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1. O Conceito do Turismo 1.1. Noção de Turismo 1.2. Classificações do Turismo 1.3. Tipos de Turismo 2. Evolução Histórica do Turismo 3. O Turismo em Portugal 4. O Turismo numa Perspetiva Sistémica 4.1. Fatores Socioculturais e Políticos 4.2. Componentes de um Sistema Turístico 4.3. Os Recursos Turísticos 4.4. O Turista 5. Turismo e Desenvolvimento 5.1. Desenvolvimentos e Sustentabilidade 6. Indicadores da Atividade Turística 6.1. Oferta e Procura Módulo 1 - Conceitos e Fundamentos do Turismo

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Page 1: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

1. O Conceito do Turismo 1.1. Noção de Turismo 1.2. Classificações do Turismo 1.3. Tipos de Turismo

2. Evolução Histórica do Turismo

3. O Turismo em Portugal

4. O Turismo numa Perspetiva Sistémica 4.1. Fatores Socioculturais e Políticos 4.2. Componentes de um Sistema Turístico 4.3. Os Recursos Turísticos 4.4. O Turista

5. Turismo e Desenvolvimento 5.1. Desenvolvimentos e Sustentabilidade

6. Indicadores da Atividade Turística 6.1. Oferta e Procura

Módulo 1 - Conceitos e Fundamentos do Turismo

Page 2: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

1. O Conceito do Turismo 1.1. Noção de Turismo

é o conjunto das relações e fenómenos originados pela deslocação e permanência de pessoas fora do seu local habitual de residência, desde que tais deslocações e permanências não sejam utilizadas para o exercício de uma atividade lucrativa principal, permanente ou temporária

Turismo:

• é um conjunto de relações e fenómenos; • Exige a deslocação da residência habitual: • Não pode ser utilizada para o exercício de uma atividade lucrativa principal.

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Em 1991, a Organização Mundial de Turismo apresentou uma nova definição entendendo que:

«o turismo compreende as atividades desenvolvidas por pessoas ao longo de viagens e estadas em locais situados fora do seu enquadramento habitual por um período consecutivo que não ultrapasse um ano, para fins recreativos, de negócios e outros».

A expressão «enquadramento habitual», em substituição da residência habitual, foi introduzida para excluir do conceito de visitante as pessoas que todos os dias se deslocam entre a sua casa e o local de trabalho ou de estudo bem como as deslocações efetuadas no seio da comunidade local com carácter rotineiro.

Page 4: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

Mais completa e correta nos parece a definição de Mathieson e Wall que consideram que:

«o turismo é o movimento temporário de pessoas para destinos fora dos seus locais normais de trabalho e de residência, as atividades desenvolvidas durante a sua permanência nesses destinos e as facilidades criadas para satisfazer as suas necessidades».

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Conclusão: todas as atividades económicas, culturais e recreativas que, embora se possam inscrever na categoria das turísticas por prestarem o mesmo serviço, sejam predominantemente destinadas à utilização dos residentes ou das pessoas que se desloquem para o local onde se situam para aí exercerem uma profissão, não podem ser classificadas como turísticas.

Assim, um restaurante de Lisboa, embora seja, em tudo, idêntico ao de um centro turístico, só poderá ser considerado como turístico desde que seja predominantemente frequentado por visitantes. Também não é turístico um campo de golfe reservado aos sócios de um clube local ou um campo de ténis que serve um aglomerado residencial e é reservado aos utentes desse aglomerado

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a) A origem dos visitantes

b) As repercussões na balança de pagamentos

c) A duração da permanência

d) A natureza dos meios utilizados

e) O grau de liberdade administrativa

f) A organização da viagem

1.2. Classificações do Turismo

Page 7: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

Atendendo ao facto de se atravessar ou não uma fronteira o turismo subdividir-se-á, de acordo com as classificações metodológicas adotadas pela OMT e pelo Eurostat, em:

