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124
1 Introdução ao Turismo

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Page 1: Modulo 1   turismo 1

1

Introdução ao Turismo

Page 2: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo 2

Instituto Politécnico de MacauEscola Superior de Administração

Pública

Curso Complementar de Licenciatura em Administração Pública

Cadeira de CULTURA E TURISMO4o ano Segundo Semestre

Ano lectivo 2012/2013 Por Luis Cunha

Page 3: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Importância do Turismo

3

O QUE É O TURISMO?

Um dos mais relevantes sectores da actividade económica

Contribui para a criação de riqueza e melhoria do bem estar dos cidadãos

Como?

Page 4: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Importância do Turismo

4

criação de produção e emprego

investimento e inovação (promoção)

estimula o desenvolvimento de infra-estruturas colectivas

favorece a preservação do ambiente

favorece a recuperação do património histórico e cultural

favorece o desenvolvimento regional

satisfaz necessidades dos indivíduos

Page 5: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo5

World Travel & Tourism Council (WTTC), é o organismo que analisa o turismo mundial.

A actual dimensão mundial do turismo, como actividade económica, é impressionante. De acordo com o WTTC em 2011, o turismo e viagens representaram :

Importância do Turismo

Page 6: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Economic Impact Research

6

WTTC’s latest Economic Impact Research shows that world Travel & Tourism continues to grow in spite of continuing economic challenges.

Tourism grew by 3% (Travel & Tourism’s contribution to GDP).Tourism’s direct contribution to GDP in 2011 was US$2 trillion The Tourism generated 98 million jobs.Direct, indirect and induced total contribution in 2011 was

US$6.3 trillion in GDP, 255 million jobs, US$743 billion in investment and US$1.2

trillion in exports. Contribution represented 9% of GDP, 1 in 12 jobs, 5% of investment and 5% of exports.Growth forecasts for 2012 is 2.8% in terms contribution to GDP.Longer-term prospects with annual growth forecast to be 4.2%

over the ten years to 2022.

http://www.wttc.org/research/economic-impact-research/

Page 7: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

E Em Macau ?

7

The direct contribution to GDP in 2011 was MOP116,904.0mn (43.1% of GDP).

This is forecast to rise by 2.6% to MOP119,901.0mn in 2012.Reflects the economic activity generated by industries such

as hotels, travel agents, airlines and other passenger transportation services (excluding commuter services), restaurant and leisure industries

The direct contribution to GDP is expected to grow by 4.2% pa to MOP180,184.0mn (40.6% of GDP) by 2022.

Travel & Tourism generated 162,500 jobs directly in 2011 (47.7% of total employment) and this is forecast to grow by 0.3% in 2012 to 163,000 (46.9% of total employment).

By 2022, Travel & Tourism will account for 177,000 jobs directly, an increase of 0.9% pa over the next ten years.

http://www.wttc.org/site_media/uploads/downloads/macau2012.pdf

Page 8: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo8

.

Page 9: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Contributo do Turismo para a Economia de Macau

9

Fonte : WTTC 2012 report

Page 10: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo10

Fonte : WTTC 2012 report

Page 11: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Introdução e conceito de Turismo

Conceito de turismoConceito de viagem e turismo

Classificação do turismoTipos de turismo

11

MÓDULO 1

Page 12: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO

Elementos de

avaliação do

turismo

CULTURA

ESTRATÉGIAS DE TURISMO CULTURAL

MARKETING TURISTICO

ESTRATÉGIAS DE TURISMO CULTURAL

Procura turística e Oferta turística

Conceito de

turismo

Património cultural e natural

Conceito de

cultura e identidad

e

Turismo CulturalCaso de Macau

Folclore

Gastronomia

Monumentos

1

3

2

4

5

7

6

12

Page 13: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO

Elementos de

avaliação do

turismo

CULTURA

ESTRATÉGIAS DE TURISMO CULTURAL

MARKETING TURISTICO

ESTRATÉGIAS DE TURISMO CULTURAL

Procura turística e Oferta turística

Conceito de

turismo

Património cultural e natural

Conceito de

cultura e identidad

e

Turismo CulturalCaso de Macau

Folclore

Gastronomia

Monumentos

1

3

2

4

5

7

6

13

Page 14: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO

Conceito de

turismo

Evolução do conceito de turismo

1

14

Conceito básicos de viagem e turismo

Motivação Turística

Formas ou tipos de turismo

Sistema turístico

Fluxo turístico

4.5 horas

Com este módulo pretende-se que os alunos dominem os seguintes tópicos:

Page 15: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Objectivos do Módulo 1

15

Introdução e conceito de Turismo 4.5 horas

Com este módulo pretende-se que os alunos dominem os seguintes tópicos:

1. Evolução do conceito de turismo2. Conceito básicos de viagem e turismo3. Motivação Turística4. Formas ou tipos de turismo5. Sistema turístico6. Fluxo turístico

Page 16: Modulo 1   turismo 1

1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística4. Formas ou tipos de turismo5. Sistema turístico6. Fluxo turístico

16Introdução ao Turismo

Introdução e Conceito de Turismo

Page 17: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Evolução do conceito de turismo

17

Definição de turismo?

A juventude da actividade económica e o carácter multidisciplinar faz com que haja uma ausência de definições absolutas e claras de turismo.

