gazeta rural nº 218

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www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 218 | 15 de Fevereiro de 2014 | Preço 2,00 Euros A gosto da época Praça Magalhães Coutinho, nº 20 e 25 3550-134 Penalva do Castelo Telf.: 232 641 569 * [email protected] * www.saep.pt

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É ao “gosto” e ‘sabor’ de diversos eventos gastronómicos, com destaque para os festivais da lampreia, feiras de fumeiro, feiras de queijo e festas da amendoeira em flor, para além de outros temas que marcaram a actualidade na última quinzena, que fizemos e propomos uma leitura da edição de 15 de Fevereiro da Gazeta Rural.

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w w w . g a z e t a r u r a l . c o mDirector: José Luís Araújo | N.º 218 | 15 de Fevereiro de 2014 | Preço 2,00 Euros

A gostoda época

Praça Magalhães Coutinho, nº 20 e 253550-134 Penalva do CasteloTelf.: 232 641 569 * [email protected] * www.saep.pt

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Sumário05 Vouzela Festival Gastronómico da Vitela de Lafões e Produtos Regionais

06 Moimenta da Beira recebe fim-de-semana gastronómico

07 Penacova espera três mil visitantes no Festival da Lampreia

08 Mealhada prepara Feira de Artesanato e Gastronomia

09 Fornos de Algodres organiza Feira do Queijo Serra da Estrela

10 Ponte da Barca recebe IV Feira do Fumeiro, Artesanato e Vinhão

11 Serpa realiza XIII Feira do Queijo do Alentejo

12 Vila Flor ‘espera’ TVI na Festa da Amendoeira

13 Festa da Amendoeira em Flor em Foz Côa

14 Agroglobal regressa em Setembro

15 Mogadouro promove Feira Franca dos Produtos da Ter-ra e do Artesanato

21 Estudo defende um uso ponderado de químicos em vinhas

22 Procura de terra por jovens esgota oferta das autar-quias na região de Aveiro

26 CNEMA recebe Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra

28 Queijo atraiu milhares de visitantes a Penalva do Castelo

29 Feira do Fumeiro de Vinhais movimentou cerca de 500 mil euros

30 Selectis reuniu parceiros no projecto Select na região centro

31 Apicultores conseguem seguro para roubos e incêndios

32 Exército vai vigiar matas públicas para combater in-cêndios

33 CAULE ouvida na AR sobre incêndios florestais

34 Parlamento Europeu defende apoios para pequenas explorações agrícolas

35 Agim promove seminário sobre pequenos frutos

38 Agrobraga sob signo da economia rural

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4 www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano X - N.º 218Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena MoraisOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores - Telf. 232 422 364 | E-mail: [email protected] | Marzovelos - ViseuTiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores

O Centro de Portugal acolhe a rota gastronómica “Lampreia e Sável 2014”, que se iniciou a 8 de Fevereiro e decorre até 20 de Abril. O cartaz decorre em 11 municípios do território regional - Vila Nova da Barquinha, Figueira da Foz, Vila Velha do Ródão, Penacova, Tomar, Mação, Abrantes, Sever do Vouga, Águeda, Montemor-o-Velho e Murtosa - e congrega 13 eventos gastro-nómicos. Participam na acção cerca de 80 restaurantes.

O festival tem como principal objectivo dar a conhecer a di-versidade do território, promover a gastronomia regional, coor-denar a oferta, e colocar no mercado um produto estruturado e dinamizador de fluxos de visita. Para além da lampreia e do sável, o festival promove outros produtos regionais como o arroz do mondego, a vitela de Sever do Vouga, os doces conventuais de Tomar, entre outros.

Figueira da Foz com 60 dias de festivais de peixe em 2014

A Associação Figueira com Sabor a Mar já calendarizou as datas dos seis festivais de peixes e marisco para este ano, que vão preencher um total de 60 dias para degustar os melhores peixes da costa figueirense.

O calendário é o seguinte: “Sável e a Lampreia”: 14 a 23 de Fevereiro; “Peixes Tradicionais”: 11 a 20 de Abril; “Sardinha e Ca-vala”: 20 a 29 de Junho; “Mariscos e Raia”: 18 a 27 de Julho; “Cal-deiradas”: 5 a 14 de Setembro; “Bacalhau e seus derivados”: 14 a 23 de Novembro.

Agenda Gastronómica

Rota Gastronómica “Lampreia e Sável 2014” anima Centro de Portugal

A Associação tem já outros eventos agendados, que serão conhecidos depois de reuniões com entidades oficiais, nomea-damente, autarquia figueirense, junta de freguesia de Buarcos e Turismo Centro de Portugal.

XVIII Festa da Orelheira e do Fumeiro em Cabeceiras de Basto

Com objectivo de promover e valorizar o que Cabeceiras de

Basto tem de mais genuíno, a Camara de Cabeceiras de Basto realiza a XVIII Festa da Orelheira e do Fumeiro, que vai decorrer de 28 de Fevereiro a 3 de Março.

Desafiam-se os visitantes a aproveitarem esta edição da Fei-ra, assim como os Fins-de-Semana Gastronómicos, onde pode-rão saborear os sabores autênticos desta região, que resultam da relação do homem com a terra.

Festival do Choco em Setúbal

Os eventos de promoção gastronómica e divulgação dos produtos regionais estão de regresso a Setúbal com o Festival do Choco, certame a decorrer entre 22 de Fevereiro e 9 de Março, com várias propostas de confecção.

Os 57 restaurantes envolvidos nesta quinzena gastronómica, organizada pela Câmara de Setúbal, apresentam ementas espe-ciais nas quais o choco é servido de diferentes formas, do tradi-cional ao mais elaborado.

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O Município de Vouzela vai promover o I Festival Gastronómi-co da Vitela de Lafões e Produtos Regionais, uma iniciativa que decorrerá nos dias 31 de Maio e 1 de Junho. Trata-se de um evento “que pretende fazer jus a um dos principais atractivos gastronó-micos da região que é a vitela de Lafões”, frisou Rui Ladeira, pre-sidente da Câmara de Vouzela, na apresentação do festival.

Segundo o autarca, a gastronomia é um factor de atracção importante que, no seguimento da política definida para o Turismo, importa explorar, como um meio de promoção dos recursos endó-genos e produtos regionais. Como principais objectivos do evento, Rui Ladeira destacou o incentivo à produção da vitela de Lafões; possibilitar o incremento da confecção da vitela de Lafões certifi-cada nos restaurantes da região, reconhecendo-a como uma mais--valia para o sector da restauração; dar a conhecer aos visitantes o potencial da restauração local e regional; oferecer experiências gas-tronómicas únicas e diversificar o leque de matérias-primas utiliza-das na preparação de pratos tradicionais; dar a conhecer os vários métodos de confecção dos pratos tradicionais e recriar as memórias e tradições ligadas à agropecuária.

Rui Ladeira explicou também que serão vários os atractivos deste certame, já que o programa conta com os espaços de res-tauração na Alameda para almoços, petiscos e jantares regio-nais; um ShowCooking com um chefe conceituado para confec-ção de pratos inovadores com base em receitas tradicionais de vitela e produtos regionais; um cortejo pelas ruas da vila de Vou-

Iniciativa decorrerá nos dias 31 de Maio e 1 de Junho

Vouzela vai promover I Festival Gastronómico da Vitela de Lafões e Produtos Regionais

zela, com carros de vacas e alfaias agrícolas de modo a recriar as memórias e tradições ligadas à agropecuária; programas de animação infantil e música tradicional; jogos e actividades des-portivas e culturais.

A organização da iniciativa é partilhada pela Escola Profissio-nal de Vouzela (EPV), uma instituição de ensino que tem mais de vinte anos ligados à área da gastronomia, com vários cursos de restauração. “Esta é uma iniciativa que, para além da promoção turística do concelho e dos produtos regionais, tem também ob-jectivos pedagógicos para a escola, nomeadamente de divulga-ção dos cursos de restauração e de projecção dos alunos para o mercado de trabalho”, realçou o seu director.

O evento contará ainda com a realização de uma prova do Up and Down, campeonato de BTT do Inatel, que terá lugar no do-mingo, dia 1 de Junho e que será organizada pela Associação Vas-conha BTT Vouzela. Segundo Paulo Novo, presidente da direcção da associação, são esperadas várias centenas de atletas vindos de várias partes da região centro e norte do país, nomeadamente de Viseu, Guarda, Seia, Coimbra, Porto e Aveiro. “Esta será uma oportunidade única para as pessoas que vêm à prova puderem desfrutar também desta vertente gastronómica”, destacou.

O I Festival Gastronómico da Vitela de Lafões e Produtos Regionais conta com o apoio da Confraria dos Gastrónomos de Lafões, Cooperativa 3 Serras, Cooperativa Agrícola de Vouzela, Vasconha BTT Vouzela, ADDLAP e Turismo Centro de Portugal.

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Cinco restaurantes e cinco casas de alojamento turístico de Moimenta da Beira aderiram à sexta edição dos ‘Fins-de-Se-mana Gastronómicos’, uma organização da “Turismo do Porto e Norte de Portugal”, a que a autarquia se associa.

O evento ocorrerá em 800 restauran-tes e 400 empreendimentos turísticos de 63 municípios do norte do país. Teve início em Marco de Canaveses, de 17 a 19 de Janeiro, e encerrará em Vila Nova de Gaia (de 30 de Maio a 1 de Junho). Em Moimenta da Beira acontecerá já no fim-de-semana de 28 de Fevereiro a 2 de Março.

Os restaurantes aderentes servem um prato típico. Os cinco de Moimenta pro-põem medalhão de porco com puré de maçã e uma tarte de tartin de sobremesa, e oferecem ainda um desconto de 10% no jantar de sexta-feira, 28 de Fevereiro. As cinco casas de alojamento que aderiram, além do conforte e da excelência das ins-talações, oferecem descontos de 15% para as noites de sexta e sábado. O programa inclui ainda uma visita guiada às Caves da Cooperativa Agrícola do Távora, onde es-tão depositadas, em estágio, mais de meio de garrafas do afamado espumante Terras do Demo.

Aderiram os seguintes restaurantes: Moinhos da Tia Antoninha (254 588 095); Peto Real (254 584 061); Pico do Meio Dia

No âmbito de uma estratégia concertada de reforço de par-cerias e de criação de sinergias, a Câmara da Póvoa de Lanhoso e a Empresa de Animação Turística Diverlanhoso irão colaborar na realização de alguns eventos, que procuram de uma maneira geral promover e valorizar o destino turístico Póvoa de Lanhoso.

Nesse âmbito, a Câmara da Póvoa de Lanhoso apoia a rea-lização dos fins-de-semana gastronómicos, promovidos pela referida empresa e em que haverá espaço para a promoção de produtos da terra e transformados, que fazem parte da confec-ção dos pratos. Cozido à Portuguesa, Feijoada à Minhota, Cabrito à São José e Bacalhau dão mote aos produtores locais para que apresentem o que de melhor se produz na região.

A iniciativa teve início no fim-de-semana de 8 e 9 de Feverei-ro, em que esteve em destaque o Cozido à Portuguesa, e prosse-gue nos dias 1 e 2 de Março, dando relevo à Feijoada à Minhota. Ainda em Março, nos dias 15 e 16, o destaque vai para o Cabrito à São José e, nos dias 29 e 30, para o Bacalhau, que será apresen-tado com fados. Em simultâneo, a autarquia estará ainda presen-te com uma mostra de produtos locais.

De 28 de Fevereiro a 2 de Março

Fim-de-semana gastronómico em Moimenta da Beira

Durante o mês de Março

Póvoa de Lanhoso promove pratos típicos da época

(254 582 381); Prato Dourado (254 583 257; e Quinta do Melião (254 588 143). E os seguintes alojamentos turísticos: Casa da Legião (254 588 127); Casa do Monge

(968 628 069; Hotel Verdeal (254 584 061); Moinhos Tia Antoninha (254 588 095); e Solar dos Correia Alves (254 588 127).

