gazeta rural - n.º 108 – 30.04.2009

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PUB www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 108 | Quinzenário | Preço 1,50 Euro (C/IVA) | 30 de Abril de 2009 PUB PUB Medicina/Saúde Ocupacional Higiene e Segurança no Trabalho Segurança Alimentar (HACCP) www.cligeral.com | [email protected] Sede: Rua Tenente Manuel Joaquim, n.º 19 1.º andar (Próx. Bombeiros Municipais) 3510-086 VISEU | Apt 3022 Apoio ao cliente: Telef.: 232 488 850/1 Fax: 232 488 852 • Tlm.: 962 052 641/962 052 645 SEMANA DO CABRITO NA LOUSÃ “DEIXEM-SE SEDUZIR POR BOTICAS”, APELA FERNANDO CAMPOS 32 MILHÕES PARA PROMOVER VINHOS PORTUGUESES Defende presidente da CAULE Vasco Campos defende a actuação de Ascenso Simões na estratégia de combate ao nemátodo. Na área da CAULE os “resultados são excelente”, diz. “COMBATE AO NEMÁTODO FOI BEM ENTREGUE” “COMBATE AO NEMÁTODO FOI BEM ENTREGUE”

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Versão integral da edição n.º 108 da “Gazeta Rural”, que se publica em Viseu. Portugal, 30.04.2009. Director: José Luís Araújo. Visite-nos em www.ismt.pt, www.youtube.com/youtorga, http://torgaemsms.blogspot.com, http://diarioxii.blogspot.com, http://torgaemsms2.blogspot.com, http://mapastorga.blogspot.com/ ~~~~~~~~~ Site oficial de Dinis Manuel Alves: www.mediatico.com.pt Encontre-nos no twitter (www.witter.com/dmpa) e no facebook (www.facebook.com/dinis.alves). Outros sítios de DMA: www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/camarafixa, http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2, http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/3 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , www.mediatico.com.pt/redor/ , www.mediatico.com.pt/fe/ , www.mediatico.com.pt/fitas/ , www.mediatico.com.pt/redor2/, www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm, www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , www.mediatico.com.pt/nimas/ www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , www.mediatico.com.pt/luanda/, www.slideshare.net/dmpa , www.panoramio.com/user/765637

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w w w . g a z e t a r u r a l . c o mDirector: José Luís Araújo | N.º 108 | Quinzenário | Preço 1,50 Euro (C/IVA) | 30 de Abril de 2009

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SEMANADO CABRITONA LOUSÃ

“DEIXEM-SESEDUZIR POR

BOTICAS”, APELAFERNANDOCAMPOS

32 MILHÕESPARA PROMOVER

VINHOSPORTUGUESES

Defende presidente da CAULE

Vasco Campos defende a actuação de Ascenso Simões na estratégia de combateao nemátodo. Na área da CAULE os “resultados são excelente”, diz.

“COMBATEAO NEMÁTODOFOI BEMENTREGUE”

“COMBATEAO NEMÁTODOFOI BEMENTREGUE”

SUMÁRIO5 SEMANA RURAL DA “AGRÁRIA DE VISEU”

6 PRESIDENTE DA CAULE EM ENTREVISTA

9 NOVO CÓDIGO FLORESTAL

10 32 MILHÕES PARA PROMOVER VINHOS PORTUGUESES

13 SEMANA GASTRONÓMICA DO CABRITO NA LOUSÃ

15 SABORES E SABERES NA BIENAL DO AZEITE

18 CHEGAS DE BOIS COM FIM À VISTA?

21 “DEIXEM-SE SEDUZIR POR BOTICAS”, APELA O PRESIDENTE

22 CALDAS DA CAVACA EM TESTE

25 FORMAÇÃO EM FRUTICULTURA BIOLÓGICA EMGOUVEIA

27 PARQUE BIOLÓGICO DE VINHAIS COMO DESTINO TURÍSTICO

FOTO DA QUINZENAOnde leva o pensamento?

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Anatureza marca a ediçãodeste ano da "Semana Ru-ral da Escola Superior

Agrária de Viseu", uma iniciativada Associação de Estudantes daEscola Superior Agrária de Viseu,em conjunto com as diversas Co-missões de Curso e o Conselho Di-rectivo da Escola, que terá lugarde 18 a 22 de Maio.

A iniciativa será o aglomerarde diversas actividades, como co-lóquios, subordinados aos temasligados ao sector agrícolas como"Qualidade Alimentar"; "NovasTecnologias Aplicadas à Zootecni-

a"; "Nutrição em Animais de Com-panhia"; "Viticultura e Enologia:Caminhos Para o Futuro" e "In-

vestimento e Valorização do Sec-tor Florestal", divididos por dife-rentes dias.

O II Festival D'Arte Voz - Con-curso de Tunas, a VIII Monumen-tal Garraiada Agrária" e a Noitede Fados & Degustação de Vinhose Sabores do Dão, completam oprograma.

Vítor Martinho, presidente daESAV, desatacou que “será umevento que dignificará a região aEscola Agrária de Viseu e os cur-sos envolvidos, referindo que aSemana Rural “irá mostrar o queaqui dentro se faz”.�

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ficha técnicaAno III - Nº 108

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O QUINTO LIVRO DO ESCRITOR

António Abreu Freire lança “Introdução à Literatura de Cordel”

Dia de Campo de Fruticultura no Cadaval

“Métodos complementares à Protec -ção fitossanitária dos pomares: aplicaçãode algas” é o tema do 2ª Dia de Campo deFruticultura, que terá lugar no próximodia 7 de Maio no Cadaval, na sede daAssociação de Produtores Agrícolas daSobrena (APAS). A aplicação de algas ea sua relação com a "saúde" das plantasno sentido de as tornar mais resistentes

ao ataque de pragas e doenças. Vai estarem debate.

Este dia é patrocinado pela Selectis econta com a colaboração da APAS(Associação de Produtores Agrícolas daSobrena). Os interessados em participarpodem enviar os seus dados para o e-mail: [email protected], ou para o fax doCOTHN nº 262507659.�

A Câmara de Alijó está a patrocinar afusão das três adegas cooperativas doconcelho com o objectivo de ajudar o sec-tor a atravessar a "grave crise económi-ca" que se instalou no sector da viticultu-ra, disse o presidente da autarquia.

Artur Cascarejo afirmou que a autar-quia está "muito preocupada" com o pro-blema das adegas cooperativas do conce-lho. A ideia de unir as cooperativas do

concelho foi lançada há dois anos, numaaltura em que existiam quatro institui-ções: a de Favaios, Alijó, Pegarinhos eSanfins do Douro que, entretanto, faliu.

O presidente da adega de Alijó, JoséRibeiro, admitiu recentemente a hipóte-se de avançar com uma redução tempo-rária do horário de trabalho ('lay-off')devido à diminuição das vendas devinhos.�

Câmara de Alijó patrocina fusão das três adegas do concelho

DE 18 A 22 DE MAIO

Natureza “marca” Semana Rural da Escola Superior Agrária de Viseu

António Abreu Freire vai lançar no próximodia 8 de Maio, pelas 18,30 ho ras, na nova Li -vraria Buchholz, em Aveiro, o seu quinto livro,intitulado “Introdução à Literatura de Cordel”.O novo livro tem 356 páginas e é dedicado àpoesia popular de língua portuguesa em Por -tugal e no Brasil. António de Abreu Freire,doutorado em Ciências Humanas e em Fí sica,tem exercido funções de professor e investiga-dor. É autor de numerosos textos nos domíniosda Hist ória, Ciência, An tro po logia e Educa ção.Em 2008 publicou na Portugália Editora oslivros Diário de Bordo – na Rota de Vieira; Pa -dre António Vieira, Educador, Estratega, Po -lítico, Missio ná rio e Sermões de Santo An -tónio.�

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Em entrevista à Gazeta Ru -ral, o líder da CAULE de -fende a actuação de As cen -

so Simões, quando entregou ocom bate ao nemátodo às Asso ci -ações de Produtores Florestais,alertando, contudo, para os pro-blemas que afectam a floresta, no -meadamente as centenas de mi -lhares de pequenos proprietáriosque não a tratam.

Gazeta Rural (GR): Comonasceu a Associação?Vasco Campos (VC): A CAU -

LE nasceu em 2001 através de umgrupo de proprietários florestaisdo concelho de Oliveira do Hospi -tal, tendo-se desenvolvido ao lon -go destes anos, alargando a suaárea de intervenção a Tábua, Seiae, posteriormente, a Arganil, San -ta Comba Dão e Penacova.

É, neste momento, uma dasmai ores organizações de produto-res florestais do país e a nossa áre -

a de Zonas de Intervenção Flo res -tal (ZIF) fala por nós. Somos 10técnicos, engenheiros florestais, epara a operação contra o nemáto-do ainda recorremos a mais dez.Foi um trabalho definido no tem -po, embora vá ter alguma conti-nuidade com menor velocidade.Temos cinco equipas de sapadoresflorestais e vai-nos ser atribuídamais uma para o concelho de Pe -na cova. Além disso, temos equi-pas de corte de madeiras. Ao todo,com funções diferentes, são cercade meia centena de pessoas.

GR: Como tem sido a gestãodo território?VC: Organizámos todo o nosso

território em ZIFs, neste momen-to composta por 12 zonas, sendoque nove estão já oficialmentecons tituídas, enquanto que as ou -tras três estão em processo decons tituição. Dentro em breve te -re mos 74 mil hectares de ZIFs,

com mais de 6.500 aderentes, oque é um número astronómicopara a nossa região e para o País.

Cada ZIF tem um técnico res-ponsável e estamos a fazer aquiloque a lei determina, com planosde gestão e de intervenção flores-tal para cada uma delas, onde seinclui o plano de defesa da flores-ta contra incêndios. Neste mo -mento, aguardamos que o Estadoavance com o cadastro, o que vaiacontecer, para já, nos concelhosde Oliveira do Hospital e Seia,num total de oito a nível nacional.O cadastro é fundamental para aZIF, porque temos que saberquem são os proprietários, quaisas áreas correctas e sem esse ins-trumento as ZIFs têm dificuldadeem funcionar.

Temos, também, equipas de sa -padores florestais e um grande di -na mismo na compra e venda dematéria-prima, dando apoio aosproprietários.

VASCO CAMPOS, PRESIDENTE DA CAULE, À GAZETA RURAL

“O combate ao nemátodo foi bem entregue às Associação de Produtores Florestais”

GR: Qual é o estado da flo-resta nesta área?VC: Não é o melhor, nem o de -

sejável, e este é sempre difícil deatingir. Diga-se, porém, que tam-bém não é mau. Temos algumasáreas ardidas, nas zonas de mon-tanha, principalmente no sul doconcelho de Oliveira do Hospital.Houve também alguns incêndiosno vale do Mondego com menorexpressão.