No entanto há a necessidade e a importância de se poder dispor de estatísticas homogéneas

Page 18: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Evolução do conceito de turismo

18

Como evoluiu a definição de turismo?“teoria e a prática de viajar por prazer”

1881 – Dicionário inglês Oxford

“conceito que compreende todos os processos, especialmente económicos, que se manifestam na

afluência, permanência e regresso do turista, dentro e fora de um determinado território”

1911 – Herman von Schullern zu Schattenhofen

“superação do espaço por pessoas que afluem a um lugar onde não possuem residência fixa”

1929 – Robert Glucksmann

Page 19: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo19

Evolução do conceito de turismo

Como evoluiu a definição de turismo?

“movimento de pessoas que abandonam temporariamente o lugar da sua residência permanente por qualquer motivo

relacionado com o espírito, o seu corpo ou a sua profissão”

1929 – Schwink

“conjunto de viagens cujo o objectivo é o prazer, motivos comerciais ou profissionais, e durante os quais a ausência

da residência habitual é temporária”1930 – Artur Bormann

“tráfego de viajantes de luxo que visitam lugares fora de residência fixa e procuram apenas a satisfação de uma

necessidade de luxo”1930 – Josef Stradner

Page 20: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo20

Evolução do conceito de

turismoComo evoluiu a definição de turismo?

“tráfego de pessoas que se afastam temporariamente do seu lugar fixo de residência para outro lugar com o objectivo de satisfazer as suas necessidades vitais e de cultura ou para levar a cabo desejos de diversa índole, unicamente como consumidores e de bens económicos e culturais”

1930 – Morgenroth

Nota: “quem interpreta o turismo como um problema de transporte confunde-o com o tráfego de turistas. O tráfego

de viajantes conduz ao turismo, mas não é turismo”“soma das relações existentes entre pessoas que se encontram passageiramente num local de estadia e os

seus habitantes”1935 – Glucksmann

Page 21: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo21

Evolução do conceito de turismo

… em 1937 o Comité de estatística da Liga das Nações propôs a seguinte definição:

“viagem durante 24 horas ou mais por qualquer país que não aquele da sua residência habitual”

Page 22: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo22

… por isso, turistas eram aqueles que:– Efectuavam uma viagem por razões

de prazer, família, saúde– Por razões de trabalho (cientifico,

religioso, desportivo, …)– Por razões de negócios – Os visitantes dos cruzeiros marítimos

(inclusive os com estadia < 24h)

• … não são turistas aqueles que:– Fazem viagens no país de

residência habitual – Vão ocupar um emprego ou

actividade profissional no país– Fixar residência – Estudantes – Vivem na fronteira– Viajantes em trânsito, mesmo

quando dura mais que 24h

Page 23: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo23

Evolução do conceito de turismo

1942 - “soma de fenómenos? e relações que surgem das viagens e da permanência de não residentes, desde que não estejam ligados a uma actividade remunerada” - Krapf

… em 1945 a ONU adoptou a seguinte definição:

“viagem superior a 24 horas e até 1 ano, por qualquer país que não aquele da sua residência habitual”

Nestas primeiras definições, enquanto o turismo não é um movimento de massas, privilegiou-se o tráfego, pela importância que se dava à supressão das distâncias (turismo é um privilegio apenas para quem consegue pagar os elevados custos de transporte).

Page 24: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo24

Evolução do conceito de turismo

… em 1963 a ONU e a IUOTO adoptou a seguinte definição de turista, devido à necessidade de harmonizar a estatística e por já ser um fenómeno de massas:

Turista é qualquer pessoa que visita um país que não o do seu local normal de residência, por qualquer motivo

desde que não seja decorrente de uma ocupação remunerada dentro do país visitado

2 tipos visitantes: TURISTA - visitante temporário que permanece pelos menos 24h num paisEXCURSIONISTA - visitante temporário que permanece menos 24h e não pernoita

FALHA: não contempla os turistas domésticos

Page 25: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Evolução do conceito de turismo

25

1994 Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, as Recomendações da Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas sobre Estatísticas de Turismo, definem:

Turismo - as actividades que as pessoas realizam durante as suas viagens e permanência em lugares distintos do seu entorno habitual, por um período consecutivo de tempo inferior a um ano, com fins de lazer, negócios e outros,

Page 26: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Evolução do conceito de turismo

26

Turista - é um visitante que se desloca voluntariamente por um período de tempo igual ou superior a 24 horas para local diferente da sua residência e do seu trabalho sem, este ter por motivação, a obtenção de lucro.

NOTAS: 1) inclui todas as actividades dos visitantes (turistas +excursionistas)

2) inclui o turismo doméstico 3) na definição há a motivação, duração,

limite de tempo, localização

Page 27: Modulo 1   turismo 1

1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística4. Formas ou tipos de turismo5. Sistema turístico6. Fluxo turístico

27Introdução ao Turismo

Introdução e Conceito de Turismo

Page 28: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Organização Mundial de Turismo (OMT)

28

A Organização Mundial de Turismo (OMT) é uma agência especializada das Nações Unidas e a principal organização internacional no campo do turismo. Funciona como um fórum global para questões de políticas turísticas e como fonte de conhecimento prático sobre o turismo.

A sua sede é em Madrid. Em 2005, a OMT conta como membros 145 países, 7 territórios e mais de 300 membros filiados, representando o sector privado, instituições educacionais, associações e autoridades locais de turismo.

A sua origem remonta à União Internacional de Organizações Oficiais de Viagens (IUOTO), e era uma organização não-governamental.

