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  • 7/29/2019 MODULO OTET_empresasnimturdesportiva (1)

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    11. anoCursoTcnico de

    TurismoOTET Operaes Tcnicas em Empresas

    Tursticas

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    Mdulo 9 - OTET

    [MDULO 9 EMPRESAS DEANIMAOTURSTICA EDESPORTIVA]1. Definio e enquadramento da actividade das empresas de animaoturstica e desportiva1.1. Actividades e conceitos relacionados com a animao1.2. Principais caractersticas da animao1.3. Noo e enquadramento da animao no turismo1.4. Noo e enquadramento de actividades de animao desportiva:tipologias2. O planeamento de actividades de animao3. A comunicao na animao turstica e desportiva4. O perfil do animador turstico e do animador desportivo5. O enquadramento legal e legislao5.1. Legislao relevante para animao turstica e desportiva

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    1. Definio e enquadramento da actividade das empresas deanimao turstica e desportiva

    1.1. Actividades e conceitos relacionados com a animao

    Animao, uma palavra que vem do latim, Animus, que significa DAR ALMA(animar a alma). Na gnese da palavra Animao esto os vocbulos Anima/nimo.No latim Animus, sugere Dinmica, Fora Activa e Vida. Na raiz de Animus encontra-se Alma que retirada do seu contexto religioso sob o prisma filosfico significa Criar,Dar Vida.

    Assim temos:

    ANIMAO = CRIAR/DAR VIDA/DINMICA/ACO

    A Animao implica 3 processos conjuntos:

    i. Processo de revelao, ao criar condies para que todo ogrupo e todo o indivduo se revele a si mesmo

    ii. Processo de relacionamento, de grupos entre si ou destes comdeterminadas obras, criadores ou centros de deciso, sejaatravs do dilogo e da concertao, seja atravs do conflito

    iii. Processo de criatividade, pelo questionamento dos indivduose dos grupos relativamente ao seu desenvolvimento, suacapacidade de expresso, de iniciativa e de responsabilidade

    1.2. Principais caractersticas da animao

    Vulgarmente o termo animao turstica aparece associado a actividades cuja nicasemelhana desenvolverem-se dentro do mbito do turismo. Isto denota semduvida a ausncia de uma definio clarificadora que sirva de referncia a todosque utilizam essa terminologia, de forma indiscriminada e com frequnciainadequadamente, e favorece a confuso em torno dos contedos a que se refere.

    Esta provavelmente uma das causas da desvalorizao da animao turstica porparte de empresrios e profissionais do sector, e inclusivamente do prprio turistaque ao desconhecerem a importncia real a consideram, na maioria dos casoscomo um complemento marginal, ornamental e acessrio da actividade turstica

    verdadeira e essencial.

    O termo animao turstica advm naturalmente e por extenso da chamadaanimao scio-cultural, de origem francesa, a qual se considera fundamental naocupao dos tempos livres.

    A animao scio-cultural tem por objectivo motivar dinamizar todos os meios quelevem participao activa dos indivduos e grupos nos fenmenos scias eculturais em que estes se encontram envolvidos, dando-lhes o seu protagonismo.

    Um dos aspectos de actuao mais evidentes onde se desenvolve a animaosocio-cultural o dos tempos livres, o tempo do lazer.

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    Se se entende como necessrio dinamizar a participao ou favorecer aprotagonismo do indivduo e dos grupos na vida social e cultural, especialmente nostempos livre (tempos de lazer), o turismo como parte importante do lazer(especialmente nas sociedades evoludas), no pode estar alheio a tal necessidade.

    Assim podemos definir animao turstica como O conjunto de aces etcnicas estudadas e realizadas com o sentido de motivar, promover efacilitar uma maior e mais activa participao do turista no desfrutar doaproveitamento do seu tempo turstico, a todos os nveis e dimenses.

    Por outro lado a animao turstica acontece no seu pleno sentido quando resultante de uma vontade consciente que se materializa em projectos, estratgiase aces concretas que se realizam ou praticam segundo tcnicas especficasapropriadas. Isso exige um nvel de conhecimentos vastos, estudo eprofissionalizao.

    Para existir animao no basta que exista oferta turstica, pois o turista, por seusprprios condicionamentos scio-culturais e, porque o turismo se realiza em temposcurtos, assim como em espaos e lugares normalmente desconhecidos para ele,no tem, com frequncia a capacidade necessria para aproveitar s pela suavontade todas as possibilidades que a oferta contenha.

    A animao turstica analisada globalmente tem uma envolvncia e um impacto detal forma importante no acto turstico que no pode nem deve, considerar-se eanalisar-se apenas num determinado espao restrito. certo que programadadentro de espaos restritos (como hotis etc) prende normalmente os turistasdentro desses espaos. Mas ser que grande parte desses turistas se predisporiama sair do hotel para procurarem animao fora dele?

    Animao turstica desenvolvida em espaos restritos no lesiva dos interesseseconmicos de outras estruturas de inegvel interesse turstico, como sejamcasinos, discotecas, festas populares ou qualquer outro tipo de espectculo que temcustos e por isso necessidade de angariar receitas.

    Antes pelo contrrio sobretudo em grandes ou mdias unidades hoteleiras que aplanificao, programao e execuo de programas de animao turstica tmtipos de participao especficos que normalmente no procuram, por razes deordem diversa, sair do espao de alojamento das suas frias.

    Por outro lado a animao turstica quer se queira quer no, um catalizadoreconmico da gesto hoteleira.

    Na verdade a animao turstica assume particular importncia, como um conjuntode actividades dedicadas aos utentes em perodos especficos de cada dia darespectiva estada seja de manh pela tarde ou noite.

    LAZER

    Lazer no simplesmente o resultado de factores externos, no o resultadoinevitvel do tempo de folga, um feriado, um fim-de-semana ou um perodo defrias. uma atitude de esprito uma condio da alma.

    Pieper

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    Lazer o tempo livre do trabalho e de outro tipo de obrigaes, englobandoactividades caracterizadas por um volume considervel do factor liberdade.

    O Lazer todo o tempo excedente ao tempo devotado ao trabalho, sono e outrasnecessidades, ou seja, considerando as 24 horas do dia e eliminando o trabalho, osono, a alimentao, e as necessidades fisiolgicas, obtemos o tempo de lazer.

    O Lazer uma srie de actividades e ocupaes com as quais o indivduo podecomprazer-se de livre e espontnea vontade, quer para descansar, divertir-se,enriquecer os seus conhecimentos, aprimorar as suas habilidades ou parasimplesmente aumentar a sua participao na vida comunitria.

    Hoje o Lazer socialmente construdo para grupos de sexo, idade e estratificaosocial diferenciados, donde podem extrair valores semelhantes de prazer.

    O Lazer de que as pessoas precisam hoje no tempo livre, mas um esprito livre,em lugar de hobbies ou diverses, uma sensao de graa e paz, capaz de noserguer acima da nossa vida to ocupada

    O Lazer :

    - Repouso- Divertimento- Enriquecimento cultural

    O Lazer uma actividade comprometida por:

    - Espaos temporais- Regras sociais- Indivduos que o exeram- Indivduos que o promovam

    RECREAO

    um termo frequentemente utilizado para designar algo semelhante ao lazer. Arecreao indica sempre um tipo de actividade e como o lazer e o jogo, no possuiuma forma nica. No seu sentido literal pode ser visto como uma das funes do

    lazer; a de renovar o ego ou preparar o trabalho.

    1.3. Noo e enquadramento da animao no turismo

    A animao no turismo desempenha um papel importantssimo nodesenvolvimento do mesmo, atravs da realizao de actividade deentretenimento e/ou lazer. Existem inmeras actividades de animao turstica,as quais se podem inserir ou subdividir em diversos grupos ou tipos.