• Turismo doméstico ou interno que resulta das deslocações dos residentes de um país, quer tenham a nacionalidade ou não desse país, viajando apenas dentro do próprio país;

• Turismo recetor (inbound tourism) que abrange as visitas a um país por não residentes;

• Turismo emissor (outbound tourism) que resulta das visitas de residentes de um país a outro ou outros países.  

a) Segundo a origem dos visitantes

Page 8: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

• Turismo interior - abrange o turismo realizado dentro das fronteiras de um país e compreende o turismo doméstico e o recetor;

• Turismo nacional que se refere aos movimentos dos residentes de um dado país e compreende o turismo doméstico e o turismo emissor;

• Turismo internacional que, por abranger unicamente as deslocações que obrigam a atravessar uma fronteira, consiste no turismo recetor adicionado do emissor.

Estas três formas básicas podem ser combinadas de vários modos, resultando dessas combinações as seguintes categorias de turismo:

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Classificações metodológicas adotadas pela

OMT e pelo Eurostat:

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Nota final:

Quando se fala em turismo, normalmente evidencia-se o turismo internacional.

O facto é que os movimentos turísticos no interior de cada país são de dimensão superior aos fluxos internacionais.

Na atualidade, estima-se que o turismo internacional pouco ultrapasse as mil milhões de chegadas de estrangeiros aos países de todo o mundo enquanto o turismo no interior de cada país ultrapassa as 6.000 milhões de chegadas, ou seja, 6 vezes mais.

No entanto é geralmente dada maior importância ao turismo internacional , pelos diferentes efeitos económicos que provoca.

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Balança de pagamentos é um instrumento da contabilidade nacional referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo. Ele registra o total de dinheiro que entra e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro, bem como transferências comerciais. 

Entrada de visitantes estrageiros Ativo (entrada de divisas)

Saída de residentes Passivo (saída de divisas)

b) Segundo a balança de pagamentos

Page 12: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

Turismo de passagem - efetuado apenas pelo período de tempo necessário para se alcançar uma outra localidade ou país objetivo da viagem, isto é, o destino final.

Turismo de permanência - realizado numa localidade ou num país, objetivo da viagem, por um período de tempo variável que, porém, exigirá, pelo menos, uma dormida.

c) Segundo a duração da permanência

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Tempo de Permanência depende:

• Objetivos da viagem

• Condições existentes e características do local visitado (condições naturais, investimentos realizados, capacidade criativa,...)

• País de origem;

• Duração das férias;

• Motivações.

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A capacidade de retenção de uma região depende de múltiplos fatores locais ligados a: - Condições naturais existentes (paisagem, praias, termas, neve),

- Investimentos realizados (infraestruturas, alojamento, diversões, parques de atracão)

- Capacidade criativa (manifestações culturais, informações sobre a região, organização de atividades para ocupação de tempos livres).

Algumas regiões portuguesas, embora disponham de condições naturais suscetíveis de reterem os visitantes e apesar de serem atravessadas por importantes correntes turísticas, continuam a ser meras zonas de passagem por não terem equipamentos adequados nem revelado capacidade para criarem condições mínimas de retenção. O Reino Unido, com três vezes menos visitantes do que a Espanha, obtém uma receita proporcionalmente superior, o mesmo se verificando na comparação entre Portugal e a Irlanda.

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Vias utilizadas: ● terrestre ● náutico ● aéreo

Meios utilizados: ● por caminho-de-ferro ● por barco● por ar ● por automóvel

d) Segundo a natureza dos meios utilizados

Com a perda da importância relativa dos dois primeiros meios de transporte, a maior parte dos turistas desloca-se, ou por via aérea, ou por automóvel, embora em relação aos países que possuem fronteiras terrestres importantes, como Portugal, e no turismo interno, continue a dominar o turismo automóvel.

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Segundo as regulamentações existentes nos países, que limitem a liberdade das deslocações de turistas ou lhes concedam inteira liberdade de movimentos.