Em 1974, seguindo uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, foi transformada em um órgão intergovernamental. Em 2003, tornou-se uma agência especializada das Nações Unidas.

http://www.world-tourism.org

Page 29: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Turismo, lazer e recreio

29

TEMPO LIVRE TEMPO DE TRABALHO

TEMPO REALMENTE LIVRE

LAZER repouso / inactividade hobbies ler, tv, etc. desporto desenvolvimento pessoal, cultural, profissional

Recreio/ Turismo

TEMPO SEMI-LIVRE

Necessidades vitais (obrigações sociais, domésticas e biológicas) habitação trabalho deslocações

Page 30: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo30

Lazer – corresponde ao tempo realmente livre

Recreio – conjunto de actividades exercidas durante o tempo livre

Turismo – distingue-se do recreio porque implica necessariamente uma deslocação enquanto o recreio pode ou não dar origem a uma viagem

Page 31: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Turismo, lazer e recreio

31

Assim o turismo pode ser considerado como uma forma particular de lazer e recreação, distinguindo-se pela componente da viagem e duração da mesma

Assim o turismo pode ser considerado como uma forma particular de lazer e recreação, distinguindo-se pela componente da viagem e duração da mesma

Page 32: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo32

Conceito básicos de turismo

Elementos comuns entre as diferentes definições:

• Há sempre uma deslocação• Não implica necessariamente alojamento no

destino• A estadia no destino nunca é permanente• Compreende tanto as viagens como todas as

actividades antes e durante a estadia• Compreende todos os produtos e serviços criados

para satisfazer as necessidades do turista

Page 33: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

33

O turismo na sociedade moderna pode ser entendido como um conjunto de diversas actividades económicas, englobando diferentes tipos de equipamentos entre eles: os transportes, o alojamento, as agencias de viagens, práticas de lazer, entre outras actividades.

Page 34: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

34

É o conjunto de relações e fenómenos originados pela deslocação e permanência de pessoas fora do seu local habitual de residência, desde que tais deslocações e permanências não sejam utilizadas para o exercício de uma actividade lucrativa principal

Association Internationale des Experts Scientifiques du Tourisme (AIEST)

Page 35: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

35

O turismo compreende as actividades desenvolvidas pelas pessoas ao longo de viagens e estadas em locais situados fora do seu enquadramento habitual, por um período consecutivo que não ultrapasse um ano, para fins recreativos, de negócios, ou outros.

Organização Mundial do Turismo / World Tourism Organization (OMT /WTO), 1991.Definição também adoptada pela ONU.

Page 36: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

36

Características fundamentais do Turismo:

Deslocação

·Permanência pouco prolongada

Deslocação e permanência não utilizadas para actividade lucrativa principal

Deslocação

·Permanência pouco prolongada

Deslocação e permanência não utilizadas para actividade lucrativa principal

Page 37: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

37

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

Visitante

Turista

Excursionista

Page 38: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

38

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

VISITANTE

Todo aquele que se desloca temporariamente para fora da sua residência habitual, quer seja no seu próprio país ou no estrangeiro, por uma razão que não seja a de aí exercer uma profissão remunerada

Todo aquele que se desloca temporariamente para fora da sua residência habitual, quer seja no seu próprio país ou no estrangeiro, por uma razão que não seja a de aí exercer uma profissão remunerada

Page 39: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

39

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

TURISTA

Visitante temporário que permanece no local visitado mais de 24 horas

Visitante temporário que permanece no local visitado mais de 24 horas

Page 40: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

40

Definições da Organização Mundial do Turismo (OMT)

EXCURSIONISTA

Visitante temporário que permanece no local visitado, fora da residência habitual, menos de 24 horas

Visitante temporário que permanece no local visitado, fora da residência habitual, menos de 24 horas

Page 41: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

41

Visitantes 1990 % 1995 % 2002 %

Turistas 8019 44 9705 42 12167 43.8

Excursionistas 10179 56 12925 58 15814 56.2

Total 20188 24625 28150

Visitantes estrangeiros em Portugal X 1000

Page 42: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

Viajante – qualquer pessoa que viaje entre dois ou mais países e entre duas ou mais localidade no seu país de residência habitual

42

VisitanteViajante

relacionado com turismo

Outros visitantes

Turistas Excursionistas

Trabalhadores de fronteira

Imigrantes temporários e permanentes

Nómadas

Passageiros em trânsito

Refugiados

Membros da força armada

Corpo consular

Diplomatas

Page 43: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo43

VIAJANTES

Incluídos em estatísticas do

turismo

VISITANTES

TURISTAS EXCURSIONISTAS

motivos da visita

TrabalhoRecreio Outros

- Férias- Cultura- Desporto- Visita a parentes ou amigos- Outros

- Reuniões - Negócios- Outros

- Estudos- Saúde- Trânsito- Diversos

Passageiro em cruzeiro

Visitantes diários

Tripulantes

Não incluídos em estatísticas do

turismo

- migrantes-Passageiros em trânsito- Diplomatas e membros das forças armadas- Nómadas- Refugiados

Adaptado de OCDE (1989), National and International Tourism Statistiques

Page 44: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

44

Page 45: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

45

Alojamento turístico – instalações que, regularmente ou ocasionalmente, dispõe de vagas para que o turista possa passar a noite. Hotéis, pousadas, pensões …

Classificação por motivo de viagem:1. Lazer, recreação e férias2. Visitas a parentes e amigos3. Negócios e motivos profissionais4. Tratamentos de saúde5. Religião6. Outros

Page 46: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

46

O turismo é uma actividade que inclui:a) O comportamento dos indivíduos, com

motivações, necessidades e restrições;b) A utilização de recursos;c) A interacção entre indivíduos e efeitos

económicos sociais e ambientais;d) Deslocações dos indivíduos da sua

residência habitual;

Page 47: Modulo 1   turismo 1

1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística4. Formas ou tipos de turismo5. Sistema turístico6. Fluxo turístico

47Introdução ao Turismo

Introdução e Conceito de Turismo

Page 48: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Motivação Turística

48

O sucesso de um negócio turístico depende, em grande parte, da capacidade de resposta, às necessidades e preferências dos consumidores.

