panorama hospitalar 24ª edição fevereiro de 2015

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P anorama www.revistapanoramahospitalar.com.br Gestão - Tecnologia - Mercado GESTÃO DE CRISE Você está preparado? ENTREVISTA: Ministro da Saúde, Arthur Chioro: “Preciso deixar de ser o ministro da doença para ser, de fato, o ministro da saúde” Ano 2 • N o 24 • Fevereiro/2015 24 9 772236 033008 ISSN 2236-0336

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A revista Panorama Hospitalar apresenta ao administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor.

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Page 1: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Panorama

www.revistapanoramahospita lar.com.brGestão - Tecnologia - Mercado

GESTÃO DE CRISE Você está preparado?

entrevista:

Ministro da Saúde, Arthur Chioro:

“Preciso deixar de ser o ministro da doença

para ser, de fato, o ministro da saúde” A

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Page 2: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

FUNDAMENTOS PARA MELHORIA DA QUALIDADE E SEGURANÇAO Consórcio Brasileiro de Acreditação lança o seu mais novo produto o Fundamentals For Care que tem por objetivo possibilitar que instituições de saúde hospitalares e ambulatoriais conheçam e possam implantar um conjunto de Fundamentos e Critérios voltados a viabilizar a melhoria da qualidade e segurança da assistência prestada aos pacientes.

INFORMAÇÕES: Assessoria de Relações Institucionais - (21) [email protected]

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Page 3: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Fevereiro, 2015 3

Editorial

A Panorama Hospitalar está de parabéns!

N o mês em que completa dois anos, a revista Panorama Hospita-lar já é considerada mais do que uma publicação sobre Gestão e Tecnologia para o mercado hospitalar, visto que, está entre as

melhores revistas brasileiras do segmento de saúde.Ao longo dessa jornada, contamos com a parceria de nossos anun-

ciantes, que acreditaram no potencial da revista desde o início e con-tribuíram para a consolidação da marca ‘Panorama Hospitalar’ no setor de saúde. Também recebemos a colaboração de profissionais, instituições, sindicatos, hospitais e empresas do setor, fornecendo da-dos e informações valiosas e, ao mesmo tempo, corroborando com a construção da nossa credibilidade e confiabilidade.

O segundo aniversário da Panorama Hospitalar representa, tam-bém, um momento de transição e, principalmente, de renovação. É com muita alegria que anuncio a jornalista Carla Nogueira como nova editora e coordenadora editorial da revista. A próxima edição já contará com toda a experiência que ela vem adquirindo na área de saúde desde 2006 – ano em que foi finalmente picada pelo “bi-chinho da saúde”, como ela mesma gosta de dizer, ao entrar no setor por meio do trabalho na Associação Paulista de Medicina. Já eu tenho uma nova missão na VP Group, como coordenadora do núcleo de comunicação de eventos, e deixo a revista com a sensação de dever cumprido. Mais do que isso, de que a revista está em ótimas mãos e seguirá uma trajetória de muito sucesso!

Em nome da equipe Panorama Hospitalar, agradeço a todos que nesses dois anos contribuíram para que a revista entrasse para o hall das melhores revistas brasileiras do setor de saúde. E a vocês, leitores, agradeço o companheirismo.

Aproveitem a leitura!

Edição: Ano 2 • N° 24 • Fevereiro de 2015

c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

Panorama

Keila MarquesEditoraAlameda Madeira, 53, Cj. 92 - 9º andar

06454-010 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500www.vpgroup.com.br

Presidência e CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7732

Publicidade - Gerente ComercialChristian Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7500

Ismael Paganie. [email protected]

t. + 55 (11) 2424.7724

EditoraKeila Marques

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7739

RepórterCarolina Spillari

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7741

Conselho TécnicoDr. Gonzalo Vecina Neto,

Dr. Eustácio Vieira e Dra. Pina Pellegrini

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.77

MarketingTomás Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7762

AnalistaThiago Guedes

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7762

AssitenteMichelle Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7762

Graphic DesignersGiovana Dalmas

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7737

Flávio Bissolottie. [email protected]

t. + 55 (11) 2424.7737

Carlos Costae. [email protected]

t. + 55 (11) 2424.7737

Web DesignerRobson Moulin

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7737

Web DesignerBruno Macedo

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7726

SistemasFernanda Perdigão

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7726

Wander Martinse. [email protected]

t. +55 (11) 2424.7762

A RevistaA revista Panorama Hospitalar apresenta aos administra-dores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnolo-gias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor.

Panorama Hospitalar Onlines. www.revistapanoramahospitalar.com.br

Tiragem: 15.000 exemplaresImpressão: Duograf

Page 4: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Panorama Hospitalar

Sumário nesta edição

4

artigo científico

espaço gestor

Mundohospitalar

16NOTÍCIaS

André Longo deixa ANS e Martha Oliveira assume

Máfia das próteses é condenada no Rio Grande do Sul

Hospital disponibiliza imagens de exames em dispositivos móveis

Aprovado o investimento de capital estrangeiro em hospitais do País

Novidades da Hospitalar Feira e Fórum 2015

6

6

8

8

9

lIVRO

33

aGENDa34

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TOTVS

3m

PRODuTOS E SERVIçOS

Em entrevista exclusiva à Panorama Hospitalar,

o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirma

que o investimento pesado em prevenção

de doenças deve ser prioritário

entreVista

12

Como o plano de gerenciamento de crise pode salvar a imagem e a credibilidade da

sua instituição

Telemedicina e Telessaúde: Oportunidade de novos serviços e melhoraria da logística em saúde

Profissionais de saúde buscam aperfeiçoamento em gestão

O pior médico do mundo

Autoclave da Cisa economiza água na esterilização

Reabilitação Feira + Fórum 2015 inaugura casa nova

24

28

20

22

PONTO DE VISTa

FERNaNDO l. mOTTaInvestir Certo: O que muda em 2015?

RICaRDO FERNaNDESEngajamento de Pacientes: uma tendência no mercado de saúde

30

32

10

Page 5: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015
Page 6: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Panorama Hospitalar6

Justiça condena médicos e empresários por

envolvimento com máfia das próteses

A Justiça Federal no Rio Grande do Sul condenou sete pessoas pelo crime de improbidade administrativa no Setor de Órteses e Próteses do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre (RS). Com a decisão, dois médicos, três servidores públicos e dois empresá-rios terão de devolver mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos.

A fraude foi descoberta em 2002, mas o processo foi iniciado apenas em 2005. O Ministério Público Federal (MPF) acusou os en-volvidos de lucrar ilegalmente com a colocação de próteses, porém, como a decisão é em primeira instância, ainda cabe recurso.

Segundo a Justiça, houve superfaturamento na aquisição de produtos fora da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Os valores eram superiores aos cobrados em outros hospitais. Conforme o MPF, os médicos, com auxílio dos servidores, traba-lhavam para favorecer os empresários na aquisição de material nos procedimentos licitatórios. Também foi constatado que os médicos autorizavam o pagamento de material não usado nos pacientes durante os procedimentos.

Notícias

andré longo deixa aNS e Martha Oliveira assume

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O mandato de André Longo como diretor-pre-sidente da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS) se encerrou no dia 10 de janeiro

de 2015. Longo havia tomado posse oficialmente em fevereiro de 2013, mas já atuava no cargo como interino desde novembro de 2012. Agora, a médi-ca pediatra Martha Oliveira e diretora de Desenvol-vimento Setorial da ANS é quem vai assumir como diretora-presidente interinamente. Longo deixou vago o cargo de diretor de Normas e Habilitação de Produtos, que passa a ser ocupado por José Carlos Abrahão, médico pediatra e também diretor de Ges-tão da Agência.

Como fica a Diretoria Colegiada da ANS:• Martha Oliveira: diretora-presidente interina e

diretora de Desenvolvimento Setorial (DIDES)• José Carlos Abrahão: diretor de Normas e

Habilitação de Produtos (DIPRO) e diretor in-terino de Gestão (DIGES)

• Leandro Reis: diretor de Normas e Habilita-ção de Operadoras (DIOPE)

• Simone Freire: diretora de Fiscalização

Page 7: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Fevereiro, 2015 7

Notícias

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Panorama Hospitalar8

Notícias

Aprovado o investimento de capital estrangeiro em

hospitais do País

A presidente Dilma Roussef sancionou o artigo 143 da Medida Pro-visória 656/2014 que permite investimentos estrangeiros nos serviços de saúde, como clínicas e hospitais, no último mês de janeiro. Companhias internacionais poderão instalar ou operar hospitais, inclusive filantrópi-cos, e clínicas e executar ações e serviços públicos de saúde.

O anúncio da aprovação casou divergências. Para o presidente da As-sociação Brasileira de Saúde Coletiva, Luís Eugênio Souza, a permissão da entrada de capital estrangeiro aumenta o risco de oligopólio. “Haverá uma pressão para compra de pequenos centros, uma concentração dos serviços nas mãos de grandes grupos, algo extremamente prejudicial, so-bretudo num serviço com saúde”, disse, em entrevista à Agência Estado. Contrário a essa visão, o presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Bales-trin, critica as avaliações, sobretudo a que enxerga um caminho para o oligopólio. “Não há um conhecimento exato do setor. Existem no País 6.300 hospitais. O risco de concentração, numa área como essa é muito pequeno. Sem falar que, para fazer a fiscalização e evitar que isso ocorra existe o Cade”, completou.

Hospital disponibiliza imagens de exames em dispositivos móveis

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O Hospital Samaritano, de São Paulo (SP), dispo-nibilizará laudos e imagens de exames para pa-cientes e médicos em tablets e smartphones a

partir de fevereiro 2015. A instituição permite que o resultado seja visualizado em até três horas, a partir do laudo finalizado. Médicos e pacientes terão mais agili-dade e dinamismo no acesso dos exames de Ressonân-cia Magnética, Tomografia Computadorizada, PET-CT, Hemodinâmica, Ultrassom, Mamotomia, Mamografia, Endoscopia, Ecodopplercardiograma e Raios X.

Outra novidade é a instalação de ilhas clínicas no Hospital, para que os médicos consultem os exames de imagem. São 10 monitores de alta resolução para a área clínica, espalhados em pontos estratégicos da instituição, que servem de auxílio para as equipes mé-dicas tomarem decisões importantes sobre tratamen-tos e cirurgias, com maior agilidade.

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Fevereiro, 2015 9

Notícias

Participação das entidades IEPAS, SINDHOSP E FEHOESP na feira é marcada por inovações, ampliação do estande e evento inédito

Novidades da Hospitalar Feira e Fórum 2015

Yussif ali Mere Jr., presidente do

sinDHOsP e da FeHOesP comemora

a participação do sindicato, da

Federação e também do iePas na

Hospitalar 2015: “Fortalecemos nossa

atuação na maior feira de saúde “.

