hoje macau 13 mar 2015 #3290

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GONÇALO LOBO PINHEIRO DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 SEXTA-FEIRA 13 DE MARÇO DE 2015 ANO XIV Nº 3290 ENTREVISTA PÁGINAS 2-3 Leong Keng Seng lastima a extinção do Conselho Consultivo de Reordenação dos Bairros Antigos e apela para que a lei do sector, em discussão há dez anos, não demore outros dez para ser feita. Pede ainda incentivos para os proprietários na reparação de edifícios antigos e vê o CPU como um órgão com poder de decisão no futuro. Reordenar é preciso LEONG KENG SENG VICE-PRESIDENTE DO CPU E DO CONSELHO DOS BAIRROS ANTIGOS hojemacau PUB AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 EDUCAÇÃO PATRIÓTICA Nada a temer nesta pátria amada SAAM Entre medos e novos aumentos SELECÇÃO Derrota não apaga esperança POLÍTICA PÁGINA 4 SOCIEDADE PÁGINA 8 DESPORTO PÁGINA 13

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Hoje Macau N.º3290 de 13 de Março de 2015

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Leong Keng Seng lastima a extinção do Conselho Consultivode Reordenação dos Bairros Antigos e apela para que a lei do sector,em discussão há dez anos, não demore outros dez para ser feita. Pede

ainda incentivos para os proprietários na reparação de edifícios antigos e vê o CPU como um órgão com poder de decisão no futuro.

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2 hoje macau sexta-feira 13.3.2015entrevistaLeong Keng Seng, vice-preSidente do cpU e do conSeLho doS BairroS antigoS

“O CPU tem de se tornar um órgão de decisão”Leong Keng Seng pede a revisão das cláusulas do Código Civil que determinam a reconstrução de edifícios, de forma a incentivar os proprietários a que os prédios velhos sejam reparados. O vice-presidente do Conselho de Reordenamento dos Bairros Antigos lamenta o cancelamento do grupo e diz que a Lei desta área não pode demorar mais. Apesar de admitir que, para já, o CPU – do qual é também vice-presidente – não tem poder de decisão, considera que este deveria vir a ter no futuro

Flora [email protected]

Na quarta-feira passada foi reali-zada a 1.ª reunião do Conselho do Planeamento Urbanístico depois do cancelamento do Secretaria-do. Sentiu-se alguma diferença? Foram expressas opiniões sobre o assunto?Não houve grandes mudanças no Conselho, comparado com anteriormente, e o funcionamento também não tem qualquer diferen-ça. As únicas opiniões que ouvi foram apenas sobre o facto de ninguém ter sido avisado sobre o cancelamento do Secretariado com antecedência, mas isso não foi discutido como um problema. Sobre o assunto, o presidente do Conselho, Raimundo do Rosário, pediu também desculpa devido a não ter havido aviso. Para mim, é verdade que há espaço para ser aperfeiçoado.

Houve quem dissesse que o can-celamento do Secretariado pode diminuir a função de supervisão do Conselho. Concorda?Não acho que tenha a ver com isso. Porque a natureza do Conselho é apenas a de consulta. Só apresenta opiniões de condições urbanísticas para plantas, bem como para a revi-são da respectiva lei. O secretariado serviu apenas para oferecer apoio. Portanto não existe esse problema.

A seu ver, quais são os trabalhos mais difíceis ou complicados no planeamento urbanístico em Macau?O Governo ainda não entregou o plano director do planeamento urbanístico, pelo que agora os vogais [do Conselho] só podem expressar opiniões sobre as plantas de condições urbanísticas. Espera-mos acabar o mais rápido possível a discussão desse assunto, para que não se impeça o desenvolvimento de edifícios. Mas não é fácil porque são muitas, cerca de 50 plantas. Eu iria sugerir que as plantas mais fáceis e que causam menos polémica, tal como as dos prédios de cinco andares e com menos de 25 anos, pudessem não passar pela discussão do Conselho, sendo apenas feita uma consulta pública de 15 dias e passar directamente pela decisão do Secretário para os Transportes e Obras Públicas. As-sim, poderia diminuir-se a carga de trabalhos do Conselho e o tempo de apreciação. Mas o mais importante, e que causa mais preocupação, é a necessidade de se dar opiniões sobre o plano director do planea-mento urbanístico e o planeamento

“Acho melhor organizar um novo Conselho [dos Bairros Antigos], que se possa fazer uma lista de aspectos inadequados na Lei de Reordenamento de Bairros Antigos, porque até ao momento não percebemos quais os aspectos da lei que não estão adequados para que haja aprovação na AL”

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3 entrevistahoje macau sexta-feira 13.3.2015

“Sugiro que se altere a percentagem para 80% ou 90% de concordância dos proprietários e, para os prédios com mais anos, a percentagem poderia ser menor. Essa revisão é simples, basta apenas alteraruma cláusulado Código Civil”

Leong Keng Seng, vice-preSidente do cpU e do conSeLho doS BairroS antigoS

“O CPU tem de se tornar um órgão de decisão”dividindo cada zona. Queremos que o Executivo entregue isso o mais rápido possível.

O chefe do Departamento de Planeamento Urbanístico, Lao Iong, referiu anteriormente que se vai tentar concluir o respectivo plano director em 2018. Acha que este é um bom calendário?Não queremos que demore muito tempo e alguns membros [do Conselho] já expressaram ideias sobre isso. Vamos comunicar com a DSSOPT para que se conclua mais rápido, se for possível.

Em relação ao problema da chamada “Lei da Sombra”. Há calendário para esta discussão?Depende de quando o Executivo entregar a proposta. O Governo ainda não entregou, mas os mem-bros já apresentaram opiniões sobre a matéria. A única coisa que podemos é falar com o Governo para acelerar a entrega da proposta.

Concorda com que o Conselho do Planeamento Urbanístico possa ser um órgão de decisão?Em Hong Kong, o Conselho ho-mólogo é já um órgão de decisão, mas em Macau está ainda longe disso, porque as histórias e contex-tos de duas regiões são diferentes. Na cidade vizinha acumulam-se muitos anos de experiência na área do planeamento urbanís-tico, incluindo a construção de edifícios, de instalações, de es-tradas... Contudo, Macau não teve nenhum planeamento urbanístico [até agora], com excepção para os trabalhos feitos internamente pela DSSOPT. O planeamento do território está apenas na fase inicial. Quando for desenvolvido nas fases seguintes - pelo menos quando existir um plano director - é óbvio e necessário que se torne um órgão de decisão.

É também vice-presidente do Conselho Consultivo de Reor-denação dos Bairros Antigos. A respectiva lei ainda não foi legislada mas parece que o Con-selho “desapareceu”, porque foi extinto. Como avalia isso?Parece-me que o Conselho já foi cancelado, mas isso não foi pu-blicado claramente. O Conselho tinha mais de 50 membros, eram organizados plenários gerais três vezes por ano e as reuniões dos três grupos especializados eram frequentes. O Conselho começou em 2006, depois foi entregue a Lei de Reordenamento de Bairros Antigos na Assembleia Legislativa (AL), em 2011, tendo sido retirado

novamente devido a conflitos com a Lei de Terras, do Património Cultural e do Planeamento Ur-banístico. Quero salientar que, durante esses anos, os membros fizeram grandes esforços e foram recolhidas muitas opiniões. Para mim, quer o Conselho seja elimina-do, quer continue, o Governo deve expressar, pelo menos, elogios ou a confirmação de que foram feitos esforços. É que mesmo que não chegássemos a resultados, no mínimo, contribuímos para o de-senvolvimento do reordenamento dos bairros antigos no futuro e é bom que saibam isso.

E, caso não haja Conselho Con-sultivo, o que pode o Governo fazer?Caso o Governo tenha determina-ção em promover o reordenamento dos bairros antigos, acho melhor organizar um novo Conselho, que se possa fazer uma lista de aspectos inadequados na Lei de Reordena-mento de Bairros Antigos face às três leis [que levaram o diploma a sair da AL], porque até ao momento não percebemos quais os aspectos da lei que não estão adequados para que haja aprovação na AL. É o Governo quem tem a responsabi-lidade em promover isso, fazendo uma revisão da proposta da lei. Caso contrário, o envelhecimento dos bairros antigos – que ocupam uma grande área de Macau - vai ser cada vez pior e não vai beneficiar a população em geral.

O Governo sugeriu que se estude a introdução da concepção da “renovação urbana no reorde-namento dos bairros antigos”. Como avalia isso? Prevê que algumas medidas concretas pos-sam ser apresentadas nas Linhas de Acção Governativa?Espero que o Governo explique exactamente o que quer dizer com essa concepção. Pela expressão, entendo que “renovação urbana” é diferente de “reordenamento dos bairros antigos”. A primeira é muito mais abrangente, tem a ver com toda a cidade, não só com a reconstrução dos edifícios com 30 ou 40 anos, mas também a abertura de estradas e a reconstrução dos prédios com menos anos. No entanto, pode de-morar um tempo muito mais longo e envolver a revisão de muitas leis. O reordenamento de bairros antigos tem vindo a ser discutido desde há dez anos e a lei ainda nem sequer foi aprovada. Será positivo demorar mais dez anos? Acho que a popu-lação não tem paciência para isso. Portanto, pela minha experiência, promover a reconstrução dos edi-fícios singulares é mais simples e pode ser o primeiro passo a dar no reordenamento dos bairros antigos. Assim, a revisão de lei também pode ser feita mais rápido.

Como deve ser feita a revisão da lei?Existem alguns problemas princi-

pais na reconstrução de edifícios singulares: a percentagem de proprietários a concordar com ela é o que, actualmente, incomoda mais. O Código Civil regulamenta que só com 100% de concordância entre proprietários se pode levar a cabo a reconstrução do edifício. Pode-se imaginar que é quase impossível que isto aconteça,

porque basta um proprietário de-cidir que discorde [para que não se consiga]. Depois acontecem ainda problemas de herança ou morte do proprietário, que leva a que se demore quase três anos a começar a reconstrução por causa de um dono. É necessário respeitar todos os proprietários, mas é mais importante considerar o interesse público. Portanto, sugiro que se altere a percentagem para 80% ou 90% de concordância dos pro-prietários e, para os prédios com mais anos, a percentagem poderia ser menor. Essa revisão é simples, basta apenas alterar uma cláusula do Código Civil.

Há mais problemas face à re-construção de edifícios?O triplo imposto que os pro-prietários têm de pagar para a reconstrução de edifícios. De acordo com o actual regulamento, deve ser uma pessoa colectiva a pedir a reconstrução. Só depois se dividem os apartamentos e os donos precisam de fazer contra-tos novamente. Esses processos fazem com que os donos tenham de pagar três vezes mais impostos. Um proprietário deve pagar, pelo menos, cem mil patacas. Isso não faz sentido nenhum, de facto, porque não são compras e vendas reais, as fracções são sempre dos mesmos proprietários. O Governo deve isentar os impostos aos pro-prietários originais e acredito que a maioria dos residentes concorda, porque não há esta necessidade. Se for apreciado na AL, creio que também deve ser muito fácil ser aprovado. Depois, poderia ser permitido alargar o volume dos edifícios. Se se reconstruir o prédio e se alargar o volume para construir mais apartamentos, estes podem ser vendidos para recuperar as des-pesas de reconstrução gastas pelos proprietários originais. A meu ver, para incentivar os proprietários a ficarem mais activos na reconstru-ção de edifícios velhos, deve haver benefícios, porque se todos os pro-prietários tiverem de pagar tudo, não têm vontade de reconstruir os prédios. Caso o Governo permita acrescentar um ou dois andares, as novas fracções podem ser vendidas a outros e gastam menos dinheiro. Isto já é um motivo. Em princípio, o alargamento de volume não in-fluenciará o património cultural, se bem que, por exemplo, ao lado das Ruínas de São Paulo, claramente os prédios não podem ser mais altos para não afectar a vista do património.

Como avalia o trabalho do novo Secretário para as Obras Públi-cas e Transportes, Raimundo do Rosário?É difícil fazer uma avaliação dele porque só no início do mandato, mas, pelas conversas, acho que o Secretário é franco, trabalha sin-ceramente e rapidamente.

