unidade de terapia intensiva adulto

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  • 7/26/2019 unidade de terapia intensiva adulto.

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    Programa de EducaoContinuada a Distncia

    Curso de

    Unidade de Terapia Intensiva -Adulto

    Aluno:

    EAD - Educao a Distncia

    Parceria entre Portal Educao e Sites Associados

  • 7/26/2019 unidade de terapia intensiva adulto.

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    2Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Curso deUnidade de Terapia Intensiva -

    Adulto

    MDULO I

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos paraeste Programa de Educao Continuada, proibida qualquer forma de comercializao domesmo. Os crditos do contedo aqui contido so dados aos seus respectivos autoresdescritos na Bibliografia Consultada.

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    3Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    MDULO I

    1 A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

    Os Servios de Tratamento Intensivo tm por objetivo prestar atendimento a

    pacientes graves e de risco que exijam assistncia mdica e de enfermagem

    ininterruptas, alm de equipamento e recursos humanos especializados.

    Toda Unidade de Tratamento Intensivo deve funcionar atendendo a um parmetro

    de qualidade que assegure a cada paciente: direito sobrevida, assim como a garantia,dentro dos recursos tecnolgicos existentes, da manuteno da estabilidade de seus

    parmetros vitais; direito a uma assistncia humanizada; uma exposio mnima aos

    riscos decorrentes dos mtodos propeduticos e do prprio tratamento em relao aos

    benefcios obtidos; monitoramento permanente da evoluo do tratamento assim como de

    seus efeitos adversos.

    Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que constitui-se de um conjunto de

    elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves oude risco que exijam assistncia mdica e de enfermagem ininterruptas, alm de

    equipamento e recursos humanos especializados.

    Os Servios de Tratamento Intensivo dividem-se de acordo com a faixa etria dos

    pacientes atendidos, nas seguintes modalidades:

    Neonatal - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 0 a 28 dias.

    Peditrico- destinado ao atendimento de pacientes com idade de 29 dias a

    18 anos incompletos.Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com idade acima de 14

    anos.

    - Pacientes na faixa etria de 14 a 18 anos incompletos podem ser atendidos

    nos Servios de Tratamento Intensivo Adulto ou Peditrico, de acordo com o manual de

    rotinas do Servio.

    Denomina-se UTI Especializada aquela destinada ao atendimento de pacientes em

    uma especialidade mdica ou selecionados por grupos de patologias, podendo

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    4Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    compreender: cardiolgica, coronariana, neurolgica, respiratria, trauma, queimados,

    dentre outras.

    Denomina-se Centro de Tratamento Intensivo (CTI) o agrupamento, numa mesma

    rea fsica, de duas ou mais UTI's, incluindo-se, quando existentes, as Unidades de

    Tratamento Semi-Intensivo.

    1.1 Estrutura Fsica

    Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das

    normas dos agentes reguladores, experincia dos profissionais de terapia intensiva, que

    esto familiarizados com as necessidades especficas da populao de pacientes. O

    projeto deve ser abordado pr um grupo multidisciplinar composto de mdico, enfermeiro,

    arquiteto, administrador hospitalar e engenheiros. Esse grupo deve avaliar a demanda

    esperada da UTI baseado na avaliao dos pontos de fornecimento de seus pacientes,

    nos critrios de admisso e alta, e na taxa esperada de ocupao. necessrio anlise

    dos recursos mdicos, pessoal de suporte(enfermagem, fisioterapia, nutricionista,psiclogo e assistente social) e pela disponibilidade dos servios de apoio (laboratrio,

    radiologia, farmcia e outros ).

    - Localizao dentro do ambiente hospitalar

    Cada UTI deve ser uma rea geogrfica distinta dentro do hospital, quandopossvel, com acesso controlado, sem trnsito para outros departamentos. Sua

    localizao deve ter acesso direto e ser prxima de elevador, servio de emergncia,

    centro cirrgico, sala recuperao ps-anestsica, unidades intermedirias de terapia e

    servio de laboratrio e radiologia.

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    5Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    - Forma da Unidade

    A disposio dos leitos de UTI podem ser em rea comum (tipo vigilncia), quartosfechados ou mista.

    A rea comum proporciona observao contnua do paciente, indicada a

    separao dos leitos por divisrias lavveis que proporcionam uma relativa privacidade

    dos pacientes.

    As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotadas de

    painis de vidro para facilitar a observao dos pacientes. Nesta forma de unidade

    necessrio uma central de monitorizao no posto de enfermagem, com transmisso de

    onda eletrocardiografica e freqncia cardaca.

    Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos pacientes,

    reduo do nvel de rudo e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e

    imunossuprimidos.

    Salas de isolamento so recomendveis e cada instalao de sade, deve-se

    considerar a necessidade de salas de isolamento com presso positiva e negativa nestas

    salas. Esta necessidade vai depender principalmente da populao de pacientes e dos

    requisitos do Ministrio da Sade.

    Independente da forma escolhida para a Unidade de Terapia Intensiva, esta deve

    obedecer aos seguintes critrios:

    Os pacientesdevem ficar localizados de modo que a visualizao direta ou indireta,

    seja possvel durante todo o tempo, permitindo a monitorizao do estado dos

    pacientes, sob as circunstncias de rotina e de emergncia. O projeto preferencial

    aquele que permite uma linha direta de viso, entre o paciente e o posto de

    enfermagem. a rea de cada leito deve permitir ampla circulao e fcil manejo da

    aparelhagem. Os leitos devem ficar tanto quanto possveis isolados uns dos outros. As

    unidade deve ter aberturas amplas de vidro ou janelas isolantes para o exterior, para

    evitar claustrofobia. a aparelhagem de ar condicionado deve ter funcionamento

    perfeito e suas sadas no devem canalizar ar sobre os leitos; todos os leitos devem