D urante os dias 19, 20, 21 e 22 de maio, a Hos-pitalar Feira e Fórum, realizada anualmente em São Paulo (SP), receberá representantes da saú-

de do mundo todo, a fim de apresentar e conhecer novidades, além de participar de toda a programação científica da feira. O Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS) terá um estande de 88 metros quadrados, dedicado à realização de workshops so-bre temas variados, de interesse dos frequentadores da mostra brasileira. “E é neste ponto que ampliamos nossa atuação”, pontua Yussif Ali Mere Jr., presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, animado com os prepa-rativos que envolvem a participação do Sindicato, da Federação e também do IEPAS na feira.

A Hospitalar já se consolidou como o maior encon-tro do setor na América latina, movimentando toda a cadeia produtiva da saúde. Além dos workshops, as entidades mantém a realização dos Congressos Brasileiros de Gestão em Saúde, voltados a Labora-tórios e Clínicas. Ambos serão realizados no dia 20 de maio, simultaneamente, na tradicional área do Fórum Hospitalar.

No mesmo espaço, nos dias subsequentes, o IEPAS se reunirá com a Empreender Saúde (organização vol-

tada para o fomento e a inovação do setor no Brasil) e leva, pela primeira vez para dentro da Hospitalar, o evento “Startups da Área da Saúde”, realizado anual-mente e que em 2015 terá sua 3ª edição. Gratuito, o encontro reunirá startups pré-selecionadas para apre-sentação de seus projetos e subsequentes rodadas de negócios. “Startups famosas, como a Easy Taxi, nas-ceram de eventos que aglutinam, de um lado, pes-soas com ideias inovadoras e, do outro, investidores interessados em colocar dinheiro em projetos promis-sores”, afirma Marcelo Gratão, gestor do IEPAS e res-ponsável por articular os últimos detalhes desta no-vidade. Na área da saúde, o modelo de negócio das startups só cresce e é, segundo a Associação Brasileira de Startups, um dos segmentos mais promissores.

“São muitos os assuntos que interessam ao se-tor, como os relacionados ao Direito e às leis, os que impactam o trabalhador da saúde, os que di-zem respeito à tecnologia. Nossa ideia é agregar temas que despertem o interesse, e abordá-los por meios de cursos rápidos. As pessoas poderão se inscrever no local, e todos os workshops serão gra-tuitos”, revela o coordenador da Comissão Execu-tiva que trata das ações realizadas durante a feira, Luiz Fernando Ferrai Neto, que também é vice-pre-sidente do SINDHOSP e diretor da FEHOESP.

Eventos simultâneosSeis eventos realizados simultaneamente apresentarão as principais tendências e inovações da cadeia produtiva do setor. A Hospitalar Feira + Fórum congrega em 82 mil metros quadrados de exposição os lançamentos, novida-des e tendências da saúde. São eles: Hospitais Lounge, Hospfarma Espaço Farmacêutico, Expo Enfermagem, Diagnóstica, Digital Health e Compo Health. Eles mos-tram o que há de melhor na vitrine de cada segmento.

Serviço: Toda a programação e os detalhes dos eventos – workshops, Congressos de Gestão e Startups – estão em fase de elaboração. Acompanhe as informações no site do IEPAS, www.iepas.org.br e cadastre-se para receber as newsletters do SINDHOSP, no site www.sindhosp.com.br.

Page 10: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Panorama Hospitalar10

Produtos e Serviços

Fixador para cateter

Higiene do paciente

O sistema TOTVS Controle de Infecção Hospitalar (Janus) auxilia no monitoramento e aperfeiçoamento da qualidade da assistência prestada

pelas instituições de saúde, com foco nas infecções hospitalares e embasado na ANVISA e no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). É compatível com qualquer outro sistema legado que a instituição utilize e possui inteligência para calcular dados epidemiológicos, emitir alertas, elaborar gráficos, entre outras funcionalidades. Além disso, proporciona economia ao racionalizar antibióticos e otimizar leitos de isolamentos. Entre os principais benefícios da solução, estão o controle de processos críticos - como de microrganismos, do uso de antibióticos e dos riscos de infecção - agilidade na apuração de dados, facilidade no acesso à informação, criação de histórico da instituição e redução efetiva de custos através da diminuição de infecções no ambiente hospitalar. O software é indicado para hospitais e instituições de saúde.

Para resolver o problema da presença de microorganismos no ponto de inserção do cateter, causando complicações para

o paciente, a 3M apresenta novo conceito de fixador estéril para cateter, o Tegaderm CHG. O único fixador que combina, em um mesmo produto, redução e controle constante da colonização ao redor do ponto de inserção por meio de uma placa de gel com CHG que mantém contato com toda a superfície do cateter, proporcionando mais segurança na fixação. O produto também permite a visualização do local de inserção e barreira antimicrobiana e antifúngica contínua. De acordo com a 3M, o Tegaderm CHG reduz a colonização da pele por até 10 dias e evita a recolonização da pele por até sete dias.

Especializada na comercialização e distribuição de produtos médico-hospitalares no País, a Tagmed amplia o

seu portfólio com uma linha de produtos para higiene pessoal composta por luvas de higiene corporal, touca com shampoo e lenços umedecidos para banho de leito. Em tempos de consumo consciente de água, esses produtos podem substituir o tradicional banho. A luva de higiene corpórea é um procedimento prático, rápido e econômico indicado para limpeza pessoal e íntima. Além de uma higiene efetiva seu uso também estimula a circulação sanguínea, proporcionando conforto físico e relaxamento muscular. O extrato de camomila em sua composição apresenta propriedade anti-inflamatória e hidrata a pele, mantendo-a limpa, revestida e protegida. Os produtos da Tagmed chegam para revolucionar os métodos conhecidos para o banho e higiene em pacientes acamados, tornando ágil o trabalho da equipe de enfermagem, sem o uso de água, sabão e compressas.

Controle de infecção hospitalar

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Panorama Hospitalar12

arthur chioro

“Preciso deixar de ser o ministro da doença para ser, de fato, o ministro da saúde”

Entrevista

H á exatamente um ano, a Presidência da Repú-blica anunciava oficialmente a escolha do então secretário de Saúde de São Bernardo do Campo

(SP), Arthur Chioro, 50 anos, para assumir o Minis-tério da Saúde (MS), no governo federal. Paulistano e pai de quatro filhos, Chioro se formou na Funda-ção Serra dos Órgãos e especializou-se em medicina preventiva e social pela Universidade Estadual Paulis-ta (Unesp). Anos depois, tornou-se mestre e doutor em saúde coletiva e, também, professor universitário e pesquisador na área de planejamento e gestão em saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Em sua trajetória na esfera política, Chioro foi Se-cretario de Saúde de São Vicente de 1989 a 1993 e, em 2009, assumiu a Secretaria de Saúde do Mu-nicípio de São Bernardo do Campo (SP). Entre 2003 e 2005 foi Diretor do Departamento de Atenção Es-pecializada no MS, onde coordenou projetos como, a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192). Também foi duas vezes pre-sidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, a última em 2013, que reúne gestores de 645 cidades paulistanas.

Arthur Chioro concedeu entrevista exclusiva à Re-vista Panorama Hospitalar e falou sobre os fatos mar-cantes de sua gestão: o aumento de investimentos no programa Mais Médicos e na política de promoção da Saúde; a crise nas Santas Casas e nos hospitais fi-lantrópicos; o anúncio das normas para estímulo do parto normal e a consequente redução de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar e de medidas para o enfrentamento de problemas relacionados às distorções nos gastos de órteses, próteses e materiais

Em entrevista exclusiva à Panorama Hospitalar, o ministro da saúde, Arthur Chioro, afirma que o investimento pesado em prevenção de doenças deve ser prioritário, sobretudo diante do envelhecimento da população, do maior risco de doenças crônicas e do aumento da violência

Um dos objetivos estratégicos do Ministério da Saúde é a melhoria do acesso e da qualidade do serviço, resolvendo de forma humanizada os problemas de saúde da população

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Entrevista

Fevereiro, 2015 13

carlos fariaarthur chioro

especiais (OPME); e, recentemente, a aprovação da lei que permite investimentos estrangeiros nos serviços de saúde, como clínicas e hospitais.

PH - Qual é a prioridade do seu governo em 2015?Chioro - A saúde pública é prioridade para o gover-no federal. Temos cinco prioridades para os próximos anos: a expansão do Programa Mais Médicos e implan-tação do Mais Especialidades para aumentar a oferta em tempo oportuno a consultas, exames e procedi-mentos especializados no SUS, baseada no cuidado integral e resolutivo. Além disso, é preciso trabalhar a modernização da máquina administrativa. Vamos também lidar com o Sistema Nacional de Saúde e cuidar da área pública, saúde suplementar e do que ocorre no sistema privado.É o caso, por exemplo, das medidas para frear o número de cesáreas.

Também vamos investir pesadamente na preven-ção, sobretudo diante do envelhecimento da po-pulação, do maior risco de doenças crônicas e do aumento da violência. Eu preciso deixar de ser o mi-nistro da doença para ser de fato o ministro da saú-de. Prevenção deve ser prioritária. Entendemos que nosso esforço deve ser contínuo, uma vez que muito ainda precisa ser feito. Outra necessidade é avançar no fortalecimento do SUS garantindo o cuidado in-tegral, equânime e humanizado, contribuindo para a construção de um país mais justo e solidário.

PH - Quais são os maiores desafios da saúde pública?Chioro - Um dos objetivos estratégicos do MS é a me-lhoria do acesso e da qualidade do serviço, resolvendo de forma humanizada os problemas de saúde da po-pulação. Implantar as medidas estruturantes do Mais Médicos, no que se refere à formação e especializa-ção na residência médica, avançando na regulação do trabalho do SUS e ajudando a resolver definitivamente a necessidade de médicos no País. Também é preciso ampliar a produção de medicamentos e equipamen-tos por meio do fortalecimento do complexo industrial brasileiro de saúde; cuidar com dignidade e em liber-dade dos pacientes com transtornos mentais e depen-dentes químicos; modernizar e qualificar o processo de gestão do SUS. Uma agenda central para os próximos quatro anos é ampliar a oferta de serviços especiali-zados. Avançamos muito nos últimos anos e o nosso compromisso é melhorar cada vez mais.

PH - Como o MS vem atuando na prevenção e no combate de doenças crônicas? Chioro - O enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é um dos principais desafios de saúde pública no mundo. No Brasil, as DCNTs são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes. Apesar do grande percentual, o país superou a meta estabelecida para a redução da mortalidade prema-tura por doenças crônicas, que era de 2% ao ano. Entre 2010 e 2011, o índice de queda da mortalida-de prematura (30 a 70 anos) por DCNTs foi de 3,8%.

Destacam-se entre as ações a realização de pesquisas fundamentais para o monitoramento das metas como, por exemplo, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), ain-da em andamento. De base domiciliar, é realizada com

amostra de 80 mil domicílios, em 1.600 municípios. A PNS tem como objetivo coletar dados em escala nacional sobre a situação da saúde, comportamentos de risco e proteção, acesso a cuidados de saúde e outros. Uma pri-meira etapa da pesquisa foi anunciada em novembro de 2014 e revelou que 57,4 milhões de brasileiros adultos têm pelo menos uma doença crônica.

