24ª jorba - jornada bahiana de anestesiologia

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BAHIANEST SETEMBRO 2011 | 1

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Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia

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Page 1: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

Bahianest setembro 2011 | 1

Page 2: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

Exclusiva embalagem esterilizada à mão do médico

Produtoprincípio ativo

nonon onon nonnono non 0%

com epinefrina 1:200.000

0,50% Solução injetável - 20 ml

Para infiltração, bloqueio nervoso,anestesia caudale peridural.

Não está indicado para raquianestesiaComposição, informações técnicas e

ao paciente: vide BulaMS 1.0298.0160

Farm. Resp. Dr. Joaquim A. Reis - CRF-SP 5061

ESPECIALMENTE DESENVOLVIDOPARA CENTROS CIRÚRGICOS

EMBALAGEM PEEL-OFFFacilita Abertura

INFORMAÇÃO COMPLEMENTARIndicação vasoconstritor

e concentração

CONTEÚDO

INDICAÇÕES

TEXTO LEGAL

IDENTIFICAÇÃO STERILE PACK

MARCA LEGAL

NOME GENÉRICO

CONCENTRAÇÃO- Maior destaque- Diferenciado por cores- Facilita identificação

ADVERTÊNCIAEm destaque e em cor diferenciada

MARCA CRISTÁLIAGarantia de qualidade

Estojos que obedecem a RDC 71 que estabelece o padrão de apresentação dos rótulos e cartuchos.1

Facilidade de conferência da substância, concentração e via de administração da droga a ser administrada. Menor risco de erro de medicação.2,3

1. Brasil. Resolucão RDC Nº 71, de 22 de dezembro de 2009. Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 2009, seção 1, p.75-80. 2. Gouveia MA, Mauro CL, Amaral A. Injeção inadvertida de galamina no espaço subaracnóideo. Relato de um caso. Reve Bras Anestesiol 1983. 33, 3; 189 - 192. 3. Vieira ZEG. Complicações da Anestesia Raquídea. Reve Bras Anestesiol 1963; 13:77-81.

An_21x28cmStPack.indd 1 5/12/11 10:39 AM

Page 3: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

Bahianest setembro 2011 | 3

BAHIANEST é uma publicação da SAEB - Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia em parceria com a COOPANEST-BA- Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas Estado da Bahia.

RedaçãoAv. Garibaldi, 1815, Sobreloja, Bloco B, Centro Médico Empresarial, Ondina, Salvador - Bahia.Fone: 71 3247-4333

DIRETORIA Presidente Dr. Marco Aurélio Oliveira GuerraCRM/Ba 11.048 Vice-Presidente Dr. Adhemar Chagas ValverdeCRM/Ba 6.055 Secretário Geral Dr. Gilvan da Silva Figueiredo CRM/Ba 12.617 1º Secretário Dr. Hugo Eckener Dantas de Pereira CardosoCRM/Ba 15.709 1ª Tesoureira Dra. Ana Cláudia Morant BraidCRM/Ba 9.622

2º Tesoureiro Dr. Luiz Alberto Vicente TeixeiraCRM/Ba 5.739

Diretor Científico Dr. Márcio Henrique Lopes BarbosaCRM/Ba 11.988

Diretor de Defesa Profissional Dr. Jedson dos Santos NascimentoCRM/Ba 11.927

Presidente da COOPANEST-BADr. Carlos Eduardo Aragão AraujoCRM/Ba 3811

Responsável pela revista:Dr. Marco Aurélio Oliveira GuerraCRM/Ba 11.048

Textos e EdiçãoCinthya Brandão - Jornalista DRT 2397www.cinthyabrandao.com.br

Designer GráficoCarlos Vilmarwww.carlosvilmar.com.br

FotografiasCREMEB, CEREM, BBRAUN e SAEB.Tiragem 800 exemplares

ImpressãoCartograf

Editorial

Editorial

Caro colega,

Estamos nos aproximando do evento de maior importân-cia e destaque científico da nossa sociedade: a 24ª JOR-BA. Este ano, a jornada será realizada em Salvador por solicitação de uma parte dos colegas, já que no ano pas-sado o evento aconteceu em Costa do Sauípe por suges-tão de outros. Como forma de conciliar e propiciar uma maior participação, nós programamos as aulas no sába-do durante todo o dia e no domingo até 11h40. Na sexta--feira, teremos duas atividades pré-jornada: o Curso de Via Aérea do Núcleo SBA Vida e o Curso de Ultrassono-grafia do Hospital São Rafael, este foi motivo de comen-tários positivos a nível nacional, inclusive pela própria diretoria da SBA. Não podíamos deixar de repetir o que está dando certo. Escolhemos um hotel muito agradá-vel que oferece excelente infra-estrutura, vista e acesso para a praia que já foi, inclusive, palco de duas jornadas com resultados positivos. Conseguimos negociar com o Catussaba valores atrativos, assim colegas também de Salvador poderão desfrutar de um final de semana dife-rente ao lado da família, amigos e sócios.

Contamos com a participação de todos!

Dr. Marco Guerra Presidente da SAEB

CRM/Ba 11.048

A 24ª Jornada Baiana de Anestesiologia está se aproximando.

Renovando a preocupação que norteia a nossa caminha-da científica - realizar eventos com temas atuais, fomen-taremos debates envolventes e palpitantes.

Fica, portanto, o convite para juntos, proclamarmos a anes-tesiologia contemporânea, revelando conhecimentos.

Dr. Márcio Henrique Lopes Barbosa Diretor Científico da SAEB

CRM/Ba 11.988

Page 4: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

4 | Bahianest setembro 2011

O evento de maior destaque promovido pela Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (SAEB) está finalizado e foi muito bem preparado para aguardar dezenas de anes-tesiologistas baianos e de outros estados. A 24ª Jornada Baiana de Anestesiologia (JOR-BA) será realizada nos dias 24 e 25 de setem-bro, no Catussaba Resort, em Itapuã, local já consagrado em jornadas anteriores. No dia 23, dois cursos serão realizados como atividades pré-jornada: pela manhã o curso de Ultrasso-nografia em Anestesia do Hospital São Rafael e durante todo o dia o curso Controle da Via Aé-rea, promovido pelo Núcleo SBA Vida. “Essen-cialmente, queremos proporcionar o exercício da anestesiologia moderna com os fundamen-tos de ultrassonografia e de vias aéreas.”, res-salta o diretor científico da SAEB, Dr. Márcio Henrique Barbosa.

Com o tema “Anestesiologia contemporânea: Revelando conhecimentos”, a proposta cien-tífica deste ano foi reunir assuntos de maior relevância na rotina da especialidade, como explica Dr. Márcio Henrique. “O tema sinteti-za o espírito científico desta jornada: debater a anestesiologia com conhecimentos de van-guarda. A programação científica foi formu-

lada com temas de grande relevância e con-densada com o objetivo de tornar a jornada mais produtiva. Ademais, estamos inovando, ao abordar o tema ‘Como eu faço ventilação mecânica no intraoperatório?’. Sob uma pers-pectiva de perguntas e respostas e, destarte, promover o encontro com um grande especia-lista no assunto”.

Outra novidade diz respeito aos dias de reali-zação do evento. “A expectativa é muito favorá-vel, mudamos o calendário da JORBA que di-ferente dos anos pretéritos, a realizaremos no sábado e domingo, visando atender a um anti-go reclamo dos colegas, e, desta forma agre-gar um número maior de anestesiologistas”, explica Dr. Márcio Henrique.