O nosso principal problema, e éaqui que reside todo o busílis dodesenvolvimento florestal, é o mi -nifúndio, a dispersão da proprie-dade por milhares de proprietári -os, que vamos tentar colmatarcom as ZIFs. É um processo quevai demorar, um processo de gera-ções, lento, de modo a saber quemsão os proprietários e o que pre-tendem fazer com a propriedade.Vamos tentar que muitos delespassem a gestão para a CAULE,ou até para outras entidades, para

diminuir o número de interlocuto-res. Há um problema grave, poistemos 6.500 aderentes e cada ZIF,em média, tem 600, algumas com800 a 900 proprietários. Temosque diminuir este número, partin-do para sistemas, no futuro, emque as pessoas vão passar a ges-tão para as Associações, porque asparcelas são muito pequenas. Istotem que ser tudo organizado, paradiminuir os custos de funciona-mento duma ZIF.

GR: A CAULE tem tidogran des preocupações nocom bate ao nemátodo, tendoabatido alguns milhares deárvores?VC: Fomos a principal entida-

de a alertar o Estado para o pro-blema gravíssimo de nemátodo nanossa região, com epicentro nosconcelhos de Tábua, Arganil e Pe -nacova. Tivemos que avançar ra -pi damente para o combate à doen-ça e, felizmente, o Estado ouviu-nos. Temos um Secretário de Es -tado dinâmico, que percebeu cla-ramente o problema e passoupara a mão das Associações, entreas quais a CAULE, o combate àdoença.

GR: Há quem critique essaopção?VC: Ainda não tive a oportuni-

dade de responder, mas essa éuma crítica completamente desca-bida da ANEFA, porque achavaque as associações deviam fazer aprospecção e as empresas é quedeviam fazer a exploração.

De facto, a maior parte das as -sociações não está preparadas

para fazer o corte e rechega, maspodem perfeitamente entregá-la aempresas, que é o que muitas de -las estão a fazer. Agora, são asassociações que estão mais próxi-mas das populações e dos proprie-tários, que melhor conhecem o seuterritório e as mais idóneas emtermos comportamento, em que oseu fim não é o lucro pelo lucro.Foi muito bem entregue às asso-ciações.

Claro que há associações eassociações e este trabalho deveser controlado pela AutoridadeFlo restal Nacional, vendo quaisforam os rácios de marcação, o nú -mero de árvores marcadas e cor -tadas, da madeira entregue nasfábricas a favor do Estado, emfunção do subsídio que cada umadelas recebeu à cabeça, um dadoimportante, para desenvolveremeste trabalho.

GR: Quais foram os resulta-dos práticos?VC: Na área de intervenção da

CAULE os resultados estão a serexcelentes. Estamos a cortar asárvores secas e estamos a marcaroutras, dando aos proprietários os10 dias de lei para que as cortem.Se alguém nos pedir mais algumtempo, nós também damos, masse, de facto, as pessoas não corta-rem, nós fazemo-lo. É isto que estáa acontecer.

Como as pessoas es tavam ha -bituadas a que nada fun cionasse,inicialmente não iam cortar.Quan do se aperceberam que nósíamos mesmo cortar e que a ma -deira revertia a favor do Estado,como está na legislação, co me ça -ram a faze-lo. Portanto, ho je istoestá a funcionar em pleno.

Cont. página seguinte

“TEMOS UM SECRETÁRIO DE ESTADO DINÂMICO”

Vasco Campos é o presidente da CAULE - Associação Florestal

da Beira Serra, fundada em Oliveira do Hospital em 2001, representandocerca de meio milhar de produtores

florestais, e que exerce a sua actividade, essencialmente, concelhos

de Arganil, Oliveira do Hospital,Penacova, Santa Comba Dão, Seia e Tábua, numa área total de cerca

de 80 mil hectares

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OGoverno aprovou o novoCó digo Florestal, que obri-gará todas as proprieda-

des florestais a realizarem opera-ções silvícolas mínimas e que pre -vê uma responsabilização mai ordos proprietários nos períodosposteriores à ocorrência de incên-dios. "Importava que todos os ins-trumentos legislativos, leis e regu-lamentos adoptados desde de1901 até hoje pudessem ser con-centrados, compilados e moderni-zados num novo código", justificouo secretário de Estado do Desen -volvimento Rural e das Flo restas,Ascenso Simões, no fi nal do Con -selho de Ministros.

Com o novo código, o Governodisse ter pretendido eliminar"cerca de duas dezenas de planose outros instrumentos de planea-mentos". "Recomendamos que osinstrumentos de planeamento sefiquem simplesmente pelos pla-nos regionais de ordenamento flo-restal, pelos planos de gestão flo-restal e pelos planos especiais. Es -tamos perante uma enorme sim-plificação de todos os procedimen-tos em relação a todos os interve-nientes na floresta, sejam elespro dutores florestais, industriaisde primeira transformação ougrandes indústrias", referiu o se -cretário de Estado do Desen vol -vimento Rural e das Florestas.

Ascenso Simões sustentou tam-bém que o novo código "inova noque respeita à gestão florestal", jáque "será alargado a todos os pro-prietários e a todas as proprieda-des a obrigatoriedade de opera-ções silvícolas mínimas". "Alémdas responsabilidades que decor-rem para todos em consequência

do sistema de defesa da florestacontra incêndios, a partir de agoratodas as propriedades florestaisvão ter que realizar um conjuntode operações silvícolas mínimas,que garantam que todas as pro-priedades colaterais têm boas ex -plorações, a resiliência do territó-rio e o bom desenvolvimento de to -das as operações que se venham arealizar nesses territórios", disse.

De acordo com o secretário deEstado, as incumbências que de -correm do sistema nacional de de -fesa da floresta contra incêndiosserão transpostas para o novo có -digo e o ordenamento dos espaçosardidos "ganha agora uma novadimensão". "Na decorrência deum incêndios, é também respon-sabilidade dos proprietários de -senvolverem um conjunto de pro -cedimentos de salvaguarda dosterritórios. Os proprietários se rãoresponsabilizados pelas in terven -ções subsequentes ao nível dareflorestação, ou nas intervençõesnas áreas ardidas, caso os terre-nos não tenham valor suficientepara poderem ser reflorestadosnas fileiras principais (pi nho, so -breiro e eucalipto)", frisou AscensoSimões.

Ainda de acordo com o secretá-rio de Estado, o código vai "ino-var" em relação aos territórios pú -blicos e comunitários (baldios) flo-restais, que no seu conjunto atin-gem os 660 mil hectares. "Vamosdar uma outra dimensão a estesterritórios para que se continue asalvaguardar bens essenciais pa -ra o equilíbrio dos territórios. Noâm bito da protecção do sobreiro eda azinheira, haverá igualmenteum incremento muito significati-vo ao nível da sua simplificação deprocedimentos", apontou. "Nes tesector estratégico ao nível econó-mico e ambiental, os problemasde na tu reza fitossanitária fi camago ra enquadrados neste diplo-ma", afirmou Ascenso Si mões,adi antando que o código tambémconterá normas para a salvaguar-da dos patrimónios cultural earqueológico.

O secretário de Estado do De -senvolvimento Rural e Florestasfrisou ainda que a floresta é res-ponsável por 3,2 por cento do Pro -duto Interno Bruto (PIB) nacio-nal, 11 por cento das exportações,12 por cento do PIB industrial epor mais de 260 mil postos de tra-balho directos.� Lusa

APROVADO EM CONSELHO DE MINISTROS

Novo Código Florestal obriga todos os proprietários a operações silvícolas mínimas

É claro que a doença não se vaierradicar, mas vai-se diminuir asua propagação e isto é uma gran-de vitória. É, e posso dize-lo semqualquer tipo de interesse político,uma vitória deste Secretário deEstado, porque agarrou o proble-ma com unhas e dentes.

Estou a falar na área de inter-venção da CAULE, mas sei queisso está a acontecer em muitosoutros concelhos, embora possaha ver um ou outro em que as coi-sas não estejam a funcionar.

GR: Disse que a Caule faz acomercialização. Tem tido di -fi culdade em colocar a ma -deira, nomeadamente do pi -nheiro?VC: Com muitos problemas. A

conjuntura económica internacio-nal fez com que haja uma quebrana procura dos produtos florestaise as fábricas estão com problemas

de escoamento. Não me lembro daSONAE Indústria, em Oliveira doHospital, ter parado duas sema-nas, o mesmo tendo acontecidocom a unidade de Mangualde, as -sim como noutras empresas. Isto éda conjuntura internacional e não

tem nada a ver com o nemátodo.Este só veio agravar o problema.

Estamos muito preocupados,pois a madeira baixou imenso eestá praticamente a metade dopreço do que estava há um ano emeio atrás. Isto é muito preocu-pante e, se começarmos a fazercon tas, questionamos se vale a pe -na continuar a investir em deter-minadas espécies florestais. Aliás,diria que dificilmente haverá, nanossa região, outra espécie rentá-vel para além do eucalipto. E nãoestou a defender o eucalipto. Nãohá ninguém que goste mais decarvalhos do que eu. Porém, seformos fazer contas, o eucalipto éprovavelmente a única espécieflo restal com níveis de rentabili-dade interessantes e onde os in -ves timentos que o proprietário fazpo dem vir a ser pagos e dar algumlucro.

Deixo aqui um alerta. Todos co -nhecemos as questões relaciona-das com a água, com a erosão dossolos, com o carbono, com a paisa-gem, entre outras.

Se o Estado quer uma florestadiversificada, e faz todo sentidoque o seja, tem que investir, temque pagar, tem que ajudar os pro-prietários. Não há volta a dar.Tem que ajudar os proprietários,porque, salvo raras excepções,ninguém vai investir em espéciespara cortar daqui a 100 anos. Nãohá capacidade económica paraisso.