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    6Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    possuir 11 tomadas/leito de energia eltrica , em 110 / 220 volts, localizadas 0,9 m

    acima do piso e devem estar conjugadas com o gerador de emergncia do hospital;

    todos os leitos devem contar no mnimo com 1 sada de canalizao vcuo, 2 de ar

    comprimido e 2 sadas de oxignio; 9,0 m por leito com distncia de 1 m entre

    paredes e leito, exceto cabeceira, de 2 m entre leitos e p do leito = 1,2 m (o espao

    destinado a circulao da unidade pode estar includo nesta distncia). Os sinais dos

    sistemas de chamada dos pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorizao

    e telefones se somam sobrecarga auditiva nas U.T.Is. O Conselho Internacional de

    Rudo, tem recomendado que o nvel de rudos nas reas de terapia aguda dos

    hospitais no ultrapassem 45dB(A) durante o dia, 40dB(A) durante a noite e 20dB(A)durante a madrugada. Tem-se observado que o nvel de rudo na maioria dos hospitais

    est entre 50 e 70dB(A) e, em alguns casos ocasionais, acima desta faixa. Pr estas

    razes, devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em

    considerao os aspectos de manter o controle das infeces hospitalares, da

    manuteno e movimentao dos equipamentos. As paredes e os tetos devem ser

    construdos de materiais com alta capacidade de absoro acstica. Atenuadores e

    defletores nos tetos podem ajudar a reduzir a reverberao dos sons. As aberturasdas portas devem ser defasadas para reduzir a transmisso dos sons.

    O posto de enfermagemdeve ser centralizado, no mnimo um para cada doze leitos

    e prover uma rea confortvel, de tamanho suficiente para acomodar todas as funes

    da equipe de trabalho, com dimenses mnimas de 8m2. O posto de enfermagem deve

    estar instalado de forma a permitir observao visual direta ou eletrnica dos leitos ou

    beros. No caso de observao visual por meio eletrnico, dever dispor de umacentral de monitores. Cada posto deve ser servido pr uma rea de servios destinada

    ao preparo de medicao, com dimenso mnima de 8m2e ser localizada anexo ao

    posto de enfermagem. Deve haver iluminao adequada de teto para tarefas

    especficas, energia de emergncia, instalao de gua fria, balco, lavabo, um

    sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e solues e um relgio

    de parede deve estar presente. Espao adequado para terminais de computador e

    impressoras essencial quando forem utilizados sistemas informatizados. Deve ser

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    7Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    previsto espao adequado para se colocar os grficos de registros mdicos e de

    enfermagem. Os formulrios de registro mdicos e impressos devem estar

    armazenados em prateleiras ou armrios de modo que possam ser facilmente

    acessados pr todas as pessoas que requeiram o seu uso.

    Lavatriosexclusivos para uso da equipe de assistncia, obedecendo proporo de

    1 lavatrio para cada 5 leitos/beros ou incubadoras. Os lavatrios devem ser dotados

    de torneiras com dispositivos automticos que permitam a interrupo do fluxo de

    gua sem o uso das mos. Devem dispor, ainda, de sabo, antissptico e papel toalha

    ou jato de ar quente para secagem das mos.

    Todas as reas onde esto localizados leitos de UTI devem dispor de iluminao

    naturale relgio posicionado de forma a que possa ser observado pelo paciente.

    Sala de utenslios limpos e sujos devem ser separadas e que no estejam

    interligadas. Os pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junes,

    para facilitar a limpeza. A sala de utenslios limpos utilizada para armazenar

    suprimentos limpos e esterilizados, podendo tambm acondicionar roupas limpas.Prateleiras e armrios para armazenagem devem estar em locais acima do solo,

    facilitando a limpeza do piso. A sala de materiais sujos (expurgo), deve ser localizada

    fora da rea de circulao da unidade. Pode ter uma pia e um tanque, ambos com

    torneiras misturadoras de gua fria e quente para desinfeco e preparo de materiais.

    Deve ser projetada para abrigar roupa suja antes de encaminhar ao destino, dispor de

    mecanismos para descartar itens contaminados com substncias e fluidos corporais.

    Recipientes especiais devem ser providenciados para descartar agulhas e outros

    objetos perfurocortantes. Para desinfeco dos materiais no descartveis

    necessrio dois recipientes com tampa, um para materiais de borracha e vidro e outro

    para materiais de inox, ou uma mquina processadora.

    Banheiro de pacienteslocalizado na rea de internao da unidade (geral) ou anexo

    ao quarto (isolamento). Todos os banheiros e sanitrios de pacientes internados

    devem ter duchas higinicas e chuveiro.

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    8Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Copa de pacientes: local destinado ao servio de nutrio e diettica, sendo

    receptora e distribuidora das dietas dos pacientes da unidade. Deve ter pia, geladeira

    e lixo especfico para desprezar restos de alimentos.

    Sala de servios gerais: sala destinada a guarda de materiais e solues utilizadas

    na limpeza e desinfeco da Unidade. Deve ser provida de tanque e prateleiras

    suspensas.

    Armazenamento de equipamentos : uma rea para guardar os equipamentos que

    no esto em uso ativo, deve ser planejada. A localizao deve ser de fcil acesso e

    espao adequado para pronta localizao e remoo do equipamento desejado. Deveser previsto tomadas eltricas aterradas em nmero suficiente para permitir a recarga

    dos equipamentos operados a bateria.

    Laboratrio: todas as U.T.Is. devem ter servio de laboratrio clnico disponvel vinte

    e quatro horas pr dia.Quando o laboratrio central do hospital no puder atender as

    necessidades da UTI, um laboratrio satlite dentro da, ou adjacente UTI deve ser

    capaz de fornecer os testes qumicos e hematolgicos mnimos, incluindo anlises de

    gases do sangue arterial.

    Sala de Reunies: rea distinta ou separada prxima de cada U.T.I. ou de cada grupo

    de U.T.Is., deve ser projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e

    discutir os casos dos pacientes. Um negatoscpio ou carrossel de tamanho adequado

    deve estar presente para permitir a observao simultnea de uma srie de

    radiografias.

    rea de Descanso dos Funcionrios : uma sala de descanso deve ser prevista emcada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover um local privado, confortvel e com

    ambiente descontrado. Devem existir sanitrios masculinos e femininos dotados de

    chuveiro e armrios. Uma copa com instalaes adequadas para armazenamento e

    preparo de alimentos, incluindo uma geladeira, um fogo eltrico e ou forno

    microondas. A sala de descanso precisa estar ligada U.T.I. pr um sistema de

    intercomunicao.

