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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA SOBRATI INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA IBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA JULIANA NEVES RIBEIRO A FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA E SUAS REPERCURSSÕES: REVISÃO INTEGRATIVA

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATI

INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI

MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA

JULIANA NEVES RIBEIRO

A FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE

TERAPIA INTENSIVA E SUAS REPERCURSSÕES: REVISÃO

INTEGRATIVA

Manaus / AM

2018

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JULIANA NEVES RIBEIRO

A FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE

TERAPIA INTENSIVA E SUAS REPERCURSSÕES: REVISÃO

INTEGRATIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do Curso de Mestrado Profissionalizante em Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, para obtenção do Título de Mestre em Terapia Intensiva.

Orientador: Profº. Drº. Daniel Salgado Xavier.

Manaus / AM

2018

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JULIANA NEVES RIBEIRO

A FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UNIDADE DE

TERAPIA INTENSIVA E SUAS REPERCURSSÕES: REVISÃO

INTEGRATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso

de Mestrado Profissionalizante em Terapia Intensiva pelo Instituto

Brasileiro de Terapia Intensiva, para obtenção do Título de Mestre em

Terapia Intensiva.

Aprovado em: ______/______/_______.

Profº. Drº Daniel Salgado Xavier

Profº.

Profº.

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RESUMO

RIBEIRO, J. N. A Fraqueza Muscular Adquirida na Unidade de Terapia Intensiva e suas repercurssões: Revisão Integrativa. Manaus, 2018. 28f. Tese para a Conclusão de Mestrado Profissionalizante em Terapia Intensiva – IBRATI.

Do ponto de vista cinético-funcional, a permanência prolongada no leito traz consigo alterações no sistema cardiovascular, musculoesquelético, gastrointestinal e urinário, efeitos esses deletérios para o paciente. Observa-se ainda que 50% dos pacientes com sepse e ventilados mecanicamente apresentam fraqueza muscular com falha no desmame do suporte ventilatório, sendo a FAUTI responsável pelos resultados insatisfatórios na alta hospitalar, tendo correlação com prolongados períodos de internação, aumento de mortalidade, maior necessidade de reabilitação domiciliar e, consequentemente, aumento dos custos. Diante destas informações este trabalho tem por objetivo reunir e analisar pesquisas que ressaltem as repercussões causadas ao paciente pela fraqueza muscular adquirida na Unidade de Terapia Intensiva, e os principais fatores que levam a estes casos. O desenvolvimento deste estudo compôs-se de uma revisão integrativa de literatura. A pesquisa bibliográfica foi realizada entre março e abril de 2018, utilizando as palavras chaves: “Fraqueza Muscular”; “UTI”, sendo estas correlacionadas durante a busca. Foram selecionados 11 artigos publicados no período entre 2010 e 2018, os quais buscaram em suas delimitações mostrar as repercussões da FAUTI para os pacientes internados em UTI. Os trabalhos corroboram a evidente dificuldade na reabilitação, na alta e na vida social do indivíduo que tem a permanência hospitalar prolongada seja pelo tempo de ventilação mecânica ou pelo quadro clínico, sendo estes mais suscetíveis à fraqueza muscular. A partir disto foi possível observar as inúmeras complicações que são impostas ao paciente diante de um quadro estabelecido de FAUTI, as quais repercutem durante toda a permanência no ambiente hospitalar e também no após alta. A perda de funcionalidade gera distúrbios não apenas musculares como também danos psicológicos e sociais, sendo necessário uma atenção maior para a prevenção de sua instalação.

Descritores: Fraqueza Muscular; UTI; FAUTI; Fisioterapia.

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ABSTRACT

RIBEIRO, J. N. Acquired Muscular Weakness in Unit of Intensive Therapy and its repercussions: Integrative Revision. Manaus, 2018. 28p. Thesis for the Completion of a Master's Degree in Intensive Care Therapy - IBRATI.

From the kinetic-functional point of view, prolonged stay in the bed brings with it changes in the cardiovascular, musculoskeletal, gastrointestinal and urinary systems, deleterious effects for the patient. It is also observed that 50% of patients with sepsis and mechanically ventilated patients presented muscle weakness with failure to wean the ventilatory support, and FAUTI was responsible for unsatisfactory results at hospital discharge, correlating with prolonged hospital stay, increased mortality, increased need of home rehabilitation and, consequently, increased costs. In view of this information, this work has the objective of gathering and analyzing research that highlights the repercussions caused to the patient by the muscular weakness acquired in the Intensive Care Unit, and the main factors that lead to these cases. The development of this study consisted of an integrative literature review. The bibliographic research was carried out between March and April of 2018, using the key words: "Muscular Weakness"; "UTI", being these correlated during the search. We selected 11 articles published in the period between 2010 and 2018, which sought in their delimitations to show the repercussions of FAUTI for patients hospitalized in ICU. The studies corroborate the evident difficulty in rehabilitation, discharge and social life of the individual who has prolonged hospital stay either by the time of mechanical ventilation or by the clinical picture, which are more susceptible to muscle weakness. From this it was possible to observe the innumerable complications that are imposed on the patient before an established FAUTI, which repercussions throughout the stay in the hospital environment and also in the after discharge. The loss of functionality generates disorders not only muscular but also psychological and social damages, and greater attention is needed to prevent its installation.

