gazeta rural nº 235

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Fruta de Outono www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 235 31 de Outubro de 2014 | Preço 2,00 Euros

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A castanha está em destaque na edição de 31 de Outubro da Gazeta Rural. Na edição nº 235 pode ficar a par das feiras que promovem este ‘Fruto de Outono’ que se realizam na primeira quinzena de Novembro, mas também outros eventos que promovem o mel e os cogumelos. A Feira do Porco e do Enchido, em Meruge, e o Mercado Magriço, em Penedono, são outros certames a merecer a sua visita. Nesta edição pode ler também outras notícias que marcaram a ultima quinzena, mas também a reportagem da Gala dos Vinhos do Dão ou do Wine In Azores.

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Fruta de Outono

w w w . g a z e t a r u r a l . c o m Director: José Luís Araújo | N.º 23531 de Outubro de 2014 | Preço 2,00 Euros

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Sum

ário 05 “Castmonte” promove castanha e outros produtos

locais

06 Produção de castanha afectada por ataque de fun-go

09 Mogadouro prepara instalação de laboratório para estudar cogumelos silvestres

11 XIII Mostra Gastronómica de Vila Pouca de Aguiar junta sabores da montanha

12 Trancoso Feira promove a Castanha e os Paladares de Outono

13 Floresta e Outono ajudam a potenciar concelho de Vila Real

14 Associação de Municípios da Cova da Beira promove V Feira Ecoraia

15 Potencialidades económicas de Penedono no “Mercado Magriço”

16 Mítica ‘Lage Grande’ é o palco da Feira do Porco e do Enchido de Meruje

22 Município de Nelas celebra o Dia Europeu do Eno-turismo

23 Gala “Os Melhores do Dão” premiou vinhos e vi-nhas da Região

25 Quinta de Lemos Touriga Nacional 2009 foi o me-lhor vinho português

26 Adega de Pinhel tem novo sistema de decantação de vinho

29 Wine in Azores 2014 foi o maior evento de sempre

31 Investidores chineses apostam na castanha de Vi-nhais

33 Bióloga alerta que mais eucaliptos agravam despo-voamento do interior

34 Festa da Castanha de Vinhais repetiu êxitos ante-riores

DÃO PREMIUM ARAGONEZ REGIÃO DOC DÃO ANO 2012 COR Tinto ALCOOL 13,5% vol. ESTÁGIO Seis meses em barricas de carvalho americano PROVA Cor vermelho intenso, aroma complexo com notas a frutos secos. Na boca está equilibrado, encorpado com taninos redondos e final de boca persistente. AO CONSUMIDOR Este vinho deve ser consumido a uma temperatura de 19ᵒ C. Acompanha bem pratos típicos da Beira Alta. As garrafas devem ser armazenadas na horizontal.

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Para muitos a castanha é o ouro de Trás-os-Montes, mas “o casta-nheiro não é a árvore das patacas”. A afirmação é de Dinis Pereira, um dos dois sócios da Agromontenegro, uma empresa sedeada em Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpa-ços, à Gazeta Ruralç.

Dinis Pereira conhece bem a re-gião. É produtor de castanha e co-nhece bem as dificuldades dos pe-quenos agricultores, num ano em que na região da Padrela houve zonas com quebras de produção.

Gazeta Rural (GR): Quais as pre-visões da produção de castanha des-te ano?

Dinis Pereira (DP): Prevê-se uma boa colheita e qualidade. As condições climatéricas foram favoráveis, principal-mente no mês de setembro. Nas regiões de montanha, acima dos 900 metros e

Diz Dinis Pereira, gerente da Agromontenegro

“O castanheiro não é a árvore das patacas”

principalmente na Serra da Padrela, a pro-dução foi um pouco afectada, mas noutras regiões mais quentes, há mais quantidade e de melhor qualidade do que em 2013.

GR: Quais os preços a que a cas-tanha tem sido comercializada no produtor?

DP: Não e fácil, porque é o mercado que dita as regras e os preços. Não são o mercado Nacional nem o Ibérico que definem os preços da castanha, pois aqui o poder de compra é baixo e o consumo tem, diminuído.

O que pode ajudar é o facto de a Itália ter tido uma diminuição drástica da pro-dução de castanha, motivada pela vespa asiática. Todavia, têm vindo a recuperar. Os preços, nos últimos anos, têm sido con-dicionados pela produção italiana.

Há, contudo, uma outra ameaça, que é a castanha chinesa, não em fresco, mas para indústria. A castanha é diferente e

não tem sabor, mas depois de transforma-da, em calda ou em pasta, é uma questão de pôr mais adoçante ou menos adoçante. Para além disso, os chineses produzem a preços bastante baixos.

GR: Quais são os principais mer-cados de exportação de castanha portuguesa?

DP: No caso da nossa empresa, são o Brasil, Itália, França, Ingraterra, Alemanha e Canadá. Nos últimos anos o maior im-portador tem sido a Itália. Nós exportamos também para o Brasil e França. Porém, os nossos mercados mais significativos são a Itália e o Brasil.

GR: Recebem castanha de vários produtores da região?

DP: Temos produção própria em cerca de 40 hectares de soutos. Depois, temos uma ligação muito antiga com a produção agrícola da região, a quem fornecemos to-dos os factores de produção, com lojas em Carrazedo, Rio Bom e Valpaços. Com esta ligação de confiança, criada ao longo de muitos anos, escoamos os produtos que os agricultores produzem, nomeadamente a amêndoa, a castanha, a batata, a maçã, entre outros produtos. Estamos inseridos numa região em que o sector primário pre-domina, em que a economia assenta em cerca de 80% na produção da castanha.

Neste sentido, a fruto dessa forte li-gação, oferecemos aos agricultores que trabalham connosco apoio técnico, que vai desde a análise de solos, acompanha-mento das produções, até à aplicação de produtos fitofármacos.

GR: Conhecendo a região, quais são as maiores dificuldades dos pro-dutores de castanha?

DP: Custa a entender a muita gente, mas produzir castanha não é um produ-to que se semeie hoje e colha amanha. O investimento na produção de castanha é sempre a médio e longo prazo. Se se fizer um investimento ao longo de 10 anos, o retorno chega a partir dos 15 e a produção normal chega aos 25 anos.

O castanheiro não é a árvore das pa-tacas. A instalação de um hectare de sou-tos custa, no mínimo, cinco mil euros e de-pois é preciso investir ao longo de 10 anos cerca de 1500 a 2 mil euros por hectare. O castanheiro começa a produzir aos 10 anos, mas para rentabilizar o rendimento e ser auto sustentável só a partir dos 15 anos.

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Num ano em que, na região da Padrela, houve quebras sig-nificativas na produção, que nalgumas zonas atingiu os 80%, ainda assim não vai faltar castanha na Castmonte, evento pro-movido pela Junta de Freguesia de Carrazedo de Montenegro e Curros e Câmara de Valpaços.

O certame, que se realiza de 7 a 9 de Novembro, conta com mais de 70 expositores, um aumento significativo em relação ao ano passado. A castanha é a ‘rainha’ da festa, mas a Castmon-te visa promover também outros produtos locais, numa região onde a fruticultura tem algum peso na economia das popula-ções.

O presidente da Câmara de Valpaços diz que “há uma aposta forte na promoção no que de melhor se produz no concelho”. Amílcar Almeida considera que a Castmonte, “além de promo-ver a castanha é, também, uma mostra dos produtos regionais”. O autarca diz que o certame é “a verdadeira montra, onde as pessoas podem encontrar o azeite, o vinho, o folar, o fumeiro”, salientando a “grande aposta no que é do concelho”, pelo que na feira “haverá unicamente três stands de artesanato de fora. Os restantes são praticamente todos do concelho” realçou Amí-lcar Almeida.

Uma das novidades do certame são os Fins-de-semana Gastronómicos, que aliam a castanha à gastronomia”, numa parceria com o Turismo Porto e Norte de Portugal, que vai ocor-rer em Carrazedo e em Valpaços. “Os 15 restaurantes aderentes vão servir pratos à base de castanha”, destacou Amílcar Almei-da.

Para o presidente da Junta Carrazedo de Montenegro e Cur-ros “a Feira é uma mais-valia, porque atrai muitos milhares de

Mais de 70 expositores presentes em Carrazedo de Montenegro

“Castmonte” promove castanha e outros produtos locais

pessoas, que, para além da castanha, compram também outros produtos como figos, nozes, maçãs, vinhos, azeites, contribuin-do para a economia da nossa freguesia”, afirma António Jesus da Costa, que destaca também a forte apetência da freguesia para a fruticultura, que produz, segundo o autarca, “mais de 60 toneladas de maçã”.

A transformação da castanha é uma antiga ambição das gentes da região que está prestes a concretizar-se. “Esta a ins-talar-se na freguesia uma empresa, de capitais nacionais e ita-lianos, que irá comercializar castanha em fresco, mas também transformá-la, nomeadamente em compotas e outros produtos derivados, deixando aqui as mais-valias”, afirma António Jesus da Costa.

A produção de castanha tem um forte peso na economia do concelho de Valpaços, num ano em que houve uma quebra de produção, devido a um fungo que afectou os castanheiros, havendo quebras de produção significativa nalgumas zonas, su-periores a 50%.

A região, em anos normais, tem uma produção média a ron-dar as 12 mil toneladas, que nesta campanha caiu para metade, o que vai criar dificuldades a muitos pequenos produtores para quem a castanha era um meio para garantir o seu sustento no resto do ano.

Ainda no âmbito da Castmonte, terão lugar umas Jornadas Técnicas do Castanheiro, cujo objectivo é esclarecer os agricul-tores sobre as doenças que afectam actualmente o castanheiro, nomeadamente os fungos que este ano afectaram a produção, mas também a questão em torno da vespa asiática.

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Encontrou no Verão ameno as condições ideais de desenvolvimento

Produção de castanha afectada por ataque de fungo

A quebra de produção de castanha que este ano atingiu principalmente a serra da Padrela, distrito de Vila Real, foi pro-vocada pela septoriose do castanheiro, um fungo que encontrou no Verão ameno as condições ideais de desenvolvimento.

“Este ano foi um Verão completamente atípico, com pre-cipitações muito elevadas que decorreram ao longo de todo o Verão e temperaturas amenas. Houve as condições ideais para o seu desenvolvimento”, afirmou Maria Manuel Mesquita, da Di-recção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN).

É na Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padre-la, que se estende pelos concelhos de Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Murça e Chaves, que se contabilizam mais estragos, mas a situação está generalizada às outras DOP da região, desde os soutos da Lapa à Terra Fria.

“Ainda não temos dados concretos para quantificar as per-das de produção, mas as estimativas apontam para, na região da Padrela, um prejuízo médio superior a 50 por cento. Os prejuízos variam muito à medida que se sobe em altitude, que vão sendo maiores”, frisou.

O fungo atingiu a folha do castanheiro, que ficou de cor acastanhada e rebordo amarelo, originando a sua queda ante-cipada, e atacou também o pedúnculo do ouriço, provocando a sua queda precoce. “Daí é que a castanha não se chega a formar e a ocorrência do prejuízo. Há uma queda precoce devido ao apodrecimento do pedúnculo do ouriço e não se chega a formar o fruto”, explicou a responsável.

Maria Manuel Mesquita referiu que o fungo atacou com maior severidade as zonas mais altas, frias e húmidas, e também castas como a judia, a variedade que predomina na Padrela e

possui pouca resistência à septoriose.A incidência da septoriose do castanheiro não tem tido

grande relevância em anos anteriores. Na Lagoa, aldeia de Vila Pouca de Aguiar, alguns produtores queixam-se de quebras na produção “acima dos 90 por cento” ou até mesmo “totais”.

“A quebra vai ser total. Não vejo nada, nada. Já fui dar a volta aos soutos e não vejo nada”, afirmou Isaura Castanheira, de 58 anos. Com uma produção de cerca de três mil quilos em 2013, que renderam seis mil euros, esta produtora teme agora os pró-ximos tempos porque a “castanha era o que remediava durante o ano”. “Esta é a principal fonte de rendimento. Porque a gente colhe batata, centeio e nada disso dá dinheiro”, referiu.