    Assim podemos falar em:

    Animao Scio-cultural

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    - Exposies de Pintura, Escultura, Selos, Fotografias, Artesanato etc

    - Organizao de Conferncias, Seminrios e Colquios

    - Concertos Musicais

    - Representaes Teatrais

    - Festivais de Cinema

    - Jornadas Gastronmicas e Enolgicas

    Recreao e Entretenimento

    - Concursos de Teatro e Literrios

    - Organizao de concursos de dana e bailes

    - Concursos de Gastronomia/Cozinha

    - Desfiles de Moda

    - Seces de Magia

    - Jantares de Gala

    - Organizao de Concursos

    Desportivas

    - Concursos de Pesca e Caa

    - Torneios de Tnis ou golfe

    - Canoagem

    - Passeios Pedestres

    - Outras competies/actividades em instalaes desportivas

    Infantis- Competies desportivas e jogos tradicionais

    - Trabalhos manuais

    - Festas, Teatro, Marionetas etc

    - Cursos de lnguas

    1.4. Noo e enquadramento de actividades de animao desportiva:tipologias

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    Nos ltimos 30 anos a evoluo tecnolgica e social transformou de forma

    fantstica o modo como a maioria das pessoas vem o tempo e a vida. Se h

    algumas dcadas atrs era impensvel para a generalidade da populao viajar

    pelo simples prazer de conhecer stios novos, hoje isso banal para muita gente, de

    tal modo que a viagem turstica j se transformou em algo mais do que conhecer

    stios novos.

    Neste contexto, o Turismo vive uma fase de profunda transformao. Mais do que

    stios diferentes ou oportunidades de descanso, as pessoas viajam cada vez mais

    procura de novas experincias, novas vivncias associadas a diversas prticas

    activas.

    O desporto, actividade onde o Homem experimenta os seus limites, est inserido

    nessas novas experincias, experimentando tambm uma fase de crescimento e demutao. Assume novas formas, novos contextos e novos valores, onde para alm

    da competio com os outros, as pessoas procuram para si evaso, sade e novas

    vivncias.

    O desporto no seu todo representa actualmente um dos mais fascinantes e

    relevantes fenmenos sociais; Manuel Srgio refere mesmo que o Desporto o

    fenmeno cultural de maior magia no mundo contemporneo.

    Para alm de se desenvolverem de forma individualizada, o turismo e o desporto

    foram-se desenvolvendo ao longo dos tempos de forma sistmica, com sinergias e

    reas de sobreposio. Este aspecto torna-se especialmente evidente nas ltimas

    dcadas do sculo XX, dando origem ao que se passou a designar na literatura por

    Turismo Desportivo.

    Para alm da prtica desportiva assume tambm especial relevncia o espectculo

    desportivo; por isso o Turismo Desportivo apresenta duas tipologias especialmente

    relevantes, uma associada ao espectculo desportivo (TED) e uma segunda

    associada prtica desportiva (TPD).

    objectivo deste artigo contribuir para a compreenso desta relao e,

    consequentemente, estabelecer com maior rigor um quadro conceptual quepermita potenciar o desenvolvimento sustentvel no segmento de mercado do

    Turismo de Prtica Desportiva (TPD), seja enquanto motivao principal de viagem

    ou como complemento de outras motivaes tursticas.

    No mbito da Carta Europeia do Desporto o Conselho da Europa define desporto

    como:

    Todas as formas de actividades fsicas que, atravs de uma participao

    organizada ou no, tm por objectivo a expresso ou o melhoramento da condio

    fsica e psquica, o desenvolvimento das relaes sociais ou a obteno de

    resultados na competio a todos os nveis. De acordo com esta definio e tendo

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    como quadro de referncia a Motricidade Humana, podem-se incluir no conceito

    de desporto todas as suas novas formas. Estas so cada vez menos formalizadas,

    geradas em funo de um contexto especfico e submetendo-se muitas vezes a

    uma lgica comercial de produto.Esta posio est em concordncia com autores como Standeven e De Knop que

    defendem que uma definio larga de desporto permite aumentar o significado

    das ligaes entre turismo e desporto.

    Devemos realar tambm que o desporto se assume escala global como um

    excelente espectculo capaz de mobilizar multides e de fidelizar uma imensa

    quantidade de espectadores, por um lado atravs da presena ao vivo, mas

    especialmente atravs do acompanhamento distncia e muitas vezes em

    simultneo.

    Com base nestes pressupostos considerar-se- como desportistas, no s o

    praticante desportivo mas tambm o espectador desportivo, sendo estes dois

    grupos os principais clientes actuais do mercado Desporto.

    O Turismo Desportivo representa assim o corpo de conhecimento e o conjunto de

    prticas onde as reas do turismo e do desporto se tornam interdependentes,

    merecendo alguma especializao no seu estudo.

    Podemos dizer que existe um conjunto de actividades que so simultaneamentetursticas e desportivas, carecendo portanto de abordagens pluridisciplinares entre

    o turismo e desporto.

    O turismo desportivo no emerge de qualquer ruptura com o desporto ou com o

    turismo, mas sim de uma abordagem metodolgica pluridisciplinar entre estes dois

    fenmenos. No existe uma prtica que tenha deixado de ser desportiva, ou

    deixado de ser turstica, para passar a ser turstico-desportiva. O que se passa

    que o fenmeno desporto cresceu num sentido que fez com que o desporto tivesse

    necessidade de recorrer aos servios e aos conhecimentos do turismo. O inverso

    tambm acontece, o turismo cresceu num sentido que torna til a utilizao dos

    servios e dos conhecimentos do desporto no mbito da actividade turstica.

    Existe assim, no actual contexto do desenvolvimento do turismo desportivo, a

    necessidade de fomentar uma relao muito prxima entre os tcnicos de desporto

    e os tcnicos de turismo, de modo a que a reunio destes dois saber-fazer

    permita potenciar ao mximo o desenvolvimento tanto do ponto de vista

    conceptual, como da compreenso das dinmicas do segmento de mercado do

    turismo desportivo.

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    Apesar de os vrios autores apresentarem diferentes perspectivas de anlise, a

    necessidade de associao entre turismo e desporto consensual na anlise do

    conceito de turismo desportivo.

    Assumindo esta bvia sobreposio entre turismo e desporto e para que seconsidere um indivduo como turista desportivo, torna-se necessrio considerar que

    esse indivduo tem que ser turista e simultaneamente participar numa actividade

    desportiva ou desenvolvida em contexto desportivo.

    Assim, possvel definir quatro premissas que necessrio verificar para se

    considerar um qualquer indivduo como turista desportivo; as primeiras trs

    decorrentes dos conceitos de turismo e de turista e a ltima premissa implicando a

    participao em actividades ou contextos associados ao desporto.

    Temos assim que considerar:

    1- Que a pessoa realize uma viagem para fora do seu ambiente habitual

    e que permanea pelo menos uma noite no local visitado (menos de

    uma noite ser o Visitante Desportivo do dia;

    2- Que esta viagem no tenha carcter definitivo, considerando

    normalmente que ela no deva exceder os 12 meses;

    3- Que esta viagem no tenha como motivao principal exercer uma

    actividade remunerada; e

    4- Que o viajante participe durante a viagem ou a estada, numaactividade ou contexto desportivo.

    Se a associao entre turismo e desporto era consensual na bibliografia consultada,

    no que se refere s diferentes actividades e contextos que se podem considerar

    dentro do universo do turismo desportivo, as opinies so um pouco mais diversas.

    Ainda assim, dois pontos so quase consensuais: (i) a Incluso da prtica desportiva

    e (ii) a assistncia enquanto espectador.

    De realar uma quase unanimidade em considerar como turismo desportivo para

    alm das actividades desportivas praticadas pelos turistas, tambm as actividades

    desportivas a que o turista assiste ou espectador.

    As outras formas de turismo desportivo que abordaremos resumidamente no ponto

    devero assim ter um peso residual e pontual enquanto zonas de sobreposio

    entre as reas do desporto e do turismo. Este dado carece ainda assim de uma

    anlise mais aprofundada de indicadores como a quantidade de turistas envolvidos

    em cada um dos tipos de turismo desportivo ou os volumes de negcios associados.