GR: A certificação?VC: É fundamental e nós va -

mos avançar para o processo decertificação nas nossas ZIFs. Va -mos avançar, porque hoje os con-sumidores dos países desenvolvi-dos querem produtos certificados,querem saber se o que estão acom prar é proveniente de umafloresta bem gerida, segundo asboas práticas florestais. Por -tanto, a certificação é o caminhoa seguir. É importante e va mosfa zê-la. � José Luís Araújo

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES FLORESTAIS

GR: É, também, presidente das Federação Nacional dasAssociações de Produtores Florestais, que tem, disse, cerca de40 associados. Como vê o futuro da floresta em Portugal?VC: Vejo na floresta um bem essencial para o desenvolvimento dopaís. A floresta, como se sabe, é 90% privada, dividida por centenasde milhares de proprietários, muitos deles ausentes. É um quadroque está perfeitamente definido. Todos estamos de acordo em que asorganizações de produtores florestais são a base do seu funciona-men to. Vejo o futuro da floresta na perspectiva de se continuar aapoi ar as organizações, para que sejam, de facto, entidades fortes nasua área de actuação e para que, de alguma forma, se consiga dimi-nuir o número de proprietários, que a norte do Tejo tem mais expres-são. O grande problema é a ausência de gestão e este tem que ser re -solvido. E tem que ser resolvido através das Organizações de Produ -tores Florestais. Penso que há que criar mecanismos legais, para quequem não faça a gestão a entregue a uma Organização de Produ -tores Florestais. Isto não vai lá com palavras mansas. Vai demorar.E se for com palavras mansas demora 50 anos. Chegamos ao fim danossa vida e nada está feito.Na minha perspectiva, tem que haver penalizações fiscais para aspessoas que não façam a gestão das suas propriedades, que têmaban donadas, que não vendem, que não arrendam e não fazem na -da. Este é o caminho. O Estado, que somos nós todos, tem que to marestas decisões e, de uma vez por todas, empurrar as pessoas para astomar relativamente às suas parcelas florestais.

“Estamos muito preocupadoscom o preço da madeira quebaixou para metade do preço

no último ano e meio”

As verbas que alicerçam esteprograma de promoção de vinhosem mercados de países terceirosresultam de um envelope finan-ceiro que Portugal conseguiu paraapoiar o sector vitivinícola, quan-do, em Dezem bro de 2007, sob apresidência portuguesa da UniãoEuropeia, se concluiu a reformada Organiza ção Comum do Vinho.

Sócrates pediu aos empresários que apostem

no sector

O primeiro-ministro José Só -cra tes pediu, em Viseu, aos em -pre sários do sector dos vinhospara "arregaçarem mangas" eapostarem numa área em que"Por tugal tem orgulho". "Este éum sector que melhorou muito" e"tem vinhos de altíssima qualida-

de", disse José Sócrates. "Vivemosuma das mais sérias e profundascrises mundiais. Este é o momen-to para deixar uma palavra deconfiança, e dizer que é preciso in -vestir", acrescentou o primeiro-mi nistro.

Durante a cerimónia, o primei-ro-ministro sublinhou que "Portu -gal tem orgulho no sector dovinho". José Sócrates referiu quesempre que fez viagens ou deslo-cações, "o sector dos vinhos foisempre um dos que esteve presen-te, acrescentando prestígio a Por -tugal". "Queremos que as exporta-ções subam. Temos de trabalharna promoção e os vinhos portu-gue ses são de qualidade", acres-centou.

Sobre os contratos assinados,Sócrates considerou que "permi-tem uma parceria estratégica en -

tre Estado e empresas, para pro-mo ver o vinho português, comoforma de afirmar a agricultura e aeconomia portuguesa".

1.300 mil euros para a Região Centro

A Comissão Vitivinícola Regio -nal (CVR) do Dão foi uma das en -tidades que assinou o protocolotendo em vista a promoção inter-nacional, em mercados terceiros,dos vinhos do Dão, Bairrada eBeira Interior.

Na prática, o documento signi-fica que até 2011 os vinhos da re -gião Centro terão cerca de1.300.000 (um milhão e trezentosmil euros) para investir em acçõespromocionais externas.

A participação da CVR do Dãoserá de 50% do valor de investi-mento e as primeiras acções pro-mocionais começarão a ser imple-mentadas no próximo mês deAgos to. Brasil, Angola, EstadosUnidos e Canadá são os mercadosde destino de acções de promoçãoe divulgação dos Vinhos do Dão,que irão consistir em: acções deRelações Públicas; presença emfeiras e eventos internacionais deprestígio, distribuição de materialpromocional; campanhas de im -pren sa; “in store tasting”; visita dejornalistas e profissionais à Regi -ão do Dão e aos seus produtores.

Esta acção multidisciplinartem por objectivos aumentar a no -toriedade e vendas dos Vinhos doDão, promover uma relação deempatia e cumplicidade com osdiversos públicos-alvo, combateros vinhos do “Novo Mundo”, criarmaior riqueza em torno do vinhoenquanto actividade económica,favorecendo o investimento no se -c tor agrícola, criar no “trade” e noconsumidor maior conhecimento eprocura dos vinhos do Dão, sensi-bilizando os consumidores para aqualidade, genuinidade, tipicida-de e outras mais-valias dos vinhosdesta região.�

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Oministro da Agricultura,De senvolvimento Rural edas Pescas, Jaime Silva,

afir mou que o sector vitivinícolaem Portugal tem, pela primeiravez, um conjunto de instrumentospara toda a fileira que o tornammais competitivo.

"A promoção dos vinhos [parafora da União Europeia] é o últi-mo dos instrumentos, de um sec-tor exportador, escolhido para a -poiar a vitivinícola, como fileira, afim de a tornar mais competitiva",disse à agência Lusa o ministro.

O governante destacou que osprogramas de promoção de vinhospara mercados terceiros e dearran que e reconversão da vinhaconstituem "os grandes instru-mentos" da política da reforma dovinho. Jaime Silva referiu tam-bém que o sector dos vinhos expor-ta 600 milhões de euros anual-mente, dos quais metade corres-ponde a vinho do Porto.

"Temos um real potencial derequalificação e promoção dos vi -nhos nacionais", que deve se apro-veitado, salientou o ministro.

Para Jaime Silva, as exporta-ções actuais de vinhos "estão apor tar-se bem, com taxas de cres-

cimento elevadas, apesar da criseinternacional, embora o vinho doPor to tenha acusado alguma re -gressão, que já não é de agora",acrescentou.

O ministro considerou que osvinhos portugueses estão nummercado global "muito competiti-vo" em que os novos produtores vi -nhos, como a Austrália, os Esta dosUnidos e o Chile, apostam naquan tidade e no preço. "Não háque ter medo. Temos é que apostarna qualidade e na promoção dosvinhos portugueses", sublinhou.

De acordo com o ministro daAgricultura, "os mercados do nor -

te da Europa, dos países escandi-navos, Estados Unidos e Canadá"são prioritários. "Contrariamenteao que os sinais de crise dão nou-tros sectores, estamos a crescernos Estados Unidos e Canadá",disse Jaime Silva.

O ministro referiu ainda que a"China e Rússia foram indicadoscomo novos mercados, com poten-cialidade enorme de crescimento",mas onde é preciso começar por"fazer a pedagogia de consumo".

O Ministro da Agricultura, Jai -me Silva, realçou que "o vinho éimportantíssimo para a agricultu-ra portuguesa. São 200 mil postosde trabalho, 600 milhões de eurode exportação por ano". "Curiosa -mente, num momento de crise, éum sector que mostra dinamismo,com um aumento das exporta-ções", acrescentou.

O Solar do Vinho do Dão, em Viseu, foi o palco da assinatura de contratosde atribuição de verbas para promoção de vinhos portugueses fora

da União Europeia. O programa de promoção de vinhos em mercados de países terceiros é uma parceria com o sector privado, financiado

publicamente com 16 milhões de euros, num investimento de 32 milhões de euros

CONTRATOS ASSINADOS EM VISEU

32 milhões de euros na promoção

dos vinhos portugueses

1312

Osector da vinha portugue-sa tem apoios aprovadosde cerca de 54 milhões de

euros, sendo a maior parte parareestruturação e reconversão,anun ciou o Ministério da Agricul -tura, Desenvolvimento Rural ePescas.

Uma informação do Ministérioliderado por Jaime Silva refereque foram aprovadas 1.883 candi-daturas para ajudas à reestrutu-ração e reconversão de vinha. Es -tes projectos, que abrangem umaárea de 3.486 hectares, correspon-dem a apoios de 39,6 milhões deeuros. A ajuda média por hectare

para reestruturação e reconver-são de vinhas é de 11,349 euros.

O Ministério aponta ainda quea Direcção Regional da Agricul -tura e Pescas do Norte é a quetem maior peso naqueles projec-tos, representando 71 por cento domontante aprovado e 61 por centoda área abrangida.

Foram ainda aprovados 1.238projectos para arranque de vinha,correspondentes a 2.339 hectarese uma ajuda de 13,9 milhões deeuros, sendo Lisboa e Vale do Tejoa região com mais adesão a estamedida, com 450 candidaturascom resposta positiva.� Apreocupação na identifica-

ção, preservação e divulga-ção dos saberes tradicio-

nais”, esteve na génese da realiza-ção deste festival, destacou LuísAn tunes, vice-presidente da Câ -ma ra da Lousã à Gazeta Rural.“Es te Festival aproveita os sabe-res tradicionais, recuperando-os,colocando-os ‘no mercado’, contri-buindo para estimular pequenaseconomias rurais e familiares”,re fere o autarca, destacando que“a sua divulgação, ao apelar àsme mórias e aos sentidos, é umforte veículo de promoção local eregional”.

Este evento, tal como os ou tros,“contribui fortemente para a pro-moção do concelho e da Serra daLousã”, pois “a gastronomia é, ho -je em dia, um dos produtos maistrabalhados, mais atractivos, noque diz respeito ao mercado turís-tico interno e o espaçamento des-tes eventos ao longo do ano contri-bui para uma regular promoção doconcelho”, afirma Luís Antu nes.

Com esta iniciativa promovem-se os produtos da terra, como hor-tícolas, frutos do bosque, casta-

nhas, plantas aromáticas e condi-mentares, o Mel DOP Serra daLousã, a aguardente de mel e oLicor Beirão, bem como a doçarialocal, como a tigelada, o arroz docee ainda Serranitos, Delícias Serra -nas, Talasnicos e Beirões. Paraalém de tudo isto, “estamos con-vencidos de que também promove-mos um estilo de vida saudável.

“Os resultados das várias inicia-tivas ligadas à gastronomia quelevamos a cabo ao longo do anotêm sido bastante satisfatórios. OsRestaurantes associados a esteseventos têm registado níveis ele-vados de adesão por parte doscomensais”, refere o vice-presiden-te da Câmara da Lousã, referindoque “de ano para ano têm-se con-quistado novos clientes, havendobastantes casos de restaurantescom listas de clientes certos, de lo -cais como Lisboa ou Porto, que pe -dem para ser contactados e quepara aqui se deslocam proposita-damente nestas ocasiões”.

A melhor demonstração destesucesso, refere o autarca, “é o factode ser este o quarto ano em que serealizam estes Festivais Gastronó -

micos e a adesão dos restaurantesse manter estável”.

Quanto ao “rei” do festival, LuísAntunes diz que “já foi importan-te, na época em que os rebanhoseram numerosos na Serra da Lou -sã”. Com “a progressiva desrurali-zação do território e o envelheci-mento da população que se mante-ve nos lugares e nas aldeias, aquicomo no resto do País, contribuiupara a diminuição desta activida-de”, refere o autarca.