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    9Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Conforto Mdico: deve ser prximo rea de internao, de fcil acesso, com

    instalaes sanitrias e chuveiro. A sala deve ser ligada U.T.I. pr telefone e ou

    sistema de intercomunicao.

    Sala de estudos: uma sala de estudos para equipe multidisciplinar da U.T.I. deve ser

    planejada para educao continuada, ensino dos funcionrios ou aulas

    multidisciplinares sobre terapia dos pacientes. Deve estar previsto recursos

    audiovisual, equipamentos informatizados interativos para auto aprendizado e

    referncias mdicas, enfermagem e outros.

    Recepo da U.T.I.: cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma rea paracontrolar o acesso de visitantes. Sua localizao deve ser planejada de modo que os

    visitantes se identifiquem antes de entrar. Pr ser uma unidade de acesso restrito

    desejvel que a entrada para os profissionais de sade, seja separada dos visitantes e

    um sistema de intercomunicao com as reas da U.T.I. efetivo.

    Sala de espera de visitantes: rea indispensvel, deve ser localizada prximo de

    cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is., destinada aos familiares de pacientes,

    enquanto aguardam informaes ou so preparados para visita na unidade. O acessode visitantes deve ser controlado pela recepo. Um bebedouro e sanitrios devem

    ser localizados dentro da rea ou prximo a ela. So desejveis para este ambiente

    cores vivas, carpete, janelas, iluminao indireta e suave. Deve ser previsto telefones

    pblicos, sofs, cadeiras retas e reclinveis, terminais de circuito interno de TV e

    materiais educativos. A sala de espera pode ser compartilhada com setores afins do

    hospital, desde que seja dimensionada de forma a atender demanda das unidades a

    que se destina.

    Rota de transporte de pacientes: os corredores utilizados para transportar os

    pacientes devem ser separados dos utilizados pelos visitantes. O transporte dos

    pacientes deve ser rpido e a privacidade preservada. Quando necessrio o uso de

    elevadores, deve ser previsto um tamanho superdimensionado e separado do acesso

    pblico.

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    10Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Corredores de suprimento e servio: para suprir cada U.T.I. deve ser planejado um

    corredor com 2,4 metros, portas com abertura no mnimo 0,9 metros, permitindo fcil

    acesso. A circulao exclusiva para itens sujos e limpos medida dispensvel. O

    transporte de material contaminado pode ser atravs de quaisquer ambientes e cruzar

    com material esterilizado ou paciente, sem risco algum, se acondicionado em carros

    fechados, com tampa e tcnica adequada. O revestimento do piso deve ser resistente

    a trabalho pesado e permitir que equipamentos com rodas se movam sem

    dificuldades.

    Secretaria administrativa: uma rea recomendvel, adjacente U.T.I., para

    pessoal da administrao mdica e de enfermagem. Espaos adicionais para

    secretarias podem ser alocados para pessoal de desenvolvimento, especialistas

    clnicos e servio social, quando aplicvel. A habilidade de colocar estes profissionais

    nas proximidades de uma U.T.I. pode facilitar a abordagem do gerenciamento dos

    pacientes pr um grupo amplo e integrado.

    Prevenindo o stress do paciente: no projeto da U.T.I. um ambiente que minimize o

    stress do paciente e dos funcionrios deve ser planejado, incluindo iluminao naturale vista externa. As janelas so aspectos importantes de orientao sensorial e o maior

    nmero possvel das salas deve ter janelas para indicao de dia/noite. Para controlar

    o nvel de iluminao pode utilizar cortinas, toldos externos, vidros pintados ou

    reflexivos. Outros recursos para melhorar a orientao sensorial dos pacientes podem

    incluir a proviso de calendrio, relgio, rdio, televiso e ramal telefnico. A

    instalao de T.V. deve ficar fora do alcance dos pacientes e operados pr controle

    remoto. As consideraes de conforto devem incluir mtodos para estabelecer aprivacidade dos pacientes. O uso de persianas, cortinas, biombos e portas controlam o

    contato do paciente com a rea ao redor. Uma poltrona deve estar disponvel a beira

    do leito para visita de familiares. A escolha das cores das paredes proporciona

    descanso e propicia ambiente tranqilo.

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    11Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    MODELOS DE PLANTAS FSICAS PARA UTI

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    12Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Nmero de Leitos

    Os leitos necessrios para fornecer uma cobertura segura e adequada para

    pacientes gravemente doentes num hospital, dependem da populao do hospital,

    quantidade de cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administrao

    do hospital, pelos mdicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais.

    Um mtodo emprico freqentemente relatado que um hospital geral deveria

    destinar 10% da capacidade de leitos para UTI.

    Uma UTI deve existir com no mnimo cinco leitos, em hospitais com capacidade

    para cem ou mais leitos. A instalao com menos de cinco leitos torna-se impraticvel e

    extremamente onerosa, com rendimento insatisfatrio em termos de atendimento.

    O ideal considerado do ponto de vista funcional, so oito a doze leitos pr unidade.

    Caso se indique maior nmero de leitos, esta deve ser dividida em subunidades. Esta

    diviso proporciona maior eficincia de atendimento da equipe de trabalho.

    1.2 Recursos Materiais

    A escolha dos materiais e equipamentos para a unidade est ligada s

    caractersticas da mesma. H uma necessidade real em se estabelecer adequao entre

    equipamento a ser utilizado e as prticas desenvolvidas na unidade. Os profissionais que

    ali atuam devem estar cientes de que o equipamento sempre assessora o pessoal queatua junto ao paciente, jamais o substituindo. Da a necessidade de que tal equipamento

    seja adequado queles que utilizam.

    Alguns pontos devem ser ressaltados, orientando a escolha do equipamento:

    - que seja de fcil operacionalidade, eficiente e de utilidade comprovada;

    - que tenha assistncia tcnica contnua e eficaz;

    - que atinja as finalidades da unidade, oferecendo segurana na assistncia ao

    paciente;

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    13Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Um programa deve ser estabelecido para a manuteno preventiva de todo o

    equipamento, atravs de uma inspeo regular, de acordo com as especificaes do

    fabricante.

    Para caracterizar a UTI como rea confinada, todo o seu equipamento deve ser

    prprio e no ser deslocado para outras unidades do hospital. As finalidades do

    equipamento s sero atingidas se estiver em condies de utilizao imediata.