Luciano Sousa, 51 anos e residente em Vilarelho, também em Vila Pouca de Aguiar, descreve os seus castanheiros como estando “todos queimados”, o que provocou uma quebra na produção dos três mil quilos, na campanha anterior, para os 200 quilos. “Chegar ao fim de um ano de trabalho e ver isto assim é triste. Uma pessoa andar todo o ano a trabalhar, todo o ano de roda deles para os cultivar como deve ser e chegar ao fim e não colher nada é complicado”, salientou.

Os produtores temem a esta situação possa afectar defini-tivamente os castanheiros. Maria Manuel Mesquita referiu que as medidas de protecção fitossanitárias a adoptar agora pelos produtores passam pela queima das folhas e ouriços, ou pela distribuição de ureia sobre as folhas, para assim interromper o ciclo do fungo e impedir que fique para o próximo ano. Espalha-dos pela DOP da Padrela existem à volta de 5.500 hectares de souto, cuja produção média ronda os 800 quilos por hectare.

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A Associação Regional da Agri-cultura das Terras de Montenegro (ARATM) é uma organização que agrega os agricultores daquela re-gião, no concelho de Valpaços. A re-gião da Padrela, situada entre Car-razedo de Montenegro, Vila Pouca de Aguiar e Chaves, tem a maior man-cha contínua de soutos da Europa, produzindo mais de dez mil tonela-das de castanhas por ano.

Filipe Pereira, técnico da ARATM, afirmou à Gazeta Rural que a cam-panha deste ano é de “boa qualidade e bons calibres”, referindo, contudo, quebra de produção de castanha, nomeadamente na freguesia de S. João da Corveira.

Gazeta Rural (GR): Como antevê a campanha desde ano?

Filipe Pereira (FP): Prevê-se que seja uma campanha de boa qualidade e de bom calibre. Houve algum atraso em relação a anos anteriores, dado que o Ve-rão foi frio, mas vai compensar, porque as chuvas de Setembro e Outubro melhora-rem os calibres.

Contudo, houve zonas com quebras significativas de produção.

GR: É capaz de fazer uma estima-tiva dos preços que serão pratica-dos?

FP: O preço da castanha não é pre-viamente fixado, mas se nos basearmos na média dos últimos cinco anos, este ano

Diz Filipe Pereira, técnico da ARATM

“Nas Terras de Montenegro a castanha tornou-se monocultura”

andará pelos 2,50 euros o quilo.

GR: Este é um produto com escoa-mento praticamente garantido?

FP: Sim, há dois anos consecutivos que a maior parte da castanha é vendi-da sem ser calibrada, devido a um facto que nos preocupa. A produção em Itália, tal como em França, caiu muito devido a vespa asiática. Nestes dois países es-tão sediadas a maior parte das fábricas transformadoras. A castanha vai alimentar essas fábricas transformadoras, mas tam-bém para ser vendida em fresco, nomea-damente a variedade Judia.

GR: A produção de castanha é muito importante para a economia desta região?

FP: Nas Terras de Montenegro a cas-tanha tornou-se uma monocultura e 90% dos agricultores vivem só, e unicamente, da castanha.

Tem havido alguns incentivos do Mi-nistério da Agricultura, nomeadamente na Medida 112 de apoio aos pequenos investi-mentos, em que as plantações eram finan-ciadas a 50%. A Câmara de Valpaços, tem colaborado com a ARATM, que representa o sector. Há dificuldades que assolam o

sector, nomeadamente a vespa asiática, que, por enquanto, ainda não é uma preo-cupação mas poderá vir a ser no futuro; a eterna doença da tinta, que temos minimi-zado com a utilização de porta enxertos resistentes nomeadamente o Marsol, im-portados de França; e o cancro.

Neste último aspecto, e digo isto com muita satisfação, a Escola Superior Agraria de Bragança está a fazer ensaios com uns fungos hipovirulentos, que têm mostrado óptimos resultados. Estes fungos já são utilizados há muito tempo em França e em Espanha com óptimos resultados, conse-guindo-se a cura dos cancros e a árvore continua a produzir normalmente. Há uns anos atrás não havia o recurso a este pro-duto e os agricultores deixavam morrer as árvores sem nada poderem fazer.

GR: Têm surgido novos projectos na área do castanheiro?

FP: Nesta região, quase todo o ter-reno utilizável está ocupado. Têm surgido projectos, a um ritmo de 40 a 50 hecta-res por ano de novas plantações. Noutras regiões há mais terrenos incultos onde se possam instalar soutos. Esta região está muito povoada de castanheiros. Digamos que é uma mancha contínua.

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Sedeada em Argeriz, na freguesia de Carrazedo de Monte-negro, a Macoribas é uma empresa familiar que já conta com cerca de 15 anos de experiência. Inicialmente dedicada à comer-cialização de materiais para construção, os seus sócios, Armindo Vassal e os dois filhos, António José e Dionísio, decidiram alargar os horizontes e apostar na produção e comercialização dos pro-dutos da terra.

Proprietários de vários terrenos agrícolas em vales férteis da região, os sócios da Macoribas decidiram apostar na produção e comercialização da castanha e da cereja, garantindo, por um lado, o escoamento dos produtores da zona e, por outro, con-tribuindo para o desenvolvimento da economia local. Em 2103, a Macoribas já tinha alcançado uma facturação a rondar os cinco milhões de euros.

A empresa faz a recolha de castanha junto dos produtores locais, procedendo também à selecção dos calibres com equi-pamento próprio, comercializando para o mercado nacional, no-meadamente para as grandes superfícies, apostando também na exportação para França, Espanha, Itália, Canadá e Estados Uni-dos. Na altura da campanha da cereja, a empresa escoa o fruto dos produtores, comercializando-o para consumo imediato nas grandes superfícies.

A empresa mantem, no entanto, a sua matriz inicial na co-mercialização de materiais de construção, para interiores e ex-teriores, bem como toda a gama de produtos para a agricultura, desde tubagens, até às cubas de inox. Há pouco tempo, a Maco-

Uma empresa sedeada na freguesia de Carrazedo de Montenegro

Macoribas aposta na comercialização dos produtos da terra

ribas aliou um novo sector à sua actividade, apostando no co-mércio automóvel.

Contudo, o futuro passa por novos investimentos que permi-tam criar infraestruturas para a transformação de castanha, no-meadamente o descasque, e instalações de frio para a conser-vação deste fruto, permitindo a venda ao longo de todo o ano.

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A Câmara de Mogadouro e instituições de ensino superior iniciaram conversações para a criação de um laboratório destinado a analisar os cogumelos silvestres que aparecem na região, de forma evitar intoxicações provocadas pela in-gestão de alguns destes fungos.

O presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, disse que já foram esta-belecidas os primeiros contactos com a Univer-sidade de Trás-os-Montes e com Instituto Poli-técnico de Bragança para dar início ao projecto.

Variadas espécies deste tipo de fungos en-contram-se nas matas e soutos de Mogadouro, “a Capital de Cogumelo”. “Precisamos de uma laboratório onde os cogumelos possam vir a ser estudados [por especialistas] e se possam de-senvolver novas espécies. Para este efeito, está pensada a criação de espaço de investigação que ficará alojado no futuro Centro Interpreta-tivo do Mundo Rural, em fase de construção”, acrescentou o responsável.

Está ainda pensada a criação de um campo experimental, no espaço contígua exterior, para ajudar a identificar espécies, que será aberto aos micólogos amadores, tudo porque os cogumelos são considerados “ comida de risco”. “Outra das ideias alocadas ao projecto [laboratório] é a de incentivar as pessoas a produzirem cogumelos silvestres, devido ao seu potencial gastronómico e económico”, disse o autarca.

O autarca anuncia estes projectos numa altura em que se prepara em Mogadouro o XVI Encontro Micológico Trasmontano. O evento está programado para os dias o primeiro fim-de--semana de Novembro. O encontro micológico será igualmente o ponto partida para uma sema-na gastronómica dedicada ao cogumelo, de 1 a 9 de Novembro, com a adesão de cerca de uma dezena de restaurantes locais.

A iniciativa é da responsabilidade do municí-pio de Mogadouro e da Associação Micológica “ A Pantorra”, entidades que este ano escolheram a fotografia como mote para o encontro mico-lógico. Segundo os especialistas, este ano há muitos cogumelos na região trasmontana, mas com pouca qualidade devido ao calor que se faz sentir.

Autarquia e instituições de ensino superior da região transmontana

Mogadouro prepara instalação de laboratório para estudar cogumelos silvestres

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Aljustrel recebe nos dias 21 e 22 de Novem-bro, as III Jornadas Técnico-Veterinárias do Campo Branco. Este evento, organizado pela Associação dos Médicos Veterinários do Campo Branco, com o apoio da Câmara de Aljustrel, vai decorrer pela pri-meira vez no Pavilhão do Parque de Exposições e Feiras da vila mineira. Juntar médicos veterinários, especialistas e produtores, num grande espaço de debate e de troca de experiências entre profissio-nais do sector é a grande aposta destas III jornadas.

Nestes dois dias, serão promovidos workshops e palestras subordinados ao tema “Pequenos Ru-minantes - ovinos e caprinos”, com vista a de-senvolver e a promover o conhecimento técnico--científico e o enriquecimento profissional tanto dos médicos veterinários como dos produtores pe-cuários desta região alentejana. Paralelamente no pavilhão será realizada uma grande exposição de produtos e serviços ligados ao sector da medicina veterinária e da pecuária.

Caracterizado por uma agricultura de sequei-ro e de pecuária em extensivo, o Campo Branco é uma área de pseudo-estepe mediterrânica que ocupa uma vasta extensão de planícies desarbo-rizadas, estendendo-se por vários concelhos do Baixo Alentejo, com predominância no concelho de Castro Verde.

A próxima Feira de Produtos da Terra, orga-nizada pelo Município de Alvaiázere, vai decorrer no dia 9 de Novembro, em alusão à estação do outono e à época de São Martinho, entre as 10 e as 18 horas, no Parque Multiusos da vila sede de concelho.

Para esta edição, cerca de cinquenta pro-dutores e artesãos do concelho e da região de Sicó já confirmaram a sua presença no certame. Será por isso uma excelente oportunidade para adquirir alguns produtos, de onde se destaca o chícharo, frutos secos, mel, queijos, enchidos, vinho, azeite, hortícolas frescas, artesanato em vime e em trapos, entre outros.

Com esta iniciativa, cujos custos de reali-zação são praticamente residuais, o Município de Alvaiázere pretende gerar oportunidades de negócio para os produtores agrícolas e artesãos do concelho e da região, possibilitando, desta forma, o desenvolvimento do sector primário e, simultaneamente, promover os seus produtos endógenos que se constituem como móbil de desenvolvimento local.

III Jornadas Técnico-Veterinárias do Campo Branco

Especialistas trocam experiências e conhecimentos sobre pequenos ruminantes

A 9 de Novembro, no Parque Multiusos da vila

Alvaiázere volta a promover Feiras de Produtos da Terra

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Vila Pouca de Aguiar recebe nos dias oito e nove de Novembro a XIII Mostra Gastronómica, evento onde os cogume-los se juntam aos outros sabores da mon-tanha, como as castanhas e o cabrito.

A produção de castanha registou, na região, uma quebra de 80% no concelho, devido a um fungo que afectou os casta-nheiros, enquanto o efectivo de cabritos é de 6.000 neste território.

Ao evento aderiram 13 restaurantes do concelho que vão propor pratos como a “míscarada”, feito com cogumelos refo-gados, ou ainda quiche ou pataniscas de cogumelos, caldo ou pudim de castanha e o cabrito assado.

Depois, no recinto da feira, dezenas de expositores vão vender cogumelos reco-lhidos no concelho e haverá ainda lugar para o encontro nacional de produtores ou demonstrações de instalações de rega e de produção de fungos.

