informativo especial - programa de capacitação tecnológica em produção intensiva de carne

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Programa de Capacitação Tecnológica em Produção Intensiva de Carne www.sistemafaerj.com.br

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Page 1: Informativo Especial - Programa de Capacitação Tecnológica em Produção Intensiva de Carne

Programa de Capacitação Tecnológica em Produção Intensiva de Carne

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Page 2: Informativo Especial - Programa de Capacitação Tecnológica em Produção Intensiva de Carne

O Sistema Faerj e o Sebrae-RJ desenvolvem de forma pioneira no Estado do Rio de Janeiro um programa de capacitação de técnicos para transferência de tecnologia em produção intensiva de carne bovina.

Programa de Capacitação Tecnológica em Produção Intensiva de Carne

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Levantamento planaltimétrico da propriedade

Escolha da área a ser trabalhada

Levantamento sanitário do rebanho

A primeira ação a ser realizada é o levantamento planialtimétrico detalhado das áreas a serem trabalhadas. A importância desse levantamento é planejar no curto e médio prazo o que será feito em termos de produção de volumoso, (definição espacial das áreas exatas) assim como auxiliar na divisão dos piquetes dos pastos rotacionados.

No planejamento da produção de forragem, tem grande importância a seleção inicial das áreas a serem trabalhadas de acordo com cada finalidade. A área a ser escolhida para implantação do pastejo rotacionado deve ser feita de acordo com a realidade da propriedade e que já tenham alguma espécie de forrageira já implantada com objetivo de redução dos custos iniciais.

Na seleção da área, valorizar topografia plana e proximidade de sombra, evitando a escolha de locais com drenagem deficiente.

após a escolha da área que será a pastagem deve-se fazer a análise química do solo para podermos conhecer o solo que vamos trabalhar. Essa amostra deve ser feita com critério, pois uma quantidade muito pequena de solo representará toda a área. Deve-se retirar de 15 a 20 sub amostras na área, na profundidade de 20 cm, colocadas em balde, misturar e retirar uma amostra de 500g para mandar para o laboratório. Temos sugerido a utilização do trado tipo sonda, pela eficiência e rapidez na coleta das amostras.

Com relação a área destinada a produção de volumosos para a época seca do ano como o canavial por exemplo, podemos escolher áreas um pouco mais distantes, já prevendo a expansão das pastagens.

- O aprendizado de uma nova tecnologia deve ser feito em áreas reduzidas para melhor controle dos fatores, melhor observação do manejo de pastejo e repasse, assim como:

Um dos fundamentos básicos para a produção econômica de carne é a correta condução dos aspectos sanitários do rebanho. Em qualquer parte do mundo, em sistemas intensivos, a pasto ou confinados, com gado puro ou mestiço, não admite-se produtores trabalhando com animais doentes. Será fornecida, a título de sugestão um calendário zootécnico sanitário com os principais procedimentos e épocas de vacinação das principais zoonoses bovinas, além de esquema de vermifugação. Logicamente, serão aceitos modificações no calendário considerando o aspectos regionais e os problemas endêmicos de cada região.

No início dos trabalhos deverá ser feito os exames de Brucelose e Tuberculose no caso de animais para cria, evitando assim qualquer tipo de fracasso durante o projeto. Após o resultado dos exames, todos os animais positivos deverão ser descartados, tendo o produtor a opção de não descartar e sair do projeto.

CONHEÇA AGORA ALGUMAS DAS TECNOLOGIAS ADOTADAS PELO PROGRAMA:

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Page 4: Informativo Especial - Programa de Capacitação Tecnológica em Produção Intensiva de Carne

A tecnologia de manejo intensivo de pastagens não é uma técnica nova, pois surgiu no Brasil em meados da década de 70, baseado em conceitos

mundialmente divulgados, tais como: o pastejo rotacionado e a reposição de nutrientes extraídos via adubação.

A idéia de considerar a pastagem como uma cultura, por meio da reposição de nutrientes, ainda é considerada “absurda” no meio rural devido à tradição extrativista dos setores produtivos de carne e leite, historicamente baseados na expansão de fronteiras e acostumados à disponibilidade de grandes áreas virgens para derrubada e formação de

Implantação do manejo intensivo de pastagem

novas pastagens. Entretanto, a tecnologia de manejo intensivo de pastagens tem sido nos últimos anos a melhor opção para produção de volumosos de qualidade, com alta produtividade de matéria seca e com baixo custo.