    A participao de turistas em actividades ou contextos desportivos pode assim

    agrupar-se na seguinte tipologia:

    1- Turismo de prtica desportiva (TPD);

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    2- Turismo de espectculo desportivo (TED);

    3- Outros contextos turstico-desportivos.

    Em concluso e como sistematizao do fenmeno turismo desportivo, apresenta-se a Figura 1que ilustra os diferentes tipos de turismo desportivo.

    A importncia desta clarificao a de que a cada tipo definido podemos associar

    tambm um tipo de cliente, o que tem diferentes implicaes no marketing e

    estratgia de desenvolvimento econmico.

    Assim definidos os conceitos, importa realar ainda que o turismo desportivo e cada

    um dos seus tipos, no se resumem aos seus clientes. Para alm dos clientes,

    necessrio considerar as dinmicas entre todos os intervenientes no fenmeno. Na

    figura, que apresentaremos aquando da anlise do mercado do turismo de prtica

    desportiva, podemos verificar como em qualquer outro mercado, que para alm dosclientes/consumidores necessrio considerar os produtores, os distribuidores e os

    facilitadores. No entanto nossa opinio que a organizao de todas as dinmicas

    deve comear pela anlise rigorosa dos clientes-tipo que podero viabilizar e

    potenciar um determinado mercado.

    Turismo de Prtica Desportiva

    Relativamente ao turismo de prtica desportiva este pode definir-se como o

    Conjunto de actividades desportivas em que participem turistas enquanto

    praticantes. Podemos considerar a pessoa com este tipo de participao no

    TURISMO DESPORTIVO

    Turista PraticanteDesportivo

    Turismo dePrtica

    Desportiva

    Turista EspectadorDesportivo

    Outros Clientesturstico-desportivos

    Outros contextosturstico

    desportivos

    Turismo deEspectculoDesportivo

    Figura 1 Principais tipos de Turismo Desportivo

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    desporto como o turista praticante desportivo que, por sua vez se poder definir

    como aquele Turista que, durante a sua viagem, pratica uma qualquer actividade

    desportiva, independentemente da motivao principal da viagem.

    Pigeassou chama e esta famlia de relaes entre o turismo e o desporto a prticade actividades fsicas e/ou desportivas ou Turismo desportivo de aco onde a

    actividade fsica um iniciador e um intermedirio da experincia que se vive.

    Na estrutura de relaes de sinergia entre turismo e desporto, Robinson e

    Gammon no distinguem a prtica desportiva como segmento do turismo

    desportivo, mas referem-se ao turismo desportivo como a anlise dos indivduos

    e/ou grupos de pessoas que participam activamente ou passivamente em desporto

    competitivo ou recreativo podendo considerar-se a participao activa como a

    prtica desportiva.

    De uma forma menos atenta poder-se-ia ter a tentao de definir turismo de prtica

    desportiva como o turismo em que a principal motivao de viagem fosse a

    participao numa qualquer actividade desportiva enquanto praticante. No entanto

    uma anlise mais aprofundada permite perceber que este tipo de turismo

    representa apenas uma parte dos turistas praticantes desportivos. Com efeito,

    tambm as pessoas que embora tenham outra motivao de viagem, como por

    exemplo o turismo de sol e mar ou o turismo em espao rural, podem vir a praticar

    uma actividade desportiva. Independentemente da motivao da viagem, a prtica

    desportiva por parte dos turistas representa um campo de sobreposio entre oturismo e o desporto. Este aspecto ser desenvolvido na seco

    Turismo de Espectculo Desportivo

    Relativamente ao turismo de espectculo desportivo, este poder definir-se como o

    conjunto de actividades desportivas de que usufruam os turistas enquanto

    espectadores considerando-se a pessoa com este tipo de participao no turismo

    desportivo como o turista espectador desportivo. Este poder assim definir-se como

    o turista que, durante a sua viagem, assiste a um qualquer espectculo ou eventodesportivo, independentemente da motivao principal da viagem.

    Pigeassou chama e esta famlia de relaes entre o turismo e o desporto a

    participao em eventos ou exibies focadas no desporto ou Turismo

    desportivo de eventos, em que uma proximidade sensorial e emocional com a

    situao real essencial.

    Na mesma anlise Robinson e Gammon referem-se participao passiva

    podendo considerar-se esta como a assistncia a espectculos desportivos.

    Assim considerado, o espectculo desportivo tem-se desenvolvido de forma

    exponencial ao longo das ltimas dcadas, em parte devido ao desenvolvimento

    mediatizado de competies a nvel global, consequncia do desenvolvimento dos

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    meios de transporte e comunicao de larga escala ocorrido a partir de meados do

    sculo passado.

    Os modelos competitivos bastante atractivos vieram fomentar a assistncia ao vivo

    s competies desportivas (exemplos disso: os Jogos Olmpicos, o Campeonato doMundo de Futebol, Campeonato do Mundo de Formula 1, Voltas nacionais em

    ciclismo, ) tornando-os numa nova forma de actividade econmica de elevada

    relevncia nas economias dos pases.

    Tem-se assim uma enorme quantidade de pessoas que se deslocam tendo como

    objectivo principal assistir a espectculos desportivos ou que, estando de frias com

    qualquer outra motivao, acabam por assistir a espectculos desportivos que se

    realizam no mesmo destino turstico.

    Este mercado assume assim um relevo muito significativo, no s pela capacidade

    de atraco de turistas de forma directa, mas tambm como forma de promoo

    dando visibilidade a um determinado destino ou contexto turstico. A ttulo de

    exemplo poderamos referir o Euro 2004 realizado em Portugal e que para alm das

    receitas directas que proporcionou, tambm contribuiu de forma muito interessante

    para a promoo de pas no exterior.

    O TED assume assim diversas caractersticas que permitem anlises distintas e

    muito teis para a compreenso do fenmeno turismo desportivo, anlise essa que

    ser aprofundada em artigos futuros.

    Outras Formas de Turismo Desportivo

    Turismo desportivo de aco , turismo desportivo de evento, o turismo

    desportivo de cultura e o turismo desportivo de envolvimento.

    O turismo desportivo de cultura refere-se a um carcter mais cognitivo da cultura

    desportiva que pode estar associado a um sentido de histria desportiva, de

    curiosidade intelectual ou de venerao. O turismo desportivo de envolvimento

    refere-se s situaes inerentes ao mundo do desporto, nomeadamente s

    inmeras possibilidade de viagem turstica associadas administrao desportiva

    ou ao treino. Por exemplo o staff de uma competio ou os workshops de

    formao desportiva complementares.

    Para alm de considerarem que a relao entre turismo e desporto pode ser

    participativa ou no participativa, Kurtzman e Zauhar utilizam uma

    terminologia mais prtica, identificando cinco categorias de turismo desportivo: as

    atraces de turismo desportivo, os resorts de turismo desportivo, os cruzeiros

    de turismo desportivo, as viagens de turismo desportivo e os eventos de

    turismo desportivo.

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    Em nossa opinio existe um conjunto de relaes entre turismo e desporto que vo

    para alm do TPD e do TED sendo estas tipologias muito variadas e apresentando

    cada uma delas aspectos muito especficos e que importa analisar caso a caso.

    Sem nos alongarmos nesta discusso, deixamos alguns pontos que podero servirde ponto de partida para uma anlise mais aprofundada:

    algumas destas relaes podem no implicar clientes de turismo desportivo

    (por exemplo: os estgios pr-competitivos das equipas de desporto

    profissional tm normalmente um efeito muito superior ao nvel da

    promoo turstica do que do desenvolvimento de servios de turismo

    desportivo);

    algumas destas relaes podem estar muito prximas de outros tipos de

    turismo (por exemplo: do turismo cultural no caso dos museus ou exposies

    com motivos desportivos);

    algumas destas relaes representam nichos muito especficos e cujo a

    interpretao dificilmente pode ser transposta para outros contextos.