    De acordo com a Portaria n 466,do Ministrio da Sade, de 04 de junho de 1998

    os seguintes critrios devem ser seguidos:

    - Para cada paciente internado na UTI, deve existir uma cama Fawler com grades

    laterais e rodzios e/ou um bero aquecido ou incubadora, de acordo com amodalidade de UTI e faixa etria dos pacientes atendidos.

    - Toda Unidade de Tratamento Intensivo deve estar provida, no mnimo, dos materiais e

    equipamentos especificados da Tabela I, atendendo quantificao nela prevista.

    TABELA I: Materiais e Equipamentos obrigatrios na UTI e respectiva quantificaoTipo de Material ou Equipamento Quantificao

    1. Carro ressuscitador com monitor/desfribilador sincronizado e

    material para entubao endotraqueal (carro de parada)

    2. Negatoscpio

    3. Aspirador porttil

    4. Glicosmetro ou hemoglucoteste

    5. Ventilmetro/vacumetro

    6. Marcapasso provisrio (eletrodo e gerador)

    7. Geladeira para conservao de medicamentos

    8. Recipiente para aquecimento (banho-maria).

    9. Mscara de venturi, com diferentes concentraes

    10. Maca de transporte com grades laterais e suporte para

    Solues parenterais

    11. Bandejas equipadas para:

    a) Curativos

    b) Dilise peritoneal

    c) Drenagem torcica

    d) Flebotomia

    Uma unidade do material equipamento

    para cada UTI Neonatal, Peditrica ou

    Adulto

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    14Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    12. Urodensmetro

    13. Hemogasmetro

    14. Cilindro de oxignio com capacidade mnima de 115 ps cbicos

    (3,0-3,2 m3), provido de vlvulas de segurana e manmetro,

    devidamente acondicionados

    15. Ar comprimido

    16. Eletrocardigrafo porttil

    17. Aparelho de raios-x mvel

    18. Oftalmoscpio

    Uma unidade do material/ equipamento

    disponvel para a UTI Neonatal,

    Peditrica ou Adulto ou, quandoexistente, para todo o Centro de

    Tratamento Intensivo.

    19. Respirador com blender Uma unidade do material/

    equipamento para cada leito,

    bero ou incubadora de UTI

    Adulto, Peditrica.

    20. Monitor de beira de leito com visoscpio

    21. Adaptador para monitor (cardioscpio e oximetria de pulso)

    22. Mscara de oxignio de diferentes tamanho

    23. Termmetro

    24. Tensimetro

    25. Estetoscpio

    26. Ressuscitador manual (amb)

    27. Bomba de infuso28. Suporte para frascos de drenagem

    Uma unidade do material equipamento

    para cada leito bero ou incubadora de

    UTI Adulto, Peditrica ou Neonatal.

    29. Balana

    30. Capacete para oxignioterapia/oxitenda

    Uma unidade do material/ equipamento

    para cada leito bero ou incubadora de

    UTI Peditrica e Neonatal.

    31. Kit de CPAP nasal com umidificador aquecido Uma unidade do material/ equipamento

    para cada 2 leitos, beros ou

    incubadoras de UTI Peditrica.

    32. Aparelho de fototerapia Uma unidade do material/

    equipamento para cada 3

    incubadoras de UTI Neonatal

    33. Respirador com blender Uma unidade do material equipamento

    para cada 3 incubadoras de UTI

    Neonatal

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    15Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    - Quando o hospital dispuser de apenas uma UTI, seja Adulto, Peditrica ou Neonatal, o

    Hemogasmetro, o Cilindro de Oxignio e Ar Comprimido no precisam ser exclusivos

    da Unidade, podendo ser disponibilizados de outros setores do hospital, desde que se

    mantenham de fcil acesso.

    - Todos os equipamentos em uso na UTI devem apresentar-se limpos, desinfetados

    e/ou esterilizados, conforme necessidade de uso, em plenas condies de

    funcionamento e com todos os alarmes ligados e regulados.

    - A rotina de manuteno preventiva dos equipamentos deve obedecer periodicidade

    e procedimentos indicados pelos fabricantes, visando garantir o seu funcionamento

    dentro dos padres estabelecidos.- As intervenes realizadas nos equipamentos tais como instalao, manuteno,

    troca de componentes e calibrao devem ser acompanhadas e ou executadas pelo

    responsvel tcnico pela manuteno, documentadas e arquivadas.

    - Havendo terceirizao do servio de manuteno dos equipamentos, deve ser

    estabelecido um contrato formal, celebrado entre a UTI/hospital e esse servio, que

    assegure alm da manuteno, o tempo mnimo de inatividade dos equipamentos.

    - Toda UTI deve dispor de medicamentos essenciais para as suas necessidades,conservados em condies adequadas de segurana, organizao, fcil acesso e

    controle de prazo de validade, constando, no mnimo, de:

    a) anticonvulsivantes;

    b) drogas inotrpicas positivas e vasoativas;

    c) analgsicos opiides e no opiides;

    d) sedativos;

    e) bloqueadores neuromusculares.

    Alm de medicamentos com as seguintes indicaes:

    f) Para reanimao cardaca e arritmias;

    g) Para anafilaxia;

    h) Para controle de vias areas;

    i) Para controle de psicose aguda.

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    16Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    1.3. Recursos Humanos

    Toda UTI deve, em suas 24 horas de funcionamento, dispor de:

    a) Um Mdico Plantonista para cada 10 leitos ou frao, responsvel pelo

    atendimento na UTI e na Semi-Intensiva, quando existente;

    b) Um Enfermeiro para cada turno de trabalho;

    c) Um Auxiliar de Enfermagem para cada 2 leitos de UTI Adulto ou Peditrico e

    um Auxiliar de Enfermagem para cada paciente de UTI Neonatal;

    d) Um Fisioterapeuta;

    e) Um Auxiliar de Servios Diversos/Secretria;f) Um funcionrio exclusivo para servios de limpeza.

    Os Plantonistas da UTI que no apresentarem ttulo de especialista em Medicina

    Intensiva devem possuir, no mnimo, estgio ou experincia profissional comprovada pela

    Associao de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) de, pelo menos, um ano na rea.