O presidente da SAEB, Dr. Marco Guerra, está otimista com o novo formato da jornada. “Bus-camos atender ao maior número de solici-tações. Local, data, palestras, hotel, tudo foi pensando no bem estar e na comodidade de um maior número possível de colegas. Tenho certeza de que a exemplo do ano passado, a JORBA será um sucesso”.

Cinthya Brandão Jornalista DRT/Ba 2.397

Tudo pronto para a 24ª JORBA

Page 5: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

Bahianest setembro 2011 | 5

Programação:

24/09 (sábado)

25/09 (domingo)

SALA 2

8h – 8h30:

8h30 – 8h55:

9h – 9h25:

9h30 – 9h55:

10h30 – 10h55:

11h – 11h20:

11h20 – 11h40:

11h40 – 12h:

12h – 12h10:

14h – 14h25:

14h30 – 14h55:

15h – 15h20:

15h20 – 15h40:

15h40 – 16h:

16h – 16h10:

8h30 – 8h55:

9h – 9h25:

9h30 – 9h55:

10h – 10h25:

10h30 – 10h50:

10h50 – 11h10:

11h10 – 11h30:

11h30 – 11h40:

Entrega dos materiais

Condições mínimas em anestesia. Um novo enfoque!Dr. José Abelardo Garcia de Meneses(Ba)

Síndrome Obstrutiva do Sono – Cuidados AnestésicosDr. Jedson dos Santos Nascimento (Ba)

Otimização Hemodinâmica no Paciente de Alto RiscoDr. Luiz Marcelo Sá Malbouisson (SP)

Segurança em Anestesia – Incorporando as EvidênciasDr. Luciano Garrido (Ba)

Moderador: Dr. Jedson dos Santos Nascimento (Ba)

Morbidade e Mortalidade PerioperatóriaDr. Márcio Henrique Lopes Barbosa (Ba)

Anestesia e Alterações CognitivasDra. Vera Lúcia Fernandes Azevedo (Ba)

Anestesia AmbulatorialDr. Hugo Eckener Dantas de Pereira Cardoso (Ba)

Debate

Jejum Pré Operatório – Novas DiretrizesDr. Marcos Antonio Costa de Albuquerque (Se)

DOR 5º Sinal VitalDr. Vinicius Sepulveda Lima (Ba)

Moderador: Dr. Macius Pontes Cerqueira (Ba)

No IntraoperatórioDr. Antonio Carlos Brandão (MG)

Reanimação de alta qualidadeDr. Bruno Mendes Carmona (Pa)

Condutas Pós-ressuscitaçãoDr. Márcio de Pinho Martins (RJ)

Debate

Serviço de dor aguda e o perioperatórioDra. Anita Perpétua Carvalho de Castro (Ba)

US na prática anestésica, qualidade e segurança?Dr. Rodrigo Leal Alves (Ba)

Via Aérea Difícil, evitando acidentes.Dr. Waston Vieira Silva (Pe)

Anestesia na gestante de risco: estado de arteDr. Paulo Cézar Medauar Reis (Ba)

Moderador: Dr. Samuel José de Oliveira (Ba)

Em RaquianestesiaDr. João José Borges de Barros dos Santos (Ba)

Em AmigdalectomiaDra. Mariana Guimarães Granato (Ba)

Em Cirurgia PlásticaDr. Ricardo Almeida de Azevedo (Ba)

Debate

10h – 10h30:

12h20 – 13h50:

14h55 – 15h20:

Coffee Break

Almoço

Coffee Break

11h – 12h:

15h – 16h:

10h30 - 11h30

10h30 – 11h30:

Coordenador: Dr. Luiz Marcelo Sá Malbouisson MD (SP)

Painel 1: Paciente Idoso

Painel 2: Parada Cardiorrespiratória (PCR)

COMO EU FAÇO VENTILAÇÃO MECÂNICA NO INTRAOPERATÓRIO?

Painel 3: Incidentes Críticos

Informações e Inscrições

Pabx: 71 3247.4333 Fax: 71 3235-3133 Cel.: 71 9115 - 9044 / 8948 [email protected] www.saeb.org.b

17h Solenidade de Abertura

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6 | Bahianest setembro 2011

Aos colegas anestesiologistas,

A palavra ENTUSIASMO vem do Grego, e significa ter Deus dentro de si. Para eles as pessoas ENTUSIASMADAS pode-riam transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Segundo ainda os gregos, elas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Assim o ENTUSIASMO é diferente do OTIMISMO que significa acreditar que uma coisa vai dar cer-to. Talvez, até torcer para que dê certo. Por isto, confunde-se o otimismo com o entusiasmo.

ENTUSIASMADA é aquela pessoa que acredita em si. Acredi-ta nos outros. Acredita na força das pessoas. Acredita na ca-pacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo.

Agir ENTUSIASTICAMENTE! Não é o sucesso que traz o en-tusiasmo é justamente o inverso o ENTUSIASMO que traz o sucesso.

Nesta primeira mensagem convido a todos os colegas que compõem a Comissão Executiva da 36ª JONNA e todos aque-les que vierem a se juntar a nós como participantes que se deixem imbuir desta força.

A 36ª edição da JONNA – Jornada Norte Nordeste de Aneste-siologia que será realizada na capital baiana promete ser um evento que muito contribuirá na ampliação do conhecimen-to científico dos profissionais que aqui estiverem. Houve uma mudança na data da jornada que agora será de 8 a 10 de mar-ço de 2012, isso ocorreu porque a comissão diretora avaliou a necessidade de retorno dos nossos colegas a seus estados.

Nesta edição da Bahianest, vocês terão acesso à programa-ção preliminar ainda sem o nome dos palestrantes visto que apesar de inúmeras confirmações, seria muito precoce ci-tá-los. Até a data do evento, podem ocorrer alguns impedi-mentos, mas tão logo tivermos as confirmações da comis-são científica iremos divulgar quem estará no comando das aulas, pois sabemos o quanto isso implicará na escolha em participar da 36ª JONNA. Porém, vale ressaltar que a anteci-pação das inscrições contribuirá para organizarmos a jorna-da com maior segurança e dinamismo, além do participante pagar o valor com desconto.

A comissão científica está imbuída em tornar o conteúdo científico da JONNA de extrema importância na prática se-gura da anestesia. O tema “ANESTESIA SEGURA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS” vem justamente reforçar conceitos de se-gurança no cuidado anestésico e estimular os profissionais às melhores práticas de consenso internacional.

A participação em eventos nacionais divulgando a 36ª JONNA tem sido de grande valia para o sucesso da jornada. Através de banners, folders, cartazes e apresentação de data show no intervalo das aulas, anestesiologistas de todo o país estão co-nhecendo a nossa proposta científica e, com certeza, ficarão tendenciosos a participarem do encontro. Afinal, a Bahia por si só já em um grande atrativo!

Contamos sempre com a participação de todos.