    2. O planeamento de actividades de animao

    H que constantemente rever as motivaes do turista

    Tendo em conta:

    Quais os factores que motivam a fidelizao dos clientes Que factores desmotivam os mesmos Que expectativas dos turistas se encontram realmente realizadas ou satisfeitas

    e quais as que podem ser ainda melhoradas Que apetncias inovadoras e diferenciais podero ser potnciadas a fim de

    transform-las em reais expectativas

    Meio Scio-econmico (anlise de mercado)

    Que imagem temos junto do mercado alvo Caractersticas scio-econmicas desse mercado Qual o espectro etrio dos mesmos Nvel de educao Estada mdia do cliente e poca do ano em que mais se deslocam Desenvolvimento dos pases emissores/ regies de outgoing Ofertas da concorrncia dos pases/ regies de incoming Meios de transporte disponveis de acesso regio e ao pas em causa Alojamentos disponveis Categorias scio-profissionais dos clientes Vencimentos e despesas mdias

    Meio-Ambiente

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    tudo aquilo que nos rodeia e que pode de alguma forma intervir no projecto deanimao que se pretende desenvolver

    Estrutura fsica do local ( importante determinar onde que ser desenvolvida aaco de animao e quais as condies necessrias para tal)

    Polticos, poder ou influncia poltica (fazer um levantamento da opinio pblica, oque que as pessoas pensam do nosso evento, aferir quem so os poderespolticos da regio pois estes geralmente aproveitam-se de eventos para chamar ateno mas tambm podem ser poderosas foras de bloqueio ao desenvolvimentodos mesmos)

    Grupos ou associaes cvicas da comunidade (apurar igualmente da suareceptividade face ao evento ex associaes ambientalistas)

    Entidades oficiais (Ex. Governador Civil, Presidente da Cmara Municipal, Foraspoliciais..... para obteno de licenas ou apoios quer ao nvel financeiro querlogstico)

    Foras vivas do local ( lideres do comrcio ou da industria para eventuais apoiosfinanceiros)

    Media local (relao que se tem com os media a nvel local)

    Projecto

    O Projecto de Animao

    Os projectos de animao devero criar uma atmosfera tal, que permita ao clienteum ambiente de bem estar, oferecendo-lhe diversas possibilidades de se divertir,distrair, satisfazer a curiosidade e descobrir as particularidades do local onde seencontra:

    Caractersticas:

    - Flexveis e abertos a alternativas propostas- Diversificados, visando a satisfao dos diferentes pblicos- Cativantes, visando o ritmo e a anulao de tempos mortos- Adequados ao pblico, recursos e equipamentos- Complementares, visando a sua harmonia

    Na elaborao do projecto importa responder a algumas questes fundamentais

    Nomeadamente:

    - Para quem (quem o publico alvo a que se vai dirigir a animao

    - Para satisfazer que necessidades (quais as necessidades do cliente alvo)

    - Que ocupao de espao (m2, acessibilidades, caractersticas geogrficas)

    - Que equipamentos (Fazer lista de todos os equipamentos necessrios para oevento)

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    - Quem envolver (pessoas que vo estar envolvidas monitores foras de seguranabombeiros etc)

    Algumas das respostas s questes anteriormente colocadas podem serrespondidas atravs da realizao de Estudos de Mercado seno vejamos.

    - Que imagem temos junto do nosso mercado alvo- Caractersticas socio-economicas desses mercados- Qual o espectro etrio dos mesmos- Que factores motivam a deslocao/viagem- Como se vo deslocar at ao local de destino- Que factores desmotivam os mesmos- Que expectativas se encontram realmente satisfeitas- Que expectativas podem ainda ser aperfeioadas- Que apetncias inovadoras e diferenciadas podero ser potenciadas- Quais as expectativas inerentes viagem

    Recursos Disponveis

    Est bastante difundida a ideia preconcebida que a animao turstica exige autilizao de materiais equipamentos e recursos em grande quantidade e deelevado custo. Na verdade o volume e o custo do material apresentam-se sempredirectamente proporcionais ambio e dimenso que se quer dar aos programasde animao.

    no entanto ideal a ptima utilizao do j disponvel e para tal temos deconsiderar:

    Atractivos naturais (O que que o local dispe em termos de recursosnaturais, se perto de praias ou barragens, montanhas etc)

    Atractivos de carcter cultural (Monumentos, runas, tradies etc) Facilidades ( Transportes, servios pblicos, de sade etc) Equipamentos e servios diversos (Disponveis ou fceis de alugar) Recursos tcnicos (e a regio tem por ex. monitores de escalada ou

    electricistas tcnicos de som) Recursos financeiros (Oramentos, patrocnios, subsdios etc ) Populao local (Se podero ser envolvidos na animao como

    colaboradores logsticos)

    Plano de Animao

    nesta fase que se define concretamente o que se vai fazer quando e onde se vaifazer o programa de animao.

    1. Definir a ideia (O que se vai fazer)2. Estratgia de implementao (Como que se vai por em prtica)3. Variveis do Marketing Mix (analisar)

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    4. Esquematizao das infra-estruturas existentes (atender aos vrios aspectoscomo sendo saneamento bsico, recolha de lixo, parques deestacionamento, acessibilidades etc)

    5. Concretizao do local (ter em conta o ponto anterior e fazer planta do localou do percurso do evento)

    6. Definio de equipamentos (listagem dos equipamentos necessrios para oevento)

    7. Oramento financeiro8. Estrutura legal (Autorizaes legais e licenas)9. Estrutura operacional (Programa como vo decorrer as actividades horrios

    etc)10. Anlise e avaliao dos resultados

    Um bom processo de marketing est ligado ao tempo despendido na anlise doselementos disponveis na continua e disciplinada anlise de questes que quandorespondidas determinaro o sucesso da implementao de actividades que geram a

    animao

    FactosCorrentes

    Motivos Alternativaspossveis

    Reviso dosFactos

    O qu? O que se fazagora

    Porque sefaz agora

    O que se poderiafazer agora

    O que deveriaser feito

    Como? Como feito Porqudesta forma

    Poderia ser feitode outra forma

    Como deveriaser feito

    Quando Quando feito

    Porqunesta altura

    Poderia ser feitonoutra altura

    Quando deveriaser feito

    Quem? Quem faz Porqu essapessoa

    Quem maispoderia fazer

    Quem o deveriafazer

    Metodologia do projecto de Animao

    Qualquer projecto de Animao tem de ser devidamente estruturado sendoanalisadas as seguintes etapas:

    1. Apresentao2. Fundamentao

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    3. Planificao4. Execuo5. Avaliao

    De um modo geral estas fazes do projecto de animao j foram descritas no pontoanterior (plano de animao), contudo e dada a sua importncia no demais focarde uma forma esquemtica as fases a que o desenvolvimento de um projecto destanatureza deve obedecer.

    Barreiras implementao do plano de Animao

    Existem factores de ordem diversa que colocam em causa a realizao dedeterminados eventos ou programas de animao:

    No tem retorno de investimento tangvel o que origina falta de interessepor parte e eventuais investidores/patrocinadores

    Geras despesas considerveis quando confrontadas com as receitasprevisveis (no vivel do ponto de vista econmico)

    A aceitao por parte do pblico alvo no espontnea, implicando umareviso do projecto

    Existem esforos de conteno de despesas que no se coadunam com osresultados pretendidos

    Se a criao de determinado evento demasiado dispendiosa e no seespera um retorno de capital, verifica-se um desinteresse pelo plano ou peloevento

    Factores de Sucesso na Animao

    Que factores podem conduzir ao sucesso da animao

    - Planificar todas as variveis do programa (planificando todas as etapas)

    - A Esquematizao das infra-estruturas deve ser considerado prioritrio

    - Nunca esquecer que os patrocinadores so um instrumento importante doMarketing e so geradores e receita

    - Promotores privados necessitam do suporte do sector pblico (entidades oficiais)

    - A promoo um factor crtico de sucesso

    - Pequenas comunidades so igualmente to importantes como as grandes, porquepermitem a focalizao dos eventos de animao

    - Envolver sempre que possvel as comunidades locais no evento

    - No esquecer que o impacto econmico consegue sempre unir esforos dacomunidade para o evento/animao

    - Fazer eventos por vezes no economicamente vivel, usar o que temosdisponvel gratuitamente

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    - Quanto maior for o evento/animao, maior ser a importncia da comunidade nodesenvolvimento do mesmo. Usar voluntrios sempre que existam.