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A Câmara de Penacova, que promove o Festival da Lampreia no fim-de-semana de 21 a 23 de Fevereiro, espera receber mais de três mil visitantes, adiantou fonte autárquica.

A iniciativa é organizada e dinamizada pelos 12 restaurantes que aderiram ao Festival da Lampreia, prevendo-se que sejam consumi-das cerca de “um milhar de lampreias” nos três dias do festival, disse Humberto Oliveira, presidente da Câmara de Penacova.

O evento, que já conta com quase duas décadas de exis-tência, “é um momento marcante” para o concelho, permitindo “uma maior visibilidade e promoção de Penacova” e um “desa-fogo aos agentes económicos do concelho”, nomeadamente a hotelaria e a restauração, numa altura em que estes apresentam facturações mais baixas, explicou o autarca.

Para além desse efeito directo, Humberto Oliveira frisou que o festival “reflecte-se na economia associada” à lampreia, como os produtores de grelos, arroz e vinho - produtos presentes no prato da lampreia.

O festival surge a meio da época da apanha da lampreia, que decorre entre Janeiro e Abril, sendo que, de acordo com o presi-dente da Câmara de Penacova, já não se assiste a uma apanha tão intensa como “noutros tempos”.

Com a ponte-açude, em Coimbra, a lampreia começou a ter dificuldade em completar a subida do rio Mondego, contou Humberto Oliveira, salientando que, apesar de se “ter criado uma escada de peixe” nessa mesma ponte há “outros açudes que di-ficultam o processo natural da desova” da lampreia. Por esses factores, a maior parte da lampreia que será consumida no fes-tival é apanhada “em Montemor-o-Velho ou na Figueira da Foz”, sendo só possível apanhar lampreia em Penacova em Março.

Humberto Oliveira avançou ainda que o município está a co-laborar com um projecto da Universidade de Évora para facilitar a subida da lampreia ao longo do rio Mondego.

Pelo vigésimo ano consecutivo, o peixe do rio volta a ani-mar a gastronomia em Vila Nova da Barquinha. O Município e os restaurantes do concelho unem-se para promover mais uma edição da mostra gastronómica “Mês do Sável e da Lampreia”, que começou a 8 de Fevereiro e vai até 20 de Abril. A iniciativa que tem como principal objectivo promover a cozinha típica e tradicional.

Banhado por três rios - Tejo, Zêzere e Nabão - o concelho de Vila Nova da Barquinha tem no peixe do rio a sua principal fonte de sabores. Iguarias como Açorda de Sável e Arroz de Lampreia, entre outras receitas tradicionais, são servidas à mesa dos sete restaurantes aderentes, num concelho cuja história está intima-mente ligada à actividade piscatória.

Ao provar os pratos únicos da gastronomia portuguesa e que remontam aos princípios da nacionalidade, os visitantes poderão ganhar bilhetes para passeios de barco ao Castelo de Almourol e conhecer um monumento ímpar e na região e no país, com um património arquitectónico e paisagístico magnífico (um bilhete por dose, sendo a promoção válida apenas ao fim-de-semana).

No fim-de-semana de 21 a 23 de Fevereiro

Penacova espera receber três mil visitantes no Festival da Lampreia

Até 20 de Abril, nos restaurantes aderentes

Vila Nova da Barquinha realiza XX Mês do Sável e da Lampreia

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A XVI Feira de Artesanato e Gas-tronomia do Município da Mealhada já tem data marcada. O certame mais tradicional do concelho vai realizar-se de 7 a 15 de Junho e vai ter muitas no-vidades nesta edição.

As inscrições para o certame já estão abertas. Os artesãos interessa-dos deverão efectuar a sua candida-tura até ao dia 2 de Maio, preenchen-do a ficha que está disponível online no site da autarquia e enviando, por correio, para a Câmara Municipal da Mealhada.

O certame que todos os anos leva o artesanato, a gastronomia e muita animação à cidade da Mealhada vai decorrer na Zona Desportiva, entre o edifício das Piscinas Municipais e o edifício do Pavilhão Municipal. Um es-paço que conquistou o público na últi-ma edição da feira e que, por ser mais amplo, permite dar outra dimensão ao certame, que vai contar com dois palcos, uma zona de tasquinhas ain-da melhor e muitas outras novidades, que serão divulgadas oportunamente.

Numa iniciativa do Município de Vila Nova de Paiva, em par-ceria com a Junta de Freguesia de Touro, a terceira edição da Fei-ra do Fumeiro do Demo vai realizar-se a 9 de Março, no Parque Urbano de Touro.

Embora abertos a novos “saberes e sabores”, esta é uma re-gião que prima ainda pelo manter das tradições gastronómicas e dos paladares genuínos. Aqui, onde o trabalho do campo ainda é contado por sementeiras e colheitas, pretendemos promover a qualidade e o “saber fazer” dos nossos produtos. O Fumeiro é um entre muitos.

Os objectivos deste certame são claros e visam “divulgar o concelho e as suas gentes, incentivar a economia local, dar a co-nhecer a nossa gastronomia e promover os produtos de qualida-de que reúnem cuidadosamente as potencialidades e a riqueza do nosso meio rural, identificando-os e projectando-os como uma marca associada a esta região”, refere a autarquia.

Neste certame, o fumeiro tradicional é o cartão-de-visita, aliado à venda de artesanato, tasquinhas gastronómicas, prova de fumeiro, um almoço convívio tradicional e muita animação musical e etnográfica com as Pifaradas Zabombadas, de Unhais da Serra, e o Grupo Folclórico e Etnográfico de Vila Cova à Coe-lheira. Ruth Marlene é a artista nacional convidada para animar o certame.

Dia 9 de marco, no Parque Urbano de Touro

Vila Nova de Paiva prepara III Feira do Fumeiro do Demo

Na Mealhada de 7 a 15 de Junho

Inscrições para a XVI Feira de Artesanato e Gastronomia já começaram

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Fornos de Algodres volta a realizar, a 8 de Março, a Feira do Queijo Serra da Estrela, cer-tame que é uma imagem de marca do muni-cípio e da região. Neste evento autêntico de promoção da identidade e ruralidade do con-celho, os pastores, as queijarias tradicionais, os produtores de queijo DOP serão, mais uma vez, as principais figuras de cartaz.

Estarão igualmente presentes os produ-tos regionais de valor como o nosso azeite, os enchidos,

o mel, o Vinho do Dão, os doces regio-nais, e claro os nossos produtos com urtiga. Destaque ainda para os artesãos, música e folclore, cão serra da Estrela, e para o ele-mento mais diferenciador, a Ovelha Serra da Estrela.

A Feira do Queijo de Fornos de Algodres pretende mostrar e manter viva a autenticidade e a genuinidade da produção do Queijo Serra da Estrela, a Sétima Maravilha da Gastronomia Nacional. Este evento insere-se na estratégia do Município de Fornos de Algodres de fomen-tar e valorizar os produtos endógenos, os re-cursos, a cultura e as tradições locais.

A 8 de Março

Fornos de Algodres recebe Feira do Queijo Serra da Estrela

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A Praça da República em Ponte da Barca volta a acolher, de 21 a 23 de Fevereiro, a Feira do Fumeiro, Artesanato e Vinhão do Concelho. Com inauguração marcada para as 15 horas, a iniciativa, que vai na sua quarta edição, é pro-movida pela Câmara Municipal em parceria com a RZ Eventos e vai contar com 36 expositores vindos de Trás os Montes, Lamego, Baião e Mi-nho, com o melhor fumeiro que se produz no país. O certame contará ainda com uma mostra de Vinho Verde produzido em Ponte da Barca. Para além do artesanato local, estarão pre-sentes ainda, vários trabalhos artesanais exe-cutados com cortiça, vidro, madeira, lãs, entre outros. Não faltará também o excelente Vinho da Adega Cooperativa de Ponte da Barca com especial destaque para o Vinhão.

A iniciativa visa atrair visitantes ao concelho de Ponte da Barca, assim como a promoção dos produtos tradicionais, o que segundo a verea-dora da Cultura do Município de Ponte da Barca, Sílvia Torres “tem sido amplamente conseguido desde a edição inaugural, com um aumento sig-nificativo de visitantes ao longo dos anos”.

O certame será complementado com um vasto programa de animação, que inclui Encon-tro de Concertinas, pelos Amigos das Concerti-nas dos Arcos, dia 21, às 21 horas, as actuações do grupo musical Nova Ronda, dia 22, às 21 ho-ras, e dos Ranchos Folclóricos de Oleiros, Asias e Bravães, no dia 23, a partir das 15,30 horas.

É um dos certames que tem vindo a ganhar cada vez mais re-levância no contexto nacional. A Feira Anual da Trofa, (FAT), cuja primeira edição teve lugar em 1946, vai decorrer de 28 de Feve-reiro a 2 de Março e é considerada actualmente como uma das feiras agro-pecuárias mais impares, emblemáticas e populares da área, com particular destaque para os concursos das raças autóctones, minhota, barrosã e arouquesa, Holstein frísia e ainda diversas actividades equestres.

De uma forma equilibrada e com uma introdução de novas valias, a Feira Anual da Trofa (FAT) modernizou-se e adaptou-se as exigências de uma área de mercado cada vez mais competiti-va. Tem-se verificado um sucesso sem precedentes, evidenciado no contexto agro - pecuário nacional e internacional.

Este certame assume-se como uma tradição, num jovem concelho que procura actualmente a sua própria identidade e um equilíbrio saudável entre a sua história e o seu desenvol-vimento local. Esta feira é uma oportunidade única, em tempo cada mais descaracterizado, para partilhar experiências, adquirir novos conhecimentos e acesso a diversas actividades.

Para além disso, este certame tem vindo a registar um cresci-

De 28 de Fevereiro a 2 de Março

Hipismo e concursos de raças marcam Feira Anual da Trofa

De 21 a 23 de Fevereiro, na Praça da República

IV Feira do Fumeiro, Artesanato e Vinhão em Ponte da Barca

mento sustentável nos últimos anos, nomeadamente com o au-mento de expositores e visitantes, e que procura ainda um salto qualitativo que leve o nome da Trofa e da agricultura da portu-guesa mais longe. “Não podemos esquecer que este certame é feito por profissionais para profissionais da área, mas há que referenciar que a população da Trofa tem um papel fundamental na sua dimensão”, refere a organização.

Este formato da Feira, com uma vasta variedade de produ-tos e serviços, atrai a cada ano milhares de pessoas. Mas a Feira Anual da Trofa não tem só motivos de interesse para agriculto-res, criadores, produtores e empresários da área. Para além dos concursos pecuários e equestres, das demonstrações de equi-pamentos e dos novos produtos, o programa da Feira incluiu atracções para todos os gostos, como desfile de carros de bois, garraiada, galas equestres, festivais de folclore, concertos de música e até um pequeno comboio turístico são apenas alguns exemplos da variedade de actividades. Crianças, jovens e menos jovens encontraram, com certeza, uma forma diferente e originai de ocupar estes dias.

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Organizada pela Câmara de Serpa, vai decorrer de 28 de Fe-vereiro a 2 de Março a XIII Feira do Queijo do Alentejo, certame que visa promover o queijo como um produto emblemático da região, procurando incentivar a melhoria da qualidade dos pro-dutos regionais e a dinâmica do tecido empresarial da região.

Realizada anualmente em finais de Fevereiro a Feira do Quei-jo do Alentejo pretende primar este emblemático produto do concelho a par dos outros produtos regionais de qualidades, tais como os enchidos, o azeite, o vinho, o mel, o pão e as azeitonas. As tasquinhas, com os petiscos locais, têm presença forte neste certame, onde também é presença imprescindível o cante alen-tejano.

Integrada num conjunto de objectivos, cuja implementação se considera estratégica para o desenvolvimento do concelho e da cidade de Serpa, a Feira do Queijo do Alentejo constitui um

De 28 de Fevereiro a 2 de Março

XIII Feira do Queijo do Alentejo em Serpapasso decisivo na criação de uma base de sustentabilidade para a economia local, assente num dos pilares económicos do con-celho, que são as produções tradicionais.

