gazeta rural nº 240

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www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 240 | 31 de Janeiro de 2015 | Preço 2,00 Euros “Prazeres” da época

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Os ‘prazeres’ da época estão em destaque na edição de 31 de Janeiro da Gazeta Rural. As Feiras dedicadas ao Queijo, ao Fumeiro, à Caça e a outros produtos endógenos dão-nos os sabores da época. Por outro lado, enquanto as Amendoeiras em Flor nos permitem paisagens deslumbrantes a nordeste do país, o Carnaval traz-nos a folia e a boa disposição. Estes e outros temas, que fazem a actualidade do mundo rural, para ler nesta edição.

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w w w. g a z e t a r u r a l . c o mDirector: José Luís Araújo | N.º 240 | 31 de Janeiro de 2015 | Preço 2,00 Euros

“Prazeres” da época

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Sum

ário

04 Morapesca com a maior edição de sempre

05 Congresso do Milho debate futuro e competitividade da agricultura nacional

07 Feira do Fumeiro de Vinhais espera mais de 50 mil visitantes

09 Mais recente geoparque português em destaque em Macedo de Cavaleiros

10 Picadeiro D’El Rei recebe Feira do Fumeiro de Almeida

12 Feira do Queijo de Penalva vai ter mais qualidade e novidades

13 ExpoSerra 2015 aposta nos produtos endógenos e no queijo certificado

14 Feira do Queijo de Seia promove os produtos locais

15 Ancose exporta de Ovinos Serra da Estrela para Angola

16 Viana recebe feira de produtos ‘100 por cento Alto Minho’

18 Quatro bairros fazem o Carnaval em Nelas e Canas de Senhorim

21 Exportações de vinhos da Beira Interior crescem 8,6% em 2014

22 Festa da Amendoeira em Flor em Foz côa com cartaz de luxo

26 Governo garante mais verbas para reforçar combate à vespa asiática

29 Projecto quer colocar merujes à mesa dos portugueses

31 Governo dos Açores defende produtos lácteos de qualidade

33 Feira do Fumeiro de Montalegre cumpriu “tradição”

34 Carnaval – Agenda de eventos

36 Sintra recebe exposição Camélias e Orquídeas

38 “Não há memória de um ano tão fraco de leite”, diz Carlos Lopes

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A XIII edição MoraPesca, certame que apresenta anualmente as mais recentes tecnologias e artigos ligados à pesca desportiva, vai decorrer de 27 de Fevereiro a 1 de Março e vai ser a maior de sempre com o aumento da área expositiva em 750 metros quadrados. O crescimento, em cerca de 25%, da área coberta da exposição implica 4.150 metros quadrados de feira, a maior de sempre.

O certame apresenta todo o tipo de materiais e equipamentos alusivo à pesca desportiva e, pela primeira vez, aposta-se num espaço destinado à aquisição de todo o tipo de material de pesca desportiva a preços promocionais.

Iniciativa da Câmara de Mora tem como palco o Pavilhão Municipal de Exposições do Parque de Feiras local, que albergará cerca de 40 empresas do sector e respectivas tecnologias ligadas àquele desporto, mais de 60 marcas em 140 expositores.

O programa oficial inclui provas de pesca nas pistas de Cabeção e de Mora e a entrega dos prémios anuais da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, Associação Portuguesa de Pesca ao Achigã e da 1ª Associação Regional de Pesca Desportiva de Rio

A MoraPesca é assim a oportunidade para os pescadores, e não só, rumarem a este concelho do noroeste alentejano e provar uma gastronomia ímpar, visitar o Fluviário de Mora e passear pelo parque do Gameiro, percorrendo o passeio fluvial ao longo da Ribeira de Raia.

XIII edição com mais 750 metros quadrados de área expositiva

Morapesca 2015 é a maior edição de sempre

II edição do “Mês das Migas” em Mora

Mais de cinco mil doses de migas vão ser servidas em Fevereiro durante a segunda edição do Mês das Migas que vai decorrer em 12 restaurantes do concelho de Mora. A estimativa é da autarquia local, face aos números de primeira edição. Com a participação da totalidade dos restaurantes do concelho, a iniciativa apresenta os mais variados pratos de migas, que vão desde as de espargos às de batata, passando pelas de coentros, de ovas, de enchidos, de couve-flor e migas de tomate, entre muitas outras.

Com esta segunda edição, a autarquia tem como objectivo reforçar a projecção de Mora, tornando-o numa referência através da aposta do melhor que se faz no concelho, neste caso a gastronomia.

Participam os restaurantes de Brotas, “O Poço”; de Cabeção, “A Palmeira”, “Os Arcos”, “O Fluviário” e o “Solar da Vila”; da freguesia de Mora, o “Afonso”, “Morense”, “Quinta do Espanhol”, “O António” e “Solar dos Lilases”; de Pavia “O Forno” e “Solar de São Dinis”.

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“Os novos desafios que se colocam à agricultura mundial” e “a agricultura de precisão, enquanto factor de competitividade” são dois dos temas centrais do X Congresso Nacional do Milho que reúne em Lisboa, nos dias 11 e 12 de Fevereiro, cerca de 600 produtores e especialistas do sector agrícola para debater aquele que é a maior cultura arvense regadio semeada no nosso país.

Com a participação de representantes da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), é no Hotel Altis, em Lisboa, que a ANPROMIS promove mais uma edição daquele que é já considerado o principal fórum de discussão em torna da agricultura de regadio. Luís Campos e Cunha, ex-Ministro das Finanças, será o responsável pelo espaço de debate durante o período de almoço de dia 11, no qual estará em discussão “o futuro de Portugal e o sistema político”.

O segundo dia deste encontro conta com a representação do Governo Espanhol que, através do Secretário Geral do Ministério da Agricultura Espanhol, Carlos Cabanas Godino, trará a palco o debate em torno da “importância da agricultura de regadio no âmbito da nova Política Agrícola Comum (PAC) ”.

Mais do que debater ideias e trocar experiências, este é um encontro que expressa as preocupações de todos aqueles que se movem no sector de produção de milho, constituindo assim uma oportunidade única no panorama agrícola nacional, para levar um conjunto de oradores nacionais e estrangeiros a discutir temas tão importantes como “a volatilidade dos mercados agrícolas: que politicas a prosseguir” e a “agricultura de regadio no âmbito da nova política Agrícola Comum”.

O X Congresso do Milho conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República Portuguesa, sendo que o encerramento estará a cargo de Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar, cuja abordagem centrar-se-á nas “novidades sobre as futuras decisões nacionais no âmbito da nova Política Agrícola Comum”.

Nos dias 11 e 12 de Fevereiro, no Hotel Altis, em Lisboa

X Congresso do Milho debate futuro e competitividade da agricultura nacional

Tem a honrada de convidar V.exa

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Fundado em 1947

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Sedeada em Vinhais, a Fumituela é uma empresa de produção artesanal de enchidos, com uma forte aposta na matéria-prima da região. “Todo o fumeiro que produzimos é certificado”, refere o gerente da empresa, destacando o facto de serem confeccionados com carne de porco bisaro. “Só com matéria-prima de excelência se conseguem produtos de altíssima qualidade”, sustenta Jorge Matias.

A qualidade do fumeiro produzido pela Fumituela tem vindo a ser reconhecida ao longo dos 13 anos de existência da empresa. “Todos os seis produtos certificados que produzimos já receberam medalhas de ouro, o que atesta e comprova a qualidade dos mesmos”, sublinha o empresário. Alheira, chouriça de carne, salpicão, chouriço de pão, butelo e a chouriça de sangue com mel, são os produtos certificados da Fumituela, que produz também chouriça de sangue não certificada.

Quanto ao mercado, Jorge Matias diz que no primeiro semestre de 2014 “reflectiu-se bastante a crise” e “as vendas baixaram um pouco, tendo melhorado no segundo semestre”. “Este ano de 2015 está a começar bem”, refere o empresário.

A empresa, de produção artesanal, tem apostado no mercado interno para escoamento dos seus enchidos. “Fazemos alguma exportação, mas pouco significativa”, refere Jorge Matias, deixando no ar que é uma aposta a reforçar no futuro.

É um dos restaurantes de referência no nordeste transmontano, que merece uma paragem obrigatória. “O Artur”, em Carviçais, para lá de Torre de Moncorvo em direcção a Miranda, é um dos santuários da gastronomia transmontana, com destaque para Posta Mirandesa ou o cosido com enchidos da região.

A história de José Artur, o proprietário, agora com 60 anos, começou em Lisboa. Começou a trabalhar com 14 anos e a

Diz o gerente da “Fumituela”, situada em Vinhais

“Só com matéria-prima de excelência se conseguem produtos de altíssima qualidade

Restaurante “O Artur” em Carviçais continua a ser o “Rei da Posta”

Conhecer:

receber 6 escudos por mês. Depois de passar por algumas casas em Lisboa, já casado e pai de um filho, deslocou-se a Carviçais para passar uns dias de férias, quando lhe ligaram de Lisboa, a dizer que a sua casa tinha sido assaltada.

Nesse momento, resolveu largar a capital e recomeçar a vida ali mesmo onde se encontrava de férias. Após passar por alguns projectos, em sociedade, na restauração da região, quando soube que o espaço onde hoje se situa o restaurante estava à venda, não hesitou e resolveu iniciar projecto “O Artur”, que depois foi ampliando.

A reputação do “Artur de Carviçais” é tal que há pessoas que fazem mais de 200 quilómetros para se deliciarem com as refeições que o restaurante oferece aos clientes, com natural destaque para a Posta à Mirandesa, e o famoso cozido, com os enchidos de Trás-os-Montes.

Antes da construção do IC5, quem se deslocava para Mogadouro ou Miranda, ou quem vinha dessas terras para a Guarda, era paragem e referência obrigatória. Todavia, os hábitos de quem aprecia um bom manjar no “Artur” não mudaram e mesmo com o IC5 a encurtar distâncias, a maior parte dos clientes mantêm-se fieis e não se importam de fazer aquele desvio para se deliciarem com um repasto dos Deuses.

Actualmente, o Artur dispõe também de residencial com quartos, equipados com ar condicionado, casa de banho privativa e TV.

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O maior evento gastronómico do norte país vai decorrer de 5 a 8 de Fevereiro, em Vinhais e onde são aguardados mais de 50 mil visitantes. A vila transmontana reclama o estatuto de “Capital do Fumeiro” com a mais antiga feira do género, que há 35 anos serve de montra de uma aposta económica com réplicas noutras zonas, mas que a organização garante “resiste à concorrência e à crise” com o traço “distintivo da qualidade”.

“É a mais antiga do país, outras apareceram, a concorrência nota-se sempre, mas nós não sofremos dessa concorrência porque, além da importância e do dinamismo que a feira já tem, tem o factor da qualidade destes produtos que é única”, garante Luís Fernandes, vice-presidente da Câmara de Vinhais.

O fumeiro de Vinhais tem Indicação Geográfica Protegida (IGP) e todo o processo é controlado, obedecendo a especificidades que garantem a genuinidade do produto, desde logo a carne de porco Bísaro, uma raça autóctone que estava, há 20 anos, em vias de extensão “e que se encontra em expansão actualmente”, como garantiu a directora da feira, Carla Alves.

Durante os quatro dias da feira estima-se que sejam vendidas 40 toneladas de produtos, cujo escoamento parece certo, mesmo tratando-se do fumeiro mais caro, tendo em conta que há produtores com clientes que fazem encomendas de ano para ano e que alguns chegam ao penúltimo dia da feira já com tudo vendido. “Aparece

De 5 a 8 de Fevereiro

Vinhais espera mais de 50 mil visitantes na Feira do Fumeiro

gente disposta a comprar dezenas de presuntos”, indicou a directora da feira, frisando que cada unidade tem um custo médio de 150 euros. Os que têm mais saída são a linguiça e sobretudo, o salpicão com um custo de 40 euros e “há pessoas que levam cinco, seis quilos”, segundo ainda Carla Alves. “Nós temos aqui muita gente, uma família média normal que gasta entre 250 a 300 euros facilmente em fumeiro”, afiançou. A organização facilita ainda a conservação, oferecendo a embalagem em vácuo e outros serviços como o corte e desossa no caso do presunto.

A organização espera 50 mil visitantes durante a feira e um retorno de seis milhões de euros para o concelho e a região dos 140 mil que o município investe no certame. Durante os quatro dias vão marcar presença nos pavilhões do parque municipal de exposições da vila do distrito de Bragança, 70 produtores de fumeiro regional certificado, 90 artesãos e empresas locais. Acrescem ainda o espaço gourmet, tasquinhas e restaurantes, maquinaria agrícola e outros comerciantes instalados na zona limítrofe, num total de quase meio milhar de expositores.

