas que cultivam um comportamento baseado em valores positivos. Proceder
desta forma, hoje, é um imperativo do mercado.
Comunicação Correta - Evite termos técnicos e siglas desconhecidas pelo
cliente.
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Precisão - Seja preciso na promessa, no que foi e como foi prometido. Você
pode usar expressões como "em até cinco dias", mas evite termos como
"aproximadamente, mais ou menos, eu acho, talvez", são expressões que demonstram
dúvidas e dão ao cliente a impressão de incerteza, de que sua empresa não é confiável.
Compromisso - Um profissional comprometido, resolve o problema do
cliente como se fosse o dele; defende o interesse do cliente; não admite nenhuma ação
que prejudique o cliente; extrapola sua responsabilidade na busca de soluções para o
cliente.
22..88 QQUUAALLIIDDAADDEE DDOOSS SSEERRVVIIÇÇOOSS
A ênfase em serviço de alta qualidade é uma poderosa arma competitiva. Numa
época em que serviço medíocre ou reconhecidamente inferior são experiência cada vez
mais comum para os clientes de tantos negócios, as organizações que demonstram
compromisso inequívoco com as necessidades dos clientes rapidamente se distinguem
dos concorrentes. O empenho pela qualidade dos serviços é parte essencial de sua
estratégia de negócios, em vez de apenas mais um adorno ou característica “boa de
ter”.
Qualidade é a totalidade dos atributos e características de um serviço que
afetam sua capacidade de satisfazer as exigências e expectativas dos clientes.
Os esforços e o desempenho individual determinam a percepção, pelos
clientes, da qualidade dos serviços, pois a superioridade dos serviços torna-se visível
no momento do contato.
22..99 AAVVAALLIIAANNDDOO OO SSEERRVVIIÇÇOO PPRREESSTTAADDOO
Quando compramos um produto de qualidade, podemos avaliar suas
características tangíveis, próprias do produto. Num sapato adquirido, esperamos
conforto, flexibilidade, leveza, durabilidade, beleza, preço, etc. Sem dúvida que
aspectos externos ao produto, como embalagens, imagem publicitárias também são
fatores que influenciam na decisão de compra do cliente.
31
Quando compramos um serviço, não temos estes elementos tangíveis de
avaliação, e buscamos uma avaliação deste serviço através de elementos pessoais e
subjetivos ou avaliamos aspectos relacionados com o serviço prestado.
22..1100 AASSPPEECCTTOOSS LLEEGGAAIISS DDOO AATTEENNDDIIMMEENNTTOO BBAANNCCÁÁRRIIOO Atender bem ao Cliente pode até passar a impressão de ser somente um ato de
civilidade ou solicitude, mas na verdade é muito mais do que isto. Além de ser uma
estratégia de marketing institucional, um serviço que "agrega valor" ao seu Cliente, é
um direito do cidadão.
Os Clientes dos bancos, hoje muito mais críticos, vêm cada vez mais
pressionando os órgãos reguladores e fiscalizadores para atuação junto às instituições
financeiras, quanto ao cumprimento das leis que regulamentam os direitos do Cidadão,
tais como:
Acesso especial para deficientes,
Tempo de espera em filas,
Horário de atendimento,
Transparência nas operações, etc.
Toda esta movimentação da sociedade fez surgir à necessidade de uma
regulamentação do Banco Central, que é o órgão regulador e fiscalizador dos bancos.
O Código de Defesa do Consumidor Bancário, regulamentado pela Lei 2.878, de 26 de
julho de 2001, e revisado em 27 de setembro de 2001 pela Lei 2.892, é um conjunto de
procedimentos que os bancos devem seguir na prestação de serviços e venda de
produtos.
32
As sanções decorrentes do descumprimento das regulamentações podem
variar de advertência e multa, até o fechamento da Instituição infratora.
Além do Código de Defesa do Consumidor Bancário, o Banco Central instituiu,
também, o serviço por telefone: "BC Atende". Este serviço foi criado para que, por meio
dele, a sociedade possa esclarecer dúvidas, obter informações e fazer reclamações ou
denúncias a respeito de serviços oferecidos pelos bancos.
Dessa forma, o Banco Central atua direta e ativamente como interlocutor entre
os bancos e o seu usuário, e garante a segurança e o correto cumprimento das normas
de defesa do consumidor bancário.
CAPITULO III
33
ESTUDO DE CASO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
3.1 HISTÓRIA A CAIXA (CEF) foi criada em 1861, no Rio de Janeiro, tendo como missão
conceder empréstimos e incentivar poupança popular. Um dos objetivos do imperador
era inibir a atividade de outras empresas que não ofereciam garantias aos depositantes
e ainda concediam empréstimos a juros exorbitantes.
Em seu processo de expansão, instalou-se nas províncias de São Paulo,
Alagoas, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul. Mas somente em 1969, quase cem
anos depois, aconteceria a unificação das 22 Caixas Econômicas Federais que
passaram a atuar de forma padronizada. (CEF, 2003)
Nesse tempo, foram criadas carteiras hipotecárias e de cobrança e
pagamentos, tendo início as operações de crédito comercial e consignação. As Loterias
Federais começaram a ser operacionalizadas em 1961, representando um importante
passo na execução dos programas sociais do Governo, já que parte da arrecadação é
destinada à Seguridade Social, ao Fundo Nacional de Cultura, ao Programa de Crédito
Educativo e entidades de prática esportiva, entre outros.