Keywords: Muscular weakness; UTI; FAUTI; Physiotherapy.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DO2 OFERTA DE OXIGÊNIO

FAUTI FRAQUEZA MUSCULAR ADQUIRIDA NA UTI

IRpA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA

MRC MEDICAL RESEARCH COUNCIL

PiMÁX PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA

SDRA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO

SIRS RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA

TER TESTE DE RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA

UTI UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

VC VOLUME CORRENTE

VFC VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

VM VENTILAÇÃO MECÂNICA

VMI VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.Organograma do levantamento bibliográfico 15

Figura 2. Pontuação da soma do MRC: escalas ordinais de seis e quatro pontos

para avaliação 18

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Apresentação dos estudos selecionados 18

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................10

2. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................14

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................15

4. CONCLUSÃO...................................................................................................................25

5. REFERÊNCIAS.................................................................................................................26

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1. INTRODUÇÃO

Do ponto de vista cinético-funcional, a permanência prolongada no leito traz

consigo alterações no sistema cardiovascular, musculoesquelético, gastrointestinal e

urinário, efeitos esses deletérios para o paciente. A fisioterapia atua na reabilitação

desses pacientes, auxiliando na identificação precoce dos problemas cinético-funcionais,

sendo o programa de reabilitação recomendado como prática indispensável e segura,

reduzindo assim o seu tempo de internação (XAVIER, 2011).

A atividade fisioterapêutica volta-se para os processos de recuperação do

indivíduo por meio de um conjunto de técnicas corporais que agem sobre o organismo

humano, imprimindo-lhe uma mobilização ativa ou passiva, restaurando o gesto e a

função das diferentes partes do corpo. Apresentando como objetivos principais prevenir,

manter e restaurar a integridade dos movimentos, órgãos, sistemas e funções (KISNER,

COLBY, 2005).

O repouso no leito tem sido prescrito para doentes críticos em UTI em diversas

condições, principalmente na fase inicial da internação, onde espera o restabelecimento

do quadro hemodinâmico. A redução ou anulação da carga imposta ao sistema

musculoesquelético durante o imobilismo no leito, associada à manutenção da VMI por

vários dias tem aumentado o tempo de internação na UTI e, consequentemente,

provocado piora prognóstica do paciente. Associado a esses fatores, o período

prolongado de imobilismo no leito tem sido apontado como principal causa de fraqueza

muscular adquirida na UTI (ICU-AW, conhecida em português como FAUTI), a qual

tem sido frequentemente observada no paciente crítico (SILVA, MAYNARD, CRUZ,

2010; MESQUITA, GARDENGHI, 2016).

Aproximadamente 50% dos pacientes com sepse e ventilados mecanicamente

apresentam fraqueza muscular com falha no desmame do suporte ventilatório. Como

mais de 50% das internações têm por causa a sepse, mais da metade desses pacientes

apresentam risco de desenvolver alterações neuromusculares no curso da internação na

UTI. Do mesmo modo, cerca de 60% dos pacientes com síndrome do desconforto

respiratório agudo (SDRA) poderão apresentar características da FAUTI

(MARAMATTOM, WIJDICKS, 2006; GODOY et al, 2015).

Segundo Latrônico e Bolton (2011) e Hermans e Van den Berghe (2015) a

FAUTI é caracterizada pelo comprometimento da inervação, da musculatura periférica e

dos músculos respiratórios de forma difusa e simétrica, resultando em tetraparesia ou

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tetraplegia flácida de cunho reversível, podendo ser recuperável total ou parcialmente e

podendo resultar em insuficiência respiratória aguda (IRpA) devida às alterações

neuromusculares. A musculatura facial geralmente está preservada, ocorrendo

hiporreflexia ou arreflexia dos reflexos profundos, atrofia muscular, maior tempo de

permanência na ventilação mecânica e no tempo de internação na UTI e da internação

hospitalar.

Sua etiologia relaciona-se, em grande parte, aos danos provocados pela resposta

inflamatória sistêmica (SIRS), a qual afeta a morfologia e a fisiologia da musculatura

esquelética e seu sistema de condução, ocorrendo em virtude das alterações

microvasculares que levam a hipoperfusão dos pequenos capilares dos nervos e à

redução da oferta de oxigênio (DO2), e resultando em acúmulo de metabólitos ácidos,

tais como endotoxinas e agentes pró-inflamatórios liberados durante a sepse ou SIRS

(GODOY et al, 2015).