    1.4. PROCEDIMENTOS

    Toda UTI deve estabelecer, por escrito, um manual de rotinas de procedimentos,

    assinada pelo Responsvel Tcnico (RT) e Chefia de Enfermagem, elaborada em

    conjunto com os setores afins do hospital (CCIH, Farmcia, Servio de Manuteno,

    dentre outros), e que contemple, no mnimo, os seguintes tpicos:

    a) Procedimentos mdicos;

    b) Procedimentos de enfermagem;

    c) Processamento de artigos e superfcies;d) Controle de manuteno dos equipamentos;

    e) Procedimentos de biossegurana;

    f) Transporte intra-hospitalar.

    O manual de procedimentos, deve ser compatvel com os requisitos tcnicos e

    exigncias previstas no Regulamento Tcnico,Portaria n 466,do Ministrio da Sade e

    demais instrumentos legais pertinentes, assim como, com a literatura biomdica

    internacional atualizada.

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    17Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    O manual de procedimentos deve ser extensivo Unidade de Tratamento Semi-

    Intensivo, quando existente no hospital, assim como ao Servio de Tratamento Intensivo

    Mvel.

    Toda UTI deve manter um pronturio para cada paciente, com todas as

    informaes sobre o tratamento e sua evoluo, contendo os resultados dos exames

    realizados permanentemente anexados a este. Os pronturios devem estar

    adequadamente preenchidos, de forma clara e precisa, atualizados, assinados,

    carimbados e datados pelo mdico responsvel por cada atendimento.

    Os pronturios dos pacientes devem estar acessveis para auditoria, assim como,

    para consulta dos pacientes ou responsveis, desde que asseguradas as condies desigilo previstas no Cdigo de tica Mdica, e de Direito, previstos no Cdigo de Defesa do

    Consumidor.

    Fica assegurado o acesso dirio de visitantes e familiares aos pacientes

    internados, conforme rotina e horrio estabelecidos pelo Responsvel Tcnico e Chefia

    de Enfermagem.

    1.5.INDICAES PARA ADMISSO E ALTA

    As indicaes para admisso e alta da Unidade de Tratamento Intensivo e Unidade

    de Tratamento Semi-Intensivo so atribuies exclusivas do Mdico Intensivista.

    Ter indicao para admisso em Unidade de Tratamento Intensivo:

    a) Paciente grave ou de risco, com probabilidade de sobrevida e recuperao.

    b) Paciente em morte cerebral, por tratar-se de potencial doador de rgos.

    Deve ter alta da UTI todo paciente, to logo cessadas as causas que justificaramsua internao, podendo, critrio do Intensivista, ser encaminhado para a Unidade de

    Tratamento Semi-Intensivo.

    Sero admitidos na Unidade de Tratamento Semi-Intensivo pacientes oriundos da

    UTI e/ou de outras unidades do hospital, a critrio do Mdico Intensivista.

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    18Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    1.6 Orientaes para Visitantes e Acompanhantes

    H mais de uma dcada e meia, o relacionamento com o paciente sob tratamento

    hospitalar vem sendo valorizado, o visitante passou a ser considerado como parte

    contribuinte na recuperao do doente. No entanto, sendo o hospital um lugar insalubre,

    pelas atividades exercidas e pela clientela, h necessidades de informaes claras para a

    proteo de ambos, pacientes e visitantes, quanto a possveis contaminaes.

    Preconiza se que tais informaes devem ser efetuadas por escrito (em folheto

    impresso), em linguajar claro, sendo que sejam ressaltados alguns pontos sobre a visita.

    1. Visitantes com qualquer tipo de doena infecciosa, tipo gastroenterites, respiratrias

    ou outras, bem como portadores de febre, dermatites, abscessos, no devem visitarpacientes.

    Quando a visita imprescindvel, o visitante dever fazer uso de avental, mscara e

    realizar a anti sepsia rigorosa das mos antes e aps a visita.

    2. Todo visitante deve ser supervisionado na lavagem das mos prvia e posteriormente

    visita.

    3. Para visitas a pacientes imunossuprimidos (transplantados, quimioterapia e outras

    drogas) ou imunodeprimidos (doenas que diminuam a resistncia orgnica, ps operatrio de grandes cirurgias), bem como unidades de alto risco como UTIs,

    Hematologia, Berrio de Alto Risco, Hemodilise entre outros, o visitante dever

    obedecer rigorosamente ao protocolo daquelas unidades de internao.

    4. Crianas no podem ser visitantes hospitalares a no ser em situaes justificveis.

    Esta avaliao dever ser feita pela enfermeira. Mdico, ou psiclogo e a criana ter

    acompanhante pessoa responsvel e orientada para as informaes da rotina.

    Cuidados de lavagem das mos antes e aps a visita devem ser observadasrigorosamente (enfatizada pela idade e pelo fato de colocar a mo na boca).

    5. A restrio do nmero de visitantes por paciente est indicada para evitar a

    superlotao dentro das unidades de internamento, o que dificulta a orientao e

    superviso adequadas. O visitante no deve trazer alimentos ao paciente; quando

    permitido, devero ser entregues enfermagem (acondicionados em embalagens

    fechadas), em condies que favoream sua conservao e consumo o mais breve

    possvel.

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    19Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    6. Rotineiramente, no so permitidas sacolas trazidas pelos visitantes, evitando que

    sejam colocadas no cho, sobre a cama, ou mesa de refeies.

    7. O visitante no dever utilizar a cama do paciente ou qualquer outra (sentar, deitar),

    evitando dessa maneira, carregar microorganismos tanto para o leito hospitalar quanto

    para sua roupa.

    8. Em relao plantas e flores, recomenda se sua colocao do lado de fora dos

    quartos dos pacientes; proibio nas unidades de terapia intensiva, centros cirrgicos

    e outras reas onde existam pacientes de maior risco e grande concentrao de

    procedimentos invasivos.

    Obs.: a ampliao do horrio de visitas, facilitao de comunicao com o meioexterior, conservao de objetos pessoais (principalmente infantis), fotografias, objetos

    religiosos, permitir que o paciente sinta se como em um local privativo. No entanto

    esta atitude dever ser avaliada em conjunto interdisciplinar.

    Modelo de Informativo para Visitas em UTI Geral

    O que a UTI Geral?

