gazeta rural nº 258

40
"Plantar e cuidar para colher" www.fnapf.pt | www.facebook.com/FNAPF Director: José Luís Araújo | N.º 258 | 1 de Novembro de 2015 | Preço 2,00 Euros | www.gazetarural.com Cores e Sabores de Outono

Upload: jose-araujo

Post on 24-Jul-2016

227 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

As cores e os sabores de Outono estão em destaque na Gazeta Rural de 31 de Outubro. Na edição nº 258 referência para o Festival de Outono que mostra a gastronomia de Manteigas; a Feira dos Santos de Mangualde, a Feira Nacional do Mel e Fórum Nacional de Apicultura, em Vila Nova de Cerveira; a Feira do Porco e do Enchido de Meruje, o Festival de Vinhos e Sabores da Beira Interior, em Pinhel; os ‘Melhores Vinhos do Dão’ 2015 ou o Pedra Cancela Selecção do Enólogo, que ficou no Top 7 dos ‘100 Best Buys’. Entre outras notícias, fique também a saber da Festa da Castanha e do Vinho, em Pindo; a Feira da Castanha e Paladares de Outono, em Trancoso, e a Mostra Gastronómica que decorre em Penacova.

TRANSCRIPT

Page 1: Gazeta Rural nº 258

"Plantar e cuidar para colher"

www.fnapf.pt | www.facebook.com/FNAPF

Director : José Luís Araújo | N.º 258 | 1 de Novembro de 2015 | Preço 2,00 Euros | www.gazetarural .com

Cores e Sabores de Outono

Page 2: Gazeta Rural nº 258

2 www.gazetarural.com

Sumário

2015

www.cmmangualde.pt

FEIRA DOS SANTOSDa tradição à modernidade

MANGUALDE

7 E 8 NOVCentro da cidade

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

GAZETARURAL.pdf 1 30/10/15 14:01

4 Marvão promove XXXII Festa do Castanheiro - Feira da Castanha5 Festival de Outono mostra gastronomia de Manteigas6 Feira dos Santos de Mangualde à espera de 100 mil pessoas8 Vila Nova de Cerveira recebe Feira do Mel e Fórum de Apicultura10 Carrazedo de Montenegro recebe Feira da Castanha12 Vila Pouca de Aguiar mostra produtos de Outono13 Míscaros - Festival do Cogumelo ‘baniu’ a utilização de plásticos14 Meruje prepara XIII Feira do Porco e do Enchido15 Pedra Cancela Selecção do Enólogo no Top 7 dos ‘100 Best Buys’16 Melgaço lança primeira Festa do Espumante Alvarinho17 Pinhel promove vinhos e sabores da Beira Interior

18 Wine in Azores 2015 teve mais expositores e visitantes20 CVR Dão premiou os ‘Melhores Vinhos do Dão’ 201522 Fiscalização revelou ausência de risco nos enchidos transmontanos24 Micólogos em Vinhais alertam para o potencial dos cogumelos25 Rural Castânea pode “evoluir para feira agrícola”26 Armamar deverá produzir este ano cerca de 70 MT de maçã27 Câmara de Aguiar da Beira e Associação de Apicultores assinaram protocolo34 XVIII Festa da Castanha e do Vinho em Pindo35 Trancoso recebe Feira da Castanha e Paladares de Outono36 Guia de Restaurantes Certificados do Alentejo integra 84 estabelecimentos37 Jornadas de Enoturismo promovem “O Centro de Portugal como Destino de Enoturismo”

Page 3: Gazeta Rural nº 258

3 www.gazetarural.com

Page 4: Gazeta Rural nº 258

4 www.gazetarural.com

Cogumelos, frutos secos, batata-doce e chocolate são os prin-cipais ingredientes das ementas propostas pelos dezanove res-taurantes do concelho que participam na quinta edição das Se-manas Gastronómicas promovidas pelo Município de Grândola.

No total são cerca de 100 pratos diferentes confeccionados à base dos produtos típicos desta época do ano (cogumelos, frutos secos e batata-doce) e chocolate aproveitando a doce coincidência da realização da Feira de Chocolate que vai de-correr no Parque de Feiras e Exposições de Grândola de 5 a 8 de Novembro.

Nesta edição das Semanas Gastronómicas, que vai decorrer de 31 de Outubro a 8 de Novembro, os Chefes dos restauran-tes aderentes apresentam os tradicionais pratos de carne e de peixe com acompanhamentos requintadamente preparados com Batata-doce, Cogumelos ou Frutos Secos. O chocolate é o principal ingrediente das cartas de sobremesas que apresen-

Nos dias 14 e 15 de Novembro, o Município de Marvão promove a XXXII Feira da Castanha - Festa do Castanheiro, um evento reconhecido como o mais autêntico e genuíno do país, pretende homenagear uma espécie endógena da região, o castanheiro, e o seu fruto, a castanha.

Ao longo do fim-de-semana, a vila de Marvão torna-se uma grande mostra de produtos locais e regionais, com dezenas de pontos de venda, uma tenda de produtores locais, no Largo do Terreiro, onde os visitantes poderão encontrar produtos hortícolas, frutos secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caseiros, e uma área de res-tauração, no Largo de Camões. Para as 10 horas de sábado, dia 14, está agendada a abertura dos quatro magustos, situados no Largo do Terrei-ro, Largo de Santa Maria, Largo do Pelourinho e Largo do Espírito Santo.

Do ponto de vista cultural, este evento é um dos melhores cartões--de-visita de toda a região. Ao longo dos dois dias, os visitantes poderão apreciar diversas exposições, assistir a espectáculos de animação cir-cense, teatro de rua, ou música popular, por todas as ruas e praças da vila. Pelo palco principal, no Largo do Terreiro, vão passar nomes como Augusto Canário e Amigos, no dia 14; Amantes do Alentejo e Cant’areias, no último dia do certame.

Nos dias 14 e 15 de Novembro

Marvão promove XXXII Festa do Castanheiro - Feira da Castanha

De 5 a 8 de Novembro, o chocolate estará em destaque

Semana Gastronómica de Grândola aposta em sabores doces e salgados

tam deliciosas tentações.Segundo o município, na feira, através de vários expositores,

os visitantes vão poder apreciar a exposição e a produção ao vivo de peças artísticas em chocolate e saborear licores, es-petadas de frutas com chocolate, bombons, bolos, crepes e chocolates artesanais, entre “muitas outras tentações doces”.

A feira também vai oferecer aos visitantes animação musi-cal a cargo de Josef Jordão, no dia 5, às 20,30 horas, e dois concertos. Dia 6, a partir das 22 horas, actuará David Antunes & The Midnight Band, que terá como convidado especial Her-man José, e no dia seguinte será a vez de Mónica Sintra subir ao palco.

As “Semanas Gastronómicas” decorrem até ao final do ano, na primeira semana de cada mês incluindo dois fins-de-sema-na, e apresentam uma ementa preparada com um ou vários produtos da época.

Page 5: Gazeta Rural nº 258

5 www.gazetarural.com

A gastronomia e os produtos locais são o mote do Festival de Outono, uma iniciativa da Câmara de Manteigas que de-correrá de 6 e 8 de Novembro, na Praça Municipal. O Festival será uma boa ocasião para os visitantes conhecerem alguns dos pratos típicos do Coração da Serra da Estrela, bem como reencontrar-se com sabores tradicionais e descobrir a rique-za gastronómica desta região.

Para além da mostra de produtos regionais, a truta e a feijoca de Manteigas estão em destaque neste evento, mas onde não faltará também o cabrito serrano, o borrego, as castanhas e o burel, que tem no concelho três unidades de transformação. As sessões de showcooking são outro dos atractivos, com renomados Chefs de cozinha, como José Vinagre, natural de Manteigas; Valdir Lubave e Chakall, este como cabeça de cartaz, bem como os alunos e docentes da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas, que foi o palco da apresentação deste evento gastronómico.

Divulgar os produtos e potencialidades locais são os ob-jectivos do Festival de Outono, que promete atrair muitos vi-sitantes ao coração da Serra da Estrela. É que o presidente da Câmara de Manteigas quer tornar o concelho um destino tu-rístico e gastronómico. “Existem muitas razões para colocar este Festival nas principais rotas de ofertas sazonais”, afir-mou o presidente da Câmara de Manteigas, numa alusão ao facto do concelho integrar a Rota das Aldeias de Montanha, a Rede das Judiarias e das Aldeias Históricas e que, brevemen-te, irá integrar as Aldeias de Xisto. “Estas especificidades so-madas irão dar origem a um conjunto de rotas, entre as quais

De 6 e 8 de Novembro, na Praça Municipal

Festival de Outono mostra gastronomia de Manteigas

a gastronomia”, referiu José Manuel Biscaia na apresentação do certame.

O autarca evidenciou também os produtos que distinguem o concelho, como a feijoca e a truta, um produto endógeno que a autarquia pretende promover e fomentar a sua produ-ção, tendo em conta a quebra verificada dos últimos anos no rio Zêzere. Recorde-se que a Rota do Zêzere, apresentada recentemente, começa em Manteigas e termina em Constân-cia. O concelho tem produção de truta num viveiro do Institu-to de Conservação da Natureza e Florestas.

O autarca aproveitou a ocasião para relevar o trabalho de-senvolvido na Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas, que nesta altura conta com meia centena de alunos. “Este festival tem também como missão dizer a todos os agentes da gastronomia e da restauração, que em Manteigas temos boas condições formativas, que têm que ser apresentadas e dadas a conhecer aos visitantes, de modo a que a gastronomia seja um ponto de contacto e de atractividade para o concelho”, salientou José Manuel Biscaia.

Os alunos da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas têm praticamente garantida a sua colocação no mercado de trabalho, o que demonstra a excelência e qualidade do ensino que ali é praticado. A preocupação da Escola, no que toca ao ensino ministrado, passa por acompanhar a evolução da co-zinha, que os seus alunos mostrarão neste evento, onde terão um papel importante na sua dinamização.

No plano de animação, o Festival de Outono conta, entre outros, com The Black Mamba e The Swet Children.

Page 6: Gazeta Rural nº 258

6 www.gazetarural.com

É um dos eventos mais marcantes nesta época do ano na região. A Feira dos Santos, em Mangualde, já se tornou num local de passagem obrigatório, e a cidade espera a visita de mais de 100 mil pessoas durante os dias 7 e 8 de Novembro.

A estimativa é difícil de fazer, como reconhece o presidente da Câmara de Mangualde, mas que não será difícil de aferir tendo em conta a área ocupada e o número de expositores presentes. João Azevedo, à Gazeta Rural, confirmou que este ano houve mais pedidos, o que demonstra a importância do cer-tame, que pretende ser, também e principalmente, uma mostra do que de melhor se produz no sector primário do concelho.

Gazeta Rural (GR): Que haverá de diferente na Feira dos Santos 2015?

João Azevedo (JA): Vamos ter novamente um certame muito rico em ofertas e uma demonstração daquilo que é o nosso património no sector primário. O património da história, da cultura e das pessoas.

Vamos ter uma mostra dos produtos do concelho, sendo certo que teremos algumas novidades, nomeadamente no plano da gastronomia e na exploração dos produtos que mais têm a ver com esta feira, nomeadamente a carne de porco, o vinho, os pequenos frutos, bem como a doçaria tra-

Nos dias 7 e 8 de Novembro

Feira dos Santos de Mangualde à espera de cerca de 100 mil pessoas

dicional. Para isso, teremos a presença de alguns Chefs de cozinha a preparar pratos diferentes com os nossos produ-tos regionais, mostrando como podem ser transformados de acordo como os novos conceitos da cozinha.

Vamos também fazer a avaliação da ideia avançada o ano passado, com o lançamento do bolo ou a bola dos Santos, que pode ser doce ou salgado. Lançámos um concurso para que as pessoas, os produtores ou os mestres da pastelaria possam fazer um bolo que fique na história e se torne numa referência do concelho.

Penso que temos novidades suficientes para que a Feira do Santos fique mais rica, isto sem contar com as pesso-as, que são a razão da sua existência e que nos visitam em grande número, bem como as centenas de expositores. Ali-ás, este ano a procura foi muito maior que em anos anterio-res, o que significa que a Feira dos Santos irá ser diferente para melhor.

GR: Tem uma estimativa de quantas pessoas passam por Mangualde nesta altura?

JA: É muito difícil de saber isso, pois não temos nenhum con-tador. Acredito que deverão passar cerca de 100 mil pessoas nos dois dias. Fazemos esta estimativa pela avaliação da área ocupada e pelo movimento e rotatividade das entradas e saí-das, nos dois dias.

GR: A Feira dos Santos foi-se transformando numa montra do sector primário do concelho?

JA: Queremos que esse seja o objectivo principal. Nós con-tactamos os produtores de vinho, de fruta, incluindo os peque-

Page 7: Gazeta Rural nº 258

7 www.gazetarural.com

nos frutos, de frutos secos, de queijo e os pequenos agricul-tores para estarem presentes. Neste grupo, temos produções seculares e produções mais novas e queremos que todos os sectores estejam representados.

“Mangualde vai ter “uma grande unidade de produção de queijo Serra da Estrela

certificado”

GR: Falou do queijo. Vai surgir em Mangualde uma nova unidade de produção de queijo Serra da Estrela?

JA: Sim, a curto prazo iremos ter uma grande unidade de produção de queijo Serra da Estrela certificado. Será a primei-ra no concelho de Mangualde com esta dimensão.