Para além da comercialização de fumeiro, estarão à venda produtos endógenos da região, artesanato, produtos gourmet e outras actividades que integram um programa diversificado, tais como, espectáculos musicais, arraial, luta de touros, tasquinhas, restaurantes que, durante quatro dias, animam quem passa pela Capital do Fumeiro.

A feira reserva também um colóquio para informar produtores e agricultores

das novas oportunidades do quadro comunitário de apoio. Tradicionais são já também os diversos concursos, entre os quais se destaca o do melhor salpicão.

Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro

Dentro de alguns meses, Vinhais vai inaugurar um Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro, não só com os produtos locais, mas também de outras raças e produtos de outras regiões de Portugal.

O fumeiro tem sido também um motor do turismo, com a organização da feira a garantir lotação hoteleira esgotada durante os dias do certame e uma procura crescente em outras épocas do ano, nomeadamente no Parque Biológico de Vinhais, que recria a fauna e flora do Parque Natural de Montesinho, área protegida onde se localiza este concelho do Nordeste Transmontano.

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A Vifumeiro é uma das empresas que se tem vindo a destacar na produção de fumeiro em Vinhais, nomeadamente de porco de raça bísara. A empresa criada em 2001 tem vindo a crescer de forma segura e sustentada, apostando também na exportação, nomeadamente para o mercado da saudade.

O gerente da Vifumeiro destaca a importância da Feira do Fumeiro, como a mola impulsionadora para os produtores da região. No entanto, e consolidado que está o certame no país, Jorge Humberto diz que “seria interessante realizá-lo fora de portas”.

Gazeta Rural (GR): Como está o sector do fumeiro em Vinhais?

Jorge Humberto (JH): A produção de fumeiro em Vinhais está bem e recomenda-se. A Vifumeiro nasceu em 2001 e temos vindo a crescer de forma segura e sustentada.

GR: O que distingue, na sua opinião, o fumeiro de Vinhais do produzido noutras regiões?

JH: Na minha opinião, há três vectores importantes nesta região. A matéria-prima; o saber-fazer e o clima são factores essenciais para a qualidade do fumeiro de Vinhais, embora pense que ainda não está devidamente reconhecida, mas para lá caminhamos.

GR: A Vifumeiro aposta na carne de porco de raça Bísara para a confecção dos seus produtos?

JH: Exactamente, pois os enchidos de raça Bísara têm um nicho de mercado próprio e já definido, uma vez que o preço destes enchidos é um pouco mais elevado.

Mas não trabalhamos apenas com a raça Bísara, em especial porque temos que ter em conta a viabilidade económica da empresa. É que a produção de fumeiro

Diz Jorge Humberto, da Vifumeiro, lança desafio à Câmara de Vinhais e à ANCSUB

“Seria interessante realizar Feira do Fumeiro fora de portas”

da raça bísara é sazonal (entre o início e o fim das geadas), por ter uma cura natural.

GR: Ainda se consegue obter matéria-prima suficiente na região?

JH: Na produção de fumeiro da raça Bísara, como se trata de uma actividade sazonal, não temos dificuldade em encontrar na região. No entanto, é difícil para os produtores de raça Bísara manter porcos de engorda o ano inteiro e, por isso, começaram também a apostar no leitão bísaro, que é uma forma de rentabilizar as explorações.

GR: Quais os enchidos que destacaria na vossa produção e na identidade ‘Vinhais’?

JH: Temos a alheira típica de Vinhais, a chouriça, o salpicão e o butelo, com carne de porco bísaro certificado. Nestes produtos, não sentimos quaisquer dificuldades de escoamento. Em relação aos presuntos de raça bísara é mais difícil, uma vez que é um produto que se torna caro, pois demora mais de dois anos a curar. Temos também a chouriça doce.

GR: Os produtos confeccionados com carne de porco de raça bísara são mais caros. O que é necessário fazer para justificar o preço ao consumidor? Apostar na divulgação e marcar a diferença pela qualidade são opções?

JH: A Associação Nacional de Criadores de Suínos da Raça Bísara (ANCSUB) está a fazer um óptimo trabalho nesse campo. A raça Bísara esteve quase em extinção, começou a recuperar-se há cerca de 20 anos. Julgo que se está a fazer um trabalho sustentado na recuperação da raça e é uma aposta ganha.

GR: Vê, com alguma expectativa, o aparecimento de novos criadores?

JH: O novo quadro comunitário de

apoio pode e deve ser aproveitado nesta vertente. A maior parte de produtores desta raça são pessoas já com alguma idade. Julgo que seria uma boa oportunidade para jovens agricultores e pode ser uma mais-valia.

GR: A Vifumeiro tem apostado na exportação?

JH: Temos apostado nalguns nichos de mercado no chamado mercado da saudade, em países como a França, Luxemburgo e Alemanha). Trabalhamos também com uma empresa que exporta para Angola e Moçambique.

GR: Como olha para a Feira do Fumeiro de Vinhais?

JH: A Feira de Fumeiro foi o que mais contribuiu para a divulgação da raça bísara. Sem o apoio da Câmara, seria muito difícil fazer esta feira. Julgo que toda a gente ganha com o evento. A Câmara, a Vila, os produtores de fumeiros, os criadores de raça bísara e todo o mercado local. É uma mais-valia. Seria muito interessante que a Câmara e a ANCSUB um dia realizarem esta Feira fora de portas. Por exemplo em Espanha ou em França.

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A integração de Macedo de Cavaleiros, no Nordeste Transmontano, na rede mundial de geoparques foi o destaque da edição deste ano da Feira da Caça e Turismo, que mostrou e debateu a importância da classificação para economia regional.

O certame, que conta 19 anos, começou a 29 de Janeiro e termina e 1 de Fevereiro e o turismo ganhou este ano “um maior destaque por ser a primeira feira depois da integração do Geopark Terras de Cavaleiros nas redes europeia e global da UNESCO”, organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

A autarquia local divulgou que o certame, que anualmente atrai cerca de 20 mil visitantes, terá “uma extensa área dedicada ao sector com a presença da entidade Turismo do Porto e Norte de Portugal, de diversos municípios, assim como um espaço dedicado aos quatro geoparques portugueses. Além de Macedo de Cavaleiros, classificado em Setembro, os outros três geoparques em território nacional situam-se nas zonas do Tejo, Larouca e Açores.

A Rede Mundial de Geoparques criada em 2004 pela UNESCO, em parceria com a União Internacional de Ciências Geológicas, visa distinguir áreas naturais com elevado valor geológico, nas quais esteja em prática uma estratégia de desenvolvimento sustentado baseado na geologia e em outros valores naturais ou humanos.

O território classificado em Macedo de Cavaleiros tem quase 700 quilómetros quadrados e guarda um “singular património geológico que dá a oportunidade de percorrer milhões de anos na história da Terra” e tem despertado o interesse de geólogos de todo o mundo, o chamado Maciço de Morais. Este valor geológico conjuga-se com “o notável património natural, a sua identidade cultural, os produtos locais, a rica gastronomia e a arte de bem receber das suas gentes”.

Para os visitantes da Feira da Caça e Turismo está reservada a recriação da riqueza natural em causa com um percurso pedestre que começa no portão principal do Parque Municipal de Exposições.

O certame tem ainda programado um seminário dedicado aos geoparques como “Novos Territórios de Educação, Ciência

Em Macedo de Cavaleiros até 1 de Fevereiro

Mais recente geoparque português em destaque na Feira da Caça e Turismo

e Cultura do Século XXI -- Estratégias de Desenvolvimento e Mais-Valias”, bem como um encontro, durante dois dias, dos geoparques europeus. A feira conta, segundo a autarquia, com mais 60 expositores que em 2014, totalizando quase duas centenas, e é uma mostra dos produtos da terra, gastronomia e potencialidades. Em simultâneo, decorre um encontro de caçadores de Trás-os-Montes e Alto Douro com montarias ao javali e outras actividades cinegéticas.

O programa é ainda preenchido com um seminário das confrarias de produtos da terra, que se propõe debater o papel destas organizações na divulgação e importância na economia local.

A XIX Feira da Caça e Turismo é uma organização conjunta da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e Federação de Caçadores da I Região Cinegética, a que se juntam diversas entidades e associações. A população mais jovem tem também um espaço reservado na feira com música ao vivo noite dentro.

Fora do recinto do certame, 14 restaurantes do concelho transmontano vão reservar ementas à base de caça durante o fim-de-semana alargado, na segunda edição da Rota Gastronómica do Javali.

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O Picadeiro D’El Rei, em Almeida, volta a ser o palco de mais uma edição da Feira do Fumeiro, organizada pela Junta de Freguesia de Almeida. O evento, que vai na décima nona edição, será uma mostra do melhor enchido produzido naquela região raiana, bem como artesanato e outros produtos locais, como a bola de carne, os doces e o pão tradicional.

De 13 a 15 de Fevereiro

Picadeiro D’El Rei recebe Feira do Fumeiro de Almeida

A Feira não sofrerá grandes novidades em relação a edições anteriores. A presidente da Junta de Almeida refere as dificuldades orçamentais para promover um certame que contará com mais de três dezenas de expositores.

Gazeta Rural (GR): Há novidades na edição deste ano da Feira do Fumeiro?

Fátima Gomes (FG): Não. Vai ser como em edições anteriores, como muita animação variada, barraquinhas de fumeiro e artesanato. O orçamento para a feira não dá para mais. Quanto a expositores, teremos mais de três dezenas de stands ocupados.

GR: O local de realização da feira é, por si só, um motivo de atracção?

FG: Há muitos motivos para vir à Feira, desde logo a qualidade dos produtos que temos para oferecer. Para além disso, temos um local fantástico, uma terra acolhedora que devem visitar. Outra das razões, e porque há uma

tradição que se mantem há uns anos nesta feira, é que é o ponto de encontro e de convívio de muita gente.

GR: Houve aumento de produtores de fumeiro na zona de Almeida?

FG: Há bastantes produtores, só que são pessoas que trabalham em casa e têm medo de vir expor os enchidos que produzem. O fumeiro não é certificado, o que não dizer que não tenha qualidade, mas têm algum receio. Mas, ainda assim, temos produtores de fumeiro da região certificados na feira

GR: O setor primário está em evolução na região?

FG: Na região as pessoas vivem da agricultura. São pequenos agricultores que produzem para auto-sustento. Por exemplo, nesta região ainda há o hábito de criar o porco e fazer a matança tradicional, cumprindo as normas impostas, fazendo enchido para casa de forma tradicional.

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No dia 1 de Fevereiro são esperadas em Penalva do Castelo cerca de 7 mil pessoas para a XXIV Feira/Festa do Pastor e do Queijo, que terá lugar na Praça Magalhães Coutinho, mas com um novo figurino. A inauguração será feita pelo secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. De acordo com o presidente da Câmara, Francisco Carvalho, a tenda este ano será maior e terá mais condições.

Gazeta Rural (GR): Que novidades tem a feira deste ano?

Francisco Carvalho (FC): O ano passado a feira foi um sucesso, daí o aumento da procura por parte dos expositores. Por via disso, tivemos necessidade de aumentar o espaço de exposição de 600, o ano passado, para 900 metros quadrados, passando de 13 para 22 stands, com cerca de 60 expositores.

Teremos também um palco dentro do espaço de exposição, onde os grupos locais de música tradicional vão passar. Depois, haverá a prova do queijo nos mesmos moldes. A outra novidade é que a feira passa para o domingo, por imposição da estação televisiva que vai estar no evento.

GR: Houve alguma alteração no número de produtores no concelho?

FC: Não. Mantem-se estável. No entanto, há pastores que estão a comercializar o leite para empresas locais. Quer dizer que, eventualmente, diminui o número de produtores mas aumenta a produção de queijo.

GR: Como está o sector, em geral?FC: Está sensivelmente igual. Não

houve grandes melhorias, mas também não piorou. Na comercialização o escoamento do produto está garantido. O queijo de Penalva do Castelo está todo vendido, o que nos dá alguma tranquilidade relativamente àquilo que pensamos fazer na zona empresarial.

GR: A autarquia é o ‘motor’ que puxa pelos produtos do concelho?

FC: Claramente. Promovemos o queijo mais que nunca através de workshops e feiras. O ano passado patrocinamos o “Queijo à Chef” no Hotel Charme da Casa da Ínsua, evento que este ano se vai repetir. Fizemos uma Feira do Vinho, em Agosto, numa altura de grande afluxo de visitantes, grande parte

emigrantes, onde promovemos também o queijo. O mesmo aconteceu na Feira da Maçã Bravo Esmolfe.