é fundamental conhecer os consumidores

Page 49: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Motivação Turística

49

H.P. Gray (1970) – primeiros estudos sobre as

motivações turísticas. Identifica duas razões

principais para viajar:

Wanderlust (desejo de vaguear) Característica básica da natureza humana que leva a deixar as coisas que são familiares e procurar lugares e culturas diferentes.

Sunlust ( desejo de sol )

Depende da existência, noutro lugar, de amenidades diferentes ou melhores das que estão disponíveis na área de residência.

Page 50: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Motivação Turística

50

Crompton (1979)Motivação básica Quebra de rotinaMotivações específicas (sócio-

psicológicas):Escape do meio vividoExploração e avaliação de si

próprioRelaxamento/repousoPrestígioAumento das relações sociaisSaúde…

Page 51: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Motivação Turística

51

Leiper (1984)

Lazer Recreativo (restabelece) Restabelece descanso (recuperação da fadiga mental e

física) Restabelece relaxamento ( recuperação da tensão ) Restabelece divertimento ( recuperação do

“aborrecimento”)

Lazer Criativo ( produz algo de novo)

Page 52: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Motivação Turística

52

Organização Mundial do Turismo (OMT/WTO)

Classifica as motivações em duas categorias que estão na origem das imagens que se fazem de um destino

Motivações de tipo racional : confiança, segurança, poupança, tradição, conformismo

Motivações do tipo afectivo : curiosidade, novidade, afectividade, liberdade, amizade.

Page 53: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Motivação Turística

53

L. Cunha (1997)

Motivações constrangedoras : negócios, reuniões, saúde, estudos

Motivações libertadoras : férias, desportos, repouso, cultura,...

Motivações mistas

Page 54: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MODELO PSICOCÊNTRICO-ALOCÊNTRICO S. PLOG

54

Plog classifica as pessoas em diferentes tipos psicológicos e constrói uma nova tipologia do carácter dos turistas.

Alocêntricos

Curiosos, com desejo de aventuraAtracção pelo desconhecidoPreferem áreas não turísticasAlto nível de actividadeGostam de contactar pessoas de outras

culturasGostam de liberdade e flexibilidade nos locais

de destino

Page 55: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MODELO PSICOCÊNTRICO-ALOCÊNTRICO S. PLOG

55

Plog classifica as pessoas em diferentes tipos psicológicos e constrói uma nova tipologia do carácter dos turistas.

Cêntricos

fraco pendor pela aventura procura os destinos mais em voga descontracção e prazer: simples diversão e

entretenimento Clima, sol , termas

Page 56: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MODELO PSICOCÊNTRICO-ALOCÊNTRICO S. PLOG

56

Plog classifica as pessoas em diferentes tipos psicológicos e constrói uma nova tipologia do carácter dos turistas.

Psicocêntricos

concentrados nos pequenos problemas pessoaisinibidos, ansiosos, passivospouco interesse pelo mundo exteriorquanto aos destinos turísticos preferem os que já

conhecem ou os mais frequentadospreferem viagens organizadasdestinos que não perturbem o seu modo de vida

Page 57: Modulo 1   turismo 1

1. Evolução do conceito de turismo2. Conceito básicos de viagem e

turismo3. Motivação Turística

4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico6. Fluxo turístico

57Introdução ao Turismo

Introdução e Conceito de Turismo

Page 58: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

58

De acordo com o local onde a despesa de consumo turístico é efectuado e com a origem do visitante surgem várias classificações de Consumo Turístico:

1. Consumo Turístico Interno ou Doméstico - corresponde ao consumo turístico realizado pelos visitantes internos, ou seja, pelos visitantes residentes que se deslocam dentro do seu país de residência;

2. Consumo Turístico Emissor - resulta do consumo turístico realizado com a visita de residentes de um país a outro, ou outros países;

3. Consumo Turístico Receptor - representa o consumo turístico resultante das visitas a um país por não residentes;

Page 59: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo59

Consumo Turístico Interior - equivale ao consumo turístico realizado dentro das fronteiras de um país, seja este efectuado por residentes ou não. Neste sentido este corresponde ao somatório do consumo turístico interno com o consumo turístico receptor (1+3);

Consumo Turístico Nacional - inclui o consumo turístico, no país ou fora destes, efectuado pelos visitantes residentes, pelo que pode ser calculado pela soma do consumo turístico interno com o consumo turístico emissor (1+2)

Consumo Turístico Internacional - representa o consumo turístico realizado sempre que existam deslocações que obriguem a atravessar fronteiras, incluindo o consumo turístico receptor e o consumo turístico emissor (2+3)