O presidente Alberto Machado referiu ainda que Vila Pouca de Aguiar acolhe o único posto de certificação de cogume-los do país, onde técnicos especializados confirmam se o produto é de qualidade e comestível.

Cogumelos são sector em expan-são no concelho

Os cogumelos são um sector em ex-pansão em Vila Pouca de Aguiar, que aco-lhe duas unidades de produção deste fun-

go e onde, este ano, foram recolhidas 20 toneladas pelos campos, numa actividade que complementa o rendimento familiar. O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, afirmou que os cogumelos “ganham cada vez mais im-portância” neste concelho transmontano.

Este ano chuvoso foi favorável para a recolha deste fungo e, segundo o au-tarca, a produção de cogumelos silves-tres “ronda as 20 toneladas” em 2014. A

Em Vila Pouca de Aguiar a 8 e 9 de Novembro

XIII Mostra Gastronómica junta sabores da montanha

apanha movimenta centenas de pessoas no concelho, algumas das quais apenas para consumo próprio, mas uma percen-tagem significativa também recolhe para comercialização, o que representa um rendimento complementar ao orçamento familiar.

“Esta actividade envolve praticamen-te a comunidade aguiarense. Poucos são os aguiarenses que não aproveitam al-gum momento de lazer para passearem nos campos e recolherem cogumelos”, sustentou Alberto Machado. No entanto, o concelho está também a ser palco para a concretização de projectos industriais ligados ao sector.

Duarte Marques, vereador e dirigen-te da Associação Florestal e Ambiental de Vila Pouca de Aguiar (Aguiarfloresta), referiu que já estão duas unidades de pro-dução de cogumelos em funcionamento e, uma terceira, que está em fase final de implementação. Trata-se de projectos de produção de substrato para cogume-los de cultivo, representando em investi-mento de 100 mil euros por unidade, que contaram com o apoio comunitário do PRODER.

“Há outras iniciativas, outros interes-sados nesta temática, mas estão a aguar-dar a abertura do novo quadro comuni-tário de apoio para saber quais as linhas de financiamento e de ajuda disponíveis”, frisou o vereador.

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No sentido de valorizar e potenciar a produção agrí-cola, nomeadamente a castanha, a Câmara de Trancoso e a Trancoso Eventos organizam, no Pavilhão Multiusos de Trancoso nos dias 7, 8 e 9 de Novembro, mais uma edição da Feira da Castanha e Paladares de Outono, com caracte-rísticas inovadoras relativamente a edições anteriores.

A evolução de uma festa da castanha, que anterior-mente ocupava apenas um dia, para uma feira/exposição de três dias pretende colocar este evento no calendário re-gional e nacional de feiras de produção agrícola, de acordo com a grande importância que a castanha de Trancoso as-sume no contexto do sector.

A Feira da Castanha e Paladares de Outono 2014 terá a participação, para além dos produtores de castanha, de empresas de maquinaria agrícola especializada para a cul-tura de soutos, empresas comercializadoras de produtos para tratamento do castanheiro, empresas transformado-ras da castanha, associações, cooperativas e instituições ligadas a este sector produtivo de enorme importância na região.

Diversos eventos vão integrar a programação da feira, envolvendo os produtores e o público potencial consumi-dor, como “showcookings”, conferências, exibição de jogos tradicionais e espectáculos musicais. No sábado, terá lugar a realização das “Jornadas Técnicas sobre o Castanheiro” no auditório do Pavilhão Multiusos de Trancoso.

No decurso da Feira da Castanha e Paladares de Outo-no 2014 terá lugar, nos restaurantes aderentes, a “II Mostra Gastronómica Paladares de Outono” proporcionando assim aos visitantes da cidade de Trancoso, localidade integra-da nas Aldeias Históricas de Portugal, um contacto com a gastronomia regional, particularmente com as especialida-des confeccionadas com castanha. O evento encerrará no domingo, dia 9 de Novembro, com o já tradicional magusto convívio aberto a todos os visitantes.

No Multiusos de Trancoso, de 7 a 9 de Novembro

Feira da Castanha e Paladares de Outono com características inovadoras

A castanha em Trancoso

O concelho de Trancoso caracteriza-se por ser um dos maio-res produtores de castanha, actividade agrícola que tem grande peso na economia das populações. O castanheiro faz parte da paisagem trancosense. Tradicionalmente é uma região de re-ferência na produção de castanha e madeira de castanheiro, marcando fortemente os hábitos das populações nesta época do ano.

No passado, a castanha era a base da alimentação das po-pulações rurais, muito antes da introdução da batata, em Por-tugal por volta de 1760, oriunda da América do Sul, tendo sido cultivada pela primeira vez em Trás-os-Montes.

O concelho de Trancoso insere-se na Zona de Produção de Castanha dos “Soutos da Lapa –DOP/Denominação de Ori-gem Protegida” onde pugnam as variedades de Martainha (cor castanha-clara) e a Longal (cor castanha-avermelhada e estrias longitudinais escuras). A área geográfica delimitada de produção consta do Despacho 37/94, de 18-01, que também reconheceu a Denominação de Origem.

Na região dos “Soutos da Lapa” existem 2745 produtores, estimando-se uma produção anual de 1.860 toneladas de cas-tanha. A área geográfica de produção está circunscrita a algu-mas freguesias dos concelhos de Armamar, Tarouca, Tabuaço, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Pene-dono, Lamego, Aguiar da Beira e Trancoso. A área de implanta-ção na Região Agrária do Centro é de 56.521 hectares.

São abrangidas no concelho de Trancoso as freguesias de Aldeia Nova, Carnicães, Castanheira, Cogula, Cótimos, Feital, Fiães, Freches, Granja, Guilheiro, Moimentinha, Moreira de Rei, Palhais, Póvoa do Concelho, Reboleiro, Rio de Mel, Santa Maria, São Pedro, Sebadelhe da Serra, Souto Maior, Tamanhos, Terre-nho, Torre do Terrenho, Torres, Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves, Vila Garcia e Vilares.

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A Câmara de Vila Real via levar a efeito, durante o mês de Novembro, a “Mostra da floresta” e o “Outono à mesa”, iniciati-vas que visam potenciar o sector florestal aliado à gastronomia, com destaque para os cogumelos, castanha ou a caça. O pre-sidente da autarquia, Rui Santos, salientou que o objectivo das iniciativas é “potenciar o melhor” que o município tem.

A “Mostra da floresta” e “Outono à mesa” são duas iniciativas inseridas nas comemorações do Ano Internacional da Agricultu-ra Familiar, que decorrem este ano, e querem contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do concelho.

Assim, de 7 a 9 de Novembro decorre a “Mostra da floresta”, que inclui a realização de um “mega magusto”, na praça do mu-nicípio, com castanha produzida no vale da Campeã, no conce-lho de Vila Real, e a tradicional água-pé.

Depois há ainda lugar para uma montaria ao javali, iniciativa que visa potenciar a caça neste território, e que vai acabar com um leilão dos animais abatidos e o “javali no pote” para quem quiser provar.

Decorre ainda o primeiro “Encontro Micológico” do conce-lho, promovido pela recém-criada cooperativa Rupestris, se-diada na incubadora de empresas da Universidade de Trás-os--Montes e Alto Douro, um evento que inclui saídas de campo para identificação de cogumelos silvestres e um jantar temático.

Neste fim-de-semana realiza-se também uma exposição

sobre a fileira, onde marcarão presença organização ligadas à floresta, como a UTAD que possui uma licenciatura em engenha-ria florestal, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEP-NA), da GNR de Vila Real.

Este é ainda o primeiro fim-de-semana para o “Outono à mesa”, um festival de gastronomia que se vai repetir ao longo de Novembro nos restaurantes aderentes, que prepararam pratos onde destacam produtos da floresta, como as castanhas e os cogumelos silvestres. As ementas custam 10 euros.

Celeste Gonçalves, representante local da Associação Por-tuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), referiu que este evento pretende atrair mais visitantes a Vila Real e clientes aos restaurantes locais que, nesta altura, sentem “um grande decréscimo”.

O “Outono à mesa” inclui, depois ao longo do mês, a realiza-ção do segundo festival “Reca d’Aleu”, um prato que alia a carne de porco a outros produtos da região, como as castanhas, os cogumelos, a batata, os grelos e a maçã, e ainda o festival “Tri-pas aos molhos”, um prato que é também exclusivo de Vila Real.

No final do mês, alguns dos restaurantes aderentes irão marcar presença na Feira de Artesanato e Gastronomia (FAG), promovida pela Associação Empresarial Nervir.

Iniciativas decorrem durante o mês de Novembro

Floresta e Outono ajudam a potenciar concelho de Vila Real

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A Associação de Municípios da Cova da Beira em parceria com a Diputación de Salamanca promove a quinta edição da “Feira Transfronteiriça Ecoraia”, que decorrerá nos dias 13 e 14 de De-zembro, no Recinto de Feiras em Salamanca.

A organização desta Feira, à semelhança dos anos anteriores, convidou cerca de 80 produtores portugueses, representando desta forma vários sectores de actividade como a produção de vinhos e licores; azeites; queijos e enchidos; frutos secos; pão e bolos regionais, mel, geleias e marmeladas e outros produtos (co-gumelos, caracóis, etc…).

O presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira sa-lienta que “o desenvolvimento sustentável da nossa região passa por potenciar e dinamizar o que de melhor temos e esta feira traduz isso mesmo”, ou seja, diz José Manuel Custódia Biscaia, “a possibilidade de se exporem os produtos tradicionais e regionais e de se estabe-lecerem contactos de comercialização e troca de saberes na pro-moção dos produtos regionais.” A Feira Ecoraia, segundo o também autarca de Manteigas, permitirá ainda contribuir para o processo de dinamização, modernização e diversificação do sector agroalimen-tar e turístico, quer da Beira Interior Norte como da Província de Sa-lamanca”, finalizou o presidente da AMCB.

Este evento é realizado no âmbito do Projecto VIP BIN SAL II, financiado pelo POCTEP e tem como objectivo dinamizar o tecido produtivo e a coesão territorial através da promoção de excelen-tes produtos regionais.

Nos dias 13 e 14 de Dezembro, em Salamanca

Associação de Municípios da Cova da Beira promove V Feira Ecoraia

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Nos dias 8 e 9 de Novembro, Penedono volta a promover mais uma edição do “Mercado Magriço”, evento que preten-de ser montra das potencialidades económicas concelhias.

Organizado pela Câmara de Penedono, a iniciativa visa cumprir os objectivos a que o município se propôs levar a cabo, e que passa por “caminhar lado a lado com os produ-tores, empresários e artífices do concelho, na certeza de que juntos, a afirmação de Penedono, dos produtos e dos bens produzidos serão uma realidade e que marcarão presença assídua nos mercados nacionais e, porque já que se vem ve-rificando, internacionais”, refere a autarquia.

O “Mercado Magriço” é um espaço onde se pretende pro-mover o artesanato, a gastronomia, a pecuária e restantes actividades agrícolas, comerciais e industriais, assimilando-as como catalisadores do tecido económico concelhio. “É esse querer, é essa certeza que move a organização deste evento”, acrescenta a edilidade, que “pretende com este evento uma di-nâmica capaz de gerar a envolvência de todo o concelho mas, também, de todos aqueles que por esta altura nos visitam, se-jam eles turistas ou potenciais investidores”.

Fica o desafio para uma visita ao “Mercado Magriço”, ao mesmo tempo que os visitantes podem descobrir os en-cantos de Penedono, aproveitando para passar um fim-de--semana relaxado, diferente, sentindo o pulsar das gentes daquela região beirã, encontrando nos seus produtos aquilo que procura.

No dia 8 e 9 de Novembro

Potencialidades económicas de Penedono no “Mercado Magriço”

Macieira, no concelho de S. Pedro do Sul, vai re-ceber a XVI Festa da Castanha e do Mel, evento que pretende promover não só estes dois produtos que se produzem na Serra de S. Macário, mas também o arte-sanato e outros produtos locais.

A Festa é promovida pela Junta de Freguesia de Sul, Câmara de S. Pedro do Sul, Casa Recreativa Macieiren-se e Escola Profissional de Carvalhais.