“O reordenamento de bairros antigos tem vindo a ser discutido desde há dez anos e a lei ainda nem sequer foi aprovada. Será positivo demorar mais dez anos? Acho que a populaçãonão tem paciência para isso”

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4 hoje macau sexta-feira 13.3.2015política

AndreiA SofiA [email protected]

a reforma dos currículos nas escolas privadas e públicas entrou em vi-gor o ano passado e com

ela surgiu também a introdução da Educação Patriótica nas escolas. Já muitos professores e deputa-dos vieram questionar o que será ensinado às crianças, mas Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, garantiu ontem que o Partido Comunista Chinês (PCC) não será o tema central.

“Não é propriamente [sobre o PCC]. É para conhecer toda a República Popular da China (RPC) e não apenas o partido. A Direcção dos Serviços de Educação e Juven-tude (DSEJ) poderá combinar com escolas e associações para discutir e elaborar [os conteúdos], mas posso dizer que não é mau”, disse o Secretário à margem de mais uma reunião plenária do Conselho da Juventude.

Alexis Tam afastou ainda qualquer cenário de compara-

Ensino Educação patriótica não sE foca no pcc, diz alExis tam

“não queremos mudar a mentalidade de ninguém”

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura garante que os conteúdos da disciplina de educação patriótica não vão ser sobre o Partido Comunista Chinês, mas sim sobre toda a China. Ao contrário de Hong Kong, onde a questão originou polémica, em Macau “não hánada a temer”,disse Alexis Tam

“Macau não é Hong Kong. Em Hong Kong há pessoas que querem arranjar problemas mas aqui a maior parte dos cidadãos de Macau não tem dúvidas [sobre os conteúdos]” AlExis TAm secretário para os Assuntos sociais e Cultura

“Para nós é importante a Educação Patriótica porque estamos a viver na China. [A educação patriótica] já tem feito parte do nosso programa nas escolas. Prezamos conhecer o nosso país e Macau, não apenas a China”AlExis TAm

dSeJ quer melhorAr práticA deSportivAQuestionada sobre a falta de espaços nas escolas, Un Hoi Cheng, chefe do Departamento da Juventude, assumiu que “há espaço de melhoria” nesta área e que uma das tarefas este ano é avançar com algumas actividades, com associações, Instituto do Desporto e instituições de ensino. “Macau tem espaços limitados mas vamos primeiro ter em conta o espaço que temos e o aperfeiçoamento contínuo desses espaços. Para já aproveitamos todos os espaços que temos e estimulamos as escolas a levar as crianças para fora das instituições”, disse a responsável.

ção com Hong Kong, onde a questão da Educação Patriótica levou mesmo a protestos nas ruas. “Macau não é Hong Kong. Em Hong Kong há pessoas que querem arranjar problemas mas aqui a maior parte dos cidadãos de Macau não tem dúvidas [sobre os conteúdos]”, frisou.

“Para nós é importante a Edu-cação Patriótica porque estamos a viver na China. [A educação patriótica] já tem feito parte do nosso programa nas escolas. Prezamos conhecer o nosso país e Macau, não apenas a China. Se vivemos em Macau, temos de amar Macau”, disse ainda o Secretário.

Escolas com autonomiaUma coisa é certa: a Educação Patriótica será apenas uma das componentes da disciplina de educação cívica e moral e não será transformada numa disci-plina única. As escolas, quer sejam privadas ou públicas, têm de ensinar Educação Cívica e Moral, mas têm autonomia para

escolher os livros e conteúdos a ensinar. A DSEJ só exige o cumprimento dos objectivos constantes no regulamento admi-nistrativo que introduz os novos currículos. E sobre este ponto existe apenas uma referência à área do “indivíduo, sociedade e

humanidade”, como sendo obri-gatória nos currículos. Até 2018, os novos currículos e horários serão introduzidos gradualmente nos diversos níveis de ensino.

“As escolas têm de ter a disci-plina de Educação Moral e Cívica, mas cada escola tem a sua auto-nomia. Desde que atinja os seus objectivos, não fazemos qualquer interferência”, explicou Wong Kin Mou, chefe do Departamento de Estudos e Recursos Educativos da DSEJ.

Sem falar dos conteúdos da Educação Patriótica, Wong Kin Mou apenas referiu que “seja uma escola privada ou pública

deve seguir o que está esta-belecido na lei e isso inclui a educação cívica e moralidade”, destacando o facto “do ensino do amor à pátria estar expresso na lei”, pelo que vai ser seguida essa vertente.

Sobre os materiais usados, o responsável garantiu que a DSEJ distribui a cada dois anos um inquérito “para saber que livros estão a ser usados”, mas que não tem “um mecanismo de selecção”.

Para já, existe um manual de Educação Moral elaborado por uma editora local (Editora Popular, segundo tradução lite-ral) que é seguido por mais de metade das escolas, embora a DSEJ não tenha números con-cretos. O livro existe apenas em língua chinesa.

Wong Kin Mou não negou a possibilidade de um dia vir a ser revisto. “Foi lançada uma versão experimental do manual e já pen-samos na necessidade de revisão e de actualização dos conteúdos, que podem estar desactualizados”, concluiu.

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5 políticahoje macau sexta-feira 13.3.2015

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AnúncioHM-1ª vez 13-3-15

Divórcio Litigioso n.º FM1-14-0192-CDL Juízo de Família e de Menores

Autor: KOO HER YEN HANNAH, titular do Bilhete de Identidade de Residente de Macau, residente em Macau, “Avenida da Praia Grande, nº 429, Edifício Centro Comercial da Praia Grande, 25º andar”.RÉU: JAMES DAVID FARMER, titular do Bilhete de Identidade de Residente de Macau, residente em Macau, “Rua de Bruxelas, nº 169, Edf. Jardem Nam Ngon, Bloco 4, 15-R”.

*****FAZ-SE SABER que pelo Juízo de Família e de Menores do

Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, CITANDO O RÉU JAMES DAVID FARMER, acima identificado, para no prazo de TRINTA DIAS, posteriores aos dos éditos, querendo, contestar, a presente acção de DIVÓRCIO LITIGIOSO, na qual a autora, pede, em síntese, que seja decretado o divórcio entre a Autora e o Réu pelos fundamentos constantes da petição inicial.

Em caso de contestação, é obrigatória a constituição de advogado (artº. 74 do C.P.C.M.).

Macau, 05 de Março de 2015***

Yuan Centro de liquidação para PLP

André Ritchie deixa GIT no final do mêsAndré Ritchie vai abandonar o cargo de coordenador-adjunto do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), lugar que ocupava desde 2007, conforme confirmou o arquitecto ao Jornal Tribuna de Macau. André Ritchie explica que decidiu solicitar a não renovação da comissão de serviço, que termina no final deste mês, para ingressar no sector privado, mas não revela o nome da empresa para a qual vai trabalhar, limitando-se a referir que não está relacionada com o metro ligeiro nem está envolvida em nenhuma empreitada pública.

Dois deputados à Assem-bleia Popular Nacional,

Kou Hoi in e Lao Ngai Leong, sugerem tornar Macau num “centro de liquidação de reminbi” para os países de língua portuguesa e da Amé-rica Latina.

De acordo com o Jor-nal do Cidadão, os dois deputados apresentaram em conjunto a sugestão em Pequim, esperando que o Banco Popular da China autorize a criação deste tipo de centro no território.

Kou Hoi in referiu ainda que nos últimos dez anos, a dimensão de negócio entre a China e os países da língua portuguesa tem aumentado, tendo em 2014 atingido

132.58 milhões de dólares americanos, pelo que, de-fende, existe a necessidade de serviço de liquidação da moeda chinesa entre os negócios transfronteiriços. No entanto, os bancos da China não abrangem de forma completa os países da língua portuguesa, o que “não beneficia as companhias”.

o deputado Lao Ngai Leong afirma que Macau é altamente adequado para o papel de plataforma de cooperação de comércio e negócio entre a China e os países da língua portuguesa e considera que o território poderá, “recorrendo à sua ca-pacidade e tecnologia”, criar estas condições. - F.F.

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Chan Meng Kam pede mecanismo de contacto oficial com Taiwan

Flora [email protected]

O deputado Ng Kuok Che- ong considera existirem injustiças no novo Regime de Credenciação Profis-

sional dos Profissionais de Saúde. O democrata considera que a impossibi-lidade dos membros da Comissão que avaliam os profissionais serem eleitos directamente pelo próprio sector é uma injustiça, até porque, de acordo com o deputado, em Hong Kong, a história passa-se de forma diferente.

Numa resposta ao deputado, que questionou a situação numa interpelação escrita, o director dos serviços de saúde (SS), Lei Chin Ion, afirmou que a Lei Básica das duas regiões tem diferenças, ainda que tenha mostrado abertura para discutir a implementação deste ponto. Contudo, não é para já.

Lei Chin ion referiu ainda que o Conselho para os Assuntos Médicos está a estudar a sua própria compo-sição e funções desempenhadas na área da credenciação de qualificação profissional, fazendo por concluir, o mais rápido possível, o documento para entrada em processo legislativo. Ng Kuok Cheong insiste que uma parte dos membros das comissões profissionais de assistentes sociais e de assuntos médicos de Hong Kong é eleita directamente pelo sector, sugerindo que a mesma medida seja instaurada na RAEM.

Fase de preparaçãoEm Macau pondera-se que o Regime de Inscrição para os Profissionais

o membro da delegação de Macau junto da Conferência

Consultiva Política do Povo Chi-nês (CCPPC), e também deputa-do, Chan Meng Kam sugeriu que as relações entre Macau e Taiwan possam servir de “tentativa” para criar um mecanismo oficial de contacto entre a ilha e a China con-tinental. segundo o canal chinês da Rádio Macau, Chan Meng Kam discursou na reunião plenária em Pequim, tendo referido que após a transferência de soberania, as relações entre Macau e Taiwan tornaram-se uma parte especial nas relações com o interior da China.

“A relação dos dois lados desenvolveu-se de forma pacífica

e a função de Macau enquanto plataforma não diminuiu. Com a base prática e bem sucedida da Lei Básica, tem uma nova missão e conotação”, apontou.

Chan Meng Kam pediu tam-bém um intercâmbio popular entre Macau e Taiwan combinado com o desenvolvimento da diver-sificação económica, por forma a promover a cooperação de co-mércio e negócios entre os dois territórios. Essa ligação poderia combinar-se com as ligações à ilha de Hengqin e de Nansha e a zona franca de Guangdong. Tudo para construir uma plataforma de cooperação de comércio e negócios entre Guangdong, Hong Kong, Macau e Taiwan. - F.F.

O democrata considera que a impossibilidade dos membros da Comissão que avaliam os profissionais serem eleitos directamente pelo próprio sector é uma injustiça

CredenCiação NG KuoK CheoNG fAlA de “INJusTIçAs” NA NovA leI

as regras da vizinha são melhores que as minhas

de saúde integre uma Comissão de Credenciação de Qualificação Pro-fissional. Esta deverá, por sua vez, compreender cerca de 15 categorias de profissionais. O Conselho para os Assuntos Médicos já apresentou o seu parecer aos respectivos membros e ao sector.

Neste momento, os ss estão a organizar as opiniões do conteúdo principal do documento legal, pro-metendo concluir o documento o

mais rápido possível para iniciar o processo legislativo.

Lei Chin ion apontou, no en-tanto, que será necessário estudar melhor a questão da eleição directa de membros pelo sector, prevendo que seja uma medida a implementar apenas mais tarde. inicialmente, a comissão deve assumir uma função de criador do regime, onde será necessária uma maior presença do Executivo.

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6 publicidade hoje macau sexta-feira 13.3.2015

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 73/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora ZHOU FENGJU, portadora do passaporte da R.P.C. n.° G56075xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 47/DI-AI/2012 levantado pela DST a 25.05.2012, e por despacho da signatária de 04.03.2015, exarado no Relatório n.° 86/DI/2015, de 05.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua Cidade do Porto n.° 341, Edifício Kam Yuen 16.° andar D, Macau onde se prestava alojamento ilegal. ----------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. --------------------------------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 04 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 119/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor TUNG, Ah Choi, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEHK n.° D3360xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 55/DI-AI/2013, levantado pela DST a 27.05.2013, e por despacho da signatária de 03.03.2015, exarado no Relatório n.° 136/DI/2015, de 09.02.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua de Luís Gonzaga Gomes, n.os 210-212, Edf. Kam Fung Tai Ha - Kam Fung, Bloco 2, 16.° andar O, Macau onde se prestava alojamento ilegal. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.----------------------A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ----------------

-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 03 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes

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7sociedadehoje macau sexta-feira 13.3.2015

Leonor Sá [email protected]

a Associação de Compositores, Autores e Edi-tores (MACA)

participou ontem numa sessão de esclarecimento sobre os direitos de autor na RAEM, mas pouco se ficou a saber sobre o método de distribuição do dinheiro que é pago à entidade. Mesmo depois de várias tentativas por parte da presidente de uma associação de empre-sários local, o presidente da MACA, Yan Ung, explicou apenas que o dinheiro pago por pessoas e empresas de Macau para passar músicas ou filmes de autores é gerido devidamente.