PH - Por que o MS aumentou o investimento em política de promoção da Saúde? Chioro - A política de promoção da Saúde reforça o empenho do Ministério da Saúde em assegurar o acesso da população, sobretudo às mais vulneráveis, à educação em saúde, à melhoria da qualidade de vida e ao envelhecimento saudável. Ela incorpora o saber popular e tradicional às práticas em saúde e valoriza a formação e a educação permanente, que compreen-de mobilizar, sensibilizar e promover capacitações para gestores, trabalhadores da saúde e de outros setores.

PH - Você acredita que o investimento de capi-tal estrangeiro poderia aumentar a concorrência no setor privado de saúde e, consequentemente, proporcionar o aumento do número de hospitais e leitos e da qualidade do atendimento? Por quê? Chioro - O investimento externo não é a solução para todos os problemas da saúde suplementar, mas pode aumentar o investimento no setor, na oferta assistencial, absorção de tecnologias mais avançadas e melhores práticas de gestão. Aliás, o capital es-trangeiro já integra a saúde suplementar, por meio das operadoras de planos de saúde. Por Exemplo, a Amil, comprada pela United Health, tem a proprie-dade de diversos hospitais e clínicas.

Mas a possibilidade de ampliação de leitos é im-portante, pois o número de beneficiários de planos de saúde cresce a uma taxa maior do que o de hos-pitais privados. No entanto, para que haja impacto positivo na oferta assistencial, é crucial vincular a entrada de capital estrangeiro à ampliação dos servi-ços. Do contrário, seria apenas uma transferência de propriedade. Além disso, é preciso ficar atento para evitar a concentração de mercado e criar uma rela-ção desigual entre grandes grupos em relação aos prestadores de serviços e consumidores.

PH - Segundo o MS, o percentual de partos cesá-reos no Brasil chega a 84% na saúde suplemen-tar. Qual é a sua opinião sobre as normas para o estímulo ao parto normal publicadas pela ANS? Chioro - O Brasil vive uma epidemia de cesáreas. A taxa, que é de 40% no SUS, chega a 84% na saúde suplementar. Esse índice está muito acima do reco-mendado pela Organização Mundial de Saúde e do que é praticado em outros países com assistência obstétrica qualificada. Transformou-se em um pro-blema que vem se agravando ano a ano. A cesárea feita sem necessidade aumenta em 120 vezes a pro-babilidade de surgimento de problemas respiratórios para o recém-nascido, em 25% os óbitos infantis neonatais e triplica o risco de morte materna. Por isso, demos prioridade a esse tema. O MS e a Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) adotaram

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Panorama Hospitalar14

medidas para valorizar o parto normal e empoderar a mulher no seu direito de escolha por meio do acesso a informação, assegurando uma escolha consciente. Para a elaboração da Resolução nº 368 do dia 7 de janeiro, foi feita uma consulta pública que permitiu o envio, durante um mês, de contri-buições de todos os setores da sociedade civil, in-clusive de operadoras e entidades representativas.

PH - Quais são as ações mais importantes da nor-ma que estimula o parto normal? Chioro - Uma das ações mais importantes previs-tas na normativa é a possibilidade de as mulheres solicitarem às operadoras os percentuais de cirur-gias cesáreas e de partos normais por médico, es-tabelecimento de saúde e operadora. Com isso, as mulheres estarão mais bem informadas na hora de tomar decisões relativas ao seu pré-natal, parto e pós-parto. O parto cesáreo é uma conquista cien-tífica, que, quando indicado corretamente, salva vidas. O que não podemos aceitar é o excesso.

A decisão deve ser consciente dos riscos e vantagens e sempre tomada no âmbito da relação médico-paciente. Mas o parto deve ser encarado como uma questão de saúde. No SUS, por exemplo, a estratégia Rede Cegonha incentiva o parto normal humanizado desde o planeja-mento familiar, já na atenção básica, e beneficia, com incentivos financeiros, as maternidades que aderem ao programa. Mudar a cultura de cesariana no Brasil é uma prioridade para a sociedade brasileira.

PH - Como as medidas para o enfrentamento de problemas relacionados às distorções nos gas-tos de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) vão apurar responsabilidades e punir responsáveis por práticas ilícitas na aquisição e uso de dispositivos médicos? Chioro - O Ministério da Saúde repudia atividades

que prejudicam não só aos cofres públicos e privados e o bolso dos pacientes, mas, principalmente, a vida de milhares de pessoas no país. As distorções nos gas-tos de órteses, próteses e materiais especiais têm ga-nhado, a cada ano, mais importância aos municípios, estados e MS, além dos planos de saúde e instituições privadas de saúde. Trata-se de um problema grave em que o MS já tem se debruçado e adotado uma série de medidas, como revisão de protocolos, auditorias, análise de pagamentos e envio de ofício aos parceiros para adotarem medidas mais rigorosas.

Além disso, no dia 5 de janeiro, o MS encaminhou ofício ao Ministério da Justiça solicitando providências cabíveis as recentes denúncias publicadas na impren-sa. O Ministério da Justiça, por sua vez, iniciou uma investigação por meio da Polícia Federal sobre as de-núncias. Também no último dia 5, foi realizada a pri-meira reunião do Grupo de Trabalho Interministerial que envolve os Ministérios da Saúde (Anvisa e ANS), da Justiça e Fazenda, além do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e de Secretarias Mu-nicipais de Saúde (Conasems) para propor medidas de reestruturação e ampliação da transparência do processo de produção, importação, aquisição, distri-buição, utilização, tributação, avaliação e incorpora-ção tecnológica. Além da regulação de preços e do aprimoramento da regulação clínica e de acesso dos dispositivos médicos (Órteses, Próteses e Materiais Es-peciais - OPME) em todo o país.

PH - O Grupo de Trabalho Interministerial prevê ainda a elaboração de um plano com a participa-ção de diversas esferas da Saúde, certo?Chioro - O GT também prevê a participação de especialistas e instituições públicas e privadas que possam colaborar para uma proposta de reformu-lação de dispositivos médicos na área da saúde pública e privada. No prazo de 180 dias será ela-

Entrevista carlos fariaarthur chioro

arthur Chioro, ministro da saúde:

“É crucial vincular a entrada de

capital estrangeiro à ampliação

dos servi;cos de saúde e evitar a

concentração de mercado”

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Entrevista

Fevereiro, 2015 15

carlos faria

borado um plano integrado de ação que abordará questões como a reestruturação do processo de registro, importação e compressa desses produtos; protocolos e diretrizes clínicas; produção de um sistema que possa regular e apresentar os preços praticados no mercado, reforço da análise de in-corporação tecnológica, entre outras medidas.

Cabe ressaltar que o Ministério vem desenvol-vendo um sistema para identificar dados de fabri-cação, importação e comercialização de órteses, próteses e materiais especiais (OPM) na rede públi-ca. O Sistema Informatizado do Registro Nacional de Implantes (RNI) permitirá o rastreamento des-ses produtos e já funciona em versão experimental em 15 hospitais de Curitiba (PR), para próteses de quadril e joelho. A meta é expandir para os mais de 190 hospitais sentinelas e progressivamente implantá-lo nas demais unidades.

PH - O MS afirma ter elevado os repasses para as Santas Casas e hospitais filantrópicos, além de reajustado a tabela de remunerações por proce-dimentos e criado linhas de crédito. Quais serão as próximas medidas para findar as dívidas? Chioro - O MS tem adotado um conjunto de me-didas para o fortalecimento dos hospitais filantró-picos e das Santas Casas. Os repasses federais para essas unidades tiveram crescimento de 57% em quatro anos, o que representa incremento de R$ 5 bilhões desde 2010. Neste ano, essas instituições devem receber do governo federal R$ 13,6 bilhões. O principal reforço no orçamento das Santas Ca-

sas se refere a recursos de incentivo, que já cor-respondem a quase 30% do total de repasses fe-derais. O pagamento realizado fora da tabela SUS praticamente quintuplicou, passando de R$ 811,5 milhões em 2010 para R$ 3,8 bilhões em 2014. Mesmo com o aporte, entre 2007 e 2014, o MS reajustou cerca de 1.000 procedimentos incluídos na relação de procedimentos do SUS.

Em relação às dívidas tributárias, estão sendo ofe-recidas soluções como o Programa de Fortalecimen-to das Santas Casas (PROSUS), que prevê a quitação dos débitos tributários das instituições que aderirem à iniciativa em um prazo máximo de 15 anos. Em contrapartida, os hospitais devem ampliar a realiza-ção de exames, cirurgias e atendimentos a pacientes do SUS. Aquelas que não foram contratualizadas ainda podem receber incentivos ao integrar as redes de atendimento, como as redes Cegonha, de Urgên-cia e Emergência e a de leitos de retaguarda.

PH - No seu entendimento, qual é a maior neces-sidade das Santas Casas? Chioro - Precisamos e podemos fazer pelas Santas Casas, principalmente para aquelas de menor porte. A ideia, nesse caso, é inseri-las na Política Nacional de Hospitais de Pequeno Porte, que permite à admi-nistração de um financiamento global, dando maior autonomia gerencial sobre o seu orçamento. Isso associado ao perfil assistencial de cada unidade, de acordo com a integração do atendimento em rede e a finalidade regional na prestação de serviços à po-pulação. Tais iniciativas mostram a importância dada ao setor. São ações que buscam soluções financeiras e gerenciais, atreladas a melhoria de qualidade do atendimento à população.

PH - Como o governo vem enfrentando o desafio de garantir o acesso da população a medicamen-tos e equipamentos médicos hospitalares, não só pelo SUS, mas também por meio das Parcerias de Desenvolvimento Produtivos? Chioro - Atualmente, o Ministério da Saúde possui 98 parcerias envolvendo 19 laboratórios públicos e 50 privados. Trata-se de parcerias que preveem a transferência de tecnologia de 93 produtos (60 medicamentos, 6 vacinas, 27 produtos para saú-de) e 8 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). Do total de PDP em vigência, 28 produtos já possuem registro na Anvisa pelas ins-tituições públicas (2) e 25 estão no mercado e são comprados de forma centralizada pelo MS.