Turismo dirigido

Turismo livre

Os países emissores podem limitar as saídas dos seus nacionais por vários meios:

● limitações na aquisição de divisas; ● lançamento de impostos; ● obrigação de do depósito de uma certa quantia de dinheiro, à saída; ● obrigação de vistos; ● restrições na concessão de passaportes.

e) Segundo o grau de liberdade administrativa

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Os países recetores limitam, sobretudo por razões políticas, as entradas de estrangeiros ou as suas deslocações no interior do país.

A ex-União Soviética exigia visto de entrada com indicação precisa das cidades de permanência, há países que impedem as visitas a certas localidades e, outros, que condicionam a passagem de visto, outras vezes, não permitem a entrada de nacionais de países com os quais não mantêm relações diplomáticas (caso de Portugal em relação aos indonésios por causa de Timor).

No entanto, pelo reconhecimento da importância do turismo para a economia de cada país e pelo facto de os turistas se revelarem extremamente sensíveis a todo o tipo de limitações, assiste-se a um abrandamento dos condicionamentos às deslocações turísticas.

Page 18: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

Turismo Individual: Quando uma pessoa ou um grupo de pessoas parte para uma viagem cujo programa é por elas próprias fixado, podendo modificá-lo livremente, com ou sem intervenção de uma agência de viagens.

Turismo Coletivo ou de Grupo (turismo organizado ou package tour):quando um operador de viagens ou uma agência oferece a qualquer pessoa, contra o pagamento de uma importância que cobre a totalidade do programa oferecido, a participação numa viagem para um determinado destino segundo um programa previamente fixado para todo o grupo.  Estas viagens podem também ser organizadas por associações sem fim lucrativo, clubes, organizações profissionais ou sindicais ou mesmo por empresas, mas unicamente para os seus membros.

f) Segundo a organização da viagem

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Turismo Coletivo ou de Grupo

São elementos deste tipo de viagem: · a organização prévia; · oferta de um conjunto de prestações · preço fixo.

  As componentes da viagem podem integrar:

· um destino; · meio de transporte; · alojamento bem como o modo de acompanhamento. · viagem de ida e volta; · transferências dos pontos de chegada para o respetivo meio de alojamento e vice-versa; · alojamento; · alimentação; · distrações e ocupação dos tempos livres; · seguros; · outras prestações particulares.

 

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a) Turismo de recreio

b) Turismo de repouso

c) Turismo cultural

d) Turismo desportivo

e) Turismo de negócios

f) Turismo político

g) Turismo de saúde

h) Turismo religioso

i) Turismo étnico

1.2. Tipos de Turismo

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Este tipo de turismo é praticado pelas pessoas que viajam para «mudar de ares», por curiosidade, ver coisas novas, disfrutar de belas paisagens, das distrações que oferecem as grandes cidades ou os grandes centros turísticos.

Algumas pessoas encontram prazer em viajar pelo simples prazer de mudar de lugar, outras por espírito de imitação e de se imporem socialmente.

Este tipo de turismo é particularmente heterogéneo porque a simples noção de prazer muda conforme os gostos, o carácter, o temperamento ou o meio em que cada um vive.

a) Turismo de recreio

Page 22: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

A deslocação dos viajantes incluídos neste grupo é originada pelo facto de pretenderem obter um relaxamento físico e mental, de obterem um benefício para a saúde ou de recuperarem fisicamente dos desgastes provocados pelo «stress», ou pelos desequilíbrios psicofisiológicos provocados pela agitação da vida moderna, ou pela intensidade do trabalho.

Para eles, o turismo surge como um fator de recuperação física e mental e procuram, por via de regra, os locais calmos, o contacto com a natureza, as estâncias termais ou os locais onde tenham acesso à prestação de cuidados físicos.

b) Turismo de repouso

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As viagens das pessoas incluídas neste grupo são provocadas pelo desejo de ver coisas novas, de aumentar os conhecimentos, de conhecer as particularidades e os hábitos doutras populações, de conhecer civilizações e culturas diferentes, de participar em manifestações artísticas ou, ainda, por motivos religiosos.