O vereador do pelouro da Cultura da Câmara de S. Pedro do Sul, Pedro Mouro, espera que “à semelhan-ça de anos anteriores haja uma enorme afluência” ao evento, pois “já é um marco e uma tradição as pessoas subirem até ao S. Macário, a Macieira, para não só va-lorizarem e provarem a castanha e o mel ali produzidos, como também o artesanato e outros produtos endó-genos”. Paulo Mouro mostra-se confiante no “sucesso” da Feira que “permite divulgar o que de melhor se faz por S. Pedro do Sul”.

Para o vereador da Cultura da Câmara de S. Pedro do Sul “a castanha de Maceira tem características mui-to próprias, frutos das condições que a região oferece para a sua produção e que tem um sabor muito pró-prio”.

Nos dias 15 e 16 de Novembro, em Macieira, S. Pedro do Sul

Feira promove o mel e a castanha do S. Macário

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A ‘mítica’ Lage Grande, em Meru-je, volta a ser palco de mais uma edi-ção da Feira do Porco e do Enchido, certame que visa mostrar os produ-tos de excelência produzidos naque-la freguesia do concelho de Oliveira do Hospital.

O certame é muito mais que uma feira, é o ponto de encontro de expo-sitores com milhares de visitantes, num local emblemático que coloca este evento “noutra dimensão”, como

No dia 9 de Novembro

Mítica ‘Lage Grande’ é o palco da Feira do Porco e do Enchido de Meruje

refere o presidente da Junta de Meru-je. O porco é o tema central da festa, numa terra que “recuperou a tradi-ção”, como afirmou Aníbal Correia.

Gazeta Rural (GR): O que podem os visitantes esperar da Feira do Porco deste ano?

Aníbal Correia (AC): Em primeiro lu-gar esperamos que seja um grande even-to, que vai manter a estrutura de anos anteriores. É evidente que todos os anos tentamos inovar, nomeadamente no que toca aos grupos de animação presentes. Neste âmbito, destaque para a Fanfarra Kaustica, os Cantares do Minho à des-garrada, com as concertinas, e o jogo do pau. O grupo de teatro “Vivarte” vai este ano recriar o tema de João Brandão, um capitão que participou na primeira guerra mundial e que era desta região.

GR: Meruje ainda é a capital do porco da região?

AC: Actualmente já não é o que era, porque com as novas exigências muita gente abandonou a actividade e o negócio, porque apareceram as grandes superfícies. Mas o porco e o enchido ainda continuam a

ser, não só em Meruje mas também nas po-voações vizinhas, um negócio forte.

O aparecimento da Feira do Porco e do Enchido também veio trazer um novo fôlego ao negócio, porque esta actividade esteve, quase, em vias de extinção. Com a feira, e com o ressurgimento de algumas empresas, houve pessoas que viram nesta actividade uma oportunidade de negócio e algumas montaram as suas empresas, as suas salsicharias, com algum sucesso.

GR: Tem aumentado o interesse de novos expositores na feira?

AC: Sim. Todos os anos aparecem novos expositores, não só na parte dos enchidos, mas também no artesanato, na agricultura familiar e também na área da gastronomia, que nos procuram para ex-porem os seus produtos na Feira do Porco e do Enchido.

GR: A Lage Grande é um chamariz?AC: Já muitos tentaram imitar a Feira

do Porco e do Enchido, só que não con-seguem, porque aquele anfiteatro natural, que é a Lage Grande, é diferente e tem outra visibilidade. Aquele local leva a feira para uma outra dimensão.

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Nos dias 8 e 9 de Novembro, o Município de Marvão promove a XXXI Feira da Castanha – Festa do Casta-nheiro. Com este evento, reconheci-do como o mais autêntico e genuíno do País, a Vila de Marvão pretende homenagear uma espécie endógena da região, o castanheiro, e o seu fru-to, a castanha.

Ao longo do fim-de-semana, aquela vila do nordeste alentejano torna-se uma grande mostra de pro-dutos locais e regionais, com deze-nas de pontos de venda, uma tenda de produtores locais, no Largo do Terreiro, onde os visitantes poderão encontrar produtos hortícolas, fru-tos secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeite, compotas ou doces caseiros, e uma área de restauração, no Largo de Camões. No primeiro dia do certame, vai ser também apresen-tado o livro “Sabores do Alto Alentejo na sua cozinha”.

Do ponto de vista cultural, este evento é um dos melhores cartões--de-visita de toda a região. Nos dois dias, entre as 10,30 e as 18,30 horas, pode apreciar diversas exposições, assistir à apresentação do Pão e do Pastel de Castanha de Marvão, e a espectáculos de animação circense, teatro de rua e música popular, por todas as ruas e praças da vila.

Pelo palco principal, no Largo do Terreiro, vão passar nomes como Voodoo Marmalade, Cant’areias, Cabra Cega, Mimo’s Dixie Band, Can-tAreias, Xumbo Torto e Domingos e Dias Santos. Numa festa em que são esperados mais de 20 mil visitantes, o Município de Marvão prevê que se-jam vendidos mais de dois mil litros de vinho da região e cinco toneladas de castanhas.

Na XXXI Festa do Castanheiro

Nos dias 8 e 9 de Novembro Marvão é a capital da castanha

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É já no fim-de-semana de 1 e 2 de Novembro que se realiza mais uma edição da tradicional Feira dos Santos. Promovido pela Câmara de Mangualde, com o apoio do Crédito Agrícola Vale do Dão e Alto Vouga, o certame decorre no centro da cidade sob o lema “Da Tradição à Modernidade”

Na apresentação do programa, o presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo, esteve acompanhado pela vereadora do Turismo, Maria José Coelho, bem como pelo administrador do Crédito Agrícola Vale do Dão e Alto Vouga (Sponsor da Feira dos Santos 2014), Vítor Gomes.

O autarca mangualdense referiu que a Feira deste ano “tem dois motivos fortes, por um lado a aposta na área do motor, do automóvel, do transporte e da logística, algo que bem identifica Mangualde através da associação à indústria automóvel; e, por outro lado, a sensibilização das comunidades mangualdenses instaladas pelo mundo, através da presença do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, na cerimó-nia de abertura, no dia 31 de Outubro. João Azevedo referiu ainda que “o certame tem uma dimensão nacional, mas está a ser po-tenciada a dimensão internacional através de negociações com regiões espanholas, junto da fronteira, cuja história e economia também se centram na área dos enchidos. Este é o momento alto de Mangualde, pois é o evento que traz mais gente à região e que mais mexe a economia local”, destacou o autarca.

A cerimónia de abertura da Feira dos Santos está marcada para as 18 horas do último dia de Outubro, no Salão Nobre da autarquia e será presidida pelo Secretário de Estado das Comu-nidades Portuguesas, José Cesário. Animangualde (espaços com animação infantil, insufláveis, pinturas faciais, carrosséis e gru-po de animação de rua), Agromangualde, Mangualde Regional, Manguald‘Arte (IX Mostra de Artesanato Nacional), Mostra das Freguesias de Mangualde, Mangualde Motor, Expo Vinhos Man-gualde, Mangualde Indústria, Feira dos Santos à Mesa e “Artes e

Nos dias 1 e 2 de Novembro, no centro da cidade

Feira dos Santos 2014 mostra “da tradição à modernidade”

Ofícios” são as várias iniciativas que compõe o programa deste ano e que decorrerão em vários espaços da cidade.

Desde há três séculos que Mangualde se notabiliza pela rea-lização da Feira dos Santos, que se tornou um marco a nível na-cional, pelas várias ofertas que proporciona aos seus milhares de visitantes desde a gastronomia, através das tradicionais febras, os enchidos, os frutos secos, o artesanato, o vinho, os produ-tos agrícolas, entre outras. Durante o fim-de-semana, as várias artérias da cidade serão animadas, proporcionando a todos os residentes e visitantes momentos de diversão.

As iguarias preparadas na “Feira dos Santos à Mesa”

Nos dias 31 de Outubro, 1 e 2 de Novembro, Mangualde aco-lhe mais edição da iniciativa gastronómica ‘Feira dos Santos à Mesa’. Os 16 restaurantes aderentes, assinalados pelo selo ‘Feira dos Santos à Mesa 2014’, apresentarão uma ementa especial com entrada à base de enchidos, rojões à moda de Mangualde, acompanhados de vinhos do Dão, com maçã assada e requei-jão/queijo da serra com doce de abóbora de sobremesa. O pão regional acompanhará toda a refeição. A iniciativa, promovida pela Câmara de Mangualde, insere-se na programação da Feira dos Santos 2014.

Hotel Senhora Do Castelo, Restaurante Sal & Pimenta, Res-taurante “O Valério”, Hotel Mira Serra, Hotel Cruz Da Mata, Res-taurante “Aldeão”, Restaurante Churrasqueira Pizzaria “Os Ga-litos”, “Café-Restaurante Marisqueira São João”, Restaurante “Cantinho Dos Petiscos”, Restaurante “Rio Dão”, Restaurante “Chafariz Beirão”, Restaurante “Gestur”, Restaurante “Cascata De Pedra”, Restaurante “Casa Do Ermitão”, Restaurante Cane-cão e Restaurante “Kerú” são os locais onde poderá provar as iguarias mangualdenses.

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Vai decorrer nos dias 7, 8 e 9 de Novembro o evento “Ao sabor da Estrela - Feijocas de Manteigas”, uma iniciativa que pretende dar a conhecer um prato típico de Manteigas.

A feijoca guisada com carnes de porco assume na cozi-nha serrana de Manteigas uma relevância especial, uma vez que se trata de um produto enraizado na agricultura local.

A feijoca de Manteigas, variedade de feijão graúdo que ao ser cultivada em altitude e regada pelas águas cristalinas da bacia do Zêzere, adquire um sabor único, de textura avelu-dada, merece ser divulgada, mas, principalmente, degustada.

Neste contexto, a Câmara de Manteigas implementou o Regulamento Municipal de Incentivo à Produção da Feijo-ca, atenta às tradições agrícolas concelhias e à aptidão do solo local para a produção agrícola, pretendendo combater o crescente abandono das terras, fomentar a maior susten-tabilidade das famílias do concelho. Pretende ainda a autar-quia revalorizar os produtos agrícolas regionais em geral e promover, em particular, aqueles que mais se destacam pela sua especificidade local, como ocorre com a Feijoca de Man-teigas, uma espécie de feijão típica desta região, que apre-senta reconhecida qualidade e potencialidades ímpares para o domínio da gastronomia.

O fim-de-semana gastronómico vai decorrer nos res-taurantes Casa das Penhas Douradas, Cervejaria Central Restaurante, Hotel Berne Restaurante, Hotel Vale do Zêzere Restaurante, Restaurante Sabores Serranos e Restaurante Santa Luzia.

Vai decorrer no Parque Verde, em Penacova, de 14 e 16 de Novem-bro Feira do Mel e do Campo 2014, uma iniciativa do município de Pe-nacova que se destina a contribuir para a divulgação, promoção e ven-da de produtos nacionais, regionais e locais que tenham por base a agri-cultura biológica ou de base familiar.

Podem participar no evento, en-tidades singulares ou colectivas que se dediquem à produção, exposição e venda de produtos de base regio-nal, principalmente mel e derivados, compotas, licores, ervas aromáticas, frutos secos, entre outros produtos do campo, tendo preferência de inscrição todos os produtores de Penacova.

As inscrições para a participa-ção na feira deverão ser efectuada até às 16 horas do dia 3 de Novem-bro, na Câmara de Penacova ou via email para [email protected].

Nos dias 7, 8 e 9 de Novembro

Feijocas de Manteigas “Ao sabor da Estrela”

De 14 e 16 de Novembro, no Parque Verde

Penacova realiza Feira do Mel e do Campo

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Aumentar a exportação de vinhos da Região do Douro, foi o grande objectivo do In Douro Wine Export Business, que decorreu em Vila Real, numa Organiza-ção da Nervir – Associação Empresarial, com o apoio do Município de Vila Real e da Douro Alliance - Eixo Urbano do Douro.