Além disso, o Brasil possui parcerias para a pro-dução de medicamentos biológicos, que equivalem a cerca de 4% dos medicamentos comprados pelo Mi-nistério e representam 51% dos gastos. São 26 Bio-fármacos já disponibilizados à população pelo SUS para tratamento de: oncológicos, DMRI, cicatrizante, diabetes, imunoterapia, vacinas, hemofilia, artrite, do-ença de Gaucher, anti-inflamatório, fator de estímulo de colônia de granulócito, hormônio de crescimento e relaxamento muscular. Com as parcerias, a economia gerada de 2011 a 2014 é de R$ 1,6 bilhão e a econo-mia prevista ao final dos projetos é de R$ 5,3 bilhões.

sobre a crise nas santas Casas, arthur Chioro diz que é preciso

colaborar principalmente com aquelas de menor porte: “a ideia,

nesse caso, é inseri-las na Política nacional de Hospitais de

Pequeno Porte, que permite à administração de um financiamento

global, dando maior autonomia gerencial sobre o seu orçamento.”

carlos fariaarthur chioro

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Panorama Hospitalar16

S e por um lado a internet possibilitou ao paciente buscar orientação e tirar dúvidas através de páginas especializadas em saúde, por outro, também cola-

borou para disseminar informações mais rapidamente, sendo elas oficiais ou não, por meio das redes sociais. Nesse cenário de interatividade e acesso a informação em tempo real, um acidente pode ganhar grandes pro-porções e ser contado, e recontado, de diversas manei-ras, antes mesmo do pronunciamento da fonte oficial. Toda e qualquer instituição, sendo privada ou pública, de fins lucrativos ou não, está sujeita a repercussão de dados não oficiais e informações incorretas. Por isso a importância do assessor de imprensa, ou seja, o jornalista que faz a intermediação entre uma empresa, ou marca, e a mídia. Este profissional tem, entre diversas responsa-bilidades, o papel de orientar os profissionais de saúde a se relacionarem com a imprensa em uma situação de

crise. Cada episódio é único, mas todos exigem cau-tela. Afinal, levam-se anos para construir uma reputa-ção, mas são necessários apenas alguns minutos para denegrir uma imagem de qualidade, confiabilidade e tradição de uma instituição de saúde.

No livro “Comunicação Empresarial – A construção da Identidade, Imagem e Reputação”, Paul Argenti, professor de administração e comunicação empresa-rial, define a crise como “uma catástrofe séria que pode ocorrer naturalmente ou como resultado de erro humano, intervenção ou até mesmo intenção criminosa. Pode incluir devastação tangível, como a destruição de vidas ou ativos, ou devastação intangí-vel, como a perda da credibilidade da organização ou outros danos de reputação. Estes últimos resultados podem ser consequência da resposta da gerência à devastação tangível ou resultado de erro humano”.

Gestão de criseUm plano de gerenciamento pode manter a credibilidade e reputação da instituição de saúde diante de uma situação caótica

gestão de crise

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gestão de crise

O conceito de crise em uma unidade de saúde está diretamente atrelado ao risco de vida. Por conta da especificidade da atividade, o que em ou-tras empresas prestadoras de serviços é considera-do transtorno, desconforto, ou apenas um impacto na harmonia, em um hospital toma ares de crise. Num hospital a característica comum é o risco de uma crise comprometer a saúde ou o tratamento do paciente. Afinal, todos os usuários dos serviços estão com a saúde comprometida, dor, angústia e estresse. “Em um hospital, qualquer infortúnio pode ter grandes proporções”, afirma Eliane Bel-leza, diretora da Saúde em Pauta – empresa de Comunicação que atua exclusivamente na área de Saúde, e mestranda de Comunicação Social na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Para a gerente de Comunicação e Marketing da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo (SP), Roserly Fernandes, a crise é uma situação que foge da rotina e que pode causar danos à imagem do Hospital, sendo as consequências, em alguns casos, irreversíveis, se a circunstância não for bem adminis-trada. “Normalmente, esse fato passa a ter cober-

tura da imprensa e pode comprometer a visibilidade futura da organização”, enfatiza.

Segundo ela, quando uma crise é identificada, as primeiras 24 horas são imprescindíveis. O ponto de referência de todas as ações está no plano de gerenciamento de crise, que deve ser desenhado antes de o episódio acontecer, como uma ação preventiva, envolvendo a assessoria de imprensa e todas as áreas do hospital. “Na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, possuímos fluxos defini-dos para crises de imagem em diferentes situações e temos a oportunidade de testá-los em simulados de catástrofes organizados anualmente”, exempli-fica. O plano de gerenciamento de crise define flu-xos e o papel de cada área no processo e “quando não existe um plano, o resultado mais comum é que, em situações de crise, as áreas fiquem perdidas, não assumam responsabilidades e trabalhem sob a for-ma de acusação mútua”. Na área de Comunicação, nem sempre é possível mensurar resultados. E, neste caso, por exemplo, não existe uma técnica de ROI (return of investment) estabelecida. “Entendemos que atingimos nossos objetivos quando as situações de crise de imagem são contornadas por meio de ações preventivas”, esclarece Rosely.

Situações de criseEliane Belleza aponta as principais causas externas de crise: instabilidade no fornecimento de energia elétrica da região, que ocasiona uma pane tem-porária no gerador do hospital; falta do abasteci-mento de água e atraso na chegada de carros-pipa contratados; incêndios e fumaça tóxica nos arredo-res; problemas e consequentemente paralisação de elevadores; tempestades que avariam a estrutura física dos prédios; árvores que caem e danificam telhados, entre outros incidentes rotineiros e pos-síveis de acontecer em qualquer empresa ou até mesmo nas nossas residências.

Mais especificamente na área de Saúde, ela lista como causas mais comuns, as alegações de con-dutas médicas erradas ou impróprias; percepções insatisfatórias dos clientes sobre o atendimento, a hotelaria, etc; falta de disponibilidade de leitos para internação; surtos, epidemias e falta de aces-so aos serviços ambulatoriais que aumentam o vo-lume de atendimento no pronto socorro e, dessa forma, prolongam o tempo de espera; problemas de autorização e liberação com as operadoras de saúde, entre outras.

“Esses episódios comumente chamam a atenção da imprensa, o que pode gerar uma crise, necessitan-do assim de um planejamento e posicionamento es-pecial do hospital”, alerta Belleza, que, atualmente, escreve o projeto de mestrado “A Narrativa Midiática da Dor: Boletim Médico de Pessoas Públicas é Notícia na Imprensa”. Segundo ela, uma causa comum atu-almente em hospitais, que se não for administrada adequadamente se transforma numa crise, são as in-ternações de pessoas públicas - ou pessoas não pú-blicas, mas cujo episódio da hospitalização se tornou notícia - e o grande assédio da imprensa, gerando a necessidade de emissão de boletins médicos.

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Panorama Hospitalar18

Assédio ao paciente notórioO paciente notório pode gerar visibilidade positi-va ou negativa para o hospital. Um erro médico envolvendo um paciente como este pode ganhar grandes proporções, assim como a internação de uma pessoa pública pode causar transtorno nas proximidades e na própria instituição. Complica-ções de saúde envolvendo pessoas públicas são comumente usadas, e exploradas, pela mídia para alertar a população. É o caso da vice-Miss Bumbum 2012, Andressa Urach, que ficou cerca de um mês internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Grupo Hospital Conceição (GHC), em Porto Alegre (RS), após se submeter a uma cirurgia para a reti-rada de hidrogel - há cinco anos, a modelo aplicou cerca de 400 milímetros do produto nas coxas.

Ela recebeu a visita da equipe de reportagem do site do tabloide britânico The Daily Mail, no leito

hospitalar, o qual revelou imagens das feridas, ainda abertas e com curativos, e publicou uma entrevista de seis páginas. Ou seja, a repercussão do caso foi internacional e, inclusive, gerou boatos, não confir-mados, de que parentes da modelo aproveitaram o momento da visita para registrar e vender imagens dela, no leito hospitalar, sem autorização. Provando, mais uma vez, que todo hospital precisa estar prepa-rado para lidar com o assédio ao paciente notório.

Na Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo (SP), existe um programa de conscientização para funcionários sobre Comunicação Institucional e a relação com a imprensa. Nesse programa, regras e restrições são esclarecidas. O processo começa na integração dos funcionários, onde a equipe de Co-municação e Marketing faz parte efetivamente dos treinamentos dos recém-admitidos e complementa o aprendizado com uma cartilha sobre o assunto. Já os médicos participam, anualmente, de um trei-namento para esclarecer como deve ser estabele-cido o relacionamento com a imprensa. Todas as áreas, indistintamente, participam da elaboração e do acompanhamento dessas normas. Cada tem uma visão e contribuição a dar no processo de cria-ção de um fluxo e normas para a gestão de crise.

“Primeiramente, é preciso ficar claro que a norma não é feita para privilegiar determinados pacientes, mas sim porque determinados pacientes ou situações mudam o dia a dia do hospital e podem alterar toda a rotina de trabalho”, ressalta a gerente de Comuni-cação e Marketing da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo (SP), Roserly Fernandes. Ela defende o estabelecimento de normas e fluxos para pacientes notórios, desde a identificação no agendamento, até o acompanhamento e os desdobramentos de-correntes da grande procura de informações por parte de jornalistas, até a alta do paciente. “O princípio básico de todo este processo é a ética, ou seja, nada é divulgado sem autorização do pa-ciente ou responsável, a verdade das informações deve prevalecer e a relação com a imprensa deve ser de parceria, pois o bem mais precioso para os profissionais da mídia é a informação.”

A equipe de reportagem da Revista Panorama Hospitalar procurou a Comunicação Institucional do Hospital Albert Einstein, localizado em São Paulo (SP), para saber qual é a conduta de rela-cionamento com a mídia quando há um paciente notório no hospital e recebeu a seguinte resposta: “Para o Einstein, todos os pacientes são iguais, o conceito de celebridade quem dá é a mídia”.

A mesma pergunta foi feita ao Diretor de Co-municação & Marketing Christiano Londres da Clínica São Vicente, com sede no Rio de Janeiro (RJ). Segundo ele, “para que as informações sejam uniformes e sigam a linha de atuação e pensamen-to do hospital, todos os contatos com jornalistas sobre internações e solicitações de entrevistas são intermediados e centralizados na assessoria de im-prensa, que somente divulga informações previa-mente autorizadas, cabendo à equipe médica e aos familiares diretos do paciente, a decisão sobre a divulgação ou não na imprensa de Boletim Médi-

gestão de crise

eliana Belleza, Diretora da saúde em Pauta: “É importante

lembrar que não existe uma fórmula ‘empacotada’ para

solucionar uma crise. O fundamental é que a equipe designada

para tratar a questão esteja coesa, articulada, serena e

atenta, pois pode ser necessário rever posicionamentos

e ações durante os acontecimentos, avaliando os riscos,

os desdobramentos e a repercussão do caso”.

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gestão de crise

co e informações relativas às internações. Nenhum colaborador está autorizado a dar informações à imprensa sobre qualquer paciente ou internação”. A equipe do departamento de Comunicação do Hospital Sírio Libanês também foi procurada, mas não se manifestou sobre o caso.

O papel da assessoria de imprensaA assessoria de imprensa é responsável pela constru-ção da percepção da opinião pública em relação ao hospital. De acordo com Belleza, é quem cria e/ou estreita um relacionamento de credibilidade com os veículos de comunicação; media as relações entre a instituição e a imprensa; dá visibilidade às atividades desenvolvidas no hospital; viabiliza fontes, profissio-nais da área técnica, para a imprensa; transforma a informação técnico-científica em notícia ao decodifi-car termos específicos da área e promover a dissemi-nação de informação sobre saúde para a sociedade e tentar ocupar espaços na mídia espontânea.