A década de 70 marcou a implantação e regulamentação do Programa de
Integração Social (PIS), a expansão da Loteria Esportiva em todo o país e a execução
da política do Conselho de Desenvolvimento Social, através do Fundo de Apoio ao
Desenvolvimento Social ( FAZ).
Com a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1986, a Instituição
se transformou na maior agência de desenvolvimento social da América Latina,
administrando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e tornando-se o
órgão-chave na execução das políticas de desenvolvimento urbano, habitação e
saneamento. Em 1990, a Instituição foi incumbida de centralizar quase 130 milhões de
contas de FGTS, que se encontravam distribuídas em 76 bancos.
As atividades da CAIXA incluem, ainda, o patrocínio ao esporte, em parceria
com o Ministério dos Esportes, e à cultura, por iniciativa própria e em conjunto com o
Ministério da Cultura. No cenário empresarial, detém 48% do capital da CAIXA Seguros
(ex-Sasse), é patrocinadora da Fundação dos Economiários Federais (FUNCEF) que
34
trata das aposentadorias de seus empregados, o segundo maior fundo de pensão do
Brasil.
A CAIXA tem como missão atuar na promoção da cidadania e do
desenvolvimento sustentável do País, como instituição financeira, agente de políticas
públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro., tendo como valores fundamentais:
Sustentabilidade econômica, financeira e sociambiental.
Valorização do ser humano.
Respeito à diversidade.
Transparência e ética com o cliente.
Reconhecimento e valorização das pessoas que fazem a CAIXA.
Eficiência e inovação nos serviços, produtos e processos
3.1.1 UM BANCO MODERNO E COMPETITIVO
A CAIXA é o maior banco público da América Latina. Os números
impressionam: a base de clientes foi expandida em 42% nos últimos dois anos e meio,
subindo de 23,1 milhões para 33,6 milhões de pessoas. E mais de 3 milhões de
pessoas ingressaram no sistema bancário brasileiro por meio do programa de conta
simplificada, a maior ação de inclusão bancária do país.
O volume de depósitos à vista na CAIXA cresceu 16% no período e o de
depósitos de poupança 18%, atingindo um saldo de R$ 50,2 bilhões, consolidando a
sua posição de instituição líder neste segmento. Entre 2002 e a metade de 2005, o
ativo bancário da empresa aumentou 30% – segundo maior ativo entre as instituições
financeiras atuantes no Brasil.
Na primeira metade de 2005, a CAIXA obteve o maior lucro semestral de sua
história. Uma das principais razões para esse resultado foi a forte expansão das
receitas com operações de crédito, que, desde 2003, tiveram incremento de 101%.
Nesse mesmo ano, a CAIXA foi premiada em quatro categorias pelo Guia Exame, que
avalia os melhores fundos de investimento do mercado.
35
A CAIXA também se destaca quando o assunto é atendimento. Sua rede, a
maior do País, abrange todos os 5.561 municípios brasileiros, com mais de 17 mil
pontos de atendimento entre agências, lotéricas e correspondentes CAIXA AQUI. E
será ainda maior: em 2003, iniciou-se o projeto de instalação de 500 novas agências,
das quais mais de 150 já estão funcionando. Quase 3,5 mil novos correspondentes
CAIXA AQUI e lotéricas foram instalados nos últimos 30 meses.
E para quem prefere outros canais de atendimento, a CAIXA também oferece
terminais eletrônicos, Banco 24h, CAIXA Rápido, débito automático, atendimento
telefônico e o Internet Banking CAIXA.
Até mesmo quem está fora do Brasil pode contar com a CAIXA. Desde 2004, os
brasileiros emigrados podem utilizar o CAIXA Internacional para fazer remessas de
recursos ao país. Firmado em 2005, um convênio com o banco português BCP garantiu
ainda mais facilidade nesse processo.
A CAIXA é o principal agente das políticas públicas do governo federal e, de
uma forma ou de outra, está presente na vida de milhões de brasileiros. Isso porque a
CAIXA – uma empresa 100% pública – atende não só os seus clientes bancários, mas
todos os trabalhadores formais do Brasil, estes por meio do pagamento de FGTS, PIS e
seguro-desemprego; beneficiários de programas sociais e apostadores das Loterias.
Além disso, ao priorizar setores como habitação, saneamento básico, infra-
estrutura e prestação de serviços, a CAIXA exerce um papel fundamental na promoção
do desenvolvimento urbano e da justiça social no país, contribuindo para melhorar a
qualidade de vida da população, especialmente a de baixa renda.
A atuação da CAIXA também se estende aos palcos, salas de aula e pistas de
corrida, com o apoio a iniciativas artístico-culturais, educacionais e desportivas.
3.1.2 UMA EMPRESA RESPONSÁVEL E CIDADÃ
Promover a inclusão social é um dos principais objetivos da CAIXA. E uma das
melhores formas de torná-la realidade é o apoio a iniciativas artístico-culturais,
educacionais e desportivas.