Os centros culturais, os grandes museus, os locais onde se desenvolveram no passado as grandes civilização do mundo, os monumentos, os grandes centros de peregrinação ou os fenómenos naturais ou geográficos constituem a preferência destes turistas.

Incluem-se neste grupo as viagens de estudo, bem como as realizadas para aprender línguas.

c) Turismo Cultural

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Desporto passivo - o objetivo da viagem é o de assistir às manifestações desportivas como os jogos olímpicos, os campeonatos de futebol, os jogos de inverno;

Desporto Ativo - o objetivo centra-se nas práticas de atividades desportivas como a caça, a pesca, os desportos náuticos, o alpinismo, o ski, o ténis, o golfe, etc.

d) Turismo Desportivo

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Deslocações organizadas pelas empresas para os seus colaboradores, quer como prémio, quer para participarem em reuniões de contacto com outros que trabalham em locais ou países diferentes: as chamadas «viagens de incentivo».

Implica a existência de equipamentos e serviços adequados, tais como salas de reuniões, centros de congressos, espaços para exposições e facilidades de contactos internacionais. .

e) Turismo de Negócios

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Viagens de Negócios Individuais

Congressos e Convenções

Feiras, Exposições e Salões Especializados

Seminários e Reuniões de Empresa

Conferências e Colóquios

Incentivos e Workshops. .

e) Turismo de Negócios

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  Grande rentabilidade - os seus participantes são geralmente membros de classes sociais mais favorecidas;   Distribuição ao longo do ano - permite combater a sazonalidade, porque as deslocações ocorrem fora da época alta do turismo de lazer, permitindo manter ocupados os vários serviços turísticos, ao longo do ano.

O impacto ambiental das viagens de negócios é menos reduzido, de uma maneira geral do que o provocado por outros tipos de deslocações. Os seus participantes, embora visitem a região, para fazer compras, para a conhecer ou para se divertirem, passam a maior parte do tempo em salas de reuniões.

Vantagens do Turismo de Negócios para o país de acolhimento:

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A participação em acontecimentos ou reuniões políticas provocam uma significativa movimentação esporádica ou regular de pessoas .. Esporádicas – exemplos: as comemorações dos 200 anos da Revolução Francesa, em Paris, os funerais do Imperador do Japão, casamento do príncipe William de Inglaterra;

Regulares - exemplos: reuniões da União Europeia em Bruxelas, ou pelo Parlamento Europeu em Estrasburgo.

Tem características e efeitos semelhantes ao turismo de negócios e exige ainda condições idênticas, necessariamente acrescidas de uma organização mais cuidada por razões diplomáticas e de segurança.  

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f) Turismo Político

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A permanência, durante um certo período de tempo, nas termas, oferece a imagem tranquilizadora de cuidados sérios com a saúde. O aparecimento de novos produtos designados “Fitness” ou “Manter a Forma”, complementam os tradicionais produtos para este tipo de clientes que desejam encontrar o equilíbrio mais intensivo, uma vez que engloba aspetos físicos, psicológicos e sociológicos. Trata-se de um bem estar que se liga a sentimentos de reequilíbrio e de vitalidade.

g) Turismo de Saúde

Termalismo

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Este novo produto resulta de:  Um recurso cada vez maior a tratamentos de saúde múltiplos, incluindo a homoterapia e outros medicamentos naturais;   A recusa da erosão do corpo. O envelhecimento é retardado o mais possível;   A duração das férias que tendem a ser mais frequentes, por menos tempo e a preço pouco elevado;

Crescimento da população urbana e a sua vida desgastante.  

g) Turismo de SaúdeTermalismo

Page 31: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

É a exploração, com fins terapêuticos das virtudes combinadas da água do mar, do clima, e da atmosfera marítimas.