Dr. Carlos Eduardo Araujo Presidente da 36ª JONNA

Presidente da COOPANEST-BA

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Bahianest setembro 2011 | 7

09/03 (sexta-feira)

09/03 (sexta-feira)

10/03 (sábado)

10/03 (sábado)

10h Intervalo

15h30 Intervalo

10h Intervalo

Almoço

15h30 Intervalo

09h30 Intervalo

Almoço

09h30 Intervalo

Almoço

15h30 Intervalo

SALA 01

SALA 02

SALA 01

SALA 02

8h30

10h30

11h

11h

14h

14h30

15h

15h50

08h30

10h30 11h

11h30

14h

14h30

15h

15h50

08h

10h

10h30

11h

11h30

14h

14h30

15h

15h30

15h50

08h

10h

10h30

11h

11h30

14h

14h30

15h

15h50

Mesa interativa.Mesa: Avaliação pré-anestésica - mitos e verdades1-Jejum 2-Exames pré-operatório3-Ivas

MINICONFERÊNCIAS:

Anestesia, letalidade e mecanismos

Diretrizes da OMS para a anestesia segura

Incidentes críticos na anestesia pediátrica. Como evitá-los?

MINICONFERÊNCIAS:

Anticoagulantes, antiplaquetários e bloqueios anestésicos

Ultrasom versus estimulador de nervos periféricos. Escolher ou usar ambos?

Bloqueio periférico contínuo para analgesia: por quê e como fazer?

Mesa interativa. Mesa: Responsabilidade Médica 1-Transfusão sanguínea contra a vontade expressa: existe segurança jurídica?2-As resoluções do CFM: uma visão jurídica3-Consentimento informado em anestesia: segurança para o ato anestésico?

Mesa interativa. Mesa: Anestesia ambulatorial1-Cuidados com o paciente diabético2-Apnéia obstrutiva do sono, um perigo oculto3-O anestesiologista na gestão do Day Hospital

Segurança e avanços com a avaliação pré anestésicaEnvelhecimento e anestesia

Infarto perioperatório: Novas evidências.

Doenças ocupacionais na prática anestésica no Brasil

Anestesia fora do centro cirúrgico: como evitar armadilhas?

Sugamadex: aumento de custo ou aumento de segurança?

Mesa interativa. Mesa: Dor1-Algoritmo apropriado para a dor pós-operatória2-Hiperalgesia induzida por opióide3-Dor – uma área de atuação que otimiza a nossa segurança

Mesa interativa. Mesa: Anestesia na hemodinâmica1-Anestesia para cirurgias endovasculares2-Neuroradiologia intervencionista3-Segurança ocupacional na sala de hemodinâmica

MINICONFERÊNCIAS

Novidades no manejo da via aérea na criança

Otimizando o manejo ventilatório durante a anestesia

Monitorização perioperatória:O que você pode não saber mas deveria

Paciente com choque séptico. Trazendo a UTI para a sala de cirurgia

MINICONFERÊNCIAS

Manejo das principais arritmias no intra-operatório

Suporte avançado de vida para anestesia, o que muda?

Monitorização minimamente invasiva, onde estamos?

Intervalo

Mesa interativa. Mesa: Dilemas na prática anestésica:1-Controle glicêmico2-Terapia beta-bloqueadora3-Antifibrinolíticos

Mesa interativa. Mesa: Desafios em anestesia obstétrica 1-Via aérea na gestante2-Como assegurar a perfusão materno-fetal3-Raquianestesia nas emergências hemorrágicas

MINICONFERÊNCIAS

Controle da via aérea no politraumatizado

Anestesia regional no paciente com trauma

Coagulopatia no politraumatizado: condutas e evidências

Ecocardiografia na monitorização hemodinâmica

Segurança da anestesia e os fitoterápicos

Desafios da hidratação na criança

Anestesia para cirurgia torácica

Mesa interativa. Mesa: Prevenindo complicações:1-Disfunção cognitiva no pós-operatório2-Hipotermia3-Lesões neurológicas

Page 8: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

8 | Bahianest setembro 2011

Em fevereiro de 1998, foi publicado na revista The Lancet, artigo da autoria do então médico Andrew Wakefield e outros 12 autores, que relatava uma possível associação entre a vacina trí-plice viral (contra sarampo, caxum-ba e rubéola) ou MMR (sigla inglesa de Measles, Mumps and Rubella) e o aparecimento de autismo regressivo e doença inflamatória intestinal em crianças. No artigo foram descritos 12 casos de crianças que tiveram estes diagnósticos após 6 a 14 dias do uso da vacina.

Embora vários estudos em outros pa-íses, envolvendo enormes casuísticas, não tenham comprovado esta asso-ciação, a publicidade dada ao fato es-timulada pelo próprio Wakefield, trou-xe graves conseqüências para a saúde pública em todo o mundo.

A repercussão do estudo fez cair de 93% para 72% a cobertura vacinal

para sarampo, caxumba e rubéola na Inglaterra, tendo como consequência o retorno do sarampo que voltou a ser endêmico e voltaram a ocorrer mor-tes de crianças decorrentes desta do-ença. Estão ocorrendo surtos e mor-tes na Alemanha e outros locais da Europa, assim como surtos no Cana-dá, Estados Unidos, Austrália e outros países. Vários outros problemas rela-cionados à desconfiança nas vacinas ocorrem em todo o mundo e são mais sentidos na Europa, onde mesmo os profissionais de saúde evitam partici-par de campanhas vacinais.

Seis anos após a citada publicação no The Lancet vieram a público as pri-meiras publicações do repórter inves-tigativo inglês Deer Brian, onde confli-tos de interesse e condutas antiéticas foram descritas: Wakefield havia sido contratado dois anos antes da publi-cação do estudo e antes das crianças estudadas terem sido referenciadas

Médico que tentou associar a vacina tríplice viral (MMR) ao autismo é cassado no Reino Unido

“artigo da autoria do então médico Andrew Wakefield e outros 12

autores, que relatava uma possível associação entre a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) ou MMR (sigla inglesa de Measles, Mumps and Rubella) e o aparecimento de autismo regressivo e doença inflamatória intestinal em crianças.

Page 9: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

Bahianest setembro 2011 | 9

ao hospital, pelo advogado Richard Barr, como consultor em proces-sos contra fabricantes da MMR; evidencia documental de que Wakefield fez solicitação de patente para uma vacina “segura contra o sarampo”, antes da publicação do estudo; problemas metodológicos envolvendo a pesquisa, como a constituição do grupo controle com crianças selecio-nadas na festa de aniversário do filho do então médico, tendo sido pagas para isto com £5.00 pelo desconforto causado.

Após estas revelações iniciais, em 2004 a revista The Lancet publicou uma declaração de dez dos doze autores do estudo, na qual esclare-cem que em nenhum momento foi estabelecida relação entre autismo e uso da MMR, uma vez que os dados não eram suficientes para susten-tar esta afirmação.

Em 24/05/2010 o General Medical Council do Reino Unido, órgão com funções de regulamentar e fiscalizar a medicina e fazer o registro dos médicos, semelhante ao Conselho Federal de Medicina no Brasil, após investigação do chamado “escândalo da MMR”, decidiu cassar o registro médico do Dr. Andrew Wakefield, devido à gravidade dos fatos apurados e por considerar que o médico causou danos aos pacientes participan-tes da pesquisa, à medicina e à saúde pública. Foi comprovado que o es-tudo realizado não foi o mesmo aprovado pelo Comitê de Ética do Royal Free Hospital; ocorreu viés de seleção dos pacientes, uma vez que não foi seguido o protocolo proposto e houve participação direta do autor na seleção destes; foram desrespeitados os princípios de proteção às crianças vulneráveis com a utilização de, métodos invasivos de investi-gação, como coleta de líquor sem indicação clínica; além de não ter sido comunicado pelos autores à revista The Lancet qualquer conflito de in-teresses, quando estes ficaram provados na apuração.