Com isto, estamos a dar um impulso para que possamos ter uma organização de produtores de leite, sediada em Man-gualde, que já está referenciada através da Cooperativa Agro--pecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE), que está a fazer o seu trabalho neste e noutros concelhos da região.

Estamos a lançar sementes naquilo que é o nosso trabalho do dia-a-dia na atracção de investidores, mas também, e ao mesmo tempo, procurando valorizar os nossos produtos e criar valor acrescentado. Isto poderá representar pouco no imedia-to, mas a marca e a divulgação, daqui a um ou dois anos, pode valer muito. Aliás, é bom referir que o sector primário no con-celho evoluiu muito nos últimos anos.

GR: Tem ideia de quanto vale hoje o sector primário para a economia do concelho?

JA: Vale muito dinheiro, com certeza. Há bem pouco tempo dei uma volta pelo concelho e tenho a convicção que, desde o vinho, à avicultura, aos frutos vermelhos, aos frutos secos, ao queijo, que vai ser muito valorizado com o novo projecto, pas-sando pelas hortícolas, área onde tivemos grande investimen-to na área, o concelho tem hoje muitas centenas de pessoas a viver com um complemento muito significativo da agricultura no seu rendimento mensal.

E costumo usar a expressão: “façam a comparação!” É que quando chegamos ao município não havia esta expressão. Havia muito pouco queijo, não havia frutos vermelhos, o vinho está estabilizado como agora, e pouco mais. Por exemplo, não havia a indústria avícula ou a produção de caracóis em Man-gualde. Hoje há.

Ou seja, hoje temos uma série de exemplos de gente que apostou fortemente nos produtos da terra, tudo isto alavan-cado naturalmente com os programas comunitários, mas nós tivemos que fazer uma aposta forte nesse sentido. E a criação do primeiro gabinete de agricultura municipalizado foi exemplo disso. Aliás, tenho a convicção plena de que se não o tivésse-mos feito, hoje não tínhamos o apoio técnico que as pesso-as merecem e o sector não teria a dimensão que hoje tem no concelho.

�0

�5

�2�5

�7�5

�9�5

�1�0�0

�A�F� �r�o�d�a�p�e�_�2�6�.�2�X�4�.�8�c�m�_�s�i�l�v�i�a�_�A�L�T

�s�e�g�u�n�d�a�-�f�e�i�r�a�,� �9� �d�e� �D�e�z�e�m�b�r�o� �d�e� �2�0�1�3� �1�5�:�1�4�:�1�7

Page 8: Gazeta Rural nº 258

8 www.gazetarural.com

Numa iniciativa da Associação Apícola de Entre Minho e Lima (APIMIL), Federação Nacional dos Apicultores de Portu-gal (FNAP) e a Câmara de Vila Nova de Cerveira, vai decorrer nesta vila minhota, de 20 a 22 de Novembro, a XIV Feira Na-cional do Mel e o XVI Fórum Nacional de Apicultura, que vai contar com a presença de especialistas e de instituições de ensino superior, portugueses e espanholas.

A organização refere que estes são dois eventos de grande relevância para a apicultura nacional e que coloca Portugal na rota dos principais eventos apícolas internacionais. As condi-ções naturais existentes, e a relevância histórica e económica da apicultura na região do Minho, foram factores preponde-rantes na atracção deste evento para Vila Nova de Cerveira.

A organização prevê uma grande afluência de público à Feira Nacional de Mel e espera que o Fórum Nacional de Api-cultura tenha a maior participação de apicultores, técnicos e investigadores na área apícola, e onde serão abordados os principais temas com relevância na actualidade do sector, no-meadamente para as questões técnicas (alimentação, sanida-de), políticas (ambiente, ajudas e ordenamento) e comerciais (qualidade e certificação). “Todos estes aspectos, que tão bem conhecemos como motores do desenvolvimento da activida-

De 20 e 22 de Novembro

Vila Nova de Cerveira recebe Feira do Mel e Fórum de Apicultura

de apícola no país e na Europa, são de vital importância para a sustentabilidade do sector num contexto de globalização dos mercados e de forte concorrência nas produções agrícolas”, referem os promotores.

A organização espera cerca de 400 expositores, nacionais e estrangeiros, para um evento que pretende ser a principal mostra da variedade e qualidade dos produtos de apicultura ao nível nacional, constituindo-se como a oportunidade ideal para produtores e organizações divulgarem os seus produtos junto de consumidores e dos principais operadores do mer-cado nacional e europeu do mel, bem como o contacto com empresas fornecedoras de factores de produção a operar na fileira apícola.

O mel é cada vez mais considerado uma preciosidade da gas-tronomia, pelo que neste Fórum o curso de Hotelaria da ETAP de Vila Praia de Âncora fará uma demonstração de confecção de pratos com mel. Aveludado e aromático, a solicitação de mel cada vez mais específico ocorre porque uma das funções da alta gastronomia é elevar a qualidade dos produtos.

Do programa da XIV Feira Nacional do Mel e do XVI Fórum Nacional de Apicultura constam quatro workshops temáticos, em dois dias de trabalho, onde a participação dos operadores

Page 9: Gazeta Rural nº 258

9 www.gazetarural.com

do sector se quer aberta e informada. Haverá ainda palestras, mostra e venda de produtos, e pela primeira vez, o Fórum contem uma verten-te gastronómica associada à con-fecção de pratos com este produto.

Apicultores analisam quebras na pro-dução

O Fórum Nacional de Apicultura vai ser aprovei-tado por mais de 400 apicultores de todo o país e de Espanha vão analisar as causas da redução, em cerca de 50%, da produção de mel afectada pela expansão da vespa asiática. O presidente da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL), Alberto Dias explicou que a expansão daquela espécie veio “sobrecarregar as preocupações” dos apicultores a braços com outros problemas que ameaçam a produção de mel.

“Além da vespa asiática, temos as condições climatéricas, com uma seca intensa, os fogos florestais que destruíram mui-tas colmeias e conduziram à diminuição da alimentação das abelhas, bem como a proliferação de espécies invasoras na floresta”, explicou o responsável.

Em Julho passado, a Câmara de Vila Nova de Cerveira ape-lou à colaboração da população no combate à vespa asiática, sendo que no concelho, desde o início do ano, tinham sido des-truídos mais 21 ninhos daquela espécie.

Dados da APIMIL indicam que cada ninho pode albergar até 2.000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos seis novos ninhos.

Segundo os apicultores, esta espécie, “mais agressiva”, faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer

c o -l o c a n d o

em causa a produ-ção de mel.

Esta espécie predadora foi intro-duzida na Europa através do porto de Bordéus,

em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do ano seguinte. Viana do Castelo, capital do Alto Minho é o concelho com maior número de casos registados. Em dois anos foram sinalizados 619 ninhos de vespa asiática e destruídos mais de 400.

De acordo com Alberto Dias, as 14.000 colmeias existentes no distrito de Viana do Castelo, exploradas por cerca de 340 apicultores, registaram este ano uma quebra na produção “da ordem dos 50%”. “Num ano normal, a produção de mel pode ser superior às 200 mil toneladas. Este ano, foi muito fraco no Alto Minho, com uma produção de cerca de 100 a 120 mil to-neladas”, explicou.

Segundo Alberto Dias o problema estende-se a vizinha Es-panha, adiantando que os apicultores galegos “sofreram per-das significativas”, com cerca de “60 a 70% na produção de mel”.

Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 12 a 18 | Rua 1º de Maio, 7 | Apt 75 | 3534-909 MangualdeTelef.: 232 611 337 | 232 622 245 | E-mail.: [email protected]

Page 10: Gazeta Rural nº 258

10 www.gazetarural.com

Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, vai receber de 6 a 8 de Novembro a edição 2015 da Feira da Cas-tanha, evento que contará com 79 stands de venda de casta-nha, vinho, azeite, mel, licores e artesanato. A principal atrac-ção continua a ser o bolo de castanha com 600 a 700 quilos.

A feira, que vai na décima nona edição, inclui a realização das jornadas técnicas da castanha, onde se vai falar sobre as doenças e pragas que afectam os soutos, como a vespa do castanheiro e a tinta. Na apresentação do certame, o presi-dente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, lembrou que o município investiu 80 mil euros na luta contra a vespa, que foi detectada pela primeira vez este ano na região, e subli-nhou que na Primavera as brigadas criadas pela câmara irão percorrer, de novo, todos os soutos para procurarem as ga-lhas infestadas. A vespa aloja os seus ovos nos gomos dos castanheiros que, depois de infectados, não conseguem dar mais fruto.

O autarca de Valpaços defendeu que é preciso inovar no sector da castanha. Por isso mesmo, sublinhou que o municí-pio disponibiliza terrenos na zona industrial a preços simbó-licos e está disposto a isentar as taxas e licenças para quem invista na área da transformação da castanha e crie postos de trabalho.

De 6 a 8 de Novembro, no concelho de Valpaços

Carrazedo de Montenegro recebe Feira da Castanha e outros produtos da terra

Região tem quebra de 20% na produção de castanha

A produção de castanha no concelho de Valpaços regista nesta campanha uma quebra de 20% comparativamente com um ano médio, uma situação lamentada por autarcas e pelos agricultores que têm neste fruto a sua principal fonte de ren-dimento.

O presidente da Câmara de Valpaços referiu que o concelho

possui uma produção média de castanha que ronda as 10 a 12 mil toneladas, o que representa cerca de 40 milhões de euros de volume de negócio. “Este fruto representa 40% do rendi-mento do sector primário no concelho”, salientou o autarca.

Filipe Pereira, técnico da Associação Regional de Agricul-tura das Terras de Montenegro (ARATM), referiu que devido à seca sentida neste verão muitas castanhas não cresceram dentro do ouriço e, para além disso, a região ainda se está a res-sentir com os efeitos do fungo que, no ano passado, atingiu as zonas mais altas da Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela. Este fungo, a septoriose do castanheiro, provocou quebras brutais em 2014 e, segundo o responsável, este ano os castanheiros só estão a produzir a 60 ou 70%.

Hernâni Sousa, presidente da junta de freguesia de São João da Corveira, uma das áreas maia afectadas pelo fungo, disse que houve alguma melhoria de produção este ano, mas ainda aquém do esperado pelos produtores. “Foi um ataque bastante forte. No ano passado foi uma situação dramática e este ano, nos meus 836 castanheiros, que costumam dar 10 mil quilos de castanha, eu prevejo apanhar apenas metade”, salientou. Se-gundo Hernâni Sousa, cerca de 80% das famílias destas aldeias têm na castanha o seu “principal meio de subsistência”.

Muitos arranjam emprego também na altura da apanha. “Pago normalmente jeiras do valor de 1.300 a 1.400 euros. Este ano infelizmente não vou gastar metade, porque não há casta-nhas para apanhar e eu não posso chamar as pessoas”, salien-tou o autarca de São João da Corveira.

Na aldeia de Sobrado, também Armando Ferreira, com um souto de seis hectares, referiu que “há menos castanha do que um ano normal, mas a qualidade é de primeira, é óptima”.

Os produtores queixam-se ainda que a procura “ainda é dimi-nuta”, até porque o fruto caiu mais cedo da árvore, mas acredi-tam que, com o começo das feiras, se consiga vender melhor.

Page 11: Gazeta Rural nº 258

11 www.gazetarural.com

O CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, volta a co-locar em destaque os produtos portugueses ao promover várias iniciativas como o IV Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses, a 26 de Novembro, o IV Concurso Nacio-nal de Frutos Secos Tradicionais Portugueses, a 27 de Novembro, e o IV Concurso Nacional de Bolo Rei Tradicional Português, a 3 de Dezembro.

Estas iniciativas, que o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica, têm como objectivo es-timular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo, promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores. Com a realização destas actividades o Centro Nacional de Exposições e Merca-dos Agrícolas pretende premiar, promover, valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos produtos portugueses.

As competições decorrem no âmbito da 53ª Feira Nacional de Agricultura/63ª Feira do Ri-batejo e de outras acções como os Concursos Nacionais de Queijos, de Enchidos, Ensacados e Presuntos, de Carnes Qualificadas, de Mel, de Azeite Virgem Extra, de Doçaria Conventual e Popular, de Conservas de Pescado, de Pães, Broas, Folares e Bôlas, de Licores, de Azeitonas de Conserva, de Ervas Aromáticas e de Sal, de Vinagres e de Chocolates e do Salão Prazer de Pro-var. Os interessados podem consultar os respectivos regulamentos em www.cnema.pt.

Iniciativas decorrem em conjunto com a Qualifica

CNEMA promove produtos nacionais

com a realização de vários concursos

Page 12: Gazeta Rural nº 258

12 www.gazetarural.com

Castanhas, cogumelos e cabrito, produtos que movimentam milhões de euros na economia de Vila Pouca de Aguiar, vão es-tar em destaque numa mostra gastronómica que inclui, pela pri-meira vez, um concurso de apanhadores de castanha, informou a autarquia.

A XIV Mostra Gastronómica realiza-se nos dias 7 e 8 de No-vembro, em Vila Pouca de Aguiar, numa iniciativa da Câmara Municipal para divulgar e promover os três produtos que estão a ajudar a desenvolver a economia neste concelho do distrito de Vila Real.

“A castanha é o produto que assume a nível económico uma dimensão maior. Temos uma produção a rondar as mil tonela-das e cerca de dois milhões de euros de rendimento”, afirmou o vereador Duarte Marques. Serão à volta das “300 a 400 fa-mílias” do concelho que retiram rendimento da castanha neste concelho, que está inserido na área da Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela.