Os centros de talassoterapia atraem cada vez mais clientes, quer por motivos de saúde (curativos ou preventivos), quer para consumo de produtos “manter a forma”.

Neste sector do Turismo de Saúde é uma espécie de porta estandarte. Quais as razões dos eu sucesso?

A água do mar, acima de tudo, mas também a imagem de luxo, a tecnicidade das instalações, a duração e os conteúdos dos produtos propostos, os cuidados, a necessidade de recuperar do stress do dia a dia, sem esquecer os meios de comunicação social que lhe imprime um carácter idílico, acentuando este aspeto do sonho.

g) Turismo de SaúdeTalassoterapia

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De forma a simplificar podemos afirmar que existem duas grandes correntes religiosas:

As religiões para as quais a peregrinação faz parte integrante da prática religiosa (católicos, muçulmanos e budistas).

As religiões para as quais a peregrinação não existe mas cujos crentes, praticam pelo menos uma forma de turismo ligada à religião - os Judeus e os Protestantes visitam locais que guardam as marcas dos seus correligionários: lugares de memória que são em geral, lugares de peregrinação.  

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h) Turismo Religioso

Page 33: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

O Turismo religioso tem normalmente três tipos de abordagem:

A abordagem espiritual - o turismo é um meio do indivíduo se aproximar de DEUS. O participante encara a peregrinação como parte integrante da sua prática religiosa.

A abordagem sociológica - o turismo religioso é um meio para o crente conhecer melhor a história do grupo a que pertence.

A abordagem cultural - a visita a lugares de culto e a santuários é um modo do indivíduo, crente ou não, compreender as religiões, que influenciam as nossas sociedades, no plano histórico, sociológico e simbólico.

h) Turismo Religioso

Page 34: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

Tipologia dos turistas em meio religioso: O Peregrino - que se situa completamente fora do turismo, para viver uma experiência totalmente religiosa, mesmo transcendente; O Praticante Tradicionalista - que é, em regra, um visitante que viaja em grupo, acompanhado pela família, com guia ou assistente espiritual;

O Praticante Liberal - que tem como objetivo estimular a sua espiritualidade, relembrar os mistérios da salvação e a procura da santidade;

O Apreciador de Arte e Cultura - que encara a sua experiência apenas do ponto de vista das ciências sociais.  

 

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h) Turismo Religioso

Page 35: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

O Catolicismo A Igreja Católica é muito estruturada, tendo por base uma organização territorial: diocese com um conjunto do “Povo de Deus” sob a responsabilidade de um Bispo

Os serviços e os movimentos têm em conta diversos aspetos da vida humana (do território da diocese).

A Pastoral do Turismo e do Lazer é um organismo oficial ao serviço da igreja encarregada do Turismo e Lazer”. O acolhimento nas Igrejas é um dos seus principais objetivos”. Procura também, a formação e coesão dos cristãos implicados no Mundo do Turismo e dos Tempos Livres - criação de ligações que lhes permita partilhar experiências por sectores (guias, agentes de viagens, hospedeiras, jornalistas, postos de turismo, ...)

 

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h) Turismo Religioso

Page 36: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

O Catolicismo A Igreja Católica é muito estruturada, tendo por base uma organização territorial: diocese com um conjunto do “Povo de Deus” sob a responsabilidade de um Bispo

Os serviços e os movimentos têm em conta diversos aspetos da vida humana (do território da diocese).

A Pastoral do Turismo e do Lazer é um organismo oficial ao serviço da igreja encarregada do Turismo e Lazer”. O acolhimento nas Igrejas é um dos seus principais objetivos”. Procura também, a formação e coesão dos cristãos implicados no Mundo do Turismo e dos Tempos Livres - criação de ligações que lhes permita partilhar experiências por sectores (guias, agentes de viagens, hospedeiras, jornalistas, postos de turismo, ...)