A tecnologia artesanal do queijo tem grandes tradições no Alentejo, onde, desde sempre, desempenhou um papel de gran-de importância económica. O Queijo Serpa, com denominação de origem desde 1994 e denominação de origem protegida des-de 1996, é possivelmente o queijo tradicional de maior fama no Alentejo, sendo o seu singular aroma e sabor parte fundamental do património cultural do Baixo Alentejo e, em particular, do con-celho de Serpa.

Este certame conta também com uma mostra de queijos de outras regiões do país, divulgando o que de melhor se faz neste sector em termos nacionais, nomeadamente queijos com Deno-minação de Origem.

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No município de Vila Flor a Festa das Amendoeiras em Flor vai decorrer de 22 de Fevereiro a 9 de Março e inicia-se com uma feira/mostra de produtos regionais nos dias 22 e 23 deste mês. Mas o ponto alto do fim-de-semana é a transmissão em directo do programa da TVI �Somos Portugal�, a dia 23 de Fevereiro. “Ao longo de seis horas vamos dar a conhecer o concelho e tudo o que de melhor se faz por estas terras”, refere Gracinda Peixoto, vereadora do pelouro da Cultura desta autarquia transmontana.

A presença da TVI obriga �ao aumento da nossa feira” e, para o efeito, “iremos contactar todos os nossos produtores de vinhos, azeites, cogumelos, enchidos e artesanato, assim como os restaurantes, para fazermos uma grande festa da amendoeira em flor”, diz a vereadora da autarquia de Vila Flor.

Gracinda Peixoto tem “muito boas perspectivas” para a festa, pois �provavelmente virá muita gente atraída pelo programa e, claro, a restauração e a hotelaria irão beneficiar com isso”, refere a autarca, acrescentando que “Vila flor ficará mais conhecida, para além de ser uma forma de divulgar a nossa terra e os nossos produtos”.

Este tipo de actividades animam a economia desta região, numa altura em que �há alguma aposta de jovens empreendedores em várias áreas no concelho�. A autarca sublinha não poder afirmar que isso �é o regresso à terra”, mas “tem havido algumas apostas na agricultura, nomeadamente na produção e no aumento da qualidade nos vinhos e nos azeites”.

O convite fica feito. Nesta altura do ano “Vila Flor tem muitas amendoeiras”, mas “devem também vir conhecer a cidade e o nosso património, nomeadamente as nossas belíssimas igrejas”, destaca Gracinda Peixoto, referindo que o parque de campismo de Vila Flor �no Verão é muito agradável e tem muitas óptimas condições”.

Na abertura da Festa das Amendoeiras em Flor

Vila Flor recebe TVI e mostra produtos regionais

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Com um programa vasto e variado, Vila Nova de Foz Côa promove de 21 de Fevereiro a 9 de Março mais uma edição da Festa das Amendoeiras em Flor e dos Patrimónios Mundiais. Atrair visitantes ao concelho é o objectivo da iniciativa, aproveitando não só a paisagem natural, nesta altura pintada de branco, mas também outro património, como as pinturas rupestres expostas no Museu do Côa.

O vice-presidente da Câmara de Foz Côa garante que, este ano, �há novidades a apresentar relativamente a edições anteriores�. João Paulo Sousa garante que a preocupação do município, com esta iniciativa, “é que se faça jus ao nome Capital das Amendoeiras em Flor”. Para o efeito, a autarquia preparou “um programa abrangente, que engloba dois patrimónios, como são as amendoeiras em flor e as nossas paisagens deslumbrantes,

Vila Nova de Foz Coa quer atrair mais visitantes

Festa da Amendoeira em Flor e dos Patrimónios Mundiais

com um programa vasto e aliciante mas também mostrar as gravuras rupestres e o nosso museu, fazendo com que as pessoas visitem efectivamente este nosso ex-libris”.

O programa da Festa das Amendoeiras em Flor e dos Patrimónios Mundiais apresenta �cerca de 40 actividades, “com a preocupação de chegar ao grande público, trazendo gente para visitar o concelho, mas também fazer com que essas sinergias por cá se mantenham e sejam uma tradição”, mas “atrair também uma parte da sociedade, mais restrita, para visitar o nosso museu”. É que �o turismo é a prioridade�, sustenta João Paulo Sousa, salientando que quem visitar o concelho de Vila Nova de Foz Côa nestes três fins-de-semana �certamente não vai com as suas expectativas goradas�.

Quanto a novidades, para além da aposta no programa ”Portugal em Festa”, da SIC, com seis horas de emissão a divulgar o concelho de Foz Coa, “quisemos também pegar nas associações locais e envolvê-las em parcerias com as nossas freguesias, chamando a população e fazendo com que se envolva, participe e que sinta, cada vez mais, que esta festa é delas”, refere João Paulo Sousa. Todavia, sublinha, que “um dos handicaps em Foz Coa são, precisamente, as pessoas. Somos um concelho com cerca de 7300 habitantes e sabemos que o turismo é a maior porta aberta que temos”. Portanto, “sabendo disso, queremos trazer gente para visitar o concelho, porque os recursos endógenos estão cá, mantendo e reforçando a aposta nas Amendoeiras em Flor, que tem vindo a ser ganha e que consideramos ser um bom investimento”, acrescenta.

O vice-presidente da Câmara de Foz Côa destaca, do programa da Festa, a 9 de Março, o desfile etnográfico, “que tem tido um aumento significativo de participantes, quer em termos qualitativos, quer quantitativos, e com a preocupação constante em inovar, o que não é fácil depois de 33 edições, mas temos tentado apostar nesse aspecto”, sublinha. Referência também para o XXVIII Festival de Folclore, “uma pérola que pretendemos preservar, que atrai muita gente ao concelho de Foz Coa, não só quem acompanha os ranchos folclóricos, mas também muitos visitantes”.

De referir também as quatro exposições permanentes, “que vão buscar o que de mais tradicional tem o concelho”, como artes decorativas, artesanato, além das rendas e bordados, referiu João Paulo Sousa, destacando �uma exposição em que se homenageiam todos aqueles que trabalharam com ‘sumagre’, conhecido por muita gente, que servia não só para tinturaria, mas também para fazer vinho e outros produtos”.

Do programa faz também parte a apresentação do livro “A Cultura da Amêndoa no Douro Superior, História, Tradição e Património”, de Lois Ladra. Há percursos pedestres em várias freguesias que visam mostrar outro tipo de património, como os castelos, nomeadamente o de Numão, mas também o Douro vinhateiro.

No fundo, diz o vice-presidente da Câmara de Foz Côa, �pretendemos pegar nesta festa e dar-lhe um cariz para além do tradicional, mostrando o sentir Foz Coa de uma forma diferente, mas também o nosso riquíssimo património, material e imaterial. As pessoas, é claro, são o nosso património mais valioso”, salienta.

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A Agroglobal, a Feira da Grandes Culturas, é hoje um acontecimento marcante da vida agrícola nacional. Um conceito vencedor, baseado na inovação, movimento e interactividade que, segundo os promotores, transfor-mou este evento na maior feira agrícola do país. O certa-me regressa nos dias 10, 11 e 12 de Setembro.

Uma vez mais, no enquadramento único da lezíria do Tejo, em 170 hectares cuidadosamente preparados, as principais empresas que operam no negócio agrícola em Portugal vão mostrar, em condições reais, as modernas soluções de mecani-zação e toda a gama de produtos e serviços dispo-níveis para a actividade económica que se pretende sempre mais eficiente.

Lá se poderá também assistir a debates de elevado nível, cruzando perspectivas diferentes sobre a nossa agricultura, esclarecendo os mais directamente interes-sados mas também dando a conhecer ao país o muito de meritório que o sector tem conseguido fazer.

Pela Agroglobal 2014 passarão certamente go-vernantes e políticos para sentir o “pulso” à nação agrícola. Esta invulgar concentração de experiência, conhecimento e tecnologia num ambiente exclusi-vamente profissional - mais de 200 empresas e de 15.000 visitantes na edição de 2012 - faz da Agro-global um local privilegiado para o debate dos temas mais importantes da agricultura portuguesa, onde a sua presença é indispensável.

A maior feira agrícola do país

Agroglobal regressa de 10 a 12 de Setembro

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No âmbito da programação da Festa das Amendoeiras em Flor no Douro Superior, o município de Mogadouro promove de 21 a 23 de Março a Feira Franca dos Produtos da Terra e do Artesanato, evento que pretende atrair visitantes ao nordeste, mas também mostrar os produtos endógenos desta região transmontana.

A vereadora do pelouro da Cultura da Câmara de Mogadouro tem elevadas perspectivas para a edição deste ano. “Queremos mostrar, a quem visita, o nosso concelho, ao mesmo tempo que dinamizamos a nossa cultura, mostrando e divulgando os nossos produtores regionais�, refere Virgínia Vieira, salientando a importância de atrair visitantes ao território. �Temos que apostar no turismo e por isto fazemos estas festas para mostrar as nossas paisagens e dar a conhecer os nossos produtos regionais, a nossa gastronomia e a nossa cultura”.

Uma prova de atletismo, onde são esperados mais de centena e meia de atletas, uma prova de BTT, caminhadas pelo território e muita animação são outros ingredientes da festa. “Queremos muita animação, porque para tristeza já chega todo o ano, sustenta Virgínia Vieira, defendendo a necessidade de �dinamizar o que temos, como os produtos regionais, e as nossas visitas, que não queremos perder”.

Esta é a altura do ano de maior fluxo de turistas à região. No comércio nota-se bastante, refere a vereadora, nomeadamente na produção de pão e fumeiro artesanal. Virgínia Vieira sublinha o facto de �tudo ainda ser feito de modo artesanal e em forno de lenha” e assim “o fumeiro é muito melhor”.

A vereadora deixa uma mensagem a todos os que queiram visitar a região. Venham conhecer Mogadouro, porque nós precisamos de gente. Trás-os-Montes precisa de pessoas que amem a natureza. A natureza é, para nós, muito importante e temos muitos recantos para mostrar, afirmou Virgínia Vieira.

No âmbito do programa das Amendoeiras em Flor no Douro Superior

Mogadouro promove Feira Franca dos Produtos da Terra e do Artesanato

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Há 13 anos José Carlos Peres criou a Agriflor, empresa que se dedica à comercialização de produtos para agricultura e presta apoio técnico aos seus clientes. Filho de um comerciante de produtos agrícolas, o empresário não ficou indiferente quando a Adega Cooperativa de Vila Flor entrou em processo de insolvência e decidiu comprar o património da mesma, revitalizando-a e dando assim a possibilidade aos produtores da região voltarem a ter onde entregar as suas uvas.

Deparamo-nos com o facto de os produtores não terem onde entregar as suas uvas ou tinham que andar alguns quilómetros para o fazer, afirmou José Carlos Peres, consciente que “com a pouca valorização do vinho, a margem do agricultor ficava no transporte das uvas. Preocupado com tal facto, José Carlos Peres, depois de consultar a família, decidiu fazer uma proposta e adquiriu as instalações. Não queríamos que a adega fosse parar às mãos de quem a não quisesse abrir, sublinhou. Para além disso, com o encerramento da Cooperativa, havia agricultores a arrancarem a vinha por não terem onde entregar as uvas.

Com a reactivar das instalações deu-se um novo impulso ao sector no concelho, especialmente nos pequenos produtores. Para além do vinho, adianta o empresário, adquirimos também a produção da amêndoa, de castanha da região e alguma batata, que comercializamos”.

“Na adega deparamo-nos com um problema. Já tínhamos produção de vinhos há alguns anos, mas as grandes quantidades foram uma novidade para nós e tivemos que resolver algumas situações, nomeadamente em termos legais, a que não estávamos habituados, refere José Carlos Peres, que em 2013 recebeu as primeiras uvas.