Esporte: a CAIXA é uma das principais incentivadoras do esporte brasileiro. O
atletismo nacional tem na CAIXA a sua patrocinadora oficial. Por intermédio da
36
Confederação Brasileira de Atletismo, atletas de todo o Brasil podem preparar-se para
competições nacionais e internacionais.
Por meio das Loterias, a CAIXA também patrocina o Comitê Paraolímpico
Brasileiro (CPB) e os atletas do paradesporto – atletismo, natação e judô – que mais se
destacaram segundo critérios técnicos definidos pelo CPB. No ano de 2006 a CAIXA
iniciou o apoio inédito à ginástica brasileira, se tornando a "Patrocinadora Oficial da
Ginástica Artística Brasileira". Em maio deste ano, o investimento conferido à
Confederação Brasileira de Ginástica se estendeu às modalidades de Ginástica Rítmica
e de Trampolim e, ainda, à criação do Circuito Brasileiro CAIXA de Ginástica.
Em 2007, além da continuidade dos patrocínios citados acima, outro esporte
recebe o apoio da CAIXA: a Luta Olímpica.
Cultura: ao patrocinar eventos e projetos artísticos em todo o país, a CAIXA
ajuda a preservar e difundir a cultura nacional. A instituição possui espaços culturais
próprios em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife e Salvador. Os centros
mantêm programação contínua nos espaços de galeria, teatro e museu, além de
projetos de inserção social voltados para escolas públicas, contribuindo assim para
facilitar o acesso de todos os segmentos sociais à arte e à cultura.
Benefícios: além dos benefícios assegurados aos trabalhadores, a CAIXA
opera e paga os benefícios provenientes do Bolsa Família, programa de transferência
de renda do governo federal.
A fim de assegurar uma execução mais eficiente das políticas sociais, a CAIXA
desenvolveu o Cadastro Único, ferramenta capaz de apresentar informações sobre o
perfil socioeconômico de aproximadamente 53,5 milhões de pessoas situadas abaixo da
linha de pobreza.
Loterias: com uma arrecadação recorde em 2005, as Loterias CAIXA
constituem uma importante fonte de recursos para a área social.
3.1.3 COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO DO
PAÍS
Para a CAIXA, colaborar com o crescimento do país é prioridade. Para isso, ela
desenvolve parcerias com o poder público, especialmente o municipal. A intenção é
37
proporcionar soluções mais eficientes para a gestão financeira dos municípios e para a
implantação de projetos de infra-estrutura, entre outras.
Além de disponibilizar recursos, a CAIXA auxilia prefeituras e governos
estaduais a projetarem e acompanharem com eficiência obras promotoras de
desenvolvimento urbano. Da mesma forma, estimula o contínuo aperfeiçoamento da
administração pública, conferindo às ações mais bem-sucedidas o Prêmio Melhores
Práticas de Gestão.
A CAIXA também é responsável pela coleta e gestão de dados contábeis e
gerenciais de todos os entes da Federação, auxiliando a aplicação da Lei de
Responsabilidade Fiscal no país.
3.2 PROCESSO DE SEGMENTAÇÃO NA CAIXA A CAIXA, enquanto prestadora de serviços, e ainda como Instituição Financeira
pública, responsável pela execução e operacionalização de políticas sociais do governo
federal tem grandes desafios, dentre eles o de manter um modelo de gestão
econômico-financeira que garanta o equilíbrio operacional e ainda desenvolver
estratégias de diferenciação competitiva, melhoria da qualidade dos serviços e a
produtividade.
Observa-se que há uma tendência generalizada no mercado bancário no foco
no relacionamento com o cliente, e a CAIXA nos meados de 90 começa timidamente
esse processo, o qual veio culminar seu início em 2000 com a implantação definitiva do
processo de segmentação, definindo um novo modelo de relacionamento com seus
clientes, a GRC ( Gestão de Relacionamento com o cliente) também conhecido como
CRM (Customer Relationship Management )
3.2.1 A IMPORTÂNCIA DA SEGMENTAÇÃO “Segmentação” [M. Stone 2001, p.138] é o termo utilizado para designar o ato
de reunir os clientes em grupos com características semelhantes e que, por isso
mesmo, afetam o comportamento deles no mercado. Esse recurso é utilizado pelos
seguintes motivos:
38
Oferecer à CAIXA uma base melhor para compreender o mercado em que atua.
Assim sendo, mesmo que comercialize produtos ou serviços iguais para segmentos
diferentes, você entenderá melhor o mercado de consumo como um todo se souber,
com antecedência, como os diversos segmentos de clientes comportam-se. No entanto,
como o relacionamento cliente-empresa é parte importante de uma oferta complicada
de produto/serviço, é possível ajustá-lo a vários tipos de clientes enquanto oferece, ao
mesmo tempo, produtos/serviços iguais.
Se os diversos segmentos de clientes reagirem de maneiras diferentes a grupos
de clientes, é possível concretizar os objetivos da organização com mais facilidade do
que se você tivesse optado por seguir uma política de não diferenciação (isto é, aplicar
a mesma política ao mercado como um todo, sem distinções). Caso haja variações
radicais nas necessidades de relacionamento dos diferentes tipos de clientes, então a
oferta total de produto/serviço pode se diferenciar principal ou totalmente em termos do
relacionamento oferecido.