Porém, “os no vos tempos queatravessamos, apelando para esti-los de vida mais saudáveis, têmfeito com que estas serras, a poucoe pouco, se repovoem com novoshabitantes e antigas actividadescomecem a reaparecer. Os reba-nhos, aos poucos, es tão a reapare-cer nestas paisagens, o incrementoda gastronomia e a procura destesprodutos associados à terra podeser o factor que demonstre queestas actividades po dem, de novo,ser rentáveis”. Ali as, acrescentaLuís Antunes, “na Lousã há indí-cios de que os rebanhos poderãovir a reocupar o seu lugar nestapaisagem.�

ANUNCIOU O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Projectos de reestruturação e reconversão da vinha com apoios de 54 milhões de euros

DECORRERÁ DE 30 DE ABRIL A 3 DE MAIO

Lousã promove Semana Gastronómica do Cabrito

O município da Lousã promove de 30 de Abril a 3 de Maio

uma semana gastronómica dedicadaao cabrito, evento que conta com

a adesão de 14 restaurantes e queatrai largos milhares de pessoas

1514

Quarenta e oito milhões delitros de azeite represen-tados, 60 mil visitantes e

mais de 100 expositores em trêsdias de certame. São os númerosprevistos para a Bienal do Azeite‘09 – II Feira Nacional, organiza-da pela Câmara Municipal deCastelo Branco, pela AssociaçãoPortuguesa de Azeite da BeiraInterior e a Confraria do Azeite,em parceria com a Casa do Azeite.O evento, a decorrer na Praça daDevesa na cidade de CasteloBranco, de 29 a 31 de Maio, apre-sentará um conceito diferenciadode promoção do sector do azeite.

História, ambiente, cultura,eco nomia e política - todo um paísrepresentado num produto de ori-gens e sabedorias ancestrais, oazeite. O evento de carácter nacio-nal pretende articular estratégiasde espaços, ambientes e activida-des múltiplas, promovendo o en -

con tro e partilha de saberes entreos diversos profissionais de sectore os consumidores em geral. Atra -vés de uma visão global e repre-sentativa do sector, a Bienal ‘09espera conquistar uma posição dedestaque no universo do azeite emPortugal.

Ao longo dos três dias, os prin-cipais espaços criativos da Bie -nal’09 – Espaço Regional “BeiraBaixa”; Espaço Portugal e EspaçoMundo – localizados no coração deCastelo Branco, irão proporcionar

a todos os visitantes momentos delazer, conhecimento, convívio ene gócios.

Nestes espaços estarão repre-sentados os produtos regionais(nas vertentes gastronómica, arte-sanal, entre outras), as regi õespor tuguesas de azeites de De no -minação de Origem Protegida(DOP), os produtores e embalado-res nacionais, as áreas temáticasligadas à produção, mercado, ino-vação e desenvolvimento, e outros‘mundos’ do azeite.�

EM CASTELO BRANCO DE 29 A 31 DE MAIO

Sabores e Saberes na Bienal do Azeite

O olival vai ter mais 30 mil hectares nos pró-ximos anos, o que deverá permitir a Portugaldeixar de ser importador de azeite, avançouo ministro da Agricultura, DesenvolvimentoRural e Pescas.

Jaime Silva salientou que "emtrês anos, Portugal deixa de serimportador de 50 por cento do seuconsumo de azeite, podendo serex portador". Aliás, o olival e a vi -nha são, para o ministro, exem-plos "de que vale a pena investirna Agricultura" pois são sectorescom sucesso.

Em declarações à agência Lu -sa, o secretário de Estado adjunto

da Agricultura e Pescas afirmouque o novo olival é principalmentesemi-intensivo, ou seja, tem 200 a300 árvores por hectare, realçan-do que, nos últimos seis anos, fo -ram plantados 45 mil hectares denovo olival. "Quando todo o olivalnovo entrar em velocidade cruzei-ro de produção é possível reduziras importações em 50 por cen to",referiu.

O Alentejo recebeu 70 por centodo novo olival já plantado e pas-sou a ser a primeira região dopaís, com 40 por cento do total deárea de oliveiras.�

JAIME SILVA DIZ QUE O PAÍS PODE DEIXAR DE SER IMPORTADOR

Portugal terá mais 30 mil hectares de olival novo

Em entrevista à GazetaRural, Miguel Grego, ve re -ador da autarquia respon-

sável do evento, destaca a impor-tância de dois eventos que emmui to dignificam o concelho de Mi -ra e a região da Gândara.

Gazeta Rural (GR): Que no -vidades para a edição desteano?Miguel Grego (MG): A «Gân -

dara e Planta» e a «Feira dos Gre -los» são dois eventos que ao longodos anos se têm sabido adaptar àsvárias mudanças que têm ocorridoe que têm procurado responderaos anseios quer dos expositoresquer do público em geral. Esteano, e uma vez mais, procuramoscorrigir alguns pormenores quenos foram apontados como aspec-tos menos positivos ou a melhorar.Em suma procuramos estabilizara filosofia destes dois certames,introduzindo apenas alguns acer-tos pontuais.

GR: Vai manter-se a ligaçãoda feira dos grelos com o sec-tor florícola no certame?MG: Efectivamente a ligação

entre os dois eventos tem resulta-do numa sinergia muito positiva.A lógica mais expositiva da «Gân -dara e Planta», ligada mais ao sec-tor florícola, combina, em nossoentender, muito bem com a lógicamais gastronómica e de animaçãoda «Feira dos Grelos».

É preciso proporcionar aos visi-tantes espaços de múltiplos inte-resses, temos tentado “agradar”quer a quem gosta de apreciar osexpositores (e que felizmente sãomuito variados), quer a quem gos -ta de provar as iguarias confeccio-nadas pela Confraria, quer a quemgosta de ouvir boa música, quer aquem procura animação de rua,quer mesmo às crianças que que-rem espaços para se divertirem epermanecerem nas feiras.

Em suma, esta ligação tem sidomuito proveitosa e, em nosso en -tender, e dos expositores, que sãoos nossos parceiros, será paramanter.

GR: Como está o sector dashortícolas, e no caso os grelos,na região gandaresa?MG: Este sector, parece nos,

apesar do clima de crise, que temconseguido, com maiores ou me -nores dificuldades, continuar asua actividade. É com orgulho quesentimos o reconhecimento pelaqua lidade deste produto oriundodo nosso concelho.

É com interesse que hoje assis-timos a uma procura pelos grelosdos Carapelhos (concelho de Mira)e é com algum optimismo que ve -mos a forma como tem sido procu-rado o nosso concelho para a insta-lação de novas unidades ligadas aosector das hortícolas.

GR: Que perspectivas tem

para a edição deste ano?MG: As perspectivas são de,

apesar do tempo de menor “desafo-go” por parte das empresas e dospotenciais clientes, continuar apro mover dois eventos que emmui to dignificam o concelho de Mi -ra e a região da Gândara. As pers-pectivas são continuar a crescer,mas de forma sustentada. Quere -mos ir dando pequenos passos nosentido de sedimentar a afir maçãodo concelho na sua vertente agrí-cola, hortícola, florícola, florestal,em suma no que é mais genuínoda Gândara. Queremos ter umevento recheado de animação.

GR: Qual o objectivo da re a -lização do concurso “o me lhorprato de grelos”?MG: As perspectivas são ape-

nas desafiar as pessoas a usarem aimaginação e de usarem os greloscomo iguaria com múltiplas valên-cias na culinária.

É um concurso despretensiosoque pretende levar à descobertados sabores dos grelos e das vá -rias combinações que permitem.É ape nas mais uma forma de cha-mar a atenção para este pro -duto.�

DE 30 DE ABRIL A 3 DE MAIO

MMMMiiiirrrraaaa pppprrrroooommmmoooovvvveeee aaaassss FFFFlllloooorrrreeeessss eeee GGGGrrrreeeelllloooossss ddddaaaa rrrreeeeggggiiiiããããoooo

Mira recebe de 30 de Abril a 3 de Maio mais uma edição da Mostra Regio nal de Flores e Plantas “Gândara e Plantas”, que inclui também

a realização de mia suma edição da Feira dos Grelos

1716

Odirector-geral da Feira Internacional de Lis -boa (FIL), Javier Galiana, avançou que "o nú -mero de expositores manteve-se face à ante-

rior edição da Alimentaria, mas os 32 mil metrosquadrados ocupados representam uma redução decerca de 15 por cento". "O sector agro-alimentar estáem crescimento", uma tendência seguida, por exem-plo pela área da carne, pesca e aquicultura", referiu.

O responsável faz questão de realçar que a quebrada área ocupada, "devido à crise", é menos acentua-da que aquela registada nas feiras deste sector, prin-cipalmente europeias, onde atinge 35 a 40 por cento.

Celorico da Beira “mostrou” Queijo Serra da Estrela

O município de Celorico da Beira, através do Solardo Queijo, participou na edição deste ano daAlimentaria de Lisboa, tendo como principal objecti-vo, o estabelecimento de contactos e em dar a conhe-cer o Nobre produto que é o Queijo Serra da Estrela,para que outros mercados se possam abrir.

Refira-se o facto de o Município de Celorico daBeira, ter sido o único Município a marcar presençaneste evento de referência. Em termos de balançofinal, poder-se-á afirmar, com toda a certeza, que esteevento se tornou uma mais valia e uma oportunida-de impar para o Concelho de Celorico da Beira, empromover os seus produtores, dando a conhecer aomundo as suas potencialidades, tanto ao nível dastradições, como ao nível turístico, tendo sido parale-lamente levada a cabo uma campanha promocionalno âmbito de dar a conhecer através de folhetos infor-mativos as potencialidades turísticas da região juntodos participantes na mostra.�

REDUZIU ÁREA DEVIDO À CRISE

Alimentaria Lisboa2009 manteve número

de participantes Os agricultores apresenta-ram 310 candidaturas aapoios para a instalação

de equipamentos de aproveita-men to de energias renováveis,com um investimento total de15,2 milhões de euros, apoiado a50 por cento, anunciou o Minis -tério da Agricultura.

O total de verba disponibiliza-da para a ajuda à instalação deenergias renováveis na agricultu-ra era de 15 milhões de euros e oincentivo não reembolsável é de50 por cento das despesas elegí-veis. Uma informação do Minis -

tério da Agricultura, Desenvolvi -mento Rural e Pescas refere que onorte foi a região a apresentarmaior nú mero de candidaturas,com 182 projectos, e investimentode 3,8 mi lhões de euros.