Cinco dias após a publicação da decisão do General Medical Council a revista The Lancet publicou uma retratação e o artigo embora ainda es-teja visível no sítio da revista (http://www.thelancet.com/journals/lan-cet/article/PIIS0140-6736(97)11096-0/abstract), apresenta uma tarja ver-melha escrito recolhido.

Já neste ano de 2011 outros fatos vieram à tona no British Medical Jour-nal que publicou seqüência de artigos do jornalista Deer Brian que des-cobriu que os dados que foram publicados foram fabricados numa es-cola de medicina de Londres.

O jornalista teve acesso aos autos do processo, uma vez que no Reino Unido o processo não corre em sigilo, como no Brasil. Foram confron-tados os dados contidos nos prontuários dos pacientes com os dados relatados no artigo e encontradas graves discrepâncias: a presença de irmãos entre os casos; diferença no tempo descrito no estudo e o re-gistrado nos prontuários, entre a utilização da MMR e o aparecimento dos sintomas; muitos dos pacientes eram de famílias litigantes contra a indústria farmacêutica; alguns dos participantes do estudo já tinham diagnóstico de autismo e doença inflamatória intestinal, mesmo antes do uso da vacina.

A confiança nas vacinas vem sendo construída desde o final de século dezoito (quando Jenner descobriu a vacina contra varíola) e tem propi-ciado a erradicação e controle de algumas doenças de elevada morbi-dade e mortalidade, como varíola, poliomielite, sarampo, tétano, difte-ria entre outras. Porém a conduta insensível, irresponsável, antiética e mercantilista de um único médico, já trouxe um retrocesso nesta his-tória de sucesso ao fornecer munição a grupos antivacinistas de todo o mundo e fomentar a desconfiança da população não só na vacina trípli-ce viral (MMR), como nas vacinas de uma forma geral.

Escrito por Ceuci de Lima Xavier Nunes é conselheira federal suplente pelo estado da Bahia

http://www.sjtresidencia.com.br/invivo/?p=14732

“A confiança nas vacinas vem sendo construída desde o final de século dezoito

(quando Jenner descobriu a vacina contra varíola) e tem propiciado a erradicação e controle de algumas doenças de elevada morbidade e mortalidade, como varíola, poliomielite, sarampo, tétano, difteria entre outras.

Page 10: 24ª JORBA - Jornada Bahiana de Anestesiologia

10 | Bahianest setembro 2011

A 16ª edição do Encontro de Anestesiologia do Interior da Bahia foi realizada no dia 14 de maio em Itabuna, no sul do estado. O evento científico é promovi-do pela Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (SAEB) e validado pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).

Num formato mais dinâmico e abrangente, o encontro que tem como objeti-vo primordial levar a educação continuada para os médicos anestesiologistas do interior do estado atrai, desde o ano passado, também médicos de outras especialidades, estudantes de medicina e outros profissionais de saúde. Mu-dança aprovada por anestesiologistas já renomados no estado. “Acredito que o ENAI continua sendo uma oportunidade para troca de informações e experi-ências entre os anestesiologistas do interior e os colegas da capital. O modelo é válido, mas pouco aproveitado, então este deve ser o momento para mudan-ças como as que ocorreram em Teixeira de Freitas no ano passado e em Ita-buna este ano, onde procuramos convidar um público composto também por estudantes, enfermeiros e médicos de outras especialidades que ficaram en-tusiasmados com a qualidade dos palestrantes e organização do evento”, ex-plica Dra. Nina Rosa Brandão, associada da SAEB e uma das organizadoras do evento.

O novo formato possibilita que profissionais ainda em processo de formação tenha contato com a anestesiologia. “Certamente, este projeto direcionado para a realização do ENAI em cidades assistidas por uma faculdade de me-dicina, com o objetivo de abarcar os estudantes, e, a pulverização do progra-ma científico com cursos práticos, representará a perspectiva da SAEB para os próximos eventos no interior do estado” reitera o diretor científico da SAEB, Dr. Márcio Henrique Barbosa.

A receptividade do público local e o número de participantes foram decisivos para o encontro, reconhece Dr. Márcio Henrique. “A excelente receptividade do ENAI 2011 corrobora a vitalidade deste evento e, oportunamente, consagra as novas premissas responsáveis pelo seu sucesso. Enfim, é por demais signifi-cativo e estimulador o interesse que o ENAI vem despertando, e desta forma floresce a ideia de realizarmos eventos cada vez mais caprichados, explicitan-do a grandeza da nossa especialidade”, ressalta.

Profissionais de renome, alto conhecimento associativo e científico participa-ram do 16º ENAI. Dr. Paulo Medauar, ex-presidente da SBA, foi um dos pales-trantes e não poupou elogios ao evento. “O alto nível das palestras foi o ponto principal do ENAI, o encontro foi muito positivo para os anestesistas baianos. Gostaríamos de parabenizar Dr. Marco Guerra e toda sua equipe pelo sucesso do evento. Quem não foi perdeu, até a JORBA”.

Para o presidente SAEB, Dr. Marco Guerra, mais uma vez o ENAI cumpriu sua missão. “O ENAI atingiu os objetivos para os quais foi criado que é levar atua-lização do conhecimento científico, trocar experiências práticas entre colegas da capital e do interior, promover uma aproximação social e agregar outros profissionais da área de saúde que fazem parte do nosso convívio nos hospi-tais. O entusiasmo dos estudantes de medicina após cada aula foi um estímu-lo a mais para prosseguirmos com o encontro nas cidades que tem cursos de medicina e demais cursos de saúde”, finaliza.

Cinthya Brandão Jornalista DRT/Ba 2.397

Itabuna recebe o 16º ENAI

Dr. Paulo de Tarso, representantes da BBraun e Dr. Marco Guerra.

Dr. Rodrigo Leal ministrando aula.

Dr. Carlos Eduardo Araujo, Dr. Jedson Nascimento, Dr. Paulo Medauar, Dr. Marco Guerra, Dr. José Admirço Lima Filho, Dra. Nina Rosa Brandão, Dr. Márcio Henrique Barbosa, Dr. José Abelardo Meneses e Dr. Hugo Eckener.

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Bahianest setembro 2011 | 11

DICA DE LEITURA

Canoa de Vidro– Poesia e Prosa –

Dr. Nilvano Andrade

O médico e escritor Nilvano Andrade lançou a 2ª edição do livro “Canoa de Vidro”, com CD de poemas interpretados pelo ator Jackson Costa.

O livro “Canoa de Vidro”, publicado pela Con-temp, em 2ª edição, é a quinta publicação do autor e reúne uma coletânea de poemas e tex-tos em prosa, que traduzem o lado sensível e humano do médico. Nesta edição, o livro vem acompanhado com um CD com 25 poemas de-clamados pelo ator Jackson Costa e trilha so-nora de Luciano Bahia.

Dr. Nilvano Andrade é médico otorrinolaringo-logista, formado na Escola Bahiana de Medici-na e Saúde Pública, onde também leciona, che-fia o serviço de Otorrinolaringologia no Hospital Santa Isabel, em Salvador, é o atual Presidente da Academia Brasileira de Rinologia, é biólogo também, e 1º Tenente médico da Marinha.