Além de tudo isto, se os nossos produtores de queijo pretenderem estar presentes nalguma feira de âmbito nacional, a câmara também patrocina, à semelhança do que fez com os produtores de vinho, patrocinando a sua presença na Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.

Penso que tudo isto vai surtir efeito e a construção da Casa do Agricultor, na zona empresarial, que já foi dotada este ano com uma verba de 250 mil euros para o seu arranque, pode ajudar ainda mais. Esperamos que os fundos comunitários também comparticipem

essa construção. Vamos ali colocar uma queijaria

municipal, uma câmara frigorífica para dar frio à maçã Bravo de Esmolfe e também a casa dos enchidos, uma vez que também temos produtores no concelho.

Naturalmente que não queremos que os produtores das freguesias mais distantes ali vão fazer o queijo diariamente. O que pretendemos é dar-lhes condições para que apresentem no mercado produto certificado, por exemplo, fazendo-o uma vez por semana na queijaria municipal.

Certame vai na XXIV edição

Feira do Queijo vai ter mais qualidade e novidades

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A ExpoSerra regressa ao calendário de feiras em Gouveia. Considerada um dos maiores eventos de negócios da região, a Exposerra, promovida pelo Município de Gouveia, tem lugar de 13 a 17 de Fevereiro e inclui no programa a Feira Regional do Queijo da Serra da Estrela, o Carnaval da Serra e muitas outras actividades.

O evento, que acontece no Pavilhão da ex Bellino e Bellino, tem o objectivo de vender e expor marcas e produtos, promovendo o tecido empresarial do concelho, mas também oferecer aos visitantes uma mais alargada oferta cultural.

Aposta nos produtos endógenos

A ExpoSerra terá, em termos organizativos, “o modelo idêntico ao que fizemos há dois anos”, afirmou o presidente da Câmara à Gazeta Rural. “A nossa prioridade é dedicar tempo e espaço aos produtos endógenos, em primeiro lugar do concelho, e, em segundo, de concelhos limítrofes”, afirmou Luís Manuel Marques, sublinhando que “é uma feira com sectores variados”.

A gastronomia do concelho estará em destaque, nos três restaurantes presentes no recinto, para além de muita animação, tendo como cabeça de cartaz o cantor Luís Filipe Reis, que actuará na noite de sábado. Do programa da ExpoSerra, referência para o programa de segunda-feira, com a noite de carnaval, e para a tarde de terça-feira, dedicada às crianças, que contará com a presença de Maria da Graça, uma das referências nesta área.

De 13 a 17 de Fevereiro, em Gouveia

ExpoSerra 2015 aposta nos produtos endógenos e no queijo certificado

Feira do queijo com cinco produtores certificados

Incluída no programa da Exposerra, terá lugar no domingo a Feira Regional do Queijo da Serra da Estrela, que este ano terá como novidade a presença de cinco produtores de queijo certificado. “Aumentámos, de um para cinco, o número de produtores de queijo certificado”, destaca o autarca de Gouveia.

Luís Manuel Marques diz que esta “é uma evolução” e “é nesse caminho que queremos prosseguir”, referindo que “foi um trabalho complicado, pela necessidade de convencer as pessoas das vantagens da certificação”. O autarca acredita que o processo “vai correr bem”, sublinhando que este “é um investimento da Câmara, que paga as despesas da certificação, uma vez que os produtores não terão qualquer custo”. O importante, refere o edil de Gouveia, é que “os produtores produzam bem e com qualidade”.

O presidente da Câmara de Gouveia destaca um sexto produtor, a Madre D’Água, que vai arrancar com a produção de queijo, numa das mais modernas queijarias da região. “É um empreendimento turístico que tem várias valências, como a produção de vinhos, frutas, e que fez uma aposta muito séria na produção de queijo Serra da Estrela, com rebanho próprio de ovelhas Bordaleira Serra da Estrela”, refere o autarca.

O autarca de Gouveia destaca, ainda, a vantagem da aposta num produto certificado, “que pode abraçar outros mercados”, e, por outro lado, “mostrar aos mais novos que é possível fazer vida e ganhar dinheiro no sector agrícola”. É que, acrescenta, “há alguns exemplos de jovens que estão a despontar no sector”, que espera “sejam os sucessores dos seus antepassados”. O edil espera que, como o novo quadro comunitário, “possa haver novidades para o sector agrícola, para que possamos cativar mais jovens”.

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A Câmara de Seia realiza no fim-de-semana do Carnaval, nos dias 14 e 15 de Fevereiro, mais uma edição da Feira do Queijo, uma festa dedicada à promoção do queijo e dos produtos endógenos do concelho.

O certame, à semelhança do que é habitual, vai ter lugar no Mercado Municipal e área envolvente. O mercado do queijo e dos produtos endógenos voltará a assumir o núcleo central da feira, tendo para o efeito a autarquia endereçado convite a todos os produtores de queijo (pastores, queijarias tradicionais, queijo DOP e fábricas) e de produtos regionais de reconhecido valor, como o pão, o vinho do Dão, os enchidos, a lã e o mel, este último através da Associação de Apicultores da Serra da Estrela.

A Ancose - Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela, a Licrase e a Confraria do Cão Serra da Estrela são outros dos parceiros do evento, naquela que será uma recriação de uma quinta do pastor, onde não faltarão outros animais da quinta e os produtos da terra.

Paralelamente e, como não poderia deixar de ser, o artesanato também será um sector com forte presença no espaço da feira, cujas inscrições estão a ser articuladas com a Associação de Artesãos da Serra da Estrela. A animação também será uma importante componente da Festa, que será promovida em estreita colaboração com as bandas filarmónicas, ranchos folclóricos e outros grupos de música tradicional.

Certame realiza-se nos dias 14 e 15 de Fevereiro no Mercado Municipal

Feira do Queijo de Seia promove os produtos locais

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A Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (Ancose) exportou para Angola reprodutores ‘Serra da Estrela’ para Angola, mais precisamente para a província do Lubango.

“Este é mais um marco histórico para esta Associação, bem como para a raça Serra da Estrela, indo de encontro a mais uma linha de trabalho que esperamos a curto prazo ser uma aposta ganha”, refere a Ancose em comunicado, destacando também o “marco histórico também para a TAP que pela primeira vez assegurou o transporte de ovinos a partir de Portugal”.

“Queremos também realçar o empenho e dedicação dos nossos criadores na preservação e melhoramento desta raça, permitindo assim dar passos firmes no sentido da sua internacionalização”, refere o comunicado.

A Ancose é uma organização de ovinicultores, criada em Novembro de 1981 e representa os interesses dos seus 4000 associados em vários fóruns nacionais e internacionais. Esta Associação tem defendido a preservação da raça autóctone Serra da Estrela, o seu melhoramento e selecção, bem como a sua expansão ao longo dos seus 33 anos de existência.

À Gazeta Rural, o presidente da Ancose, afirmou que isto é fruto do trabalho que a Associação tem vindo a fazer ao longo do tempo, lamentando,

“Um marco”, considera a Associação

Ancose exportou ovinos Serra da Estrela para Angola

contudo, que no que toca o queijo Serra da Estrela, “ainda se venda gato por lebre”.

Gazeta Rural (GR): Como surgiu esta oportunidade?

Manuel Marques (MM): É o fruto do trabalho que a Ancose tem vindo a fazer ao longo do tempo, designadamente no melhoramento animal da raça Bordaleira Serra da Estrela, o que se traduz uma mais-valia para os criadores. Espero que Angola, e outros países, possam continuar na senda desta aquisição, para, dessa forma, valorizarmos as crias das ovelhas dos nossos associados.

GR: Que importância tem para a Associação?

MM: Tem, naturalmente, uma importância muito grande. A Ancose está a ser reconhecida, não só em Portugal, mas também lá fora, nomeadamente em França e em Angola, pelo trabalho que tem vindo a fazer.

A Ancose está a sair do seu casulo e está a transformar-se e a atingir uma dimensão bastante grande. Tudo isto é bom para nós dirigentes, mas especialmente para os nossos associados, que é para quem trabalhamos.

GR: Este passo não significa que se esteja a desvirtuar a raça?

MM: De forma alguma. A raça está

cada vez mais apurada. Já foi no meu mandato que conseguimos licenciar o Centro de Testagem de Pequenos Ruminantes, onde se reproduzem sémenes para a inseminação artificial das ovelhas, o que permite uma selecção da raça, cada vez mais pura e genuína. É uma mais-valia para os pastores e para a região.

Só existe um problema, onde, penso, não estamos a ser entendidos. É que, infelizmente, não se está a usar o leite das ovelhas Bordaleira e da Churra Mondegueira no fabrico directo do queijo Serra da Estrela. Isto é que me dói e me causa alguns problemas, mas acredito que vamos conseguir ultrapassar esta questão, para valorizarmos cada vez mais a raça e o queijo Serra da Estrela, que é um produto genuíno e considerada uma das 7 Maravilhas da gastronomia portuguesa. Todavia, preocupa-me, porque muitas vezes vende-se gato por lebre. Há muita gente que ainda não consegue distinguir queijo Serra da Estrela de queijo de ovelha. Infelizmente as autoridades não têm sido céleres nessa prevenção.

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Numa iniciativa da Câmara de Abrantes e da Associação Centro Comercial Ar Livre, vai decorrer no centro histórico daquela cidade o Encontro Ibérico do Azeite a realizar nos dias 25, 26 e 27 de Fevereiro.

A iniciativa pretende debater o sector através da mobilização de agentes económicos a ele associados, nomeadamente agricultores, olivicultores e produtores de azeite, entre outros, de Portugal e de Espanha e o estabelecimento de parcerias que potenciem o desenvolvimento desta fileira no espaço Ibérico. Ao mesmo tempo, pretende afirmar Abrantes como a capital do azeite.

O Encontro Ibérico do Azeite incluirá duas iniciativas relevantes para o sector. O Simpósio Técnico, que se realizará no Cineteatro S. Pedro, nos dias 25 e 26, será um espaço de debate que contará com a presença de oradores portugueses e espanhóis. Por sua vez o Fórum do Azeite, aberto ao público em geral, realiza-se no

O melhor da produção de cada um dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo vai ser dado a conhecer, na Primavera, na primeira feira/mostra de produtos ‘100 por cento Alto Minho’.

Segundo o presidente do Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho (CEVAL), Luís Ceia, o certame vai decorrer no Centro Cultural de Viana do Castelo, e deverá reunir mais de 100 produtores e artesãos locais. “A ideia é termos representados na feira dez produtores e artesãos de cada um dos dez municípios do distrito de Viana do Castelo”, explicou, sublinhando que a organização será repartida com a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho que candidatou o certame a fundos do Programa Operacional Regional do Norte (ON2).

“O objectivo é estimular os consumidores locais a consumir esse tipo de produtos, sempre na perspectiva que estamos a gerar riqueza local, estamos a utilizar matérias-primas locais e estamos também a fazer uma coisa muito importante. A pagar impostos com o dinheiro que ganhamos aqui na região”, disse Luís Ceia.

A marca ‘100 por cento Alto Minho’ foi lançada pelo CEVAL em 2012, com o apoio da CIM do Alto Minho, e da Comissão de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), para valorização dos recursos e potencialidades endógenas da região. Nesta altura, já inclui mais de uma centena de empresas aderentes, nos sectores agro-alimentar, artesanato e comércio tradicional. Com duas tonalidades, azul e verde, o selo ‘100 por Alto Minho’, “pretende ser um passaporte de divulgação do património

Certame vai ocorrer na Primavera

Viana recebe feira de produtos ‘100 por cento Alto Minho’

Nos dias 25, 26 e 27 de Fevereiro

Abrantes recebe Encontro Ibérico do Azeite centro histórico (instalações da antiga rodoviária), de 25 a 27 de Fevereiro, e aglutinará um conjunto de iniciativas sobre a temática do azeite nas suas diferentes dimensões. Apresentará uma exposição interactiva sobre o processo de fabrico; outra sobre as marcas da cultura do azeite no concelho de Abrantes; uma loja de produtos regionais; um espaço de provas de receitas; venda de produtos cosméticos elaborados com azeite e um espaço de olivoterapia (massagens com azeite). Neste espaço decorrerão ainda vários workshops que abordarão temas como a análise sensorial do azeite e produção de sabão com azeite usado, entre outros.