O empresário está esperançado na aposta que fez. Estamos inseridos na região Demarcada do Douro, numa zona com muita vinha e com produção de vinho do Porto. Esperamos na próxima colheita poder absorver toda a produção dos agricultores da região entre Vila Flor e Carrazedo de Ansiães, mas também de concelhos limítrofes”, sublinha.

Na origem da vida empresarial de José Carlos Peres está a Agriflor, “aberta para satisfazer as necessidades dos agricultores, refere o empresário, que prima por prestar um serviço de qualidade de atendimento, satisfação, mas também de apoio técnico aos seus clientes. �Com a experiência que adquirimos ao longo dos anos, temos capacidade de aconselhar os nossos clientes sobre as melhores soluções para a sua exploração, refere.

Absorver toda a campanha é o objectivo para este ano

Empresário da Agriflor adquiriu Adega Cooperativa de Vila Flor

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Com 14 anos de existência, a Cooperativa dos Olivicultores de Vila Flor e Ansiães tem cerca de 1200 associados, dos concelhos de Vila Flor e Carrazeda de Anciães, a quem transforma a azeitona das suas explorações, ficando com algum azeite para suportar os custos de manutenção. Este ano laborou cerca de 500 mil litros de azeite.

A campanha deste ano foi, segundo Hélder Teixeira, normal”, embora com “alguns contratempos devidos às geadas”, Ainda assim “temos bastante azeite, refere o responsável pela cooperativa.

A produzir diferentes tipos de azeite, que também comercializa, a Cooperativa dos Olivicultores de Vila Flor e Ansiães promove a economia social, procurando extrair o melhor produto da azeitona dos seus associados, normalmente laborada 24 horas depois da apanha.

Para além do mercado nacional a cooperativa já exporta azeite para França, Luxemburgo, Suíça, onde se situa a maior parte dos emigrantes nacionais.

Na campanha deste ano

Cooperativa dos Olivicultores de Vila Flor e Ansiães laborou 500 mil litros de azeite

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Situada em pleno Vale da Vilariça, no concelho de Torre de Moncorvo, um dos vales agrícolas mais férteis de toda a Europa, a Quinta da Terrincha destaca-se como uma das mais importantes unidades agrícolas de todo o Norte de Portugal. Após várias mudanças de mãos, a quinta foi adquirida pelos seus actuais proprietários, a família Seixas Pinto, durante a última década do século XX.

A produção de vinhos é uma das valências da quinta, que produz também azeites, além de explorar uma unidade de turismo rural e um restaurante. No sector dos vinhos, a Quinta da Terrincha está em plena transformação, com uma definição clara do projecto, a que o enólogo Pedro Ribeiro vem dando corpo desde 2010. Viosinho e Rabigato, nos brancos; Touriga Nacional e Touriga Franca são as castas que predominam nos vinhos produzidos, que estão disponíveis no mercado nacional, mas também mercado externo, nomeadamente em Angola.

Depois de em Maio de 2013 ter lançado no mercado um Quinta da Terrincha Colheita tinto 2011, o produtor prepara-se para dar a conhecer um Quinta da Terrincha 2011, que, segundo Pedro Ribeiro adiantou, à Gazeta Rural, será um vinho �diferente�.

Gazeta Rural (GR): Qual o próximo lançamento?Pedro Ribeiro (PR): Vamos lançar um Quinta da Terrincha

2011, um vinho que vai assumir uma imagem diferente, numa gama acima da Colheita. Não lhe queremos chamar Reserva, mas será um Quinta da Terrincha diferente.

Projecto conhece novo rumo

Quinta da Terrincha prepara lançamento de um vinho de 2011 “diferente”

GR: O que mais destacaria nos vinhos da Quinta?PR: Podemos distinguir primeiro os brancos e depois os

tintos. Os brancos são provenientes de vinhas em altitude, muito perto dos 600 metros, muito minerais, muito frescos e de solos xistosos. As grandes características são a frescura, a mineralidade e a complexidade, quer aromática quer na boca.

Os tintos são provenientes de vinhas situadas no Vale da Vilariça. É um clima diferente, num Douro diferente e um solo bastante fértil. São vinhos que se destacam mais pela sua complexidade aromática. Vinhos mais fácies, têm um potencial bastante interessante, como vinhos novos e fáceis de consumir.

GR: Como têm evoluído a Quinta da Terrincha nos últimos tempos?

PR: Estou associado ao projecto a partir de 2010. Há um investimento significativo e um repensar na filosofia dos vinhos das Quinta da Terrincha, que passa também pela aquisição de novas propriedades em locais com grande potencial para fazer vinhos tintos, essencialmente.

É um projecto em franco dinamismo, que nos últimos três anos cresceu de uma forma embrionária, em que não havia uma filosofia concreta assente. Faziam vinhos mas, penso, não havia a certeza daquilo que os proprietários pretendiam. Hoje, é um projecto organizado, em que há um caminho a seguir, que vai levar o seu tempo, mas está a andar de acordo com as metas previstas.

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Com uma produção, em 2013, de cerca de nove milhões e meio de litros de vinho, a Adega de Pinhel tem conseguido escoar a sua produção, através de parcerias, mas também de apostas no mercado nacional e de exportação. Este facto tem permitido estabilidade financeira à cooperativa, que tem cumprido religiosamente com os seus associados.

Agostinho Monteiro, presidente da Adega de Pinhel, adiantou à Gazeta Rural que a campanha de 2013 foi boa, embora dificultada com o tempo instável que se verificou durante as vindimas.

Gazeta Rural (GR): Como foi a última colheita?Agostinho Monteiro (AM): A campanha de 2013 pode dividir-

se em dois momentos. O primeiro em que houve vindima com muita chuva e, por consequência, tivemos alguns problemas em termos de cor e mesmo com o grau do vinho. Depois, um segundo período, onde a temperatura mudou consideravelmente e aí tivemos vinhos com melhor cor e com bom grau. Com isto, tivemos uma situação que nos obrigou a trabalho redobrado, tanto em contexto de vindima, como também a nível organizacional, com a selecção e

Presidente da Adega de Pinhel, à Gazeta Rural

“Temos garantido o escoamento dos nossos vinhos com parceiros

institucionais definidos”separação desses dois tipos de vinhos, de forma a podermos garantir um padrão de qualidade regular nas nossas marcas.

GR: Qual foi o volume de produção este ano?AM: Foi um aboa campanha. Recebemos cerca de 13 milhões

de quilos de uvas, que nos permitiu fazer nove milhões e meio de litros de vinho. Tendo em conta que a região de Pinhel também passou por um período de restruturação, com muitos agricultores a deixarem de produzir, alguns deles em consequência das mudanças legislativas ao nível dos impostos.

Antes disto, já tínhamos passado por uma fase difícil, quando houve apoio ao arranque definitivo, a que alguns viticultores se candidataram e abandonaram a vinha. Por outro lado, houve também muitos agricultores que aderiram ao projecto Vitis, o que permitiu algum equilíbrio entre quem arrancou e quem plantou de novo.

A nossa expectativa é que, hoje, a produção da Adega de Pinhel ronde os 15 milhões de quilos. Em 2013 houve uma quebra, com uma produtividade que rondou os 85%.

GR: É um volume significativo para colocar no mercado?AM: Temos uma estrutura comercial muito centralizada na

direção e um conjunto de parcerias que fomos estabelecendo e cimentando ao longo dos anos, o que nos permite dizer que, praticamente, temos garantido o escoamento dos nossos vinhos. Poderá não ser a 100%, mas há uma garantia de escoamento de cerca de 80% da nossa produção com parceiros institucionais definidos e fixos. Ou seja, sabemos o que nos querem comprar e orientamos o nosso trabalho de forma a satisfazer esses pedidos.

Temos vindo também a apostar no engarrafamento dos nossos vinhos, com marcas próprias, o que equivale a cerca de três milhões de litros, o que, tendo em conta as nossas instalações e a nossa dimensão, consideramos muito positivo.

A exportação é outra das nossas apostas. Vamos conseguindo um bom trabalho no Brasil, Cabo Verde e Angola. Temos contactos com outros mercados, que vamos tentando trabalhar.

No mercado nacional aproveitamos as oportunidades e as parcerias, que têm funcionado de forma positiva. Tendo em conta esta nossa filosofia comercial, não temos tido problemas de escoamentos.

GR: A qualidade dos vossos vinhos tem sido reconhecida com algumas medalhas?

AM: O “D. Manuel I 2010” foi medalha de prata no concurso da Beira Interior e no Arribas, em Espanha. O Síria 2011 foi medalha de prata e estamos com espectativas bastantes altas em relação ao de 2013.

GR: O sector cooperativo viveu tempos difíceis. Como está, nesta altura, a adega no plano financeiro?

AM: Podemos dizer que temos uma situação perfeitamente consolidada, sem dívidas, e com um processo de pagamento aos sócios dentro do que está definido e aprovado em assembleia geral, fazendo as nossas liquidações em Março do ano seguinte e temos cumprido.

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Os vinhos das adegas e cooperativas portugue-sas rumaram no final de Janeiro aos Estados Unidos da América, um mercado que já representa dez por cento do seu negócio, com o objectivo de consolida-rem a presença neste país e chegarem a novos pú-blicos. Esta acção integra um programa mais amplo de internacionalização que contou com um investi-mento de dois milhões de euros. Newark e Las Vegas foram as cidades visitadas por uma comitiva com-posta por cinco associadas da Federação Nacional das Adegas e Cooperativas de Portugal, Fenadegas.

O programa de promoção do vinho português nos EUA contemplou reuniões com importadores em Newark e provas de vinho em Las Vegas para dar a conhecer o que de melhor se faz no nosso país no que respeita à produção vitivinícola. Adega Cooperativa Agrícola Sto. Isidro de Pegões, Adega Cooperativa de Cantanhede, Caves Vale do Rodo, Adega Cooperativa da Vermelha e VERCOOPE fo-ram as representantes nesta acção de promoção.

Esta iniciativa nos EUA é a última de um pro-grama de internacionalização promovido pela Fe-nadegas que decorreu ao longo de três anos em mercados como a China, Brasil e Rússia, num in-vestimento total de cerca de dois milhões de euros.

Iniciativa integra programa de internacionalização de dois milhões de euros

Adegas e cooperativas portuguesas investem no mercado norte-americano

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Um estudo realizado no centro de inovação Biocant, em Cantanhede, conclui que o uso excessivo de químicos pode alterar as comunidades de microrganismos presentes na vi-nha e defende o uso ponderado de químicos.

“Nas vinhas, há um equilíbrio entre microrganismos bons e maus”, explicou a investigadora responsável pelo estudo, Ana Catarina Gomes, afirmando que, quando se “exagera nos quí-micos”, aquando do tratamento de doenças nas vinhas, des-troem-se também os organismos que são benéficos para a planta. O estudo identificou e localizou o microbioma da vinha (a comunidade de microrganismos - fungos e bactérias - que se encontram na planta), observando, segundo Ana Catarina Gomes, um equilíbrio entre os organismos existentes.

Segundo o comunicado de imprensa, os investigadores “recolheram amostras de folhas de videira numa vinha piloto instalada na região da Bairrada, durante todo o seu ciclo ve-getativo”. Para a investigadora do Biocant, é necessário “pre-servar o equilíbrio” entre os microrganismos, sublinhando que os produtores de vinho não devem usar “os químicos de for-ma indiscriminada”, pois, ao destruir os organismos benéficos, “estes são mais lentos” a desenvolverem-se, ao contrário dos organismos prejudiciais para a planta. “Este é um alerta para se olhar para este micro-ecossistema como um dos factores de equilíbrio, fundamental para uma agricultura mais susten-tável”, afirmou.

Realizado no centro de inovação Biocant, em Cantanhede

Estudo defende um uso ponderado de químicos em vinhas

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A procura de terrenos para cultivo, a título gratuito, sobretu-do por jovens, está a exceder a oferta das autarquias, que avan-çaram com bolsas de terras ou hortas comunitárias para dar uti-lidade a terrenos desaproveitados.