Page 60: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

60

Page 61: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

61

Page 62: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

62

O turismo dentro das fronteiras de um dado país

Deslocações que obrigam a atravessar uma fronteira

Movimento dos residentes de um dado país

Classificações do Turismo segundo a Origem dos Visitantes

NACIONAL

INTERIOR INTERNACIONAL

Doméstico ou interno

Emissor Outbound Tourism

Receptor Inbound Tourism

Page 64: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

64

Page 65: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

65

Page 66: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

66

TURISMO QUANTO AO VOLUME DA PROCURA

- TURISMO DE MASSAS (roteiro muito procurado)

- TURISMO DE MINORIAS (roteiro pouco procurado)

Page 67: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

67

TURISMO QUANTO ÀS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO

- TURISMO INDIVIDUAL (organização da viagem feita pela própria pessoa)

- TURISMO ORGANIZADO (organização da viagem feita por Agências)

- TURISMO SOCIAL (financiado por terceiros, caso de entidades)

Page 68: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

68

Page 69: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Formas ou tipos de turismo

69

TURISMO QUANTO À FAIXA ETÁRIA

- TURISMO JUVENIL- TURISMO ADULTO- TURISMO PARA A

TERCEIRA IDADE- TURISMO MISTO

Page 70: Modulo 1   turismo 1

1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística4. Formas ou tipos de turismo

5. Sistema turístico6. Fluxo turístico

70Introdução ao Turismo

Introdução e Conceito de Turismo

Page 71: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

71

Teoria geral dos sistemas (1977) é uma abordagem que diz que o sistema (o todo) é o produto das partes que interagem e que o compõem, cujo conhecimento e estudo deve estar relacionado com o funcionamento dessas partes com o todo.

Sistema = conjunto de elementos interligados que sofrem influência recíproca

Page 72: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

72

O Turismo também pode ser estudado como um subsistema do sistema social.

O Turismo é considerado um ramo das ciências sociais e não das ciências económicas. Embora razões económicas possam motivar o movimento que constitui o Turismo, este transcende as esferas das meras relações da balança comercial.Segundo Susana Gastal, "antes de ser um fenómeno económico, o turismo é uma experiência social que envolve pessoas".

Page 73: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

73

O sistema turístico pode também ser estudado como um sistema com várias subdivisões, … as quantas forem necessárias ou relevantes.

Por isso, há diversas versões que explicam o sistema turístico.

A abordagem sistémica permite compreender o papel das partes isoladamente (abordagem multidisciplinar)

Page 74: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

74

Sistemas de relações no turismo

Kaspar 1983

Page 75: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

75

Sistemas de relações no turismo

Gunn 1994

Page 76: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

76

Sistemas de relações no turismo

Page 77: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

77

Sistemas de relações no turismo

Page 78: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

78

O Sistema de Turismo baseado em produtos turísticos

Page 79: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Sistema turístico

79

Sistemas de relações no turismo

Page 80: Modulo 1   turismo 1

1. Evolução do conceito de turismo

2. Conceito básicos de viagem e turismo

3. Motivação Turística4. Formas ou tipos de turismo5. Sistema turístico

6. Fluxo turístico80Introdução ao Turismo

Introdução e Conceito de Turismo

Page 81: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Fluxo turístico

81

Fluxo turístico: movimento migratório que desloca os turistas de um núcleo geográfico emissor para um núcleo receptor.

A análise dos fluxos turísticos permite saber:1. A origem dos viajantes (principais mercados

emissores e tendências …)2. O território de destino (através das noites

dormidas em cada lugar sabemos se é mono destino ou multi-destino)

3. A duração da viagem (demonstra o nível de gasto)

4. A distância entre núcleos emissores e receptores

5. O meio de transporte utilizado

Page 82: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo 82

ReferênciasIntrodução ao Turismo, Verbo Editora, 2003, Licínio

CunhaTurismo e Marketing Turístico, CETOP Edições,

2005Casos de Turismo Cultural, Ariel, 2006, Josef Font

Sentías et al.Turismo Cidade e Cultura, Edições Sílabo, 2003,

Cláudia Henriques

Acetatos (adaptados) - Principais conceitos e definições em Turismo - Introdução ao Turismo Gonçalo Lopes

Page 83: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo83

Page 84: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo84

Page 85: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo85

Page 86: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo86

Page 87: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo87

Page 88: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS: A QUALIDADE NO TURISMO

88

O turismo hoje é uma actividade popular e massificada:

- Incremento do rendimento individual / férias pagas

- Aumento da escolaridade e cultura- Desenvolvimento das ideologias liberais- Desenvolvimento tecnológico- Aumento do peso da classe média- Esbatimento das diferenças sociais e culturais

Page 89: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS: A QUALIDADE NO TURISMO

89

As diferentes motivações e os diferentes comportamentos permitem distinguir Turismo de massas e Turismo de minorias

Turismo de minorias / turismo alternativoTurismo realizado por pequenos grupos ou indivíduos / famílias isoladas, caracterizado por um princípio de selecção económica e/ou cultural.

Turismo de minorias / turismo alternativoTurismo realizado por pequenos grupos ou indivíduos / famílias isoladas, caracterizado por um princípio de selecção económica e/ou cultural.

Page 90: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS: A QUALIDADE NO TURISMO

90

Turismo de massas

Turismo realizado pelas pessoas de menor nível de rendimentos, viajando em grupos, com gastos reduzidos e permanência de curta duração.