A organização do Encontro tem subjacente uma Comissão Organizadora, na qual se encontram representados diversos agentes governamentais e não governamentais que intervêm na fileira do azeite em Portugal.

histórico, dos recursos naturais e, do que melhor se produz nos dez concelhos da região”. O programa da primeira edição desta feira, que deverá decorrer durante três dias, incluirá também sessões de trabalho e workshops. “O que se pretende é conciliar a feira propriamente dita com a discussão de temas importantes para o sector no sentido de aperfeiçoar a forma de comercialização destes produtos”, explicou Luís Ceia.

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Câmara Municipal patrocina associações do concelho

Quatro bairros fazem o Carnaval em Nelas e Canas de Senhorim

O concelho de Nelas prepara-se para atrair milhares de visitantes por altura do Carnaval. No concelho quatro bairros promovem corsos que sairão à rua no domingo gordo e terça-feira de Carnaval. Em Nelas, o Bairro da Igreja e o Cimo do Povo vão invadir as ruas da vila, num cortejo onde predominam os tons alegres do carnaval ‘vindo’ do outro lado do Atlântico. Por sua vez em Canas de Senhorim, são as associações do Paço e do Rossio a ‘digladiarem-se’ pelas ruas, num corso mais genuíno e tradicional.

Este ano a Câmara de Nelas, que se associa às associações que organizam os corsos, apostou na promoção do Carnaval de forma mais abrangente, divulgando num site todas as actividades carnavalescas que têm lugar no concelho. O vice-presidente da Câmara de Nelas salienta o carácter “distintivo” dos dois carnavais, que “pode potenciar uma maior atractividade”. Alexandre Borges adiantou que foi elaborado um plano integrado com as corporações de bombeiros do concelho “para dar maior segurança a quem participa no Carnaval e a quem nos visita”.

Gazeta Rural (GR): Em termos de Carnaval, o concelho oferece opções diferentes?

Alexandre Borges (AB): Temos dois carnavais distintos. Um mais tradicional e com raízes no passado, em Canas, e o outro, em Nelas, mais de inspiração brasileira.

O que tentamos fazer, enquanto município, é promover de forma igual ambos os Carnavais, mas tentando acentuar as diferenças, que podem potenciar um maior número de visitantes, para além de, quem nos visita, poder conhecer as duas realidades e ver as diferenças.

Agora, a Câmara não é, efectivamente, a entidade organizadora do Carnaval. Simplesmente nos associamos a cada um dos bairros que promovem os corsos, em Canas de Senhorim o Paço e o Rossio e em Nelas o Cimo do Povo e Bairro da Igreja.

Em Nelas há uma relação mais próxima entre os bairros, o que permite uma melhor organização e uma preocupação maior com quem nos visita. Em Canas essa relação é diferente, fruto de uma rivalidade existente há muitos anos, que às vezes se torna mais difícil,

mas acaba por marcar a diferença, pela positiva.

No concelho vamos ter actividades carnavalescas, ou ligadas ao Carnaval, desde sexta-feira, dia 13, até quarta-feira, dia 18, com a Queima do Entrudo.

GR: Mas, haverá novidades este ano?

AB: Não há grandes novidades. A novidade, se assim se pode chamar, é a forma de comunicar este Carnaval, tentando integrar todas as actividades que se fazem pelo concelho, por exemplo nas unidades hoteleiras. Vamos tentar colocar tudo num site, com os restaurantes, as unidades hoteleiras e

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as actividades recreativas e lúdicas que não são responsabilidade dos Bairros, porque há concertos, há bares abertos até às 6 horas da manhã, quer em Canas, quer em Nelas.

Portanto, no fundo, queremos disponibilizar às pessoas uma informação detalhada para poderem visitar o concelho e, dessa forma, atrair mais pessoas, pois temos capacidade para isso.

Como referi, a diversidade do Carnaval que temos no concelho pode potenciar uma maior atractividade, não só em Nelas mas também na região. Por exemplo, quem vai ao Carnaval em Cabanas de Viriato pode utilizar as unidades hoteleiras de Nelas, que têm capacidade e podem beneficiar dessa situação.

GR: Então as expectativas são boas?AB: Sim, são boas. O panorama nacional

está a desanuviar, mas obviamente há a crise. Aliás, tradicionalmente o Carnaval é uma espécie de catarne para as pessoas afogarem as mágoas e, por essa via, pode ser que nos ajude, mostrando o que de melhor temos no concelho, aproveitando a animação genuinamente portuguesa que por cá oferecemos por esta altura.

Estamos a trabalhar em colaboração com os bombeiros de Nelas e Canas de Senhorim para elaborarmos um plano para o Carnaval. Era feito individualmente por cada uma das corporações e a ideia é ter um plano integrado para dar maior segurança a quem participa no carnaval e a quem nos visita.

GR: Os corsos dos bairros saem à rua no domingo e terça-feira?

AB: Sim. No domingo os corsos circulam pelas vilas, tanto em Nelas como em Canas de Senhorim. Em Canas, existe uma tradição, que é a segunda-feira das Velhas, onde foliões de cada um dos bairros se mascaram tradicionalmente de velhas, levam cartazes digamos a dizer mal um dos outros. É lançar a provocação aos carros, às fardas e a outras questões relacionados com o carnaval. Na terça-feira haverá novamente os desfiles dos bairros em Nelas e em Canas, que terminam com a troca de rainhas no largo da Câmara Municipal.

É bom referir que tudo isto é feito pelas associações dos Bairros, com recurso a voluntários que se prontificam a construir um carro, trabalho que começa em Novembro/Dezembro de cada ano. Diria que tudo isto envolve, garantidamente, mais de um milhar de participantes.

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Dois mil e catorze termina como mais um ano de afirmação da qualidade dos vinhos e espumantes da Bairrada, tendo-se registado um crescimento no volume de garrafas certificadas com Denominação de Origem (DO) Bairrada na ordem dos 8%, o que corresponde a mais 500.000 unidades se compararmos com 2013. O aumento foi superior nos espumantes, a rondar os 24%, valor que dista em 20% dos vinhos tranquilos, que registaram um crescimento na ordem dos 4%.

Para Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, “estes são números que têm margem para crescer: por via dos produtores, que apostam cada vez mais na certificação dos seus vinhos, revelando o interesse em alavancar a notoriedade da região Bairrada; mas também pelo facto da procura dos vinhos desta região estar a aumentar – cá dentro e fora de portas –, o que se traduz no aumento (e valorização) da produção”.

A Bairrada é hoje uma região dinâmica, com adegas e viticultura moderna, e onde o clima e as castas (com destaque para a tradicional Baga) formam o factor diferenciador. Com uma incrível plasticidade, é uma das poucas regiões do país onde se fazem espumantes, tintos e brancos com grande consistência qualitativa; onde as uvas dão origem a vinhos com vários estilos mas mantendo a identidade regional; e em que as uvas podem ser vindimadas em diferentes períodos para fazer os vários vinhos, com as uvas da poda em verde a serem aproveitadas para espumante.

Crescimento foi superior nos espumantes

Certificação de vinhos tranquilos e espumantes DO Bairrada aumentou 8% em 2014

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Os Vinhos da Beira Interior terminaram o ano de 2014 com um aumento das exportações de 8.6% relativamente ao ano transacto; com mais de 674 000 garrafas de vinho exportado. Os maiores destaques para os mercados terceiros, vão para o Brasil, China, Angola e EUA. Na Europa, os mercados da Polónia, França, Reino Unido foram os mais importantes.

As exportações da Beira Interior representam mais de 20% dos vinhos produzidos na região com DO Beira Interior ou Indicação Geográfica (IG) Terras da Beira. A presença cada vez mais constante em eventos promocionais a nível Nacional e Internacional está a ajudar no aumento das exportações; e o ano de 2015 não será diferente, pelo que a CVRBI continuará a dar ênfase aos mercados externos, e internos através de participação em vários eventos.

A estratégia que a CVR da Beira Interior, tem vindo a implementar, na internacionalização e na presença em alguns dos eventos vínicos mais importantes a nível nacional, está gradualmente a aumentar a notoriedade da região; a par do aumento de massa crítica na região (50 produtores) que tem cativado novos agentes económicos deste sector para a região e que estão a tornar possível aumentar as vendas dos Vinhos da Beira Interior, numa altura em que a conjuntura económica é difícil.

Entretanto, os novos Corpos Sociais da CVRBI já foram empossados para um mandato de três anos. João Carvalho continua na presidência, tendo como vogais José Almeida Garrett e João Guerra.

João Carvalho foi empossado para mais um mandato à frente da CVRBI

Exportações de vinhos da Beira Interior crescem 8,6% em 2014

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Rita, Guerra, Bandalusa e Mikael Carreira são os cabeças de cartaz do programa da XXXIV Festa da Amendoeira em Flor e dos Patrimónios Mundiais, que decorrerá de 20 de Fevereiro e 8 de Março, em Vila Nova de Foz Côa. Este ano a Capital da Amendoeira em Flor preparou as festividades de modo a oferecer aos visitantes a possibilidade de assistirem a um leque de actividades únicas e de presença obrigatória.

Na edição deste ano, para além do Desfile Etnográfico que irá embelezar as ruas da cidade no dia 8 de Março, destaque para a presença de Rita Guerra, a 21 de Fevereiro; Bandalusa, a 28 de Fevereiro; Fiarresgas e Mata Ratos, a 7 de Março, encerrando as festividades com chave de ouro com Mickael Carreira, no dia 8 de Março. A abertura oficial ocorrerá a 20 de Fevereiro, com “Fado Fozcoense” no Centro Cultural.

Do programa destaque ainda para o concurso “Doce de Amêndoa de Foz Côa”, e os fins-de-semana gastronómicos, “ao rebusco da amêndoa”, nos restaurantes aderentes serão também pontos altos deste certame.

Em Vila Nova de Foz Côa, de 20 de Fevereiro e 8 de Março

Festa da Amendoeira em Flor com cartaz de luxo

Em conversa com a Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Foz Côa diz que o programa é “bastante preenchido e diversificado”, tendo elevadas expectativas para os festejos. João Paulo Sousa destaca a aposta que está a ser feita no vinho e no azeite, esperando que o sector da amêndoa possa inverter a tendência de queda dos últimos anos e dar passos importantes no sentido de acompanhar aqueles dois produtos.

Gazeta Rural (GR): Que expectativa tem para a Festa da Amendoeira em Flor deste ano?

João Paulo Sousa (JPS): Nas edições anteriores da Festa da Amendoeira em Flor houve uma preocupação fundamental, que foi atrair o maior número possível de visitantes ao concelho. Nesse sentido, temos a preocupação de chamar a nós a denominação ‘Capital da Amendoeira em Flor”, por isso, o cartaz tem que ser bastante preenchido e diversificado, com um grande investimento na amendoeira em flor.

Temos um programa diversificado, que começa a 20 de Fevereiro e vamos terminar a 8 de Março. Pelo meio do programa teremos a 15 de Março um ‘Trail Running Arqueológico’, um passeio ligado à arqueologia. Por isso, é que o evento se chama Festa da Amendoeira em Flor e dos Patrimónios. Não nos podemos esquecer que, para além das paisagens do Alto Douro Vinhateiro,

temos também as gravuras rupestres e o nosso museu, que é importante também dar-lhe alguma visibilidade.

Do programa destacaria a IX Feira dos Produtos Regionais de S. Martinho, a Feira Franca e a parte desportiva, que envolve sempre muita gente.Este ano temos uma outra atracção muito interessante, que tem a ver com a descida dos carrinhos de rolamentos da Lameira, algo que se fazia há uns anos e que e que vamos reactivar. Esta talvez seja uma das grandes novidades e que vamos chamar “os Popóris da Lameira”. Temos também o III Encontro Intersócios Foz Côa Automóvel Clube, um encontro de amigos do autocross, com participantes de França, de Espanha e Portugal.

Destacaria também os Olhares Cativos, que têm a ver com as visitas às quintas, com uma visão diferente. Nesta actividade contamos com a presença do António Freitas, jornalista da Antena 3, que vem fazer a apreciação e mostrar a sua visão sobre o Museu do Côa. No total, o programa contempla um conjunto de 40 actividades que se vão desenvolver ao longo de três fins de semanas.

GR: Que expectativa tem para a edição deste ano?

JPS: O tempo coloca-nos sempre a fasquia ou mais alta ou mais baixa. Porém, embora a crise ainda se sinta um pouco, as expectativas são boas. Damos a estas actividades de cariz popular e, pelos dados que temos, a maioria dos visitantes vem da região norte e, também, da vizinha Espanha. Teremos por cá um canal de televisão de Castilla-Leon, para

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que consigamos cativar público desta região a visitar-nos.