“Nilvano navega entre dois mundos distintos:

O mundo real da medicina, onde tem que cal-cular, precisar, medir, remediar e até vidas salvar; E o mundo da realidade fantástica da escrita, imaginário, poético, onde busca o auto--conhecimento para nos revelar.

Convida-me para dizer seus versos, dando-me a enorme alegria de, através de sua poesia, também poder me salvar. É nessa Canoa de Vi-dro que seus versos navegam cantantes e cor-tantes, em busca de horizontes, janelas abertas sobre o mar.

Ser doutor é preciso, mais preciso navegar...”

Jackson Costa Ator

“É gratificante constatar que, na Bahia a tradi-ção médico-humanista, médico-literário, médi-co-poeta prossegue firme. Na safra dos atuais médicos-poetas, há lugar para Nilvano Alves de Andrade, otorrinolaringologista que, já vitorio-so em sua carreira, a lhe ocupar quase todo o tempo, ainda acho como se dedicar ao trato da poética.”

Sylvio Lamenha Jornalista, cronista, colunista social, pensador

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ARTIGO CIENTÍFICO

O que pensam eles, os juízes, sobre nós.Num desses dias de ócio, em que nos permitimos momentos de mandriice, estava a navegar por páginas na inter-net, quando me deparei com um texto que comentava sobre responsabilidade civil do médico, citando uma decisão em que era condenado um anestesiologista. O que me chamou a atenção, não o fato de ser um processo contra um aneste-siologista por si - diante da enxurrada de ações contra médicos noticiadas na mí-dia, seria apenas mais uma - mas sim, um dos motivos que levou o julgador a condená-lo: a não realização de teste de sensibilidade em paciente submetido a cirurgia eletiva, sob bloqueio do neu-roeixo, em que o paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória, e sequelas neurológicas graves. Decisão, no mí-nimo, intrigante, frente às recomenda-ções atuais sobre as medicações anes-tésicas, em que não se indicam testes de sensibilidade prévios, tanto por sua baixa correlação com a anafilaxia, bem como, pelo risco semelhante ao de uma exposição durante o ato anestésico.

Tomado por uma curiosidade desen-

freada, fui em busca de tal decisão. Tratava-se de decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), em grau de recurso (Apel. Cível no. 29.966/188). Passando a ler a ementa de tal decisão (uma espécie de resumo jurídico da mesma) – não estava dispo-nível na íntegra a decisão – mais sur-preso fiquei quando identifiquei que a responsabilidade do anestesiologista fora classificada como decorrente de uma obrigação de resultado. Abram--se parênteses aqui.

Apenas como forma de recordação. Sa-bemos que a literatura predominan-te classifica a responsabilidade civil do profissional médico como decorrente de um contrato, fruto de uma obrigação as-sumida pelo profissional, que pode ser classificada em obrigação de meio ou obrigação de resultado. Na obrigação de meio, o objeto do contrato é a própria assistência prestada pelo médico, ele se compromete a aplicar todos os recur-sos disponíveis ao seu alcance e cienti-ficamente aceitos em busca da melhora de seu paciente, devendo agir com pru-

dência, diligência e perícia na condução do ato médico. Já na obrigação de re-sultado, em que se garante a obtenção de um resultado específico, o profissio-nal se compromete a obter determina-do resultado, que se não cumprido, já gera o dever de indenizar independen-te de culpa.

De forma geral, a doutrina entende que para se responsabilizar o médico por erro, deve-se provar que o mesmo agiu com culpa, seja por negligência, impe-rícia ou imprudência. Adota-se a teoria de que o ato médico é uma obrigação de meio, em que o profissional, por exem-plo, não pode garantir que o paciente fi-cará curado, devido a variáveis alheias ao controle do mesmo, como a evolu-ção natural da doença, particularidades clínicas do paciente. O médico garante, sim, que assistirá ao doente da melhor forma possível, lançando mão de todos os meios cientificamente aceitos.

A regra, portanto, é que a responsabi-lidade médica seja de meio. Contudo, para algumas especialidades, como a cirurgia plástica estética, existe o enten-

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dimento de que seja uma obrigação de resultado, em que se promete um re-sultado específico, que, uma vez não al-cançado, já justificaria o anseio indeni-zatório.

Alguns autores tentam caracterizar a responsabilidade do anestesiologista como de resultado, em que ele se com-promete a fazer o paciente dormir e de-pois acordá-lo, sem complicações. Caso não corra assim, já deveria ser respon-sabilizado. Parece-nos uma tentativa de ver a Anestesiologia como ciência exata, independente de variáveis fisiológicas individuais, menosprezando o risco ine-rente a todo e qualquer ato anestésico. Um entendimento mais adequado, ca-racteriza a obrigação do anestesiologis-ta como de meio, na qual a própria as-sistência prestada pelo profissional é o objeto do contrato, comprometendo-se a utilizar todos os recursos disponíveis e cientificamente aceitos na condução do ato anestésico. Fechem-se parênteses.

Voltando à decisão do Tribunal de Justi-ça de Goiás. Entenderam os julgadores que o ato anestésico acarreta uma obri-gação de resultado e, ainda, que o anes-tesiologista incorreu em imperícia e ne-gligência, por não ter realizado o teste de sensibilidade antes do procedimen-to anestésico.

Agora sim, fiquei preocupado. Será que o entendimento do judiciário brasileiro é que o anestesiologista possui uma obri-gação de resultado, pensei. Minha pre-ocupação só não foi maior, porque per-cebi se tratar de uma decisão datada de 1993. Poderia ser uma decisão “ultrapas-sada”. Foi assim que iniciei minha busca sobre a jurisprudência em erro médico relacionado à anestesia, para descobrir o que eles, os juízes, pensam sobre nós.

Iniciemos pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). Pesquisei decisões em grau de recurso na página do TJBA, para tanto, utilizei como palavras cha-ves “erro” e “médico”, resultando em 20 ocorrências. Refinando a pesquisa, as-sociei às palavras chaves “anestesista”, obtendo, apenas uma ocorrência. Per-cebe-se, destarte, que os processos no TJBA contra anestesiologistas repre-sentam 5% dos processos que envol-vem erro médico, isto em grau de re-curso, na segunda instância.

Tratava-se de paciente obesa subme-tida a histerectomia total com exérese de cisto de ovário, sob anestesia peridu-ral contínua, que apresentou bradicar-

dia sinusal, com subseqüente encefalo-patia hipóxica, ficando dependente para todos os atos da vida diária. Alegava-se que o anestesista na tentativa de rever-são química da bradicardia, demorou em garantir uma oxigenação adequada à paciente. Ele foi condenado no CRE-MEB, decisão mantida pelo CFM, basea-do na ausência de registro de oximetria no boletim de anestesia. O CFM ressal-tou que a monitorização mínima seria cardioscopia, oximetria e pressão san-guínea não-invasiva, e, que a ausência da oximetria, posto que não estava re-gistrada, pode ter causado o atraso na detecção da hipoxemia. Essa decisão do CFM teve papel importante na deci-são dos julgadores, que reconheceram a culpa do anestesiologista. Aqui dois aspectos chamam a atenção: a impor-tância que o Judiciário atribui à decisão do Conselho, bem como a necessidade de preocupação com o correto preen-chimento do boletim anestésico. E um alívio sobrevém, o Judiciário baiano en-tende que a responsabilidade do anes-tesista decorre de uma obrigação de meio, com necessidade de comprova-ção de culpa, ao contrário do TJGO.