A segmentação pode trazer benefícios relativos ao foco, à concentração, à
especialização e, portanto, à diferenciação. Esses benefícios incluem lucros ou vendas
maiores, custos menores, além de prevenir a entrada de organizações concorrentes na
mesma área que sua empresa atua. Tudo isso porque uma política de marketing
direcionada e diferenciada permite a uma organização suprir as necessidades de cada
segmento escolhido. Se as necessidades de relacionamento de cada um dos
segmentos de clientes forem analisadas em profundidade, a empresa estará pronta
para ajustar a oferta de relacionamento da empresa às necessidades do grupo de
clientes escolhido.
3.2.2 O INÍCIO
O antigo modelo adotado pela CAIXA tinha uma visão orientada para o
produto. O foco estava na rentabilidade do produto e na sua participação de mercado.
39
O marketing adotado era o de massa, onde todos os clientes eram tratados de forma
igual.
A partir da revisitação de sua estratégia, objetivando uma visão mais orientada
para o cliente e focalizada em resultados, a CAIXA contrata em 1999 uma das maiores
consultorias do mundo, A BCG – Boston Consulting Group, para fazer um diagnóstico
da Empresa. Com base nesse diagnóstico, a empresa desenvolveu uma nova
estratégia de atuação implantada a partir de 2000. Dentre os pontos básicos do
diagnóstico levantado pela BCG encontravam-se os custos operacionais elevados, as
inconsistências de métricas e formas de acompanhamento e a indefinição de
responsabilidade pelos resultados empresariais.
Decorrendo desse diagnóstico, várias iniciativas foram propostas, sendo a
segmentação de mercado conseqüência natural das expectativas de desenvolvimento
do varejo.
Outra premissa desse novo posicionamento seria a redução da base de custos.
Assim o novo modelo conceitual foi definido tendo como base três blocos de
negócios: desenvolvimento urbano, transferência de benefícios e serviços financeiros.
Desenvolvimento urbano: financiar a habitação, o saneamento básico e a
infra-estrutura urbana.
Transferência de benefícios: realizar ações nas áreas de pagamentos e
arrecadações de programas sociais ( como o Bolsa-família, por exemplo) e também e
acompanhamento de verbas do OGU – Orçamento Geral da União
Serviços financeiros: comercializar produtos e processos comerciais voltados
para clientes e usuários das áreas-fim, através de Pontos de Venda.
As principais alavancas da estratégia adotada pela CAIXA foram: Foco no
cliente, nivelamento de resultados e controle de métricas. Foram definidas estratégias
para essas alavancas:
Foco no cliente
Seria necessário identificar com maior precisão as necessidades dos
segmentos componentes da clientela da CAIXA. Conhecer o potencial de cada grupo de
clientes, sua possibilidade de negócios e lucro para a instituição. Um dado interessante
é que alguns segmentos que aparentemente apresentariam pouca rentabilidade, na
40
verdade apresentavam um conjunto de necessidades cuja satisfação pode ser viável e
lucrativa.
Estruturar mecanismos de relacionamento adequados aos segmentos
selecionados
Aproveitar as oportunidades de venda cruzada (investimentos, cartões,
seguros, serviços).
Controle de Métricas
Melhoria da Qualidade das informações gerenciais, em especial daquelas
referentes e custos
Confiabilidade das informações contábeis
Uso gerencial intensivo das métricas de apuração dos resultados
3.2.3 POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO DA CAIXA
As diretrizes que nortearam a nova forma de atuação estratégica da CAIXA
foram baseadas na segmentação de clientes.
Na fase de desenvolvimento do projeto, estudos foram feitos a respeito do
comportamento e das necessidades dos clientes, mediante pesquisa de mercado e
projeções em uma base única de clientes da CAIXA, constatando-se que a variável
Renda é bastante explicativa quando se verifica resultados de rentabilidade por cliente,
utilização de produtos e relacionamentos bancários.
Foram identificadas as oportunidades específicas da CAIXA:
Extensa base de relacionamentos;
Capilaridade da Rede como vantagem competitiva;
Relações institucionais como oportunidade de negócios;
Transferência de benefícios como oportunidades de negócios;
Exploração da imagem associada à segurança;
41
A empresa para fazer face a este novo requisito de mercado se deparou com a
necessidade de ajustar seus processos voltados para a segmentação de seus clientes
e para isto criou a SUSED – Superintendência Nacional de Serviços e Distribuição, que
tem como objetivo principal definir as diretrizes e rumos da empresa em busca de um
modelo eficiente de segmentação
As estratégias para clientes Pessoa Física e Pessoa Jurídica foram, então,
definidas para segmentos, conforme a figura 3.2.3:
MERCADO PESSOA FÍSICA
SEGMENTOS RENDA (R$) VOLUME DE NEGÓCIOS (R$)
PERSONALIZADO Acima de 7.000,00 Acima de 70.000,00
PREFERENCIAL De 3.000,01 a 7.000,00 De 20.000,00 a 70.000,00
ESPECIAL De 700,01 a 3.000,00 De 2.000,00 a 20.000,00
ESSENCIAL Até 700,00 Até 2.000,00
MERCADO PESSOA JURÍDICA PRIVADA
SEGMENTOS** FATURAMENTO ANUAL (em R$)
Médias e Grandes Empresas Acima de 7.000.000,00
Micro e Pequenas Empresas Até 7.000.000,00
3.3 O QUE É CRM (COSTUMER RELATIONSHIP
MANAGEMENT)?