Estamos com uma expectativa semelhante ao ano passado e queremos encher a nossa sala de visitas, que é avenida principal, nomeadamente no último dia com o desfile etnográfico. É difícil quantificar quantas pessoas passam por cá, mas queremos aumentar o número de visitantes. Agora, depende com o tempo.

GR: Como está o sector da amêndoa no concelho?

JPS: É sempre muito difícil falar no sector da amêndoa, embora seja uma das

nossas grandes preocupações. Sabemos que o sector do vinho está muito bem e recomenda-se. Sabemos também que os produtores de vinho estão virados para o azeite e já estão a criar as suas próprias marcas. Portanto, neste campo, estamos a dar passos bastante sólidos e que, num curto espaço de tempo, estou convencido que o azeite irá ocupar um papel relevante nesta zona, porque a qualidade é excelente.

No sector da amêndoa, a verdade é que, de facto, perdemos algum mercado. Neste campo, há uma preocupação crescente e ver se se consegue estancar a tendência de queda no sector e dar-

lhe um novo elã, com novos produtos, nomeadamente gourmet e de estética, áreas onde tem havido uma forte aposta da amêndoa como matéria-prima. Agora, vamos ver se a iniciativa privada consegue agarrar com unhas e dentes essas potencialidades. É que, tem que ser a iniciativa privada a fazer essa aposta, com o apoio da autarquia, como acontece com o vinho e o azeite.

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O município de Figueira de Castelo Rodrigo prepara-se para receber as amendoeiras em flor, com um programa que envolve inúmeras actividades, com destaque para uma prova de vinhos da região, a Montaria da Amendoeira em Flor, um Passeio TT Amendoeira em Flor e a II Concentração Motard. No plano de animação, Quim Barreiros é o nome mais sonante do cartaz de espectáculos, que decorre de 14 de Fevereiro a 8 de Março.

A festa das Amendoeiras em Flor é um dos maiores cartazes turísticos, e o mais apelativo, da região, onde milhares de pessoas vão usufruir dos primeiros raios de sol, depois de um duro e fustigante Inverno. A Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, para assinalar esta força viva da natureza em ambiente festivo e dinâmico, preparou um vasto cartaz, onde a cultura, o desporto, a caça e a música são alguns dos ingredientes do programa.

Sob o lema “Rainha da Amendoeira em Flor”, o município de Figueira de Castelo Rodrigo lança um apelo aos visitantes para que saiam de casa e visitem aquela terra acolhedora, usufruindo do melhor que ela tem para oferecer. Para além de uma natureza admirável, de um património edificado invejável e das gentes afáveis e acolhedoras, os visitantes podem deliciar-se com a gastronomia de excelência que o concelho oferece, como o famoso Borrego da Marofa, onde os vinhos, o azeite, o mel, os doces e compotas, são alguns dos ingredientes que prendem à mesa quem passa, pela elevada qualidade dos produtos endógenos da região. Tudo isto, são razões para se deixar seduzir por uma visita à região.

E se outra razão não houvesse, as Amendoeiras em Flor são dos mais belos postais que a natureza oferece. Por todo o concelho começam a desabrochar as pequenas, mas belas, flores da amendoeira, que de rosa e branco salpicam os campos e trazem o prenúncio de uma Primavera antecipada.

De 14 de Fevereiro a 8 de Março, em Figueira de Castelo Rodrigo

“Rainha da Amendoeira em Flor” recebe “um dos maiores cartazes turísticos da região”

A Câmara de Marvão anunciou o lançamento da segunda edição do “Concurso Municipal de Ideias de Negócio”, com o ob-jectivo de “incentivar a população e empresas” a apresentarem projectos direccionados para o sector agrícola. “Este concurso é, desta vez, vocacionado para as áreas da agricultura, floresta e agro-indústria, uma vez que temos na zona um forte potencial de rega, só que não está com a utilização que devia”, afirmou o vereador José Manuel Pires.

A iniciativa conta com a participação de vários parceiros ins-titucionais, como a Bolsa Nacional de Terras. “Queremos fixar os jovens à terra e valorizar o potencial que temos aqui instalado na região. Estamos a falar de 400 hectares pertencentes a privados e que estão no perímetro de rega da barragem da Apartadura”, acrescentou. José Manuel Pires explicou que os proprietários dos terrenos, a maioria idosos, estão “disponíveis” para arrendar ou vender os terrenos a jovens empresários para que se instalem na região.

Já vai na segunda edição

Marvão lança concurso de ideias de negócio na área da agricultura

A segunda edição do “Concurso Municipal de Ideias de Negócio” foi apresentada durante as comemorações do 117.º aniversário da restauração daquele concelho do distrito de Portalegre. Foi também dado a conhecer o projecto “Marvão para Todos - Turismo Inclusivo”, iniciativa considerada “pionei-ra”. Este projecto de “turismo acessível” é destinado a todas as pessoas com deficiência ou não, incluindo todos aqueles que possam apresentar temporariamente ou permanentemente li-mitações de mobilidade, de audição, de visão, cognitivas e psi-cossociais. O presidente da Câmara de Marvão, Vítor Frutuoso, disse esperar que o projecto esteja concluído no espaço de “18 meses”. “Este é um projecto que vai mexer com Marvão e ronda os 500 mil euros”, referiu o autarca.

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O secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza disse, em Arcos de Valdevez, que o Governo garante as verbas imprescindíveis para o caso de ser preciso intensificar o combate à vespa asiática. “Estamos preparados para, em caso de necessidade, no âmbito do Programa Operacional e Sustentabilidade na Eficiência dos Recursos do Portugal 20/20, gerir a questão das espécies invasoras. Temos os meios adicionais para colocar neste combate, caso se torne necessário”, afirmou Miguel Castro Neto.

O governante falava à margem da sessão de apresentação pública do plano de acção para a vigilância e controlo da vespa asiática (vespa velutina) em Portugal, e da plataforma digital “SOS Vespa Velutina”. Miguel Castro Neto não especificou o montante disponível, mas garantiu que “se o problema continuar a crescer”, o Governo “vai ter que adoptar abordagens eventualmente ainda mais fortes”, garantindo que o dispositivo actualmente definido, quer a nível de monitorização quer de controlo, é o “adequado”.

O governante sublinhou ainda a importância da plataforma digital apresentada para o acompanhamento da espécie, a cargo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), e no sentido de “perceber” o comportamento da vespa asiática no país. “Se é fundamental fazer o combate, por outro lado é imprescindível fazer a monitorização rigorosa da presença, da evolução, e da dinâmica da população da vespa velutina em Portugal. É fundamental percebermos como é que se está a comportar esta população, com uma presença recente no país mas com um número de casos que tem aumentado muito rapidamente”. Actualmente, segundo Miguel Castro Neto, trata-se de uma praga que “ainda não foi classificada como espécie invasora”.

Outras das dúvidas que persistem, e que explicou, a plataforma “SOS Vespa Velutina” vai ajudar a desfazer é, se

aquela praga se irá manter confinada à região norte, “ou se vai para sul”. “À partida é expectável que não vá para sul por causa das temperaturas. Há ainda dúvidas se a espécie mantém ou não actividade durante o inverno”, disse, admitindo já ter recebido “preocupações” sobre esta matéria apesar de não existirem “evidências físicas da actividade da vespa asiática durante o inverno”.

Apresentada plataforma digital “SOS Vespa Velutina” de combate à praga

O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar apresentou a plataforma digital “SOS Vespa Velutina” como uma ferramenta “rápida e simples” de “identificação e combate” àquela praga.

“É uma plataforma muito didáctica, muito rápida, que permite acima de tudo a identificação da vespa velutina. O combate deve ser feito de uma forma específica, e esta plataforma vai ajudar nesse sentido”, afirmou Nuno Brito. A ferramenta digital “já está disponível”, considerando tratar-se de um mecanismo “muito simples” de utilizar, e “acessível a qualquer cidadão”.

Nuno Brito adiantou que a plataforma vai ser importante para a “identificação” da espécie, e posterior “eliminação dos ninhos”. “A informação introduzida na plataforma é, imediatamente, analisada e for confirmado que se trata de vespa velutina é dada informação ao serviço de protecção civil municipal, que será responsável pela eliminação dos ninhos”, explicou.

Segundo o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza

Governo garante mais verbas para reforçar combate à vespa asiática

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A ministra da Agricultura admitiu uma quebra na produção de azeite na campanha deste ano, ainda não quantificada, mas os eventuais prejuízos vão ser compensados com o aumento verificado no preço ao produtor.

No sector do azeite, disse Assunção Cristas, “foi um ano mau”, em virtude de “circunstâncias do clima que, depois, trouxeram outros problemas associados”, nomeadamente uma praga de mosca da azeitona e a doença da gafa. “Prevê-se uma quebra na produção, mas a verdade é que também já há uma reacção do próprio preço ao produtor”, que “subiu”, pelo que “não compensará tudo, mas permitirá compensar uma parte daquilo que é a quebra de produção”, afirmou a ministra da Agricultura e do Mar, em Ferreira do Alentejo.

Segundo a ministra, os números concretos nacionais sobre a quebra de produção no sector do azeite “ainda estão a ser recolhidos”, mas estima-se que ronde os “20 ou 25%”.

Assunção Cristas visitou o Lagar do Marmelo, no concelho de Ferreira do Alentejo e propriedade da empresa Sovena, produtora de marcas como o azeite Oliveira da Serra.

Quanto ao preço pago ao produtor “varia um bocadinho no país”, mas a governante insistiu que “está a subir significativamente”, com aumentos na ordem dos “40 a 50 por cento”. Segundo a ministra, a tendência para Portugal continuar a crescer neste sector “não está em causa”, uma vez que a actual quebra deve-se apenas a circunstâncias “a que os agricultores estão habituados” e para as quais “estão preparados porque sabem que têm uma empresa a céu aberto”, que depende do clima.

“Já há alguns anos que atingimos a auto-suficiência em valor no sector do azeite”, assim como “em tonelagem”,

Houve quebra na produção de azeite mas preço ao produtor subiu

Ministra da Agricultura diz que sector do azeite teve “um ano mau”

recordou Assunção Cristas, afiançando que a primeira não vai ser afectada por esta quebra, mas escusando-se, para já, sem números concretos, a dar a mesma garantia para a segunda. “Temos um azeite de primeiríssima qualidade e, quando comparamos o preço do azeite que exportamos e o preço do que importamos, verificamos que o nosso azeite tem um preço muito superior”, afirmou, sublinhando que “o nosso azeite é vendido quase ao dobro daquilo que é o preço de compra do azeite para o mercado português”.

A ministra aludiu ainda aos mais recentes dados estatísticos da balança comercial de Portugal, realçando que, entre Janeiro e Novembro do ano passado, o défice agro-alimentar do país diminuiu “em cerca de 609 milhões de euros”, com o sector do azeite a contribuir “na casa dos 100 milhões de euros”, o que considerou “muito positivo”.

Nesta visita, Assunção Cristas conversou com alunos de uma escola do ensino básico de Ferreira do Alentejo e sensibilizou-os para os benefícios da dieta mediterrânica e de uma alimentação saudável, assistindo ainda a uma aula prática de culinária com o chefe Vítor Sobral.

Plantado com recurso a um sistema de GPS, o olival português do grupo Sovena conta com mais de 10 milhões de oliveiras, espalhadas por mais de 10 mil hectares, distribuídos por 57 herdades e quintas que, na campanha 2014/2015, produziram 51 mil toneladas de azeitona.

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A produção de caracóis em Portugal ultrapassa as 500 toneladas/ano e rende três milhões de euros, mas pode crescer muito se multiplicar as exportações, segundo dados divulgados na Lourinhã no I Encontro Nacional de Helicicultores.

A informação disponibilizada aponta para a existência de centena e meia de produtores, de norte a sul do país, e 300 hectares de área de produção. Entre 2012 e 2013, o número de produtores aumentou mais de 200%, graças em parte ao financiamento comunitário de projectos. Antes de 2009, estima-se, existiriam apenas cinco produtores em todo o país, mas a procura por áreas de negócio alternativas à agricultura tem vindo a atrair investidores e em 2013 os produtores eram já mais de 60.

A Helixcoop, a única cooperativa de helicicultores a nível nacional, tinha 13 associados em 2011, quando foi constituída, e hoje possui cerca de 30. Em Portugal, são consumidas por ano cerca de 13 mil toneladas de caracóis, de várias espécies, por ano.