Neste momento, uma divergência ju-risprudencial se fez aparente, Tribunais de Justiça de dois Estados com deci-sões cujos fundamentos eram diame-tralmente opostos. Uma pesquisa mais ampla era necessária. Fui em busca, portanto, de decisões do Superior Tribu-nal de Justiça – STJ, última instância do Judiciário para apreciação de matéria infraconstitucional, a exemplo da ques-tão sobre a natureza da responsabilida-de civil do médico anestesiologista. Esse entendimento do STJ seria de suma im-portância em nossa peregrinação, posto que as decisões dos Tribunais Estadu-ais são passíveis de serem reformadas, modificadas, caso o afrontem.

Em busca dessas decisões do STJ, ini-ciei nova pesquisa na página da institui-ção na internet. Os critérios de busca fo-ram os mesmos utilizados para o TJBA (nada mais justo): “erro” e “médico” e “anestesista”. Quatro ocorrências fo-ram identificadas, sendo dois recursos oriundos do Rio de Janeiro, um de São Paulo e um de Minas Gerais. Não satis-feito, procurei, ademais, as decisões ori-ginais dos Tribunais Estaduais que mo-tivaram esses recursos.

Sobreveio um alívio temporário. As qua-tro decisões do STJ seguiam o enten-dimento de que a responsabilidade do

profissional anestesiologista é subjetiva, ou seja, é necessária a prova de que o profissional agiu com imperícia, impru-dência ou negligência para que ele seja responsabilizado.

Temerária, entretanto, a forma como fora provada a culpa do anestesiologis-ta nestes processos. Numa dessas de-cisões, um dos fundamentos que levou à condenação do anestesiologista foi a não realização do teste prévio de sensi-bilidade ao anestésico local... Não pen-sem que me refiro a decisão do TJGO, mencionada no início do texto, essa é uma outra decisão, do Tribunal de Jus-tiça de São Paulo. Em outra decisão, o perito, que atuou no processo por deter-minação do juiz, concluiu que a libera-ção do paciente do CRPA foi inadequada, porque inferior a uma hora, vindo o pa-ciente a apresentar complicação após a alta, mesmo com o paciente preenchen-do os critérios de alta do CRPA e em re-gime de internamento hospitalar. Mais uma... Outro perito concluiu que afas-tadas as causas cirúrgicas, a culpa por uma parada cardiorrespiratória só po-deria ser atribuída ao anestesiologista (inovando, criando uma espécie de culpa por exclusão – já que a culpa não foi do cirurgião, foi do anestesiologista). São decisões que merecem ser comenta-das, mas me permitam deixar para uma próxima oportunidade, por fugirem em parte ao tema proposto.

Permitam-me encerrar o presente, com os sábios dizeres do ilustre Ministro João Otávio de Noronha do Superior Tri-bunal de Justiça: “a ciência médica não é exata, constituindo obrigação de meio e não de resultado. O médico trata de pessoas, cada qual um universo distin-to, capaz de influir no resultado busca-do. Ademais, reações orgânicas não são previsíveis, de forma que nem todo re-sultado infeliz advindo de uma cirurgia pode ser atribuído a erro médico”. Não se tem de achar um culpado sempre, pois pode ser que não haja um.

Autor: Rogério Jorge Frey Figueiredo. CRM/Ba 17.878. Advogado e Médico em Especialização do 2º Ano em Anestesiologia da Santa Casa de Mise-ricórdia da Bahia.

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A SBA sempre procurou priorizar a qualidade da formação dos seus membros e, por isto, o investimen-to que faz nos seus centros forma-dores é muito grande. Além de ter uma comissão específica para este fim, no caso a Comissão de Ensino e Treinamento, existe todo um regu-lamento voltado para a boa conduta e excelência na formação do aspi-rante para que ele venha a se tornar um profissional qualificado e que valorize a vida associativa se tor-nando sócio ativo da SBA.

Praticamente nenhuma outra socie-dade de especialidade investe tanto na formação dos aspirantes quanto a SBA e este investimento traz mui-tos benefícios, não só para o aspi-rante que consegue uma melhor qualificação ética e profissional, mas também para a própria SBA que consegue valorizar a vida asso-ciativa em uma especialidade que tem como base a organização cole-tiva e atividades em grupo para po-der conseguir respeito e valorização profissional.

A prova de que a SBA está no ca-minho certo é que ela mantém um crescimento anual sustentado no número de sócios e os médicos que desejam exercer a especialida-de sempre preferem cursar a pós--graduação nos centros de ensino vinculados a SBA, pois sabem que além de uma melhor formação, te-rão maior valorização no mercado de trabalho.

Observando o regulamento dos Cen-tros de Ensino e Treinamento, em seu Capítulo I, artigo 2º- “Será con-cedida credencial ao Serviço, Seção, Departamento e Disciplina, que: I- Estiver adequadamente organizado, tanto em suas condições técnicas quanto em seu quadro pessoal, de maneira a oferecer ensino de me-lhor padrão” para que uma institui-ção requeira credenciamento para se tornar CET é necessário o cum-primento de uma série de requisi-tos e um dos mais importantes é o que regulamenta a necessidade do

Título Superior em Anestesiologia: Artigo 2º- IV- “Tiver em seu corpo clínico Anestesiologistas portado-res do TSA em número nunca infe-rior a três, que devem participar ati-vamente do ensino teórico e prático e não fazer parte de outro CET”. Isto valoriza o instrutor e o próprio ser-viço educacional, pois para se obter este título é necessário muito estu-do e dedicação pelo alto grau de co-nhecimento exigido pelo exame.

Existe uma crescente pressão po-lítica para abertura de novas vagas de residência médica em aneste-siologia, mas para que esta pres-são se transforme em maior nú-mero de anestesistas qualificados é necessário um maior investimen-to na área hospitalar e na formação de novos instrutores para que es-tes centros possam ser credencia-dos pela SBA. Infelizmente o MEC e a CNRM não tem o mesmo grau de exigência, o que provoca a criação de centros formadores sem a qua-lificação necessária e gera um pen-samento errôneo de que a SBA pro-move uma reserva de mercado, e que na realidade seria uma reserva de qualidade.

Para que possam ser aceitos no seu quadro como especialistas, os anestesistas precisam ser forma-dos em centros de ensino creden-ciados pela SBA ou senão deverão se filiar como sócios adjuntos e pos-teriormente, se quiserem se tornar especialistas precisarão fazer uma prova para obtenção do título. É preciso lembrar que segundo a re-solução nº 1634/2002 do CFM no seu artigo nº 4: “O médico só pode de-clarar vinculação com especialida-de ou área de atuação quando for possuidor do título ou certificado a ele correspondente, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina”. Portanto o aspirante não deve exercer a especialidade antes de estar devidamente registrado no Conselho Regional. Além disto, no regulamento dos CETs em seu ca-pítulo VIII, artigo 33- “É vedado ao ME, tanto no Hospital sede quan-

Cet´s - Centros de Ensino e Treinamento

“Existe uma crescente pressão política para abertura

de novas vagas de residência médica em anestesiologia, mas para que esta pressão se transforme em maior número de anestesistas qualificados é necessário um maior investimento na área hospitalar e na formação de novos instrutores para que estes centros possam ser credenciados pela SBA.