É muito comum uma situação de crise ‘vazar para a imprensa’ – termo usado por comumente usado por jornalistas - em tempo real por conta dos recursos de web. Nesse caso, cabe a assessoria de imprensa da instituição de saúde atender a de-manda da mídia. Belleza afirma que a relação com a imprensa deverá ser pautada no repeito e objeti-vidade, porém norteada pelas prioridades oriundas do paciente, seus familiares e equipes de saúde, respeitando a ética do hospital e suas normas de privacidade e segurança, sem deixar de prestar seu papel de informar a mídia.

De acordo com o episódio, a assessoria de impren-sa em conjunto com a direção do hospital irá definir a melhor forma de atender os jornalistas. Pode ser por meio da convocação de uma coletiva; de nota de esclarecimento; entrevistas pontuais; emissão de bo-letins atualizados, etc. “Depende da repercussão do caso, ou seja, do interesse da mídia; da disponibili-dade das fontes e da privacidade e sigilo solicitados pelos pacientes e ou seus familiares”, explica Belleza.

A assessoria deve agir como um intermediador en-tre os interesses do hospital, pacientes e da imprensa. Vivemos a era da interatividade, na qual a dissemina-ção de informações, muitas vezes, ocorre indepen-dentemente dessa intermediação, porém, ainda cabe à assessoria de imprensa anunciar a informação oficial.

Além do público externo, também há os funcio-nários do hospital, que também deve ser comunica-do oficialmente. É importante avaliar a necessida-de de elaborar nota interna para minimizar ruídos – a famosa rádio corredor – e conquistar a adesão e solidariedade das equipes através da transparên-cia nas condutas. “É importante lembrar que não existe uma fórmula ‘empacotada’ para solucionar uma crise. Cada episódio é único. O fundamental é que a equipe designada para tratar a questão esteja coesa, articulada, serena e atenta, pois pode ser necessário rever posicionamentos e ações du-rante os acontecimentos, avaliando os riscos, os desdobramentos e a repercussão do caso. É bom comemorar o sucesso, mas é primordial aprender com a crise”, pontua Belleza.

Dicas para o bom relacionamento com a mídia

A agilidade, serenidade e transparência de-vem nortear a conduta de um gestor de saúde. Porém, nem sempre o porta-voz é o diretor do hospital. É necessário que o elei-to tenha uma visão operacional da unidade; conhecimento técnico sobre o tema; fluência verbal e seja didático e receptivo com a im-prensa. Confira as dicas: •Oferecertotalamparoaopacienteefamiliaresdas vitimas dos episódios de crise. Tanto mate-rial, se necessário, para deslocamento, alimenta-ção, etc, quanto psicológico e médico. Destacar um colaborador para acompanhar a família e um médico para acompanhar o caso da vítima.•Adireçãodaunidadeeasliderançasdosse-tores envolvidos no episódio devem se mobi-lizar e se reunir agilmente para solucionar a questão in loco, a qualquer hora. Crise não se resolve por telefone, nem pela web!•Nasinstalaçõesdasunidadeshospitalares,aprivacidade e a segurança de pacientes, fami-liares, acompanhantes e equipes de saúde de-verão ser resguardadas do assédio da impren-sa, quando não autorizado.•Numperíododecrise,arotinahospitalardeveráser preservada. Cada colaborador continuará desen-volvendo suas funções normalmente (salvo, impossi-bilidades decorrentes na infraestrutura predial).•Aimprensaseráeducadamenteinformadaquando sua entrada nas instalações internas do hospital não for autorizada. Mas lembre--se: o jornalista não é inimigo. Ele está ali a trabalho e merece respeito!•Nãoéproibidoplantãodaimprensanapor-ta do hospital ou registro de imagens das fa-chadas (a rua é pública). •Nas instalações internas, os profissionais deimprensa sempre deverão estar acompanhados pela equipe da assessoria ou de outros colabo-radores escalados para isso.• Entrevistas, filmagens e fotos serão reali-zados somente após autorização das partes envolvidas e, especialmente, posteriormente liberação médica para tal.•Telefones,endereçoseoutrasformasdecon-tato, de pacientes, familiares, acompanhantes e equipes, só poderão ser divulgados para a im-prensa após autorização prévia dos envolvidos.•NocasodeBoletinsMédicos:Avisaraospacientese/ou familiares do interesse da imprensa e garantir o sigilo das informações médicas quando solicitado. •Resguardaraprivacidadedopacienteedosfamiliares nas dependências do hospital e asse-gurar a tranquilidade da equipe médica.•Entraremcontatocomoutrasassessoriasen-volvidas no episódio (como, por exemplo, ór-gãos públicos e ou de celebridades).

Fonte: Eliane Belleza

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Diferenciais técnicos do equipamento

•Sistemahidráulico–100%emaçoinox•Consumosdeutilidades–altaeconomia• BombadevácuoAquazero–menor ruído,maior durabilidade, consumo de água zero•Estabilidadedetemperatura

Gilson Jorge teixeira ramos, diretor-geral da Cisa:

“Dependendo do número de ciclos, o hospital pode gerar

uma economia de, em média, r$ 50 mil por ano.

Autoclave economiza água na esterilizaçãoEquipamento utiliza óleo em vez de água e oferece a solução para dias secos

E m tempos de escassez de água, uma autoclave da Cisa pode ajudar a economizar esse líquido valioso que é fonte de vida. A autoclave Aqua-

zero está disponível em capacidades que variam de 262 a 871 litros. Tudo o que é usado em uma cirur-gia passa pela autoclave, desde instrumentos orto-pédicos, martelos ou alicate de alta precisão.

A bomba seca da Aquazero “gera bastante econo-mia de água”, garante Gilson Jorge Teixeira Ramos, diretor-geral da Cisa. Ele explica que a bomba do equipamento não precisa de água para a refrigeração. “Dependendo do número de ciclos, o hospital pode gerar uma economia de R$ 50 mil por ano - pode ser mais ou menos a depender dos ciclos. A água cada vez mais é um bem escasso e caro”, constata.

Todos os equipamentos de autoclave na tempera-tura de 134º (equivalentes a dois quilos de pressão) usam bomba de vácuo a base de água para fazer a selagem (o fechamento) e a selagem mecânica é a base de água, já a Cisa tem o óleo como base para selagem.

Jefferson Alberto Anastacio, da assistência técnica da Cisa, diz que a selagem com água gasta 350 litros por hora, em média, fora os 40 litros por hora despen-didos para gerar o vapor. No caso dos hospitais que utilizam o vapor das caldeiras, o uso de água seria zero.

Anastacio afirma que essa tecnologia foi desen-volvida em Joinville (SC). “Já existia essa bomba no

mercado, mas adaptamos a tecnologia da indústria para fins hospitalares.”

Além do vapor, há autoclaves da Cisa que utilizam as tecnologias de plasma e peróxido - a baixa tem-peratura, que se destinam a esterilizar equipamentos que não suportam altas temperaturas. A máquina que utiliza o formol é híbrida, e dispõe também do vapor. Já a autoclave com esterilização a frio com plasma não é fabricada no modelo híbrido.

Entre os clientes da Cisa estão os hospitais Albert Eins-ten, Samaritano, São Luís, Sírio Libanês e Rede D’OR. Sua rede de representantes está em todo o Brasil.

O processo de esterilização pode envolver tam-bém o tratamento da água. “Se a água for muito dura, ou seja, possuir alta quantidade de minerais, precisa-se pôr um abrandandor para depois tratá-la a água por osmose - tudo isso antes da esterilização”, detalha o diretor da Cisa. A osmose é o processo que trata a água para não prejudicar a máquina. Os equipamentos Cisa são compostos com titânio, o que reforça sua resistência à oxidação.

Ramos conta que a Cisa trabalha também com uma linha de indicadores de processos que auxiliam o processo de esterilização. “Ele te mostra no final do processo se a esterilização foi eficaz ou não a partir da mudança da cor”, descreve.

EmpresaA Cisa desenvolve, fabrica e comercializa equipamen-tos e produtos para limpeza, desinfecção e esterili-zação de artigos médico-hospitalares e para o seg-mento industrial e laboratorial. Está no Brasil desde 2002, com uma fábrica em Joinville (Santa Catarina), município considerado o 3º maior polo industrial do Sul do Brasil. Em 2012, a empresa tornou-se indepen-dente da matriz italiana (Cisa S.p.A.), em função do crescimento da unidade no Brasil e na América Latina. A unidade brasileira atende países da América Latina, além de dar suporte para as demais unidades de negó-cios (escritórios e distribuidores). PH

cisa

Por Carolina Spillari

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Após três edições ocorridas no Palácio das Con-venções do Anhembi, em São Paulo, a edição 2015 da Reabilitação Feira + Fórum (Feira Inter-

nacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecno-logia para Reabilitação, Prevenção e Inclusão) está de casa nova. O evento, que reúne a indústria nacional e internacional do segmento de reabilitação, e provoca o debate das políticas públicas que melhoram a quali-dade de vida das pessoas com deficiência e mobilida-de reduzida, ocorre nos dias 7, 8 e 9 de novembro de 2015 no Pavilhão Azul do Expo Center Norte.

A ampliação da feira fortalece todo o setor, que cresce a cada dia, exigindo eficácia e novidades nos serviços e atendimento na reabilitação. A mudança de local tem como objetivo expandir ainda mais o olhar da indústria e da sociedade sobre a realidade dos mais de 45 milhões de brasileiros e 1 bilhão de pessoas no mundo que têm algum tipo de deficiência e enfren-tam dificuldades de acesso à saúde, ao trabalho, a atividades culturais e sociais.

A inovação marca o momento de expansão da Re-abilitação Feira + Fórum. Além de ampliar as oportu-nidades de negócios para a indústria, o evento atua como plataforma para troca de experiências entre profissionais, acompanhando o crescimento do setor que, cada vez mais, foca no design e custo-benefício, além de resistência, funcionalidade e qualidade.