Dados de 2014 apontam para mais de 500 toneladas produzidas e três milhões de euros facturados. Desta produção, 80 a 90% tem como destino o mercado nacional, mas em 2014 o país importou 1,1 toneladas, adquiridas a um preço médio de um euro por cada quilograma.

Dois jovens investigadores da Universidade de Coimbra querem colocar as merujes à mesa dos portugueses. O projecto, a decorrer no Laboratório de Biotecnologia Vegetal do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e na InProPlant (Investigação e Propagação de Plantas), promete colocar esta planta semelhante aos agriões, mas mais tenra e saborosa, não só nos pratos dos portugueses, mas também na gastronomia gourmet internacional.

A pesquisa é financiada pela Fundação Vox Populi e pela Câmara de Almeida, no valor de 16 mil euros (8 mil euros cada) no âmbito da quinta edição do Prémio Ribacôa, e consiste em estabelecer as condições para a multiplicação eficaz desta espécie com vista à sua comercialização durante todo o ano.

I Encontro Nacional de Helicicultores decorreu na Lourinhã

Produção de caracóis rende três milhões e está a crescer em Portugal

Em contrapartida, exportou 22,6 toneladas, vendendo o produto a um preço médio de três euros o quilograma e tendo como principais mercados a Espanha, França, Itália, os grandes concorrentes de Portugal no mercado externo. Entre os mercados emergentes estão países asiáticos e árabes.

Os helicicultores querem, por isso, valorizar a produção nacional, combatendo a entrada de outras espécies, como a “caracoleta de Marrocos”, vendida a baixos preços e sem grande qualidade, e apostando na exportação e na transformação do produto, por exemplo, com a venda de miolo de caracol ou pratos já confeccionados.

“É um produto com grande valor nutricional, nomeadamente proteico, e pode substituir muitas carnes, por ter baixo teor de gorduras”, explicou Paulo Geraldes, presidente da Helixcoop, que tem sede na Lourinhã.

Os caracóis têm também compostos bioactivos que previnem o cancro, motivo pelo qual os ovos e a baba de caracol são procurados pela indústria farmacêutica. O helicicultor adiantou que 1 a 2% da produção tem já esse destino.

A Helixcoop está a desenvolver um projecto para criar a primeira organização de produtores do país, no sentido de organizar a produção e criar canais de comercialização, não só junto de cadeias de hipermercados nacionais, que já absorvem 15 a 20 toneladas, bem como no estrangeiro.

Uma iniciativa de dois jovens investigadores da Universidade de Coimbra

Projecto quer colocar merujes à mesa dos portugueses

Isto porque a meruje é uma planta de ciclo curto (2/3 meses), sendo colhida apenas entre Janeiro e Março, sem qualquer tipo de certificação ou controlo fitossanitário.

Muito apreciadas na região centro da Península Ibérica, as merujes nascem livremente em nascentes ou ribeiras onde há água corrente e são uma óptima fonte de ómega 3 e de antioxidantes e mais ricas em fibras e vitamina C do que, por exemplo, as alfaces. No entanto, este vegetal silvestre, com o nome científico “Montia Fontana L.”, é desconhecido da maioria dos portugueses.

Reconhecido o interesse gastronómico da meruje, importa agora “transformá-la num recurso agrícola viável e numa alternativa saudável e complementar aos vegetais mais vulgarmente utilizados em saladas. Com elevado valor nutricional, esta planta silvestre é, desde há muito, colhida e usada na alimentação por populações rurais. Na zona da Guarda, por exemplo, é habitual colher e degustar a meruje”, realçam David Reis e Rui Pereira, Mestres em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal.

Os investigadores já efectuaram clonagem da planta e vários ensaios de cultura in vitro, em laboratório, permitindo caracterizar melhor a planta e estudar a sua fenologia, bem como a selecção dos genótipos mais interessantes para o cultivo. Agora, vão “perceber quais as exigências da planta durante o seu cultivo, testar os vários genótipos seleccionados e analisar a produtividade da cultura”, explicam.

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Os “Sabores da Geninha” é uma empresa sedeada em Figueira de Castelo Rodrigo que se dedica à produção e comercialização de compotas, doces e outros. O objectivo é produzir produtos de extrema qualidade, recorrendo à boa matéria-prima produzida na região.

À Gazeta Rural Eugénia Torres, a Geninha, destaca o início do projecto com a amêndoa doce. Hoje, com mercado feito, a empresária aposta em ajudar os produtores locais que lhe fornecem a matéria-prima para confeccionar produtos que já lhe granjearam reconhecimento, pela qualidade, mas também inúmeros prémios.

GR: Como começou o projecto ‘Sabores da Geninha’?

Eugénia Torres (ET): Começámos há cerca de 10 anos, como uma brincadeira, pois tínhamos amêndoa e começamos a fazer amêndoa doce. Entretanto, a Câmara desafiou-nos a começar a produzir compotas e a colocá-las à venda na loja do turismo. A minha sogra fazia compotas de quase todos os frutos e eu também fui aprendendo e fazendo. Um dia colocámos alguns frascos à venda na loja do turismo e, para meu espanto, passados uns dias, ligaram-me a pedir mais, pois já

Empresa sedeada no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo

“Sabores da Geninha” aposta em transformar produtos da região

tinham vendido os frascos todos.No início trabalhava em casa, onde

fazia algumas compotas, mas há cerca de seis anos surgiu esta fábrica. Fizemos bastantes feiras e a TV fazia sempre algumas reportagens connosco, o que nos permitiu ganhar alguma projecção. Depois, quando surgiram os primeiros prémios e medalhas, essa projecção ganhou ainda mais força.

A primeira compota que fiz, para vender, foi o doce de pêra. A ideia é aproveitar a fruta que produzimos e ajudar a escoar a dos produtores na vizinhança, tornando-se numa mais-valia no escoamento dos produtos da terra. Já tenho uma funcionária a tempo inteiro e, quando há necessidade, recorremos a trabalho temporário.

GR: Tem vários tipos de amêndoa?ET: A amêndoa é a rainha. Temos

a amêndoa doce, que marcou o início do projecto, a amêndoa com ervas aromáticas, amêndoas salgadas, amêndoas com chocolate, bolos de amêndoa e de amêndoa com figos.

GR: Há muitos produtores de amêndoa na região?

ET: Há bastantes, pois a Câmara criou

incentivos à plantação e produção de amêndoa e muita gente aderiu. Neste momento estão a surgir novos projectos de plantação de amendoal.

GR: Continua a apostar nas feiras?ET: Sim, continuo e gosto muito.

Costumo fazer as feiras que se realizam aqui à volta, como Trancoso, Figueira Castelo Rodrigo, Pinhel e outras, e faço também muitas em Lisboa.

GR: Os eventos que as Câmaras da região organizam, promovem os produtos da região e trazem mais-valias aos produtores?

ET: O papel das Câmaras, e em particular de Figueira de Castelo Rodrigo, na divulgação dos produtos da região é muito importante. No nosso caso, já temos pernas para andar e sabemos como escoar os nossos produtos, mas há outros produtores que têm mais dificuldades e o papel das Câmaras é uma mais-valia.

GR: De todos os prémios e medalhas conquistadas, qual foi o mais importante?

ET: Todos importantes, mas o primeiro, conquistado em Dezembro de 2012, que foi o melhor dos melhores.

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Estrada de Santa Maria de Aguiar 6440-146 Figueira de C. Rodrigowww.saboresdageninha.net | email: [email protected]

Telf. 271 313 139 Telm. 969 586 694

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O secretário regional da Agricultura dos Açores defendeu uma melhoria da qualidade dos produtos lácteos produzidos na ilha Terceira como solução para o aumento do preço do litro de leite pago ao produtor.

“Há que encontrar outras formas de chegar aos mercados de destino com produtos diferenciados, com produtos de mais-valia, que possam enriquecer toda a cadeia que o negócio do leite gera e que possa permitir remunerar melhor aqueles que produzem e que colocam na indústria o seu produto”, salientou Luís Neto Viveiros.

Os agricultores da ilha Terceira queixam-se da quebra do preço do leite e alegam que não vão conseguir manter as explorações agrícolas “por muito mais tempo” se o preço se mantiver baixo. Nos últimos seis meses, o preço do leite na ilha Terceira caiu seis cêntimos, o que representa uma descida de 16 por cento. Em Julho, o preço do leite caiu um cêntimo, em Outubro, dois cêntimos, e agora foi anunciada uma quebra de três cêntimos, o que fixa o preço do litro de leite em 25 cêntimos.

Os agricultores da ilha Terceira queixam-se também da diferença “substantiva” do preço do leite em comparação com o que é praticado na ilha de São Miguel, onde existem três fábricas, quando na Terceira a maior parte do leite é laborada numa única fábrica.

Se até Abril a Unicol não resolver o problema, as associações agrícolas ameaçam mostrar o peso que a lavoura tem na ilha. “Nós é que temos o produto, temos os produtores e a lavoura tem muito mais peso do que aquilo que pensa. Espero é que não seja necessário ver realmente o peso da lavoura, que as coisas se resolvam pelos trâmites legais”, frisou José António Azevedo.

No final da reunião com as associações agrícolas, o secretário regional da Agricultura salientou que o executivo açoriano não pode “interferir na definição” do preço do leite, que “resulta da negociação entre quem compra e quem vende”, mas garantiu que o Governo está “atento” ao problema.

Para Luís Neto Viveiros, face à conjuntura nacional e internacional e à produção reduzida da ilha Terceira, a solução deve passar pela valorização dos produtos lácteos e deve ser implementada com “urgência”.

Governo Regional reforça apoio aos agricultores para aquisição de máquinas

O Governo dos Açores vai reforçar os apoios aos agricultores para aquisição de máquinas e equipamentos com o objectivo de “reforçar os indicadores da modernização e mecanização das explorações agrícolas” através de “um processo simples e célere».

Segundo uma portaria da Secretaria Regional da Agricultura

Como resposta à subida do preço do leite

Governo dos Açores defende produção

de produtos lácteos de qualidade

e Ambiente, o Programa de Apoio à Modernização Agrícola (PROAMA) visa apoiar “a aquisição de máquinas e equipamentos adaptados à dimensão das explorações e unidades de produção e em situações que não justificam um investimento de grande valor”. “Por outro lado, proporciona apoios que permitem modernizar as explorações agrícolas, incrementando a sua mecanização, através de um processo simples e célere”, refere a portaria.

O PROAMA, que “funciona em complementaridade ao novo Programa de Desenvolvimento RURAL (PRORURAL+), visa incentivar a modernização e mecanização nos sectores da produção animal e vegetal, reforçar a sua competitividade e contribuir para a melhoria das condições de trabalho dos agricultores”, sublinha uma nota da secretaria. São considerados elegíveis os pedidos de apoio cujo custo total do investimento seja inferior a três mil euros e os beneficiários dos apoios comprometem-se a não afectar a outras finalidades as máquinas ou equipamentos apoiados. Não são elegíveis as despesas com a compra de máquinas e equipamentos em segunda mão. Cada beneficiário pode apresentar, no máximo, um pedido de apoio por ano.

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A Verallia inova com as suas garrafas completamente transparentes à luz do dia, que revelam um azul fluorescente sob o efeito da luz negra. O vidro fluorescente combina a intemporalidade do vidro com as novas técnicas, para obter efeitos surpreendentes. Fruto de uma estreita colaboração entre as diferentes equipas da Verallia, este vidro valoriza as bebidas espirituosas (nomeadamente bebidas brancas), cervejas, vinhos, águas e bebidas energéticas nos bares e nos locais da moda.

Desenvolvido e testado pela equipa de I&D em colaboração com o Departamento de Marketing e as equipas da VOA (Verrerie d’Albi-France), o vidro fluorescente é produzido com coloração no feeder (ou alimentador) a partir de um vidro extra-claro. São incorporadas fritas (vidro muito carregado em elementos activos) no vidro fundido no momento da sua passagem no feeder que lhe conferem esse efeito fluorescente espectacular revelado pela luz negra.

As garrafas podem ser produzidas nas mesmas condições que as colorações feeder standard (prazos e quantidades). Graças à eficácia do seu processo de fabrico, o vidro fluorescente permite oferecer aos nossos clientes uma maior valorização dos seus produtos controlando simultaneamente os seus custos.

Com esta inovação ultra-valorizadora, que se aplica tanto a gamas standard como a produtos mais específicos, a Verallia e a sua assinatura de topo de gama, Selective Line, impõem-se uma vez mais como os parceiros de referência das marcas que procuram a diferenciação.