Em Vila Pouca de Aguiar os cogumelos são também sector em expansão. A apanha movimenta centenas de pessoas, algumas das quais apenas para consumo próprio, mas uma percentagem significativa também recolhe para comercialização, o que re-presenta um rendimento complementar ao orçamento familiar.

Pelo concelho espalham-se ainda cerca de cinco mil cabeças de cabra bravia e serrana. “São produtos que ainda precisam de ser mais valorizados e é nessa estratégia de valorização, de inovação e de desenvolvimento que estamos a apostar”, frisou Duarte Marques. Por isso mesmo, segundo o autarca, a Câma-ra de Vila Pouca de Aguiar está já a preparar o “Micofest”, que

Evento gastronómico realiza-se a 7 e 8 de Novembro

Vila Pouca de Aguiar mostra produtos de Outono que alavancam economia local

decorrerá em simultâneo com a mostra gastronómica de 2016 e que vai espalhar pelas ruas da vila esculturas e pinturas que terão como principal temática o cogumelo.

Um dos pontos altos da edição de 2015 é a primeira edição do concurso “Melhor apanhador de castanhas”. As regras são simples e ganha quem conseguir apanhar mais castanhas, que estarão como no ambiente natural cheias de ouriços e de folhas, no espaço de dois minutos.

“É uma iniciativa que visa a valorização da actividade e que quer ainda introduzir algum divertimento. Muitos não têm no-ção da dificuldade que é apanhar as castanhas e queremos que haja um reconhecimento dessa actividade”, frisou Duarte Marques.

No recinto da feira, dezenas de expositores vão vender co-gumelos recolhidos na região e o programa do certame inclui ainda uma apanha de cogumelos para quem quiser e uma ca-minhada pelo trilho da castanha. À mostra gastronómica ade-riram 14 restaurantes do concelho que vão propor pratos como a “míscarada”, feito com cogumelos refogados, ou ainda caldo ou pudim de castanha e cabrito assado.

Por esta altura, estes são mesmo os produtos de Outono que estão em destaque nas ementas dos restaurantes locais como salientou Maria das Dores, uma enfermeira reformada de 72 anos, que abriu uma cozinha regional na aldeia de Telões. E é por aqui que colhe muitos dos produtos que serve, como os cogumelos e as castanhas. Esta empresária juntou a paixão pela cozinha à dinamização da aldeia e diz que são muitos os que vêm à sua casa provar a gastronomia local.

Page 13: Gazeta Rural nº 258

13 www.gazetarural.com

A freguesia de Alcaide, no concelho do Fundão, vai receber de 11 a 15 de Novembro o Míscaros - Festival do Cogumelo, que este ano se quer afirmar como um evento ecológico, sem re-curso ao plástico.

“Queremos contribuir para a sustentabilidade ecológica do meio ambiente e reduzir a pegada deixada por este evento. Portanto, o plástico foi banido e também haverá uma forte aposta na reciclagem e separação dos resíduos sólidos”, ex-plicou Fernando Tavares, presidente da Liga dos Amigos do Al-caide, instituição que promove o “Míscaros” em parceria com a Junta de Freguesia do Alcaide e a Câmara do Fundão.

De acordo com este responsável, os pratos e tigelas e talhe-res de plástico, que normalmente eram utilizados, dão lugar a um `kit̀ com as mesmas peças, mas produzidas num material à base de folha de cana-de-açúcar. Já os copos serão substi-tuídos por uma caneca de alumínio que tem o preço simbólico de um euro e meio, ou, em alternativa, por copos de plástico.

“Queremos que todos estejam envolvidos. Às tascas e res-taurantes lançámos o desafio de não usarem material em plás-tico e de separarem o lixo, e aos visitantes pediremos que re-corram a uma das alternativas ecológicas, sendo que a caneca pode ser guardada como recordação ou até para usar nas pró-ximas edições do festival”, desta-cou.

Em Alcaide, Fundão, de 11 a 15 de Novembro

Míscaros - Festival do Cogumelo ‘baniu’ a utilização de plásticos

Fernando Tavares explicou ainda que há uma multa prevista para os participantes que transgridam (perdem a caução de 50 euros), mas mostrou-se convicto de que não será preci-so aplicar essa regra, já que o sucesso deste festival se deve muito ao “forte empenho e adesão” dos que transformam as suas casas em tascas, restaurantes e espaços de exposição de artesanato.

Para esta edição, está já confirmada a abertura de 60 espa-ços (45 tascas/restaurantes e 15 espaços de artesanato), um número que a organização espera que continue a crescer até que seja possível estender o festival por todas as ruas da al-deia. Um crescimento que já se verifica em termos da duração do certame, que este ano começa dois dias mais cedo (aber-tura a ser antecipada de sexta para quarta-feira) e com os dois primeiros dias a serem “inteiramente dedicados” à temática do cogumelo.

Do programa constam a realização de vários “workshops”, palestras e passeios micológicos. O objectivo é ajudar as pes-soas a conhecer e identificar os diferentes tipos de cogumelos, bem como mostrar-lhes todas as potencialidades e diferen-tes possibilidades de utilização do cogumelo, que vão desde a gastronomia até à cosmética, tal como se verificará durante os “live cookings” ou na oficina de produção de sabão de co-gumelo.

A animação está garantida com vários grupos de música a percorrerem as diferentes ruas da aldeia, que estarão deco-

radas, num trabalho que é garantido pela organização em conjunto com os habitantes da aldeia e com os alunos do

curso de artes do Agrupamento de Escolas do Fundão, bem como pelos próprios “tasqueiros”, que não dei-

xarão de tentar ganhar o prémio do “espaço mais criativo”.

Outro dos prémios que a organização atri-bui é o do “melhor prato do cogumelo”, que

pretende motivar os participantes a pre-parem iguarias e produtos à base do co-

gumelo, que, a julgar pelas ementas de outras edições, podem ir do típico arroz de míscaros à telha de cogumelos e en-chidos ou às espetadas de cogumelos e à feijoada de cogumelos, entre outras.

O Míscaros, que este ano também terá um espaço dedicado às crianças e onde os pais poderão deixá-las de-vidamente acompanhados, bem como

uma componente social e solidária.No último dia do Festival decorre-

rá um almoço comunitário de arroz de cogumelos, cuja participação implica o

pagamento de um euro, e durante o qual a organização prevê servir cerca de duas mil refeições.

Com um orçamento global de cerca de 40 mil euros, este festival deverá receber ao longo dos cinco dias entre 30 a 40 mil visitantes nacionais e internacionais, que contribuirão para dinamizar a economia

local e concelhia.

Page 14: Gazeta Rural nº 258

14 www.gazetarural.com

A Laje Grande volta a ser o palco da Feira do Porco e do En-chido, iniciativa impar no panorama gastronómico e turístico da Beira-Serra, que vai ocorrer em Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital, no próximo dia 8 de Novembro, pelo déci-mo terceiro ano consecutivo.

Nascida para enaltecer o papel dos “porqueiros” no desen-volvimento económico da Freguesia de Meruge e valorizar a excelência dos enchidos amanhados por mulheres de mãos ar-tífices e paladares apurados, a Feira é organizada pela Junta de Freguesia de Meruge e pela Associação de Desenvolvimento do Vale do Cobral (ADSCVC).

Ao longo de 13 anos, a Feira afirmou-se como um espaço único de gastronomia genuína, de animação permanente e va-riada, de valorização dos produtos e do mundo rural, de aposta na música e na cultura populares.

A organização e o Grupo Profissional de Teatro “Vivarte” es-colhem em cada ano um tema novo para dar mote ao Teatro de Rua. Para esta edição vão ser representadas no espaço da Feira “Cenas e Apontamentos da Vida de José do Telhado”, fi-gura mítica de bandoleiro, famoso por roubar aos ricos para distribuir pelos pobres. O “Vivarte” vai fazer passar pelo palco natural do Terreiro do Santo e da Lage Grande lutas encarniça-das entre as tropas régias e o bando do José do Telhado, feiras oitocentistas “varridas” à paulada (Associação dos Jogadores de Pau da Guarda), duelos de honra por afronta política. Tudo encenado e representado com o rigor de época, a experiência, a arte dramática e a comicidade únicas do Vivarte.

Para além da animação teatral, a música, e da boa, será par-te imprescindível da Feira. Assegurados estão os “Bombos e as Adufeiras do Paúl”, Covilhã; o “Grupo de Concertinas e Canta-dores ao Desafio do Minho”; os insuperáveis “Fonte da Pipa”,

Pelo décimo terceiro ano consecutivo, em Meruje

Laje Grande e “Arroz de Suã” são atractivos para a Feira do Porco e do Enchido

de Arzila, Coimbra, e os “FanfarraKaústica”, grupo de metais, o melhor do género que existe no País, razão que explica a legião de fãs que os acompanha para os ouvir e aplaudir.

A feira atrai, todos os anos, milhares de visitantes, atraídos pela certeza de um dia bem passado. A Lage Grande e o Terrei-ro do Santo, na rudeza milenar dos seus granitos, emprestam um ambiente rústico genuíno à centena de barraquinhas que oferecem, para além do prato forte dos enchidos, variedade e qualidade de artesanato, de licores, de doçaria tradicional, de queijos e de produtos da agricultura familiar.

A Mostra do Porco Bísaro, os Passeios de Burro (só para crianças), os palhaços, malabares e saltimbancos, fazem da Feira do Porco e do Enchido um acontecimento inimitável. Os amantes das caminhadas podem também inscrever-se no Passeio Pedestre a realizar dia 8, pelas 8 da manhã.

Foi este evento que criou, para o património da gastrono-mia nacional, o inimitável “Arroz de Suã”, pitéu que todos os anos mobiliza um número infindável de apreciadores. Mas não se esgota naquela iguaria a “ementa”. O “Porco no Espeto com Arroz de Feijão”; os “Torresmos à Moda de Meruge”, feitos à fogueira em caçoila de barro, e a “Feijoada à Moda de Noguei-rinha” são outras tantas propostas colocadas à disposição do visitante pelas associações locais, no recinto da Feira.

Para quem preferir um menu menos substancial, mas não menos tradicional, pode encomendar uma Bôla de Carne, de Bacalhau ou de Sardinha ou adquirir simplesmente uma Broa de Milho e aprender a arte de “tender” ali, ao vivo, no recupe-rado Forno Comunitário ou utilizar as fogueiras e caçoilas de acesso livre na Feira, para confeccionar a sua própria refeição. Podem ainda inscrever-se no XI Concurso de Doçaria Tradicio-nal.

Page 15: Gazeta Rural nº 258

15 www.gazetarural.com

“Tesouros com excelente preço”, segundo a Wine Enthusiast

Aveleda 2014 e Pedra Cancela Selecção do Enólogo no Top 7 dos ‘100 Best Buys’

Os críticos da revista americana Wine Enthusiast provaram, ao longo dos últimos 12 meses, milha-res de vinhos com o objectivo de encontrar “tesouros com excelente preço”, vinhos de excelência a um valor acessível para o consumo diário.

Entre as escolhas, estão o Vinho Verde Aveleda da colheita 2014 da Quinta da Aveleda conquistou o terceiro lugar da lista de premiados com 90 pontos e o vinho Pedra Cancela Seleção do Enólogo da colheita de 2010, da região do Dão obteve o sétimo lugar com 92 pontos. A lista é designada como “Top 100 Best Buys”, as cem melhores compras, e premeia a alta qualidade de certos vinhos e a moderação dos preços com que são colocados no mercado.

Os 100 vinhos premiados destacaram-se em três parâmetros nomeadamente a nota de prova, o preço de comercialização (nunca acima de 15 dólares, no mercado americano) e num acerto final, para garantir um leque de ofertas, do mais variado possível. Dos 19.500 vinhos avaliados menos de sete por cento alcançaram esta distinção, este facto por si só já dá a entender o quanto são especiais.

Os vinhos portugueses distinguiram-se em mais nove posições na tabela. Portugal e Espanha partilham a quarta posição na lista dos países mais premiados. Em destaque esteve também o alentejano Herdade dos Machados (2012) em 12º lugar, com 90 pontos.

Pedra Cancela Selecção do Enólogo

Produzido na região do Dão, o Pedra Cancela Selecção do Enólogo, conquistou a sétima posição. Da autoria de João Paulo Gouveia, enólogo e professor universitário de viticultura, e distribuído pela Lusovini, o Pedra Cancela faz parte da lista de 100 marcas que os críticos da Wine Enthusiast escolheram. “É para a Lusovini muito compensador ver reconhecida pela crítica mundial um elemento central da sua estratégia: nas diferentes gamas, a percepção

da qualidade do vinho pelo consumidor tem de ser, pelo menos, superior em 50% ao seu preço na prateleira ou no restaurante”, afirma Casimiro Gomes. “O Pedra Cancela Se-lecção do Enólogo é um Dão de estilo jovem e moderno, com uma excelente relação qualidade-preço no seu segmento”.

Com um preço de 11 dólares nos Estados Unidos, e cerca de 4,5 euros em Portugal, o Pedra Cancela é o segundo vinho português melhor classificado. “Para além do in-teresse de cada produtor ou distribuidor, é muito significativo para a ‘marca Portugal’ no mundo dos vinhos que, numa lista com a exigência e com a visibilidade do ‘Top 100’ da Wine Enthusiast, quase 10% dos vinhos sejam portugueses”, afirma Casimiro Gomes. “Actualmente os vinhos produzidos em Portugal são, em qualquer segmento, melhores e mais competitivos do que alguma vez foram”, conclui.