Mas, o valor mais elevado dein vestimento pertence a Lisboa eVale do Tejo, com 5,4 milhões deeuros, correspondentes a 15 can-didaturas. Do Alentejo chegaramaos serviços do Ministério 86 pro-jectos para um investimento detrês mi lhões de euros para apoio aacções promotoras de eficiênciaenergética nas explorações agríco-

las. O prazo para apresentação decandidaturas a esta ajuda termi-nou a 15 de Abril.

A medida visava "melhorar aeficácia energética nas explora-ções, preservado o ambiente e tor-nando assim sustentáveis os ren-dimentos agrícolas", segundo oMinistério.�

NUM INVESTIMENTO DE 15,2 ME

Ministério recebeu 310 projectos para uso de energias renováveis

O SECTOR AGRO-ALIMENTAR ESTÁ A CRESCER E A FEIRAALIMENTARIA LISBOA 2009 MANTEVE O NÚMERO

DE EMPRESAS PARTICIPANTES, MAS A CRISE ECONÓMICA REFLECTIU-SE NA ÁREA OCUPADA, QUE DESCEU FACE

À ANTERIOR EDIÇÃO

1918

As chegas de bois continu ama atrair milhares de pes -soas em Montalegre, mas o

número de protagonistas destesespectáculos, os bois de ra ça barro-sã, estão a diminuir de ano paraano, alertou o vereador da autar-quia local. Orlando Alves disse àAgência Lusa que actualmenteexistem no concelho "apenas 12exemplares" desta raça autóctoneque participam nas chegas de bois.

A associação "O Boi do Povo",com o apoio da autarquia local,organiza todos os anos, a partir deJunho, o campeonato de chegas debois onde apenas é permitida aparticipação a animais de raçabar rosã. Só que, segundo o verea-dor, o número de participantestem vindo a decrescer de ano paraano. O objectivo da organizaçãodos campeonatos é precisamente"apoi ar o fomento desta espécieque sofreu uma forte decadêncianas últimas décadas".

Por cada confronto, o animalrecebe 500 euros, enquanto que oprémio final é de 750 euros. Ocam peonato de chegas de boistam bém já se transformou numa"atracção turística" da região.

A Associação Etnográfica "OBoi do Povo" foi criada em 1999,por um grupo de amigos apaixona-dos pelas tradicionais chegas debois e, desde que nasceu, tem orga-

nizado estas lutas entre animais. Segundo um dos responsáveis

pela associação, Fernando Moura,nos últimos anos, muitos produto-res têm optado por outras espéciesbovinas, de crescimento mais rá pi -do e às quais é feita inseminaçãoartificial, salientando que são mui -tos os emigrantes e turistas que sedeslocam propositadamente àregião do Barroso para assistir àschegas de bois. Mas diz que, osespectadores muitas vezes desco-nhecem o longo trabalho de"mimo" de que os bois são alvo an -tes de entrarem no recinto.

Fernando Moura referiu quehoje este "mi mo" é feito por parti-culares, mas há uns anos atrás eraum trabalho comunitário, queenvolvia to da a aldeia nos traba-lhos com o animal e por isso mes -mo era denominado o "boi dopovo".

Depois de colocados frente afrente, os bois concorrentes inici -

am "uma dança" que se prolongamais ou menos no tempo, depen-dendo da força de cada animal, edurante a qual investem, enfren-tam-se com violência, entrelaçamos chifres, afastam-se e voltam aoconfronto. A luta termina quandoum dos bois foge, assumindo a der-rota, ou quando é ferido pelo outroanimal.

Os espectáculos são também re -latados por Fernando Moura,como se se tratasse de um jogo defutebol. "Explico a forma como osbois se enfrentam, a violência comque o fazem ou a estratégia queadoptam. Às vezes os animais nemse pegam e outras vezes as chegaschegam a durar entre 30 a 45minutos", salientou.

Fernando Moura diz que até jáfez relatos em directo, mas a mai -or parte das vezes opta por gravaro relato num gravador, sendo estedepois transmitido pela RádioMontalegre.� Lusa

CHEGAS DE BOIS CONTINUAM A ATRAIR MILHARES DE PESSOAS

São cada vez menos os "protagonistas"

Fernando Moura é um dosresponsáveis pela associa-ção "O Boi do Povo" e um

dos grandes entusiastas pelasche gas de bois, uma tradição jámuito antiga em alguns concelhosde Trás-os-Montes, mas que en -contra uma maior expressão emMontalegre.

É também um dos rostos dodescontentamento e da revoltados produtores de gado do barrosocontra as regras impostas pelaDirecção Geral de Veterinária(DGV) relacionadas com as movi-mentações de animais. "Está a sercomplicado organizarmos as che-gas de bois, porque estamos obri-gados a fazer colheitas de sangueaos animais, todos os meses. Aofazermos isso estamos a espicaçaros animais e eles acabam por setornar agressivos", afirmou àAgência Lusa. Os produtores degado queixam-se do tempo queperdem e do dinheiro que gastampara cumprir todas as normas.

O veterinário municipal, Do -min gos Moura, explicou que nosúltimos meses foram impostas anível nacional medidas sanitáriasque obrigam à realização de exa-mes de pré-movimentação para adeslocação de animais para feiras,transacções comerciais, as quaisabrangem ainda a realização daschegas de bois. Ou seja, qualquerprodutor que queira vender umanimal ou participar num desteseventos, tem que solicitar a reali-

zação dos exames de pré-movi-mentação, que consistem na co -lheita de sangue, têm ainda depagar as respectivas taxas e espe-rar pelos resultados dos exames.

Passado um mês, se o animalnão for vendido ou se o proprietá-rio quiser participar numa outrachega de bois, terá que repetir osexames e pagar novas taxas. "Sobo ponto de vista técnico compreen-do estas medidas que servem paraevitar a propagação de doenças,mas também compreendo as preo-cupações dos produtores", salien-tou Domingos Moura.

Fernando Moura referiu que aassociação "O Boi do Povo" já soli-citou à DGV autorização para quea colheitas de sangue aos animaisse façam apenas de "três em trêsmeses". Adiantou que, se as rei-vindicações dos produtores não fo -rem ouvidas, estes podem ir paraa rua em forma de protesto.

Uma "cláusula de excepção" pa -

ra a realização das chegas de boisé também o que defende o verea-dor da Câmara de Montalegre,Or lando Alves. O autarca compre -ende que "não é fácil abrir prece-dentes para esta manifestaçãocul tural", mas, acredita que se talnão acontecer as "chegas de boispodem desaparecer".

Orlando Alves referiu que ascolheitas contínuas de sangueespicaçam os animais de tal formaque estes podem até constituir umrisco para os próprios produtores."Não se agarra um boi com facili-dade para tirar sangue, pelo quealguns proprietários poderão op -tar por participar em chegas ape-nas de, por exemplo, seis em seismeses", referiu.

Considerou ainda que as restri-ções estão a acabar com a "espon-taneidade" ou seja os desafios decafé lançados pelos proprietários eque às vezes davam origem àschegas.

Por sua vez, Fernando Mouraacrescentou que se começam a fa -zer chegas clandestinas em Mon -talegre, em que às vezes nem to -das as normas de segurança sãocumpridas.

Segundo explicou, para a reali-zação destes espectáculos é neces-sário um recinto vedado, ter segu-ro, uma licença camarária para acobrança dos bilhetes e os examesde pré-movimentação. A associa-ção paga ainda cerca de 500 eurospor cada boi participante. �

POR CAUSA DAS REGRAS IMPOSTAS PARA A MOVIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS

PPPPrrrroooodddduuuuttttoooorrrreeeessss tttteeeemmmmeeeemmmm oooo ffff iiiimmmm ddddaaaassss ttttrrrraaaaddddiiii cccciiiioooonnnnaaaaiiiissss cccchhhheeeeggggaaaassss ddddeeee bbbbooooiiiissss

Os organizadores das chegas de bois de Montalegre temem o fim desta tradição por causa das regras impostas para a movimentação dos animais e reivindicam uma medida de excepção para a realização

destes espectáculos que atraem milhares de pessoas

2120

Cerca de 340 crianças deescolas de Portimão e 150seniores de instituições de

acolhimento do município partici-param na festa do primeiro ani-versário da Quinta Pedagógica dePortimão, a que se associaram al -gumas dezenas de moradores dazona.

Animação para miúdos e graú-dos, com pinturas faciais, modela-dores de balões, insuflável, ar tescircenses e música popular foi oque não faltou ao longo de todo odia. Desde que foi inaugurada emAbril de 2008, a Quinta Pedagó -gica de Portimão já teve cerca de35 mil visitas, com especial inci-

dên cia por parte das escolas da re -de pública e privada do barlaven-to algarvio. Os visitantes têm

opor tunidade de alimentar os ani-mais, ou colaborar na sementeirae na confecção de pão no forno,participando ainda em iniciativasartísticas e jogos tradicionais.Existe uma horta de legumes, umespaço com ervas aromáticas, ár -vores diversas como a laranjeira,a figueira, ou a amendoeira, assimcomo cavalos, vacas, burros, ove-lhas, porcos, patos, coelhos, gali-nhas e outras espécies de animaiscaracterísticos de uma quinta.

A Quinta Pedagógica de Porti -mão, que ocupa uma área de cercade dois hectares, é gerida pelaAspaflobal – Associação dos Pro -du tores Florestais do BarlaventoAlgarvio, na sequência de contra-to de gestão partilhada celebradocom o Município de Portimão.

Entre Maio e Setembro, podeser visitada de terça a sexta-feira,entre as 09h30 e as 19h30, e aossábados, domingos e feriados, das10h00 às 19h30. De Outubro aAbril funciona aos dias de semanadas 09h30 às 17h30 e aos sábados,domingos e feriados entre as10h00 e as 17h30. �

Em entrevista à Gazeta Ru -ral, Fernando Campos,pre sidente da Câmara lo -

cal, aponta os caminhos a seguir.Em jeito de desafio, aconselha aque todos “se deixem seduzir” peloseu concelho.

Gazeta Rural: Como autar-ca, o que mais destacaria emBoticas?Fernando Campos (FC):

Bem, nós temos um slogan que é“Boticas: a sedução da monta-nha”. Costumo dizer que todosnós, mais velhos ou mais novos,homens ou mulheres, gostamos deser seduzidos e, muitas vezes, se -duzir. Neste sentido, aconselho aque todos se deixem seduzir peloconcelho de Boticas. Vão ver quenão se arrependem.

Temos coisas boas e diferentes.Vir a Boticas é encontrar parte doterritório na sua forma original,mas com as condições mínimasque as pessoas exigem hoje. Asacessibilidades melhoraram, te -mos várias unidades de turismorural e temos uma rede de taber-nas regionais onde os nossos pro-dutos estão permanentemente emexposição. Neste sentido, a nossarestauração melhorou de formamuito significativa.