Page 91: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo91

Variável Turismo de Massa Convencional

Turismo Alternativo

Alojamentos

Padrões espaciais Costeiros, alta densidade Dispersos, baixa densidade

Escala Grande dimensão, integrados

Pequena escala, estilo familiar

Propriedade Estrangeira, multinacional

Local, pequenas e médias empresas

Mercado

Volume Elevado Baixo

Origem Um mercado dominante Sem mercado dominante

Segmento Psicocêntrico Alocêntrico

Actividades Água/Praia/Vida nocturna Natureza/Cultura

Sazonalidade Verão –estação alta Sem estação dominante

Economia

Estatuto Sector dominante Sector suplementar

Impacto Sector muito dependente de importações/lucros não ficam no país

Sector não dependente de importações/lucros retidos no país

Page 92: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS: A QUALIDADE NO TURISMO

92

Consequências e impactos do crescente grau de massificação do turismo :

intensificação da utilização das infra-estruturas e equipamentos turísticos

excessiva utilização dos espaços destruição perversão da calma e repouso degradação dos monumentos e centros

históricos destruição do património natural mais sensível

Page 93: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE MASSAS E TURISMO DE MINORIAS: A QUALIDADE NO TURISMO

93

Outras características do turismo de massas:

- os motivos prendem-se com a necessidade de evasão e com o efeito de imitação

- época de férias em Julho e Agosto- alojamento em estabelecimentos hoteleiros de

menor categoria e em meios complementares de alojamento : parques de campismo, quartos particulares ...

- orientado para os centros de maior concentração turística

Page 94: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE DO TURISMO

94

QUALIDADE DO TURISMOCondição essencial para o desenvolvimento do

turismo

- qualidade dos alojamentos- qualidade dos transportes- qualidade da utilização dos espaços- qualidade do enquadramento natural- qualidade dos equipamentos complementares- qualidade dos recursos humanos

Page 95: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE DO TURISMO

95

CONCEITO DE QUALIDADE

qualidade é um conceito relativo, cada segmento de mercado tem os seus padrões ( p.ex. um parque de campismo pode oferecer tanta qualidade como um hotel de 5 estrelas )

Page 96: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE DO TURISMO

96

QUALIDADE

“ é o ajustamento dos produtos e serviços às exigências da clientela “

“é atender às necessidades dos clientes fazendo bem as coisas à primeira “

“ o produto melhor é o que a maioria dos clientes quer comprar”

“ é a aptidão de um produto ou serviço para satisfazer as necessidades do cliente, dando-lhe satisfação “

QUALIDADE

“ é o ajustamento dos produtos e serviços às exigências da clientela “

“é atender às necessidades dos clientes fazendo bem as coisas à primeira “

“ o produto melhor é o que a maioria dos clientes quer comprar”

“ é a aptidão de um produto ou serviço para satisfazer as necessidades do cliente, dando-lhe satisfação “

Page 97: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

TURISMO DE QUALIDADE VERSUS QUALIDADE DO TURISMO

97

Qualidade é igual à satisfação das necessidades e exigências dos consumidores

É um conceito dinâmico -> tem de acompanhar a evolução das preferências dos consumidores

Page 98: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo98

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE

Anos 50/60

LUXO

Anos 50/60

LUXO

Hoje

Factor estratégico

Hoje

Factor estratégico

Page 99: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo99

PORQUÊ ?

· Globalização dos mercados, produtos e processos maior permeabilidade à concorrência externa;

· Factor determinante das escolhas dos consumidores: já não é o preço mas a relação qualidade/preço;

· O consumidor é mais consciente, selectivo e exigente – agora são os produtos que se adaptam aos gostos e preferências dos consumidores

· A qualidade não se limita ao produto em si. Estende-se a todo o processo desde a concepção até à assistência após venda.

A relação com o cliente não se inicia nem se esgota no acto de consumo, todo o ciclo exige qualidade.

Page 100: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

100

A actividade turística não se limita ás deslocações de pessoas entre vários países e regiões.

É necessário avaliar os efeitos múltiplos produzidos pelo turismo.

COMO?

Page 101: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

101

INFORMAÇÃOINFORMAÇÃO

RELATIVAMENTE À PROCURA:

nº visitantes/turistasnº hóspedesnº dormidasorigem dos visitantesmeios de transporte utilizadosmotivos da viagemcaracterísticas pessoais e profissionaisreceitas e despesas...

RELATIVAMENTE À PROCURA:

nº visitantes/turistasnº hóspedesnº dormidasorigem dos visitantesmeios de transporte utilizadosmotivos da viagemcaracterísticas pessoais e profissionaisreceitas e despesas...

RELATIVAMENTE À OFERTA:

nº de estabelecimentos e categoria dos alojamentos nº de quartos, camasrecursos turísticos infra-estruturas básicasanimação e ocupação de tempos livresempresas de comercialização turísticainvestimentos realizados...

RELATIVAMENTE À OFERTA:

nº de estabelecimentos e categoria dos alojamentos nº de quartos, camasrecursos turísticos infra-estruturas básicasanimação e ocupação de tempos livresempresas de comercialização turísticainvestimentos realizados...

Page 102: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

102

1. ENTRADAS Considera-se como entrada cada chegada à fronteira

de um visitante que não resida nesse país. É um indicador bastante limitado e insuficiente para, por si só, sustentar qualquer tipo de análise, visto revelar os seguintes inconvenientes:

•contagem feita por estimativa ( apenas são registados os visitantes fora da EU )•contagem múltipla•engloba turistas e excursionistas•a análise baseada apenas nas entradas não considera os efeitos do turismo: a procura de bens e serviços prestados

Page 103: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

103

2. DORMIDAS não engloba dormidas em estabelecimentos não licenciados,

quartos particulares, casas de amigos e parentes, casa própria, etc.