Lista dos vinhos portugueses incluídos no top 100:

3º Aveleda 2014, Quinta da Aveleda Estate Bottled (Vinho Verde, 90 pontos)

7º Pedra Cancela 2010, Selecção do Enólogo (Dão, 92 pontos)

12º Herdade dos Machados 2012, Morgado da Canita (Alentejano, 90 pontos)

21º Dão Sul 2012, Quinta do Encontro Q do E (Bairrada, 89 pontos)

27º Adega Cooperativa do Cartaxo 2014, Bridão Clássico Branco (Tejo, 87 pontos)

30º Casa Santos Lima 2012, Reserva do Monte (Lisboa, 90 pontos)

40º Herdade de São Miguel 2013, Alicante Bouschet (Alentejano, 91 pontos)

74º DFJ Vinhos 2014 Aluado, Alicante Bouschet (Lisboa, 90 pontos)

81º Quinta de la Rosa 2013, douROSA (Douro, 90 pontos)

Page 16: Gazeta Rural nº 258

16 www.gazetarural.com

Criar nova oportunidade de promoção para os produtores de espumante é o ob-jectivo da Câmara de Melgaço que lança

em Novembro, de 20 a 22, um novo certame dedicado àquela categoria de vinhos, “cada

vez mais procurada”, disse o presidente da autarquia. Manoel Batista estimou que “os

cerca de 30 produtores de vinhos do concelho estejam a lançar anualmente no mercado, uma

média anual de 150 mil garrafas de espumantes”.O autarca socialista disse que “o evento é para

ter continuidade”, depois de em Julho passado, em parceria com o município vizinho de Monção, ter lan-çado em Lisboa a primeira edição do ‘Alvarinho Wine Fest’. “Estimamos que este novo evento atraia a Mel-gaço vários visitantes, não apenas locais como de fora da sub-região (Monção/Melgaço). Será precisa-mente um pretexto acrescido de visita até Melgaço, numa época do ano em que o calendário de eventos tem menos oferta. Todos sabemos como o vinho e a gastronomia são fundamentais para impulsio-nar a economia local e levar esses novos públicos

a contactar com a oferta cultural e de turismo de natureza que também podemos proporcionar”,

Torres Vedras recebe até 13 de Novembro o Festival do Vi-nho, certame que se iniciou no passado dia 30 de Outubro e que decorre no Pavilhão Multiusos da Expotorres, integrado no programa comemorativo das Festas da Cidade. A quarta edi-ção deste evento vínico conta com a participação de 11 pro-dutores de vinho do concelho, num espaço dedicado à mostra e venda de vinhos, provas, concurso e uma mostra de uvada.

O Festival do Vinho é, também, mais uma forma de celebra-ção do S. Martinho, da vinha e do vinho, num concelho com tradição no sector. “Com esta iniciativa brindamos ao nosso bom vinho e enaltecemos a importância socioeconómica que este tem em Torres Vedras, um dos concelhos com maior tra-dição vitivinícola do país”, afirma a autarquia, que juntamente com os produtores locais, promove várias iniciativas em torno do vinho.

No Pavilhão Multiusos da Expotorres haverá, em permanên-cia, um espaço dedicado à mostra e venda de vinhos, tintos, brancos e rosés, dinamizado pelos onze produtores presentes, como a Sociedade Agrícola Quinta da Folgorosa, Lda; Socie-dade Vitivinícola do Formigal, Lda; Santos & Santos, Lda; João Melícias – Unipessoal, Lda; António Francisco Bonifácio & Fi-lhos, Lda; Adega Cooperativa da Carvoeira, CRL; Adega Coo-perativa de Dois Portos, CRL; Adega Cooperativa de S. Mame-

De 20 a 22 de Novembro, com 13 produtores

Melgaço lança primeira Festa do Espumante Alvarinho

realçou.A primeira Festa do Espumante de Melgaço vai decorrer

de 20 a 22 de Novembro, com a presença de 13 produto-res de espumantes, três expositores de fumeiro e outros produtores regionais típicos do concelho, bem como dois restaurantes que vão apresentar propostas gastronómicas, harmonizadas com os vinhos.

Segundo os especialistas trata-se “de um vinho de cordão fino, mousse cremosa, acidez no ponto e grande capacidade de harmonização gastronómica”, sendo que, “a generalida-de dos espumantes é elaborada a partir da casta Alvarinho, mas também com algumas versões rosado e tinto”.

Além da degustação, a Festa do Espumante de Melgaço, que se realizar, no Largo Hermenegildo Soalheiro, no centro histórico do concelho incluirá ainda sessões de showcooking, “em que chefes de cozinha convidados irão reinterpretar o receituário com produtos e ingredientes bem identificados com Melgaço”. Provas comentadas por especialistas e mú-sica completam o programa da primeira edição do evento.

Desde 1995 que a Câmara de Melgaço organiza anual-mente a Festa do Alvarinho para apoiar os cerca de 600 produtores de uva do concelho a promover aquele produto endógeno, responsável “por um volume de negócios da cer-ca de 10 milhões de euros”.

Evento integra o programa das Festas da Cidades

Torres Vedras recebe Festival do Vinho até 13 de Novembro

de da Ventosa, CRL; Vinhas do Portuxo, Lda; AVA – Associação para Valorização Agrária e Adega Mãe – Sociedade Agrícola, Lda. No evento, haverá um espaço onde cada produtor evi-dencia as suas referências e dinamiza a sua marca, dando pro-vas e fazendo venda personalizada.

No âmbito deste certame, decorrerá o concurso “O Vinho Tinto e Branco de Torres Vedras 2015”, organizado pela Câma-ra de Torres Vedras, com orientação técnica do Instituto Na-cional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) – Unidade Estratégica de Investigação e Serviços de Biotecnologia e Re-cursos Genéticos, que premiará a qualidade dos vinhos tintos e brancos produzidos no concelho. Esta acção, segundo a au-tarquia, “constitui um incentivo que se materializa em prémio, passando os vencedores a integrar as ofertas institucionais do Município em todos os seus eventos do ano de 2016”. Os ven-cedores serão conhecidos a 14 de Novembro, na Grande Final do Festival das Vindimas, no Pavilhão Multiusos da Expotorres.

Decorrerá ainda uma mostra de uvada que contará com a participação de 10 produtores.

O Festival é organizado pela Câmara de Torres Vedras, com o apoio dos produtores de vinho do concelho, Associação de Agricultores de Torres Vedras e Instituto Nacional de Investi-gação Agrária e Veterinária de Dois Portos.

Page 17: Gazeta Rural nº 258

17 www.gazetarural.com

Pinhel recebe nos dias 14 e 15 de Novembro a primeira edi-ção do evento Beira Interior – Vinhos e Sabores, que pretende promover vinhos e produtos da gastronomia tradicional da-quela região. O certame, organizado pela Câmara de Pinhel e pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), irá decorrer no Pavilhão Multiusos e contará com a presença de 27 produtores de vinho e de 20 de produtos regionais (mel, azeite, queijos, entre outros).

Segundo as entidades promotoras, o programa do evento pretende reunir em Pinhel “o melhor da Beira Interior com uma variada panóplia de actividades, nomeadamente salão de vi-nhos, degustações e provas comentadas, animação musical, mostra gastronómica regional, ‘workshops’ e ‘show cooking’ com convidados de renome no panorama nacional”.

A iniciativa, que pretende ter “uma dimensão regional e uma projecção nacional”, permitirá que os visitantes assistam “a re-flexões sobre os rumos da região” e provem “o que de melhor” o vasto território da Beira Interior tem para oferecer.

O presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura, disse na apresentação do programa, tratar-se de uma realização que pretende “projectar os vinhos da região” e fazer com que a sua qualidade “seja conhecida do público em geral”. Segundo o autarca, a iniciativa tem “todos os ingredientes” necessários para que “seja um sucesso”.

A 14 e 15 de Novembro, no pavilhão Multiusos

Pinhel promove vinhos e sabores da Beira Interior

Por sua vez João Carvalho, presidente da CVRBI, disse que um certame desta natureza “já fazia falta” na região. Referiu que a cidade de Pinhel tem todas as condições para acolher a iniciativa, uma vez que a CVRBI tem um total de 16 mil hectares de vinha e “cerca de 25% estão na região de Pinhel”. “É a re-gião com maior volume de vinhas em toda a Beira Interior. É por excelência que se deve fazer este certame aqui”, acrescentou.

O dirigente lembrou ainda que o sector do vinho cresceu na região nos últimos 15 anos, passando de oito produtores (qua-tro particulares e quatro adegas) para mais de meia centena.

Um dos pontos altos do evento Beira Interior – Vinhos e Sa-bores será o seminário “Vinhos da Beira Interior, Rumos e De-safios”, a realizar a partir das 9 horas do dia 14 de Novembro.

Durante o seminário serão proferidas intervenções como “A Beira Interior no panorama vitivinícola português” (Anselmo Mendes), “Vinhos biológicos, um caminho para a Beira Inte-rior?” (Frederico Gomes), “Adegas Cooperativas. ‘Gigantes’ adormecidos? (Nuno Galvão) e “Beira Interior, a grande região vitícola portuguesa injustamente subvalorizada” (Malfeito Fer-reira).

A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco.

Page 18: Gazeta Rural nº 258

18 www.gazetarural.com

A edição 2015 do Wine in Azores, que este ano decorreu no Parque de Exposições de São Miguel, em Santana, no concelho da Ribeira Grande, teve mais de 13 mil visitantes, ultrapassando a fasquia de 12.500 visitan-tes estimada pela organização. O balanço “foi bastante positivo”, afirmou o director do certame, Joaquim Costa, recordando que só no primeiro dia o número de ingressos duplicou face à edição anterior.

A feira de vinhos açoriana tem um potencial de crescimento ainda por explorar, face ao que se passa em feiras congéneres, “mas para isso acontecer o mercado local também tem que se desenvolver. Há mais in-vestimento nos Açores e a feira deve acompanhar esse aumento da eco-nomia do arquipélago”, afirmou Joaquim Costa.

Para o responsável do maior evento do género nos Açores, “o objectivo é alargar ainda mais esta montra vínica portuguesa, sobretudo no mer-cado internacional, embora em termos de presenças devemos confinar--nos ao nosso mercado, porque o que é português é bom”.

Joaquim Costa lembrou que o evento começou com 22 produtores e nesta edição contou com 120 expositores nacionais de vinho. Aquele res-ponsável justificou a mudança do Pavilhão do Mar para Santana, dado que em 2014 “foi necessário limitar o número de visitantes para 10 mil, através do valor dos ingressos, depois de em 2013, ao serem atingidas as 12.500 entradas, se terem levantado questões logísticas no espaço em que o evento tinha lugar e que se revelou insuficiente face à procura”.

O “Wine in Azores” 2015 contou com a presença de 12 Chefs, incluin-do três estrelas Michelin, que deliciaram os presentes com sessões de showcooking. Leonel Pereira, Pedro Lemos e Ricardo Costa, os “Miche-lin”, mostraram a sua arte com produtos açorianos, assim como António Alexandre, André Magalhães, Diogo Rocha, Francisco Gomes, Nuno Dinis, Paulo Matos, Tiago Santos e Dalila e Renato Cunha.

Nas Tascas Gourmet os visitantes provaram pratos confeccionados por chefes regionais e nacionais, com os melhores produtos dos Açores, como a carne e o peixe, conhecidos pelo sua qualidade e frescura de ex-celência.

A edição 2016 está em marcha, “acompanhando o facto de os Açores estar na moda. São as low cost, os novos investimentos em bares e res-taurantes e a aposta na economia regional nível vínico e gastronómico, precisamente a base do Wine in Azores”, remata Joaquim Costa.