Além disso, temos um patrimó-nio riquíssimo e notável. Os nos-sos moinhos estão a ser recupera-dos e a Rota do Pão vamos imple-mentá-la em breve.

No âmbito do património esta-mos a aproveitar o nosso guerrei-ro castrejo, construindo em Bo ti -cas, para além do Centro de Artes,o Centro Europeu de Documen -tação da Cultura Castreja, o que éuma vitória e uma conquista ex -tra ordinária para podermos fazer

valer o património da nossa terrae fazer com que as pessoas ve -nham cá.

GR: Para além da valoriza-ção do património, a autar-quia está empenhada emapro veitar as condições natu-rais, para produzir energiasalternativas?FC: Estamos efectivamente, a

apostar nas energias renováveis,quer nas eólicas, quer nas hídri-cas. É uma área onde somos pio-neiros. Estamos a instalar umconjunto de parques eólicos, em

parceria com outras empresas,assim como o aproveitamento hí -drico.

Para nós as questões ambien-tais são fundamentais. Não se po -de matar a “galinha dos ovos deouro” e, felizmente, os nossos ha -bi tantes estão a dar conta, paratermos um concelho de qualidade,que temos que preservar.

GR: Quais são as grandesapostas nessa área?FC: As apostas, no futuro, pas-

sam por continuar a tratar e amanter o ambiente duma formasustentada, criando condições demelhoria da qualidade de vida dasnossas populações, alargando anossa Rede Social de Apoio atodas as freguesias. Já temos umaboa cobertura, mas queremosmelhorá-la.

Além disso, pretendemos criarcondições para que possamosdivulgar o nosso património, anos sa riqueza, o nosso ambiente, eisso faz-se criando condições paraque as pessoas possam cá ficar. Éum trabalho longo e que tem de sefazer passo a passo.

GR: A autarquia tem vindoa apoiar a fixação de gentenova, nomeadamente jovensagricultores?FC: A instalação de jovens

agricultores no concelho de Boti -cas, financiados pela União Eu -ropeia, está isenta de taxas. Te -mos um serviço de apoio aomundo rural em que tratamos detudo com os agricultores, desde ascandidaturas, aos apoios, aosfinanciamentos, de tudo, aindapor cima sem pagarem nada. Éuma forma de apoiarmos a popu-lação jovem.� José Luís Araújo

EM AMBIENTE DE FESTA

QQQQuuuuiiiinnnnttttaaaa PPPPeeeeddddaaaaggggóóóóggggiiii ccccaaaa ddddeeee PPPPoooorrrr tttt iiiimmmmããããoooo ccccoooommmmeeeemmmmoooorrrroooouuuu pppprrrr iiiimmmmeeeeiiii rrrroooo aaaannnniiiivvvveeeerrrrssssáááárrrr iiiioooo

PRESIDENTE DA CÂMARA DE BOTICAS, À GAZETA RURAL, DEIXA UM APELO

“Deixem-se seduzir por Boticas”Conhecido pela excelente

gastronomia, Boticas aposta no aproveitamento das suas

condições naturais para o seu desenvolvimento

NA TAÇA DAS AGRÁRIAS EM BRAGANÇA

Escola de Viseu com excelente participação

A Associação de Estudantes da Escola Su -perior Agrária de Viseu teve uma excelen-te participação na vigésima edição daTaça das Agrárias, que decorreu em Bra -gança. Os mais de 50 atletas de -fen deram as cores da cidade deViseu, da Escola e da Associa -ção, com afinco e dedicação, obti-veram o primeiro lugar nos doisescalões de futebol (masculino efeminino), segundo no rugby,ter c eiro no ténis e o quinto nosjogos tradicionais e no voleibol

A “Taça das Agrárias” é umevento a nível nacional, onde asdiversas escolas agrárias do paísse juntam para disputar diver-

sas modalidades. Participaramno evento as escolas de Ponte deLima, Bragança, Coimbra, Vi -seu, Elvas, Castelo Branco eSan tarém.

A Escola de Viseu trouxe ain -da a “Taça do Espírito Agrário”,a mais esperada e aquela que to -dos almejam. O troféu represen-ta o “Espírito Agrário”, algo quenão se vê, que não tem cheiro,mas que se sente e com mui taforça.

O “Espírito Agrário” é o resul-tar de uma semana de fair-play,de inter-ajuda, de partilha, deconvivência e muito mais. �

Foto: Filipe da Palma

2322

Abriu a nova época termal dasCaldas da Cavaca, no concelho

de Aguiar da Beira, num ano quevai servir para consolidar

um projecto que teve início o ano passado, após as obras

de recuperação daquele espaço

NOVA ÉPOCA TERMAL VAI ATÉ OUTUBRO

Caldas da Cavaca em “período de teste”

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Augusto Fernando Andradeespera que esta época ter-mal “corra bem”, destacan-

do a “razoável afluência verificadanos três meses que as Termasestiveram abertas no ano passado.O presidente da Câmara deAguiar da Beira admite que aabertura das Termas de Abril aOutubro é “um período bastantelongo”, mas “é a titulo experimen-tal, tendo em conta que este anovai ser testado o funcionamentodo balneário, em função do núme-ro de clientes”. Depois, “nos próxi-mos anos, iremos ajustar a aber-tura das Ter mas em função daforma como funcionou este ano”.Fernando Andrade diz que “é umteste, que vai trazer alguns cus-tos”, mas “queremos dar um sinalaos utentes do balneário, de queestamos dispostos a fazer algumsacrifico para beneficiar todosaqueles que ali quiserem ir tratar-se, podendo, ao longo do período

de abertura fazer mais que umtratamento”.

Depois das obras de requalifica-ção do espaço, Fernando Andradequer agora avançar com a cons-trução de uma unidade hoteleira,numa parceria publico-privada. Oprojecto está em fase de aprovaçãoe o autarca está esperançado deque ainda este ano arranque a suaconstrução. “Vai ser uma unidadehoteleira de qualidade, com cercade 60 quartos, com SPA, que vaipossibilitar não só ao doente, mastambém aos seus acompanhantes,durante a quinzena que estiveremno tratamento puderem tambémcuidar do seu físico e do seu bem-estar”, diz o presidente da Câma -ra de Aguiar da Beira.

Um nome com tradição

As Caldas da Cavaca são co -nhe cidas há muitas décadas, no -meadamente pelas suas capaci-

dades terapêuticas para trata-mento de doenças do foro digesti-vo. O autarca destaca o facto de,no ano passado, ter encontradopessoas de diversos pontos doPaís, no me adamente de Lisboa edo Alentejo a fazerem tratamentonas Ter mas. “Isso é revelador doque fo ram as Caldas da Cavacahá 50 anos e as pessoas aindacontinuam com vontade de ali setratarem”.

Neste sentido, Fernando An -dra de acredita que esta nova fasedas Termas seja “um êxito”, embo-ra reconheça que “hoje a oferta émuito maior do que era há 50anos”. No entanto, o autarca lem-bra que “a qualidade das águas éextraordinária e tem tratamentosque só ali se fazem”. Deste modo,“espero que os utentes, e todosaqueles que há anos atrás fre-quentaram esta estância termal,voltem e que as tragam mais gen -te”, refere Fernando Andrade. �

Avenda de novos equipa-men tos agrícolas tem vin -do a resistir à crise. Ar -

ménio Sousa, com sede em Outei -ro de Cima, no concelho de Ton -dela, afirmou à Gazeta Rural queeste ano a venda de novos equipa-mentos está “igual a anos anterio-res”, embora confirme que nas úl -timas semanas “houve uma para-gem”. Conhecedor do meio agríco-la da região, Arménio Sousa reco-nhece que “os agricultores estãodesmotivados, não vendem nadaque faça dinheiro”.

Todavia, afirma que a venda denovos equipamentos se tem verifi-cado entre os mais novos, que“compram um tractor para fazer o

trabalho de casa”, pois “estão a cul-tivar mais do que há uns anosatrás”. Alias, Arménio Sousa aacredita que “isto vai aumentarainda mais”, pois “as pessoas têmum emprego mas querem cultivaras suas terras, produzindo alimen-tos para o seu sustento”.

Neste âmbito, os tractores en treos 35 e os 50 cavalos são os quemais se vendem e os que melhoresse adaptam às características dosterrenos desta região de minifún-dio. Arménio Sousa é agente daDeutz-Fahr e da Massey Fer gu -son, duas marcas de renome nopanorama mundial, sendo que aprimeira é a que tem a preferênciados agricultores da região.�

SEGUNDO ARMÉNIO SOUSA

Venda de equipamentosnovos resiste à crise

“Magazine do Pão” e “Panificadora”:aposta na tradição

Depois da Panificadora Ideal de Vilde -moinhos, a Magazine do Pão é a novaaposta de José Morais. Servir bem osseus clientes, mantendo a tradi-ção que a Panificadora granjeouno fabrico de pão, mas especial-mente da célebre broa de Vil de -moinhos é a meta do empresáriopara o novo espaço que adquiriuna Avenida Cidade de Aveiro,em Viseu.“É um novo projectoque há muito ambicionava”, dizJosé Morais à Gazeta Rural. Aaposta passa por manter as duasunidades, classificadas como“fabris” em funcionamento. NaPanificadora Ideal a célebre broade Vildemoinhos é o seu ex-líbris,continuando o fabrico de todo otipo de pão, fornecendo tambémoutros clientes.

Quanto à Magazine do Pão,além do fabrico de pão e pastela-ria, José Morais pretende, “aci -ma de tudo, servir bem os seusclientes”. “Até agora tem estadoa correr muito bem, mas quere-mos melhorar o serviço e a formade atendimento dos nossos clien-tes”, garante José Morais. �

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Ojovem vencedor que exer-ce a prática clínica diáriacom bovinos, pequenos ru -

minantes e suínos, recebe 1000eu ros e a possibilidade de publicaro trabalho de revisão bibliográficana Revista da especialidade Vete -ri nary Medicine.

Para além deste prémio foramainda atribuídas três mençõeshon rosas aos participantes: Ri car -do Bexiga, Carolina Maia e àdupla Carlos Ribeiro/Dália Cas -tro, no valor de 250€ cada.

“Estamos muitos satisfeitoscom a qualidade dos trabalhosque chegaram até nós. Acredita -mos que este Prémio constituiuma excelente forma de fomentaro progresso da Medicina Veteri ná -ria na área das espécies pecuáriase estimular a escrita científica emPortugal”, explica Manuel Dar -gent Figueiredo Country HeadDivision da Divisão Saúde Animalda Bayer. O Prémio Bayer SaúdeAnimal foi lançado, pela primeiravez, o ano passado pela linha de

Ani mais de Produção da BayerHealth care com o objectivo de dis-tinguir os melhores trabalhos deestudantes ou licenciados em me -dicina veterinária.