A entidade não avançou dados sobre o número de vio-lações aos direitos de autor desde o seu estabelecimento, igualmente desconhecendo--se se este número tem vindo a aumentar. “Não temos os números, mas podemos dizer que quando alguém não tem licença para a re-produção (...), as coisas não costumam chegar aos tribu-nais (...) basta-nos falar com as pessoas e elas acabam por efectuar o pagamento [da licença]”, adiantou Florence Van Ka, gerente de Relações Públicas e Marketing.

A MACA é responsável por assegurar o cumprimen-to e respeito pelos direitos de autor por qualquer pessoa ou entidade colectiva que pretenda reproduzir traba-lhos originais de determi-nado artista. Florence Van Ka explicou como tudo se processa.

“No caso de ser um res-taurante que queira passar música de um determinado autor, por exemplo (...), os proprietários só têm que con-tactar a MACA, preencher um requerimento e pagar a

Bares e Karaokes Licenças simplificadas A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) começa a implementar já a partir do dia 16 a segunda fase de simplificação do processo de atribuição de licenças a estabelecimentos comerciais. Segundo um comunicado, “a medida permitirá reduzir o número de troca de documentos necessários entre serviços, diminuindo assim a duplicação de tarefas”. Tudo para simplificar o processo de pedido de licenças para hotéis, pensões, restaurantes, bares, salas de dança, estabelecimentos de saunas, massagens e karaokes. O processo de simplificação já havia começado em Julho de 2013.

Tarifa de reproduçãopedida é “juSTa”A Associação de Compositores, Autores e Editores foi criada em 2009 a partir da CISAC, entidade que depende directamente da UNESCO. O director da MACA assegurou, durante uma visita à Fundação Macau, que as tarifas pedidas pela reprodução das obras protegidas é “justa” e “razoável”, quando comparada com a de regiões e países vizinhos.

“No caso de ser um restaurante que queira passar música de um determinado autor, por exemplo (...), os proprietários só têm que contactar a MACA, preencher um requerimento e pagar a licença para reproduzir os temas”

Direitos De Autor DeScOnheciDO prOceSSO De pAgAmenTO A ArTiSTAS

Quanto custa passar música?

licença para reproduzir os temas”, esclareceu.

Obras em bardaA MACA tem a seu cargo, neste momento, 25 socieda-des estrangeiras – espalha-das pelos cinco continentes – com quem tem acordos de representação dos seus artis-tas na RAEM. Tem também mais de mil obras locais e mais de um milhão de obras na sua base de dados de mais de 27 países. Assim, quem passar músicas destes terá de pedir uma licença para a reprodução à MACA. No

membros do departamento de Propriedade Intelectual da Direcção dos Serviços de Economia (DSE), da Divisão de Inspecção dos Serviços de Alfândega e da Divisão de Normas e Técnicas de Telecomunicação dos Ser-viços de Regulação de Tele-comunicações. Foi o técnico superior da área jurídica da DSE, Francisco Fong, quem explicou a proibição de um estabelecimento – como são os casinos, restaurantes ou lojas – reproduzir filmes ou músicas de artistas sem uma licença aprovada pela MACA, a entidade que actualmente re-gula estas matérias em Macau.

A MACA tem de apresen-tar relatórios anuais, mas ape-nas ao Instituto Cultural, não tendo, sequer, que identificar os pagamentos ou artistas.

entanto, não ficou clara a for-ma como todo o processo se desenlaça e como é que, em última instância, o dinheiro da licença vai parar às mãos dos artistas inscritos na base de dados da Associação.

Questionado pelos jorna-listas sobre quanto do valor pedido pela MACA reverte a favor dos artistas, o presi-dente da Associação refere que, pela compra de um dis-co musical de cem patacas, cerca de 70 destinam-se aos próprios autores.

A sessão de esclarecimen-to contou com a presença de

A MACA é responsável por assegurar o cumprimento e respeito pelos direitos de autor, mas ninguém sabe como funciona o pagamento aos artistas ou como todo o processo se desenrola

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8 sociedade hoje macau sexta-feira 13.3.2015

Fil ipa araú[email protected]

A Sociedade de Abasteci-mento de Águas de Ma-cau (SAAM) quer ver o Governo a pagar mais

pela taxa de serviço de água. Foi o director-executivo da empresa, Félix Fan, que ontem, à margem de um almoço de Primavera, avançou que a empresa já submeteu o pedido de aumento ao Governo. A subida requerida é de quase 12%.

“Nos últimos dois anos pedimos aumentos e o Governo sempre cedeu à empresa apenas uma pequena per-centagem, que estava abaixo da infla-ção, de forma a satisfazer o público. Sempre que fazemos um pedido só nos é cedida uma baixa percentagem e isso não é suficiente para tornar a empresa sustentável”, explicou aos jornalistas. “Submetemos a semana passada um pedido de aumento de 11,8%, creio”, esclareceu.

O director-executivo da SAAM

É já na próxima terça-feira que o Centro Bom Pastor organiza

uma conferência internacional in-titulada “Liderança nos Negócios para acabar com o tráfico humano e escravatura moderna”, na qual irão participar vários oradores. Se-gundo a Rádio Macau, o objectivo é sensibilizar o meio empresarial local, como os hotéis e os casinos, para não alimentarem a máquina do tráfico, de forma directa ou indirecta. À Rádio Macau, Julia-na Devoy, directora do Centro,

explicou as ideias que pretendem ser transmitidas na conferência da próxima semana. Envolver mais as empresas neste combate é uma delas. “A primeira coisa tem a ver com a política que adoptam. Tem de haver uma política pública de tolerância zero a qualquer tipo de tráfico sexual, dentro e fora dos casinos”, apontou.

Para Juliana Devoy, é também preciso olhar além dos casos tí-picos de prostituição. “O tráfico humano tem muitas caras. A

ideia geral tem a ver com pessoas espancadas e isso ainda acontece mas não é a única forma. Há casos de raparigas que acolhemos, a vulnerabilidade delas é explora-da, porque são jovens e ignorantes e nunca tinham estado fora da China, então são facilmente sedu-zidas”, disse a directora do Centro do Bom Pastor, que pede ainda maior formação aos funcionários destas empresas, para que mais facilmente possam identificar casos de tráfico e denunciá-los.

Água SAAM pede AuMentoS de 12%

um líquido douradoA SAAM volta a insistir num aumento acima dos 10% da taxa do serviço de água para 2015. Ainda sem saber se será ou não aceite, a concessionária acredita que o próximo anopode trazeruma diminuiçãono consumode água devido ao alargamento do períodode aberturadas fronteiras

“Sempre que fazemos um pedido só nos é cedida uma baixa percentagem e isso nãoé suficiente para tornar a empresa sustentável”Félix Fan Director-executivo da SaaM

explica ainda que, entre 2010 e 2013, nunca foi pedido um aumen-to, à excepção últimos dois anos, devido ao aumento da inflação.

Questionado sobre a possibilidade do Governo aceitar este aumento, Félix Fan admite que não sabe se o Governo dará luz verde.

Recorde-se que o ano passado, a SAAM pediu um aumento de 16,1% algo que ficou muito aquém da au-torização do Governo, que apenas concedeu um aumento de 5,59%.

Menos consuMoO responsável da empresa disse ainda recear que o consumo de água diminua e prevê mesmo que isso venha a acontecer, devido ao alargamento do horário de abertura das fronteiras.

“Toda a gente sabe que a economia está a desacelerar e, no ano passado, o Governo Central - juntamente com o Governo de Macau - anunciou novas polí-ticas para a emigração, como a abertura de fronteiras por 24 horas, entre Macau e o interior da China”, começa por explica o director-executivo.

Tráfico humano no meio empresarial debatido dia 17

Félix Fan acredita que a faci-lidade de mobilidade dos traba-lhadores importados, assim como o facto de os residentes poderem optar por viver na região vizinha pelas rendas serem mais baratas, vai diminuir o consumo de água em Macau.

“Acredito que em Abril ou Maio estaremos preparados para perceber o impacto [das medidas]”, remata.

Apesar disso, a abertura de novos casino e a entrada de mais turistas pode fazer com que haja aumento no consumo. “Neste mo-mento ainda estamos optimistas”, diz Fan, acrescentando, contudo, que “nunca se sabe o que vai na cabeça dos grandes investidores” e que, por exemplo, o Parisian já disse que ia adiar a inauguração para 2016.

Feitas as contas ao ano que passou, o director-executivo es-clarece ainda que a concessionária atingiu os 58 milhões de patacas em lucros.

Índia proíbe venda de propriedade a pessoas de Macau e Hong Kongo Banco de Reservas da Índia anunciou ontem a proibição de venda de propriedades naquele país a pessoas de Macau e Hong Kong. de acordo com notícia do Business Standard citada pela revista Macau Business, não foi publicada qualquer justificação para esta proibição, mas a nota acrescenta que os cidadãos de Macau e Hong Kong estão agora integrados na mesma categoria que as pessoas do Afeganistão, Butão, China continental, Irão, nepal, Bangladesh e Sri Lanka.

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9 sociedadehoje macau sexta-feira 13.3.2015

U M despacho recentemente publi-cado em Boletim Oficial renovava o memorando de entendimento celebrado em 2009 com o Governo

de Malaca, na Malásia, para o estabeleci-mento do espaço “Galeria de Macau” no país. Segundo o gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o balanço desta entidade é positivo.

“Os números de visitantes estão a aumen-tar de forma constante devido às actividades que estão a ser realizadas na galeria. Mais de mil visitantes foram registados nos primeiros seis meses de 2011, sendo que os números mais recentes registam, em 2014, mais de cinco mil visitantes”, lê-se na nota enviada ao HM.

Compreender a HistóriaA “Galeria de Macau” foi criada depois de um acordo verbal feito pelo antigo Chefe do Executivo, Edmund Ho, com o Governo do Estado de Malaca. Na altura, tal como agora, o objectivo deste espaço é “melhorar a compreensão da história comum de Macau e Malaca, tendo como objectivo atrair mais visitantes deste mercado”.

Para o Governo da RAEM, a galeria “é uma ponte que fornece ligações entre Macau e Malaca na sua história conjunta entre a China, Portugal, Macau e Malaca”, sendo também “um centro de recursos em Malaca de cultura, culinária, património e outros produtos rela-cionados com o turismo da China, Portugal e de Macau”.

Além disso, “destina-se a estabelecer e manter uma relação estreita com o Conse-lho da Cidade Histórica de Malaca, com organizações de turismo, bem como com instituições de ensino que estão interessadas nessa ligação com Macau”.

O primeiro memorando de entendimento entre a RAEM e Malaca foi assinado em 2009, sendo renovado a cada dois anos. - A.S.S.

União Europeia Abertas inscrições para intercâmbio de alunosEstão abertas as inscrições para uma visita de intercâmbio à União Europeia para estudantes do ensino superior de Macau, nos finais do próximo mês de Junho. São no total 20 as vagas disponíveis para os estudantes interessados. Os interessados devem cumprir os requisitos, tais como, serem residentes de Macau, frequentarem o 2.o ano ou superior de um curso de licenciatura numa das instituições do ensino superior de Macau ou do exterior e não serem finalistas do corrente ano lectivo. “A selecção dos candidatos é feita pelo GAES, através da análise curricular e entrevista (...). A delegação dos estudantes seleccionados, organizada pelo GAES, desloca-se à Bélgica, de 13 a 19 de Junho, para uma visita de intercâmbio de sete dias. Durante a visita, os estudantes terão oportunidade de visitar, entre outros locais, a sede da UE, o Colégio da Europa e a International School of Protocol & Diplomacy, havendo, ainda, uma palestra com trabalhadores das várias organizações da UE”, explica o GAES.