    Oramento

    Dependendo da natureza do mesmo podemos considerar;

    RECEITAS:

    - Bilheteira- Televiso/Rdio- Promoo/Publicidade de Empresas- Patrocnios- Expositores- Concesses para bares e restaurantes- Transportes- Doaes

    CUSTOS

    - Operacionais/produo ( Pessoal, Segurana, Licenas, Construes, Seguros,Suportes administrativos)

    - Rendas (Aluguer de espaos)- Promoo/Publicidade (Brochuras, Relaes publicas)- Custo com os artistas ou participantes

    3. A comunicao na animao turstica e desportiva

    fundamental considerar o turismo como motor de um processo dedesenvolvimento integrado e coerente, na perspectiva do seu chamadoefeito multiplicador, e que a procura que as receitas obtidas com estaactividade voltem a ser investidas na prpria regio e assim conseguirpromover a criao e/ou desenvolvimento de outras actividades, postos detrabalho assim com a valorizao profissional no turismo e nos sectoresdirecta ou indirectamente com ele relacionados. Importa para tal, que oturismo seja correctamente concebido e gerido levando definio deuma poltica coerente de desenvolvimento turstico. Neste contexto osprofissionais de turismo devero ter em conta a existncia de instalaesde alojamento e restaurao adequadas ao segmento de mercado queservem mas, e simultaneamente no podero esquecer que deverotambm conceber, organizar, implementar e gerir estruturas e formas deanimao que considerem devidamente, e numa ptica de Marketing, otipo de cliente e consequentemente, o tipo de necessidades a satisfazerassim como os preos a praticar. A animao turstica permite organizardeterminadas actividades cujo objectivo permitir ao turista o acessoadequado aos recursos e assim assegurar a sua explorao

    A Animao Scio-cultural numa ptica de marketing

    A funo do animador surge face necessidade de em diversas reas proceder dinamizao e revitalizao de estruturas sociais e culturais. Importa para o efeito

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    formar especialistas, indivduos que conheam os diferentes recursos disponveis nombito da sua rea de actuao, e que por outro lado identifiquem com exactidoas necessidades e motivaes do pblico alvo para o qual esto a trabalhar. Sdesta forma podero conceber o programa mais adequado ou seja o que melhor

    serve o pblico.Se considerarmos que uma abordagem de marketing comea com a preocupaode identificar o consumidor ou o comprador e as necessidades que o motivam, emordem a conceber, organizar e utilizar os meios adequados a dar-lhe satisfao,com a mxima rentabilidade possvel ento estamos no domnio do Marketing.

    O Institute of Marketing define marketing enquanto um processo de gestoresponsvel pela antecipao, previso e satisfao das necessidades doconsumidor tendo em vista a obteno de lucros

    Neste sentido pode-se concluir que:

    a) O animador trabalha os recursos, concebendo programas que dirige a pblicosperfeitamente identificados

    b) Esta postura de adequao dos programas aos pblicos alvo, visando obter asatisfao do consumidor e a rendibilidade mxima para a organizao, insere-se numa postura de marketing

    Um plano de marketing tipo engloba vulgarmente as seguintes tarefas:

    1- Percepo e entendimento da misso e dos valores da empresa2- Anlise do mercado (anlise externa) e da empresa (anlise interna) a fim de

    determinar os seus trunfos, as suas oportunidades, as suas fraquezas e a suas

    ameaas3- Formulao dos objectivos de marketing (definidos quantitativamente equalitativamente, e num dado espao de tempo) e consequente definio dasestratgias genricas possveis

    4- Seleco ou escolha estratgica de marketing. Por cada objectivo considerado,os gestores devem decidir-se por uma de muitas opes estratgicas a adoptar. nesta altura que se deve segmentar o mercado e avaliar a rendibilidade decada um dos segmentos assim como proceder a uma avaliao dos diferentesposicionamentos concorrncias a fim de propor o posicionamento maisadequado ao produto em causa

    5- Definio dos planos de aco. Estes referem-se s diferentes decises que serelacionam com cada rea estratgica de que constitudo o marketing-mix(produto, preo, promoo e distribuio). Os planos de aco descrevem

    minuciosamente a forma como as estratgias so implementadas. So a ultimafase do planeamento de marketing e podem classificar-se como catlogos detarefas a realizar, resumindo, como, quando, e por quem.

    Particularidades da animao turstica

    O turismo como fenmeno humano rico, complexo e polivalente. Numaperspectiva de Marketing, recorre-se utilizao dos recursos a fim de criarprodutos tursticos e finalmente conceber as ofertas tursticas. Estas sopercepcionadas pelos consumidores como destinos tursticos. Como tal h queproceder, numa dada regio inventariao dos recursos ai existentes, pois eles

    so a base sobre a qual se vai desenvolver a actividade turstica. Os servios eequipamentos devero ser definidos com vista a proporcionar ao turista a utilizao

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    dos recursos, satisfazendo as suas necessidades e possibilitando-lhe a fruio dosatractivos do destino. Neste sentido estamos face a produtos tursticos ou seja, aconjuntos de componentes que agregados so capazes de satisfazer as motivaese as expectativas de um determinado segmento de mercado. Precisamos agora de

    lhe atribuir um preo, distribui-los e d-los a conhecer de forma a que osconsumidores os percepcionem e saibam como e onde podem adquiri-los.Concebemos assim ofertas tursticas (conjuntos de servios) que se podem comprarpor determinado preo, que se desenvolvem em determinado local num tempoespecifico possibilitando a quem os adquire a fruio de uma experincia de viagemcompleta.

    O turista requer pois, um conjunto de servios que no se limitam ao alojamento eao transporte, exigindo tambm actividades recreativas. Neste caso a inovao e odesenvolvimento de novos produtos surgem como fundamentais no sentido daobteno de xito por parte das empresas que trabalham na rea da animao. Aimaginao reveste-se de extrema importncia e a criatividade imprescindvel

    para no criar fadiga ou cansao no turista. O marketing assume assim um papel deextrema importncia e relevo.

    Caso se pretenda lanar um programa de animao que ter em ateno aoseguinte:

    - Estudo da procura e das sua motivaes em relao s actividades recreativas(estar em ambientes agradveis, alargar as relaes sociais, divertir-se,desenvolvimento da personalidade etc)

    - Estudo da oferta ( recursos naturais e histrico-culturais adequados para odesenvolvimento de programas de animao, existncia de instalaestursticas adequadas etc)

    As fases de lanamento de um produto de animao requerem um plano demarketing que comporte:

    - A criao de possveis ideias de recreao e animao- Processo de seleco das mesmas mediante testes feitos a terceiros- Valorizao econmica da sua rendibilidade- Desenvolvimento de projectos e produtos para a sua aplicao- Distribuio e promoo do produto- Comercializao e venda concreta.

    Assim importante que os gestores de animao realizem as seguintes actividades:

    - Estudos de da procura e da oferta (caractersticas dos clientes e dos recursos)- Planificao dos projectos de animao de acordo com os resultados dos

    estudos- Definio dos pressupostos e dos meios financeiros- Definio das relaes de cooperao com os diversos sectores que participam

    na campanha turstica geral (alojamento e transportes)- Utilizao racional dos recursos e do projecto de animao- Realizao dos programas definindo os diferentes campos de aco- Actividades de promoo e venda (sites, folhetos brochuras etc)

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    Segundo Guibilato no basta para estimular a vida do turista aliment-lo e aloj-lo.Ele desloca-se com o objectivo de desfrutar e utilizar os recursos assim comopraticar determinadas actividades. Com tal necessrio dar-lhe a oportunidade deo fazer.