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to no(s) afiliado(s), praticar aneste-sia sem a supervisão direta de um Anestesiologista”. Isto visa preser-var o aspirante que já possui uma grande carga horária semanal, para que ele possa ter uma melhor de-dicação com melhor aprendizado. Claro que cada aspirante tem a sua história e condições sócio-econômi-cas, mas ao aceitar fazer parte de um CET-SBA ele se compromete a seguir as suas regras e, portanto pode ser cobrado pelas suas atitu-des e escolhas.

A Bahia é hoje um dos maiores cen-tros formadores de especialistas em anestesiologia do Brasil, todos os anos pessoas não só daqui, mas de outros estados procuram fazer par-te de um dos nossos CETs. A tradição e a boa posição no ranking da SBA

precisam ser mantidos e, para isto, é fundamental que os critérios exigidos para a abertura e manutenção destes centros sejam devidamente fiscaliza-dos, não só pela SAEB, mas também pela CEREM que é o órgão regulador estatal dos programas de residên-cia médica e que deve andar de mãos dadas com as sociedade de especia-lidade, pois só assim continuaremos mantendo a boa tradição formado-ra de anestesistas qualificados que a Bahia possui.

Atualmente existem cinco CETs na Bahia: HUPES, HSA, HSR, HSI e HCRS, todos devidamente creden-ciados pela SBA e formando cerca de 30 novos especialistas por ano. É um número que cresceu mais de setenta por cento nos últimos qua-tro anos e que ainda suscita dúvidas

sobre se está hiper dimensionado ou não em relação a nossa situação hospitalar no estado, pois a primei-ra turma com mais de trinta aspi-rantes foi formada apenas este ano e precisamos esperar mais algum tempo para podermos visualizar com mais precisão como o merca-do vai se comportar com a entra-da destes novos profissionais. De qualquer forma a SAEB está aten-ta a todo o dinamismo que envolve a formação dos residentes e não se furtará em exercer o seu papel de aprimorar o conhecimento científi-co e defender os interesses da es-pecialidade.

Dr. Ricardo Almeida de Azevedo Secretário-geral da SBA

CRM-Ba 9.921

CET HOSPITAL PROF. EDGARD SANTOSHospital Sede: Hospital das ClínicasResponsável: Dr. Luciano Santos GarridoRua Júlio Rodrigues 07 C. Jd. Calif. PituaçuSalvador – BahiaCEP. 41.650-09Telefone: (71) 3339-6215E-mail: [email protected]

CET HOSPITAL SÃO RAFAELHospital Sede: Hospital São RafaelResponsável: Dr. Luiz Alberto Vicente TeixeiraAv. São Rafael 2152Salvador – BahiaCEP. 41.256-900Telefone: (71) 3399-6290E-mail: [email protected]

CET SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIAHospital Sede: Hospital Santa IzabelResponsável: Jedson dos Santos NascimentoPraça Cons.Almeida Couto, 500Salvador - BahiaCEP. 40.050-410Telefones: (71) 3241-6255 / 2203-8257 / 8257

CET DA OBRAS SOCIAIS IRMÃ DULCEHospital Sede: Hospital Santo AntônioResponsável: Dra. Vera Lúcia Fernandes AzevedoAv. Bonfim, 161Salvador – BahiaCEP. 40.420-000Telefones: (71) 3310-1251 / 1280 | Fax: (71) 3310-1123E-mail: [email protected]

CET HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOSHospital Sede: Hospital Geral Roberto SantosResponsável: Dr. Ricardo Almeida de AzevedoRua Silveira Martins, 4000Salvador – BahiaCEP. 41152-010Telefone: (71) 3372-2999E-mail: [email protected]

Centros de Ensino e Treinamento da SBALista dos Centros de Ensino credenciados pela SBA para especialização em Anestesiologia Regional Bahia.

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O PIS e a COFINS são tributos de competência federal, instituídos pe-las Leis Complementares nº 07/70 e 70/91, respectivamente, que incidem sobre o faturamento das pessoas ju-rídicas.

Até 2001, por força do art. 6º, I da LC nº 70/1991, as cooperativas eram isen-tas do pagamento do PIS e da COFINS. Todavia, com a edição da Medida Pro-visória nº 2158-35, de 24.8.2001 esses dispositivos foram revogados o que, em tese, autorizaria a cobrança do PIS e COFINS sobre o “faturamento” das cooperativas.

Surgiram, pois, os seguintes questio-namentos: a) poderia uma lei ordiná-ria (Medida Provisória nº 2158-35, de 24.8.2001) revogar isenção instituí-da em Lei Complementar (70/1991)?; b) Existe faturamento (base de cál-culo do PIS e da COFINS) numa coo-perativa de trabalho? c) Se existe fa-turamento, considerar-se-ia como tal o total dos ingressos decorrentes dos atos cooperativos praticados pe-los cooperados ou das contribuições mensais dos cooperados para a ma-nutenção da cooperativa?

Decorreu daí uma enxurrada de ações propostas pelas cooperativas visando a declaração de inconstitucionalida-de da Medida Provisória 2158-35/2001 que revogou a isenção concedida pelo art. 6º, I da LC nº 70/1991 e a decla-ração da inexistência de faturamento nas cooperativas de trabalho, quando realizam atos cooperados, cujos in-gressos são repassados aos coope-rados na proporção da sua produção.

Julgadas as primeiras ações, os tri-bunais firmaram entendimento no sentido de que não há qualquer irre-gularidade na revogação da isenção conferida pelo art. 6ª, I da Lei Com-plementar nº 70/91.

Todavia, no que tange à inexistência de faturamento nas cooperativas, o STJ (Superior Tribunl de justiça) con-cluiu que ao serem distribuídos pro-porcionalmente à produção de cada

cooperado, os ingressos não são in-corporados de forma definitiva ao pa-trimônio da cooperativa, não podendo, assim, ser considerado como receita bruta ou faturamento. Consequente-mente, inexiste base de cálculo do PIS e da COFINS sobre tais valores.

Atualmente, a maioria dessas ações encontra-se no STF (Supremo Tribu-nal Federal), pendentes de julgamen-to de Recursos extraordinários inter-postos pela União, ou sobrestadas (aguardando julgamento final do lea-ding case).

No caso específico da COOPANEST--BA, assim como ocorreu com diver-sas outras cooperativas, entendendo que o PIS e a COFINS não poderiam in-cidir sobre o total dos ingressos, mas, no máximo, sobre o total das contri-buições mensais dos cooperados para a manutenção da cooperativa (taxa de administração), após impetrar o man-dado de segurança competente, pas-sou a pagar o PIS e depositar em juízo a COFINS, considerando como base de cálculo, o total das contribuições mensais dos cooperados.

Ocorre que, em 2010, após fiscaliza-ção realizada, a Secretaria da Recei-ta Federal lavrou um auto de infração contra a COOPANEST-BA, exigindo a diferença de PIS e COFINS, conside-rando como base de cálculo o total dos ingressos da cooperativa no exer-cício de 2006.