Potencial do certame acompanha crescimento do investimento nos Açores

Wine in Azores 2015 teve mais expositores e bateu o record de visitantes

Page 19: Gazeta Rural nº 258

19 www.gazetarural.com

Page 20: Gazeta Rural nº 258

20 www.gazetarural.com

VI CONCURSO "OS MELHORES VINHOS ENGARRAFADOS DO DÃO" - 2015

LISTA DE PREMIADOS

PRÉMIO PRESTÍGIO EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA

SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A. CONDESSA DE SANTAR BRANCO 2012 I

PAÇO DE SANTAR - VINHOS DO DÃO, S.A. VINHA DO CONTADOR TINTO 2009 II

O ABRIGO DA PASSARELA, LDA VILLA OLIVEIRA TINTO - TOURIGA-NACIONAL 2010 IV

MEDALHA DE OURO - VINHOS TINTOS

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA

ALAMEDA DE SANTAR, LDA QUINTA DA ALAMEDA RESERVA ESPECIAL TINTO 2012 II

DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA FOUR C TINTO 2011 II

QUINTA DOS MONTEIRINHOS, LDA QUINTA DOS MONTEIRINHOS TINTO 2011 II

CHÃO DE SÃO FRANCISCO - SOC. DE VITICULTURA E TURISMO, LDA CHAO DA QUINTA TINTO - TOURIGA-NACIONAL 2012 IV

SOCIEDADE AGRÍCOLA BOAS QUINTAS, LDA QUINTA DA FONTE DO OURO TINTO - TOURIGA-NACIONAL 2012 IV

UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL TESURO DA SÉ TINTO 2011 II

ADEGA COOPERATIVA DE MANGUALDE, CRL CASTELO DE AZURARA TINTO - ARAGONÊS 2012 IV

QUINTA DO PERDIGÃO - SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA QUINTA DO PERDIGÃO TINTO - TOURIGA-NACIONAL 2009 IV

O ABRIGO DA PASSARELA, LDA CASA DA PASSARELA TINTO - ALFROCHEIRO 2011 IV

CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA ALLGO TINTO 2012 II

MARIA DE LOURDES MENDES OLIVA NUNES ALBUQUERQUE OSÓRIO QUINTA DA PONTE PEDRINHA RESERVA TINTO 2011 II

ADEGA COOPERATIVA DE PENALVA DO CASTELO, CRL PENALVA 50 TINTO - TOURIGA-NACIONAL 2008 IV

DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA CABRIZ TINTO - TOURIGA-NACIONAL 2010 IV

MEDALHA DE PRATA - VINHOS TINTOS

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA

MAGNUM - CARLOS LUCAS VINHOS, LDA RIBEIRO SANTO VINHA DA NEVE TINTO 2011 II

MAGNUM - CARLOS LUCAS VINHOS, LDA RIBEIRO SANTO RESERVA TINTO 2012 II

QUINTA DO SOBRAL - ENG. ECOM. DE VINHOS, LDA QUINTA DO SOBRAL RESERVA TINTO 2012 II

UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL INVULGAR TINTO 2010 II

UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL ADRO DA SÉ RESERVA TINTO 2012 II

JAIME DE ALMEIDA BARROS, LDA QUINTA DAS CAMÉLIAS TINTO - TOURIGA-NACIONAL 2010 IV

MEDALHA DE PRATA - VINHOS ROSADOS

CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA ALLGO ROSADO 2014 III

EMPREENDIMENTOS TURISTICOS MONTE BELO, S.T.R, SA. CASA DA ÍNSUA ROSADO 2014 III

A Pousada de Viseu foi o palco de mais uma gala anual de en-trega de prémios aos vencedores dos concursos ‘Os Melhores Vinhos do Dão Engarrafados’ e ‘As Melhores Vinhas do Dão’, or-ganizada pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão.

Intercalados por momentos musicais protagonizados pela banda ‘Notas de Prova - Quintet Jazz’, foram entregues os pré-mios às melhores vinhas, assim como as medalhas de Prata e Ouro nas diversas categorias (Brancos, Tintos, Rosados, Espu-mantes Naturais e Vinhos de Casta).

Foram também anunciados os três prémios prestígio deste ano: os vinhos Condessa de Santar branco 2012; Vinha do Con-tador tinto 2009 e Villa Oliveira tinto 2010. Quanto à ‘Melhor Vi-nha do Dão’, mais uma vez a medalha de Ouro foi para a parcela

Gala decorreu na Pousada de Viseu

CVR Dão premiou os ‘Melhores Vinhos do Dão’ 2015

Quinta da Regada, pertencente à Madre D’Água, em Gouveia.Entre os diversos convidados da gala esteve presente o Se-

cretário de Estado da Agricultura, que se mostrou entusias-mado com a evolução que o Dão tem vindo a ter nos últimos anos. “O Dão tem um grande potencial de crescimento e isso verifica-se pelo aumento das exportações, nomeadamente na Europa” afirmou José Diogo Albuquerque. O governante diz que “o modelo para o sucesso do vinho desta região está traçado e para isso muito tem contribuído o empenho dos produtores e o acompanhamento da CVR Dão”.

Por sua vez o presidente da CVR do Dão mostrou-se orgulho-so da sua região salientando que que “finalmente o Dão tem o reconhecimento que merece”, afirmou Arlindo Cunha.

Page 21: Gazeta Rural nº 258

21 www.gazetarural.com

Page 22: Gazeta Rural nº 258

22 www.gazetarural.com

O Ministério da Economia revelou que as acções de fiscaliza-ção e investigação a vários operadores transmontanos reve-laram a ausência de risco no consumo de enchidos regionais.

O gabinete do ministro Pires de Lima resumiu, em comuni-cado, o resultado das acções realizadas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Direcção Geral do Consumidor (DGC) e a Direcção Geral de Alimentação e Ve-terinária (DGAV), na sequência do botulismo alimentar asso-ciado ao consumo de alheiras de uma marca comercial de uma empresa de Bragança.

“Resultou das respectivas acções de inspecção e fiscaliza-ção, em estreita colaboração com os operadores económicos, a garantia da qualidade e segurança dos produtos tradicionais produzidos na região de Trás-os-Montes, cujo consumo não representa qualquer risco”, lê-se no comunicado.

O Governo indica que a ASAE desencadeou acções de fisca-lização e de investigação, avaliando a rastreabilidade, no cir-cuito comercial, dos vários operadores económicos da região. As três entidades envolvidas neste processo esclarecem ainda que os cinco casos de botulismo, uma intoxicação que pode ser fatal, “estão circunscritos a produtos de uma só marca -- “Origem Transmontana”- de um único operador económico”. O Governo lembra que a ASAE assegurou que o operador eco-nómico procedeu à retirada imediata do mercado dos respec-tivos produtos.

Nos últimos dois dias Governo e autoridades nacionais têm tomado posições públicas de apoio à alheira e ao fumeiro transmontano, depois de a produção ter sido afectada, com quebras nas vendas, na sequência dos casos de botulismo.

Os secretários de Estado da Ali-m e n t a -ção e

Acções decorreram em vários operadores da região

Fiscalização revelou ausência de risco nos enchidos transmontanos

da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira Brito, e o adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, participaram, em Vinhais, numa sessão pública de prova de fumeiro regional, na abertura da Rural Castanea, a Feira da Castanha.

Por sua vez o director-geral da Saúde, Francisco George, foi a Mirandela degustar alheira num almoço com os autarcas da região e assegurou, enquanto autoridade da Saúde, que o ris-co de consumir estes produtos “é zero” e que a situação está controlada.

A polémica dos casos de botulismo, desencadeada em Se-tembro, provocou reduções na ordem dos “70 por cento” nas encomendas de Alheira de Mirandela e os produtos temem que o impacto se prolongue para a época alta do fumeiro que se aproxima e que é o inverno.

Comunidade Intermunicipal manifesta confiança no fumeiro da região

Entretanto, o Conselho Intermunicipal Terras de Trás-os--Montes manifestou confiança nos produtos de fumeiro regio-nal, após uma reunião que juntou os nove autarcas que inte-gram aquele organismo em Mogadouro.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Mon-tes manifestou, por outro lado, o seu desagrado pela “facilida-de” com que se procede ao registo de marcas comerciais com recurso a designação do território, permitindo a sua utilização, por vezes de forma “negligente”.

O botulismo alimentar é uma doença grave de evolução agu-da e é desde 1999 de declaração obrigatória

em Portugal, tendo-se registado até 2013 menos de uma

centena de casos.

Page 23: Gazeta Rural nº 258

23 www.gazetarural.com

Page 24: Gazeta Rural nº 258

24 www.gazetarural.com

Micólogos portugueses e espanhóis reuniram-se em Vi-nhais, no Nordeste Transmontano, num encontro ibérico que lançou um alerta para o potencial por explorar da variedade de milhares de espécies de cogumelos existentes na região.

Da alimentação, à ornamentação, medicina ou tinturaria, há uma fileira por explorar, como afirmou Francisco Xavier, um dos micólogos mais conhecidos de Trás-os-Montes e membro do Grupo Micolóxico Galego, que organizou o encontro ibérico, em parceria com entidades locais.

Tratou-se de um encontro científico bienal que juntou 90 especialistas em saídas de campo e recolha de cogumelos seguidas de estudo e identificação para posterior publicação, além de seminários e degustação.

O trabalho destes micólogos já permitiu identificar “milhares de variedades de cogumelos” na chamada zona de influência climática do Atlântico, que abrange os dois lados da frontei-ra norte e que é considera das mais importantes da Península Ibérica, em termos micológicos.

“Nós só podemos cuidar, preservar, aproveitar se souber-mos aquilo que temos e onde temos”, realçou Francisco Xavier, indicando que do que já se conhece e está devidamente re-gistado “existe um grande potencial”, mas, sobretudo, do lado português, ainda não se avançou para a fase de aproveitar as possibilidades existentes.

Estima-se, segundo o micólogo, que na zona Norte de Por-tugal se movimente perto de um milhão de euros anualmente com os cogumelos, porém “num mercado negro, com muito pouca transparência, muito clandestino”.

As florestas são esventradas por pessoas à procura de co-gumelos silvestres que se limitam a vender a intermediários espanhóis” “Há 15 anos que me bato pela valorização deste património silvestre que pode ser aproveitado em benefício das populações”, enfatizou, defendendo que falta iniciativa do

Encontro em Vinhais reuniu 90 especialistas

Micólogos alertam para o potencial por explorar dos cogumelos

Estado e privada também. O micólogo realçou que “Portugal é o único país que não tem

legislação para regulação da apanha”, apesar de há quase uma década, em 2006, ter feito parte de um grupo de trabalho, que incluiu o Ministério da Agricultura, e que elaborou um esboço de decreto-lei para regulamentar a apanha”. “Ficou pronto quase para publicação e não sei onde para”, afirmou.

As associações como o Grupo Micolóxico Galego “facultam informação gratuita” sobre o potencial que existe e como pode ser aproveitado, porém não têm, seguindo disse, procura por parte de privados para projectos empresariais.

Francisco Xavier garantiu que oportunidades de negócio não faltam entre os milhares de espécies existentes neste ter-ritório. Além das espécies para alimentação tradicional, “está--se a descobrir que há cogumelos com propriedades medici-nais do novo conceito de alimento nutricêntrico”, uma espécie de suplemento alimentar. O Instituto Politécnico de Bragança está a desenvolver investigação nesta área, da qual deu conta do processo no encontro ibérico de Vinhais.

A tinturaria micológica poderá ser outra frente da fileira de negócio, recuperando uma prática ancestral em que os cogu-melos eram utilizados para tintos, que não são contaminantes para o meio ambiente. A ornamentação e decoração são ou-tras propostas apontadas.

Os estudiosos têm a expectativa de novas descobertas em Vinhais, considerada uma “das zonas mais ricas” de Trás-os--Montes em cogumelos, e onde existe um Centro Micológico que dá conta da biodiversidade conhecida.

O encontro esgotou a capacidade hoteleira de Vinhais, no-meadamente as 110 camas disponíveis no Parque Biológico, como adiantou Carla Alves, directora deste espaço que é uma réplica da fauna e flora do Parque Natural de Montesinho, que abrange este concelho e o de Bragança.

Page 25: Gazeta Rural nº 258

25 www.gazetarural.com

Concluída mais uma edição da Rural Castânea - Festa da Castanha, é tempo de pensar no futuro do certame de Vinhais, que pode transformar-se “numa feira agrícola mais abrangen-te”, revelou o presidente desta autarquia do nordeste trans-montano.

Para Armindo Pereira, “esta é uma feira de Outono, enquanto a Feira do Fumeiro é mais temática, mas esta, pelo ponto de vista dos produtos que estão expostos, penso que justificaria que avançasse para uma feira agrícola”, adiantou o autarca, acrescentando que este ano a disposição do evento já foi a pensar nesse passo. “Já ensaiámos com mais um pavilhão, de-dicado à castanha, à floresta, ao mel e com uma exposição de animais”, referiu Armindo Pereira, adiantando que “o caminho será transformar esta feira numa verdadeira feira agrícola, já no próximo ano”, revelou o autarca.

No que toca à edição deste ano, para além do aumento de visitantes, espelhados na opinião dos expositores, de que “a feira correu melhor do que em anos anteriores”, o certame

Revelou o presidente da Câmara de Vinhais

Rural Castânea pode “evoluir para feira agrícola”

contou este ano com várias novidades, caminhando no sentido daquilo que a Câmara de Vinhais, a entidade promotora, pretende para oi futuro do evento.

Para além da castanha, que foi, natu-ralmente, a rainha da Festa, num pavilhão de-dicado à produção da castanha, os produtores, pela primeira vez, tiveram oportunidade de esclarecer as suas dúvidas sobre a cultura do castanheiro. “Haver um espaço específico dedi-cado ao castanheiro, ao conhecimento, à inovação e à inves-tigação, é sempre um espaço atraente”, afirmou presidente da Arborea, Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana, uma das entidades envolvidas na organização do certame faz um balanço positivo da utilização do pavilhão. “Cada vez mais as pessoas querem ir a estas feiras e encontrar lá alguém que possa dar informação sobre estas questões”, re-feriu Abel Pereira.

Page 26: Gazeta Rural nº 258

26 www.gazetarural.com

O concelho de Armamar deverá produzir este ano cer-ca de 70 mil toneladas de maçã, numa altura em que está em marcha a criação de uma Organização de Produto-res. No rescaldo de mais uma edição da Festa da Maçã, certame que reafirmou a importância da fruticultura no concelho, a questão do frio é prioritária, pois neste mo-mento no concelho só há capacidade para armazenar, com frio, menos de metade da produção de maçã.

A Câmara de Armamar, entidade promotora da iniciati-va, faz um balanço” muito positivo” da Feira da Maçã, que reuniu agentes económicos, sociais e culturais do muni-cípio e contou com a visita de milhares de pessoas. No certame, para além da maçã, havia também expositores de vinhos do Douro, Porto e Távora Varosa, cogumelos, um sector em franca expansão e com procura no mer-cado, entre outros. A indústria transformadora ligada ao fumeiro e aos enchidos também esteve bem representa-da e a mostrar qualidade e inovação.