Para a médica, empresária e presidente da Reabili-tação Feira + Fórum, Waleska Santos, a ampliação da feira reforça o compromisso do evento de trazer as tendências mundiais do setor, provocando a indústria na apresentação das inovações em soluções de produ-tos, equipamentos e serviços, o que reflete na melho-ria da qualidade de vida das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida: “A feira é um grande momento que tem por objetivo divulgar, promover e incentivar o intenso e incansável trabalho de pessoas e instituições que vem sendo realizado nos últimos 30 anos. O even-to se propõe a mobilizar a sociedade civil a participar e tomar a si também a responsabilidade do destino e

Reabilitação Feira + Fórum 2015 amplia modelos de negócios e inaugura casa novaEvento acontecerá no Centro de Convenções Expo Center Norte, em São Paulo, aumentando as oportunidades de negócios para o setor

O Centro de Convenções expo Center norte, será a nova casa da reabilitação Feira e

Fórum em 2015, entre 7, 8 e 9 de novembro, no Pavilhão azul.

reabilitação

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Mundo Hospitalar

Fevereiro, 2015 23

a mudança da sede da feira tem como objetivo expandir ainda mais o olhar da indústria e da sociedade

sobre a realidade dos mais de 45 milhões de brasileiros que têm algum tipo de deficiência

Cerca de 100 empresas brasileiras e internacionais participaram como

expositoras da última edição, em uma área de 7.300 metros quadrados

bem estar dessas pessoas e, a exigir das autoridades públicas uma maior e efetiva atenção a um contingen-te de mais de 45 milhões de brasileiros”.

A Reabilitação Feira + Fórum é realizada em conjunto com a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Além de celebrar os avanços tecnológicos, científicos e humanos no respeito e na garantia dos direitos das pessoas com deficiência, a Reabilitação Feira + Fórum integra de forma única a indústria que atende o setor da re-abilitação, as entidades e instituições que atuam em prol das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, profissionais e usuários do setor”, come-mora a secretária Linamara Rizzo Battistella.

Além disso, o evento é uma iniciativa da Hospitalar Feiras e Congressos (empresa privada organizadora

reabilitação

Serviços

13ª Reabilitação Feira + Fórum - 13ª Feira Inter-nacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Reabilitação, Prevenção e Inclusão

Data: 7, 8 e 9 de novembro de 2015

Horário: Profissionais do setor: 10 às 19h;

Visitantes: 14h às 19h (entrada gratuita)

Local: Pavilhão Azul - Expo Center Norte - Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo.

da Hospitalar, com o apoio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo. Cerca de 100 empresas brasileiras e internacionais participaram como expositoras na última edição, em uma área de 7.300 metros quadrados.

Fórum ProfissionalSimultaneamente à Reabilitação Feira + Fórum, acon-tece o Fórum Profissional, com temas que promovem a troca de informação, atualização e o relaciona-mento para profissionais brasileiros e internacionais. O evento conta com parcerias com instituições liga-das ao setor de prevenção, reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência para garantir um conteúdo altamente especializado, que é apresentado em semi-nários, congressos e encontros setoriais. PH

Page 24: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Neoprospecta

Panorama Hospitalar24

Artigo Científico

Telemedicina e Telessaúde: Oportunidade de novos serviços e da melhoraria da logística em saúde

Nos últimos 15 anos, as tecnologias computacio-nais, interativas e móveis e as telecomunicações evoluíram de forma muito rápida, com sucessivas

revoluções na capacidade de processamento dos apa-relhos eletrônicos e velocidade de conectividades. Este cenário pode ser constatado pelo aumento das capaci-dades dos Smartphones e dos Tablets, o lançamento de novos dispositivos, como relógios inteligentes e outros acessórios, as tecnologias 3G e 4G, e a popularização do WiFi para acesso a dados. Estas mudanças indicam que a tendência do uso de recursos móveis e pessoais tende a se popularizar e consolidar rapidamente.

Durante algumas décadas, os médicos já têm utilizado os recursos de telecomunicação, como o telefone e o an-tigo fax, para ajudarem os seus pacientes. Mais recen-temente, com o acelerado avanço tecnológico, sobre-tudo após 2010, surgiram novas soluções que facilitam a troca de informações entre as pessoas. Este cenário também vem influenciando no cotidiano da comunica-ção entre médicos e entre médicos e pacientes.

Embora ainda não haja consenso sobre a diferença entre os termos Telemedicina e Telessaúde, além de termos como eHealth, Telecare, eCare e Móbile He-alth, várias vezes as ideias se sobrepõem, e, outras vezes, se complementam. Porém, de forma geral, po-demos dizer que existe uma convergência: todos se referem ao uso de tecnologias de telecomunicações, informática e interatividade para prover ou realizar atividades e serviços de saúde à distância. Por outro ângulo, podemos dizer que Telemedicina e Telessaúde significam o uso de tecnologias interativas eletrôni-cas, de dados e conectividade, para organizar uma “cadeia produtiva de saúde”, com finalidade de me-lhorar a estratégia e logística do sistema de saúde.

A Telemedicina e Telessaúde são recursos emergen-tes. Atualmente existe a percepção sobre os seus po-tenciais, e as suas demandas tendem a aumentar cada vez mais. Por exemplo, a Telemedicina permite a trans-

missão de imagens médicas para realizar uma avalia-ção de especialista a distância tais como radiologia, pa-tologia, oftalmologia, cardiologia, dermatologia, entre outras. E também a transmissão de dados digitais de ECG, EEG, ausculta cardíaca, tocoginecologia, espiro-metria, ultrassonografia, monitoramento de sinais vi-tais, etc. Isto agilizaria muito os serviços de cuidados aos pacientes e, ao mesmo tempo, reduziria riscos e custos desnecessários com transporte de pacientes e/ou de equipamentos e exames para diagnóstico.

Os sistemas de comunicações, como as videocon-ferências e as webconferências, portais assistenciais, email com segurança de encriptação, sistemas cola-borativos online, etc, permitem aos médicos de diver-sas áreas interagirem com colegas e pacientes com maior frequência, e obterem uma melhoria na quali-dade dos serviços. Os contínuos avanços da tecnolo-gia criarão novos sistemas de assistência a pacientes que ampliarão a margem dos benefícios que a atual Telemedicina oferece. Além dos aspectos assisten-ciais, a Telemedicina poderá oferecer mais acesso à educação, ao conhecimento multicêntrico, à atuali-zação profissional continuada, e à pesquisa médica, em especial para os estudantes e os médicos que se encontram em regiões mais afastadas.

Assim sendo, Telemedicina e Telessaúde podem ser entendidas como áreas que empregam modernas tecnologias interativas, eletrônicas e de telecomuni-cações para criar novas soluções de processos com potencial de aumentar eficiência dos serviços. Essas áreas podem gerar uma série de serviços encadeados que vão desde a prevenção e promoção personaliza-da de saúde, até a reintegração social por meio de te-lehomecare. A integração entre soluções tecnológicas e serviços de saúde podem melhorar as atividades de educação, planejamento da logística de saúde, regu-lação da teleassistência e implementação de métodos para proporcionar atividades multi-institucionais.

Fonte: Chao Lung [email protected]: Professor Associado e Chefe da Disciplina de Telemedicina da FMUSP e líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina e Telessaúde no diretório de pesquisa do CNPq/MCTes

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Neoprospecta

Fevereiro, 2015 25

Artigo Científico

As perspectivas futuras para a Telemedicina e Te-lessaúde até 2025 podem ser comparadas de forma análoga com áreas como, os serviços de Internet Banking e Web Checking (empresas aéreas), ao lon-go de um período de 10 anos. Ou seja, entre 2005 e 2015. Eles passaram de um serviço embrionário e pouco expressivo na Internet para, em 10 anos, mu-darem todo o processo funcional dos bancos e das empresas aéreas. Como consequência, houve mu-dança no comportamento das pessoas e do mercado de comunicação, com novas oportunidades e empre-endedorismo na sociedade como um todo.

A Telemedicina e a Telessaúde deixaram de serem conhecimentos restritos a pequenos grupos de am-bientes acadêmicos ou de pesquisa, como era até o início do ano 2000, para serem adotadas no Brasil como partes integrantes de estratégias de políticas públicas de saúde tanto para as áreas de Teleassis-tência como para a Educação Interativa à Distância (Educação 3.0). Na última década, inclusive, houve importante desenvolvimento nas universidades e na saúde pública, no Brasil.

Veja na próxima página um esquema para facilitar a compreensão da situação atual da Telemedicina e Te-lessaúde no SUS (baseado no esquema de uma tese de Livre Docência de Telemedicina da Faculdade de Me-dicina da USP de 2003). O infográfico mostra a inter-ligação das diversas ações governamentais que usam tecnologias de Telemedicina e Telessaúde: Nuvem “da Saúde”, biblioteca virtual em saúde e repositório edu-cacional, Backbone de hospitais de referência, rede para atenção primária, consórcio de universidades para a atualização profissional, entre outros.

Crescimento organizado e sistemático A Associação Médica Mundial reconhece os diversos as-pectos positivos da Telemedicina, porém também entende que vários temas precisarão ser debatidos e regulamenta-dos. O crescimento organizado e sistemático da Teleme-dicina e Telessaúde poderá melhorar o sistema de saúde. Porém, esses segmentos estão crescendo tão rapidamente que as resoluções e normativas precisam ser revisa-das periodicamente a fim de garantir que os proble-mas mais recentes e importantes sejam abordados. Além dos aspectos relacionados com tecnologia, éti-ca, bioética, padronizações clínicas, etc., é preciso avançar nas discussões em relação às responsabilida-des cíveis por serviços de saúde prestados através de tecnologias interativas, critérios de monitoramento de qualidade e remuneração profissional.

A Telemedicina é um campo promissor para o exercí-cio da Medicina e a formação neste campo deveria fazer parte da educação médica básica e continuada. Deve-se oferecer oportunidades a todos os médicos e outros pro-fissionais de saúde interessados na Telemedicina.

A Associação Médica Mundial vem recomendando às Associações Médicas Nacionais a adoção de uma Declaração sobre Responsabilidades e Normas Éticas na Utilização da Telemedicina para a promoção de programas de formação e de avaliação das técnicas de Telemedicina, no que concerne à qualidade da

atenção, relação médico-paciente e eficácia quanto a custos. Pedem ainda que elaborem e implementem junto com as organizações especializadas, normas de exercício que possam ser usadas como um instrumen-to na formação de médicos e outros profissionais de saúde que possam utilizar a Telemedicina; e incenti-vem a criação de protocolos padronizados para o uso nacional e/ou internacional, incluindo aspectos médi-cos e legais, entre outras recomendações.

PioneirismoNo Brasil, a Faculdade de Medicina da USP foi pionei-ra ao aprovar a criação da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia, em 1997, com atu-ação em Graduação, Pós-Graduação e Extensão Uni-versitária. Atualmente, a Disciplina tem atuação em Inovação Educacional e soluções tecnológicas (Edu-cação 3.0 e computação gráfica 3D), pesquisas em Teleassistencia, além da coordenação de um grupo de Pesquisa USP em Telemedicina e Telessaude no Dire-tório de Pesquisa do CNPq/MCT.

Além do uso dos recursos de videoconferência, a Faculdade de Medicina da USP utiliza recursos do Pro-jeto Homem Virtual, um conjunto de modelagens e animações computadorizadas que apresenta em de-talhe os vários órgãos do corpo humano, com fisio-logia e fisiopatologias. O Homem Virtual vem sendo desenvolvido de forma ininterrupta nestes últimos 12 anos, na FMUSP, e conta com mais de 200 eixos temáticos diferentes que podem ser utilizados como Objetos Educacionais de Aprendizagem, produção de estruturas anatômicas em impressoras 3D, realidade aumentada e imersiva, entre outros usos.