O diagnóstico da FAUTI é realizado através do teste de força muscular avaliada

pelos critérios do Medical Research Council (MRC) entre 6 grupos musculares

bilateralmente: abdução do braço; flexão do antebraço; extensão do punho; flexão do

quadril; extensão do joelho; e flexão dorsal do pé. Um escore total abaixo de 48/60

designa Fraqueza Muscular Adquirida na UTI, e escore total MRC abaixo de 36/48

indica fraqueza grave. Outro método para diagnóstico é a dinamometria da mão, a qual

mede a força muscular isométrica e pode ser utilizada como um teste diagnóstico

rápido. Os escores para corte são: menos que 11kg (IQR 10-40) em homens e menos de

7kg (IQR zero a 7,3) em mulheres, que foram considerados indicativos de FAUTI.

Tanto a avaliação pela escala MRC quanto a dinamometria da mão são exames

voluntários e, portanto, exigem que o paciente esteja alerta, cooperativo e motivado

(LATRONICO, GOSSELINK, 2015).

Os prejuízos funcionais associados a FAUTI comumente observados em

pacientes críticos estão relacionados diretamente ao tempo de permanência na UTI e a

ventilação mecânica (VM) prolongada, sendo necessários apenas sete dias de repouso

no leito para reduzir a força muscular em 30%, com uma perda adicional de 20% da

força restante a cada semana (JUNIOR, 2013).

O declínio funcional é definido como a perda de habilidades na realização de

atividades de vida diária entre o período pré-morbidade, classificado como estado

funcional prévio ao internamento, e o desempenho atual durante a estadia hospitalar, e

até três meses após alta. Associa-se à redução do desempenho físico e cognitivo e é

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parcialmente relacionado à doença, podendo ser resultado de fatores externos,

ambientais, físicos ou até mesmo culturais, durante sua hospitalização, principalmente

no ambiente de terapia intensiva, onde o individuo apresenta-se a maior parte do tempo

restrito ao leito (MARTINEZ et al, 2013).

A presença de declínio funcional causado pela FAUTI é responsável pelos

resultados insatisfatórios na alta hospitalar, tendo correlação com prolongados períodos

de internação, aumento de mortalidade, maior necessidade de reabilitação domiciliar e,

consequentemente, aumento dos custos (COVINSKY et al, 2003).

As alterações decorrentes da restrição ao leito são visualizadas em todos os

sistemas, acometendo os sistemas musculoesquelético, gastrointestinal, urinário,

cardiovascular, respiratório e cutâneo, contribuindo ainda mais para o declínio funcional

(SILVA, MAYNARD, CRUZ, 2010).

No sistema respiratório, devido o posicionamento do tórax em decúbito dorsal e

do movimento diafragmático, observa-se diminuição das funções em cerca de 25%-

50%, decorrente da fraqueza diafragmática e dos músculos acessórios da ventilação. A

presença de fraqueza muscular inspiratória provoca uma alta taxa de disparos das

unidades motoras no centro inspiratório, gerando esforços inefetivos decorrentes da

fraqueza em si, e não pela falta de estímulo central. Esse fator, associado ao

desequilíbrio entre a alta carga de trabalho respiratório e a reduzida força muscular

inspiratória gera um baixo volume corrente (VC), provoca dispnéia, retenção de gás

carbônico, redução do volume minuto, da capacidade pulmonar total, da capacidade

residual funcional, volume residual e volume expiratório forçado, além da redução do

trabalho consequente perda de força da musculatura da ventilação, estase de muco em

áreas mal ventiladas levando a infecções pulmonares, atelectasias, dificuldade para

tossir e aumento do risco de broncoaspiração, esses fatores levam a incapacidade de

sustentar a ventilação espontânea, sendo necessária a reinstituição da VMI (BASS,

2000, ZAMORA, CRUZ, 2013, SANTOS, 2016).

No Sistema musculoesquelético observa-se anormalidades neuromusculares

difusas em 50% dos pacientes internados na UTI após 5 a 7 dias de VM, tendo como

principal sinal clínico o descondicionamento físico, devido a fraqueza muscular. Nos

primeiros 7 dias de repouso no leito observa-se redução de 30%, com perda adicional de

20% da força restante a cada semana, esta perda pode chegar de 70% a 100% (ou 1,5kg

ao dia) quando os pacientes são acometidos com sepse. A causa da fraqueza muscular é

a inexcitabilidade da sarcolema, que permanece hiperpolarizada pela inativação dos

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seus canais de sódio e por uma diminuição pela metade da densidade desses, afetando a

geração do potencial de ação para a contração muscular, desencadeando a perda de

massa muscular, da força e endurance (SILVA, MAYNARD, CRUZ, 2010; ZAMORA,

CRUZ, 2013; OLIVEIRA, 2014).

Dentro do âmbito hospitalar, a fisioterapia deve buscar a minimização dos

efeitos deletérios da restrição ao leito, evitando a internação prolongada dos pacientes, e

consequentemente o retorno mais cedo as suas atividades (BERGMANN et al., 2006).

É fundamental a utilização do bom senso na escolha das técnicas a serem

aplicadas, respeitando os limites da dor, momentos de indisposição, exames

laboratoriais e de imagem, assim como as indicações e contra-indicações de cada

técnica e o quadro clínico do paciente (XAVIER, 2011).