O presidente da Câmara de Armamar, à Gazeta Rural, destacou “o ano fabuloso” de produção de maçã, que já chega a mercados tão díspares como a Inglaterra, Brasil ou Sudão. João Paulo Fonseca diz que a criação de uma Organização de Produtores no concelho “irá ajudar a minimizar” o problema do armazenamento com frio, que neste momento não chega para metade da produção estimada para este ano.

Gazeta Rural (GR): Esta é uma mostra do melhor que Armamar produz?

João Paulo Fonseca (JPF): Sim. Temos um ano fabuloso de produção de maçã, quer em quantidade quer em qualidade. Portanto, este evento é uma grande mostra de maçã, um pro-duto de excelência que Armamar produz. É claro que a maçã

Em marcha a criação de uma Organização de Produtores

Armamar deverá produzir este ano cerca de 70 mil toneladas de maçã

‘baptiza’ o evento, mas nesta mostra estiveram representadas todas as actividades económicas do concelho, a maior parte ligadas ao sector primário.

GR: Satisfeito com a edição deste ano?JPF: Bastante satisfeito, porque o número de expositores

aumentou exponencialmente em relação ao ano anterior, o que se revela o interesse por este certame e isso deixa-nos sa-tisfeitos. Percebemos, também, que Armamar tem um merca-do atractivo para outras actividades.

GR: Está em marcha a criação de uma Organização de Produtores. Uma das questões levantadas é a ne-cessidade de frio, que neste momento é insuficiente?

JPF: Resolve parte do problema em duas vertentes. Em pri-meiro lugar por já há alguns anos detectamos que em Armamar havia falta de organização dos nossos produtores e num mer-cado cada vez mais apertado, cada um por si torna as coisas mais difíceis. Depois temos, efectivamente, a questão do frio. Armamar deverá produzir este ano cerca de 70 mil toneladas de maçã, mas frio de qualidade teremos para menos de me-tade. Portanto, precisamos de investimentos nesta área para valorizar mais o produto, para que os nossos produtores não tenham que o comercializar ainda na árvore ou a seguir à apa-nha.

GR: A exportação é um dos aspectos relevantes. Há quem esteja a exportar para o Brasil e para o Sudão?

JPF: Isso mostra que temos um produto de excelência e depois porque há mercados apetecíveis para exportar, como o Brasil e, mesmo, para Inglaterra, que consome maçã de cali-bres mais baixos, com grande sucesso, no âmbito da alimenta-ção escolar. Na cultura inglesa uma criança dos 8 aos 11 anos não come uma maçã calibre 65/75, mas uma mais pequena. Num mundo global temos que nos adaptar, produzir bem e procurar novos mercados para valorizar o produto.

Page 27: Gazeta Rural nº 258

27 www.gazetarural.com

O pavilhão Municipal de Aguiar da Beira recebeu a segunda edição do Certame Gastronómico do Míscaro, evento promo-vido pela autarquia local e que pretende aproveitar um dos produtos naturais muito procurado nesta época do ano.

Alguns milhares de pessoas passaram pelo no concelho du-rante o fim-de-semana, a grande maioria porque pretendeu degustar alguns pratos que têm como ingrediente o míscaro, mas também aqueles que, para consumo próprio ou para ne-gócio, demandam as florestas do concelho.

“Este evento existe porque o actual executivo da Câmara tem vindo a apostar fortemente na marca ‘Aguiar da Beira’ em muitas áreas da nossa economia, com particular realce para os produtos endógenos característicos deste concelho”, afirmou Joaquim Bonifácio. O autarca diz que o míscaro “é um produto endógeno e abundante no concelho de Aguiar da Beira”, para além de que “a sua qualidade impar proporciona a todos que nos visitam, não só apanhá-los, mas especialmente degustá--los nos mais variados restaurantes”.

Para Joaquim Bonifácio, este produto “é importantíssimo para a economia do concelho, facto demonstrado pelo factos das unidades hoteleiras do concelho terem esgotado”, para além de que “as pessoas aproveitaram para, também, visitar e conhecer este concelho do interior”.

Na inauguração do certame estiveram presentes, para além de autarcas da região, Adelina Martins, directora Regional de Agricultura do Centro; Pedro Machado, da Entidade de Turismo

Com o objectivo de apoiar, de forma efectiva, os produtores de mel do concelho, a Câmara de Aguiar da Beira e Associação de Apicultores da Beira Alta (AABA) assinaram protocolo, que contou com a presença do autarca local, bem como do presi-dente da AABA.

“Este protocolo é importante porque em Aguiar da Beira já existem muitos apicultores e há jovens que nos procuram para desenvolver essa actividade”, afirmou Joaquim Bonifácio, adiantando que, no âmbito do mesmo, a autarquia disponibi-lizará no gabinete de apoio ao agricultor um posto de atendi-mento para ajudar na resolução dos problemas dos apiculto-res, bem como das possíveis candidaturas que se possam vir fazer”, afirmou o autarca de Aguiar da Beira.

Por sua vez, o presidente da AABA destacou a importância do protocolo, que considera “fundamental” para o desenvol-vimento da apicultura no concelho que tem vindo a crescer e conta nesta altura com 34 apicultores.

António Ferreira afirmou, ainda, que 2015 “foi dos piores anos” para a produção de mel, estimando uma quebra de cerca de 50% na região. A AABA representa mais de quatro centenas de apicultores, com uma produção de mel na ordem das dez mil toneladas e com tendência para crescer.

Evento contou com elevada participação

Míscaro foi rei num Certame Gastronómico em Aguiar da Beira

Autarquia disponibiliza posto de atendimento no gabinete de apoio ao agricultor

Câmara de Aguiar da Beira e Associação de Apicultores assinaram protocolo

do Centro. A ocasião foi aproveitada para a apresentação do projecto “Sabor a Cogumelo”, uma iniciativa de dois alunos da Escola de Aguiar da Beira, no âmbito do Concurso Municipal de Ideias de Negócios.

Page 28: Gazeta Rural nº 258

28 www.gazetarural.com

Milhares de pessoas passaram pela Feira do Míscaro, em Sátão, evento que já é uma marca deste concelho. A Capital do Míscaro acolheu turistas, visitantes, especia-listas na degustação de míscaros, artesãos, vendedores e compradores de míscaros que fizeram com que este certame fosse mais uma vez um sucesso.

No evento participaram noventa vendedores de mís-caros e de artesanato típico. A meio da manhã, e apesar do preço rondar os 20 euros o quilo, já muitos exposito-res tinham esgotado o stock, o que mostra a qualidade do míscaro produzido neste concelho.

O evento contou com várias actividades, como prova de míscaros, de pão e vinho do Dão, o tradicional ma-gusto de S. Martinho, actuação de Quim Barreiros e do Grupo de Concertinas de S. Miguel de Vila Boa.

Sátão, a Capital do Míscaro, continua a oferecer aos satenses e visitantes um certame já com tradição, onde o míscaro e uma vasta oferta cultural e gastronómica proclamaram a “Arte de Bem Receber” das gentes de Sátão.

Milhares de pessoas passaram pelo pavilhão multiusos de Sernancelhe na XXIII Feira da Castanha, naquela que o mu-nicípio, no balanço ao certame, considerou “a melhor edição de sempre”. O evento, que contou com expositores de outros produtos do concelho, como maçã, os enchidos, queijos e fu-meiro, mostrou a importância económica da castanha para as gentes de Sernancelhe, mas também a balança nacional sente os efeitos positivos do valor crescente deste fruto e do aumen-to da procura registada a cada ano.

A inauguração do certame contou com a presença do Se-cretário de Estado das Comunidades, José Cesário, além de vários autarcas do Douro Sul. Na ocasião, o presidente da Câ-mara de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, recordou os 23 anos de Festa da Castanha, elogiou as empresas do sector, os produtores, as associações, as juntas de freguesia e todos quantos contribuem com o seu trabalho para que Sernancelhe seja hoje conhecido como a Terra da Castanha. Por seu turno, o José Cesário evidenciou os concelhos que têm a capacidade de dar valor aos produtos da terra e que têm a capacidade para os transformar em imagens de marca.

Campanha da castanha deixa os produtores satisfeitos A produção de castanha em Sernancelhe está a ser melhor,

em quantidade e qualidade, do que em 2014, afirmam produ-tores deste concelho do norte do distrito de Viseu. “Este ano a castanha é boa, há qualidade e quantidade”, frisou José Au-gusto, que tem cerca de 50 hectares de terreno com casta-nheiros. A meio da campanha deste ano, o produtor já tinha colhido “entre sete e oito toneladas” e prevê que a quantidade

Preço rondou os 20 euros o quilo

IX Feira do Míscaro de Sátão recebeu milhares de visitantes

Evento atraiu milhares de pessoas a Sernacelhe

Festa da Castanha foi a melhor de sempre

duplique até ao final. “No ano passado apanhei metade e mais ruim. Este ano é de boa qualidade, pouco bichosa. E o sabor é sempre melhor quando não é bichosa”, explicou.

Também Daniel Azevedo está satisfeito com a forma como tem estado a decorrer a colheita da castanha nos seus cerca de 20 hectares de soutos. “A produção este ano é muito me-lhor do que no ano passado. Não é dos melhores anos, mas é um bom ano”, realçou, acrescentando que a castanha da cam-panha actual, “além de ter menos bicho, é mais doce e mais saborosa do que a do ano passado”.

Page 29: Gazeta Rural nº 258

29 www.gazetarural.com

A Cooperativa Agrícola de Felgueiras prevê que a produção de kiwis no concelho aumente este ano cerca de 30 por cento face a 2014, avançou o presidente da direcção, Casimiro Alves.

“Vamos ter mais produção, embora com kiwis de calibre mais pequeno”, precisou. O acréscimo corresponde a uma produção de cerca de 900 toneladas, mais 300 do que no ano passado.

A tendência, esclareceu ainda o dirigente, deve-se ao maior número de associados e a novos pomares que este ano serão contabilizados. A campanha dos kiwis vai arrancar na primeira semana de Novembro, no concelho que, segundo números do sector, lidera a produção nacional daquele fruto.

O representante da instituição adiantou que está tudo prepa-rado para receber a colheita de 2015. “Adquirimos 1.300 caixas para os kiwis, num investimento de cerca de 100.000 euros”, assinalou, frisando haver cada vez mais produtores e área de exploração.

Cerca de 80 por cento da produção de kiwis da Cooperativa de Felgueiras destina-se à exportação, com o mercado espa-nhol a ser o maior cliente. Só em Felgueiras, concelho que tem a maior área de produção do país, no próximo ano entrarão em produção várias explorações, a maioria de jovens agricultores, duplicando a produção actual.

Também os equipamentos de frio, destinados a armazena-

Segundo presidente da direcção, Casimiro Alves

Cooperativa de Felgueiras prevê aumento de 30 por cento na produção de kiwis

mento, estão a ser reforçados. No conjunto do país há cerca de 600 produtores daquele fruto, concentrados sobretudo no Vale do Sousa e Oliveira do Bairro.

A cooperativa está também a apostar na produção de espar-gos, tendo recebido várias toneladas que foram escoadas para o mercado nacional e para Espanha. “Estamos a incentivar os produtores a plantar espargos, porque têm um bom escoamen-to”, salientou Casimiro Alves.

Além da liderança na produção nacional de kiwis, a Coope-rativa de Felgueiras é também a maior da região do Tâmega e Sousa e uma das maiores do país na produção de vinho verde, recebendo uvas de vinicultores associados de vários municípios, nomeadamente Felgueiras, Lousada, Amarante, Vizela, Celorico de Basto, Marco de Canaveses e Castelo de Paiva, entre outros. Este ano, a instituição quase duplicou a quantidade de uvas re-cebidas na campanha de vindimas, face a 2014.

Page 30: Gazeta Rural nº 258

30 www.gazetarural.com

Page 31: Gazeta Rural nº 258

31 www.gazetarural.com

A Incubadora de Empresas de Base Rural (IBR), em Idanha-a-Nova, conta com três novos promotores de projectos na área dos mirtilos, do olival e das sementes – todos em modo de produção biológico.

Na cerimónia de assinatura dos contratos, o presi-dente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacin-to, destacou o facto destes projectos produzirem com “qualificação, certificação e em modo biológico”, indo ao encontro “daquela que tem sido a estratégia para o concelho”.

A empresa Living Seeds - Sementes Vivas SA vai de-senvolver um projecto que inclui produção, investigação e multiplicação de sementes, em modo biológico e bio-dinâmico, a partir de variedades tradicionais portugue-sas. O projecto perspectiva um investimento de cerca de cinco milhões de euros, ao longo dos próximos 15 anos, e estima para o mesmo prazo a criação de 30 empregos qualificados directos em Idanha-a-Nova, vários postos de trabalho indirectos e o estabelecimento de uma rede de parcerias com múltiplos produtores.

A Câmara de Idanha-a-Nova, através da IBR, contra-tualizou com a empresa 25 hectares de terra produtiva na Herdade do Couto da Várzea. Legumes e hortícolas, ervas aromáticas e medicinais, pseudocereais (como o amaranto, trigo-sarraceno e quinoa) são algumas das produções em fresco e de semente previstas, com vista aos mercados de Portugal, Espanha e outros países do sul da Europa.

A Living Seeds pretende agregar vários produtores em todo o país e envolve colaboradores alemães, portu-gueses, belgas, holandeses e de outras nacionalidades, que irão trabalhar a partir de Idanha-a-Nova. A empresa é membro da Associação Biodinâmica de Portugal, da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica e tem o apoio do INIAV, colaborando ainda com as escolas su-periores agrárias de Coimbra, Ponte de Lima e Castelo Branco.