    Numa ptica de Marketing a animao deve servir adequadamente o segmento alvoa que se dirige, de acordo com o estabelecido no plano de marketing

    No caso especfico da animao turstica, os responsveis pela poltica tursticadevero estar alerta para a necessidade de alm de adequadas instalaes dealojamento, restaurao, conceberem, organizarem e gerirem estruturas e formasde animao que respondam s verdadeiras expectativas, necessidades emotivaes dos turistas

    4. O perfil do animador turstico e do animador desportivo

    Uma das componentes mais importantes na realizao de projectos de animao sem dvida o animador.

    Indiciada esta necessidade de animao/animador, ele animador tem de possuirgrandes qualidades de comunicao, abertura de esprito, muita disponibilidade,um carcter extrovertido, talentoso e ser especialista em pelo menos umaactividade desportiva ou ldica. Tem de ter uma personalidade forte, e serpossuidor de grande imaginao, ser dinmico, flexvel e ter grande capacidadesugestiva, enfim possuir um conjunto de aptides que tornam esta profisso difcil emais completa do que muitos podem pensar.

    4.1 Perfil e Atribuies do Animador

    De acordo com diversos especialista existem 14 qualidades que qualquer bomanimador deve possuir:

    1. Ser um excelente comunicador2. Ser criativo dinmico e esprito de lder3. Ter forte capacidade de adaptao4. Ter grande capacidade organizativa5. Dominar tcnicas e recursos

    6. Ter uma atitude de permanente aprendizagem7. Ter capacidade de improviso8. Ter capacidade pedaggica9. Ser tolerante10. Ser observador11. Ter simpatia e amabilidade12. Ser aglutinador de grupo13.Ser entusiasta14. Ser resistente fsica e psicologicamente

    Estas so sem dvida as principais aptides que um animador deve possuir, mas

    para que do ponto de vista da interveno do animador e para seu prprio controloe orientao, o evento seja um sucesso s aptides atrs referidas deveremosacrescentar alguns princpios orientadores

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    Os princpios orientadores de um bom animador so:

    Nunca esquecer que o objectivo principal do animador satisfazer os gostose as expectativas do maior nmero possvel de clientes e de os entreter

    Tentarem sempre uma adaptao s condies especficas do trabalho a

    efectuar, sem apresentarem demasiados obstculos Terem sempre presente que um animador no apenas considerado como

    indivduo, mas tambm com o que faz. Do seu comportamento depende otrabalho e a credibilidade de toda uma equipa

    Tentarem desde o primeiro minuto atrair a simpatia dos colegas e egestores. T-los como amigos poder significar melhores condies detrabalho. T-los como inimigos pode levar ao insucesso total

    Devem publicitar de todas as formas possveis as suas iniciativas e as daequipa, para que nunca algum possa dizer eu no sabia

    Devem procurar aproveitar-se de todas as ocasies em que se verifiquedisponibilidade e entusiasmo por parte dos participantes para implementaruma nova actividade que v de encontro das suas expectativas

    Recordar que o segredo para agradar a todos no ter preferncia porningum em particular. Tem de ser dada ateno a todos e da mesma forma

    No esgotar em poucos dias todas as energias, deitando-se tarde eacumulando sonos em atraso. Tem de aprender a gerir a fadiga e o stress,pois de tem de estar activo por longos perodos

    Nunca se envolver em comportamentos mais ou menos ntimos ou de fcilequvoco com qualquer cliente

    Atribuies do animador

    Animar aspectos, monumentos estruturas e acontecimentos, promover o acesso

    cultura, contribuir para o desenvolvimento das capacidades criadoras, promover ocontacto entre os elementos do grupo, suscitar iniciativas, aumentar a participaonas actividades propostas e introduzir a noo de cultura no mbito dos temposlivres

    Cada vez mais o animador tem de saber organizar planificar e dirigir actividades

    5. O enquadramento legal e legislao

    5.1. Legislao relevante para animao turstica e desportiva

    Empresas de Animao Turstica

    So Empresas de Animao Turstica as que tenham por objecto a exploraode actividades ldicas, culturais, desportivas ou de lazer, que contribuam para odesenvolvimento turstico de uma determinada regio e no se configurem comoempreendimentos tursticos, empreendimentos de turismo no espao rural, casasde natureza, estabelecimentos de restaurao e bebidas, agncias de viagens e

    turismo ou operadores martimo-tursticos.

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    As empresas proprietrias ou exploradoras de empreendimentos tursticos,empreendimentos de turismo no espao rural, casas de natureza, estabelecimentosde restaurao e bebidas, agncias de viagens e turismo ou operadores martimo-tursticos, quando constitudas como cooperativa, estabelecimento individual de

    responsabilidade limitada ou sociedade comercial e prevejam no seu objecto socialo exerccio de actividades de animao turstica desde que cumpram os requisitosprevistos na lei, esto dispensadas do licenciamento legal.

    So actividades prprias das empresas de animao turstica as exploradas em:

    Marinas, portos de recreio e docas de recreio predominantemente destinados aoturismo e desporto;

    Autdromos e Kartdromos;Balnerios termais e teraputicos; Parques temticos; Campos de golf; Embarcaes com e sem motor, destinadas a passeios martimos e fluviais de

    natureza turstica; Aeronaves com e sem motor, destinadas a passeios de natureza turstica, desde

    que a sua capacidade no exceda um mximo de seis tripulantes e passageiros; Instalaes e equipamentos para salas de congressos, seminrios, colquios e

    conferncias, quando no sejam partes integrantes de empreendimentostursticos e se situem em zonas em que a procura desse tipo de instalaes ojustifique;

    Centros equestres e hipdromos destinados prtica de equitao desportiva ede lazer;

    Instalaes e equipamentos de apoio prtica do windsurf, surf, bodyboard,wakeboard, esqui aqutico, vela, remo, canoagem, mergulho, pesca desportivae outras actividades nuticas;

    Instalaes e equipamentos de apoio prtica da espeleologia, do alpinismo, domontanhismo e de actividades afins; Instalaes e equipamentos destinados prtica de pra-quedismo, balonismo e

    parapente; Instalaes e equipamentos destinados a passeios de natureza turstica em

    bicicletas ou outros veculos de todo o terreno; Instalaes e equipamentos destinados a passeios de natureza turstica em

    veculos automveis sem prejuzo do legalmente estipulado para utilizao demeios prprios por parte destas empresas;

    Instalaes e equipamentos destinados a passeios em percursos pedestres einterpretativos;

    As actividades, servios e instalaes de animao ambiental previstas noDecreto Regulamentar n 18/99, de 27 de Agosto, sem prejuzo das mesmasterem de ser licenciadas de acordo com o disposto nesse diploma;

    Outros equipamentos e meios de animao turstica, nomeadamente de ndolecultural, desportiva, temtica e de lazer.

    So consideradas actividades acessrias das empresas de animao turstica, semprejuzo do regime legal aplicvel a cada uma delas, as seguintes actividade:

    As iniciativas ou projectos sem instalaes fixas, nomeadamente os eventos denatureza econmica, promocional, cultural, etnogrfica, cientfica, ambiental oudesportiva, quer se realizem com carcter peridico, quer com carcter isolado;

    A organizao de congressos, seminrios, colquios, conferncias, reunies,

    exposies artsticas, museolgicas, culturais e cientficas;

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    A prestao de servios de organizao de visitas a museus, monumentoshistricos e outros locais de relevante interesse turstico.

    Licenciamento das empresas de animao turstica

    O exerccio da actividade das empresas de animao turstica depende de licena,constante de alvar, a conceder pela Direco-Geral do Turismo.

    A concesso da licena depende da observncia pela requerente dos seguintesrequisitos:

    Ser uma cooperativa, estabelecimento individual de responsabilidade limitadaou sociedade comercial que tenha por objecto o exerccio daquela actividade e

    um capital social mnimo realizado de 12 469,95. Prestao das garantias exigidas por lei:

    Seguro de acidentes pessoais garantindo:

    Pagamento das despesas de tratamentos, incluindo internamentohospitalar e medicamentos, at ao montante anual de 3 500.