Estarreja, que estabeleceu em 2012 as primeiras 10 hortas comunitárias no centro urbano, junto ao Quartel de Bombeiros, rapidamente triplicou os lotes ocupados e já em Janeiro atribuiu mais seis. “A adesão tem aumentado e hoje são cultivados 44 lo-tes. Em Janeiro deste ano atribuímos mais seis”, descreve Rosa Simão, vereadora da Câmara de Estarreja.

Em Sever do Vouga, onde a oferta de terrenos tem em vista, principalmente, a produção de mirtilo, a Câmara está a negociar com as juntas de freguesia e as comissões de baldios, porque o projecto esgotou os terrenos disponíveis e cada vez são mais os interessados.

Em Águeda, o projecto que começou em 2012 com 22 ta-lhões, junto à Biblioteca Municipal, tem actualmente mais de 90 pessoas em lista de espera para que lhes seja atribuído terreno.

“Temos o projecto de colocar hortas noutros pontos do con-celho, que estão a ser estudados para responder a essa procura, a que não conseguimos dar resposta”, adianta Daniela Hercula-no, técnica da Câmara de Águeda.

O perfil dos interessados também está a sofrer alterações, constatadas quer no município de Estarreja quer no de Águeda. Já não são só famílias carenciadas ou de baixos recursos a querer plantar alguma coisa ao pé de casa para compor o orçamento familiar, nem tão pouco se trata do regresso à terra de pessoas criadas no campo, que a vida levou a empregarem-se na indústria e no comércio, na cintura das cidades e que matam saudades da enxada na reforma. Às autarquias chegam cada vez mais pedidos

Na região de Aveiro

Procura de terra por jovens esgota oferta das autarquias

de gente que trabalha nos serviços ou tirou um curso superior.Para alguns, a actividade ao ar livre, ainda com o benefício

de colher o que se semeou, ajuda a quebrar o ritmo apressado do quotidiano, a afastar as preocupações, a combater o “stress”, a aprender na simplicidade do campo saberes ancestrais que a faculdade não ensinou. Há outros que depositam na parcela de terreno camarário a confiança numa alimentação saudável, para colherem legumes e frutas de cultura biológica. “Querem saber o que estão a comer”, observa Daniela Herculano.

Na região de Aveiro, o concelho de Sever do Vouga é um caso aparte. A Câmara juntou parceiros para dinamizar uma bolsa de terras, com o objectivo explícito de incentivar a cultura do mirti-lo, numa aposta de especialização. São jovens, sem saídas pro-fissionais, atraídos pela perspectiva de candidatura a incentivos comunitários e garantia de escoamento da produção, desejosos de copiar exemplos de sucesso com o mirtilo no concelho. “A bol-sa de terras serviu também para fortalecer a imagem do conce-lho, em termos de capital do mirtilo”, salienta António Coutinho, presidente da Câmara de Sever do Vouga, reconhecendo que a bolsa “está esgotada”.

Lançada a bolsa de terras em Abril de 2013, as licitações ra-pidamente esgotaram as parcelas disponíveis, atribuídas a 22 jovens agricultores para primeira instalação, dos quais 11 licen-ciados, que estão a tornar produtivos cerca de 30 hectares que estavam incultos, agora ocupados com cerca de 100 mil plantas.

Tal como em Águeda, em Sever do Vouga a procura excede a oferta, pelo que a Câmara está em negociações com as juntas de freguesia e com os conselhos directivos de baldios, para alargar a iniciativa.

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O Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso foi palco da Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural, numa iniciativa da Câmara de Almeida, que contou com um elevado número de visitantes.

Montarias ao javali, largada de perdizes e de pombos, de-monstração de aves de rapina, tiro com arco e besta e, como no-vidade, uma demonstração de cães de “madriguera” fizeram parte da programação do evento.

O certame visou promover o sector cinegético do concelho, que tem uma grande importância na economia deste concelho fronteiriço. As montarias e as largadas de perdizes são um dos grandes atractivos do certame, visitado por amantes da caça de vários pontos do país.

A Câmara de Almeida contou, na organização deste evento, com a colaboração da Associação Recreativa de Nave de Haver, Clube de Caça e Pesca de Vilar Formoso e Clube de Caça e Pesca da Freineda, tendo os apoios dos Programas PROVER, Mais Cen-tro, QREN, União Europeia e Territórios do Côa.

A Confraria da Lampreia do Rio Minho vai entronizar em Março os primeiros 30 con-frades, entre elementos fundadores daquela entidade defensora deste “activo económi-co, social e cultural” da região e autarcas.

De acordo com o presidente da confra-ria, a primeira entronização terá lugar em Monção, a 1 de Março, seguindo-se convites para outros confrades, como restaurantes ou pescadores da lampreia daquele rio. “Esse será o passo seguinte, mas temos que ver que não há só restaurantes da região a tra-balhar a lampreia do rio Minho, também há, por exemplo, em Lisboa”, explicou João Gu-terres. A “certificação” da lampreia do rio Mi-nho ou dos 19 pratos mais tradicionais à base

Na Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural

Almeida mostrou importância do sector cinegético

Em Monção, a 1 de Março

Confraria da Lampreia do rio Minho entroniza primeiros 30 confrades

deste ciclóstomo, já identificados, são objec-tivos da confraria, formalizada em 2013, para “começar” a desenvolver neste “primeiro ano a sério”, até para travar a importação de lampreia de outras origens.

Para potenciar este activo gastronó-mico, autarcas e empresários de restaura-ção dos seis concelhos do vale do Minho promovem nas próximas semanas a quinta edição da iniciativa “Lampreia do Rio Mi-nho - Um Prato de Excelência”.

Os próximos fins-de-semana serão dedi-cados precisamente à lampreia, confecciona-da como “mandam as regras” da cozinha local. A iniciativa, dinamizada pela nova confraria, envolverá entre Fevereiro e Março cerca de

uma centena de restaurantes dos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção, Melgaço e Paredes de Coura, servindo os diferentes e tradicionais pratos de lampreia do rio Minho. Além da componente gastronó-mica e de restauração, a importância da lam-preia na economia regional é avaliada também pela actividade de pesca.

De acordo com dados avançados pela capitania do Porto de Caminha, a pesca da lampreia no rio Minho, safra que arrancou em Janeiro e que se prolonga até Abril, reúne este ano 176 embarcações e cerca de 250 pescadores portugueses. Do lado galego, movimenta ainda mais de uma centena de embarcações igualmente tradicionais.

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A recuperação dos sabores tradicionais tem vindo a gerar o aparecimento de novos produtores de fumeiro em regiões do in-terior. Foi o que aconteceu com a Central Fumados, situada em Pala, no concelho de Pinhel. A procura do gosto tradicional, que nos leva a memória a outros tempos, foi um dos objectivos de Duarte Santos, com a criação da sua empresa. O empresário tem também uma exploração de avestruzes, que está em recupera-ção, cujos derivados comercializa.

Gazeta Rural: O que é a Central Fumados?Duarte Santos (DS): A Central Fumados é um conceito que

começou em 2008 e, conforme o nome indica, dedicamo-nos à produção de fumados tradicionais, na região da Beira Interior Norte, propícia a fazer bons produtos. Temos um bom leque de produtos para responder a várias necessidades. Desde bacon, barriga com cura tradicional, chouriço, morcela da Beira, farinhei-ra da Beira, alheira, assim como um conjunto de outros produtos.

Situada em Pala, no concelho Pinhel

Central Fumados junta fumeiro tradicional à criação de avestruzes

A este conceito juntámos um outro, que já existia, que se fun-diu com o Central Fumados, que é a criação de avestruzes e co-mercialização de todos os seus derivados, como produtos para artesanato, decoração de ovos de avestruzes, pele, as penas e, por excelência, a carne.

GR: Participa em feiras e outros eventos ligados ao sector. Como sente o negócio?

DS: O consumo é regular. As feiras concentram-se em deter-minada época do ano e, portanto, qualquer indústria ou atividade como a nossa dimensão tem que vender regularmente todo o ano. As feiras do fumeiro são visitadas por consumidores finais e a maioria dos nossos clientes são distribuidores.

GR: Quanto à criação de avestruzes, quantos animais tem?DS: Neste momento temos um efectivo muito reduzido. Nes-

ta altura estamos a tentar recuperar e reestruturar a exploração.

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Os lagares tradicionais do interior do país sobrevivem à custa de pequenos empresários que nasceram no meio e continuam apostados em dar continuidade ao negócio. É o caso de Pedro Monteiro, proprietário de um lagar tradicional, uma herança de família, que transforma azeitona dos concelhos de Trancoso, Meda, Foz Côa e Celorico da Beira, recebendo do cliente �a maquia em azeite� pelo trabalho realizado.

Para manter o lagar, situado em Cogula, no concelho de Trancoso, o proprietário teve que fazer algum investimento. �Fiz um projecto e fui fazendo melhoramentos nas instalações, nomeadamente na linha de produção para ter qualidade no azeite�, diz Pedro Monteiro, que já deu emprego a sete pessoas e agora só tem três. �Montei um robô para poupar mão-de-obra�, diz o proprietário, afirmando que teve �que tomar esta iniciativa para manter o lagar”. Ainda assim, a receita é bem inferior a um lagar de linha contínua. “Se triturar 8 a 10 mil quilos de azeitona por dia já fico satisfeito, enquanto os outros trituram 40 a 50 mil quilos”, diz Pedro Monteiro.

Quanto ao futuro, garante que vai trabalhar mais meia dúzia de anos. “É a minha meta, depois logo se vê”, refere.

Situado em Cogula, no concelho de Trancoso

Lagar tradicional aposta na produção de azeite de qualidade

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Situado na Zona Industrial de Pinhel, a Carsantos é uma empresa com 25 anos de existência e labora um lagar de azeite, bem como uma destilaria de aguardente. Nesta altura do ano há trabalho redobrado, com o lagar a transformar de azeitona de olivais dos concelhos de Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo e Almeida.

�Foi um ano de produção excelente, diz Armando Silva, actual proprietário do lagar, que para além de transformar azeitona de pequenos proprietários da região, que levam o azeite e deixam a maquia, também compra azeitona. O problema, diz o empresário, é o “escoamento” do azeite, porque �há apenas um comprador que paga ao preço que quer e como quer, lamenta Armando Silva, acrescentando que este ano houve muito azeite e o preço está baixo, rondando 1,80/1,90 euros o quilo, realçando, todavia, a �qualidade� do mesmo.

Nos dias 19 e 20 de Maio decorrerá a VIII edição do Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra, que o Centro Nacional de Expo-sições (CNEMA), em Santarém, realiza em conjunto com o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL).

A evolução do concurso ao longo dos anos atesta o nível e a dimensão que o mesmo já atingiu, não só pelo número de partici-pantes, mas também pela qualidade dos produtos apresentados: 98 azeites de 80 produtores, 28 premiados, 40 provadores (por-tugueses e espanhóis), onde se incluíram técnicos do sector de todas as regiões de produção do país, jornalistas e consumidores.

O objectivo, como sempre, é premiar produtos nacionais de qualidade, contribuindo para a sua promoção e divulgação, junto dos consumidores. Este Concurso enquadra-se no âmbito de um

Lamenta o proprietário do lagar de azeite da Carsantos

“Há apenas um comprador e que paga o azeite ao preço que quer e como quer”

Nos dias 19 e 20 de Maio, em Santarém

CNEMA recebe Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra

conjunto de iniciativas promovidas pelo CNEMA, onde se incluem os Concursos Nacionais de Enchidos, Presuntos e Ensacados, Carnes Qualificadas, de Doçaria Conventual e Tradicional Popu-lar, de Licores, de Queijos Tradicionais, de Conservas de Pescado, de Pães, Broas, Bôlas e Folares, de Azeitonas de Conserva, de Do-ces de Fruta, de Frutos Secos, de Bolo-rei (e de outros Concursos que brevemente serão anunciados), para além dos Concursos Nacionais de Mel e Vinho, assim como o Salão Prazer de Provar, integrados na Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo. “Julgamos estarem reunidas as condições necessárias para que o êxito do Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra esteja desde já assegurado”, assegura a organização.