Ainda na mesma ocasião foram assinados contratos com dois outros jovens promotores, igualmente para instalação na Herdade do Couto da Várzea. Carina Ve-loso irá produzir mirtilos em modo de produção bioló-gico, numa exploração com 2,5 hectares, enquanto Rui Tavares irá desenvolver 27 hectares de olival em modo biológico.

Instalada na Incubadora de Empresas de Base Rural

Empresa vai produzir sementes em Idanha-a-Nova

Page 32: Gazeta Rural nº 258

32 www.gazetarural.com

Um estudo internacional sem precedentes, publicado na revista “Nature Plants”, do conceituado Grupo “Nature”, avaliou o meca-nismo de formação e crescimento dos anéis das árvores e a sua dinâmica de aquisição do carbono, contribuindo para entender melhor o ciclo global do carbono e o fenómeno das alterações climáticas.

Este estudo reuniu 33 investigadores de 12 países (Alemanha, Áustria, Canadá, China, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Portugal, República Checa, Rússia e Suíça). A equipa portuguesa é constituída por três investigadores do Centro de Ecologia Fun-cional (CEF) da Universidade de Coimbra (UC).

Portugal utiliza essencialmente o eucalipto para produção de pasta de papel, mas uma investigadora do Instituto Superior de Agronomia defendeu a aposta em outros aproveitamentos, como o fabrico de produtos de madeira ou outros com utilida-de farmacêutica.

“Temos praticamente só uma espécie de eucalipto, o ‘eu-calyptus globulus’, e também praticamente só uma utilização, a produção de pasta de papel, que é óptima, a qualidade desta espécie é adequada a este produto, mas de facto a diversidade é pequena”, disse Helena Pereira. A coordenadora do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia (ISA) realçou a possibilidade de “ir para produtos do tipo mais quími-co, ou seja, extrair compostos químicos com potencial bioacti-vidade, por exemplo, antioxidantes ou produtos com utilidades farmacêuticas e extrair esses compostos não só da madeira mas, por exemplo, também da casca”.

Uma outra utilização apontada pela especialista é a energé-tica, através da produção de biomassa. Este é um conceito de aproveitamento integral do recurso, neste caso do eucalipto, que se dividem em várias espécies, evitando desperdícios.

Helena Pereira falava durante um seminário sobre “Eucalip-to - Produção e Ambiente”, que decorreu em Lisboa, iniciativa integrada no ciclo “Da Investigação à Aplicação”, com o ob-jectivo de apresentar o trabalho do Centro de Estudos Flores-

Reuniu 33 investigadores de 12 países

Estudo avalia resposta da floresta para a mitigação do efeito estufa

Considerando que a formação e desenvolvimento dos anéis das árvores interferem no processo de aquisição e acumulação de carbono, os investigadores estudaram, ao longo de três anos, o mecanismo de formação dos anéis em florestas de climas dis-tintos.

Além de contribuir para a “compreensão do ciclo global do car-bono”, que tem sofrido profundas mudanças ao longo do tempo, este estudo pode “permitir estimar a quantidade de carbono se-questrado anualmente pelas florestas, ou seja, avaliar o contri-buto das árvores no controlo do dióxido de carbono (CO2). As florestas são grandes reservatórios de CO2 a longo prazo, mas a dinâmica deste processo é ainda pouco entendida”, observa Cris-tina Nabais, coordenadora da equipa portuguesa.

Os anéis das árvores “fornecem importantes sinais climáticos e, por isso, se entendermos toda a mecânica envolvida na sua formação e crescimento, bem como os impactos que essa me-cânica tem na acumulação de carbono, temos pistas para prever respostas futuras das florestas no complexo problema das altera-ções climáticas”, salienta Filipe Campelo, outro dos investigado-res envolvidos na pesquisa.

O estudo demonstrou que a formação dos anéis é altamente sensível ao fotoperíodo (horas de exposição à luz), sendo o pro-cesso de acumulação do carbono nos anéis mais sensível à tem-peratura, e que a dinâmica de acumulação do carbono é muito diferente entre as florestas do Mediterrâneo e as florestas tempe-radas do Norte da Europa, um dado importante para perceber o contributo relativo destas florestas para o ciclo do carbono.

Defende investigadora do Instituto Superior de Agronomia

Eucalipto pode ser usado em produtos de madeira ou na área farmacêutica

tais não só para conhecer melhorar as espécies florestais, mas também para encontrar formas de aproveitar as suas caracte-rísticas. “Podemos ter, por exemplo, a utilização para produtos de madeira sólida, produtos de madeira, que em Portugal e na Europa não utilizamos, mas que em outros países já são utiliza-dos”, a partir de eucaliptos, explicou.

Questionada acerca da sanidade das espécies florestais, a investigadora referiu que a área “das doenças, das pragas é sempre um pano de fundo preocupante” já que ao afectar os eucaliptos, por exemplo, “têm como consequência a morte das árvores e a redução da oferta de madeira”.

Em Portugal, segundo a professora do ISA, o norte litoral e o centro litoral, até ao Algarve, são as áreas com mais aptidão para o eucalipto, uma espécie que “não se dá bem” em zonas de montanha, onde haja frio e geadas, ou em zonas com muita baixa precipitação e solos muito pobres, como aqueles exis-tentes no interior do país. Actualmente, o eucalipto é a espé-cie que ocupa maior área na floresta portuguesa, com 812 mil hectares, ou 25,8% do total, e o principal recurso industrial, a que são afectados 7,7 milhões de metros cúbicos de árvo-re sem casca, ou seja, 92% da madeira consumida para pasta de papel, segundo números do Centro de Estudos Florestais. Cerca de 94% do total da indústria papeleira baseia-se no eu-calipto, acrescentou.

Page 33: Gazeta Rural nº 258

33 www.gazetarural.com

BrevesMacieira recebe XVII edição da Festa da Casta-nha e do Mel

Decorre no fim-de-semana de 7 e 8 de Novembro a XVII edição da Festa da Castanha e do Mel, em Macieira, freguesia de Sul. Este evento, com grande tradição no concelho de S. Pedro do Sul, irá contar com diversos expositores, assumindo lugar de destaque a castanha e o mel, além do artesanato e produtos endógenos.A animação musical, ranchos folclóricos, magusto típico, jantar tradicional, e uma caminhada para apanha da castanha são os pontos fortes do programa, que inclui ainda sessões de show-cooking e espaço de restauração com os produtos anfitriões da festa.A Festa da Castanha e do Mel afirma-se, cada vez mais, como um evento de promoção e divulgação dos produtos endógenos, tornando-se um ex-libris da região.

Produtores agro-alimentares de Serpa visitam feiras em Lisboa

A Câmara de Serpa vai promover, no dia 22 de Novembro, uma viagem de produtores do sector agro-alimentar do concelho a Lisboa para visitarem duas feiras agrícolas. Os produtores vão visitar as feiras PortugalAgro e Alimentaria Horexpo, na Feira In-ternacional de Lisboa, que pretendem mostrar a diversidade e a riqueza e equipamentos e recursos da agricultura.A visita às feiras “permitirá aos empresários do concelho trocar experiências com produtores de outras regiões do mundo, realizar contactos e entrar em novos mercados e conhecer produtos ino-vadores e os avanços da tecnologia no sector agro-alimentar”.A viagem, no âmbito do trabalho de proximidade que a autarquia tem vindo a desenvolver junto dos empresários do concelho, e as entradas nas feiras são oferta do município sob coordenação do seu Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico.

Festival do Borrego da Marofa

Numa organização do município de Figueira de Castelo Rodrigo, com o apoio da Associação Douro Altitude, vai decorrer de 9 a 21 de Novembro o II Festival do Borrego da Marofa. Esta iniciativa, para além de procurar divulgar o concelho, o seu vasto patrimó-nio, as suas tradições e as suas gentes, brindará os participantes com esta gastronomia única, que bem caracteriza a região.Este ano, no programa, acresce ao cartaz a “Rota das Adegas”, em que os visitantes, através de inscrição prévia, podem partici-par em almoços e jantares nas adegas aderentes. Durante o Fes-tival, no Mercado Municipal, decorrerá uma exposição e venda de produtos regionais.

Soutosa recebe Festival “Serranias – Sabores e Tradições”

Em Soutosa, no concelho de Moimenta da Beira, realiza-se o pri-meiro festival “Serranias – Sabores e Tradições”, no fim-de-se-mana de 7 e 8 de Novembro. É um evento de cultura multiface-tada com recriações de tradições e costumes locais, matança do porco que dará almoço e jantar/ceia, passeio pedestre, magusto, um espaço cultural marcado pela apresentação de um livro, feira rural, animação, música, colóquios de interesse regional sobre a castanha e o mel, feirinha de produtos regionais, concurso de fo-tografia, etc.

A iniciativa realiza-se no Largo Aquilino Ribeiro, em frente à igreja local e em redor do busto em bronze do mestre, nas proximidades da Casa Museu – Biblioteca da Fundação Aquilino no Ribeiro.A organização do festival é da responsabilidade das Associações de Soutosa, Peva, S. Martinho e Segões, e conta com o apoio dos “Baldios Terras de Aquilino Ribeiro”, da União das Freguesias de Peva e Segões e da Câmara de Moimenta da Beira.

Cartaxo comemora Dia Europeu do Enoturismo

A Câmara do Cartaxo estabeleceu parcerias com restaurantes, produtores de vinho, associações e empresários para assinalar o Dia Europeu do Enoturismo. O programa decorre de 1 a 8 de No-vembro e inclui um conjunto de iniciativas que contam com a par-ticipação de onze restaurantes, que criaram ementas especiais para serem acompanhadas por vinhos do concelho.A 8 de Novembro, o Mercado Municipal do Cartaxo receberá, das 9,30 às 18 horas, o Mercado do Vinho & Companhia, onde pode-rá encontrar a gastronomia tradicional e os vinhos do concelho, enquanto desfruta da animação musical e aprecia o artesanato regional. A mostra de produtos regionais, com a presença de pro-dutores do concelho, inclui caspiadas, queijos, azeite, vinho, mel, pão, doces, ervas aromáticas e artesanato.Às 13,30 horas, será servido o Almoço Vínico preparado pelo res-taurante Copo 3. Situado no Mercado Municipal, o restaurante escolheu os vinhos da Adega Cooperativa do Cartaxo, da Casa Agrícola Pitada Verde e da Sociedade Agrícola Casal do Conde, para acompanharem a Tábua Mista de Sabores Ribatejanos, o Ossobuco Avinhado Bem Acompanhado e os Paladares Natalí-cios.

Feira de S. Martinho de Portimão com animação para todos os gostos

Entre 6 e 15 de Novembro, o Parque de Feiras e Exposições abre as portas à 353ª Feira de São Martinho, o mais antigo evento po-pular que se realiza em Portimão e que remonta ao longínquo ano de 1662.Neste que é um dos polos incontornáveis de animação outonal, o visitante poderá encontrar os tradicionais expositores de produ-tos agroalimentares, louça, plásticos, brinquedos, bijuteria, calça-do, entre outros, e também um espaço de animação, com tômbo-las, jogos, pistas de carrinhos de choque e outros equipamentos, numa feira que promete fazer as delícias de crianças e adultos.Não irão ainda faltar as tradicionais castanhas assadas, as far-turas, as pipocas, os cachorros quentes, o pão com chouriço e outros petiscos tentadores nos bares e tasquinhas existentes no recinto, num total superior a 140 expositores presentes nesta 353ª edição da Feira de S. Martinho. II Jornadas Técnicas de Agricultura Biológica

A Lipor, em Ermesinde, recebe a 10 de Novembro II Jornadas Téc-nicas de Agricultura Biológica, com o objectivo de permitir aos intervenientes do sector - produtores, técnicos, manipuladores, distribuidores e outros interessados - o acesso a informação so-bre factores de produção, métodos e técnicas culturais, requisitos específicos do modo de produção e circuitos de comercialização de produtos biológicos.Para o efeito, foram convidados um conjunto de oradores que irão partilhar a sua experiência e os seus conhecimentos e, com certeza, apontar alguns caminhos para o futuro da Agricultura Biológica em Portugal.

Page 34: Gazeta Rural nº 258

34 www.gazetarural.com

Pindo, no concelho de Penalva do Castanha, promove a 14 de Novembro a XVIII Festa da Castanha e do Vinho, evento que pretende promover e divulgar dois produtos com expressão no sector primário desta freguesia situada na margem direita do rio Dão.

A castanha e do vinho são dois produtos que representam um contributo importante para a economia da freguesia de Pindo, que tem também tradição na produção de maçã e de azeite. A festa exalta aqueles dois produtos, mas os visitantes poderão apreciar outros produtos da terra, bem como artesa-nato produzido na freguesia.

A presidente da Junta de Pindo, Fátima Marques, espera “uma grande festa”, salientando que Pindo é a freguesia do concelho que mais vinho produz e de onde saem algumas toneladas de castanhas, que este ano, devido ao Verão mais seco, é de cali-bre um pouco inferior ao habitual.

Gazeta Rural (GR): O que espera da edição deste ano?

Fátima Marques (FM): Espero que tenha a mesma afluên-cia de visitantes que nos anos anteriores, dado que tem ajudado à divulgação da castanha e do vinho que são produtos de exce-lência da nossa freguesia.