Em 1998, quando o termo CRM começou a ganhar força no mercado brasileiro,
o conceito foi confundido com implantação de soluções tecnológicas para área de
vendas e marketing e/ou implantação, reestruturação de centrais de atendimento ao
42
Cliente. Muitas empresas ainda iniciam projetos de CRM sem uma visão clara sobre o
assunto. Ainda é possível observar empresas adquirindo pacotes de software ou
iniciando operações de call centers e aguardando que essas ações isoladas tragam o
benefício de um verdadeiro projeto de CRM.
CRM representa todas as etapas negociais, cujos conceitos estão definidos
abaixo:
Identificar: para estabelecer um relacionamento efetivo e duradouro é
importante conhecer os Clientes individualmente, com maior número de detalhes
possíveis e ser capaz de reconhecê-los em todos os pontos de contato (Canais de
Atendimento);
Diferenciar: na maioria dos casos, é possível diferenciar os Clientes
usando dois critérios: rentabilidade – retorno financeiro que o Cliente traz – e potencial
– quantidade ou volume de negócios que se pode ter com o Cliente.
Interagir: após diferenciar os Clientes, é preciso priorizar os esforços de
relacionamento, direcionando as ações para os Clientes de maior valor e de maior
potencial e interagindo com esses Clientes para conhecê-los cada vez mais. É
importante desenvolver uma relação de aprendizado que possibilite expandir a base de
informações.
Personalizar: é preciso tratar Clientes diferentes de maneira diferente.
Para isso, é importante personalizar serviços e produtos para que o Cliente veja
conveniência em continuar e expandir suas relações negociais.
Marketing de Relacionamento (CRM) na verdade é um conjunto de estratégias
que visam o entendimento e a gestão do relacionamento entre uma empresa e seus
clientes, atuais e potenciais, com o objetivo de aumentar a percepção de valor da
marca e a rentabilidade da empresa ao longo do tempo.
3.3.1 BENEFÍCIOS ESPERADOS
Os benefícios do CRM estão, em geral, em uma ou mais das seguintes áreas:
43
Melhor retenção e fidelidade do cliente: os clientes permanecem mais tempo,
compram mais e com mais freqüência – ou seja, maior valor a longo prazo;
Maior lucratividade da CAIXA: não apenas porque cada um deles compra mais,
mas também por causa dos menores custos para recrutá-los e da não necessidade de
recrutar um grande número de clientes para manter constante o volume de negócios;
Custo reduzido de vendas: os clientes existentes, em geral, são mais
responsivos.
Entretanto, adquirir os clientes errados e mantê-los é, em geral, prejudicial.
Focalizar a retenção do cliente como sendo a grande prioridade dos negócios pode ser
uma atitude bastante ingênua se a maioria dos clientes cooptados não for lucrativa. No
setor bancário, uma porção razoável de clientes não é lucrativa, porque o custo de lhes
prestar serviços é muito maior que os benefícios gerados por eles. Em tais situações,
as técnicas de gestão de clientes destinam-se a reduzir os custos dos serviços
prestados.
3.3.2 COMO A CAIXA CLASSIFICA OS CLIENTES POR
NÍVEIS DE RELACIONAMENTO?
Prospecção: Quando é identificada oportunidades de ampliar a base de Clientes e
é iniciado os primeiros contatos oferecendo informações, produtos, serviços e incentivos,
gerando expectativas favoráveis à sua conquista.
Nesta categoria são enquadrados os Clientes não pertencentes à base de
cadastro de Clientes (Mercado), e aqueles que possuem cadastro na CAIXA e não
possuem produtos ativos (Base interna de Prospecção).
Ativação: Quando é identificado Clientes possuidores de pelo menos um produto
e com características que indicam a oportunidade de ampliar o relacionamento. É o
momento de atuação focado nos Clientes prospectados com pouco relacionamento.
44
Nesta categoria estão os Clientes CAIXA que possuem pelo menos um produto
ativo, apresentando um nível de relacionamento abaixo do esperado para o segmento a
que pertence.
Fortalecimento: Quando o Cliente atingiu o nível de relacionamento desejado,
conforme estratégia do segmento. A marca CAIXA já faz parte da sua vida, É preciso
valorizá-lo. Como? Mostrando que a empresa tem conhecimento de seus desejos e
expectativas a ponto de surpreendê-los, oferecendo novidades, e não deixando que ele se
esqueça dos diferenciais.
Nesta categoria estão os Clientes que já apresentam o nível de relacionamento
definido pela estratégia de atuação do segmento ao qual estão vinculados, e apresentam
potencial de negócios e de relacionamento a serem explorados, para torná-los cada vez
mais fiéis à marca CAIXA.