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Azeites Ferreira é a marca da empresa António Joa-quim Ferreira & Herdeiros, situada em Cogula, no conce-lho de Trancoso, que dispõe de um lagar, mas também de um alambique, que transforma o bagaço de peque-nos produtores da região que ainda fazem o vinho em casa. “São pequenas quantidades de bagaço, que dá para fazer um pouco de aguardente para ter em casa. É um trabalho tradicional, demorado, mas que se vai fa-zendo”, refere Paulo Ferreira. O proprietário da empresa critica a lei que limita a produção a 30 litros por pessoa e a destilaria não pode produzir mais que dois mil litros por campanha. “A lei não está assim muito bem”, diz, temendo pelo futuro das destilarias artesanais. “Se não mudarem a lei, isto tem os dias contados”, acrescenta.

Nos azeites, o lagar labora com azeitona de agricul-tores da região, sendo que o preço varia em função da produção. “Em anos em que é maior, temos que baixar o preço, quando é mais escassa consegue-se rentabilizar mais”, diz Paulo Ferreira.

O escoamento do azeite, quando a produção é me-nor, é feito “a pessoas conhecidas, que compram à por-ta durante o ano, e a emigrantes”. Agora, “quando há muito, o preço é bastante mais reduzido, porque se não se vender à porta tem que ir para o embalador”, refere o empresário.

Paulo Ferreira tem um lagar de azeite e um alambique em Cogula, Trancoso

“Se não mudarem a lei as destilarias artesanais têm os dias contados”

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Milhares de pessoas passaram por Penalva do Castelo duran-te a Feira/Festa do Pastor e do Queijo, promovida pela Câmara Municipal. O certame teve este ano uma projecção mediática in-vulgar, sobretudo devido à transmissão em directo da RTP1. Qua-tro dezenas de expositores, entre instituições, queijeiros, adegas, produtores de fumeiro e artesanato, marcaram presença no cer-tame. Uma dúzia de queijarias licenciadas, e outros queijeiros, comercializaram milhares de quilos de queijo.

A autarquia decidiu dar um novo formato ao evento, concen-trando no centro da vila os diversos feirantes habituais e também a programação festiva. Na abertura do certame foi sublinhada a singularidade desta Feira, bem como a importância das activida-des da pastorícia e da produção artesanal de queijo no desenvol-vimento socioeconómico e cultural do concelho.

O presidente da Câmara de Penalva, Francisco Carvalho, apre-sentou como prioridade a criação de uma queijaria municipal e armazém de produtos agrícolas, de forma a proporcionar aos pe-quenos produtores adequadas condições de laboração do queijo e ainda o escoamento dos excedentes dos agricultores pelas IPSS.

Por sua vez a directora regional da Agricultura, Idalina Mar-tins, encorajou os pastores e queijeiros a continuarem estas ac-tividades, desafiando os jovens a apostarem na agricultura e a aproveitarem os incentivos financeiros do novo quadro comuni-tário de apoio.

A produção de queijo na região da Serra da Estrela vive dias de incerteza. A idade dos produtores é avançada e alguns mos-tram-se preocupados com os tempos incertos que aí vêm.

A produzir queijo de elevada qualidade e com clientes que há mais de 30 anos lho compram à porta, Manuel Rodrigues, produ-tor em Velosa, no concelho de Celorico da Beira, teme pelo futuro da sua exploração, onde investiu todo o trabalho de uma vida. “Não há ninguém que queira pegar nisto”, lamenta o produtor de 63 anos, que tem uma filha com 18 anos, esperando que a mesma mude de ideias, pois, para já, “não quer nada com isto”.

Ainda assim não desiste, elogiando o produto que produz. “O queijo, para ser bom, tem de ter uma boa matéria-prima, ou seja, leite de qualidade”, salienta Manuel Rodrigues, que tem rebanho e pastos próprios. “Se não fosse bom, não tinha tanto sucesso a vendê-lo aqui à porta”, diz.

Transmissão da RTP1 deu projecção mediática à Festa do Queijo

Queijo atraiu milhares de visitantes a Penalva do Castelo

Produtor queijo em Velosa, Celorico da Beira

Manuel Rodrigues preocupado com o futuro da sua exploração

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A Feira do Fumeiro de Vinhais transaccionou durante qua-tro dias um valor “entre 400 a 500 mil euros” apenas em típicos enchidos, divulgou a organização. Apesar do mau tempo não ter ajudado, a coordenadora do mais antigo certame de produtos regionais em Trás-os-Montes, Carla Alves, garantiu que “os ne-gócios correram bastante bem” e que os pequenos produtores do concelho “transaccionaram entre 400 a 500 mil euros apenas de fumeiro”.

Há 34 anos que Vinhais, no Distrito de Bragança, organiza esta feira e apostou numa fileira que lhe confere o estatuto de “capital do fumeiro”, movimenta seis milhões de euros por ano e assegura 300 postos de trabalho num concelho rural com cerca de 10 mil habitantes.

E a organização e produtores garantem que “nem a crise” tem afastado compradores, que se deslocam de outras zonas de Por-tugal e da vizinha Espanha a Vinhais de ano para ano e repetem encomendas de fumeiro que chega a custar 40 euros o quilo do salpicão, a peça mais cara entre os diferentes enchidos, todos com Indicação geográfica Protegida.

O certame distingue também os produtores, nomeadamen-te no concurso do melhor salpicão, ganho este ano por uma das produtores mais antigas, Vera Alves, que recebeu 150 euros em dinheiro e um troféu, entregues pelo secretário de Estado da Ali-mentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.

O governante ouviu queixas e a reivindicação destes produ-tores e do autarca local pela “simplificação da burocracia” asso-

Fileira no concelho assegura 300 postos de trabalho

Feira do Fumeiro de Vinhais movimentou cerca de 500 mil euros

ciada à produção e comercialização destes produtos regionais e garantiu que o Governo está a tomar medidas nesse sentido. Segundo adiantou, “provavelmente ainda este mês vai sair uma portaria de pequenas quantidades, que vai facilitar a venda di-recta dos produtores para a área da restauração e a venda di-recta a nível de quantidades”. Esta portaria, continuou, contem-pla também menos análises, o que “significa menos custos para os pequenos produtores”.

O governante foi ainda confrontado com as preocupações locais relativamente ao encerramento em Mirandela do labora-tório de apoio à actividade agropecuária e assegurou que “não vai fechar, mas sofrer alterações no âmbito da reestruturação de toda a área laboratorial e de investigação que o Governo está a fazer”. Segundo explicou, o Governo pretende “concentrar” as análises da sanidade animal, no caso no Porto, e em Mirandela ficará uma estrutura, para já, virada para azeite, mas que “pode começar a tratar de outros produtos, nomeadamente o fumeiro”.

A explicação não convenceu o presidente da Câmara de Vi-nhais, Américo Pereira, que considerou “uma asneira aquilo que se está a fazer”. “No Porto que eu saiba não há estas necessi-dades pecuárias que justifiquem um laboratório desta nature-za”, argumentou, defendendo que deve é servir a população de Trás-os-Montes e da zona rural porque é aí que há agricultura”. Américo Pereiro lançou um repto a todos os autarcas e aos de-putados eleitos pela região “para que se oponham e para que tentem inverter esta decisão”.

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A Selectis promoveu nas Caves Aliança, em Sangalhos, um encontro com distribuidores e clientes das Beiras, iniciativa que visou apresentar o projecto Select, assim como o novo insectici-da Fortis Combi, com uma formulação exclusiva da marca.

Neste encontro marcaram presença os parceiros do projecto Select na região centro, - a SAEP, de Penalva do Castelo, Alberto Caetano & Filhos, de Coimbra, e Margarido Ventura & Filhos, de Mira, assim como diversos revendedores nestas regiões, que fo-ram premiados pela sua performance durante o ano 2013.

À Gazeta Rural, João Martins, director executivo da Selectis, mostrou-se satisfeito com a elevada participação num encontro que reputou de “muito importante”, definindo também a estraté-gia da marca com o projecto Select.

Gazeta Rural (GR): Que encontro foi este?João Martins (JM): Foi uma iniciativa que reputamos de

muito importante, em que reunimos parceiros de negócio com quem trabalhamos e em quem acreditamos. Juntámos vários ele-mentos de uma fileira, que acarinhamos, no culminar de um ano de trabalho, que foi reconhecido em conjunto.

GR: Um aspecto que ficou bem patente foi a preocupação da Selectis com o pequeno agricultor e com a pequena propriedade, que predomina no centro e no norte do país?

JM: Em particular nesta região. As nossas soluções, os nossos produtos chegam também aos grandes agricultores, pois traba-

Encontro decorreu nas Caves Aliança em Sangalhos

Selectis reuniu parceiros no projecto Select na região centro

lhamos para o sector em geral. Preocupamo-nos em ser mais efectivos e mais activos a trabalhar para aqueles agricultores que têm menos informação, menos recursos e que precisam de mais apoio. É aí, de facto, que desenvolvemos um esforço acrescido, porque sentimos que ele é necessário.

GR: Falou-se em diferenciação e ela começa aí?JM: Acreditamos nisso. A diferenciação, para nós, é um con-

ceito que é transversal a uma série de situações, que começam no produto, que passam pela dedicação com que olhamos para fileira, desde o agricultor, e em particular o pequeno produtor, aos elementos da fileira comercial e que, sobretudo, está ao nível da nossa estratégia, que tentamos seja diferenciada.

GR: O projecto Select, podemos dizer, é o envolver de vários parceiros no negócio, para que o agricultor seja mais bem tra-tado?

JM: Sim. Somos pessoas de negócio. Estiveram presentes neste encontro entidades que têm um intuito comercial. Nós acreditamos que é possível fazer negócio, e fazer bons negócios, desta forma. O Select pretende ser o projecto de um grupo de trabalho que se une para servir melhor.

GR: E dar mais-valias ao agricultor. É isso que importa?JM: É a razão de ser das entidades que participaram neste

encontro.

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Os apicultores têm, a partir de agora, um seguro de protecção das colmeias contra roubos, incêndios ou actos de vandalismo, anunciou o presidente da Federação Nacional de Apicultores Portugueses (FNAP).

Manuel Gonçalves frisou que o seguro, inédito em Portugal, dado não existir nenhum específico para a apicultura, era uma reivindicação antiga do sector devido à sua “extrema importância” para evitar que os apiculto-res suportem as perdas de “grande valor”.

O seguro apícola, estabelecido com a corretora F.Rego, visa a protecção da actividade e do património dos apicultores e prevê as coberturas de responsabilidade civil, risco de incêndio, actos de van-dalismo e furto ou roubo.

As perdas de colónias por doença ou predadores, explicou, não es-tão previstas no seguro.

O valor do seguro, salientou, varia conforme a dimensão da pro-dução e das coberturas pretendidas, mas são preços “acessíveis”. E, frisou, “a garantia do seguro é praticamente total, dado a reposição do efectivo em situações de adversidade estar perto dos 100 por cento”.

Manuel Gonçalves explicou que os apicultores não precisam de ir à seguradora, podendo tratar do seguro nas respectivas organizações a que pertencem. Actualmente, realçou o dirigente, as maiores dificul-dades dos produtores de mel prendem-se com o elevado número de furtos de colmeias.

O responsável da Federação lembrou que, até ao momento, os api-cultores estavam desprotegidos, não tendo como beneficiar de uma protecção para imprevistos. E, acrescentou, “o seguro veio transmitir maior segurança e confiança ao sector”. Manuel Gonçalves avançou que, a curto e médio prazo, o objectivo é lutar pela criação de um fun-do para perdas de colmeias em casos de calamidades.

Representante de 45 organizações de apicultores do país, a FNAP acre-dita que o seguro irá defender os interesses dos produtores de mel, criar nova dinâmica e incentivar a modernização e profissionalização do sector. Por esse motivo, a associação está com “boas expectativas” quanto à adesão porque as garantias são “boas”.