O trilho português dos Apalaches, o mais famoso percurso pedestre do mundo, vai ser inaugurado em Oleiros nos dias 28 e 29 de Março. Conhecido oficialmente como Grande Rota Muradal-Pangeia, este tem a chancela do International Appalachian Trail (IAT) e promete ser uma das maiores atracções turísticas da região.

A inauguração que irá coincidir com o período pascal e com a realização do primeiro fim-de-semana do VII Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Maranho, irá anteceder a ocorrência da prova portuguesa do Trans Pangean Challenge, uma das mais reputadas e desafiantes competições de ultra running em todo o mundo e que terá lugar naquele território de 19 a 25 de Abril.

Esta Grande Rota (a GR 38 de Portugal) situa-se no concelho de Oleiros e consiste num projecto de escala internacional com aproximadamente 37 km que inclui uma via de BTT, a Escola de Escalada Crista de Zebro e uma via ferrata (a segunda do país) e que representará a aproximação do maior trilho contínuo de pegadas do mundo (situado no continente americano) à Europa.

As sensações e as emoções são uma constante ao longo do relevo apalachiano da Serra do Muradal e permitem realizar um passeio magnífico por majestosos pontos de interesse, como os esplêndidos miradouros naturais no topo das cristas rochosas ou os diversos fósseis que se encontram a revesti-las (como em nenhum outro ponto do Mundo).

Recorde-se que em Oleiros, para além da GR 38, existe outra Grande Rota, a GR 33 – Grande Rota do Zêzere, a qual atravessa o concelho longitudinalmente, no seu limite norte, junto ao rio, numa extensão de 53 km. Também a GR 21 – Grande Rota das Aldeias do Xisto, intercepta o concelho em dois pontos, a Este e Oeste do Concelho.

A Grande Rota Muradal-Pangeia enaltece a montanha quartzítica do Muradal e evoca o supercontinente Pangeia que existiu há 200 milhões de anos, do qual Oleiros e toda aquela região do Maciço Ibérico fizeram parte. A união da outrora imensa massa continental partida pelo Atlântico faz-se hoje pelo Trilho Internacional dos Apalaches, “o maior trilho contínuo de pegadas humanas do mundo”.

Em Oleiros nos dias 28 e 29 de Março

Trilho Português dos Apalaches vai

ser inaugurado no final de Março

Verallia anima as suas noites com

o vidro fluorescente!

Notícias Verallia

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Tal como se esperava, a feira do fumeiro de Montalegre cumpriu a tradição a que milhares de pessoas lhe ‘devotam’ por esta altura do ano. O certame bateu todos os recordes, quer em quantidade de produto vendido, quer em número de visitantes. Foram quatro dias de ‘casa cheia’, que cumpriram com a elevada fasquia que a organização projectou, isto é, atingir o número redondo das 100 mil pessoas.

Foi um corrupio constante nos quatro dias da XXIV Feira do Fumeiro de Montalegre. Um movimento anormal que abalou a pacatez deste concelho transmontano, transfigurado com a “rainha do fumeiro”. Dias onde foram movimentados milhares de euros, fruto da excelente qualidade do produto que continua a convencer milhares de pessoas.

Este ano as contas eram mais que animadoras. O presidente da Câmara de Montalegre garante que “ultrapassámos as 100 mil pessoas sem exagero nenhum. Montalegre foi verdadeiramente a capital de Portugal durante quatro dias, uma capital feita de romaria, de actividade comercial, de contactos com as altas individualidades do Estado e com os políticos mais proeminentes da cena nacional”, referiu Orlando Alves.

O autarca não poupou nos elogios àquela que considerou “a melhor Feira do Fumeiro de sempre”, pois “os nossos produtores ficaram extraordinariamente satisfeitos, pois venderam tudo. Esta é a prova de que conseguimos encontrar uma fileira que se alavanca e alicerça na actividade primária, numa interacção

Mais de 100 mil pessoas passaram pelo evento

Feira do Fumeiro de Montalegre cumpriu “tradição”

entre o homem e o amanho dos campos e a valorização da floresta. Esses são os nossos recursos e o caminho que temos que percorrer para termos sucesso e estancarmos o despovoamento da nossa terra. A Feira do Fumeiro é, indiscutivelmente, a actividade que mais impacto tem na economia da nossa terra”, afirmou Orlando Alves.

Mas, “o que se tira desta enchente é que, de facto, os nossos produtores têm que acreditar mais neles e valorizar mais o seu trabalho”, refere o edil, sublinhando a necessidade de aumentarem a produção, que “ainda não é suficiente”, numa alusão ao facto de muitos produtores, no último dia da feira, já não terem produto para venda.

Desfile de personalidades

A Feira do Fumeiro foi também palco de um desfile de personalidades e caras conhecidas, como o cantor Mickael Carreira. No campo político destaque para o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, que inaugurou o certame, passando pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, a presidente da Assembleia

da República, Assunção Esteves, e por fim, António Costa, secretário-geral do Partido Socialista,

Sexta-feira 13 em Fevereiro e Março

Terminada a Feira do Fumeiro, Montalegre prepara-se para receber outros eventos que atraem milhares de pessoas. “Daqui a duas semanas temos a sexta-feira 13 em Fevereiro e em Março outra sexta-feira 13”, lembra Orlando Alves, destacando também o Carnaval, que “tem alguma dinâmica e impacto em Vilar de Perdizes e Tourém, na zona raiana, porque resulta da abertura às tradições e manifestações galegas”. Depois, prossegue o autarca, “temos a Páscoa, com o alto da paixão, em Vilar de Perdizes, algo que já não se faz a 20 anos”. “Graças a Deus somos um concelho muito dinâmico e muito activo, com muitos e grandes eventos ao longo do ano”.

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Caretos “chocalham” em Podence

Em Podence diz-se que o carnaval mais genuíno do país é nesta vila transmontana. Os Caretos de Podence, uma tradição secular que ainda persiste graças ao empenho das suas gentes, são garantia de diversão para quem visita esta aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros.

Em Podence troca-se o samba pelos chocalhos da terra que os caretos penduram à cintura para executarem o chocalhar, a dança tradicional. Durante três dias, de 14 a 17 de Fevereiro, há animação de rua, provas de vinhos e azeites, mostras de artesanato e passeios.

Irmãos Verdade no carnaval de Cabanas de Viriato

De 13 a 17 de Fevereiro, os festejos carnavalescos em Cabanas de Viriato assumem-se como o ex-libris da diversão no concelho de Carregal do Sal. Organizado pela Associação do Carnaval de Cabanas de Viriato, o evento garante diversão para todos os gostos durante os diversos dias e noites que só terminam quando os tradicionais bailes fecham as portas, habitualmente aos primeiros raios de sol começam a aparecer.

Sendo o principal cartaz turístico do concelho, a organização tem o cuidado de apresentar anualmente algo de novo. Se, no ano transacto vendeu pulseiras para as diversas iniciativas, este ano o que existe é um bilhete geral + 10 bebidas que, adquirido até ao dia 8 de Fevereiro, tem um custo de 25 €uros. Novidade é um workshop de kizomba, no dia 13, na Tenda Louca, onde os Irmãos Verdade prometem grande animação.

Com um cariz muito peculiar, marcado essencialmente pela Dança dos Cús ao som da valsa (sai à rua na segunda e terça feira), os festejos carnavalescos em Cabanas de Viriato

CARNAVAL - Agenda de Eventos

integram ainda o Carnaval da Criança, no domingo à tarde, porque “de pequenino é que se torce o pepino!”.

Carnaval animado em Figueiró dos Vinhos

O programa de Carnaval 2015 em Figueiró dos Vinhos promete ser de forte animação e divertimento, contando com o esforço, dedicação, bairrismo e carolice da sociedade civil, nomeadamente as associações, entidades e instituições do concelho. Trata-se de um acontecimento com larga tradição, que ultrapassa as fronteiras do concelho, afirmando-se por toda a região.

A edição de 2015 conta com um conjunto de diversificadas iniciativas, que se desenvolverão entre os dias 12 e 15 de Fevereiro e que culminarão com o habitual e tradicional “Enterro do Entrudo” que ocorrerá na noite de 18 de Fevereiro.

A organização espera durante estes dias envolver e atrair a Figueiró dos Vinhos um elevado número de visitantes e turistas, que ali vão procurar alegria, boa disposição e a habitual, necessária e saudável folia, ingrediente fundamental deste tempo de festa.

Desfile de Carnaval promete voltar a animar Vila de Rei

A equipa do CLDS+ de Vila de Rei, com o apoio da Câmara Municipal, organiza, no próximo dia 15 de Fevereiro, o regresso do Desfile de Carnaval a Vila de Rei. A iniciativa pretende proporcionar, a todos os participantes e espectadores, os momentos de alegria, folia e diversão que caracterizam esta época festiva, envolvendo todos os Munícipes, Associações e IPSSs do concelho.

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Município de Alvaiázere promove Desfile de Carnaval 2015

A Câmara de Alvaiázere leva a efeito, no dia 15 de Fevereiro (domingo), o habitual Desfile de Carnaval, pelas ruas da vila. A iniciativa está agendada para as 15 horas, com concentração junto do Parque Multiusos de Alvaiázere e conta com a participação das escolas, associações, outros grupos informais e todos os cidadãos interessados. O tema de cada disfarce é livre, procurando apelar à imaginação e à criatividade dos participantes, num evento em que predomina o convívio e a folia, tão habituais nestas tradicionais comemorações.

Carnaval de Torres Vedras é dedicado ao amor O Carnaval de Torres Vedras, que se realiza de 13 a 17

de Fevereiro, sai este ano para a rua e é dedicado ao tema ‘amor’, mote do monumento inaugurado no sábado na cidade. César Costa, secretário-geral da empresa municipal Promotorres, responsável pela organização do evento, disse que há este ano um investimento maior do que em 2014, quando o orçamento foi de 480 mil euros.

O responsável explicou que o investimento do município (100 mil euros) e de privados se mantém idêntico ao de 2014, mas o evento está a dar cada vez mais passos no sentido de se autofinanciar, graças ao aumento de espectadores e dos proveitos de bilheteira, que representam 60% da receita total. Por esse motivo, o evento volta a atingir valores orçamentais de 2011.

Mealhada “perde” rei brasileiro e ganha desfile trapalhão

O Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada, que se realiza na Mealhada, irá abdicar, este ano, de um actor brasileiro como rei dos corsos e promoverá um desfile trapalhão aberto a toda a população, anunciou a organização. “A novidade é que pela primeira vez em 40 anos a Mealhada não terá um actor brasileiro como rei do Carnaval”, afirmou Nuno Canilho, porta-voz e secretário da direcção da Associação do Carnaval da Bairrada.

Nuno Canilho explicou que perante os “preços muito inflacionados” de contratação de atores brasileiros “de proa” para reinarem no carnaval da Mealhada e o facto de a grande maioria do orçamento ser sustentado por fundos públicos (84 mil euros provêm da autarquia local), foi decidido abdicar do rei brasileiro. No entanto, o novo “monarca” ainda não foi divulgado e só será conhecido no dia do primeiro corso, a 15 de Fevereiro: “Será uma surpresa, apenas divulgada no dia”, frisou, adiantando apenas que é uma escolha “óbvia”.

Lazarim vai “guardar memórias” no Museu do Entrudo

O Carnaval de Lazarim tem este ano um novo motivo de atracção, com a construção do museu que vai “guardar as memórias” das máscaras e os testamentos da comadre e do compadre, que ‘feriram e ferem os ouvidos mais sensíveis”.

O entrudo mais genuíno do país sai à rua de 14 a 17 de Fevereiro, com as tradicionais máscaras, “diabólicas, carrancudas, com orelhas bicudas, barbas ou bigodes, com “cornos” e até a imitar animais, numa tradição ancestral que invade as ruelas daquela pequena vila do concelho de Lamego para uma apresentação única de encenações antigas da cultura portuguesa. São esperados de novo milhares de visitantes para verem de perto os caretos, esculpidos em madeira de amieiro, fruto de um trabalho meticuloso de artesãos locais, dispostos a preservar a memória histórica das suas gentes e projectar Lamego em todo o mundo.

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Os amantes da boa cozinha que se deslocam à Serra da Estrela têm paragem obrigatória no Restaurante Regional da Serra, em Seia, que está a comemorar as bodas de prata. Foi há 25 anos que casal Rui e Isabel Mendes abriram o restauran-te, que aposta na cozinha tradicional por-tuguesa, levando à mesa dos clientes os pratos típicos da região, regados com os melhores vinhos nacionais, com destaque para o Dão.