Vai ser uma grande festa e, apesar de termos um pavilhão de exposições, esperemos que o S. Pedro ajude, pois o bom tempo trará muito mais gente. Deixo uma mensagem para as pessoas vinham a Pindo, à Festa do Vinho e da Castanha, pois têm a ga-rantia de serem muito bem recebidos, com muita castanha e o nosso vinho do Dão.

GR: Como foi a produção de castanha na freguesia?

ÚLTIMA HORA

A 14 de Novembro, no pavilhão de exposições da freguesia

Pindo recebe Festa da Castanha e do VinhoFM: A castanha, devido à falta de água no verão, é um pouco

mais pequena e há menos quantidade. Porém, ainda assim, na freguesia ainda se produzem algumas toneladas de castanha e é uma boa fonte de rendimentos para algumas famílias.

As chuvas que caíram no último mês vieram, de certo modo, a compensar o Verão mais seco e que não foi bom para os casta-nheiros, mas a castanha é de boa qualidade, embora de calibre um pouco inferior a outros anos.

GR: A freguesia tem muitos hectares de vinha. Como foi a vindima?

FM: As vindimas correram bem e esperamos uma boa colhei-ta. Foi um grande ano, em quantidade e qualidade. Ao nível do concelho de Penalva do Castelo, Pindo é a freguesia com mais produção de vinho e a que mais toneladas de uvas entrega na Adega Cooperativa, para além de ter três produtores/engar-rafadores, a Adega da Corga, a Quinta da Rebôtea e os Vinhos Serrano.

Felizmente, os produtores da freguesia não têm grandes pro-blemas no escoamento das uvas, pois na sua quase totalidade são associados das Adegas Cooperativas de Penalva e de Man-gualde.

GR: Pindo é uma freguesia essencialmente agrícola?FM: Sim, os habitantes de Pindo, na sua grande maioria, de-

dicam-se à agricultura, havendo muitos que trabalham em Pe-nalva, Mangualde e Viseu e que têm na agricultura um comple-mento ao seu rendimento mensal. O vinho dá emprego a muita gente, mas também a castanha, a maçã e o azeite, outros dois produtos com expressão na freguesia, bem como o artesanato, nomeadamente na latoaria e bordados.

Page 35: Gazeta Rural nº 258

35 www.gazetarural.com

A castanha e os paladares de Outono estão em destaque num evento promovido pela Câmara e pela empresa municipal Trancoso Eventos. A Feira da Castanha e Paladares de Outono vai decorrer de 6 a 8 de Novembro no Pavilhão Multiusos de Trancoso.

A Feira realiza-se após o “enorme sucesso” da edição de 2014, pelo que “este ano a aposta será ainda maior com a du-plicação do espaço destinado aos expositores”, refere a au-tarquia. A Feira contará com a participação de produtores de castanha, empresas de maquinaria agrícola especializada para a cultura de soutos, empresas comercializadoras de produtos para tratamento do castanheiro, empresas transformadoras da castanha, associações, cooperativas e instituições ligadas a este sector produtivo de enorme importância na região.

O programa do certame conta com diversos eventos, envol-vendo os produtores e o público potencial consumidor, como sessões de showcooking, conferências, exibição de jogos tra-dicionais e espectáculos musicais. No sábado, terão lugar as “Jornadas Técnicas sobre o Castanheiro” no auditório do Pavi-lhão Multiusos de Trancoso.

No âmbito da parceria estabelecida entre a Câmara de Trancoso e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foi assinado, em Julho passado, um protocolo que visa promover o reforço da cultura do castanheiro no concelho. O documento pretende fomentar a implementação de práticas de cultivo conducentes à melhoria da produtividade do cas-tanheiro no concelho de Trancoso, mediante a realização de um conjunto de acções de experimentação em soutos dispo-nibilizados para o efeito, bem como através da transferência de conhecimentos quer para o Gabinete Técnico do Município, quer directamente para os produtores.

A área de castanheiro evoluiu em Trancoso de 855 ha em 1999 para 1348 ha em 2009, o que representa um aumento de 57%. Este concelho é responsável por 5% da produção nacio-nal, que gera para os produtores um rendimento de cerca de 3 milhões de euros anuais.

Trancoso integra uma das quatro regiões demarcadas de produção de castanha, a DOP “Soutos da Lapa”, detendo o maior número de explorações e área plantada nesta região, de onde se destacam As variedades “Longal” e a “Martaínha”, sendo esta última verdadeiramente a imagem de marca da castanha de Trancoso e da DOP “Soutos da Lapa”.

De 6 a 8 de Novembro, no Pavilhão Multiusos de Trancoso

Feira divulga Castanha

e Paladares de Outono

Page 36: Gazeta Rural nº 258

36 www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano XI - N.º 258Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando FerreiraOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: [email protected] | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 ViseuTiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

Oitenta e quatro estabelecimentos integram o “Guia de Restaurantes Certificados do Alentejo”, lançado pela Entida-de Regional de Turismo, no âmbito de um projecto pioneiro de valorização da gastronomia da região e da sua cadeia de valor.

O guia “é uma mais-valia enorme e corresponde a uma ne-cessidade do mercado e da procura turística”, destacou o pre-sidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e do Ribatejo, António Ceia da Silva.

A obra, editada e com concepção gráfica da editora Cami-nho das Palavras, resulta do projecto “Alentejo Bom Gosto”, implementado pela ERT, que o considera “pioneiro”, com vista à valorização da gastronomia regional e de toda a sua cadeia de valor. “Com a edição deste guia, fechamos o ciclo de es-

ÚLTIMA HORA

Obra vai estar à venda em livrarias espalhadas pelo país

Guia de Restaurantes Certificados do Alentejo integra 84 estabelecimentos

truturação do produto ‘Gastronomia e Vinhos’”, ainda que, do ponto de vista técnico, se trate de “um processo sempre contí-nuo”, disse Ceia da Silva.

O projecto “Alentejo Bom Gosto” incluiu a elaboração da Carta Gastronómica da região, com “mais de 1.050 receitas da cozinha tradicional, a criação de roteiros enogastronómicos e a certificação dos 84 restaurantes que, agora, fazem parte do guia.

Espalhados por toda a região, os restaurantes ostentam o selo da certificação, “título que atesta o compromisso de res-peitar e pôr em prática um referencial de qualidade que abran-ge o serviço, os produtos, a confecção e o acolhimento”, ex-plicou a ERT.

Com edição impressa em português e inglês, a obra vai estar à venda em livrarias espalhadas pelo país. O projecto dispo-nibiliza ainda uma versão electrónica do guia, em português, inglês, francês e espanhol, alojada na página da ERT (www.visi-talentejo.pt). “A edição digital vai permitir que os restaurantes que não estiveram envolvidos na primeira fase de certificação e que não constam do guia possam aderir ao processo de cer-tificação, a qualquer momento”, realçou o responsável da ERT. Quanto ao guia em papel, Ceia da Silva admitiu que, no futuro, poderão surgir novas edições: “Pela receptividade que o guia tem tido, nos contactos informais que temos feito, não tenho dúvidas de que vai ter muita procura e penso que vão existir outras edições, com certeza”, disse.

A “Gastronomia e Vinhos”, frisou, “continua a ser uma das motivações de visita a um destino turístico” e, no caso do Alen-tejo, que tem turistas “cada vez mais exigentes, cultos e forma-dos e com mais poder de compra”, este guia “vai, claramente, na direcção deste segmento de mercado”. “O turista que faz ‘birdwatching’ ou ‘touring cultural’ gosta sempre de uma boa refeição e, portanto, a procura dos restaurantes é algo mui-tíssimo decisivo na afirmação de um destino turístico”, argu-mentou.

Page 37: Gazeta Rural nº 258

37 www.gazetarural.com

Seis concelhos da região de Lisboa recebem a quinta edição das Jornadas de Enoturismo “O Centro de Portugal como Desti-no de Enoturismo” agendadas para os dias 12 e 13 de Novembro. Destinadas ao público em geral, mas sobretudo a técnicos, para melhor saberem receber enoturistas, as jornadas dividem-se entre visitas a quintas de vinho, almoços e jantares vínicos, pro-vas de vinhos e conferências.

Após a Bairrada em 2011, o Dão em 2012, a Beira Interior em 2013 e o Médio Tejo em 2014, estas jornadas decorrem na Re-gião da Estremadura, com destaque para as áreas com denomi-nação de origem de Alenquer, Arruda, Encostas d’Aire (Alcobaça e Medieval de Ourém), Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras, cuja complexidade do solo, clima e vegetação garantem a produção de vinhos e aguardentes com forte personalidade.

As jornadas dão continuidade ao ciclo de trabalhos inicia-do em 2011 visando reforçar a ligação do sector vitivinícola ao sector turístico, dar a conhecer as diferentes sub-regiões e os equipamentos de enoturismo existentes no Centro de Portugal, apresentar boas práticas e casos de sucesso, assim como, de-bater as oportunidades para o sector envolvendo na discussão os diferentes atores regionais.

As jornadas são uma organização conjunta da Turismo Cen-tro de Portugal, Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro, Escolas de Hotelaria e Turismo de Coimbra e do Oeste, Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e Comuni-dade Intermunicipal do Oeste - Oeste CIM.

Centro do país quer afirmar-se como região enoturística

O Turismo Centro de Portugal quer afirmar o centro do país como região enoturística e atrair turistas para visitar adegas e vinhas e degustar vinhos e a gastronomia, disse em Torres Ve-

Nos dias 12 e 13 de Novembro, em seis concelhos da região de Lisboa

Jornadas de Enoturismo promovem “O Centro de Portugal como Destino de Enoturismo”

dras o seu presidente. O objectivo é “posicionar o enoturismo como segmento de excelência da região Centro, valorizando o enoturismo além da venda de vinhos, ou seja contemplando a produção e comercialização dos vinhos, mas também a gastro-nomia, o património e a cultura”, disse Pedro Machado.

O presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP) diz que as V Jornadas de Enoturismo se enquadram nessa “estratégia de afirmação”. Pela primeira vez, o TCP escolheu a sub-região do Oeste, integrada na área do TCP, mas também dos Vinhos de Lisboa, para acolher estas jornadas. “A complementaridade de produtos é um factor de atracção e de fixação de turistas”, afir-mou Pedro Machado, para quem é fundamental trabalhar em conjunto, sobretudo na promoção externa, com várias regiões.

A Entidade Regional de Turismo do Centro reúne 100 municí-pios do território entre os rios Douro e Tejo, abrangendo os dis-tritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Guarda, Santarém e Viseu.

O Município de Penacova promove, durante o mês de Novembro, o Festival Gastronómico “Mês dos Míscaros e do Sarrabulho”, evento que visa atrair visitantes ao concelho, mas que pre-tende também promover os produtos endógenos da região.

Durante um mês os apreciadores de Míscaros e Sarrabulho poderão degustá-los num dos doze Restaurantes aderentes ao Festival, que se prolongará até meados de Dezembro, permitindo descobrir uma das maravilhas da gastronomia local. O evento, que tem como principal objectivo, a promoção do território e da gastronomia do concelho, alia-se, durante os dias 13, 14 e 15 de Novembro, à Feira do Mel e do Campo 2015, que conta com a participação de trinta produtores

O mel e os produtos do campo unem-se, no Parque Verde de Penacova e durante os três dias do certame, a muita animação musical, ao tradicional magusto oferecido pelo município e a mo-mentos de convívio entre a população local e os visitantes, que se esperam em grande número.

O presidente do município de Penacova salienta que “a Feira do Mel e do Campo, tem ao longo dos anos evoluído muito positivamente, quer relativamente ao número de expositores e produtos expostos, quer à qualidade da animação oferecida aos seus visitantes, tendo-se tornado, num ex-libris da agenda cultural penacovense”, afirma Humberto Oliveira.

Até meados de Dezembro em 12 restaurantes do concelho

Festival Gastronómico promove produtos do campo de Penacova

Page 38: Gazeta Rural nº 258

38 www.gazetarural.com

A NERVIR – Associação Empresarial, em parceria com a Câmara de Vila Real, promove de 27 a 29 de Novembro a XVIII Feira de Artesanato e Gas-tronomia, um dos mais antigos, senão o mais antigo evento do género da região, onde os visitantes poderão apreciar o artesanato, do mais tradi-cional ao contemporâneo, assim como descobrir as mais diversas iguarias gastronómicas.

Vão estar presentes artesãos com joalharia, pintura, tapeçarias e malhas, bordados em linho, olaria, artesanato em pele, artigos em cortiça, cerâmi-ca, tecelagem, bijuteria, trabalhos em madeira, em casca de ovo, escamas de peixe, e muitos outros artigos únicos e originais, feitos ao vivo e fruto da criatividade dos artesãos. O certame não esquece a gastronomia, com os queijos, vinhos, licores, enchidos e fumeiro, doçaria conventual, compotas, geleias, mel, chás, entre outros produtos regionais.

Segundo a organização, “visitar a FAG é também uma forma de privilegiar a economia regional, privilegiar as empresas familiares, que continuam a preservar no tempo o que outrora constituiu, na economia e na mesa, a sua identidade”. A FAG conta, no domingo, 29 de Novembro, com a transmissão do programa Somos Portugal, da TVI, que ajudará a divulgar o artesanato e a gastronomia, assim como a própria região.

A entrada no certame é livre.

ÚLTIMA HORA

De 27 a 29 de Novembro, na NERVIR – Associação Empresarial

Vila Real recebe Feira de Artesanato

e Gastronomia

Page 39: Gazeta Rural nº 258

39 www.gazetarural.com

Page 40: Gazeta Rural nº 258

40 www.gazetarural.com