O prazo para a entrega da declaração de início de actividade e da declaração de alterações por parte dos pequenos agricul-tores foi prolongado até 30 de Abril, segundo um comunicado do Ministério das Finanças. “O acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, de Março de 2012, julgou o regime de isenção de IVA aplicável aos pequenos agricultores portugueses contrário ao disposto na Directiva do IVA. Dando cumprimento ao referido acórdão, Portugal revogou o referido regime de isenção, substi-tuindo-o pelo regime geral de IVA aplicável a todos os agentes económicos”, lê-se no documento.

Uma vez que o período de apresentação das candidaturas ao Pedido Único de Ajudas da Política Agrícola Comum (PU 2014) irá decorrer entre 1 de Fevereiro e 30 de Abril, o Governo considera “adequado que seja concedido um prazo adicional para que todos os pequenos agricultores possam entregar as respectivas decla-rações de início de actividade e de alterações e, desta forma, se possam candidatar às ajudas da União Europeia”.

Início de actividade e da declaração de alterações

Governo prolonga até 30 de Abril prazo de entrega de declarações dos agricultores

Anunciou o presidente da Federação Nacional de Apicultores Portugueses

Apicultores conseguem seguro para roubos e incêndios

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O Exército português vai realizar este ano várias acções de prevenção, vigilância e combate a incêndios florestais em matas nacionais e outras áreas sob gestão pública, segundo um despa-cho publicado em Diário da República.

Acções feitas com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas

Exército vai vigiar matas públicas para combater incêndios

Estas acções de prevenção e protecção das florestas contra incêndios vão ser feitas em conjunto com o Instituto da Conser-vação da Natureza e das Florestas (ICNF). Para isso, estas duas entidades vão criar um plano de trabalho, que terá a duração de três anos, para defesa da floresta contra incêndios, indica o des-pacho.

De acordo com o documento, assinado pelos ministros da Defesa e da Agricultura e do Mar, o plano de trabalho deve dar prioridade este ano às matas nacionais e outras áreas florestais sob gestão. Nesse sentido e este ano, o Exército vai abrir fai-xas de gestão de combustível na rede primária e fazer vigilância armada de espaços florestais e sensibilização das populações, prevendo-se a criação de 17 equipas para actuarem durante o período crítico de incêndios florestais.

O Exército vai ainda fazer a primeira intervenção em fogos nascentes, compreendendo a criação de seis equipas que vão ser colocadas em locais estratégicos, em complemento das equipas de primeira intervenção de sapadores florestais e do corpo nacional de agentes florestais. Segundo o despacho, o financiamento destas acções é assegurado por verbas pró-prias do ICNF ou do Fundo Florestal Permanente até ao limite de 750.000 euros.

O despacho refere também que o plano de trabalho “preve-ja e identifica geograficamente as actividades a desenvolver no âmbito do plano de defesa da floresta contra incêndios”.

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A CAULE - Associação Florestal da Beira Serra foi umas das organizações escolhidas pelo grupo de trabalho da Assembleia da República que está a analisar a problemática dos incêndios flores-tais, para dar o seu contributo relativamente a um conjunto de me-didas que estão a ser estudadas no sentido de minimizar aquele que é considerado um dos maiores flagelos do país na época de calor.

Guilherme Silva, que preside ao grupo de trabalho, justificou a audição desta associação florestal por ser uma das entidades que tem mais “experiência” e “conhecimento do terreno”, na sua área de influência. “Não podendo ouvir toda a gente, identificá-mos a vossa organização entre aquelas que podiam dar um con-tributo importante para esta discussão”, afirmou o deputado, no arranque dos trabalhos.

Questionado pelos diferentes grupos parlamentares sobre algumas das mais recentes alterações legislativas neste sector, como o projecto lei de florestação e reflorestação ou o anún-cio da possível aplicação da “multa na hora” para os proprie-tários que não limpem os seus terrenos, o presidente da CAULE identificou, desde logo, como uma das principais causas para o aumento do número de ocorrências e área ardida, a desertifica-ção do interior do país. “Se não conseguirem parar o êxodo rural não conseguimos parar o problema dos incêndios”, afirmou José Vasco Campos, pedindo medidas de apoio à fixação nos meios rurais. Respondendo às dúvidas dos deputados sobre a nova lei de reflorestação, que na prática permite aos proprietários plan-tar eucaliptos em áreas inferiores a cinco hectares sem terem de dar conhecendo ou pedir autorização ao ICNF, Vasco Campos foi claro ao afirmar que “o problema da floresta portuguesa não tem a ver com as plantações, mas sim com a sua gestão”. Pre-sidente de uma associação florestal, responsável pela gestão de 12 Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) na região Centro, Vasco Campos, disse, todavia, estar expectante relativamente às novas

Na Assembleia da República

CAULE ouvida sobre a problemática dos incêndios florestais

plantações, nomeadamente a sua articulação com os planos de gestão florestal das ZIF.

Já o recente anúncio da Ministra da Agricultura, sobre a even-tual aplicação de coimas pela GNR aos proprietários que não cumpram com a legislação em matéria de limpeza de terrenos, mereceu a opinião favorável do presidente da CAULE, que, antes de “saber se é com esta medida que se vai resolver o problema”, entende que algo tem de ser feito para acabar com o “laxismo gritante” de muitos proprietários que não cumprem com a lim-peza dos 50 metros à volta das habitações, e dos 100 metros, no caso dos aglomerados urbanos. “ Não estamos a falar de limpar a floresta, como está o chão desta sala, o que não podemos é con-tinuar a ter mato encostado às persianas das casas”, fez notar o dirigente florestal, defendendo “ uma mão mais forte em relação a isto”. “Não sei se é a multa na hora, o que sei é que a legislação hoje não é cumprida e as pessoas não são responsabilizadas”, considerou, propondo, uma vez que ainda não existe um cadas-tro da propriedade para identificar os donos das terras, que sejam os proprietários a fazê-lo num espaço temporal mais ou menos alargado, tal como sucede com os prédios urbanos.

Os deputados levantaram ainda a questão do dispositivo de prevenção, nomeadamente o papel das equipas de sapadores florestais não apenas na realização de trabalhos de silvicultura preventiva, mas como força de primeira intervenção na época crítica de incêndios, ao que Vasco Campos não deixou de lamen-tar o desinvestimento verificado nos últimos anos nessas equi-pas. “Muitas delas estão numa degradação, que eu não vejo nas corporações de bombeiros” observou, pedindo um olhar mais atento para o trabalho destes “soldados” que, apesar de traba-lharem todo o ano na floresta, estão a ser esquecidos e a prova disso, adiantou, é a diminuição dos apoios a estas equipas e a “completa ausência de formação” nos últimos anos.

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O Parlamento Europeu pediu aos Estados-Membros e à Co-missão que adoptem medidas para dar resposta aos desafios es-pecíficos das pequenas explorações agrícolas. Os eurodeputa-dos querem que sejam aplicadas todas as modalidades de apoio aos pequenos agricultores previstas na nova PAC, defendem um apoio específico às organizações de produtores e propõem um aumento das vendas directas de produtos tradicionais. 2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar.

“As actividades agrícolas são, mais do que nunca, actividades estratégicas, que deveriam merecer a atenção de todos os Esta-dos-Membros, por forma a encontrar soluções para os pequenos agricultores”, diz o relatório hoje aprovado em plenário.

Os eurodeputados salientam que algumas destas explora-ções agrícolas, como as explorações de subsistência, “estão a actuar como fonte de reserva contra a pobreza absoluta, for-necendo, pelo menos, parcos níveis de alimentos e rendimento”.

O relatório propõe “uma abordagem mais global” para dar resposta aos problemas das pequenas explorações agrícolas, notando que o apoio a possíveis fontes de rendimento alter-nativas e a perspectiva da diversificação, bem como a criação

Medidas previstas na “nova” PAC são insuficientes.

Parlamento Europeu defende apoios para pequenas explorações agrícolas

de postos de trabalho não agrícolas e a prestação de serviços públicos nas zonas rurais, são essenciais para o futuro destas ex-plorações agrícolas e das comunidades rurais.

Apoio aos pequenos agricultores no âmbito da nova PAC

Os eurodeputados saúdam o estabelecimento do sistema de apoio aos pequenos produtores no âmbito do primeiro pilar da nova política agrícola comum (PAC), mas consideram que “a simplificação se refere unicamente à forma de transferência e que as diminutas taxas de pagamentos directos não permitirão o desenvolvimento, pelo que essas medidas continuam a ser in-suficientes para melhorar a situação das pequenas explorações na UE”.

Segundo o relatório, “deve ser encontrada uma solução que permita às pequenas explorações agrícolas a apresentação de pedidos plurianuais de pagamentos directos, que tenham de ser actualizados exclusivamente em caso de alterações na explora-ção em causa”.

Dado o carácter facultativo do regime para pequenos agri-cultores no primeiro pilar da PAC (pagamentos directos), é ne-cessário que todas as modalidades de apoio previstas no segun-do pilar (desenvolvimento rural) para os pequenos produtores “sejam tidas em consideração e aplicadas”, diz o Parlamento Europeu. A resolução dos problemas das pequenas explorações agrícolas deve inscrever-se nas responsabilidades, não só da PAC, mas também de outras políticas da UE, nomeadamente a política de coesão, acrescenta.

Os eurodeputados solicitam aos Estados-Membros que es-tabeleçam “instrumentos de engenharia financeira” adequados, tais como microcréditos, ajuda ao pagamento de juros, locações financeiras, ajuda ao pagamento da primeira prestação ou ga-rantias de crédito. Este processo de apoio deve contar com a participação das autoridades regionais e locais.

Produtos tradicionais

O Parlamento Europeu propõe um aumento das vendas di-rectas nos mercados locais e regionais, inclusive no caso de produtos tradicionais. Os deputados instam as colectividades territoriais a um maior desempenho no desenvolvimento de in-fraestruturas de vendas directas, como mercados locais e mu-nicipais, o que facilitará o acesso dos consumidores a produtos agrícolas a preços acessíveis, frescos e de elevada qualidade.

Apoio específico para as organizações de produtores

O relatório realça a necessidade de as pequenas explorações se associarem em organizações, grupos de produtores ou cooperati-vas e de adoptarem programas de «marketing» conjuntos. Todos os tipos de associação de pequenas explorações “devem receber apoio específico ao abrigo de mecanismos da UE e nacionais”.

As pequenas explorações localizadas nas regiões ultraperifé-ricas, zonas de montanha ou zonas desfavorecidas devem poder beneficiar de ajuda associada, por exemplo no caso da criação de animais, visto que desempenham igualmente algumas fun-ções ambientais.

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A Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial vai promover um seminário na área dos pequenos frutos intitulado “Produção, Comercialização e Organização de Produtores”, nos dias 21 e 22 de Fevereiro, integrado na progra-mação da feira Frutitec/Hortitec, que irá decorrer na Exposalão, na Batalha.

O seminário, de participação gratuita, será dividido em dois te-mas principais: no dia 21, em debate estão os “Modelos de organi-zação da produção para a cultura dos pequenos frutos”, enquanto no dia 22 será debatido a temática “A fileira dos pequenos frutos – Diagnóstico e acções estratégicas 2014 – 2020”. O seminário é de participação gratuita, mas sujeito a inscrição prévia, que pode ser feita pelo telefone 912010596 ou e-mail [email protected]. Esta iniciativa insere-se na participação da Agim na III edição da

Decorreu no Cineteatro de S. Pedro do Sul o III Encontro de Produtores de Mirtilos, após o sucesso dos primeiros Encontros, realizados em Amaran-te e Idanha-a-Nova. Estiveram presentes muitos produtores e técnicos que não quiseram deixar de esclarecer as dúvidas sobre a mirticultura de todos os que estavam neste certame.

Este evento teve como objectivo alertar para a importância de compreender os fundamentos da poda e os motivos que levam a podar com maior ou menor intensidade, sendo este um tema de extrema importância para o futuro do pomar.

No encerramento do III Encontro de Produto-res de Mirtilos estiveram presente Vítor Figueiredo, presidente da Câmara de São Pedro do Sul, Adeli-na Martins, directora regional da DRAPC (Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro) e ain-da Paulo Águas, presidente da direcção do COTHN (Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Português).