A história é igual a tantas outras. Após umas férias em Seia, Rui Mendes viu em Sedia uma oportunidade de negócio, ele que aos 13 anos saiu do Sabugueiro e foi trabalhar para a capital.

“Trabalhei sempre no sector da restau-

A Parque de Sintra está a promover a exposição Camélias e Orquídeas em Sintra, uma iniciativa realizada em parceria com a Associação Portuguesa de Camélias (APC) e o Clube dos Orquidófilos, que terá lugar no fim-de-semana de 21 e 22 de Fevereiro, no terreiro em frente ao Palácio Nacional de Sintra.

Segundo a organização, a vertente do evento relativa às Camélias conta com a participação das Quintas Históricas de Sintra e com os sócios da APC e da Sociedade Española de la Camelia, para além da habitual representação das Camélias dos parques e jardins sob gestão da Parques de Sintra. Assim, será possível observar os melhores exemplares de Camélias de cada um dos participantes, bem como as cultivares vencedoras do concurso que, através da avaliação de um júri especialista na matéria, identificará as melhores.

O evento, que em anos anteriores apenas incluía Camélias, “ganha este ano uma nova cor e dimensão” com a mostra de Orquídeas, de acordo com a Parques de Sintra. O objectivo é promover e divulgar as orquídeas como hobby, em Portugal. Em Sintra, tem despertado grande interesse, quer através do cultivo de pequenas colecções pessoais de orquídeas, quer através da participação em workshops e encontros de orquidófilos. Haverá também a possibilidade de comprar orquídeas de produtores nacionais e estrangeiros.

Para além das Camélias e Orquídeas em exposição, estas também estarão à venda no local assim como outros produtos derivados destas flores como óleos, sabonetes e compotas, entre outros. A entrada é gratuita.

In: Green Savers

Sedeado em Seia Restaurante Regional da Serra comemora bodas de prata

No fim-de-semana de 21 e 22 de Fevereiro

Sintra recebe exposição Camélias e Orquídeas

ração e numas férias cá apercebi-me que não haviam muitos restaurantes e acabei por me estabelecer e por cá fiquei”, refere o empresário.

É a esposa, Isabel Mendes, que gere a cozinha onde são preparados os melhores pratos da região. “Nos primeiros tempos não foi fácil, pois foi preciso cativar clien-tes, mas os últimos 20 anos, o concelho e o turismo ajudaram-nos muito”, explica Rui Mendes, hoje proprietário do edifício onde está instalado o restaurante.

Apesar da crise, da quebra da procura e da questão do IVA, Rui Mendes mostra-se “contente com estes 25 anos e esperamos continuar”, garante o empresário, que con-ta com clientes oriundos de todo o país.

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BREVESFesta dos Saberes e Sabores do Douro em São João da Pesqueira

O Município de S. João da Pesqueira volta a promover a Festa dos Saberes e Sabores do Douro, iniciativa que irá decorrer durante três fins-de-semana. A iniciativa, que vai na oitava edição e é já uma referência na Região, é promo-vida em parceria com a Escola Profissional do Alto Douro e colaboração das Juntas de Freguesia do Concelho.

O evento, que terá lugar nos fins-de-semana de 21 e 22 de Fevereiro, 28 de Fevereiro e 1 de Março e 7 e 8 de Março, visa promover o concelho e a região no âmbito da Rota das Amendoeiras em Flor. No certame haverá exposi-ção e venda de produtos agrícolas, gastronomia regional e artesanato típico do Douro, envolvidos num ambiente rural, proporcionando assim a oportunidade de conhecer e ad-quirir produtos locais, autênticos e genuínos, com qualidade e distinção.

IX Feira do Fumeiro de Vieira do Minho

Vieira do Minho recebe nos dias 7 e 8 de Fevereiro a IX Feira do Fumeiro, que promete ser um evento de excelência, que irá reunir num só espaço os vários produtores conce-lhios, divulgando todas as potencialidades e o saber fazer deste concelho minhoto.

Num encontro com os produtores, o edil vieirense ape-lou ao rigor dos produtores, salientando que “é intenção da autarquia uniformizar as boas práticas e o controlo de qua-lidade, transformando a Feira do Fumeiro de Vieira do Minho na melhor do país”.

Para além da transmissão em directo da TVI, no progra-ma “ Somos Portugal”, destaque para as tradicionais che-gas de bois, uma das atracções do evento.

Feira do Queijo de Celorico da Beira de 13 a 15 de Fevereiro

A vila de Celorico da Beira, que se afirma como a capital do Queijo Serra da Estrela, recebe, de 13 a 15 de Fevereiro, mais uma edição da Feira do Queijo. O evento reúne algu-mas dezenas de produtores de queijo do concelho que as-sim têm oportunidade de divulgar, promover e até escoar o afamado e saboroso Queijo Serra da Estrela, que gera mais de um milhão de euros de receitas no concelho com maior produção na região demarcada.

O certame vai contemplar também uma feira de ar-tesanato e produtos regionais e locais, além de um vasto leque de actividades de cariz, cultural, musical, recreativo e desportivo.

Feira Internacional de Agro-pecuária começa a 29 de Abril

A XXIX edição da Feira Internacional de Agro-pecuária de Estremoz (FIAPE), um dos mais importantes certames do Alentejo, começa a 29 de Abril e decorre até 03 de Maio, informou o município.

O certame, que pretende contribuir para o desenvolvi-mento económico do concelho, vai decorrer no parque de feiras e exposições da cidade e agregar a XXXIII edição da Feira de Artesanato de Estremoz.

Concurso Nacional de Licores Conventuais e Tradicionais

Portugueses

Tem lugar a 26 de Fevereiro o IV Concurso Nacional de Licores Conventuais e Tradicionais Portugueses no CNEMA – Centro Nacional de Exposições, em Santarém.

O objectivo principal do Concurso é premiar, promover, valorizar e divulgar os licores conventuais e os licores tradi-cionais Portugueses, genuínos e exclusivamente produzidos em Portugal. Os interessados em participar, podem consul-tar toda a informação no endereço:

http://www.cnema.pt/calendario_apresentacao.php?aID=6085

Associação de Caçadores e Pescadores 4 FFFF de Queirã

promove montaria ao javali

Com o apoio do Município de Vouzela, a Associação de Caçadores e Pescadores 4 FFFF ,de Queirã, vai promover, no dia 22 de Fevereiro, uma montaria ao javali que se realizará nas áreas de Fataunços, Figueiredo das Donas, Queirã e S. Miguel do Mato.

As inscrições são limitadas e podem ser feitas pelos te-lefones 962 797 138 e 935 563 231 ou pelo mail [email protected]

A iniciativa conta com o apoio das Juntas de Freguesia de Queirã e de S. Miguel do Mato, da União de Freguesias de Fataunços e Figueiredo das Donas e da Associação Dr. Amorim Girão.

Feira dos Saberes na antiga Cadeia em Constância

Dando continuidade ao trabalho desenvolvido para di-namizar os espaços da autarquia, o executivo da Câmara de Constância lançou um desafio aos artesãos do concelho: montar uma oficina de artesanato.

Disponibilizando o espaço da Antiga Cadeia, o que se pretende é dinamizar um espaço cultural da autarquia, mas também valorizar o artesanato local, as raízes e os costu-mes do concelho de Constância. Assim, de 24 de Janeiro a 1 de Março, os artesãos têm ali um espaço onde podem expor e vender os seus trabalhos, mas também um lugar para a transmissão de conhecimentos, através do trabalho ao vivo e a realização de workshop.

São várias as técnicas e os materiais utilizados, desde lã, cortiça, retalhos, passando pelas cores e estilos, de tudo se vai falar. E porque os olhos também comem, a culinária também está representada, através de doces, bolachas e outras tantas iguarias, que aqui as mestres querem ensi-nar a quem queira aprender. A música também vai marcar presença, através de quatro jovens que apresentarão um recital de saxofone e clarinete.

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7ª EDIÇÃO DA FEIRA DE CAÇA,PESCA E DESENVOLVIMENTO RURAL

06 A 08 FEVEREIRO 2015VILAR FORMOSO | Pavilhão Multiusos

DIA 6 AUGUSTO

CANÁRIO EAMIGOS

DIA 7 SONS DO MINHO

E FADOS

DIA 8RANCHOS

Expo Tasquinhas‘Caça e Pesca no Prato’Expo Termal e Bem-EstarExpo Canina e FlorestalExpo Agro-PecuáriaExpo Radical e Infantil

Colóquio Subordinado ao Tema “Esclarecimento aos Agricultores - Política Agrícola Comum 2014-2020”Abertura da 7ª Edição da Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural Pesca à Truta “Demonstração ao Vivo”Inauguração Ocial da Feira“Caça ao Gambuzino”Demonstração de FalcoariaExpo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com AnimaçãoEspetáculo “Augusto Canário e Amigos” Encerramento da Feira

06 DE FEVEREIRO (SEXTA-FEIRA)

14h30-

18h00-

18h00-

18h30-18h45-19h00-

19h30-

21h00-

24h00-

Montaria ao Javali (Local: Nave de Haver – Associação Recreativa, Cultural e Social de Nave de Haver)

Abertura da FeiraPesca à Truta “Demonstração ao Vivo”Demonstração de FalcoariaExpo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com AnimaçãoDemonstração de Tiro ao Arco e Besta- Federação de Arqueiros e Besteiros de Portugal“Caça ao Gambuzino”Leilão das Peças Abatidas na Montaria ao Javali de Nave de Haver, no Pavilhão Multiusos de Vilar FormosoExpo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com FadosEspetáculo com o Grupo “Sons do Minho”Encerramento da Feira

07 DE FEVEREIRO (SÁBADO)

08h30-

10h30-11h00-11h30-12h00-

14h30-

16h00-17h00-

19h30-

21h30-24h00-

Largada de Perdizes e Pombos (Local: Vilar Formoso-Clube de Caça e Pesca de Vilar Formoso)

Abertura da FeiraPesca à Truta “Demonstração ao Vivo”Demonstração de FalcoariaExpo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com AnimaçãoDemonstração de Tiro ao Arco e Besta - Federação de Arqueiros e Besteiros de Portugal“Caça ao Gambuzino”Encontro de Ranchos em Ambiente de ArraialEncerramento da 7ª Edição da Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural

09h30-

11h00-10h30-

11h30-12h00-

15h00-

15h15-

15h30-20h00-

08 DE FEVEREIRO (DOMINGO)

co-nanciamentoORGANIZAÇÃOCâmara Municipal de Almeida

APOIOJunta de Freguesia de Vilar Formoso

ATIVIDADES A DECORRER NA FEIRA

* 25 de Janeiro- 08h30- Montaria ao javali – Local: Freineda – Clube de Caça e Pesca da Freineda

Passeios de Charrette, “Caça ao Gambuzino”, “Os Beirões da Horta”, Expo Termal e Bem- Estar, Expo Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural, Expo Tasquinhas “Caça e Pesca no Prato” com Animação, Expo Florestal (Mostra de Espécies Autóctones e Cinegéticas), Expo Radical e Infantil (Touro Mecânico, Parede Escalada, Rappel, e

Insuável), Expo Canina (Cão de Caça e Cão Serra da Estrela) e Expo Agro-pecuária (Maquinaria, Gado Bovino, Ovino, Caprino, Asinino, entre outros)

Os produtores de queijo na região da Serra da Estrela vivem dias difíceis. “Em termos de quantidade de leite, é um ano fraquíssimo, de que não há memória”, refere Carlos Lopes, da Queijaria de Germil. Para além deste, há também problemas com o ciclo da ovelha, “com parições descontroladas”. Segundo o produtor, “há muita ovelha que ainda não fez as parições, ou estão a fazer agora, quando isso já devia ter ocorrido há dois a três meses.

Carlos Lopes não aponta a culpa aos pastos, uma vez que “foram bons no início”, embora o gelo que se tem feito sentir nas últimas semanas os tenha deixado “secos ou apodreceram”. “Costumo dizer que dependemos do São Pedro, que este ano não nos tem ajudado em termos de pastagens”, refere o produtor de queijo, que ‘atira’ para os técnicos a questão das “parições tardias no gado”.

Quanto à qualidade do queijo, Carlos Lopes diz que “temos um ano de qualidade excelente, pois tem estado frio, como o queijo gosta”. Portanto, “não tendo grandes quantidades, vamos ter muita boa qualidade”, refere o produtor da Queijaria de Germil”.

Carlos Lopes, da Queijaria de Germil, garante “qualidade do queijo”

“Não há memória de um ano tão fraco de leite”

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