Retenção: Quando é identificado o estágio de relacionamento dos Clientes mais
fiéis à marca CAIXA, independente do segmento a que pertencem. Estes Clientes em geral
são muito assediados pela concorrência, por isso é preciso atuar fortemente para que se
mantenham nesta condição de relacionamento.
Além disso, pode haver nesta fase o desgaste do relacionamento, momento em
que deve-se incentivar novamente nossos Clientes, relembrar vantagens competitivas e
todos os benefícios advindos da relação. É preciso motivá-los, recorrendo a vários
argumentos, mostrar as desvantagens que ele terá se deixar de ser cliente CAIXA.
Nesta categoria estão os Clientes que apresentam e/ou superam o nível de
relacionamento definido pela estratégia de atuação do segmento ao qual estão vinculados.
É necessário estar atento aos sinais de redução de negócios ou relacionamentos com a
CAIXA, que possa resultar em sua perda.
3.3.3 O PAPEL DESEMPENHADO PELAS INFORMAÇÕES
SOBRE OS CLIENTES Tanto as informações sobre os clientes quanto as necessidades deles precisam
ser levadas em consideração durante o processo de planejamento do CRM, devendo
estar disponibilizadas sempre que se entrar em contato com eles. Os contatos podem
45
dar-se de fora para dentro (o cliente entra em contato com a empresa) ou de dentro
para fora (o banco entra em contato com o cliente), por meio de uma variedade de tipos
(pedidos, consultas, reclamações – e neste sentido a CAIXA implantou a Ouvidoria).
Utilizar os dados que se tem, tanto para planejar quanto para comunicar, é
importante para “concretizar a estratégia” de ação e tornar os planos da organização
mais visíveis para os clientes.
3.3.3.1 O CONHECIMENTO DOS CLIENTES Existem diversas maneiras por meio das quais podemos conhecer um cliente.
São elas:
Pesquisa de mercado e observação formal;
Informações sobre transações – respostas e consultas, vendas etc.;
Informações sobre os concorrentes – o que os clientes estão comprando de
outros fornecedores;
Reclamações e elogios;
Feedback da equipe que lida diretamente com o cliente.
O sucesso do CRM depende da busca pelo feedback do cliente e da utilização
de um processo adequado para obtê-lo e identificar nele qualquer oportunidade de
aperfeiçoamento.
CONCLUSÃO O estudo mostra o nível de competitividade no mercado bancário nacional,
acentuada após a estabilidade econômica e como as tarifas bancárias ganharam
46
importância na receita dos bancos. Como a similaridade entre os bancos está
acentuada, a qualidade no atendimento tornou-se o diferencial para a escolha do cliente
e os bancos precisam reinventar-se a cada momento para surpreender seu público. É
fundamental que o banco tenha em seu banco de dados o máximo de informações do
cliente a fim de conhecer seu comportamento.
No caso específico da Caixa Econômica Federal, o estudo mostra como
marketing de relacionamento, focado na segmentação, auxilia no tratamento específico
para cada perfil de cliente, facilitando na adoção de estratégias para o melhor
atendimento e obtenção de resultados cada vez mais rentáveis. Analisando os níveis de
relacionamento do cliente com o banco, fica mais clara a forma como o banco deve
atuar para que o cliente se mantenha fiel à empresa e para que seja captado novos
clientes.
ANEXO 1
Reportagens
47
03/11/2008 - 10h09
Itaú e Unibanco anunciam fusão e criam maior grupo financeiro do Hemisfério Sul
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da Folha Online
A Itaúsa --empresa de participações do grupo Itaú-- e o Unibanco anunciaram
nesta segunda-feira que irão fundir suas operações financeiras, o que formará o maior
banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul, segundo comunicado
divulgado pelos bancos.
"Os controladores da Itaúsa e da Unibanco Holdings comunicam ao mercado
que assinaram nesta data contrato de associação visando à unificação das operações
financeiras do Itaú e do Unibanco de modo a formar o maior conglomerado financeiro
privado do Hemisfério Sul, cujo valor de mercado fará com que ele fique situado entre
os 20 maiores do mundo. Trata-se de uma instituição financeira com a capacidade de
competir no cenário internacional com os grandes bancos mundiais", informaram as
duas empresas em comunicado ao mercado.
Segundo as duas instituições, o total de ativos combinado é de mais de R$ 575
bilhões --contra R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil, e R$ 348,4 bilhões do Bradesco,
de acordo com dados de junho do Banco Central.
Folha Imagem
Fusão do Itaú e Unibanco formará o maior banco do país e o maior do Hemisfério Sul
48
Em comunicado, as instituições informaram que a fusão é resultado de 15
meses de negociação e de "uma forte identidade de valores e visão convergente de
futuro".
A presidência do Conselho de Administração ficará a cargo de Pedro Moreira
Salles (pelo Unibanco) e o Presidente Executivo será Roberto Egydio Setubal (pelo
Itaú). O Conselho de Administração do novo banco será composto por 14 membros,
sendo que seis serão indicados pelos controladores da Itaúsa e pela família Moreira
Salles, e os demais serão independentes.