ENTRADAS E DORMIDAS, 2002

em milhões

Entradas Dormidas

Portugal 28 24

Irlanda 3 38

Page 104: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

104

Entradas de estrangeiros em Portugal ( milhões)

1996 1997 1998 2002

Turistas 9,730 10,172 11,295 12167

Excursionistas 13,300 13,841 15,030 15814

Total 23,030 24,013 26,325 28150

Page 105: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

105

3. DESPESAS TURÍSTICAS As despesas turísticas são, de acordo com as estatísticas de

turismo da OMT, “as despesas de consumo totais feitas por um visitante, incluindo as despesas para, e durante, a sua viagem e estadia no destino”

Viagens Alojamento Refeições e bebidas Animação, cultura e actividades desportivas Compras Outras despesas

Page 106: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

106

4. PERMANÊNCIA MÉDIA (ESTADIA MÉDIA) É o nº de dias que cada turista permanece, em média, no

território nacional.

-em Portugal a Pm variou, entre 1985 e 1995, de 10,4 para 7,7-um turista espanhol permanece em média 2,8 dias, um canadiano 15,9 dias e um alemão 12,5 dias

turistasde nº

dormidas de nºPm

Page 107: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

107

4. PERMANÊNCIA MÉDIA (ESTADIA MÉDIA) É o nº de dias que cada turista permanece, em média, no

território nacional.

A permanência média varia com a nacionalidade do turista, idade, rendimento, capacidade do país receptor.

A tendência de diminuição da permanência média devem-se fundamentalmente o ao aumento das viagens de longa distância e o à fragmentação dos períodos de férias.

Page 108: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

108

5. CAPACIDADE DE ALOJAMENTO É o potencial turístico existente num país ou região, que permite

avaliar o número de dormidas que os meios de alojamento oferecem num determinado momento ou período. É um indicador importante por constituir a base da oferta turística.

obtém-se multiplicando o nº de camas, quartos ou lugares existentes pelo número de dias do período considerado.

Mede o potencial da oferta e não o seu número efectivamente disponível.

Page 109: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

109

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA Permite determinar o grau de utilização da capacidade de

alojamento e avaliar em que medida haverá excesso ou necessidade de novos alojamentos.

Taxas de ocupação (total de hotéis)

Regiões 1996%

1997%

1998%

2000%

Algarve 55.4 55.7 57.6 59.3

Lisboa 44.9 45.7 48.4 51.5

Costa do Estoril 43.5 44.3 49.1 52.2

Madeira 64.8 62.3 64.8 66.1

Page 110: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

110

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

100 x 365 x camas de nº

dormidas denºTOL Taxa de Ocupação Líquida

(TOL)

Taxa de Ocupação Quarto (TOQ)

100 x 365 x quartos de total

ocupados quartos denºTOQ

Page 111: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

111

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

100 x 365 x P x C

VTOR Taxa de Ocupação Rendimento

(TOQ)

V - volume de vendas/ano

C- capacidade(quartos/camas)

P – preço diário da unidade de alojamento (quarto/cama)

Page 112: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

112

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

100 x 365 x camas de nº

dormidas denºTOL Taxa de Ocupação Líquida

(TOL)

Taxa de Ocupação Quarto (TOQ)

Taxa de Ocupação Rendimento (TOQ)

100 x 365 x P x C

VTOR

Nota: conforme o período considerado seja anual, mensal, semanal ou diário o valor a introduzir em denominador deverá ser 365, 31(variável no caso mensal), 7 ou 1 respectivamente.

100 x 365 x quartos de total

ocupados quartos denºTOQ

Page 113: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

113

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

80% 100 x 100x2

20x1 30x2 40x2TOL

90% 100 x 100

20 30 40TOQ

73% 100 x 100x50

20x30 30x35 40x50TOR

Exemplo 1: Um hotel com 100 quartos duplos, ao preço de 50 € diários por quarto, numa noite teve a seguinte ocupação:40 quartos ocupados por casal ao preço normal30 quartos ocupados com desconto de 30%20 quartos ocupados por pessoa só ao preço de 30 €10 quartos não ocupados

De acordo com os dados indicados as várias taxas de ocupação diárias

verificadas foram:

Page 114: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

114

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

Exemplo 2:Um hotel com 60 quartos duplos : 40 quartos vista cidade ao preço de 80 € , 20 quartos vista mar ao preço de 100 €. A ocupação numa noite foi a seguinte:

10 quartos vista terra ocupados por casal ao preço normal5 quartos vista mar ocupados por casal ao preço normal15 quartos vista terra ocupados por casal com desconto de 25%12 quartos vista mar ocupados por casal com desconto de 25%8 quartos vista terra ocupados por pessoa só com desconto de 50%

De acordo com os dados indicados as várias taxas de ocupação diárias verificadas foram:

Page 115: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

115

6. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA

76.7% 100 x 60x2

8 12x2 15x2 5x2 10x2TOL

83.3% 100 x 60

8 12 15 5 10TOQ

%. x x x

x x x x xTOR 765100

100208040

4087512601510058010

Page 116: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

116

7. GRAU DE SAZONALIDADE

x100Et

EvGS

Ev – nº de entradas/dormidas no Verão (Jul/Ago/Set)

Et – nº de entradas/dormidas no ano

quando se consideram apenas as entradas estes indicadores reflectem o turismo externo excluindo os fluxos turísticos internos.