Foram dois dias e meio de intensas provas e con-tactos comerciais com os 22 importadores de 13 paí-ses (Estados Unidos, China, Japão e Canadá, Polónia, Republica Checa, Rússia, França, Espanha, Hungria, Áustria, Alemanha e Reino Unido), e os produtores dos vinhos do Douro e Porto presentes, que darão com certeza os seus frutos, a médio prazo, através da concretização de encomendas.

Para além dos contactos de negócios, os importa-dores tiveram ainda a oportunidade de visitar S. Leo-nardo de Galafura e apreciar a paisagem do Douro, assim como uma visita ao Museu do Douro.

Após o final desta nona edição, daquela que é a única feira profissional da região vocacionada inte-gralmente para a exportação, o sentimento dos pro-dutores presentes é de que valeu a pena, pois dos contactos efectuados, muitos irão traduzir-se negó-cios efectivos, potenciando assim o aumento da ex-portação de vinhos da Região.

Aumentar a exportação de vinho foi o grande objectivo

In Douro Wine Export Business com balaço positivo

Micologia Gestão Florestal Apicultura

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A autarquia de Nelas associa-se pelo segundo ano con-secutivo à celebração do Dia Europeu do Enoturismo, evento promovido pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN) em parceria com Câmara de Nelas e a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). Este ano o evento realiza-se a 9 de Novembro e conta com um leque alargado de produtores de vinho do concelho, entre eles Caminhos Cruzados, Carvalhão Torto, Lusovini, Casa de Santar, Paço dos Cunhas, Quinta da Fata, Quinta do Sobral, Quinta de São Simão, Quinta da Boiça, Cen-tro de Estudos Vitivinícolas do Dão – Quinta da Cale, Quinta do Castelo e Quinta do Mondego, num total de 12 produtores, mais quatro que o ano passado, que abrem as suas portas para provas e visita às adegas.

O programa, para além das visitas livres, contempla uma visi-ta guiada e prova do melhor néctar da Região do Dão promovida pela autarquia que assegura transporte gratuito e cujas inscri-ções podem ser efectuadas até 6 de Novembro. Neste âmbito, decorre pela primeira vez o Curso de Iniciação à Prova de Vinhos, na Quinta da Boiça, pelas 15 horas, orientado pela enóloga Pa-trícia Santos, que visa dotar os participantes de conhecimentos essenciais para uma apreciação crítica ao vinho, sendo aborda-dos temas como a análise sensorial, a temperatura de consumo de vinhos, a importância dos copos, e algumas noções básicas para apreciar e reconhecer as diversas castas do Dão. Para esta última iniciativa é necessário, igualmente, proceder-se à inscri-ção.

Grande novidade deste ano é a associação da gastronomia local ao vinho do Dão, traduzida pela adesão de 17 restauran-tes do concelho que preparam para esta iniciativa pratos únicos, com o vinho do Dão como principal ingrediente.

Nos dias, a 8 e 9 de Novembro, os restaurantes A Moderna,

Os vinhos do Dão obtiveram nove medalhas de prata e nove de bronze na 45ª edição do prestigiado concurso International Wine and Spirit Competition (IWSC). O IWSC é um dos mais an-tigos concursos de vinhos do mundo e tem como objectivo pro-mover a qualidade e excelência dos melhores vinhos mundiais.

A Comissão Vitivinícola Regional do Dão orgulha-se destes prémios, que se juntam a todas as outras distinções que provam a qualidade dos vinhos da Região Demarcada do Dão.

Os vinhos premiados foram os seguintes:

Medalha de prata- Tazem Grande Escolha, tinto, 2010 (Adega Cooperativa de

Vila Nova de Tazem)- Quinta da Gândara, tinto, 2010 (Caves da Montanha)- D. Fuas Regional Terras do Dão Reserva, tinto, 2012 (Eno-

port)- Cathedral DOP Dão Reserva, tinto, 2012 (Enoport)- Solo DOP Dão Reserva, tinto, 2012 (Enoport)- Dom Bella, tinto, 2010 (IdealDrinks)- Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional, 2011 (Sogrape Vi-

No concurso “International Wine and Spirit Competition”

Vinhos do Dão arrecadam 18 medalhas nhos)

- Quinta dos Carvalhais Duque de Viseu, tinto, 2011 (Sogrape Vinhos)

- Quinta dos Carvalhais Encruzado, 2012 (Sogrape Vinhos)

Medalha de bronze:- Tazem Touriga Nacional Unoaked, 2011 (Adega Cooperativa

de Vila Nova de Tazem)- Asda Extra Special Dão, tinto, 2012 (Falua – Sociedade de

Vinhos)- Quinta da Ponte Pedrinha, tinto, 2012 (Maria de Lourdes

Mendes Oliva Nunes Albuquerque Osório)- Quinta da Ponte Pedrinha Touriga nacional, 2012 (Maria de

Lourdes Mendes Oliva Nunes Albuquerque Osório)- Grão Vasco, tinto, 2010 (Sogrape Vinhos)- Callabriga Dão DOP, tinto, 2012 (Sogrape Vinhos)- Callabriga Reserva, tinto, 2010 (Sogrape Vinhos)- Quinta dos Carvalhais Duque de Viseu, tinto, 2013 (Sogrape

Vinhos)- Quinta dos Carvalhais Reserva, branco, 2010 (Sogrape Vi-

nhos)

A 9 de Novembro com vários produtores de vinho do concelho

Município de Nelas celebra o Dia Europeu do Enoturismo

Bem-Haja, Grande Hotel Caldas da Felgueira, Hotel Nelas ParQ, Hotel Urgeiriça, Pelourinho, Paço dos Cunhas, Pizzaria Concerto, Ponte do Ouro, Pool Café, Prata do Dão, Quinta do Castelo, Re-tiro das Laranjeiras, Sabores Caseiros, Sárita, Taberna do Chef, Take Away João Coelho e Zé Pataco proporcionam menus de sa-bores singulares.

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A Gala “Os Melhores do Dão”, promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão e que decorreu na Pousada de Viseu, teve como objecti-vos não só promover os Vinhos do Dão e a respectiva Rota, mas também homenagear e gratificar os agentes económicos que trabalham a vinha e o vinho no Dão. O evento reuniu cerca de duas centenas de pessoas ligadas às vinhas e aos vinhos do Dão, entre produtores, enólogos e várias entidades oficiais.

Na ocasião presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão destacou e elogiou o trabalho realizado por todos os agentes ligados ao vinho do Dão, que têm contribuído para que o mesmo seja “cada vez mais falado, estimado e premiado a nível nacional e internacional”, afirmou Arlindo Cunha.

Foram algumas as referências ao evento na comunicação social, em sites e redes sociais, demonstrando um claro aumento da notoriedade deste acontecimento para a Região Demarcada do Dão.

Promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão

Gala “Os Melhores do Dão” premiou vinhos e vinhas da Região

Medalha de Ouro:Madre D’água, em Vinhó, com a

parcela Quinta da Regada

Medalha de Prata:Sociedade Agrícola de Santar, em

Santar, com a parcela Rachadouro

Medalha de Bronze:Sogrape Vinhos, em Quinta dos

Carvalhais, com a parcela Anta

Prémio Prestigio:Sociedade Agrícola de Santar –

Casa de Santar Reserva Branco 2013Paço de Santar – Nature Tinto

2010Adega Cooperativa de Tazem –

Tazem TN 2011

Medalhas de Ouro:Sociedade Agrícola de Santar –

Casa de Santar Reserva Branco 2013Dão Sul – Four C Branco 2010Sociedade Agrícola de Santar –

Casa de Santar Branco 2013

Resultados: “As Melhores Vinhas do Dão”

Paço de Santar – Nature Tinto 2010

Adega Cooperativa de Tazem – Tazem TN 2011

Adega Cooperativa de Tazem – Tazem Grande Escolha 2010

Sociedade Agrícola de Santar – Casa de Santar Reserva Tinto 2011

Sociedade Agrícola Castro Pena Alba – Quinta do Serrado Reserva 2009

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A Quinta de Lemos, Adega da região do Dão, recebeu excelente pontuação no concurso mundial dos Estados Unidos da América, Ultimate Wine Challenge (UWC), promovido pela Ultimate Beverage Challenge (UBC), que tem como objectivo dar conhecer os melhores vinhos mun-diais.

Na quinta edição do UWC, rea-lizada em Westchester, em Nova Iorque, estiveram a concurso mais de 850 vinhos de todo mundo e a Quinta de Lemos alcançou o prémio “Chairman’s Trophy” (distinção mais importante) na categoria de ‘Vinhos Tintos Portugueses’, com o Touriga Nacional 2009 (96 pontos). Esta é a segunda melhor pontuação de todo o concurso para os vinhos tintos mundiais, tendo o melhor pontuado atingido os 97 pontos. É também finalista desta mesma categoria o vinho Dona Santana 2009 (94 pon-tos). Recorde-se que a colheita de 2009 foi lançada no primeiro trimes-tre de 2014.

Hugo Chaves, enólogo da Quin-ta de Lemos, explicou a importância do reconhecimento internacional, afirmando que “os vinhos da Quinta de Lemos privilegiam a qualidade. A colheita de 2009 mereceu uma especial atenção na sua evolução e a prova disso é termos vinhos tão especiais. Queremos que os nossos vinhos apresentem e representem Portugal no mundo e acreditamos que cumprem o objectivo e mostram o vinho português com o elevado ní-vel que tem”.

O Touriga Nacional 2009, que chegou aos 96 pontos, é o segundo melhor vinho a nível mundial no con-

No Ultimate Wine Challenge, nos Estados Unidos

Quinta de Lemos Touriga Nacional 2009 foi o melhor vinho português

curso internacional dos EUA. É um vinho “cor vermelho-sangue, de aroma maduro, levemente adocicado e muito atraente. De sabor intenso a frutos negros como mirtilo, cássis, presença de frutos secos como tâmaras e avelã, envolvidos em taninos sua-ves e uma textura sedosa. Lindo, clássico”.

Esta foi a segunda maior pontuação do concurso, embora partilhada com mais três vinhos de outras categorias. O único vinho que superou esta nota foi um tinto francês, com 97 pon-tos. O vinho Dona Santana 2009, finalista da categoria dos ‘Vi-nhos Tintos’ com 94 pontos, é um néctar de “cor quase negra. Aroma a terra molhada, chão da floresta, folhas e flores secas. Sabor a amora e geleia de ruibarbo, sabores que se fundem bem com os taninos. Denso, boa fruta”.

No concurso liderado pelo fundador da UBC, F. Paul Pacult e coadjuvado por Sean Ludford, além da pontuação, os vinhos obtiveram as seguintes distinções, como um guia para os con-sumidores finais: 95-100 Extraordinário, 90-94 Excelente/alta-mente recomendado, 85-89 Muito Bom/Recomendação Forte e 80-84 Bom/Recomendado.

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A Adega Cooperativa de Pinhel investiu 300 mil euros num novo sistema de decantação de vinhos, que permite aumentar a qualidade da produção. Segundo o presidente da Adega Coope-rativa de Pinhel, no distrito da Guarda, o equipamento foi com-prado com o apoio do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), no âmbito do programa de modernização da adega.

“É o primeiro ‘decanter’ adquirido em Portugal”, disse Agos-tinho Monteiro, adiantando que está a funcionar desde o dia 30 de Setembro, quando a adega iniciou a campanha de vindimas deste ano.

O novo sistema, que está a ser utilizado na produção de vi-nhos brancos, “retira todo o sumo que a uva tem e separa todas as impurezas e lixos sólidos, permitindo uma fermentação do vi-nho perfeitamente limpa e com elevados níveis de qualidade”. “O processo é todo mecanizado. Entra o bago da uva e sai o vinho limpinho e pronto a fermentar”, explicou. Agostinho Monteiro indicou que o novo equipamento “permite poupar tempo na fer-mentação dos mostos”.