    A UTI Geral uma Unidade de Tratamento Intensivo para vrios tipos de

    pacientes: pacientes com doenas graves, politraumatizados, em ps operatrio de

    cirurgias especiais ou procedimentos, com potencial risco de vida nas prximas horas. Em

    outras palavras, um lugar onde o paciente cuidado todos os minutos, 24 horas por dia.

    Um lugar onde vrios equipamentos (mquinas), muitas vezes so necessrios para

    ajudar a manter a vida ou prevenir complicaes mortais. um local onde todos osesforos so feitos, por uma equipe de pessoas especializadas e treinadas, para que o

    paciente melhore. um lugar onde se luta pela vida.

    Quem o mdico do paciente na UTI?

    Quando um paciente internado no Hospital, ele tem um ou mais mdicos

    responsveis por ele. Os mdicos da UTI cuidam no quando estiver em estado crtico,

    sempre em conjunto com o mdico (ou mdicos) por quem foi internado.

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    20Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Como um paciente tratado na UTI geral?

    tratado por mdicos e enfermagem especializados em pacientes que utilizam

    equipamentos, muitos medicamentos e monitoragens de diversos tipos. Com controles

    laboratoriais, Raio X, Ecografias, Tomografias, Arteriografias, Endoscopia Digestiva e

    Broncoscopia realizados mais amide e quando necessrios. Dietas alimentares

    especiais, e muito mais. So aspirados de suas secrees broncopulmonares, trocados

    curativos, mudados de lado (decbito), limpados e higienizados de suas secrees, dia e

    noite. E, principalmente tratados como seres humanos.

    Quem pode entrar na UTI Geral?

    Somente os parentes mais prximos. Pais, filhos, marido e mulher. Por que to

    poucos? Porque um hospital deve manter rigoroso controle de infeco, dessa forma, a

    circulao na UTI Geral limitada. Por que as informaes dadas a uma mesma pessoa

    no tem sempre a mesma verdade? Diferentes parentes ouvem de maneiras diferentes.Recomenda-se que crianas (menores de 12 anos) no entrem na UTI enquanto o

    parente no estiver lcido. Deve entrar 2 parentes at a porta da UTI, porm um s entra

    na UTI, a no ser que o visitante seja idoso ou menor de idade e necessite de amparo.

    Podem entrar religiosos (identificados na Capelania) para confortar e orar pelos pacientes,

    se solicitado pelas famlias.

    Quando vis itar seu paciente na UTI Geral?

    Horrio: ex: 9:00 hora (todos os dias). Dois parentes podem aguardar orientao para

    entrar. A critrio da equipe multidisciplinar ou mesmo por normas hospitalares, poder ser

    permitido outra visita no horrio da tarde, ex: 18:00 horas.O tempo de permanncia da

    visita dever ser no mximo de 30 minutos, salvo excees quanto s intercorrncias

    possveis de acontecer, onde dever ser suspensa a visita.

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    21Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    O que pode ser levado para a UTI Geral?

    Objetos pessoais, jias, dinheiro, etc., no podem permanecer com o paciente na

    UTI. Se seu paciente portava alguma coisa de valor, procure se informar durante o dia

    com a enfermeira chefe ou o setor de internao.

    Algumas coisas so pessoais como escova de dentes, tipo de pasta dental,

    desodorantes, sabonetes e podero ser levados para o paciente. Mesmo que seu

    paciente esteja desacordado (em coma) ter seus dentes escovados, banho,etc.

    O que fazer quando estiver visi tando?

    Devese colocar o avental e lavar as mos ao entrar na UTI Geral. O seu parente

    poder estar com a resistncia do organismo prejudicada pela doena e alguns germes

    que voc leva consigo podem complicar seu estado de sade. Deve se lavar as mos

    aps visitar seu parente, pois ele pode estar com alguns germes que esto em

    tratamento, mas voc no. Voc poder segurar a mo do seu parente e conversar com

    ele, mesmo que esteja desacordado.

    Como receber not cias de um paciente internado na UTI Geral?

    Nunca pelo telefone. Sempre pessoalmente no horrio de visitas. Se houver piora

    do quadro clnico do paciente, na maioria das vezes, os familiares so comunicados via

    telefone (vir para o hospital, etc) ou as informaes so fornecidas no horrio de visitas.

    Quando seu parente internado na UTI Geral, o mdico desta unidade lhe dar

    informaes a respeito da gravidade da doena e de como visit lo. Outras informaes

    dirias sero dadas pessoalmente pelo mdico da UTI e pela enfermeira chefe aos

    familiares, no horrio de visitas. Os mdicos ou o Servio Social podero entrar em

    contato com os parenytes em caso de piora do estado de sade do paciente.

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    22Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    1.7 Formulrios - Impressos - Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos

    Formulrios e impressos especiais devem ser planejados, segundo as

    caractersticas da unidade, a fim de conter de maneira regular os registros de um perodo

    de 24 horas. Alguns procedimentos so aplicveis maioria dos pacientes e podem ser

    estabelecidos como rotina.

    Entendese por Manual de Enfermagem o instrumento que rene, de forma

    sistematizada, normas, rotinas, procedimentos e outras informaes necessrias para a

    execuo das aes de enfermagem.Os Manuais podem ser elaborados partir de duas situaes: quando na fase de

    organizao e programao das atividades de um servio e quando este j est em

    funcionamento e requer a atualizao de normas e procedimentos. Em ambas a

    situaes, a metodologia a ser aplicada a mesma.

    As etapas para a elaborao de um manual de enfermagem podem ser

    sintetizadas em:

    - Diagnstico da situao: feito com base no levantamento e na anlise dasinformaes do servio de enfermagem. A estrutura organizacional onde o servio est

    inserido, a filosofia norteadora das aes, os objetivos que devem ser alcanados em

    funo da clientela, as aes de enfermagem que devem ser desenvolvidas e por quem,

    os recursos humanos e materiais disponveis, o sistema de informao existente e os

    problemas enfrentados na prestao da assistncia de enfermagem.

    - Determinao dos assuntos: a anlise das informaes coletadas define que

    instrumentos o manual deve conter e qual o contedo desses instrumentos. Nesta faseser decidido se para um determinado assunto ser melhor a elaborao de um

    procedimento ou de uma rotina, de acordo com a situao analisada.