Segundo Martinez e colaboradores (2013) a mobilização realizada por

fisioterapeutas em pacientes em ventilação mecânica auxiliada pela retirada de sedação

provê uma melhora na independência funcional para as atividades de vida diária na alta

hospitalar, além de diminuir a ocorrência de delírio, sendo importante o direcionamento

da mobilização precoce de forma selecionada, com as precauções devidas tomadas antes

e durante as técnicas para a não ocorrência de efeitos adversos.

Segundo Pinheiro e Christofoletti (2012) e Murakami e colaboradores (2015) a

mobilização precoce deve ser aplicada diariamente nos pacientes críticos internados em

UTI, tanto naqueles estáveis, que se encontram acamados e inconscientes (sob VM),

quanto naqueles conscientes e que realizam a marcha independente, visando a

prevenção de fraqueza muscular adquirida na UTI, diminuição do tempo de desmame

da ventilação mecânica (VM), do tempo de internação e dos custos hospitalares.

Diante destas informações este trabalho tem por objetivo reunir e analisar

pesquisas que ressaltem as repercussões causadas ao paciente pela fraqueza muscular

adquirida na Unidade de Terapia Intensiva, e os principais fatores que levam a estes

casos.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

O desenvolvimento deste estudo compôs-se de uma revisão integrativa de

literatura, com abordagem quantitativa e qualitativa dos dados, visando à realização de

um artigo original.

A revisão integrativa da literatura consiste na construção de uma análise ampla da

literatura, contribuindo para discussões sobre métodos e resultados de pesquisas, tendo

como propósito obter um profundo entendimento de um determinado fenômeno

baseando-se em estudos anteriores. Este método de revisão permite a inclusão

simultânea de pesquisa experimental e quase-experimental proporcionando uma

compreensão mais completa do tema de interesse (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO,

2008).

O intuito desta revisão foi contribuir com uma analise de dados para que juntos

fossem demonstrados e assim se tornassem relevantes para acrescentar melhorias a

pratica clinica, visando o conhecimento sobre as repercussões que são impostas ao

paciente com FAUTI.

A pesquisa bibliográfica foi realizada em Março e Abril de 2018, através das

plataformas cientificas: BIREME, Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e

Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem Online (MedLine/PubMed). Para tal,

foram delimitadas as palavras chaves: “Fraqueza Muscular”; “UTI”, sendo estas

correlacionadas durante a busca, tais termos foram previamente consultados nos

descritores em ciências da saúde (DeCS) disponível no endereço eletrônico

http://decs.bvs.br.

Posteriormente a consulta com as palavras chave, os artigos encontrados foram

submetidos aos critérios de exclusão, sendo eles: artigos que não correspondessem ao

tema proposto; que não abordassem a UTI; aqueles que não possuíam texto completo;

além de resumos de apresentações; resumos bibliográficos, dissertações ou teses

acadêmicas; e estudos que não estivessem dentro do período estipulado. Em seguida

foram selecionados aqueles que se encaixavam nos critérios de inclusão: artigos com

texto completo disponível, que tratavam do tema proposto (Fraqueza Muscular

Adquirida na UTI e Suas Repercussões), estudos aplicados em humanos e que haviam

sido publicados entre 2010 e 2018.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O levantamento bibliográfico seguiu a ordem do organograma da Figura 1.

A primeira busca pelos artigos foi realizada através das palavras chaves “Fraqueza

Muscular e UTI” sendo encontrados 255 trabalhos, dentre estes apenas 186 possuíam

texto completo e disponível. Após foram filtrados pelo ano de publicação aos quais

foram delimitados trabalhos entre os anos de 2010-2018 reduzindo para 153, por

pesquisas realizadas com seres humanos totalizando 141 trabalhos. Posteriormente a

seleção de acordo com o tema proposto restaram 31 artigos, estando apenas 11

conforme os critérios de inclusão e exclusão.

Figura 1. Organograma do levantamento bibliográfico.

Estas pesquisas estão descritas na Tabela 1. Em ordem cronológica de

publicação, as mesmas buscaram em suas delimitações mostrar as repercussões da

A r t i g o s r e f e r e n te s à F r a q u e z a M u s c u la r / U T I

C o n te n d o t e x t o c o m p le to e d i s p o n ív e l

E n t r e o s a n o s d e 2 0 1 0 - 2 0 1 7

P e s q u i s a s f e i t a s c o m h u m a n o s

D e a c o r d o c o m o t e m a p r o p o s to

D e a c o r d o c o m o s c r i t é r io s d e i n c lu s ã o e e x c l u s ã o d e s t e t r a b a lh o

255

186

153

141

31

11

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FAUTI para os pacientes, e também buscar novas formas de prevenir, avaliar e tratar os

mesmos.

GRIFFITHS e HALL (2010), afirmam em seu trabalho que a Fraqueza severa

vem tornando-se uma complicação que impacta de forma negativa na recuperação e

funcionalidade do paciente, principalmente aqueles que de alguma forma necessitam de

um suporte para manutenção da vida com os casos de ventilação mecânica invasiva. E

que mesmo diante destas constatações ainda há muito a ser compreendido a cerca das

desordens ocasionadas pela FAUTI, concluíram ainda que a avaliação e a intervenção

precoce nesses casos, principalmente em pacientes com suporte ventilatório pode

melhorar os resultados obtidos frente ao atendimento destes, contribuindo no ganho

funcional.