Aquele responsável lembrou que em Portugal o processo de decantação é feito de forma natural ou por prensas contínuas,

Um investimento de 300 mil euros

Adega de Pinhel tem novo sistema de decantação de vinho

“com prejuízos em termos de aproveitamento dos vinhos bran-cos”. O ‘decanter’ em funcionamento na Adega de Pinhel está mais direccionado para vinhos brancos, mas “também serve para filtrar vinhos tintos”, pois “permite limpar vinhos tintos de-pois de fermentados, caso tenham algum problema de pureza”, segundo aquele dirigente.

Na campanha deste ano, que terminou a 23 de Outubro, a Adega de Pinhel recebeu cerca de 13,5 milhões de quilogramas de uvas, que devem produzir cerca de 9,5 milhões de litros de vi-nhos brancos e tintos. A campanha deste ano regista uma que-bra na produção de cerca de 5% relativamente a 2013, devido ao frio e à chuva registados no período de desenvolvimento das videiras.

A adega de Pinhel, que no ano passado registou um volu-me de negócios de cerca de 4,5 milhões de euros, vende vinhos brancos, tintos e espumantes para o mercado nacional e inter-nacional (Brasil, Angola, Alemanha e França).

A instituição está integrada na área geográfica da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior e conta com 1.580 asso-ciados nos concelhos de Pinhel, Almeida, Mêda e Trancoso.

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Há décadas atrás, transformar o bagaço em aguardente era um ri-tual, diríamos, obrigatório em mui-tas aldeias do interior nos últimos dois meses do ano, quando caíam as noites frias de Outono e In verno. De-pois de, durante algum tempo, terem caírem em desuso, ainda há quem resista e não deixe cair a tradição, mantendo em funcionalmente o tra-dicional alambique.

É o caso de Filipe Pereira, resi-dente em Couto de Ervededo, entre Chaves e Carrazedo de Montenegro,

Filipe Pereira ainda transforma ‘bagaço’ em aguardente

Destilaria tradicional ainda funciona em Couto de Ervededo

que aproveita a aguardente que sai da sua destilaria para produzir baga-ceiras e licores. O produtor, à Gazeta Rural, diz que este tipo de produtos “vai-se vendendo”, mas “o consumo dos destilados tem baixado”. A fis-calização nas estradas e a campa-nha contra as bebidas brancas são as causas que aponta para a quebra de consumo deste tipo de produtos.

Gazeta Rural (GR): Tem uma des-tilaria que faz aguardente vínica, que transforma noutros produtos?

Filipe Pereira (FP): Sim, produzo bagaceira envelhecida em cascos, aguar-dente vínica também envelhecida em cas-cos de carvalho, jeropiga e vários licores, de ervas, menta, café, amora silvestre e castanha. Sou também produtor de cas-tanha.

GR: Há quantos anos começou este projecto e como está o negócio?

FP: A destilaria fez este ano a quinta campanha. O consumo dos destilados tem baixado muito a nível nacional e também a nível mundial. Vendo para algumas lojas gourmet na região e a nível nacional. Con-tudo não se vende tanto como queríamos, mas vai se vendendo alguma coisa.

GR: Tem apostado em feiras para promover os seus produtos?

FP: Estou presente na Castmonte há mais de 10 anos, mas só há três anos é que levo esta gama produtos. Faço também outras feiras na região. Tenho vendido alguma coisa para o estrangeiro, nomea-damente para Nova Iorque e para alguns restaurantes portugueses em França.

GR: Disse que o consumo dos des-tilados tem baixado. Na sua opinião, qual é a razão?

FP: Existem vários motivos, um deles é o aumento da fiscalização nas estradas. Depois, os médicos também começaram a dizer que não se devem beber destilados nem bebidas brancas e as pessoas têm-se retraído. Contudo, o consumo baixou, mas nota-se que existe escassez de produtos. Já não há tantos destilados como há cerca de 10/15 anos.

GR: Ainda há muitos agricultores a fazer o ‘bagaço’?

FP: Ainda há alguns.

GR: Tem um projecto que quer concretizar?

FP: É um projecto relacionado com turismo. Receber turistas e fazer visi-tas guiadas e comentadas, explicando o processo de fabrico. Acho que os turistas quando visitam uma região também gos-tam de ter e conhecer novas experiências.

Há algumas obras que ainda tenho que fazer, nomeadamente no aspecto exterior. Toda a área de produção está devidamen-te preparada e cumpre todas as regras de higiene e segurança.

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O pavilhão do Mar, na baía de Ponta Delgada, recebeu a maior edição de sempre do Wine in Azores, um evento víni-co e gastronómico que pulverizou todos os recordes. A edição de 2014 contou com o maior número de expositores, nomea-damente produtores de vinho, e as sessões de show-cooking contaram com alguns dos melhores Chefs de Cozinha nacionais, alguns repetentes, outros que por lá passaram pela primeira vez.

Num evento que junta a gastronomia e os vinhos, o público respondeu em grande número, com muitos milhares de pessoas, entre os quais muitos estrangeiros, a passarem pelo pavilhão do Mar durante os três dias.

Entre os produtores o sentimento era de satisfação. A região do Dão esteve representada pela Quinta de Lemos, com stand próprio, mas também com os vinhos de Álvaro Castro, através de um distribuidor local.

Para o enólogo da Quinta de Lemos “valeu bem a pena a participação, porque era um mercado que não trabalhávamos e do qual não tínhamos conhecimento nenhum”, afirmou Hugo Chaves, adiantando que “houve um grande interesse das pes-soas em conhecer os nossos vinhos, mas também das lojas de vinhos e dos próprios restaurantes”. Ao que apurámos, os vinhos da Quinta de Lemos poderão em breve chegar aos Açores.

Também os vinhos de Álvaro de Castro foram muito bem re-cebidos. “Têm tido boa aceitação e cada vez mais as pessoas estão a dar importância ao vinho do Dão”, revelou a represen-tante da Pernod Ricard à Gazeta Rural, referindo que “os vinhos alentejanos tinham mais saída, mas hoje em dia é o vinho do Dão que tem tido mais procura”.

A Pernod Ricard é uma empresa distribuidora de vários pro-dutores para restaurantes, bares e grandes superfícies nos Aço-res.

Outro estreante foi a Vinilourenço, produtor de vinhos do Doura na Mêda. Jorge Lourenço garantiu que “valeu a pena e os Açores impressionaram-me pela positiva”. É que, afirmou, “não estava a espera de encontrar aqui um vasto leque de consumi-dores que apreciam os vinhos do Douro”. Presente pela primeira vez no Wine in Azores, Jorge Lourenço ficou também “impres-sionado” com o evento e com “tantos visitantes interessadas e conhecedores”.

O produtor da Mêda espera agora resultado dos contactos efectuados. “Vamos ver agora como corre a parte comercial”, afirmou Jorge Lourenço.

Organização faz balanço “muito positivo”

Wine in Azores 2014 foi o maior evento de sempre

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A ministra da Agricultura afirmou que Portugal continua ainda a ser defici-tário ao nível da produção de maçã, mas é cada vez mais um país exportador deste fruto.

“Temos o desafio de produzir mais internamente e diminuir as importa-ções de maçã, mas também somos cada vez mais um país exportador de maçã”, afirmou Assunção Cristas.

Segundo a ministra, os produtores estão a pedir para que sejam aber-tos mais mercados para a exportação de maçã. “Ainda há um mês e meio foi aberto o mercado da Colômbia para a maçã portuguesa. Neste mo-mento, temos dossiers em marcha na África do Sul, nos Estados Unidos, na Índia e na China, para a maçã e também para outros produtos”, contou.

Na sua opinião, isso demonstra interesse dos produtores portugueses “em conquistar novos mercados, em utilizar as facilidades do clima” que permitem, em alguns casos, “ter maçãs precoces, entrar mais cedo nou-tros mercados”. “E é disto também que se faz o comércio internacional”, frisou.

A governante explicou que o desafio de Portugal passa por “produzir o máximo durante o máximo de tempo possível para o mercado nacional, conseguindo os melhores preços”, e exportar quando há oportunidades de o fazer. “O ideal é que, entre uma coisa e outra, comecemos a ser mais equilibrados na nossa balança comercial”, afirmou, admitindo que há pro-dutos que dificilmente serão produzidos de forma competitiva em Portu-gal.

Assunção Cristas esteve na abertura oficial da VII Feira da Maçã em Armamar, concelho que produz cerca de 60 mil toneladas de maçãs.

Ministra da Agricultura visitou Feira em Armamar

Assunção Cristas diz que Portugal ainda é deficitário na produção de maçã

O Município de Sátão apresentou a VIII edição da Feira do Míscaro. A Capital do Míscaro acolheu turistas, visitantes, especialistas na degusta-ção de míscaros, artesãos, vendedo-res e compradores de míscaros que fizeram com que este certame fosse mais uma vez um sucesso.

O certame começou com os no-venta vendedores de míscaros e de artesanato típico a postos para re-ceber os milhares de visitantes que se deslocaram ao Sátão.

Durante todo o dia a animação foi uma constante, com destaque para a actuação de grupos locais e Mónica Sintra, com a prova de mís-caros, de pão e vinho do Dão e com a realização do tradicional magusto de S. Martinho.

Sátão, a Capital do Míscaro, ofe-receu a todos os satenses e visitan-tes um evento já com tradição, onde o Míscaro e uma vasta oferta cultural e gastronómica proclamaram a “Arte de Bem Receber” das gentes de Sá-tão.

Preço médio da iguaria rondou os 15 euros

Milhares de pessoas passaram pela Feira do Míscaro

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Um grupo de capitais maioritariamente chineses instalou-se em Vinhais, zona onde se concentra a produção portuguesa de castanha, com uma unidade que vai trabalhar para o mercado europeu.

A unidade já começou a recolher castanha na actual campa-nha e a perspectiva é de que a partir do próximo ano Vinhais vai assegurar “no mínimo as necessidades” da empresa-mãe, a Mi-nerve, sediada na zona da Bretanha, em França, há 60 anos, como adiantou o representante do accionista português, Filipe Pessanha.

A unidade que vai servir de base a este negócio é a Cacovin, uma empresa municipal que foi vendida há três anos à Minerve, então com um accionista português, o Grupo Branco, e outro francês que acabou por sair e deu lugar ao grupo American Lo-rain, com capitais maioritariamente chineses.

Este negócio, como reconheceu Filipe Pessanha, abre tam-bém as portas do mercado europeu aos investidores chineses. A perspectiva avançada é de que a unidade de Vinhais passe no futuro a assegurar um milhão de quilos de castanha que é pro-

Para entrar no mercado europeu

Investidores chineses apostam na castanha de Vinhais cessado anualmente em França.

A castanha, explicou, “é a principal área de negócio em Fran-ça, daí que faça todo o sentido investir e estar presente num sítio como Vinhais onde a castanha é o principal produto”.

Numa primeira fase, a unidade de Vinhais dará resposta às necessidades da empresa francesa e numa fase seguinte o pro-jecto é apresentado com a intenção de colocar também o pro-duto no território português e noutros mercados como Espanha, Alemanha, Holanda e no mercado do fresco em França e Itália.

Filipe Pessanha lembrou que actualmente a Minerve já ad-quire castanha portuguesa nesta zona de Trás-os-Montes, mas através de outros concorrentes locais. A unidade de Vinhais pre-cisa para já de apenas “pequenos ajustamentos e reparações”, mas começará a funcionar ainda a meio gás na actual campa-nha, apenas com castanha em fresco. A perspectiva avançada é da criação de 14 postos de trabalho e de no próximo ano come-çar também a trabalhar para o mercado do congelado.

Para combater a sazonalidade desta produção, os investido-res avançam que pretendem explorar outros produtos da região, nomeadamente frutos vermelhos, para poder laborar durante todo o ano. Nessa altura será necessário reforçar o investimen-to, confirmou aquele responsável, sem ainda quantificar valores.