    - Estruturao e confeco dos instrumentos: a estruturao envolve a

    ordenao (seqncia lgica, agrupamentos) e apresentao dos assuntos (numerao,

    linguagem, disposio na folha).Aps essas definies de estrutura, cabe definir quem vai

    escrever os instrumentos, preferencialmente o grupo de enfermeiros que atua ou atuar

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    23Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    no setor; independente de quem ir escrever, importante que o contedo seja analisado

    pela pessoa diretamente envolvida na situao.

    - Implantao: quando elaborado com a participao de toda a equipe, torna se

    mais fcil, pois as informaes nele contidas representam o consenso do grupo que o

    colocar em prtica. Caso no tenha havido a participao da maioria dos funcionrios,

    faz se necessrio o preparo do grupo para a sua implantao, esclarecendo

    principalmente seus objetivos, contedo e resultados. O manual dever estar acessvel

    aos usurios, e orientaes devero ser dadas quanto ao manuseio do mesmo.

    - Avaliao : o manual deve ser utilizado e, para isto, suas informaes devem

    sofrer constantes avaliaes e reformulaes. Um manual desatualizado provavelmentese tornar desacreditado. A atualizao pode ser programada para perodos previstos ou

    quando surgirem mudanas, desde que todos os usurios sejam previamente.

    Contedo do Manual

    O contedo do manual determinado pela necessidade de informao existente na

    unidade onde ser implantado.

    O manual de enfermagem poder conter:- o regulamento do hospital;

    - o regimento do servio de enfermagem;

    - a filosofia do servio de enfermagem;

    - a estrutura administrativa da organizao e do servio de enfermagem;

    - a planta fsica da unidade;

    - a descrio das funes que cada elemento da equipe deve realizar;

    -

    a descrio de cuidados de enfermagem de acordo com os diagnsticos ou agravos sade da clientela;

    - as normas, rotinas e procedimentos relacionadas ao pessoal, assistncia que dever

    ser prestada, ao material, etc.;

    - os roteiros para a realizao de atividades de enfermagem;

    - a descrio e funcionamento de equipamentos;

    - a previso de materiais de consumo e permanente;

    - o quadro de pessoal da unidade;

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    24Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    - as orientaes especficas para o preparo dos elementos da equipe de enfermagem;

    - os impressos utilizados na unidade e orientaes para o seu preenchimento;

    - as orientaes sobre os direitos e deveres dos elementos da equipe de enfermagem;

    - outros instrumentos que devero ser consultados.

    Estas informaes podem estar contidas em um nico manual ou em instrumentos

    diferentes, dependendo das caractersticas e finalidades.

    1.8 HUMANIZAO DO ATENDIMENTO EM UTI

    Humanizao concebido como: atendimento das necessidadesbiopsicossocioespirituais do indivduo tanto no contexto do trabalhador quanto no do

    usurio (cliente/paciente). Nessa perspectiva, cada um deve ser compreendido e aceito

    como ser nico e integral e, portanto, com necessidades e expectativas particulares. Na

    ateno sade, as aes voltadas humanizao do clientedevem ser manifestadas

    nos mbitos organizacional, ambiental, tecnolgico, nas inter-relaes, nas atividades

    teraputicas em si e em outros. Mezzomo (2001) afirma: Hospital Humanizado, aquele

    em que em sua estrutura fsica, tecnolgica, humana e administrativa valoriza e respeita apessoa, colocando-se a servio da mesma, garantindo-lhe um atendimento de elevada

    qualidade.

    Knobel (1998), em abordagem a respeito das Condutas no Paciente Grave,

    enuncia: A humanizao um antigo conceito que renasce para valorizar as

    caractersticas do gnero humano. Para que seja verdadeiramente recuperado,

    necessria uma equipe consciente dos desafios a serem enfrentados e dos prprios

    limites a serem transpostos. Relata, ainda, que as especificidades de uma UTI fazemcom que os trabalhadores desse servio atuem de maneira impessoal, o que carece de

    ateno. A complexidade tecnolgica (mquinas/equipamentos), a fragmentao do

    cuidado, as deficincias estruturais do sistema de sade como um todo, e a falta de

    filosofias de trabalho e de ensino voltada humanizao de maneira efetiva.

    No cuidado sade, em nosso pas, a humanizao do cliente pode ser percebida

    na Constituio Federal (Brasil, 1988) que garante a todos o acesso assistncia sade

    de forma resolutiva, igualitria e integral. A Carta dos Direitos do Paciente (Frum

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    25Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    Permanente das Patologias Clnicas, 1995) e pela Comisso Conjunta para Acreditao

    de Hospitais para a Amrica Latina e o

    Caribe e mais recentemente, o Programa Nacional de Humanizao da Assistncia

    Hospitalar - PNHAH - proposto pelo Ministrio da Sade em 2001, so documentos que

    determinam o modo e o campo de atuao das instituies e dos profissionais de sade

    rumo humanizao dos seus usurios. Tambm contamos com o Servio de Proteo

    ao Consumidor (Procon) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Um fato

    que merece destaque a existncia crescente dos Servios de Atendimento ao Cliente

    (SAC), tambm no interior das empresas de sade. No processo de humanizao do

    cliente pela enfermagem, Santana e Silva (2000) referem: Decididamente, no h regras,nem frmulas que o tornem vivel, porque ele depende fundamentalmente da

    conscientizao da sua importncia. Como alternativas de otimizao, sugerem mais

    investimentos na formao de recursos humanos e na compreenso do paciente como

    ser nico e indivisvel.

    Apesar de a literatura ressaltar a necessidade da humanizao dos usurios dos servios

    de sade, pouco se sabe a respeito da implementao e dos resultados de medidas que

    visem minimizar a impessoalidade do cliente. Na enfermagem, embora de forma indireta,a humanizao do paciente foi enfocada no Sculo XIX por Florence Nightingale (1989).