    Pagamento de um capital de 20 000, em caso de morte ou invalidezpermanente dos seus clientes, reduzindo-se o capital por morte aoreembolso das despesas de funeral at ao montante de 3 000,quando este tiverem idade inferior a 14 anos.

    Seguro de assistncia s pessoas, vlido exclusivamente no estrangeiro,garantindo:

    Pagamento do repatriamento sanitrio e do corpo. Pagamento de despesas de hospitalizao, mdicas e farmacuticas,

    at ao montante anual de 3 000.

    Seguro de responsabilidade civil, garantindo 50 000 por sinistro, e

    anuidade que garanta os danos causados por sinistros ocorridos durante avigncia da aplice, desde que reclamados at um ano aps a cessao docontrato.

    Comprovao da idoneidade comercial do titular do estabelecimento em nomeindividual de responsabilidade limitada, dos directores ou gerentes dacooperativa e dos administradores ou gerentes da sociedade requerente.

    Pagamento de uma taxa de licenciamento no valor de 2493,99.

    Do pedido de licena dever constar:

    A identificao do requerente. A identificao dos titulares, administradores ou gerentes. A localizao da sua sede social.

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    Devero acompanhar este pedido, os seguintes documentos:

    Formulrio de Identificao (Modelo DGT) Fotocpia do Bilhete de Identidade Fotocpia do Carto de Contribuinte. Certido de escritura pblica de constituio da empresa. Certido do registo comercial definitivo da empresa. Certido comprovativa do nome adoptado para o estabelecimento. Cpia devidamente autenticada dos contratos de prestao de garantias. Declarao em como as instalaes satisfazem os requisitos exigidos por lei,

    quando as empresas de animao tursticas disponham de instalaes prprias. Declarao em como o titular do estabelecimento em nome individual de

    responsabilidade limitada, os directores ou gerentes da cooperativa e osadministradores ou gerentes da sociedade requerente, consoante o caso, no seencontrem em alguma das circunstncias previstas na lei que impeam oexerccio da actividade.

    Sempre que a realizao ou execuo do empreendimento no estejadependente da existncia de instalaes fixas, o requerente deve aindaapresentar um programa detalhado das actividades a desenvolver com aindicao dos equipamentos a utilizar e dos demais elementos que se mostremnecessrios para a total e completa caracterizao do empreendimento.

    O Director-Geral do Turismo ou quem com delegao deste, tenha competnciapara o efeito, dispe de 45 dias a contar da data da recepo do requerimentopara decidir sobre o pedido de licena.

    Nota: Os montantes mnimos dos contratos de seguro a celebrar soactualizados anualmente por portaria conjunta dos Ministros dasFinanas e da Economia.

    Legislao Aplicvel

    Decreto-Lei n 108/02 de 16.04 Altera o Decreto-Lei n 204/00 de 1 deSetembro, que regula o acesso e o exerccio da

    actividade das empresas de animao turstica.

    Decreto-Lei n 204/00 de 01.09

    (Alterado pelo Decreto-Lei n108/02 de 16.04)

    Regula o acesso e o exerccio da actividade dasempresas de animao turstica.

    Portaria n 96/01 de 13.02 Aprova o modelo, preo, fornecimento,utilizao e instruo do livro de reclamaespara uso dos utentes das empresas deanimao turstica

    Portaria n 138/01 de 01.03 Aprova as taxas devidas pela concesso delicenas relativas ao exerccio da actividade das

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    empresas de animao turstica.

    Declarao de Interesse para o Turismo

    A Declarao de Interesse para o Turismo prevista no artigo 57 do Decreto-Lei167/97 de 4 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n 55/2002 de 11.03, pode seratribuda aos seguintes estabelecimentos, iniciativas, projectos ou actividades:

    marinas, portos de recreio e docas de recreio, predominantementedestinados ao turismo e desporto;

    autdromos e kartdromos; parques temticos; campos de golfe; balnerios termais; balnerios teraputicos;

    instalaes e equipamentos para salas de congressos seminrios, colquios,reunies e conferncias; estabelecimentos de restaurao e de bebidas; centros equestres e hipdromos destinados prtica da equitao

    desportiva e de lazer; instalaes e equipamentos de apoio a adegas, caves, quintas, cooperativas,

    enotecas, museus do vinho e outros centros de interesse para a dinamizaode rotas do vinho;

    embarcaes com e sem motor, destinadas a passeios martimos e fluviaisde natureza turstica;

    aeronaves com e sem motor, destinadas a passeios de natureza turstica,desde que a sua capacidade no exceda um mximo de seis tripulantes e

    passageiros; instalaes e equipamentos de apoio prtica de windsurf, surf, bodyboard,wakeboard, esqui aqutico, vela, remo, canoagem, mergulho, pescadesportiva e outras actividades nuticas;

    instalaes e equipamentos de apoio prtica da espeleologia, doalpinismo, do montanhismo e de actividades afins;

    instalaes e equipamentos de apoio prtica de pra-quedismo, balonismoe parapente;

    instalaes e equipamentos destinados a passeios de natureza turstica embicicletas ou outros veculos de todo-o-terreno;

    instalaes e equipamentos destinados a passeios de natureza turstica emveculos automveis;

    as actividades, servios e instalaes de animao ambiental previstos noDecreto Regulamentar n 18/99, de 27.08, sem prejuzo das mesmas seremlicenciadas de acordo com o disposto nesse diploma;

    outros equipamentos e meios de animao turstica, nomeadamente dendole cultural, desportiva e temtica;

    iniciativas, projectos ou actividades sem instalaes fixas, nomeadamenteos eventos de natureza econmica, promocional, gastronmica, cultural,etnogrfica, cientfica, ambiental ou desportiva, quer se realizem comcarcter peridico, quer com carcter isolado.

    Para que os estabelecimentos, iniciativas, projectos ou actividades acima referidospossam ser reconhecidos de interesse para o turismo devero preencher

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    cumulativamente, para alm das condies especficas previstas na legislao paraalguns deles, as seguintes condies:

    Contribuir para a atraco de turistas, nacionais e estrangeiros, ou constituir ummeio para a ocupao dos seus tempos livres ou para a satisfao das

    necessidades e expectativas decorrentes da sua permanncia na regio visitada. Destinar-se utilizao por turistas, no se restringindo ao uso por parte dos

    residentes na regio ou associados, com excepo das instituies de economiasocial.

    Complementar outras actividades, projectos ou empreendimentos, tursticos ouno, da regio, por forma a a constituir um relevante apoio ao turismo ou ummotivo especial de atraco turstica da mesma regio.

    Possuir projecto aprovado pelas entidades competentes para o efeito, quandoexigvel.

    No estarem prximos de estruturas urbanas ou ambientais degradadas, comexcepo dos estabelecimentos j existentes ou a construir, quando seenquadrem num processo de requalificao urbana ou ambiental.

    Os estabelecimentos, iniciativas e projectos ou actividades a seguirmencionados devem estar abertos todo o ano, sem prejuzo de qualqueroutra condio especfica prevista na legislao em vigor:

    marinas, portos de recreio e docas de recreio predominantementedestinados ao turismo e desporto;

    autdromos e kartdromos; campos de golfe; balnerios teraputicos;

    instalaes e equipamentos para salas de congressos seminrios, colquios,reunies e conferncias; estabelecimentos de restaurao e de bebidas; centros equestres e hipdromos destinados prtica da equitao

    desportiva e de lazer.

    O pedido da declarao de interesse para o turismo dirigido ao Director-Geral doTurismo, instrudo com os seguintes elementos:

    Cpia do projecto aprovado ou apresentado para aprovao junto das entidadescompetentes em razo do tipo de empreendimento.

    Memria descritiva e programa de actividades a desenvolver, com indicao dosequipamentos a utilizar, dos montantes envolvidos e com a descrio dosobjectivos e mercados a atingir.