Wieske e colaboradores, (2013) em um estudo de Coorte observaram a

correlação de FAUTI com a disfunção autonômica, notou-se a necessidade de investigar

se os pacientes com fraqueza muscular estavam ou não mais propensos a desenvolver

tal disfunção, diante disto propôs-se avaliar diariamente a variabilidade da frequência

cardíaca (VFC) até 15 dias após a admissão dos pacientes no intuito criar um indicador

para a disfunção autonômica e avaliar através da escala de MRC a debilidade muscular.

Nestas condições 83 pacientes foram incluídos na pesquisa e 15 deles apresentaram

FAUTI, todos os casos tiveram anormalidade na VFC independente da presença de

fraqueza muscular o que torna improvável a correlação entre a alteração da VFC com a

mesma, foi apontado também que a VFC não pode ser um apontador preciso para a

disfunção autonômica uma vez que sofre constantes variações em pacientes críticos,

principalmente se estiver aliada a sedação, noradrenalina e ventilação mecânica.

Por sua vez Witteveen e colaboradores, (2017) sugeriu em seu estudo de coorte

observacional prospectivo que indivíduos que desenvolvem fraqueza muscular possuem

marcadores inflamatórios diferentes em comparação aos que não adquirem. Desse modo

foram incluídos em seu trabalho pacientes em VM >48 horas com diagnóstico de

FAUTI através da MRC, estes tiveram amostras de plasma examinadas nos dias 0,2 e 4

após admissão. Notou-se que a inflamação sistêmica sofre um aumento considerável em

indivíduos debilitados e que a gravidade do quadro clínico contribui de maneira

exponencial para a evolução da FAUTI.

Wieske e seus colaboradores (2014) buscaram em um novo estudo de coorte

prospectivo observar o diagnostico precoce de fraqueza muscular através de parâmetros

facilmente encontrados na avaliação geral do paciente, sendo eles: Lactato, tratamentos

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com qualquer aminoglicosídeo nos dois primeiros dias de internação e a idade. Estes

indicadores podem ser utilizados para realizar com maior rapidez a prevenção da

debilidade muscular, antecedendo escores como o APACHE IV e o SOFA. Foram

selecionados pacientes que estavam em ventilação mecânica por mais de 48 horas e a

força muscular foi mensurada através da escala de MRC. 212 pacientes foram incluídos

e destes 103 desenvolveram FAUTI, observou-se que alguns fatores como presença de

Polineuropatia preexistente, fatores de risco para Polineuropatia e uso sistêmico de

corticosteroides antes da admissão na UTI, devem ser levados em consideração.

Chlan e colaboradores, (2015) propôs em seu trabalho que a analise da força da

preensão palmar mensurada diariamente através do dinamômetro em um protocolo

padronizado poderia ser utilizada para identificar fatores na perda de força muscular, e

ainda demonstrar quais os tipos de pacientes poderiam ser mais comumente acometidos,

desta forma notou-se que a força da preensão sofreu reduções com o passar dos

atendimentos, e que pacientes do sexo feminino, indivíduos mais velhos e aqueles sob

ventilação mecânica sofriam maiores variações na força exercida. Destacando

principalmente os que estavam em suporte ventilatório prolongado.

O que corrobora com o trabalho de Jung e colaboradores, (2016) onde se avaliou

pacientes que estavam em VM por no mínimo 48 horas e estivessem em Teste de

Respiração Espontânea (TRE), os indivíduos incluídos nestes critérios passaram por

estimulação magnética do nervo frênico através do processo de alteração de pressão no

tubo endotraqueal, também realizaram testes da Pressão Inspiratória Máxima (PiMáx) e

Ultrassonografia para a verificação do espessamento das fibras musculares, por fim

foram correlacionados a função diafragmática com a FAUTI na falha do processo de

extubação. Foi constatado que dos 185 ventilados por mais de 48 horas, 40 deles

apresentaram MRC< 48 e dentre estes, 32 foram diagnosticados com disfunção do

diafragma, não houve ligação entre a mudança de pressão com os escores do MRC. Foi

constatado que metade dos pacientes poderia ser extubados em ate 72 horas sem

complicações posteriores. A fraqueza adquirida na UTI pode e deve ser atrelada as

disfunções diafragmáticas, uma das observações desta pesquisa foi que metade dos

pacientes avaliados que falharam no processo de desmame / extubação faleceu

posteriormente na UTI.

Parry e colaboradores, (2015) estudou uma nova abordagem para avaliar a força

em dois níveis no diagnóstico da FAUTI, visando determinar a concordância do teste de

força muscular manual usando técnicas isométricas e/ou por faixa a partir da soma da

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escala de MRC com uma nova escala de 4 pontos como ilustrado na Figura 2. Instituir

ainda um novo ponto de corte nesta escala e examinar a validade da dinamometria na

avaliação do paciente.