A segunda edição do concursojá foi anunciada e este ano serátambém alargada aos animais decompanhia. No si te www.bayer -vet.com.pt pode consultar-se oregulamento e informações neces-sárias para a candidatura ao Pré -

mio Bayer Saúde Animal 2009. ABayer Health Ca re investe, todosos anos, milhões de euros em pes-quisa e desenvolvimento de novosprodutos, confirmando assim oem penho na protecção dos ani-mais e das pessoas.

Nos últimos 10 anos a DivisãoSaúde Ani mal foi responsávelpelo de sen volvimento de novosprodutos e métodos de aplicaçãoinovado res.�

AViseu Catering é uma em -presa que recentemente semudou para Freixiosa, no

concelho de Mangualde, onde dis-põe de novas instalações, numaquin ta de 10 hectares, junto àA25.

A aposta num serviço de quali-dade, num espaço rural de rarabeleza, é o lema desta empresaque oferece serviços para todo oPaís. Manuel Pinto, à GazetaRural, mostrou-se “muito satisfei-to” com o novo espaço, numa re -gião onde dispõe de muitos clien-tes. A mudança, diz, deveu-se ao“espaço limitado de que dispunha-mos em Viseu”, além de que, refe-re Manuel Pinto, “já exploráva-mos nesta zona a Quinta daCerca”.

Habituado à cidade, ManuelPinto diz que “profissionalmente émuito agradável mudar para ocampo, pois aqui temos muito es -paço, com todas as condições para

a nossa actividade”. A aposta emgrandes serviços mantém-se, co -mo casamentos, baptizados e al -moços ou jantares de empresas.Todavia, “queremos prestar umserviço de qualidade, que marquetoda a diferença”, sa li enta Ma -nuel Pinto, que para este ano tema agenda quase completa, comserviços de norte a sul do País.

Casamentos salvam o ano

Numa altura de crise, os casa-mentos são a salvação do ano. “Anível de casamentos anda bem,mas a nível de serviços de cate-ring está fraco, dado que as em -presas não têm dinheiro ou ondeinvestir”, refere Manuel Pinto,destacando que “antes fazia-semui tas inaugurações, almoços detrabalho e jantares de empresas,serviços que hoje praticamentede sapareceram. Há realmenteum corte”, destaca. �

NOVAS INSTALAÇÕES NA FREIXIOSA, NO CONCELHO DE MANGUALDE

Viseu Catering: a aposta no requinte e bom gosto

DISTINGUIDOS MELHORES TRABALHOS NACIONAIS NA ÁREA DAS ESPÉCIES PECUÁRIAS

Médico-veterinário de Vouzela vence Prémio Bayer Saúde Animal 2008

NOS DIAS 16 E 17 DE MAIO

Gouveia recebe acçãode formação

em FruticulturaBiológica

A Fundação BioLogic@, em parceriacom a unidade de Turismo Rural – Ca -sas do Toural, promove o curso BioHortano interior do país, dias 9 e 10 de Maio,e a primeira acção de formação emFruticultura Biológica, nos dias 16 e 17de Maio.

Após a realização do Cursoem várias cidades do país, efruto do interesse demonstra-do pelos participantes emaprender mais sobre fruticul-tura em Modo de ProduçãoBiológico, já que muitos têm,ou pretendem vir a ter árvoresde fruto nos seus terrenos, aFundação BioLogic@ decidiupro mover mais estas acções.

Ambos os cursos são umaformação teórico-prática, de 12horas, sendo seis horas teóri-cas e seis de formação práticaem pomar, funcionando aosfins de semana, destinada atodos os que possuam terrenosonde pretendam ter árvores defruto, ou uma pequena horta,para consumo próprio, aosproprietários agrícolas quepos sam pretendam vir a con-verter as suas explorações pa -ra este modo de produção e atodos os interessados pelotema.�

Hugo Duarte José, Médico-veterinário na Clínica Veterinária de Vouzela, foi o grande vencedor do Prémio Bayer Saúde Animal 2008, subordinado

ao tema “Alterações metabólicas na vaca leiteira de alta produção”

Estão abertas as candidaturas às ajudascomunitárias à agricultura, até ao próxi-mo dia 15 de Maio. Os interessadosque pretendam candidatar-se aestas ajudas, nomeadamente aoRegime de Pagamento Único, àManutenção da Actividade Agrí -cola em Zonas Desfavorecidas,às Medidas Agro-Ambientais,ao Prémio ao Abate e ao Prémio

por Vaca em aleitamento, de -vem dirigir-se à Delegação Re -gio nal da Direcção Regional deAgricultura e Pescas ou a umadas Associações de Agricul toresda sua região.

Os interessados que preten-dam também candidatar-se aoprémio por ovelha e por cabra,devem ter em atenção que o

prazo para a entrega da candi-datura termina a 30 de Abril.

Mais esclarecimentos podemser obtidos junto de qualquerentidade receptora. No interes-se dos candidatos e tambémdas entidades receptoras, seráconveniente que não deixempara o último dia a sua candi-datura.�

ATÉ AO PRÓXIMO DIA 15 DE MAIO

Abertas as candidaturas às ajudas no âmbito da PAC

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Quarenta mil milhões deeu ros é o montante que oGoverno prevê gastar na

requalificação e construção dasprin cipais vias que servem o con-celho de Vinhais. O secretário deEstado Ajunto das Obras Públicase das Comunicações, Paulo Cam -pos, presidiu à cerimónia de con-tratação da requalificação da ER315, que liga Rebordelo a Miran -dela (IP4), e ao lançamento do Es -tu do Prévio para a ligação entreVinhais e Bragança.

Para o presidente da CâmaraMu nicipal de Vinhais, Américo

Pe reira, estas ligações são funda-mentais para desencravar o con-celho, até porque não é possíveldesenvolver um município quenão tenha vias que facilitem a cir-culação das pessoas e bens.

Actualmente são precisos 40minutos para chegar a Bragança,por uma estrada cheia de curvas”,salientou o edil. Com a nova liga-ção à capital de distrito, que vaiaproveitar troços da actual EN103, o tempo de percurso vai serreduzido em 30 por cento. A viapas sará foras das localidades avelocidade base estimada de 60

quilómetros/hora. Entretanto, oEstudo Prévio pa ra a requalifica-ção da estrada que liga Rebordeloa Mirandela que vai aproximarVinhais do IP4 vai avançar. Deacordo com os da dos avançadospelo Governo, a nova estrada, comuma extensão de 30 quilómetros,deverá custar 32 milhões de eu -ros. O Estudo Prévio estará con-cluído no segundo trimestre de2010.

Já a requalificação da ER 315,com uma extensão de 30,3 quiló-metros, vai custar 8,5 milhões deeuros. �

AAssociação de Desenvolvi -men to do Dão (ADD) vailevar a efeito no próximo

dia 7 de Maio, pelas 16 horas, emsessão pública no Auditório da Bi -blioteca Muni cipal de Man gual de,de apresentação do Subpro grama3 Aborda gem LEADER.

Este Subprograma do PRO-

DER (instrumento estratégico efinanceiro de apoio ao desenvolvi-mento rural) privilegia o modo deactuação LEADER através deacções promovidas no âmbito deestratégias de desenvolvimentolo cal e de agentes organizadospara o efeito, reservando medidaspara apoio ao funcionamento des-

tes. A sessão de esclarecimentoserá presidida pelo presidente daCâmara Municipal de Mangu -alde, Soares Marques, sendo queestará também presente umrepresentante da Caixa Geral deDepósitos no âmbito do esclareci-mento dos Programas Invest II eIII.�

LIGAÇÕES A BRAGANÇA E MIRANDELA

Governo investe 40 milhões para desencravar Vinhais

UMA INICIATIVA DA ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DO DÃO

Apresentação do Subprograma 3 Abordagem LEADER em Mangualde

DIZ O PRESIDENTE DO FUNDOINTERNACIONAL DE

DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA

É "obrigatório" duplicar produção agrícola até 2050

O presidente do Fundo Internacional deDesenvolvimento Agrícola (FIDA) defendeuque é "obrigatório" duplicar a produçãoagrícola até 2050 para garantir a seguran-ça alimentar no mundo.

"É obrigatória duplicar a pro-dução agrícola, a população mun -dial tem crescido tremendamen-te", disse Kanayo Nwan ze. "Es -pe ra mos que os países do G8 e ospaíses em desenvolvimento"apro vem "um plano de acção con-creto e não uma nova declara-ção", tendo em conta que se estáa assistir a "uma verdadeira revi-ravolta" e a agri cultura "é a cha -ve para o crescimento económicodos países em desenvolvimento"e a "se gurança alimentar um ele-mento-cha ve para a segurançainternacional", sublinhou o presi-dente da agência das Na çõesUnidas.�

Gozar uns dias de lazer en -quanto aprecia a nature-za. Respirar ar puro e ga -

nhar o hábito de visitar terrastransmontanas é o desafio do Par -que Biológico de Vinhais (PBV).

Aberto desde Maio de 2008, oParque pretende interpretar e dara conhecer a paisagem deslum-brante (fauna, flora e geologia),manter e promover os ecossiste-mas e a biodiversidade e desenvol-ver o turismo e o ecoturismo, sen-sibilizar populações e gerar em -pre go na região.

O PBV nasceu na esperança detrazer às terras frias de Trás-os-Montes mais visitantes e, comeles, maior desenvolvimento eco-nómico. O facto é que desde a datade abertura de portas desfruta-ram da paisagem deste local, 13mil pessoas. É com satisfação queapresentamos este número, por-

que estamos convictos das enor-mes potencialidades de valoriza-ção, não só do concelho de Vi nhais,mas também de toda a re giãotransmontana.

Do ponto de vista do desenvol-vimento do turismo regional éuma mais-valia, ao propor aindaao visitante a possibilidade de es -tadia, em Parque de CampismoRu ral, ou na Hospedaria doParque.

No Parque de Campismo Ru -ral, os bungalows têm sido um“ca so de sucesso”, com taxas deocu pação de 100% nos meses deVerão bem como nos restantesfins-de-semana ao longo do ano, oque demonstra o interesse turísti-co destes equipamentos.

A Hospedaria do Parque, situa-da em Rio de Fornos, a 1,5 km doParque Biológico, com capacidadepara 50 pessoas, é um solar sete-

centista muito bem recuperado,que tem acolhido muitos gruposturísticos, de Cabo Verde, de SãoTomé e Príncipe, da Noruega, e devárias de escolas do nosso pais.

O PBV insere-se numa estraté-gia de desenvolvimento turísticodo concelho de Vinhais, onde fo -ram criados outros locais de inte-resse para o conhecimento da re -gião, que inclui o Centro Interpre -tativo do Parque Natural de Mon -tesinho – Casa da Vila; o Ecomu -seu; o Roteiro “Destinos com His -tória” e dentro de dias o Mu seu deArte Sacra.