Portvugália aberta ao públicoAgora sim, é oficial: o restaurante Portvgália está aberto ao público desde o dia de ontem. Com um leque variado de pratos, desde o peixe ao famoso bife à Portvgália, os apreciadores da comida portuguesa têm agora um tão conhecido restaurante na velha Taipa. Das recomendações do chefe surgem o tão português Bacalhau à Braz, antecipado com uma salada de polvo e terminado com um pudim flan.

Automóveis Raimundo do Rosário reafirma aumento de impostos

“Mais de mil visitantes foram registados nos primeiros seis meses de 2011, sendo que os números mais recentes registam, em 2014, mais de cinco mil visitantes”

GAleriA de MAcAu MAIS DE CInCO MIl PESSOAS Já vISITArAM ESPAçO EM MAlACA

História sob memorando Mais de cinco mil visitantes estiveram na Galeria de Macau, na Malásia, num balanço que é positivo para o Governo. O memorando que permitia a fixaçãode um espaço no país foi assinado em 2009 e renovado esta semana

O Secretário para os Transportes e Obras

Públicas, Raimundo do Rosário disse ontem, depois de uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito que é provável que várias taxas e impostos automóveis au-mentem. “Foram aprovadas várias possibilidades (...) e uma delas é exactamente através dos impostos e das taxas (...) algumas delas que não são aumentadas há mais de dez anos”, começou o dirigente por explicar. Aos jornalistas, apontou para um aumento no imposto de circulação, na inspec-ção automóvel, na taxa de

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MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 79/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora WANG JICAI, portadora do Passaporte da R.P.C. n.° G47123xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 78/DI-AI/2012 levantado pela DST a 29.07.2012, e por despacho da signatária de 04.03.2015, exarado no Relatório n.° 95/DI/2015, de 11.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Paris, n.° 239, Seng Hoi Hou Teng, 9.° andar H, Macau onde se prestava alojamento ilegal.-----O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.--------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -----------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 04 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

importação e também no estacionamento. Raimundo do Rosário não referiu, con-tudo, quais as percentagens a fixar, sublinhando apenas que houve “consenso” quan-to à necessidade de revisão destes valores. O Secretário confirmou, no entanto, que depois de actualizadas, as taxas continuarão aquém da-quelas praticadas em países e regiões vizinhas. À margem do encontro, Raimundo do Rosário não confirmou a saída de Wong Wan do cargo

de director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, que termina a sua comissão de serviço em Maio. “Em breve teremos que tomar uma deci-são, mas estou satisfeito com o trabalho do director [Wong Wan]”, referiu o responsável. Já no que diz respeito à saída de André Ritchie do Gabi-nete para as Infra-estruturas e Transportes (GIT) – onde desempenhava funções de coordenador-adjunto –, o Secretário preferiu não tecer comentários.

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10 hoje macau sexta-feira 13.3.2015eventos

À venda na Livraria Portuguesa Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

10 HiSTóRiaS de amoR em poRTugal • alexandre BorgesEste livro inclui dez histórias de amor portuguesas. Algumas mais distantes no tempo e, por isso, sendo baseadas em dados históricos, podem envolver-se numa atmosfera de lenda. No entanto, a maioria destas histórias são romances vividos no século XX e alguns permanecem até hoje. Seja pelas peripécias que envolvem várias destas paixões, seja pela relevância pública dos seus intervenientes, estas são algumas das grandes histórias de amor portuguesas.

a Queda de Wall STReeT • Michael LewisCom apenas 24 anos, Michael Lewis foi contratado pelo banco Salomon Brothers. Recebia centenas de milhares de dólares por ano mas não percebia nada de acções. Três anos depois bateu com a porta e escreveu o Liar’s Poker a relatar a sua experiência. E ficou à espera: tinha a certeza absoluta de que Wall Street, mais cedo ou mais tarde, iria cair com estrondo. Provavelmente o maior bestseller de sempre sobre a actual crise, A Queda de Wall Street narra-nos a história dos visionários que previram a mudança de paradigma, e que ganharam milhões de dólares com isso, e mostra-nos um mundo que poucos conhecem – a alta finança, as agências de rating e os seus monstruosos equívocos.

A realizadora portugue-sa Inês Oliveira vai apresentar, no sábado,

em Macau, o filme “Bobô”, exibido no Festival de Cinema da União Europeia em Hong Kong na semana passada. “Bobô”, primeira ficção portu-guesa a retratar o tema da mu-tilação genital feminina, conta a história da relação entre duas mulheres, Sofia, portuguesa, e Mariama, guineense, com diferentes “maneiras de estar no mundo”.

O filme vai ser apresenta-do no auditório da Fundação Oriente em Macau, na Casa Garden, pelas 17h00.

“Bobô” estreou interna-cionalmente em Setembro de 2013, no Festival de Cinema de Toronto, no Canadá. Quando o filme passou no IndieLisboa, Inês Oliveira explicou à agên-cia Lusa que decidiu filmar “Bobô” depois de conhecer uma mulher guineense.

“Sabia muito pouco sobre

Há novidadesno cartaz do Festival Literário Rota das Letras e uma delas é a abertura com a apresentação de ‘Rapazes dos Tanques”, do jornalista Adelino Gomes. Outradas novidadesé a actuação dupla do maestro Victorino D’Almeida,que estará em palco com a pianista MadalenaGarcia Reis

Rota das LetRas ApresentAção de livro ‘rApAzes dos tAnques’ Abre festivAl

Há sempre histórias por contar

MutiLação GenitaL inês oLiveiRa apResenta fiLMe eM Macau no sábado

“Bobô”, a primeira ficção portuguesao assunto [mutilação genital feminina] e tinha aversão, e ainda hoje tenho, mas não conseguia contextualizar”, contou Inês Oliveira, que optou por tratar o tema “do ponto de vista do simbólico e não analisá-lo tanto do ponto de vista físico”.

À descoBerta Pela primeira vez em Macau, Inês Oliveira disse estar in-teressada em descobrir o ter-ritório que conhece “através de filmes, de documentários e de ficções”, e das leituras.

“Estou com muita vontade de pôr isso em contraste com a realidade da experiência que se tem cá”, afirmou à agência Lusa. “Pode ser uma experiên-cia para desenvolver em filme.

(…) Tenho uma ideia de um projecto, mas não queria ainda revelar”, acrescentou.

Em Hong Kong, as apre-sentações de “Bobô” decorre-ram nos dias 6 e 8 de Março.

“Desloquei-me ao Fes-tival de Cinema [da União Europeia] em Hong Kong para apresentar o filme e também para ter uma noção de como é que uma audiência

em Hong Kong podia reagir ao filme”, explicou.

A passagem por Hong Kong foi bastante rápida – apenas três dias – mas tempo suficiente para deixar

a realizadora “interessada em colaborar numa programação de cinema português em Hong Kong, na Broadway Cinematheque”.

Inês Oliveira assumiu gostar muito de trabalhar nas fronteiras entre o documentá-rio e a ficção. “Gosto de partir para um filme investigando como se fosse um documen-tário, mas depois, quando estou a filmar e a montar, gosto de ter a liberdade que a ficção permite, e que muitas vezes nos leva mais próximo da verdade das coisas, porque é um território mais livre”, justificou.

Depois de ter estudado cinema, Inês Oliveira rodou a curta-metragem “O nome e o N.I.M.”, que recebeu vários prémios, e o documentário “Comer o Coração de Rui Chafes e Vera Mantero”. A realizadora estreou-se nas longas-metragens com “Ci-nerama”, em 2010.

Leonor Sá [email protected]

o festival literário Rota das Letras volta a ar-rancar para mais uma edição anual, inaugu-

rando já na próxima quarta-feira. Como novidades para esta edição, o director da iniciativa Ricardo Pinto, sublinha o enfoque na literatura in-fantil, como já havia sido noticiado pelo HM. Nesse sentido, estará presente Kelly Yang, escritora de livros para crianças de Hong Kong.

Além da mudança de local da maioria das actividades para o edifício do Antigo Tribunal, o festival conta com a vinda da fotógrafa filipina de Hong Kong, Xyza Bacani e nomes como a pia-nista lusa, Madalena Garcia Reis, que irá tocar ao lado do maestro Victorino D’Almeida.

Este ano, Xyza Bacani venceu a bolsa de estudo que a Fundação

Magnum atribui anualmente. Bacani tem agora a oportunidade de se for-mar em Fotografia na Universidade de Nova Iorque. A fotógrafa marca presença na Rota das Letras dia 21, onde deverá contar mais sobre o seu trabalho e inspiração. A iniciativa tem início marcado para as 17h00, no Antigo Tribunal. O subdirector do festival, Hélder Beja aproveitou para avançar a possibilidade da artista poder vir a ter uma exposição a solo no território, onde deverá mostrar

fotografias da cidade. A conversa de sábado deverá acontecer em língua inglesa.

FeSTival de agenda cHeiaO início da Rota das Letras conta com a apresentação da nova obra de Adelino Gomes, “Os Rapazes dos Tanques”. Mas é no dia seguinte que acontece a inauguração oficial do evento.

Para começar, a organização preparou uma apresentação oral conjunta com os escritores Murong Xuecun e Francisco José Viegas, de origem chinesa e portuguesa. A sexta-feira da próxima semana é inteiramente dedicada à escrita, com ênfase na língua de Camões.

A realização de workshops e palestras vai contar com escritores como David Machado, Maria do Ro-sário Pedreira, José Mário Silva, Yan Ge e Joe Tang. Os eventos têm início às 10h00 e encerramento agendado para as 18h00, devendo acontecer

na Universidade de Macau – na Ilha da Montanha –, no Antigo Tribunal e na Escola Portuguesa.

O fim-de-semana arranca com uma sessão de exibição do filme “The Golden Era”, lançado no ano passado pela realizadora chinesa Ann Hui. A entrada custa 30 patacas e contará com a presença da autora.

É no mesmo dia que têm lugar os concertos do festival. A banda local Blademark actua no mesmo dia dos LMF (de Hong Kong) e do tão aguardado artista brasileiro, Gabriel, o Pensador. O bilhete individual para os três concertos, que começa às 20h00 no Cotai Arena, custa 300 patacas.

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11hoje macau sexta-feira 13.3.2015 eventos

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Marionetas Mais uMa coMpanhia portuguesa eM Macau

De se tirar o chapéuAlém da mudança de local da maioria das actividades para o edifício do Antigo Tribunal, o festival conta com a vinda da fotógrafa filipina de Hong Kong, Xyza Bacani e nomes como a pianista lusa, Madalena Garcia Reis, que irá tocar ao lado do maestro Victorino D’Almeida

rota das Letras ApresentAção de livro ‘rApAzes dos tAnques’ Abre festivAl

há sempre histórias por contarD epois do anúncio de que a

companhia de teatro ‘Janga-da’ viria a Macau para o 2.º

encontro de Marionetistas, sabe-se agora que também a companhia portuguesa “Marionetas da Feira” estreia, este mês, um espectáculo na Ásia.

organizado pela Casa de portu-gal em Macau, o segundo encontro

de Marionetas decorre durante dois fins-de-semana e conta também com marionetistas portugueses radicados em Macau, como elisa Vilaça e sérgio Rolo, além de um convidado especial de espanha, Toni Rumbau.

Tanto Luís oliveira, do ‘Teatro Jangada’, como Toni Rumbau par-ticipam ainda no festival literário

MutiLação genitaL inês oLiveira apresenta fiLMe eM Macau no sábado

“Bobô”, a primeira ficção portuguesa

Além dos já esperados workshops haverá ainda lugar para o jantar com escritores no restaurante chi-nês Lei Hong Kei, como em anos anteriores. A escritora Kelly Yang tem a oportunidade de apresentar a sua obra para crianças ‘Where’s Broccoli?’ às 11h00 de dia 22. o dia segue com uma série de palestras e a inauguração de uma exposição de

arte, no edifício do antigo tribunal e na galeria Macpro.

pelas escolas foraÉ finalmente no dia 23, segunda--feira, que tem início a Rota das escolas, que dá aos mais novos a hipótese de conversarem de perto com escritores e músicos convida-dos, como são o maestro Victorino D’Almeida, Francisco José Viegas, Xi Chuan ou ondjaki. esta parceria entre a Rota das Letras e as escolas Hou Kong, escola portuguesa de Macau, MUsT, Colégio Anglicano de Macau, Colégio santa Rosa de Lima e Universidade de Macau tem em vista ensinar a arte da literatura aos mais jovens, através de uma nova perspectiva, nomeadamente de nomes experientes.