Desde então, como a matéria ainda não foi definitivamente julgada pelo STF e visando evitar a incidência de multas e juros sobre tais valores em caso de insucesso da ação proposta, a Diretoria da COOPANEST-BA, aco-lhendo orientação da assessoria jurí-dica, passou a reter dos cooperados, para deposito integral em juízo, o PIS e a COFINS, considerando como base de cálculo o total dos ingressos da co-operativa. Com isso, em caso de insu-cesso da tese sub judice, evita-se a in-cidência de multas e juros sobre tais valores, que poderiam comprometer a continuidade da COOPANEST-BA, va-lendo o depósito como pagamento do crédito tributário. Por outro lado, em caso de sucesso, o valor depositado será levantado pela COOPANEST-BA e devolvido aos cooperados propor-cionalmente às retenções sofridas.

Em suma, muito embora as perspec-tivas sejam boas para as cooperativas, o princípio da prudência impõe aos gestores a necessidade de reter dos cooperados, até o julgamento final do STF, o PIS e a COFINS sobre o total dos ingressos da cooperativa, garan-tindo a solvabilidade da cooperativa, em caso de insucesso.

Dr. Adriano Argones Advogado e Consultor Jurídico da

COOPANEST-BA

O PIS E A COFINS DA COOPANEST-BA

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Em assembleia, na noite de segunda-feira (05/09), os médicos baianos decidiram am-pliar a paralisação programada para o dia 21 de setembro de 2011. Será suspenso por uma semana o atendimento eletivo aos usuários de dez planos de saúde, do dia 21 a 27 de se-tembro.

Os critérios para escolha do foco da pa-ralisação na Bahia foram três. Primeiro os planos que não negociam com a Co-missão Estadual de Honorários Médicos (CEHM): Amil, Medial, Hapvida, Norclíni-cas/Intermédica e Life Empresarial; em seguida, os planos que não cumprem o acordo que foi assinado com a Unidas (União Nacional das Instituições de Au-togestão em Saúde) em 21 de julho: Geap, Cassi, Petrobrás; e por fim, os planos que insistem em apresentar propostas irrisó-rias: Golden Cross e Promédica.

“Foi uma assembleia com boa frequência em termos qualitativos e bastante partici-pativa. Compareceram diversos represen-tantes de sociedades de especialidades mé-dicas e a categoria se mostrou mobilizada. Houve um sentimento forte de indignação com a possibilidade de descumprimento do

acordo feito com a Uni-das e com as propostas irrisórias de outras ope-radoras”, avaliou o con-selheiro do Cremeb, Luiz Augusto Vasconcelos, que acompanhou toda a discussão.

Ao final da paralisação (27 de setembro), os mé-dicos farão nova assem-bleia para um balanço do movimento, quando também definirão as novas ações para fazer com que os planos valo-rizem o trabalho médico e a população que é atendida através dos convênios. Ações na Justiça também serão movidas contra os planos que não negociam e que já foram notificados judicialmente.

Os médicos estão mobilizados em nível nacional na luta por melhores honorários.

Desrespeito ao acordo UnidasA CEHM vai entrar imediatamente com a ação de cumprimento de acordo, com pe-

dido de liminar, para a Geap, Cassi e Pe-trobrás. Fará também reunião com Mi-nistério Público e Procon, dando ciência sobre a posição desses planos em des-cumprir o acordo com a Unidas, atitu-de que pode trazer sérias consequências para os usuários.

Na assembleia, a Comissão de Honorários informou que a situação desses planos já foi comunicada aos conselhos de usuários da Cassi, Petrobrás e Geap, bem como aos sindicatos dos Bancários e Petroleiros.

Médicos decidem em assembleia por mais uma paralisação na Bahia

Veja programação do dia:

10h - Coletiva de imprensa. 11h - Debate: Mercantilização da saúde. 12h - Acarajé com arte: exposição de charges, cordéis e outros trabalhos de médicos sobre o tema medicina huma-nizada. 13h - Com este honorário, só rindo! Per-

formance dos Terapeutas do Riso. 14h - Paralisação de repente: apresenta-ção de repentistas. 15h - Médico com arte: apresentação mu-sical. 16h - CBHPM bota a banda na rua: cami-nhada musical até a nova Praça de On-dina. Encerramento com manifestação na nova

Praça de Ondina.

As entidades médicas (ABM, Cremeb e Sindimed) convidam os acadêmicos de medicina e os residentes a participarem de todas as atividades de mobilização da classe médica.

Fonte: CREMEB, ABM e SINDIMED

21 de setembro. Paralisação Nacional dos médicos

Foto: CREMEB

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18 | Bahianest setembro 2011

Agenda do Presidente

MAIO 8º COPA - Congresso Paulista de Anes-tesiologia

26 a 29 de maio de 2011 São Paulo - SP

JUNHO45ª JASB - Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro

23 a 25 de junho de 2011 Belo Horizonte - MG

JULHOIX Jalagipe - Jornada de Anestesiologia de Alagoas e Sergipe

29 e 30 de julho de 2011 Aracaju - Se

AGOSTO 42ª JABC - Jornada de Anestesiologia do Brasil-Central

25 a 27 de agosto de 2011 Campo Grande - MS

Dr. Jedson Nascimento, Dr. Roque Aras, Dra. Tatiana Aguiar e Dr. Leonardo Canedo

A solenidade de posse da nova dire-toria da Comissão Estadual de Resi-dência Médica (CEREM/Bahia) acon-teceu dia 4 de agosto, às 18h, na sede da Associação Bahiana de Medicina (ABM). Além de médicos, residentes e familiares, participaram do even-to presidentes de entidades médi-cas. A mesa foi composta pelo pre-sidente CEREM/Bahia em exercício, Dr. Álvaro Nonato, a atual secretá-ria do CEREM/Bahia, Dra. Maria Er-mecília, o diretor da Rede Própria da Secretaria da Saúde do Estado (SE-SAB), Dr. Paulo Barbosa, o presiden-te da Sociedade de Anestesiologia da Bahia (SAEB), Dr. Marco Guerra e a Diretoria da Escola Estadual de Saú-

de Pública Professor Francisco Pei-xoto de Magalhães Neto (EESP), Dra. Verônica Vieira.

A ginecologista e obstetra Dra. Ta-tiana Aguiar foi empossada como presidente da entidade, a vice-pre-sidência ficará a cargo do cirurgião Dr. Leonardo Canedo, Dr. Roque Aras, cardiologista, foi eleito tesou-reiro e o Dr. Jedson Nascimento é o novo secretário e primeiro médico anestesiologista a fazer parte da di-retoria do CEREM/Bahia.

Dr. Jedson reconhece a importância de ocupar tal cargo, principalmente por representar uma especialidade muito bem articulada, concisa que preza pela exímia qualificação e for-mação dos seus profissionais. “Ser o primeiro anestesiologista a fazer parte da diretoria do CEREM/Bahia, seguramente, implica numa respon-sabilidade ainda maior. É imprescin-dível criar uma adequação das vagas de residência à demanda da popula-ção e do mercado, avaliando sem-pre a qualidade de formação des-ses profissionais. Esse, com certeza, será mais um grande desafio assu-mido”, ressalta.

CEREM/Bahia tem pela primeira vez um anestesiologista na diretoria

Dr. Marco Guerra, Dra. Maria Ermecília, Dr. Paulo Barbosa, Dr. Álvaro Nonato e Dra. Verônica Vieira.

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