Estes espaços, que têm sidomui to visitados, encontram-seper feitamente enquadrados narecente requalificação urbanísticaque dotou Vinhais de novos emodernos espaços públicos.�

Carla AlvesDirectora – Parque Biológico de Vinhais

Parque Biológico de Vinhais – Um destino turístico

A Câmara Municipal da Póvoa deLanhoso, em articulação com a empresaTerra Pedestre, vai promover, até ao mêsde Outubro, sete caminhadas por outrostantos percursos pedestres existentes noConcelho. Promover estilos devida saudáveis, ao mesmo tem -po que se potenciam os recursosturísticos do concelho, é o objec-tivo deste programa de dinami-zação e de divulgação daquelesitinerários encetado pela autar-quia.

Os participantes poderãocontar com uma interpretaçãodos locais por onde passarem. Oprimeiro destes passeios reali-zou-se já no passado dia 25 deAbril, ao longo da Via RomanaXVII (Serzedelo – Carvalha deCalvos, GR 117).

As inscrições podem ser re -

alizadas no Posto de Turis moda Póvoa de Lanhoso (tu ris [email protected] ou253 639 708).

Próximos percursos:16 de Maio – Percurso Maria daFonte (Fontarcada – CasteloPR1)27 de Junho – Percurso doMerouço (Sobradelo da GomaPR 2)18 de Julho – Passeio dasPucarinhas (Garfe)22 de Agosto – Passeio noCávado19 de Setembro – Passeio dasBelas Vistas (Castelo – São Ma -mede)17 de Outubro – Ribeiro Quei -mado (Sobradelo da GomaPR3)�

Até ao mês de Outubro

Percursos pedestres dão a conhecer a Póvoa

de Lanhoso

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Como oportunamente escre-vi neste espaço de opiniãona Gazeta Rural, o sector

vitivinícola nacional é um sectorconsolidado, maduro e que, apesardas dificuldades, tem olhado emfrente e respondido aos desafiosda modernização e da competitivi-dade. Foi, com orgulho, que tiveocasião de assistir no Solar do Dãoà assinatura de 23 contratos comorganizações e empresas do sectore o Ministério da Agricultura paraa promoção internacional dosvinhos portugueses.

O programa de promoção de vi -nhos em mercados de países ter-cei ros em causa constitui umapar ceria estratégica entre o Es -tado e o sector privado, com dura-ção de três anos, no valor de 32milhões de €uros.

Este programa é comparticipa-do em cerca de 16 milhões de eu -ros de financiamento público, na -cional e comunitário e que pro-vêem do envelope financeiro quePortugal negociou para apoiar osector vitivinícola nacional quan-do em Dezembro de 2007, na Pre -sidência Portuguesa da União Eu -ro peia, se concluiu a Reforma daOCM dos Vinhos.

Os vinhos portugueses têm vin -do a afirmar-se no mercado pelasua qualidade, resultado de castasúnicas, da diversidade de climas esolos e sobretudo de um rico patri-mónio de tradição da cultura dovinho e vinha, que os nossos enó-logos têm sabido valorizar.

Mas hoje, para vencer nummer cado global competitivo, nãobas ta produzir um bom “néctar”.É também necessário apostar nodesign e ainda este mês, emAlemanha na feira PROWIEN,que é um dos maiores certames

mundiais do sector, foram premia-dos vinhos portugueses no concur-so internacional de design de rótu-los e garrafas de vinhos. Um indi-cador de que Portugal está no bomcaminho.

Num momento em que o consu-mo de vinho no mundo diminui,como apresentou recentemente aOrganização Internacional da Vi -nha e do Vinho (OIV), em resulta-do de uma quebra no consumo queé explicada pela diminuição daprocura na União Europeia, masque foi em parte compensado peloaumento do consumo na Américado Norte. Pois bem, este programade promoção dos vinhos portugue-ses para além do Brasil e Angola,tem os Estados Unidos e o Canadácomo mercados prioritários deintervenção, países onde apesardos sinais de crise noutros secto-res, as exportações de vinho têmapresentado crescimento.

O vinho é também uma marcareconhecida de Portugal. Comoen fatizou o Primeiro-Ministro na -que la cerimónia, nas suas desloca-ções ao estrangeiro “o sector dovinho foi sempre um dos que este-ve presente, acrescentando prestí-gio a Portugal”. De facto, assim é.Como recentemente frisou o Pre -sidente do Turismo de Portugal,Luís Patrão, “a gastronomia e os

vinhos são produtos estratégicospara o desenvolvimento do nossoturismo”. A qualidade dos saboresnacionais é hoje uma mais-valiareconhecida do nosso país, na suapromoção internacional.

Como José Sócrates enfatizouno Solar do Dão, a assinatura doscontratos foi mais um sinal deafir mação da agricultura e da eco-nomia portuguesa, uma demons-tração de reconhecimento porparte do Governo do enorme po -ten cial de aumento de exportaçãodos vinhos portugueses. Recordoque em 2008, Portugal exportou3,1 milhões de hectolitros, corres-pondendo a uma quota de apenas3% do mercado mundial do vinho,segundo dados da OIV.

A aposta na promoção do vinhoé o caminho para conseguir maiorescoamento do produto, um cresci-mento das vendas, que se tradu-zem no crescimento do sector, emmais investimento e na criação deemprego. É um desafio que se co -loca aos empresários portuguesesdo sector, um desafio ao investi-mento no sector, na sua moderni-zação e competitividade.

É este o desafio que se colocaho je ao sector: “arregaçar as man-gas” e trabalhar na senda da qua-lidade. Foi este repto que o Pri -meiro-Ministro deixou em Viseuao sector do vinho. É com esse sen-tido que eu e o meu irmão, en -quan to vitivinicultores do Dão,encaramos o futuro. Com trabalho– muito trabalho – e enfrentandoa crise com coragem e determina-ção na busca das melhores oportu-nidades para singrar! �

Miguel Ginestal ([email protected])

Presidente da Subcomissão Parlamentar deAgricultura, Florestas, Desenvolvimento Rural e Pescas

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O próximo desafio: a promoção internacional dos vinhos portugueses

Adimensão das exploraçõesagrícolas dos Açores dupli-cou na última década na

se quência do emparcelamento re -alizado, que permitiu reduzir de23 mil para apenas 15 mil o nú -mero de explorações agrícolasexistentes no arquipélago.

Os dados foram revelados pelosecretário regional da Agriculturae Florestas, Noé Rodrigues, sali -entando que este esforço de em -par celamento também permitiuum crescimento de 30 por cento daprodução de leite na região. "Nãoentendo como ainda existem pes-

soas que dizem que, no seu tempo,é que o emparcelamento era bom",afirmou Noé Rodrigues, recordan-do que actualmente existem 15mil explorações agrícolas nos Aço -res, que ocupam a mesma superfí-cie que antes estava distribuídapor 23 mil explorações.

O secretário regional da Agri -cul tura e Florestas falava na ceri-mónia de assinatura de protocoloscom instituições de crédito, tendoem vista a aplicação do Regime deIncentivos à Compra de TerrasAgrí colas (RICTA), que conside-rou ser um instrumento essencial

para a reestruturação fundiária.Nesse sentido, salientou que esteregime de incentivos é uma ferra-menta que poderá "promover o re -dimensionamento e a competitivi-dade das explorações".

O RICTA tem como objectivoestimular a aquisição de terras,através da bonificação dos jurosdos empréstimos contratados pa -ra esse efeito.

Este regime de incentivos visaainda incentivar o emparcelamen-to, através da concessão adicionalde uma comparticipação a fundoperdido. �

DE 23 MIL PARA 15 MIL EM 10 ANOS

Emparcelamento permitiu reduzir explorações agrícolas açorianas

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AConfraria de Saberes e Sa -bores da Beira “Grão Vas -co” comemorou o seu séti-

mo aniversário homenageando se -te ilustres personalidades da re -gião que contribuirão, de forma di -ver sa, para a dignificação do bom-nome da Beira.

Fernando Ferreira, campeão deBoccia, e Filinto de Carvalho, seutreinador, foram galardoados como Beirão de Mérito Desportivo, en -quanto que Pedro Albuquerquere cebeu o de Mérito Artístico. ÀEmissora das Beiras, a emitir doCaramulo, representada por Lo -pes da Rosa e Maria Helena, foi

atribuído o Beirão de Mérito Difu -são Cultural. A Fernando Amaral,antigo presidente da Assembleiada República, foi entregue, a títu-lo póstumo, o Beirão de MéritoCar reira. Por sua vez a Casa deViseu no Rio de Janeiro foi atri-

buído o Beirão de Mérito da cultu-ra. A surpresa chegou no finalcom a entrega do Beirão de MéritoConfrádico a José Ernesto, Almo -xa rife da Confraria.

A festa foi aproveitada paradis cutir um protocolo, de repre-sentação recíproca, em várias reu-niões tidas entre a Casa do Distri -to de Viseu no Rio de Janeiro e aConfraria, que realizará o próxi-mo capítulo no País Irmão, ondeserá assinado o documento.

A noite de festa teve lugar emFail, na Quinta do Pruvor, e foiani mada pela Tuna Sabores daMúsica. �

ASSINADO PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO COM A CASA DE VISEU NO RIO DE JANEIRO

Confraria de Saberes e Sabores da Beirahomenageou sete personalidades da região

Aárea de cultivo de produ-tos biológicos em Portugalcresceu 9,4 por cento em

2008 e os portugueses consumemcada vez mais produtos sem quí-micos, valorizando, apesar da cri -se económica, a qualidade dos ali-mentos.

Os dados são do Serviço Inter -na cional para a Aquisição de Bio -tecnologia Agrícola e, já em 2007,Portugal estava entre os dez mai -ores produtores mundiais de al -guns alimentos biológicos devidoao aumento de terra orgânicacultivável.

Consumidores questionados

pe la agência Lusa nos mercadosbiológicos de Oeiras e do PríncipeReal, em Lisboa, admitem que osprodutos cultivados sem recurso apesticidas são "mais caros" do queos alimentos produzidos "conven-cionalmente" e que, mesmo emtem po de crise, a diferença de pre-ços é compensada pela qualidadeacrescida dos alimentos.

Entre 2001 e 2007, o cultivo doschamados produtos biológicos ve -ge tais em Portugal aumentou cer -ca de 70 por cento, de acordo comos últimos dados divulgados peloGabinete de Planeamento e Polí -tica do Ministério da Agri cul tura,

uma tendência que a Europaacom panhou.�

CONSUMO TAMBÉM CRESCEU

Área de cultivo de produtos biológicos aumentou 9,4% em 2008