Rota das Letras, com o artista catalão a apresentar o livro “Rotas de polichinelo” a 21 de Março, dia em que também leva ao palco o espectáculo “A Como já tinha sido referido anteriormente pelo HM, a companhia “Jangada Teatro” vai apresentar o espectáculo “patinho Feio”, nos dias 22 e 23, enquanto a “Marionetas da Feira” tem agen-dadas sessões de dois espectáculos: “o Circo das Marionetas” e “De se Tirar o Chapéu” a 20 e 22.

No caso do grupo “Mario-netas da Feira”, os espectáculos em Macau consistem num teatro executado com marionetas de fios – “o Circo das Marionetas”, em que o tema é o universo circense –, e noutro “mais intimista”, mas também “para o público familiar” intitulado “De se Tirar o Chapéu”, explicou Alberto Castelo.

“Todo (o espectáculo) é cons-truído com chapéus de palha, que se vão transformando à medida que o espectáculo vai evoluindo e contam toda a história”, afirmou.

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12 CHINA hoje macau sexta-feira 13.3.2015

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 90/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor CHAN, Siu Ning, portador do Bilhete de Identidade Permanente de Hong Kong n.° P0405xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 90/DI-AI/2012 levantado pela DST a 24.08.2012, e por despacho da signatária de 04.03.2015, exarado no Relatório n.° 115/DI/2015, de 11.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua do Terminal Marítimo n.os 93-103, Edifício Centro Internacional de Macau Bloco IV, 7.° andar A, Macau onde se prestava alojamento ilegal. -----------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.--------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -----------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 04 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 89/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor SUN YANGANG, portador do Salvo-Conduto de Dupla Viagem da R.P.C. n.° W59676xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 87/DI-AI/2012 levantado pela DST a 20.08.2012, e por despacho da signatária de 03.03.2015, exarado no Relatório n.° 113/DI/2015, de 10.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, Royal Centre, 23.° andar E, Macau. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 03 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

U M total de 28 al-tos funcionários chineses com es-tatuto de ministro

ou superior, entre os quais um antigo chefe da Segu-rança, foram judicialmente investigados por corrupção em 2014, anunciou ontem o Procurador-geral da China, Cao Jianming.

Comparado com 2013, aquele número representa um aumento de mais de 300% e aproxima-se do total de trinta registado entre 2008 e 2012 (o ano em que o ac-tual presidente, Xi Jinping, assumiu a chefia do Partido Comunista Chinês), realçou a agencia noticiosa oficial chinesa Xinhua.

No conjunto, em 2014, os procuradores chineses investigaram 55.100 pes-soas acusadas de corrupção, desvio de fundos públicos e outros crimes relacionados com “incumprimento do de-ver”, registando um aumen-to de 7,4% face a 2013, diz o relatório anual apresentado pelo procurador-geral à As-sembleia Nacional Popular.

Cerca de 3.650 dos casos investigados o ano passado envolviam fundos superio-res a um milhão de yuan, precisa o relatório.

Além de Zhou Yon-gkang, que foi responsável

Presidente do Parlamento Europeu chega domingoO presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, vai liderar uma delegação que, no próximo domingo, inicia uma visita à China, anunciou ontem o Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento). Martin Schulz, que viaja a convite do presidente da ANP, Zhang Dejiang, estará na China entre domingo e quarta-feira.

Hong Kong Ameaça de gripe a diminuir O secretário para a Saúde de Hong Kong, Ko Wing-man, disse que a gripe sazonal se tornou menos severa na antiga colónia britânica, noticiou ontem a Rádio e Televisão Pública. Ko Wing-man advertiu, no entanto, para as pessoas ficarem vigilantes quanto à possibilidade de os vírus poderem ficar mais activos face ao actual estado do tempo, que permanece instável. Mais de 350 pessoas morreram de gripe em Hong Kong desde o início do ano, a maioria idosos. A estirpe da gripe H3N2 já matou mais pessoas em Hong Kong do que o surto da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2003, fez 299 vítimas na antiga colónia britânica.

OS processos judiciais por atentados ao am-

biente na China aumentaram 8,5 vezes em 2014, ilustran-do a “guerra à poluição” prometida pelo Governo chinês, anunciou ontem o presidente do Supremo Tri-bunal do país, Zhou Qiang.

No conjunto, os tribunais chineses instauraram cerca de 16.000 processos rela-cionados com crimes am-bientais, precisa o relatório

CORRuPçãO ATiNgE viNTE E OiTO DiRigENTES EM 2014

Caça aos tigresA campanha anti-corrupção fez quase tantas vitimas no ano passado como no período compreendido entre 2008 e 2012

pelo aparelho de justiça e se-gurança da China entre 2008 e 2012, a lista de altos fun-cionários presos por corrup-ção na Era Xi Jinping inclui um antigo vice-presidente da Comissão Militar Central, o general Xu Caihuo.

Habitualmente, os casos de corrupção envolvendo quadros dirigentes são pri-

meiro investigados pela Comissão Central de Disci-plina do Partido Comunista Chinês (PCC).

Questão vitalO combate à corrupção é assumido pela liderança chinesa como uma “luta de vida ou de morte” pela manutenção do PCC no

Processos por crimes ambientais aumentaram 8,5 vezes anual que aquele magistrado apresentou à Assembleia Nacional Popular.

A poluição, que tinge frequentemente de cinzento o céu de Pequim e de outras grandes cidades chineses, tornou-se nos últimos anos uma das principais fontes de insatisfação popular, a par da corrupção e das crescentes desigualdades sociais. Mais

de metade dos rios e lagos do país estão poluídos.

Um outro relatório, apresentado à Assembleia Nacional Popular pelo pro-curador-geral da China, Cao Jianming, indica que cerca de 25.000 pessoas foram acusadas o ano passado de crimes contra o ambiente.

E cerca de 1.200 funcio-nários de departamentos go-

vernamentais encarregues da defesa do ambiente foram acusados de corrupção, re-feriu o mesmo magistrado.

Em 2014, o novo primeiro--ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que o Governo ia “declarar guerra à poluição”.

“Lutaremos contra a corrupção com a mesma determinação com que com-batemos a pobreza”, disse.

No relatório apresentado na semana passada à Assem-bleia Nacional Popular, Li Keqiang reconheceu que “a poluição ambiental mancha a qualidade de vida do povo e constitui uma perturbação que pesa no coração”.

“Revolucionar a produ-ção e consumo de energia é vital para o desenvolvimento de qualquer país e para o bem-estar do seu povo”, afirmou.

poder que prometeu não dar tréguas tanto a altos dirigentes, (tigres), como aos funcionários comuns, (moscas).

Trata-se também de uma das principais fontes de insatisfação popular na China, a par da poluição e das crescentes desigualda-des sociais.

No relatório apresentado ontem à Assembleia Nacio-nal Popular, o presidente do Supremo Tribunal chinês, Zhou Qiang, alertou para “as debilidades” do sistema judicial do país.

“Alguns juízes têm falta de consciência e de inte-gridade, violam a ética profissional e distorcem a lei para satisfazer interesses pessoais, em troca de favores e dinheiro. Caiem no abismo da corrupção e do crime”, afirmou Zhou Qiang.

Em 2014, quase 2.000 juízes e funcionários judi-ciais (1.973) - mais 172,8% do que ano anterior - foram punidos por violarem a lei e os regulamentos, e cerca de 40% dos casos (863) diziam respeito a abuso de poder, indica o relatório do Supremo Tribunal chinês.

A reunião anual da As-sembleia Nacional Popular decorre até domingo no Grande Palácio do Povo, em Pequim, com cerca de 3.000 deputados.

55.100 pessoas investigadas por

corrupção em 2014

Cao Jianming

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ficha do jogo

13desportohoje macau sexta-feira 13.3.2015

Gonçalo lobo [email protected]

A Selecção principal da RAEM perdeu no Cam-boja por três golos na primeira ronda da qua-

lificação asiática para o Mundial da Rússia, em 2018, disputada ontem à tarde no Estádio da Armada, na capital Phnom Penh. A derrota dificultou muito a passagem para a fase de grupos.

Quem vir o resultado sem ter assistido ao jogo, pode pensar que a equipa cambojana é muito superior à de Macau, mas nem sempre foi assim. Ao intervalo, o jogo estava empatado a zero bolas, depois de uma primeira metade onde a equipa da casa mostrou uma natural supremacia, contrariada por contra-ataques de Macau, um dos quais, aos 17 minutos, numa jogada de entendimento entre Ale-xandre Matos e Niki Torrão, levou o avançado a criar algum perigo na baliza à guarda de Sereyroth.

O guarda-redes de Macau, Ho Man Fai, acabou por ser a grande figura da primeira parte, apesar de não ter sido chamado a qualquer intervenção que colocasse verda-deiramente em risco a sua baliza. O atleta titularíssimo no Monte Carlo, acabou, mesmo assim, por ser o elemento mais da selecção da Flor de Lótus, devido às oportunidades que o adversário foi criando. Ao mesmo tempo, a defesa, coman-dada pelo capitão Paulo Cheang, mostrava-se atenta às investidas do ataque cambojano.

Outra históriaDepois dos primeiros 45 minutos, a pergunta que se impunha era se a Selecção de Macau conseguiria aguentar a presença da sua con-génere do Camboja. E a resposta surgiu naturalmente: não.

Entrado aos 55 minutos, e em estreia absoluta pela sua Selecção em jogos oficiais, o avançado Chan Vathanaka, acabou por ser a grande figura do jogo. Com golos

CambOja 3 – maCau, 0Chan Vathanaka (2 golos – 64’ e 81’)Khuon (90’+4)

• Camboja • maCau18. sereyroth 1. ho man Fai2. sun sovannarith – 87’ 2. Lei Ka him3. Visal seuy 5. Luís amorim4. sovan 7. Chan man5. Ngoy 8. Paulo Cheang (capitão)6. Va – 72’ 9. Leong Ka hang – 81’7. Prak 10. Niki torrão9. Khuon (capitão) 12. ho man hou12. suhana sos – 55’ 16. alexandre matos14. Phallin hoy 17. Kong Cheng hou – 63’17. Chhin 21. Pang Chi hnag

• SubStituiçõeS55’ – 11. Chan Vathanaka 63’ – 13. Choi Weng hou72’ – 10. Kouch sokumpheak 81’ – 18. ho Chi Fong87’ – 16. ros sam Oeurn

• treinadoreSLee tae-hoon tam iao san

• Árbitro ho Wai sing

“Estou confiante. Gostaria de pedir a todos os amantes de futebol, e não só, que encham o estádio na terça-feira”Joseph Tamseleccionador de macau

A esperança continua viva apesar da derrota por três golos. Quem o afirma é o seleccionador de Macau, Joseph Tam, que depois de ver os seus pupilos perderem no Camboja pede casa cheia para a segunda mão

Qualificação mundial 2018 Camboja venCe maCau por 3-0

muito difícil mas não impossívelaos 64 e 81 minu-tos, deu vantagem aos seu país numa partida que acabou por deixar os de Macau em maus lençóis, que apesar de alguns contra--ataques perigosos – principalmente nos últimos 10 mi-nutos do encontro -, nunca conseguiram desfeitear o guarda--redes adversário.

Na procura do golo que daria outro alento para a segunda mão em Macau, os joga-dores da RAEM abriram brechas no terreno e isso foi nefasto. Na última jogada do encontro, aos 90+4 minutos e quando já todos esperavam pelo apito final do ár-bitro, o capitão cambojano Khuon sentenciava a partida com um golo de cabeça pleno de oportunidade.

O Cambodja mostrou ser uma selecção mais forte fisicamente e mais matreira psicologicamente, mas uma vitória por três golos

de diferença é realidade pesada de mais para o que os jogadores de Macau fizeram durante o jogo.

A situação apresenta-se muito complicada mas não impossível para o jogo da segunda mão, na próxima terça-feira, dia 17, no Estádio da Taipa. É preciso continuar a acreditar.

A equipa de arbitragem, de Hong Kong e liderada por Ho Wai Sing, teve um trabalho sereno sem grandes casos, tendo apenas mos-trado um cartão amarelo ao jogador de Macau Alexandre Matos, ainda durante a primeira parte.

joSeph tam pedeuma enChente de apoioNo final do encontro, o selecciona-dor de Macau, Joseph Tam, mos-trava-se “desapontado”. “Estou um pouco triste. Aquele terceiro golo deles no último instante do encontro não estava nos nossos planos”, começou por dizer ao HM. “Estou muito satisfeito com os meus jogadores. Mostrámos

SérGio [email protected]

a temporada de 2015 do automobilismo de Macau deveria ter o seu arranque

oficial este fim-de-semana, com o primeiro dos três eventos do “AAMC GIC Challenge de Car-ros de Turismo”. Contudo, o pri-meiro fim-de-semana de corridas foi adiado por uma semana devido a compromissos do próprio Cir-cuito Internacional de Guangdong (GIC), o centro nevrálgico deste mini-campeonato.

O circuito dos arredores da cidade continental de Zhaoqing comunicou na semana transacta à Associação Geral Automóvel de Macau-China (AACM) e à Asso-ciação Automóvel de Hong Kong (HKAA) a alteração da data, sem com isso ter justificado em detalhe as razões do adiamento. Segundo a página electrónica do circuito,

auTomobilismo arranQue da Temporada adiado uma semana

Circuito ocupadoeste aparece agora com o estado de ocupado o fim-de-semana que se aproxima, o que habitualmente significa alugado a terceiros. Sen-do assim, a competição que vai este ano para a sua segunda edição irá arrancar no fim-de-semana de 21 e 22 de Março.

Esta alteração súbita de data prejudicou todos aqueles que planeavam participar nas provas de carros de turismo do “Pan Delta Super Racing Festival” do Circuito Internacional de Zhuhai ou que habitualmente tomam parte do Campeonato de Karting

e Motos de Macau, cuja primeira prova do ano está precisamente marcada para o dia 22 de Março.

O “AAMC GIC Challenge de Carros de Turismo” de 2015 é com-posto por três provas que servem para os pilotos e equipas da RAEM se melhor prepararem para as duas provas do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa), competição que serve também de apuramento dos pilotos locais para a 62ª edição do Grande Prémio de Macau. Desta vez, as provas do MTCS não se realizam na periferia de Zhao-qing, mas sim no vizinho e mais apelativo Circuito Internacional de Zhuhai, algo que já não acontecia desde 2009.

ser dignos, apesar de considerar que o Camboja é muito mais forte fisicamente e tem alguns jogadores que desequilibram, de facto.”

O resultado é negativo mas não esmorece o timoneiro da Flor de Lótus, que pede apoio da população de Macau. “Estou confiante. Gos-taria de pedir a todos os amantes

de futebol, e não só, que encham o estádio na terça-feira. Futebol é isto mas também é uma incógnita. Se na primeira parte do próximo jogo as coisas nos correrem bem e marcarmos dois ou três golos, o jogo fica relançado. Vamos lutar até ao fim e queremos ver muita gente no estádio.”

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14 hoje macau sexta-feira 13.3.2015

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A notícia da Restauração da In-dependência de Portugal che-gou a Macau em 31 de Maio de 1642 e um pouco mais

tarde a Manila, onde os portugueses em alvoroço correram pelas ruas aclamando, alto e em bom som, D. João como Rei de Portugal, sem consciência do perigo a que se expunham. Era por essa altura Ca-pitão-geral da Praça de Macau, D. Sebas-tião Lobo da Silveira, cargo que ocupava desde Agosto de 1638.

D. Sebastião Lobo da Silveira nasce-ra no final do século XVI de uma família de fidalgos, sendo filho de Dom Luís Lobo da Silveira, fidalgo da Casa Real, Comendador de São João de Cambra. Toda a estadia deste fidalgo pela Ásia re-velou ser ele uma personagem com mau carácter, tendo logo desde o início co-metido graves faltas, que foram punidas, mas, por intersecção do pai junto ao Rei, as penas foram reduzidas. Foi capitão de navios da armada portuguesa e em 1638, Sebastião Lobo da Silveira seguiu para Macau como Capitão-geral. Encontrou a cidade numa situação muito precária devido à cessação do comércio com o Japão e ao aparecimento neste porto das naus da Companhia Britânica das Índias Orientais que vinham negociar a aquisi-ção de produtos chineses.

No primeiro ano da sua governação, teve que lidar com o grave problema das relações comerciais com o Japão. Por isso, numa atitude para tentar salvar o comércio, Sebastião Lobo da Silveira em 18 de Outubro resolveu enviar um barco a Manila, avisando para não en-viarem religiosos ao Japão, pois o feitor do povo, Pêro Fernandes de Carvalho, viera daquele país com recado de que seriam queimados os navios da viagem desta cidade, bem como a sua gente e fazenda. No caso de levarem para lá re-ligiosos, contra os repetidos avisos dos japoneses, o comércio seria quebrado. No ano seguinte, a 30 de Dezembro de 1639, foram enviados de novo para Ma-nila duas embarcações, mas desta vez, para avisar sobre a quebra do comércio com o Japão. Para agravar ainda mais a situação, o governo chinês proibiu os portugueses de irem negociar a Cantão.

O Bispo Saraiva dizia constar terem os moradores de Macau sabido da acla-mação de D. João IV por um navio in-glês que em 1641 chegou a Cantão para comerciar. Com tal nova, os portugue-ses celebraram e tentaram expulsar as fa-

O FIM DE SEBASTIÃOLOBO DA SILVEIRA

mílias espanholas que em Macau tinham avultados negócios. Mas na cidade já os problemas tinham começado, tam-bém nesse ano, entre o Governador do Bispado e os padres da Companhia de Jesus, conflito que durou até 1644 e no qual D. Sebastião Lobo da Silveira foi excomungado por Frei Bento de Cristo em Janeiro de 1642.

Juramente de lealdade em macau

Tendo o macaense António Fialho Fer-reira, Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Capitão-Mor nos Mares da Índia, chegado a Macau a 31 de Maio de 1642 com a notícia oficial da aclamação de D. João IV em Portu-gal, logo o Senado reuniu em conselho geral do povo e lavrou termo de aceita-ção e obediência ao novo soberano.

Resolveu-se fazer em breve impo-nentes festas para ter lugar o juramen-

to solene. Logo ali começaram a ser organizadas as celebrações, onde Dom Sebastião Lobo da Silveira fez muitos gastos, mas como estava empenhado e endividado pela falta de viagens ao Ja-pão, vivia de empréstimos feito por pes-soas nobres aqui moradores.

Assim, a 20 de Junho de 1642, o Capitão-geral foi o primeiro que em Macau fez o juramento de lealdade e fi-delidade, aclamando El-Rei D. João IV e o Príncipe D. Teodósio, seu herdeiro presuntivo, seguido por todos os outros da Cidade do Nome de Deus. Em eufo-ria, a cidade logo decidiu enviar para a guerra da Restauração, tanto para Goa como para Portugal, cobre vindo do Ja-pão, munições e duzentas peças de ar-tilharia em bronze fundidas em Macau. No entanto, só quase um ano depois é que ficaram reunidas as condições, pelas tréguas celebradas com os holandeses, para as fazer chegar a Goa.

Apesar de Macau viver aquele mo-mento em alegre euforia e num comun-gar de paz, pouco tempo bastou para se voltar a sentir a disputa entre o Bispado e os padres da Companhia de Jesus.

Era nesse ambiente que a cidade se gastava, já que o comércio marítimo estava reduzido aos poucos barcos que Macau dispunha para realizar a sua Rota Marítima das Especiarias, restringida à parte Sul do Oceano Pacífico. Esta rota ligava o porto de Macau com o de Macassar, perdida que estava Malaca, seguindo depois pelas ilhas de Timor, Solor e Flores e no regresso, passava por Manila, que se encontrava florescente.

Os portugueses da Cidade do Nome de Deus, com os direitos exclusivos da viagem a Manila, aí fundaram em 1606 a Misericórdia. Com um comércio ful-gurante, em Manila, por volta do ano de 1640, tinha Macau três Procuradores para tratar de algumas utilidades do comércio, sendo essas viagens entre as duas cidades feitas por conta da Fazenda Real.

aclamações em manila

“Quando chegaram a Manila notícias desta libertação, vários residentes por-tugueses, loucos de alegria, correram para as ruas e, por entre vivas frenéticos,

Toda a esTadia desTe fidalgo pela Ásia revelou ser ele uma personagem com mau carÁcTer, Tendo logo desde o início comeTido graves falTas, que foram punidas, mas, por inTersecção do pai junTo ao rei, as penas foram reduzidas

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Page 15: Hoje Macau 13 MAR 2015 #3290

15 artes, letras e ideiashoje macau sexta-feira 13.3.2015

José simões morais

proclamaram a independência da sua Pátria.” Montalto de Jesus

Esqueceram-se eles estar agora em território inimigo, não reparando no perigo em que se expunham. O Gover-nador de Manila Dom Sebastian Hurta-do de Corcuera “para atalhar esta desor-dem, mandou lançar um bando, pondo pena de morte a quem falasse na pessoa de D. João; e chamou os procuradores de Macau, que eram Jacinto Guterres de Brito, Matias Ferreira de Proença e Ma-nuel Matos de Siqueira, e lhes intimou que dessem obediência, como Procura-dores de Macau, a El-Rei D. Filipe IV. Considerando eles o perigo a que se ex-punham e aos portugueses que viviam na cidade com grossos cabedais, assinaram um auto, em que Macau se sujeitava a El-Rei de Espanha. O governador, fiado nesta diligência, deu liberdade aos por-tugueses, para que com suas fazendas se passarem a Macau.” Aprontaram-se três navios, sendo dois para o transporte dos portugueses e nomeou D. Juan Cláudio Verástegui por governador de Macau e comandante da expedição, composta de cinquenta soldados castelhanos.

E continuando no texto escrito por Benjamim Videira Pires, “Chegando a meia légua da Cidade do Nome de Deus, se adiantaram os três Procura-dores e deram conta ao Governador de Macau, D. Sebastião Lobo da Silveira, da razão com que assinaram o auto de obediência e que sempre eram vassalos de El-Rei D. João. Vendo D. Juan Cláu-dio que os portugueses se tinham apar-tado dele mandou pedir um seguro a D. Sebastião (e ao Senado), que lho man-dou, obrigando-se a lhe não fazer o me-nor dano.” O Capitão-geral de Macau permitiu aos castelhanos que andassem livres pela cidade, dando logo conta do sucedido ao Vice-Rei da Ín-dia. Recorrendo a Montalto de Jesus, que sobre Sebas-tião Lobo da Silveira parece ter-se embrulhado e con-fundido a história com a de um outro Capitão-geral, a quem a população de Macau matou, mas que não foi D. Sebastião como por lapso o historiador afirmou. “A prin-cípio, D. Sebastião Lobo da Silveira aceitara as preten-sões espanholas e obteve um protesto do Senado, ao qual ameaçou com tropas e arti-lharia, como era seu hábito. Mas quando viu a indignada cidade em rebelião aberta, prendeu o enviado, a quem ele próprio fornecera um salvo-conduto.”

Em 11 de Agosto de

1643, um termo informa que as autori-dades macaenses determinaram colocar guardas às portas dos castelhanos, pagas por estes. As razões eram, a altivez com que D. Cláudio se apresentava, a manei-ra como os seus soldados castelhanos tratavam o povo e ainda, terem alguns portugueses deixado fazendas em Ma-nila. Por tudo isso, mandou D. Sebas-tião Lobo da Silveira embargar trinta mil patacas que traziam e as depositou no Colégio da Companhia. Por fim, o Capitão-geral quis prender D. Cláu-dio, mas o Senado opôs-se e zangado, D. Sebastião marchou com a infantaria

e uma peça de artilharia começando a bater as casas em que estavam os cas-telhanos. Renderam-se e o governador confiscou-lhes as fazendas e remeteu-os para Manila, enquanto quatro dos prin-cipais foram enviados “a Goa onde, o Vice-Rei, D. Filipe de Mascarenhas lhes fez toda a boa passagem, estranhando a D. Sebastião o seu procedimento.”

ExonErado E prEso vai para o rEino

A 14 de Junho de 1644, Luís de Car-valho de Sousa chegou a Macau como Capitão-geral para suceder a D. Sebas-tião Lobo da Silveira, que logo foi preso no forte de Santiago da Barra, enquan-to esperava para ser enviado para Goa a responder pelos seus actos e crimes.

D. João IV orDenou que D. SebaStIão Da SIlVeIra foSSe repatrIaDo Sob prISão por ter morto, com toDoS oS requInteS De ferocIDaDe, o aDmInIStraDor Da fazenDa real, DIogo Vaz freIre

D. João IV ordenou que D. Sebastião da Silveira fosse repatriado sob prisão por ter morto, com todos os requintes de ferocidade, o Administrador da Fazenda Real, Diogo Vaz Freire.

Luís de Carvalho de Sousa, por or-dens que trazia do Vice-Rei D. João Te-llo, Conde de Aveiras, como novo Capi-tão-geral confiscou o patacho espanhol em que tinham navegado os portugue-ses desde Manila.

A armada do Capitão-mor no Mares da Índia António Fialho Ferreira partiu de Macau para a Índia a 20 de Dezembro de 1645 e nela, para além da sua família, se-

guia D. Sebastião Lobo da Silveira, sobre prisão e sequestro de bens. Este, com um conflituoso governo (de 1638 a 1645), deixou Macau arruinado, a viver de em-préstimos que lhes faziam os moradores nobres. Era homem de génio orgulhoso, sem que se lhe percebessem muitas das intenções com que governou.

Chegada a armada a Goa em Feve-reiro de 1646, aí D. Sebastião Lobo da Silveira ficou durante um ano. Partiu para o reino a 20 de Fevereiro de 1647 na nau almirante Nossa Senhora da Ata-laia em que viajava também o seu irmão D. Duarte Lobo.

A nau almirante após um temporal foi encalhar por altura da costa de Na-tal na noite de 3 para 4 de Junho, tendo conseguido quase toda a tripulação do

barco salvar-se. Na praia organizaram um arraial e só dias depois, a 15, inicia-ram a pé a marcha a caminho de Mo-çambique pela costa deserta da Cafraria.

Sendo D. Sebastião Lobo da Silveira incapaz de andar naquele terreno devi-do à sua obesidade, que não lhe permi-tia fazer a longa caminhada, pediu para ser levado. Por grande consideração ao seu irmão, D. Duarte, foi feita uma rede com linha de pesca e assim transportado por grumetes, a quem pagava a cada um deles oitocentos xerafins em penhores de ouro. Já no dia seguinte, após deixa-rem para trás duas monjas portuguesas, esteve D. Sebastião para ficar também aí, pois a carga era excessiva para os gru-metes e desobrigaram-se eles de o carre-gar. De novo o seu irmão acudiu e lá se conseguiu a solução de escolher os doze mais fortes para o transportar, enquanto os outros levavam os haveres dos carre-gadores. Mas no caminho apareceu um rio caudaloso e os grumetes nas margens o deixaram. Como Duarte Lobo seguia à frente acompanhado pelo Almiran-te, só no dia seguinte soube ter sido o seu irmão deixado para trás. Foram os grumetes com marinheiros buscá-lo, encontrando-o a duas léguas, no local onde tinha sido deixado.

No dia 18 de Julho de 1647 chegou o grupo ao Rio de São Cristóvão, mui-to fundo e com grande corrente, onde Sebastião Lobo se confessou e fez seu testamento. Ao perceber que aí iria fi-car abandonado, como por encanto, começou a retirar muitas jóias e outras preciosidades escondidas, dizendo ofe-recer a quem o transportasse às costas. Assim conseguiu por seis voltas de ca-deia de ouro que o Mestre Jacinto Antó-nio persuadisse dezasseis marinheiros a transportá-lo e por tal, deu-lhes tudo o

resto que lhes tinha mostra-do. Por fim, a 21 de Julho, os marinheiros completamente estafados perante tamanho fardo, resolveram deixá-lo ficar e logo ali ele se voltou a confessar e ainda, a cada um dos que até ali o trouxeram, deu-lhes um anel com um rubi, despojando-se de tudo o que trazia. Fizeram-lhe uma pequena barraquinha de pano e todos se despediram dele, ficando D. Duarte mais algum tempo, a consolar o irmão. Por fim, D. Duarte foi-se juntar ao grupo, fican-do Sebastião com bom âni-mo, acompanhado por um chinês pequeno e um cafre. Sebastião Lobo da Silveira terá morrido na costa deserta da Cafraria.

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Page 16: Hoje Macau 13 MAR 2015 #3290

16 hoje macau sexta-feira 13.3.2015(F)utilidadestempo muito nublado min 15 max 19 hum 75-98% • euro 8 .5 baht 0 .2 yuan 1 .2

João Corvo

Aconteceu Hoje 13 de março

fonte da inveja

C i n e m aCineteatro

Sala 1cinderella [a]Filme de: Kenneth BranaghCom: Lily James, richard madden, Cate Blanchett14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Sala 2chappie [c]Filme de: Neill BlomkampCom: Hugh Jackman, Sharlto Copley, dev Patel14.30, 16.45, 19.15, 21.30

Sala 3the boy next door [c]Filme de: eric darnell, Simon J. SmithCom: Jennifer Lopez, ryan Guzman, John Corbett14.15, 16.00, 17.45, 21.30

Stand by me doraemon [3d] [a](FaLado em CaNtoNêS)Filme de: takashi Yamazaki, ryuichi Yagi19.30

O que fazer esta semana?HojemuSiCaL ‘CatS’ (até domiNGo)Venetian macau Bilhetes das 280 patacas às 680 patacas

VeNetiaN CarNeVaLe (até 18/03)Venetian macau, todo o dia entrada livre

SábadoSemiNário “FamíLiaS maCaeNSeS – o CaSoda taiLâNdia”, PeLo ProFeSSor JorGe ForJaz albergue SCm, 15h00entrada livre

aPreSeNtação do FiLme “BoBô”,de iNêS oLiVeira Casa Garden, 17h00entrada livre

diariamente exPoSição “NiHoNGa CoNtemPorâNea”,de arLiNda Frota Fundação rui Cunhaentrada livre

exPoSição “Voz Na eSCuridão”,de ÓSCar BaLaJadia/PaPa oSmuBaL(até 14/03)Creative macau entrada livre

exPoSição de SâNdaLo VermeLHo(até 22/03)Grande Praça, mGmentrada livre

Exposição dE dEsign dE CartazEs “V•x•xV:”(oBraS de 1999, 2004 e 2009) [até 15/03]museu da transferência da Soberania de macau,10h00 às 19h00entrada livre

“SeLF/uNSeLF” – exPoSição de traBaLHoS de artiStaS HoLaNdeSeS (até 15 de março)Centro de design de macauentrada livreOlhos verdes? Nem o mar... nem o mar...

Goebbels é nomeado para o Ministério da Propaganda nazi• a 13 de Março de 1933, Joseph goebbels é empossado como líder do Ministério da propaganda do iii reich. o exercício do cargo marca o percurso político de Goebbels, que se transformaria no homem de confiança de adolf Hitler.a história do dia 13 de março conta-se com a criação das primeiras fábricas de relógios, em Portugal, em 1765, e com a descoberta do planeta urano, em 1781, feito que pertence a William Herschel.Mas conta-se também com a nomeação de Joseph goebbels para o Ministério da propaganda do iii reich, em 1933, na alemanha. esta figura haveria de marcar toda a comunicação do regime: os espaços públicos passaram a ser preenchidos com símbolos do partido nazi, de adolf Hitler.goebbels exerceu um controlo apertado sobre as diversas insti-tuições públicas alemãs, bem como dos meios de comunicação, tornando-se numa figura-chave do regime de Hitler. dono de dotes retóricos únicos, tornou-se um dos líderes destacados da alemanha nazi.Foi a Goebbels que coube a tarefa de manipular o povo alemão, na defesa de um conflito militar de escala mundial. o ministro da propaganda permaneceu com Hitler, em Berlim, até à morte do Führer.uma das últimas decisões de Hitler antes do suicídio foi indicar Joseph Goebbels para chanceler do reich, cargo que ocupou durante um dia. Nas últimas horas de vida, Goebbels terá pedido à mulher para que matasse o pequeno filho de ambos. Logo depois, suicidaram-se.e a história do dia 13 de março passa pelo ano de 1979, data que marca o arranque do Sistema monetário europeu, que vigora a partir desta data.Nasceram neste dia o Papa inocêncio xii (1615), John desaguliers, filósofo britânico (1683), Joseph Priestley, cientista e ministro britânico (1733), e Maria pia de saxe-Coburgo e Bragança, escritora portuguesa que reivindicou o trono (1907).

U m d i s C o h o j e“BeAr creek”

(BrAndi cArlile, 2012)

É o quarto álbum da cantora-compositora americana Brandi Carlile e que homenageia o seu próprio estúdio: “Bear Creek”. Foi aqui onde foi gravada a maioria das músicas da cantora e as 13 canções do álbum mostram energia, numa espécie de harmonias imaculadas, representando o início de um capítulo de Carlile e dos seus colaboradores Tim e Phil Hanseroth. A cantora foi classificada em 2009 como a “Melhor Voz de Indie Rock” pela Paste Magazine, uma revista de música e entretenimento dos estados Unidos. - Flora Fong

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17opinião

1. Acontece a todos: de vez em quando, cai-nos um mentiroso na sopa. Com os men-tirosos que vou conhecendo por acaso, na vida fora destas linhas e destas lides, posso eu bem – é fácil empacotá-los e devolvê-los à proveniência. Já com os mentirosos que se atravessam nas horas da profissão é mais complicado: por mais que viremos as costas às mentiras, há que lidar com eles porque não desaparecem.

Há mentirosos com pinta. Os mentirosos com pinta mentem tão bem que, quando damos pelo embuste, o que era falso quase passou a ser verdadeiro. Os mentirosos com pinta deixam cair as mentiras com charme, de uma só vez, sem grande alarido, e chamam às mentiras inverdades, o que tem muita mais pinta, embora igual ausência de fundamento. Como não se riem muito, aos mentirosos com pinta não se vêem os buracos que as mentiras fazem na dentadura. Os mentirosos com pinta sabem o que andam a fazer.

Depois há os mentirosos sem pinta, os mais vulgares, os que mentem com os dentes todos e de boca escancarada, a ver-se o céu da mentira toda. Os mentirosos sem pinta gostavam de ter pinta, mas não a têm; gos-tavam de ter poder, mas também a influên-cia lhes escapa, por mais que mintam. Os mentirosos sem pinta mentem para agradar ao chefe e mentem também para agradarem a quem mentem – estão sempre no meio de qualquer coisa, porque não chegam a ter um lugar que lhes pertença por direito.

Os mentirosos sem pinta têm os dentes tortos de tanto mentir. Sabem que o interlo-cutor não acredita na mentira, mas insistem nela, uma, duas, as vezes que necessário for. Porque se julgam gente de importâncias, os mentirosos sem pinta não percebem que a mentira não segue, não ganha pernas para andar por aí a mentir aos outros. Os menti-rosos sem pinta quase nunca se observam ao espelho.

São pessoas que nunca perderam quem amam para a mentira alheia, para o desleixo dos outros. Os mentirosos sem pinta têm os dentes escurecidos pela podridão que expi-ram. Os mentirosos sem pinta só obedecem aos chefes – aos deles e aos dos outros – e não conhecem a honestidade.

Mesmo sem pinta, estes mentirosos são tão perigosos quanto os outros, porque existem. Mas riem-se de boca aberta a mos-trarem o quão tortos são os dentes com que comem todos os dias, sem quererem saber se os outros têm com que pôr a mesa.

Os mentirosos sem pinta não precisam de nome. Eles sabem que são.

2. Há um problema grave de comunicação em Macau. Comunica-se mal e, por isso, percebe-se mal. Ou então percebe-se mal e, por isso, comunica-se igualmente mal. A ordem é aleatória – ninguém se entende, às tantas é por isso que as ideias se repetem até à exaustão, há uma surdez colectiva qualquer que não nos permite ir além do que aquilo que queremos ouvir.

Os mentirosos sem pinta mentem para agradar ao chefe e mentem também para agradarem a quem mentem – estão sempre no meio de qualquer coisa, porque não chegam a ter um lugar que lhes pertença por direito

contramãoIsabel [email protected]

Mentir faz mal aos dentes

No elevador do meu prédio está afixado um cartaz que já entrou, com muito mérito e com a ajuda das redes sociais, para a his-tória das frases mais idiotas em campanhas institucionais de Macau: “Não é permitida a prática de quaisquer actividades da vida quotidiana em edifícios habitacionais, diariamente das 22:00 às 09:00 do dia seguinte”.

Ainda bem que ninguém cumpre à risca o que se escreve: com esta campanha de sensibilização para a nova lei do ruído, o Governo quis, sem saber, acabar com o direito ao sono, ao jantar, à respiração, ao banho, ao beijo, à televisão, ao jornal lido tardiamente, aos sonhos, à música, aos em-

balos, ao choro, ao riso. O Governo escreve mal português e sabe disso, mas desculpa--se com a dificuldade do bilinguismo. E eu rio-me alto, que ainda não são dez da noite, nem estou em casa.

Não sei o que diz a versão chinesa deste fantástico cartaz mas, a avaliar pelo que se passa lá no prédio, quase jurava que é o oposto das frases em português, qualquer coisa como “não é permitida a prática de quaisquer actividades da vida quotidiana sem que sejam dadas a conhe-cer a toda a vizinhança”. Sem qualquer sentido de oportunidade – que as leis não são oportunistas –, a nova legislação entrou em vigor no momento do ano em

que o Governo é o principal impulsionador dos impropérios sonoros, ao instalar as tendas onde se rebentam tradicionais e poluentes panchões e outros igualmente ruidosos foguetes.

Na noite em que a nova lei entrou em vigor, a pianista do prédio decidiu fazer, lá do alto do seu apartamento, meia hora de escalas cromáticas para brindar o novo ano. Os vizinhos do lado abriram a mesa de mahjong e era ouvir o baralha-e-volta--a-dar das pedras. A lei era nova e o ano também.

Com o passar dos dias, o mahjong a horas impróprias calou-se, mas o piano não. A pianista lá de cima começa a tocar quando batem as dez da noite, exactamente a hora em que o cartaz publicitário me diz para não respirar, não me mexer, não pes-tanejar. No meio da minha mudez, ouve-se ainda mais o martelar das teclas, a falta de talento, o Lang Lang que aquela aspirante a artista nocturna nunca será. A lei mudou. O resto não.

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hoje macau sexta-feira 13.3.2015

Page 18: Hoje Macau 13 MAR 2015 #3290

18 opinião hoje macau sexta-feira 13.3.2015

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong; Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas António Conceição Júnior; Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Edite Ribeiro(estagiária); Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

O s feriados do Ano Novo Chinês já passaram e o ambiente festivo deste ano foi bastante fraco quando comparado com o passado. Além da redução óbvia no número de turistas da China continental que visitaram Macau e Hong Kong através do Visto de Viagem Indi-

vidual, verificou-se também um corte nas taxas de juro aliado a uma descida no rácio de depósitos-para-empréstimos efectuados por Pequim, indicando que a economia doméstica deste país está numa fase decres-cente. Assim, as medidas anunciadas que visavam controlar o desenfreado mercado de propriedades foram postas de lado, o que acabou por travar os planos de reformas eco-nómicas estruturais. se a China não realizar estas reformas e outras transformações, a bolha económica vai rebentar mais cedo ou mais tarde. O país tem de intensificar as reformas, e não se focar apenas no au-mento do PIB, pois isto fará surgir mais e mais problemas e eventualmente vai restar apenas um galho de uma planta de arroz.

Durante a minha visita de um dia à China como parte das férias do Ano Novo Chinês, pretendi investigar se os novos desenvolvi-mentos imobiliários tinham muita procura por parte do público. Apesar de ver muitos prédios em construção, apercebi-me que os preços das habitações se têm mantido inal-terados. Isto quer dizer que apenas algumas pessoas são capazes de comprar propriedades, apesar de muitos prédios estarem sob cons-trução. Prevê-se assim que a oferta venha a superar a procura. Mas tendo em conta que o Governo Central, assim como os cidadãos comuns, encaram o mercado imobiliário como o motor da economia, teme-se que a China venha em breve a viver uma recessão como aquela verificada no Japão.

Além de visitar o continente, aproveitei ainda os feriados para visitar Hong Kong, igualmente por um dia. Até hoje, o número de pessoas que faleceram devido à gripe comum, ou vírus da influenza, já superou aqueles que perderam a vida durante a epidemia de sARs. Mal desembarquei no Terminal Marítimo daquela cidade, fui abordado por trabalhadores locais a entregar material promocional aos visitantes com recomendações sobre higiene. Pensei então que Hong Kong estava a recuperar a sua estabilidade, depois dos tumultos verificados durante a “Umbrella Revolution”, mas ao mesmo tempo fiquei com a sensação que esta estabilidade estava a ser cada vez mais difícil de manter, visto a sociedade local estar num estado de desintegração. Quando uma cidade se encontra sem um espírito para a guiar e

um gr i to no desertopaul chan wai chi*

*Ex-deputado e membroda Associação Novo Macau Democrático

O último galho da planta de arroz

Quando uma cidade se encontra sem um espírito para a guiar e apoiar, assemelha-se a umcorpo sem alma

apoiar, assemelha-se a um corpo sem alma. E, nestas situações, o tempo mais perigoso é vivido quando as coisas aparentam estar calmas e sob controlo. Considero então que Hong Kong faz hoje em dia lembrar um paiol de munições que pode explodir a qualquer momento se não for gerido com cuidado. se os dirigentes em Pequim não se aperceberem da necessidade de fazer ajustes de modo a permitir o “sufrágio universal”, temo que

Hong Kong não volte a experimentar mais um único dia de paz.

Na China, podemos facilmente constatar as sequelas criadas pela busca cega do desen-volvimento económico enquanto se ignoram atitudes mais civilizadas. Em Hong Kong, por exemplo, vemos agora as dificuldades resultantes de um sacrifício dos direitos cívicos em prol da estabilidade económica. Mas qualquer percurso motivado por estas ideais obstinados, que ignoram o bem-estar da população, só pode acabar em fracasso. Da mesma forma, se Macau continuar a se dei-xar corromper por necessidades materiais, o último galho de arroz que vai arruinar o território pode acontecer em breve.

Certos grupos na RAEM preocupam-se apenas com ganhos pessoais, e para isso controlam e anulam as outras vozes da comu-

nidade através da distribuição de benefícios. se a situação não se alterar, a capacidade de administração e governação do Execu-tivo vai enfraquecendo gradualmente. Não queremos, por exemplo, ver a situação do trânsito em Macau chegar a uma situação de anarquia devido ao crescimento contínuo do número de veículos ou mesmo que os donos de propriedade vejam os seus investimentos se transformarem em prejuízos devido a uma queda nos preços das propriedades.

Em tempos de bonança, nem todos são dotados de bom-senso. se todos nós formos colocar um galho de arroz na sela de um camelo, este acabará eventualmente por sucumbir e partir a própria espinha.

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hoje macau sexta-feira 13.3.2015 19Perfil

Fil ipa araú[email protected]

D ecorria o ano de 2010, quando Hugo Maia Bandeira, na altura com 24 anos, deixou Portugal e ingressou na

aventura de trabalhar do outro lado do mundo. “Desde o momento em que fiz [o progra-

ma] ERASMUS para a Eslovénia ficou deci-dido que não queria trabalhar em Portugal, pelo menos, nos primeiros anos da minha vida profissional”, começou por explicar ao HM o jovem advogado. consciente que as experiências em países estrangeiros são sempre uma mais valia pessoal e profissio-nal, Hugo Maia Bandeira focou-se no seu objectivo: emigrar.

“Quando acabei o curso comecei à pro-cura de possibilidades de ir trabalhar para fora. Inicialmente pensei em Barcelona, mas depois, tendo em conta que como advogado o leque de opções não é muito vasto, surgiu a oportunidade de vir para Macau”, conta.

Seis meses depois, o jovem foi recebido pela equipa do escritório de advogados onde ainda hoje trabalha. “Fui muito bem recebido, o processo foi bastante facilitado porque já tinha casa, também me foram buscar ao terminal marítimo”, diz, mostrando que a recepção, apesar de vir sozinho e deste ser o seu primeiro contacto com o mundo profissional “a sério”, fez com que se sentisse ime-diatamente confortável.

Como primeira im-pressão relembra “que foi completamente diferente” daquilo que tinha imaginado. “a altura dos prédios e as luzes” são o que mais recorda como primeira imagem criada. “Quando cheguei não estava muito calor portanto essa parte, que muitas pessoas sentem quando chegam, não me aconteceu”, remata.

AdAptAção fAcilitAdADe espírito aventureiro e livre, Hugo Maia Bandeira considera Macau como um local “bastante fácil” para o processo de adapta-ção aos portugueses. Isto pela quantidade de história e até produtos de Portugal.

“É mesmo fácil a integração em Macau”, sublinha. Mesmo assim o território apresenta alguns desafios para quem se deixa absorver e não vê o tempo passar. “[Macau] é um meio pequeno e facilmente te deixas cair em rotinas, facilmente pensas que não tens mais nada de novo para fazer e, considero que, se não deres umas voltas nas zonas aqui à volta, começas a acumular e encher os níveis de saturação”, relata o advogado.

como forma de combate a esse como-dismo, Hugo tenta - pelo menos de seis em seis meses - sair do território. “Tento sair mais vezes até aos fins-de-semana, vou para Hong Kong e Zhuhai. Macau tem esta capacidade, é um território pequeno e ficas

rapidamente cansado por isso tens que sair, quando voltas, mesmo que seja apenas só um fim-de-semana gostas outra vez de Macau”, ilustra o jovem.

Numa análise às sensações por aqui vivi-das, Hugo Maia Bandeira não esconde que houve um momento que pensou em deixar Macau.

“Pensei em ir embora, há dois anos, talvez dois anos e meio, estava mesmo com vontade de sair de Macau, sentia--me cansado e talvez por estar quase dois anos sem ir a Portugal esse sentimento de exaustão e as enormes saudades fizeram--me pensar em ir embora”, relembra o advogado, frisando que “é natural e muito comum que haja um momento que sentimos que devemos ir embora”.

A partida dos amigos foi outro dos moti-vos que fez Hugo Maia Bandeira pensar em voltar para Portugal ou aventurar-se num novo destino.

Um Amor com defeitos “Na altura fui a Portugal, durante algum tempo e percebi que não fazia sentido ficar por lá”, começa por explicar, adiantando que talvez tenha sido esse confronto com a realidade que fez com que Hugo percebesse que o seu

lugar, pelo menos na altura, era em Macau. Depois de passada essa fase, defende o advogado, as pessoas aceitam o território e há uma aceitação, como se depois disso não houvesse um momento de ir embora. “Vamos ficando”, diz.

Hugo vai enchendo os seus dias com os pequenos

momentos aqui criados. Já com relações de amizade fortes, o jovem advogado não rejeita um bom convívio, um copo com os amigos, uns passeios em Coloane ou a bonita vista dos lago Nam Van.

Apesar disso, diz, muito há a fazer. A poluição está cada vez pior e “a falta de al-gumas coisas que fazia em Portugal, alguns hábitos que tinha, principalmente assistir a concertos, ou ouvir certo tipo de música”, é o que de pior tem o território. Ainda assim, “a oferta cultural não é tão má como querem fazer parecer que seja”.

“Se quiseres ir a uma exposição tens várias a acontecer, Macau não é um deserto cultural, mas para o meu tipo de eventos, aqueles que procuro, ainda há muito a fa-zer”, defende.

o jovem não esconde que já se sente como peixe dentro de água. “Macau é a minha casa”, frisa. E por isso mesmo, não nega que a sua partida poderá não acontecer em breve. Sem esquecer as suas raízes, Hugo relembra as praias e as pessoas, amigos e família, que pertencem a Portugal. “É [em Portugal] que está a minha família, os meus amigos, a mi-nha infância, mas não é um sítio que pense voltar tão cedo, independentemente de ficar em Macau ou não”, remata.

Hugo Maia BanDeira, aDvogaDo

“Macau é a Minha casa”

“A oferta cultural não é tão má como querem fazer parecer que seja”

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