A zona de Vinhais, na Terra Fria Transmontana concentra quase metade da castanha nacional, com uma produção anual que ronda as 15 mil toneladas. Embora o produto mais emblemá-tico do concelho seja o tradicional fumeiro, a castanha é a que tem maior peso económico, com a autarquia local a estimar que a área actual de souto, incluindo novos castanheiros, tem um potencial que ascenderá no futuro a 26 milhões de euros só na venda directa do fruto.

Sentindo a dificuldade dos produtores em Modo Biológi-co, no acesso a informação sobre factores de Produção, mé-todos culturais e circuitos de Comercialização no que respeita a produtos biológico, a NATURALFA, decidiu organizar umas Jornadas Técnicas de Agricultura Biológica, que se realizará no Auditório da Lipor, em Ermesinde, no dia 4 de Novembro (terça-feira).

Nestas Jornadas Técnicas participarão, Produtores, Dis-tribuidores e Técnicos que trabalham com este Sector de actividade e potenciais interessados no Modo de Produção Biológico. Serão abordados temas desde a produção, à co-mercialização e consumo de produtos biológicos.

O objectivo destas Jornadas é a partilha de experiências, Modo de Produção e contacto entre Produtores, para que os participantes possam esclarecer e partilhar as suas preocupa-ções e soluções para o futuro da Agricultura Biológica.

É também nossa intenção, que estas Jornadas tenham um Cariz Social, como tal, o custo de inscrição nestas Jornadas, será em Géneros – Produtos Biológicos, que serão depois en-tregues à Associação dos Albergues Nocturnos do Porto.

Para mais informações, consulte o da NATURALFA: www.naturalfa.pt

Liliana PerestreloGerente | Manager

OPI

NIÃ

OJornadas Técnicas de Agricultura Biológica

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Cerca de 20 mil árvores foram plantadas, no perímetro florestal da Penoita, em Vouzela, na-quela que foi a maior acção de reflorestação Ibé-rica de 2014, promovida pela Fundação Floresta Unida e pelo Município de Vouzela.

A iniciativa visou a reflorestação de uma vasta zona muito fustigada pelos incêndios do ano pas-sado no Caramulo e contou com a presença de 600 voluntários, incluindo a ministra da Agricultu-ra e do Mar, Assunção Cristas, e as figuras públicas Catarina Furtado, Virgílio Castelo e Tó Romano.

“Estamos no coração da Penoita, que é uma floresta modelo no contexto do Plano Regional de Ordenamento Florestal e o incêndio do ano passado destruiu muitas árvores, em particular de pinheiro bravo. Hoje, com ajuda de cerca de 600 voluntários, estamos a plantar folhosas, no-meadamente carvalhos, sobreiros e castanheiros, para compartimentar a floresta protegendo-a dos incêndios florestais”, referiu Rui Ladeira, pre-sidente da Câmara de Vouzela.

Da iniciativa, para além da plantação de 20 mil árvores, fez ainda parte a protecção de 5.000 es-pécies e o controlo de plantas invasoras.

Acção contou com 600 voluntários

Vinte mil árvores plantadas no perímetro florestal da Penoita

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A bióloga Helena Freitas critica o crescimento do território ocupado por eucaliptos, porque, na sua opinião, agravará o despovoamento do interior de Portugal. “O aumento da área de eucalipto, em prejuízo do pinheiro, favorecerá a tendência para o despovoamento do interior”, firmou Helena Freitas.

Com a entrada em vigor, há um ano, do Regime Jurídico de Arborização e Rearborização, o país, em particular a região Cen-tro, terá “de preparar-se para a perda de actividade associadas ao território que não são compatíveis com a presença do euca-lipto”, adiantou.

Reconhecendo a importância da espécie para a economia nacional, ressalvou que “tal não significa que se tenha de au-mentar a área útil” desta árvore exótica oriunda da Austrália.

A área actual de eucaliptos é suficiente para responder às necessidades, “bastando optimizar a gestão e a produtividade

Helena Freitas é vice-reitora da Universidade de Coimbra

Bióloga alerta que mais eucaliptos agravam despovoamento do interior

das plantações”, disse a vice-reitora da Universidade de Coim-bra.

“Embora não esconda que preferia ver o território florestado com espécies nativas (...)”, reconhece “a importância económi-ca da fileira do eucalipto”. A sua expansão está a ser feita “ne-cessariamente à custa de áreas de pinhal e áreas abandonadas com aptidão agrícola”, lamentou Helena Freitas. “Numa altura em que a fileira do pinheiro (...) está seriamente fragilizada pelo impacto da doença do nemátodo, fica o caminho ainda mais fa-cilitado”, avisou.

Perante a “crescente valorização comercial do pinheiro nos mercados externos”, a competição entre as duas fileiras “é ago-ra mais evidente”, realçou Helena Freitas. No Centro, o pinheiro “é a espécie que as populações acarinham e reconhecem como símbolo da sua paisagem e da sua região”, referiu.

“O eucalipto é sobretudo uma opção para aqueles que ge-rem a propriedade, directamente ou por interposta entidade, com o propósito de garantir uma receita legítima”, de acordo com a ambientalista. A área de eucaliptal tem crescido sem pa-rar, o que é explicado pelo rendimento da espécie a curto prazo.

Com 812 mil hectares plantados, é actualmente a árvore do-minante da floresta portuguesa, tendo ultrapassado o pinheiro--bravo, que ocupa agora o segundo lugar, seguido do sobreiro, de acordo com dados recentes do Inventário Florestal Nacional.

O Regime Jurídico de Arborização e Rearborização, ao libe-ralizar a plantação de eucaliptos, alegadamente em benefício da indústria do papel, foi bastante contestado por organizações ambientalistas e associações da fileira do pinho.

Com três meses de vigência do diploma, o eucalipto liderava com mais de 90% os pedidos de autorização e comunicações prévias de plantação de floresta recebidos pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Foi unânime. A cultura do pinheiro manso assume um papel cada vez mais importante em termos económicos e de poten-cialização dos recursos florestais existentes. A conclusão saiu do Seminário realizado em Carregal do Sal, organizado pela autarquia local e pela Associação de Produtores Florestais do Planalto Beirão.

Foi, em suma, um dia de análise e reflexão que juntou, no Centro Cultural de Carregal do Sal, cerca de 250 pessoas da re-gião NUTS III, mas não só, e que contou com a participação e contributos de especialistas, técnicos e profissionais da área.

Antes do início dos trabalhos o presidente da Associação de Produtores Florestais do Planalto Beirão, Manuel Cortez, deu as boas-vindas a todos desejando que o encontro revestisse a for-ma de uma jornada profícua.

Rogério Mota Abrantes, autarca de Carregal do Sal, referiu--se às condições privilegiadas do seu Concelho, em termos de solo e clima, totalmente favoráveis à cultura do pinheiro man-so reforçando a nova centralidade já assumida e registada por

Parcelamento excessivo de terrenos é um dos principais constrangimentos

Reconhecida a importância do pinheiro manso para Carregal do Sal

Carregal do Sal. O autarca explicou a aposta do Município nessa cultura autóctone, referindo-se aos preparativos para a instala-ção/criação e um Parque Clonal no Concelho.

No primeiro painel do Seminário foi abordado o enquadra-mento e as exigências de natureza ecofisiológica e ecológicas para a cultura do Pinus pinea e em que não foi esquecida a me-todologia da enxertia deste recurso endógeno.

No segundo painel os oradores debruçaram-se sobre a va-lorização e aproveitamento do pinheiro manso. Uma vez mais, os intervenientes convidados corresponderam às expectativas da plateia que regressou em peso para continuar a analisar a cultura do pinheiro manso.

Antes do encerramento, e tal como havia acontecido ao fi-nal da manhã, houve tempo para debate em que foram coloca-das diversas questões, destacando-se a legislação em relação à plantação deste espécie; aos respectivos apoios previstos no próximo quadro comunitário e à apanha/venda de pinhas aos comercializadores.

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A Festa da Castanha de Vinhais voltou a redundar num êxito, com milhares de pessoas a demandarem o Nordeste transmon-tano em busca de um fruto já apelidado de “ouro de Trás-os--Montes”.

Carla Alves, da Câmara de Vinhais, responsável pela orga-nização do certame, afirmou que “a Feira correu muito bem e com uma enorme adesão”, salientando o facto de ser a primeira da época dedicada à castanha, “o que dá ao consumidor maior apetência para vir e comprar”.

Para além disso, acrescentou Carla Alves, “Vinhais já habi-tuou os visitantes a bons certames, como são exemplos a Festa da Castanha e, proximamente, a Feira do Fumeiro, que oferecem produtos de grande qualidade”.

E se os enchidos são o produto mais emblemático deste município do Parque Natural de Montesinho, a castanha é a que

Milhares de pessoas demandaram o Nordeste transmontano

Festa da Castanha de Vinhais repetiu êxitos anteriores

tem o maior peso económico com quase metade da produção nacional concentrada nesta zona da Trás-os-Montes, onde ac-tualmente vale 15 milhões de euros apenas na venda directa do fruto, mas com um potencial que pode ascender a 26 milhões, graças a novas plantações, de acordo com dados do município.

Nesta altura do ano, segundo Carla Alves, há famílias na re-gião que “fazem, num mês, 50 mil euros”, e há novas empresas de comercialização e transformação a surgirem no concelho e jovens agricultores a instalarem-se.

Jornadas debateram questões em torno do casta-nheiro

Promovidas pela Arbórea, as Jornadas Técnicas do Cas-tanheiro deste ano ultrapassaram as expectativas, com quase centena e meia de participantes. O encontro juntou produtores, técnicos e outros agentes da fileira, que debateram questões actuais do sector, como a ameaça da vespa das galhas do cas-tanheiro.

O presidente da Arbórea era um homem satisfeito com a adesão verificada. “A participação excedeu as nossas expecta-vas, o que é um aspecto positivo”, afirmou Eduardo Roxo.

Este responsável salientou que nas Jornadas “um aspecto que nos interessava, e que foi conseguido, era a comunicação, a troca de conhecimento e o debate das questões que afectam este sector. É evidente que não há soluções milagrosas, mas houve debate em torno dos problemas, o que é um ponto de partida”.

Eduardo Roxo destacou a presença do Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, que no seu discurso “veio de encontro às nossas preocupações, nomeada-mente as duas medidas incluídas no novo quadro comunitário, especialmente pensadas para o castanheiro, sobretudo onde está instalado e isso parece-me importante”.

O responsável da Arbórea espera que isso signifique “que se vai dedicar outra atenção ao castanheiro e nomeadamente à região de Trás-os-Montes. É que se há plantas que simbolizam uma região uma delas é o castanheiro”, referiu Eduardo Roxo.

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A Articold Project, Lda é uma empresa portuguesa cuja ac-tividade principal é a montagem e instalação de frio industrial (câmaras frigorificas para conservação normal, atmosfera con-trolada/ dinâmica (DCS), túneis de congelação, salas climatiza-das, etc.).

Articold Project o nome é novo e a sua estratégia também, mas os actuais gerentes já contam com vários anos de experên-cia e um leque alargado de clientes, devido ao legado deixado pelo seu pai Sérgio Pires.

Com uma postura sempre dinâmica no mercado e adequan-do os projectos às necessidades dos clientes, demarcam como objectivo principal realizar instalações que satisfaçam as pre-tensões do cliente e que se tornem económicas energeticamen-te.

No que diz respeito ao armazenamento da castanha, a Arti-cold realiza projectos para a sua conservação.

Como sabemos a castanha é um produto de extrema impor-tância enconómica em Portugal devido ao seu elevado poten-cial comercial. Dada a sua importância, a garantia da qualidade comercial é essencial. A castanha é um fruto perecível, já que mantém a sua qualidade comercial durante um curto periodo após a colheita. Como produto sazonal, tem que ser conservada, quer para ser vendida como produto fresco, quer para ser pos-teriormente processada. Actualmente existem várias formas de

OPI

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OArticold Project aposta no desenvolvimento de processos para a conservação da Castanha

conservar a castanha, desde os métodos mais tradicionais até aos considerados métodos alternativos.

A Articold aposta fortemente nos métodos alternativos, fo-cando-se na atmosfera controlada.