Devemos antes de optar por determinada tecnologia entender e conhecer bem os pontos fortes e fracos de cada uma. Logicamente, nem todos os produtores conseguem manejar pastagens com eficiência, mas essa opção de sistema produtivo traz menor risco e maior produtividade. Os aspectos negativos do manejo intensivo de pastagens podem ser apresentados como:

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Page 5: Informativo Especial - Programa de Capacitação Tecnológica em Produção Intensiva de Carne

- Controle da oferta de forragem mais delicado do que sistemas de confinamento. Ao longo do ano, ou mesmo durante a estação de crescimento, o ritmo de crescimento das plantas é variável, exigindo um controle maior dos ajustes de lotação, para não haver sobras ou falta de alimento principalmente para os lotes mais produtivos.

- No pasto, a determinação da dieta do animal é mais difícil, pois não há certeza das quantidades e da qualidade de matéria seca que o animal ingeriu. No confinamento, o ajuste das dietas é mais simples pela possibilidade de quantificação do alimento fornecido e das sobras.

- Apesar de simples, a tecnologia exige treinamento dos técnicos e do produtor que devem então estar habituados a alterar a lotação animal de acordo com a oferta de forragem na pastagem. Esse treinamento deve ser feito por pelo menos 01 ano agrícola, em áreas reduzidas.

- O uso de irrigação tem se mostrado fundamental para que o potencial de produção das gramíneas tropicais possa ser expresso. Manejo intensivo de pastagens em áreas de sequeiro pode ser muito arriscado, do ponto de vista de suprimento de forragem, especialmente em regiões de instabilidade climática, tais como veranicos e atrasos no início da estação chuvosa.

A escolha da espécie forrageira deve sempre ter a palavra final do produtor. Cabe ao técnico oferecer as opções de escolha, levando em conta os aspectos positivos e negativos de cada uma delas. Os aspectos edafoclimáticos também devem ser considerados sendo este critério excludente para as opções a serem levadas ao produtor. Sugerimos também antes do produtor decidir qual espécie será implantada, que sejam feitas visitas a outras propriedades que já estejam com a forrageira implantada. Este detalhe impede frustrações que poderão recair sobre o técnico se o produtor não estiver plenamente convencido da opção forrageira.

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A gestão de qualquer atividade econômica requer controles para a correta condução e tomada de decisão do administrador. Este fato não é

diferente para qualquer propriedade, que deve ter as informações coletadas de forma estruturada e sistematicamente avaliadas. O compromisso de anotação de todos os dados solicitados deve sempre ser feito no início dos trabalhos, sendo este um dos fatores mais recorrentes de exclusão dos produtores selecionados. Não há negociação de tolerância para produtores que não estejam comprometidos com registro dos dados, pois não pode-se admitir que um produtor seja profissional e obtenha um bom desempenho sem ter completo conhecimento dos dados econômicos zootécnicos e climáticos de sua atividade.

Controles financeiros, zootécnicos e climáticos

A exigência pela coleta correta dos dados tem como principal objetivo a quantificação dos indicadores econômicos, pois tem sido constante a dúvida dos principais setores envolvidos com a cadeia láctea de que o processo de intensificação aumenta custos e que a única saída é manter sistemas que não apliquem tecnologia. Tais sistemas realmente necessitam de pouco capital, mas invariavelmente, apesar dos custos operacionais aparentemente baixos, a produtividade e principalmente a renda do produtor sempre são baixíssimas. Se forem considerados os custos fixos e a remuneração da terra, os sistemas extrativistas sempre apresentam saldo negativo.

A identificação dos animais por meio de brincos tem sido um ferramenta importante pois evita erros de descrição e anotações equivocadas.

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do manejo intensivo de pastagens ser a base da

produção de forragem do projeto, durante os meses de inverno no Brasil Central, as lotações caem drasticamente. Os capins tropicais necessitam de 4 fatores para o crescimento ativo: luz, calor, água e nutrientes. Nestes meses (de maio a agosto), a redução do fotoperíodo e as baixas temperaturas médias durante a noite, limitam a taxa de fotossíntese, especialmente das plantas de ciclo C4, que passam a produzir ao redor de 20% do que cresciam durante o verão, mesmo que não haja limitação da umidade ou de nutrientes. Para ajustar a oferta de forragem neste período, a cana de açúcar tem se mostrado uma das melhores opções para pequenos produtores, pelos seguintes fatores:

Apesar

Cana de açúcar

As principais limitações são as seguintes:

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- Alta produção de matéria seca- Baixo custo de produção- Semiperenes- Ponto de corte coincide com a época de baixa produção dos pastos, o que dispensa a conservação em forma de silagem.

- Baixo teor de proteína bruta,- Baixa digestibilidade da fibra,- Baixos teores de minerais,- Corte diário.

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