A FMUSP possui diversos Centros de Tecnologia (Cetecque interligam os institutos do complexo HC, as estruturas educacionais da FMUSP e as unidades da USP, formando uma rede para Educação e Pesquisa.

Os Cetecs permitem também a interação com di-versas instituições nacionais e internacionais para reu-niões clínicas, sendo 10 anos de Telegeriatria e Tele-traumatologia, discussões de pesquisa, realização de eventos e cursos de formação e atualização continu-ada, transmissões de demonstrações cirúrgicas, reali-zação de sessões de segunda opinião médica especia-lizada, entre outros. São 12 anos de telepatologia de discussão anatomopatológica baseada em autopsia.A Disciplina de Telemedicina da FMUSP também está concentrando esforços no projeto da Nuvem da Saúde e Tablet da Saúde, Laboratórios de Inovação em Educação, programas de atualização profissional continuada em ser-viço, Projeto Jovem Doutor, Fábrica de conhecimento em Saúde, entre outros.

Referência Bibliográfica1. Chao LW, Silveira PSP, Azevedo Neto RS, Böhm GM. Internet discussion lists as an educational tool. Journal of Telemedicine and Telecare, 2000; 6:302-304. 2. Chao LW. Ambiente computacional de apoio à práti-ca clínica. [tese - Doutorado] apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; São Paulo; 2000.3. Chao LW. Modelo de ambulatório virtual (Cyberambu-

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Neoprospecta

Panorama Hospitalar26

Artigo Científico

latório) e tutor eletrônico (Cybertutor) para aplicação na interconsulta médica e educação a distância mediada por tecnologia. [tese – Livre Docência] apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; São Paulo; 2003.4. Chao LW, Cestari TF, Bakos L, Oliveira MR, Miot HA, Böhm GM. Evaluation of an Internet-based teledermatology sys-tem. Journal of Telemedicine and Telecare, 2003; 9:S1:9-12. 5. Chao LW. Telemedicina na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Telessaúde – um instrumento de Suporte Assistencial e Educação Permanente. Editora UFMG, 247-256, novembro 2006. 6. Malmström MFV, Marta SN, Böhm GM, Wen LW. Homem Virtual: modelo anatômico 3D dinâmico aplicado para edu-cação em odontologia. Revista da ABENO (Associação Brasi-leira de Ensino Odontológico), Belo Horizonte, 2004; 4(1):87. 7. Oliveira MR, Chao LW, Festa Neto C, Silveira PSP, Rivitti EA, Böhm GM. “A Web site for trainning nonmedical health-care workers to identify potencially malignant skin lesions and for teledermatology”. Telemed. J. e-Health 2002; 8(3):323-32. 8. Sequeira E, Soares S, Sgavioli CAPP, Chao LW, Marta SN. Projeto Homem Virtual em Odontologia. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, 2006; 60 (Supl.- Jan):145. 9. Chao LW. Homem Virtual. Clínica Médica – Medicina USP/ HC-FMUSP. Editora Manole. Volume (1) 988-991, 2009. 10. Chao LW. Telemedicina e Telessaúde. Clínica Médica – Medi-cina USP/ HC-FMUSP. Editora Manole. Volume (2) 811-813, 2009. 11. Chao LW, Onoda MM. Teleducação Interativa. Clínica Médica – Medicina USP/ HC-FMUSP. Editora Manole. Volu-me (4) 679-681, 2009. 12. Chao LW. Segunda Opinião Especializada Educacio-nal. Clínica Médica – Medicina USP/ HC-FMUSP. Editora

Manole. Volume (6) 777-779, 2009. 13. Chao Lung Wen. Teleducação em Saúde. Tecnologia da Informação e da Comunicação em Enfermagem. Edi-tora Atheneu, 127-137, 2011. ISBN: 978-85-388-0162-7. 14. Ministério da Cultura. Programa Nacional de Apoio à In-clusão Digital nas Comunidades - Telecentros. BR [Internet]. [acesso 2013 dez 03]. Disponível em: http://www2.cultura.gov.br/site/2010/03/04/programa-nacional-de-apoio-a-in-clusao-digital-nas-comunidades-telecentrosbr-2/.15. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profis-sional e Tecnológica. Catálogo Nacional de Cursos Supe-riores de Tecnologia [Internet]. Dezembro de 2006. [acesso 2013 mar 12]. Disponível em: http://www.unicentro.br/di-rai/legislacao/Legislacao-base-Ensino-Superior/Tecnologo/catalogo_completo.pdf. 16. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica [Internet]. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. [acesso 2013 dez 01]. Dis-ponível em: http://dab.saude.gov.br/sistemas/Pmaq/.17. Moraes RA, Dias AC, Fiorentini LMR. As tecnologias da informação e comunicação na educação: as perspectivas de Freire e Bakhtin. UNI Revista; 2006. 18. Nakamura R. Moodle. Como criar um curso usando a plataforma de Ensino a Distância. 1ª ed. São Paulo: Editora Farol do Forte; 2008. 19. MATURANA, H. Cognição, ciência e vida Cotidiana. Ed. UFMG. 2001 20. MAXWELL, John C. Todos se comunicam, poucos se conectam: desenvolva a comunicação eficaz e potencialize sua carreira na era da conectividade. Rio de Janeiro: Tho-mas Nelson Brasil, 2010

SITUAÇÃO ATUAL DA TELEMEDICINA

Bibliotecas Digitais, Ambientes Interativos de Aprendizagem, Repositórios de Conhecimentos, Redes de Colaboração

BVS, Repositórios, Objetos Educacionais de Aprendizagem

Jovem Doutor eCareAuto cuidado

Data Center de Saúde

Universidades, Educação Permanente,Estudantes, Residentes, pós-graduandos (UNASUS, Pro-Saúde)

Rede Colaborativa de Hospitais (RUTE)___________________________Back Bone (rede de troca de dados de alto desempenho)

Teleconsultorias e 2° opinião formativa

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Neoprospecta

Fevereiro, 2015 27

Artigo Científico

PEÇA SUA CREDENCIAL para o maior evento de Saúde das Américas

Gestão e RealizaçãoEmpreendimento

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE

SINDICATO DOS HOSPITAISDO ESTADO DE SÃO PAULO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAINDÚSTRIA MÉDICO-ODONTOLÓGICA

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Page 28: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

AnAhpEspaço Gestor

Panorama Hospitalar28

Profissionais de saúde buscam aperfeiçoamento em gestãoA complexidade do sistema de saúde torna cada vez maior a busca por profissionais capazes de relacionar o foco no paciente e os princípios de administração, incorporação de tecnologia e comunicação

Além de novas vagas voltadas à assistência di-reta aos pacientes, o crescimento e as trans-formações vividas pelo mercado de saúde

também geram demanda crescente por profissio-nais capacitados em gestão. Mesmo com a manu-tenção do foco no paciente, a complexidade do sistema de saúde torna cada vez maior a busca por profissionais capazes de relacionar este aspecto com princípios de administração, incorporação de tecnologia, inovação e comunicação, entre outros.

O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP/HSL) possui cursos, entre pós-graduação, mestrado e especializações voltados à gestão, para os quais vem registrando um número cada vez maior de interessa-dos. Na área de pós-graduação, o curso de especiali-zação em Gestão da Atenção à Saúde busca capacitar gestores para conduzir e implementar estratégias que atendam às novas demandas da área da saúde, tendo uma gestão compromissada e de alto desempenho à frente de organizações públicas e privadas.

O Mestrado Profissional Gestão de Tecnologia e Inovação em Saúde, por sua vez, foi desenvolvido em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) e aprova-do pela CAPES (Área de Saúde Coletiva). O programa é voltado para atender às necessidades de profissio-nais interessados em inovar, transformar e melhorar a qualidade do cuidado em saúde, contribuindo para a transformação da realidade desta área no Brasil.

“Precisamos ter profissionais cada vez mais prepa-rados para atender todas as necessidades atuais e, também, as mudanças que vão acontecer. Por isso,

o objetivo é que os alunos desenvolvam senso-crítico reflexivo e curiosidade para questionar realidades. Desta forma, tornam-se agentes transformadores no ambiente onde atuam”, afirma Roberto de Queiroz Padilha, superintendente de Ensino do IEP/HSL.

A atuação do IEP/HSL também se estende ao aperfeiçoamento profissional da rede pública de saúde. Por meio de parceria com o Ministério da Saúde, dentro do Programa de Apoio ao Desen-volvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), o Instituto capacitou, no final do triênio 2012-2014, mais de 21 mil profissionais da rede pública de saú-de, de todas as regiões do país.

Ao todo são 11 cursos: Especialização em Gestão de Emergências no SUS, Gestão de Emergências em Saúde Pública (GESP), Gestão da Vigilância Sanitária (GVISA), Gestão Federal do SUS, Processos Educa-cionais na Saúde, Aperfeiçoamento em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente, Educação na Saúde para Preceptores do SUS, Formação de Ges-tores e Preceptores de Residência Médica e Projeto Gestão da Clínica no SUS (GCSUS) que inclui três cursos de especialização, “Gestão da Clínica nas Re-giões de Saúde”, “Regulação em Saúde no SUS” e “Educação na Saúde para Preceptores do SUS”.

“Fechamos 2014 com a nossa meta alcançada. E queremos dar continuidade a esta proposta de capa-citação dos profissionais, em benefício da qualidade da atenção à saúde no SUS. Sabemos da importância e do impacto dessa ação realizada em parceria com o Ministério da Saúde”, finaliza Padilha.PH

O instituto sírio-Libanês de

ensino e Pesquisa oferece cursos

de pós-graduação, mestrado e

especialização voltados à gestão

e vem registrando aumento

do número de interessados

Cré

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gestão

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Panorama Hospitalar30

Ponto de Vista

30 Panorama Hospitalar

fernando

Osegundo mandato presidencial da Dilma inicia com uma relevante mudança na condução da política econômica no Brasil: um severo ajuste

visando recuperar as finanças públicas. Com os au-mentos na SELIC que atingiu a 12,25% a.a. em 21 de janeiro de 2014, pico (provisório?) de uma alta iniciada em abril de 2013, o custo do crédito obtido no merca-do livre (bancos comerciais, mesmo os públicos) já se elevou e deverá se manter ou até subir mais. Espera-se também maior prudência na concessão de emprésti-mos. O consenso (mediana das expectativas) do rela-tório FOCUS de 16 de janeiro deste ano projeta a taxa do dólar em R$ 2,65/ US$ no final de 2015, valor qua-se 11% maior que a cotação no início de 2014 e 19% maior que a média das cotações no período compre-endido no início de abril ao final de junho de 2014.

Até dia 23 de janeiro de 2015 já houve aumen-tos de impostos e de taxas púbicas. Um aumento de grande porte na energia elétrica, na faixa de 40%, já foi anunciado. Certamente novas medidas visando aumentar receitas públicas e reduzir despesas virão.