Figura 2. Pontuação da soma do MRC: escalas ordinais de seis e quatro pontos para avaliação

Com base na dinamometria 25 dos 60 pacientes do estudo apresentaram

diagnóstico de FAUTI, percebeu-se também que a avaliação da força através da

dinamometria pode ser confiável para o diagnóstico de debilidade muscular, sendo

estabelecidos nesta pesquisa os valores de referência para homens <11Kg e para

mulheres <7KG. A escala de 4 pontos mostrou-se eficaz na avaliação e acurácia

diagnóstica, sendo estabelecido neste trabalho um ponto de corte de 24 dos possíveis 36

pontos para a definição do diagnóstico, porem ressalta-se a importância de mais

pesquisas para a validação desta escala.

Tabela 1. Apresentação dos estudos selecionados

AUTOR / ANO CARACTERISTICAS

DO ESTUDO

VÁRIAVEIS

AVALIADAS

DESFECHOS

SIGNIFICATIVOS

GRIFFITHS; HALL,

2010.

Revisão de Literatura e

uma mesa redonda de

especialistas, este

estudo buscou revisar e

atualizar o

entendimento sobre

FAUTI e melhorar o

resultado clínico.

A avaliação

eletrofisiológica para

melhor identificar os

casos de FAUTI, a

atenção à avaliação

beira leito e os cuidados

com fatores

complicadores como

sedativos e analgésicos.

Estudos recentes

demonstraram que a

terapia física e

ocupacional precoce,

inclusive durante o

período de intubação e

suporte ventilatório,

pode ser realizada com

segurança e

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19

A prevenção dos fatores

de risco para o

desenvolvimento da

debilidade muscular.

provavelmente

melhorar os resultados

dos pacientes em

relação ao status

funcional. E que a

associação entre

fraqueza e dependência

em longo prazo da VM,

sendo um dos principais

fatores para

sobrevivência após

complicações

respiratórias.

NORDON et al, 2011. Esta série de casos

visou demonstrar a

segurança e a

viabilidade da

intervenção física em

indivíduos com FAUTI

e em VM por no

mínimo 7 dias. Mostrar

o gerenciamento do

profissional

fisioterapeuta e os

resultados obtidos pelos

pacientes.

O protocolo de

atendimento

determinava o

atendimento

fisioterapêutico por 5

dias / semana e 30

minutos por sessão.

Incluindo testes

musculares manuais e

escores de itens da

Medida de

Independência

Funcional. Foi notado

que os pacientes que

receberam altas e foram

para casa tinham maior

tendência a progressão

da funcionalidade do

que aqueles que foram

para outros níveis de

atenção.

Estes casos demonstram

que é seguro e viável

intervir com a

fisioterapia frente à

pacientes com

diagnóstico de FAUTI.

Sugere-se que estudos

futuros busquem

investigar a frequência

e a duração ideal para

que a intervenção

influencie com maior

relevância os

resultados.

WIESKE et al, 2013. Estudo de coorte

observacional de

pacientes recém

admitidos na UTI, nele

foi investigada a

relação da FAUTI com

A disfunção

autonômica foi medida

diariamente pela

variabilidade da

frequência cardíaca

(VFC) em até 15 dias

83 pacientes tiveram o

diagnóstico de FAUTI,

e em todas as medições

da VFC foram

encontradas

anormalidades,

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20

possíveis disfunções

autonômicas, e a

propensão destes

pacientes para

desenvolver tais

disfunções em

comparação com os que

não estão acometidos

pela fraqueza muscular.

após admissão, a

FAUTI por sua vez foi

diagnosticada através

da MRC. A VFC

anormal foi definida de

acordo com a idade.

independente do

diagnóstico de

debilidade muscular.

Descobriu-se também

que fatores como VM,

sedação e noradrenalina

foram identificados

como fatores de

confusão para VFC,

tornando-a um

indicador sem precisão

para diagnósticos de

disfunção autonômica.

WIESKE et al, 2014. Estudo de coorte

observacional

prospectivo buscou-se

pacientes em VM >2

dias a força muscular

foi mensurada de

acordo com a escala de

MRC naqueles que se

encontravam acordados

e atentos.

Alguns preditores

foram estabelecidos

propondo maior

facilidade para a

avaliação como:Níveis

de lactato, tratamento

com aminoglicosídeo e

idade, fora utilizados

também os escores

APACHE IV e SOFA.

Outros dados como o

numero de dias na VM

também foram

considerados.

De um total de 212

pacientes incluídos, 103

desenvolveram FAUTI.

E a proposta de novos

preditores que são

facilmente disponíveis

no atendimento teve um

resultado positivo frente

a pesquisa, porem

necessita de validação

externa.

CHLAN et al, 2015. Neste estudo foi

mensurada a força

muscular periférica de

pacientes sob VM, e as

foram realizadas

correlações que

influenciam na FAUTI.

Foi desenvolvido um

protocolo padronizado

para o uso da

dinamômetria que era

mensurada diariamente

nos 120 pacientes

participantes do estudo,

três mensurações de

força para cada mão,

após os relatos de

FAUTI foram

analisados,

correlacionando com a

Algumas variáveis

apresentaram

diminuição da força ao

longo do tempo (sexo

feminino, idade e dias

de VM) explicando

assim a variação na

força de preensão.