"Esta operação surge em momento de grandes mudanças e oportunidades no
mundo, particularmente no setor financeiro. O novo banco consolida-se em um cenário
que encontra o Brasil e o seu sistema financeiro em situação privilegiada, com enormes
possibilidades de melhorar ainda mais a sua posição relativa no cenário global",
informam.
Para ser concretizada, a fusão ainda terá que ser aprovada pelo Banco Central
e por órgãos reguladores como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Clientes
Conforme as empresas, "nada muda operacionalmente neste momento" para os
clientes do Itaú e do Unibanco. "Todos continuarão a utilizar normalmente os diferentes
canais de atendimento, cheques, cartões e demais produtos e serviços."
Segundo o Itaú e o Unibanco, com a fusão dos dois bancos serão
aproximadamente 4.800 agências e postos de atendimento (representando 18% da
rede bancária) e 14,5 milhões de clientes de conta corrente (18% do mercado). Em
volume de crédito, representará 19% do sistema brasileiro, e em total de depósitos,
fundos e carteiras administradas atingirá 21%.
Conforme as duas instituições, as operações de cartões de crédito passam a
contemplar as empresas Itaucard, Unicard, Hipercard e Redecard.
49
No mercado de seguros, o novo grupo nasce com uma participação de 17% e
de 24% em previdência. As operações Corporate (para empresas) vão somar mais de
R$ 65 bilhões, com atendimento a mais de 2.000 grupos econômicos no Brasil,
conforme os dois bancos, que também informaram que o negócio de Private Bank
(gestão de grandes fortunas) será o maior da América Latina, com aproximadamente
R$ 90 bilhões de ativos sob gestão.
Mercado de ações
O acordo firmado entre as duas partes determina que os acionistas do
Unibanco migrarão para uma nova companhia que se chamará Itaú Unibanco Holding
Financeira, cujo controle "será compartilhado, entre a Itaúsa e os controladores da
Unibanco Holdings, por meio de holding não financeira a ser criada no âmbito da
reorganização."
As ações ordinárias do Unibanco e da Unibanco Holdings serão substituídas
por ações ordinárias da Itaú Unibanco Holding. Cada 1,1797 ação das duas empresas
virará 1 ação da Itaú Unibanco Holding. Já cada 1,7391 ação Unit do Unibanco passará
a valer 1 ação preferencial. Por sua vez, cada 3,4782 ações preferenciais do Unibanco
e da Unibanco Holdings valerão 1 preferencial da nova empresa.
50
ANEXO 2
Reportagens
Unibanco e Itaú anunciam fusão e criam gigante financeiro
Banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado. Nova controladora será denominada Itaú Unibanco Holding S.A.
Do G1, em São Paulo
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Os bancos brasileiros Unibanco e Itaú anunciaram nesta segunda-feira (3) que
se unirão para formar um conglomerado com valor de mercado entre os 20 maiores do
mundo. O novo banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado oficial
do banco Itaú.
Segundo a nota da instituição, a operação “surge em momento de grandes mudanças e
oportunidades no mundo, particularmente no setor financeiro”.
A operação precisa ser aprovada em assembléias extraordinárias de acionistas
- previstas para serem realizadas entre a última semana de novembro e a primeira
semana de dezembro -, pelo Banco Central do Brasil e demais autoridades
competentes, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Procurado
pelo G1, o Cade informou que irá avaliar os riscos concorrenciais apenas após ser
notificado da operação. As instituições têm 15 dias para notificar o órgão.
Segundo as instituições financeiras, o novo banco resultante da fusão terá R$
575 bilhões em ativos e patrimônio líquido de cerca de R$ 51,7 bilhões. Contará com
aproximadamente 4,8 mil agências, representando 18% da rede bancária; e 14,5
milhões de clientes de conta corrente, ou 18% do mercado.
51
Em volume de crédito, representará 19% do sistema brasileiro; e em total de depósitos,
fundos e carteiras administradas, atingirá 21%.
Ainda de acordo com o comunicado oficial do Itaú, nada muda
operacionalmente para os clientes dos dois bancos neste momento. Todos continuarão
a utilizar normalmente os diferentes canais de atendimento, cheques, cartões e demais
produtos e serviços.
Segundo levantamento da consultoria Economatica, o banco resultante da
fusão será o 9º maior das Américas em ativos, com US$ 324,041 bilhões, à frente do
Banco do Brasil, com US$ 261,639 bilhões, e do Bradesco, com US$ 220,815 bilhões.
Entre os bancos com capital aberto, o Itaú-Unibanco será o sexto maior da
Américas em valor de mercado, com US$ 41,323 bilhões, à frente do Bradesco, com
US$ 34,162 bilhões.
Novo modelo
Os controladores da Itaúsa e Unibanco constituirão uma holding em modelo de
governança compartilhada. O Conselho de Administração será presidido por Pedro
Moreira Salles (atual Unibanco) e o presidente-executivo será Roberto Egydio Setubal
(atual Itaú). O anúncio foi feito com base em uma negociação de mais de um ano.