O Ministro da Fazenda declarou em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, que é razoável esperar--se um trimestre de contração na economia em 2015. Creio que possa ser mais do que isso.

O BNDES, principal fonte para investimentos de lon-go prazo no país, ainda no final de 2014 informou que reduzirá sua participação no financiamento de todos os tipos de projeto, bem como elevou a taxa de juros final para o cliente, tanto em operações diretas como indiretas (através de banco agente), e a área da saúde está incluí-da. Logo, serão necessários mais recursos próprios para seus investimentos. A TJLP – Taxa de Juros de Longo Pra-zo –, principal indexador dos financiamentos do BNDES, que ficará estável em 5.0% a.a., durante 2013 e 2014 foi elevada para 5,5% a.a. a partir de janeiro e novos aumentos não podem ser descartados.

As justas e tão esperadas melhorias nas tabelas que remuneram os prestadores de serviço para o SUS, se con-cedidas, deverão ter percentuais bem menores que os esperados pelas organizações de saúde. Negociações de

preços com os convênios poderão ficar mais difíceis.Quando o crescimento do PIB é baixo, ou reduzido,

não significa que para todos os produtos e serviços haverá baixo crescimento ou mesmo retração. Mas, sim, que para alguns haverá razoável redução; para outros, estabilidade; para alguns poucos, crescimen-to, e, para casos mais raros ainda, um excelente cres-cimento. Isso é válido também para a área da saúde, que possui grande número de serviços distintos em suas diferentes especialidades.

Está claro que o investimento, num cenário assim, deve ser decidido a partir de estudos ainda mais aprofun-dados e com menos otimismo, sem, no entanto, ser pa-ralisado. A situação exige que as organizações de saúde definam com muito maior critério onde vão investir, até porque tudo indica que haverá redução de margens, e consequentemente menos recursos para investimentos.

Elaboração de projetos detalhados, simulação de alternativas de negócio e análise de investimento são os caminhos a seguir. O VIAVEL Saúde, software que integra uma Solução de TI, é uma importante ferra-menta para facilitar a tarefa de aperfeiçoar a elabora-ção de projetos, reduzir seus erros, bem como efetuar análises de investimento com rapidez e segurança. Decidido o projeto, um rigoroso acompanhamento de sua execução, incluído o de seu cronograma físico--financeiro, é fundamental. Estouros de orçamento não podem ser tolerados.

Ao longo de 2014 publicamos uma série de seis ar-tigos na Revista Panorama Hospitalar intitulada “Por que os projetos fracassam?”, na qual enumeramos as causas e apresentamos exemplos dos erros cometidos em projetos de investimento. Recomendo uma atenta releitura da série, antes do início do estudo de um novo investimento, que, como é sabido, começa pelo estudo do mercado e minucioso planejamento do projeto desejado, e é concluído com a estruturação de fontes de recursos adequadas em prazo e custo para sua realização.

Não deixe de investir em 2015, mas, se for in-vestir, INVISTA CERTO.PH

Investir Certo: O que muda em 2015?

Fernando L. Motta dos santos é

criador da solução viaveL saúde

– simulação de Projetos e análise

do investimento, diretor da si

Consultoria e da DahMotta ti,

e possui 38 anos de experiência

em viabilidade de investimentos,

sendo 12 na área da saúde

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Marketing

Panorama Hospitalar32

Ponto de Vista intersysteMs

N os últimos anos, o tema “engajamento de pa-cientes” tem ganhado destaque no mercado de saúde, sendo apontado como uma grande ten-

dência. Os fornecedores de tecnologia para este setor têm corrido atrás para acelerar o desenvolvimento de novos recursos que permitam a interação dos pacien-tes com seu tratamento. Mas, apesar deste cenário, a adoção das organizações de saúde por soluções que viabilizem esse conceito, ainda tem sido tímida.

O engajamento contribui para que sejam feitas iniciativas de prevenção, como a mudança dos hábi-tos de vida dos pacientes, a monitoria de saúde por meio de notificações e alertas clínicos, e também do apoio e acesso às informações antes, durante e no pós-tratamento de doenças, incluindo o combate a vícios como álcool, drogas e o fumo, somado à inte-ração dos familiares e cuidadores.

Já hoje em dia temos um modelo muito mais centrado no cuidado do paciente. No entanto, as tecnologias para apoiar estes esforços ainda não tiveram sucesso. Qual é a razão para essa desconexão? E qual é a solução?

Em primeiro lugar, soluções de engajamento do paciente precisam ser benéficas tanto para pacientes como para médicos. Para isso, elas devem estar to-talmente integradas com o histórico clínico comple-to, permitindo que as informações sobre o histórico dos principais atendimentos clínicos e diagnósticos sejam facilmente visualizadas em apenas uma fonte de consulta disponível em um portal com interface simples, de fácil acesso e entendimento aos usuá-rios, sem o uso de termos técnicos que comprome-tam a assimilação do quadro clínico. Ao visualizar as informações deste portal os pacientes podem se comunicar com seu médico e checar informações so-bre medicamentos e exames realizados, por meio do prontuário pessoal do paciente.

Também é preciso que a equipe médica saiba ex-plorar mais as informações registradas nos prontuários eletrônicos para extrair informações que poderiam

contribuir para uma tomada de decisão muito mais as-sertiva e embasada, com o envolvimento do paciente.

Outro benefício que as soluções de engajamento do paciente podem oferecer é a possibilidade dos pacientes contribuírem no atendimento, informan-do seus dados. Isso ampliará a interação médico-pa-ciente para além da consulta. Com isso, eles podem compartilhar informações que serão decisivas para a tomada de decisão médica, entre elas podemos listar: o aconselhamento de novas terapias, esclare-cimentos sobre efeitos colaterais, sintomas diários, registros de nutrição e exercício físicos. Essa capa-cidade de registrar esses dados imediatamente au-menta a precisão dos diagnósticos. E mais do que isso, que o registro eletrônico permita ao paciente agendar consultas e exames, e visualizar os resulta-dos por meio de um histórico de resultados.

A solução ideal seria permitir a pacientes e médicos uma interação de forma assíncrona, com a verificação de dados vitais feitos em casa em vários dispositivos.

Um exemplo prático: Um médico prescreve um novo medicamento para controle da pressão arte-rial elevada. O paciente é solicitado a registrar os sintomas de tontura e gravar sua pressão arterial a cada episódio. Normalmente, a maioria dos pacien-tes fazem anotações mentais de quantos episódios de tontura eles podem ter, podendo, ou não, anotar a sua pressão arterial. Utilizando as soluções de en-gajamento do paciente, um lembrete pode ser en-viado para o smartphone do paciente em intervalos de tempo para perguntar sobre as tonturas. Depen-dendo da resposta do paciente, ele pode receber um alerta para medir sua pressão arterial. Esses dados são registrados e disponibilizados imediatamente para o médico, melhorando a precisão e a pontuali-dade de captura e compartilhamento de dados.

Quanto mais detalhes e atualizações os médi-cos tiverem, melhores decisões serão tomadas para salvar vidas.PH

Engajamento de Pacientes: uma tendência no mercado de saúde

ricardo Fernandes é

Country Manager da

intersystems no Brasil.

Page 33: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

33Janeiro, 2015

gestão Livros

Livro apresenta histórias sobre a prática da medicina

E u choro, choro muito, soluço. Sinto culpa. Pen-so no que podia ter feito diferente. Nada. Nada adianta. O monitor faz traços que eu não enten-

dia, até que restou uma linha reta. Retinha. Checam os cabos, todos conectados, checam o monitor, não há nada errado. Certeza. A mais certa e definitiva. Morte. Ele está morto”. O trecho apresenta o sentimento vi-vido por um médico em um dos 32 contos do livro “O pior médico do mundo”, que simulam cenas do coti-diano médico ao longo da trajetória estudantil, profis-sional e até os momentos de realizações e frustrações.

A obra do médico-professor Gerson Salvador durou cinco anos para ser elaborada e pretende ampliar os debates sobre as relações humanas da medicina entre médicos, profissionais da saúde e estudantes. “Espero que o público consiga identificar os sentimentos envol-vidos nas relações entre médicos em diversas etapas de formação e pacientes em distintas fases de vida. Dese-jo que as pessoas possam enxergar esse lado humano do atendimento médico“, explica Salvador.

Segundo o autor, a inspiração de começar o livro veio da sua vivência e do contato com outros profissio-

nais da área e estudantes. “A medicina oferece a pos-sibilidade de conhecer as pessoas com uma intimidade rara”, destaca Salvador. O conteúdo passa ao leitor o sentimento de quem perde um paciente, atende casos de abuso sexual, não consegue oferecer o melhor tra-tamento a seus pacientes por limitações impostas por planos de saúde, além disso, de quem cria vínculos e vê em si a responsabilidade pela vida dessas pessoas.

Gerson Salvador é de Cansanção, sertão da Bahia. É médico infectologista, secretário de comunicação do Sin-dicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e professor de Propedêutica Clínica na Universidade de São Paulo, onde se formou. Iniciou sua carreira literária escrevendo poe-mas quando ainda estava no colégio e em 1993 recebeu o prêmio “Centenário Mário de Andrade”.

Ficha Técnica Editora: Ciclo ContínuoEdição: 2014 Número de Páginas: 128Formato: 14.00 x 21.00 cmValor: R$ 29 o impresso e R$ 20 a versão digital

“O pior médico do mundo” mostra a importância da relação médico-paciente e retrata as relações humanas no dia a dia da profissão

Page 34: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

Panorama Hospitalar

PRÓXImOS EVENTOS

fique por dentroAgenda

Ì CuRSO DE GESTÃO Em FaTuRamENTO E auDITORIa DE CONVêNIOS méDICOS HOSPITalaRES

11 de fevereiroSão Paulo (SP)8h30 às 17h30(11) 4890-2376/[email protected]

Ì CuRSO DE NEGOCIaçÃO COlETIVa E GESTÃO DO TRabalHO Na SaúDE

10 a 14 de fevereiroNatal (RN) [email protected]

Ì GESTÃO E FISCalIzaçÃO DE CONTRaTOS NO CON-TEXTO Da EXECuçÃO DE POlÍTICaS PúblICaS

11 de fevereiro9h às 12hEscola de Governo do Distrito Federal (EGOV)www.escoladegoverno.seap.df.gov.br

Ì CIRCuITO EINSTEIN DE STaRTuPS

26 de fevereiro8h às 17hHospital Israelita Albert [email protected]/(11) 2151-4355

EFEméRIDES04 - Dia Mundial do Câncer

05 - Dia da Papiloscopia

34

Page 35: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

CONTROLE

ACESSO

CONTROLE DE ACESSO POR BIOMETRIA FACIAL!

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Controle de Frequência para o prêmio Top of Mind 2014

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Page 36: Panorama Hospitalar 24ª edição Fevereiro de 2015

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