Dentre estes, os

pacientes que

receberam VM

prolongada tiveram

decréscimos acentuados

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força de preensão. na força.

PARRY et al, 2015. Estudo prospectivo com

o intuito de determinar

a confiabilidade e a

concordância do teste

de força muscular

manual, por meio de

técnicas de isometria e

pela soma do MRC.

A pesquisa resumiu-se

em duas partes, onde a

dinamômetria e as

técnicas de isometria

utilizando a escala de 4

pontos foram aplicadas.

A técnica isométrica e a

dinamometria são de

fácil execução e

sensíveis para o

diagnóstico de FAUTI,

sendo complementares

frente a avaliação,

WIESKE et al, 2015. Em um estudo de coorte

observacional

prospectivo unicêntrico.

Foi investigado as

diferenças na

mortalidade pós-UTI e

funcionamento físico

entre pacientes com e

sem fraqueza adquirida

na UTI em 6 meses

após a alta da UTI.

Paciente em UTI, sob

VM acima de 48 horas,

a FAUTI foi

diagnosticada através

da escala de MRC. Os

pacientes foram

observados por até 6

meses após a alta da

UTI, nos sobreviventes

foi observado o

domínio sob seu

funcionamento físico.

156 pacientes foram

incluídos dentre estes,

80 tinham FAUTI, 23

vieram a óbito (20 deles

com FAUTI). Durante o

período de pós-alta

outros 25 pacientes

morreram (17 com

FAUTI), dos 96

sobreviventes (39 com

FAUTI) notou-se o

declínio funcional no

período de avalição

posterior. Por esta razão

concluiu-se que a

FAUTI está associada

ao maior número de

mortalidades “pós-UTI”

e a menor

funcionalidade nos

sobreviventes.

JUNG et al, 2016. O foco deste estudo foi

à avaliação da função

do diafragma em uma

abordagem multimodal

em pacientes

acometidos pela

FAUTI.

A inclusão dos

pacientes deu-se por

meio do diagnostico de

FAUTI (através do

MRC <48) e que

estivessem em VM por

no mínimo 48 horas e

que estivessem em

Teste de Respiração

Espontânea (TER); a

185 pacientes estavam

em VM >48 horas, 40

deles com MRC <48, a

disfunção diafragmática

+ FAUTI foi observada

em 32 casos. Conclui-se

a disfunção

diafragmática tem

correlação com o

diagnóstico de FAUTI,

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função diafragmática

foi testada através da

estimulação do nervo

frênico alterando a

pressão no tubo

endotraqueal, pela

pressão inspiratória

máxima e

ultrassonografias.

mas que esta correlação

nem sempre é utilizada.

Neste estudo metade

dos pacientes falharam

no processo de

desmame e faleceram

durante a permanência

na UTI.

CUBITT et al, 2016. Desenvolvido em um

grupo de pacientes

queimados, este estudo

mostra o desafio na

recuperação de

pacientes deste grupo, e

como a FAUTI afeta as

perspectivas do

tratamento.

Foi realizada uma

investigação

retrospectiva dos

pacientes no centro de

queimados entre 2008 e

2012, buscando o perfil

dos mesmos.

Identificou-se que 22

pacientes no período

delimitado sofreram

com a FAUTI, sendo de

perfil mais jovem e com

queimaduras mais

significantes do que

aqueles que não

estavam acometidos

pela debilidade

muscular na mesma

unidade.

DETTLING-

LHNENFELDT et al,

2017.

Estudo prospectivo

unicêntrico em

pacientes ventilados por

mais de 48 horas e que

sobreviveram à alta da

UTI, comparando o

estado funcional

relatado pelo paciente

em relação ao

funcionamento físico,

psicológico e social,

com ou sem FAUTI.

A avaliação do estado

funcional dos

pacientes foi

realizada aos 3, 6 e

12 meses após a alta

da UTI utilizando o

Sickness Impact

Profile 68 (SIP68), já

os aspectos

psicológicos e sociais

foram comparados

entre os grupos.

No ponto de vista

psicológico não

houveram muitas

restrições relatadas,

quando contrário ao dos

aspectos sociais que

sofreram severas

mudanças, quanto a

funcionalidade notou-se

maiores complicações

relacionadas à FAUTI

até o 3 mês após a alta

da UTI, quadro este que

foi reduzido nas

seguintes avaliações. O

que sugere-se que as

intervenções

interdisciplinares de

reabilitação para

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sobreviventes após a

alta da UTI sejam

continuadas.

WITTEVEEN et al,

2017.

Estudo de coorte

observacional

prospectivo observou-

se que os pacientes que

desenvolveram FAUTI,

têm um padrão de

marcadores

inflamatórios

sistêmicos diferentes

em comparação com os

criticamente enfermos

que não desenvolvem

FAUTI.