Page 117: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

117

7. GRAU DE SAZONALIDADEMeses Entradas

(x 1000)Dormidas

(x 1000)

Janeiro 1046 2370

Fevereiro 941 2345

Março 1260 2379

Abril 1845 4629

Maio 1617 5080

Junho 1558 7612

Julho 2257 9666

Agosto 3465 11231

Setembro 1935 7798

Outubro 1700 5087

Novembro 1325 3223

Dezembro 1628 3072

Total 21580 65244

Entradas de Visitantes e Dormidas (1993)

Portugal

Page 118: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

118

8. TAXA DE PARTIDAPermite determinar a % de população de um determinado país ou região que goza férias fora da sua residência habitual por um período superior a 4 dias.

100 x Pt

VTP(b)

V – nº de viagens efectuadas no período em estudo

Pt – população total do país com mais de 15 anos

Taxa de Partida Bruta

100 x Pt

PfTP(l)

Taxa de Partida Líquida

Pf – nº de pessoas que partem para férias fora da área de residência habitual pelo menos uma vez

Pt – população total do país com mais de 15 anos

Page 119: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

MEDIDAS E INDICADORES ESTATÍSTICOS NO TURISMO

119

8. TAXA DE PARTIDAPermite determinar a % de população de um determinado país ou região que goza férias fora da sua residência habitual por um período superior a 4 dias.

100 x Pt

PfeTP(e)

Pfe – nº de pessoas que partem para férias no estrangeiro

Pt – população total do país com mais de 15 anos

Taxa de Partida para o Estrangeiro

Países %

Alemanha 68

Reino Unido 65

Suécia 65

França 17

Espanha 12

Portugal 9

Taxa de Partida para o Estrangeiro

1999

Page 120: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

CASO

120

Analise, comente e critique o seguinte extracto de texto:

“Na sociedade global e Mcdonaldizada, as pessoas confiam nos meios óptimos previamente descobertos e institucionalizados nos vários domínios, os quais podem ser parte da tecnologia, escritos nas regras da organização, ou ensinado aos empregados no processo de socialização ocupacional.

Porém, a eficiência encerra em si algumas irracionalidades resultantes das próprias ineficiências imprevistas, e da desumanização a que trabalhadores e consumidores são vitimas.

No domínio do turismo, a eficiência tem o seu exemplo máximo nos pacotes de viagem, que por um preço razoável oferecem a possibilidade de visitar locais longínquos, e o que de mais interessante se pode ver nesses locais. A eficiência neste tipo de experiência implica contudo que a apreensão por parte do turista da totalidade do local de visita, seja feita no menor espaço de tempo”.

Page 121: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

CASO

121

Conclusões:O conceito de turismo desde que surgiu sofreu algumas alterações, a

visão do passado em relação a uma actividade turística em que as pessoas viajavam para experimentar algo de novo e diferente, sofreu uma profunda alteração com a emergência de uma perspectiva moderna em relação ao turismo.

O turismo, tal como outros aspectos da sociedade, sofreu um processo de McDonaldização, onde as relações são dominadas por um carácter eficiente, calculável e previsíveis. Os indivíduos viajam para outros locais de forma a experimentarem muito daquilo que experimentam na sua vida diária. Por isso as pessoas procuram nas suas viagens:

- Férias previsíveis: o turista nas suas deslocações espera ser confrontado com poucas ou mesmo nenhumas situações imprevistas. Esperando encontrar no local de destino, o conjunto de facilidades presentes no seu dia a dia.

- Férias eficientes: Daqui advém o sucesso dos pacotes de viagem, que por pouco dinheiro pretendem oferecer a totalidade de um destino turístico.

- Férias altamente calculáveis: O turista antes de viajar, pretende saber quanto vai custar a viagem, ter acesso a itinerários que definam aonde ele vai estar a determinada altura e quanto tempo vai lá estar.

- Férias controladas: A situação de controlo está presente, no caso dos parques temáticos, ao conjunto de diversões tecnológicas e mecânicas que se impõe aos indivíduos controlando a sua acção e vontade.

Page 122: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

CASO

122

O turismo virtual, o qual iria preparar o turista não só para as suas viagens, como no caso dos destinos mais longínquos irá mesmo substituir a própria viagem. Sucede porém que estas novas formas de turismo, seguem ainda os princípios básicos da sociedade “Mcdonalizada”:

- Eficiência: Através da realidade virtual, o indivíduo pode visitar um local longínquo e exótico, no conforto da sua sala, sem ter que se deslocar realmente a esse destino.

- Previsibilidade: A visita virtual e mais previsível do que a real, não existe qualquer tipo de surpresa.

- Calculabilidade: O tempo da viagem e o seu custo são definidos à partida

- Controlo da tecnologia não humana: Exerce grande influência no domínio das viagens virtuais, e em consequência sobre a acção do turista virtual.

Page 123: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

123

A industria turística insere-se sector dos serviços. Tal como qualquer outro serviço tem as seguintes características:

1. Intangíveis - Ao contrário dos outros produtos, não podem ser vistos, sentidos, ouvidos ou cheirados antes da compra.

2. Inseparáveis - Os serviços são produzidos e consumidos em simultâneo.

3. Heterogéneos - Os serviços são muito variáveis. Dependem de quem os presta, onde são prestados.

4. Perecíveis - Os serviços não podem ser armazenados.

Page 124: Modulo 1   turismo 1

Introdução ao Turismo

Conceito básicos de turismo

124