    Em seu livro de ttulo Notas Sobre Enfermagem, em vrios momentos, ela sugere

    maneiras para o melhor restabelecimento dos pacientes atravs da adoo de medidas

    ambientais proporcionadas pelas enfermeiras. Atravs dos seus escritos, percebemos

    que naquela poca, ainda que o foco principal da assistncia fosse o ambiente, a

    humanizao j estava implcita na atuao da enfermagem Hoje, passados mais de um

    sculo, a questo da humanizao ainda consiste num desafio para a profisso queprecisa se adequar s demandas tecnolgicas, econmicas e sociais todos elas com forte

    tendncia desumanizao. Sabemos que a revoluo industrial e o ambiente

    socioeconmico sempre influenciaram no modo de atuao da enfermagem, entretanto

    questes relacionadas tica, ao respeito e ao reconhecimento da individualidade dos

    outros, so princpios que devem prevalecer na vida das pessoas e na profisso,

    independentemente da origem, da poca e do local.

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    26Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    1.8.1 O Paciente e suas Necessidades Bsicas

    As influncias internas e externas a que est constantemente submetido o paciente

    na UTI podem lev lo a uma condio de estresse, na qual o indivduo perde a

    capacidade natural de adaptao. Este fato constitui uma ameaa manuteno da sua

    homeostase e interfere grandemente nas satisfao das suas necessidades bsicas.

    As necessidades bsicas so aquelas relacionadas com a sobrevivncia fsica,

    psquica e espiritual (necessidades psicobiolgicas, psicossociais, e psicoespirituais.

    (MASLOW in GOMES,1988)

    Muitas dessas necessidades esto afetadas no paciente de UTI. O paciente

    gravemente enfermo tem uma grande dependncia em relao satisfao dessasnecessidades e, como todo ser humano que se v dependente, responde a este fato de

    uma forma caracterstica, individual. Ele se torna concentrado em si mesmo, seus

    interesses e sua ateno se limitam ao momento presente, sua preocupao primria o

    funcionamento do seu corpo.

    As necessidades de segurana fsica se acentuam, ainda, pelo fato de se sentir

    ameaado por falhas mecnicas e, talvez, por falhas humanas. Em relao necessidade

    de se comunicar, acontece freqentemente que o paciente de UTI est impossibilitado defazlo verbalmente ou mesmo atravs da escrita, por motivos como entubao, afasia ou

    efeitos de drogas. O fato de no poder se expressar convenientemente muitas vezes o faz

    adotar os mais variados comportamentos, desde a passividada e a indiferena at a

    agressividade.

    Sua ansiedade cresce quando v seu corpo exposto, manuseado pela equipe, que,

    no af de atend-lo pronta e eficazmente, se esquece de lhe dar explicao prvia ou de

    atuar com maior cuidado. E atingido em sua auto estima quando se v subjugado portodos que se aproximam do seu leito e que, sem pedirem seu consentimento, executam

    suas tarefas, introduzindo lhes sondas e cateteres, expondo seu corpo sem

    considerarem seu pudor.

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    27Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados a seus respectivos autores

    1.8.2 O Paciente e a Famlia Frente ao Ambiente da UTI/ Humanizando as Relaes

    de Atendimento

    O envolvimento da famlia no processo de recuperao do paciente na UTI vem

    ocorrendo cada vez mais; o que era apenas um horrio restrito de visita vem se tornando

    um espao da presena da famlia, com horrios flexveis de visita e/ou presena

    permanente de um acompanhante. Cabe equipe identificar as situaes em que o

    paciente ser beneficiado com isso e propor a permanncia do acompanhante.

    Por lei, crianas e jovens com at 18 anos tm direito a acompanhante, devendo os

    estabelecimentos de atendimento sade proporcionar condies para permanncia em

    tempo integral de um dos pais ou responsveis. Tais direitos so concedidos tambm aospacientes com mais de 65 anos. Cabe lembrar que a permanncia do acompanhante tem

    como principal objetivo apoiar emocionalmente o paciente, auxiliando em sua

    recuperao.

    Mostrar o ambiente da UTI e seus equipamentos, explicando de uma maneira

    simplificada seu funcionamento e a sua finalidade, uma medida que gera segurana na

    famlia, pois esta passa a inteirar se do ambiente, que deixa de ser frio e desconhecido

    para ela.Os equipamentos que sero ou possam vir a ser utilizados no paciente so outro

    aspecto relevante a ser abordado com os familiares. Estar presente beira do leito no

    primeiro contato familiar com o paciente na UTI auxilia no esclarecimento do que e para

    que serve cada aparelho; no se deve esquecer de explicar os alarmes existentes e qual

    a sua finalidade, pois muitas vezes este um fato que causa ansiedade na famlia, por

    no saber do que se trata.

    A elaborao de um manual que mostra esses aspectos tcnicos torna prtica eobjetiva esta abordagem, mas no exclui a presena e a orientao fornecida pelo

    profissional. O manual, se elaborado deve ser composto numa linguagem simples e

    objetiva, com ilustraes que facilitem a identificao dos aparelhos; deve abordar os

    aparelhos que provavelmente sero utilizados, a importncia de lavar as mos antes e

    aps a visita no contato com o paciente, os profissionais que atuam na UTI e como ocorre

    o sistema de informaes.

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    Enfim, o enfermeiro deve estar apto a receber o paciente e sua famlia,

    promovendo um vnculo efetivo que vise uma assistncia individualizada e de qualidade,

    minimizando a dor e o sofrimento de todos durante sua permanncia na UTI. Promover

    uma interao efetiva com a famlia do paciente na UTI um passo fundamental na

    recuperao da sade deste; passo difcil de ser estabelecido na ntegra, pois envolve

    treino, conscincia e vontade.

    1.8.3 Programa Nacional de Humanizao da Assistncia Hospitalar

    - Como participar da Rede Nacional de Humanizao

    A Rede Nacional de Humanizao tem como base um Website do PNHAH

    (www.humaniza.org.br) e uma equipe de Multiplicadores Virtuais, responsveis pela

    manuteno e fortalecimento da Rede, com informaes, experincias e debates

    relevantes ao PNHAH.

    Acessando o endereo eletrnico do PNHAH, voc e seu hospital podero:

    Fazer parte da Rede Nacional de Humanizao. Receber informaes sobre os dispositivos da Rede: Banco de Projetos, Mapa

    Nacional de Humanizao, grupos de discusso, palestras, conferncias e superviso

    a distncia.

    Divulgar suas experincias de humanizao (neste caso, necessria a autorizao

    da direo do hospital).

    ------ FIM MDULO I ------