Pacientes em estado

crítico com VM >48

horas sem complicações

neurológicas, a FAUTI

foi diagnosticada

através da escala de

MRC, marcadores

inflamatórios

sistêmicos foram

analisados em amostras

de plasma nos dias 0, 2

e 4 após a admissão.

Dos 204 pacientes

incluídos 99

desenvolveram

FAUTI, A

inflamação sistêmica

é aumentada em

pacientes que

desenvolvem

fraqueza adquirida na

UTI em comparação

com pacientes que

não desenvolvem

fraqueza adquirida na

UTI nos primeiros 4

dias após a admissão

na UTI. Esse achado

é consistente quando

ajustado para fatores

de confusão, como a

gravidade da doença.

FAUTI: Fraqueza Muscular Adquirida na UTI; MRC: Medical Research Council; TER: Teste de Respiração Espontânea; UTI: Unidade de Terapia Intensiva; VFC: Variabilidade da frequência cardíaca; VM: Ventilação Mecânica.

De acordo com Wieske e colaboradores, (2015) a fraqueza adquirida na UTI

possui relevantes transtornos à funcionalidade do paciente não somente na permanência

intra-hospitalar, mas, repercute nas atividades do individuo também nó pós-alta, desta

forma em um novo estudo de coorte observacional e prospectivo, foi averiguada a

diferença entre pacientes com e sem FAUTI por um período de 6 meses após a saída do

hospital, nesta pesquisa foram incluídos pacientes que passaram por mais de 48 horas de

VM e o diagnóstico de debilidade muscular através da MRC, 156 pacientes foram

abrangidos por estes critérios, dentre eles 80 tiveram FAUTI, 23 foram à óbito (20 deles

com FAUTI), no período de observação outros 25 pacientes faleceram, encerrando o

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numero de 96 pacientes acompanhados até o final estipulado pela pesquisa, 39

apresentaram notável declínio funcional devido ao diagnostico de fraqueza muscular.

Na mesma linha de pesquisa Dettling-Lhnenfeldt e seus colaboradores, (2017)

desenvolveram um trabalho avaliando os mesmos critérios citados acima, porem a

avaliação dos pacientes era realizada no 3º, 6º e 12º mês após a alta, baseando-se na

Sckiness Impact Profile 68 (SIP68) esta pesquisa também analisou os aspectos sociais e

psicológicos dos indivíduos. Concluiu-se que as complicações referentes à FAUTI

estiveram mais presentes até o 3 mês após à alta e que, os aspectos psicossociais foram

severamente afetados pela perda de funcionalidade, sugerindo assim, uma intervenção

precoce interdisciplinar no ambiente de cuidados intensivos e hospitalar.

Alguns perfis de doentes críticos podem ter sua evolução clínica retardada de

forma mais radical devido ao diagnóstico clínico principal, como é o caso dos pacientes

queimados descritos no trabalho de Cubitt e seus colaboradores, (2016) que relatou o

desafio na recuperação destes pacientes frente à debilidade muscular, aqueles que não

possuem prognóstico clínico favorável estão mais propensos a FAUTI, afetando sua

reabilitação, em seu estudo, ele relata que pacientes jovens e com queimaduras

significativamente maiores foram mais afetados no período de 2008 a 2012 no qual

delimitou seu trabalho.

Nordon e colaboradores, (2011) ressalta ainda que o atendimento

fisioterapêutico diário pode auxiliar de forma positiva de reversão de casos de

debilidade muscular, onde o paciente que é beneficiado por tal atendimento chega a

apresentar melhora funcional não somente no ambiente hospitalar, mas em suas

atividades no pós-alta, sendo a fisioterapia viável e segura. Em sua pesquisa concluíram

que dos 19 pacientes que receberam o atendimento de acordo com o protocolo proposto,

17 deles sobreviveram e receberam alta hospitalar, e que não houve relatos de eventos

adversos atrelados à fisioterapia.

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4. CONCLUSÃO

Dentre todas as pesquisas citadas foi possível observar as inúmeras

complicações que são impostas ao paciente diante de um quadro estabelecido de

fraqueza muscular na unidade de terapia intensiva. Estas repercutem durante toda a

permanência no ambiente hospitalar e também no após alta. A perda de funcionalidade

do paciente internado na UTI gera distúrbios não apenas musculares, podendo ser

observado ainda danos psicológicos e sociais decorrentes do declínio funcional.

Por esta razão e por ser um tema de grande relevância na prática clinica, a

FAUTI ainda não possui descrições abundantes quanto as implicação frente ao paciente,

muitos estudos propõem novas formas de diagnosticar e aperfeiçoar técnicas e escalas já

existentes.

Os trabalhos voltados à grupos específicos também são escassos, como pacientes

queimados, oncológicos, pediátricos dentre outros, sendo ainda muito difícil a

correlação entre as pesquisa.

Todavia, todos os trabalhos corroboram para o mesmo fato, é evidente a

dificuldade na reabilitação, na alta e na vida social do individuo que tem a permanência

hospitalar prolongada seja pelo tempo de ventilação mecânica ou pelo quadro clínico,

sendo estes mais suscetíveis à fraqueza muscular.

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