    Descrio das potencialidades da regio em termos de oferta turstica. Previso do impacto turstico gerado. Indicao de qual o sistema de incentivos ou outros instrumentos financeiros a

    que pretende recorrer.

    O pedido pode ser apresentado na Direco-Geral do Turismo ou nos rgosRegionais ou Locais de Turismo.

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    Quando o pedido for apresentado na Direco-Geral do Turismo, esta remeter, noprazo de 8 dias, uma cpia ao respectivo rgo Regional ou Local de Turismo quedispe de um prazo de 15 dias para emitir e remeter DGT o respectivo parecer.

    Quando o pedido for apresentado no rgo Regional ou Local de Turismo estedever ser remetido DGT no prazo de 15 dias acompanhado do respectivoparecer.

    O Director-Geral do Turismo deve decidir sobre o pedido no prazo de 45 dias apsa recepo do requerimento atrs referido.

    Legislao Aplicvel

    Decreto Regulamentar n 1/02de 03.01

    Altera o Decreto Regulamentar n 22/98 de 21de Setembro que regula a declarao deinteresse para o turismo.

    Declarao de Rectificao n3 D/2002 de 31.01

    De ter sido rectificado o Decreto Regulamentarn 1/2002, da Presidncia do Conselho deMinistros, que altera o Decreto Regulamentarn 22/98, de 21 de Setembro, que regula adeclarao de interesse para o turismo,publicado no Dirio da Repblica, I srie, n 2de 3 de Janeiro de 2002.

    Decreto Regulamentar n22/98 de 21.09

    Regula a declarao de interesse para oturismo.

    O Turismo de Natureza/Animao Ambiental

    O Turismo de Natureza o produto turstico composto por estabelecimentos,actividades e servios de alojamento e animao turstica e ambiental realizados eprestados em zonas integradas na rede nacional de reas protegidas.

    OTurismo de Naturezacompreende os servios de hospedagem prestadosem:

    Casas de Natureza

    So as casas integradas na Rede Nacional de reas Protegidas, destinadas aproporcionar, mediante remunerao, servios de hospedagem e que, pela suaimplantao e caractersticas arquitectnicas, contribuam decisivamente para acriao de um produto integrado de valorizao turstica e ambiental das regiesonde se insiram.

    Nota: A Rede Nacional de reas Protegidas foi criada pelo Decreto-Lein 19/93 de 23.01 e estas classificam-se nas categorias de Parque

    Nacional, Reserva Natural, Parque Natural, Monumento Natural,Paisagem Protegida e Stio de Interesse Biolgico.

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    Para informaes sobre as reas protegidas dever ser consultado oInstituto de Conservao da Natureza.

    Os servios de hospedagem em Casas de Natureza so prestados nasseguintes modalidades:

    Casas-abrigo

    o servio de hospedagem prestado a turistas em casas recuperadas a partir dopatrimnio do Estado cuja funo original foi desactivada, quer sejam ou noutilizadas como habitao prpria do seu proprietrio, possuidor ou legtimodetentor.

    Centros de acolhimento

    So as casas construdas de raiz ou adaptadas a partir de edifcio existente, quepermitam o alojamento de grupos, com vista educao ambiental, visitas deestudo e de carcter cientfico.

    Casas-retiro

    So as casas recuperadas, mantendo o carcter genuno da sua arquitectura, apartir de construes rurais tradicionais ou de arquitectura tipificada, quer sejam ouno utilizadas como habitao prpria do seu proprietrio, possuidor ou legtimodetentor.

    Actividades de Animao Ambiental

    Entende-se por animao ambiental, a animao que desenvolvida tendo comosuporte o conjunto de actividades, servios e instalaes para promover a ocupaodos tempos livres dos turistas e visitantes, atravs do conhecimento e da fruiodos valores naturais e culturais prprios da rea protegida.

    As actividades de animao ambiental podem assumir as seguintes formas:

    Animao

    o conjunto de actividades que se traduzem na ocupao dos tempos livres dosturistas e visitantes, permitindo a diversificao da oferta turstica, atravs daintegrao dessas actividades e outros recursos das reas protegidas, contribuindopara a divulgao da gastronomia, do artesanato, dos produtos e das tradies da

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    regio onde se inserem, desenvolvendo-se com o apoio das infra-estruturas e dosservios existentes no mbito do turismo de natureza.

    Interpretao Ambiental

    toda actividade que permite ao visitante o conhecimento global do patrimnioque caracteriza a rea protegida, atravs da observao, no local, das formaesgeolgicas, da flora, fauna e respectivos habitats, bem como de aspectos ligadosaos usos e costumes das populaes, com recurso s instalaes, sistemas eequipamentos do turismo de natureza.

    Desporto de natureza

    So todas as actividades praticadas em contacto directo com a natureza e que,pelas suas caractersticas, possam ser praticadas de forma no nociva para aconservao da natureza

    O licenciamento das iniciativas e projectos de actividades, servios einstalaes de animao ambiental carece de licena, emitida pelo Instituto deConservao da Natureza.

    Licena

    Do pedido de licena deve constar:

    A identificao do requerente. A localizao dos estabelecimentos, quando existirem. A finalidade da actividade, iniciativa ou projecto de animao ambiental. As actividades desenvolvidas pelo requerente.

    O pedido deve ser instrudo com os seguintes documentos, de acordo com o tipo de

    projecto:

    Certido de escritura pblica de constituio da sociedade e certido dorespectivo registo comercial definitivo, quando a natureza jurdica dorequerente o justifique.

    Declarao comprovativa de que as instalaes satisfazem os requisitosexigidos por lei.

    Memria descritiva e programa de actividades a desenvolver, bem como umacarta de localizao escala de 1:25 000, ou escala inferior, sempre quejustificvel.

    Documento comprovativo de formao adequada dos monitores. Documento comprovativo de seguro de responsabilidade civil que cubra os

    riscos da actividade a desenvolver. Documento comprovativo de acordo dos proprietrios quando o projecto for

    implementado em terrenos de propriedade privada.

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    Alvar de licena de construo civil sujeitas a licenciamento municipal.

    A licena emitida pelo ICN carece de parecer da Direco-Geral do Turismo noscasos das modalidades de animao e interpretao ambiental e de parecer do

    Instituto Nacional do Desporto, no caso do desporto natureza.

    Aps a recepo do pedido de licena, o ICN, dever enviar DGT ou ao IND, oselementos necessrios emisso de parecer, no prazo de 8 dias teis. Ospareceres destes organismos devem ser emitidos no prazo de 30 dias teis acontar da data de recepo dos referidos elementos.

    Os pedido de licena so decididos pelo ICN no prazo de 30 dias, a contar da datado recebimento dos pareceres ou do termo do prazo para sua emisso.

    Nota: As licenas emitidas caducam no caso de o requerente no iniciaractividade no prazo de 90 dias teis aps a sua emisso ou, quando setratar de empresa, se a mesma estiver encerrada por perodo superior aum ano, salvo por motivo de obras.

    Legislao Aplicvel

    Regime Jurdico do Turismo de Natureza

    Decreto-Lei n 56/02 de 11.03 Altera o Decreto-Lei n 47/99 de 16 deFevereiro, que regula o turismo de natureza.

    Decreto- Lei n 47/99, de 16.02

    (Alterado pelo Decreto-Lei n 56/02de 11.03)

    Regula o turismo de natureza.

    Resoluo de Conselho de Ministros

    n 112/98 de 25.08

    Estabelece a criao do Programa Nacionalde Turismo de Natureza.

    Decreto Regulamentar n 2/99, de17.02

    Regula os requisitos mnimos das instalaese o funcionamento das casas de natureza.

    Decreto Regulamentar n 18/99, de27.08

    Regula a animao ambiental nasmodalidades de animao, interpretaoambiental e desporto de natureza nas reasprotegidas, bem como o processo delicenciamento das iniciativas e projectos deactividades, servios e instalaes deanimao ambiental.

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