 

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h) Turismo Religioso

Page 37: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

O Catolicismo A animação que se centra no acolhimento, especialmente nas visitas às Igrejas, mas também a monumentos, etc., é outro dos seus objetivos. Desenvolvem igualmente iniciativas nas praias, nas montanhas e em estações termais

No que concerne ao Património da Igreja, a Pastoral tenta também, resolver alguns problemas práticos:   As Igrejas encontram-se, muitas vezes, fechadas por medo de roubos e degradações - é necessário organizar a sua abertura e vigilância;

Que imagem dar? É preciso fazer a manutenção do edifício, cuidar da limpeza e sobretudo dar imagem de comunidade de vida;

As Igrejas são também locais culturais. É preciso encorajar, com respeito pelo local, espetáculos que aí possam ser organizados;

O visitante médio tem pouca ou nenhuma cultura religiosa. O edifício nada diz. Há pois que criar desdobráveis, quadros, visitas guiadas, para sua melhor compreensão.  

h) Turismo Religioso

Page 38: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

O Islamismo

A peregrinação para os muçulmanos é o momento ideal para demonstrar o fervor dos seus fiéis para com o seu Deus.

A peregrinação a Meca é talvez a mais prestigiada do mundo islâmico - deve, se possível, ocorrer no Ramadão, relembrando a conquista pacífica que Maomé e sus discípulos levaram a cabo nos ano 630 da nossa era e que marca o início do calendário muçulmano.

A data do nascimento do profeta Maomé é outra das escolhidas para as peregrinações, a maior parte dos peregrinos fazem a viagem de avião, mas ainda existem muitos, que a fazem por estrada, em caravana, desejosos de conhecer as realidades dos países islâmicos percorridos, cumprindo o seu dever religioso.  

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h) Turismo Religioso

Page 39: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

O Budismo

A doutrina budista apoia-se num só conceito: reconhecer os sofrimento e libertar-se.

Esta máxima leva a que a vida humana ganhe um valor especial: permite que o Homem se liberte da sua condição insatisfatória e conheça a felicidade, a lucidez e a liberdade interior.

Os principais lugares de peregrinação ligados à vida de Buda são: o lugar de seu nascimento no Nepal, o local do sermão da “Roda da Lei” no Parque das Gazelas em Sarnath e o local do Panirvana, a 175 kms de Patna.   

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h) Turismo Religioso

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O Judaísmo

A religião judaica não considera o conceito de peregrinação. Não se pode falar num turismo judaico propriamente dito, mas sim num turismo judeu, ligado à identidade judia;

a procura da história do povo judeu podendo ser incluído neste grupo o muro das lamentações, que lembra o Templo de Herodes, destruído pelos romanos, a Fortaleza de Massada, último bastião judeu contra os romanos e os campos de concentração como Auschwitz.

O regresso à Terra Prometida - viagem que é efetuada por aqueles que não regressaram a Israel, após a fundação do Estado Judaico. Visitam os locais mais importantes, sob o ponto de vista cultural.

Israel é o local mais importante do Turismo Judeu - é referência para 17 milhões de judeus no mundo inteiro.  

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h) Turismo Religioso

Page 41: Modulo 1 - Diap1_Conceitos

Incluem-se neste grupo as viagens realizadas para visitar amigos, parentes e organizações, para participar na vida em comum com as populações locais, as viagens de núpcias ou por razões de prestígio social. Uma parte significativa de pessoas que integra este grupo é formada por jovens que pretendem aumentar os seus conhecimentos ou, temporariamente, se integrarem em organizações ou manifestações juvenis. Incluímos neste grupo as viagens realizadas ao país de origem, pêlos nacionais de um país, seus descendentes e afins residentes no estrangeiros e que, em muitos casos, constitui um mercado de grande dimensão. Os portugueses e seus descendentes, residentes em França ou nos Estados Unidos da América, constituem vastos mercados potenciais para Portugal com uma disponibilidade para serem motivados, incomparavelmente superior à dos nacionais desses países.

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i) Turismo Étnico

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FIM