Este III Encontro representou mais um passo no percurso para o sucesso da fileira do mirtilo.

A Associação Internacional de Estudantes de Agricultura da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (IAAS-UTAD) vai realizar nos dias 14 e 15 de Março as VI Jornadas de Bovinicultura.

Ao longo dos dois dias, as jornadas serão organizadas em sessões que irão abordar temas como Nutrição e Alimentação, Reprodução, Sanidade Animal, Melhoramento Genético, Instala-ções e Bem-Estar Animal, Economia do Sector. Para além destas sessões, no último dia haverá uma Mesa Redonda.

Nos dias 21 e 22 de Fevereiro no Exposalão, na Batalha

Agim promove seminário sobre pequenos frutos na Frutitec/Hortitec

A realizar nos dias 14 e 15 de Março

Associação de Estudante da UTAD promove VI Jornadas de Bovinicultura

Decorreu no Cineteatro de S. Pedro do Sul

Encontro de Produtores de Mirtilos bastante participado

“Com a realização destas jornadas pretendemos fomentar a troca de ideias e conhecimentos entre a comunidade científica nacional e internacional, estudantes universitários, empresários e produtores nesta área. É nossa pretensão que estas Jornadas constituam um importante fórum de debate e reflexão sobre os problemas e ânsias com que se debate o sector”, adianta a or-ganização.

Frutitec/Hortitec, que se realiza de 20 a 23 de Fevereiro na Exposalão (Batalha). O evento é dirigido a hortofruticultores, agricultores, vivei-ristas centrais de compras e cooperativas, engenheiros agrónomos e outros profissionais do sector.

Além da participação no seminário, ao longo de quatro dias os interessados podem ver em exposição sementes; fertilizantes; vasos; embalagens; estufas; sistemas de rega; máquinas e equi-pamentos para plantar, colher, limpar, pesar, calibrar, embalar, eti-quetar, armazenar, transportar e conservar produtos hortícolas e frutícolas; equipamentos para nebulização, brumização e atmos-fera controlada; frio e climatização; equipamentos de logística e transporte de cargas; equipamentos de controlo de medidas; for-mação; consultoria; software; associações sectoriais; organismos; e imprensa especializada.

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Diabólicas, carrancudas, com orelhas bicudas, barbas ou bi-godes, com “cornos” e até a imitar animais, as genuínas máscaras de Lazarim voltam a sair à rua entre os dias 1 e 4 de Março. De sábado a terça-feira, esta tradição ancestral substitui as músicas ritmadas do Brasil e invade as ruelas desta pequena vila do con-celho de Lamego para uma apresentação única de encenações antigas da cultura portuguesa. São esperados de novo milhares de visitantes para verem de perto os caretos, esculpidos em ma-deira de amieiro, fruto de um trabalho meticuloso de artesãos lo-cais, dispostos a preservar a memória histórica das suas gentes e projectar Lamego em todo o mundo.

O ponto alto do Entrudo de Lazarim é, sem dúvida, a leitura dos testamentos da comadre e do compadre na terça-feira de Carnaval. Nesta altura, tapam-se os ouvidos aos mais sensíveis, pois é o momento das verdades guardadas durante todo o ano se fazerem escutar, uma missão a cargo de dois jovens, vestidos de negro, que, desenrolando lengalengas, criticam os rapazes e as raparigas da terra. Mas, regra de ouro, só os solteiros podem criticar e ser alvo de chacota.

Após os testamentos serem pronunciados, espaço para a rea-lização de um cortejo até ao local onde o casal, representado por bonecos, é queimado simbolicamente. Actualmente, estes dois fan-toches são peças de pirotecnia, que dançam e rebentam. Outro as-pecto curioso destes testamentos é a atribuição de partes do corpo do burro àquele que está a ser satirizado. No final, para encerrar as comemorações do Entrudo é oferecido caldo de farinha e a feijoada a todos os presentes, ao som de uma intensa animação musical.

Organizado, em parceria, pela Junta de Lazarim, Casa do Povo de Lazarim e Câmara de Lamego, o Entrudo de Lazarim mantém--se o símbolo do sentir e da arte popular desta povoação, sempre em respeito pela autenticidade e pela tradição.

O Pónei da Terceira foi reconhecido como raça autóctone, sendo a quarta raça de cavalos em Portugal, anunciou o investi-gador da Universidade dos Açores que liderou o processo, Artur Machado. “É a quarta raça do país, é uma raça açoriana, mas, acima de tudo, é uma raça da ilha Terceira”, salientou, numa conferência de imprensa na Câmara de Angra do Heroísmo.

O pedido de reconhecimento da raça ocorreu há cerca de dois anos, mas o trabalho de recuperação dos animais com as características do pónei da Terceira foi iniciado há 14 anos.

Segundo Artur Machado, numa primeira fase, foi feito um le-vantamento dos animais existentes na ilha, depois foi seleccio-nado um grupo de animais que correspondia às características típicas do pónei da Terceira e, antes de ser pedido o reconhe-cimento, houve um aumento do efectivo. Actualmente, existem, pelas contas do investigador, 118 póneis da Terceira, sendo que só na Universidade dos Açores estão 54 e seis foram enviados para o continente, numa tentativa de divulgação da raça.

O que distingue o Pónei da Terceira como raça é o facto de se assemelhar morfologicamente a um cavalo, mas ter a dimensão de um pónei. Para Artur Machado, “é o cavalo ideal para o ensi-

Esperados milhares de visitantes

Entrudo mais genuíno do país sai à rua em Lazarim

A quarta raça de cavalos em Portugal

Pónei da Terceira reconhecido como raça autóctoneno de equitação para as classes mais jovens”, mais precisamente entre os seis e os dez anos. “Um dos nossos primeiros objectivos é tentar arranjar um profissional que possa realmente explorar a qualidade da equitação desses animais”, revelou, salientando que em Dezembro de 2013 os póneis da Terceira alcançaram vários prémios numa competição nacional.

Segundo o investigador da Universidade dos Açores, há tam-bém interesse na aquisição destes póneis na Europa, mas ainda é cedo para avançar com a exportação. “Há interesse, haveria pos-sibilidade, mas temos ainda de criar uma maior sustentabilidade do ponto de vista genético do próprio efectivo”, frisou, conside-rando que é preciso primeiro “consolidar a produção na ilha”.

Por sua vez, Paulo Caetano Ferreira, presidente da Associa-ção de Criadores e Amigos do Pónei da Terceira, salientou que é uma “honra” para a ilha ter uma das quatro raças de cavalos de Portugal, destacando também a importância económica. “Estes póneis têm valores muito altos no mercado europeu. Quando for possível exportá-los, vendê-los, com certeza se há-de fazer al-gum dinheiro aqui na região”, frisou.

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I Jornadas de Equinicultura no IPV em Viseu

Nos dias 7 e 8 de Março serão realizadas as primeiras Jorna-das de Equinicultura. No dia 7 terão lugar no Instituto Politécnico de Viseu e no dia 8 decorrerá um Workshop na Coudelaria Soa-res Neves. Nestas jornadas serão abordados temas relaciona-dos com o Comportamento e Bem-Estar do Cavalo, Nutrição e Genética.

As inscrições deverão ser realizadas através do endereço de correio electrónico: [email protected].

Exposição “Azeite Ouro Liquido“ no Centro

de Interpretação da CogulaO Centro de Interpretação da Cogula exibe até 28 de Feve-

reiro a exposição “Azeite, Ouro Líquido” promovida pela Câmara de Trancoso e empresa municipal “Trancoso Eventos EEM” em colaboração com a Associação “Pro-Raia”.

Fotos e painéis mostram um pouco da safra da azeitona desde a oliveira até à produção do azeite. É uma mostra que, sobretudo para os jovens, tem um sentido pedagógico e didác-tico, familiarizando o público para uma das principais actividades socioeconómicas do concelho de Trancoso.

Répteis vivos de quatro continentes

expostos no Centro Ciência Viva de Constância

Está patente até 9 de Março, no Centro Ciência Viva de Constância, a ExpoAnimalia – exposição de répteis vivos de quatro continentes. Entre cobras, iguanas e tarântulas, são di-versas as espécies que integram a exposição. Além do contacto visual, o visitante poderá interagir, tocando e manuseando, al-guns exemplares.

Durante a visita a estes espantosos seres, será feita uma abordagem acerca das características morfológicas, da sua ali-mentação, origem e modo de reprodução. Para além das habi-tuais actividades no Centro Ciência Viva (Parque de Astronomia, Planetário Digital e Observatório Solar), o visitante pode agora desfrutar de um ambiente bem diferente proporcionado por ani-mais pouco comuns no dia-a-dia.

BREVES

V Festival Internacio nal de Camélias e Fim de Semana Gastronómico em Lousada O Município de Lousada, em parceria com a Associação Por-

tuguesa de Camélias, irá levar a efeito o V Festival Internacional de Camélias, nos dias 22 e 23 de Fevereiro, na Quinta de Santo Adrião.

A autarquia de Lousada tem como objectivo promover este evento numa perspectiva integradora, através da participação de várias entidades e promotores locais, nomeadamente aloja-mento, restauração, produtores locais, comércio e artesanato. A edição deste ano do Festival das Camélias, tal como no ano transacto, decorrerá em simultâneo com o Fim-de-semana Gastronómico de Lousada, com 8 restaurantes aderentes.

Seia retoma a realização da Feira do Queijo

Seia retoma, este ano, a realização da Feira do Queijo, pro-movendo, nos dias 1 e 2 de Março, um evento dedicado à pro-moção do Queijo Serra da Estrela e dos produtos endógenos do concelho. O enfoque da Feira, segundo o presidente da autar-quia, Carlos Filipe Camelo, recai “nos atores ligados à produção deste produto endógeno de qualidade”, congregando todo este sector numa grande mostra, para a qual são convidados todos os produtores (pastores, queijarias tradicionais, queijo DOP e fá-bricas).

Feira Internacional de Agro-pecuária

arranca a 30 de Abril

A XXVIII edição da Feira Internacional de Agro-pecuária de Estremoz (FIAPE), um dos mais importantes certames do Alen-tejo, decorre de 30 de Abril a 4 de Maio, integrando o evento Juvemoz, divulgou a organização.

O certame, que pretende contribuir para o desenvolvimento económico do concelho, decorre no parque de feiras e exposi-ções da cidade e conta com a participação de expositores de sectores tão diversos como a agricultura, produtos regionais, pecuária, artesanato, comércio, indústria e serviços.

A FIAPE agrega a Feira de Artesanato de Estremoz, consi-derada pelos promotores como “uma das mais conceituadas a nível nacional”, com a participação de artesãos de diferentes lo-calidades do país e que completa este ano a XXXII edição.

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O Parque de Exposições de Braga vai ser palco, de 27 a 30 de Março, da 47ª edição da AGRO - Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação. “Este ano continuaremos a alargar o conceito mais abrangente de promoção da ‘Economia Rural’, crian-do uma nova e importante janela de oportunidades neste segmento de negócios”, refere a organização em comunicado.

A AGRO vai continuar a apoiar as fileiras mais representativas do sector agrário, quer através da aposta no reforço de divulgação do certame com o consequente aumento do número de visitantes/com-pradores quer ainda no contributo para a qualificação dos profissionais agrícolas.

A Agro é uma das principais feiras agrícolas do país organizada no norte de Portugal e integra a elite das feiras representadas na UFI e Eurasco. O certame tem também o principal concurso pecuário do país das Raças Autóctones (Concurso Nacional da Raça Barrosã e os Concurso das Raças Arouquesa, Minho-ta e Maronesa). “É neste ambiente característico e bem popular que a AGRO 2014 se desenrola, sendo certo que este certame tem na sua longevidade uma das garantias da sua relevância enquanto montra da agricultura portuguesa.

De 27 a 30 de Março, em Braga

Agro sob o signo da ‘promoção da Economia Rural’

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