A atmosfera controlada é um método através do qual se consegue reduzir as perdas na pós-colheita e manter o valor nutritivo e as carateristicas do produto. De facto, já é do conhe-cimento geral que é possivel aumentar o tempo de prateleira de alguns produtos alimentares, sendo que somente é possivel quando o seu armazenamento é feito em câmaras de atmosfera controlada (ex. pera e maçã).

Neste método, e com os equipamentos que tem ao seu dis-por, o principal objectivo da Articold é “adormecer” o fruto sem o mesmo perder a sua qualidade. Este processo é feito com o auxilio de máquinas adequadas a todas as etapas de conserva-ção.

O objectivo da Articold para 2015 é porporcionar aos seus clientes a possibilidade de terem as instalações economicamen-te mais rentáveis, sendo as mesmas as mais eficazes em todo o processo de conservação.

Paulo PiresGerente | Articold Project, Lda

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36 www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano X - N.º 235Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena MoraisOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: [email protected] | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 ViseuTiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores

A Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV) promove mais um “Encontro Mi-cológico da ESAV”, iniciativa que se realiza pela décima segunda edição. O evento, marcado para 14 de Novembro, tornou-se numa referência incontornável de partilha entre a ciência e a natureza, sempre num contexto de sensibilização ambiental.

Com uma crescente procura e interes-se pela comunidade ao longo dos anos, o Encontro Micológico da Agrária marca a agenda outonal da região de Viseu.

Hoje, como há 12 anos atrás...

Outono de 2003… A intenção era ape-nas fazer algo diferente relacionado com o mundo dos fungos, esse reino que tan-to surpreende em cada dia que o vamos conhecendo melhor. A ideia era divulgar e partilhar conhecimentos, juntar apaixona-dos pela natureza e olhar para a floresta com outros olhos, com o respeito e cari-nho que ela merece. Doze anos depois, o espírito mantém-se, mas o encanto dos cogumelos transbordou muito para além das fronteiras de uma Escola.

Comestíveis ou tóxicos? Petisco dos Deuses ou veneno do Demo? Sempre fas-cinantes, belos, coloridos, os cogumelos transportam-nos para um mundo mágico que tentaremos desvendar mais um pou-co em cada ano que passa.

Será certamente um dia diferente, a começar por uma manhã de partilha de emoções, em busca de cogumelos sil-vestres, na paz de um cenário idílico que vale mesmo a pena (absor)ver, o Parque Botânico Arbutus do Demo, em Vila Nova de Paiva. De regresso à ESAV, haverá mo-mentos de convívio e partilha de petiscos à volta da Lagoa das Garças.

O dia continuará com a identificação das espécies recolhidas, a exposição, uma

Realiza-se pela décima segunda vez a 14 de Novembro

Encontro Micológico da ESAV é já uma referência na região

sessão prática de produção de cogumelos em troncos, palestras sobre micologia e finalmente, o culminar de um dia em cheio, o jantar micológico.

“Fungi”, um reino à parte, que faz par-te de outro reino, o dos sentidos. Jogos de cores, aromas, texturas e sabores, desper-tam em silêncio entre a folhagem molha-da. A adrenalina da busca, o mistério do oculto, o perigo do desconhecido, o pre-texto para a ciência, como se esta preci-

sasse dele, coisas sérias que brincam com os nossos sentidos e nos deixam apai-xonados, amadores, fiéis repetidores de rituais de outono. Convívios em redor de um cogumelo, anel de fadas que bebem no micélio subterrâneo da nossa infância escondida.

As inscrições decorrem até ao dia 12 de Novembro em www.esav.ipv.pt ou na Associação de Estudantes da ESAV.

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Em Bragança até 2 de Novembro

Vinho a copo é nova atracção da feira da Caça, Pesca e Castanha

A feira que promove há 13 anos os principais produtos de Bragança vai juntar até 2 de Novembro a caça, a pes-ca, a castanha e os vinhos de Trás-os-Montes com “vinho a copo” de todas as variedades. A Norcaça, Norpesca e Norcastanha foram apresentadas como a novidade de que vai dar destaque nesta edição ao sector vitivinícola com vários momentos à volta dos vinhos que se produzem nesta região.

A gastronomia continua a ser também protagonista no evento que este ano reúne chefs de cozinha para mostrarem como se confeccionam iguarias com os produtos em destaque “aos milhares de visitantes” esperado de Portugal e Espanha.

A feira internacional do norte é organizada pela Câ-mara de Bragança, em parceria com entidades ligados aos sectores em destaque e decorre no pavilhão da associa-ção empresarial de Bragança.

I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola

O Grupo Crédito Agrícola organiza, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “I Concurso de Vi-nhos do Crédito Agrícola”, destinado a produtores e coope-rativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

O concurso contempla a inscrição de vinhos brancos e tintos produzidos em Portugal, com direito a Denominação de Origem ou Indicação Geográfica incluindo os vinhos que indiquem casta e/ou ano de colheita na rotulagem.

Para cada região vitivinícola e para as categorias “Vinho Branco” e “Vinho Tinto”, assim como “Produtores” e “Coo-perativas”, será atribuída a distinção Tambuladeira dos Es-canções de Portugal, nas categorias de ouro, prata e bronze.

As inscrições decorrem até 14 de Novembro e a entrega de amostras deve ocorrer de 3 a 14 de Novembro, na A.I.P. – Feiras, Congressos e Eventos, na Rua do Bojador, Parque das Nações, 1998-010 LISBOA.

O Concurso decorrerá na Feira Portugal Agro, de 20 a 23 de Novembro, na FIL, em Lisboa, da qual o CA é patrocina-dor oficial, cujo programa inclui de 20 e 21 de Novembro, a realização de Provas Cegas pelo Painel do Concurso; a 21 de Novembro, a cerimónia de entrega de prémios e a 22 e 23 de Novembro, a exposição dos vinhos premiados.

Cozinha dos Ganhões promover há 22 anos a gastronomia alentejana

De 07 a 10 de Novembro no Centro de Congressos de Lisboa

‘Encontro com o Vinho e Sabores 2014’

maior e com muitas novidades

De 7 a 10 de Novembro, a Revista de Vinhos organiza pelo XV ano consecutivo o maior e mais antigo evento vínico e gas-tronómico do país. Esta edição do ‘Encontro com o Vinho e Sa-bores’ (ECVS) coincide com a celebração do 25.º aniversário da publicação, por isso repleta de muitas novidades.

São três os pavilhões que este ano vão acolher o ECVS 2014. O Pavilhão do Rio vai estar inteiramente dedicado à mostra e degustação de vinhos no piso 0; nas galerias vai acolher dois espaços, um de vinhos biológicos e outro “by Gin&Tonic”. Uma outra sala (Pavilhão 1) é, em termos de es-paço, a novidade desta edição: aqui vão estar em destaque os sabores (queijos, fumados, enchidos, azeites, doces, deli-catessens e muito mais), os acessórios de vinho, um wine bar (com uma lista de vinhos a copo renovada a cada dia) e uma zona lounge, onde os amantes dos verdadeiros prazeres da vida vão poder desfrutar de snack, de um bom copo de vinho ou, simplesmente, recarregar baterias! A loja de vinhos vai também integrar este espaço.

No dia 8 de Novembro

Noite das Caçoilas na Aldeia Sabugueiro

Outrora, no Sabugueiro, terra de pastores, por ocasião dos casamentos e de outras festas da aldeia, confeccionava-se nas casas, o cabrito, a chanfana ou o borrego, temperados em ca-çoilas de barro que depois eram levados ao forno comunitário para assar. São estas tarefas ancestrais que este ano, no dia 8 de Novembro, a comunidade do Sabugueiro vai reviver.

A azáfama inicia-se pela manhã, quando as mulheres da aldeia metem as “mãos na massa” e vão dando forma ao pão de centeio, que colocam de seguida a cozer no forno comu-nitário. Passadas algumas horas o pão de centeio sai quenti-nho. A partir das 14 horas começam a chegar as caçoilas de carne que se colocam no forno para assar, e por volta das 19 horas estão já prontas para servir.

A noite das caçoilas é uma tradição que pretende dar a conhecer a gastronomia e as tradições desta aldeia encan-tadora, mas também nos desafia a vivenciar uma experiência única em contacto com a sua essência, em ambiente de fes-ta e animação popular.

A Cozinha dos Ganhões 2014 irá decorrer de 27 a 30 de No-vembro, no Parque de Feiras e Exposições de Estremoz. Con-siderado o maior certame gastronómico do Alentejo, a XXII edição da Cozinha dos Ganhões oferece aos visitantes, para além da rica gastronomia, a doçaria, os produtos regionais, artesanato e animação cultural.

Esta iniciativa, organizada pela Câmara de Estremoz, tem

como principal objectivo a promoção turística do concelho, valorizando as tradições e os costumes de Estremoz e do Alen-tejo.

Integrada no certame vai estar também a “Estremoz Caça e Pesca”, de 28 a 30 de Novembro, no Pavilhão C, organizada pela Confraria dos Amigos do Campo.

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Proporcionar uma jornada de aprendizagem gratuita para os seus associados e, em simultâneo, promover o convívio e a troca de experiências en-tre todos os participantes foi o objectivo da Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial ao comemorar o Dia do Associado, a 24 de Outubro.

Na ocasião foi dado a conhecer aos sócios da Agim pela técnica Liliana Henriques a finalidade do projecto Cluster dos Pequenos Frutos, que a Agim se encontra a dinamizar, bem como as conclusões de uma visita de estudo efectuada aos Estados Unidos da América no passado mês de Julho, apresentadas pela técnica da Agim, Sílvia Lemos. A componente formativa teórica do Dia do Associado ficou com-pleta com uma palestra sobre boas práticas na ins-talação e manutenção de prados, que ficou a cargo de Paulo Araújo, técnico da empresa Atlanlusi.

A segunda parte desta jornada incluiu uma visita guiada ao Campo Experimental de Pequenos Frutos, onde os participantes puderam observar as varie-dades de mirtilos, framboesas, morangos e amoras ali plantados e tirar dúvidas e obter esclarecimen-tos junto dos técnicos da Agim. O Dia do Associado terminou com um lanche-convívio entre todos, uma oportunidade para troca de conhecimentos e sã convivência entre os sócios da Agim.

Promovendo o convívio e a troca de experiências

Agim assinalou o Dia do Associado

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Nos dias 7, 8 e 9 de Novembro a Lousã recebe a XXV Feira do Mel e da Castanha, evento que pretende promover e valorizar dois produtos emblemáticos do concelho. A castanha tem vindo a ser uma aposta no concelho, assim como o mel, que tem na Cooperativa Lousãmel a entidade responsável pela gestão da re-gião do mel certificado da Serra da Lousã (com denominação de origem protegida, DOP).

Souto para produção de castanhas vai ocupar 70 hectares

Um souto para produção de castanhas e madeira vai ser plantado, em 2016, nos baldios da freguesia de Serpins, anun-ciou o presidente da Câmara da Lousã na apresentação de duas iniciativas de promoção de produtos locais.

Ao divulgar o festival gastronómico “Sabores de Outono” e a XXV Feira do Mel e da Castanha da Lousã, o autarca Luís Antunes disse que aquele projecto visa “valorizar a fileira do castanheiro”, abrangendo uma área de 70 hectares de propriedade comunitária.

Presente numa conferência de imprensa, no Hotel Palácio da Lousã, no centro histórico desta vila do distrito de Coimbra, o responsável do empreendimento florestal, João Dinis, disse que a plantação se destina à produção de castanha, mas também ma-deira de castanho poderá ser explorada, em função da altitude e de outros factores.

Nos dias 7, 8 e 9 de Novembro

Lousã recebe a XXV Feira do Mel e da Castanha

João Dinis estima que “o investimento rondará os 400 mil euros”, com a plantação de 7.500 árvores, o que deverá con-cretizar-se no primeiro trimestre de 2016, ao abrigo da nova “estratégia nacional de florestação” e recorrendo a apoios da União Europeia.

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