Segundo comunicado enviado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),
onde os dois bancos têm ações negociadas, a associação contemplará reorganização
societária, que resultará na migração dos atuais acionistas do Unibanco Holdings S.A. e
Unibanco - União de Bancos Brasileiros S.A., mediante incorporações de ações, para
uma companhia aberta, a ser denominada Itaú Unibanco Holding S.A., atual Banco Itaú
Holding Financeira S.A., cujo controle será compartilhado entre a Itaúsa – Investimentos
52
Itaú S.A. e os controladores da Unibanco Holdings, por meio de holding não financeira a
ser criada.
Acionistas minoritários
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) irá analisar se a fusão respeita os
direitos dos acionistas minoritários e identificar se houver algum prejuízo a eles.
Segundo o fato relevante, cada 1,1797 ação ordinária do Unibanco e do
Unibanco Holdings valerá uma ação do Itaú Unibanco Holding. Cada 1,7391 ação Unit
valerá uma nova ação. E 3,4782 ações preferenciais do Unibanco e Unibanco Holdings
valerão uma ação.
"Na medida em que os acionistas do Unibanco passarão a ser acionistas do
Itaú, como está ali no fato relevante, ações do Unibanco estarão sendo incorporadas ao
capital do Itaú. Cabe à CVM analisar essa operação e verificar o cumprimento do direito
dos acionistas minoritários. Em que base esses acionistas serão migrados do capital do
Unibanco para o capital do Itaú, ou seja, quais as bases em que foi fixada a relação de
troca, na transferência patrimonial desses acionistas", explicou a superintendente de
relações com empresas, Elizabeth Machado.
Segundo ela, toda a operação será analisada pela CVM, desde a divulgação,
realização de assembléias e a fixação de relação de troca para a transferência de
acionistas.
Procurados pelo G1, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o Banco
Central ainda não devem se pronunciar.
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBRECHT, Karl; LAWRENCE, Brandford. Serviços com qualidade: a vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1992. ALBRECHT, Karl. Como as empresas podem revolucionar a maneira de tratar seus cliente: revolução nos serviços. São Paulo: Pioneira, 1992.
54
ALBRECHT, Karl. Serviço ao cliente: a reinvenção da gestão do atendimento ao cliente. Rio de Janeiro: Campus, 2002. ALMEIDA, Sergio. Ah! Eu não acredito: como cativar o cliente através de um fantástico atendimento. 53. ed. Salvador: Casa da Qualidade, 2001. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio século XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Manual normativo RH103: código de ética da Caixa.
Brasília. v.10.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Gestão do Atendimento. Brasília. 1999. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Cartilha segmentação Caixa. Brasília. 2000.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. RBC: modelo de atendimento, diagnóstico e
resultados. Brasília. 2003.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. RBC: atualização do modelo de atendimento. Brasília.
2003.
STONE, M. e WOODCOCK, N. CRM – Marketing de relacionamento com os clientes: Tradução Ana Beatriz Rodrigues – São Paulo : Futura, 2001.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 1 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6
55
SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I (O MERCADO BANCÁRIO) 9 1. A História 9 1.1 A FASE INTERMEDIÁRIA 9 1.2 O Banco Atual 10 1.3 Sistema Financeiro nacional 10 1.3.1 ( Instituições Financeiras) subdividem-se em: 12 1.4 Os Bancos 15 1.5 A Agência Bancária 15 1.6 Principais Produtos e Serviços 16 1.6.1 Tarifas Bancárias 16 1.6.2 Outras Receitas dos Bancos 17 1.7 Principais Bancos 18 1.8 Fusões 20 CAPÍTULO II ATENDIMENTO - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21 2. Razões Por Que Prestar Um Fantástico Atendimento 21 2.1 Momento Da Verdade (Mv) 23 2.2.1 Classificação Do Momento Da Verdade 24 2.2.2 Micro Marketing – O Marketing Do Contato 24 2.3 Frente A Frente Com O Cliente 25 2.4 Clientes De Banco E Os
Caixas Eletrônicos/Auto-Atendimento 26 2.5 O Que Significa Satisfazer O Cliente? 28
2.6 Dimensões Do Atendimento 29 2.7 O Que O Atendente Pode E Deve Fazer ? 29 2.8 Qualidade Dos Serviços 31 2.9 Avaliando O Serviço Prestado 31 2.10 Aspectos Legais Do Atendimento Bancário 32 CAPITULO III ESTUDO DE CASO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 34 3.1 História 34
3.1.1 Um Banco Moderno E Competitivo 35
3.2.2 Uma Empresa Responsável e Cidadã 37
3.2.3 Compromisso Com O Desenvolvimento Do País 38
3.3 Processo De Segmentação Na Caixa 38 3.2.1 A Importância Da Segmentação 39
3.2.2 O Início 40 3.2.3 Posicionamento Estratégico Da Caixa 41 3.3 O Que É CRM (Costumer Relationship Management)? 43 3.3.1 Benefícios Esperados 44
56
3.3.2 Como A Caixa Classifica Os Clientes Por Níveis
de Relacionamento? 44 3.3.3 O Papel Desempenhado Pelas Informações
Sobre Os Clientes 46 3.3.3.1O Conhecimento Dos Clientes 46 CONCLUSÃO 47 ANEXOS 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55 ÍNDICE 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
57
Avaliado por: Conceito: