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PUB Ter para ler Ser funcionário público é para muitos a solução mais desejada para uma vida estável e confortável. Três universidades de Macau leccionam cursos de Administração Pública de onde saem anualmente centenas de jovens. No entanto, só uma pequena parte consegue entrar na máquina administrativa. Por um canudo ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GOVERNO CONTRATA POUCO AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB LAG LEIS Venham de lá os mestres A OUTRA FACE DO ESCRITOR POLÍTICA PÁGINAS 4-5 ENTREVISTA PÁGINAS 12-13 JOÃO TORDO DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 SEGUNDA-FEIRA 30 DE MARÇO DE 2015 ANO XIV Nº 3301 hojemacau PUB INDÚSTRIAS CULTURAIS Processo de averiguações ao Fundo. Tudo em família Corrupção Dois altos funcionários investigados na DSAMA POLÍTICA PÁGINA 6 PÁGINA 6 REPORTAGEM PÁGINAS 2-3

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Hoje Macau N.º3301 de 30 de Março de 2015

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Page 1: Hoje Macau 30 MAR 2015 #3301

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Ter para ler

Ser funcionário público é para muitos a solução mais desejada para uma vida estávele confortável. Três universidades de Macau leccionam cursos de Administração Pública

de onde saem anualmente centenas de jovens. No entanto, só uma pequena parteconsegue entrar na máquina administrativa.

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reportageM Páginas 2-3

Page 2: Hoje Macau 30 MAR 2015 #3301

2 hoje macau segunda-feira 30.3.2015reportagemEm dois anos,só 35 licenciados em Administração Pública, de universidades locais, foram contratados pelo Governo. Docentes e directoresdos cursosfalam de perdade optimismoe, sobretudo,da falta de progressãona carreirapara aquelesque tiramestes cursos superiores.Em Macau hátrês universidades que leccionam estes cursos e que atiram para o mercado de trabalho centenas de jovens por ano. Para onde vão?

AndreiA SofiA SilvA* [email protected]

É o maior empregador em Macau e o emprego de sonho para muitos jovens. Ser funcionário público

representa o culminar de uma am-bição e sinónimo de estabilidade financeira e familiar. O Governo de Macau continua a precisar de talentos e todos os anos são con-tratadas pessoas com formação superior em várias áreas. Contudo, quantos licenciados em Adminis-tração Pública, por universidades da RAEM, são contratados para serem funcionários públicos?

Poucos, muito poucos, tendo em conta os dados fornecidos ao HM pelos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP): um total de 35, entre 2013 e 2014. Em 2013, foram 12, em 2014, 23 pessoas.

Actualmente os cursos de licen-

ciatura, mestrado e doutoramento em Administração Pública são leccionados por duas instituições públicas de ensino superior: a Uni-versidade de Macau (UM) e Insti-tuto Politécnico de Macau (IPM). A estas junta-se a Universidade de São José (USJ). Todos os anos são formados centenas de alunos que anseiam por pertencer à máquina do funcionalismo público, mas que nem sempre o conseguem.

Cecilia Fong conseguiu. Licen-ciou-se em Administração Pública na UM e já durante o curso conse-guiu trabalhar como funcionária pú-blica em regime de part-time. Hoje, continua no mesmo regime, apesar de fazer um trabalho a tempo inteiro. Ao HM, assume: a maioria dos seus colegas entra para o curso por ansiar trabalhar na Função Pública.

Confrontada com os baixos números de contratações, Cecilia continua a achar que não é neces-

sário criar um regime especial de recrutamento para estes alunos. E diz mesmo: “quem quiser apenas candidatar-se à Função Pública, não é preciso escolher este curso para atingir este objectivo. Mesmo que a licenciatura esteja relaciona-da com cargos no Governo, tudo depende da capacidade pessoal”.

Ainda assim, vê algumas vantagens em estudar nesta área. “Os estudantes de Administração Pública podem candidatar-se a cargos em todas as áreas adminis-trativas, mais na parte de gestão. Uma das vantagens é que podemos candidatar-nos a mais cargos. Mas muitos cargos na Administração contam com candidatos das áreas de Direito ou gestão empresarial”, referiu.

Pouca ou nenhuma ProgressãoAfinal qual o perfil que se pode fazer dos alunos que todos os anos

Governo Contratados pouCos liCenCiados em administração públiCa

Canudos envenenados

entram para estes cursos? Se, na licenciatura, são jovens em busca do emprego estável e seguro, no mestrado entram mais pessoas que já são funcionários públicos e que buscam por uma progressão na carreira e melhor formação. Con-tudo, docentes e coordenadores de cursos contactados pelo HM referem que as expectativas saem quase sempre goradas.

“Falando com muitos dos meus alunos, alguns começam o curso muito optimistas em relação à possibilidade de terem uma carreira na Função Pública, mas depois de quatro anos de estudo, e tendo em conta os recentes acontecimentos e todo o ambiente, parecem menos entusiasmados em trabalhar para o Governo e muitos optam por nem sequer se candidatar”, referiu Émilie Tran, coordenadora do curso de Estudos Governamentais na USJ.

A docente não duvida de que muitos acabam por ir parar ao privado, onde podem ter um acesso mais rápido a um salário e posição superiores. “Pode-se estudar Administração Pública porque se tem interesse em de-bater questões ligadas à política ou relações internacionais, ou numa carreira na área dos ne-gócios, organizações sociais ou como relações públicas. Penso que o Governo precisa de novos talentos para o seu funcionamen-to e, com a abertura de novos empreendimentos no Cotai, suspeito que muitos irão optar por trabalhar lá, por verem maior flexibilidade na progressão de carreiras”, acrescentou.

Apesar da USJ ter conseguido colocar muitos dos seus licencia-dos em empregos no Governo, Émilie Tran fala da existência de pessimismo. “Eles escolhem

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3 reportagemhoje macau segunda-feira 30.3.2015

Cursos bilingues São ou não necessários?

“Neste momento existem cerca de 300 doutorandos espalhados pelos serviços públicose 2500 mestrandos. Mas não sabemos o que eles fazem. A resposta que o Governo nos dá é fraca e as queixas que recebemos no nosso gabineteé que o Governo é desleixado na forma como interage com os recursos humanos”Pereira Coutinho Deputadoe presidente da atFPM

“Falando com muitos dos meus alunos, alguns começam o curso muito optimistas em relação à possibilidade de terem uma carreira na Função Pública, mas depois de quatro anos de estudo, e tendo em conta os recentes acontecimentos e todo o ambiente, parecem menos entusiasmados em trabalhar para o Governo e muitos optam por nem sequer se candidatar”

“Há situações em que os nossos alunos têm formação mais elevada do que os seus superiores”ÉMilie tran Coordenadorado curso de estudos Governamentais na uSJ

o curso de Government Studies porque estão interessados na área da Ciência Política e querem dar algum contributo nesta área, sendo que um dos contributos seria traba-lhar no Governo. Mas o Governo, de certa forma, desapontou-os. Também acham que trabalhar como funcionários públicos não traz um verdadeiro impacto na elaboração das políticas públicas. Em termos de carreira ou promoção é outro dos aspectos que falam, não é muito atractivo”, referiu.

Ao nível dos mestrandos, essa falta de promoção é ainda mais evidente. “A maioria dos nossos alunos inscreve-se num mestra-do, e não necessariamente em Administração Pública, a pensar que poderia ter algum tipo de progressão, mas isso não acontece. Para se ter uma promoção é preciso ocupar o lugar a seguir e talvez essa pessoa não esteja pronta a

sair e essa pessoa também não ocupa uma posição acima. Com a democratização da educação há mais pessoas com mestrados, então há muitos factores que explicam esta realidade triste. Há situações em que os nossos alunos têm formação mais elevada do que os seus superiores”, apontou ainda Émilie Tran.

Ana (nome fictício), uma do-cente da Escola de Administração Pública do IPM, que preferiu não ser identificada, fala do mesmo cenário. “Os alunos dizem que a formação superior que fazem não lhes traz qualquer beneficio de progressão na carreira. O IPM tem uma pós-graduação, que é feito em parceria com o Institu-to Politécnico de Leiria (IPL), e neste momento temos cinco mestres. Não há progressões de carreira, ou pelo menos não está ainda desperta essa necessidade”, referiu.

Um “presente envenenado”António Katchi, docente no curso de Administração Pública no IPM, fala de “presentes envenenados”, ou seja, ofertas contratuais que são feitas a quem estuda nesta área, mas que acabam por ser pouco convidativas.

“Um dos principais proble-mas que me têm sido referidos por alunos e ex-alunos que, ao tempo da conclusão dos seus cur-sos de licenciatura já pertenciam aos quadros da Função Pública, é que o Governo, em vez de abrir concurso para eles poderem aceder à categoria de técnicos superiores, com base na sua nova habilitação, apresentava--lhes uma proposta maldosa - um recrutamento mediante contrato [além do quadro ou contrato individual de trabalho], o qual pressupunha que pedissem a exoneração do cargo em que estivessem providos, ou seja, que saíssem do quadro, com toda a perda de direitos e garantias que isso significava. Como é óbvio,

“Um dos principais problemas que me têm sido referidos por alunos e ex- -alunos (...) é que o Governo, em vez de abrir concurso para eles poderem aceder à categoria de técnicos superiores, apresentava-lhes uma proposta maldosa - um recrutamento mediante contrato [além do quadro ou contrato individual de trabalho],o qual pressupunha que pedissema exoneraçãodo cargo em que estivessem providos (...) com todaa perda de direitose garantias” antónio KatChi Docenteno curso de administração Pública no iPM

eles têm recusado esse presente envenenado”, explicou o docente ao HM.

O deputado José Pereira Cou-tinho, também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública (ATFPM), vai mais longe e frisa: tirar hoje uma formação superior em Adminis-tração Pública não serve para absolutamente nada, porque não há “esperança de que os serviços públicos tenham em consideração esta licenciatura”.

Pereira Coutinho lança os dados para a mesa e encontra razões para tão baixos números de contratações em dois anos. “Desleixo, em primeiro lugar, e depois a falta de consideração e dignidade para com os licenciados que estudaram esta matéria para poderem, em primeiro lugar, in-gressar na Administração, porque não faz sentido que os licenciados, na sua maioria, estejam a trabalhar na privada”.

“Neste momento existem cerca de 300 doutorandos espalhados pelos serviços públicos e 2500 mestrandos. Mas não sabemos o que eles fazem. A resposta que o Governo nos dá é fraca e as queixas que recebemos no nosso gabinete é que o Governo é desleixado na forma como interage com os re-cursos humanos que se valorizam profissionalmente. As pessoas que estudam à noite, pagam os cursos do seu bolso, os serviços não reco-nhecem a sua valorização. Há uma mixórdia de situações que mostra que há uma falta de planeamento geral, bem estruturado para per-ceber a realidade dos quadros de Administração pública”, criticou Pereira Coutinho.

Formação ainda não é sUFicienteApesar de muitos estarem a tra-balhar no sector privado, a ver-dade é que o Executivo continua a precisar de trabalhadores e a recrutar, ao mesmo tempo que promete reorganizar a casa. Ana assume: “Acho que os alunos

teriam facilidade em entrar para o Governo, que precisa deles, sem dúvida. Neste momento não há formação superior suficiente para as necessidades”.

Pereira Coutinho fala de falta de estruturação na oferta existente. “Há cursos a mais, porque depois dos estudantes se licenciarem, têm dificuldades em integrar-se no meio comercial em Macau ou na Administração pública”, frisa, lembrando ainda que “devia haver protocolos de mútua colaboração entre os serviços públicos e as universidades que têm estes cursos, no sentido de ajudar a integrar esses alunos na Função Pública, não obstante o recrutamento ser centralizado e os cursos serem abertos”.

António Katchi fala da ne-cessidade de rever o regime de recrutamento. “Cabe ao Governo e ao pessoal de direcção e chefia dos diversos serviços públicos garantir a melhor distribuição possível do trabalho e o melhor aproveitamento possível - sem exploração nem opressão, mas também sem desperdício - dos recursos humanos disponíveis. Há muitos trabalhadores que estão efectivamente sobrecarregados”, concluiu o docente. - com Flora Fong

A actual oferta formativa em Macau ainda não contempla um

curso bilingue em Administração Pública. Há cursos só em chinês ou só em português, com um menor número de alunos, sendo que na USJ são leccionados ambos os idiomas. Contudo, Ana (nome fictício), docente do IPM, pede que seja reforçada essa vertente. “Devia haver mais cursos bilingues, porque estes números de que me fala são de chineses, significa que estão a entrar para a Administração Pública alunos que falam exclusivamente chinês e acho que sendo o português língua oficial seria preferível que entrassem alunos bilingues. Mas também não há alunos que cheguem. A licenciatura que temos neste momento não forma as pessoas necessárias para

as necessidades que existem neste momento.”Também Pereira Coutinho, deputado e presidente da ATFPM, diz que há uma nítida falta de recursos humanos bilingues. “Veja-se que as pessoas que estão a atender nos serviços públicos, na sua maioria não domina o português. O domínio das línguas é fraco e tem de ser melhorado, a qualidade do ensino tem de ser elevada para estar ao nível dos recursos humanos de regiões como Singapura”, disse o deputado ao HM.Apenas António Katchi coloca dúvidas quanto à “bondade” dos cursos bilingues. “Considero que é muito importante que os trabalhadores da Administração Pública dominem ambas as línguas oficiais, mas essa é uma tarefa que incumbe

primordialmente ao ensino primário e secundário, em cujos currículos deveriam figurar ambas as línguas oficiais como disciplinas obrigatórias. Não penso que a solução seja tornar bilingues os cursos de licenciatura em Administração Pública (ou em Direito) ou sequer inundá-los de disciplinas linguísticas que retiram tempo a disciplinas nucleares no âmbito da formação que eles devem proporcionar”, apontou o docente. - a.s.s.

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4 hoje macau segunda-feira 30.3.2015lag 2015Mercado do Patanee Porto Interiorcom alteraçõesO presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Alex Vong, confirmou, na passada sexta-feira, que o alargamento do espaço do Mercado do Patane vai ter lugar ainda este ano, embora as obras se possam estender durante os próximos três anos. Outra das novidades – igualmente referida durante o segundo dia das LAG da Secretária para a Administração e Justiça – passa pela construção de diques e passagens superiores na zona do Porto Interior, como medidas de prevenção de inundações. “Vamos proceder a obras para escoamento da água fluvial, passagens elevatórias e diques na Avenida de Demetrio Cinatti”, afirmou Alex Vong. O anúncio foi feito em resposta ao deputado Chan Meng Kam, que questionou os responsáveis sobre os problemas que têm tido lugar naquela zona durante a época de chuvas.

AL Eleições indirectas mais competitivasNo segundo dia das LAG da área de Administração e Justiça, Ng Kuok Cheong aproveitou para questionar Sónia Chan acerca do futuro do panorama político local. Em resposta, a dirigente frisou que será feita a revisão de leis eleitorais, como já tinha sido avançado pelo HM, assegurando que as eleições indirectas vão ter mais competitividade. “De acordo com as experiências obtidas em relação aos relatórios apresentados por duas comissões de assuntos eleitorais, vamos aperfeiçoar as leis eleitorais, nomeadamente o reforço da competitividade da eleição liderante e melhoria de justiça das eleições”, assegurou a dirigente.

Órgãos Municipais Democratasquerem eleições Os deputados pró-democratas Au Kam San e Ng Kuok Cheong questionaram a Secretária Sónia Chan acerca do modelo de funcionamento dos órgãos municipais, cuja eventual criação tem vindo a ser discutida desde a apresentação das LAG de Chui Sai On, no início da semana passada. Para os deputados da ala democrata, estes órgãos devem ser eleitos pela população. “O órgão municipal deve ser criado pelos nossos residentes, por eleição por zonas, tal como em Hong Kong”, defendeu Au Kam San. Sónia Chan ainda não tem decisão sobre o assunto, tendo apenas afirmado que tudo será feito de acordo com a Lei Básica e que o assunto, como já tinha sido referido antes, vai ser alvo de estudo. “Quanto à sua composição e funções, vamos actuar de acordo com a Lei Básica”, frisou a dirigente.

Produtos frescos Pereira Coutinho faz duras críticas a monopólio

José Pereira Coutinho voltou a criticar arduamente aquilo que

diz ser a existência de um mono-pólio no sector da importação de produtos frescos, nomeadamente da carne. Contudo, na última ses-são de perguntas e respostas da pasta da Administração e Justiça, que teve lugar na sexta-feira, o deputado optou por erguer, durante a sua intervenção, um

aparente pedaço de carne, de forma a ilustrar a necessidade da introdução, por parte do Go-verno, de novas empresas neste mercado.

“é preciso tirar, aos titulares [dos principais cargos], direitos adquiridos. o monopólio [da carne fresca] é como se fosse uma pedra. Tem que se romper com esse monopólio”, frisou o também

presidente da Associação dos Tra-balhadores da Função Pública de Macau. Esta tem sido uma questão bastante focada por Pereira Cou-tinho, que pede a criação de uma lei que regulamente este mercado. “As mercadorias indispensáveis para a vida quotidiana são mono-polizadas, mas o Governo nada faz em relação a isso, e a nossa população só pode calar a boca

e aguentar o sofrimento do dia-a--dia. Apelo ao Governo da RAEM para elaborar, quanto antes, a ‘Lei contra o Monopólio’, para libera-lizar verdadeiramente o mercado das carnes frescas, hortaliças e legumes e reforçar o controlo e gestão da concessionária do mercado abastecedor”, aponta o deputado numa interpelação escrita de Abril do ano passado.

Contra revisãodo CPDurante a mesma intervenção, Leonel Alves disse ainda que a revisão do Código Penal – constante das LAG para este ano – é algo que deve ser feito com cautela, parecendo discordar da medida. “Na minha opinião, um Código é feito para durar muitos anos. Um Código não é uma lei avulsa, não é uma coisa feita para dois ou três anos, descartável, que vai para o lixo e vamos criar outro. o Código tem a sua estrutura, filosofia, valores, está muito bem sedimentado para a nossa sociedade”, começou o também advogado por justificar. “Por favor, não pense que é um assunto simples e que, com uma consulta pública, as pessoas não especializadas no assunto podem ditar as suas sentenças, como acontece às vezes com alguns diplomas que são importantes”, frisou ainda.

Leonel Alves e Chui sai Cheong não têm dúvidas: é preciso ir contratar pessoal qualificado lá fora para estudar a revisão das leis e esta é uma sugestão a que sónia Chan não se opõe. Alves justifica esta necessidadefalando de “insuficiênciade talentos”e da “pequenez” de Macau

LegisLação LEONEL ALVES SuGErE CONtrAtAçõES ExtErIOrES

gente de renome

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5 lag2015hoje macau segunda-feira 30.3.2015

Função Pública Educação patriótica deverá integrar formação de quadros

ArrendamentoGoverno à espera de um “vasto consenso social”

É necessário “um vasto con-senso social” para se poder

alterar a Lei do Arrendamento, defendeu o director dos Servi-ços para os Assuntos de Justiça, durante o segundo dia do debate das LAG da Administração e Justiça. Houve deputados que quiseram saber o que pretende o Governo fazer para resolver o problema do arrendamento. Liu Dexue concorda que, para parte da população, o arren-damento é uma preocupação e reconhece que há residentes e comerciantes que pedem contratos com uma duração maior. Mas o mercado é livre, recorda o director, que assegura ter estado a estudar o assunto, segundo a rádio Macau.

O director defende também que há que ter em consideração a relação entre o arrendamento e o regime de transacção de imóveis. “Em certa medida, o mercado de arrendamento faz parte do regime de transacção de imóveis, porque a renda constitui uma revelação dos rendimentos com os imóveis. Se houver demasiada inter-venção na renda... Isto tem que ver com as transacções e com o mercado imobiliário. São questões bastante importantes a ter em conta”, declarou, citado pela rádio.

Sobre o actual regime – e as normas que constam do Código Civil –, Liu Dexue recorda que está contemplada a hipótese de se recorrer à jus-tiça. “Em relação às cláusulas acordadas, se forem mani-festamente injustas, então é possível pedir ao tribunal para ajustar as cláusulas”, sugere.

MAtÉrIAS como “educação patriótica”, conhecimentos

económicos e sobre a China são três dos assuntos pensados para intregrar os cursos e acções de for-mação de funcionários públicos. Quem o confirmou foi o director dos Serviços de Administração e Função Pública, Kou Peng Kuan, durante a sessões de perguntas e respostas das Linhas de Acção

Governativa (LAG) da pasta de Administração e Justiça, na sexta--feira. O responsável esclarecia Cheang Chi Keong, deputado que sugeriu a criação de mais progra-mas de ensino para este ano.

“Vamos também integrar di-ferentes elementos nos planos curriculares dos cursos de forma-ção, como por exemplo educação patriótica, conhecimentos sobre a

situação do país, conhecimentos ju-rídicos e sobre a situação económica [do país]”, afirmou o director dos SAFP. recorde-se que a integração da educação patriótica não aconte-ceu só nas LAG, mas também nas escolas da região. Várias têm sido as vozes críticas quanto a este regime, sendo a discordância justificada pela tentativa de forçar determina-dos valores nos mais novos. Para

a Secretária para a Administração e Justiça, contudo, é importante que os residentes e funcionários conheçam “a realidade nacional, as linhas de orientação e as estratégias” do país. “também temos de ver as tendências de desenvolvimento so-cioeconómico ao nível mundial. Só assim é que podemos desenvolver--nos a bom ritmo”, afirmou ainda Sónia Chan. – L.S.M.

Leonor Sá [email protected]

N O segundo dia de discussão das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a Administração e Justiça, Leonel Alves sugeriu à Secretária Sónia Chan que

fossem contratados especialistas do exterior para ajudar no estudo e análise de revisão de certas leis. A ideia do também advogado passa pela contratação de “individualidades de prestígio” para ajudar na produção e revisão legislativas, tanto em termos práticos como teóricos.

“tenho, sinceramente, algumas dúvidas se nós – Macau e Governo – temos internamente capaci-dade para, atempadamente, apresentar projectos legislativos, sobretudo aqueles que envolvem alguma tecnicidade”, justificou Leonel Alves.

O deputado explicava, durante a mesma inter-venção, que será necessária “coragem” por parte do Executivo para admitir que o apoio de fora será bem-vindo. Alves justifica esta necessidade com a “insuficiência de talentos” e a “pequenez” de Macau.

No MeSMo toMQuem também partilha deste pensamento é o de-putado Chui Sai Cheong, que preferiu colocar o ênfase no apoio por parte de universidades locais ou do exterior. “Não poderá incumbir alguns ins-titutos com renome e fama para realizar estudos jurídicos?”, questionou o deputado.

Em resposta, Sónia Chan mostrou estar de acordo com as sugestões, acrescentando mesmo que há “pelo menos dez leis” que precisam de sofrer alterações.

“Concordo com as opiniões de que devemos incumbir instituições ou individualidades especí-ficas para participar nesse trabalho de produção legislativa.”

A área da Justiça foi menos discutida do que aquela que envolve a Administração e os funcionários públicos, mas houve quem deixasse mais sugestões, como foi o caso de Gabriel tong. O também jurista sugeriu a criação de um grupo de trabalho especializa-do para lidar somente e apenas com a revisão de leis. Este seria, de acordo com o deputado, um colectivo pensado para desenvolver trabalhos a longo prazo, dedicando-se especificamente àquela área.

“Tenho, sinceramente,algumas dúvidas se nós – Macau e Governo – temos internamente capacidade para, atempadamente, apresentar projectos legislativos, sobretudo aqueles que envolvem alguma tecnicidade”LeoneL ALves Deputado

LegisLAção LeoneL ALves sugere contrAtAções exteriores

gente de renome

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6 hoje macau segunda-feira 30.3.2015

O Governo instau-rou um proces-so de averigua-ções ao Fundo

das Indústrias Culturais (FIC), depois de alegadamente ter sido atribuído um subsídio a uma empresa que pertence a um familiar de um dos membros do organismo. Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, é que terá mandado iniciar o processo.

A notícia foi avançada na sexta-feira pelo Jornal Tri-buna de Macau, que cita uma fonte próxima do processo referindo que Alexis Tam mandou que o FIC fosse investigado. Entretanto, o próprio FIC já admitiu a situação, garantindo que “já enviou os documentos do processo em causa ao Gabinete do Secretário e vai

cooperar plenamente com o processo de averiguações”.

PreliminaresSegundo o comunicado do FIC, no dia 27 de Março à tarde o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura enviou um aviso sobre a abertura de averiguações relativas a uma candidatu-ra, pedindo os documentos a ela relacionados. Leong Heng Teng, presidente do Fundo, nega, contudo as acusações.

“O mecanismo [de atri-buição de subsídios] é ri-goroso. Todos os membros do Conselho que deveriam ter declarado conflito de interesses fizeram-no”, co-meçou por assegurar aos jornalistas, à margem de uma conferência sobre o Fundo no passado sábado.

O responsável não con-firma se o funcionário em causa foi suspenso do exercício das suas funções, que passam por avaliar as candidaturas. “Ainda não foi provado que essas alega-ções sejam verdadeiras. Esta é apenas uma investigação preliminar, não um processo disciplinar”, afirmou.

O FIC foi criado em 2013, pelo Chefe do Exe-cutivo, com o intuito de apoiar novos negócios na área das indústrias culturais e criativas, onde o Governo pretende apostar como di-versificação da economia. O fundo teve um capital inicial de 200 milhões de patacas. - J.F.

D OIS altos funcionários da Direcção dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da

Água (DSAMA) estão a ser inves-tigados devido a suspeitas de cor-rupção passiva. O anúncio chegou no sábado através do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC).

Sabe-se que os funcionários envolvidos pertencem a um cargo na direcção do organismo e outro da chefia, sendo que ambos estão já suspensos.

“O CCAC está a investigar um caso relacionado com a DSAMA. Após a intervenção do órgão judi-cial competente, foram aplicadas medidas de coacção de suspensão do exercício de funções públicas e proibição de saída RAEM a um titular de cargo de direcção e a um

Cantão Chui promove turismo dos PLP

NA última visita à pro-víncia de Hainão, na

passada sexta-feira, aquando da cerimónia de abertura do Fórum Boao da Ásia 2015, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, afirmou estar disponível para “colaborar com Cantão na promoção do turismo nos países da Língua Portuguesa”.

O encontro permitiu ao Chefe do Executivo debater com o secretário do Comité Municipal de Cantão do Par-tido Comunista Chinês (PCC), Ren Xuefeng, sobre o reforço da cooperação entre as duas regiões, “nomeadamente, a promoção do desenvolvimento da zona do comércio livre de Guangdong na zona de Nansha”.

Na ocasião, Chui Sai On, afirmou que Guangdong, no-meadamente Cantão, tem uma relação histórica com Macau. “A Província de Guangdong tem apoiado firmemente a RAEM e como as duas regiões são cidades irmãs, a população da cidade de Cantão e a popu-lação de Macau têm relações muito estreitas”, avança um comunicado do gabinete do líder máximo de Macau.

O Chefe do Executivo frisou ainda que o “Governo Central deu instruções bastante claras a Macau, sendo que o objectivo é juntar esforços e fortalecer a cooperação entre Guangdong e Macau, especial-mente, no que diz respeito à criação e reforma de sistemas”, comprometendo-se por isso a fazer o melhor, reforçando ainda a participação das em-presas das duas regiões. Por sua vez, Ren Xuefeng afirmou que Macau tem um papel no sector turístico “insubstituí-vel”, havendo vários turistas “provenientes de Cantão” a viajar para o território. O Se-cretário do Comité disse que espera que sua relação com Macau permita fortalecer o sector turístico, permitindo a Cantão, através do território, explorar o mercado nos países lusófonos. - F.a.

DSAMA DoiS AltoS cArgoS SuSpeitoS De corrupção pASSivA

Em investigação

FunDo DAS inDúStriAS culturAiS Governo instaura processo de averiGuações

Familiares com sorte?

“Ainda não foi provado que essas alegações sejam verdadeiras. Esta é apenas uma investigação preliminar, não um processo disciplinar”leong Heng teng presidente do Fundo

titular de cargo de chefia, que terão praticado crimes de corrupção passiva para acto ilícito”, realça o organismo liderado por André Cheong, em comunicado.

no segredo dos deusesO CCAC não dá mais detalhes, assegurando apenas que “divulgará novas informações” se se verifi-carem novos desenvolvimentos. Entretanto, a DSAMA já lançou um comunicado onde afirma que dá “grande importância” à investiga-ção realizada pelo organismo e que

“desde a abertura da investigação tem colaborado activamente”.

Além da suspensão do exercício de todas as funções públicas dos funcionários envolvidos, o Governo vai ainda instaurar um procedimento disciplinar às duas pessoas em causa.

Sabe-se que não é a directora da DSAMA, Susana Wong, quem está envolvida no escândalo, até porque o próprio organismo assegura que “continua actualmente com funcio-namento normal e que a directora e todos os funcionários continuam a exercer as suas funções”. - J.F.

pOlítica

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7sociedadehoje macau segunda-feira 30.3.2015

Flora Fong* [email protected]

o CEO da Companhia de Transportes Ur-banos Transmac, Liu Hei Wan, afirmou a

semana passada que ainda estão em curso as negociações com o Governo sobre a elaboração dos novos contratos de serviços. O responsável assegura que vai coordenar esforços para que o documento seja assinado, mas ressalva que é necessário que o Executivo “respeite os direitos razoáveis oferecidos nos contratos originais”.

O contrato originalmente assi-nado entre a operadora de autocar-ros e o Governo foi considerado ilegal pelo Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), uma vez que foram feitos em forma de conces-são de serviço público, em vez de contratos de prestação de serviços. O modelo que, actualmente, ainda está em uso pela Transmac e TCM dá mais poder às companhias

n EGLiGênCiA. Pode ser esta a causa da morte do bebé que morreu no dia 19

Fevereiro no Centro Hospitalar Conde de São Januário, de acordo com um relatório preliminar de investigação dos Serviços de Saúde (SS). Foi o próprio Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, quem fez o anúncio.

Segundo o responsável, a negligência pode não ter sido na administração do medicamento que terá causado a morte à criança, mas sim pela ausência do médico do local onde o bebé estava.

“Segundo a investigação prelimi-

A Transmac ainda está em negociações com o Governo face ao novo contrato sobre a prestação de serviços de autocarros, mas de uma coisa tem a certeza: quer manter direitos que considera “razoáveis” e que estavam constantes nos contratos originais – considerados ilegais pelo CCAC

Transmac EmprEsa quEr “dirEitos” dE contrato original no novo acordo

Dá cá o que é bom

“O Executivo está a alterar os defeitosdo contrato original de serviço e [a Transmac]já comunicou várias vezes activamentecom o Governo. A Transmac deve coordenare apoiar a alteração”Liu Hei Wan ceO Da Transmac

negLigência pODerá ser causa De mOrTe De bebé

Onde está o médico?nar, o pediatra em serviço não esteve na sala de urgência durante uma hora para cuidar do bebé e suspeita-se que a morte do mesmo tenha a ver com o facto de o médico não ter cumprido o seu dever”, realçou Alexis Tam, citado num comunicado.

InvestIgação em cursoRecorde-se que o bebé, de cinco meses, deu entrada no hospital com

vómitos e foi-lhe administrado um medicamento que, segundo os pais e um médico de Hong Kong, não seria indicado para a sua idade. Contudo, o relatório preliminar dos SS descarta que tenha existido erro na medicação receitada, ainda que suspeitem, isso sim, de negligência médica.

Os pais do bebé apresentaram queixa nas autoridades policiais,

sendo que o médico vai também ser alvo de punição.

“O Secretário concorda com o início de um processo disciplinar e

já informou o resultado da inves-tigação preliminar aos familiares do bebé”, escreve o comunicado do Gabinete de Alexis Tam. “A situação está já a ser investigada pela polícia e, em simultâneo, os serviços instauraram uma inves-tigação interna sobre o assunto, não sendo por isso possível, nesta fase, prestar informações sobre o caso.”

Ainda assim, Alexis Tam explicou que é preciso terminar a autópsia ao bebé e “o relatório de patologia”, pelo que os SS vão precisar de três meses para concluir a investigação. - J.F.

do que ao Governo, impedindo uma maior supervisão deste face à forma como são operados os autocarros.

Depois de ter sido remediado o erro com a nova Era – que veio substituir a Reolian -, o Governo já disse estar em negociações com as outras duas transportadoras para refazer os contratos. Contudo, se a TCM já se mostrou, segundo Raimundo do Rosário, disponível para mudanças, a Transmac está, de acordo com o Secretário para as Obras Públicas e Transportes, a gerar mais complicações.

num jantar de Primavera, na semana passada, o responsável pela empresa assegurou que quer alguns dos direitos do contrato original

neste novo documento e lamentou o facto de o Governo não ter aceite os pedidos de aumento de tarifas.

tarIFa Inalterável“O Executivo está a alterar os defeitos do contrato original de serviço e [a Transmac] já comu-nicou várias vezes activamente

com o Governo. A Transmac deve coordenar e apoiar a alteração”, começa por dizer Liu Hei Wan, que acrescenta, contudo, que es-pera que o Executivo “respeite os direitos razoáveis oferecidos pelo contrato original” e que resolva a dificuldade de apanhar autocarros em Macau. Por outro lado, o CEO

diz-se desapontado com o facto de o Governo “ter ignorado” a pro-messa de aumento anual das tarifa de serviço do contrato original, já que a tarifa não é aumentada há três anos.

Recorde-se, contudo, que este aumento de tarifas é precedido de uma avaliação das companhias e que este contrato é, segundo o CCAC, ilegal.

Já a directora-executiva da companhia, Chan Hio ieong, adiantou que está a aproveitar o tempo para chegar a consenso sobre “os problemas críticos [gera-dos] antes da saída do director dos Serviços para Assuntos de Tráfego (DSAT), Wong Wan em Maio deste ano”. - *com Joana Freitas

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8 sociedade hoje macau segunda-feira 30.3.2015

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MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°202/AI/2015

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora 全祥珍, (portadora do passaporte da R.P.C. n.° G35452xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 58/DI-AI/2013 levantado pela DST a 02.06.2013, e por despacho da signatária de 18.03.2015, exarado no Relatório n.° 234/DI/2015, de 03.03.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Rua do Terminal Maritimo n.os 93-103, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 4, 4.° andar G. ---------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.---------------------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ---------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.---------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -----O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ----------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Flora [email protected]

A lexis Tam, se-cretário para os Assuntos sociais e Cultura, asse-

gura que já está em curso uma investigação “profunda” sobre o alegado caso de má aplicação de fundos por uma escola da Areia Preta. Um pro-fessor da instituição admitiu, em declarações à publicação Macau Concelears, que a ad-ministração da escola retirou 10% do subsídio do Governo atribuído para os professores do ensino especial para a orga-nização de um jantar público.

sabe-se que a escola em causa estará subordinada à União Geral das Asso-ciações dos Moradores de Macau (UGAMM), mas Ng siu lai, directora do grupo, afirmou que toda a história não passa de um “rumor” e por isso não considera ser importante publicar informações so-bre o subsídio.

Confrontado com a questão, Kong Chio iok, director da escola Fong Chong, localizada na mes-

Imposto profissional jáestá a ser devolvido à população

Desemprego mantém-se baixo

Urbanismo Instruçõesde plano director até fim de Junho

Macau com sistemade previsão macroeconómica

Escola suspEita dE dEsviar fundos vai sEr invEstigada, diz alExis tam

Não há jantares grátis

Segundo a Macau Concelears, a escola em causa não faz parte do ensino integrado, mas recebeu por três vezes o subsídio do ensino especial

ma zona, afirmou ao Jornal Cheng Pou não ser a sua escola o local onde se passou o problema.

“estão enganados, não devem estar a falar da mi-nha escola”, disse ao jornal, acrescentando que utiliza o subsídio de acordo com os requisitos da Direcção dos serviços de educação e Juventude (DseJ), apesar

de não explicar a proporção de distribuição do mesmo subsídio aos respectivos professores.

Zona cinZentasegundo a Macau Conce-lears, a escola em causa não faz parte do ensino integra-do, mas recebeu por três vezes o subsídio do ensino especial. “Nós usamos o

dinheiro conforme a neces-sidade do ensino especial, mais de 80% do subsídio é atribuído a professores”, esclareceu ainda o director da escola.

O alerta de que uma es-cola teria utilizado dinhei-ros públicos fora do âmbito da finalidade foi dado pela Associação Novo Macau. Au Kam san, deputado, de-fende que existe “de forma óbvia uma zona cinzenta” no uso deste subsídio e defende que a DseJ pre-cisa de mais supervisão. Para o deputado há um desperdício do dinheiros públicos, enquanto os alunos não recebem um serviço adequado.

É por isso essencial, diz o deputado, uma revisão nas respectivas leis.

Já Alexis Tam assegura que o envolvido é um diri-gente de uma escola e que “quanto à suspeita da ob-tenção ilegítima de financia-mento do ensino integrado” vai investigar. O secretário admite ainda que o “dirigen-te da escola ligado à queixa, tem participado no trabalho do ensino especial”.

O secretário para a econo-mia e Finanças, lionel

leong, revelou em comu-nicado que estão em curso trabalhos para a criação de um sistema de previsão ma-croeconómica, tendo como objectivo criar fundamentos mais abrangentes para a elaboração de políticas e medidas.

Numa visita aos depar-tamentos da Comissão Na-cional de Desenvolvimento e da Reforma e a Direcção de estatística do estado, na capital chinesa, o secretário para a economia e Finanças, Lionel Leong, definiu “linhas gerais de orientação e o con-teúdo de uma série de acções de cooperação”, assim como fez “contactos bilaterais nos trabalhos de acompanha-mento”. Num comunicado à imprensa, o Gabinete do se-cretário explica que durante a visita, Lionel Leong afirmou que “convém aos serviços

públicos da área económica do território dar resposta a exigências de trabalho em mais aspectos e com critérios mais elevados”, tendo em conta a harmonização com o desenvolvimento estratégico do País e em adaptação à nova normalidade da economia de Macau. Por isso mesmo, diz, a optimização do sistema de indicadores estatísticos e o reforço da cooperação entre o interior da China e a RAeM nas actividades estatísticas são algo importante, a par do fornecimento de infor-mações sobre os dados esta-tísticos relacionados com o investimento e as actividades comerciais desenvolvidas pelas empresas de Macau e a formação do pessoal técnico do território.

Foram ainda atribuídas recomendações a Macau sobre a “criação em Macau de um sistema de previsões económicas”.

o director dos serviços de solos, obras públicas e transportes (dssopt), li canfeng, assegurou que o estudo de instruções técnicas para a elaboração do primeiro plano director de macau vai ser concluído ainda no primeiro semestre deste ano. numa resposta a uma interpelação escrita do deputado si Ka lon, o director apontou que o organismo já levou a cabo

a preparação da fase inicial dos trabalhos para que seja feito este plano, incluindo o respectivo estudo de instruções técnicas. li prevê que o estudo esteja concluído no primeiro semestre deste ano e admite que fará tudo o mais rápido possível para que seja elaborado o plano urbanístico director, ainda que após o estudo este tenha de entrar em auscultação pelos membros do sector.

a direcção dos serviços de finanças já iniciou a devolução de parte do imposto profissional referente a 2013. durante este mês de março, têm sido enviados os cheques cruzados que chegarão às caixas de correio dos trabalhadores do sector privado. Já os funcionários

públicos só recebem o devido montante a partir de abril, através de depósitos directos nas contas bancárias, acontecendo o mesmo aos contribuintes que sinalizaram essa preferência. o governo estima gastar cerca de 450 milhões de patacas com a medida.

as taxas de desemprego e de subemprego, entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, apresentaram os mesmo valores que os meses de novembro de 2014 a Janeiro deste ano, ou seja, 1,7% e 0,4%, respectivamente. feitas

as contas, a população desempregada é composta por 6900 pessoas, um aumento de 200 pessoas. o número de desempregados à procura do primeiro emprego representou 9,2% do total da população desempregada, tendo descido 2,1%.

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9 sociedadehoje macau segunda-feira 30.3.2015

AndreiA SofiA SilvA [email protected]

M acau recebeu no passado f im-de--semana mais uma edição do já habitual

Fórum e Exposição Internacional de cooperação ambiental 2015 (MIEcF), que este ano contou com a presença da antiga primeira--ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland. Segundo um comu-nicado oficial, a antiga política deixou recados claros a Macau em prol de um melhor ambiente.

Para a responsável, “os desafios estão a aproximar-se, pelo que se tornam necessárias políticas muito claras”, pelo que Macau “deverá avançar de acordo com o objectivo traçado de se tornar numa cidade de baixo-carbono”.

Para Gro Harlem Brundtland, “o ar puro e as energias renováveis, longe do carvão, são trabalhos que devem ser realizados, tratando-se não apenas de uma questão de clima, mas também de saúde pública”.

A antiga política, que já desem-

Ambiente EspEcialista pEdE políticas dE baixo-carbono para Macau

Deixem-nos respirar

“O ar puro e as energias renováveis, longe do carvão, são trabalhos que devem ser realizados, tratando-se não apenas de uma questão de clima, mas também de saúde pública”Gro HArlem brunDtlAnD ex-Primeira-ministra da noruega

a principal convidada da edição 2015 do Fórum e Exposição Internacional de cooperação ambiental pediu ao Governo local que avance com medidas claras no combate à poluição, em prol da saúde pública. Gro Harlem Brundtland foi oradora num evento que registou 9600 entradas em três dias e onde foram assinados mais de 20 protocolos

Mais visitantes em Janeiro e Fevereiro

Macau recebeu, nos primeiros dois meses

do ano, mais de cinco milhões de visitantes, uma subida de 1,5% face ao período homó-logo do ano passado, indicam dados oficiais divulgados na sexta-feira. Dados dos Ser-viços de Estatística e Censos indicam que o número de visitantes do interior da china subiu 4,8% para 3,5 milhões – perfazendo 69,4% do total. De Taiwan chegaram 151.159 pessoas, mais 0,1% em ter-mos anuais, e da coreia do Sul 125.031, ou seja, mais 12,1% em termos anuais homólogos. Em contrapartida, diminuiu o universo de visitantes pro-venientes da vizinha Hong Kong (995.996) e do Japão (38.685), mercados que so-freram uma queda de 4,8% e 24,8%, respectivamente. Só no mês de Fevereiro, Macau acolheu mais de 2,6 milhões de visitantes, mais 4,5%, em termos anuais, graças aos feriados do ano Novo Lunar.

Do interior da china chegaram 1.898.650 pessoas, mais 10,7%, em comparação com o mês homólogo de 2014, sendo que o número de visitantes com visto indi-vidual (1.141.165) atingiu um novo recorde num único mês, registando-se um aumento de 38,9%, em termos anuais, referem os Serviços de Esta-tística e Censos.

PotenciAl PArA APostAr no crescimento verDe

carros eléctricos à soltaA representante da agência

Portuguesa do ambiente, ana Teresa Perez, asse-

gurou que Macau “tem potencial para apostar numa política de crescimento verde”, destacando as áreas da eficiência energética e a mobilidade eléctrica. Em declarações à margem de uma palestra no Fórum e Exposição Internacional de cooperação am-biental (MIEcF, na sigla inglesa), a responsável destacou também a

importância de agir sobre o sector da energia.

“Macau tem um potencial enorme para apostar numa po-lítica de crescimento verde. É um pouco isso que Portugal está a fazer neste momento e Macau teria um potencial enorme. a qualidade do ar é, de facto, uma questão em Macau: tenho noção que os níveis que registam diaria-mente são níveis significativos e penso que há margem para

progressão”, disse à agência Lusa ana Teresa Perez.

“A eficiência energética, hoje em dia, é uma questão de riqueza, uma questão de economia”, afir-mou, salientando que o custo da implementação de algumas medi-das compensaria com resultados.

“Quando falamos de alterações climáticas estamos a falar de um problema que é transversal, muito abrangente. (…) Mas o sector da energia é fundamental em termos

da emissão de gases com efeitos de estufa, e também pelo impacto que cria noutros sectores de acti-vidade”, acrescentou.

Mobilidade coM qualidadeana Teresa Perez considerou ainda que Macau, devido à dimensão reduzida, tem características pro-pícias à utilização de carros eléctri-cos. “Outra hipótese, claramente,

é a mobilidade eléctrica”, disse, dando o exemplo de incentivos criados em Portugal para promover a compra e uso deste tipo de carros.

ana Teresa Perez salientou a cooperação entre instituições de Portugal e Macau, aprofundada desde os anos 1990 quando foi montada a rede de monitorização da qualidade do ar em Macau.

“Mais recentemente temos colaborado na elaboração do relatório sobre o Estado do ambiente de Macau e estamos a preparar um protocolo para colaborarmos em termos de edu-cação ambiental”, acrescentou a responsável da agência Portu-guesa do ambiente. - lusA/Hm

penhou os cargos de presidente da comissão Mundial sobre o Meio ambiente e Desenvolvimento da ONu, conhecida como a “comissão Brudtland”, e de directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), falou da região do Delta do Rio das Pérolas e dos desafios futuros.

Numa sessão de entrevistas, Brundtland frisou que o modelo

de desenvolvimento da região irá certamente trazer mudanças, não porque habitem lá centenas de milhões de habitantes, mas porque a aquela região irá ter um impacto muito grande, a nível mundial, que poderá ter repercussões sobre o futuro da humanidade e o relacio-namento entre o homem e a terra.

Houve ainda outros painéis de debate, um dos quais com a presença de Hao Jiming, decano do Instituto de ciências ambientais e Engenharia da universidade de Tsinghua. O acadé-mico, referindo-se à china, disse que “é necessário promover a revolução no consumo de energia”, bem como “promover a prevenção e tratamento das fontes móveis de poluição, sendo a poluição causada por veículos um dos desafios que a China enfrenta. Torna-se também necessário tratar da poluição móvel não rodoviária”, pode ler-se no comunicado.

Negócios verdesCom maior presença de profissionais do sector, a MIEcF recebeu 450 ex-positores de 22 países, tendo ocorrido 1149 negociações comerciais. Vários

hotéis de Macau participaram, tendo mostrado os mais recentes equipa-mentos ecológicos que utilizam, sem esquecer “serviços, organismos de utilidade pública e escolas públi-cas”. Estiveram ainda presentes 16 expositores “VIP”, não só de Macau mas também do interior da china e de outros países. A próxima edição do MIEcF promete acontecer entre os dias 31 de Março e 2 de abril de 2016.

O MIEcF terminou este sába-do, tendo ainda sido celebrados, durante os três dias do evento, protocolos sobre 28 projectos e realizadas 296 bolsas de contacto.

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10 eventos hoje macau segunda-feira 30.3.2015

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USJ Ajay Kapur dá palestrasobre Design A Universidade de São José (USJ) promove no próximo dia 2 de Abril, por volta das 18h30, uma palestra intitulada “Uma perspectiva asiática do design: como utilizar a tecnologia para potenciar a expressão musical”, que contará com a presença do académico Ajay Kapur e terá moderação de Álvaro Barbosa, da Faculdade de Indústrias Criativas. Actualmente Ajay Kapur é director do programa de Tecnologia Musical no Instituto de Artes da Califórnia, Estados Unidos.

A autora e presidente da Associação de Escritores de Xan-gai, Wang Anyi,

considera que a nova geração chinesa, que se dedica à pro-dução literária, se centra mais na vida das cidades e tem uma abordagem mais individualista. Para a autora de “Baotown”, os escritores nascidos depois do final dos anos 1970 cresceram num contexto “obviamente diferente”, que se reflecte na sua literatura.

“Os escritores mais jovens focam-se mais nas vidas ur-banas, dão muita atenção à personalidade, muita impor-tância à emoção individual e não se preocupam tanto com o que está à volta deles”, afir-mou Wang Anyi em entrevista à agência Lusa, durante a sua visita a Macau, onde participa no Festival Literário Rota das Letras. “Nasceram quando a economia levantou voo e os bens materiais da sociedade

Literatura Chinesa WAng AnyI FAlA dE UMA novA gErAção MAIS IndIvIdUAlISTA

“há poucos escritores excelentes”“Acho que a situação da literatura actual é muito calma, não tem progresso”

começaram a ser abundantes. Isso marca uma diferença forte neles”, comenta.

No geral, no entanto, e apesar de admitir que têm “um olhar mais especial”, entende que as consequências não são positivas, surgindo “poucos escritores excelentes” e ve-rificando-se uma “tendência geral para o materialismo”. “Acho que a situação da lite-ratura actual é muito calma, não tem progresso”, lamenta.

Na opinião de Wang Anyi, a “época de ouro” da litera-tura contemporânea chinesa deu-se nas décadas de 1980 e 1990, quando os escritores nascidos nos anos 1950 (como

é o seu caso) e 1960 “amadu-receram”. Foi a época, diz, em que “o respeito individual estava em ascensão”.

Filha da RevoluçãoNascida em 1954, Wang Anyi é uma filha da Revolução Cultural: aos 16 anos viu o seu

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11 eventoshoje macau segunda-feira 30.3.2015

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Venetian “A Bela e o Monstro” chega em Junho

Literatura Chinesa Wang anyi fala de uma nova geração mais individualista

“há poucos escritores excelentes”percurso escolar interrompido e foi obrigada a abandonar Xangai, onde vivia, para trabalhar nos campos de uma comuna na empobrecida pro-víncia de Anhui.

Foram dois anos de “soli-dão” e “vida precária”. “Como tinha vivido em Xangai, a di-ferença entre campo e cidade era enorme”, recordou à Lusa.

Durante esses anos nunca pensou em escrever, “porque a literatura exige muitas condições”. Não pensava no futuro, mas, para se “abstrair do campo”, imaginava o que poderia fazer a seguir, equa-cionando procurar emprego em fábricas. “Também pensei em frequentar a universidade mas, naquela época, não se entrava por exame, mas por recomendação”, lamenta.

Acabou por fazer parte de um conjunto musical do Go-verno, na província de Jiangsu, uma opção comum para jovens que deixavam os campos.

Foi só em 1978, quando pôde regressar a Xangai, que começou a escrever, primeiro em revistas, depois, livros.

O reconhecimento inter-nacional surgiu com “The Song of Everlasting Sorrow” (1995), considerado pelo jornal The Guardian como “o Madame Bovary chinês”.

A política nunca está no centro dos seus romances mas é frequentemente pano de fundo. Em “The Song of Everlasting Sorrow”, o leitor observa como a sofisticada Xangai é afectada pela che-gada do comunismo, com os delicados vestidos bordados a serem substituídos por fatos azuis “da libertação” e os saltos altos queimados em fogueiras.

Já há datas para o espectáculo “a Bela e o monstro”, que vai decorrer no venetian. o famoso musical da Broadway vai estar em exibição durante mais de um mês, de 13 de Junho a 26 de Julho. o show instala-se em macau no âmbito de uma tour mundial e traz a palco a história de amor entre uma jovem (representada por Hilary maiberger) e um monstro (darick Pead), numa produção coreografada por matt West e dirigida por rob roth. a celebrar o 20º aniversário, a “Bela e o monstro” pretende reavivar as personagens

originais da disney daquele que foi o primeiro filme de desenhos animados a vencer um Óscar na Categoria de melhor filme, em 1991. em 1994, o espectáculo estreou na Broadway, tendo sido nomeado para nove categorias dos tony awards e exibido durante mais de 13 anos. Com espectáculos marcados para o dia da estreia às 20h00 e todas as terças e sextas-feiras, à mesma hora, e sábados e domingos, às 14h00 e às 20h00. os bilhetes estão já à venda e custam entre 108 a 680 patacas.

“Nós, que tínhamos ex-periências de vida ricas e sofremos o corte da educação, começámos a escrever. A Revolução Cultural é o con-texto do meu crescimento. A experiência, as personagens e o cenário dos meus roman-ces não podem abstrair-se da minha vida”, explica.

“Grieving over the Pacific Ocean”, “Love in a small town”, “Brothers” são outras obras da escritora que, em 2011, foi escolhida para a lista de finalistas do Man Booker International Prize, do Reino Unido. - LuSA

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12 entrevista hoje macau segunda-feira 30.3.2015

Fil ipa araú[email protected]

É a primeira vez que visita Ma-cau. Primeira impressão?Sim, já tinha vindo à China, a Xan-gai, mas a Macau é a primeira vez. Macau é diferente, é mais fami-liar... pela calçada, pelo nome das ruas e da comunidade portuguesa que se vai encontrando. A primeira impressão quando cheguei aqui é que estava na Madeira, ali junto ao Leal Senado [por causa] da calçada portuguesa, e senti aquele calor meio tropical, parecia que estava no Funchal. Deu-me mesmo essa sensação, mas claro depois olhei à volta e vi que não estava. [Macau] tem um lado muito ilha que gosto muito, sobretudo aquela zona histórica. Também gostei muito do Jardim de Camões. Confesso que os casinos não me atraem, mas de resto tem sido positivo.

Participou no Rota das Escolas, em momentos de conversa com alunos das escolas de Macau. Como foi a experiência? Não sei bem como é que aquilo corre a nível de tradução de português para chinês, acredito que seja muito difícil e tentei sempre falar devagar e muito calmamente, coisa que não é habitual. Vê-se que os alunos são tímidos e que têm dificuldade em tomar iniciativa, mas alguns no final vieram falar comigo e com os outros escritores, todos sorridentes. É giro que se vá a uma faculdade e se tenha ali cem alunos chineses a quererem ouvir escritores portu-gueses que ninguém conhece aqui. Depois percebe-se que há pessoas que ficaram interessadas naquilo que dissemos, ou que já ouviram falar, ou até por serem alunos portu-gueses e portanto já tiveram acesso aos livros. Não nego que fico muito

mais surpreendido quando um aluno chinês vem ter comigo, para falar comigo, do que se for um sérvio, um italiano ou um espanhol.

E o Festival?[Foi] muito bom, acho que os organizadores fizeram tudo mui-to bem e mostraram-se sempre muito disponíveis, toda a equipa. [Os convidados] nunca se sentem perdidos, basta ligarem ou mandar uma mensagem e a equipa está ali, sempre a tomar conta de nós. Isso é muito bom, por não nos sentir-mos perdidos. Uma das vantagens do Festival é estar centralizado, o que às vezes não sucede nos festivais. Com tudo centralizado no antigo tribunal há ali um ponto de encontro com as pessoas, que depois partem para os jantares e as saídas. É muito interessante porque quando misturas numa mesa dois portugueses e um chinês, ou dois chineses e um português, de repente há ali um embate de culturas mas há também imensos pontos em comum.

Como por exemplo?Alguma repressão que eles sentem e a censura foi uma coisa pela qual nós também passámos, há mais tem-po, mas enfim. Nós identificamo--nos com isso, com essa falta de liberdade e com situações políticas adversas, que é uma das coisas que muitos portugueses tem trazido para cá. Mas atenção, um festival pode ser um aproximar de culturas, mas pode também ser um desaproximar caso não seja bem pensado. Este Festival está muito bem pensado.

Como foi o contacto com os es-critores chineses?Por acaso passei algumas horas a participar num documentário sobre um escritor português e um chinês em Macau. Fui passear com o escritor Murong Xuecun e foi um momento muito giro. Ele foi-me contando como é vão ser os próximos livros dele e como é que pensava nos livros e encontrámos imensas coisas em comum, ainda que a escrita dele seja em caracteres e com a fonética de Pequim. Bem, foi muito giro.

Afirmou que escreve porque não gosta de falar, mas passa 90% do seu tempo a falar. Como é que isto se contorna?Não se contorna, temos que aceitar. Já tentei contornar e muitas vezes tenho vontade de me isolar durante uns meses e não abrir a boca e só escrever. Mas depois faz parte da vida de um escritor ir a festivais, ir ter com o público, falar com as pessoas. Feliz ou infelizmente o escritor tornou-se um ‘performer’ e portanto temos que ter a capacidade de estar perante um público, seja ele de dez, 150 ou 800 pessoas. Já me aconteceu, no Recife, falar para 800 pessoas. Nem queria acreditar, estava a tremer por todo o lado. Tem que se deixar o ego de lado, porque é ele que te vai dizendo essas coisas ‘tu não vais conseguir’. É ele que traz medo, que traz a sensação de querermos agradar, de não ser rejeitado. O facto é que não se pode agradar a toda a gente, às vezes as coisas correm bem, outras não. Tem que se aceitar isso.

Como se trabalha o ego?As coisas correm melhor quando coloco o ego de lado. Quando pen-so ‘estou aqui a prestar um serviço, estas pessoas querem ouvir-me falar sobre os meus livros, ou sobre

literatura ou sobre coisas que eu sei falar’. Portanto vou fazer o melhor possível. Claro que, às vezes, fico cansado, também por causa das viagens dentro e fora de Portugal. O escritor transformou-se numa espécie de criatura de duas faces: uma que é a verdadeira face, a minha que é de um tipo tímido que não gosta de falar em público e que gosta de escrever - e é isso que preenche - e a outra da qual não gosto tanto, mas tenho que a fazer.

É uma luta?Sim, eu acho que a escrita é toda uma luta e é uma maneira de pôr na página coisas que nós nem sequer nos atreveríamos a pensar, ou nem sequer conseguimos che-gar a elas se não as escrevermos. Há muitas conclusões, ou novos problemas, ou perguntas a que eu chego só porque estou ali sentado a escrever e tenho tempo. A escrita é tempo para mim e é uma coisa que raramente temos. Não temos tempo para nós, estamos sempre ocupados e fora de nós. A escrita é o contrário disso: é estar connosco e às vezes até causa alguma per-turbação e ansiedade porque não estamos habituados a estar con-nosco próprios. Quer dizer, agora já vou estando, ao fim de vários anos a escrever livros já começo a estar confortável comigo, mas é aí que vamos compreendendo a diferença, no que o ego nos diz no dia-a-dia, para nos afastar do risco. Na escrita, consigo arriscar e fazer esse exercício de estar desconfortável. Acho que é parte essencial da vida, aceitar o des-conforto, aceitar o vazio e que há coisas que não se resolvem.

Ganhou o prémio Saramago em 2009. A pressão aumentou, mudou muita coisa?Mudou no sentido da percepção exterior. Para mim foi um enorme alegria. Mudaram muitas coisas a começar pela minha situação

João Tordo autor

“o escritor transformou-se numa espécie de criatura de duas faces”Naquela que foi a sua primeira passagem por Macau, João Tordo, escritor convidado para o Festival Literário Rota das Letras, deambulou sobre o seu processo de escrita, a luta humana e a vocação que nasce com todos aqueles que sabem escrever

“A escritaé toda uma lutae é uma maneirade pôr na página coisas que nósnem sequer nos atreveríamosa pensar, ounem sequerconseguimos chegar a elas se não as escrevermos”

“Na escrita, consigo arriscar e fazer esse exercício de estar desconfortável. Acho que é parte essencial da vida, aceitar o desconforto, aceitar o vazio e que há coisas que nãose resolvem”

“A escrita é tempo para mim e é uma coisa que raramente temos. Não temos tempo para nós, estamos sempre ocupados e fora de nós. A escrita é o contrário disso: é estar connosco e às vezes até causa alguma perturbação e ansiedade porque não estamos habituados a estar connosco próprios”

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13 entrevistahoje macau segunda-feira 30.3.2015

João Tordo autor

“o escritor transformou-se numa espécie de criatura de duas faces”“Os escritores costumam ser muito castigadores, autocríticos, queremos ser perfeitos.É preciso ter compaixão por nós”

financeira, como se sabe os escri-tores ganham mal. Mas mudou a percepção que o exterior tinha de mim, passei de escritor que vendia poucos milhares de livros para um escritor que vende bastante bem. Não sou ‘bestseller’, mas para o que faço – literatura - onde o público é restrito, dentro dessa restrição, sinto-me muito afortuna-do. Depois do prémio fiquei com medo, o medo do que é que iam pensar do próximo livro, portanto estava preocupado, estava com medo. Durante meses escrevi muita porcaria, mas depois escrevi o “Bom Inverno”, o livro que mais vendeu até hoje.

Quando é que começou a escrever?Em miúdo, era obcecado pela escrita, passava horas a escrever e fazer desenhos. Até aos 14 anos. Depois começou o liceu e a obses-são transformou-se noutra coisa, transformou-se na necessidade de perfeccionismo. Comecei a ler alguns autores e a imitá-los. Depois durante alguns anos viajei, passei uns anos fora e quando regressei já voltei com um livro escrito, comecei a escrevê-lo aos 26 e publiquei-o aos 28.

Vivia em Nova Iorque e Maria do Rosário Pedreira descobriu-o...Lembro-me perfeitamente, enviei o livro para várias editoras e não estava a ter respostas, ou tinha respostas negativas. Um dia, em Março de 2004, fui ao email e vi um email da Maria do Rosário Pedreira, que era editora e foi o José Luís Peixoto que levou o meu livro para Lisboa, porque tinha estado em Nova Iorque nesse ano, e entregou-lhe o livro. A Maria do Rosário enviou-me um email a dizer que tinha gostado. Nesse dia eu percebi: era aquilo. Já tinha percebido, mas tive a confirmação exterior de que a escrita era o que eu iria fazer. Fiz as malas e fui embora.

Como é o seu processo de escrita?Quando começo a escrever um livro estou num lugar agradável que me dá imenso prazer e auto-

-estima, porque estou onde quero estar. Mas durante o processo há momentos desagradáveis. Há momentos em que não quero estar ali, há momentos em que me tenho que forçar a escrever. É um processo que exige muita organização, muita disciplina e muita compaixão contigo pró-prio. Os escritores costumam ser muito castigadores, autocríticos, queremos ser perfeitos. É preciso ter compaixão por nós. Tolerân-cia, disciplina e compaixão são os três pontos [do processo]. Não escrevo todos os dias, escrevo al-guns meses por ano, mas quando escrevo paro e é quase só aquilo que faço.

Onze anos desde o primeiro livro, surge agora uma nova e diferente obra, “O Luto de Elias Gro”.Sim, e é o meu livro preferido, porque em dez anos senti que fiz alguma coisa que não tinha feito antes. Senti isto com o meu pri-meiro livro, depois passaram-se sete romances com que senti que estava a dar continuidade mas que não estava a fazer nada de novo. Agora com o novo livro, senti que era completamente novo. Nunca fiz isto. É um livro que não tem geografia, que não tem tempo, as personagens têm nomes estranhos, não há personagens de outros livros, como às vezes acontece. É um livro muito diferente. Tem um trabalho de linguagem que nunca fiz antes. A verdade é que também faço 40 anos e, quer queiramos, quer não, o avançar da idade muda muito as coisas. Acho que durante os últimos anos tenho feito uma tentativa deliberada de me libertar um bocadinho de mim e do ego-centrismo, que gera esses medos e gera ainda a impossibilidade de arriscar. Estou a perder o medo e este livro é o reflexo disso.

A vocação nasce connosco?A vocação é para muito pouca gen-te, o que se tem hoje são pessoas que escrevem livros, o que não é o mesmo que ser escritor. Há muita gente que escreve livros. O escritor tem uma voz, quando tu lês um li-vro de um escritor tu sabes que estás a ler um livro de escritor. É uma questão de vocação não depende de nós. Eu nasci para escrever. Escrever um livro transforma-me. E no fim de o escrever sinto muita gratidão. Por ter a possibilidade de o escrever e por haver uma coisa qualquer, superior a mim, espiritual que me levou para ali. Sinto-me grato por ter acabado um livro e por saber que uma parte daquilo não depende de mim.

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Shitao

Capítulo IVVenerar a Receptividade1

No que respeita à receptividade e ao conhecimento2, é a receptividade que precede e o conhecimento que se segue; a receptividade que for posterior ao conhecimento não será verdadeira receptividade.Desde a Antiguidade ao nosso tempo, os maiores espíritos sempre se serviram daquilo que conheciam para exprimir as suas percepções e aplicaram-se a perceber as suas percepções para desenvolver os seus conhecimentos. Sempre que semelhante atitude não se possa aplicar senão a um problema

particular, é porque ela repousa ainda sobre uma receptividade restrita e um conhecimento limitado; importa portanto alargar e desenvolver estas duas antes de poder perceber a medida do Traço Único do Pincel.Porque o Traço Único do Pincel abraça, efectivamente, a universalidade dos seres; a pintura resulta da recepção da tinta; a tinta, da recepção do pincel; o pincel, da recepção da mão; a mão da recepção do espírito; exactamente como no processo que faz com que o Céu engendre aquilo que depois a Terra realiza, é assim que tudo é fruto de uma recepção3.Também o mais importante para

o homem é saber venerar: pois aquele que é incapaz de venerar os dons das suas percepções dissipa-se a si mesmo em pura perda, do mesmo modo que aquele que recebeu o dom da pintura, mas negligencia a recriação, se reduz à impotência.Oh Receptividade! Na pintura que seja reverenciada e conservada e que a ponham a trabalhar com todas as suas forças sem falhas e sem tréguas. Como está dito no Livro das Mutações: «À imagem da marcha regular do cosmos, o homem de bem trabalha por si mesmo sem repouso»4 e é assim que verdadeiramente se honrará a receptividade.

Propósitos Sobre a Pintura do Monge Abóbora Amarga

1 - O capítulo será o elogio do gesto de receber. da disciplina do pintor que, antes de pintar, é ver. sirén traduz por “recebendo da Natureza (reconhecimento dos dons naturais)”; Contag titula “recebendo com reverência”.

2 - duas palavras que correspondem a dois conceitos da filosofia budista. receptividade designa o modo como o espírito entra em contacto com o mundo exterior e o penetra. Conhecimento é o espírito enquanto capacidade de compreender e distinguir, a percepção e as distinções operadas pelo espírito em relação ao mundo exterior. reflexo da formação de shitao na escola do Budismo Chan, que desde a dinastia song influenciou notavelmente a pintura da elite. desde cedo os pintores reconheceram a afinidade entre esta filosofia que insistia na objectividade do real, na contemplação humilde e aberta ao mundo, na mais trivial e ínfima das suas manifestações. ao contrário de outras escolas que não usaram as imagens senão para uma produção artesanal ao serviço da transmissão da doutrina e da história do Budismo, os estetas do Chan compreendiam como o ponto supremo do desapego e da iluminação espiritual se atingia no seio de um instante de pura realidade. a sua meditação não se apoiava nas escrituras ou noutro aparelho religioso mas na presença bruta da realidade mais concreta, mais próxima, mais natural ou inesperada. Nesse gesto de contemplação aguda e maravilhada do Chan, os pintores partilhavam

o olhar cúmplice e receptivo sobre o mais banal e imediato, único e singular em que se revelava o absoluto do Budismo. Gesto respeitoso que não excluía mesmo o humor. O olhar do Chan, como o do pintor, repousa tanto na imensidão das montanhas e dos rios como no caule de uma orquídea.

3 - O recuo das sucessivas recepções descreve a articulação do fenómeno expresso no axioma do capítulo i que diz: “a pintura provém do coração/ espírito”. a actividade do pintor é entendida não como uma cópia do visível na natureza mas como reprodução do próprio acto com que a natureza cria. ideia que os modernos bem entenderam. Picasso dizia: «Não se trata de imitar a natureza mas de trabalhar como ela» (F.GillOt, Vivre avec Picasso, Paris, 1965, p.69), ou Paul Claudel: «a arte imita a natureza não nos seus efeitos tais quais, mas nas suas causas, na sua “maneira”, nos seus processos “que não são senão uma participação e uma derivação nas coisas da própria arte divina” : ars imitatur naturam in sua operatione» (P. ClaUdel, Journal, Paris, 1968, vol. i p. 473)

4 - Citação do livro das Mutações cujo número 20, “Observando” é um hexagrama composto pelos trigramas: em cima, vento, penetrando e em baixo terra, receptivo, que descreve o progresso gradual de acordo com o tempo próprio.

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15 artes, letras e ideias

Paulo Maia e CarMotradução e ilustração

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16 china hoje macau segunda-feira 30.3.2015

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MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°162/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifiquem-se os infractores, LEONG CHON KEONG, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEM n.° 73803xxx, e 陳月平, portador do passaporte da R.P.C. n.° G61947xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 20/DI-AI/2013 levantado pela DST a 16.02.2013, e por despacho da signatária de 18.03.2015, exarado no Relatório n.° 187/DI/2015, de 25.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhes foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Rua de Nagasaki, n.° 80, Edf. Kam Fung Tai Ha � Kam Fung, Bloco1, 5.°andar F.-------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro.----------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.-----------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°178/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor LEONG, IEOK SAT JOSÉ, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEM n.° 50947XXX, que na sequência do Auto de Notícia n.° 39/DI-AI/2013 levantado pela DST a 16.04.2013, e por despacho da signatária de 18.03.2015, exarado no Relatório n.° 205/DI/2015, de 25.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Berlim n.° 168, Seng Hoi Hou Teng, 10.° andar M onde se prestava alojamento ilegal. --------------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 30 dias, conforme o disposto na alínea a) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°190/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora LAI, Ka Yee, Portadora do Bilhete de Identidade Permanência de Hong Kong n.° D0552xx(x), que na sequência do Auto de Notícia n.° 98/DI-AI/2012 levantado pela DST a 22.09.2012, e por despacho da signatária de 18.03.2015, exarado no Relatório n.° 214/DI/2015, de 27.02.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artig o 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua do Terminal Marítimo n.os 93-103, Edifício Centro Internacional de Macau Bloco III, 10.° andar B, Macau onde se prestava alojamento ilegal. -------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.°201/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor CHOI, Man Wai, (portador do Bilhete de Identidade de Residente de Hong Kong n.° K4975xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 58/DI-AI/2013 levantado pela DST a 02.06.2013, e por despacho da signatária de 18.03.2015, exarado no Relatório n.° 233/DI/2015, de 03.03.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por controlar a fracção autónoma situada na Rua do Terminal Maritimo n.os 93-103, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 4, 4.° andar G onde se prestava alojamento ilegal. -------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o disposto no n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. -------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.--------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 18 de Março de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

O Presidente chi-nês, Xi Jinping, reuniu-se ontem com o empresá-

rio e filantropo norte-ameri-cano Bill Gates, no âmbito do fórum Boao, o “Davos asiático”, informou ontem a agência Xinhua.

Durante o encontro, tro-caram pontos de vista sobre a melhoria do sistema sani-tário e formas de redução da pobreza na China.

Xi destacou que o país quer continuar a cooperação com a Fundação Bill & Melinda Gates nestes aspectos e subli-nhou que o gigante asiático tem de redobrar os esforços na diminuição da pobreza para alcançar a meta de ser uma sociedade “moderadamente próspera” até 2020.

Gates destacou o papel da China nos esforços para lutar contra a epidemia de Ébola (esta semana foi anunciado que uma empresa daquele país testou com êxito uma

“A China converteu-se num modelo para o resto do mundoao jogar um papel líderna redução da pobreza”Bill Gates

Condenado a seis anos de prisãopor deixar crescer barba

UM tribunal da região muçulmana de Xin-

jiang, no leste da China, condenou um homem a seis anos de prisão por “criar perturbações” ao “deixar crescer a barba”, prática desencorajada pelas autori-dades locais, divulga ontem um jornal oficial.

De acordo com o jor-nal diário, um tribunal de Kashgar anunciou ontem ter condenado um morador da cidade, de 38 anos, a seis anos de prisão, e a sua esposa a dois anos de prisão.

Segundo o jornal, o primeiro “tinha começado a deixar crescer a barba desde 2010”, enquanto a segunda “usava um véu a tapar a cara e uma burca”.

O casal acabou por ser condenado por “instigar problemas e causar tumul-tos”, motivos normalmente utilizados pelo tribunal chinês, que ainda funciona sob o estrito controlo do poder político.

As autoridades provin-ciais de Xinjiang conduzem

há mais de um ano uma grande campanha contra o uso de barba pelos homens e de lenços pelas mulheres, associando essas práticas a “ideias extremistas”.

Sob o tema “Objectivo Beleza”, esta campanha incentiva particularmente as mulheres a andar com a cabeça descoberta e a aban-donar a prática generalizada do véu entre os Uigures, os muçulmanos turcos que constituem o principal grupo étnico em Xinjiang.

O casal Kashgar foi “repreendido várias vezes” antes de ser preso e proces-sado, conta o jornal, citando autoridades locais.

Questionadas pelo jor-nal, as autoridades judiciais de Kashgar asseguraram que processaram e conde-naram já um grupo de in-fractores dos regulamentos contra o uso de barba, véu e burca, desde o início do ano.

A agência de notícias France Presse tentou con-tactar as autoridades de Kashgar, mas estas não estavam disponíveis.

Bill Gates e Xi JinpinG no fórum Boao

líderes contra a pobrezavacina contra o vírus em humanos) e na redução da incidência de SIDA.

“A China converteu-se num modelo para o resto do mundo ao jogar um papel líder na redução da pobreza”, referiu Gates, citado pela Xinhua.

Gates participou em vá-rias ocasiões no fórum, que se realiza na ilha meridional chinesa de Hainan, e é habitual ser recebido pelos principais líderes comunistas.

Proposto no final da déca-da de 1990 por vários estadis-tas asiáticos, o Fórum Boao define-se como “uma orga-nização não-governamental empenhada em promover e aprofundar o intercâmbio económico, coordenação e cooperação dentro de Ásia e entre a Ásia e outras partes do mundo”.

A conferência inaugural realizou-se em 2001 na ilha de Hainan, onde o Fórum Boao estabeleceu entretanto a sua sede.

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17(f)utilidadeshoje macau segunda-feira 30.3.2015

tempo aguaceiros ocasionais min 20 max 25 hum 80 -100% • euro 8.6 baht 0.2 yuan 1.2

João Corvo fonte da inveja

C i n e m aCineteatro

Sala 1cinderella [a]Filme de: Kenneth BranaghCom: Lily James, Richard Madden, Cate Blanchett14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Sala 2the divergent SerieS: inSurgent [c]Filme de: Robert SchwenteCom: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet14.30, 16.45, 21.30

the divergent SerieS: inSurgent [3d] [c]Filme de: Robert SchwenteCom: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet19.15

Sala 3loSt and love [a](FaLado eM MandaRiM)(CoM Legenda eM ChinêS e ingLêS)Filme de: Peng SanyuanCom: andy Lau Tak-wah, Jing Boran, Sandra ng Kwan Yue14.30, 16.30, 21.30

run all night[c]Filme de: Jaume Collet-SerraCom: Liam neeson,Joel Kinnaman, Common ed harris19.30

O que fazer esta semana?

Aconteceu Hoje 30 de MaRço

coutinho e Sacadura iniciama travessia aérea do Atlântico

• A 30 de Março de 1922, Gago Coutinho e Sacadura Cabral iniciam a primeira travessia aérea do atlântico Sul, um feito histórico da navegação mundial de dois heróis portugueses, a bordo do ‘Lusitânia’. a primeira travessia aérea do atlântico Sul foi concluída com sucesso e deu-se no âmbito das cele-brações do primeiro centenário da Independência do Brasil.a épica viagem iniciou-se na cidade de Lisboa, às 16h30 de 30 de Março de 1922. Num hidroavião monomotor criado para esta viagem, chamado “Lusitânia”, gago Coutinho (navegador) e Sacadura Cabral (piloto) cruzam o atlântico e fazem história.A viagem demorou 79 dias, ainda que o tempo de voo não tenha ultrapassado as 62 horas e 26 minutos. no total, gago Coutinho e Sacadura Cabral percorreram 8383 quilómetros, num feito que inspirou outros grandes voos posteriores, de Sarmento de Beires, João Ribeiro de Barros e de Charles Lindbergh, todos em 1927.Coutinho e Sacadura Cabral foram aclamados, recebidos como heróis, em todas as cidades brasileiras por onde passaram. Pela primeira vez, concluíra-se com sucesso uma travessia do atlântico Sul. Mais: nunca antes, na história da aviação, se viajara sobre o Atlântico com auxílio, apenas, da navegação do avião.Trinta de Março é também dia do nascimento de grandes artistas, como os pintores goya e Vincent van gogh.A história do dia 30 de Março conta-se também com a utilização da anestesia, pela primeira vez, durante uma cirurgia liderada pelo médico Crawford Long, em 1842. e 14 anos mais tarde, assina-se neste dia o Tratado de Paris, que põe termo à Guerra da Crimeia.em 1867, o território russo do alasca é comprado por 7,2 milhões de dólares americanos, por parte do secretário de estado does eUa, William Seward. a imprensa chamou a este célebre negócio “a Loucura de Seward”. Também nos eUa, mas a 30 de Março de 1870, os afro-americanos conquistam direito ao voto naquele território.igualmente em solo norte-americano, em 1981, Ronald Reagan, presidente dos estados Unidos, é baleado num atentado, em Washington.

SunriSe over SeAjoHn butler trio (2004)

U m d i s C o h o j e

depois de muito batalhar, e sem nunca desistir, john Butler tocou nas ruas e em vários bares até chamar a atenção de várias editoras norte-americanas. a si juntaram-se os dois músicos shannon Birchall, contrabaixista, e Michael Barker, baterista, formando oficialmente nos últimos anos da década de 90 o grupo “The john Butler Trio”. actualmente só o baixista Byron Luiters e o baterista Grant Gerathy compõem a banda. “sunrise over sea” surge em 2004 e é um álbum que une roots rock, funk rock, blues e reggae num único trabalho. “Peaches & Cream” é uma das músicas que mais seguidores conquista. - Filipa araújo

Quarta-feiraMaCaU inTeRnaTionaL FiLM FeSTiVaL – “TheeB” (JoRdânia)Centro Cultural de Macau, 19h30bilhetes a 60 patacas

Quinta-feiraMaCaU inTeRnaTionaL FiLM FeSTiVaL – “CoRReCTion CLaSS” (RúSSia, aLeManha)Centro Cultural de Macau, 19h30bilhetes a 60 patacas

Sexta-feiraMaCaU inTeRnaTionaL FiLM FeSTiVaL – “a aCUSada” (hoLanda, SUéCia)Centro Cultural de Macau, 21h30bilhetes a 60 patacas

ConCeRTo da oRQUeSTRa SinFóniCa de goTeMBURgo Centro Cultural de Macau, 20h00bilhetes de 180 a 480 patacas

SábadoMaCaU inTeRnaTionaL FiLM FeSTiVaL – “aTa” (China)Centro Cultural de Macau, 16h30bilhetes a 60 patacas

MaCaU inTeRnaTionaL FiLM FeSTiVaL – “Boa noiTe MaMã” (ÁUSTRia)Centro Cultural de Macau, 21h30bilhetes a 60 patacas

domingoMaCaU inTeRnaTionaL FiLM FeSTiVaL – “SeM FRonTeiRaS” (iRão)Centro Cultural de Macau, 16h30bilhetes a 60 patacas

MaCaU inTeRnaTionaL FiLM FeSTiVaL – “o QUe FazeMoS naS SoMBRaS” (noVa zeLândia)Centro Cultural de Macau, 19h30bilhetes a 60 patacas

diariamenteexPoSição “VaLQUíRia”, de Joana VaSConCeLoS MgM Macauentrada livre

exPoSição “nihonga ConTeMPoRânea”,de aRLinda FRoTa Fundação Rui Cunhaentrada livre

exPoSição de SândaLo VeRMeLho (aTé 22/03)Grande Praça, MGMentrada livre

O ácido da chuva transformou-me numa pilha.

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hoje macau segunda-feira 30.3.2015

AVISO

Faz-se público que a Piscina Estoril, sob a dependência do IACM, estará aberta ao público durante a época balnear de 2015, entre 1 de Abril e 30 de Novembro, com o seguinte horário de funcionamento e tabela de preços:

Piscina Estoril

Aberta entre 1 de Abril e 30 de Novembro2a feira: 13h00 às 22h30

3a feira a Domingo: 7h00 às 12h00 e 13h00 às 22h30

* À 2a feira, a piscina permanecerá encerrada durante o período da manhã para efeitos de limpeza e manutenção periódica, reabrindo às 13h00. Caso uma 2a feira coincida com um feriado, a piscina permanecerá aberta passando os serviços de limpeza e de manutenção para o período da manhã de 3a feira.

Preços, em patacas, dos Bilhetes de Ingresso e Passes da Piscina Estoril

Tipo Bilhete Simples

Passe Mensal

Passe Trimestral

Passe por Época Balnear

Adultos $15.00 $260.00 $610.00 $1,230.00Portadores de cartão de

estudante $7.00 $150.00 $440.00 $880.00

Crianças com idade inferior a 12 anos $5.00 $90.00 $210.00 $440.00

Séniores com idade superior a 65 anos $7.00 $150.00 $440.00 $880.00

* A aquisição de passes é efectuada na bilheteira da piscina, mediante a apresentação de 2 (duas) fotografias de 1.5” (uma polegada e meia) e uma fotocópia do documento de identificação válido.

Macau, aos 18 de Março de 2015.O Presidente do Conselho de Administração

Vong Iao Lek

www. iacm.gov.mo

Notificação n.º 001/SS/GPCT/2015

Considerando que não é possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, via telefónica, nem por outro meio, nos termos do artigo 68.º, do n.º 1 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, bem como dos respectivos procedimentos sancionatórios regulados no artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, de acordo com o n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, os infractores, constantes da tabela desta notificação, do conteúdo das respectivas decisões sancionatórias:

Em conformidade com o artigo 25.º da Lei n.º 5/2011 (Regime de prevenção e controlo do tabagismo), e tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas, a existência de culpa e não existência de qualquer circunstância agravante confirmada, o Director dos Serviços de Saúde determina que:1. Foram aplicadas aos infractores, constantes da Tabela I em anexo, as multas previstas no artigo 23.º da Lei n.º 5/2011, no valor de

400 patacas (MOP 400,00) (cada infracção):Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no artigo 4.º, porquanto resultam da prática de actos de “fumar em locais proibidos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela I)

2. Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios junto do autor do acto, no prazo de quinze (15) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos do artigo 145.º, do n.º 1 do artigo 148.º e do artigo 149.º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123.º do referido Código.Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 150.º do mesmo Código, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto, salvo disposição legal em contrário.

3. Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso no prazo estipulado nos artigos 25.º e 26.º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro, junto do Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 27.º do referido Código.

4. Sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 75.º do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos das disposições do n.º 7 do artigo 29.º da Lei n.º 5/2011, os infractores deverão efectuar a liquidação das multas aplicadas, dentro do prazo de trinta (30) dias, a partir da data de publicação desta notificação, no Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, sito na Estrada de S. Francisco n.º 5, Macau. Caso contrário, os Serviços de Saúde submeterão o processo à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para efeitos da cobrança coerciva, de acordo com o artigo 29.º do Decreto-Lei n.º 30/99/M e o artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M.

5. Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes da tabela anexa tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes da acusação.

6. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone n.º 2855 6789 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo.

11 de 03 de 2015.O Director dos Serviços de Saúde,

Lei Chin Ion

Tabela I

Nome Sexo Tipo e n.º do documento de identificação N.º da acusação Data da

infracção

Data em que foram exarados os despachos de aplicação das multas

1 孫卫東 M (*2) W49249XXX 100034782 2014/07/03 2015/03/112 韋興亮 M (*4) 308073XXX 100034794 2014/07/03 2015/03/113 張栢利 M (*2) W76173XXX 100069850 2014/07/09 2015/03/114 CAI GUANGCAI M (*3) W58668XXX 100198766 2014/07/23 2015/03/115 LIU GUAN MING M (*2) W52662XXX 100237126 2014/07/24 2015/03/116 THONGCHAI CHATCHAI M (*5) AA2788XXX 100149769 2014/08/14 2015/03/117 CHAI VUI LEONG M (*6) H27271XXX 100242258 2014/08/28 2015/03/118 QING JIE M (*3) E25683XXX 100243040 2014/09/12 2015/03/119 LI SHENG M (*2) W57262XXX 100243197 2014/09/18 2015/03/1110 CHEN, HUNG-TAO M (*7) 21539XXX 100243206 2014/09/19 2015/03/1111 YIN,ZHOUBIN M (*3) E16107XXX 100242414 2014/09/23 2015/03/1112 MA, XIAOZHAI M (*3) E06170XXX 100243353 2014/09/23 2015/03/1113 AI, JIE F (*3) E30586XXX 100243377 2014/09/23 2015/03/1114 YANG ERXIANG M (*3) E16983XXX 100242440 2014/09/23 2015/03/1115 GUO,WENDONG M (*3) E27934XXX 100242452 2014/09/23 2015/03/1116 SHI RONG M (*2) W73191XXX 100242464 2014/09/28 2015/03/1117 LIN, HSIEN-TSUNG M (*4) 309008XXX 100242490 2014/09/28 2015/03/1118 QIU JUAN F (*3) G53924XXX 100202878 2014/10/05 2015/03/1119 GENG, HUAQING M (*3) E35354XXX 100202913 2014/10/08 2015/03/1120 ZHONG YI M (*2) W84736XXX 100202951 2014/10/08 2015/03/1121 LI XIAOHU M (*2) W75219XXX 100202963 2014/10/08 2015/03/1122 TIAN YONGSHENG M (*3) G56416XXX 100242644 2014/10/20 2015/03/11

Nome Sexo Tipo e n.º do documento de identificação N.º da acusação Data da

infracção

Data em que foram exarados os despachos

de aplicação das multas23 吉楊 M (*3) E30824XXX 100242670 2014/10/22 2015/03/11

24 王小軍 M (*3) E05652XXX 100242694 2014/10/23 2015/03/11

25 KOH ENG HOW M (*8) E26664XXX 100242741 2014/10/25 2015/03/1126 CAO JI HUI M (*2) C04492XXX 100203070 2014/11/07 2015/03/11

27 BIJKERK RUDOLPH M (*9) NM881PXXX 100199693 2014/11/10 2015/03/11

28 程偉妹 F (*2) W98040XXX 100203153 2014/11/15 2015/03/1129 LIU SHUNWEI M (*3) E08569XXX 100242874 2014/11/26 2015/03/1130 CHEN SIXUE M (*3) E18054XXX 100242886 2014/11/26 2015/03/1131 TONG SIU KOONG M (*1) 51479XX(X) 100199726 2014/11/26 2015/03/1132 LIN, HUAISUO M (*3) E20623XXX 100242933 2014/11/29 2015/03/11

33 LIN YING-CHE M (*4) 216043XXX 100242945 2014/11/29 2015/03/11

34 SHEN JIAN M (*2) W81329XXX 100154417 2014/11/30 2015/03/11

35 HO WAI HANG M (*1) 52011XX(X) 100323646 2014/12/14 2015/03/11

36 FAN CHUN GEN M (*2) W86798XXX 100154481 2014/12/14 2015/03/1137 侯盛和 M (*2) W66377XXX 100242995 2014/12/30 2015/03/11

38 ZHENG JEEBING M (*2) W85145XXX 100237427 2014/12/31 2015/03/11

Nota: (*1) Bilhete de Identidade de Residente da Região Administrativa Especial de Macau(*2) Salvo-conduto de residente da República Popular da China para deslocação a Hong Kong e Macau(*3) Passaporte da República Popular da China(*4) Passaporte da China, Taiwan(*5) Passaporte do Reino da Tailândia(*6) Passaporte da Malásia(*7) Documento de viagem para a China, Taiwan(*8) Passaporte da República de Singapura(*9) Passaporte do Reino dos Países Baixos

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19opiniãohoje macau segunda-feira 30.3.2015

*Conselheiro Jurídico da Associaçãode Promoção de Jazz de Macau

macau v is to de hong kongDaviD Chan*[email protected] • http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog

Propriedade Fábrica de notícias, lda Director Carlos morais José Editores Joana Freitas; José C. mendes Redacção andreia sofia silva; Filipa araújo; Flora Fong; leonor sá machado Colaboradores antónio Falcão; antónio graça de abreu; gonçalo lobo Pinheiro; José simões morais; maria João belchior (Pequim); michel reis; rui Cascais; sérgio Fonseca Colunistas antónio Conceição Júnior; arnaldo gonçalves; david Chan; Fernando vinhais guedes; isabel Castro; Jorge rodrigues simão; leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula bicho Cartoonista steph Grafismo edite ribeiro(estagiária); Paulo borges Ilustração rui rasquinho Agências lusa; Xinhua Fotografia Hoje macau; lusa; gCs; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade madalena da silva ([email protected]) Assistente de marketing vincent vong Impressão tipografia Welfare Morada Calçada de santo agostinho, n.º 19, Centro Comercial nam yue, 6.º andar a, macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

E sta semana ficou marcada por uma série de notícias importantes, tais como a morte de Harry Lee Kuan Yew, o carismático líder de Singapura, a revelação de que a ATV pode entrar em liquidação já neste mês de Março, a legislação incom-pleta relativa ao impedimento

das importações paralelas, o fórum público sobre reforma política em Hong Kong e o anúncio das Linhas de Acção Governativas de 2015 em Macau. Qual destes temas será mais interessante para os nossos leitores?

Harry Lee foi um mais respeitados líderes políticos da actualidade e o seu falecimento entristeceu todos os cidadãos de Singapura. O mesmo não se verificou porém em Macau e Hong Kong, onde a morte foi recebida com mais naturalidade, devido à maior distância envolvida. Já quanto à estação de televisão ATV, fica agora por descobrir se vai encerrar funções ainda este mês. Ninguém sabe ao certo, facto que tem gerado um clima de grande instabilidade junto dos funcionários da companhia, que querem agora saber se vão ou não receber a totalidade dos seus salários. Abordando agora a questão da importação paralela, este problema parece não preocupar tanto aqueles que residem fora de Yuen Long ou de Sheung Shui, na ilha de Hong Kong, enquanto que, por sua vez, a reforma política acima abordada é da preocupação exclusiva dos políticos. Por fim, as Linhas de Acção Governativa para a RAEM em 2015 que foram apresentadas por Chui Sai On interessam apenas aos leitores com residência em Macau. Mas o que procuro saber é qual destes temas pode despertar mais interesse ao cidadão comum? Imagino que a escolha deste indivíduo venha a ser ainda um outro tema da actualidade, mais concretamente o afastamento de Venus Chow Ka Yee.

Sobre este desenvolvimento, o site “hk.apple.nextmedia” revelou no dia 11 de Fevereiro que Venus se iria demitir do trabalho que havia desempenhado na TVB para recomeçar novas funções, desta feita numa companhia de segurança, em Abril do mesmo ano. Mas a mudança de área exige que Venus complete uma série de exames profissionais de modo a integrar-se neste ramo profissional. Já no fim do artigo, uma pequena gravação audio explica que “no futuro, vamos ter menos oportunidades para ter Venus como convidada, mas isso não faz mal. A distância faz com que os nossos corações se tornem mais fortes, e sempre nos ajuda a poupar nas contas de electricidade”.

E quantos admiradores tem Venus? Na verdade esta apresentadora de noticiário com 10 anos de carreira e um total de 12 anos de experiência no campo da comunicação social possui uma grande legião de fãs. A sua bela face associada a uma voz doce e a um rigor profissional exemplar garantem que consiga atrair qualquer tipo de espec-tador. Através de uma analise dos sites a si dedicados, podemos encontrar no mínimo

venus Chow Ka yee

seis músicas dedicadas a Venus pelos seus admiradores, excertos dos quais são agora partilhados com o mundo através da internet. Esta admiração vai muito além da gozada pelos seus colegas de trabalho, tendo assim a TVB recebido confirmação de que a decisão de promover Venus à posição de apresenta-dora foi correcta, visto as audiências terem vindo a crescer gradualmente com o passar do tempo.

O site da “wikipedia” refere que Venus nasceu em 1982. Depois de completar o seu primeiro curso universitário na “Baptist Uni-versity of Hong Kong”, adquiriu de seguida um mestrado na “City University de Hong Kong”. Depois dos estudos, passou então a estagiar na TVB como jornalista. Depois, em 2005, passou a desempenhar funções de apresentadora de telejornal durante o horário da manhã, tarde e noite, uma situação extre-mamente rara naquela estação de televisão. Esta situação insólita continua até hoje a ser um dos casos de maior sucesso nesta indústria, tendo em conta que uma jovem inexperiente e recém-formada conseguiu

superar a competição e acabado mesmo a trabalhar como apresentadora durante os horários com maiores níveis de audiência.

Porém, existiram também momentos em que Venus parecia assolada por marés de azar. O seu envolvimento com Hui Fong Fai, um jornalista com uma longa carreira na TVB, acabou mesmo por a colocar numa situação inconfortável visto Hui se encontrar casado com uma outra mulher. No ano de 2013, foram levantadas acusações de que os dois estavam a experienciar um relaciona-mento amoroso, tendo estas alegações vindo a afectar negativamente a reputação deste dois profissionais. O caso ameaçou mesmo denegrir a imagem da própria companhia de teledifusão, uma vez que uma das suas apresentadoras se encontrava acusada de adultério, uma situação que acabaria certa-mente por influenciar os números de teles-pectadores. Assim, e de modo a minimizar o impacto deste escândalo sobre a TVB, Venus foi transferida para um outro departamento e acabou desta forma de apresentar as notícias no horário da tarde e da noite.

Numa das suas últimas intervenções no ar, mais exactamente na edição do progra-ma “Good Morning Hong Kong “ de 25 de Março do corrente ano, Venus mencionou que “esta vai ser a última vez que o público me vai poder encontrar no ‘Good Morning Hong Kong’. Quero então aproveitar para agradecer todo o apoio que me foi dado no passado e desejar aos nossos ouvintes belas manhãs todos os dias do vosso futuro imediato. Adeus e obrigado.” Foi com esta última e curta intervenção que Venus aban-donou a TVB.

Queremos ainda referir uma notícia triste que nos chegou a 12 de Janeiro e que nos informava da morte do actor Lam Po--Chuen, mais conhecido como a voz por detrás da personagem “Doraemon” da série

animada com o mesmo nome. Estes cartoons começaram a ser transmitidos na televisão em 1969 e sou da opinião que a maior parte das pessoas fluentes em cantonense e com idades compreendidas entre os 10 e os 50 anos conhece esta personagem. Este trágico acontecimento deixou muita gente abalada, pois tanto Lam como o personagem “Do-raemon” eram conhecidos por ajudar outros a perseguir os seus próprios sonhos. Desta maneira, o súbito falecimento de Lam veio quebrar essa confiança em ver os nossos sonhos eventualmente concretizados num futuro próximo.

De certa maneira, a resignação de Venus após 10 anos de cada é bastante semelhante à morte de Lam. Todos nos habituamos a ver a ver cara amorosa desta apresentadora logo pela manha, de modo a se assemelhar mesmo a um familiar nosso. E com o passar do tempo, esta mulher foi cada vez fazen-do mais parte integrante das nossas vidas. Ultimamente, acabava por representar um desejo novo para cada um de nós, que se manifesta no primeiro minuto de cada ma-nhã, dia após dia. Assim sendo, o abandono das suas funções causou grande transtorno aos seus apoiantes. Mais do que tristes pela ausência da sua voz doce e face bonita, a falta mais marcada era a de uma pessoa que representasse “um bom dia, todos os dias”. Foi aliás com esta mesma referência que a apresentadora se despediu no programa “Good Morning Hong Kong”, salientando o desejo que “no futuro, todos venham a ter uma bela manha, dia após dia”.

No passado recente, Hong Kong tem enfrentado diversos acontecimentos so-ciais que culminaram num sentimento de infelicidade por parte da população. Desde a já referida reforma política ao caso das importações paralelas, passando pelas rendas astronómicas e o susto da gripe das aves, entre tantos outros assuntos conflituosos fizeram com que os cidadãos da RAEHK se sentissem esgotados e descontentes com tanta polémica e publicidade negativa. A solução para estes dilemas não tem até agora sido fácil de encontrar, mas desde que se encontre algo que sirva como uma alegoria para “um sonho alegre e divertido” dentro de cada um de nós, este descontentamento acaba por ficar mais fácil de tolerar. Ao mesmo tempo, se todos nós abandonássemos a procura de “um sonho alegre e divertido”, a realidade passaria a ser demasiado cruel.

Vamos então esforçar-nos para sermos pessoas alegres e divertidas, começando para isso por apreciar e desfrutar das ma-nhãs, dia após dia. Isto implica um esforço pessoal, não tendo a lei qualquer utilidade nesta procura.

Desejamos ainda tudo de melhor a Venus na sua próxima aventura profissional, aliado da melhor sorte para o futuro. E claro, um desejo que desfrute igualmente de soberbas manhãs, diariamente.

Vamos então esforçar-nos para sermos pessoas alegres e divertidas, começando para isso por apreciar e desfrutar das manhãs, dia após dia. Isto implica um esforço pessoal, não tendo a lei qualquer utilidade nesta procura

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hoje macau segunda-feira 30.3.2015

pub

Berço do Kung Fu vai construirprimeiro ‘resort’ fora da China

A deputada Kwan Tsui Hang considera que as Instruções para Apre-

ciação, Aprovação, Vistoria e Operação dos Equipamentos de Elevadores, implementadas há dois anos pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públi-cas e Transportes (DSSOPT), devem ser alvo de uma revisão. A deputada considera que deve ainda ser feita uma análise aos resultados da execução dessas instruções, bem como dos pro-blemas existentes.

Em Maio do ano 2013, a DSSOPT implementou as ins-truções a fim de supervisionar a segurança de elevadores, tendo um regime de registo e declara-ção de companhias dedicadas a manutenção e reparação de elevadores, entre outras medi-das. A deputada recordou que as respectivas informações já tinham sido publicadas no site da DSSOPT. No entanto, apontou que actualmente a coluna de “Informações de de-claração de elevadores” já não existe, enquanto que na área das “Companhias de manutenção e reparação registadas”, existem 12 empresas cujo prazo de inscrição já expirou, mas onde ainda surgem informações de renovação.

Kwan Tsui Hang questiona a DSSOPT sobre se existem

O Mosteiro Shaolin, berço de uma famosa escola de

artes marciais, fundado há 1.500 anos na China, vai construir o seu “primeiro ‘resort’ interna-cional” na Austrália, anunciou a imprensa oficial chinesa.

Depois de oito anos de “complexas negociações” com o governo de New South Wales, o mosteiro Shaolin iniciará em breve a construção do ‘resort’ numa floresta selvagem de Shoalhaven Shire, a 200 quiló-metros ao sul de Sydney, indicou a agência noticiosa Xinhua.

A obra está orçada em cerca 280 milhões de euros.

“Estamos muito felizes e en-cantados por termos sido esco-lhidos para a acolher o primeiro templo Shaolin fora da China”, disse a presidente da câmara de Shoalhaven Shire, Joanna Gash, citada pela Xinhua.

Além de um templo e de uma academia de kung fu, o ‘resort’ incluirá um centro de saúde e um hotel, devendo atrair anual-

mente cerca de 300.000 visitan-tes, estimam as autoridades locais.

O mosteiro Shaolin, fundado no século V por monges budis-tas, é uma das mais concorridas atracções turísticas da província de Henan, no centro da China, a cerca de 650 quilómetros ao sul de Pequim.

A cordilheira à volta do mos-teiro, com picos de 1.300 metros, é uma das “cinco montanhas sa-gradas” da China: chama-se Song Shan e, segundo está gravado num obelisco de pedra, “é o centro do céu e da terra”.

O abade superior do mos-teiro, Shi Yongxin, 50 anos, conhecido como “abade CEO”, defende a comercialização da marca Shaolin, nomeadamente através da produção de filmes e espectáculos de kung fu, na China e no estrangeiro.

“Os tempos mudaram. Te-mos de nos adaptar, caso con-trário podemos ser eliminados”, disse um dia Shi.

elevadores instruções questionadas

Revisão da matéria

empresas que não foram regis-tadas conforme as instruções, tais como as companhias que não foram renovadas, e quais medidas existentes para asse-gurar que as companhias e os elevadores correspondem os requisitos, assegurando a qua-lidade de segurança.

A deputada, que se senta no hemiciclo em nome da Fe-deração das Associações dos Operários de Macau (FAOM), quer ainda que a DSSOPT faça uma revisão completa de resul-tado de execução de instruções, avançando um calendário e planeamento concretos para que as instruções sejam legisladas. Kwan Tsui Hang pede ainda a criação de penalizações para as ilegalidades que venham a ser cometidas, por forma a assegu-rar que todas as empresas ficam abrangidas pela supervisão do Governo. - F.F.